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José António Pinto Ribeiro Caldas, cidade cultural ... - CCDR-LVT

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Jardim BotânicoSeja um amigo tambémO Jardim Botânico da Universidade de Lisboa comemora 130 anos no dia 11 de Novembro.Guarda uma colecção notável de plantas de todo o mundo, com destaque para a NovaZelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul. Apesar das dificuldades, continuaa crescer em visitantes e mantém uma série de actividades, desde visitas guiadas temáticasa programas de educação ambiental. A adopção de árvores é uma das formas de ajudar.Quem quer ser amigo do Botânico?Património | Carla Maia de AlmeidaFotografia | Guto FerreiraVamos pelo meio de duas fileiras de washingtonianasaté aos jardins do Botânico. Para a maiorparte das pessoas, são apenas palmeiras. Palmeirasgigantes, de porte imponente e esguio, que atingemos 30 metros de altura e são originárias doMéxico. Cabe-lhes dar as boas-vindas aos visitantes do jardim queeste ano comemora o seu 130º aniversário. Cerca de 80 mil visitantesem 2007, um número que tem vindo a aumentar de anopara ano. Mas não será de arromba a festa que está marcada parao próximo dia 11 de Novembro. Há muito que se sabe das dificuldadespor que passa o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa,apesar das sucessivas mudanças do poder central e local. Água,acessos, requalificações, pessoal, manutenção – falta dinheiropara quase tudo. O empenho e o esforço imaginativo de quem aquitrabalha não chega para modificar o estado das coisas. A Liga dosAmigos do Jardim Botânico tem sido uma ajuda preciosa, maso problema é estrutural. Por isso, em vez do financiamento paraas obras desejadas, o acontecimento deste ano de comemoraçõesacabou por ser o concurso de ideias lançado pela CâmaraMunicipal e pela Universidade de Lisboa. De onde virá o dinheiropara concretizar o projecto vencedor? É o que falta saber.Maria Amélia Martins-Loução, vice-reitora da Universidade de Lisboae directora do Jardim Botânico desde 2003, considera-se «umaoptimista», o que pode ser uma qualidade apreciável para o exercíciode cargos difíceis. «Se houver um projecto coerente, atractivoe estruturante para todo aquele espaço, estou certa de que não sóo Governo, mas, particularmente, outras entidades – mecenas –possam ajudar a desenvolver aquela área, que é extremamenteimportante para a <strong>cidade</strong> de Lisboa.» Estamos a falar não apenasdos quatro hectares de terreno onde se localiza o jardim, mastambém de um largo perímetro urbano que vai do Príncipe Realà Avenida da Liberdade, passando pelo Parque Mayer e pela Praçada Alegria. «Trata-se de um plano de renovação de toda aquelazona, que está muito degradada. Tem de haver um pólo <strong>cultural</strong>na zona dos Museus da Politécnica e outro no Parque Mayer. Porisso, um dos critérios que vai pesar muitíssimo na avaliação daspropostas dos arquitectos é a viabilização financeira daqueleespaço.»No momento em que esta edição da <strong>LVT</strong> está a ser fechada, decorrea segunda parte do concurso de ideias, já com uma maior exigênciade complexidade na elaboração dos projectos. Maria AméliaMartins-Loução faz parte do júri e, como é natural, reserva-seo direito de não tecer comentários aos conteúdos. Dos cinco vencedoresda primeira fase, ficou voluntariamente de fora o projectode Eduardo Souto Moura, classificado em quarto lugar. Para a segundafase, mantiveram-se a concurso as equipas de Manuele Francisco Aires Mateus, ARX Portugal Arquitectos, Vão Arquitectose Gonçalo Byrne. A entrega definitiva será feita ainda este ano,mas a directora do Jardim Botânico dificilmente poderá anunciar,no dia 11 de Novembro, uma nova vida para o espaço verde maisrico de Lisboa. Uma riqueza natural e museológica que contrastacom a falta de meios financeiros. «Tinha esperança de que houvessemais qualquer coisa que fosse passível de ser inauguradano dia da festa, mas não houve nada de substancial. Fizemos| 41

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