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José António Pinto Ribeiro Caldas, cidade cultural ... - CCDR-LVT

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sediada em Ohio e fundada por Carlos M. <strong>Caldas</strong>, um luso-americano– conta, neste projecto, com o apoio técnico e financeiro doInstituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), daautarquia de Peniche, da Direcção de Faróis, das Águas de Portugal,da EDP, da Efacec, da Galp Energia, da Portugal Telecom, do INESCPorto, do INETI e da sociedade de advogados Rui Pena, Arnaute Associados. Além disso, tem ainda o apoio da National Aeronauticsand Space Administration (NASA).«O nosso objectivo é dotar as Berlengas com tecnologia e equipamentosque a tornem auto-sustentável, diminuindo assima pressão humana», sustenta Sérgio Leandro, docente da EscolaSuperior de Tecnologia do Mar de Peniche e assessor da autarquialocal. Para isso, os geradores a diesel – que permitem o funcionamentodo restaurante e das instalações de alojamento e apoioturístico – estão já a ser substituídos por painéis solares. Alémdisso, para solucionar os problemas dos resíduos sólidos, estáa ser equacionado uma solução para os poder separar e compactar,trazendo-os depois para o continente. No caso das águas residuais,Sérgio Leandro diz estar em estudo a instalação de umtamisador e de uma pequena estação de tratamento de esgotos,de modo a permitir melhorar a qualidade da água, um aspectoessencial para que as praias da Berlenga Grande possam vir a hasteara Bandeira Azul, o que nunca até agora aconteceu. «Depois detudo concluído, como se minimizas os impactes, eventualmentepoder-se-á alterar a capa<strong>cidade</strong> de carga prevista no Plano deOrdenamento».A participação da NASA é sobretudo ao nível de know-how e deintercâmbio de informação. No ano passado, quando o projectofoi lançado, Carlos, presidente e fundador da ITB, destacava o pioneirismodesta experiência nas Berlengas, sublinhando que «estapoderá ser aplicada a nível mundial em áreas de difícil acessoe que não dispõem de água potável e tratamento de esgotos,como zonas de África e do Médio Oriente», acrescentando mesmoexistirem «pequenas áreas do projecto que são aplicáveis nasmissões ao espaço». Aliás, o projecto das Berlengas tem algumassemelhanças ao projecto que a NASA está a começar a implementarno Novo México, numa das suas bases que testam foguetões e acompatibilidade de materiais, pois necessitam, sendo locais remotos,de serem auto-sustentáveis em termos energéticos e de saneamentoe limpeza de resíduos.Em suma, depois da execução deste projecto, as Berlengas deverãosurgir de cara lavada e com melhores condições para compatibilizaremas prioridades da conservação da Natureza com um usoturístico sustentável e de qualidade. E aí, conforme desejo daautarquia de Peniche, poder ter condições para ser aceite pelaUNESCO como uma preciosa Reserva da Biosfera.No entanto, mesmo com este trabalho bem feito, há que estaratento ao futuro. Se outros perigos não surgirem e as Berlengasse tornarem sustentáveis pode dar-se sempre o caso de um herdeirode D. Lucas Telmo de Midões, como na comédia de ArturSemedo, querer empossar-se rei das Berlengas... ■50 |

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