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Resumos dos trabalhos - journal of coloproctology

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Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1TEMAS LIVRES- CANCER COLORRETAL -TL001 - A PREVALÊNCIA DE PÓLIPOS EM PACIENTES COMHISTÓRIA FAMILIAR DE CÂNCER COLORRETAL É SIMILARÀ POPULAÇÃO ASSINTOMÁTICA SUBMETIDA ARASTREAMENTO? RESULTADOS INICIAISCÉSAR AUGUSTO BARROS DE SOUSA; STHELA MARIA MURADREGADAS; ANA CECILIA NIEVA GONDIM; LUSMAR VERASRODRIGUES; JOSE AIRTON GONÇALVES SIEBRA; MARIAEUGÊNIA DE CAMARGO JULIO; MARIA PAULA VIEIRA MARIZ;JOSE JADER ARAUJO DE MENDONÇA FILHOHOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO(HUWC),FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Objetivos: Avaliar a prevalência de pólipos em pacientescom história familiar de câncer colorretal comparando com pacientesassintomáticos submeti<strong>dos</strong> a rastreamento utilizando avideocolonoscopia. Material e Méto<strong>dos</strong>: Foram avalia<strong>dos</strong>prospectivamente pacientes submeti<strong>dos</strong> à videocolonoscopia comindicações de historia familiar de câncer colorretal em parentes deprimeiro grau (grupo estudo) e aqueles com indicação porrastreamento (Controle) realizado no Hospital Universitário WalterCantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC/UFC) e no Centrode Coloproctologia do Hospital São Carlos em Fortaleza-CE, noperíodo de março a junho de 2012. Foram avalia<strong>dos</strong> quanto a da<strong>dos</strong>demográficos, acha<strong>dos</strong> da videocolonoscopia e do examehistopatológico, comparando-se os resulta<strong>dos</strong> entre os grupos.Resulta<strong>dos</strong>: Dos 107 pacientes incluí<strong>dos</strong>, 37 eram do grupo estudo,sendo 7 do sexo masculino e 30 do sexo feminino, e 70 eram dogrupo controle, sendo 11 do sexo masculino e 59 do sexo feminino.Foram evidencia<strong>dos</strong> pólipos em 33 (31%) <strong>dos</strong> pacientes, sendo 12(32%) do grupo estudo e 21(30%) do grupo controle. Não houvediferença estatística quanto ao tipo histológico <strong>dos</strong> póliposcomparando os grupos: 1 pólipo inflamatório, 6 adenomas e 6hiperplásicos no grupo estudo; 5 inflamatórios, 8 adenomas e 13hiperplásicos no controle. Conclusão: A Prevalencia e o tipohistológico <strong>dos</strong> pólipos foram similares comparando pacientes comhistória familiar de câncer colorretal com aqueles assintomáticoscom indicação por rastreamento. No entanto, a casuística é reduzidapara conclusões definitivas.TL002 - ACHADOS COLONOSCOPICOS DE 107PACIENTES OPERADOS POR CANCER COLORRETAL-HOSPITAL MÁRIO GATTI-CAMPINAS/SPJOAQUIM JOSE OLIVEIRA FILHO; RICARDO BOLZAMNASCIMENTO; GUSTAVO SEVÁ PEREIRA; LUIS GUSTAVOCAPOCHIN ROMAGNOLO; EDUARDO HENRIQUEBUSCHINELLI WIEZEL; GABRIELA DOMINGUES ANDRADERIBEIRO; SANDRA PEDROSO MORAESHOSPITAL MUNICIPAL DR. MÁRIO GATTI, CAMPINAS, SP,BRASIL.Resumo: Objetivo: Avaliar o seguimento colonoscópio <strong>dos</strong>pacientes opera<strong>dos</strong> por câncer colorretal (CCR) no HospitalMunicipal Mário Gatti de Campinas / SP ( avaliando a efetividadedo método, os acha<strong>dos</strong> en<strong>dos</strong>cópicos, sua relevância, o intervaloentre a cirurgia e o exame e se os acha<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> estãodentro <strong>dos</strong> padrões recomenda<strong>dos</strong> pela literatura médica.Causuistica e Método: Foram revisadas mil colonoscopias entrejaneiro de 2009 e abril de 2012, das quais 107 exames eram depacientes que se encontravam em seguimento pós-operatório deCCR. Resulta<strong>dos</strong>: O sexo feminino (60,7%) e a faixa etária acima<strong>dos</strong> 50 anos (média de 56,7 anos) predominaram.( O intervaloem meses desde a cirurgia até a primeira colonoscopia foi de14,43, em média. Em trinta exames ( 28,3%) forma encontra<strong>dos</strong>pólipos. Destes, 22 ( 51,1%) eram adenomas, sendo que 27,2 %continham o padrão histológico com displasia de alto grau.Conclusões: Semelhante aos acha<strong>dos</strong> da literatura médica o controlecolonoscópio anual em pacientes submeti<strong>dos</strong> a cirurgia paratratamento do CCR permite a vigilância para o aparecimento delesões precursoras para este tipo de câncer. Os acha<strong>dos</strong> no presentetrabalho com um terço de pólipos encontra<strong>dos</strong> nas colonoscopiascom 51,1% de adenomas reforçam a recomendação deste examepara seguimento <strong>dos</strong> pacientes opera<strong>dos</strong>.TL003 - ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, CLINICOS EANATOMOPATOLÓGICOS DE PACIENTES PORTADORES DECANCER COLORRETAL COM METASTASE SINCRONICAARMINDA CAETANO ALMEIDA LEITE; JOSE PAULO TEIXEIRAMOREIRA; HELIO MOREIRA JR; RANIERE RODRIGUES ISAAC;PAULA CHRYSTINA CAETANO ALMEIDA LEITE; RODRIGOBECKER PEREIRA; THALES CARVALHO LIMAFACULDADE DE MEDICINA UFG, GOIANIA, GO, BRASIL.Resumo: O câncer colorretal tem incidência crescente na populaçãomundial. Apesar <strong>dos</strong> grandes avanços obti<strong>dos</strong> com a terapia adjuvante,para pacientes com doença metastática sincrônica, os índices demorbiletalidade permanecem bastante eleva<strong>dos</strong>. Identificar aspectosdemográficos, da<strong>dos</strong> de estadiamento, da apresentação clinica e deacha<strong>dos</strong> intraoperatórios que possam estar associa<strong>dos</strong> a um piorprognóstico alterando protocolos de tratamento e seguimento dessespacientes. O objetivo deste estudo foi o de avaliar aspectosdemográficos, clínicos e de estadiamento de pacientes portadores decâncer colorretal metastático sincrônico, atendi<strong>dos</strong> no HC/UFG, noperíodo de 1995 a 2010, e que apresentaram um seguimentoambulatorial regular pelo Serviço de Coloproctologia por um períodomínimo de 15 meses ou até sua casualidade. Foram opera<strong>dos</strong> 458pacientes com diagnostico de câncer colorretal, sendo 250 mulheres.50 destes pacientes já se apresentaram desde o diagnostico da lesãoprimaria com doença metastática. A media de idade <strong>dos</strong> pacientes foide 57 (29-81) anos, não havendo diferença significante entre ossexos. 31 casos apresentavam lesão primaria de cólon e 19 eram dereto. Neste ultimo subgrupo, 05 realizaram Rt/Qt pré-operatório. 11(22%) foram opera<strong>dos</strong> na vigência de obstrução ou perfuraçãointestinal. A maioria <strong>dos</strong> pacientes apresentaram estadiamento T3ou T4 e N positivo (52%,34% e 64%, respectivamente). A metástasefoi passível de ressecção cirúrgica em 5 casos (10%). To<strong>dos</strong> pacientesreceberam tratamento adjuvante, sendo a associação de fluoracil eoxaliplatina o esquema quimioterápico mais utilizado. O tempo desobrevida global foi de 16,6 (1-96) meses. Nenhum caso apresentouneoplasia bem diferenciada. Observou-se que pacientes com câncercolorretal de baixo grau de diferenciação apresentaram o pior tempomédio de sobrevida global em relação a lesões moderadamentediferenciadas (12,2 meses VS 20,6 meses). Concluímos que a despeitode novos esquemas de tratamento adjuvante, o diagnostico de câncercolorretal metastático ainda esta associado à diminuição significativade sobrevida <strong>dos</strong> pacientes. Cirurgias realizadas em situações1


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1emergenciais e de estadiamento TNM avançado estão freqüentementepresentes nestes pacientes, o que nos impõe a necessidade deestabelecer protocolo especifico de seguimento e tratamento.TL004 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DEPACIENTES EM PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE EXCISÃOTOTAL DO MESORRETOPAULO ROCHA FRANÇA NETO 1 ; ANTONIO LACERDA FILHO 2 ;FÁBIO LOPES QUEIROZ 11.HOSPITAL FELÍCIO ROCHO, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;2.HOSPITAL FELÍCIO ROCHO E DEPARTAMENTO DE CIRURGIADA FACULDADE DE MEDICINA DA UFMG, BELO HORIZONTE,MG, BRASIL.Resumo: Introdução: A terapia multimodal utilizada atualmente parao tratamento do câncer de reto tem possibilitado grande sucesso nocontrole oncológico da doença. Em contrapartida, os resulta<strong>dos</strong>funcionais dessa abordagem podem ocasionar efeitos adversos capazesde impactar negativamente a qualidade de vida <strong>dos</strong> pacientes. Destaforma, apesar <strong>dos</strong> excelentes resulta<strong>dos</strong> oncológicos alcança<strong>dos</strong>,torna-se importante avaliar-se os resulta<strong>dos</strong> funcionais deste tipo deabordagem terapêutica, assim como com os mecanismos envolvi<strong>dos</strong>em sua gênese e as possibilidades de otimizá-los. Objetivos: avaliar aqualidade de vida (QV) <strong>dos</strong> pacientes portadores de câncer retalsubmeti<strong>dos</strong> à excisão total do mesorreto (ETM) com e semneoadjuvância com radioterapia e quimioterapia, em pós-operatóriotardio e os possíveis fatores capazes de influenciar diretamente naQV <strong>dos</strong> mesmos. Materiais e méto<strong>dos</strong>: foram avalia<strong>dos</strong> 72 pacientessubmeti<strong>dos</strong> à ETM por tumor de reto extra-peritoneal, com nomínimo, um ano de pós-operatório, por meio da aplicação <strong>dos</strong>questionários valida<strong>dos</strong> de qualidade de vida EORTC QLQ-C30 eEORTC QLQ-CR38, além de questionário clínico específico. Emseguida, foram submeti<strong>dos</strong> a exame proctológico com avaliação dadistância da anastomose à margem anal. Os pacientes foramavalia<strong>dos</strong> quanto ao gênero, idade, realização de radioterapia equimioterapia pré-operatórias, tempo de pós-operatório, distânciada anastomose à margem anal e estado global de saúde. Resulta<strong>dos</strong>:A média do estado global de saúde <strong>dos</strong> pacientes avalia<strong>dos</strong> foisatisfatória (82,06). Não se observou diferença na saúde globalentre os pacientes com relação ao gênero, porém os homensapresentaram menos insônia (p=0,002), melhores perspectivasfuturas (p=0,011), menos efeitos da quimioterapia (p=0,020) emelhor função sexual (p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1pacientes com pCR. Ademais, quando a QADJ foi adicionada nospacientes sem pCR a diferença na SG e SLD perdeu significância.Assim, somente o grupo sem pCR se beneficia da adição dequimioterapia adjuvante após a QRTN seguido de cirurgia.TL015 - RESSECÇÃO LOCAL ENDOANALCONVENCIONAL- ANÁLISE DOS RESULTADOSLARISSA BERBERT ARIAS; NATÁLIA J VIEIRA; DÉBORAHELENA ROSSI; PRISCILLA SENNE PORTEL OLIVEIRA;RAQUEL FRANCO LEAL; MARIA DE LOURDES SETSUKOAYRIZONO; JOÃO JOSÉ FAGUNDES; CLÁUDIO SADDYRODRIGUES COYUNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A ressecção local por via endoanal apresentasecomo opção terapêutica para adenomas ou carcinomas iniciais doreto. Objetivos: avaliar a eficácia e segurança da ressecção por viaendoanal realizada de forma convencional. Méto<strong>dos</strong>: Avaliou-se ataxa de sucesso da ressecção endoanal, complicações e ocorrência derecidiva local, sendo incluí<strong>dos</strong> pacientes com tempo mínimo deressecção de 6 meses. En<strong>dos</strong>copias de controle foram realizadas entre3 e 6 meses de pós-operatório. Resulta<strong>dos</strong>: Fazem parte da casuística22 pacientes, com idade média de 64,7 anos, sendo 14 mulheres etempo mínimo de acompanhamento de 6 meses. Em relação à linhapectínea, o limite inferior das lesões encontrava-se entre 0 a 8 cm e otamanho variou entre 2 e 12 cm em seu maior eixo. Em dois casos(9,0%) a ressecção por via endoanal não foi possível por dificuldadetécnica. Ocorreram quatro complicações (18,0%), sendo dois casos dedeiscência parcial da sutura, um caso de estenose e um caso de fístularetovaginal que implicou na realização de derivação intestinaltemporária. O exame histológico evidenciou que em sete casos (35,0%)a margem lateral encontrava-se acometida, porém nestes, a recidivalocal foi observada em apenas dois casos (9,0%). O diagnósticohistológico mais frequente foi adenoma (45,4%) seguido de adenomacom carcinoma in situ (40,9%), carcinoma com invasão superficial dasubmucosa (Sm1 e Sm2) em 9,0% e carcinoma com acometimento dacamada muscular própria (4,5%). Conclusão: nesta casuística a ressecçãoendoanal convencional foi factível em 91% <strong>dos</strong> casos, com baixoíndice de recidiva local, assim como de complicações.TL016 - RESSECÇÃO MULTIVISCERAL PARA TRATAMENTODE TUMORES RETAIS COM INVASÃO DE ÓRGÃOSADJACENTES: ANÁLISE DE 47 CASOSCAIO SERGIO RIZKALLAH NAHAS; DANIEL JOSÉ SZOR;CARLOS FREDERICO SPARAPAN MARQUES; GUILHERMECUTAIT DE CASTRO COTTI; SÉRGIO CARLOS NAHAS; ULYSSESRIBEIRO JUNIOR; EDUARDO KENZO MORY; IVANCECCONELLOICESP-FMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Objetivos: O câncer colorretal é o terceiro tipo mais comumde neoplasia, sendo que o reto é o local de acometimento em 30%<strong>dos</strong> casos. A invasão de órgãos adjacentes ocorre em 5-15% <strong>dos</strong>casos, sem evidência de doença metastática. Este fato exige ressecçãomultivisceral, onde a neoplasia e as estruturas adjacentes sãoremovidas em bloco. As aderências com órgãos adjacentes são defato invasão neoplásica em 40-84% das vezes e a avaliação intraoperatóriada natureza da aderência é ineficaz. A ressecçãomultivisceral permite maiores taxas de ressecção com margensmicroscópicas livres, menor recidiva local e maior ganho de sobrevida,porém torna o procedimento cirúrgico mais complexo, com maiormorbi-mortalidade e requer várias especialidades cirúrgicas envolvidas.A ressecção com fratura do tumor e ou ressecção com margenscomprometidas leva a maiores taxas de recidiva local e redução dasobrevida. Material e Méto<strong>dos</strong>: 47 pacientes com adenocarcinomade reto estadia<strong>dos</strong> no pré-operatório como cT4 foram opera<strong>dos</strong> emnosso serviço entre 2009 e 2012; seus da<strong>dos</strong> foram analisa<strong>dos</strong>retrospectivamente. Resulta<strong>dos</strong>: A maioria <strong>dos</strong> pacientes era do sex<strong>of</strong>eminino (70%) e a idade média de 58,5 anos (26-86). Quimio eradioterapia neoadjuvantes foram empregadas em 48,9%, 31,9%necessitaram de amputação de reto com colostomia terminal e destes,33,3% realizaram fechamento perineal com retalho miocutâneo.Ressecções R0 foram obtidas em 72,7% <strong>dos</strong> casos e 45,4 % <strong>dos</strong> cT4foram confirma<strong>dos</strong> como pT4. Um quarto <strong>dos</strong> pacientes jáapresentavam doença metastática na cirurgia. A média de transfusãosanguínea foi de 1,62 concentra<strong>dos</strong> por cirurgia (1-6) e o tempomédio de internação foi de 10,8 dias. O tempo de seguimento médi<strong>of</strong>oi de 14,5 meses, com mortalidade de 34%, sendo que do total deóbitos 23,6% ocorreu devido a complicações operatórias. Os órgãosresseca<strong>dos</strong> em conjunto foram útero 27,7%, bexiga 16,6%, vagina38,8%, próstata 13,8%, ovários 33,3%, vesícula seminal 8,3%,intestino delgado 8,3% e sacro 2,7%. Conclusão: a ressecçãomultivisceral empregada para tumores de reto com invasão de órgãosadjacentes caracteriza-se pela alta complexidade, e significativosíndices de morbi-mortalidade. Deve ser realizada em casos seleciona<strong>dos</strong>e em centros de referência que contam com envolvimentomultidisciplinar.TL017 - RISCOS E COMPLICAÇÕES DAS RESSECÇÕESCOLÔNICAS POR CÂNCER EM IDOSOS: ANÁLISE DE 144PACIENTESOTÁVIO NUNES SIA; ISAAC J.F. CORREA NETO; RODRIGO F.MACACARI; NATÁLIA J VIEIRA; HUGO HENRIQUES WATTE;ALEXANDER ROLIM; ROGÉRIO FREITAS; LAERCIO ROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O câncer colorretal (CCR) é a principalneoplasia do trato digestivo, sendo a 3º causa mais comum de câncerno mundo, possui maior incidência na faixa entre 50 e 70 anos deidade. Cerca de 2 a 10,6% <strong>dos</strong> CCR ocorrem em indivíduos com idadeinferior a 40 anos e 70% em maiores de 75 anos.A expectativa devida do brasileiro ao nascer no ano de 2050 será de 81,3 anos, apopulação de i<strong>dos</strong>os maiores de 65 anos alcançará 18%, igualando-sea de menores de 14 anos. Em i<strong>dos</strong>os, três fatores devem ser muitobem avalia<strong>dos</strong>: o status funcional(KPS), comorbidades e cognição.OBJETIVO: Relatar a experiência de serviço de residência médicaem coloproctologia com o manuseio de pacientes i<strong>dos</strong>os portadoresde adenocarcinoma colorretal. MÉTODO: Estudo retrospectivoatravés da análise de prontuário eletrônico realizado no HospitalSanta Marcelina-SP com 144 pacientes maiores de 60 anos portadoresde CCR submeti<strong>dos</strong> a cirurgia no período de junho de 2008 a julho de2011.Foram avalia<strong>dos</strong>: idade e sexo <strong>dos</strong> pacientes, localização dotumor primário, cirurgia realizada, tempo médio de sintomatologia,principais queixas relatadas, comorbidades, karn<strong>of</strong>sky statusperformance (KPS), relação entre óbito e comorbidades e com aidade e mortalidade global. A via de acesso adotada foi a incisãolaparotômica mediana. RESULTADOS: Foram avalia<strong>dos</strong> 144pacientes, sendo 73 (50,7%) do sexo feminino.A média de idade foide 71,9 anos, com variação entre 60 e 92 anos. Setenta pacientes(48,6%) tinham entre 60 e 70 anos, 39,6% entre 70 e 80 anos e,17pacientes (11,8%) com idade superior a 80 anos. A cirurgia maisrealizada foi a retossigmoidectomia, perfazendo 47,9%, seguido pelahemicolectomia direita com 25% <strong>dos</strong> casos. A amputação6


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1abdominoperineal do reto foi realizada em 20 pacientes(13,9%).Quanto a sintomatologia referida pelos pacientes, a perdaponderal, alteração do hábito intestinal e sangramento via anal,encontra<strong>dos</strong> em 60,8%, 60% e 53,8%, respectivamente. 68,8% <strong>dos</strong>pacientes apresentava comorbidades.Em relação ao status funcional<strong>dos</strong> pacientes (KPS), 73,8% apresentavam-se com valores de 100,com média de 96 de KPS,variando de 50 a 100. Dezenove pacientes(13,2%) evoluíram a óbito durante a internação, com média deocorrência no pós operatório de 9,5 dias, com variação de 2 a 26dias. CONCLUSÃO: Não devemos deixar de <strong>of</strong>erecer a melhor terapiaaos pacientes i<strong>dos</strong>os basea<strong>dos</strong> somente em sua idade registrada.Acrescenta-se a isso a necessidade constante de atuação de equipemulti-disciplinar no atendimento e tratamento do paciente i<strong>dos</strong>oportador de neoplasia colonretal.TL018 - TERAPIA NEOADJUVANTE E CIRURGIA NOADENOCARCINOMA RETAL. ANÁLISE COMPARATIVA DOSPACIENTES COM REGRESSÃO TUMORAL COMPLETA EPARCIALMARIA DE LOURDES SETSUKO AYRIZONO; VITOR AUGUSTOANDRADE; FLAVIA COMITRE VIANNA; RAQUEL FRANCOLEAL; PRISCILLA SENNE PORTEL OLIVEIRA; DÉBORAHELENA ROSSI; JOÃO JOSÉ FAGUNDES; CLÁUDIO SADDYRODRIGUES COYUNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O tratamento do adenocarcinoma de reto extraperitoneallocalmente avançado implica na realização de radioterapiae quimioterapia associada à cirurgia. Entretanto, a resposta àneoadjuvância é variável, sendo que em alguns casos, ela pode sercompleta, com regressão total da lesão. Objetivo: Analisar os fatoresrelaciona<strong>dos</strong> com a resposta tumoral e o acompanhamento <strong>dos</strong>pacientes, comparando os grupos com resposta completa (Grupo 1)e parcial (Grupo 2). Casuística e Méto<strong>dos</strong>: Foram estuda<strong>dos</strong> 212doentes, opera<strong>dos</strong> entre 2000 e 2010, sendo que 30 (14,1%)obtiveram resposta tumoral completa e 182 (85,9%) resposta parcial,com seguimento médio de 51,9 e 36,9 meses, respectivamente.Denominou-se regressão completa a ausência de células tumorais noreto, na peça operatória. Resulta<strong>dos</strong>: Não houve diferença entre osgrupos em relação ao gênero, etnia, idade, tempo de evolução,distância do tumor à margem anal, presença de lesões sincrônicas nacolonoscopia, ocorrência de metástases pulmonar ou hepática noestadiamento pré-operatório e tipo de cirurgia realizada. No Grupo 1observou-se menor acometimento de linfono<strong>dos</strong> (10% e 39%), menorinvasão linfática (3,3% e 19,2%), e perineural (0 e 15,4%)(p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1saudáveis nulíparas (±44 a), sem cirurgia prévia. Avaliou-se as pressõesanais em repouso, contração voluntária máxima e sustentada por 30segun<strong>dos</strong>, o ângulo do defeito radial do esfíncter anal externo anterior(EAE) e o comprimento do EAE anterior, do esfíncter anal interno(EAI) anterior e posterior, do EAE + puborretal e do GAP (áreadesprovida de musculatura estriada - distância entre a borda proximaldo EAE anterior à junção anorretal) e correlacionou-se com o escorede incontinência. Utilizou-se o teste t de Student e Spearman.Resulta<strong>dos</strong>: Foi evidenciado lesão do EAE em 25 pacientes, do EAIe EAE em 8 e 16 tiveram esfíncteres intactos. Escore de incontinênciafoi semelhante nos grupos. Não houve correlação entre o índice deincontinência e os parâmetros avalia<strong>dos</strong> e nem entre a pressão anale o comprimento <strong>dos</strong> esfíncteres. Mulheres sem lesão esfincterianaapresentaram pressão de contração voluntária sustentadasignificativamente maior. Pacientes com lesão esfincterianaapresentaram o comprimento do EAE e EAI significativamentemenor e um GAP mais longo compara<strong>dos</strong> com aquelas sem lesão enulíparas. Aquelas com parto vaginal e esfíncteres intactos tiveramum EAE anterior significativamente menor e um GAP mais longo doque as nulíparas. Conclusões: As alterações na anatomia do canalanal (comprimento e ângulo da lesão) e as pressões anais não secorrelacionam com os sintomas de incontinência fecal em mulherescom parto vaginal. Contudo, mulheres com lesão esfincteriana têmo EAE e EAI mais curto e o GAP longo. Adicionalmente, mulheressem lesão esfincteriana, mas submetida a parto vaginal tem EAEmais curto e o GAP mais longo comparado com nulíparas.TL021 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS IMEDIATOS DOBIOFEEDBACK NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIAANAL E DE SEU IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DOSPACIENTESANTONIO LACERDA FILHO 1 ; FERNANDO ROCHA LEITE 21.UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; 2.IMEG, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: O bi<strong>of</strong>eedback vem sendo utilizado com sucesso notratamento da incontinência anal (IA) secundária a uma variedade dedistúrbios clínicos ou cirúrgicos, atuando, sobretudo, na reeducaçãoda musculatura esfincteriana, podendo contribuir, para a melhora daincontinência. Existem, entretanto, poucos estu<strong>dos</strong> que apresentamresulta<strong>dos</strong> objetivos, do ponto de vista funcional e relacionado àqualidade de vida (QV), da aplicação do bi<strong>of</strong>eedback em portadoresde incontinência anal. OBJETIVOS: avaliar os resulta<strong>dos</strong> imediatosdo bi<strong>of</strong>eedback no tratamento da IA e seu impacto na QV <strong>dos</strong> pacientespor meio da utilização de questionários valida<strong>dos</strong>, correlacionandoos resulta<strong>dos</strong> funcionais com aqueles relaciona<strong>dos</strong> aos parâmetros deQV e com as variáveis clínicas (idade, tempo de evolução <strong>dos</strong> sintomas,causa da IA, presença de doença sistêmica, número de sessões debi<strong>of</strong>eedback e número e tipos de partos). METODOS: Foramanalisa<strong>dos</strong> e compara<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> do bi<strong>of</strong>eedback em 52 pacientescom incontinência anal, antes do início das sessões e após o términodas mesmas, por meio da aplicação de questionários valida<strong>dos</strong> deavaliação do grau de intensidade da incontinência fecal (FISI – FecalIncontinence Severity Index) e de avaliação da QV relacionada àincontinência fecal (FIQL – Faecal Incontinence Quality <strong>of</strong> LifeScale). RESULTADOS: A avaliação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> da aplicação doFISI demonstrou aumento significativo do número de indivíduos queapresentavam baixos escores de gravidade de sintomas antes e após arealização do bi<strong>of</strong>eedback (de 48,1 para 65,4%), assim comosignificativa diminuição do número de pacientes com escores eleva<strong>dos</strong>de IA (de 51,9% para 34,6) com p = 0,004. Houve significativamelhora <strong>dos</strong> domínios do FIQL, comportamento (p = 0,008),depressão (p = 0,006) e constrangimento (p = 0,008) após a aplicaçãodo bi<strong>of</strong>eedback. Não se observou correlação entre a melhora <strong>dos</strong>parâmetros funcionais avalia<strong>dos</strong> pelo FISI com a melhora da qualidadede vida. Foi observada correlação positiva entre a melhora <strong>dos</strong>domínios do FIQL. Não se observou correlação entre os resulta<strong>dos</strong>obti<strong>dos</strong> pela aplicação do FISI e do FIQL com as diversas variáveisclínicas avaliadas. CONCLUSÕES: O bi<strong>of</strong>eedback pode ser consideradocomo uma terapêutica eficaz no tratamento da incontinência anal,melhorando a sintomatologia e/ou a qualidade de vida da maioria <strong>dos</strong>pacientes, independente da apresentação clínica desse distúrbi<strong>of</strong>uncional.TL022 - CARACTERISTICAS ANATÔMICAS E FUNCIONAISDO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES NULÍPARASUTILIZANDO ULTRASSONOGRAFIA ENDOVAGINALTRIDIMENSIONALSTHELA MARIA MURAD REGADAS; FRANCISCO SÉRGIOPINHEIRO REGADAS; LUSMAR VERAS RODRIGUES; GRAZIELAOLIVIA DA SILVA FERNANDES; IRIS DAIANADEALCANFREITAS; FRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADASFILHO; JACYARA DE JESUS ROSA PEREIRA; MARIA LISE LOPESRIBEIROUFC, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Objetivos: Determinar as medidas anatômicas e funcionaisdo assoalho pélvico usando ultra-sonografia transvaginal 3D emmulheres assintomáticas, nulíparas, sem disfunções posteriores doassoalho pélvico e naquelas com contração paradoxal do músculopuborretal detectada na ecodefecografia e demonstrar a confiabilidadeinterobservador do método aplicado para a medição das estruturas doassoalho pélvico. Material e méto<strong>dos</strong>: Estudo prospectivo que incluiunulíparas assintomáticos (até 50 anos), voluntárias, recrutadas entreos funcionários de dois hospitais universitários. As pacientes foramdistribuídas em dois grupos: Grupo I incluiu mulheres sem disfunções,enquanto o Grupo-II incluiu mulheres com contração paradoxal domúsculo puborretal na ecodefecografia. As pacientes foram submetidasa ultra-sonografia endovaginal 3D. Os grupos foram avalia<strong>dos</strong> comos índices biométricos do hiato urogenital, a espessura do músculopubovisceral, o comprimento da uretra, o ângulo anorretal, a posiçãoda junção anorretal e a posição do colo vesical. Todas as medidasforam compara<strong>dos</strong> em repouso e durante Valsalva e foi determinadoo descenso perineal e o descenso do colo vesical. O nível deconcordância interobservador foi avaliada. Resulta<strong>dos</strong>: Grupo I incluiu20 mulheres: A área de hiato foi significativamente maior, a uretrafoi significativamente mais curta e o ângulo anorretal aumentoudurante Valsalva. A posicao da juncao anorretal e colo da bexigadiferiram significativamente compardo o repouso com a Valsava,sendo 0,6 cm a media do descenso perienal e 0,5 do descesno do Coloda bexiga. Grupo II incluído 9 mulheres: Os índices biométricosdiminuiram, embora não significante e o ângulo anorretal reduziudurante Valsalva. Os valores de ICC estavam na variaram de 0,624-0,937. Conclusões: Os índices biométricos funcionais, o descensoperineal normal e os valores do descenso do colo vesical sãodetermina<strong>dos</strong> para jovens assintomáticas nulíparas utilizando ultrasonografiatransvaginal 3D. A contração paradoxal do músculopuborretal influencia as medidas. A ultra-sonografia endovaginal 3Dé um método confiável para quantificar anatomia do assoalho pélvicodurante o repouso e à manobra de Valsalva, e portanto poderia serum método adequado para identificar disfunções em pacientessintomáticos.8


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1TL023 - CORRELAÇÃO DE PARÂMETROS DE MANOMETRIAANORRETAL E ESCORE CLÍNICO PARA O DIAGNÓSTICODA INCONTINÊNCIA FECALGUSTAVO PEGOS RODIGUES COY; BIANCA ESPÍNDOLA;DÉBORA HELENA ROSSI; LUIS GUSTAVO CAPOCHINROMAGNOLO; RAQUEL FRANCO LEAL; MARIA DE LOURDESSETSUKO AYRIZONO; JOÃO JOSÉ FAGUNDES; CLÁUDIO SADDYRODRIGUES COYUNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: A manometria anorretal é utilizada na avaliação <strong>dos</strong> distúrbiosda evacuação, porém existem controvérsias com relação àsensibilidade do mesmo na incontinência fecal. Objetivos:Correlacionar diferentes parâmetros de manometria anorretal como grau de incontinência fecal obtido por escore clínico e identificarqual destes parâmetros melhor discrimina indivíduos comincontinência fecal. Méto<strong>dos</strong>: Análise das seguintes variáveis obtidasa partir de traça<strong>dos</strong> de manometria anorretal em portadores deincontinência fecal (GI) e indivíduos assintomáticos (GC): pressãoanal média de repouso (PAMRep), média das pressões de repouso(MedPRep), pressão anal de contração voluntária máxima(PACVMax), média das pressões anais de contração voluntáriamáxima (MedPACVMax), pressão anal de contração voluntária média(PACVMed), média das pressões anais de contração voluntária(MedPACV), índice de taxa de fadiga (ITF), medida da área sob acurva do traçado em contração voluntária (ÁREA) e medida dacapacidade de sustentação da pressão de contração voluntária (CS).Para a avaliação do grau de incontinência fecal foi empregado oescore de Jorge-Wexner (JW). Para a avaliação da variável gêneroentre os grupos foi empregado o teste do qui-quadrado e para acomparação das médias de idade o teste t de Student. A análise <strong>dos</strong>parâmetros estuda<strong>dos</strong> foi realizada por meio do teste t de Student,teste de Levene e o teste de correlação (Pearson). Resulta<strong>dos</strong>: O GIfoi composto por 85 pacientes, sendo 67 do sexo feminino, comidade média de 57,8 (15-88) anos, enquanto o GC foi composto por22 indivíduos continentes, sendo 18 do sexo feminino, com idademédia de 52,9 (20-81) anos. O valor médio do escore de JW para oGI foi de 12,1 ± 4,9 e zero para o GC. Na comparação entre osgrupos, não foram observadas diferenças em relação ao gênero eidade. As variáveis, PAMRep, MedPRep, PACVMax, MedPACV,PACVMed, MedPACVe ÁREA apresentaram resulta<strong>dos</strong> estatísticossignificantes entre os dois grupos (p0,05) e ITF (p>0,05). A Análise multivariada constatou que aMedPRep e a MedPACV melhor discriminam indivíduos do GI emrelação ao GC. Não se evidenciou a correlação entre os diversosparâmetros manométricos e o escore de JW. Conclusão: Os parâmetrosmanométrico avalia<strong>dos</strong> não possibilitaram o diagnóstico deincontinência fecal.TL024 - FREQUENCIA DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EMPACIENTES DIABETICOSMANOEL ALVARO FL NETO; SANDRA MARIA GICO; KEYLAANDREIA MORENO; RAVIDSON CARLOS CORREIA; THIAGOAMARAL YAMAMOTO; JACKSON MENEZES SILVA; SERGIOMURILO ANDRADE; TIAGO SALESSI LINSUNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, MACEIO, AL, BRASIL.Resumo: Introdução: Considerado hoje um problema de saúde publica,o diabetes mellitus aparece no contexto do processo saúde-doença,como uma entidade marcada por complicações que contribuemenfaticamente na redução da qualidade de vida de seus portadores eoneração da receita atrelada à saúde. Diversos sintomasgastrointestinais são frequentemente encontra<strong>dos</strong> em pacientes comdiabetes mellitus, <strong>dos</strong> quais consta a constipação intestinal. Afisiopatologia provavelmente se centra em alterações mediadas pelahiperglicemia nos nervos autonômicos que suprem o trato digestório.Objetivo: Analisar a frequência de contipação intestinal em pacientesdiabeticos atendi<strong>dos</strong> no ambulatório de endocrinologia do HospitalUniversitário Pr<strong>of</strong>essor Alberto Antunes e no PAM Salgadinho.Casuística e Méto<strong>dos</strong>: Trata-se de um estudo prospectivo,transversal,submetido e aprovado pelo Conselho de Ética.Estapesquisa se baseou na aplicação de um questionário específico,contemplando os critérios de Roma III e da<strong>dos</strong> demográficos (gêneroe idade). Da<strong>dos</strong> relativos ao diabetes também foram avalia<strong>dos</strong>, comoos valores da hemoglobina glicada de 81 pacientes, para sugerirpossível influência do controle glicêmico sobre o desenvolvimentode constipação. Apesar de serem variadas as causas de constipaçãointestinal, procurou-se como tentativa de diminuição de vieses deconfundimento, a exclusão de pacientes grávidas ou com históriapositiva para patologias intestinais, condições que sabidamentealteram a fisiologia entérica. Resulta<strong>dos</strong>: Em 334 pacientes avalia<strong>dos</strong>,encontramos uma frequência de constipação de 30,24%.Tal valorsupera em aproximadamente 2 vezes a frequência desta patologia napopulação geral, que é de 16% segundo da<strong>dos</strong> da literatura, sugerindoassim forte associação entre as duas patologias em estudo. Apesar daheterogeneidade da amostra, constatamos que proporcionalmente afrequência de constipação se concentrou mais no sexo feminino doque no masculino (34,16% versus19,78%). Não foram encontradasdivergências da frequência da constipação em função da variávelidade <strong>dos</strong> pacientes, utilizando um valor de corte de 50 anos.Umachado que chamou atenção <strong>dos</strong> pesquisadores foi a constatação deque proporcionalmente, o grupo de pacientes com mau controleglicêmico, definido através de valores de hemoglobina glicadasuperiores a 7 %(glicemia superior a 154 mg/dL) concentraram umamaior frequência de constipação comparativamente ao grupo comhemoglobina glicada menor que 7% (66,67% versus 27,28%). Talobservação poderá ter implicações favoráveis na abordagem <strong>dos</strong>pacientes constipa<strong>dos</strong>, mediante otimização do controle glicêmico.Conclusão: Existe uma associação entre constipação intestinal ediabetes mellitus e uma relação direta entre niveis glicemicos efrequência de constipação,necessitando de estudo que possibilitamgerar associação de varíaveis para comprovação da hipótese sugeridano presente estudo.TL025 - FREQUÊNCIA DE RETOCELE EM PACIENTESATENDIDAS NO AMBULATÓRIO DE COLOPROCTOLOGIADE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIOMANOEL ALVARO FL NETO; SANDRA MARIA GICO; SERGIOMURILO ANDRADE; THIAGO AMARAL YAMAMOTO;JACKSON MENEZES SILVA; KEYLA ANDREIA MORENO;RAVIDSON CARLOS CORREIA; TIAGO SALESSI LINSUNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, MACEIO, AL, BRASIL.Resumo: Introdução: A retocele é definida como uma herniação daparede retal anterior em direção à vagina, sendo causa de inúmerossintomas anorretais, tais como defecação obstruída, plenitude retal,sensação de peso vaginal durante a defecação e evacuação incompleta,especialmente entre mulheres i<strong>dos</strong>as e multíparas. Sabe-se que suafrequência é subestimada, já que normalmente são diagnostica<strong>dos</strong>apenas os casos sintomáticos. Inúmeras são as definições emetodologias utilizadas para avaliar a retocele. Objetivo: Observar afrequência de retocele em mulheres atendidas no Ambulatório deColoproctologia de um Hospital Universitário, através do exame9


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1em 5 pacientes, após duas semanas, a colocação do gerador definitivo.Uma paciente não apresentou resposta satisfatória ao implanteinicial. Não houve complicações pós-operatórias após o implantetemporário ou definitivo. A dor no local do implante do geradordefinitivo foi relatada por 2 pacientes, que melhorou após a mudança<strong>dos</strong> parâmetros programa<strong>dos</strong>. Uma das pacientes teve consumocompleto do gerador definitivo em 7 anos de uso e foi submetida àtroca em janeiro de 2012 . Houve evidência de melhora <strong>dos</strong> índicesde incontinência anal em seguimento médio de 33,6 meses, de 16para 4,4 (p=0.009). Conclusão: A experiência em longo prazo com aestimulação nervosa sacral para incontinência fecal idiopática ouneurogênica vem mostrando melhora significativa sustentada para amaioria das pacientes estudadas.TL028 - REPARO TOTAL DO ASSOALHO PÉLVICO PARAINCONTINÊNCIA FECAL NEUROPÁTICAMARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES; ADRIANO GONÇALVESRUGGERO; SUZANA LIMA TORRES; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; JORGE ALBERTO ORTIZ;PAULO AZEREDO PASSOS CANDELARIA; ALEXANDREVENÂNCIO DE SOUZAIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: A incontinência fecal é caracterizada pela perda involuntáriade gases e fezes. É uma condição social, desabilitante que causa grandeembaraço, mais frequentemente encontrada em i<strong>dos</strong>os. Sua causa, namaioria das vezes (75% <strong>dos</strong> casos), é de origem obstétrica. No períodode 2009 a 2012, analisamos 54 pacientes com quadro de incontinênciafecal neuropática avaliadas através de manometria anorretal. Amanometria demonstrou pressões basais de contração máximareduzidas significativamente em relação ao grupo controle. Dos 54pacientes submeti<strong>dos</strong> a reparo cirúrgico, 41 (76%) apresentarammelhora do quadro de perda fecal nos primeiros cinco anos.Concluímos que o reparo total do assoalho pélvico é uma boa cirurgia,principalmente, para pacientes i<strong>dos</strong>os, cuja expectativa de vida nãoultrapassa dez anos.TL029 - RESULTADO DO TRATAMENTOFISIOTERAPÊUTICO PARA CONSTIPAÇÃO INTESTINALKEITH FRÓES ORRICO; ROSANA CRISTINA ANDRADE;VIVIANE MONTEIRO BURGOS; TATIANA CERQUEIRA PALMA;VERENA LOUREIRO GALVÃO; DANIELE SENA CORDEIRO;MILENA HASSELMANN PEDROSO; PATRICIA SENA CUNHAHUPES/UFBA, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Objetivo: Verificar o resultado do tratamento fisioterapêuticoem pacientes com queixa de constipação intestinal (CI) no ComplexoHospitalar Universitário Pr<strong>of</strong>essor Edgar Santos, HUPES/UFBA.Material e Méto<strong>dos</strong>: estudo retrospectivo e descritivo através deda<strong>dos</strong> secundários seleciona<strong>dos</strong> por conveniência no Ambulatório deFisioterapia das disfunções do assoalho pélvico (FISIODAP) doCOMHUPES Salvador/BA, atendi<strong>dos</strong> no período de janeiro de 2009a junho de 2012. Os critérios de inclusão foram pacientes comsintomas relaciona<strong>dos</strong> à CI, que realizaram no mínimo 12 sessões; osde não inclusão, portadores de doenças neurológicas. O programa detratamento foi composto por terapia manual e comportamentaleletroestimulação perineal, cinesioterapia e massagem de Vogler. Oinstrumento de avaliação baseou-se nos Critérios de Roma II antes edepois o tratamento. Para análise estatística foi utilizado o programaStatistical Package For Social Sciences (SPSS) versão 19.0. Ascaracterísticas da população foram descritas em termos de freqüênciaabsoluta (%), média e desvio padrão, foi utilizado o teste Wilcoxonpara comparação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> pré e pós tratamento e consideradoo nível de significância estatística pd•0,05 (±=5%). A pesquisa teveaprovação do CEP sob protocolo n° 34/2010. Resulta<strong>dos</strong>: Foramseleciona<strong>dos</strong> para análise 26 prontuários, onde 84,6% eram do sex<strong>of</strong>eminino; idade média de 60,3 anos; 42,3% eram par<strong>dos</strong>; 42,3%eram casa<strong>dos</strong>; 53,8% <strong>dos</strong> participantes possuíam pr<strong>of</strong>issão ligada àatividade braçal; 76,9% com renda familiar de até 2 salários míninos.A média de sessões fisioterapêuticas realizadas foi de 16,5. Quantoao perfil clínico/comportamental <strong>dos</strong> pacientes, 50% delesapresentaram diagnóstico de incontinência fecal; 46,2% portadoresde hipertensão arterial sistêmica; 50% realizavam ingestão hídricade até 1 litro por dia; 50% apresentavam dieta pobre em fibras; 15,4% faziam uso de laxante. Em relação ao perfil obstétrico/cirúrgico,verificou-se que 50% tiveram de 1 a 3 partos e o mais freqüente53,8% foi normal; 26,9% realizaram histerectomia e 19,2%perineoplastia. Segundo a análise do critério de Roma II, observou-seque 34,6% <strong>dos</strong> pacientes apresentavam 3 sintomas para CI, 26,9%com 5 e 19,2% para 2 e 4 sintomas do critério. Após o tratamento,46,2% não apresentavam nenhum sintoma; 23,1% ficaram com 2 e3 sintomas; e 7,7% com 4. O Escore Roma antes da intervençãomostrou uma variação de 1 a 4 com mediana de 2 (2;4) e após otratamento fisioterápico observou-se uma redução estatisticamentesignificativa deste escore (p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1inflamatórias pélvicas – to<strong>dos</strong> trata<strong>dos</strong>, mas sem o desaparecimento<strong>dos</strong> sintomas abdominais. Entre os não opera<strong>dos</strong>, 29 (10,7%)recusaram o tratamento cirúrgico e os restantes 91(33,3%) aguardamoportunidade para a cirurgia. A tática e técnica cirúrgicas empregadasforam as mesmas, independente do tipo de mobilidade do ceco. Sobanestesia geral, via minilaparotomia, incisão de Davis para as criançase tipo Pfannestiel para os adultos, a ceco-ascendentepexia foiconduzida como já descrita. Os que recusaram o tratamento cirúrgicoe os que aguardam para operar continuaram recebendo o mesmotratamento clínico definido para o alivio <strong>dos</strong> sintomas de SCI.RESULTADOS: Entre os opera<strong>dos</strong>, 138 pacientes (92 %) opera<strong>dos</strong>consideraram o tratamento bem sucedido, pois ficarm livres <strong>dos</strong>sintomas. Doze pacientes (8%) revelaram a persistência deconstipação e a necessidade de uso de policarb<strong>of</strong>ila cálcica ou plantagoovata para movimentos intestinais em dias alterna<strong>dos</strong>. Dois deles,por isso, consideraram seus esta<strong>dos</strong> de saúde apenas como regular,após o tratamento cirúrgico. CONCLUSÃO: 1. a ênfase que se têmdado à SCI deve ser revista; 2. os pacientes com sintomas intestinaisfuncionais atribuíveis à SCI, e os pacientes com dispareunia de etiologiaobscura devem ser investiga<strong>dos</strong> como prováveis portadores da SCM;3. O ceco móvel pode ser usado com indicador anatômico da SCI.TL031 - TRATAMENTO DA SÍNDROME DO INTESTINOIRRITÁVEL ATRAVÉS DA TÉCNICA DO BIDIGITAL O – RINGTEST (BDORT)SUZANA LIMA TORRES; JORGE ALBERTO ORTIZ; MARÍLIADOS SANTOS FERNANDES; ADRIANO GONÇALVES RUGGERO;MARCOS RODRIGO PINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; SUMIÊIWASA; ALEXANDRE VENÂNCIO DE SOUZASANTA CASA DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição muitoestressante acontecendo principalmente no sexo feminino, em classessocioeconômicas mais elevadas, sendo caracterizada por: dorabdominal, principalmente em fossa ilíaca esquerda, distensão,borborigmo, aumento da produção de gases e, em oitenta por cento<strong>dos</strong> casos, está associada com constipação durante a crise e, em vintepor cento com diarreia, normalmente desencadeada por ansiedade.Há doze anos atrás, publicamos pioneiramente o tratamento da SIIcom Hypericum perforatum, um fitoterápico na <strong>dos</strong>agem de 300mga cada oito horas ao dia. Porém, apesar da melhora do quadro álgicoabdominal, pouca ou nenhuma influência conseguimos obter com orestante <strong>dos</strong> sintomas. Portanto, partimos para a técnica do BDORTconforme publicado pelo pr<strong>of</strong>essor Omura. Estudamos sete pacientescom SII, em que foram excluídas outras patologias porultrassonografia abdominal e colonoscopia. Seis (85,71%) das setepacientes apresentavam quadro de constipação intestinal e uma(14,28%) com diarreia associada a perda fecal, inicialmente tratadapela técnica de preenchimento. A idade variou de 24 a 62 anos.Todas receberam H. perforatum e estimulação digital palmar noponto do intestino, visando aumentar a capacidade de captação localda droga. Foram testa<strong>dos</strong> alimentos por meio da técnica do BDORTapós localização do ponto de maior dor abdominal. Seis pacientesapresentavam intolerância ao glúten (macarrão e pão). Todasapresentavam quadro de normalidade em relação ao arroz, peixe,frango e intolerância à lactose, porém duas podiam comer queijo.Três possuíam afrouxamento do anel com carne vermelha. Nenhumademonstrava intolerância ao ovo, maçã, pêra e banana. Duas pacientesapresentavam intolerância ao alface e nenhuma ao agrião. Foi aindaassociado fish oil ômega 3 na <strong>dos</strong>agem de 1000mg três vezes ao diaassociado a mix fitoterápico (20 gotas três vezes ao dia) e Coriandrumsativum (5 gotas a cada oito horas). Num follow-up curto de dois aquatro meses até a presente data, todas exibiram diminuição da dorabdominal. Cinco das seis melhoraram a constipação, passando a terum ritmo intestinal de uma vez ao dia e na outra que não obtevemelhora inicial, foi associado três cápsulas de Clorella, três vezes aodia, com melhora da constipação. A paciente com diarreia, apresentouregularização do hábito intestinal. Todas apresentaram melhora dadistensão abdominal e do borborigmo. Concluímos que a técnica doBDORT, apresenta-se como uma excelente opção para diagnóstico etratamento de pacientes com quadro de SII.TL032 - ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL ETRANSRETAL NA AVALIAÇÃO DAS DISFUNÇÕES DOASSOALHO PÉLVICO POSTERIORSTHELA MARIA MURAD REGADAS 1 ; FRANCISCO SÉRGIOPINHEIRO REGADAS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ;GRAZIELA OLIVIA DA SILVA FERNANDES 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; JACYARA DE JESUS ROSA PEREIRA 1 ;FRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; SUYANNEMARIA DE ALBUQUERQUE XEREZ REGADAS 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.SANTA CASA DE MISERICORDIA DE FORTALEZA,FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: A síndrome da evacuação obstruída decorre de alteraçõesanatômicas e funcionais no compartimento posterior do assoalhopélvico. Recentes avanços nas tecnologias da imagem abriram novaspossibilidades de investigação. Objetivo: Avaliar o uso da nova técnicacom ultrassom transvaginal e transretal dinâmica tridimensional –3D (TUS) como método de avaliação das disfunções do assoalhopélvico posterior relaciona<strong>dos</strong> à defecação obstruída e comparar osacha<strong>dos</strong> com ecodefecografia (ECD). Material e Méto<strong>dos</strong>: Estudoprospectivo comparativo. Inclui 29 mulheres, idade media de 48anos, com síndrome de evacuação obstruída, avaliadas com a escalade constipação de Wexner com pontuação média 10 (7-22), foramavalia<strong>dos</strong> utilizando ambas as técnicas, a fim de identificar disfunçõesda evacuação obstruída. Após a injeção de 120 ml de gel na ampolaretal foi realizado ultrassom transvaginal e transretal 3D, utilizandoo transdutor biplanar posicionado dentro da vagina para avaliar oângulo anorretal em repouso e esforço e identificar contraçãoparadoxal (anismus) ou relaxamento do músculo puborretal e no retopara identificar retocele, intussuscepção e enterocele durante aevacuação. Foram compara<strong>dos</strong> com aqueles obti<strong>dos</strong> utilizandoecodefecografia no mesmo paciente por um operador diferente. Foramutiliza<strong>dos</strong> Teste t de Student e Lee coeficiente Kappa. Resulta<strong>dos</strong>:Houve um acordo substancial entre ECD e TUS para relaxamentonormal e anismus (K = 0,683). O ângulo anorretal não conseguiuabrir ou diminuir significativamente durante esforço em 17 pacientese a diferença média <strong>dos</strong> ângulos foi -4,5 ° (± 4,79) pela ECD e em 13pacientes com diferença média foi de -9,9 ° (± 8,27) pelo TUS. Em9 pacientes o ângulo aumentou significativamente durante aevacuação e a diferença média foi de 10,8 ° (± 8,23) pela ECD e em12 pacientes foi de 22,6 ° (± 9,64) pelo TUS. Um caso foi inconclusivopor TUS. A diferença média do ângulo foi significativamente grandepelo TUS e ECD. Retocele (21 pacientes) e enterocele (4)apresentaram concordancia em 100% <strong>dos</strong> casos pela ECD e peloTUS (K = 1,0). Não houve diferença quanto ao tamanho da retocelecomparando as duas técnicas, 13 pacientes tiveram grau III(pr<strong>of</strong>undidade de 1,3 por ECD e > 1,4 cm por TUS, um pacientetinha 0,6 cm), 7 tinham grau II (de 0,8 a 1,2 centímetros pelo ECDe 0,8-1,3 por TUS) e 1 caso, grau I (até 0,7 por ECD e TUS). Em 512


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1pacientes não há retocele em ambos os exames. Intussuscepção retalfoi identificada em 6 pacientes por ECD e confirmada em 5 por TUS(K = 0,884). Conclusão: A ultrassonografia transvaginal e transretal3D dinâmica pode ser utilizado como um método alternativo paraavaliação de pacientes com sintomas de evacuação obstruída, talcomo foi mostrado alta correlação com ecodefecografia.TL033 - USO DA CINTILOGRAFIA COM GÁLIO 67 PARAAVALIAÇÃO DA CONSTIPAÇÃO INTESTINALMANOEL ALVARO FL NETO; SANDRA MARIA GICO; SERGIOMURILO ANDRADE; RAVIDSON CARLOS CORREIA; THIAGOAMARAL YAMAMOTOUNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, MACEIO, AL, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO – A constipação intestinal é uma das queixasmais freqüentes no ambulatório da coloproctologia, atingindo pessoasem todas as faixas etárias, manifestando-se de forma mais acentuadanos indivíduos do sexo feminino e i<strong>dos</strong>os. Os sintomas são pobrementedefini<strong>dos</strong>, havendo múltiplas causas capazes de interferir diretamenteno surgimento desta afecção. OBJETIVO - Avaliar o uso dacintilografia intestinal com gálio-67 em pacientes com constipaçãointestinal crônica. CASUÍSTICA E MÉTODOS – Trata-se de umestudo longitudinal tipo caso-controle. Foram seleciona<strong>dos</strong> 50pacientes atendi<strong>dos</strong> no ambulatório de coloproctologia do HospitalUniversitário Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas,sendo 29 normais e 21 com constipação intestinal (CRITÉRIOS DEROMA III) tendo sido to<strong>dos</strong> eles submeti<strong>dos</strong> a cintilografia intestinalcom Gálio-67. Foram analisa<strong>dos</strong> sexo, idade, esvaziamento intestinal,tipo de constipação e calcula<strong>dos</strong> os valores preditivo positivo epreditivo negativo como também, a especificidade e sensibilidade dométodo diagnóstico. RESULTADOS - A Constipação intestinal foimais comum em indivíduos do sexo feminino e de maior faixa etária.Os segmentos intestinais que apresentaram retardo do esvaziamentoentre os pacientes com constipação intestinal foram: cólondescendente, transverso, sigmóide e reto. Os pacientes comconstipação intestinal apresentaram um esvaziamento intestinal maislento que os normais e o distúrbio mais comum foi a inércia colônica.CONCLUSÕES - A cintilografia intestinal com citrato de Gálio-67mostrou-se um método eficaz na detecção das alterações do trânsitointestinal em pacientes constipa<strong>dos</strong>, com uma especificidade de 89,5%e uma sensibilidade de 90,9%. Este método permitiu definir o tipo deconstipação intestinal e auxiliar com maior exatidão qual a melhorforma de abordagem terapêutica- DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL -TL034 - ANÁLISE DESCRITIVA DA DOENÇA DE CROHNPERIANAL EM AMBULATÓRIO DE COLOPROCTOLOGIASABRYNA LACERDA WERNECK; CAROLINA GASTALDELLI;DANIEL CASTILHO SILVA; MONICA VIEIRA PACHECO;IDBLAN CARVALHO ALBUQUERQUE; GALDINO JOSE SITONIOFORMIGAHOSPITAL HELIÓPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A doença de Crohn perianal (DCP) sintomáticaocorre em 30 a 40% <strong>dos</strong> pacientes com doença de Crohn (DC) e,frequentemente, está associada à inflamação colônica e retal. A DCPpossui como elementos primários os plicomas, fissuras e úlceras. Oselementos secundários são as fístulas anorretal, anovaginal eretovaginal. As complicações mais frequentes são os abscessos,estenoses e a incontinência anorretal. O tratamento cirúrgico e clínicotem como objetivo a remissão sustentada com melhora da qualidadede vida e redução da incidência de complicações. Objetivo: Analisaros aspectos epidemiológicos e clínicos da doença de Crohn perianal,durante o primeiro atendimento em ambulatório de doençainflamatória intestinal de um Serviço de Coloproctologia. Método:Estudo retrospectivo, descritivo, que incluiu pacientes com odiagnóstico clínico de DCP admiti<strong>dos</strong> no ambulatório de doençainflamatória intestinal do Serviço de Coloproctologia do HospitalHeliópolis de janeiro de 2007 a janeiro de 2012. To<strong>dos</strong> os pacientesforam submeti<strong>dos</strong> ao exame proctológico sob anestesia para oadequado diagnóstico das manifestações anorretais. As variáveisanalisadas foram gênero, tabagismo, tempo de DC, tempo de DCP,localização da doença abdominal, medicamentos em uso na primeiraconsulta, cirurgias perianal e abdominal prévias, manifestação perianale acometimento distal. Resulta<strong>dos</strong>: Foram estuda<strong>dos</strong> 69 pacientessendo 61% do sexo feminino. O tabagismo ocorreu em 13%. Quantoao tempo de doença, 55% <strong>dos</strong> pacientes apresentavam diagnósticode DC há mais de cinco anos. A manifestação perianal foidiagnosticada em 44% da amostra dois anos após o diagnóstico daDC. A localização da doença foi, respectivamente, L1, L2 e L3 em38%, 24% e 38%. Os medicamentos mais usa<strong>dos</strong> foram cipr<strong>of</strong>loxacino(45%), metronidazol (39%) e azatioprina (39%). Quanto a terapiabiológica 19% usavam adalimumabe e 17% o infliximabe. Cirurgiasperianais prévias ocorreram em 67%, sendo que 20% destes foramopera<strong>dos</strong> cinco vezes ou mais e a cirurgia abdominal prévia ocorreuem 38% <strong>dos</strong> casos. As manifestações clínicas mais prevalentes foram:fístula anorretal (61%), plicoma (28%), úlcera (20%), fístulaanovaginal (10%) e estenose anal (10%). Em relação a inflamaçãodistal, 58% <strong>dos</strong> casos apresentavam retite. Conclusão: A manifestaçãoperianal da doença de Crohn ocorreu em 44% <strong>dos</strong> pacientes estuda<strong>dos</strong>dois anos após o diagnóstico da DC. Os medicamentos mais prescritosforam principalmente os antimicrobianos e a azatioprina, sendobaixo o uso prévio de terapia biológica. A manifestação clínica maiscomum foi a fístula anorretal. O acometimento distal ocorreu emmais de 50% <strong>dos</strong> pacientes.TL035 - ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CIRÚRGICOSDA DOENÇA DE CROHN FISTULIZANTE PERIANAL: DADOSDE UM ESTUDO MULTICÊNTRICO BRASILEIROIDBLAN CARVALHO ALBUQUERQUE 1 ; WANESSA BELTRAMITONINI 2 ; PAULO GUSTAVO KOTZE 2 ; CLÁUDIO SADDYRODRIGUES COY 3 ; ANDRE DA LUZ MOREIRA 4 ; RAQUELFRANCO LEAL 3 ; GALDINO JOSE SITONIO FORMIGA 1 ; MARCIAOLANDOSKI 21.SERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALHELIÓPOLIS, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 2.SERVIÇO DECOLOPROCTOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU- PUCPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 3.SERVIÇO DECOLOPROCTOLOGIA DA UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL;4.UERJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: a doença de Crohn (DC) perianalfistulizante representa um <strong>dos</strong> maiores desafios no tratamento dasdoenças inflamatórias intestinais (DII). Seu manejo inclui umaadequada investigação com exames de imagem, exames sob anestesiae colocação de sedenhos, com adequado tratamento clínico. Os agentesanti-TNF (Infliximabe – IFX e Adalimumabe – ADA) são geralmenteindica<strong>dos</strong> e, associadamente ao tratamento cirúrgico, constituem opadrão-ouro de conduta terapêutica nestes pacientes. Há escassez deda<strong>dos</strong> epidemiológicos e <strong>dos</strong> aspectos cirúrgicos em pacientesbrasileiros neste subgrupo fenotípico. OBJETIVOS: descrever os da<strong>dos</strong>13


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1epidemiológicos e referentes ao tratamento cirúrgico de uma série decasos de portadores de DC perianal fistulizante. MÉTODO: estudoretrospectivo, observacional de coorte, multicêntrico, que incluiuportadores de DC perianal fistulizante, provenientes de 4 centros dereferência do Brasil, trata<strong>dos</strong> entre 2009 e 2012. To<strong>dos</strong> os pacientesforam submeti<strong>dos</strong> à terapia combinada (cirurgia com locações desedenho + uso de biológicos). Variáveis analisadas: gênero, idade,classificação de Montreal, tabagismo, drogas concomitantes, agentebiológico, número de cirurgias e de sedenhos coloca<strong>dos</strong>, tempo deretirada <strong>dos</strong> sedenhos, abscessos perianais durante o tratamento ecirurgias abdominais associadas. Os da<strong>dos</strong> foram compila<strong>dos</strong> emtabelas de freqüência para análise detalhada da população.RESULTADOS: <strong>dos</strong> 83 pacientes inicialmente incluí<strong>dos</strong>, houve 5exclusões por fistulotomias sem locação de sedenhos. Foramanalisa<strong>dos</strong> 78 pacientes (44 mulheres – 55,8%), com média de idadede 33,8 (±15) anos e tempo médio de diagnóstico da DC de 88,9(±76,8) meses. Classificação de Montreal: idade ao diagnóstico(A1=21,8%, A2=50% e A3=28,2%); localização (L1=0%, L2=7,7%,L3=78,2% e L4=14,1%); forma de apresentação (B3 em 100% <strong>dos</strong>casos). Azatioprina concomitante foi usada em 76,6% e corticóidesem apenas 33,3% <strong>dos</strong> pacientes. IFX foi utilizado em 62,8% <strong>dos</strong>casos (ADA em 37,2%). Fístulas complexas foram observadas em 52casos (66,7%). Apenas 65,4% <strong>dos</strong> pacientes retiraram os sedenhos, eo tempo médio de retirada foi de 7,3 (±6,4) meses. O número deprocedimentos cirúrgicos perianais variou de 1 a 12, com 59% <strong>dos</strong>pacientes tendo realizado 1 ou 2 procedimentos (média de 2,7) comseguimento médio de 48,2 meses. Abscessos perianais foramencontra<strong>dos</strong> em 24,7% <strong>dos</strong> pacientes durante o tratamento.CONCLUSÕES: o manejo da DC fistulizante perianal é desafiador.Os pacientes foram em sua maioria jovens, e a localização ileocólicafoi a mais encontrada nos portadores deste fenótipo da DC. A maioria<strong>dos</strong> pacientes apresentou fístulas complexas e a retirada <strong>dos</strong> sedenhossó ocorreu em 65,4% <strong>dos</strong> casos.TL036 - AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DOTRATAMENTO CIRÚRGICO ABDOMINAL NA DOENÇA DECROHN: HÁ DIFERENÇAS ENTRE A VIA ABERTA ELAPAROSCÓPICA?VINÍCIUS REZENDE ABOU-REJAILE; PAULO GUSTAVOKOTZE; JULIANA FERREIRA MARTINS; ERON FÁBIOMIRANDA; JULIANA GONÇALVES ROCHA; IVAN FOLCHINIDE BARCELOS; ALVARO STECKERT FILHO; LORETE MARIADA SILVA KOTZESERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALUNIVERSITARIO CAJURU (SECOHUC) - PUCPR, CURITIBA, PR,BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: a doença de Crohn (DC) obtevesignificativos avanços no seu tratamento clínico nas últimas décadas.A aplicação da videolaparoscopia no manejo cirúrgico das doençascolorretais contribuiu, da mesma forma, para o desenvolvimento naDC em ressecções abdominais. Com isso, as vantagens do métodocomo menor tempo de internação, melhor cosmese e recuperaçãodo paciente puderam ser aplicadas no manejo da doença.Complicações cirúrgicas podem ocorrer tanto na via convencionalcomo na via laparoscópica após cirurgias abdominais maiores na DC.OBJETIVOS: analisar as taxas de complicações em pacientessubmeti<strong>dos</strong> a ressecções intestinais pela DC por via convencional elaparoscópica, comparando-as entre si. MÉTODO: estudoretrospectivo, analítico, longitudinal, que incluiu portadores de DCsubmeti<strong>dos</strong> a ressecções intestinais, provenientes de um único centrobrasileiro, trata<strong>dos</strong> entre 2008 e 2012, por via convencional elaparoscópica. Os da<strong>dos</strong> foram preenchi<strong>dos</strong> após revisão deprontuários eletrônicos e um protocolo específico foi completado.Variáveis analisadas: gênero, idade, classificação de Montreal,tabagismo, drogas concomitantes, via de acesso, presença e tipo decomplicação cirúrgica em até 30 dias da operação. Os pacientesforam distribuí<strong>dos</strong> em 2 grupos de acordo com a via de acesso, e astaxas e tipos de complicações entre os grupos foram comparadas.Análise estatística foi realizada pelos testes de Mann-Whitney(variáveis quantitativas) e chi-quadrado (qualitativas), com p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1pacientes com remissão, e o tempo médio para a ocorrência damesma. MÉTODO: estudo retrospectivo, analítico, multicêntrico,que incluiu portadores de DC perianal fistulizante, provenientes de 4centros de referência do Brasil, trata<strong>dos</strong> entre 2009 e 2012. To<strong>dos</strong>os pacientes foram submeti<strong>dos</strong> à terapia combinada (cirurgia comlocações de sedenho + uso de biológicos). Os prontuários eletrônicosforam revisa<strong>dos</strong> e um protocolo específico preenchido. Definiu-seremissão perianal completa como a ausência de secreção das fístulasassociada à retirada <strong>dos</strong> sedenhos. Variáveis analisadas: gênero, idade,classificação de Montreal, número de cirurgias e de sedenhoscoloca<strong>dos</strong>, tempo de retirada <strong>dos</strong> sedenhos, ocorrência de remissãoperianal completa, presença de recorrência e tempo da mesma, quandoexistente. Análise estatística: intervalos de confiança de 95% pararemissão completa e curva de Kaplan-Meier para o tempo derecorrência. RESULTADOS: <strong>dos</strong> 83 pacientes inicialmente incluí<strong>dos</strong>,houve 5 exclusões por fistulotomias sem locação de sedenho. Foramanalisa<strong>dos</strong> 78 pacientes (44 mulheres – 55,8%), com média de idadede 33,8 (±15) anos e tempo médio de diagnóstico da DC de 88,9(±76,8) meses. Classificação de Montreal: idade ao diagnóstico(A1=21,8%, A2=50% e A3=28,2%); localização (L1=0%, L2=7,7%,L3=78,2% e L4=14,1%); forma de apresentação (B3 em 100% <strong>dos</strong>casos). Fístulas complexas foram observadas em 52 casos (66,7%).Com tempo médio de seguimento de 48,2 meses, a remissão perianalcompleta ocorreu em 41 (52,6%) casos (41,5%


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1resposta completa ao IFX. Com um tempo médio de seguimento de25 meses, na última análise clínica, 9 pacientes apresentavam umaresposta clínica parcial, 5 mantinham resposta completa e apenas2 acabaram perdendo resposta à medicação. Dos 16 pacientes, apenas2 foram submeti<strong>dos</strong> a colectomia durante o período de manutenção(perda de resposta ao IFX e ao adalimumabe; displasias associada àlesões ou massas). Conclusão: Apesar do número limitado depacientes e <strong>dos</strong> diferentes intervalos de indução nesta análise inicial,observamos uma boa resposta clínica após a indução com IFX empacientes com RCUI refratária a terapia convencional oudependente de corticoide. Houve ainda manutenção da resposta namaioria <strong>dos</strong> casos e pequeno número de colectomias após a indução.Aguarda-se amostragem maior de pacientes para consolidação dopapel do IFXTL040 - ESTUDO DA APOPTOSE EM TECIDO INTESTINAL EGORDURA MESENTERIAL DE PACIENTES COM DOENÇA DECROHNCILENE BICCA DIAS; MARCIANE MILANSKI; MARIANAPORTOVEDO; MARIA DE LOURDES SETSUKO AYRIZONO;ANDRESSA COOPE; CLÁUDIO SADDY RODRIGUES COY;LUCIANA RODRIGUES MEIRELLES; RAQUEL FRANCO LEALUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP,CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A doença de Crohn (DC) é uma afecção cujaetiologia não é completamente compreendida. Alterações em vias deapoptose foram identificadas em células do sistema imune, porém,não existem estu<strong>dos</strong> avaliando esta via no tecido mesenterialhipertr<strong>of</strong>iado adjacente ao processo inflamatório da alça intestinalna DC, bem como na mucosa intestinal. Objetivo: Avaliar apoptosena mucosa intestinal e tecido adiposo mesenterial de pacientes comDC e controles. Casuística e Método: Dez pacientes com DC ileocecal(grupos DCA e DCI), oito pacientes sem doença inflamatória (grupoCA – amostras de tecido adiposo próximo ao íleo distal) que foramsubmeti<strong>dos</strong> à colectomia esquerda por outras causas, e oito pacientescom ileocolonoscopia normal (grupo CI – biópsias de íleo distal)foram estuda<strong>dos</strong>. Os espécimes de mucosa intestinal e do tecidoadiposo mesenterial foram congela<strong>dos</strong> e as expressões de Bax(proteína pró-apoptótica) e Bcl-2 (proteína anti-apoptótica) foramdeterminadas por imunoblot de extrato proteico total. Além disso, aexpressão gênica de Bax e de Bcl-2 foi realizada por meio de RealTime-PCR. As expressões das proteínas no tecido intestinal emesenterial de DC foram comparadas com os respectivos controlesseparadamente. Utilizou-se teste t de Student para a análise estatística(p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1TL042 - INFLIXIMABE NA RETOCOLITE ULCERATIVAINESPECÍFICA: INDICAÇÕES E RESULTADOS.MARIA DE LOURDES SETSUKO AYRIZONO; PRISCILLA SENNEPORTEL OLIVEIRA; RAQUEL FRANCO LEAL; JOÃO JOSÉFAGUNDES; DÉBORA HELENA ROSSI; NATÁLIA J VIEIRA;LÚCIA HELENA L. TOMIATO; CLÁUDIO SADDY RODRIGUESCOYUNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A terapia biológica tem apresentado bonsresulta<strong>dos</strong> na Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) nãoresponsiva ao tratamento convencional, reduzindo o número decirurgias por intratabilidade clínica. Objetivo: Avaliar as indicações eresulta<strong>dos</strong> do uso do infliximabe na RCUI. Casuística e Méto<strong>dos</strong>: Noperíodo de julho de 2006 a maio de 2012, 27 pacientes acompanha<strong>dos</strong>no Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais doGASTROCENTRO – UNICAMP receberam aplicação de infliximabe.Quatorze doentes (51,9%) eram do sexo feminino e a média de idadefoi de 43,1 (18-79) anos. As indicações para o uso da medicaçã<strong>of</strong>oram: intratabilidade clínica em 12 (44,5%) doentes, enteroartropatiaem 7 (25,9%), pouchitis em 3 (11,1%), intolerância ou reaçãomedicamentosa à salicilatos e/ou azatioprina em 3 (11,1%) eassociação de artralgias, intratabilidade ou intolerância, em outros 2(7,4%) doentes. Sete (25,9%) doentes faziam uso concomitante deazatioprina e 4 (14,8%), de salicilatos. Resulta<strong>dos</strong>: Do grupo depacientes com indicação do uso de infliximabe por intratabilidadeclínica, isolada ou em associação com outras indicações, 11 (78,6%)doentes estão assintomáticos ou oligo-sintomáticos; nasenteroartropatias, 3 (42,9%) estão assintomáticos e em 4 (57,1%),a melhora foi parcial; nos 3 pacientes cuja indicação foi intolerânciaou reação à outras medicações, um se encontra assintomático, ummelhorou parcialmente e outro não apresentou melhora. Nos doentescom pouchitis, apenas um apresentou melhora parcial nas primeirasaplicações. Em 5 (18,5%) doentes houve perda de resposta àmedicação, necessitando diminuir o intervalo entre as aplicações.Observou-se reação infusional em 5 (18,5%) e 4 (14,8%) doentesapresentaram na evolução tardia, artralgias e/ou mialgias,provavelmmente decorrentes do uso da medicação. As complicaçõesinfecciosas verificadas foram em número de 9 (3 sinusites, 2conjuntivites, uma amigdalite, otite, cocksackie e infecção do tratourinário), além de 2 abscessos (dentário e perianal). Conclusão: Asprincipais indicações do uso do infliximabe foram intratabilidadeclínica e enteroartropatias tendo apresentado bons resulta<strong>dos</strong>, nãose observando a mesma resposta para o tratamento de pouchitis.Reações infusionais e complicações infecciosas foram frequentes edevem ser lembra<strong>dos</strong>.TL043 - LC3-II SINALIZA O PAPEL DA AUTOFAGIA NAGORDURA MESENTERIAL DE PACIENTES COM DOENÇA DECROHNRAQUEL FRANCO LEAL; MARCIANE MILANSKI; VIVIANESOARES RODRIGUES; MARIANA PORTOVEDO; MARIA DELOURDES SETSUKO AYRIZONO; JOÃO JOSÉ FAGUNDES;CLÁUDIO SADDY RODRIGUES COY; LÍCIO AUGUSTO VELLOSOUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP,CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A doença de Crohn (DC) é uma afecção crônicade etiologia multifatorial. Estu<strong>dos</strong> mostram alterações em vias deaut<strong>of</strong>agia celular, o que pode conferir elevada predisposição para odesenvolvimento da doença. Recentemente, tem se pesquisado opapel da gordura mesenterial próxima à área intestinal afetada pelaDC e sua relação com a fisiopatologia da doença, uma vez que amesma se mostra alterada. Entretanto, não há estu<strong>dos</strong> relacionandoaut<strong>of</strong>agia e o tecido mesenterial hipertr<strong>of</strong>iado na DC. Objetivo eMétodo: Avaliar proteínas relacionadas à aut<strong>of</strong>agia na mucosaintestinal e gordura mesenterial de pacientes com DC e em controles.Dez pacientes com DC ileocecal (Grupo DC) foram estuda<strong>dos</strong>. Oscontroles de tecido mesenterial e intestinal foram constituí<strong>dos</strong>,respectivamente, por oito pacientes sem doença inflamatória (GrupoCG) submeti<strong>dos</strong> à cirurgia abdominal e oito indivíduos comíleocolonoscopia normal (Grupo CI). As amostras de tecido foramcongeladas e a expressão de LC3-II foi determinada por imunoblotde extrato protéico total. Além disso, a expressão gênica (RNAm) debeclin-1, LC3 e Atg16-L1 foi realizada por meio de Real Time-PCR.Os pacientes com DC estavam em uso de mesalasina e/ou azatioprina.Utilizou-se Teste t de Student para a análise estatística, consideran<strong>dos</strong>ignificativo p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1O grupo APIL-10-/- apresentou maior expressão de TLR-2 quandocomparado ao grupo P (p=0,012). A expressão de TLR-4 foisignificativamente maior no grupo AP quando comparado ao grupoP (p=0,0009) nos animais selvagens. Comparando-se com osanimais IL-10-/-, a expressão de TLR-4 foi maior tanto no grupoAP quanto nos grupos APIL-10-/- e PIL-10-/-, em relação aogrupo P (p=0,0034). As expressões de p-IKB±, IKB± e TNF-alfaforam maiores no grupo APIL-10-/- quando comparadas aos demaisgrupos (p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1TL047 - PAPEL DA ENTEROSCOPIA POR CÁPSULA EMDOENTES COM EROSÕES ILEAIS ISOLADAS DETECTADASNA ILEOCOLONOSCOPIA: UMA FERRAMENTA ÚTIL PARAO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE CROHN?MIGUEL MASCARENHAS SARAIVA; ROLANDO PINHO;EDUARDO OLIVEIRAMANOPH-INSTITUTO CUF, PORTO, PORTUGAL.Resumo: Introdução: A detecção de erosões ileais como achado isoladode tipo inflamatório numa ileocolonoscopia representa um desafio àinvestigação completa do intestino delgado. A cápsula en<strong>dos</strong>cópicarepresenta um método não invasivo ideal para este estudo. Esteachado nem sempre tem significado clínico. Objectivos: Avaliar osacha<strong>dos</strong> da enteroscopia por cápsula em pacientes estuda<strong>dos</strong> porerosões isoladas do íleo, detectadas em ileocolonoscopia. Méto<strong>dos</strong>:Avaliação retrospectiva de uma série de 1500 enteroscopias porcápsula. Destas, 52 (3.5%) foram motivadas pela detecção de erosõesisoladas do íleo na ileocolonoscopia. Os sistemas de enteroscopiautiliza<strong>dos</strong> foram: Given (n= 33), Mirocam (n= 15) e Olympus (n= 4).Resulta<strong>dos</strong>: Foram estuda<strong>dos</strong> 52 pacientes, com idade mediana de 41anos [15, 66], 56.6% do sexo masculino). Foram observadas erosõesno íleo em 86.5%, associadas a úlceras em 32.7% <strong>dos</strong> doentes. Nã<strong>of</strong>oram identificadas erosões no íleo pela enteroscopia por cápsulaem 13.5% <strong>dos</strong> pacientes. No jejuno, observam-se erosões em 23.1%associadas a úlceras em 15.4% do total <strong>dos</strong> doentes. 76.9% <strong>dos</strong> doentesnão apresentam assim lesões do jejuno. Em 3.8% <strong>dos</strong> doentes (n= 2)a cápsula não atingiu o cego (atingiu o íleo em todas). Os diagnósticosestabeleci<strong>dos</strong> foram: Doença de Crohn em 36.9%; “ileite erosivainespecífica” em 50% e exame normal em 13.5%, correspondente auma sensibilidade de 86.5% para a detecção de erosões ileais pelacápsula en<strong>dos</strong>cópica. Em to<strong>dos</strong> os exames normais a cápsula atingiuo cego. Conclusões: 1 - A enteroscopia por cápsula mostrou-se ummétodo útil para avaliar a extensão do intestino delgado pelo processoinflamatório. 2 - A maioria <strong>dos</strong> doentes com erosões ileais nãoapresenta lesões no jejuno. 3 - Em mais de um terço <strong>dos</strong> casos foramencontra<strong>dos</strong> acha<strong>dos</strong> sugestivos de envolvimento do intestino delgadopor doença de Crohn. 4 - Em metade <strong>dos</strong> doentes os acha<strong>dos</strong> foraminespecíficos. 5 - A enteroscopia por cápsula pode não detectar erosõesileais isoladas.TL048 - PERDA DE EFICÁCIA DOS AGENTES BIOLÓGICOSNO MANEJO DA DOENÇA DE CROHN: EXPERIÊNCIAMULTICÊNTRICA DO SUL DO BRASILPAULO GUSTAVO KOTZE 1 ; MARCELO RAISSWEILER HARDT 1 ;FABIO VIEIRA TEIXEIRA 2 ; JULIANO COELHO LUDVIG 3 ;HARRY KLEINUBING JUNIOR 4 ; EVERSON FERNANDOMALUTA 5 ; ERON FÁBIO MIRANDA 1 ; MARCIA OLANDOSKI 11.SERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALUNIVERSITÁRIO CAJURU (SECOHUC) - PUCPR, CURITIBA, PR,BRASIL; 2.GASTROSAUDE, MARILIA, SP, BRASIL; 3.ESADI,BLUMENAU, SC, BRASIL; 4.UNIVILLE, JOINVILLE, SC, BRASIL;5.UNIVALI, ITAJAÍ, SC, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Apesar <strong>dos</strong> grandes avanços do tratamentobiológico nos pacientes com doença de Crohn (DC), a perda deeficácia a estes agentes é notável em muitos casos, e ocorre empacientes que usam o Infliximabe (IFX) ou o Adalimumabe (ADA).Há escassez de da<strong>dos</strong> a respeito do tema em pacientes brasileiros.OBJETIVOS: Objetivo primário: avaliar as taxas de perda de eficáciaao IFX e ADA em portadores de DC. Objetivos secundários: avaliarprováveis fatores de risco para perda de eficácia. MÉTODO: Estudoretrospectivo, observacional de uma coorte de portadores de DC emuso de terapia biológica, provenientes de 5 centros do sul do Brasil.Incluí<strong>dos</strong> portadores de DC respondedores ao IFX e ADA, virgens deoutros agentes anti-TNF que fizeram indução e manutenção daremissão. Excluí<strong>dos</strong> os que foram previamente expostos a um agentebiológico. Variáveis analisadas: idade, gênero, classificação deMontreal, drogas concomitantes, tabagismo, DC perianal, tempo deseguimento, presença de perda de eficácia, tempo e motivos paraperda de eficácia. Perda de eficácia foi determinada por necessidadede cirurgia abdominal, uso de corticóides, redução do intervalo,aumento de <strong>dos</strong>es ou troca de agente biológico. Análise estatísticarealizada pelos testes t de student, Mann-Whitney, Fischer ou chiquadradopara homogeneidade <strong>dos</strong> grupos. Realizado teste de Logrank(Kaplan Meier) para perda de eficácia e análise uni e multivariadas(regressão COX) para fatores de risco, considerando-se p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1maio de 2000 a maio de 2012, provenientes de 5 centros de referênciado sul do Brasil. Após a revisão <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, foi realizado opreenchimento de um protocolo específico, com as variáveispreviamente escolhidas. As variáveis analisadas foram: gênero, idadeao início do tratamento, classificação de Montreal (idade aodiagnóstico da DC, localização da doença e fenótipo), doença perianalconcomitante e tabagismo. Os da<strong>dos</strong> foram compila<strong>dos</strong> e analisa<strong>dos</strong>em tabelas de frequência, e compara<strong>dos</strong> com da<strong>dos</strong> da literatura.RESULTADOS: foram incluí<strong>dos</strong> 175 pacientes, 93 (53%) do sexomasculino. A média de idade no início do tratamento biológico foi de35,5 (2-79; DP=13,9) anos. O tempo médio de doença ao início dotratamento foi de 46,9 (0-480; DP=69,6) meses. Apenas 11 (6,3%)pacientes eram tabagistas. Do total da amostra, 117 (66,9%)utilizaram IFX e 58 (33,1%) ADA. Classificação de Montreal - Idadeao diagnóstico: A1 (n=21; 12%), A2 (n=102, 58,3%) e A3 (n=52,29,7%). Localização da DC: L1 (n=42, 24%), L2 (n=51, 29,1%), L3(n=81, 46,3%) e L4 (n=1, 0,6%). Forma de apresentação: B1 (n=59,33,7%), B2 (n=46, 26,3%) e B3 (n=70, 40%). Doença perianal foiencontrada em 89 (50,9%) <strong>dos</strong> pacientes. CONCLUSÕES: os da<strong>dos</strong>epidemiológicos <strong>dos</strong> pacientes foram compatíveis com os da literaturainternacional. Houve uma alta prevalência de pacientes com formafistulizante da DC, além de portadores de doença perianal, fato quepode ser justificado pela maioria <strong>dos</strong> serviços referencia<strong>dos</strong> serem decoloproctologia e não de gastroenterologia clínica.TL050 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTESSUBMETIDOS À TERAPIA ANTI-TNF NA DOENÇA DE CROHNMARCELO RAISSWEILER HARDT; ERON FÁBIO MIRANDAHOSPITAL UNIVERSITARIO CAJURU, CURITIBA, PR, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O manejo da doença de Crohn (DC) vemevoluindo nos últimos anos. Atualmente há um uso crescente <strong>dos</strong>novos agentes biológicos no manejo da DC em todo o mundo. NoBrasil, esse desenvolvimento vem igualmente ocorrendo. Entretanto,há escassez de da<strong>dos</strong> referentes ao perfil epidemiológico <strong>dos</strong> usuáriosde Infliximabe (IFX) e Adalimumabe (ADA) no nosso país.OBJETIVO: Identificar as características epidemiológicas <strong>dos</strong>pacientes com DC, submeti<strong>dos</strong> à terapia biológica, baseadas emcaracterísticas de base e na classificação de Montreal. Desta forma,pretende-se determinar qual o fenótipo mais frequente deapresentação da doença nesta população de pacientes. MÉTODO:Estudo retrospectivo longitudinal, com pacientes portadores de DCque utilizaram terapia biológica no período de maio de 2000 a maiode 2012, provenientes de 6 centros de referência do sul do Brasil.Após a revisão <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, foi realizado o preenchimento de umprotocolo específico, com as variáveis previamente escolhidas. Asvariáveis analisadas foram: gênero, idade ao início do tratamento,classificação de Montreal (idade ao diagnóstico da DC, localizaçãoda doença e fenótipo), doença perianal concomitante e tabagismo.Os da<strong>dos</strong> foram compila<strong>dos</strong> e analisa<strong>dos</strong> em tabelas de frequência, ecompara<strong>dos</strong> com da<strong>dos</strong> da literatura. RESULTADOS: Foram incluí<strong>dos</strong>175 pacientes, 93 (53%) do sexo masculino. A média de idade noinício do tratamento biológico foi de 35,5 (2-79; DP=13,9) anos. Otempo médio de doença ao início do tratamento foi de 46,9 (0-480;DP=69,6) meses. Apenas 11 (6,3%) pacientes eram tabagistas. Dototal da amostra, 117 (66,9%) utilizaram IFX e 58 (33,1%) ADA.Classificação de Montreal - Idade ao diagnóstico: A1 (n=21; 12%),A2 (n=102, 58,3%) e A3 (n=52, 29,7%). Localização da DC: L1(n=42, 24%), L2 (n=51, 29,1%), L3 (n=81, 46,3%) e L4 (n=1,0,6%). Forma de apresentação: B1 (n=59, 33,7%), B2 (n=46, 26,3%)e B3 (n=70, 40%). Doença perianal foi encontrada em 89 (50,9%)<strong>dos</strong> pacientes. CONCLUSÃO: Os da<strong>dos</strong> epidemiológicos <strong>dos</strong> pacientesforam compatíveis com os da literatura internacional. Houve umaalta prevalência de pacientes com forma fistulizante da DC, além deportadores de doença perianal, fato que pode ser justificado pelosserviços referencia<strong>dos</strong> serem de coloproctologia e não degastroenterologia clínica.TL051 - PROCTOCOLECTOMIA NA DOENÇA DE CROHN-ANÁLISE DOS RESULTADOSNATÁLIA J VIEIRA; LARISSA BERBERT ARIAS; DÉBORAHELENA ROSSI; PRISCILLA SENNE PORTEL OLIVEIRA;RAQUEL FRANCO LEAL; MARIA DE LOURDES SETSUKOAYRIZONO; JOÃO JOSÉ FAGUNDES; CLÁUDIO SADDYRODRIGUES COYUNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A proctocoletomia total é rara em doençasbenignas. Sua indicação na doença Crohn, pode ser entendida comodoença grave não responsiva aos tratamentos usuais. Implica naconfecção de derivação intestinal definitiva, o que acarreta em decisãodifícil para o paciente e equipe médica, porém com perspectiva deremissão prolongada e menor emprego de medicamentos. Objetivo:Relatar as indicações e evolução em portadores de doença de Crohnsubmeti<strong>dos</strong> a este procedimento. Método e casuística: Dentre os 505portadores de d. de Crohn atendi<strong>dos</strong> no Amb de DII “Pr<strong>of</strong>. Dr. RicardoGóes”, 12 (2,4%) foram submeti<strong>dos</strong> a proctocolectomia total eileostomia entre 1980 e 2011, com tempo médio deacompanhamento de 13,5 anos. Resulta<strong>dos</strong>: A idade média por ocasiãoda cirurgia foi de 39,5 anos, sendo 66,6% do sexo feminino. Aindicação foi acometimento perineal em 11 pacientes(91,6%) , sendoque em um havia associação com fístula colocutânea. O tempo entreo início da doença e a cirurgia foi de 7,46 anos e por ocasião damesma, o acometimento estava restrito aos segmentos colorretaisem nove pacientes (75%). To<strong>dos</strong> os pacientes haviam sido submeti<strong>dos</strong>a algum procedimento cirúrgico prévio, sendo os mais comunsdrenagens de abscessos perineais ou fistulotomias. A morbidade pósoperatóriaimediata foi de 16,8% (pneumonia e infeção de feridaoperatória). Com relação ã evolução tardia, a morbidade relacionadaà ileostomia foi de 66,9%, sendo a mais frequente hérniaparaileostomica. A recidiva da doença de Crohn foi de 83,5%, sendoque em 66,7% ocorreu no int. delgado e em 16,8% no períneo, sendoque 50% estão em uso de medicação imunossupressora e/ou terapiabiológica. Dois pacientes (16,6%), evoluíram a óbito porcomplicações decorrentes da d. de Crohn. Conclusão: Aproctocolectomia total na doença de Crohn apresenta alta morbidaderelacionada à ileostomia, elevada incidência de recidiva em int. delgadoe de manutenção de terapia medicamentosa.TL052 - REAÇÕES ADVERSAS, COMPLICAÇÕES E ÓBITOSDE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇASINFLAMATÓRIAS INTESTINAIS EM USO DE INFLIXIMABE.EXPERIÊNCIA DO SERVIÇOMARIA DE LOURDES SETSUKO AYRIZONO; RAQUEL FRANCOLEAL; JOÃO JOSÉ FAGUNDES; PRISCILLA SENNE PORTELOLIVEIRA; DÉBORA HELENA ROSSI; NATÁLIA J VIEIRA;LÚCIA HELENA L. TOMIATO; CLÁUDIO SADDY RODRIGUESCOYUNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: Infliximabe foi o primeiro biológico utilizadono tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII)proporcionando melhor controle da doença, porém seu emprego é20


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1associado a reações adversas e/ou complicações. Objetivo: Analisaras reações adversas, complicações e óbitos associa<strong>dos</strong> ao uso deInfliximabe nas DII. Casuística e Méto<strong>dos</strong>: O infliximabe é empregadono Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais doGASTROCENTRO-UNICAMP desde 2004, sendo 129 para Doençade Crohn (DC) e 27 para Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI).Dos pacientes com DC, a média de idade foi de 36,9 anos, 54,3%eram do sexo feminino e 56,6% faziam uso concomitante deimunossupressor. Do grupo com RCUI, 51,9% eram mulheres e amédia de idade foi de 43,1 anos. A principal indicação do uso damedicação na DC foi doença de acometimento perianal (50%) e naRCUI, intratabilidade clínica (55,6%). Resulta<strong>dos</strong>: Entre os portadoresde DC, as reações adversas e complicações verificadas foram: reaçãoinfusional em 31 (37,3%), estenose de canal anal em 11 (13,2%),mialgias/artralgias em 9 (10,8%), reação psoriática em 3 (3,6%),abscesso perianal em 3 (3,6%), suboclusão intestinal em 2 (2,4%) edoença desmielinizante em 1 (1,2%). Complicações infecciosas foramobserva<strong>dos</strong> em 21 (25,3%) pacientes sendo as principais, infecçãodo trato urinário, amigdalite, pneumonia, herpes e tuberculose; quatrodoentes tiveram diagnóstico de neoplasia (carcinoma de bexiga,melanoma de dorso, carcinoma de mama e carcinoma de reto). Seisdoentes evoluiram para óbito (3 de sepse de foco pulmonar, 1 defoco abdominal, 1 de tuberculose disseminada e 1 de ca de bexiga).No grupo com RCUI, ocorreram 9 (47,4%) complicações infecciosas,5 (26,3%) reações infusionais, 3 (15,8%) mialgias/ artralgias e 2(10,5%) abscessos (1 perianal e 1 dentário). Conclusão: Reaçõesinfusionais e complicações, principalmente de natureza infecciosa,foram frequentes nos doentes em tratamento com terapia biológicae devem ser sempre monitora<strong>dos</strong>. Quanto aos óbitos, é difícil atribuircomo causa o uso de biológicos, uma vez que em alguns pacientes amedicação já tinha sido suspensa e outros utilizavam tambémimunossupressores, sem esquecer a gravidade <strong>dos</strong> doentes da casuística.TL053 - SEGURANÇA NO USO DO ADALIMUMABE PARA OTRATAMENTO DA DOENÇA DE CROHNRAQUEL FRANCO LEAL; NIELCE MARIA PAIVA; MARIA DELOURDES SETSUKO AYRIZONO; PRISCILLA SENNE PORTELOLIVEIRA; LÚCIA HELENA L. TOMIATO; DÉBORA HELENAROSSI; JOÃO JOSÉ FAGUNDES; CLÁUDIO SADDY RODRIGUESCOYUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP,CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O tratamento clínico da doença de Crohn (DC)tem avançado muito com a introdução <strong>dos</strong> medicamentos biológicosdentro das opções terapêuticas medicamentosas. Um <strong>dos</strong> principaisdesafios no manejo dessas drogas é a perda de resposta e a ocorrênciade efeitos adversos. Objetivo: Avaliar a segurança do uso doadalimumabe no tratamento da DC. Casuística e Método: Entre abrilde 2008 e maio de 2012, 61 doentes do Ambulatório de DoençasInflamatórias Intestinais do Gastrocentro-UNICAMP, foramsubmeti<strong>dos</strong> a tratamento com adalimumabe, sendo a média de idadeatual de 37,9 (18–63) anos e 59% do sexo feminino. Previamente àadministração da medicação fez-se triagem ambulatorial parainfecções (teste cutâneo de exposição à tuberculose, sorologias parahepatite B, C e HIV). O esquema realizado foi quinzenal, com <strong>dos</strong>einicial de ataque de 160mg e 80mg, e <strong>dos</strong>e de manutenção de 40mgsubcutâneo. O número de aplicações variou de 1 a 85, com média de32,6, sendo o total de 1989 aplicações. Resulta<strong>dos</strong>: Dos 61 pacientes,18 estão em uso de adalimumabe há mais de 24 meses, e destes, cincoestão em uso ou utilizaram a droga por mais de 36 meses. A indicaçãodo adalimumabe nesse subgrupo de pacientes foi por DC perianal emoito (44,4%); pacientes de alto risco para recidiva da DC no pósoperatórioem quatro (22,2%); enteroartropatia em três (16,6%);DC de cólon não-fistulizante em um (5,6%); DC de delgado nã<strong>of</strong>istulizanteem outro (5,6%); e artrite reumatóide associada à DC emoutro (5,6%). Com relação ao uso de infliximabe prévio, 11 haviamutilizado, sendo que oito desenvolveram reação adversa à droga etrês apresentaram perda de resposta, mesmo com o escalonamentoda <strong>dos</strong>e. Durante o acompanhamento desse subgrupo de pacientes,houve a ocorrência de uma infecção por herpes cutâneo e, em outrocaso, houve necessidade de suspensão por perda de resposta, sendointroduzido infliximabe. Considerando-se a casuística geral, houvecinco pacientes que desenvolveram reações alérgicas cutâneas; outrosdois, reações psoriáticas; três doentes que desenvolveram reação nolocal da aplicação como eritema, edema e dor, um caso de herpes jácitado anteriormente e dois casos de neoplasia na vigência do uso dadroga. Houve necessidade de suspensão do adalimumabe nos doiscasos de reação psoriática, nos outros dois com neoplasia e em trêspor perda de resposta. Os demais mantem o uso do medicamento,sem nova evidência de reação adversa ou complicação. Conclusão: Oadalimumabe tem se mostrado medicamento seguro. A monitorizaçãoclínica e laboratorial, assim como das possíveis complicaçõesdecorrentes do uso da terapia biológica, são extremamenteimportantes para evitar principalmente as infecções oportunistasou mesmo possibilitar o diagnóstico dessas complicações de maneiraprecoce e tratamento adequado. Isto inclui triagem ambulatorial préviaao início do tratamento e exames rotineiros ao longo da terapêuticae do acompanhamento.TL054 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DOENÇA DE CROHN– AVALIAÇÃO INICIAL DE 120 CASOSCRISTIANE DE SOUZA BECHARA 1 ; ANTONIO LACERDAFILHO 2 ; MARIA DE LOURDES ABREU FERRARI 2 ; MAGDAMARIA PROFETA DA LUZ 2 ; DEBORAH ALMEIDA ROQUETEDE ANDRADE 2 ; RODRIGO GOMES DA SILVA 21.JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; 2.UFMG, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Mudanças recentes na estratégia dotratamento da Doença de Crohn vem ocorrendo nos últimos anos,com a introdução de medicamentos imunobiológicos. O objetivo é acicatrização da mucosa, na tentativa de alterar a história natural dadoença, levando a remissão pr<strong>of</strong>unda sustentada. Cerca de 75% <strong>dos</strong>paciente necessitam de uma intervenção cirúrgica em 20 anos deinício <strong>dos</strong> sintomas. A prevenção da recidiva pós-operatória é umdesafio na prática clínica. Apesar de o tratamento cirúrgico ser efetivoem tratar as complicações e melhorar a qualidade de vida <strong>dos</strong>pacientes, seu benefício é minimizado pela tendência da doença arecidivar precoce e frequentemente. OBJETIVOS: relatar aexperiência do IAG/HC-UFMG no tratamento cirúrgico da doençade Crohn. MÉTODOS: Foram avalia<strong>dos</strong> prontuários de 120 pacientescom diagnóstico de Doença de Crohn submeti<strong>dos</strong> a tratamentocirúrgico. RESULTADOS: De 280 pacientes acompanha<strong>dos</strong> noambulatórios de Doença Inflamatória Intestinal do Hospital dasClinicas da UFMG, 120 (42,8%) foram submeti<strong>dos</strong> a tratamentocirúrgico. Destes, 71 (59%) tiveram o diagnóstico após a primeiracirurgia, por indicação de abdome agudo inflamatório, sendo que40% necessitaram de outra intervenção cirúrgica ao longo doacompanhamento. As principais indicações cirúrgicas após definiçãodiagnostica foram obstrução intestinal (22,5%), sepse perianal(13,3%), intratabilidade clínica (8%), perfuração intestinal (7,5%),21


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1fistula retovesical (4%), fístula enterocutânea ( 4%) e fístularetovaginal (1,2%). Cinquenta pacientes (41%) eram tabagistas. Osprocedimentos realiza<strong>dos</strong> foram ileocolectomia (38%), enterectomia(34,16%), fistulotomia com seton (8,3%), ,apendicectomia (5%),drenagem de abscesso (5%), colostomia (3,33%), colectomia total(0,8%), proctocolectomia (0,8%) e gastroduodenostomia (0,8%).Quarenta pacientes (33%) necessitaram de mais de uma intervençãocirurgica. CONCLUSÃO: Pacientes com diagnostico da Doença deCrohn estabelecido após intervenção cirurgica de urgência apresentamrisco de recidiva pós-operatória e podem ser candidatos a recebermedicação para manutenção da remissão induzida por cirurgia.- DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL -TL055 - COMPARAÇÃO ENTRE CITOLOGIA ECOLPOSCOPIA ANAL NA DETECÇÃO DE LESÕES SUB-CLINICASCARMEN RUTH MANZIONE; SIDNEY ROBERTO NADAL;THIAGO SILVEIRA MANZIONEEMILIO RIBAS, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O papilomavírus humano (HPV) é o maiscomum dentre os vários agentes etiológicos sexualmentetransmissíveis que provocam doença na região anogenital1. É adoença anal mais comum nos portadores do vírus daimunodeficiência humana (HIV), acometendo principalmente oshomens que fazem sexo com homens (HSH). A afecção não éexclusiva <strong>dos</strong> indivíduos imunodeprimi<strong>dos</strong>, mas, é mais frequentequando a contagem sérica de linfócitos TCD4+ estiver abaixo de500/mL. O diagnóstico da forma clínica é sugerido pelos aspectoscaracterísticos ao exame físico, enquanto as lesões subclínicas, sãodetectadas pela colposcopia anal e/ou citologia do canal anal comescova. OBJETIVO: Comparar a citologia anal com escova com acolposcopia anal para detecção das lesões subclínicas no canal analem pacientes submeti<strong>dos</strong> previamente a erradicação <strong>dos</strong> condilomas.MATERIAL E MÉTODO: Realizado citologia e colposcopia docanal anal nos pacientes sem lesões clínicas após 30 dias daerradicação <strong>dos</strong> condilomas. RESULTADOS: Foram avalia<strong>dos</strong> 125pacientes sendo 101 homens (85 HIV+) e 24 mulheres (6 HIV+).Sensibilidade: 44% - Especificidade: 75% - Valor preditivo positivo:90% - Valor preditivo negativo: 31% - Acurácia: 52%. DISCUSSÃO:A citologia anal tem sido indicada como método de rastreamentona população de risco (HIV+, HSH) e a colposcopia indicada parabiópsias dirigidas quando a citologia mostra-se alterada. Porém,não há consenso a respeito da melhor forma de seguimento <strong>dos</strong>portadores <strong>dos</strong> condilomas acumina<strong>dos</strong> perianais trata<strong>dos</strong>.CONCLUSÃO: A colposcopia e a citologia anal devem ser usadasem conjunto para melhor detecção das lesões subclínicas provocadaspelo.TL056 - FATORES RELACIONADOS AO RASTREAMENTODE LESÕES DE CANAL ANAL EM DOENTES HIV-POSITIVOSYLVIA HELOISA ARANTES CRUZ 1 ; RISIA CRISTINA SANTOSOLIVEIRA 2 ; DIMAS CARNAUBA JUNIOR 21.FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DESÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.CRT DST AIDS, SAOPAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A prevalência de displasias anais em pacientesHIV-positivo principalmente com o histórico de relações sexuaisreceptivas anais é descrita da literatura. A displasia pode ser de baixo(NIAB) e alto grau (NIAA) e é crescente nos dias atuais. O Carcinomaespinocelular do canal (CEC) anal é mais incidente nos pacientesHIV-positivo e aparenta ter íntima relação com as infecções causadaspelo papilomavírus humano, baixa imunidade sistêmica e usoprolongado de antirretrovirais. A rotina de coleta de citologia anal ecolposcopia anal demostram efetividade no rastreamento de lesõesanais e reduz a incidência do CEC anal. Objetivo: Identificação defatores que influenciem a presença de lesões anais em pacientes HIVpositivo.Método: Avaliamos pacientes encaminha<strong>dos</strong> pararastreamento de lesões anais ao ambulatório de Coloproctologia doCRT/AIDS São Paulo de Outubro de 2011 a Março de 2012. Foramavalia<strong>dos</strong> 134 pacientes HIV-positivo e negativo com antecedentede relações sexuais receptivas anais. Excluímos os pacientes HIVnegativoe que não apresentassem exames recentes de contagemsérica de linfócitos T CD4 e carga viral para o HIV. To<strong>dos</strong> os doentesforam submeti<strong>dos</strong> a coleta de citologia anal e colposcopia anal. Aslesões anais foram tratadas com ácido tricoloroacético a 90% eaplicação de sachê de Imiquimode a 5% por 12 semanas. Os pacientesque não apresentaram melhora com o tratamento clínico foramsubmeti<strong>dos</strong> a cauterização das lesões remanescentes. Os da<strong>dos</strong>encontra<strong>dos</strong> foram submeti<strong>dos</strong> a análise estatística com teste de Tde Student e o índice de tolerância utilizado foi de 5%. Resulta<strong>dos</strong>:Estudamos 97 pacientes (86 do sexo masculino e 11 do sex<strong>of</strong>eminino), sendo que 31 apresentavam lesões verrucosas no canalanal e 5 apresentaram NIAB. Apenas um paciente foi encaminhadopara cirurgia após o tratamento realizado. Identificamos que hámaior quantidade de verrugas anais nos pacientes com contageminferior de linfócitos T CD4 (p0,05). A carga viral sérica para o HIV nãoapresentou relação com a presença de verrugas anais (p>0,05). Apresença de displasia na citologia anal apresentou relação com aslesões de canal anal (p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1antimitótico, porém apresentando alguns efeitos tóxicos sistêmicos,sendo contra-indicado na gravidez, com índice de recidiva de 30%. Aintervenção cirúrgica se faz através do uso do eletrocautério,criocirurgia ou ablação a laser, indicada nos casos de lesões cutâneasrenitentes em que a queratina espessa impede a penetração damedicação tópica. A terapia tópica poderá inicialmente tratar acondilomatose; entretanto, o sucesso da terapia primária é deaproximadamente 50%. Outras formas de tratamento utilizam oininterferon e o 5-fluorouracil (5-FU), cujas maiores limitações sãoo alto custo e os efeitos colaterais. Objetivo: Verificar o efeitoterapeutico do uso topico do BT a 20% nas lesões provocadas peloHPV. Casuistica e Méto<strong>dos</strong>:Trabalho prospectivo,tipocoorte,longitudinal em 50 pacientes <strong>dos</strong> sexos masculino e femininocom diagnóstico clínico para o condiloma acuminatum (HPV), nafaixa etária de 02 a 50 anos, atendi<strong>dos</strong> no ambulatório deColoproctologia do Hospital Universitário da UFAL, no período deoutubro de 2007 a agosto de 2012. Resulta<strong>dos</strong>: Houve regressão daslesões condilomatosas em 42 pacientes,nosso seguimento de 03 anosfoi possível em 39 pacientes,to<strong>dos</strong> sem lesão macroscopica.Conclusão: Esta nova opção terapeutica apresenta-se como umaalternativa extremamente aceitavel.TL058 - VALIDADE DO TESTE IMUNOHISTOQUÍMICO DOP16 NO RASTREAMENTO DA DISPLASIA ANAL.EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃOPAULOCAIO SERGIO RIZKALLAH NAHAS; EDESIO VIEIRA DA SILVAFILHO; ALISSON PAULINO TREVIZOL; FABIO CESAR ATUI;SHEILA APARECIDA COELHO SIQUEIRA; ALUISIO COTRIMSEGURADO; IVAN CECCONELLO; SÉRGIO CARLOS NAHASHCFMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A imunohistoquímica para a proteína p16(ICCp16) tem o potencial de revelar lesões com risco de progressãoao câncer de ânus. O presente estudo analisa a validade diagnósticado ICCp16 nos pacientes trata<strong>dos</strong> no Ambulatório de Coloproctologiado Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes HIV/AIDS doHospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade deSão Paulo (HCFMUSP). Método: Entre agosto/2007 e maio/2012,256 pacientes foram submeti<strong>dos</strong> a um esfregaço anal convencional.Em seguida, to<strong>dos</strong> os pacientes que tiveram anormalidades suspeitaspara displasia anal no resultado citológico foram submeti<strong>dos</strong> à biópsiaguiada por anoscopia de alta resolução. Os resulta<strong>dos</strong> histológicosdas biópsias anais foram classifica<strong>dos</strong> como normal, NIA I, NIA II,NIA III e CEC. Colorações com hematoxilina-eosina eimunoperoxidase p16 (clone 6H12) foram realizadas em lâminas debiópsia. Os acha<strong>dos</strong> imunohistoquímicos foram compara<strong>dos</strong> com osresulta<strong>dos</strong> histopatológicos em tabelas de contingência. Resulta<strong>dos</strong>:As prevalências de displasia de qualquer grau, de baixo grau (NIA I)e de alto grau (NIA II e III) foram respectivamente 83,6% (214casos), 62,5%% (160 casos) e 21% (54 casos). Para o diagnósticode displasia de qualquer grau, o ICCp16 apresentou sensibilidade de59,3%, especificidade de 73,8%, valor preditivo positivo de 92% evalor preditivo negativo de 26,3%. Para o diagnóstico de displasiade alto grau, o ICCp16 apresentou sensibilidade de 83%,especificidade de 54%, valor preditivo positivo de 32% e valorpreditivo negativo de 92%. Conclusão: Nossos resulta<strong>dos</strong> mostramque o resultado positivo do teste imunohistoquímico para o p16está associado à displasia de alto grau e, portanto, esse teste podefacilitar na interpretação das biópsias da mucosa anal norastreamento do câncer anal.- MISCELÂNIA -TL059 - ANALISE DAS COLONOSCOPIAS REALIZADASNUM SERVIÇO PRIVADO DE COLOPROCTOLOGIAGERALDO LUIZ BALBINOT; CINTIA HERRMANNUERGS – RS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A colonoscopia é considerada exame goldstandart para diagnóstico de patologias colônicas e nos casos depólipos possibilita a remoção <strong>dos</strong> mesmos, tornando-se um exameterapêutico com baixos índices de complicações graves. A remoçãode pólipos é importante na prevenção do câncer colorretal.OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é analisar as colonoscopiasrealizadas e comparar os resulta<strong>dos</strong> com os da<strong>dos</strong> da literatura.MÉTODO: Foram estudadas 2700 colonoscopias realizadas noperíodo março/2007 a maio/2012. Exames foram realiza<strong>dos</strong> sobsedação com midazolan + meperidina após preparo colônico compicolax ou manitol associa<strong>dos</strong> ao dulcolax. As variáveis estudadasforam idade paciente, sexo, nível atingido exame, patologiasdiagnosticas e exame anátomo patológico. RESULTADOS: A idade<strong>dos</strong> pacientes variou de 4 a 98 anos com uma média de 58,59 anos,sendo 56,96% <strong>dos</strong> pacientes do sexo feminino. Os exames foramcompletos (alcançaram o ceco) em 94,75% <strong>dos</strong> casos e o resultad<strong>of</strong>oi normal em 37,25%. As patologias mais encontradas foram doençadiverticular (39,33%) e pólipos (27,15%). Entre os pólipos resseca<strong>dos</strong>temos que 61,8% eram adenomas. Neoplasias malignas foramencontradas em somente 2,2% <strong>dos</strong> casos. CONCLUSÃO: Acolonoscopia mostrou-se um exame extremamente útil no diagnósticodas patologias colônicas e prevenção do câncer colorretal, poispossibilita a remoção de adenomas, interrompendo assim a sequênciaadenoma/câncer. Os resulta<strong>dos</strong> confirmam os da<strong>dos</strong> literatura ondeverifica-se uma maior realização de exames em mulheres, umaincidência maior de pólipos em homens e uma baixa incidência decâncer colorretal quando utilizando a colonoscopia como prevençãodo mesmo e remoção de pólipos.TL060 - ANÁLISE RETROSPECTIVA DOS PACIENTESSUBMETIDOS À RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITOINTESTINAL EM HOSPITAL TERCIÁRIO REFERÊNCIA DAZONA LESTE DE SÃO PAULOISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; HUGO HENRIQUESWATTE; OTÁVIO NUNES SIA; RODRIGO PADILLA; KATIUCIATEREZA MOLEZIN PORTUGAL; ROGERIO L FREITAS;ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIO ROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Desde a primeira descrição de colostomia pelo francês Littré,a utilização de estomias e suas indicações foram modificadas conformea evolução <strong>dos</strong> tempos. Entretanto, a morbi-mortalidade associada areconstrução do trânsito intestinal ainda é motivo de preocupações.Nesse quesito, sabe-se que os índices globais de morbidade variam de0 a 50% e de mortalidade de 0 a 4,5%. No entanto, ao se analisarespecificamente os pacientes submeti<strong>dos</strong> a reconstrução de trânsitointestinal com ostomia do tipo Hartmann prévio, os valores demortalidade podem alcançar até 28%. Estes percentuais descritosdemonstram a importância da determinação de fatores que influenciama evolução clínica <strong>dos</strong> pacientes submeti<strong>dos</strong> à cirurgia de reconstruçãodo trânsito intestinal. OBJETIVOS: Analisar de forma retrospectivaos da<strong>dos</strong> demográficos de pacientes submeti<strong>dos</strong> à reconstrução detrânsito intestinal em um <strong>dos</strong> hospitais referência do SUS na cidadede São Paulo. PACIENTES E MÉTODOS: Trata-se de estudoretrospectivo desenvolvido entre outubro de 2008 e dezembro de23


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 12011 envolvendo 100 pacientes atendi<strong>dos</strong>, acompanha<strong>dos</strong> e opera<strong>dos</strong>pelo Serviço de Residência Médica de Coloproctologia do HospitalSanta Marcelina de São Paulo, SP. Buscou-se analisar os da<strong>dos</strong>demográficos no que se refere ao sexo, idade, comorbidades (incluindotagabismo), Classificação do Risco Anestésico (ASA), tempo médiode ostomia, indicação primária se por doença benigna ou maligna,tipo de anestesia utilizada na reconstrução do trânsito intestinal,mortalidade e tempo médio de internação. A média de idade <strong>dos</strong>pacientes foi de 53,9 anos (15-82 anos) e 57% pertenciam ao sexomasculino. Com relação à presença de comorbidades, essas estiverampresentes em 54 pacientes e foram marcadas principalmente pelahipertensão arterial sistêmica, diabetes melittus, tabagismo e doençade Chagas. A indicação da confecção da ostomia inicial decorreu dedoença maligna em 43% e o tempo médio de permanência com oestoma foi de 14,3 meses. Quando se classifica entre ostomia terminale em alça, verificou-se que 52 pacientes apresentavam ostomiaterminal, notadamente a do tipo Hartmann. Com relação aclassificação do risco anestésico (ASA), 30% eram ASA I, 56% classeII e 14% ASA III. A anestesia utilizada no momento da reconstruçãodo trânsito intestinal foi a do tipo geral em 40% <strong>dos</strong> pacientes, obloqueio periférico em 34% e a associação entre ambas em 26pacientes. CONCLUSÃO: A reconstrução de trânsito intestinal,embora geralmente seja um procedimento de grande desejo por partedo paciente, não é isento de complicações, devendo, portanto semprese esclarecer o paciente sobre as principais intercorrências, inclusiveêxito letal.TL061 - APLICAÇÃO DE ANASTOMOSE PORCOMPRESSÃO (COLONRING) EM ADENOCARCINOMA DERETOSIGMÓIDE - RELATO DE CASOFRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS 1 ; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; STHELA MARIA MURADREGADAS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; CÉSAR AUGUSTO BARROS DE SOUSA 1 ;ERICO CARVALHO DE HOLANDA 3 ; BENJAMIN RAMOS DEANDRADE JUNIOR 41.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE FORTALEZA,FORTALEZA, CE, BRASIL; 3.; 4..Resumo: O dispositivo CAR NiTi 27 para o uso na anastomosepor compressão incorporando elementos de Nitinol (ColonRing)utiliza compressão consistente, sem a necessidade de grampos,formando uma interface uniforme à superfície seccionada da alçaintestinal. Com esse dispositivo é possível obter anastomosesduráveis, com menos formação de estenoses e maior força de ruptura.Objetivo: Apresentar dois casos de anastomose colorretal realizadacom dispositivo ColonRing para tratamento cirúrgico deadenocarcinoma de reto e sigmóide. Material e Méto<strong>dos</strong>: Ambos ospaciente eram do sexo feminino, média de idade de 64 anos eportadoras de adenocarcinoma no sigmóide distal e reto superior.Foram operadas a no Hospital das Clínicas da Universidade Federaldo Ceará e Santa Casa de Misericordia, em maio de 2012 pararealização de retossigmoidectomia videolaparoscópica (1) econvencional (2) após preparo intestinal com Bisacodil e soluçã<strong>of</strong>osfatada. Resulta<strong>dos</strong>: O tempo operatório médio foi de 245min esem intercorrências. Ambas apresentaram satisfatória evoluçãoclínica com evacuações pastosas no 3° PO. As anastomoses foramavaliadas en<strong>dos</strong>copicamente no 1°, 8° sendo visualizado anel deanastomose e seu deslocamento e no 15° PO área observa-se área deanastomose pérvea e ampla. Conclusão: O emprego do dispositivoCAR NiTi 27 para anastomoses (ColonRing) é uma alternativasegura, eficaz e reprodutível para confecção de anastomosescolorretais.TL062 - AVALIAÇÃO ANORRETAL DE 79 PACIENTESATRAVÉS DA ULTRASSONOGRAFIA TRIDIMENSIONALANA CAROLINA CHIORATO PARRA; RICARDO LUIZ SANTOSGARCIA; PAULO HENRIQUE PISIPROCTUS ULTRASSONOGRAFIA ANORRETALTRIDIMENSIONAL, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: A ultrassonografia anorretal tridimensional tem sidoamplamente utilizada no diagnóstico das afecções anorretais. Essamodalidade de exame possibilita avaliar as estruturas anatômicas queformam o canal anal, o reto e os teci<strong>dos</strong> perianorretais com baixocusto, de forma segura, sendo muito pouco invasiva, bem tolerada esem radiação.Utiliza-se um transdutor anorretal com 360o , rotatório , que realizao escaneamento automático no sentido proximal-distal, resultandonum cubo de 6cm de extensão. A imagem tridimensional formadapode ser gravada para posterior análise, possibilitando a aquisição devários tipos de cortes melhorando significativamente a precisão doexame. Objetivo – Confrontar as indicações com os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>através do exame ultrassonográfico. Método – Foram analisa<strong>dos</strong>retrospectivamente 79 exames utilizando-se um aparelhoultrassonográfico com transdutor anorretal bi e tridimensional (BKMedical). To<strong>dos</strong> os exames foram realiza<strong>dos</strong> por dois médicoscoloproctologistas com a mesma formação e experiênciaultrassonográfica. As indicações <strong>dos</strong> exames foram feitas pordiferentes médicos coloproctologistas. Resulta<strong>dos</strong> – Dos 79 pacientes,48% eram homens e 67% mulheres. Quanto às indicações, foramrealiza<strong>dos</strong> 33 exames para avaliação de neoplasia, seja paraestadiamento inicial de lesões do canal anal ou reto distal/médio,assim como resposta a neoadjuvância e seguimento pós-operatório;11 para fístulas; 18 para incontinência fecal; 7 para constipação, 4para pólipos, 2 para endometriose e 4 para dor e sangramentoanal. Em relação aos acha<strong>dos</strong> ultrassonográficos: 35 neoplasiasanorretais avaliadas, 10 fístulas com identificação <strong>dos</strong> trajetosfistulosos e orifícios internos correspondentes, 20 lesõesesfincterianas parciais ou completas e 4 lesões do músculopuborretal, 8 contração paradoxal do músculo puborretal, 2endometrioses, 6 doenças hemorroidárias, 3 intussuscepções, 4retoceles, 1 abscesso, 1 pólipo retal e 2 exames sem alterações.Houve correlação entre os acha<strong>dos</strong> cirúrgicos e ultrassonográficosem to<strong>dos</strong> os pacientes submeti<strong>dos</strong> a correção cirúrgica. Conclusão– As principais indicações encontradas no presente estudo vão deencontro aquelas preconizadas na literatura. Quando realizada porcoloproctologista, a ultrassonografia anorretal tridimensional ganhamaior credibilidade, pois alia a visão tridimensional do exame coma experiência en<strong>dos</strong>cópica e cirúrgica do examinador, permitindo aelaboração de lau<strong>dos</strong> objetivos. Concordando-se ainda com aliteratura mundial, o ultrassom anorretal tridimensional se tornouuma ferramenta fundamental na propedêutica de inúmeras afecçõesanorretais benignas e malignas, sendo um exame com menorcomplexidade técnica, maior rapidez na sua realização, melhortolerância e baixo custo.TL063 - AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA QUALIDADE DEVIDA EM PACIENTES OSTOMIZADOS E NAQUELESSUBMETIDOS À RECONSTRUÇÃO DO TRÂNSITOINTESTINAL24


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1FRANCISCO CLAUDIO LINHARES DE SÁ FILHO,; LUIZCOÊLHO BRITO JÚNIOR; LEVINDO ALVES OLIVEIRA; MARLONKRUBINIKI DE MATTOS; GLAUCIO PIRES CARNEIRO; ÉDERRODRIGO FIGUEIRA RIBEIRO; ANDRÉ CÉSAR COÊLHO;RAQUEL BRITO SILVA DA LUZHOSPITAL GERAL DE RORAIMA, BOA VISTA, RR, BRASIL.Resumo: Introdução: O impacto de uma ostomia em seus portadoresé, às vezes, devastador. A falta de conhecimentos prévios, associadaao intenso desconforto ocasionado pelo estoma, por onde seexterioriza grande parte do material fecal, que produz sons e odoresdesagradáveis, ocasionam por vezes inadaptação e depressão.Objetivo: Realizar uma análise comparativa da qualidade de vidaentre pacientes ostomiza<strong>dos</strong> e os que já reconstituíram o trânsitointestinal no Estado de Roraima. Metodologia: A qualidade de vida<strong>dos</strong> 30 pacientes incluí<strong>dos</strong> na pesquisa (17 ostomiza<strong>dos</strong> e 13 pósreconstruçãodo trânsito intestinal) foi avaliada do questionárioadaptado e desenvolvido pelo World Health Organization Quality <strong>of</strong>Live Group (WHOQOL Group), o WHOQOL-bref, constituído de24 questões, sendo composto por 4 domínios: Físico, Psicológico,Relações Sociais e Meio ambiente, cada questão satisfaz a uma facetado domínio correspondente e 2 perguntas que abrangem Qualidade deVida (QV). Resulta<strong>dos</strong>: Houve um predomínio do sexo masculino(63,3%), e a média de idade foi 39 anos. O grau de escolaridadepredominante foi ensino médio incompleto ou abaixo (83,3%) equanto à religião, houve predomínio da católica (66,7%). Quantoà avaliação da qualidade de vida, as facetas no domínio físico quemais influenciam nos ostomiza<strong>dos</strong> e pós ostomiza<strong>dos</strong> são “sono erepouso” (r=0,92) e “capacidade de trabalho” (r=0,98),respectivamente. No domínio psicológico, “pensar, aprender,memória e concentração” (r=0,87) foram mais significativos paraostomiza<strong>dos</strong>, enquanto “sentimentos negativos” (r=0,95) foipredominante no pós-ostomiza<strong>dos</strong>. Quanto as relações sociais,nos indivíduos ostomiza<strong>dos</strong> o “suporte (apoio) social” foi afacetamais influente na qualidade de vida (r=0,84), enquanto a “atividadesexual” (r=0,87) foi mais importante nos indivíduos pósostomiza<strong>dos</strong>.No domínio meio ambiente, o “ambiente do lar”(r=0,79) e “oportunidade de adquirir novas informações ehabilidades” (r=0,89) foram os mais influentes na vida <strong>dos</strong>ostomiza<strong>dos</strong> e pós ostomiza<strong>dos</strong>, respectivamente. Em relação àavaliação global da qualidade de vida, no grupo de ostomiza<strong>dos</strong>nenhum a classificou como “boa”, enquanto nos pós-ostomia 4(30,8%) a avaliaram dessa forma. Na correlação feita entre QV ecada domínio, verificou-se os seguintes índices: físico (r=0,67),psicológico (r=0,73), relações sociais (r=0,57) e meio ambiente(r=0,52), to<strong>dos</strong> os domínios apresentaram correlaçãoestatisticamente significativa. Conclusão: A qualidade de vida nospacientes ostomiza<strong>dos</strong> é, portanto, mais comprometida, uma vezque são pessoas com a imagem corporal alterada, dificuldades paraexercer atividades cotidianas e sexualidade prejudicada. Dessaforma, compete aos pr<strong>of</strong>issionais de saúde além da preocupaçãocom condições orgânicas funcionantes, suporte psicológico, sociale emocional do paciente, o que influencia de maneira positiva notratamento.TL064 - AVALIAÇÃO DA IMUNIDADE LOCAL NOCARCINOMA ESPINOCELULAR DO CANAL ANAL DEDOENTES HIV-POSITIVOSYLVIA HELOISA ARANTES CRUZ 1 ; SIDNEY ROBERTONADAL 1 ; CARMEN RUTH MANZIONE 2 ; EDENILSONEDUARDO CALORE 21.FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DESÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.INSTITUTO DEINFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Estudamos as células de Langerhans (CL)ativadas nos portadores de CEC do canal anal, soropositivos enegativos para o HIV. O CEC anal era mais frequente no sex<strong>of</strong>eminino na 6ª e 7ª décadas de vida até a década de 80. Com oadvento da infecção pelo HIV houve aumento de sua incidência emjovens do sexo masculino. OBJETIVO: Comparar a quantidade deCL ativadas, em portadores de CEC do canal anal e controles, HIVpositivoe negativo. MÉTODO: Avaliamos 25 doentes, sendo 11soronegativos e 14 soropositivos. Os pacientes foram atendi<strong>dos</strong> noambulatório de Coloproctologia do Departamento de Cirurgia daFCMSCSP e pela Equipe Técnica de Proctologia do IIER. To<strong>dos</strong>apresentavam CEC do canal anal, estádios II e IIIB e foram submeti<strong>dos</strong>ao esquema a radioquimioterápico. Realizamos estudo com a coloraçãoimunoistoquímica anti-CD1A para avaliar as CL ativadas. Utilizamoso método de histometria para a contagem em 20 campos diferentesdas células coradas na camada basal, onde era evidente a disseminaçãotumoral. Fizemos dois grupos controle compostos por sete pacientesHIV negativo e quatro HIV positivo. Submetemos os resulta<strong>dos</strong>encontra<strong>dos</strong> à análise estatística com os testes não paramétricos deMann-Whitney e de Kruskal-Wallis e os testes paramétricos t deStudent e exato de Fisher. Consideramos o índice de tolerância menorque 5%, para to<strong>dos</strong> os testes estatísticos. RESULTADO: O CEC docanal anal foi mais frequente, em nosso estudo, em mulheressoronegativas e em homens mais jovens soropositivos (p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1por escala de graduação inflamatória. Na avaliação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>utilizou-se o teste de Mann-Withney adotando-se nível designificância de 5% (p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1ANA CAROLINA CHIORATO PARRA; CAMILA PERAZZOLI;RAPHAEL GURGEL DE CARVALHO; GUSTAVO URBANO;VIVIAN REGINA GUZELA; ROGÉRIO SERAFIM PARRA; OMARFÉRES; JOSE JOAQUIM RIBEIRO DA ROCHAHOSPITAL DE CLÍNICAS, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO. A cápsula en<strong>dos</strong>cópica constitui um métododiagnóstico que permite avaliar toda a extensão do tratogastrointestinal, sendo particularmente relevante no estudo depatologias incidentes no intestino delgado. Entre suas principaisindicações estão: hemorragia de etiologia obscura, anemia crônica,suspeita de neoplasias de delgado, avaliação de doença inflamatóriaintestinal, doença celíaca e dor abdominal crônica. OBJETIVO. Expora experiência inicial em relação as indicações, acha<strong>dos</strong> e conclusõesa respeito do estudo da cápsula en<strong>dos</strong>cópica, na avaliação do tratodigestório, em serviço de referência na cidade de Ribeirão Preto.MATERIAIS E MÉTODOS. Foram seleciona<strong>dos</strong> exames de cápsulaen<strong>dos</strong>cópica realiza<strong>dos</strong> em 28 pacientes entre os anos de 2010-2012. Entre as variáveis analisadas constaram a indicação do motivodo exame, acha<strong>dos</strong> imaginológicos durante o estudo e conclusõespertinentes a razão que motivou a indicação da cápsula en<strong>dos</strong>cópica.Todo o exame foi amplamente documentado em relação a sua duraçãoe imagens, sendo o laudo final encaminhado ao médico assistente quesolicitou o estudo. RESULTADOS. Em nossa experiência, a idade <strong>dos</strong>pacientes submeti<strong>dos</strong> a cápsula en<strong>dos</strong>cópica variou entre 27 e 94anos. A principal razão que motivou a solicitação do exame foi umou mais episódios de hemorragia digestiva de causa obscura, comnecessidade de transfusão sanguínea. Entre os acha<strong>dos</strong>, o maiscomumente descrito ao longo do estudo foi a presença deangiodisplasias e ou ectasias vasculares. CONCLUSÃO. A importânciada cápsula en<strong>dos</strong>cópica reside no estudo de toda extensão do intestinodelgado, porção extensa do trato digestório que exames como aen<strong>dos</strong>copia digestiva alta e a colonoscopia não são capazes de avaliaramplamente. A possibilidade de sua realização permite avaliarpatologias que, embora infrequentes, impõem grande dificuldadediagnóstica quando suspeitadas.TL069 - DIMINUIÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTRESSE OXIDATIVOTECIDUAL APÓS O USO DE N-ACETILCISTEÍNA NA COLITEDE EXCLUSÃOMARCOS GONÇALVES DE ALMEIDA; FERNANDOLORENZETTI DA CUNHA; RODRIGO DE OLIVEIRA MELLO;PAULO PEDROSO JUNIOR; MURILO ROCHA RODRIGUES;DANIELA TIEMI SATO; JOSÉ AIRES PEREIRA; CARLOSAUGUSTO REAL MARTINEZUNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, BRAGANÇA PAULISTA, SP,BRASIL.Resumo: A colite de exclusão (CE) é uma condição benignacaracterizada pelo desenvolvimento de processo inflamatório namucosa do cólon desprovida de trânsito fecal. O estresse oxidativotem sido implicado na patogênese da doença. A n-acetilcisteína (NAC)é uma substância com efeitos antioxidantes utilizada no tratamentode várias doenças inflamatórias. Objetivo: Avaliar os efeitos protetoresda aplicação tópica de NAC em modelo de CE. Método: Trinta e seisratos Wistar, foram submeti<strong>dos</strong> ao desvio do trânsito através decolostomia proximal e fístula mucosa distal. Os animais foramdistribuí<strong>dos</strong> em três grupos experimentais de 12 animais segundo aaplicação de enemas diários contendo soro fisiológico (SF) 0,9% ouNAC nas concentrações de 25mg/kg ou 100mg/Kg. Em cada grupo,metade <strong>dos</strong> animais foi sacrificada após duas ou quatro semanas deirrigação. Diagnosticou-se CE pelo estudo A peroxidação lipídica eos níveis de estresse oxidativo ao DNA foram mensura<strong>dos</strong> peladeterminação <strong>dos</strong> níveis de malondialdeído (MDA) e pelo ensaio decometa, respectivamente. Para comparação <strong>dos</strong> níveis de danooxidativo entre os grupos experimental e controle foi utilizado oteste de Mann-Withney adotando-se nível de significância de 5%(p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1se no reto, uma em sigmoide, duas em transverso, e quatro em colonascendente. A duração média foi de 167 min ( 60 a 420 min), sendo que14 lesões (82,3%) foram ressecadas em monobloco. Ocorreram duascomplicações (11,7%), tratadas durante os procedimentos comcolocação de clipes en<strong>dos</strong>cópicos, sendo um caso de sangramento eoutro de perfuração, ambos com boa evolução. O diagnóstico histológicoevidenciou a presença de lesão hiperplásica em um caso, adenoma comáreas de carcinoma intra-epitelaial em cinco, adenocarcinoma cominvasão de submucosa em dois e adenoma em dez. As margens depr<strong>of</strong>undidade estiveram todas livres de lesão, em em três casos (7,6%)constatou-se margem lateral comprometida, porém sem recidiva noacompanhamento p[os-procedimento. Conclusão: A dissecçãosubmucosa possibilitou adequada avaliação histológica <strong>dos</strong> espécimes,ausência de recidiva en<strong>dos</strong>cópica e baixo índice de complicações.TL071 - ENDOMETRIOSE DE APÊNDICE CECAL: SÉRIE DECASOS E REVISÃO DE LITERATURAROBERTO NIGRO; EDUARDO KENZO MORY; OMAR ABUDFRANCO ABDUCH; DANIEL JOSÉ SZOR; FABIO SAKAEKUTEKENHOSPITAL LEFORTE, SÃO PAULO, SP, BRASIL; .Resumo: Introdução: O apêndice cecal é o terceiro local de maioracometimento por endometriose no trato digestivo. No entanto, odiagnóstico é difícil e muitas vezes ocorre de forma incidental oudurante procedimentos relaciona<strong>dos</strong> ou não ao tratamento daendometriose. Objetivo: Apresentar casos de endometriose deapêndice no formato de série de casos e realizar a revisão da literatura.Méto<strong>dos</strong>: Análise retrospectiva <strong>dos</strong> casos de endometriose intestinalopera<strong>dos</strong> com identificação daqueles com suspeita de acometimentodo apêndice cecal e revisão de literatura. Resulta<strong>dos</strong>: No período deJaneiro de 2007 à julho de 2012, realizamos 74 procedimentos deabordagem cirúrgica de endometriose intestinal, sendo 52retossigmoidectomias segmentares e 12 ressecções discoides. To<strong>dos</strong>os procedimentos são realiza<strong>dos</strong> por equipe multidisciplinar compostapor coloproctologistas e ginecologistas. Em 22 casos, houve a suspeitade acometimento do apêndice com apendicectomia, <strong>dos</strong> quais em81% <strong>dos</strong> casos houve confirmação histológica. O aspectointraoperatório é variável e pode se apresentar como foco superficialde endometriose, foco nodular de endometriose, apêndice endurecido,pontos de fibrose no apêndice e aderência à focos ginecológicos. Otempo médio de acréscimo do tempo cirúrgico foi deaproximadamente 14 minutos (10 - 24 minutos). Nenhuma pacienteapresentou qualquer complicação relacionada à apendicectomia.Houve ainda um caso adicional de achado incidental de endometriosede apêndice em paciente com o diagnóstico de apendicite e outro desuboclusão intestinal por acometimento do apêndice e válvula íleocecal.Discussão: Estima-se que o acometimento do apêndice porendometriose varie entre 0,8 à 22%, dependendo da populaçãoestudada. O acometimento é mais frequente quando há focos deendometriose em outras áreas do intestino, porém pode haver focosisola<strong>dos</strong> de endometriose de apêndice. A apresentação clínica évariável. Em geral, associa-se à causa de dor pélvica crônica em fossailíaca direita. A ocorrência de casos de apendicite e perfuração sãoraros, com poucos relatos de casos na literatura. Nossos da<strong>dos</strong>encontram-se de acordo com o restante da literatura, ressaltando-seo fato que analisamos apenas pacientes com diagnóstico deacometimento intestinal de endometriose. A apendicectomiaacrescenta pouco tempo cirúrgico ou morbidade ao procedimento.Dada a alta correlação entre a suspeita intra-operatória e confirmaçãohistológica, recomenda-se a revisão sistemática do apêndice cecalnos casos de endometriose e a realização da apendicectomia à menorsuspeita de acometimento. Conclusão: O acometimento do apêndicececal, apesar de raro na população geral, apresenta alta prevalênciaem pacientes com endometriose intestinal. A análise intra-operatóriado apêndice deve ser obrigatória e a apendicectomia realizada sempreque houver a suspeita de acometimento, dada a baixa morbidade queeste procedimento adicional acrescenta.TL072 - INFLUÊNCIA DO PREPARO MECÂNICO NACIRURGIA ELETIVA DO CÂNCER DO INTESTINO GROSSOJULIO CESAR M SANTOS JR; ANA CAROLINA C. OLIVEIRAHOSPITAL FREI GALVÃO DE GUARATINGUETÁ, SP,GUARATINGUETA, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O preparo mecânico, para operaçõescirúrgicas colorretais eletivas, teria como intuito proteger o pacientecontra as complicações infecciosas e a deiscência da anastomose, maspoucas vezes esse poder protetor foi cientificamente testado.OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi verificar se as operaçõescirúrgicas colorretais eletivas, sobretudo no tratamento do câncer dointestino grosso envolvendo anastomoses colorretais baixas ou cólonanais,podem ser feitas com segurança sem o preparo intestinalmecânico MÉTODO: Foram incluídas 544 pessoas, internadas entrejaneiro de 1991 e maio de 2012, para tratamento cirúrgico de doençasdo intestino grosso que evolveu ressecção e anastomose primária.Foram divididas em 2 grupos: Grupo SP: 472 pacientes (254 mulherese 218 homens) que não receberam o preparo mecânico pré-operatóriodo intestino grosso e Grupo CP: 72 pacientes com preparo mecânicoprévio. To<strong>dos</strong> receberam, de forma pr<strong>of</strong>ilática, por via venosa, aassociação de 2 antibióticos inicia<strong>dos</strong> na indução anestésica e mantidopor 24 horas. Os pacientes do Grupo SP, demograficamentesemelhantes, foram separa<strong>dos</strong> em dois subgrupos: subgrupo A – 278pacientes com câncer do intestino grosso; subgrupo B – 194 pacientescom outras doenças cirúrgicas do intestino grosso. To<strong>dos</strong> foramopera<strong>dos</strong> pela mesma equipe de cirurgiões. RESULTADOS: Não houvediferença significativa entre os grupos relativa aos aspectosdemográficos e de procedimentos cirúrgicos. A incidência decomplicação infecciosa foi: Grupo SP 7,2% e Grupo CP 24%,significativamente diferentes (p < 0,0005) a favor <strong>dos</strong> pacientes quenão receberam preparo mecânico. A análise feita dentro do Grupo SPrevelou maiores complicações envolvendo as anastomoses colorretaisbaixas e as cólon-anais. Houve diferença significativa entre a incidênciade deiscência de anastomose comparando homens (11,2%) e mulheres(2,7%). O tempo cirúrgico influiu significativamente na incidência deinfecção – acima de 202 min (média de 242 min) a taxa de infecção foide 12,7% contra 5% para as operações com duração inferior a 202min. (média de 148 min.), com p=0,029, mas não nas deiscências deanastomoses. CONCLUSÃO: Da interpretação desses resulta<strong>dos</strong>, sugereseque as cirurgias eletivas do intestino grosso, inclusive para otratamento do câncer com anastomoses colorretais baixas podem serfeitas, com segurança, sem o preparo intestinal mecânico.TL073 - INVESTIGAÇÃO DA ACALÁSIA DO ESFÍNCTER ANALINTERNO POR MEIO DA ELETROMANOMETRIA DEPACIENTES CHAGÁSICOS OBSTIPADOS COM E SEMMEGACOLOARMINDA CAETANO ALMEIDA LEITE; JOSE PAULOTEIXEIRA MOREIRA; HELIO MOREIRA JR; RANIERERODRIGUES ISAAC; PAULA CHRYSTINA CAETANO ALMEIDALEITE; LEONEL REIS LOUSA; HELIO MOREIRAFACULDADE DE MEDICINA UFG, GOIÂNIA, GO, BRASIL.28


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Resumo: A doença de Chagas permanece como importante desafiopara a saúde pública no continente sul americano. A colopatiachagásica é considerada a segunda manifestação clínica digestiva maiscomum na doença e a obstipação intestinal crônica, seu principalsintoma. O objetivo geral foi investigar a presença de acalásia, pormeio da eletromanometria do esfíncter anal interno, em pacienteschagásicos obstipa<strong>dos</strong> com e sem megacolo. O presente estudo avaliouparâmetros clínicos e eletromanométricos de 64 pacientes comsintoma de obstipação intestinal, atendi<strong>dos</strong> no serviço decoloproctologia de um hospital universitário da região central doBrasil. A acalásia esteve presente em 91,3% (IC95% 74,13-98,52)<strong>dos</strong> pacientes com megacolo e/ou megarreto (Grupo 1), em 47,29%(IC95% 27,29-68,57) <strong>dos</strong> sem megacolo e/ou megarreto (Grupo 2) eem nenhum <strong>dos</strong> pacientes do grupo controle (Grupo 3). A capacidaderetal foi de 309,1, 159,2 e 150,1 ml nos Grupos 1, 2 e 3respectivamente. Concluiu-se que a eletromanometria detecta acalásiado esfincter interno do ânus na quase totalidade <strong>dos</strong> pacientes commegacolo e/ou megarreto. A presença de megacolo em pacientesobstipa<strong>dos</strong> chagásicos alerta para a possibilidade de ocorrência deacalásia do esfincter anal interno. Em pacientes obstipa<strong>dos</strong> crônicos,com sorologia positiva para doença de Chagas, sem megacolo aconstatação da ausência do reflexo inibitório retoanal, pelaeletromanometria, pode de forma definitiva comprovar a colopatiachagásica, enquanto a presença do reflexo afastaria, naquele momento,esse diagnóstico, devendo esses pacientes serem segui<strong>dos</strong> e trata<strong>dos</strong>como os demais portadores de obstipação por outras causas. Acomparação das manifestações clínicas nos três grupos não evidencioudiferenças que pudessem distinguir pacientes com colopatia chagásicadaqueles com obstipação funcional, reafirmando a importância darealização da eletromanometria em pacientes chagásicos e obstipa<strong>dos</strong>.TL074 - MESALAZINA NO TRATAMENTO DA DOENÇADIVERTICULAR HIPERTÔNICA DO CÓLON. ENSAIOCLÍNICO RANDOMIZADO.MESALAZINA NO TRATAMENTODA DOENÇA DIVERTICULAR HIPERTÔNICA DO CÓLON.ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADOFERNANDO PINHEIRO ORTEGA; GUSTAVO GOMBOSK;LUCIANE HIANE DE OLIVEIRA; SÉRGIO OLIVA BANCI;JOAQUIM SIMÕES NETO; ODORINO KAGOHARA; JOSÉALFREDO DOS REIS JUNIOR; JOSÉ ALFREDO DOS REIS NETOCLÍNICA REIS NETO - SP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A doença diverticular em sua formahipertônica manifesta-se de maneira variada, sendo a dor tipo cólicana fossa ilíaca esquerda ou no baixo ventre o sintoma predominanteda moléstia. OBJETIVO: Avaliar o resultado, a curto e médio prazo,do emprego da mesalazina na fase aguda da enfermidade diverticularhipertônica do cólon, na dependência da <strong>dos</strong>e utilizada e do tempo deutilização. MÉTODO: Entre 2009 e 2011 foram seleciona<strong>dos</strong> doisgrupos de pacientes, aleatoriamente, sem distinção de sexo, raça ouidade, respectivamente denomina<strong>dos</strong> de grupos A e B, portadores dedoença diverticular hipertônica em fase aguda da enfermidade. Aogrupo A administrou-se <strong>dos</strong>e única diária de 1200 mg de mesalazinapor um período consecutivo de 3 meses e ao grupo B administrou-se<strong>dos</strong>e diária de 1600 mg de mesalazina, dividida em 3 <strong>dos</strong>es de 400 mga cada 8/8 horas por igual período de 3 meses consecutivos. No grupoA foram estuda<strong>dos</strong> 13 pacientes e no grupo B, 12 pacientes. A seleção<strong>dos</strong> pacientes para estudo foi realizada através da história clínica,exame físico, hemograma completo e tomografia computadorizadamulti-slice de abdômen. A historia clinica foi importante paradeterminar o tempo e a intensidade <strong>dos</strong> sintomas; o exame físicoincluiu a palpação detalhada do abdômen com especial atenção parapalpação do cólon esquerdo, incluindo temperatura axilar e retoscopiarígida. Paciente algum com abscesso e peritonite foi incluído noestudo. Os pacientes após medica<strong>dos</strong> foram re-examina<strong>dos</strong> com 15,30, 60, e 90 dias, dando-se especial atenção para evolução clínica(especialmente sintoma doloroso, febre e hábito intestinal).RESULTADOS: Em ambos os grupos observou-se melhorasignificativa da dor nas duas primeiras semanas, sendo que ao final de60 dias, a grande maioria <strong>dos</strong> pacientes (69,2% no grupo A e 66,6%no grupo B) apresentavam-se sem dor, com cólon sigmóide somentesensível à palpação pr<strong>of</strong>unda. Não houve diferença significativa a<strong>of</strong>inal de 3 meses, quanto ao efeito das duas diferentes <strong>dos</strong>esadministradas, notando-se em ambos os grupos pacientesassintomáticos. CONCLUSÃO: Através do presente estudo concluiseque a mesalazina consiste em alternativa terapêutica efetiva noalivio sintomático da doença diverticular hipertônica do cólon emsua fase aguda.TL075 - O EFEITO DA ISQUEMIA/REPERFUSÃOMESENTÉRICA SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO DEÓRGÃOS À DISTÂNCIA EM RATOS WISTARHENRIQUE SARUBBI FILLMANN 1 ; GILMARA P. ZABOT 1 ;RENATA M. HARTMANN 2 ; JEFFERSON BRAGA DA SILVA 1 ;NORMA P. MARRONI 31.PUC-RS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 2.UFRGS-HCPA,PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 3.UFRGS-HCPA-ULBRA, PORTOALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: É frequente na prática médica a ocorrência de esta<strong>dos</strong>isquêmicos como oclusões arteriais, transplantes, isquemia mesentéricae choque, os quais acometem número crescente de indivíduos, devariadas faixas etárias e determinam alta morbimortalidade.Entretanto a lesão de reperfusão, diferentemente da lesão isquêmica,é capaz de produzir alteração sistêmica e não apenas nos locaisacometi<strong>dos</strong> pelo fenômeno. Objetivo: O objetivo deste trabalho édemonstrar as alterações inflamatórias e do estresse oxidativo emórgãos à distância de animais submeti<strong>dos</strong> à isquemia/reperfusãomesentérica. Material e méto<strong>dos</strong>: foram utiliza<strong>dos</strong> 10 ratos Wistarmachos com peso médio de 250 gramas. Os animais foramanestesia<strong>dos</strong>, realizada laparotomia exploradora com clampeamentoda artéria mesentérica por 30 minutos e reperfusão por 15 minutos.Foram então retira<strong>dos</strong> o intestino grosso, pulmão e fígado paraavaliação do estresse oxidativo. Foi avaliada a lipoperoxidação pelatécnica de TBARS e foram medidas as enzimas antioxidantessuperóxido dismutase e glutationa peroxidase no pulmão e intestino.Para a avaliação da atividade antioxidante no fígado foi avaliada aenzima catalase. Resulta<strong>dos</strong>: Os resulta<strong>dos</strong> da lipoperoxidação n<strong>of</strong>ígado, pulmão e intestino grosso <strong>dos</strong> animais submeti<strong>dos</strong> à isquemia/reperfusão foram significativamente superiores aos do grupo controle(Fígado=1,27X0,13; Pulmão=3,6X1,2; Intestino=4,6X1,7). Os níveisda enzima superóxido dismutase foram significativamente maioresno pulmão e intestino nos animais submeti<strong>dos</strong> à isquemia/reperfusãoquando compara<strong>dos</strong> ao grupo controle (Pulmão=37,2X80,1;intestino=93,8X179,6). Os níveis da enzima glutationa peroxidasefoi significativamente inferior no pulmão e intestino <strong>dos</strong> animaissubmeti<strong>dos</strong> à isquemia/reperfusão (Pulmão=2,72X4,51;Intestino=2,14X10,66). A medida da enzima catalase no fígadotambém foi significativamente inferior no grupo submetido à isquemia/reperfusão (0,28X0,610). Conclusão: A isquemia/reperfusãomesentérica provoca lesão secundária ao estresse oxidativo em órgãosà distância e explica o dano sistêmico causado por este evento.29


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1TL076 - POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR. ANÁLISEDE 75 CASOS OPERADOS NO HOSPITAL DAS CLÍNICASDA FMRP–USPMARLEY RIBEIRO FEITOSA; ANDRÉ ANTÔNIO ABISSAMRA;RAPHAEL GURGEL DE CARVALHO; TAIS HELENA GARCIAFERNANDES DE OLIVEIRA; HALINE GOMES DE LIRA; BRUNORAVENNA PINHEIRO KONDO; OMAR FÉRES; JOSE JOAQUIMRIBEIRO DA ROCHAHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DERIBEIRÃO PRETO, USP, RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Objetivo: Analisar 75 pacientes com Polipose AdenomatosaFamiliar (PAF) trata<strong>dos</strong> no Hospital das clínicas da Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, entre janeirode 1981 a dezembro de 2011. Materiais e méto<strong>dos</strong>: Trata-se de umestudo retrospectivo com coleta <strong>dos</strong> seguintes da<strong>dos</strong>: sexo, idade,sintomas principais, história familiar, presença de malignidade,cirurgia realizada, morbidade e mortalidade cirúrgicas e fatoresrelaciona<strong>dos</strong> a qualidade de vida. Resulta<strong>dos</strong>: A idade média encontradafoi de 29 anos (8 meses-60 anos). A patologia foi mais prevalente nosexo masculino (54,7%). Sangramento intestinal foi o sintoma maiscomum (62,7%). Em 80% <strong>dos</strong> casos outros indivíduos da mesmafamília foram diagnostica<strong>dos</strong> com PAF. A incidência de câncercolorretal foi de 25,3% (n=19). Neoplasias extra-colônicas foramdiagnosticadas em 8% <strong>dos</strong> pacientes. Colectomia total com íleo-retoanastomose (IRA) foi realizada em 72% (n=54) <strong>dos</strong> pacientes.Proctocolectomia com anastomose ileoanal e bolsa ileal em “J” foirealizada em 24% (n=18) <strong>dos</strong> casos e em 4% (n=3) <strong>dos</strong> pacientesoptou-se pela Proctocolectomia com ileostomia terminal (PCI). Astaxas de complicações precoces e tardia foram semelhantes (22,7%x 24%). A cirurgia de bolsa ileal apresentou tendência a maiormorbimortalidade porém sem relevância estatística. A taxa geral demortalidade foi de 7,46%. Neoplasias malignas foram responsáveispor 60% <strong>dos</strong> óbitos e complicações cirúrgicas por 40%. Conclusões:A PAF é uma patologia de baixa incidência no nosso país. Oaconselhamento genético e o rastreamento familiar são instrumentosessenciais para o diagnóstico precoce e seguimento adequado. A cirurgiapersiste como melhor opção para prevenção do câncer colorretal etratamento da doença.TL077 - PREPARO MECANICO DO COLON,UMA ROTINANECESSÁRIA?MANOEL ALVARO FL NETO; MYRA JUREMA ROCHA; ELTONCORREIA ALVESUNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, MACEIO, AL, BRASIL.Resumo: Introdução: As complicações pós-operatórias relacionadasà contaminação intra-operatória foram a barreira inicial a realizaçãodas cirurgias colo-retais. 11 De acordo com Graney and Graney eHipócrates (460-377 B.C.), toda cirurgia envolvendo cólon erainvariavelmente fatal. Similarmente Ambroise (1510-1590) mostravaem seus ensaios alta taxa de mortalidade como resultado decomplicações infecciosas no pós-operatório. Somente com o advento<strong>dos</strong> antibióticos houve a redução da morbi-mortalidade dascirurgias.1,4,11 Nichols e Condon, em 1971, mostraram a experiênciaclínica, a longo prazo, da remoção das fezes do cólon associada aodecréscimo da morbi-mortalidade em pacientes submeti<strong>dos</strong> a cirurgiado cólon. Entretanto, na década de 80 outros estu<strong>dos</strong>, colocaram emquestão o uso do preparo intestinal como conduta essencial para acirurgia colo-retal, mostrando conseqüências favoráveis com a suaomissão. O preparo intestinal para cirurgia colo-retal eletiva vemsendo realizado mundialmente como uma rotina incontestável hámais de 100 anos para pr<strong>of</strong>ilaxia de complicações pós-operatóriasrelacionadas à contaminação fecal. As complicações infecciosas nopós-operatório elevam significativamente a morbi-mortalidade doprocedimento cirúrgico, sendo as bactérias da flora intestinal asprincipais responsáveis. A apresentação clínica destas varia desde ainfecção de ferida operatória, fístula da anastomose, abscessoabdominal, até peritonite generalizada. Objetivo: Verificar se hácorrelação entre as complicações pós-operatórias e a não utilizaçãodo preparo mecânico <strong>dos</strong> cólons nos pacientes opera<strong>dos</strong> no serviçode coloproctologia do Hospital Universitário Pr<strong>of</strong>essor AlbertoAntunes (HUPAA). Materiais e Méto<strong>dos</strong>: Foi realizado um estudoprospectivo nos pacientes submeti<strong>dos</strong> à cirurgia coloproctológicaabdominal sem o preparo intestinal prévio no HUPAA, durante operíodo de janeiro de 2007 à junho de 2011. Foram coletadasinformações conforme preenchimento do protocoloconfeccionado pela equipe pesquisadora. Resulta<strong>dos</strong> : A amostrafoi composta de 126 pacientes, 57 homens e 69 mulheres. Commédia de idade de 54 anos, variando de 19 a 89 anos. Entre ospacientes que apresentaram comorbidades (43 pacientes –34,12%), 30 (23,80%) eram hipertensos. A antibioticopr<strong>of</strong>ilaxiafoi utilizada em 89,70% <strong>dos</strong> pacientes. Dentre os pacientes,14,28% apresentaram complicações, sendo 08 (6,34%) cominfecção de FO, 06 (4,76%) com deiscência de anastomose e 04(3,17%) apresentaram fístula. Conclusão: Analisando nossosacha<strong>dos</strong> com os da literatura verificamos haver correlação comos índices de complicações pós-operatórias quanto a não utilizaçãode rotina do preparo <strong>dos</strong> cólons nas cirurgias coloproctológicasabdominais, sugerindo que o preparo <strong>dos</strong> cólons não é fundamentalna rotina pré-operatória.TL078 - PREVALENCIA DA INCONTINECIAANAL EM PACIENTES OBESOS – AVALIAÇÃOELETROMANOMETRICAGUSTAVO KURACHI 1 ; DORYANE MARIA DOS REIS LIMA 2 ;STEPHANIE CRISTINE KENNEDY MASSARO 2 ; MAUROWILLEMANN BONATTO 3 ; TOMAZ MASSAYUKI TANAKA 3 ;RICARDO SHIGUEO TSUCHIYA 3 ; HELIN MINORUMATSUMOTO 1 ; UNIVALDO ETSUO SAGAE 31.GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA, CASCAVEL, PR, BRASIL;2.FACULDADE ASSIS GURGACZ, CASCAVEL, PR, BRASIL;3.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ,CASCAVEL, PR, BRASIL.Resumo: Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar osda<strong>dos</strong> de eletromanometria anorretal (MAR) em pacientes obesos eavaliar a relação entre obesidade e incontinência anal (IA). Materiaise méto<strong>dos</strong>: Trata-se de um trabalho prospectivo, realizado naGastroclínica, Cascavel, entre o período de julho de 2010 a Julho de2011, no qual foram seleciona<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os pacientes obesos (IMC>30) submeti<strong>dos</strong> à MAR por 2 examinadores (G.K & D.M.R.L). Foramcoleta<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> como: idade, sexo, IMC, nº de partos vaginais esintomas. Além disso, foram coleta<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> da MAR (pressãode repouso, pressão total de contração voluntária, anismus esustentação). A análise realizada foi descritiva e os da<strong>dos</strong> foramtabula<strong>dos</strong>. Resulta<strong>dos</strong>: Dos 111 pacientes seleciona<strong>dos</strong> (36 homens,com média de idade de 48,4 anos e 75 mulheres, com média de idadede 51,5), vinte um pacientes (18,9%) apresentavam sintomas deincontinência anal. Dentre estes, a média de idade foi 57 anos, sendo20 mulheres: 8 nulíparas, 2 primíparas, 11 com 1 ou mais partosvaginais (2-11). Do grupo selecionado, em relação a MAR, 4pacientes sem incontinência apresentavam hipotonia de repouso e30


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1contração e 1 paciente, hipotonia de contração. Havia 55 pacientes(49,5%) com presença de anismus, 12 (10,8%) com sustentaçãoruim e a maioria, 99 (89,1%) com sustentação boa ou regular. Dospacientes portadores de IA: 8 apresentavam MAR normal; 5,hipertonia esfincteriana; 1, hipotonia de repouso; 3, hipotonia decontração e 5, hipotonia de repouso e contração associada. Conclusão:A prevalência de incontinência anal entre pacientes obesos parecemaior que a média relatada na população geral da mesma idade,causando grande impacto na qualidade de vida destes pacientesinerentes a esta complicação. Mais estu<strong>dos</strong> devem correlacionar estesacha<strong>dos</strong> com esta comorbidade.TL079 - SISTEMA COMPUTACIONAL DE TELEMEDICINAPARA O ACOMPANHAMENTO E A INTERAÇÃO REMOTADURANTE A REALIZAÇÃO DE EXAMES DEVIDEOCOLONOSCOPIA BASEADO EM SOLUÇÕES NÃOPROPRIETÁRIASRENATO BOBSIN MACHADO 1 ; HUEI DIANA LEE 1 ; MARIA DELOURDES SETSUKO AYRIZONO 2 ; RAQUEL FRANCO LEAL 2 ;CLÁUDIO SADDY RODRIGUES COY 2 ; JOÃO JOSÉ FAGUNDES 2 ;EVERTON ALVARES CHERMAN 3 ; FENG CHUNG WU 21.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, FOZ DOIGUAÇU, PR, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE ESTADUAL DECAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL; 3.UNIVERSIDADE DE SÃOPAULO, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: a área computacional aplicada à medicina temapoiado eficientemente no controle de da<strong>dos</strong>, adequação de imagense, consequentemente, precisão do diagnóstico. Todavia, essesprocessos computacionais são, em geral, proprietários, dificultandoa inter-relação desses componentes. Sob esse escopo, neste trabalho,desenvolveu-se um modelo computacional em telemedicina paraacompanhamento e interação remota durante realização de examesde videocolonoscopia. Objetivos: desenvolvimento de sistemacomputacional para acompanhamento local e remoto de exames devideocolonoscopia, em tempo real, de modo interativo e iterativo.Materiais e Méto<strong>dos</strong>: Primeira fase: enumeração de requisitosfuncionais com estudo do problema e reuniões com especialistas daárea médica; definição de recursos para acompanhamento in loco eremoto <strong>dos</strong> exames; delineamento de mecanismos de interatividadeentre os pr<strong>of</strong>issionais, durante os exames, por áudio, vídeo emensagens texto; determinação de ferramentas de captura ecompartilhamento, remoto, de imagens do procedimento. Segundafase: definição de méto<strong>dos</strong> computacionais, implementação evalidação do sistema. Os experimentos foram realiza<strong>dos</strong> utilizandoum videocolonoscópio Fuginon VP-440018, conectado a computadorCore 2 Duo 2.2GHz, com placa PixelView e interface Supervídeo. Atransmissão de vídeos e imagens foi feita com padrão Wireless803.11b, 54 Mbps. O enlace entre o videocolonoscópio e o ambientecomputacional foi realizado usando tecnologias de s<strong>of</strong>tware livre.Recursos computacionais utiliza<strong>dos</strong>: padronização Model-viewcontroller,linguagens de programação Java e Flex, servidor deStreamings Red5 e banco de da<strong>dos</strong> MySQL. Resulta<strong>dos</strong>/Discussão:neste trabalho, desenvolveu-se um modelo computacional aplican<strong>dos</strong>etecnologias de s<strong>of</strong>tware livre, provendo flexibilidade e alcancepara os pr<strong>of</strong>issionais de saúde na utilização do sistema. A solução foiimplementada em ambiente Web, de modo que não é necessária ainstalação de s<strong>of</strong>tware específico nos computadores <strong>dos</strong> usuários,podendo-se utilizar o sistema em qualquer local com acesso a Internet.O principal diferencial com os outros <strong>trabalhos</strong> da área de Telemedicinafoi a disponibilidade de recursos no acompanhamento e interatividade,em tempo real, durante a realização <strong>dos</strong> exames en<strong>dos</strong>cópicos. Dessemodo, além de romper o paradigma das tecnologias proprietárias, osistema possibilita acompanhar a realização <strong>dos</strong> exames porespecialistas de outras instituições, elevando a eficiência nodiagnóstico das doenças, evitando o deslocamento de pacientes atécidades distantes que disponham desses pr<strong>of</strong>issionais específicos.Conclusão: o sistema, após implementação, atendeu às característicasestabelecidas pelos especialistas das áreas médica e computacional,trazendo contribuições para a área de videocolonoscopia. Trabalhosfuturos incluem a aplicação de méto<strong>dos</strong> de análise inteligente deda<strong>dos</strong> a partir da base de da<strong>dos</strong> de imagens e vídeos construída nestetrabalho.TL080 - TRATAMENTO DA DOENÇA PILONIDAL AGUDAJOSÉ CARLOS NUNES MOTA 1 ; MARCO ANTÔNIO DE JSEUSNASCIMENTO 21.UFBA, SALVADOR, BA, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERALDE SERGIPE, SERGIPE, PE, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A Doença Pilonidal ocorre com maiorfrequência na região da fenda interglútea, axila e períneo. Foi descritapela primeira vez por Anderson em 1847. OBJETIVO: O objetivo éapresentar uma alternativa para o tratamento cirúrgico da doençapilonidal na fase aguda ou crônica. MÉTODO: O paciente é colocadoem decúbito ventral, sob anestesia. Incisão elíptica da pele, teci<strong>dos</strong>ubcutâneo incluindo os orifícios para a resseção do cisto e tecidodesvitalizado. Fechamento parcial da ferida se faz pela técnica deMacFee. Aplica-se pontos separa<strong>dos</strong> vertical de Donanatti com náilon2-0 aproximando a pele do ligamento posterior da região sacra emcada lábio da ferida. RESULTADOS: A fenda cirúrgica evolui paracicatrização a partir do 15º dia pós-operatório, com preservação <strong>dos</strong>ulco interglúteo, drenagem de secreções. Até o momento não tivemosrecidiva. CONCLUSÃO: a técnica de MacFee, marsupialização parcial,fechamento parcial da ferida operatória é aconselhável na doençapilonidal na fase aguda ou crônica.TL081 - “AVALIAÇÃO DA MORBIMORTALIDADE PELOPOSSUM E P-POSSUM COMO INDICADOR DE QUALIDADEEM CIRURGIAS COLORRETAIS”BRENO XAIA COSTA; FÁBIO LOPES QUEIROZ; PAULO CESARLAMOUNIER; FERNANDA ELIAS RABELO; BRUNOALCANTARA CASTILHO; FABIO HENRIQUE OLIVEIRA;MARCELO GIUSTI WERNECK CORTÊS; RODRIGO ALMEIDAPAIVAHOSPITAL FELICIO ROCHO, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: A avaliação crítica <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> de umserviço de cirurgia resulta, sem dúvida, em melhora da qualidadedo serviço. Com o objetivo de avaliação e de auditoria, tornam-senecessários, cada vez mais, o uso de indicadores/scores que possamgerar melhor previsão individual de risco, melhor alocação derecursos e melhor planejamento terapêutico. O POSSUM(Physiological and Operative Severity Score for enUmeration <strong>of</strong>Mortality and Morbidity) e o P-POSSUM (Portsmouth Possum)são indicadores descritos pela 1ª vez em 1991 por Copeland et al.Esses indicadores calculam a morbidade e a mortalidade esperadasutilizando-se 12 variáveis fisiológicas e 6 variáveis cirúrgicas. OP-POSSUM é um tratamento estatístico do POSSUM, criado embusca de um indicador que não superestimasse a mortalidade comoo POSSUM. As múltiplas publicações americanas utilizando-se oPOSSUM/P-POSSUM demonstram a importância de taisindicadores no sistema de saúde <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América e31


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1a superioridade do sistema da predição de morbi-mortalidade emrelação aos demais indicadores. Este trabalho tem o objetivo deauditar o Serviço de Coloproctologia do Hospital Felício Rocho,utilizando-se o POSSUM e o P-POSSUM como indicadores dequalidade. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avalia<strong>dos</strong> osresulta<strong>dos</strong> das cirurgias abdominais realizadas pela equipe deColoproctologia do Hospital Felício Rocho de janeiro de 2011 aabril de 2012. Neste período, to<strong>dos</strong> os pacientes tiveram osindicadores POSSUM e P-POSSUM calcula<strong>dos</strong> e registra<strong>dos</strong>. Foramtambém calcula<strong>dos</strong> os índices de mortalidade e de morbidade doServiço, no período já citado. Os resulta<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> foramcompara<strong>dos</strong> aos índices estima<strong>dos</strong> pelo sistema POSSUM e P-POSSUM. Foi calculado o índice O/E (relação entre o observadono serviço e o esperado pelos índices), sendo desejável que esteseja inferior a 1. RESULTADOS: Totalizaram 160pacientes. CONCLUSÃO: O Serviço de Coloproctologia doHospital Felício Rocho apresentou, no período de janeiro de 2011a abril de 2012, índices de morbidade e mortalidade inferiores aosestima<strong>dos</strong> pelo POSSUM. No entanto, apresentou índices demortalidade superiores aos estima<strong>dos</strong> pelo P-POSSUM.TL082 - ¿LA SIGMOIDECTOMIA POR DIVERTICULITISRECURRENTE IMPACTA EN LA CALIDAD DE VIDA?ESTEBAN GRZONAHOSPITAL ALEMAN DE BUENOS AIRES, CABA, ARGENTINA.Resumo: ANTECEDENTES: La indicación quirúrgica frente a ladiverticulitis recurrente ha sufrido modificaciones y en la actualidadsigue teniendo muchas imprecisiones. Por estas razones seríaimportante conocer si los pacientes someti<strong>dos</strong> a una sigmoidectomíapor diverticulitis recurrente sufren alguna alteración en su calidad devida. OBJETIVO: Evaluar si la sigmoidectomía por diverticulitisrecurrente impacta en la calidad de vida. DISEÑO: Trabajoobservacional. MATERIAL Y METODO: Se analizaron los pacientesopera<strong>dos</strong> por diverticulitis recurrente (G1) entre diciembre de 2003y abril de 2012. Para dicho análisis se utilizó el Cuestionario deCalidad de Vida SF-36. Asimismo se realizó dicho cuestionario apersonas que nunca padecieron diverticulitis (G2). Se analizaronpuntuaciones “brutas” para cada dimensión entre 0 y 100. Los datosdel Cuestionario de Salud SF-36 se recogieron a través de una entrevistaelectrónica. Se utilizó así mismo la prueba de la T de Student paraestudiar las diferencias entre las dimensiones del SF-36. El nivel designificación estadística se fijó en p < 0,05. El análisis estadístico serealizó utilizando el paquete estadístico “SPSS 19”. RESULTADOS:En el periodo de tiempo analizado se internaron 322 pacientes condiagnóstico de diverticulitis de los cuales se operaron 178 en formaprogramada. Se obtuvieron 173 cuestionarios completos de los cualescorrespondían 123 (71%) al G2 y 50 (29%) al G1. De los pacientesque fueron opera<strong>dos</strong>, 3 (6%) presentaron síntomas de diverticulitisluego de la cirugía. Los resulta<strong>dos</strong> de la comparación de medias dedimensiones del cuestionario fue: Funcionamiento físico: 54.0 vs47.6, Rol físico: 52.8 vs 49.2, Dolor: 28.0 vs 31.5, Salud general:40.8 vs 41.4, Vitalidad: 47.7 vs 49.8, Funcionamiento social: 35.3vs 35.2, Rol emocional: 48.8 vs 47.4, Salud mental: 33.9 vs 34.2,Síntesis física: 47.2 vs 44.8, Síntesis Mental: 38.2 vs 39.7. Ningunade estas diferencias resultó estadísticamente significativa.CONCLUSIONES: Los pacientes someti<strong>dos</strong> al tratamiento quirúrgicode la enfermedad diverticular presentan en el postoperatorio unacalidad de vida similar a la población general. Existe una minoría depacientes que experimentará recurrencia de diverticulitis luego deltratamiento.- ORIFICIAIS -TL083 - ANALGESIA COM POLICRESULENO ECINCHOCAINA EM HEMORROIDECTOMIAS: ESTUDOPROSPECTIVO E CONTROLADOILARIO FROEHNER-JUNIOR 1 ; PAULO GUSTAVO KOTZE 1 ;JULIANA GONÇALVES ROCHA 1 ; ERON FÁBIO MIRANDA 1 ;MARIA CRISTINA SARTOR 1 ; JULIANA FERREIRA MARTINS 1 ;VINÍCIUS REZENDE ABOU-REJAILE 1 ; MARCO FÁBIO CORREA 21.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU DA PONTIFÍCIAUNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL;2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA, CURITIBA, PR,BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA: a dor éconsiderada a principal complicação das hemorroidectomias. Otratamento tópico é ainda controverso e a literatura relacionada,incipiente. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a ação dopolicresuleno e cinchocaína tópicos no comportamento da dor noperíodo pós-operatório em pacientes submeti<strong>dos</strong> ahemorroidectomias, comparativamente à utilização do placebo.MÉTODOS: Estudo prospectivo, randomizado, longitudinal, duplocegoe controlado com placebo. Os pacientes foram dividi<strong>dos</strong> em 3grupos. O grupo controle recebeu as orientações usuais do pósoperatório,sem medicação tópica. O grupo de tratamento tópicorecebeu adicionalmente a aplicação de pomada, e de formarandomizada e duplo-cega, seus pacientes foram distribuí<strong>dos</strong> em doisgrupos (policresuleno + cinchocaína e placebo). A principal variávelanalisada foi o valor atribuído pelo paciente à respectiva dor pormeio da escala visual analógica (EVA) desde sua chegada na enfermariaapós a operação, até o décimo-quinto dia do pós-operatório. A dorno momento da primeira evacuação foi igualmente mensurada.Adicionalmente foram avalia<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> demográficos, ocomportamento da dor entre os grupos nos perío<strong>dos</strong> analisa<strong>dos</strong>, aaderência às orientações e a satisfação do paciente ao usar a pomada.A análise estatística foi realizada com os testes de qui-quadrado,Kruskal-Wallis e exato de Fisher, para um nível de significância de0.05. RESULTADOS: foram incluí<strong>dos</strong> 43 pacientes submeti<strong>dos</strong> ahemorroidectomias à Milligan-Morgan. Destes, 13 compuseram ogrupo controle (1 excluído) e 30, o grupo de tratamento tópico (15utilizaram placebo e 15 policresuleno + cinchocaína). A média deidade entre to<strong>dos</strong> os pacientes foi de 45.98 (18–68) anos (p = 0.27).Do total da amostra, 37.2% eram do sexo masculino. A média <strong>dos</strong>valores da intensidade da dor atribuí<strong>dos</strong> pelos pacientes da chegadana enfermaria até o décimo-quinto dia do pós-operatório foi de 4.09(PO imediato), 3.22 (alta hospitalar), 5.73 (dia 1), 5.77 (dia 2), 5.74(dia 3), 5.65 (dia 7), 5.11 (dia 10) e 2.75 (dia 15). Não houvediferença estatística entre os grupos nesta variável. A primeiraevacuação ocorreu principalmente entre o segundo e o terceiro dias(1–7) e a média da intensidade da dor neste momento foi 7.70 (p =0.67), igualmente sem diferença entre os grupos. Mais de 80% <strong>dos</strong>pacientes seguiram as orientações pós-operatórias como indicado.Em análise subjetiva, 86.66% <strong>dos</strong> pacientes do grupo controle e66.66% do grupo policresuleno + cinchocaína ficaram satisfeitoscom a utilização da pomada (p = 0.19). CONCLUSÕES: não houvediferença estatística entre os grupos controle, placebo e policresuleno+ cinchocaína no comportamento da dor no pós-operatório dehemorroidectomias. Os índices de dor mensurada foram maiores entreo primeiro e décimo dias após as operações, com seu auge no momentoda primeira evacuação. Desta forma, o papel do tratamento tópicono pós-operatório permanece controverso.32


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1TL084 - ANÁLISE ECONÔMICA COMPARATIVA ENTRELIGADURA ELÁSTICA DE HEMORROIDAS TRIPLA NUMASESSÃO VERSUS ÚNICADANIEL RICHARD MARTINS MOTA; IVAN TRAMUJAS DACOSTA E SILVA; RACHEL CARVALHO; SASKIA COPPENS;SHYMMENE CARDOSO; FELICIDAD SANTOS GIMENEZUFAM – AMAZONAS, MANAUS, AM, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Apesar de amplamente experimentada,não se realizou ainda estudo econômico analítico da ligadura elásticade hemorróidas. OBJETIVO: Proceder à análise econômicacomparativa entre a ligadura elástica de um mamilo hemorroidáriopor sessão e a em que três mamilos são liga<strong>dos</strong> numa única sessãopara definir se existe diferença, em termos de custos, entre as duasmodalidades. MÉTODO: Após consentimento informado aprovadopor Comitê de Ética em Pesquisa, pacientes com hemorroidas de 2ºgrau, que preencheram critérios de inclusão e exclusão, foramentrevista<strong>dos</strong> sobre da<strong>dos</strong> epidemiológicos, clínicos e faixa salarial ealoca<strong>dos</strong>, por sorteio, em um de dois grupos: Pacientes G1 foramsubmeti<strong>dos</strong> à ligadura de um mamilo hemorroidário e à simulação deduas outras ligaduras em cada uma de três sessões de tratamento;pacientes G2, à ligadura de três mamilos numa sessão e à simulaçãode três ligaduras em cada uma das duas sessões seguintes. As sessões deligadura foram espaçadas um mês entre si. Os custos de cada modalidadede ligadura, levanta<strong>dos</strong> no terceiro mês após a ligadura inicial, foramassim calcula<strong>dos</strong>: 1) material de consumo gasto em cada sessão deligadura efetiva; 2) fração do salário <strong>dos</strong> pr<strong>of</strong>issionais envolvi<strong>dos</strong> narealização de cada procedimento; 3) preço de medicamentos utiliza<strong>dos</strong>pelos pacientes; e 4) fração do salário resultante de absenteísmo aotrabalho <strong>dos</strong> pacientes de cada grupo de estudo. Significância estatísticafoi considerada para p < 0,05 após a aplicação do teste do Chi-quadrado.RESULTADOS: De 76 pacientes projeta<strong>dos</strong>, 54 completaram os trêsmeses de acompanhamento, 25 do grupo G1 e 29 do G2. Não houvediferença na idade média <strong>dos</strong> pacientes distribuí<strong>dos</strong> em ambos os grupos(p > 0,05). A média de duração das sessões de ligaduras efetivas de cadagrupo foi de 189 s para pacientes G1 e 155 s para pacientes G2 (p >0,05). O custo médio de sala de procedimentos do tratamento complet<strong>of</strong>oi de R$ 22,53 para G1 e de R$ 10,11 para G2 (p < 0,01). As despesasde pacientes de ambos os grupos com o tratamento foi de R$ 78,06para G1 e R$ 76,06 para G2 (p > 0,05). O custo ocupacional médio decada uma das modalidades de ligadura foi de R$ 75,91 para G1 e de R$125,12 para G2 (p > 0,05); e o custo do emprego de mão de obra paraa realização de ligaduras foi de R$ 3,56 para G1 e de R$ 2,91 para G2(p > 0,05). CONCLUSÃO: Ligaduras elásticas de três hemorróidasnuma única sessão foram em média significantemente menosdispendiosas do que ligaduras de um mamilo apenas em três sessõesquanto a gastos de sala. Não houve indícios de diferenças estatísticasentre as duas modalidades de ligaduras em termos de custos envolvi<strong>dos</strong>na compra de medicamentos por parte <strong>dos</strong> pacientes, custosocupacionais relaciona<strong>dos</strong> a absenteísmo ao trabalho e custos deemprego de mão de obra para a realização de ligaduras.TL085 - APEX TECHNIQUE NO TRATAMENTO DEHEMORRÓIDAS ASSOCIADAS A VOLUMOSO PROLAPSOMUCOSOFRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS 1 ; STHELA MARIAMURAD REGADAS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; GRAZIELA OLIVIA DA SILVAFERNANDES 1 ; JOSE JADER ARAUJO DE MENDONÇA FILHO 1 ;VALÉRIA CRISTINA DUARTE BARRETO 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE FORTALEZA,FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Apex technique representa uma técnica modificada degrampeamento para tratar hemorróidas e volumosos prolapsos demucosa possibilitando a ressecção de largas bandas de mucosaexcedente. Objetivo: Apresentar a técnica e resulta<strong>dos</strong> da ApexTechnique no tratamento de volumosos prolapsos mucosohemorroidário.Material e Méto<strong>dos</strong>: Quarenta e cinco pacientes, 30mulheres e 15 homens, média de idade de 59,5 anos (41 a 78 anos),com grande prolapso mucoso circular, 10 casos com hemorróidasgrau III associadas; submeti<strong>dos</strong> à Apex technique com o grampeadorcircular para prolapsos e hemorroidas HEM-33 (Coviden, New Haven,CT.EUA) no Hospital São Carlos, Hospital das Clínicas daUniversidade Federal do Ceará (Fortaleza-Brasil) e Hospital dasClínicas da Universidade do Chile (Santiago-Chile). A técnica consistena identificação do ápice do prolapso, reparando com um fio emcada quadrante, seguindo-se de uma sutura em bolsa ao nivel <strong>dos</strong>pontos de reparo e envolvendo mucosa e submucosa. Seleciona-seum orificio de ancoragem na haste central do grampeador, de acordocom o tamanho do prolapso, de modo que a sutura em bolsapermaneça segura na haste com tensão apropriada para que os teci<strong>dos</strong>sejam captura<strong>dos</strong> e removi<strong>dos</strong> através do grampeamento, resultandona ressecção de todo o segmento de mucosa retal prolapsado.Resulta<strong>dos</strong>: O tempo cirúrgico médio foi de 17min (15 a 30min).Ocorreu sangramento após grampeamento necessitando de suturamanual hemostática em 3(6,6%) casos. Vinte e cinco pacientes(55.5%) não se queixam de dor no pós-operatório e o restante referedor em diferentes níveis de intensidade numa escala de 0 a 10, 7(15,5%)- escala: 1/10, 9(20%) - 2/10, e 4(8,8%) – 3/10. A permanênciahopsitalar foi de 24 horas. A largura média de mucosa ressecada foi de5,9cm (5,0 a 7,5cm). Discreta estenose na linha de grampeamentoocorreu em 4(8,8%) pacientes, sendo trata<strong>dos</strong> através de dilataçãodigital. Após seguimento médio de 18meses (12 a 36meses), foiobservado pequeno prolapso residual pela anuscopia em 6(13,3%)pacientes. Conclusão: A apex technique utilizada com o grampeadorHEM-33 é segura e eficaz no tratamento de volumosos prolapsos demucosa retal, demonstrado pelo tamanho da mucosa retal ressecadae pelos satisfatórios resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>.TL086 - AVALIAÇÃO CLÍNICA, FUNCIONAL EMORFOLÓGICA DE MULHERES SUBMETIDAS ÀESFINCTEROTOMIA LATERAL INTERNA POR FISSURA ANALCRÔNICASTHELA MARIA MURAD REGADAS; GRAZIELA OLIVIA DASILVA FERNANDES; FRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS;LUSMAR VERAS RODRIGUES; IRIS DAIANADEALCANFREITAS; FRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADASFILHO; JACYARA DE JESUS ROSA PEREIRA; MARIA EUZANAMOURA COELHOUFC, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Objetivos: Avaliar a anatomia e a função anorretal <strong>dos</strong>pacientes submeti<strong>dos</strong> à esfincterotomia lateral interna devido à fissuraanal crônica. Além disso, determinar a correlação <strong>dos</strong> sintomas deincontinência fecal com os acha<strong>dos</strong> anatômicos utilizandoultrasonografia anorretal tridimensional e estabelecer o percentualdo esfíncter anal interno (EAI) que pode ser seccionado durante arealização de uma esfincterotomia. Material e Méto<strong>dos</strong>: Foramavaliadas, prospectivamente, 31 mulheres com média de idade de 40anos com fissura anal crônica tratadas com esfincterotomia lateral33


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1interna. Foi utilizado o escore de incontinência de Wexner, amanometria anorretal e a ultassonografia anorretal tridimensional(US3D). Foram incluídas ainda, 26 mulheres saudáveis como grupocontrole com média de idade de 38 anos. Quatro meses após a cirurgia,foram medidas as pressões anais, os comprimentos <strong>dos</strong> músculos docanal anal, sendo os grupos compara<strong>dos</strong>. O comprimento longitudinale a porcentagem do esfíncter anal interno seccionado em relação aototal do esfíncter interno contra lateral foram correlaciona<strong>dos</strong> como escore de incontinência. Na análise estatística, aplicou-se o teste tStudent, one-way ANOVA, o teste qui quadrado, o teste de correlaçãode Spearman e o coeficiente de correlação intraclasse (ICC).Resulta<strong>dos</strong>: No grupo da esfincterotomia, 11 eram nulíparas, 11possuíam pelo menos um parto vaginal e 9 foram submetidas acesariana. A distribuição da paridade e tipo de parto entre os gruposforam similares. O escore de incontinência foi semelhante quandocomparado as pacientes quanto a paridade e ao tipo de parto. Nãohouve correlação entre a idade e o escore de incontinência fecal. Aspressões anais de repouso reduziram significativamente no pósoperatório.Não houve diferença entre as pressões voluntáriasmáximas no pré- e pós-operatório. Não houve diferençaestatisticamente significante no comprimento <strong>dos</strong> esfíncteresíntegros e do GAP quando comparadas as pacientes submetidas aesfincterotomia com pacientes voluntárias. Houve uma correlaçãopositiva significante entre o comprimento de músculo seccionado eo escore de incontinência fecal. Dezoito pacientes incluídas no estudotiveram menos de 25% do esfíncter anal interno seccionado, sendo amédia do comprimento da lesão 0,54cm. Treze pacientes tiveram25% ou mais do esfíncter anal interno seccionado e a média dotamanho do esfíncter seccionado de 1,00cm. O escore de incontinênciafoi significantemente menor nos pacientes que apresentaram menosde 25% do esfíncter anal interno seccionado. Não houve correlaçãoentre o ângulo de lesão e o escore de incontinência. O coeficiente decorrelação intra classe variou de 0,714-0,989 para as medidasultrassonográficas realizadas por dois examinadores. Conclusões:Houve uma correlação entre o tamanho do esfíncter anal internoseccionado e o escore de incontinência anal e que a secção do EAIdeve ser limitada a menos de 25% do comprimento total do músculo.TL087 - AVALIAÇÃO CLÍNICA, FUNCIONAL EMORFOLÓGICA DOS PACIENTES SUBMETIDOS ATRATAMENTO CIRÚRGICO DA FÍSTULA ANAL COMLIGADURA INTERESFINCTERIANA DO TRAJETOFISTULOSO (LIFT)- RESULTADOS INICIAIS DO SERVIÇOSTHELA MARIA MURAD REGADAS; JOSE JADER ARAUJO DEMENDONÇA FILHO; LUSMAR VERAS RODRIGUES; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS; JOSE AIRTON GONÇALVESSIEBRA; ANA CECILIA NIEVA GONDIM; CÉSAR AUGUSTOBARROS DE SOUSA; IRIS DAIANA DEALCANFREITASUFC, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Introdução: a fístula perianal é uma afecção comum naprática proctológica, causando dor e drenagem de secreçãopiossanguinolenta de forma intermitente ou contínua, proporcionadodesconforto e má qualidade de vida ao doente. Se caracterizada portrês componentes básicos: orifício interno (OI), trajeto fistuloso eorifício externo (OE). O tratamento é cirúrgico tendo com opçõestécnicas operatória com secção da musculatura esfincteriana(fistulotomia com ou sem uso do setton) e aquelas com preservaçãodo esfíncter (plug, cola e avanço de retalho). O sucesso da cirurgiadepende da taxa de cicatrizaçãorecidiva e danos na continência fecal.Em 2007, Rojanasakul et al. publicou uma nova técnica para otratamento de fístula com baixas taxas de recidiva e sem alteração nacontinência fecal, sendo chamada de LIFT(ligadura interesfincterianado trajeto fistuloso). Método: Pacientes portadores de fistula analtransesfinctérica foram submeti<strong>dos</strong> a avaliação Manometrica eUltrassonografia anorretal 3D no pré e pós operatório e submeti<strong>dos</strong>a tratamento cirúrgico LIFT. Foram avalia<strong>dos</strong> quanto aos resulta<strong>dos</strong>cirúrgico (complicações operatória, tempo de cicatrização e recidiva), a continência fecal utilizando o escore de incontinência de Wexner,função esfincteriana e morfologia do canal. Resulta<strong>dos</strong>: Foramopera<strong>dos</strong> 6 pacientes sendo 4 do sexo feminino e 2 do masculinocom idade variando entre 23 e 50 anos. Quantidade de músculoesfincteriano acometido varia entre 30-81%, tendo comocomplicações um caso de deiscência da sutura do trajeto, sendoconsiderado como não tratamento e um caso de recidiva. Acicatrização ocorreu entre 35 e 60 dias, tendo como taxa decicatrização 66% e não houve nenhum caso de incontinência.Discussão: Os resulta<strong>dos</strong> inciais do nosso serviço encontram-se deacordo com os resulta<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> na literatura, já que nestes ataxa de cicatrização varia entre 57 e 94%, sem nenhum caso deincontinência. Ainda vale salientar que é o início da experiência <strong>dos</strong>erviço com o LIFT, assim com o passar do tempo e das cirurgias , atendência é haver uma redução na taxa de recidiva com melhora dacicatrização. Conclusão: A nova técnica de cirurgia para fístula perianaltem como objetivo preservação total da função esfincteriana combons resulta<strong>dos</strong> em estu<strong>dos</strong> recentes. Este procedimento érelativamente fácil e seguro. São necessários estu<strong>dos</strong> randomiza<strong>dos</strong>para incluir o LIFT como opção para tratamento de fístula perianais.TL088 - DEARTERIALIZAÇÃO HEMORROIDÁRIATRANSANAL (THD) – EXPERIÊNCIA COM 85 CASOSSIDNEY KLAJNER; PEDRO CUSTÓDIO DE MELO BORGES;DANIEL KRUGLENSKY; RENATO CATOJO SAMPAIOHOSPITAL ALBERT EINSTEIN, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Objetivo: Relatar casuística <strong>dos</strong> primeiros 85 pacientessubmeti<strong>dos</strong> à técnica de THD no Hospital Albert Einstein – SP.Material e Méto<strong>dos</strong>: De Junho de 2010 a Junho de 2012, 85 pacientesforam submeti<strong>dos</strong> à técnica THD pelo mesmo cirurgião.Apresentavam doença hemorroidária de graus II, III e IV, em suamaioria com queixa de prolapso e/ou sangramento às evacuações. Atécnica anestésica adotada foi de anestesia geral (máscara laríngea) ea posição do paciente de litotomia. Técnica THD: o anuscópio THDslide® é introduzido por via transanal com auxílio de gel paraultrassonografia. A 6 cm da linha pectínea a artéria hemorroidária,ramo da retal superior, é localizada e, após retirada gradativa doaparelho, novamente identificada em sua porção mais distal e marcadacom cautério a 2 cm da linha pectínea. Após reintrodução doanuscópio, é realizada ligadura arterial através de sutura em X comácido poliglicólico 2-0, através de abertura no anuscópio. Após aligadura, realizamos a pexia mucosa no reto, promovendo um liftingdo canal anal para tratamento do prolapso. O procedimento érealizado em cada uma das 6 artérias, dispostas conforme as horasímpares de um relógio. Ao término, é introduzido hemostático emforma cilíndrica.(1) To<strong>dos</strong> os pacientes receberam antiinflamatóriose analgésicos quando necessário, e dieta rica em fibras com ou semlaxativos. Foram acompanha<strong>dos</strong> após 7, 30 e 60 dias. Analisa<strong>dos</strong>tempo de cirurgia, dias de internação, complicações pós-operatórias,retorno às atividades laborais, dor e eficácia. Resulta<strong>dos</strong>: A idademédia foi de 50,6 anos (26 – 89). 65 pacientes (76,5%) do sexomasculino. Do total de pacientes, 24 (28,2%) eram portadores dehemorroidas grau II, 52 (61,2%) grau III e 9 (10,6%) de grau IV. O34


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1tempo médio de cirurgia foi de 40 minutos e o tempo de internaçãomédio: 1,05 dias. Houve melhora <strong>dos</strong> sintomas de prolapsohemorroidário em 91,7% (78/85) e de sangramento em 97,7% (83/85) <strong>dos</strong> pacientes opera<strong>dos</strong>. O tempo médio de retorno às atividadeslaborais foi de 4 dias. A complicação mais frequente foi a formaçãode fecaloma em 7 pacientes (8,2%), sem necessidade de intervençãocirúrgica. Três pacientes (3,5%) foram reopera<strong>dos</strong> por sangramentono 6º, 10º e 13º dia de pós-operatório respectivamente, porapresentarem sangramento após manobra de valsalva excessiva. Doispacientes apresentaram retenção urinária. A queixa de dor foi relatadaem 2 pacientes (graus IV e III) que apresentavam componente externogrande com necessidade de associação de procedimento. Houverecidiva do prolapso em 7 pacientes (graus III e IV), e recidiva desangramento em 2 pacientes (grau III), sendo indicada a reoperação.Conclusão: O seguimento realizado em nossa casuística mostrouíndices de sucesso, complicações e recidivas comparáveis aos daliteratura. A técnica de Dearterialização Hemorroidária Transanal(THD) é uma técnica segura e efizcaz para o tratamento da doençahemorroidária de graus dois a quatro.TL089 - DESARTERIALIZAÇÃO ANAL ASSOCIADA AHEMORROIDOPEXIA – TÉCNICA THD: EXPERIÊNCIAINICIALCARLOS WALTER SOBRADO; JOSÉ AMERICO BACCHI HORA;MARCOS FRUGISHOSPITAL 9 DE JULHO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: Neste trabalho, revisamos os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong>casos iniciais da técnica de desarterialização guiada por Doppler parao tratamento da doença hemorroidária realiza<strong>dos</strong> pelo nosso grupo.MATERIAL E MÉTODOS: Análise retrospectiva <strong>dos</strong> nossos 73 casosinicias, realiza<strong>dos</strong> no período de fevereiro de 2011 a junho de 2012,com relação ao tempo de internação, complicações perioperatórias,dor à primeira defecação, dias de internação e retorno ao trabalho eacompanhamento pós-operatório tardio de 1 a 17 meses.RESULTADOS: Tempo de internação médio: 1dia (3 pacientes/2dias; 1/3 dias). Retorno ao trabalho: 2 a 7 dias. COMPLICACOES:Tenesmo: 18 (25%); Dor: 11 (15%); Plicomas: 4 (5%); Trombose:4 (5%) – 3 ressecção, 1 tto clínico; Prolapso: 3 (4%)-Ligadura elástica;Retenção urinária: 2 (2,2%); Fecaloma: 1 (1%). Dor à primeiradefecaçãoVAS SCORE PACIENTES (N) (%)8 - 10 41 80,46 – 7 44 7,84 – 5 4 7,81 - 3 2 4,0Total 51 100CONCLUSÃO: A técnica do THD vem se mostrado uma ótima opçãono tratamento da doença hemorroidária de indicação cirúrgica, nestescasos iniciais, e nos parece bastante promissora. Sua aplicação podeser nos pacientes com doença hemorroidária de II grau, que tenhamindicação de tratamento cirúrgico, e de III e IV graus, nestes últimos,podendo ser associada à ressecção de plicomas.TL090 - ESTUDO RANDÔMICO CONTROLADO DUPLO-CEGO DE LIGADURA ELÁSTICA DE HEMORRÓIDAS ÚNICAVERSUS TRIPLADANIEL RICHARD MARTINS MOTA; IVAN TRAMUJAS DACOSTA E SILVA; RACHEL CARVALHO; SASKIA COPPENS;FELICIDAD SANTOS GIMENEZ; CELSO CABRALUFAM – AMAZONAS, MANAUS, AM, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Apesar de largamente utilizada na clínica,poucos são os estu<strong>dos</strong> que comparam adequadamente ligaduras elásticasde hemorróidas simples com múltiplas. OBJETIVO: Avaliar se aligadura de três hemorróidas numa sessão <strong>of</strong>erece resulta<strong>dos</strong> imediatosidênticos aos proporciona<strong>dos</strong> pela ligadura de um único mamilo porsessão em termos de dor pós-operatória, alívio imediato <strong>dos</strong> sintomashemorroidários e satisfação com a técnica. MÉTODO: Num estudorandômico, controlado e duplo cego (pacientes e compilador <strong>dos</strong>da<strong>dos</strong>) aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, pacientes comhemorróidas grau II que satisfizeram critérios de inclusão/exclusã<strong>of</strong>oram submeti<strong>dos</strong> a três sessões mensais de ligaduras elásticas dehemorróidas, a partir de maio/2010. Na primeira sessão, apóslevantamento de da<strong>dos</strong> epidemiológicos e sintomas hemorroidários,cada paciente foi alocado, por sorteio, para um de dois grupos deligadura: G1 = uma hemorróida ligada por sessão; G2 = três mamilosprincipais liga<strong>dos</strong> na 1ª sessão. Nos pacientes G1, em cada uma dastrês sessões realizou-se a ligadura efetiva de uma hemorróida esimulação de duas outras. Nos pacientes G2, os três mamilos principaisforam liga<strong>dos</strong> na primeira sessão e, nas duas seguintes procedeu-se atrês simulações de ligadura. Após cada sessão, os pacientes foramcontacta<strong>dos</strong> via telefônica diariamente na primeira semana pósligadura,sendo inquiri<strong>dos</strong> a respeito de dor (escala visual), tenesmo,prurido, ânus úmido, hemorragia e prolapso. Um mês após a últimasessão, cada paciente foi questionado quanto à resolução de sintomashemorroidários pré-tratamento e ao grau de satisfação com o método(escala de Wong e Baker modificada; 0 - completamente insatisfeito,5 - completamente satisfeito). Significância estatística foi consideradapara p < 0,05. RESULTADOS: De 72 pacientes incluí<strong>dos</strong>, 54 (31mulheres e 23 homens) concluíram o estudo. Houve frequênciasignificantemente maior de relato de dor em pacientes do grupo G2nas 12ª e 24ª h após a primeira sessão de ligadura (p < 0,05). Do 2ºao 7º dia pós-ligaduras houve tendência maior à ausência de relato dedor em ambos os grupos, sem haver diferença estatística entre eles (p> 0,05). Quanto à capacidade resolutiva de sintomas pré-ligadura eao grau de satisfação com o método (estipulando-se um ponto decorte no grau 3), não houve diferenças entre os grupos (p > 0,05).CONCLUSÃO: Ligaduras de 3 hemorróidas numa única sessãoapresentaram frequência significantemente maior de relato de dornas primeiras 24 h após o procedimento. Entretanto, a partir deentão, tal diferença deixou de existir em relação ao grupo de ligadurasúnicas, não havendo, também, diferença entre os grupos quanto àcapacidade resolutiva <strong>dos</strong> sintomas hemorroidários pré-tratamentoe grau de satisfação com o método.TL091 - EXAME PROCTOLÓGICO SOB ANESTESIA:EXPERIÊNCIA DO SERVIÇODANIEL CASTILHO SILVA; MONICA VIEIRA PACHECO;SABRYNA LACERDA WERNECK; EDUARDO ROSETTI FILHO;CAROLINA GASTALDELLI; SABRINA MIOTO; RAFAELFERREIRA CORREIA LIMA; GALDINO JOSE SITONIO FORMIGAHOSPITAL HELIOPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O Exame Proctológico sob Anestesia (EPA) éindicado para pacientes que necessitam de anestesia raquimedularpara avaliação da região anogenital. Na doença inflamatória perinealo EPA permite a avaliação da mucosa anorretal, estenose, fístula,abscesso, úlcera e plicomas inflamatórios, além do tratamento ebiópsias. Objetivo: O objetivo do trabalho é descrever os principaisacha<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> exames proctológicos sob anestesia. Material e método:Trata-se de um estudo retrospectivo de 267 casos, de janeiro de2007 a janeiro de 2012, em uma coorte de pacientes seleciona<strong>dos</strong> ao35


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1EPA. A coleta de da<strong>dos</strong> foi feita através do acesso aos registrosmédicos (prontuários) <strong>dos</strong> pacientes, com preenchimento deprotocolo específico. Foram avalia<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> epidemiológicos, assimcomo indicação <strong>dos</strong> exames, acha<strong>dos</strong> e tratamentos. Resulta<strong>dos</strong>:Foram realiza<strong>dos</strong> 267 EPA durante o período. A principal indicaçã<strong>of</strong>oi dor anal (68,54%), seguida de tumor anorretal (28,46%) e estenoseanal (3%). Nos pacientes com dor anal, os principais acha<strong>dos</strong> foram:abscesso, doença de Crohn, hemorróida, fissura, fístula e granuloma.Entre os tumores anorretais: adenocarcinoma, tumor neuroendócrinoe carcinoma espinocelular. Discussão: A literatura é escassa naabordagem do EPA. Estu<strong>dos</strong> mostram o benefício do exame sobraquianestesia em pacientes portadores de doença inflamatóriaintestinal, principalmente doença de Crohn. Na avaliação de fístulasanorretais o EPA pode somar-se aos acha<strong>dos</strong> da Ressonância NuclearMagnética e Ultrassonografia endoanal com a vantagem de permitira realização de biópsias e tratamento durante o exame. Conclusão: OEPA é uma opção na propedêutica perineal, permitindo diagnósticode lesões e terapêutica, trazendo maior conforto aos pacientes quenão toleram o exame ambulatorial.TL092 - MACROLIGADURA ALTAFERNANDO PINHEIRO ORTEGA; GUSTAVO GUTIERREZ;LUCIANE HIANE DE OLIVEIRA; SÉRGIO OLIVA BANCI;JOAQUIM SIMÕES NETO; ODORINO KAGOHARA; JOSÉALFREDO DOS REIS JUNIOR; JOSÉ ALFREDO DOS REIS NETOCLÍNICA REIS NETO - SP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Dos méto<strong>dos</strong> existentes para tratamentoda doença hemorroidária a ligadura elástica apresenta-se comoum <strong>dos</strong> mais versáteis. OBJETIVO: O objetivo de uma ligaduraelástica é promover a fibrose da submucosa com subseqüentefixação do epitélio anal no esfíncter subjacente. Seguindo esteprincípio uma nova técnica de ligadura foi desenvolvida com baseem dois aspectos: 1 - macro ligadura: para obter-se uma melhorfibrose e fixação do estroma ligado; 2 - ligadura alta: fixaçãorealizada na origem do deslocamento da alm<strong>of</strong>ada hemorroidária.MÉTODO: Foram trata<strong>dos</strong> 1634 pacientes com doençahemorroidária graus II e III pela técnica de Macroligadura Alta.Não houve distinção quanto à idade, sexo e raça. Um novodispositivo foi especialmente concebido, com maior diâmetro ecapacidade de aspiração da mucosa. Utilizou-se um anuscópio maislongo e mais largo para melhor visualização do canal anal. Amacroligadura deve ser realizada no limite superior do canal anal(4 cm cima da linha pectínea) e não diretamente no mamilohemorroidário; antes de proceder a ligadura é conveniente injetar0,5 ml de lidocaina na submucosa. É preferível tratar todas ashemorróidas em uma única sessão (máximo de três áreas).RESULTADOS: Análise retrospectiva sem qualquer comparaçãocom a ligadura elástica convencional. A avaliação compreendeuum período de 12 anos. Os resulta<strong>dos</strong> demonstraram edema perianalem 1,6% <strong>dos</strong> pacientes, tenesmo em 0,8%, dor intensa(necessidade de medicação parenteral) em 1,6%, retenção urináriaem 0,1% <strong>dos</strong> pacientes masculinos e uma taxa de recorrênciasintomática de 4,2%. Paciente algum desenvolveu sepse anal ouretal. Pequeno sangramento após o procedimento foi observadoem 0,8% <strong>dos</strong> pacientes. To<strong>dos</strong> os pacientes com recorrênciasintomática foram trata<strong>dos</strong> com uma nova sessão de macroligadura;o índice e recorrência foi maior nos pacientes com apenas umaárea tratada. CONCLUSÃO: A macroligadura alta representa ummétodo alternativo para o tratamento da doença hemorroidáriagraus II e III com bons resulta<strong>dos</strong> e baixo custo. A análise <strong>dos</strong>resulta<strong>dos</strong> observa<strong>dos</strong> mostrou uma pequena incidência decomplicações ou recidiva, com um alto índice de alívio sintomático.TL093 - NOVA TECNICA PARA DOENÇA HEMORROIDARIA- DOPPLER GUIADA COM LASER - EXPERIENCIANACIONALPAULO BOARINI 1 ; EDGARD MESQUITA LIMA 1 ; ROBERTOCARLOS GUANDALINI JR 1 ; LUCAS RODRIGUES BOARINI 21.RESIDENCIA MEDICA HOSPITAL MUNICIPAL DO TATUAPE,SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.FACULDADE CIENCIAS MEDICASDE SANTOS, SANTOS, SP, BRASIL.Resumo: A doença hemorroidaria ainda representa a patologia maisfreqüente nos consultórios de coloproctologistas. Mesmo com novasvariantes quanto ao tratamento, o estigma da dor no período posoperatório, afasta muitos pacientes do método cirúrgico tradicional,embora com resulta<strong>dos</strong> satisfatórios a longo prazo. De acordo com ateoria “vascular”o hiperfluxo nas artérias hemorroidárias superior,levam a distensão do plexo hemorroidário e hiperplasia vascular.Sabe-se também que a interrupção deste fluxo nos ramos terminaisda artéria retal superior diminuem a discrepância do fluxo arteriovenoso,promovendoa contração mamilar. Objetivos: Utilizadas emhemorróidas de I e II graus.Interrupção do fluxo <strong>dos</strong> ramos arteriaisterminais a 3 cm da linha denteada.Identificação do fluxo arterialatravés de sinal do Doppler.As artérias identificadas são fotocoaguladasatravés de aplicações pulsadas de Diodo Laser. Materiais e Meto<strong>dos</strong>:Utilizamos um proctoscopio especial com um orifício interno, oqual através dele introduzimos uma caneta de Doppler ,ondeidentificamos os ramos terminais arteriais, nas diversas marcaçõeshorárias do relógio. Fotocoagulamos com uma fibra de Diodo laserestas arteríolas, promovendo constrição e diminuição do fluxo noplexo hemorroidal, com melhora <strong>dos</strong> sintomas.Este procedimentonão requer anestesia e pode ser realizado em ambiente ambulatorial.Foram analisa<strong>dos</strong> 50 pacientes ( 22 Homens /28 mulheres) no períodode 8 meses , onde o sangramento era o sintoma prevalente. Resulta<strong>dos</strong>:Obtivemos resulta<strong>dos</strong> positivos em mais de 85% <strong>dos</strong> pacientes , comíndice de satisfação de 90% ; o tempo de permanência hospitalar foiem media de quatro horas. Foi necessária sedação (Midazolan) emsomente dois pacientes. A dor pós-operatória foi controlada comParacetamol na maioria <strong>dos</strong> casos.Conclusões: O método se mostrouseguro,efetivo; não requer anestesia; fácil de realizar, pode ser repeti<strong>dos</strong>e necessário;alta aceitação pelos pacientes.TL094 - RAQUIANESTESIA COM MORFINAVERSUS RAQUIANESTESIA SEM MORFINA.AVALIAÇÃO DA ANALGESIA E COMPLICAÇÕES PÓSHEMORROIDECTOMIASRODRIGO BECKER PEREIRA; JOSE PAULO TEIXEIRAMOREIRA; HELIO MOREIRA JR; ANDRESSA MACHADOSANTANA BRASIL; THALES CARVALHO LIMA; ONOFRE ALVESNETO; THIAGO ANDERSON CABRAL MOREIRAFACULDADE DE MEDICINA - UFG, GOIANIA, GO, BRASIL.Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A raquianestesia comassociação de bupivacaína e morfina proporciona uma excelenteanalgesia pós-operatória de pacientes submeti<strong>dos</strong> ahemorroidectomia.Entretanto, o seu uso tem inconvenientes comopruri<strong>dos</strong>, náuseas, vômitos, cefaléia e retenção urinária, além dedepressão respiratória. O objetivo do trabalho é comparar a analgesiapós-operatória e a incidência de complicações entre a raquianestesiacom morfina e a raquianestesia sem morfina, em pacientes submeti<strong>dos</strong>a hemorroidectomia. MÉTODO: Foram seleciona<strong>dos</strong> 40 pacientes36


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1para hemorroidectomia no HC da Universidade Federal de Goiás. Ogrupo 1 recebeu raquianestesia com 7mg de bupivacaina pesadaassociado a 80µg de morfina(0,2mg/ml), aspirada em seringa<strong>dos</strong>imetrada. O grupo 2 recebeu raquianestesia com 7mg debupivacaina pesada associado água destilada, aspirada em seringa<strong>dos</strong>imetrada, obtendo-se o mesmo volume final do grupo 1. To<strong>dos</strong>pacientes receberam a mesma analgesia pós-operatória. A dor pósoperatóriafoi avaliada no pós-operatório imediato, na chegada àsala de recuperação pós-anestésica e 3, 6, 12 e 24 horas após oprocedimento cirúrgico. Foram ainda avalia<strong>dos</strong> eventuais efeitosadversos, incluindo prurido, náuseas, vômitos, cefaléia e retençãourinária. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamentesignificante entre os grupos com relação aos da<strong>dos</strong> antropométricos.A avaliação da dor pós-operatória, na sala de recuperação pósanestésicae 3 horas após a cirurgia não evidenciou diferença estatísticaentre os dois grupos. Já na avaliação da dor 6 e 12 horas após cirurgiaobservou-se melhor analgesia no Grupo 1 com significância estatística.Após 24 horas da cirurgia, a dor também foi maior no Grupo 2 emrelação ao Grupo 1 porém sem significância estatística. A principalcomplicação observada foi o prurido (6/17 casos), to<strong>dos</strong> estesobserva<strong>dos</strong> no grupo 1(p=0,008), seguido por náuseas e vômitos (4casos), de incidência semelhante entre os dois grupos e por retençãourinaria (3/17 casos), to<strong>dos</strong> estes casos de pacientes do grupo 1(p=0,1). CONCLUSÕES: A hemorroidectomia realizada comraquianestesia associado ao uso de morfina proporcionou melhorefeito analgésico no período de 6 e 12 horas após a cirurgia. Estebenefício vem acompanhado de efeitos colaterais que precisam serconsidera<strong>dos</strong> e discutido com os pacientes, incluindo a ocorrência deprurido e retenção urinária.TL095 - SÃO OS ACHADOS DO ULTRASON ENDORRETALTRIDIMENSIONAL SEMELHANTE AOS ACHADOSCIRÚRGICOS, APRESENTAÇÃO DE RESULTADOSROSILMA GORETE LIMA BARRETO; JOÃO BATISTA PINHEIROBARRETO; ROBERTO COELHO NETTO CUNHA; GRAZIELAOLIVIA DA SILVA FERNANDES; NIKOLAY COELHO MOTA;CLARISSA LORENA FONSECA COSTAHOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA, SAO LUIS,MA, BRASIL.Resumo: Objetivos: Demonstrar que os acha<strong>dos</strong> ultrassonográficossão idênticos aos acha<strong>dos</strong> cirúrgicos nos pacientes portadores defístulas perianais e contribuem para uma exploração cirúrgica adequadapossibilitando o tratamento correto das fístulas.Material e méto<strong>dos</strong>: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo.Da<strong>dos</strong> coleta<strong>dos</strong> do prontuário e ficha clínica do paciente no Serviçode Arquivo Médico (SAME) do Hospital Universitário PresidenteDutra (HUPD) – UFMA. Resulta<strong>dos</strong>: Foram realiza<strong>dos</strong> ultrasonendorretal tridimensional como parte da avaliação pré-operatóriade pacientes portadores de fístulas perianais complexas e os acha<strong>dos</strong>deste exame de imagem foram compara<strong>dos</strong> aos acha<strong>dos</strong> durante oato operatório com uma correlação pelo índice de Kappa excelente.Este exame possibilitou a identificação de trajetos acessórios e coleçõesque provavelmente não seriam identifica<strong>dos</strong> durante o ato cirúrgiconão fosse a imagem obtida por este exame e deste modo possibilitoua correta abordagem da fístula com tratamento definitivo da mesmaainda que em alguns casos tenha sido necessários mais de umprocedimento cirúrgico. Conclusão: O ultrassom endorretal é umexame importante para adequado estudo das fístulas e de modo especialdas mais complexas, fornecedendo da<strong>dos</strong> importantes para escolhado procedimento adequado a cada caso.TL096 - TRATAMENTO DA FÍSTULA ANAL COMPLEXA COMPLUGUE DE COLÁGENO: EXPERIÊNCIA INICIALCARLOS WALTER SOBRADO; JOSÉ AMERICO BACCHI HORA;MARCOS FRUGISHOSPITAL NOVE DE JULHO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: Demonstrar a técnica e os resulta<strong>dos</strong> iniciaiscom a técnica de tratamento da fístula perianal complexa com pluguede colágeno. MATERIAL E MÉTODOS: Análise prospectiva doresultado de nossos primeiros 16 casos, realiza<strong>dos</strong> no período defevereiro de 2010 a abril de 2012 no que diz respeito a complicaçõespós-operatórias e índices de recidiva. RESULTADOS: Dos 16 casosopera<strong>dos</strong>, tivemos uma perda do plugue no 5º PO e três casos depersistência após 6 meses, com insucesso de 4 em 16 casos (25%).Até o presente momento, os demais pacientes não apresentaramsinais de recidiva, com acompanhamento de 2 a 28 meses. Nãohouve relato de incontinência anal, seja para gases ou fezes emnenhum <strong>dos</strong> 16 casos. CONCLUSÕES: Apesar de não existir métododefinitivo para tratamento das fístulas perianais complexas, aindadesafiadora doença, o plugue de colágeno se apresenta como umaopção útil, dentro do arsenal de técnicas disponíveis, com a vantagemde preservação da função esfincteriana e baixo índice de complicações,apesar de taxa de insucesso não desprezível.TL097 - TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA FECAL COMDURASPHERE®MARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES; ADRIANO GONÇALVESRUGGERO; SUZANA LIMA TORRES; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; JORGE ALBERTO ORTIZ;PAULO AZEREDO PASSOS CANDELARIAIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: A incontinência fecal pode ter origem neuropática, lesãoesfincteriana, fecaloma, retites e diarreia. Existem algumas formasde tratamento da incontinência fecal, sendo que uma não exclui apossibilidade de realização da outra. Realizamos o tratamento comcarbono pirolítico em 40 pacientes, com incontinência fecal, sendo33 (82, 5%) de origem neuropática e 7 (17,5%) por lesão esfincterianalocalizada. Dos trinta e três, trinta e um (93,93%) apresentaramconsiderável melhora do quadro de incontinência e dois (6,06%) nãoapresentaram alteração. Dos sete, cinco (71, 42%) apresentarambom resultado. Concluímos que o tratamento com carbono pirolíticoapresenta excelentes resulta<strong>dos</strong> no tratamento da incontinência fecal.TL098 - TRATAMENTO DA RETOCELE COM GRAMPEADORPPH 03MARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES; ADRIANO GONÇALVESRUGGERO; SUZANA LIMA TORRES; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; JORGE ALBERTO ORTIZ;PAULO AZEREDO PASSOS CANDELARIAIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: A retocele é causa comum de constipação, cuja indicaçãocirúrgica é ser maior que 4 cm, intratabilidade após um ano de uso delaxante e outras medidas, digitação anal, perineal e vaginale que nãose esvazia ou apenas parcialmente. O quadro clínico é caracterizadopor digitação, evacuação incompleta ou em dois tempos, dor perineale sensação de bola na vagina. Estudamos 37 pacientes do sex<strong>of</strong>eminino que foram submetidas a correção de retocele por via analcom PPH 03. Todas as pacientes foram submetidas a proctograma emanometria anorretal. Nenhuma apresentava quadro de incontinência37


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1ou alterações manométricas. Todas tinham as indicações cirúrgicassupracitadas. Com frequência evacuatória de uma vez a cada quatroou cinco dias. Todas foram submetidas a correção de retocele comPPH 03 conforme a técnica realizada na Santa Casa de São Paulo.Das 37 pacientes, 31 (83,78%) apresentaram excelentes resulta<strong>dos</strong>,caracterizado por uma evacuação a cada um ou dois dias. O seguiment<strong>of</strong>oi de três meses a seis anos. Concluímos que a correção de retocelecom PPH 03 apresenta bons resulta<strong>dos</strong>.TL099 - TRREMS PROCEDURE, CASUÍSTICA DO CENTRODE COLOPROCTOLOGIA DO CEARÁFRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS 1 ; STHELA MARIAMURAD REGADAS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; JOÃO ANTONIO DE MACEDO JUNIOR 2 ;ERICO CARVALHO DE HOLANDA 2 ; JOSE JADER ARAUJO DEMENDONÇA FILHO 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE FORTALEZA,FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: A anoretocele associada a prolapso mucoso e/ouintussuscepção retal é achado comum em pacientes com evacuaçãoobstruída. A técnica TRREMS (Transanal Repair <strong>of</strong> Rectocele andRectal Mucosectomy with one circular Stapler) possibilitou otratamento desses casos utilizando grampeamento único. Objetivo:Este trabalho consiste em demonstrar os resulta<strong>dos</strong> da TRREMSProcedure no tratamento de pacientes portadores de anorretocele.Material e Méto<strong>dos</strong>: Estudo retrospectivo, incluindo 31 mulherescom evacuação obstruída, escore médio de constipação de Wexner de16.0 (12 a 19), idade média de 54,4 anos, provenientes do Centro deColoproctologia do Ceará, no período de janeiro de 2005 a junho de2012. Todas apresentavam sintomas de evacuação obstruídarefratários ao tratamento clínico, sem melhora com bi<strong>of</strong>eedback.Além da avaliação clínica com exame proctológico, to<strong>dos</strong> os pacientesforam submeti<strong>dos</strong> a manometria anal e ecodefecografia. Avaliaçãomanométrica demonstrou pressão média de repouso de 61mmHg emédia da pressão voluntária máxima de 163,3mmHg. AEcodefecografia identificou e quantificou a anoretocele grau II(29,03%), grau III (70,96%) associado a prolapso mucoso eintussuscepção(19,35%). O procedimento cirúrgico consistiu naressecção manual da parede da anorretocele com posteriormucosectomia circunferencial com um grampeador mecânico circular(EEA-34 / HEM-33 - Coviden, New Haven, CT-EUA). O tempomédio de seguimento foi 24 meses.Resulta<strong>dos</strong>: O tempo operatóriomédio foi de 44 minutos. Houve sangramento transanal na linha desutura em 3(9,67%) pacientes, sutura grampeada incompleta em1(3,22%), deiscência de sutura em 1(3,22%) e dor retal e tenesmoem 4 (12,90%) casos. O tempo médio de internação hospitalar foi deum dia em 28(90,32%) casos e dois dias em 2(6,45%) e sete dias em1(3,22%) caso que evoluiu com deiscência. Ocorreu discreta reduçãono diâmetro da linha de sutura em 3(9,67%) pacientes, to<strong>dos</strong> trata<strong>dos</strong>com dilatação digital, sendo necessário secção encoscópica da suturagrampeada utilizando pinça hot biopsy em um caso. A ecodefecografiapós-operatória demonstrou anoretocele residual (grau I) em 2 (6,45%)e prolapso mucoso residual em 1 (3,22%) caso. To<strong>dos</strong> os pacientesapresentaram melhora significativa <strong>dos</strong> sintomas de evacuaçãoobstruída, com redução no escore de constipação para 5,8 (4 a 8).Não houve alteração nos níveis pressóricos e nem lesão anatômica<strong>dos</strong> esfincteres anais demonstra<strong>dos</strong> pela manometria e ecodefecografiapós-operatória. Conclusão: A TRREMS procedure, é uma técnicasegura e eficaz no tratamento da anorretocele associada com prolapsomucoso, de acordo com a reduzida incidência de complicações transe pós-operatórias e satisfatórios resulta<strong>dos</strong> funcionais.- TEM/TEO -TL100 - DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA SUBMUCOSAENDOSCÓPICA (ESD) VERSUS MICROCIRURGIAENDOSCÓPICA TRANSANAL (TEM) PARA O TRATAMENTODO CÂNCER RETAL PRECOCECAIO SERGIO RIZKALLAH NAHAS; FABIO SHIGUEHISSAKAWAGUTI; CARLOS FREDERICO SPARAPAN MARQUES;SÉRGIO CARLOS NAHAS; BRUNO COSTA MARTINS; RODRIGOAMBAR PINTO; FAUZE MALUF FILHO; IVAN CECCONELLOICESP-FMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A dissecção submucosa en<strong>dos</strong>cópica (ESD)e microcirurgia en<strong>dos</strong>cópica transanal (TEM) são procedimentosminimamente invasivos que podem ser usa<strong>dos</strong> para tratar o câncerretal precoce (grandes adenomas retais, câncer intramucoso ou cominvasão superficial da submucosa). O objetivo deste estudo foicomparar a eficácia clínica entre ESD e TEM para o tratamentodessas lesões precoces. MÉTODOS: Entre julho de 2008 e agosto de2011, 22 pacientes com neoplasias retais precoces foram trata<strong>dos</strong>por ESD (10) ou TEM (12) no Instituto do Câncer do Estado de SãoPaulo (ICESP). Os da<strong>dos</strong> foram analisa<strong>dos</strong> retrospectivamente deacordo com banco de da<strong>dos</strong> e relatórios patológicos, com respeito ataxa de ressecção em monobloco, margens cirúrgicas, recidiva local,complicações precoces (30 dias), diagnóstico histológico, tempo deprocedimento e tempo de internação nos dois grupos. RESULTADOS:O tamanho médio do tumor foi de 64 mm no grupo ESD e 45 mm nogrupo TEM (p = 0,36). A ressecção em monobloco com margenslivres foi realizada em 80% (8/10) no grupo ESD e 83% (10/12) nogrupo TEM (p = 0,53). Houve apenas um caso de recorrência localneste estudo, observado no grupo TEM 15 meses após oprocedimento. Complicações pós-operatórias no grupo ESD foramduas perfurações retais com pneumotórax e enfisema subcutâneo, eum caso de síndrome “pós-polipectomia”. No grupo TEM umpaciente apresentou incontinência fecal temporária e evacuaçãodolorosa (adenoma de 130 mm). O diagnóstico histológico mostrou8 câncer intramucoso, 1 adenoma e 1 tumor carcinóide invadin<strong>dos</strong>uperficialmente a submucosa no grupo ESD. O grupo TEM mostrou7 cânceres intramucosos, 4 adenomas, e 1 câncer com invasãosubmucosa superficial. No grupo ESD o tempo médio deprocedimento foi de 133 min e no grupo TEM 150 min (p = 0,69).A média de permanência hospitalar foi de 3,8 dias no grupo ESD e4,1 dias no grupo TEM (p = 0,81). CONCLUSÃO: Ambas as técnicasapresentaram boa eficácia para o tratamento de lesões retaisprecoces, com similares taxas de ressecção completa emmonobloco. No grupo ESD, houve uma maior taxa de complicações,provavelmente relacionado com a longa curva de aprendizado desteprocedimento.TL101 - MICROCIRURGIA ENDOSCÓPICA TRANSANAL:EXPERIÊNCIA INICIAL DO SERVIÇO DECOLOPROCTOLOGIA DO HOSPITAL SANTA IZABELCARLOS RAMON SILVEIRA MENDES; MEYLINE ANDRADELIMA; RICARDO AGUIAR SAPUCAIA; LUCIANO SANTANA DEMIRANDA FERREIRAHOSPITAL SANTA IZABEL, SALVADOR, BA, BRASIL.38


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Resumo: Introdução: A microcirurgia en<strong>dos</strong>cópica transanal foidescrita inicialmente por Buess em 1984. É um procedimentoen<strong>dos</strong>cópico que permite a preservação do aparelho esfincteriano. Oobjetivo deste trabalho é descrever a experiência do serviço decoloproctologia do Hospital Santa Izabel (Salvador/BA) com estatécnica, avaliando seus resulta<strong>dos</strong> e complicações e comparando comda<strong>dos</strong> da literatura. Material e Méto<strong>dos</strong>: Estudo prospectivo,observacional, onde foram avalia<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os pacientes submeti<strong>dos</strong>a ressecção transanal en<strong>dos</strong>cópica no Hospital Santa Izabel no períodode julho de 2011 a março de 2012 por um mesmo cirurgião. Os da<strong>dos</strong>demográficos e clínicos pré-operatórios, os resulta<strong>dos</strong> e complicaçõesdo tratamento cirúrgico e a recidiva pós-operatória foram avalia<strong>dos</strong>.Resulta<strong>dos</strong>: Foram opera<strong>dos</strong> neste período 22 pacientes, sendo 14 <strong>dos</strong>exo Feminino e 8 masculino, com idade média de 57 ± 15 anos. Alesão encontrava-se na parede lateral esquerda na maioria <strong>dos</strong> casos(36,4%), seguido da parede posterior em 31,8%, parede anterior em18,2% e parede lateral direita em 13,6%. A lesão encontrava-se a5,4 ± 3,1 cm da borda anal, variando de 2 a 15 cm. Durante oprocedimento foi realizada ressecção de espessura total da parederetal na maioria <strong>dos</strong> casos (20 pacientes), com fechamento da feridaretal nestes casos. O resulta<strong>dos</strong> do estudo anátomo-patológicomostrou se tratar de lesão benigna em 77,3%, com 22,7% de lesõestipo adenocarcinoma. Os pacientes receberam alta hospitalar emmédia com 1,2 ± 0,5 dias de internação (variação de 1-3 dias).Complicações ocorreram em 18,2% <strong>dos</strong> casos. A principal foi aperfuração do reto para a cavidade abdominal que ocorreu em doiscasos e foi vista durante o próprio procedimento sendo resolvida,sem consequências posteriores. As outras complicações foramsangramento e deiscência da ferida no pós-operatório que ocorreramem um paciente cada. To<strong>dos</strong> os pacientes foram acompanha<strong>dos</strong> nospós-operatório e estão sem sinais de recidiva até esta data, commédia de seguimento de 7,95 ± 2,1 meses. Conclusão: A cirurgiaen<strong>dos</strong>cópica transanal apresentou bons resulta<strong>dos</strong> pós-operatórioscom baixa morbidade, sem sinais de recidiva nos pacientes avalia<strong>dos</strong>neste estudo e durante o período de seguimento de 8 meses.TL102 - RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA TRANSANAL:CASUÍSTICA INICIAL EM DOIS CENTROS DE REFERÊNCIASDE FORTALEZA (CE)LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ; FRANCISCO SÉRGIO PINHEIROREGADAS 1 ; STHELA MARIA MURAD REGADAS 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; JOÃO ANTONIO DE MACEDO JUNIOR 3 ;FABIO SANTIAGO RODRIGUES 4 ; FRANCISCO SÉRGIOPINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; JOSE JADER ARAUJO DEMENDONÇA FILHO 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - HUWC, FORTALEZA,CE, BRASIL; 2.CENTRO DE COLOPROCTOLOGIA DO CEARÁ,FORTALEZA, CE, BRASIL; 3.SANTA CASA DE MISERICÓRDIADE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL; 4.UNIVERSIDADEFEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Introdução/objetivos: “Transanal En<strong>dos</strong>copic Microsurgery”(TEM) é um procedimento minimamente invasivo efetivo notratamento local de tumores benignos e/ou malignos em estágio inicialdo reto retroperitoneal. Favorece o paciente pela baixamorbimortalidade, rápida recuperação pós-operatória e resulta<strong>dos</strong>oncológicos satisfatórios. Este trabalho consiste em apresentar osresulta<strong>dos</strong> iniciais do tratamento de afecções retais pelo TEM numaunidade de coloproctologia. Méto<strong>dos</strong>: De abril de 2009 a feveiro de2012, foram opera<strong>dos</strong> pela técnica do TEM, 12 pacientes com tumorretal no Centro de Coloproctologia do Ceará – Hospital São Carlos,Fortaleza/Ceará e Hospital Universitário Walter Cantídio –Universidade Federal do Ceará. Foram analisa<strong>dos</strong> aspectos das lesões,tempo operatório, complicações e evolução <strong>dos</strong> pacientes. Resulta<strong>dos</strong>:O estudo envolveu 06 (50%) homens e 06 (50%) mulheres, média deidade de 58 anos (36 a 74 anos). Dentre os pacientes, 08 (66,7%)apresentavam hematoquezia, 02 (16,3%) disquezia e 03 (25%) eramassintomáticos. No pré-operatório, 07 (58,3%) pacientes foramavalia<strong>dos</strong> por ultrassonografia endoanal tridimensional. A maior daslesões atingiu nível uT2N0 de estadiamento, com média de distânciada margem anal de 5,0cm. A média de tempo cirúrgico foi de 184minutos, considerando o pneumorreto. Ocorreu perfuração retal em02 (18,2%) casos, ambos explora<strong>dos</strong> e conduzi<strong>dos</strong>conservadoramente. A conversão intraoperatória ocorreu em um<strong>dos</strong> casos, por perfuração intraperitoneal do reto. Complicaçõespós-operatórias tardias ocorreram em 50,0% <strong>dos</strong> casos, envolvendoproctalgia (25,0%), incontinência fecal transitória (16,7%) e estenoseretal (8,3%). Não houve reinternamento. Os exames histológicosrevelaram margens livres de lesão em 83,3% <strong>dos</strong> casos. Nesta faseainda não foi possível avaliar sobrevida global em 5 anos. Discussão/Conclusão: As indicações ocorreram principalmente por tumoresbenignos. A técnica tem ampliado cada vez mais sua indicação adepender da experiência do cirurgião possibilitando desde a remoçãode pólipos benignos até adenocarcinomas. Apesar da alta prevalênciade complicações pós-operatórias, os pacientes evoluíram comresulta<strong>dos</strong> satisfatórios.TL103 - T.E.M. – EXPERIÊNCIA DE 63 CASOS DO INSTITUTODO CÂNCER DE SÃO PAULOCARLOS FREDERICO SPARAPAN MARQUES; CAIO SERGIORIZKALLAH NAHAS; EDUARDO KENZO MORY; SÉRGIOCARLOS NAHAS; RODRIGO AMBAR PINTO; ULYSSES RIBEIROJUNIOR; DANIEL JOSÉ SZOR; IVAN CECCONELLOICESP-FMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O TEM (Transanal En<strong>dos</strong>copic Microsurgery)constitui um importante recurso na manipulação do reto,principalmente na ressecção de lesões polipóides e tumorais de baixorisco. Além do aspecto terapêutico, sua utilização na avaliaçãodiagnóstica de lesões residuais em pacientes com boa resposta à quimioradioterapianeo-adjuvante abre uma nova perspectiva de aplicação.Objetivos: Apresentar a experiência do grupo de coloproctologia doInstituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) emprocedimentos com o uso do TEM. Métodologia: Análise da casuísticade pacientes submeti<strong>dos</strong> a procedimentos com utilização do TEM noperíodo de Janeiro de 2008 à Julho de 2012, cujos da<strong>dos</strong> foramcoleta<strong>dos</strong> prospectivamente. Resulta<strong>dos</strong>: Identificamos 63procedimentos realiza<strong>dos</strong> em 62 pacientes no período. Dentre estes,foram realiza<strong>dos</strong> uma drenagem de abscesso pélvico e um avanço deretalho mucoso para tratamento de fístula complexa, os demais foramressecções de lesões de reto. Dos pacientes submeti<strong>dos</strong> à ressecção,59,3% eram do sexo feminino e a idade média foi de 65,6 (21 – 88)anos. O tempo cirúrgico médio foi de 118 (35-240) minutos.Realizou-se a sutura completa do leito de ressecção com fio absorvívelem 58 <strong>dos</strong> pacientes, sendo que em 65% foi exclusivamente realizadapelo TEM e 35% pela via combinada ou pelo método transanalconvencional. Em 7 pacientes houve invasão da cavidade, que foitratada pelo TEM e não implicou em maior morbidade, exceto pormaior tempo de internação (média de internação: 3,2 dias x casoscom perfuração: 4,4 dias). A distribuição das patologias segundo orelatório anátomo-patológico foi de 30,5% adenomas e 50,8%neoplasias (29 adenocarcinomas; 1 GIST). Dentre os 29 pacientes39


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1com adenocarcinoma, 12 realizaram neo-adjuvância. O tempo médiode acompanhamento foi de 18,7 (2-38) meses. No pós operatório,22,0% pacientes apresentaram uma queixa e 23,7% duas ou mais,sendo as mais frequentes descarga mucóide (11), sangramento semnecessidade de transfusão (9), dor anal (8) e incontinência transitória(7). Houve apenas 1 reinternação por sangramento com necessidadede transfusão. Todas as queixas evoluíram com resolução ou melhorasignificativa sem impacto na qualidade de vida do paciente.Registramos 1 recidiva sistêmica e 5 recidivas locais/pélvicas, dasquais uma foi reabordada por TEM. Conclusão: A ressecção de lesõesde reto por TEM é um método seguro, eficaz e de baixa morbidade,sendo indicada com sucesso em pacientes bem seleciona<strong>dos</strong>.TL104 - TAMIS CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA NOTRATAMENTO DAS NEOPLASIAS RETAISEDUARDO FONSECA ALVES FILHO; PAULO FREDERICOOLIVEIRA COSTA; JOÃO CLÁDIO GUERRAHOSPITAL PORTIGUES DA BAHIA, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A partir do desenvolvimento das técnicasde cirurgias por orificios naturais (NOTES) e a utilização dedispositivos de portal único para cirurgia video-laparoscópica foiintroduzido uma nova alternativa para ressecção de lesões retaisdenominada cirurgia transanal minimamente invasiva ou cirurgiamicroscópca transanal por portal único (TAMIS, TSPM) que alia astécnicas da microcirurgia en<strong>dos</strong>cópica transanal (TEM) com autilização de material comumente utilizado em cirurgiaslaparoscópicas. O objetivo deste trabalho é descrever a técnicautilizada no TAMIS. MATERIAL E METÓDO: Foi utilizado odispositivo SILLS®, Covidien utilizado em cirurgia laparoscópicapor portal único, confeccionado com material sintético flexível,possui 3 orifícios para introdução de cânulas de 5 e 12 mm e umaconexão para insuflação de CO2. Este é introduzido por via anal erealiza-se a insuflação do reto com CO2. Após identificação da lesãoa mesma e delimitada circuferencialmente e iniciada a dissecção dasparedes do reto, parcialmente ou na sua totalidade até a gorduraperirretal. A peça é retirada juntamente com a remoção do dispositivo.Este é novamente introduzido e fixado. Após revisar o leito da feridacirúrgica, realiza-se quando necessário o fechamento da feridaoperatória. RESULTADOS: Quatro pacientes foram submeti<strong>dos</strong> aoprocedimento. Três tinham o diagnóstico prévio de adenomas retaise um de carcinóide retal. A distância media da margem anal foi de 6,5cm. O tempo médio de realização do procedimento foi de 110minutos. To<strong>dos</strong> os procedimentos foram concluí<strong>dos</strong> com sucessosem conversões. Não ocorreram complicações ou necessidade dereintervenção. To<strong>dos</strong> as peças cirúrgicas apresentaram margens livres.TAMIS é uma nova adaptação do TEM e por não requererequipamentos dispendiosos e pela sua similaridade com procedimentoslaparoscópicos amplamente realiza<strong>dos</strong> como colecistectomias eapendicectomias, necessita de uma curva de aprendizado menorquando comparado ao TEM, permitindo uma maior disseminaçãodo tratamento minimamente invasivo das lesões retais passíveis deressecção local.- VIDEOLAPAROSCOPIA -TL105 - ANASTOMÓSIS TÉRMINO TERMINAL MANUAL VS.LATERO- LATERAL MECÁNICA LUEGO DE LA COLECTOMÍADERECHA LAPAROSCÓPICA. ENSAYO PROSPECTIVORANDOMIZADOESTEBAN GRZONAHOSPITAL ALEMAN DE BUENOS AIRES, CABA, ARGENTINA.Resumo: ANTECEDENTES: La superioridad de la técnica láterolateralmecánica sobre la término-terminal manual en anastomosisileocólica es discutida. Distintas series que compararon ambas técnicasencontrando pequeñas diferencias en cuanto a la tasa decomplicaciones. No hay estudios prospectivos randomiza<strong>dos</strong>publica<strong>dos</strong> que comparen estas alternativas utilizando el abordajelaparoscópico. OBJETIVO: Comparar los resulta<strong>dos</strong> de lasanastomosis termino terminal manual y latero lateral mecánica enpacientes someti<strong>dos</strong> a una colectomía derecha laparoscópica.DISEÑO: Experimental, prospectivo, randomizado. MATERIAL YMETODO: Se reclutaron a los pacientes someti<strong>dos</strong> a colectomíaderecha laparoscópica programada entre enero del 2006 y mayo del2012. Se excluyeron las cirugías que requirieron conversión, cirugíasde urgencia, enfermedad de Crohn y aquellas que fueron asociadas aotros procedimientos. Se realizó una randomización aleatoria y ciegaen <strong>dos</strong> grupos: anastomosis termino-terminal manual (GI) o laterolateralmecánica (GII), que se realizó inmediatamente antes de realizarla anastomosis a través de un sistema electrónico. Se analizó eltiempo quirúrgico, complicaciones mayores y menores, tasa dereoperación, variables de recuperación del tránsito intestinal y estadíahospitalaria. El nivel de significación estadística se fijó en p < 0,05.El análisis estadístico se realizó utilizando el paquete estadístico“SPSS 19”. RESULTADOS: Sobre un total de 230 colectomías derechaslaparoscópicas realizadas en el período de estudio, 153 pacientescumplieron los criterios de inclusión. La media de edad poblacionalfue de 65,6(23-90) años. 86 (56.3%) pacientes fueron hombres. 144(94%) se operaron por patología neoplásica. Luego de larandomización 74 pacientes pertenecieron al GI y 79 al GII. Eltiempo operatorio medio de la serie fue de 127,8 ± 34,7 minutos. Seevidenció un tiempo operatorio significativamente menor en el GII(GI vs GII: 146,8 ±49,47 vs G2: 123,8 ±34,7; p< 0,05). No existierondiferencias estadísticamente significativas en ninguna de las otrasvariables estudiadas. CONCLUSIONES: El tiempo quirúrgico de lacolectomía derecha laparoscópica es menor cuando se realiza unaanastomosis latero-lateral mecánica. Sin embrago, esto no influyeen ninguna otra variable del postoperatorio.TL106 - ESTUDO COMPARATIVO DE RESULTADOS DEEXCISÃO TOTAL DO MESORRETO PORVÍDEOLAPAROSCOPIA E LAPAROTOMIABRUNO ALCANTARA CASTILHO 1 ; FÁBIO LOPES QUEIROZ 1 ;PAULO CESAR LAMOUNIER 1 ; BRENO XAIA COSTA 1 ; FABIOHENRIQUE OLIVEIRA 1 ; FERNANDA ELIAS RABELO 1 ;ANTONIO LACERDA FILHO 2 ; RODRIGO ALMEIDA PAIVA 11.HOSPITAL FELÍCIO ROCHO, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;2.HOSPITAL FELÍCIO ROCHO/DEPARTAMENTO DE CIRURGIADA FACULDADE DE MEDICINA DA UFMG, BELO HORIZONTE,MG, BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: Avaliar os resulta<strong>dos</strong> das excisões totais demesorreto (ETM) realizadas por cirurgia videolaparoscópica (CV) epor cirurgia aberta (CA), comparando as taxas de complicaçõesclínicas e cirúrgicas, tempo de internação, duração da cirurgia equalidade da ressecção oncológica. MATERIAIS E MÉTODOS: Oestudo consiste na análise comparativa <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> coleta<strong>dos</strong> de to<strong>dos</strong>os pacientes submeti<strong>dos</strong> à ETM por CV, de outubro de 2007 adezembro de 2011 e por CA, de janeiro de 2007 a dezembro de 2008,período onde as cirurgias eram preferencialmente realizadas porlaparotomia. To<strong>dos</strong> os casos foram opera<strong>dos</strong> pela equipe de40


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Coloproctologia do Hospital Felício Rocho, para tratamento decâncer retal. Desde esta data os pacientes submeti<strong>dos</strong> à ETM, sejapor CV ou por CA, tiveram seus da<strong>dos</strong> de cirurgia e de pós-operatórioanota<strong>dos</strong> em ficha de registro previamente elaborada. O projetotrata-se da realização de um trabalho retrospectivo observacional,baseado na análise estatística destas informações registradas.RESULTADOS: Foram registradas 25 CV com ETM, sendo 16 homense 9 mulheres. Nas CA, foram contabiliza<strong>dos</strong> 26 procedimentos, com13 homens e 13 mulheres. O tempo de internação total foi em médiade 8,9 dias para as CL e 7,85 dias nas CA. O tempo total médio <strong>dos</strong>procedimentos laparoscópicos foi de 273 minutos. Nas ressecçõesabertas, o tempo médio de cirurgia foi de 253 minutos. Em 16casos nas CV (64%) e em 14 casos nas CA (54%) foramconfeccionadas uma ileostomia protetora. Fístula sintomática foidetectada em 2 pacientes nas CV e 1 nas CA, o que é comparávelcom outros estu<strong>dos</strong>. Em 12% <strong>dos</strong> casos de CV houve complicaçõesclínicas no pós-operatório, como atelectasia e SIRS, com tempo deinternação média de 15,7 dias nas CA, 3 casos com complicações(11,4%), com internação média de 4,3 dias. A média de linfono<strong>dos</strong>disseca<strong>dos</strong> nas CV foi de 11,1, com 7,7% de tumores em estadio T1,30,8% de tumores em estadio T2 e 61,6% em T3. Das peçasanalisadas, 95% apresentaram margens livres. Nas CA, média de14,2 linfono<strong>dos</strong> disseca<strong>dos</strong>, com Tis em 10%, 10% de tumores T1,35% em T2, 35% em T4 onde 97% das peças obtiveram margenslivres. CONCLUSÃO: Os resulta<strong>dos</strong> deste estudo demonstram que aCV para câncer retal pode ser realizada com segurança por umaequipe experiente, reduzindo a taxa de complicações noperoperatório. Incidência de intercorrências clínicas são semelhantesàs CA. As complicações cirúrgicas no pós-operatório e o tempo deinternação se mostraram mais elevadas nas cirurgias por vídeo. Otempo cirúrgico médio se mostrou muito próximo nos dois gruposestuda<strong>dos</strong>. Numa tentativa de minimizar o risco de fístula, érecomendável confecção de ileostomia protetora, principalmenteem ressecções baixas. A qualidade da ressecção oncológica ésemalhante em ambos os grupos.TL107 - EXPERIÊNCIA COM 12 PACIENTES PORTADORESDE ENDOMETRIOSE PROFUNDA COM ACOMETIMENTO DORETOSSIGMÓIDE ABORDADOS POR VIAVIDEOLAPAROSCÓPICAANTONELLA FURQUIM CONTE; CLEBER ALLEM NUNES; JOSEVINICIUS CRUZ; RAQUEL PAPANDREUS DIB; GERALDOGOMES SILVEIRA; TULIO MEYER GRAZIOTTIN; TALITA VILAMARTINSSANTA CASA DE MISERICORDIA, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: Resumo: O estudo envolvolve 12 pacientes portadoras deendometriose pr<strong>of</strong>unda. Todas as pacientes apresentavamcomprometimento do retossigmoide, diagnosticadas por ecotranvaginal e ressonância magnética de pelve; a média etária foi de32,3 anos. As técnica cirúrgica realizada foi a retossigmoidectomiaabdominal com anastomose colo-retal baixa sem ileostomiaprotetora. Em 2 pacientes havia acometimento ureteral e em umapaciente o apêndice cecal também estava com endometriose. O tempocirúrgico variou de 246 (mínimo) a 590 minutos (máximo), comtempo médio de 341 minutos. O bisturi ultrassônico foi usado emtodas as pacientes. Não houve conversões. To<strong>dos</strong> os casos evoluiramsem complicações cirúrgicas com tempo de internação médio de 5dias (de 4 a 8 dias). Conclusão: a cirugia laparoscópica para otratamento da endometriose pr<strong>of</strong>unda deve ser realizado por equipemultidiscipinar envolvendo o ginecologista, coloproctologista eurologista. O tempo cirúrgico é maior que nas outras patologiascolo-retais, mas com rápida recuperação pós operatória dessaspacientes.TL108 - EXPERIÊNCIA EM CIRURGIAVIDEOLAPAROSCÓPICA COLORRETAL NO SERVIÇO DECOLOPROCTOLOGIA DO HOSPITAL SANTA IZABELSALVADOR-BAHIACARLOS RAMON SILVEIRA MENDES; MEYLINE ANDRADELIMA; RICARDO AGUIAR SAPUCAIA; LUCIANO SANTANA DEMIRANDA FERREIRAHOSPITAL SANTA IZABEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Introdução: A cirurgia videolaparoscópica colorretal foiinicialmente introduzida no Brasil por Regadas em 1992 e desdeentão tem sido utilizada com sucesso no tratamento das diversasafecções intestinais. O objetivo deste trabalho é apresentar osresulta<strong>dos</strong> iniciais desta abordagem no serviço de coloproctologia doHospital Santa Izabel. Material e Méto<strong>dos</strong>: Estudo retrospectivo,descritivo, onde foram avalia<strong>dos</strong> os prontuários de to<strong>dos</strong> os pacientessubmeti<strong>dos</strong> a cirurgia colorretal laparoscópica no período de abril de2012 a maio de 2012 no serviço de coloproctologia do HospitalSanta Izabel. Foram avalia<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> demográficos, tipo deprocedimento, tempo de internação, complicações e causas deconversão. Resulta<strong>dos</strong>: Foram opera<strong>dos</strong> neste período 81 pacientes,sendo 59,3% do sexo feminino e 40,7% masculino. A idade médiafoi de 58,2 anos (1-88 anos). A principal indicação foi o tratamentodas neoplasia de cólon (51,9%), sendo assim divididas: 18,5% emreto, 7,4% sigmoide, 6,2% ceco, 1,2% canal anal, 2,5% transverso e8,6% cólon ascendente. Os demais pacientes apresentavam doençasbenignas do cólon, sendo a doença diverticular a mais frequente(19,8%). A retossigmoidectomia foi realizada em 40,7% <strong>dos</strong> casos,seguida da colectomia direita em 21%. As complicações ocorreramem 24,7% <strong>dos</strong> pacientes. Apenas cinco pacientes (6,2%) precisaramter sua cirurgia convertida para a via laparotômica, sendo quatrodevido a aderências prévias e um devido a complicação clínica comretenção de CO2. A mortalidade global foi de 2,4%, todas porcomplicações clínicas. O tempo médio de internação foi de 5,78 dias(1-31 dias). Conclusão: O procedimento videolaparoscópico tem semostrado seguro e a capacitação do cirurgião tem trazido melhoresresulta<strong>dos</strong> pós-operatórios.TL109 - INDICE DE CONVERSÃO HABITUAL , EM CURVADE APRENDIZAGEM DE LAPAROSCOPIA COLORRETALCOM PREDOMÍNIO DE NEOPLASIA E USO DE TESOURAMONOPOLARJULIANO ALVES FIGUEIREDO 1 ; LUCIANA MENDES OLIVEIRA 2 ;FRANCESCA DE SÁ FREIRE 2 ; BERNARDO HANAN 2 ; LUCIANAMENDES PEIXOTO 2 ; CINTIA DOMINGUES BERNARDES 2 ;RAMON PIRES MARANHÃO 1 ; RAFAEL GOMES CARVALHOBARROS 21.HOSPITAL LIFE CENTER, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;2.HOSPITAL DA BALEIA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: A curva de aprendizagem na operação laparoscópica éconhecida como um período de adaptação da equipe cirúrgica ásexigências da nova via de acesso. A tesoura monopolar, a pinçacoaguladora ultrassônica e a pinça eletrotérmica bipolar sãoinstrumentos cirúrgicos que podem ser utiliza<strong>dos</strong> para operaçõeslaparoscópicas de grande porte, sendo as duas últimas as preferidasentre os laparoscopistas. Apresenta-se uma curva de aprendizagemde operação laparoscópica colorretal com predomínio de tesoura41


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1laparoscópica monopolar. Pacientes e Meto<strong>dos</strong>: os primeiros 100pacientes consecutivos de uma única equipe de cirurgiões foramavalia<strong>dos</strong>. Considerou-se somente os pacientes que foram submeti<strong>dos</strong>a operação de ressecção de cólon ou reto. Excluíu-se pacientessubmeti<strong>dos</strong> a procedimentos de urgência, ou estomias derivativassomente. Resultado: A operação laparoscópica foi realizada em 62pacientes com tesoura monopolar e 38 casos foram realiza<strong>dos</strong> compinça coaguladora ultrassônica. Houve conversão em 16 casos (16%),em 10 deles usou-se tesoura monopolar e em 6 deles usou-se a pinçacoaguladora. O tempo médio de conversão nos primeiros cinquentacasos foi de 120 minutos e o tempo médio de conversão no últimos50 casos foi 80 minutos. A causa principal de conversão foramproblemas com o material laparoscópico ou liberação do ânguloesplênico. Conclusão: Em pacientes seleciona<strong>dos</strong> e com equipetreinada é possível passar pela curva de aprendizagem na laparoscopiacolorretal e manter um índice aceitável de conversão, mesmo comutilização da tesoura laparoscópica monopolar.TL110 - REPERCUSIÓN DE LA MOVILIZACIÓN DELÁNGULO ESPLÉNICO EN LA COLECTOMÍALAPAROSCÓPICAESTEBAN GRZONAHOSPITAL ALEMAN DE BUENOS AIRES, CABA, ARGENTINA.Resumo: ANTECEDENTES: La movilización rutinaria del ánguloesplénico (MAE) durante la colectomía izquierda y variantes escontroversial. A favor argumentan que es fundamental para obtenerun adecuado tamaño de la pieza quirúrgica, número de ganglios yminimiza las dehiscencias. Los opositores argumentan, no siemprees necesaria, aumentando la complejidad y tiempo operatorio.OBJETIVO: Evaluar la repercusión de la MAE e identificar posiblesfactores predictores. DISEÑO: Retrospectivo, comparativo sobreuna base de datos cargada en forma prospectiva. MATERIAL YMETODO: Entre junio del 2000 y mayo del 2012 se analizaron ato<strong>dos</strong> los pacientes opera<strong>dos</strong> por cirugías laparoscópicas que pudieranrequerir MAE. Se dividió en tres grupos: Colectomía izquierda (CI);Sigmoidectomía (S) y Resección anterior (RA). Estos tres fueroncompara<strong>dos</strong> entre las poblaciones que NO tenían MAE (CI1; S1;RA1) vs los que SI habían requerido (CI2; S2; RA2). Se comparótiempo quirúrgico, complicaciones, dehiscencias, estadía hospitalaria,tránsito intestinal, ganglios y longitud de pieza. Las variablesanalizadas como predictores para MAE: edad, sexo, BMIe”30 yASAe”2. RESULTADOS: Se operaron 1076 cólones laparoscópicos.593 correspondieron a la población analizada. En 60,5%(359) no serealizó MAE. 161(27,1%) pertenecieron a (CI); 326(55%) a S y 106(17,9 %) a RA. CI2: 118(73%); S2: 69(21,3%); y RA2 47(44,3%).En CI2 el tiempo quirúrgico fue mayor (CI1vsCI2: 165vs214 min;p=


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1PÔSTERES- CANCER COLORRETAL -PO001 - ADENOCARCINOMA COLÔNICO SINCRÔNICOCOM LINFOMA: RELATO DE CASO DE UMA CONDIÇÃORARAISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; HUGO HENRIQUESWATTE; OTÁVIO NUNES SIA; JOSE C BEDRAN; ROGERIO LFREITAS; ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIO ROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: O adenocarcinoma colorretal corresponde a cerca de97% de to<strong>dos</strong> os tumores nessa localização e representa a quartaneoplasia mais comum e a terceira causa de óbito entre os tumoresem geral.O linfoma é uma doença representada por uma desordemdo sistema imune com característica linfoproliferativa compresença das células de Reed-Sternberg, sendo que o linfoma deHodgking constitui cerca de 30% de to<strong>dos</strong> os tipos e sua associaçãocom adenocarcinoma de cólon é extremamente rara.OBJETIVO:Objetiva-se nesse artigo relatar caso de paciente portador delinfoma de Hodgking sincrônico com adenocarcinoma de cólonsubmetido a retossigmoidectomia eletiva pelo grupo daColoproctologia do Hospital Santa Marcelina, São Paulo. RELATODE CASO: WCS (William Carlos Santiago), 30 anos, masculino,eletricista, com relato de surgimento de linfonodomegalia cervicalhá cerca de quatro meses com ocorrência hematoquezia associada,cólica abdominal, aumento da frequência evacuatória e perdaponderal não significativa. Apresentava ao exame físico linfonodode cerca de 3 cm fibroelástico e móvel em zona quatro de pescoçoe uma massa endurecida em região supra-clavicular a direitacompatível com conglomerado linfonodal de 4,5cm de diâmetro.No que se refere às sorologias, possuía resulta<strong>dos</strong> não reagentespara toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, sífilis, toxoplasmosee mononucleose, além de pesquisa negativa para o HIV. Ohemograma era normal, inclusive na contagem <strong>dos</strong> diferenciais delinfócitos. Submetido a biópsia excisional de linfonodo cervicalcom resultado de linfoma de Hodgkin e, como persistia comenterorragia, solicitado colonoscopia com evidência de lesãoulcero-vegetante, friável e estenosante em sigmoide cujoanatomopatológico revelou se tratar de adenocarcinoma. Realizadoestadiamento de ambas condições patológicas, com tomografiasde abdome e pelve não demostrando alterações e PET-CT comevidência de conglomerado linfonodal cervical, mediastinal e emhilo pulmonar a direita com intensa captação do radi<strong>of</strong>ármaco,além de captação inespecífica em região de sigmoide. Em 17/01/12 submetido a retossigmoidectomia com anastomose colorretalmecânica e inventário da cavidade demonstrando tumoração emsigmoide de cerca de 8cm de diâmetro com retração de serosa.Evoluiu bem e recebeu alta hospitalar no 6R”pós-operatório.Resultado de anatomopatológico revelou tratar-se deadenocarcinoma moderadamente diferenciado com estadiamentoIIa. Após cirurgia, indicado pela equipe da hematologia tratamentoespecífico para o LH. CONCLUSÃO: Apresenta-se nesse artigo acoexistência sincrônica rara entre adenocarcinoma colorretal elinfoma de Hodgking tratado de maneira multidisciplinar comassociação de terapias após avaliação complementar pormenorizadacom auxílio de tecnologia avançada. Devemos ainda lembrar quea concomitância de neoplasias em um mesmo paciente adquireimportância relevante na conduta, terapia e prognóstico.PO002 - ADENOCARCINOMA DE CANAL ANAL. RELATO DECASORODRIGO RIBEIRO APRILLI 1 ; THAÍS INÁCIO CARVALHO 2 ;FERNANDO MARIN TORRES 2 ; ALESSANDRO PREVIDECAMPOS 2 ; PAULA RIGHI CARDOSO 21.INSTITUTO DE COLOPROCTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO,RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL; 2.SANTA CASA, RIBEIRÃOPRETO, SP, BRASIL.Resumo: Carcinoma de canal anal representa cerca de 4% de todas asneoplasias do trato gastrointestinal baixo, sendo a histologiaprevalente o carcinoma de células escamosas, representando mais de70% <strong>dos</strong> casos e está associado a infecção pelo HPV e HIV. Menosfrequente sãos encontrado adenocarcinomas e melanomas, raramentetumores neuroendócrinos, tumor carcinóide, sarcoma de Kaposi eLinfoma. O adenocarcinoma de canal anal pode estar associado comfístulas anorretais e radioterapia (RT) prévia. Ao contrário docarcinoma de células escamosas, onde o tratamento com RTconcomitante a quimioterapia usando mitomicina-C ou cisplatina,associado a infusão continua de fluoruracil é bem estabelecido, oadenocarcinoma de canal anal, não possui tratamento padrão, sendoobservado um pior prognóstico. Caso Clínico: Paciente Z.B.D,feminino, de 88 anos, em junho de 2009, procurou proctologistadevido a desconforto e sangramento anal às evacuações há 2 meses.O exame clínico mostrou úlcera na borda anal posteriormente, cujabiopsia mostrou ser Adenocarcinoma Tubular. CEA pré-operatóriode 3,17. Ultrasson endoanal tridimensional uT3N0. Colonoscopianão mostrou lesões sincrônicas, e Rx de Tórax e CT de abdômen epelve sem metástase a distância. Antecedentes Pessoais: carcinomaespinocelular de colo uterino, tratada em 1985 com RT epanhisterectomia. Paciente iniciou terapia neoadjuvante com 5-FUe leucovorin, associado a RT (5400 cGy). Após 2 ciclos dequimioterapia (QT), evoluiu com dermatite actínica severa, sendointerrompido o tratamento, e submetida a 10 sessões de OHB(Oxigenoterapia Hiperbárica). Posteriormente continuou QT commesmo esquema, até completar 6 ciclos. Em janeiro de 2010, foisubmetida a amputação abdômino-perineal do reto. Oanatomopatológico da peça revelou estádio pT1N1. Até a presentedata não há sinais de recidiva. Conclusão: O adenocarcinoma decanal anal é uma neoplasia rara e com pouca informação na literaturao que dificulta o estabelecimento de um protocolo padrão,necessitando de um manejo multidisciplinar. Neste caso optou-sepelo tratamento semelhante ao do adenocarcinoma de reto, contudo,sem resposta clínica, sendo submetida a amputação abdômino-perinealdo reto, com colostomia definitiva.PO003 - ADENOCARCINOMA EM ORIFÍCIO EXTERNO DETRAJETO DE FÍSTULA ANORRETALJOÃO PAULO BARRETO DA CUNHA; CLAUDIO DE OLIVEIRAMATHEUS; FERNANDO BRAY BERALDO; HUMBERTO POZZIFASOLIN; THIAGO BASSANEZE; MARIA AUGUSTA SAMPAIODE SOUZA MARQUES; SAULO ROLLEMBERG CALDASGARCEZ; PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DE SOUZAHOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: DMOR, 67 anos, diabética, hipertensa, obesa, comdiagnóstico de dermatomiosite encaminhada de outro serviço comdiagnóstico de fístula perianal de longa data com descarga43


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1purulenta(não informa duração <strong>dos</strong> sintomas) e surgimento denodulação indolor de aproximadamente 3cm em quadrante posteriordireito, na região da fístula. Indicado biopsia excisional+ ressecçãodo trajeto fistuloso distal em 03/07/10. Laudo anatomopatológicorevelou adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado,ulcerado e invasivo, com áreas produtoras de mucina. Revisão delâmina confirmando neoplasia originada de mucosa retal.Imunohistoquímica: MX CK20 e RX CEA positivos. A lesão tinha1,8x1,0 cm com 1,1cm de pr<strong>of</strong>undidade distando 0,4cm da margemcirúrgica. Margens laterais livres distando 0,3cm da margem cirúrgica.Indicado em 16/11/10 ampliação de margens cirúrgicas sem evidenciasde neoplasia no presente material. Ressonância magnética de abdomee pelve não mostrando lesão localmente avançada ou a distância. Emacompanhamento ambulatorial sem evidencias de recidiva de doença.PO004 - ADENOCARCINOMA METASTÁTICO DE APÊNDICECARLOS HENRIQUE MARQUES DOS SANTOS; EMERSONGONÇALO PEREIRA FILHOUFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL.Resumo: Caso: Paciente de 40 anos, sexo feminino, submetida àlaparotomia exploradora por suspeita de apendicite aguda,observando-se massa apendicular. O exame histopatológico doapêndice demonstrou neoplasia maligna de provável origem epitelial(Figuras 1 e 2). O material foi enviado para estudo imuno-histoquímicoque demonstrou tratar-se de adenocarcinoma metastático. Naradiografia de quadril apresentava extensas lesões líticas em ilíaco eacetábulo direito. Foi proposto quimioterapia, entretanto, após 3meses evoluiu com piora do estado geral e foi a óbito. Discussão: Emrelação aos tumores de apêndice, estes podem ser representa<strong>dos</strong> portrês tipos histológicos distintos: o benigno (16% casos), o maligno(27% casos) e o carcinóide (57% casos). Este é classificado comoentidade isolada devido ao seu comportamento particular, com caráterbenigno quando menor que 2cm ou maligno quando maior que 2cm.Dentre os malignos, o adenocarcinoma é o mais frequente e pode sersubdividido em colônico (tipo entérico), mucinoso(cistoadenocarcinoma mucinoso) e linite plástica4. Faz-se muitodifícil a distinção de um tumor secundário para um primário. Ossintomas e os exames complementares de imagem não são específicos.Além do que, apendicite aguda ou tumores primários são mais comunsdo que metástases para apêndice, mesmo em pacientes com históriade câncer extra-intestinal5. A ultra-sonografia e a tomografiacomputadorizada de abdome podem auxiliar, visualizando o tumorem topografia apendicular. O enema opaco pode, em alguns casos,mostrar massa extracecal4. O melhor exame para o diagnóstico é acolonoscopia com biópsia pr<strong>of</strong>unda, entretanto, os tumoresmetastáticos de apêndice geralmente envolvem serosa, camadamuscular e submucosa, poupando a camada mucosa5. SegundoAljarabah et al1, os tumores de apêndice se apresentam com o quadroclínico de apendicite aguda em 49% a 79,1% , 9,5% são acha<strong>dos</strong>incidentalmente, 5,4% como abscesso pélvico, 6,4% como sintomasgastrintestinais e 6,4% com sinais de obstrução intestinal. Neoplasiasapendiculares podem ser encontradas em cirurgias abdominais eletivasou em processos agu<strong>dos</strong>. Murphy et al6 sugeriram que se o tumorestiver confinado ao apêndice e seu tamanho for menor que 2cm,sem evidência de invasão do médio-apêndice ou de sua base, aapendicectomia é apropriada. Porém, se for maior que 2cm, ou,envolver o médio-apêndice, ou ainda, sua base, uma imediatahemicolectomia direita é mais apropriada. Estas recomendações sãotambém corroboradas por outros autores2,4. Indubitavelmente, otratamento de escolha do adenocarcinoma do apêndice écirúrgico1,2,4. Os tumores malignos diagnostica<strong>dos</strong> pelo exameanatomopatológico de uma apendicectomia devem ser submeti<strong>dos</strong> auma hemicolectomia direita em um segundo tempo, independente dotamanho da lesão. Um estudo retrospectivo realizado na Mayo Clinicanalisou 94 casos de adenocarcinoma de apêndice: 68% <strong>dos</strong> pacientes.PO005 - ADENOCARCINOMA METASTÁTICO EM NÓDULOUMBILICAL: RELATO DE CASOGEOVANA SIMÕES LEITE; FERNANDA DINELLI SCALA;PEDRO ROMANELLI; THAISA BARBOSA SILVA; ANTÔNIOHILÁRIO ALVES FREITAS; HELIO ANTÔNIO SILVA; ISABELLAMENDONÇA ALVARENGA; KANTHYA ARREGUY DE SENABORGESHOSPITAL DA POLICIA MILITAR DE MINAS GERAIS, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O nódulo da “Irmã Maria José” é tumormetastático que acomete a cicatriz umbilical e pode ser a primeiraevidência de neoplasia intra-abdominal disseminada. Os tumores quemais freqüentemente cursam com nódulo umbilical metastático são:ovário, na mulher e estômago e cólon, no homem. A via dedisseminação pode ser hematogênica, linfática ou por contigüidade.No diagnóstico diferencial deve ser excluído hérnia umbilical, infecçãolocal com granuloma piogênico e tumor primário maligno ou benignoda região umbilical. OBJETIVO: Demonstrar a importância davalorização do achado de lesões potencialmente metastáticas, bemcomo saber conduzir o caso frente a este achado. PACIENTE EMÉTODO: Apresentamos o caso de um paciente de 71 anos,encaminhado ao ambulatório de cirurgia geral devido ao aparecimentode uma lesão vegetante, friável, com área de necrose e odor fétido deaproximadamente 5 cm de diâmetro em topografia da cicatrizumbilical. A lesão foi primeiramente notada em janeiro de 2012,com crescimento progressivo e sem outros comemorativos. Ao examefísico, o paciente apresentava abdome plano, livre e sem massas ouvisceromegalias palpáveis. TC abdome (14/03/12) evidenciandohérnia umbilical, nódulos hipoatenuantes em fígado, baço, rim E,discreto espessamento regular difuso das paredes da bexiga emicrolitíase calicinal a direita. Programada, então, biópsia excisionalde lesão em cicatriz umbilical e solicitada EDA, colonoscopia emarcadores tumorais. RESULTADOS: Anátomo-patológico de massaem cicatriz umbilical (21/06/12): Metástase de adenocarcinomamoderadamente diferenciado infiltrando pele. EDA (06/07/12): semalterações significantes. Colonoscopia (06/07/12): Lesão vegetante,estenosante e com necrose central a 25 cm da margem anal, impedindoprogressão do aparelho e lesão a 15 cm da margem anal elevada erecoberta por mucosa de aspecto normal. Anátomo-patológico debiópsia em sigmóide indicando Adenocarcinoma infiltrativo <strong>dos</strong>igmóide grau histológico II (moderadamente diferenciado), graunuclear 3 e índice mitótico elevado.CONCLUSÃO: É de grandeimportância atentarmos para o diagnóstico diferencial de lesõesumbilicais, tendo em vista seu potencial maligno. Tratando-se deadenocarcinoma metastático, a busca pelo sítio primário deve serrealizada cuida<strong>dos</strong>amente, embora, na maioria das vezes, tratam-sede neoplasias avançadas.PO006 - ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE CÓLON -RELATO DE CASOFRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS 1 ; STHELA MARIA MURADREGADAS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; GRAZIELA OLIVIA DA SILVA44


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1FERNANDES 1 ; JOÃO ANTONIO DE MACEDO JUNIOR 2 ; ERICOCARVALHO DE HOLANDA 21.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE FORTALEZA,FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: O adenocarcinoma colorretal é a terceira causa mais comumde Câncer na América do Norte; Já o Adenocarcinoma mucinosocorresponde a cerca de 10 a 15% <strong>dos</strong> casos de câncer colorretal. O Ocarcinoma mucinoso, também chamado colóide, apresenta esseaspecto em decorrência do excesso de mucina no meio extracelular.Geralmente se exige que o tumor tenha mais de 50% de seu volumeem mucina para caracterizá-lo como mucinoso. Objetivo: Relatarum caso clínico de adenocarcinoma mucinoso moderadamentediferenciado em ceco. Relato de caso: Paiente masculino com idadeatual de 68 anos em 2012, iniciou a apresentar quadro de dor emFossa Ilíaca direita, do tipo incapacitante com piora progressivacom o tempo. Ao exame físico, apresentava dor a plapação pr<strong>of</strong>undaem FID. Procurou assistência médica onde foi indicado realização deTomografia computadorizada de abdome com contraste, ao qualrealizou sucessivamente. Evoluiu com edema local em FID eHiperemia com posterior saída de secreção de Consistência endurecidaem região lombar direita. Realizado antibioticoterapia comcipr<strong>of</strong>loxacino e colheita de material com histopatológicoevidenciando adenocarcinoma mucinoso e invasivo. Pacienteinternado, sendo submetido a curetagem de material em região lombare laparotomia com colectomia direita extendida. Anatomopatológicode peça mostra massa tumoral pardacenta, de aspecto mucinoso,medindo 5,5 x 4,0cm; infiltrando serosa; A neoplasia comprometetodas as túnicas do órgão e se estende até a serosa. Paciente evoluisatisfatoriamente, recebendo alta hospitalar no 8 pósoperatório. Conclusão: Trata-se de uma caso de adenocarcinomamucinoso moderadamente diferenciado em paciente com evoluçãoclínica de aproximadamente 1 ano, demonstrando a importância derastreio diagnóstico adequado e avançado.PO007 - AMPUTAÇAO DE RETO APÓS TRATAMENTONEOADJUVANTENATALIA BARROS PINHEIRO; RAUL CUTAIT; DANILO DAUD;GUILHERME CUTAIT DE CASTRO COTTI; AMANDAMACHADO BERNARDO ZIEGLERHOSPITAL SIRIO LIBANES, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇAO: O tratamento cirúrgico das neoplasias dereto baixo, em conjunto com o tratamento oncológico neoadjuvantevisa a diminuição do estadiamento local e do tamanho da lesão, comobjetivo de preservação do aparelho esfincteriano, reduzindoconsideravelmente o numero de amputações de reto. OBJETIVOS:Demostrar um caso em que o paciente foi submetido a neoadjuvânciapara neoplasia de reto baixo localmente avançada, que apresentouresposta parcial à neoadjuvância, sendo indicada a amputaçãoabdominoperineal do reto por via laparoscópica. RELATO DE CASO:Paciente do sexo masculino, 88 anos, com queixa de alteração dohábito intestinal há 1 ano, associado a afilamento das fezes e sensaçãode tenesmo, sem sangramento. Foi submetido a duas colonoscopiasprévias cujos exames anatomopatológicos foram inconclusivos. Emnovo exame colonoscópico (HSL) foi identificado tumor extensocircunferencial de reto distal, que se extendia da linha pectínea até oterço médio do reto distal, fixo, estenosante. A biópsia mostroutratar-se de adenocarcinoma. No estadiamento pré operatório osexames demosntravam apenas lesão localmente avançada, semmetástases a distância. Trata-se de um paciente i<strong>dos</strong>o com diagnosticode adenocarcinoma localmente avançado de reto distal, com bomstatus-performace, que permitem indicar a neodjuvância, com ointuito de facilitar a ressecção radical do tumor. Neoadjuvância à QT:capecitabine 1650 mg/m² e RT: 45 GY.Apresentou resposta parcial àneoadjuvância, sendo indicada a cirurgia 8 a 12 semanas após otérmino da radioterapia. O procedimento indicado foi a amputaçãoabdominoperineal do reto por via laparoscópica, com excisão totaldo mesorreto; devido à fibrose intensa e bastante endurecida, bemcomo à aderência do tumor ao fundo da bexiga, optou-se por secompletar a dissecção do reto por via aberta. Houve pequena ressecçãodo fundo da bexiga que estava aderido ao tumor, sendo esta suturada.O peritônio com implantes macroscopicamente visível foi retiradoamplamente. A loja perineal foi fechada e drenada por via perinealcom dreno de Jackson-Pratt. A cirurgia foi completada com aconfecção de colostomia terminal em flanco esquerdo. Evolui comíleo paralitico transitório; dreno perineal retirado no 8º PO; pontosabdominais retira<strong>dos</strong> no 7º PO; pontos do períneo retira<strong>dos</strong> no 14ºPO; alta hospitalar no 15º PO. DISCUSSÃO: Em alguns casos aneoadjuvância para tumores mais volumosos do reto distal, apresentaresposta parcial incompleta, não correspondendo as expectativas<strong>dos</strong> médicos e <strong>dos</strong> pacientes, fazendo da cirurgia radical sempreservação esfincteriana a opção de escolha.PO008 - ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS MÉTODOSDE PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES PARAIDENTIFICAÇÃO E PREVENÇÃO DO CÂNCERCOLORRETALMARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES; ADRIANO GONÇALVESRUGGERO; SUZANA LIMA TORRES; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; PAULO AZEREDO PASSOSCANDELARIA; WILMAR ARTUR KLUG; FANG CHIA BIN;PERETZ CAPELHUCHNIKIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: Alguns exames são capazes de rastrear o câncercolo retal. O mais utilizado, rápido, de baixo custo e indicado para orisco comum (baixo) é a pesquisa de sangue oculto nas fezes, já que ocâncer colo retal e os pólipos adenomatosos sangram em pequenaquantidade, impossibilitando a visualização a olho nu. Um teste rápidocom resulta<strong>dos</strong> precisos não retarda o diagnostico evitando umaevolução desfavorável da neoplasia. Objetivo: Comparar os méto<strong>dos</strong>químicos (Guáiaco) e imunocromatográfico de pesquisa de sangueoculto nas fezes e avaliar suas vantagens na detecção de lesõesmalignas e pré- malignas em pacientes com diferentes riscos paradesenvolver carcinoma. Material e Método: Realizou-se um estudoem 91 doentes submeti<strong>dos</strong> a exame de pesquisa de sangue oculto nasfezes através de dois méto<strong>dos</strong> de pesquisa. Estes doentes foram entãosubmeti<strong>dos</strong> a exame colonoscópico na Área de Colonoscopia daDisciplina de Coloproctologia do Departamento de Cirurgia daIrmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo no período deAgosto de 2011 a Maio de 2012. Resultado: Dos 91 pacientesanalisa<strong>dos</strong>, 49 eram do sexo feminino (53,84%) e 42 do sexomasculino (46,15%). A idade variou entre 23 a 83 anos com média de55,7 anos. Apenas 36 doentes apresentavam sangramento nas fezese as indicações do exame foram enterorragia, anemia, emagrecimento.A sensibilidade para o método imunocromatográfico para pólipo foi45, para adenoma foi 70, para tumor foi 80, e associação de tumor eadenoma foi de 62,5. Enquanto que a especificidade foi de 70, 4 parapólipo; 70 para adenoma; 69,8 para tumor e 37,5 para tumor comadenoma. Já para o método guáiaco a sensibilidade para pólipo,45


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1adenoma, tumor e tumor com adenoma foi de 25; 18, 2; 40; e 25,respectivamente; enquanto que a especificidade foi de 77,5; 76,3;77,9 e 77, 3; respectivamente. Conclusão: O métodoimunocromatográfico deveria ser utilizado como método de eleiçãopara o rastreamento do câncer colorretal.PO009 - ANÁLISE DE 29 CASOS DE CARCINOMAESPINOCELULAR DO CANAL ANAL (HOSPITAL CENTRALDA SANTA CASA DE SÃO PAULO).SUZANA LIMA TORRES; MARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES;ADRIANO GONÇALVES RUGGERO; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; WILMAR ARTUR KLUG;FANG CHIA BIN; PERETZ CAPELHUCHNIK; JOSÉ MANDIANETOIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: O carcinoma do canal anal é neoplasia pouco freqüente,respondendo por menos de 5% <strong>dos</strong> tumores digestivos. O carcinomaepidermoide constitui o tipo histológico mais comum, compredomínio em mulheres na sexta e sétima décadas. Após a publicaçãode Nigro et al., com os resulta<strong>dos</strong> preliminares de três pacientes queforam tratadas com quimioterapia (5-fluorouracil e mitomicina C) eradioterapia concomitantes pré-operatórios. Observou-sedesaparecimento do tumor em dois pacientes opera<strong>dos</strong>. Essamodalidade terapêutica tornou-se a primeira opção, sendo aamputação do reto reservada a casos de remissão incompleta ourecidiva tumoral. Neste trabalho analisamos os resulta<strong>dos</strong> dotratamento de 29 pacientes submeti<strong>dos</strong> a esquema terapêutico comquimioterapia e radioterapia. Devido ao estadiamento elevado aodiagnóstico, 12 pacientes morreram por progressão da doença emmenos de 5 anos e houve 4 cirurgias de resgate. Conclui-se quepacientes em estádio mais avançado tem pior evolução.PO010 - ANÁLISE DE PACIENTES JOVENS COM CÂNCERCOLORRETAL ACOMPANHADOS NO HOSPITALUNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO – UFC-CE.BRENO AUGUSTO CARDOSO BARROSO; STHELA MARIAMURAD REGADAS; LUSMAR VERAS RODRIGUES; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS; NAYARA FALCÃO RODRIGUES;MARIA PAULA VIEIRA MARIZ; JOSE JADER ARAUJO DEMENDONÇA FILHO; FABIO SANTIAGO RODRIGUESUFC, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Introdução: A prevalência de câncer colorretal aumentacom a idade, sendo mais comum em pacientes com idade entre 50 e70 anos. O aparecimento de câncer colorretal em pacientes jovenspode estar relacionado a alterações genéticas conhecidas (poliposeadenomatosa familiar - PAF e síndrome de Lynch), mas em muitospacientes não são identifica<strong>dos</strong> fatores de risco. A baixa suspeiçãonesses casos pode levar ao atraso no diagnóstico, influenciando oprognóstico. Objetivo: Comparar pacientes com idade até 40 anoscom diagnóstico de adenocarcinoma colorretal e pacientes maisvelhos acompanha<strong>dos</strong> no mesmo período. Méto<strong>dos</strong>: Estudoretrospectivo através de revisão de prontuários de pacientesacompanha<strong>dos</strong> por adenocarcinoma colorretal no HospitalUniversitário Walter Cantídio de 2000 a 2010. Foram excluí<strong>dos</strong>pacientes com prontuários ilegíveis ou da<strong>dos</strong> incompletos que nãopermitiam o correto estadiamento. Foram utiliza<strong>dos</strong> os testes de t destudent e qui-quadrado para análise. Resulta<strong>dos</strong>: Do total de 332pacientes acompanha<strong>dos</strong> no período, 314 foram incluí<strong>dos</strong>, comseguimento médio de 22,6 meses. Os pacientes foram dividi<strong>dos</strong> emgrupo 1 (n = 40) com idade até 40 anos (idade média de 32,61,variando de 17 a 40 anos) , incluindo 2 pacientes com PAF, e grupo2 ( n =274) com idade maior que 40 anos (idade média de 62,5,variando de 41 a 90 anos), sendo 01 com PAF. Não houve diferençaestatisticamente significante entre os grupos em relação à sexo,localização do tumor, incidência de complicações pós-operatóriasmaiores e de recidiva tumoral. Houve porcentagem maior de pacientescom neoplasia em estágio IV ao diagnóstico no grupo 1 (33,3% vs18,9%, p= 0,04 ). Conclusão: Pacientes com adenocarcinomacolorretal e idade até 40 anos apresentaram maior proporção deneoplasia em estágio avançado (IV), evidenciando a necessidade defortalecimento de estratégias específicas de prevenção e diagnósticoprecoce nessa faixa etária.PO011 - ASSOCIAÇÃO DE ADENOCARCINOMA ECARCINOMA ESPINOCELULAR NO ÂNUS. RELATO DECASOCARMEN RUTH MANZIONE; BRUNA SCHWAN GUERINI; LIVIASPOLON FERNANDES; VINICIO FALLEIROS; TEREZA DECARVALHO VILARINOHOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL, SAO PAULO,SP, BRASIL.Resumo: O carcinoma espinocelular anal é raro, constitutindo 2 a6% <strong>dos</strong> tumores do aparelho digestório e associado à infecção pelopapilomavirus humano (HPV). O adenocarcinoma é mais raro aindae associado com infecções anais crônicas, como as fístulas anais, ouapós pouch ileal. O objetivo deste relato se deve à raridade daassociação entre esses dois padrões histopatológicos de neoplasmasmalignos na região. Homem branco com 60 anos, motorista, referiuprurido e sangramento às evacuações há 3 meses, dor de fracaintensidade e fezes em fita. Negou perda ponderal. Não relatou outrasco-morbidades. O exame proctológico revelou hiperemia e lesãoplana, de 5 por 3 cm, com bordas elevadas na posição pósterolateralesquerda e plicoma contralateral. Ao toque, a lesão era poucoendurecida, pouco móvel e se estendia até o canal anal, na suaporção distal. A retoscopia mostrou que a lesão era posterior eseguia até a linha pectínea. Não notamos outra doença anal associada.Com a suspeita de tumor maligno, indicamos a colonoscopia quefoi normal, exceto, pelos acha<strong>dos</strong> descritos. Praticamos biópsiasna margem e no canal anal aproveitando a sedação. Os exameshistopatológicos, três amostras de cada área e com intervalo deuma semana, concluíram por carcinoma espinocelular na margemanal e adenocarcinoma no canal anal. Esses resulta<strong>dos</strong> foramconfirma<strong>dos</strong> pela revisão das lâminas. Os exames imunistoquímicosrevelaram se tratar de adenocarcinoma tubular moderadamentediferenciado de padrão intestinal infiltrativo em tecido fibroso ecom extensão intraepitelial em epitélio escamoso (doença de Paget).Não observamos associação com o papilomavirus humano (HPV).A sorologia para o HIV foi negativa. O doente encontra-se navigência de radio e quimioterapia neoadjuvantes. Reforçamos anecessidade da avaliação imunistoquímica para o diagnósticodiferencial <strong>dos</strong> tumores anorretais.PO012 - AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS INGUINAIS PORPET/CT EM PACIENTES COM CÂNCER DE RETOSUBMETIDOS À NEOADJUVÂNCIAPATRICIO BERNARDO LYNN 1 ; RODRIGO OLIVA PEREZ 2 ;GUILHERME PAGIN SÃO JULIÃO 2 ; ANA CECILIA NIEVAGONDIM 1 ; IGOR PROSCURSHIM 1 ; JOAQUIM JOSE GAMA-RODRIGUES 1 ; ANGELITA HABR GAMA 146


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 11.INSTITUTO ANGELITA & JOAQUIM GAMA, SÃO PAULO, SP,BRASIL; 2.DEPARTAMENTO CIRURGIA UNIVERSIDADE DE SÃOPAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Linfono<strong>dos</strong> inguinais são uma rota conhecida dedisseminação no câncer de canal anal, tem sido sugerido que neoplasiasde canal anal e de reto distal compartilham uma mesma rotaanatômica de disseminação. De fato até um terço <strong>dos</strong>adenocarcinomas retais que invadem a linha pectínea apresentamlinfono<strong>dos</strong> inguinais comprometi<strong>dos</strong>. Atualmente a quimioterapia/radioterapia neoadjuvante (QRT) é o tratamento inicial padrão depacientes com câncer de reto distal localmente avançado,principalmente por reduzir o risco de recidiva local e permitir emalguns casos cirurgia com preservação esfincteriana quando a indicaçãoinicial era amputação de reto. Ao contrário da QRT para câncer decanal anal, os linfono<strong>dos</strong> inguinais não são rotineiramente incluí<strong>dos</strong>no campo de radiação e há controvérsia se a presença de metástaseslinfonodais inguinais em pacientes com câncer de reto devem serconsideradas como doença locorregional ou como enfermedadesistêmica. O exame de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET/CT) trouxe novas perspectivas em relação aos méto<strong>dos</strong> radiológicostradicionais, pois possibilita uma imagem da atividade metabólicacelular, daí resultando o interesse em utilizar o PET/CT para avaliarpacientes com câncer de reto distal antes e após QRT. O objetivodeste trabalho é correlacionar desfecho clínico de pacientes comcâncer de reto distal submeti<strong>dos</strong> à quimiorradioterapia neoadjuvante(QRT) com achado de captação de flúor-desoxi-glicose (FDG) porlinfono<strong>dos</strong> inguinais em tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT). Méto<strong>dos</strong>: Estudo prospectivo incluindo 99 pacientes comadenocarcinoma de reto distal cT2-4N0-2M0 submeti<strong>dos</strong> a PET/CTinicial e QRT, sendo que a região inguinal não foi irradiada. Repetiuseo PET/CT 6 e 12 semanas após QRT. Comparou-se pacientes comlinfono<strong>dos</strong> inguinais captantes e não-captantes em relação acaracterísticas individuais e sobrevida. Resulta<strong>dos</strong>: 17 pacientes (17%)mostraram linfono<strong>dos</strong> inguinais captantes no PET/CT inicial. Estesapresentavam tumores mais próximos da borda anal (2,0cm vs. 4,2cm;p=0,001). Destes, 8 pacientes (47%) permaneceram com linfono<strong>dos</strong>inguinais captantes após 12 semanas, tendo evoluído com piorsobrevida global e livre de doença em 3 anos (p=0,02 e p=0,03,respectivamente). Nenhum paciente desenvolveu recorrência clínicainguinal em seguimento médio de 22 meses. Conclusão: A presençade linfono<strong>dos</strong> inguinais captantes no PET/CT inicial de pacientescom câncer de reto distal chega a 17%. A persistência de linfono<strong>dos</strong>inguinais captantes no PET/CT 12 semanas após QRT associou-se apior prognóstico.PO013 - CANCER PRIMÁRIO MÚLTIPLO:ADENOCARCINOMA DE RETO SINCRÔNICO COMMIELOMA MÚLTIPLOOTÁVIO NUNES SIA; ISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO;HUGO HENRIQUES WATTE; LUIZ EDUARDO MANO; ROGERIOL FREITAS; ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIO ROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO. Câncer Primário Múltiplo (CPM) é umtipo específico de tumor maligno que se manifesta com mais de umtumor primário diagnosticado em um mesmo pacientesimultaneamente ou de forma sequencial. OBJETIVO: Relatar casode paciente portador de adenocarcinoma de reto sincrônico commieloma múltiplo em paciente portador de insuficiência renal crônicadialítica operado pelo Serviço de residência médica de Coloproctologiado Hospital santa Marcelina, SP. MATERIAIS E MÉTODOS: PacienteJARGS, masculino, 61 anos, portador de insuficiência renal crônicadialítica e com diagnóstico de Mieloma Múltiplo (MM) desdesetembro de 2011 em tratamento com Talidomida. Referia históriade perda ponderal e anemia. Ao exame físico, apresentava-sedescorado +++/4+ e ao exame proctológico evidenciado lesãoulcero-vegetante em reto a 07cm da borda anal. Submetido aterapia neoadjuvante com radio e quimioterapia e posteriorretossigmoidectomia, colectomia direita, íleotransversoanastomosee colostomia terminal de sigmóide portumoração em reto médio e outra lesão palpável em ceco de 3cmde diâmetro. A prevalência <strong>dos</strong> CPM encontra-se entre 0,73 e11,9%4 e os principais mecanismos potencialmente envolvi<strong>dos</strong>são a origem de um clone de célula oncogênica e história familiarde doença neoplásica. O diagnóstico de um segundo tumor sólidoem paciente portador de mieloma múltiplo é pouco usual e debatesese a ocorrência daquele é fator de risco para o desenvolvimentode tumores sóli<strong>dos</strong>. De acordo com a literatura, o prognóstico <strong>dos</strong>pacientes portadores de CPM pode ser determinado de formaindependente para o estadiamento específico de cada neoplasia1,9.Entretanto, sabe-se que a sobrevida é maior quanto mais precocesforem os estadiamentos. CONCLUSÃO Embora de ocorrênciapouco usual, devemos sempre aventar a concomitância de umsegundo tumor primário em nossa rotina de tratamento de doentesoncológicos, notadamente naqueles pertencentes aos grupos comfatores de risco e também em i<strong>dos</strong>os.PO014 - CARCINOGÊNESE COLORRETAL PORAZOXIMETANO E SEUS EFEITOS HEPÁTICOSIDALIA MARIA BRASIL BURLAMAQUI 1 ; CONCEIÇÃOAPARECIDA DORNELAS 1 ; DANIEL MAGALHÃES COUTINHOMOTA 2 ; FRANCISCO JOSÉ CABRAL MESQUITA 2 ; LARAALBUQUERQUE DE BRITO 1 ; JOSÉ WILSON MEIRELES DATRINDADE JÚNIOR 1 ; LARA BURLAMAQUI VERAS 3 ; LUSMARVERAS RODRIGUES 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.HOSPITAL GERAL CESAR CALS DE OLIVEIRA,FORTALEZA, CE, BRASIL; 3.FACULDADE DE MEDICINA DEJUAZEIRO DO NORTE, JUAZEIRO DO NORTE, CE, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: Avaliar as repercussões hepáticas dacarcinogênese cólica induzida por diferentes <strong>dos</strong>es e tempos deexposição ao azoximetano em ratos Wistar. MATERIAL EMÉTODOS: 44 ratos com 8 semanas de vida, no início doexperimento, foram distribuí<strong>dos</strong> em 4 grupos. G1: animais receberam1.0 mL de solução salina (SS) intraperitonealmente (i.p.) uma vezpor semana por duas semanas. G2: animais receberam 15mg/kg deazoximetano i.p. uma vez por semana por duas semanas. Esses animaisforam mortos na 15ª semana do experimento. G3: animais receberamSS i.p. uma vez por semana por duas semanas. G4: animais receberam20mg/kg de azoximetano i.p. uma vez por semana por duas semanas.Esses animais foram mortos na 26ª semana do experimento.RESULTADOS: G1 e G2 diferiram significantemente em relação aesteatose, mas não houve diferença entre o G3 e o G4. No entanto,em G4 foram observadas lesões pré-neoplasicas (focos de célulasalteradas: claras, vacuoladas, bas<strong>of</strong>ílicas, anf<strong>of</strong>ílicas, tigróides,oncocíticas, pequenas ou acidófilas, espongioses e pelioses) e lesõesneoplásicas (colangiomas e adenomas) contendo hepatócitos atípicosde permeio, não identifica<strong>dos</strong> no G3. CONCLUSÕES: No modelo decarcinogênese colorretal, leões hepáticas pré-neoplásicas e neoplásicasaparecem e evoluem na proporção do tempo e <strong>dos</strong>e de exposição aoazoximetano.47


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1PO015 - CARCINOMA BASOCELULAR PERIANAL: RELATODE CASOCAMILA OLIVEIRA BARBOSA; PAULO GONÇALVES DEOLIVEIRA; MAIRO GROSSI MORATO; JOÃO BATISTA DESOUSA; ANTÔNIO CARLOS NÓBREGA DOS SANTOS; ROMULOMEDEIROS DE ALMEIDA; LEONARDO CASTRO DURAES; LUIZFELIPE DE CAMPOS LOBATOHOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, BRASILIA, DF,BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: O carcinoma basocelular é a mais frequentedas neoplasias humanas, porém, está muito associado a exposiçãosolar, sendo por este motivo muito raro na região perianal, commenos de 50 casos descritos na literatura. Corresponde a cerca de0,2% <strong>dos</strong> tumores perianais. Não apresenta poder de metastatizaçãoimportante, mas pode ser localmente agressivo. Seu tratamentoconsiste na excisão cirúrgica da lesão com margens livres. O pacientedeve ter acompanhamento regular, pois a recidiva local é frequente.O objetivo do trabalho é relatar um caso raro de carcinoma basocelularem região perianal. MATERIAL E MÉTODOS: Relato de caso deum paciente acompanhado no serviço de Coloproctologia do HospitalUniversitário de Brasília. RESULTADOS: Paciente masculino, de 52anos, negro, apresentou-se no serviço de Coloproctologia com queixade aparecimento de lesão perianal de crescimento lento e progressivohá 1 ano, sangrante e pruriginosa. Não apresentava comorbidades ououtras lesões parecidas no restante do corpo. Ao exame proctológico,havia lesão plana, elevada e friável, com superfície perolada eenegrecida, de cerca de 3 cm de diâmetro, a 1 cm da margem anal, emregião perianal anterior direita. Foi realizada biópsia excisional sobanestesia regional e o resultado histopatológico revelou tratar-se deum carcinoma basocelular com margens cirúrgicas livres. O pacienteteve boa evolução pós-operatória e encontra-se sem recidiva após 6meses de acompanhamento. CONCLUSÕES: O carcinoma basocelularé entidade rara na região perianal. O tratamento consiste na excisãolocal e apresenta excelente prognóstico.PO016 - CARCINOMA ESPINOCELUAR DE RETO. RELATODE CASORODRIGO RIBEIRO APRILLI 1 ; THAÍS INÁCIO CARVALHO 2 ;FERNANDO MARIN TORRES 2 ; ALESSANDRO PREVIDECAMPOS 2 ; PAULA RIGHI CARDOSO 21.INTITUTO DE COLOPROCTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO,RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; 2.SANTA CASA, RIBEIRÃOPRETO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: Carcinoma de células escamosas (CCE)colorretal, é uma entidade extremamente rara, representando menosde 0,025% de todas as neoplasias malignas desta topografia. Existeuma maior incidência em mulheres, 66% <strong>dos</strong> casos. Acredita-se que ametaplasia da mucosa, seja a principal causa do CEC de reto, causadaspor processos inflamatórios crônicos e infecção pelo HPV.Apresentação e o diagnóstico são os mesmos que para oadenocarcinoma, mas em geral os sintomas aparecem em fases maistardias da doença. A cirurgia é o tratamento de escolha. A radio equimioterapia adjuvantes, são indicadas em estágios avança<strong>dos</strong>.Devido à raridade deste tumor, informações prognósticas são poucoestabelecidas, mas é observado pior evolução destes pacientes emrelação a pacientes com estádios semelhantes de adenocarcinomas. Asobrevida global em 5 anos é de 50% para estádio II, 33% paraestádio III e 0% para estádio IV. Caso Clínico: D.S.Z., feminino, 73anos, em agosto de 2011, encaminhada pelo oncolologista, paraavaliar lesão retal diagnosticada pela tomografia de pelve. Referia há3 meses afilamento nas fezes, constipação e emagrecimento. Pesquisade sangue oculto nas fezes negativa. No exame proctológico,identificou-se 2 lesões no reto, uma lesão vegentante, de 2 cm dediâmetro, a 3 cm da borda anal, e outra lesão estenosante, fixa, a 5cm da borda anal. As biópsias das lesões mostraram “carcinoma decélulas escamosas”. A tomografia de abdômen mostrava aindamúltiplas metástases hepáticas e Rx de Tórax com metástasespulmonares. A colonoscopia mostrou a lesão estenosante, estenden<strong>dos</strong>epor 7 cm em sentido cranial, impedindo a progressão do aparelho.Foi iniciada quimioterapia (QT) paliativa com cisplatina e 5-FU eminfusão continua em setembro de 2011, mas devido toxicidade doesquema, foi substituído por irinotecano e cisplatina, por 6 meses.Evoluiu com regressão parcial da doença local, a lesão vegetantedesapareceu, no entanto, na lesão estenosante, não houve melhorasignificativa, assim como nas metástases hepáticas e pulmonares,mas os sintomas intestinais melhoraram parcialmente. Foi propostacirurgia paliativa (desvio do transito intestinal), que foi recusadapela paciente. Na intenção de diminuir as queixas intestinais foiproposto e aceito radioterapia concomitante com cisplatina comoradiosensibilizante, tratamento ainda em andamento. Conclusão: Porser o carcinoma de células escamosas do cólon e reto uma neoplasiarara, não há tratamento padrão definido. Em casos de doençalocalizada a cirurgia tem papel importante com intenção curativa,embora de acordo com estadiamento seja recomendado tratamentoadjuvante, não há esquema definido. Já nos casos de doença metastáticao prognóstico é reservado e também não há tratamento padrãoestabelecido.PO017 - CIRURGIA PARA O CÂNCER COLORRETAL EMHOSPITAL SECUNDÁRIO - EXPERIÊNCIA DE DOIS ANOSPRISCILLA SENNE PORTEL OLIVEIRA; NATHÁLIA DA SILVABRAGA; DANIELLE MENEZES CESCONETTO; HENRIQUE JOSÉVIRGILI SILVEIRA; RAQUEL FRANCO LEAL; DÉBORA HELENAROSSI; MARIA DE LOURDES SETSUKO AYRIZONO; CLÁUDIOSADDY RODRIGUES COYUNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A incidência do câncer colorretal temaumentado nas últimas décadas e consequentemente, o número decirurgias colorretais de caráter oncológico. OBJETIVOS: Relatar aexperiência de um Hospital Secundário com as cirurgias realizadaspara tratamento do Adenocarcinoma Colorretal. CASUÍSTICA EMÉTODOS: Estudo retrospectivo através da análise de prontuários<strong>dos</strong> pacientes submeti<strong>dos</strong> à cirurgia no Hospital Estadual “Dr. LeandroFranceschini” (Sumaré-SP), vinculado ao Serviço de Cirurgia daUNICAMP, opera<strong>dos</strong> entre abril de 2010 e dezembro de 2011.RESULTADOS: Foram realizadas no período 41 cirurgias, sendo 30eletivas e 11 de urgência. Entre as cirurgias eletivas, a média de idadefoi de 57,2 (35 - 81) anos e 17(56%) <strong>dos</strong> pacientes eram do sex<strong>of</strong>eminino. As cirurgias realizadas foram: 18 Retossigmoidectomias, 5Hemicolectomias Direitas, 5 Colectomias Totais e umaRetossigmoidectomia + Hartmann. A média de internação foi de 9,6dias. Ocorreram no pós-operatório imediato 6 complicações (2 fistulasentéricas, 2 pneumonias, 1 abscesso pélvico e 1 eventração), e 04óbitos. O estadiamento anatomopatológico foi: Estádio 0 em cincodoentes; I, em sete; II, em oito; III, em seis e Estádio IV em quatro.Entre as cirurgias de urgência, a média de idade foi de 62(43 – 81)anos e 06 (54,5%) doentes eram do sexo masculino. Foram realizadas:4 Hemicolectomias Direitas, 2 Colectomias Totais, 1Retossigmoidectomia + Hartmann e 4 Laparotomias Exploradorascom derivação (2 Colostomias e 2 Ileostomias). Um <strong>dos</strong> pacientes48


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1submetido à Colectomia Total apresentou Adenocarcinoma sincrônicode íleo, ressecado em bloco. A média de internação foi de 11,9 dias eocorreram 3 complicações no pós-operatório imediato (1 fistula , 2pneumonias), além de 2 óbitos. O estadiamento foi: Estadio II em 1;III, em três e IV em sete . CONCLUSÕES: Mesmo em hospitalsecundário o número de cirurgias para o carcinoma colorretal ésignificativo de modo que o cirurgião geral deve estar capacitado arealizar esse tipo de abordagem, uma vez que uma parcela significativadesses doentes são opera<strong>dos</strong> em caráter de urgência.PO018 - COMPORTAMENTO PONDERAL NACARCINOGÊNESE CÓLICA POR AZOXIMETANO EM RATOSCOM DIETA RICA EM ÔMEGASIDALIA MARIA BRASIL BURLAMAQUI 1 ; CONCEIÇÃOAPARECIDA DORNELAS 1 ; LARA ALBUQUERQUE DE BRITO 2 ;RAFAEL MOURA E SUCUPIRA 1 ; FRANCISCO JOSÉ CABRALMESQUITA 3 ; LARA BURLAMAQUI VERAS 1 ; PAULO ROBERTOLEITÃO DE VASCONCELOS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.FACULDADE DE MEDICINA DE JUAZEIRO DONORTE, JUAZEIRO DO NORTE, CE, BRASIL; 3.HOSPITAL GERALCESAR CALS DE OLIVEIRA, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: Avaliar as alterações no peso de ratos Wistarinduzi<strong>dos</strong> a carcinogênese cólica por Azoximetano (AOM) ealimenta<strong>dos</strong> com dietas ricas em ômegas 3, 6 e 9. MATERIAL EMÉTODOS: Foram utiliza<strong>dos</strong> 60 ratos com 3 semanas de vida, pesandoem média 40g, distribuí<strong>dos</strong> em 5 grupos de dietas específicas contendo12 animais em cada. GI: Grupo controle com dieta padrão (DP) com59% de carboidrato, 29% de proteína e 12% de lipídio e sem exposiçãoao AOM; GII: Grupo estudo com dieta padrão (DP) e exposição aoAOM; GIII: Grupo estudo com dieta hiperlipídica (DH) com 25% decarboidrato, 30% de proteína e 45% de lipídio e exposição ao AOM;GIV: Grupo estudo com dieta normolipídica (DN) com 40% decarboidrato, 30% de proteína e 30% de lipídio e exposição ao AOM;GV: Grupo estudo com dieta hipolipídica (Dh) com 58% decarboidrato, 30% de proteína e 12% de lipídio e exposição ao AOM.Foi avaliado o peso e a ingesta quatro vezes por semana durante todoo experimento até a eutanásia que ocorreu na 36° semana doexperimento. RESULTADOS: No final do experimento, GIapresentou um aumento de peso estatisticamente significante quandocomparado ao GIII (p=0.007), GIV (p=0.001) e GV (p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1precoce, diagnostica<strong>dos</strong> na colonoscopia pré-operatória. Descriçãodo caso: Mulher de 42 anos de idade em pré-opertório degastroplastia a Fobi-Capella, com IMC de 72. O IMC no períododo exame e imediatamente anterior à cirurgia era de 66,79 e acircunferência abdominal de 164 cm. Sem comorbidades, 3 cirurgiascesareanas prévias, sem história pessoal de neoplasias. Pai falecidopor neoplasia gástrica diagnosticada aos 76 anos de idade. Foisubmetida a colonoscopia que identificou 5 pólipos: cólonascendente; cólon transverso proximal; cólon transverso proximal;cólon transverso médio e colón transverso distal. To<strong>dos</strong> os póliposforam resseca<strong>dos</strong> por meio de alça diatérmica. O exame anátomopatológicorevelou: adenoma túbulo-viloso com displasia de altograu no cólon ascendente; carcinoma intramucoso com pediculolivre nos pólipos do cólon transverso proximal e médio;adenocarcinoma invadindo até submucosa, tipo Haggitt 2, compediculo livre. Como a submucosa pr<strong>of</strong>unda estava livre ,considerou-se o tratamento en<strong>dos</strong>cópico para os tumores colônicoscomo suficiente. A paciente foi submetida a gastroplastia a Fobi-Capella, sendo necessária a assistência em Unidade de TerapiaIntensiva devido a complicações respiratórias pós-operatórias erecebeu alta no 13° dia pós-operatório. Conclusão: Considerandoa obesidade como um fator de risco para o desenvolvimento deCCR seria sensato enfatizar a importância do rastreamento deCCR por colonoscopia para to<strong>dos</strong> os indivíduos que se encaixamnos critérios de risco e que serão submeti<strong>dos</strong> a procedimentoscirúrgicos abdominais, dentre esses as cirúrgicas de obesidademórbida. Este caso ilustra com propriedade esta proposição.PO021 - CÂNCER DE RETO EM PACIENTES ABAIXO DE 30ANOS: RELATOS DE CASO E REVISÃO DA LITERATURAMARCOS ANTONIO DAL PONTE; SILVIA MAMPRIMPADOVESE; RENATO GANDOLFI MARTINS DE LIMA; JOAOALVES DE ALBUQUERQUE FILHO; JOAO GOMES NETINHO;MARCELO MAIA CAIXETA DE MELO; LUIZ SERGIO RONCHI;ANA CAROLINA DE FREITAS CRELINEHOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SAO JOSEDO RIO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O Câncer de Reto é uma patologia prevalenteem pacientes acima da 6ª década de idade, com taxas de morbidade emortalidade variando de acordo com o estádio da doença, da respostaà terapia neoadjuvante e da adequada realização do tratamentocirúrgico. Em pacientes abaixo de 30 anos, corresponde a menos de1% <strong>dos</strong> casos, porém com taxas de morbidade e mortalidadesignificativamente maiores. Relato de caso: Relataremos 03 casos depacientes com idade inferior a 30 anos, sendo 02 pacientes do sexomasculino com 25 e 19 anos e uma paciente feminina com 16 anosde idade. To<strong>dos</strong> foram atendi<strong>dos</strong> no Hospital de Base de São José doRio Preto, com quadros sintomatológicos semelhantes sendoconfirmado o diagnóstico de adenocarcinoma de reto. Apenas umpaciente apresentava história familiar positiva para neoplasia enenhum <strong>dos</strong> casos apresentou positividade para instabilidade demicrossatélites. Discussão: Muitos estu<strong>dos</strong> demonstram o carátermais agressivo <strong>dos</strong> tumores de reto em pacientes jovens, devidoprincipalmente, ao atraso no diagnóstico e por apresentarem basehistológica usualmente caracterizada por tumores indiferencia<strong>dos</strong> ecom produção de mucina aumentada. O quadro clínico envolvesintomas de urgência evacuatória, tenesmo, hematoquezia, dorabdominal inespecífica e alteração do hábito intestinal. Examesen<strong>dos</strong>cópicos, como retossigmoi<strong>dos</strong>copia rígida, devem ser realiza<strong>dos</strong>em to<strong>dos</strong> os pacientes com tais sintomas, a fim de evitar atraso ouerro diagnóstico. Conclusão: O Câncer de Reto em pacientes jovensé raro, porém, as taxas de incidência e prevalência tem apresentadouma elevação crescente na última década.PO022 - DUODENOPANCREATECTOMIA ASSOCIADO ÀCOLECTOMIA DIREITA EM PACIENTE COM CARCINOMADO CÓLON DIREITORODRIGO GOMES DA SILVA; VINICIUS RODRIGUES TARANTONUNES; KELLY CRISTINA DE LACERDA RODRIGUES BUZATTI;ANA CAROLINA PARASSULO ANDRE; MAGDA MARIAPROFETA DA LUZHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG,BRASIL.Resumo: Objetivos: Os tumores colorretais localmente avança<strong>dos</strong>representam 5-22% de to<strong>dos</strong> os cânceres colorretais durante odiagnóstico. A invasão de vísceras adjacentes pelo tumor de cólondireito é ocorrência rara (11-28%) e há poucos relatos de ressecçãoem monobloco na literatura. A maior dificuldade no manejo destespacientes é determinar quais pacientes irão se beneficiar da realizaçãoda ressecção em bloco. Apesar do comportamento localmenteagressivo destes tumores, nem sempre estão associa<strong>dos</strong> à metástaseà distância. Vários estu<strong>dos</strong> já demonstraram que aproximadamente40% das invasões a estruturas adjacentes são decorrentes deaderência inflamatória, o que justifica a realização de procedimentosassocia<strong>dos</strong> e com margem de segurança. A dissecção separando osórgãos acometi<strong>dos</strong> pelo tumor está associada a uma recorrência de90-100% e a uma sobrevida em 5 anos de 17% (contra 49% apósressecção em bloco). Materiais e Méto<strong>dos</strong>: Relato de caso de umpaciente do serviço de Coloproctologia do Hospital das Clínicas daUFMG com tumor de cólon direito e invasão de pâncreas e duodeno.Realizou-se também revisão da literatura referente ao assunto emquestão. Resulta<strong>dos</strong>: Trata-se de paciente do gênero masculino, de48 anos, que procurou o ambulatório com queixa de dor em cólicaem fossa ilíaca direita de dois anos de evolução, associado ahiporexia, perda de peso e anemia. Colonoscopia evidenciou lesãoulcerovegetante em parede de ceco, cujo anátomo-patológico foide adenocarcinoma invasivo pouco diferenciado. O estadiamentopré-operatório (tomografia de abdome, pelve e tórax) nãoidentificou lesões sugestivas de metástases à distância e evidenciouespessamento concêntrico do ceco, sem invasão de estruturasadjacentes. CEA pré-operatório de 4,6. Submetido à laparoscopia,que evidenciou volumosa lesão tumoral em ceco, com aderência àparede abdominal anterior, ao duodeno e à cabeça do pâncreas.Optada por conversão para laparotomia e foi realizadahemicolectomia direita estendida e duodenopancreatectomia compreservação pilórica, durante oito horas de procedimento. Opaciente evoluiu com fístula pancreática, dirigida pelo drenoabdominal. Recebeu alta no 15º dia de pós operatório. Após 40 diasdo procedimento, no retorno ambulatorial, não apresentava maisdrenagem pelo dreno abdominal. O exame anátomo-patológico dapeça cirúrgica revelou tratar-se de adenocarcinoma de cólon poucodiferenciado - pT4 pN0 cM0 -, com infiltração do pâncreas eduodeno e intensa embolização vascular e linfática e margenscirúrgicas livres. Foi, então, encaminhado para quimioterapiaadjuvante. Conclusões: A complexidade e morbidade relacionadas àduodenopancreatectomia desestimulam a realização de tal cirurgiaassociada à colectomia, porém os benefícios em termo de sobrevidapara pacientes seleciona<strong>dos</strong> já foi comprovado, devendo serencorajado em hospitais terciários, por cirurgiões com experiêncianeste procedimento.50


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1PO023 - INCIDÊNCIA DE PÓLIPOS EM COLONOSCOPIASDE RASTREAMENTO EM PACIENTES ASSINTOMATICOS,COM E SEM HISTORIA FAMILIAR PARA CANCERCOLORRETALBRUNA SCHWAN GUERINI; LIVIA SPOLON FERNANDES;ADJALDES MORAES JUNIOR; CARMEN RUTH MANZIONE;TEREZA DE CARVALHO VILARINO; THIAGO BRAGA; VINICIOFALLEIROSHSPM-SP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O rastreamento para prevenção docarcinoma colorretal (CCR) é recomendado para to<strong>dos</strong> com idadee•50 anos, independente <strong>dos</strong> sintomas ou de história familiar, devidoa sua alta incidência. A colonoscopia está indicada para tal, pois, estárelatada que a detecção e a remoção <strong>dos</strong> pólipos adenomatosos reduziuem 66 a 90% a incidência do CCR, bem como a mortalidade por essadoença maligna. Os adenomas são comumente encontra<strong>dos</strong> e seusportadores têm risco aumentado para CCR, sendo menor para os depadrão tubular e maior naqueles com componente viloso. Dentre osfatores de risco, a história familiar é o mais importante, classificandoo paciente como risco aumentado. Os de médio risco são aquelesacima de 50 anos, sem historia de adenoma, CCR ou historia familiarpara CCR. OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi avaliar a incidênciade adenomas no rastreamento com colonoscopia de pacientes commédio e risco aumentado para CCR. METODO: Analisamosretrospectivamente 242 colonoscopias realizadas no HSPM-SP, entreJaneiro 2010 e Junho 2012, em pacientes assintomáticos com maisde 50 anos de idade, dividi<strong>dos</strong> em dois grupos, com historia familiarde CCR (grupo 1) e sem historia familiar de CCR (grupo 2).RESULTADOS: Encontramos 19,5% de lesões polipoides nas 113colonoscopias do grupo 1. Os acha<strong>dos</strong> mais comuns foram 31,8% deadenomas tubulares com atipias de baixo grau, 9,1% de adenomastúbulo-vilosos com atipias moderadas e 27,3% pólipos hiperplásicos.Nas 129 colonoscopias realizadas no grupo 2, observamos 10,1% delesões polipoides, sendo o adenoma tubular com atipias de baixo ograu o mais frequente, com 53,8%. A análise estatística não mostroudiferença significante (p = 0,059). Não diagnosticamos lesão malignanos grupos estuda<strong>dos</strong>. CONCLUSÃO: A avaliação <strong>dos</strong> nossos resulta<strong>dos</strong>revelou a importância do rastreamento para identificar e remover aslesões pré-neoplásicas para o CCR e mostrou tendência a maiornúmero de adenomas naqueles com história familiar de CCR.PO024 - INVERSÃO APENDICULAR INDUZIDA PORADENOCARCINOMA CECAL GERANDO INTUSSUSCEPÇÃOCOLO-COLÔNICABRUNO LORENZO SCOLARO; RAFAEL FÉLIX SCHILINDWEIN;ALESSANDRO ANDRADE SIMÕES; GUSTAVO BECKERPEREIRA; CARLA SIMONE DA SILVAHOSPITAL E MATERNIDADE MARIETA KONDER BORNHAUSEN,ITAJAÍ, SC, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A intussuscepção do apêndice cecal é umacondição rara, com incidência de 0,01% e mais freqüente em criançasdo sexo masculino (SALEHZADEH et al, 2010; TABAN et al, 2006).Por apresentar sinais e sintomas inespecíficos, pode simular diversasafecções abdominais, dificultando seu diagnóstico pré-operatório. ATomografia Computadorizada (TC) e a colonoscopia são examesque podem contribuir, com imagens sugestivas, para o diagnóstico deintussuscepção apendicular (DA SILVA et al, 2008; JEVON et al,1992). Nosso objetivo é relatar o caso de um paciente comintussuscepção do apêndice cecal induzida por adenocarcinoma perióstioapendicular associada a lesão sincrônica em ceco, gerandointussuscepção colo-colônica. RELATO DE CASO: Um homem de54 anos, procura a emergência com quadro, intermitente, de 60 diasde evolução de dor moderada em fossa ilíaca direita (FID) associadaa diarréia (4x/dia), hematoquezia e emagrecimento (10Kg). Negoufebre, náusea ou vômito e história familiar de neoplasia de cólon. Aoexame físico, dor discreta e massa palpável em FID, sem sinais deirritação peritoneal. Paciente foi internado e submetido à TC ondese observou massa em FID e imagem sugestiva de intussuscepçãocolo-colônica. Após achado, optou-se em realizar uma colonoscopiaonde visualizou-se intussuscepção de apêndice cecal e lesão polipóideem topografia de ceco. Foi indicada laparotomia que evidenciouintussuscepção apenas de apêndice associada a massa cecal. Realizadoileocolectomia direita com anastomose ileocólica látero-lateral comstapler linear. O exame anatomopatológico relatou duas lesões(4,5x2,0 cm e 5,0x4,0 cm) localizadas no ceco. Uma delas envolvendoa base do apêndice cecal invertido. Ambas com diagnóstico deadenocarcinoma usual do cólon, moderadamente diferenciado, “insitu”, sincrônico. As margens cirúrgicas e o tecido linfático estavamlivres de comprometimento neoplásico. O pós operatório cursousem intercorrências e o paciente recebeu alta hospitalar em 5 dias.DISCUSSÃO: A intussuscepção de apêndice cecal é uma condiçãorara, que se apresenta com sintomas varia<strong>dos</strong> e inespecíficos. Hávários relatos onde essa condição foi reconhecida apenas noperioperatório, diferentemente do presente estudo. Várias são ascondições que podem levar a inversão do apêndice: fecalito, corpoestranho, tumor, hiperplasia linfóide, endometriose (DUNCAN etal, 2005). É provável que o crescimento do tumor de ceco na base doapêndice tenha provocado alteração na sua peristalse e inversão domesmo, sendo então substrato para geração intermitente deintussuscepção colo-colônica. Exames de imagem normalmente sãoutiliza<strong>dos</strong> para definir um diagnóstico ou orientar uma conduta. Nopresente caso, provavelmente o preparo para colonoscopia desfez aintussuscepção colônica (apenas visto na TC e não na cirurgia). Aressecção realizada foi dentro <strong>dos</strong> princípios oncológicos, onde seevidenciou tumor sincrônico no ceco.PO025 - LINFOMA MALT COLÔNICO PRIMÁRIO: RELATODE CASOINÁCIO SWAROWSKY; DÓRIS M. L. SWAROWSKY; MAITÍCIAFERNANDES HOPPE; MARCELO DOTTOHOSPITAL SANTA CRUZ – RS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: Introdução: O linfoma colônico é um achado raro,correspondendo a 0,2% das neoplasias neste local, é mais comum emhomens (2:1) na faixa etária de 50 a 60 anos. O diagnóstico é tardiona maioria <strong>dos</strong> casos por apresentar sintomas inespecíficos como:dor abdominal, perda de peso, alterações do hábito intestinal e,tardiamente obstrução intestinal, massa abdominal palpável,enterorragia, astenia e anorexia. O estudo anatomopatológico podeser falso negativo quando a lesão for submucosa ou apresentar sítiosde necrose, sendo, nestes casos mandatória a ressecção cirúrgica composterior estudo anatomopatológico da peça. O diagnósticodiferencial é feito com adenocarcinoma e doenças inflamatórias comodoença de Chron e colite ulcerativa. O tratamento é cirúrgico,necessitando na maioria <strong>dos</strong> casos de terapia adjuvante comquimioterapia ou radioterapia. O prognóstico da doença é variável edepende da classificação de Ann Harbor modificada OBJETIVO: Oobjetivo deste trabalho é relatar o caso de uma paciente comdiagnóstico de linfoma da zona marginal extranodal (MALT) e fazeruma breve revisão literária do assunto. MÉTODO: Relato do caso:M.M.S., feminina, 65 anos, há 5 anos refere episódios esporádicos51


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1de cólica abdominal intensa, distensão abdominal, vômitos, diarréiae sudorese. Nos últimos três meses, apresentou piora clínica, relatandocrises de cólicaS mais intensas. Para investigação foram solicita<strong>dos</strong>ecografia abdominal, enema opaco e colonoscopia. Foi evidenciadouma lesão obstrutiva em cólon transverso sugestiva de neoplasia.Abiópsia foi negativa para neoplasia. Submetida a Ileocolectomiadireita. O estudo anatomopatológico e imuno-histoquimico da peçacirúrgica revelou tratar-se de um linfoma da zona marginal extranodal(linfoma MALT), com imun<strong>of</strong>enótipo B (CD20+), com índice deproliferação celular KI-67 de 5% (WHO, 2008) em mucosa do cólon,restrito à mucosa, e em linfonodo do mesocólon. Os limites cirúrgicosestavam livres de neoplasia. Após cirurgia, paciente foi submetida aotratamento com quimioterapia e anticorpo monoclonal Rituximab.RESULTADOS: Paciente encontra-se assintomática e sem sinais derecidiva tumoral 18 meses após a cirurgia. CONCLUSÃO: Apesar deo linfoma colorretal primário ser uma neoplasia infrequente, deveser suspeitado em pacientes na faixa etária entre 50 a 60 anos, comhistórico de doença inflamatória intestinal e imunossupressão.PO026 - LIPOMA DE CÓLON TRANSVERSO MIMETIZANDONEOPLASIA MALIGNA: UM DIAGNÓSTICO DIFÍCIL?ROSILMA GORETE LIMA BARRETO; JOÃO BATISTA PINHEIROBARRETO; ROBERTO COELHO NETTO CUNHA; GRAZIELAOLIVIA DA SILVA FERNANDES; NIKOLAY COELHO MOTA;CLARISSA LORENA FONSECA COSTAHOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA, SÃO LUIS,MA, BRASIL.Resumo: Objetivos: Relatar caso de lipoma de cólon sintomáticocomplicado com intussuscepção colocólica e seu tratamento.Demonstrar as dificuldade de diagnóstico definitivo e a utilização dapropedêutica disponível. Material e método: Estudo observacional,descritivo e retrospectivo (relato de caso). Da<strong>dos</strong> coleta<strong>dos</strong> doprontuário e ficha clínica do paciente no Serviço de Arquivo Médico(SAME) do Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) emSão Luís – Maranhão. Resulta<strong>dos</strong>: Paciente no exame clínicoapresentava lesão ulcerada de bor<strong>dos</strong> eleva<strong>dos</strong> ao toque retal cujohistopatológico de biópsia realizada ambulatorialmente foiinconclusivo. Foram realiza<strong>dos</strong> colonoscopia, tomografiacomputadorizada de abdome, clister opaco havendo grandediscordância entre os acha<strong>dos</strong> nestes exames. A Tomografiacomputadorizada apresentou falhas de enchimento e sugeria lesãoneoplásica em topografia de transição retossigmóide; colonoscopiamostrava volumoso pólipo com ulceração mimetizando neoplasia epólipos pedicula<strong>dos</strong> menores e o clister opaco mostrou imagem desubtração regular (sinal de aperto) com localização diferente dacolonoscopia. Devido ausência de diagnóstico definitivo optou-sepor realizar laparotomia exploradora sendo realizado colectomiasegmentar. O diagnóstico definitivo foi dado pela análiseanatomopatológica da peça operatória. Conclusão: Os lipomas sãorelativamente raros e algumas vezes sintomáticos, sendo capazes demimetizar uma neoplasia maligna, complicar com hemorragia,obstrução intestinal e intussuscepção dificultando seu diagnóstico. Oclister opaco demostrou sua maior eficiência em localizartopograficamente lesões do cólon.PO027 - METASTASE EM RETO DE CANCER DE PULMÃO:RELATO DE CASOFERNANDA RODRIGUES FERNANDES; MARTA BEATRIZFONTENELE SANTOS; PATRICIA MAIRA COSTA ALBERTO DESOUSA; DANIELLE TALAMONTE; CYNTHIA ABDALLA CRUZ;AQUILES LEITE VIANA; FABIO ALVES SOARES; JANDUI GOMESDE ABREU FILHOHBDF, BRASILIA, DF, BRASIL.Resumo: RELATO DE CASO: Paciente 68 anos submetida aquimioterapia para tratamento de câncer de pulmão não pequenascélulas (aspecto morfológico sugestivo de adenocarcinoma) há umano. Evoluiu 3 meses antes com hematoquezia, fezes em cíbalos esensação de evacuação incompleta. Tinha ritmo intestinal diário.Referia ainda prolapso “hemorroidário” que necessitava reduçãodigital. Negava história familiar de câncer colorretal. Exameproctólogico: à inspeção pequeno plicoma anal. À inspeção dinâmica:tumoração que se exteriorazava à esquerda (foto 1). Toque retal:presença de tumoração em quadrante lateral esquerdo. Realizadobiópsia da lesão cujo histopatologico revelou carcinoma indiferenciado(não pequenas células). Imunohistoquimica negativa para cromog,TTF-1, CK20 e positiva para 34 BETA e CK7. A paciente foi submetidaa ressecção endoanal da lesão. DISCUSSÃO: O câncer de pulmão é aprincipal causa de morte por câncer no mundo. Aproximadamentemetade <strong>dos</strong> pacientes com câncer de pulmão desenvolvem metástases.Os sítios mais comuns são linfono<strong>dos</strong>, fígado, glândulas adrenais,osso e cérebro. 5. Apesar da metastase para o trato gastrointestinalser encontrado em 11,9% das autopsias após morte por câncer depulmão, a incidência descrita das metastases sintomáticas é de 0,2 a0,5%. 6. Casos sintomáticos de metastase gastro-intestinal de câncerde pulmão são extremamente raros e apenas poucos casos já foramrelata<strong>dos</strong> na literatura. 2. A ressecção da metastase gastrointestinal éindicada não apenas para alívio <strong>dos</strong> sintomas mas também para proveruma maior sobrevida nos pacientes seleciona<strong>dos</strong>. 3 Em revisãobibliográfica foram encontra<strong>dos</strong> apenas cinco relatos de metastaseem reto e cólon de câncer de pulmão. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS: K. Miyazu; K. Kobayashi. Rectal metastasisfrom lung cancer: report <strong>of</strong> case. Kyobu Geka 2012 Feb, 65(2); 165-7. C. T. Hsing, H.Y. Kim, J.H. Lee, J.S.Han, J.H.Lee, J.S.Chang,S.R.Choi, J.S.Jeong. Gastrointestinal metastasis from primaryadenocarcinoma <strong>of</strong> lung presenting with acute abdominal pain. KoreanJ Gastroenterol Vol 59 No 5, 382-385. A. Fujiwara, J. Okami, T.Tokunaga, J. Maeda, M. Higashiyama, K. Kodama. Surgical treatmentfor gastrointestinal metastasis <strong>of</strong> non-small-cell lung cancer afterpulmonary ressection. Gen Thorac Cardiovasc Surg 2011 Nov;59(11): 748-52. Y. Wang, T. An, L. Yang, Z. Wang, M. Zhuo, J.Duan, J. Wang, M. Wu. Primary lung cancer with gastrointestinalmetastasis: 2 case report and literature review. Zhongguo Fei Ai ZaZhi, 2011 Mar, 14 (3): 278-80. P. Lee, C. Lo, M. Lin, J. Liang, B.Lin. Role <strong>of</strong> surgical intervention in managing gastrointestinalmetastases from lung cancer. World J Gastroenterol 2011 Octuber14; 17(38):4314-4320. S.Y. Kim and others. GastrointestinalMetastasis from primary lung cancer: CT findings andClinicopathologic features. AJR 2009; 193: W197 – W201.PO028 - MÚLTIPLAS LESÕES ADENOCARCINOMATOSASSINCRÔNICAS COLORRETAIS EM PACIENTE COMPOLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIARRODRIGO BECKER PEREIRA; LEONEL REIS LOUSA; RANIERERODRIGUES ISAAC; ANDRESSA MACHADO SANTANA BRASIL;JOSE PAULO TEIXEIRA MOREIRA; HELIO MOREIRA JR; PAULACHRYSTINA CAETANO ALMEIDA LEITE; THALES CARVALHOLIMAFACULDADE DE MEDICINA - UFG, GOIANIA, GO, BRASIL.Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Polipose AdenomatosaFamiliar (PAF) é uma síndrome hereditária muito bem definida como52


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1responsável pelo surgimento do câncer colorretal. Trata-se dedesordem autossômica dominante que tipicamente se apresenta sob aforma de pólipos adenomatosos de cólon e reto, habitualmente acimade 100, que quando não trata<strong>dos</strong> evoluem para o surgimento docâncer colorretal. O aparecimento <strong>dos</strong> pólipos ocorre geralmente nasegunda década de vida, e praticamente to<strong>dos</strong> os pacientes terãoadenocarcinoma colorretal até os seus 40 anos. O objetivo propostodo estudo é descrever um caso de múltiplas lesões sincrônicas deadenocarcinoma colorretal em um paciente portador de PAF.MÉTODO: Paciente masculino, 41 anos, com história deenterorragia, emagrecimento e alteração do hábito intestinal, foisubmetido ao exame videocolonoscópico que identificou múltiplaslesões polipoides em reto e sigmoide, sendo duas de maiores dimensõescom aspecto de neoplasia maligna (com confirmaçãohistopatológica), uma em reto inferior e outra em sigmoide, sendoque esta última causava obstrução parcial da luz intestinal, impedindoa progressão do aparelho. US de canal anal identificou lesão infiltrantede reto inferior com comprometimento de esfíncter interno do ânussem, entretanto, haver gânglios perirretais suspeitos decomprometimento neoplásico. CEA pré-operatorio de 21,74 ng/dl.Tomografia de abdome não identificou lesões metastáticas de fígadoou gânglios retroperitoneais. RESULTADOS: Na laparotomiaexploradora, foram identificadas 4 lesões metastáticas de fígado sendoa maior em segmento VIII, medindo 3 cm de diâmetro. O pacientefoi submetido à cirurgia de proctocolectomia total com ileostomiadefinitiva e nodulectomia de 2 lesões hepáticas. O exameanatomopatológico revelou além de múltiplos pólipos colônicos eretais além da presença de 4 lesões neoplásicas malignas ( retoinferior, sigmoide, cólon descendente e cólon transverso).CONCLUSÕES: Concluímos que há necessidade de manter umprograma de busca ativa de pessoas sob risco de serem portadoras dePAF, para que se possa, por meio de exames preventivos, identificarprecocemente aqueles portadores desta síndrome hereditária, econsequentemente garantir melhor sobrevida destes pacientes.PO029 - PET-CT: O BENEFÍCIO EM PACIENTESONCOLÓGICOS - RELATO DE CASOANTÔNIO HILÁRIO ALVES FREITAS; THAISA BARBOSA SILVA;HELIO ANTÔNIO SILVA; ISABELLA MENDONÇA ALVARENGA;KANTHYA ARREGUY DE SENA BORGES; JOÃO PAULO SANTOSGOUVÊA; CECÍLIA ALCÂNTARA BRAGA; RICARDO AUGUSTOCOUTO MARTINSHPMMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O crescente interesse por bons resulta<strong>dos</strong>no tratamento de pacientes com neoplasias faz com que hajaincremento de novas tecnologias no manejo de pacientes com câncer.Nos tumores colorretais, a tomografia com emissão de pósitrons(PET-CT) auxilia no diagnóstico, no estadiamento, na avaliação daresposta terapêutica, na avaliação de recidiva tumoral e noreestadiamento de pacientes. PACIENTE E MÉTODOS: Pacientemasculino, 44 anos, encaminhado para avaliação em nosso serviçoum ano após ser submetido a ressecção de adenocarcinoma de cólonsigmóide e realização de quimioterapia adjuvante por 6 meses, comelevação <strong>dos</strong> níveis do antígeno carcinoembrionário (CEA). No préoperatório,o CEA era de 9,5 ng/mL e, ao final da quimioterapia, 2,7ng/mL. Ao recebermos o paciente, houve aumento significativo doCEA para 25,0 ng/mL. Reestadiamento com radiografia de tórax,cintilografia óssea, colonoscopia e US não mostrou alterações. TCde abdome e pelve visualizou linfonodomegalia em cadeia ilíacaesquerda. Optado, então, por realização do PET-CT que confirmou aalteração em linfonodo na raiz da artéria mesentérica inferior,compatível com metástase. Submetido à reoperação com cirurgiaoncológica e linfadenectomia ampliada, evoluindo sem intercorrênciasno pós-operatório e alta hospitalar no 4° dia. O estudoanatomopatológico mostrou presença de adenocarcinoma metastáticoem nódulo mesentérico. Após novo ciclo de QT, os valores de CEAmantiveram-se em torno de 2,0 ng/mL, sem sinais de recidiva tumoralaté o momento. DISCUSSÃO: Com sensibilidade e especificidadeacima de 90%, o PET-CT, bem indicado, é ferramenta fundamentalna detecção de metástases. As aplicações no câncer colorretal incluem:estadiamento inicial oncológico; presença de CEA elevado semevidência de lesões por méto<strong>dos</strong> de imagem convencionais; avaliaçãode ressecabilidade de metástases; e na detecção de recidivas diante deacha<strong>dos</strong> radiológicos inconclusivos, mesmo sem CEA aumentado.No caso relatado, a persistência da elevação do CEA com exame deimagem inconclusivo indicou a solicitação de PET-CT, que confirmoumetástase linfonodal, possibilitando retratamento do paciente.CONCLUSÃO: Os resulta<strong>dos</strong> mostram que novas tecnologias, quandobem indicadas, tal como o PET-CT no caso demonstrado, podealterar condutas e aumentar o índice de cura <strong>dos</strong> pacientes comneoplasias.PO030 - RECONSTRUÇÃO URETERAL COM TRÊS TUBOSJEJUNAIS , APÓS COLECTOMIA POR TUMORLOCALMENTE AVANÇADO: SEGUIMENTO DE DOIS ANOSJULIANO ALVES FIGUEIREDO; BERNARDO HANAN; CINTIADOMINGUES BERNARDES; LUCIANA MENDES PEIXOTO;IARA LEMOS GARCIA; GREICIANE PARREIRAS LAGE; TATIANAVIEGAS RANGEL; EDMILSON CELSO DOS SANTOSHOSPITAL DA BALEIA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: A neoplasia localmente avançada exige ressecção ampla , oque pode permitir sobrevida longa para o paciente, desde que aressecção seja capaz de retirar todo o conteúdo neoplásico. Aneoplasia que invade o ureter exige equipe treinada nos diversostipos de reconstrução ureteral, é incomum a necessidade de utilizarsegmento intestinal interposto entre ureter e bexiga. Existem algunscasos na literatura científica de reconstrução ureteral com alça dejejuno a Monti, utilizando-se um ou dois tubos jejunais, mas estetrabalho apresenta uma reconstrução de sucesso com três tubos.OBJETIVO Apresenta-se um caso de uma paciente, com tumorlocalmente avançado de colon que invadiu ureter esquerdo e necessitoude reconstrução ureteral com três tubos jejunais a “Monti”. RELATODO CASO: Paciente do sexo feminino, 52 anos, com adenocarcinomasincrônico do cólon, onde notou-se no per-operatório invasão degrande segmento ureteral. Paciente submetida a colectomia totalcom ressecção de trompas e ovários esquer<strong>dos</strong>, parte da paredeabdominal muscular e ureter esquerdo. Realizou-se ileoretoanastomosecom ileostomia de proteção, o ureter permaneceu ligado por nãohaver condições imediatas de reconstrução do transito urinário. Após19 dias, a paciente foi submetida a nova laparotomia e fechamentoda ileostomia além de reconstrução de ureter com três tubos jejunaisa Monti , e posicionado cateter duplo “J” nesse neoureter. A histologiarevelou estadiamento T4 N0 M0. Paciente encaminhada aquimioterapia adjuvante. Após dois anos de pós operatório, não haviasinais da doença neoplásica. O rim que recebeu o neo ureterpermaneceu com função normal, identificando-se eliminação decontraste, nos exames contrasta<strong>dos</strong>, semelhante ao rim contralateral.É possível deduzir, que a toxicidade <strong>dos</strong> quimioterápicos foi maisbem tolerada, com a paciente tendo dois rins funcionantes. Conclusão:A reconstrução ureteral com tubo jejunal é um evento raro, a53


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1comunicação científica de reconstrução ureteral com três tubos deMonti é fundamental para acompanharmos o seguimento a longoprazo destes pacientes.PO031 - SEGMENTO POR 18F-FDG-PET/CT DO PACIENTECOM CARCINOMA ESCAMO CELULAR DE CANAL ANAL.RELATO DE CASOMARCOS JOSE QUINTANILHA RODRIGUES; ENILTONMONTEIRO MACHADO; VITOR MUSSI RAMOS NETTO; LUISFILIPE RANGEL DA COSTA SANTOSHOSPITAL ESCOLA ALVARO ALVIM - FACULDADE DE MEDICINADE CAMPOS, CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ, BRASIL.Resumo: O carcinoma escamocelular de canal anal é um raro câncerdo trato gastrointestinal, representando menos que 5% <strong>dos</strong> tumoresmalignos gastrointestinais. Após confirmação histopatológica da lesãoo estadiamento é realizado por um exame retal e inguinal cuida<strong>dos</strong>o,seguido de tomografia computadorizada ou ressonância nuclearmagnética de alto campo de abdomem e pelve. Os linfono<strong>dos</strong> inguinaissuspeitos devem ser aspira<strong>dos</strong> por agulha fina. O caso relatado emnosso serviço trata-se de uma mulher de 50 anos com queixa inicialde dor anal e sangramento. O exame proctológico revelou lesãotumoral em canal anal concêntrica com comprometimentoaparente <strong>dos</strong> esfíncteres. A avaliação inguinal demonstroulinfoadenomegalia inguinal esquerda. Prosseguimos com aspiraçãopor agulha fina. O resultado histopatológico do canal anal elinfonodo inguinal foi carcinoma de célula escamocelular(epidermóide). O estadiamento foi realizado com ressonâncianuclear magnética de alto campo revelando tumor de canal anal(T4N3M0). Sem evidência de doença a distância foi instituído otratamento radioquimioterápico (iniciado 10/08/2011). Manteveseem segmento ambulatorial sistemático com avaliaçãoproctológica a cada 6 a 8 semanas. Após um período de 3 mesesrealizamos nova ressonância magnética demonstrando acentuadaredução de lesão parietal concêntrica em terço inferior do reto eausência de linfoadenomegalia inguinal esquerda. Após 10 meses apaciente relatou dor em membro inferior e em região inguinalesquerda. Solicitado exame de 18F-FDG-PET/CT, evidenciou lesãolinfonodal na cadeia da ilíaca comum esquerda. Discussão: O exameen<strong>dos</strong>cópico, US endoanal, tomografia computadorizada e RNMtem grande importância na avaliação da extensão do câncer docanal anal. (Acta Radiol 29:337,1988). O PET-CT detecta o tumoranal primário mais frequentemente do que a TomografiaComputadorizada e detecta substancialmente mais linfono<strong>dos</strong>inguinais comparando com Tomografia Computadorizada e examefísico (Int J Radioat Oncol Biol Phys 2006;65:720-725). Duasséries incluindo 21 e 41 pacientes sugerem que a adição do examepor PET-CT ao estadiamento convencional detecta doençapreviamente na suspeita em 20 a 24% <strong>dos</strong> pacientes (Mol ImagingBiol 7:309,2005). Em uma série britânica com 61 pacientes obenefício deste método foi demonstrado, alterando o estadiamentoTNM em 23% <strong>dos</strong> casos, o plano de tratamento em 3% e o campode radioterapia em 13% (Br J Cancer 100:693,2009). A avaliaçãodo PET-CT pré e pós-radioquimioterapia é correlacionada comtaxa de resposta e resulta<strong>dos</strong> de sobrevida. A resposta metabólicaé forte preditor para sobrevida livre de progressão assim comosobrevida global (J Clin Oncol 28:abstr 4105,2010). Conclusão:Na verdade este relato de caso de nosso serviço vem estimular aavaliação da importância do PET-CT como uma valiosaferramenta de imagem do tumor de canal anal em associação aoexame físico e RNM.PO032 - SERIE DE SEIS CASOS DE EXENTERAÇÃO PELVICATOTAL MASCULINA COM COLOSTOMIA ÚMIDA, PORLAPAROSCOPIA , PARA TRATAR TUMOR DE RETO BAIXO,LOCALMENTE AVANÇADOJULIANO ALVES FIGUEIREDO; JOSE ELIAS GALIL FILHO;GUSTAVO MARELLI CARVALHO; RODRIGO SILVA QUINTELASOARES; LUISA MENDES MIRANDA AZEVEDO; MARCOSCAMPOS WANDERLEY REIS; LOUISE GALANTINI LANA;MONICA DE PAOLI BENNATON VIEIRAHOSPITAL DA BALEIA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: O tumor de reto baixo localmente avançado, em homens,determina a necessidade de combinar desvio do trânsito fecal ereconstrução do trânsito urinário. Além disso, quando os tumorestocam a musculatura do assoalho pélvico ou a musculatura anal,determinam ressecção anoperineal. Nesses casos, se favorece umaindicação de operação laparoscópica por não se exigir uma incisãoabdominal para retirada do espécime cirúrgico. OBJETIVO:Apresenta-se uma série de seis pacientes do sexo masculino, comtumores de reto baixo/ânus, que tiveram indicação de exenteraçãopélvica laparoscópica , amputação anal e colostomia úmida em duplaboca. A anastomose ureterocolônica foi realizada extracorpórea noquadrante inferior esquerdo do abdome. SÉRIE DE CASOS: Seispacientes tiveram indicação de exenteração pélvica total. Quatropacientes foram submeti<strong>dos</strong> a exenteração com amputação anal ecolostomia úmida em dupla boca. Três deles a ressecção foi R0 e emum deles a ressecção foi R2. Dois pacientes tiveram a operaraçãoconvertida para laparotomia e realizou-se apenas colostomiadescompressiva em colon transverso. RESULTADOS: O tempo médiode operação foi de 420minutos. NO período peri operatório, houve3 complicações: 1 infecção de parede, 1 acidente vascular encefálicocom perda leve de força muscular, 1 pielonefrite. No pós operatóriotardio notou-se um oclusão de íleo terminal por sequela actínica,uma estenose de ureter com exclusão renal, óbito em um <strong>dos</strong> pacientesnão submetido a operação e um episódio de priaprismo no outropaciente não operado. Cinco pacientes da série encontram-se vivos,3 deles livres de doença. Dois <strong>dos</strong> pacientes tiveram diagnóstico decarcinoma espinocelular de canal anal e quatro deles tiveram histologiade adenocarcinoma Conclusão: A exenteração pélvica laparoscópicacom amputação anoperineal e colostomia úmida em dupla boca,mostrou-se segura, factível com resulta<strong>dos</strong> semelhantes a operaçãopor laparotomia, após seguimento máximo de 36 meses.PO033 - SURGIMENTO DE ADENOCARCINOMA MUCINOSOEM FÍSTULA PERIANAL CRÔNICA – RELATO DE CASOANDRÉ ANTÔNIO ABISSAMRA; ANA CAROLINA CHIORATOPARRA; CAMILA PERAZZOLI; RAPHAEL GURGEL DECARVALHO; VIVIAN REGINA GUZELA; GUSTAVO URBANO;JOSE JOAQUIM RIBEIRO DA ROCHA; OMAR FÉRESHC- FMRP-USP, RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Homem de 72 anos refere que há cerca de 35 anos teve umabscesso perianal estendendo até nádega direita, com drenagemespontânea na ocasião. Após esse episódio, refere formação de váriosoutros abscessos no mesmo local, to<strong>dos</strong> com resolução e drenagemespontâneas. Evoluiu, então, com surgimento de uma fístula,inicialmente com pequeno incômodo local e drenagem de pequenaquantidade de secreção purulenta diariamente. Com o passar <strong>dos</strong>anos, apresentava intensificação progressiva <strong>dos</strong> sintomas, o que <strong>of</strong>ez procura auxílio médico. Foi, então, submetido a duas cirurgiasorificiais em outro serviço (última há 12 anos), permanecendo poucosintomático por cerca de cinco anos. Nos últimos cinco anos, refere54


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1vários episódios de novos abscessos no mesmo local e aumentolentamente progressivo da área cruenta, com sensação de abaulamentoperianal. Foi, então, encaminhado ao nosso serviço. Na admissão,ao exame físico apresentava, em região perianal direita, extensaárea de ausência de pele com exposição de tecido subcutâneo e degranulação com cerca de 5x4 cm de extensão. A Ressonância NuclearMagnética de Pelve mostrava extensa coleção heterogênea comparedes espessas e irregulares que apresentam realce nas fasescontrastadas, medindo cerca de 7,9 x 5,5 x 2,9 cm. Submetido aabordagem cirúrgica por laparotomia inicialmente e, no mesmotempo cirúrgico, abordagem perineal. Na exploração por viaabdominal, não havia contiguidade ou comunicações com a comlesão perianal. No tempo perineal, encontramos lojas nos planospr<strong>of</strong>un<strong>dos</strong> do períneo com tecido neoplásico e abundanteconcentração de mucina em seu interior. Não identificadacomunicação com a cavidade peritoneal. Realizada ampla ressecção.O estudo anatomopatológico evidenciou uma neoplasia epitelialmucinosa. Foi encaminhado para realização de radio e quimioterapia,mas perdeu o seguimento e não realizou adjuvância. No últimoretorno,já apresentava recidiva local da lesão. Introdução: Fístulasperianais são muito comuns na população geral, predominando noshomens (2:1 a 7:1). Muito raramente fístulas e abscessos perianaispodem s<strong>of</strong>rer transformação maligna e dar origem a carcinomas,principalmente adenocarcinomas. Adenocarcinoma mucinoso emfístula perianal crónica constitui entre três e onze por cento de to<strong>dos</strong>os carcinomas anais. Discussão: Apesar de novos progressos emrelação ao tratamento, o prognóstico do adenocarcinoma mucinosodo canal anal em fístula perianal crônica ainda é pobre, devido emsua maior parte a seu caráter avançado no momento do diagnóstico.As queixas costumam ser inespecíficas: os pacientes apresentamqueixas como piora progressiva da dor, sensação de massa perianal,ou uma mudança na natureza da secreção pela fistula. É necessárioalto índice de suspeição para o diagnóstico precoce. Isso reforça aimportância da biópsia de to<strong>dos</strong> os abscessos e fístulas perianais deevolução crônica para um rápido diagnóstico e tratamento precoceda doença.PO034 - TRATAMENTO DE ADENOCARCINOMA DO RETOEM PACIENTE COM OBESIDADE MORBIDA - RELATO DECASOELTON CARLOS LEONARDO NOGUEIRA; ALINE DAVID SILVA;PAMELA LEAO VIANA; JOSEANE CANTON; BRUNO FREIREBORGES; JOSÉ FIGUEIROA FILHO; RAQUEL KELNERSILVEIRA; LUIZ ANDRÉ NADLER LINSHOSPITAL BARÃO DE LUCENA, RECIFE, PE, BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: Relatar um caso de adenocarcinoma de retoem um paciente com obesidade mórbida e abdômen em avental, bemcomo a abordagem terapêutica instituída que consistiu emradioquimioterapia neoadjuvante seguida de retossigmoidectomiaassociada a dermolipectomia para acesso a cavidade abdominal.MATERIAIS E MÉTODOS: Em janeiro de 2012 foi atendidapaciente do sexo feminino, 66 anos no ambulatório decoloproctologia do Hospital Barão de Lucena com diagnóstico deadenocarcinoma do reto apresentando IMC de 51,4% e abdômen emavental. Ao exame apresentava lesão ulcero vegetante a 9cm dalinha pectínea. Foi estadiada como T3N1M0 por tomografia esubmetida a tratamento radio e quimioterápico neoadjuvante noperíodo de fevereiro a abril . Durante este período houve perda de6,2 Kg. Devido a dificuldade técnica em realizar o procedimentocirúrgico, foi decidido realizar dermolipectomia no mesmo tempocirúrgico da retossigmoidectomia, o que facilitou o acesso a cavidadeabdominal. Optamos pela realização de retosigmoidectomia,fechamento do coto retal com grampeador linear cortante e confecçãode colostomia terminal. O tempo cirúrgico foi de 290 min. A pacienterealizou pos operatório em unidade de terapia intensiva e evoluiucom trombose venosa pr<strong>of</strong>unda em membros inferiores e infeccçãopulmonar, recebendo alta no 31º DPO. Não houve complicaçõescirúrgicas ou infecciosas abdominais ou de ferida operatória. O exameanatomopatológico confirmou a presença de adenocarcinoma dereto com invasão neoplásica até tecido adiposo pericólico comausência de neoplasia metastática em 14/14 linfono<strong>dos</strong> envolvi<strong>dos</strong>.CONCLUSÕES: A obesidade mórbida é uma condição cada vez maiscomum em nossa sociedade e a dificuldade de realizar cirurgiasabdominais nesses pacientes tenderá a ser cada vez mais rotineira. Aopção de realizar dermolipectomia para facilitar o acesso à cavidadeabdominal foi tática que empregamos que se mostrou viável nestecaso e consideramos que pode ser repetida em situações similares.Em revisão da literatura não identificamos relato de caso similar aoque apresentamos.PO035 - TUMOR CARCINÓIDE DE RETO – RELATO DE CASOALEXANDRE MARTINS DA COSTA EL-AOUAR; MARCELLABIASO BACHA GUERRA; RENATA MAGALI SILLUZIOFERREIRA; GERALDO MAGELA GOMES DA CRUZ; MATHEUSMMMDE MEYER; DIEGO VIEIRA SAMPAIO; ILSON GERALDODA SILVA; CAROLINE PINTO COUTINHOSANTA CASA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Introdução: Os tumores carcinóides integram os tumoresneuroendócrinos e constituem neoplasias raras. Têm a capacidade deproduzir diversos tipos de neuropeptídeos, principalmente aserotonina. Quando esta é liberada na circulação sistêmica ocorre asíndrome carcinóide, caracterizada por rubor, diarréia ebroncoespasmo. Apresentam crescimento lento e muitas vezesassintomático, o que dificulta o diagnóstico em fases iniciais. Estãoassocia<strong>dos</strong> a uma incidência aumentada de outros tumores malignos,especialmente do trato gastrointestinal. Os carcinóides correspondema 1-2% <strong>dos</strong> tumores de reto, a maioria não-funcionante. Cinqüentapor cento <strong>dos</strong> tumores carcinóides de reto são assintomáticos ediagnostica<strong>dos</strong> incidentalmente, por en<strong>dos</strong>copia. Apresenta-se comolesão séssil, endurecida, móvel, de localização submucosa e de aspectoamarelado, ao exame macroscópico. O potencial de malignização eo prognóstico <strong>dos</strong> tumores carcinóides de reto têm sido intimamenterelaciona<strong>dos</strong> com o seu tamanho. As metástases nesses tumoresocorrem principalmente para fígado e linfono<strong>dos</strong> regionais. Relatode caso: MJA, sexo feminino, 49 anos, foi atendida (31/05/2011)por conta de constipação crônica, tendo a retossigmoi<strong>dos</strong>copiaconstatado uma lesão nodular, amarelada, de aproximadamente 1cm, situada há 4 cm da linha pectínea. A colonoscopia (30/08/2012)revelou uma lesão submucosa de aspecto nodular, no reto inferior. Aradiografia simples de tórax (07/10/2011) nada revelou de anormal,da mesma fora que a tomografia computadorizada de abdome e depelve (27/12/2011) e a ressonância nuclear magnética da pelve (09/01/2012). Em 23/04/2012 ela foi submetida à excisão local transanalsob raquianestesia, com fechamento da mucosa com pontos simplescom vycril 2.0, recebendo alta no primeiro dia de pós-operatório,sem intercorrências, com evolução satisfatória. O exameanatomopatológico foi compatível com tumor neuroendócrino bemdiferenciado, atingindo a camada submucosa, sem invadir a camadamuscular própria, apresentando margens cirúrgicas livres. Discussão:A invasão ou não da muscular da mucosa nos casos de carcinoides55


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1retais é fator determinante da excisão local, se ela é suficiente ou seé necessária complementação cirúrgica. É uma conduta bem aceitaque lesões menores que 1cm de diâmetro sejam adequadamentetratabordadas por ressecção local transanal ou en<strong>dos</strong>cópica, desdeque as margens sejam livres após avaliação histológica. A abordagemde pacientes com carcinóides maiores que 2 cm de diâmetro consistena ressecção retal anterior ou amputação abdominal de reto, apesarde alguns estu<strong>dos</strong> questionarem essa conduta. A abordagem de tumoresde 1-2cm de diâmetro é controversa. Alguns autores sugerem quepacientes com ulceração tumoral e invasão da muscular da mucosadevem ser submeti<strong>dos</strong> à cirurgia radical, visto que esses fatores seriamde pior prognóstico.PO036 - TUMOR FIBROSO SOLITÁRIO PARARRETAL -RELATO DE CASOJOSEANE CANTON; JOAQUIM HERBENIO COSTA CARVALHO;MAURICIO JOSE DE MATOS E SILVA; ANA PAULA CABRALDOURADO DE MATOS; MAURILIO TOSCANO DE LUCENA;ELTON CARLOS LEONARDO NOGUEIRA; BRUNO FREIREBORGES; ALINE DAVID SILVAHOSPITAL BARÃO DE LUCENA - HBL, RECIFE, PE, BRASIL.Resumo: TUMOR FIBROSO SOLITÁRIO PARARRETAL - RELATODE CASO. OBJETIVOS: Mostrar um caso de tumor fibroso solitário(TFS) pararretal, bem como a abordagem diagnóstica, estadiamentoe terapêutica instituída. Por tratar-se de uma neoplasia rara, decomportamento imprevisível, relatada esporadicamente, e tambémpor haver falta de protocolos sobre seu acompanhamento, relatamosaqui sobre esta neoplasia de partes moles. MATERIAIS E MÉTODOS:No mês de novembro do ano de 2011 foi iniciada investigação paraum caso de desconforto e dor tipo pontada em região retal comevolução de 06 meses. Tratava-se de uma paciente de 50 anos deidade, avaliada no serviço de coloproctologia. O exame físicoevidenciou tumoração sem sinais flogísticos em região pararretal,em altura de fossa ísquiorretal. Havia desconforto ao toque retal,sem abaulamento da parede do reto. A en<strong>dos</strong>sonografia anorretalmostrou lesão de 2,8 cm em seu maior eixo, bem delimitada,heterogênea, de baixa ecogenicidade, à altura da transição do retocom o canal anal, justaposta à parede póstero lateral esquerda,causando pequena deformidade da luz do reto baixo. Não foramobserva<strong>dos</strong> linfono<strong>dos</strong> ou estruturas vasculares comprometi<strong>dos</strong> e asestruturas musculares estavam preservadas. Realizada ressonâncianuclear magnética (RNM) pélvica que evidenciou lesão sólidapararretal de 2,9 cm, com relação com músculos elevadores do ânus,sem invasão <strong>dos</strong> mesmos. Ausência de comprometimento linfonodal.RESULTADOS: À extração cirúrgica, foi identificada tumoração sólida,regular, fibroelástica, encapsulada e de coloração rósea na regiãopararretal. O laudo anatomopatológico resultante foi de neoplasiasugestiva de tumor do estroma gastrointestinal (GIST), resultado quefoi complemementado por imunohistoquímica. (IHQ). A IHQevidenciou neoplasia com discretas atipias, focos de hemorragia semnecrose, ocasionais figuras de mitose (4/10 campos de grande aumento)e expressão positiva para o marcador CD34. Acha<strong>dos</strong> morfológicos ede IHQ de TFS. Negatividade para KIT e DOG1 descartaram apossibilidade de GIST. O acompanhamento ambulatorial transcorreucom tempo cirúrgico livre de doença de 07 meses. CONCLUSÕES: OTFS de região pararretal é incomum e devido à sua raridade,frequentemente pode mimetizar tumorações benignas. Os sintomasvariam de acordo com o sítio acometido, e geralmente os pararretaissão assintomáticos e acha<strong>dos</strong> incidentais. De acordo com a WHOclassification 2002, o comportamento biológico de agressividade doTFS é baseado no seu grau de diferenciação, no número de mitoses paracada 10 campos de grande aumento e na presença de necrose. Nestecaso foi considerado então, relacionada a potencial mais agressivo. ARNM é a modalidade de imagem de escolha para o estudo do TFSpararretal, bem como a IHQ é o exame laboratorial mais específico ede eleição para este diagnóstico.PO037 - TUMOR NEUROENDÓCRINO DE RETOTHOMAS GREEN MORTON GONÇALVES DOS SANTOS;BERNARDO ROSA SOUZA; MÁRCIO CUNHA FATURETO;EMERSON ABDULMASSIH WOOD SILVA; ELBER TADEURODRIGUES TORRES; LUCIANO RICARDO PELEGRINELLI;ALEXANDRE AUGUSTO GIOVANINI; CARLOS EDUARDOOLIVEIRA SODEROUFTM, UBERABA, MG, BRASIL.Resumo: Células neuroendócrinas são amplamente distribuídas porvários teci<strong>dos</strong> do corpo e, por esse motivo, neoplasias epiteliaisoriginárias destas células podem surgir na maioria <strong>dos</strong> órgãos. Aincidência anual <strong>dos</strong> tumores neuro-endócrinos (TNE)gastroenteropancreáticos é em torno de 0,001% a 0,004% de todasas neoplasias. ¹-³ Podem ser classificadas de acordo com a localização,funcionalidade , grau histológico e quanto a hereditariedade. Odiagnóstico pode ser clínico, laboratorial (Cromogranina A, Ácido5-hidroxi-3-indolacético urinário, serotonina plasmática) eradiológico (US,TC, PET-TC, RNM, Cintilografia com octreotidamarcada com In-111 ou MIBG I-123, en<strong>dos</strong>copia). A síndromecarcinóide se refere ao conjunto de sintomas decorrentes da liberaçãode hormônios ou peptídeos ativos na circulação pelos TNEfuncionantes. O único tratamento curativo é a ressecção cirúrgicacompleta e o prognóstico depende do sítio primário, do grauhistológico e de diferenciação e da possibilidade de ressecção.RELATO DE CASO: Homem de 59 anos, branco, 165 cm de altura,61 kg, natural e procedente de Conquista-MG. Estava em tratamentopara DII em outro serviço sem resposta, com quadro de dor retal,episódios de diarréia líquida (4/5 episódios dia), hematoquesia,tenesmo, hiporexia, astenia e perda ponderal cerca de 20 kg em 3meses. Ao exame físico: abdome semi-globoso, RHA+, hepatomegaliadolorosa, DB negativo. Toque retal com estenose em transição canalanal/reto e sangue em dedo de luva; anuscopia: mucosa retal friável,edemaciada e hiperemiada. CT evidenciando espessamento parietalconcêntrico e expansivo do reto, com extensão de 5,5 cm e estenoseluminal significativa, em íntimo contato com a parede posterior eassoalho vesical, linfadenomegalia pré-sacral, ilíaca e envolvimentoda fáscia peri-retal bilateral. Fígado com múltiplas imagens nodulareshipodensas menores que 2,3 cm com realce periférico anelar apóscontraste. Íleo e cólon normais à colonoscopia, porém, com mucosaretal edemaciada e espessada em toda sua extensão, em grande parteulcerada e coberta por fibrina. O anatomopatológico revelou: retocom neoplasia maligna de pequenas a médias células dispostas emninhos e cordões, compatível com tumor neuroendócrino de altograu. O estudo imuno-histoquímico complementar foi positivo paraSINAPTOFISINA, CROMOGRANINA A e MIB-1, compatível comtumor neuroendócrino de alto grau. Devido à gravidade do caso,extensão da invasão neoplásica e falta de condições clínicas foi optadopor transversostomia derivativa. Paciente foi encaminhado ao serviçooncológico de referência para seguimento.PO038 - TUMORES PRÉ-SACRAISRODRIGO GOMES DA SILVA; VINICIUS RODRIGUES TARANTONUNES; KELLY CRISTINA DE LACERDA RODRIGUES BUZATTI;56


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1ANA CAROLINA PARASSULO ANDRE; MAGDA MARIAPROFETA DA LUZ; ANTONIO LACERDA FILHOHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG,BRASIL.Resumo: Objetivos: As lesões pré-sacrais são bastante infrequentes ecompreendem um grupo heterogêneo de tumores. Estes podem serclassifica<strong>dos</strong> em congênitos ou adquiri<strong>dos</strong>, sendo que dois terços destaslesões são congênitas. Podem ser classificadas também de acordocom o tecido de origem: congênitos, neurogênicos, ósseos oudiversos. Usualmente são lesões benignas, mas podem s<strong>of</strong>rermalignização. Os pacientes, em geral, são assintomáticos ouapresentam sintomas inespecíficos. Por isso o diagnóstico é difícil etardio, e as lesões podem adquirir tamanho considerável. A ressecçãocirúrgica justifica-se pelo risco de se tratar de uma lesão maligna, deinfecção ou de atingir grandes proporções. O planejamento cirúrgicoé importante na determinação da abordagem a esses tumores, ouseja, se anterior (abdominal), posterior (perineal ou para-sacral) oucombinada. O objetivo deste trabalho é relatar uma série de quatrocasos de pacientes com lesões pré-sacrais que foram submetidas aotratamento cirúrgico pela equipe de coloproctologia do HC-UFMG.Materiais e Méto<strong>dos</strong>: Relato de série de casos pacientes do serviço deColoproctologia do Hospital das Clínicas da UFMG com tumor présacralque foram trata<strong>dos</strong> por ressecção cirúrgica nos últimos 5 anos.Resulta<strong>dos</strong>: To<strong>dos</strong> os pacientes relata<strong>dos</strong> são do gênero feminino. Aidade média é de 54 anos (de 33 a 83 anos). Todas se queixavam dedor abdominal inespecífica e crônica, exceto uma que se queixavador na região sacrococcígea. Em duas pacientes os exames de imagemevidenciaram lesão cística, e nas outras duas, evidenciou-se lesãoheterogênea. Em uma das pacientes a lesão invadia o sacro. Todas aspacientes foram submetidas à ressecção cirúrgica, sendo duas poracesso abdominal e duas por acesso posterior. Somente em uma daspacientes foi necessário realizar retossigmoidectomia e sacrectomiaassocia<strong>dos</strong> à ressecção da lesão. Uma das pacientes necessitou decuida<strong>dos</strong> intensivos no pós-operatório imediato. Duas pacientesevoluíram com infecção no pós-operatório, sendo uma infecção daferida operatória e outra com abscesso pélvico. Uma pacienteapresentou recidiva tardia da lesão. O exame anátomo patológicodas peças cirúrgicas evidenciou a heterogeneidade histológica:cordoma, adenocarcinoma, cisto tailgut e cisto epidermóide.Conclusões: Os tumores pré-sacrais são lesões raras e compreendemuma grande variedade de tipos histológicos, benignos ou malignos. Otratamento cirúrgico agressivo é indicado pelo risco de malignizaçãoe infecção. A abordagem cirúrgica deve ser planejada de acordo coma localização, o tamanho e as características da lesão.- DISTURBIOS FUNCIONAIS -PO039 - BIOFEEDBACK-TERAPÊUTICA NA CONSTIPAÇÃOINTESTINAL POR ANISMUSFERNANDO PINHEIRO ORTEGA 1 ; GUSTAVO ALEJANDROGUTIERREZ ESPINOZA 2 ; LUCIANE HIANE OLIVEIRA 2 ; SÉRGIOOLIVA BANCI 2 ; JOAQUIM SIMOES NETO 2 ; ODORINOHIDEYOSHI KAGOHARA 2 ; JOSE ALFREDO REIS JUNIOR 2 ; JOSÉALFREDO DOS REIS NETO 21.CLÍNICA REIS NETO - SP, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.CLINICAREIS NETO, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: Anismus ou contração paradoxal do assoalhopélvico representa uma das causas de constipação intestinal crônicapor obstrução da via de saída. As funções da musculatura pélvicarequerem uma série de interações complexas entre os componentesviscerais e somáticos da região, coordena<strong>dos</strong> pelos mecanismosreflexos e voluntários. A reeducação da coordenação através dotreinamento de bi<strong>of</strong>eedback, estimula a normalização das pressões efunções reto anais, portanto melhorando a dinâmica evacuatória. Opaciente obtém auto-controle sobre as funções do organismo,reconhecendo a resposta fisiológica da musculatura, que pode sercontrolada pelo paciente, resultando em evacuações efetivas.Objetivo: Demonstrar a importância do bi<strong>of</strong>eedback no tratamentode pacientes com constipação intestinal crônica secundária àcontração paradoxal da musculatura anal (anismo). Material eméto<strong>dos</strong>: São estuda<strong>dos</strong> 10 pacientes com queixa de constipaçãointestinal crônica e diagnóstico de anismo, demonstrado por examede manometria anorretal de 08 canais, submeti<strong>dos</strong> a tratamento deBi<strong>of</strong>eedback no laboratório de fisiologia anorretal da Clínica ReisNeto. As sessões de Bi<strong>of</strong>eedback foram realizadas com o paciente emdecúbito lateral esquerdo, através da introdução pelo ânus de umasonda que contém um sensor de pressão e um balão de látex em suaextremidade. A sonda é posicionada de maneira que o sensor de pressã<strong>of</strong>ique ao nível no canal anal e o balão de látex da extremidade nointerior do reto. Em seguida, com o paciente visualizando em ummonitor as variações de pressão no canal anal e no reto, é feito otreinamento específico para cada caso. Foram realizadas sessõessemanais de 30 minutos que se estenderam conforme a necessidadeindividual de cada paciente. Resulta<strong>dos</strong>: Dos 10 pacientes avalia<strong>dos</strong>,todas do sexo feminino e idade média de 36 anos, 01 apresentoumelhora completa <strong>dos</strong> sintomas com apenas uma sessão deBi<strong>of</strong>eedback, evoluindo de evacuações semanais para evacuaçõesdiárias sem esforço. 06 necessitaram de apenas três sessões paraconsiderarem sua melhora como sendo de 100%. 02 referiram melhorasignificativa <strong>dos</strong> sintomas após a quinta sessão, porém com esforçoevacuatório eventual na dependência da consistência das fezes. 01paciente ainda em acompanhamento após a sétima sessão, pois apesarda melhora clinica referida pela mesma, ainda se observa dificuldadede relaxamento adequado da musculatura anorretal. Conclusão: OBi<strong>of</strong>eedback é um método eficiente no tratamento da constipaçãocrônica por anismo, com resulta<strong>dos</strong> favoráveis à curto prazo, alémde ser um método indolor e bem tolerado.PO040 - COLECTOMIA ESQUERDA NO TRATAMENTOCIRÚRGICO DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA -RELATO DE CASO DO SERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIADO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DECURITIBAEDIALA KOSMA PIRES DE OLIVEIRA AURICHIO; MARIANAMIKA DE SOUSA UEMA; JOSÉ EMILIO MENEGATTI;GUILHERME CANFIELD; RICARDO RYDYGIER DE RUEDIGER;SARA MERLIN MASCHIETTO; JOSÉ ANDERSON FEITOZA;ANTONIO SERGIO BRENNERHOSP. UNVERSTARIO EVANGELCO DE CURITIBA, CURITIBA,PR, BRASIL.Resumo: Introdução: A constipação intestinal é uma doença muitoprevalente. Em clinicas especializadas a incidência varia de 40-50%como queixa principal ou secundaria. A constipação freqüentementeé multifatorial.Objetivo: Avaliar indicação cirúrgica e evolução pósoperatória do paciente submeti<strong>dos</strong> à colectomia esquerda para otratamento da constipação intestinal crônica.Método: Estudoretrospectivo realizado por meio do levantamento de prontuário depaciente submeti<strong>dos</strong> à ressecção cirúrgica do cólon no tratamento daconstipação intestinal crônica no HUEC em 2012.Caso: L.S., 55 a.,57


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1feminina, natural e residente de Ctba., procurou o serviço decoloproctologia do HUEC por queixas de constipação crônica há 4anos.Queixava se de dores abdominais de repetição que aliviavamcom a defecação. Havia feito uso de laxantes abusivamente duranteeste tempo, entretanto continuava com evacuações irregulares efezes petrificadas. Na história mórbida pregressa referiu ser hipertensa,diabética há 2anos e portadora de fibromialgia. Negou cirurgiasprévias. Usava cloridrato de metadona 10mg 6/6hrs, metformina 1cp/dia, Enalapril 10mg 12/12hrs, furosemida 40mg/dia, anlodipina5mg 12/12hrs.Ao exame físico do abdome e exame proctológiconormais. O Rx de trânsito intestinal mostrou lentificação do trânsitocom contraste baritado atingindo íleo distal apenas 6hrs após suaingestão. No enema opaco foi visualizada diminuição de haustraçõesem transverso e ascendente. Apresentou 100% <strong>dos</strong> marcadores detrânsito colônico reti<strong>dos</strong> no colo. A colonoscopia, ultra-som deabdome total e leucometria não apresentaram alterações.Diagnosticada com inércia colônica idiopática. Realizou umacolectomia esquerda videolaparoscópica. Após a alta, reinternou no10º pós-operatório diagnosticado fístula colo-cutânea. Foi optadopor tratamento clínico pela paciente estar em bom estado geral epor se tratar de uma fistula orientada e de baixo débito (


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Resumo: Introdução: Nos últimos anos ocorreram grandes avançosno estudo e compreensão da fisiologia anorretal, proporcionandomelhores diagnósticos e com isso avanço no tratamento <strong>dos</strong> distúrbiosdo assoalho pélvico. As alterações do assoalho pélvico constituemum grupo heterogêneo de patologias, e sua avaliação pode ser realizadacom auxílio da manometria anorretal. Este exame permite umaavaliação objetiva e quantitativa da musculatura esfincteriana,proporcionando uma série de informações relacionadas com a funçãoanorretal, sendo um método ideal para avaliar casos de incontinênciae constipação intestinal. Objetivo: Objetivo deste estudo é de avaliaro perfil de pacientes estuda<strong>dos</strong> com exame de Manometria anorretalno Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG). Méto<strong>dos</strong>: Tratasede um estudo retrospectivo, de pacientes consecutivos, submeti<strong>dos</strong>ao exame de Manometria anorretal no HUGG no período de Fevereirode 2011 a maio de 2012. Foram realiza<strong>dos</strong> 135 exames, sendopacientes do sexo feminino 86 (64%), média de idade de 54 anos,comorbidades associadas: 13(9%) Hipertensão arterial, 17(12%)Diabete Mellitus, 1 (0.7%) Polimiosite e 1( 0,7%) Hipertireoidismoe sem comorbidades 77,6% <strong>dos</strong> pacientes. Principais pedi<strong>dos</strong> de exame:Incontinência fecal (52%), Constipação intestinal (20%), disquezia(12%), Reconstrução de trânsito (7%), Fissura anal (6%), síndromedo intestino irritável (2%) e doença de Hisprung (1%). Resulta<strong>dos</strong>:Incontinência fecal (44% (leve -42% . moderada -51%, grave -7%)), Anismo (18%), Normal(16%), Megareto (13%), Hipertoniaesfincteriana (9%). Entre os pacientes incontinentes o índice deJorge & Wexner testado teve uma média de 6.Entre os pedi<strong>dos</strong> deincontinência 72% confirmou resultado, 13% exame normal, 9%Anismo e 6% Megareto. Entre os pedi<strong>dos</strong> de constipação 33% Anismo,33% Megareto, 22% normal e 12% Hipertonia esfincteriana.Conclusão: Os distúrbios do assoalho pélvico representam um grupoheterogêneo de patologias. A correlação clínico laboratorial é essencialna avaliação destes distúrbios. Nenhum exame isoladamente é definidorde diagnóstico definitivo, no entanto a manometria anorretal tornaseum estudo que ajuda a orientar o médico assistente na condutaperante as queixas apresentadas por seus pacientes.PO044 - IMPACTO DO TREINAMENTO PERINEAL ATRAVÉSDO BIOFEEDBACK EM PACIENTES COM CONSTIPAÇÃOSEM ANISMUSDORYANE MARIA DOS REIS LIMA 1 ; GUSTAVO KURACHI 2 ;DAYANNE ALBA CHIUMENTO 1 ; LARISSA SOKOL ROTTA 1 ;CAROLYNE DONEDA SILVA SANTOS 2 ; MARCIELI SCHUSTER 2 ;KELLI RIZZARDI 2 ; UNIVALDO ETSUO SAGAE 31.FACULDADE ASSIS GURGACZ, CASCAVEL, PR, BRASIL;2.GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA, CASCAVEL, PR, BRASIL;3.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ,CASCAVEL, PR, BRASIL.Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a importânciado bi<strong>of</strong>eedback imediato em pacientes portadores de constipaçãointestinal sem animus. Método: No período de Janeiro de 2011 aJulho 2012, foram avaliadas prospectivamente e tratadas 45 pacientes,com quadro de constipação intestinal diagnosticadas pela históriaclinica e avaliada pelo escore de Wexner, eletromanometria anorretale colonoscopia, após encaminhada ao tratamento fisioterapêutico.O tratamento fisioterapêutico foi realizado através do aparelho debi<strong>of</strong>eedback eletromiográfico Miotool 400. O tratamento basean<strong>dos</strong>eno protocolo de Kegel que consistiu em 4 fases: 1 - Contração de10 vezes a Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP), da forma maisforte e rápida possível, descansando apenas 1 segundo entre cadacontração (5 repetições). 2 - Contração da MAP o mais forte possívelpor 3 segun<strong>dos</strong>, descansando por 3 segun<strong>dos</strong> (10 repetições). 3-Contração da MAP o mais forte possível por 5 segun<strong>dos</strong>, descansandopor 5 segun<strong>dos</strong> (10 repetições). 4 - Contração da MAP o mais fortepossível por 10 segun<strong>dos</strong>, descansando por 10 segun<strong>dos</strong> (5 repetições).Associa<strong>dos</strong> ao treinamento perineal, todas as pacientes tiveramorientação higiênico-dietética com relação ao aumento da ingestahídrica e consumo de fibras insolúveis e postura correta para evacuar.O numero de sessões variou de 6 a 15 sessões (média 10,28). Aspacientes foram orientadas e incentivadas a realizarem exercíciosdomiciliares de 25 contrações fortes e rápidas 3 vezes ao dia duranteo tratamento e ao seu término. Ao final do tratamento foi reaplicadoo protocolo de Wexner. Resulta<strong>dos</strong>: O estudo foi composto de 45pacientes, 41 (91%) do sexo feminino. A média de idade foi 50,95anos (27 a 73). Dessas, 27 (60%) tiveram partos vaginais, 12 (27%)algum tipo de cirurgia orificial e a média do tempo de constipação foide 17,75 (1ano a 69 anos). Dezoito (40%) pacientes apresentavamincontinência urinária associa<strong>dos</strong> no pré-bi<strong>of</strong>eedback e 5 (11%) nopós bi<strong>of</strong>eedback, 23 (51%) pacientes apresentavam soiling no prébi<strong>of</strong>eedbacke 7 (15%) no pós bi<strong>of</strong>eedback. O escore de constipaçãona avaliação foi de 14,31 (8 a 22) e no pós-tratamento foi de 3,2 (1a 7). Com p: 0,0001 pelo Teste t student. Conclusão: Conclui-se queo treinamento perineal através do bi<strong>of</strong>eedback teve melhora noquadro de constipação intestinal em pacientes sem anismus, ressaltasetambém a evolução no quadro de incontinência urinária associada,assegurando a essa técnica as vantagens de ser eficaz, indolor e debaixo custo.PO045 - MANOMETRIA ANORRETAL NA CONSTIPAÇÃOINTESTINAL CRÔNICAFERNANDO PINHEIRO ORTEGA; GUSTAVO ALEJANDROGUTIERREZ ESPINOZA; LUCIANE HIANE OLIVEIRA; SÉRGIOOLIVA BANCI; JOAQUIM SIMOES NETO; ODORINO HIDEYOSHIKAGOHARA; JOSE ALFREDO REIS JUNIOR; JOSÉ ALFREDO DOSREIS NETOCLINICA REIS NETO, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A constipação intestinal crônica está entre asqueixas mais comuns no consultório de proctologia, não épropriamente uma doença, mas sim um sintoma que pode ser originadode vários distúrbios intestinais ou extraintestinais, sendo assim hánecessidade de cuida<strong>dos</strong>a investigação para estabelecimento dodiagnóstico. Este depende da integração de um anamnese bem feita,um bom exame físico e investigações fisiológicas adequadas. Nessecontexto a manometria anorretal apresenta-se com um exame objetivoque contribui na avaliação das disfunções do assoalho pélvico presenteprincipalmente nos pacientes com constipação do tipo bloqueiodefecatório. Objetivo: Demonstrara a importância da manometriaanorretal na avaliação de pacientes com constipação intestinalcrônica. Material e méto<strong>dos</strong>: Avaliação retrospectiva de 190 pacientescom queixa de constipação intestinal crônica, submeti<strong>dos</strong> àmanometria anorretal na Clínica Reis Neto no período de janeiro de2008 a janeiro de 2012. Não houve distinção quanto à idade, sexo eraça. O exame foi realizado com o paciente em decúbito lateraldireito, através da introdução pelo ânus de uma sonda de perfusãocontinua de 08 canais circulares que contém um balão de pressão emsua extremidade, obtendo-se assim da<strong>dos</strong> referentes às pressões docomplexo esfincteriano anal. Resulta<strong>dos</strong>: Total de 190 pacientessendo 151 (79,5%) do sexo feminino e 39 (20,5%) do sexo masculino,idade média de 46 anos. 50 pacientes referiram dor anal associada àqueixa de constipação. Pressão média de repouso de 76,35 mmHg ,pressão média de contração de 149,2 mmHg, ambos dentro <strong>dos</strong> limites59


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1da normalidade. 116 (61%) pacientes com ausência de relaxamento aoestudo do esforço evacuatório, <strong>dos</strong> quais 98 (84,5%) apresentaramreflexo paradoxal. Reflexo inibitório reto-anal presente em to<strong>dos</strong> ospacientes, valores médios de sensibilidade mínima, urgência defecatória,volume máximo tolerado e complacência retal de 56, 112, 210 e 7 mlde pressão de ar, respectivamente. Conclusão: A manometria anorretalé um método objetivo e eficiente na avaliação inicial de pacientes comconstipação intestinal crônica, importante na identificação dealterações do relaxamento ao esforço evacuatório (anismus).PO046 - MANOMETRIA ANORRETAL: ANÁLISE DO PERFILDE PACIENTES DO SERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DOHOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOSISABEL CRISTINA DE CARVALHO COSTA; DANIELA ROCHADE ALMEIDA; IZABELLA GONÇALVES CARNEIRO; LIANEVANESSA ZACHARIADES SANTOS GOES; ROBERTO DE SOUZAMENDONÇA; ANTONIO CARLOS MOREIRA DE CARVALHOHOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Introdução: A manometria anorretal é um método deinvestigação funcional da motilidade anorretal e quando associada ada<strong>dos</strong> clínicos, constitui um método adequado para quantificar aspressões de repouso e de contração do esfíncter anal. Objetivo: Avaliara patologia mais incidente e os da<strong>dos</strong> epidemiológicos <strong>dos</strong> pacientesque realizaram manometria anorretal no Hospital Geral RobertoSantos no período de janeiro de 2010 a Dezembro de 2011. Méto<strong>dos</strong>:Foram colhi<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> de 169 pacientes que realizaram manometriaanorretal no serviço do Hospital Geral Roberto Santos, através deum questionário realizado antes do exame, no período de janeiro de2010 á dezembro de 2011. As manometrias foram realizadas com oaparelho Alacer de perfusão com 8canais radiais. Resulta<strong>dos</strong>: Dos169 pacientes avalia<strong>dos</strong>, 121 eram do sexo feminino e 48 do sexomasculino. A média de idade <strong>dos</strong> paciente foi de 48,2 anos. Aincontinência foi a queixa mais comum (41 pacientes), seguido pordor anal (26 pacientes), fissura anal (25 pacientes), constipação (24pacientes), fistula anal (22pacientes), doença hemorroidária (19pacientes), prolapso retal (8 pacientes), prurido e soiling (amboscom 2 pacientes). Cento e dezesseis pacientes não apresentavamcirurgia orificial prévia, mas 20 pacientes realizaramhemorroidectomia, 10 realizaram fissurectomia, 7 fistulectomia, 6drenagem de abscesso anorretal, 3 realizaram correção de prolapsoretal, 1 retossigmoidectomia e 1 desbridamento devido a síndromede Fournier. Discussão:A manometria anorretal é um exame utilizadopara o diagnóstico de afecções como a incontinência fecal e algumasformas de constipação intestinal, assim como no acompanhamentopós-cirúrgico de algumas doenças pélvicas e anorretais. É uma técnicadiagnóstica das afecções anorretais, caracterizada por aferição eregistro gráfico de pressões de reto e canal anal em diferentesmomentos do processo de defecação. A manometria anorretalassociada intimamente a testes de sensibilidade, capacidade ecomplacência retal, assim como monitorização gráfica do esforçoevacuatório e reflexo inibitório reto anal, além do teste de expulsãodo balão intra retal, constitui o pilar básico da avaliação funcional deafecções ano-reto-cólicas, sendo justificada uma utilização maisfrequente em detrimento de exames mais complexos e dispendiosospara análise funcional do assolho pélvico.Conclusão: Aincontinência anal constituiu a queixa mais prevalente nos pacientesque realizaram manometria anorretal no nosso serviço. Os pacientesdo sexo feminino também foram maioria. É necessária umapadronização <strong>dos</strong> serviços, para que mais estu<strong>dos</strong> comparativospossam ser realiza<strong>dos</strong>.PO047 - O VALOR DO ÍNDICE DE FADIGA ESFINCTERIANONA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO BIOFEEDBACKELOISA RONCARATTI; JOSÉ MARCIO NEVES JORGE; PATRICIOBERNARDO LYNN; ANGELITA HABR GAMAINSTITUTO ANGELITA GAMA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O bi<strong>of</strong>eedback representa opção terapêuticaútil e bastante utilizada no tratamento da incontinência anal, porémos mecanismos de ação e parâmetros fisiológicos de melhora sãoainda pouco conheci<strong>dos</strong> e controversos. O Índice de FadigaEsfincteriano (IFE) tem sido recentemente incorporado na avaliaçãomanométrica anorretal, porém não existe na literatura avaliação<strong>dos</strong> efeitos da bi<strong>of</strong>eedbackterapia neste parâmetro. O objetivo desteestudo é avaliar os resulta<strong>dos</strong> clínicos e manométricos do bi<strong>of</strong>eedback,e especificamente entre os parâmetros manométricos, avaliar o Índicede Fadiga Esfincteriano (IFE) como parâmetro objetivo da respostaclínica ao tratamento com o bi<strong>of</strong>eedback. Método: Foram incluí<strong>dos</strong>pacientes consecutivos submeti<strong>dos</strong> ao tratamento de incontinênciaanal pelo bi<strong>of</strong>eedback no Instituto do Aparelho Digestivo, em SãoPaulo. Os prontuários clínicos foram revisa<strong>dos</strong> retrospectivamentecoletando da<strong>dos</strong> referentes aos antecedentes pessoais e causa daincontinência. A gravidade da incontinência foi avaliada utilizan<strong>dos</strong>eo Indice de Incontinência da Cleveland Clinic (II) antes e apósdois meses do tratamento. To<strong>dos</strong> os pacientes realizaram pelo menostrês sessões de bi<strong>of</strong>eedback, com intervalo de pelo menos uma semanaentre as sessões. Em cada sessão, foram realiza<strong>dos</strong> 30 minutos deexercícios treinando a contração voluntária e a sensibilidade retal. OIFE, medida calculada (em minutos) do tempo necessário para que oesfíncter fique totalmente fatigado alcançando uma pressãoequivalente à pressão de repouso, foi calculado no início e final decada sessão de bi<strong>of</strong>eedbackterapia. Os valores do II e do IFE iniciaise finais foram compara<strong>dos</strong> para determinar quais foram os pacientesque apresentaram melhoras <strong>dos</strong> mesmos. Finalmente foram calcula<strong>dos</strong>os parâmetros considerando a melhora do IFE como parâmetro capazde predizer melhora do II. Resulta<strong>dos</strong>: Desde Março 2011 até maio2012, 21 pacientes foram trata<strong>dos</strong> com bi<strong>of</strong>eedback por incontinênciafecal em um centro privado de São Paulo. A mediana de idade foi de64 anos (15-80) e dezesseis pacientes (76%) foram de sexo feminino.Seis (28%) pacientes apresentaram antecedente de cirurgia orificial,10 (47%) referiram antecedente de parto vaginal e três (14%)apresentaram incontinência urinária associada. A mediana de tempode evolução da incontinência anal foi de 24 meses (6-120). O valormédio do II antes do tratamento foi de 9.4 (1-17), o pós tratamento,foi de 5,6 (0-15). O valor médio do IFE inicial da primeira sessão dasérie foi de 1,35 (0,2-3,7) e o do IFE final foi de 1,86 (0,5-5,8). Nototal 15/20 (75%) pacientes apresentaram melhora do IFad após otratamento e 11/17 (64%) apresentaram melhora do II durante omesmo período. A elevação do IFE foi capaz de predizer melhoraclínica com sensibilidade de 77%, especificidade de 25%, valorpreditivo positivo de 77%, valor preditivo negativo de 25%. Aacurácia geral do m.PO048 - SÍNDROME DA CONTRAÇÃO PARADOXAL DOMÚSCULO PUBORRETAL: RELATO DE CASOFERNANDO BRAY BERALDO 1 ; MARCELO PAIVA OLIVEIRA 2 ;EDUARDO HENRIQUE ROSSI SIMÕES 2 ; HUMBERTO POZZIFASOLIN 1 ; SAULO ROLLEMBERG CALDAS GARCEZ 1 ; JOÃOPAULO BARRETO DA CUNHA 1 ; PAULO HENRIQUE OLIVEIRADE SOUZA 1 ; GILMARA SILVA AGUIAR YAMAGUCHI 11.IAMSPE/HSPE, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.HMASP, SAOPAULO, SP, BRASIL.60


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Resumo: INTRODUÇÃO: A síndrome da contração paradoxal domúsculo puborretal é uma das entidades componentes da síndrome doelevador do ânus, que representa um espectro de diferentes síndromesdolorosas da pelve, como, por exemplo, a síndrome do músculopiriforme, síndrome do diafragma pélvico espástico, coccigodinia eproctalgia fugaz. RELATO DO CASO: Paciente G.P.D., feminino,43 anos, sem comorbidades, com queixa de dor perineal há dois anos,em peso, constante, com melhora fugaz com uso de anti-inflamatório.Apresentava hábito intestinal constipado e esforço evacuatório etempo médio de evacuação há 10 minutos, com sensação de evacuaçãoobstruída. Ao exame proctológico apresentava cicatriz prévia dehemorroidectomia, toque retal com esfíncter normotômico econtração máxima normal, músculo puborretal tenso e doloroso àpalpação, principalmente à esquerda. Anuscopia com pequena retocelee retossigmoi<strong>dos</strong>copia rígida até 20cm sem alterações. Colonoscopiacompleta, sem alterações. Ressonância magnética de pelve combobina endoanal apresenta pequena área fibrótica em topografia deesfíncter interno na parede posterior direita. Manometria andoanalnormal. Cinedefecografia revela eixo anorretal preservado,mobilidade anorretal preservada em repouso e às manobras decontração, relaxamento inadequado do músculo puborretal, resíduopós-evacuatório preservado, abertura do canal preservada, tempoevacuatório preservado. Confirmada hipótese de contração paradoxaldo músculo puborretal e realizado tratamento clínico com sessões debi<strong>of</strong>eedback, uso de gabapentina, ciclobenzaprina e calor local.Paciente evoluiu com melhora importante das queixas e segue emacompanhamento ambulatorial. DISCUSSÃO: A síndrome decontração paradoxal do músculo puborretal afeta principalmentemulheres e se apresenta com queixa de dor retal intensa, agonizante,principalmente à esquerda, não relacionada à evacuação, ainda quepossa ser exacerbada pela mesma. Comumente estes pacientes passammuito tempo assenta<strong>dos</strong> no vaso sanitário, seja fazendo esforçoevacuatório, com diarréia ou lendo. Outros fatores incluem parto,cirurgia pélvica, distúrbios psiquiátricos e intercurso sexual. O examefísico geralmente é inconclusivo e o tratamento primário consisteem instruções para evacuação, massagem local, combinada calorlocal e diazepam. Bi<strong>of</strong>eedback, sendo a estimulação eletrogalvânicaatravés de sonda retal, e injeção transanal de triancinolona tambémrepresentam alternativas.- DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL -PO049 - CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA ASSOCIADA ARETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICAMAURILIO TOSCANO DE LUCENA; MAURICIO JOSE DEMATOS E SILVA; JOSEANE CANTON; ANA PAULA CABRALDOURADO DE MATOS; BRUNO FREIRE BORGES; ELTONCARLOS LEONARDO NOGUEIRA; ALINE DAVID SILVA;PAMELA LEAO VIANAHOSPITAL BARÃO DE LUCENA, RECIFE, PE, BRASIL.Resumo: Introdução. A associação entre doença inflamatória intestinal(DII) e anormalidades hepatobiliares é bem definida. 5% <strong>dos</strong>portadores de DII desenvolvem hepatopatia. Apenas 14 casos deretocolite ulcerativa inespecífica (RCUI) em associação com cirrosebiliar primária (CBP) foi relatado na literatura de língua inglesa até omomento. É relatado um caso de um paciente que desenvolveu CBPdurante o curso de uma RCUI. Caso Clínico. J.C.S., masculino, 45anos, com queixas de diarréia mucossanguinolenta, dor abdominal efístulas perianais há +/- 7 anos. As colonoscopias e biópsias, foramsugestivas de colite inespecífica em atividade. Realizou-se fistulotomiaanal em 2 tempos e tratamento medicamentoso com sulfassalazina,metronidazol, corticóides e terapia biológica (Infliximab), semmelhora significativa. A última colonoscopia evidenciava estenoseem cólon descendente cuja biópsia era sugestiva de colite crônicaativa inespecífica e displasia epitelial moderada. Realizou-secolectomia total + ileorretoanastomose por videolaparoscopia.Observou-se um fígado de aspecto macronodular. A microscopia foisugestiva de RCUI em atividade comprometendo todo o cólon comdisplasia epitelial de baixo grau. A biópsia hepática foi sugestiva decirrose biliar. O paciente evoluiu com dor e distensão abdominalassociada a parada na eliminação de gases e fezes, sendo evidencia<strong>dos</strong>inais de vazamento da anastomose na tomografia computadorizada.Procedeu-se à laparotomia exploradora + ileostomia de desvio emalça e drenagem da pelve. O paciente apresentou no pós-operatórioicterícia, colúria, elevação do INR e de TGO/TGP. Acolangiorressonância evidenciou dilatação das vias biliares intra eextra-hepáticas. Discussão. A CBP é uma doença auto-imunecaracterizada pela inflamação crônica com destruição e obliteração<strong>dos</strong> ductos biliares intra-hepáticos e infiltração linfoplasmocitária<strong>dos</strong> espaços portais, com subsequente colestase e progressão paracirrose biliar. A alteração mais importante é a presença de anticorposcirculantes anti-mitocôndria, encontrado em até 95% <strong>dos</strong> pacientes.O tratamento padrão da CBP é o ácido ursodesoxicólico, que melhoraa sobrevida, porém não impede a progressão da doença para cirrosee insuficiência hepática. A CBP isolada afeta predominantementemulheres entre 40 e 60 anos, com uma relação mulher:homem de9:1; ao contrário, quando existe a associação com RCUI, o númerode mulheres acometidas em relação aos homens é menor, além d<strong>of</strong>ato de serem afetadas numa idade mais precoce. A RCUI associada aCBP se manifesta mais frequentemente como proctite ou colite dolado esquerdo e na forma leve, antecedendo o diagnóstico de CBP emvários anos. No presente relato de caso, ao contrário do observadona literatura, a doença ocorreu num homem com pancolite ealterações displásicas. Conclusão. A associação CBP x RCUI éextremamente rara, devendo-se considerar a sua presença empacientes portadores de RCUI com alterações hepatobiliares.PO050 - COLITE PÓS-COLOSTOMIA EM PACIENTE COMDOENÇA DE CROHN PERINEAL. RELATO DE CASO EREVISÃO DA LITERATURACARLOS HENRIQUE MARQUES DOS SANTOSCONSULTÓRIO, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL.Resumo: Relato do caso: Paciente do gênero feminine, 21 anos, comdiagnóstico de Doença de Crohn (DC) desde os 16 anos. Iniciou oquadro com doença perineal extensa sem evidências de envolvimentoproximal, apresentando grande melhora progressiva comimunussupressor. Houve recorrência apos dois anos, iniciando-se entãoInfliximabe com resposta parcial, mas houve necessidade decolostomia devido ao processo inflamatório debilitante do períneo,evoluindo então com melhora completa do quadro. A pacientepermaneceu tratada com Infliximabe, e após alguns meses apresentouhérnia paracolostômica, prolapso da colostomia e dermatiteparaostomal. Realizou-se colonoscopia que demonstrou doença ativaem colo descendente. Optou-se então por hemicolectomia esquerdae anastomose primária associada a ileostomia em alça, já que aslesões perineais persistiam e as condições de higiene da pacienteeram precárias, inviabilizando que a mesma permanecesse sem estoma.DISCUSSÃO: Evans et al.1 relataram três casos de pacientes comdoença de Crohn (DC) e dificuldades com o estoma relaciona<strong>dos</strong> a61


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1excesso de panículo adiposo e hérnia paracolostômica. Os três foramtrata<strong>dos</strong> por abdominoplastia e reposicionamento do estomaapresentando bons resulta<strong>dos</strong>. Embora o comprometimento perianalocorra em aproximadamente um terço <strong>dos</strong> pacientes com DC e oenvolvimento cutâneo possa ser encontrado em 22% a 44%,manifestações genitais são extremamente raras. Além disso, quandopresentes tais lesões costumam ocorrer após manifestação intestinale não as precedendo como ocorreu nesta paciente2. Em tais situações,além do tratamento convencional com corticosteróides, antibióticos,imunossupressores e terapia biológica, a realização de um estoma édescrita como opção salvadora por muitos autores1-4. A despeitodas inquestionáveis vantagens do desvio fecal em pacientes comgrave comprometimento genital e perianal, há que se considerartambém o alto índice de complicações destes procedimentos. Postet al.5 demonstraram que a principal indicação de estoma empacientes com DC foi a doença genital e fístulas peri-anais e que oíndice de complicações <strong>dos</strong> estomas foram de 31% versus 5% paracolostomias e ileostomias, respectivamente. A paciente do casoacima exposto apresentou complicações de colostomia e optou-sepela realização então de uma ileostomia, levando-se em conta aintenção de evitarem-se novas complicações. Estes autoresavaliaram 746 pacientes com DC trata<strong>dos</strong> cirurgicamente ten<strong>dos</strong>ido realiza<strong>dos</strong> 227 estomas e concluíram que os principais fatoresrelaciona<strong>dos</strong> a um estoma permanente são inflamação retal, fístulasou abscessos perianais e ausência de envolvimento de intestinodelgado5,6. Ainda segundo Posta t al.5, a chance de fechamento deestomas em pacientes com DC são de 79% quando feitos apóscomplicações cirúrgicas, 75% quando para proteção anastomóticae cai drasticamente para 40% para envolvimento perianal ou genital,caso da paciente deste ar.PO051 - COMPLICAÇÕES RELACIONADAS ÀS FÍSTULASPERIANAIS EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN:EXPERIÊNCIA DE TRÊS ANOS DO SERVIÇO DECOLOPROCTOLOGIA DO HOSPITAL EVANGÉLICO DECURITIBAEDIALA KOSMA PIRES DE OLIVEIRA AURICHIO; TIAGOFERREIRA DE OLIVEIRA; JOSÉ EMILIO MENEGATTI;GUILHERME CANFIELD; RICARDO RYDYGIER DE RUEDIGER;SARA MERLIN MASCHIETTO; JOSÉ ANDERSON FEITOZA;RUBENS VALARINEHOSP. UNVERSTARIO EVANGELCO DE CURITIBA, CURITIBA,PR, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Doença de Crohn (DC) é uma doençainflamatória intestinal. Sua inflamação apresenta um caráter crônicoe recidivante, com uma resposta inflamatória resultante da interaçãode fatores imunológicos, genéticos e ambientais. A fístula perianalé comum quando a doença está localizada no intestino grosso,especialmente no reto. A ocorrência da fístula resulta em morbidadesignificativa, isso acontece devido à ocorrência de sepse,incontinência e necessidade de tratamento cirúrgico, este que muitasvezes necessita ser repetido devido aos eleva<strong>dos</strong> índices derecorrências. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é identificarno serviço de coloproctologia do HUEC, os pacientes com fístulaperianal em Doença de Crohn, levantando a prevalência derecorrência e incontinência associada ao tratamento cirúrgico dessasfístulas, fistulectomia. MATERIAL E MÉTODOS: Estudoretrospectivo de 182 prontuários de pacientes submeti<strong>dos</strong> àfistulectomia no HUEC num período de três anos, no período de2009 a 2011. Foram escolhi<strong>dos</strong>, a partir <strong>dos</strong> 182 pacientes, seispacientes seguindo os critérios de inclusão: Pacientes com idademaior que 18 anos, com diagnóstico de de Crohn e que estão emacompanhamento ambulatórial. Sendo avalia<strong>dos</strong> os índices derecorrência e incontinência nesses pacientes. Os resulta<strong>dos</strong> foramsubmeti<strong>dos</strong> a testes estatísticos. RESULTADOS: No presente estud<strong>of</strong>oram coleta<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> de seis pacientes (Tabela 1), sendo cincomulheres (83%) e um homem (17%). A idade de diagnóstico dessespacientes variou de 20 a 41 anos, tendo uma mediana de 34, médiade 31,3 anos com desvio padrão de 7.10. O tempo da doençavariou de 11 meses até 13 anos, mediana de 8,5, média de 7,6, comdesvio padrão de 4,38. O tempo médio decorrido pós-diagnósticoda DC para realização do procedimento cirúrgico foi de 12, 6 meses,mediana de 12 meses e desvio padrão de 2,94. A recorrênciaapresentou-se em 50% <strong>dos</strong> pacientes, assim como a incontinência.Já a estenose apresentou-se em 33% <strong>dos</strong> pacientes, sendo que opaciente do sexo masculino foi poupado em todas as situações.Prevalência das complicações concomitantes com a fístula(Gráfico1).Foram acha<strong>dos</strong> três hemorroidas (30%), duas fissurasanais (20%), uma úlcera anal (10%), um pólipo de cólon (10%) eum pseudopólipo (10%). Essas complicações estiveram presentesapenas nos pacientes do sexo feminino, sendo que o paciente <strong>dos</strong>exo masculino não apresentou quaisquer das outras eventualidadesestudadas neste trabalho. Houve fístula reto-vaginal em duas dascinco pacientes. Encontrou-se recorrência na Doença de Crohnsimilares à prevalência mundial. Diferente da incontinência quemostrou-se índices eleva<strong>dos</strong> quando comparado à literatura.CONCLUSÃO: Concluiu-se que a recorrência e a incontinênciacontinuam a ser um <strong>dos</strong> grandes problemas da doença de Crohn emfístula perianal quando submeti<strong>dos</strong> à fistulectomia. No entanto,nosso estudo mostra que ambas complicações não necessariamentepossuem proporcionalidade.PO052 - CONCOMITÂNCIA DE ADENOCARCINOMA,TUMOR CARCINÓIDE E DOENÇA DE CROHNMARIA FERNANDA ZUTTIN FRANZINI; PATRÍCIA ROMEROPRETE; MARÍLIA LÚCIA CARDOSO BARROS DOMINGUES; ELISROCHA RIBEIRO; ALEXANDRE MEDEIROS DO CARMO; PAULAGABRIELA MELO MORAES; MAGALY GEMIO TEIXEIRACLÍNICA PARTICULAR, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Objetivo: Chamar a atenção para a possibilidade de associaçãoda doença de Crohn com neoplasia. Relato de caso :R.L.S.A,masculino, 40 anos, com sintomas de Doença de Crohn há20 anos, diagnóstico definitivo há 7 anos. Há seis meses apresentandoperda ponderal, anemia, vômitos, dor e distensão abdominal e fístulasperianais. Quadro de suboclusão motivou em nov / 2011 internaçãocom melhora temporária após tratamento clínico. Piora do quadroclínico em janeiro /2012 tendo sido submetido a enterectomia deíleo terminal + hemicolectomia direita com anastomose primária +colorrafia + cistorrafia (encontrada fístula entero-colo-vesical ). Oexame anátomo-patológico revelou adenocarcinoma poucodiferenciado com áreas sólidas (50%), áreas tubulares(30%) e áreasem anel de sinete (20%) de íleo terminal, infiltrando em pr<strong>of</strong>undidadetoda espessura da parede até superfície serosa; presença de infiltraçãoneoplásica vascular linfática; ileíte crônica regional com padrão deDoença de Crohn acometendo irregularmente o segmento ressecado.O intestino delgado foi submetido à pesquisa imuno-histoquímica,corroborando padrão de adenocarcinoma tubular pouco diferenciadona maior extensão da neoplasia, positiva para citoqueratina 20 epara CDX-2 em áreas sólidas com padrão de carcinoma neuroendócrinode alto grau. Paciente encaminhado para seguimento com oncologista.62


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Adenocarcinomas e tumores carcinóides tem sido descritos na doençade Crohn. O aparecimento simultâneo de ambos é raro, havendoapenas cinco casos descritos na literatura. Os sintomas se confundemcom os da doença de Crohn. O diagnóstico é feito incidentalmentedurante laparotomia, em pacientes que apresentam piora do quadroclínico. Conclusão: É importante ter em mente a possibilidade demalignização na doença de Crohn e indicar tratamento cirúrgico noscasos irresponsivos a tratamento clínico com piora importante doestado geral.PO053 - DISPLASIA ASSOCIADA À LESÃO OU MASSA(DALM) NA RETOCOLITE ULCERATIVA IDIOPÁTICA:RELATO DE CASOANTONIO LACERDA FILHO 1 ; GABRIEL CARVALHOLACERDA 2 ; RUBENS VICENTE D 2 ; JOÃO VITOR DE JESUSALVES 2 ; JOSÉ DE SOUZA ANDRADE 21.UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; 2.FCMMG, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: ¹Acadêmicos da Faculdade de Ciências Médicas de MinasGerais; ²Pr<strong>of</strong>essor de Coloproctologia da Faculdade de Medicina daUFMG; ³Pr<strong>of</strong>essor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicasde Minas Gerais – Belo Horizonte/MG. Introdução: A RetocoliteUlcerativa Idiopática (RCUI) é uma doença inflamatória que acometeo intestino grosso, de etiologia desconhecida, muito provavelmentede natureza auto-imune. Caracteriza-se por perío<strong>dos</strong> de atividade eremissão cuja duração é variável. Na RCUI de longa evolução podemsurgir protuberâncias ou depressões displásicas visíveis na mucosainflamada ou cicatrizada, quadro conhecido como DisplasiaAssociada à Lesão ou Massa (DALM), que pode evoluir para ocâncer colorretal. Relato de caso: Paciente masculino, 65 anoscom diagnóstico de RCUI (pancolite) há mais de 30 anos. Emcolonoscopia de vigilância evidenciou-se lesões polipoides espraiadasnos cólons ascendente e sigmóide. As biópsias revelaram displasiade alto grau, confirmando quadro de DALM. Foi indicadaproctocolectomia total e anastomose íleoanal com reservatórioileal e ileostomia protetora. O paciente evoluiu bem no pósoperatório,tendo recebido alta em boas condições. Discussão: ARCUI afeta predominantemente o reto, podendo estender-se aosigmóide e restante <strong>dos</strong> cólons. Nos casos de pancolite, é de extremaimportância a realização de colonoscopias de vigilância a cada 2anos, a partir de oito anos do diagnóstico, para a detecção de umadas principais complicações da doença, que é a malignização. Aliteratura existente acerca de DALM é bem restrita, mas quando seevidencia tal quadro, independentemente se a displasia é de baixo,médio ou alto grau, a cirurgia está indicada. Tratando-se de umacondição pré-maligna, a cirurgia mais indicada é a proctocolectomiatotal, que consiste na ressecção de todo o intestino grosso. Areconstrução com confecção de bolsa íleo-anal permite uma boaqualidade de vida pós-operatória. Conclusões: Pacientes portadoresde RCUI de longa evolução devem ser segui<strong>dos</strong> rigorosamente comcolonoscopias de vigilância a fim de se identificar lesões suspeitasque devem ser valorizadas e biopsiadas à procura de displasia,caracterizando quadro de DALM. Tais pacientes devem sersubmeti<strong>dos</strong> a proctocolectomia total com reservatório íleo-anal,cirurgia capaz de evitar o desenvolvimento de câncer invasor e depropiciar boa qualidade de vida.PO054 - DOENÇA DE CROHN COM ASPECTOS CLÍNICOSE ENDOSCÓPICOS SUGESTIVOS DE RETOCOLITEULCERATIVAARMINDA CAETANO ALMEIDA LEITE; LEONEL REIS LOUSA;JOSE PAULO TEIXEIRA MOREIRA; HELIO MOREIRA JR;RANIERE RODRIGUES ISAAC; PAULA CHRYSTINA CAETANOALMEIDA LEITE; ANDRESSA MACHADO SANTANA BRASIL;RODRIGO BECKER PEREIRAFACULDADE DE MEDICINA UFG, GOIANIA, GO, BRASIL.Resumo: Objetivos: Relatar um paciente em acompanhamentoambulatorial no HC/UFG com quadro clínico e en<strong>dos</strong>cópico sugestivode retocolite ulcerativa (RCUI) e que após análise histológica depeça cirúrgica demonstrou características compatíveis a doença deCrohn. Material e Méto<strong>dos</strong>: Análise de da<strong>dos</strong> do prontuário e acessoaos exames complementares. Resultado: Paciente O.F.A, 47 anos,sexo masculino,em acompanhamento desde dezembro/2005 comquadro de diarreia sanguinolenta, dor abdominal, febre e anemia.Videocolonoscopia evidenciou pancolite acentuada. Hipótesediagnóstica após análise clínica, en<strong>dos</strong>cópica e histopatológica foide RCUI. Houve melhora clínica após tratamento medicamentoso.Videocolonoscopia em maio/2006 evidenciava pancolite de discretaintensidade, porém com menor acometimento de reto;anatomopatológico sustentou a suspeita de RCUI. Paciente só retornaao Serviço em março/2009, em uso irregular de Sulfassalazina, comdiarréia mucossanguinolenta diária. Videocolonoscopia evidenciouprocesso inflamatório importante, pseudopólipos em cólon transverso,descendente e sigmoide. Aumento da <strong>dos</strong>e de sulfassalazina resultou emmelhora do quadro clínico. Em nova avaliação de março/2011encontrava-se assintomático em uso de sulfassalazina, com remissãoen<strong>dos</strong>cópica, porém com pseudopólipos. Em março/2012 apresentavaepisódios de enterorragia 1 a 2x/semana, sem diarreia, febre ou perdaponderal. Videocolonoscopia evidenciou lesão vegetante, estenosante,friável, ocupando 70% da luz sigmoideanal – feito biópsias (discretadistorção de histoarquitetura e extensas áreas de ulceração da mucosacom alterações regenerativas glandulares, porém sem granulomas ouneoplasia maligna; exame inconclusivo para distinguir entre RCUI eD. Crohn). Reto de aspecto en<strong>dos</strong>cópico normal. Enema Opaco:Discreta estenose na transição sigmoide/ cólon descendente. Trânsitointestinal sem alterações. CEA: 5,35. P-anca: N.R. C-anca:N.R. Portratar-se de paciente com diagnóstico de DII evoluindo com área deestenose colônica e com reto livre de alterações inflamatórias, aventousea maior possibilidade de se tratar de doença de Crohn, por seremestas duas características raramente observadas em pacientes portadoresde RCUI. Optou-se pela realização de colectomia total comileorretoanastomose, com boa evolução pós-operatória.Anatomopatológico: Segmento colônico com colite crônica ativa einfiltrado inflamatório transmural com formação de granulomas,compatíveis com doença de Crohn. Presença de polipose associada emcólon adjacente. Ausência de ileíte no material examinado. Não foievidenciado sinais de malignidade nos cortes examina<strong>dos</strong>. Conclusões:Este caso ilustra a importância de se acompanhar ambulatorialmentepacientes portadores de DII, pelo risco de surgimento de complicações,desenvolvimento de neoplasias colorretais e mudança do perfil clinico,en<strong>dos</strong>cópico e histopatológico da doença, o que poderia implicar emdiferentes propostas de tratamento.PO055 - DOENÇA DE CROHN METASTÁTICA GENITAL:RELATO DE DOIS CASOSEDUARDO ROSETTI FILHO; SABRYNA LACERDA WERNECK;DANIEL CASTILHO SILVA; RAFAEL FERREIRA CORREIA LIMA;IDBLAN CARVALHO ALBUQUERQUE; GALDINO JOSE SITONIOFORMIGAHOSPITAL HELIOPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.63


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Resumo: Introdução: A doença de Crohn (DC) é uma enfermidadecrônica, multissistêmica e que ocasiona desordens inflamatórias deetiologia desconhecida, podendo comprometer qualquer segmentodo trato gastrointestinal (TGI). O termo “DC metastática” (DCM) éuma rara manifestação da DC caracterizada por lesões cutâneasgranulomatosas localizadas à distância do TGI. Objetivo: relatar doiscasos de doença de Crohn metastática genital. Relato <strong>dos</strong> casos: Caso1: masculino, 21 anos, tratamento irregular com AZA e infliximabe.Ao exame: úlceras em escroto e pênis. Realizado exame proctológicoe urológico sob anestesia com curetagem das lesões. Iniciada AZA100 mg/dia e infliximabe 300mg de 8/8 semanas, ocorrendo acicatrização das lesões. Caso 2: feminino, 18 anos, em tratamentocom adalimumabe 40mg 14/14 dias, AZA 100mg/dia e mesalazina3,2g/dia. Ao exame: úlcera vaginal em paredes laterais direita eesquerda, fístula anorretal, estenose anal e anite grave. Realizadoexame proctológico e ginecológico sob anestesia com curetagem daslesões vaginais. Otimizada terapia já prescrita com lesões emresolução. Discussão: A apresentação clínica da DCM é bastantevariável e pode ocorrer mesmo na ausência de doença do TGI. ADCM cutânea é mais freqüente em pacientes com acometimentocolorretal do que do TGI, diagnosticado com biópsia da lesão cutânea,com presença de granulomas não caseosos ao exame anátomopatológico. Pode ser dividida em duas formas clínicas: genital (56%)e extragenital (44%), a genital compreende úlceras, papulas, nódulos,placas e crostas. Diagnóstico diferencial é feito com infecçõesfúngicas e outras doenças granulomatosas como linfogranulomavenéreo, tuberculose, sarcoi<strong>dos</strong>e. A terapia biológica associada aprocedimentos cirúrgicos tem melhores resulta<strong>dos</strong> com baixos índicesde complicações que a terapia medicamentosa isolada.PO056 - DOENÇA DE CROHN PERIANAL FISTULIZANTE EMAMBULATÓRIO DE COLOPROCTOLOGIAIDBLAN CARVALHO ALBUQUERQUE; MONICA VIEIRAPACHECO; EDUARDO ROSETTI FILHO; DANIEL CASTILHOSILVA; SABRYNA LACERDA WERNECK; SABRINA MIOTO;CAROLINA GASTALDELLI; GALDINO JOSE SITONIO FORMIGAHOSPITAL HELIOPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O fenótipo fistulizante anoperianal além de serum importante fator de gravidade da doença Crohn (DC), estárelacionado relacionado com a diminuição da qualidade de vida. Oselementos morfológicos freqüentemente observa<strong>dos</strong> são os plicomas,úlceras anais, fissuras, abscessos, fístulas e estenoses. A fístula na DCtem origem nas fissuras e úlceras anorretais, sendo a sua incidência de13 a 38%. O tratamento da doença de Crohn perianal fistulizante(DCPF) depende da localização, número, complexidade das fístulas eda atividade inflamatória do reto. A abordagem terapêutica maiseficaz é a associação de procedimentos cirúrgicos e a terapiabiológica. Objetivo: Avaliar o comportamento clínico da doença deCrohn perianal fistulizante e a resposta ao tratamento cirúrgico emassociação ao tratamento medicamentoso. Método: Estudoretrospectivo, descritivo, através da revisão de prontuários <strong>dos</strong>pacientes com o diagnóstico de DCPF acompanha<strong>dos</strong> no ambulatóriode doença inflamatória intestinal do Serviço de Coloproctologia doHospital Heliópolis de São Paulo de janeiro de 2008 a dezembro de2011. Para o adequado diagnóstico da doença perianal to<strong>dos</strong> ospacientes foram submeti<strong>dos</strong> ao exame proctológico sob anestesia. Asvariáveis estudadas foram sexo, tabagismo, tempo de diagnóstico daDC, classificação das fístulas (Hughes/Cardiff), procedimentoscirúrgicos realiza<strong>dos</strong>, número de cirurgia perianal, terapiamedicamentosa associada e remissão perianal após 12 meses.Resulta<strong>dos</strong>: Foram analisa<strong>dos</strong> 31 pacientes portadores de DCPF sendodo total, 58% do sexo feminino. O tabagismo ocorreu em 10%. Emrelação ao tempo de doença, 61% tinham diagnóstico de DC há maisde cinco anos. As fístulas mais observadas foram as perianais,anovulvar/escrotal e complexa em 55%, 26% e 42% respectivamente.O procedimento cirúrgico mais realizado foi locação de sedenho(74%). Em 12 meses de acompanhamento e uma média de trêscirurgias por paciente, 55% deles foram diagnostica<strong>dos</strong> como emremissão perianal e 87% fizeram uso de anti-TNF no período.Conclusão: Na casuística estudada a locação de sedenhos associada aouso anti-TNF foi efetiva na remissão perianal completa para otratamento da doença de Crohn perianal.PO057 - DOENÇA DE CROHN PERINEAL E PANCOLÔNICAREFRATÁRIA AO INFLIXIMABE: RELATO DE CASOCAROLINA GASTALDELLI; SABRYNA LACERDA WERNECK;DANIEL CASTILHO SILVA; LILIAN RAMOS TODINOV; IDBLANCARVALHO ALBUQUERQUE; GALDINO JOSE SITONIOFORMIGAHOSPITAL HELIÓPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: a doença de Crohn (DC) tem-se apresentadocada vez mais prevalente na faixa etária pediátrica e adolescente,estimando-se de 20-30% <strong>dos</strong> pacientes com doença inflamatóriaintestinal. Atualmente discute-se a melhor terapia entre step-up outop-down, este constituído por medicações mais agressivas, como aterapia biológica. Objetivo: relatar caso de DC perineal e pancolônicarefratária ao uso de infliximabe (IFX). Relato de caso: feminino, 17anos, 40 kg, com diagnóstico de DC perianal e pancolônica há 2anos. Em uso de azatioprina (AZA) 100mg/dia, sulfassalazina 4g/diae IFX 300mg 8/ 8 semanas há 1 ano e, há 2 meses, redução dointervalo de aplicação para a cada 6 semanas. Evoluiu com queda doestado geral, aumento do número de evacuações diarréicas e dorabdominal. Ao exame, emagrecida, hipocorada, abdome plano, flácido,com tumoração em fossa ilíaca direita dolorosa à palpação, setonreto-vaginal sem sinais de infecção. Tomografia computadorizada deabdome e pelve com triplo contraste com espessamento parietal emtopografia de íleo terminal, cólon ascendente e retossigmóide,mesenterite e adenomegalias. Retossigmoi<strong>dos</strong>copia flexível,demonstrou doença inflamatória grave. Apresentou enterorragia comnecessidade de transfusão sanguínea. À laparotomia exploradorapresença de perfuração abscedada e bloqueada em íleo terminal eespessamento importante em todo cólon, principalmente emascendente e transverso proximal. Realizada colectomia subtotal,ileostomia terminal à Brooke e fístula mucosa. Boa evoluçãoambulatorial Discussão: o IFX é um agente biológico que foiintroduzido como opção terapêutica para o tratamento de DCmoderada ou grave, resistente à terapia convencional. Os potenciaisbenefícios compreendem: suspender/reduzir corticoesteróides,postergar cirurgia, favorecer o crescimento, cicatrizar mucosa epromover fechamento de fístulas. Na literatura a resposta clínica aoIFX em crianças e adolescentes foi atingida em 52 a 100% <strong>dos</strong>pacientes com doença luminal e os corticoesteroides foram suspensosem quase 80% entre 24 a 30 semanas, após início das infusões. A taxade insucesso nos primeiros três anos de uso ocorre em 24%, commédia de 15,5 meses desde o início da terapia para indicação cirúrgica.PO058 - DOENÇA DE CRÖHN COM ACOMETIMENTOEXCLUSIVO DO CÓLONTHOMAS GREEN MORTON GONÇALVES DOS SANTOS; ANDRÉLUIZ NOGUEIRA; MÁRCIO CUNHA FATURETO; ELBER TADEU64


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1RODRIGUES TORRES; EMERSON ABDULMASSIH WOOD SILVA;LUCIANO RICARDO PELEGRINELLI; ALEXANDRE AUGUSTOGIOVANINI; BERNARDO ROSA SOUZAUFTM, UBERABA, MG, BRASIL.Resumo: Objetivo: Relatar um caso de Doença de Cröhn comacometimento exclusivo do cólon e abscesso de músculo psoas. Relatode caso:Mulher de 28 anos, leucoderma, com diagnóstico prévio dedoença de Cröhn há aproximadamente 10 anos, tratada em outroserviço. Internada com queixa de dor em FID há 2 meses, hiporexia,astenia, náuseas, vômitos há 20 dias. Refere fezes líquidas/pastosassem sangue ( 3-4 episódios/dia), perda ponderal não quantificada noperíodo, episódios febris não termometra<strong>dos</strong>. Ao exame físico:abdome plano, normotenso, RHA+, massa palpável em FID(aproximadamente 4x4 cm), dor à palpação de FID, DB negativo;MID permanentemente fletido. Trânsito intestinal sem alterações (figura 7 ). Enema opaco evidenciando cólon de aspecto estenótico (figura 6 ). CT de abdome mostrando coleção em FID com realce aomeio de contraste envolvendo o músculo íleo-psoas, medindoaproximadamente 7 x 4 cm ( figuras 4 e 5 ). A paciente foi entãosubmetida a laparotomia exploradora onde foi evidenciadoacometimento colônico exclusivo e reto preservado ( figura 1 e 2 ).Foi realizado colectomia sub-total com anastomose íleo-retal.Drenagem de abscesso em FID (aproximadamente 150 ml ).Anatomopatológico mostrou doença inflamatória intestinal eacometimento transmural compatível com doença de Cröhn ematividade e micro-ulcerações difusas do cólon ( figura 3 ). O pósoperatórioevoluiu sem complicações, recendo alta no quinto dia dePO. Após 90 dias refez o quadro clínico de psoíte necessitando dedrenagem percutânea, com boa evolução e sem complicaçõesentéricas.PO059 - ENTEROSCOPIA DE DUPLO BALÃO NA DOENÇAINFLAMATÓRIA INTESTINAL: EXPERIÊNCIA DE UM CENTROMIGUEL MASCARENHAS SARAIVA; ROLANDO PINHO;EDUARDO OLIVEIRAMANOPH-INSTITUTO CUF, PORTO, PORTUGAL.Resumo: Introdução: A enteroscopia de duplo balão (EDB) é umatécnica recente para a exploração do intestino delgado. Poderá tergrande utilidade na confirmação de acha<strong>dos</strong> suspeitos de atingimentodo intestino delgado, nomeadamente pela enteroscopia por cápsula ena obtenção de material histológico. Objectivos: Rever a casuísticade um centro no estudo da doença inflamatória intestinal, por EDB.Méto<strong>dos</strong>: Revisão de 48 procedimentos em 43 doentes com suspeitade doença inflamatória intestinal. Resulta<strong>dos</strong>: Utilizou-se abordagempor via oral em 31 exames e abordagem anal em 17. Em 3 doentesfoi realizada abordagem anal e oral; em 1 repetiu-se a abordagemoral. O tipo de abordagem e a pr<strong>of</strong>undidade de exploração foramdetermina<strong>dos</strong> pelos acha<strong>dos</strong> de outros exames, nomeadamente aenteroscopia por cápsula. A idade mediana foi de 37 anos, sendo 55%do sexo masculino. Os diagnósticos estabeleci<strong>dos</strong> nos 48procedimentos foram: Acha<strong>dos</strong> compatíveis com doença de Crohnenvolvendo o intestino delgado: 28, sem lesões até ao nível atingido:19, hiperplasia nodular linfoide: 1. Dos 19 exames em que não seencontraram lesões, não se progrediu mais por incapacidade técnicaem 16, por problemas com o overtube em 1 e por já se ter observadoo segmento proposto em 2. Foram realizadas biopsias para obtençãode material histológico, nos doentes com acha<strong>dos</strong> sugestivos deDoença de Crohn. Os doentes em que se efectuaram dilataçõesobtiveram alívio <strong>dos</strong> sintomas, permitindo diferir a cirurgia. Nãoocorreram complicações. Conclusões: A técnica permitiu aconfirmação do diagnóstico de doença de Crohn em mais de metade<strong>dos</strong> doentes estuda<strong>dos</strong>, quer pelos acha<strong>dos</strong> en<strong>dos</strong>cópicos, quer pelacapacidade de obtenção de material histológico. A realização deenteroscopia por cápsula prévia à realização deste procedimento éimportante na escolha da via de abordagem e na determinação dapr<strong>of</strong>undidade de exploração. A EDB poderá ser a única alternativa naexploração en<strong>dos</strong>cópica do delgado nos casos de retenção da cápsulade patência. A dilatação trans-en<strong>dos</strong>cópica permite o alívio <strong>dos</strong>sintomas nos casos de D de Crohn estenosante. Deste modo a EDBafirma-se como uma arma de diagnóstico e tratamento nomanuseamento clínico <strong>dos</strong> doentes com doeça de Crohn envolvendoo intestino delgado.PO060 - GRANULOMA NÃO CASEOSO: IMPORTÂNCIA NODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE RETOCOLITEULCERATIVA INESPECÍFICA E DOENÇA DE CROHNJOAO ALVES DE ALBUQUERQUE FILHO; MARIANA OKINOMITUO; SILVIA MAMPRIM PADOVESE; RENATO GANDOLFIMARTINS DE LIMA; MARCOS ANTONIO DAL PONTE;MARCELO MAIA CAIXETA DE MELO; JOAO GOMES NETINHOHOSPITAL DE BASE, SAO JOSE DO RIO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Neste relato apresentamos o caso de uma paciente portadorade doença inflamatória intestinal, com quadro de diarréiasanguinolenta e emagrecimento discreto. Nos exames en<strong>dos</strong>cópicosforam observa<strong>dos</strong> pancolite com achado histopatológico evidenciandocolite com ulcerações e microabscessos, principalmente no reto.Iniciado tratamento para retocolite ulcerativa idiopática (RCUI)com corticoesteróide e salicilatos, houve boa resposta clínica. Após50 meses desse diagnóstico, em nova colonoscopia, constataram seáreas de enantema com retrações cicatriciais e pseudopólipos doreto à flexura hepática. Entretanto, a análise histológica reveloupresença de granuloma não caseoso. Assim, a doença de Crohn foidiagnosticada, apesar do quadro clínico e exames en<strong>dos</strong>cópicos seremmais sugestivos da RCUI.PO061 - HIDRADENITE SUPURATIVA E DOENÇA DE CROHNANOPERINEAL – TRATAMENTO COM ANTICORPO ANTI-FATOR DE NECROSE TUMORALCARLOS HENRIQUE MARQUES DOS SANTOSUFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL.Resumo: A Doenca de Crohn (DC) e a Hidradenite supurativa (HS)são ambas doenças inflamatórias crônicas relacionadas com a presençade microorganismos comensais, relacionadas ao tabagismo e comcomponente genético. A primeira afeta principalmente o tratodigestivo enquanto a segunda compromete a pele, mas podem estarassociadas, de modo que talvez possa haver um tratamento emcomum1. Anti-TNF-± tem sido usado com bons resulta<strong>dos</strong> empacientes com DC, havendo também relatos de bons resulta<strong>dos</strong> comesta medicação em indivíduos com HS2, o que também utilizamospara o tratamento de uma paciente de 26 anos, não tabagista, comdiagnóstico de fistula reto-vaginal por DC há seis anos. Inicialmentefoi tratada por avanço mucoso sem sucesso. Então, iniciou-setratamento com Infliximabe em <strong>dos</strong>es habituais, ao qual houveresposta completa com fechamento da referida fistula, de modo quea medicação biológica foi então mantida. Após um ano a pacienteapresentou HS perineal, confirmada por exame histopatológico, sendotratada por vários ciclos de cipr<strong>of</strong>loxacina, cefalexina esulfametoxazol/trimetoprin, apresentando sempre resposta apenasparcial. Realizou-se então a ressecção cirúrgica das lesões, mas houverecidiva e outras duas novas ressecções foram necessárias. Apesar da65


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1fistula reto-vaginal permanecer fechada, a perisistência do quadro deHS levou ao aumento da <strong>dos</strong>e do Infliximabe até 10mg/kg, já queexistem relatos de bons resulta<strong>dos</strong> com esta medicação por umapossível associação das doenças. Após seis meses sem melhora, optousepela mudança para Adalimumabe em <strong>dos</strong>es habituais, porem, compersistência do quadro. DC é uma doença inflamatória intestinal semcausa bem definida. É mais frequente mulheres brancas europeias eamericanas do norte, tabagistas, entre 20 e 40 anos, moradoras deareas urbanas. Além da epidemiologia há alguns outros fatoresrelaciona<strong>dos</strong> a doença: genética (gene NOD2 mutado em 15%-20%<strong>dos</strong> pacientes), intraluminais (aumento da concentração bacterianano trato digestório), permeabilidade intestinal (aumentada com menoríndice de reparo tecidual) e falha imunorregulatória3. HS consisteem nódulos recorrentes, com abscessos ou sinus em áreas de glândulasapócrinas, como axila, inguinal e períneo. Sua prevalência é estimadaem 1% e sua patogênese e baseada em hiperqueratose infundibularlevando a oclusão do folículo piloso, com posterior dilatação e rutura,ocasionalmente formando granuloma. A etiologia da doença podeestar relacionada ao TLR2, uma vez que este receptor encontra-seaumentado no infiltrado leucocitário dessas lesões, en<strong>dos</strong>sando ahipótese de uma resposta immune inapropriada, assim como ocorrena DC4. A associação em DC e HS foi observada em um estudo com61 pacientes com HS, 24 (39%) deles apresentando lesões sugestivasde DC. Em um estudo maior, 18 (0,6%) de pacientes com DCapresentavam HS. Também foi observado que 78% <strong>dos</strong> queapresentavam as duas doenças eram tabagistas. Os pacientes afeta<strong>dos</strong>por.PO062 - MASSA ÓSSEA E COMPOSIÇÃO CORPORAL NADOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINALRAFAELA LUDWIG LEHMKUHL 1 ; LUCAS HUMMELGENLEITIS 1 ; CAROLINA KAULING DAGNONI 1 ; JULIANO COELHOLUDVIG 2 ; DEISI MARIA VARGAS 31.ACADÊMICOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINAPELA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU, BLUMENAU,SC, BRASIL; 2.MÉDICO GASTROENTEROLOGISTA PELA FBG,BLUMENAU, SC, BRASIL; 3.DOUTURA, PROFESSORA DOCURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE REGIONAL DEBLUMENAU, BLUMENAU, SC, BRASIL.Resumo: Objetivo. Avaliar massa óssea e composição corporal empacientes com doença inflamatória intestinal e estudar possíveisassociações com variáveis clínicas de estilo de vida (atividade física,perfil alimentar, tabagismo, alcoolismo) e variáveis relacionadas àdoença (atividade inflamatória da doença, uso de corticóides, ressecçãocirúrgica e sua localização). Méto<strong>dos</strong>: Estudo observacionaltransversal, cuja unidade de estudo foram pacientes com doençainflamatória intestinal (DII), amostra<strong>dos</strong> por conveniência naAssociação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn deBlumenau (ABCD) e no consultório particular de um médicogastroenterologista e outro proctologista da rede privada de Blumenau,SC. A amostra obtida foi de quinze pacientes com DII e vinte e quatropacientes controles. O diagnóstico de DII foi realizado através decritérios clínicos, en<strong>dos</strong>cópicos, histológicos e laboratoriais. Oscritérios de exclusão foram: no sexo masculino idade superior à 55anos e no sexo feminino menopausa. Os da<strong>dos</strong> foram extraí<strong>dos</strong> doprontuário médico e anamnese densitométrica. Para a comparação<strong>dos</strong> grupos cujas variáveis são quantitativas foi utilizado o teste t deStudent e o teste de Mann-Whitney para amostras independentes.Para a associação de variáveis categóricas foi utilizado o teste Exatode Fisher. A significância estatística nos testes foi considerada com ovalor P < 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética emPesquisa Médica da Universidade Regional de Blumenau.Consentimento informado escrito foi obtido <strong>dos</strong> pacientes econtroles. Resulta<strong>dos</strong>: Foram avalia<strong>dos</strong> 39 pacientes (24 controles e15 pacientes com DII) entre 11 e 60 anos, sendo 11 do sexo masculino(28,2%). Dentre os pacientes com DII, 11 (73,3%) possuíam doençade Crohn (DC) e 4 (26,6%) possuíam retocolite ulcerativa (RCU).Em relação aos controles, somente um apresentava comorbidade(hipertensão arterial) e nenhum fez uso de corticóide. Os pacientescom DC apresentaram maior frequência de BMO do que os controles(45,4% vs 4,3%; p < 0,01), o que não foi observado no grupo comRCU. Uma menor ingestão de cálcio, uma maior <strong>dos</strong>e cumulativa decorticoide e um menor tempo de diagnóstico no grupo de pacientescom DII associou-se a uma baixa massa óssea (716,5±165,8 vs248,7±325,3 mg/dia, p< 0,01; 1211,9±2167,7 vs 12.306,0±16.537,8mg, p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1farmacológicas da mesalazina sob a forma comercial utilizada, foramfatores determinantes para a formação do farmacobezoar, impedindoque o princípio ativo da droga atingisse o local de atividade da doença,onde seria liberado para exercer seus efeitos antiinflamátorios tópicos.PO064 - PERFURAÇÃO INTESTINAL LIVRE PARA PERITÔNIONA DOENÇA DE CROHNRAQUEL FRANCO LEAL; NATÁLIA J VIEIRA; MARIA DELOURDES SETSUKO AYRIZONO; PRISCILLA SENNE PORTELOLIVEIRA; NIELCE MARIA PAIVA; DÉBORA HELENA ROSSI;JOÃO JOSÉ FAGUNDES; CLÁUDIO SADDY RODRIGUES COYUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP,CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A perfuração livre para a cavidade abdominalna doença inflamatória intestinal é uma complicação rara, com poucoscasos descritos na literatura. É considerado um evento grave, sendouma das indicações para realização de tratamento cirúrgico.Apresenta-se em 1% a 3% <strong>dos</strong> pacientes com DII, como primeiramanifestação da doença ou, eventualmente, no curso da mesma.Relato do caso: Paciente de 36 anos, sexo masculino, admitido nosetor de emergência com quadro de dor e distensão abdominal haviaquatro dias, com piora da intensidade havia um dia, acompanhada dedois episódios de vômitos, sem alteração do habito intestinal oufebre. Antecedente de doença de Crohn (DC) de delgado há 14 anos,com história prévia de duas laparotomias para plastias intestinais,em acompanhamento no Ambulatório de Coloproctologia do Hospitaldas Clínicas da UNICAMP, em uso de adalimumabe havia um ano,assintomático até então. Ao exame físico, o paciente se apresentavaem regular estado geral, porém hemodinamicamente estável, comdor à palpação pr<strong>of</strong>unda do abdome em mesogastro e descompressãobrusca positiva, sem outros sinais. Os exames laboratoriais revelaramleucograma sem alterações, hemoglobina de 11,8g/dl, amilase e urinaI normais. Realizou radiografia de abdome e tomografiacomputadorizada que mostrou grande pneumoperitônio, sem líquidolivre. O doente foi submetido à laparotomia exploradora,confirmando o achado do exame de imagem, sendo evidenciadasaída de ar à abertura do peritônio, com pequena quantidade delíquido livre seroso. No entanto, após inventário da cavidade, nãose detectou o local da perfuração. Optou-se por limpeza dacavidade, fechamento da parede abdominal e antibioticoterapia.Evoluiu com alta hospitalar no 6o dia após a cirurgia e apresentouboa evolução no pós-operatório recente e tardio (4 meses). Estáaguardando realização de colonoscopia para rastreamento de doençacólica. Conclusão: Relatamos um caso raro de perfuração livrepara peritônio em paciente com DC, não sendo evidenciado osegmento intestinal acometido. A hipótese mais provável é quetenha sido uma microperfuração cólica, compatível com o achadointra-operatório de grande quantidade de gás livre sem conteúdoentérico na cavidade. As condições de urgências nas DII podemresultar em morbidade significativa, porém constituem condiçõesde baixa mortalidade se bem conduzidas. Os desafios relaciona<strong>dos</strong>à perfuração intestinal para peritônio livre em pacientes com DCcompreendem: o diagnóstico envolvido em uma manifestaçãoinicial da doença; diagnóstico de pequenas perfurações; a realizaçãode um exame radiológico adequado e a escolha da melhor condutaa ser realizada.PO065 - PERFURAÇÃO INTESTINAL SECUNDÁRIA ATUBERCULOSE INTESTINAL EM PACIENTE EM USO DEADALIMUMABEDORYANE MARIA DOS REIS LIMA 1 ; GUSTAVO KURACHI 2 ;DAYANNE ALBA CHIUMENTO 1 ; LARISSA SOKOL ROTTA 1 ;KARINA CORREA EBRAHIM 1 ; JORGE MANUEL RODRIGUESOLIVEIRA FILHO 1 ; IVAN ROBERTO BONOTTO ORSO 1 ;UNIVALDO ETSUO SAGAE 31.FACULDADE ASSIS GURGACZ, CASCAVEL, PR, BRASIL;2.GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA, CASCAVEL, PR, BRASIL;3.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ,CASCAVEL, PR, BRASIL.Resumo: Objetivo – Apresentar um caso de abdome agudo perfurativopor tuberculose Intestinal associada ao uso de medicamentoimunobiológico (Adalimumabe). Caso Clínico: Paciente D.T., 54anos, sexo masculino, raça branca, com diagnóstico de ArtriteReumatóide há 08 anos, utilizando: Azatioprina há 5 anos e, há 4anos, associou Adalimumabe. Internado com dor abdominal há 06horas em cólicas, de caráter progressivo, sem alteração do hábitointestinal ou outras queixas. Refere que há 48 horas iniciou quadro detontura, mal estar e anorexia. Relata, ainda picos febris vespertinos(média 39 ºC) e tosse há 01 semana com perda de peso de 8 kg em 1mês. Ao exame físico, encontrava-se com regular estado geral,emagrecido, hipocorado (+/4+), afebril, eupnéico, normotenso, FC:104 bpm e com abdome doloroso difusamente, pouco distendido,sem irritação peritoneal. Foi iniciado tratamento clinico comreposição volêmica e solicitação de rotinas de abdome agudo:leucócitos normais sem desvio a esquerda, demais exames laboratoriaisnormais e radiografias sem sinais de pneumoperitôneo ou deobstrução. Após 06 horas, paciente evoluiu com piora quadro de dorabdominal quando realizada tomografia evidenciandopneumoperitôneo com edema de alças de delgado. Foi realizadavideolaparoscopia com diagnostico de algumas perfurações de delgadobloqueadas e foi realizado enterectomia com enteroenteroanastomose.Paciente evoluiu com pneumonia miliar comresultado do anatomopatológico de tuberculose intestinal. Nestemomento, foi iniciado droga anti-TB. Mas, paciente evoluiu comchoque séptico refratário, evoluindo para óbito. CONCLUSÃO: Atuberculose intestinal deve ser lembrada nos casos de abdome agudoperfurativo em pacientes em uso de drogas imunossupressoras,principalmente os biológicos.PO066 - RELATO DE CASO - PRESERVAÇÃO DO RETO NOTRATAMENTO CIRURGICO DA COLITE ULCERATIVA: UMANOVA PERSPECTIVA DISPONIBILIZADA COM O USO DOADALIMUMABERAMON PIRES MARANHÃO; KANTHYA ARREGUY DE SENABORGES; ISABELA PESSOA ELIAS; ANA PAULA ROCHAFERREIRA VENUTO; FELINTO DE SOUZA NETO; CAMILACHAMON BOTELHO; CINTHIA DE SOUZA CARNEIRO;FERNANDO SIMÕES DE SENAHOSPITAL LIFE CENTER, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Introdução: A colite ulcerativa e uma doença inflamatória,que quase invariavelmente acomete o reto. O tratament<strong>of</strong>armacologico visa induzir e manter a remissao, melhorando aqualidade de vida do paciente, diminuindo o tempo de afastamentodas atividades laborativas e o risco de internação hospitalar. Ensaiosrandomiza<strong>dos</strong> tem mostrado a eficácia do Adalimumabe na mudançado curso da colite grave por doença inflamatória intestinal (DII).Objetivo: Relatar um caso de preservação do reto na reconstituiçãodo transito intestinal após colectomia total por colite fulminanteem paciente jovem portadora de Colite Ulcerativa. Relato do caso:Paciente J.D.T.C., 40 anos, foi internada no Hospital Socor, Belo67


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Horizonte, com quadro de colite fulminante por Colite Ulcerativa.Propedêutica para infecções secundarias com IVAS, ITU, colitepseudomembranosa e citomegalovirose mostrou-se negativa. Comopaciente não respondeu ao tratamento clínico instituído, optado porrealizar colectomia total com ileostomia terminal em caráter deurgência. Como com o uso do Adalimumabe apresentou cicatrizarãomacroscópica e microscópica do reto, realizada reconstituição dotransito intestinal com ileorreto anastomose. Considerações Finais:proctocolectomia total acarreta eleva<strong>dos</strong> percentuais de perda naqualidade de vida <strong>dos</strong> portadores de Colite Ulcerativa, tanto noscasos com ileostomia terminal, quanto na anastomose ileoanal combolsa ileal. Assim, como a cura não é alcançada em 100% <strong>dos</strong> pacientessubmeti<strong>dos</strong> a cirurgia, o tratamento a ser instituído tem que visar amelhora da qualidade de vida do paciente. A resposta terapêuticacompleta com o uso do Adalimumabe pode representar umapossibilidade para preservação do reto nos pacientes portadores deColite Ulcerativa que serão submeti<strong>dos</strong> a reconstituição do transitointestinal após colectomia total por colite fulminante.PO067 - SARCOIDOSE DURANTE TERAPIA COMADALIMUMABE EM PORTADOR DE DOENÇA DE CROHNIVAN FOLCHINI DE BARCELOS; PAULO GUSTAVO KOTZE;VINÍCIUS REZENDE ABOU-REJAILE; MARCELO RAISSWEILERHARDT; WANESSA BELTRAMI TONINISERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALUNIVERSITARIO CAJURU (SECOHUC) - PUCPR, CURITIBA, PR,BRASIL.Resumo: Introdução: os medicamentos biológicos representam umavanço no tratamento das doenças granulomatosas, bem como decondições reumatológicas. Para a doença de Crohn (DC), oAdalimumabe (ADA) foi aprovado no Brasil em 2007 e com recenteaumento em sua utilização alguns efeitos relaciona<strong>dos</strong> tem se tornadomais evidentes. Objetivo: relatar o caso de uma paciente com DC quefoi diagnosticada com sarcoi<strong>dos</strong>e durante terapia com ADA. CasoClínico: paciente do sexo feminino de 25 anos, com o diagnóstico deDC ileocólica há 3 meses, já em uso de ADA, azatioprina e prednisona,desenvolveu quadro agudo com doença fistulizante sendo submetida aileocolectomia direita e drenagem de abscesso pré-sacral. Examesradiológico prévios não mostravam sinais de linfadenomegalia ouinfiltrado pulmonar. Dez meses após a cirurgia, mantendo uso doADA e já em remissão da doença, apresentou quadro de tosse crônicaalém de infiltrado nodular bilateral no mediastino e linfono<strong>dos</strong>perihilares à tomografia computadorizada. Após biópsia de linfonodopré-traqueal houve a confirmação histológica de sarcoi<strong>dos</strong>e. A terapiacom ADA foi mantida sob estreita vigilância, suspendeu-se aazatioprina e corticoterapia foi reiniciada com melhora <strong>dos</strong> sintomaspulmonares. Conclusões: A sarcoi<strong>dos</strong>e induzida por agentes anti-TNFtêm sido descrita na literatura, principalmente no tratamento dedoenças reumáticas, com manifestações pulmonares ou menoscomumente dermatológicas. Já na DC, dois relatos recentesmostraram esta correlação, um deles com uso do infliximabe e outrocom natalizumabe. Apesar de parecer uma reação paradoxal, omecanismo exato desta indução permanece desconhecido. No entantoa sua resolução após a descontinuidade do tratamento suporta seupapel causativo. No presente caso, a sintomatologia e as alteraçõesradiológicas observadas 12 meses após a introdução do ADA, sugerema indução da sarcoi<strong>dos</strong>e pela medicação. A manutenção do anti-TNFfoi optada devido ao quadro clínico pulmonar leve e principalmentepela necessidade em prevenir a recidiva da DC grave após o tratamentocirúrgico.PO068 - SUBOCLUSÃO INTESTINAL POR ENDOMETRIOSEEM PACIENTE COM DOENÇA DE CROHNROBERTO NIGRO; EDUARDO KENZO MORY; OMAR ABUDFRANCO ABDUCH; DANIEL JOSÉ SZORHOSPITAL LEFORTE, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A doença de Crohn e endometriose são causascomuns de obstruções intestinais, principalmente na região íleocecal.Sua diferenciação é difícil e muitas vezes realizada apenas apósanálise histológica. Relato de caso: Paciente feminina de 35 anoscom diagnóstico confirmado histologicamente de Doença de Crohniniciou quadro sub-oclusivos de repetição com inúmeras passagenspor serviços de emergência. A paciente procurou diversosgastroenterologistas que a trataram com diversos esquemasmedicamentosos, inclusive com terapia biológica (Infliximabe) commelhora transitória. Exames subsidiários forneciam pouco informaçãoadicional, mesmo na vigência de episódios de suboclusão. Referenciadaao nosso grupo, optamos pela realização de laparoscopia exploradora.Os acha<strong>dos</strong> intraoperatório sugeriam estenose da região íleo-cecalcom, porém a grande distensão de alças de delgado forçou a conversãopara laparotomia. Ao reavaliar a região íleo-cecal, notou-se lesã<strong>of</strong>ibrótica acometendo apêndice e região iíleo-cecal causando estenosesignificativa do íleo terminal. Optado pela realização de colectomiadireita com íleo-transverso anastomose mecânica. Paciente evoluiubem no pós-operatório. O realtório anátomo-patológico demonstrouintensa fibrose da região íleo-cecal decorrente de endometrioseintestinal pr<strong>of</strong>unda acometendo apêndice e ceco. Após a alta, pacienteevoluiu sem novos episódios suboclusivos até o momento. Discussão:A doença de Crohn e a endometriose são causas comuns de obstruçõesintestinais, principalmente da região íleo-cecal. Estu<strong>dos</strong> recentessugerem, inclusive, uma possível associação entre estas patologias.Segundo este estudo, pacientes com diagnóstico de endometriosepossuem risco aumentado para doenças inflamatórias intestinais. Adiferenciação clínico-radiológica em casos como o descrito pode serdifícil e realizada apenas após abordagem cirúrgica e confirmaçãohistológica. No entanto, casos em que não haja resposta ao tratamentoclínico pode ser indicativo de outra causa associada como aendometriose, particularmente em pacientes do sexo feminino emidade fértil. Conclusão: A endometriose intestinal deve ser consideradacomo diagnóstico diferencial de formas estenosantes de Doença deCrohn, principalmente na ausência de melhora clínica comtratamento medicamentoso e em mulheres em idade fértil.PO069 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FÍSTULAENTEROCUTÂNEA EM PÓS OPERATÓRIO DEILEOTIFLECTOMIA POR DOENÇA DE CROHNTHIAGO BASSANEZE; PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DESOUZA; HUMBERTO POZZI FASOLIN; JOÃO PAULO BARRETODA CUNHA; SAULO ROLLEMBERG CALDAS GARCEZ;FERNANDO BRAY BERALDO; NAGAMASSA YAMAGUCHI;FABIO YORIAKI YAMAGUCHIHOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SP, SÃO PAULO,SP, BRASIL.Resumo: A doença de Crohn na sua forma fistulizante acomete 30%<strong>dos</strong> pacientes e um terço desses apresentam trajeto para o tegumentoda parede abdominal. Uma fístula externa pode ser a manifestaçãoinicial, mas é muito mais freqüentemente reconhecida como umacomplicação pós-operatória. As fístulas enterocutâneas oucolocutâneas decorrem da aderência do segmento intestinal acometidopela doença junto à parede abdominal. É tratada primariamente coma otimização de drogas antiinflamatórias e agentes biológicos,68


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1incluindo os aminossalicilatos, azatioprina e drogas anti-TNF alfa. Adecisão do tratamento cirúrgico baseia-se na avaliação da gravidadeda apresentação clínica, <strong>dos</strong> efeitos colaterais das medicações epercepções do risco operatório. O presente trabalho visa relatar ocaso de um paciente do sexo masculino, 35 anos, submetido em 2008a ileotiflectomia com ileoascendente anastomose latero-lateral comgrampeador linear 75mm carga azul, por abdome agudo inflamatóriocom anatomopatológico de ileite terminal compatível com doençade Crohn. Apresentou no seguimento ambulatorial por volta do 3ºmês de pós operatório uma fístula enterocutânea localizada em fossailíaca direita. Recebeu tratamento com 24 aplicações de adalimumabe,150mg/dia de azatioprina e 4g/dia de mesalazina, com duração totaldo tratamento clínico de 2 anos. Devido a persistência da fístula esecreção entérica diária a despeito de medidas clínicas empregadas,foi optado por abordagem cirúrgica da lesão em 29/05/2012. Aoinventário da cavidade foi notado aderências firmes na cavidadeabdominal próximo a ileoascendente anastomose, trajeto fistulosoorientado para pele oriundo de perfuração em extremidade distal doíleo adjacente a anastomose. Optado por realização de enterectomiasegmentar , colectomia segmentar em cunha e exérese de todo otrajeto fistuloso em monobloco. O resultado anatomopatológico foio de processo inflamatório crônico moderada intensidade, comformação de trajeto fistuloso e ausência de neoplasia. Apresentouevolução satisfatória no pós operatório, sem intercorrências clínicocirurgicas.Recebe atualmente a <strong>dos</strong>e de 100mg/dia de azatioprina,4g/dia de mesalazina e 40mg quinzenalmente de adalimumabe. Até omomento sem evidencias de recidiva da doença. A conduta desse cas<strong>of</strong>oi consoante com o da literatura atual que preconiza como melhorestratégia cirúrgica da fístula enterocutânea refrataria ao tratamentoclínico a ressecção completa do trajeto e a rafia da perfuraçãointestinal ou a confecção de nova anastomose em segmento de alçasadio.PO070 - TUBERCULOSE APÓS USO DE ADALIMUMABE NADOENÇA DE CROHN: RELATO DE TRÊS CASOSSABRINA MIOTO; DANIEL CASTILHO SILVA; SABRYNALACERDA WERNECK; MONICA VIEIRA PACHECO; IDBLANCARVALHO ALBUQUERQUE; GALDINO JOSE SITONIOFORMIGAHOSPITAL HELIÓPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Os anti-TNF são atualmente os principaismedicamentos para tratamento da doença de Crohn (DC) luminalmoderada a grave, assim como adjuvantes da abordagem cirúrgica dasmanifestações fistulizantes da DC perianal. O uso combinado deimunossupressores (6-mercaptopurina/azatioprina) está relacionadoa menor formação de auto anticorpos e maior efetividade <strong>dos</strong> agentesbiológicos. Por outro lado, essa potente ação imunomoduladora eimunossupressora <strong>dos</strong> biológicos ocasiona aumento da incidência deinfecções oportunistas. A tuberculose (TB) é uma afecçãoinfectocontagiosa grave de elevada morbimortalidade, que requersuspensão do imunobiológico e tratamento prolongado para o bacilode Koch (BK). OBJETIVO: Relatar três casos de tuberculose noaparelho respiratório, após a administração do adalimumabe (ADA)subcutâneo para o tratamento da doença de Crohn. RELATO DOSCASOS: Caso 1: feminino, 28 anos, diagnóstico DC perineal, em usode azatioprina (AZA) e ADA. Queixa de tosse seca, febre e dispnéia.Radiografia de tórax com derrame pleural à direita. TB pleuralconfirmada pela histopatologia da biópsia pleural. Caso 2: feminino,42 anos, diagnóstico de DC pancolônica e perianal, em uso de AZA eADA. Febre vespertina, tosse produtiva e sudorese noturna. Examesde imagem evidenciaram derrame pleural multiloculado. PPD reator(20mm). Baciloscopia negativa. Diagnóstico de TB pulmonarconfirmado por cultura do lavado brônquico. Caso 3: feminino, 46anos, diagnóstico de DC ileocólica, em uso de ADA. Quadro de dortorácica, febre e dispnéia. Radiografia de tórax evidenciou derramepleural à direita. Realizada toracocentese diagnóstica, sendo a culturado líquido pleural positiva BK. DISCUSSÃO: A observação de que oTNF-alfa encontra-se em níveis eleva<strong>dos</strong> na DC favoreceu o uso <strong>dos</strong>anti-TNFs na DC com o adequado controle das manifestaçõesinflamatórias e até mesmo a cicatrização da mucosa. No entanto, oefeito imunossupressor <strong>dos</strong> agentes biológicos requer a pesquisa devírus (HIV, HPV e HVB) e do bacilo da TB antes e durante otratamento. Para o fornecimento da terapia biológica, o ministérioda saúde exige PPD inferior a 5mm e radiografia de tórax normal. Odiagnóstico M. tuberculosis em pacientes na vigência de anti-TNFspode ser manifestação primária ou a reativação de uma infecçãolatente. Desta forma os pacientes em uso de imunobiológicosnecessitam de adequado acompanhamento, para o diagnóstico etratamento precoce das infecções oportunistas.PO071 - TUBERCULOSE INTESTINAL MIMETIZANDODOENÇA DE CROHN: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIALIMPORTANTECAMILA OLIVEIRA BARBOSA; LUIZ FELIPE DE CAMPOSLOBATO; MAIRO GROSSI MORATO; JOÃO BATISTA DE SOUSA;ANTÔNIO CARLOS NÓBREGA DOS SANTOS; ROMULOMEDEIROS DE ALMEIDA; LEONARDO CASTRO DURAES;PAULO GONÇALVES DE OLIVEIRAHOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, BRASILIA, DF,BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: A tuberculose (TB) intestinal é umamanifestação relativamente rara da doença, ocorrendo em 3 a 5%<strong>dos</strong> casos extrapulmonares. Seus sintomas são geralmenteinespecíficos (dor abdominal, alteração do hábito intestinal, perdaponderal), sendo facilmente confundi<strong>dos</strong> com outras suspeitasdiagnósticas. Os principais locais acometi<strong>dos</strong> são o íleo terminal,ceco e cólon ascendente. Os acha<strong>dos</strong> da colonoscopia podem sermuito pareci<strong>dos</strong> com as da doença de Crohn, com ulcerações,estenoses, pseudopólipos, fístulas e deformidade da válvula ileocecal.Mesmo os acha<strong>dos</strong> histopatológicos das duas afecções se confundem,com alterações inflamatórias granulomatosas. A correta distinçãoentre as duas doenças, entretanto, é crucial, pois o tratamentoimunossupressor do Crohn pode levar a disseminação da TB. Sendoassim, o objetivo do nosso trabalho é relatar um caso de tuberculoseintestinal inicialmente diagnosticada como doença de Crohn e fazeruma breve revisão da literatura sobre o assunto. MATERIAL EMÉTODOS: Relato de caso de uma paciente portadora de tuberculoseintestinal inicialmente diagnosticada como doença de Crohn,acompanhada no Hospital Universitário de Brasília. RESULTADOS:Paciente de 21 anos, gênero feminino, fazia acompanhamento regularcom a equipe de reumatologia com diagnóstico de lupus eritematososistêmico há 5 anos e uso regular de cloroquina, azatioprina eprednisona. Apresentou-se com queixa de dor abdominal há 7 meses,em cólica, difusa, sem fatores desencadeantes e com piora progressiva.Associado ao quadro havia episódios diarreicos intermitentes, semmuco ou sangue, e perda ponderal de 9kg no período. Foi iniciadainvestigação diagnóstica com tomografia computadorizada (TC) deabdome e colonoscopia. A primeira revelou espessamento parietalsegmentar do íleo terminal com linfonodopatia locorregional. Oexame en<strong>dos</strong>cópico apresentava áreas salteadas de úlceras aftóides69


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1por todo o cólon e lesão infiltrativa em válvula íleo-cecal, que impediaa entrada no íleo terminal. Nesse momento, levantou-se a hipótesediagnóstica de Doença de Crohn e o resultado histopatológico dasbiópsias intestinais confirmou a presença de colite crônicagranulomatosa em atividade inflamatória intensa. Entretanto, devidoao uso de imunossupressores foi aventada a hipótese de TB intestinale uma radiografia de tórax realizada demonstrou infiltra<strong>dos</strong> em ápices.Solicitou-se então uma TC de tórax, que evidenciou micronódulosdifusos formando áreas de consolidação em lobos superiores,compatíveis com TB. Era necessária a confirmação diagnóstica e,como a paciente não apresentava sintomas respiratórios, foi realizadabroncoscopia para realização de lavado broncoalveolar, que confirmoua presença do bacilo em sua cultura. Foi iniciado o tratamento comesquema COXCIP4 e após 2 meses paciente encontra-se assintomáticae com ganho ponderal de 4kg. CONCLUSÕES: A TB intestinal é umdiagnóstico diferencial importante da doença de Crohn.PO072 - TUBERCULOSE PERIANAL: UMA DOENÇA RARADE DIAGNÓSTICO TARDIOOTÁVIO NUNES SIA; ISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; JOSEC BEDRAN; HUGO HENRIQUES WATTE; ROGERIO L FREITAS;ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIO ROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: A infecção pelo bacilo de Koch ainda se mantém como umproblema de saúde pública, que se perpetua na população mundial emdecorrência notadamente do aparecimento de bacilosmultirresistentes, imigrantes e pobreza da população comconvivência em aglomera<strong>dos</strong> humanos. Entretanto, a raridade deformas extrapulmonares, faz com que as lesões não sejamreconhecidas de forma precoce, retardando o tratamento específico.Oacometimento perianal apresenta uma incidência bastante raradeaproximadamente 0,7% <strong>dos</strong> casos de tuberculose. Pretende-se nesseartigo relatar caso de paciente atendido no ambulatório decoloproctologia do Hospital Santa Marcelina-SP portador detuberculose perianal.Paciente do sexo masculino, de 48 anos, naturale procedente de São Paulo, quadro de lesão perianal dolorosa ehiperemiada com aumento progressivo de tamanho com cerca de 12meses de história. Verificado extensa lesão granulomatosa perinealcom hiperemia, bor<strong>dos</strong> irregulares e fibrina com cerca de 12cm dediâmetro, circunferencial a borda anal. Além disso, linfonodomegaliainguinal bilateral de aspecto fibro-elástico, móvel deaproximadamente dois centímetros de diâmetro. Pesquisa de BaciloÁlcool Ácido Resistente (BAAR) no escaro com resultado positivo eradiografia de tórax com evidência de infiltrado intersticial difuso ebilateral e sem cavitações. A colonoscopia demostrava tratar-se demucosa colorretal normal. Diante do importante quadro álgico,submetido a colostomia derivativa com intuito higiênico e de melhorada dor com biópsia excisional de linfonodo inguinal e da regiãoperineal. O resultado anatomopatológico revelou se tratar de processoinflamatório crônico granulomatoso inespecífico em região perineale inguinal. Iniciado, dessa forma, tratamento quimioterápico paratuberculose perineal e pulmonar com utilização do esquematerapêutico preconizado pelo ministério da saúde com Rifampicina,Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol. A tuberculose pode afetarqualquer parte do trato gastrintestinal, desde o esôfago até o ânus e,embora apresente incidência bastante rara na região perianal, devefazer parte do diagnóstico diferencial de patologias proctológicas.Devemos considerar o diagnóstico de tuberculose perianal em casosde lesões localizadas nessa região de aspecto pouco específico etambém em situações de recorrências de afecções proctológicas,notadamente em pacientes portadores de HIV, com destaque para arealização precoce de biópsia anorretal nestes casos para instituiçãode tratamento adequado com impacto na morbi-mortalidade <strong>dos</strong>pacientes e também como medida de saúde pública.PO073 - USO DO ADALIMUMABE NA DOENÇA DE CROHNPERIANAL FISTULIZANTEDANIEL CASTILHO SILVA; SABRINA MIOTO; SABRYNALACERDA WERNECK; MONICA VIEIRA PACHECO; IDBLANCARVALHO ALBUQUERQUE; GALDINO JOSE SITONIOFORMIGAHOSPITAL HELIÓPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O risco cumulativo da manifestação fistulizantena doença de Crohn perianal (DCP) é de 33% em 10 anos e de 50%após 20 anos de doença. Há uma relação direta entre DCP fistulizantee o risco aumentado de protectomia. Atualmente, a abordagemcirúrgica, principalmente a curetagem <strong>dos</strong> trajetos fistulosos e alocação de sedenho associa<strong>dos</strong> a terapia medicamentosa, apresentambons resulta<strong>dos</strong> evidenciado através do maior número de pacientesem remissão <strong>dos</strong> sintomas e melhora na qualidade de vida. Os agentesbiológicos são eficazes no tratamento da DCP fistulizante, no entanto,na literatura existe apenas análise post hoc que mostram a efetividadedo adalimumabe (ADA). Objetivo: Caracterizar os aspectosepidemiológicos e clínicos da DCP fistulizante <strong>dos</strong> pacientes em usode ADA, bem como avaliar a remissão perianal da terapia cirúrgicacombinada com o adalimumabe. Método: Estudo retrospectivo,descritivo, que incluiu pacientes com o diagnóstico de DCP fistulizanteem uso de ADA associado ou não a azatioprina, acompanha<strong>dos</strong> noambulatório de doença inflamatória intestinal do Serviço deColoproctologia do Hospital Heliópolis de São Paulo-SP de janeirode 2010 a dezembro de 2011. As variáveis analisadas foram idade,sexo, tabagismo, tempo de doença, localização da doença abdominal,classificação das fístulas (Hughe/Cardiff), tipo de procedimentocirúrgico, número de cirurgias perianal e a atividade da DCP, definidapela ausência de secreção associada à retirada do sedenho. Resulta<strong>dos</strong>:Foram estuda<strong>dos</strong> nove pacientes com média de idade de 36 anos,sendo 67% do sexo feminino. O tabagismo ocorreu em 11%. Quantoao tempo de doença, 78% apresentavam o diagnóstico de doença deCrohn há mais de cinco anos e 89% apresentavam doença delocalização colorretal. Quanto a classificação das fístulas, 89%apresentavam fístulas do tipo complexa. A locação de sedenho (89%)foi o procedimento cirúrgico mais realizado. A associação daazatioprina ao ADA ocorreu em 78% <strong>dos</strong> pacientes. Após 12 mesese uma média de quatro cirurgias perianias 78% indivíduosapresentavam doença ativa. Conclusão: Na amostra estudada ospacientes apresentavam doença de Crohn há mais de cinco anos,sendo as fístulas complexas as mais frequentes. O ADA associado aosprocedimentos cirúrgicos promoveu a remissão perianal completaem 22% <strong>dos</strong> pacientes.- MISCELÂNIA -PO074 - ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO PORDIOSPYROBEZOAR: RELATO DE CASOMURILO ROCHA RODRIGUES; ANDREIA PADILHA DETOLEDO; FERNANDA HURTADO RODRIGUES; DANIELATIEMI SATO; FERNANDO LORENZETTI DA CUNHA;RONALDO NONOSE; ENZO FABRICIO RIBEIRO NASCIMENTO;CARLOS AUGUSTO REAL MARTINEZ70


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, BRAGANCA PAULISTA, SP,BRASIL.Resumo: Fitobezoares são os bezoares mais comuns do tratogastrointestinal e podem provocar obstrução intestinal,principalmente nos doentes submeti<strong>dos</strong> a cirurgias gástricas. Obstruçãointestinal por diospyrobezoar (Diospyrus kaky) são raramentedescritas. Objetivo: Relatar um caso de abdome agudo obstrutivo pordiospyrobezoar. Relato do caso: Homem, 66 anos, gastrectomizadohá 14 anos foi internado com queixa de cólicas abdominais, há cincodias que acompanhada de náuseas, vômitos e parada de eliminação degases e fezes. Referia ingestão de 12 unidades de caqui no dia anteriorao início <strong>dos</strong> sintomas. Ao exame físico, encontrava-se em REG,desidratado, com abdome distendido, doloroso à palpação difusa,com DB presente e RHA aumenta<strong>dos</strong>. Os exames complementaresmostravam: leucocitose + DE; uréia 225,81mg/dl; creatinina 3,15mg/dl; Na 129 e K 4,92. A radiografia simples de abdome mostrava sinaisde obstrução intestinal sem detectar pneumoperitônio. Com hipótesediagnóstica de abdome agudo obstrutivo, após sondagem gástrica,hidratação e correção do distúrbio hidroeletrolítico foi submetido àlaparotomia exploradora que revelou alças jejuno-ileais dilatadasdevido obstrução intraluminal por fitobezoar localizado 15 cm acimada papila íleocecal. No local da obstrução identificou-se área deperfuração com 3 mm de diâmetro e peritonite local. Realizou-seenterectomia com anastomose primária. Após abertura do segmentoileal extirpado, além do fitobezoar identificou-se ulceração da mucosaintestinal com 3 cm de diâmetro com perfuração central. Após acirurgia o doente evoluiu bem, recebendo alta no 6° pós-operatório.Conclusão: Pacientes submeti<strong>dos</strong> a operações gástricas devem seralerta<strong>dos</strong> para os riscos de obstrução intestinal após a ingestãoexcessiva de caqui.PO075 - ABDOMEN AGUDO INFLAMATÓRIO PROVOCADOPELA INGESTA DE CORPO ESTRANHO - RELATO DE CASOSILVIA MAMPRIM PADOVESE; MARCOS ANTONIO DALPONTE; RENATO GANDOLFI MARTINS DE LIMA; JOAO ALVESDE ALBUQUERQUE FILHO; DANILO DE OLIVEIRA BOTELHO;FRANCISCO DE ASSIS GONÇALVES FILHO; LUIZ SÉRGIORONCHI; JOAO GOMES NETINHOHOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SAO JOSEDO RIO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Abdome agudo é uma das síndromesclínicas mais comuns encontradas na prática médica, e que exigeuma intervenção rápida e precisa1. Embora os sinais e sintomaspossam em geral ser agu<strong>dos</strong>, a lesão subjacente nem sempre o é. Odiagnóstico exato pode não ser feito até a realização da cirurgia e,por vezes, a causa exata do abdome agudo não é esclarecida. Avariedade de doenças que podem causar abdome agudo geralmenteapresenta sinais e sintomas que podem ser enquadradas em um <strong>dos</strong>cinco seguintes tipos: Perfurativo, Inflamatório, Obstrutivo,Hemorrágico e Isquêmico. Alguns autores classificam ainda oabdome agudo Traumático, ou ainda o incluem como um subtipode síndrome hemorrágica.1,2,3. A doença diverticular intestinal ébastante frequente, acometendo cerca de dois terços da populaçãocom idade em torno de 80 anos. As possíveis complicações agudasdessa condição incluem diverticulite, perfuração, obstruçãointestinal e hemorragia, que são raras e acometem cerca de 6-10%<strong>dos</strong> pacientes. OBJETIVO: Relatar um quadro de abdomen agudoque se apresentou inicialmente como inflamatório, e que, evoluiupara abdomen agudo obstrutivo. Suspeitou-se de diverticulitecomplicada mas, ao exame da peça cirúrgica, foi identificadopresença de corpo estranho. MÉTODO: Foi colhido informaçõesdo paciente verbalmente e pelo prontuário. Foi realizado registrosfotográficos. RESULTADOS: A ingestão de corpo estranho é umevento relativamente comum, mas raramente determina asintomatologia, já que 80 a 90% <strong>dos</strong> mesmos passam semcomplicações pelo trato gastrointestinal, sendo elimina<strong>dos</strong> pelavia natural. CONCLUSÃO: Há poucos relatos na literatura deabdomen agudo inflamatório documentado.PO076 - ACTINOMICOSE SIMULANDO NEOPLASIA DECÓLONRODRIGO GOMES DA SILVA; KELLY CRISTINA DE LACERDARODRIGUES BUZATTI; ANA CAROLINA PARASSULO ANDRE;VINICIUS RODRIGUES TARANTO NUNES; LUISA LIMA CASTROHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG,BRASIL.Resumo: Introdução: Actinomicose é uma doença rara, de carátercrônico, granulomatosa e supurativa, causada, na maioria das vezes,pela bactéria Gram-positiva e microaerófila Actinomyces israelii, aqual faz parte da microbiota indígena do trato digestivo, trato genitalfeminino e brônquios em humanos. A forma de apresentação maiscomum é a cervic<strong>of</strong>acial, perfazendo de 50 a 65% <strong>dos</strong> casos, enquantoa forma abdominal representa 20% <strong>dos</strong> casos. MÉTODO: Esterelato mostra o caso de uma paciente com actinomicose intestinalque se manifestou com quadro similar ao de uma neoplasia cólica.Relato do caso: Uma paciente do sexo feminino, 55 anos de idade,história pessoal de colecistectomia há 6 anos, relatava dorabdominal em fossa ilíaca direita (FID) com início há 30 dias,associada a quadro de obstrução intestinal. Notou-se tumorabdominal palpável e sinal de irritação peritoneal em FID. Atomografia computadorizada abdominal evidenciou espessamentode parede cecoascendente com infiltração da gordura mesentéricae peritônio adjacente, compatível com lesão neoplásica. Com asuspeita clínica de tumor de cólon direito com perfuraçãobloqueada, realizou-se laparotomia exploradora. Foram realizadasileocolectomia e o<strong>of</strong>orectomia direita em monobloco, eanastomose ileocólica látero-lateral. Paciente evoluiu bem nopós-operatório e recebeu alta hospitalar quatro dias após oprocedimento. Foi tratada com penicilina G cristalina 20 milhõesU/dia por 15 dias, completando-se o tratamento com doxiciclinapor 6 meses. O exame anatomopatológico da peça cirúrgica deileocolectomia revelou serosa com áreas de espessamento,opacificação e aderências além de enrijecimento da parede cecal àpalpação. À abertura da peça observou-se, na junção ileocecal,lesão tumoral de aspecto nodular, com superfície ulcerada recobertapor fibrina, medindo 8,0 x 7,0 cm de maiores dimensões, fazendoprotrusão para o lúmen. A análise histopatológica desta lesãoevidenciou formas de Actinomyces israelii. CONCLUSÃO:Adespeito <strong>dos</strong> acha<strong>dos</strong> inespecíficos, actinomicose abdominal devesempre fazer parte <strong>dos</strong> diagnósticos diferenciais de massasabdominais, principalmente aquelas com característicasinfiltrativas e se acompanhadas de febre e leucocitose.PO077 - AMPUTAÇÃO DE RETO POR DOR REFRATÁRIA DERETITE ACTÍNICA EM CÂNCER PROSTÁTICOJOÃO PAULO BARRETO DA CUNHA; FABIO YORIAKIYAMAGUCHI; FERNANDO BRAY BERALDO; JOSE ROBERTOMANZANO JUNIOR; NAGAMASSA YAMAGUCHI; PAULOHENRIQUE OLIVEIRA DE SOUZA; GILMARA SILVA AGUIARYAMAGUCHI71


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1HOSPITAL DO SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL, SAO PAULO,SP, BRASIL.Resumo: RELATO DE CASO: GR, 81 anos, tratado de junho asetembro de 2006 com 33 frações de radioterapia para tratamentode adenocarcinoma de próstata gleason 7 (3+4). Usou casodexneoadjuvante e durante a radioterapia. Após o término iniciou oquadro de sangramento retal, muco e dor à evacuação. Emcolonoscopia realizada em dezembro de 2006 foi evidenciado retiteactínica leve, moléstia diverticular, angiodisplasia de cólon,hemorróida externa e fissura anal. Submetido então a formolizaçãoem junho de 2007 pelo sangramento refratário, evoluindo com piorada dor. Em julho de 2007 foi indicado realização de colostomia emalça na tentativa de alívio da dor reto-anal através da derivação dotrânsito. Colonoscopia intraoperatória exibindo mucosa hiperemiadaconferindo aspecto de tubo rígido, diagnóstico de proctite severa dereto. Em agosto de 2007 realizado 10 sessões de câmara hiperbáricapor persistência da dor e manutenção do sangramento. Ainda em usode zoladex mensal no período de janeiro de 2007 a setembro de2009. Mantendo neoplasia prostática em remissão. Fez uso demeticorten de julho de 2008 a outubro de 2009. Em novembro de2010 indicado amputação abdominoperineal do reto. Anátomopatológicolaudado como ressecção em bloco do retosigmoidemoléstia diverticular <strong>dos</strong> cólons, presença de intenso estreitamentoda luz ás custas de hipertr<strong>of</strong>ia da túnica muscular e densa fibrose dasubmucosa sem indícios de malignidade. Linfono<strong>dos</strong> perirretais semanormalidades histológicas relevantes ou indícios de malignidade.Paciente evoluindo com melhora significativa da dor apósalcoolização <strong>dos</strong> plexos nervosos regionais guia<strong>dos</strong> por tomografiaem janeiro de 2011. DISCUSSÃO: O tratamento de retite actínica édirecionado à queixa do paciente, para sintomas leves e modera<strong>dos</strong>tanto enema de sucralfato quanto esteróides podem ser prescritosmas sua eficácia é questionável. Câmara hiperbárica também podeser utilizada apesar da maioria das séries de caso incluirem uma pequenaamostra com taxas de sucesso variáveis. A colonoscopia com plasmade argônio é outra modalidade descrita na literatura para controle <strong>dos</strong>angramento. A formolização tópica também pode ser indicada parao tratamento do sangramento mucoso secundário à radiação comresulta<strong>dos</strong> recentes mostrando boa eficácia. Na tentativa de controle<strong>dos</strong> sintomas do paciente, refratário aos tratamentos aqui descritos,optou-se por realizar derivação do trânsito e posterior amputaçãoabdominoperineal com melhora sintomática parcial e remissãocompleta da dor com alcoolização <strong>dos</strong> plexos.PO078 - ANGIODISPLASIA DE INTESTINO DELGADO EMPACIENTE COM RETOCOLITE ULCERATIVAMARIA FERNANDA ZUTTIN FRANZINI; ELIS ROCHA RIBEIRO;ALEXANDRE MEDEIROS DO CARMO; PATRÍCIA ROMEROPRETE; MARÍLIA LÚCIA CARDOSO BARROS DOMINGUES;PAULA GABRIELA MELO MORAES; MAGALY GEMIOTEIXEIRABENEFICIÊNCIA PORTUGUESA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Objetivos: Apresentar um caso clínico enfatizando aabordagem terapêutica realizada pelo cirurgião e colonoscopista emum caso de Angiodisplasia de Delgado, em paciente no pós-operatório(PO) precoce por Retocolite Ulcerativa (RCU). Descrição do caso:P.R., masculino, 38 anos, com RCU (pancolite) diagnosticada hámais de 10 anos. Evoluindo com quadro de enterorragia, diarréia edesnutrição. Foram realiza<strong>dos</strong> tratamentos convencionais comAminossalicilatos e Azatioprina porém o paciente apresentou gravesefeitos colaterais além da não apresentar melhora clínica. Foi iniciadaentão, terapia biológica com Infliximabe. Na quinta <strong>dos</strong>e evoluiocom infecção por Citomegalovírus (CMV), sendo necessáriointerromper o tratamento. Devido ao quadro grave e a intratabilidadeclínica, o paciente foi submetido à Retocolectomia total comconfecção de bolsa ileal e ileostomia protetora no dia 28/11/2011.No 5° PO evoluiu com enterorragia, com saída de moderada quantidadede sangue vivo pela ileostomia. Estava em uso de Enoxaparina 40mgdiários para pr<strong>of</strong>ilaxia de TVP, sendo então suspenso. O pacienteapresentou queda de três pontos na hemoglobina, e o sangramentopersistia, sendo necessário transfusão de 2 concentra<strong>dos</strong> de hemáciapara manter a estabilidade hemodinâmica. No 20° PO o paciente foisubmetido a exame en<strong>dos</strong>cópico pela ileostomia, no qual foramidentificadas quatro áreas de angiodisplasia de delgado em alçaproximal da ileostomia. Realizado esclerose <strong>dos</strong> vasos comEthamolin® (oleato de Monoetanolamina), permanecendo semsangramento durante 2 dias No 22° PO recebeu alta hospitalar, econtinuou seguimento ambulatorial. No período de seis meses opaciente não apresentou mais nenhum quadro de enterorragia. Emmaio de 2012 foi internado para fechamento da ileostomia. Evoluiubem, e continua assintomático.Conclusão: Na pesquisa das enterorragias não deve ser descartada apossibilidade de Angiodisplasia, mesmo em pacientes com DoençasInflamatórias Intestinais. Devendo-se realizar sempre a investigaçãoen<strong>dos</strong>cópica.PO079 - ANGIOMIXOMA AGRESSIVO DE CANAL. RELATODE CASO.GUSTAVO BECKER PEREIRA; ALESSANDRO ANDRADESIMÕES; BRUNO LORENZO SCOLARO; RAFAEL FÉLIXSCHILINDWEIN; STEVEN KITZBERGER JAEGER DOS SANTOS;GUILHERME MOREIRA CLIVATTI; JOSÉ VANIR MACHADOPEREIRA JUNIORHOSPITAL E MATERNIDADE MARIETA KONDER BORHAUSEN -HMMKB, ITAJAÍ, SC, BRASIL.Resumo: Objetivo: Relatar um caso de angiomixoma agressivooperado no Hospital e Maternidade Marieta Konder Borhausen,associado a revisão de literatura sobre o tema. Relato de caso: Paciente52 anos, sexo feminino refere desconforto em região anal ehematoquezia. Em exame proctológico foi evidenciado pólipopediculado de 1,5 cm em canal anal. Realizada colonoscopia comidentificação da lesão previamente descrita e sem outras alterações.Optado por ressecção via anal do pólipo que apresentou resultadoanátomo-patológico com Angiomixoma Agressivo de canal analtotalmente removido. Realizada TC de abdome e tórax sem alterações.Avaliação em conjunto com oncologista definindo por seguimentoclínico. Discussão: O Angiomixoma Agressivo (AA) é um tumorraro, com aproximadamente 200 casos descritos na literaturamundial, e apenas 40 no sexo masculino. Provém do tecidoconjuntivo, e origina-se frequentemente na pelve/períneo, mas comalguns casos evoluindo a partir da parede retal. Alguns outros sítioscita<strong>dos</strong> na literatura incluem vulva, vagina, região inguinal, bolsaescrotal e cordão espermático. Acomete preferencialmente asmulheres, em uma relação entre os sexos de 6:1, sendo a quartadécada de vida a faixa etária mais acometida, fato que sugere que oestrogênio possa estimular seu crescimento. Quanto ao quadro clínico,geralmente os pacientes são assintomáticos, e o tumor possui umcrescimento lento e insidioso, sem uma sintomatologia específica.Seu padrão microscópico é composto por uma quantidade pequena amoderada de células neoplásicas que usualmente exibem morfologiafusiforme ou estrelar, com prolongamentos citoplasmáticos finos e72


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1originadas a partir de mi<strong>of</strong>ibroblastos e com estroma eosin<strong>of</strong>ílico. Odiagnóstico diferencial do AA deve ser feito com doenças que seapresentam como massa perineal ou inguinal como cisto de Bartholin,cisto do ducto de Gartner, abscesso, leiomioma, lipoma, pólip<strong>of</strong>ibroepitelial, e hérnias inguinal ou perineal. O tratamento de primeiralinha do AA baseia-se na cirurgia. Tumores pequenos ou superficiaisde vulva ou vagina podem ser removi<strong>dos</strong> com ampla excisão local,entretanto tumores maiores, e mais pr<strong>of</strong>un<strong>dos</strong> podem requerer umacirurgia de maior porte, com ressecção parcial ou até mesmo total deum órgão pélvico, conferindo um alto risco de morbidade. Assim, oobjetivo inicial se faz na obtenção da ressecção completa do tumor,entretanto, nos casos em que isto não é possível ou em que se prezepela preservação de parte do órgão como no caso do ovário, a remoçãoparcial é aceitável. O prognóstico do AA geralmente é bom, e apenas2 casos são descritos na literatura associa<strong>dos</strong> a metástases. A taxa derecorrência chega aos 80% principalmente nos 3 primeiros anos,levando a múltiplas cirurgias associadas, sendo em grande parte <strong>dos</strong>casos por remoção cirúrgica incompleta. O seguimento ambulatorialcom exame clínico cuida<strong>dos</strong>o é necessário para detecção precoce derecidiva.PO080 - APRESENTAÇÃO DE CASO: DIVERTÍCULOJEJUNAL PERFURADOSANDER DIAS MOTAVITÓRIA APART HOSPITAL, VILA VELHA, ES, BRASIL.Resumo: Título: APRESENTAÇÃO DE CASO: DIVERTÍCULOJEJUNAL PERFURADO. Autor: MOTA, S.D. Co-Autor(es):FLAUZINO, T.A.; NOGUEIRA DA GAMA, P.L.; GAMA, L.R.M.;LOUREIRO, G.J.Z.; RIBEIRO, F.L.M.; NOGUEIRA DA GAMA, L.P.;GAMA, R.C. Instituição: VITÓRIA APART HOSPITAL – SERRA / ES.INTRODUÇÃO: Doença diverticular jejunoileal é uma doençaincomum cuja incidência varia entre 1,1% à 2,3%, sendo maisfrequente no jejuno. Quando se torna sintomática, apresenta-se comquadro de diverticulite aguda. Acomete mais frequentemente homens(2:1), na sexta e sétima décadas de vida. OBJETIVO: Os autoresdescrevem caso de diverticulite jejunal perfurada e bloqueada a 70 cmdo ângulo de Treitz. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino,47 anos, com história prévia de retossigmoidectomia por doençadiverticular perfurada do sigmóide em 2002. Atendido no serviço deemergência com quadro de dor abdominal a esquerda, associada avômitos. Ao exame físico apresentava dor a palpação pr<strong>of</strong>unda n<strong>of</strong>lanco esquerdo, com sinais discretos de irritação peritoneal, afebrile normocárdico. Hemograma revelava leucocitose com discreto desviopara esquerda. Tomografia computadorizada (TC) abdominaldemonstrou adensamento de alças de intestino delgado com coleçãobloqueada no flanco esquerdo, sugerindo perfuração intestinal.Paciente submetido a laparotomia exploradora com achado cirúrgicode diverticulite jejunal perfurada. CONCLUSÃO: A diverticulitejejunoileal não é uma doença frequente, com índice de mortalidadetotal em torno de 24%, por isso é fundamental incluí-la no diagnósticodiferencial de abdome agudo. Neste contexto, a TC torna-sedeterminante no diagnóstico, na determinação de suas complicaçõese na exclusão de outras causas de abdome agudo.PO081 - APRESENTAÇÃO DE CASO: NEOPLASIA MALIGNAUTERINA COM FÍSTULA ESPONTÂNEA PARA O RETOSANDER DIAS MOTAVITÓRIA APART HOSPITAL, VILA VELHA, ES, BRASIL.Resumo: Título: APRESENTAÇÃO DE CASO: NEOPLASIAMALIGNA UTERINA COM FÍSTULA ESPONTÂNEA PARA ORETO. Autor: MOTA, S.D. Co-Autor(es): FLAUZINO, T.A.;NOGUEIRA DA GAMA, P.L.; GAMA, L.R.M.; LOUREIRO, G.J.Z.;RIBEIRO, F.L.M.; NOGUEIRA DA GAMA, L.P.; GAMA, R.C.Instituição: VITÓRIA APART HOSPITAL – SERRA / ES.Os autores apresentam caso de uma paciente de 45 anos, sex<strong>of</strong>eminino, com queixa de sangramento retal e tenesmo há 02 meses.Colonoscopia realizada em outro serviço revelava lesão ulcerada deparede anterior do reto médio, cujo histopatológico era compatívelcom lesão ulcerada ativa e inespecífica. Realizado exame proctológicocompleto em nosso serviço, no qual observamos lesão ulcerada efriável no reto médio, com realização de biópsia pr<strong>of</strong>unda, que revelouadenocarcinoma invasor com baixo grau de atipia. Foi feitoestadiamento da lesão com tomografia de tórax e abdome e CEA, osquais encontravam-se dentro da normalidade. A ressonância magnéticada pelve demonstrou formação expansiva, infiltrativa, com zonas denecrose central, localizada no fundo do saco posterior, infiltrando aparede posterior do útero e anterior do reto. Paciente encaminhadapara terapia neoadjuvante e posteriormente submetida a laparotomiacom retossigmoidectomia e panhisterectomia em monobloco,identificado neoplasia uterina com fístula retouterina. Examehistopatológico com estudo de imunohistoquímica revelouadenocarcinoma de células claras originando-se em endométrio eenvolvendo parede do reto por continuidade. Teve boa evolução,segue em tratamento adjuvante. O carcinoma do endométrio é umaneoplasia grave, que raramente fistuliza para o reto. Deve ser tratadapor pr<strong>of</strong>issional experiente, já que uma abordagem inadequada podeser fatal para a paciente.PO082 - AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA DO COLODURANTE O DESENVOLVIMENTO DE RATOS WISTARLARA BURLAMAQUI VERAS 1 ; IDALIA MARIA BRASILBURLAMAQUI 2 ; RAFAEL MOURA E SUCUPIRA 2 ; LARAALBUQUERQUE DE BRITO 2 ; STHELA MARIA MURADREGADAS 2 ; GLAUCE SOCORRO DE BARROS VIANA 2 ;FRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS 2 ; LUSMAR VERASRODRIGUES 21.FACULDADE DE MEDICINA DE JUAZEIRO DO NORTE,JUAZEIRO DO NORTE, CE, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERALDO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Objetivo: Verificar as alterações no crescimento do colodurante o desenvolvimento do rato. Material e Méto<strong>dos</strong>: Utiliza<strong>dos</strong>48 ratos Wistar machos, distribuí<strong>dos</strong> em 4 grupos com 12 animaiscada conforme a idade da eutanásia. G1: 1 mês de vida; G2: 3 mesesde vida; G3: 6 meses de vida; G4: 12 meses de vida. Os animaisforam pesa<strong>dos</strong>, medi<strong>dos</strong>, anestesia<strong>dos</strong> com Ketamina e submeti<strong>dos</strong>à laparotomia e proctocolectomia total. O intestino grosso e oceco foram medi<strong>dos</strong> separadamente. Resulta<strong>dos</strong>: O comprimentodo colo apresentou diferença significante entre os grupos. Observousediferença significante no crescimento do rato entre o grupo 1 eos demais grupos e entre o grupo 2 e o 3. Com relação aocrescimento do ceco, houve diferença significante entre o grupo 1e os demais grupos. Houve diferença significante na relaçãocomprimento do colo/comprimento do rato entre os grupos 2 e 4e 3 e 4. Houve diferença significante na relação comprimento doceco/comprimento do colo entre os grupos 1 e 3, 1 e 4 e 2 e 3 e narelação comprimento do ceco/comprimento do rato entre os grupos1 e 3 e 2 e 3. Conclusão: Colo de ratos Wistar cresce de mo<strong>dos</strong>ignificante e proporcional ao desenvolvimento do rato. Noentanto, a relação entre o comprimento do colo e o comprimentodo rato se mantém constante.73


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1PO083 - CARCINOMA ESPINOCELULAR EM HIDRADENITESUPURATIVA SACROCOCCÍGEA: RELATO DE CASOCAROLINA GASTALDELLI; SABRYNA LACERDA WERNECK;DANIEL CASTILHO SILVA; RAFAEL FERREIRA CORREIA LIMA;ANDRE LUIGI PINCINATO; GALDINO JOSE SITONIO FORMIGAHOSPITAL HELIÓPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: hidradenite supurativa é uma doença crônicadecorrente da infecção de glândulas sudoríparas apócrinas e mistas. Aprevalência é de 1%, acomete preferencialmente mulheres e estáassociada à obesidade e tabagismo. O carcinoma espinocelular(CEC)é uma complicação rara, variando de 1 a 3,4%, com alta mortalidade.Está associada à doença de longo tempo, com largas áreas anatômicase múltiplas pequenas cirurgias realizadas em meses ou anos antes dodiagnóstico do câncer. O tratamento é feito com ressecção ampla dalesão, radioterapia e quimioterapia com 5-fluorouracil e mitomicinaC. Objetivo: relatar caso de CEC em hidradenite supurativasacrococcígea. Relato de caso: masculino, 60 anos, com diagnósticode hidradenite supurativa em região sacrococcígea há 23 anos. Foisubmetido a 14 procedimentos cirúrgicos para ressecção edebridamento, com necessidade de colostomia derivativa e ressecçãoda última vértebra sacral e cóccix. Diagnóstico anátomo-patológicode CEC moderadamente diferenciado em região sacral, tratamentoradioterápico com 4500 cGy. Evoluiu com piora da lesãosacrococcígea, adenopatia inguinal bilateral abscedada, trombosevenosa pr<strong>of</strong>unda de veia femoral comum, superficial, pr<strong>of</strong>unda epoplítea direita por compressão linfonodal. Óbito por insuficiênciarespiratória após 40 dias de internação. Discussão: o CEC é uma raracomplicação da hidradenite supurativa, porém agressivo com invasãolocal e metástases à distância. A cirurgia é o único método detratamento que proporciona a cura, desta maneira, deve ser tratadoprecocemente através de ressecção ampla de toda a áreacomprometida com adequada margem de segurança e pr<strong>of</strong>undidadesuficiente até atingir teci<strong>dos</strong> normais, evitando a progressão crônicaque causa a degeneração cancerosa.PO084 - CIRURGIA NO PACIENTE IDOSO – CASUÍSTICADA RESIDÊNCIA DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALSÃO RAFAELFLAVIA CASTRO RIBEIRO FIDELIS; ALINE LANDIM MANO;ELIAS LUCIANO QUINTO SOUZA; LINA MARIA GOES CODES;MARCOLINO SOUZA AGUIAR; NAIRA ASSIS LANTYERARAÚJO; EULER MEDEIROS AZAROHOSPITAL SÃO RAFAEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A população i<strong>dos</strong>a brasileira já atinge maisde quinze milhões de pessoas e a tendência é de que o país continueenvelhecendo. O crescimento populacional das pessoas que estão nafaixa etária acima de 60 anos tem grande importância na atividademédica e cirúrgica. O aumento do número de i<strong>dos</strong>os, associado aoincremento <strong>dos</strong> avanços científicos, propicia a maior busca portratamento médico, caracterizando um novo perfil epidemiológicohospitalar de pacientes de maior risco cirúrgico. OBJETIVO: Retratara casuística das cirurgias abdominais em i<strong>dos</strong>os do Serviço deColoproctologia do Hospital São Rafael e fazer uma revisão deliteratura acerca do aumento da prevalência dessa população entreos pacientes atendi<strong>dos</strong> pela especialidade. MATERIAIS E MÉTODOS:Neste trabalho, foram revisa<strong>dos</strong> os registros cirúrgicos da equipe deColoproctologia do Hospital São Rafael, com a coleta retrospectivade da<strong>dos</strong> de prontuário <strong>dos</strong> pacientes acima de 60 anos que foramsubmeti<strong>dos</strong> a tratamento cirúrgico pela especialidade. Não foramincluídas as cirurgias orificiais. RESULTADOS: Foram identifica<strong>dos</strong>os registros de 113 pacientes com idade acima de sessenta anos.Entre esses pacientes, 73,45% realizaram cirurgias abdominais (83pacientes). Destes, 66,26% foram submeti<strong>dos</strong> a colectomias, 8,43%a amputação abdominoperineal do reto, 7,22% a reconstrução detrânsito intestinal e 18,07% a laparotomias exploradoras. Quantoao sexo, 49,39% eram pacientes do sexo feminino e 50,6%, do sexomasculino. DISCUSSÃO: Os resulta<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> no nosso trabalhoexemplificam a rotina de muitos serviços de Coloproctologia dopaís, com número crescente de intervenções cirúrgicas de grandeporte sobre a população i<strong>dos</strong>a. Ainda há receio para indicarprocedimentos operatórios em pacientes mais velhos, especialmentepelo risco do trauma cirúrgico-anestésico e das complicaçõespulmonares. Apesar disso, a idade não constitui, isoladamente, fatorde contra-indicação ao tratamento neste grupo etário; ascomorbidades associadas à idade avançada podem predizer o desfechocirúrgico. CONCLUSÃO: A idade não deve representar impedimentoàs condutas cirúrgicas e to<strong>dos</strong> os casos devem ser avalia<strong>dos</strong>conjuntamente às comorbidades.PO085 - CORDOMA SACROCOCCÍGEO: RELATO DECASOFRANCISCO CLAUDIO LINHARES DE SÁ FILHO,; LEVINDOALVES OLIVEIRA; TAMAN RENERYS ASSIS PINHEIRO;ALTAMIR RIBEIRO LAGO; GLAUCIO PIRES CARNEIRO; ÉDERRODRIGO FIGUEIRA RIBEIRO; THALITA LIMA GOMES;KILDERY WENDELL MOURA CAVALCANTEHOSPITAL GERAL DE RORAIMA, BOA VISTA, RR, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Cordoma é um tumor primário maligno,de crescimento lento e localmente invasivo, que surge a partir danotocorda e representa 1 a 4% de to<strong>dos</strong> os tumores ósseos primários.Ele pode surgir em qualquer lugar na linha média do eixocerebroespinhal, no entanto, aproximadamente 50% <strong>dos</strong> cordomasoriginam-se na região sacrococcígea. Nessa localização, fazem partedo grupo de tumores retrorretais, lesões raras que caracterizam-sepor manifestação clínica tardia. Essas neoplasias atingem grandesdimensões antes de apresentarem sinais e sintomas clínicos, que sãoindolentes e incluem dor lombossacral, dormência, constipação,tenesmo e incontinência. Em exame de imagem, o cordomanormalmente se manifesta como uma grande massa sacral destrutivacom extensão secundária para teci<strong>dos</strong> moles. OBJETIVO: Revisar aliteratura e apresentar relato de caso de paciente portador de cordomasacrococcígeo admitido no serviço de coloproctologia do HospitalGeral de Roraima. METODOLOGIA: Foi realizado um levantamentobibliográfico e revisão de prontuário do paciente durante o períodode internação hospitalar. RESULTADOS: Paciente EGF, 77 anos,masculino, deu entrada no Pronto Socorro com queixa de sangramentoretal ativo. Refere episódios anteriores recorrentes háaproximadamente 4 meses. Durante a investigação solicitou-se umatomografia computadorizada de pelve que evidenciou uma massa noespaço retrorretal, de caráter expansivo, acometendo vértebras sacraise teci<strong>dos</strong> moles adjacentes, caracterizando irressecabilidade cirúrgica.Paciente submetido à cirurgia com abordagem posterior para biópsiaincisional da massa tumoral. O laudo histopatológico foi compatívelcom Cordoma de região sacro-coccígea com destruição do tecidoósseo adjacente. O paciente foi encaminhado para terapia paliativa/radioterapia, por se tratar de uma lesão irressecável. CONCLUSÃO:A excisão cirúrgica radical continua sendo o procedimento terapêuticode escolha para o cordoma sacral, embora as margens de segurançasejam muitas vezes difíceis de obter devido aos seus sítios anatômicosde origem. A radioterapia convencional é pouco ativa, mas pode74


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1<strong>of</strong>erecer um benefício temporário no controle da doença em pacientessubmeti<strong>dos</strong> a procedimento cirúrgico inadequado, com margenspositivas, ou como tratamento paliativo exclusivo em pacientescom doença irressecável.PO086 - CORPO ESTRANHO NO RETO: RELATO DE DOISCASOSDANIELA TIEMI SATO; MURILO ROCHA RODRIGUES;RODRIGO DE OLIVEIRA MELLO; GÊYSA FABIANA BOTELHO;RONALDO NONOSE; ENZO FABRICIO RIBEIRO NASCIMENTO;CARLOS AUGUSTO REAL MARTINEZUNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, BRAGANCA PAULISTA, SP,BRASIL.Resumo: A presença de corpo estranho intrarretal pode ter váriascausas, sendo, atualmente, o auto-erotismo sua principal causa, querpelo abuso de drogas ou pela liberação sexual. Objetivo: Relatar doiscasos de corpo estranho introduzido no reto como prática autoerótica.Relato <strong>dos</strong> casos: Caso 1: Homem, 48 anos, procurouatendimento referindo introdução “acidental” de tubo plástico comométodo auxiliar para remoção de fezes endurecidas. Já havia sidoatendido no mesmo serviço com quadro semelhante, sendo removidotubo plástico por via retal. No episódio atual, o toque retal mostravasangramento e presença de objeto plástico no reto baixo. No centrocirúrgico o corpo estranho removido por via anal com pinçaapreensora sob raquianestesia. Após a remoção uma anuscopia decontrole mostrou laceração da mucosa retal sem sinais desangramento ativo. Caso 2: Homem, 62 anos referia que há dois diasintroduziu no reto frasco contendo óleo para massagens para aliviarprurido anal. Tentou, sem sucesso, remover o objeto aplicando enemaspor dois dias. No exame abdominal não havia irritação peritoneal eno toque retal identificava-se sangramento na luva, não sendo possíveltocar-se o corpo estranho. A radiografia do abdômen mostrou objetolocalizado na transição retossigmoideana. Após infrutíferas tentativasde remoção por via en<strong>dos</strong>cópica optouse pela realização delaparotomia exploradora, que revelou sufusões hemorrágicas no retointraperitoneal sem sinais de perfuração. O corpo estranho foiremovido pelo ânus após mobilização distal. Conclusão: A presençade corpo estranho intrarretal deve ser sempre aventada nos doentesadeptos a práticas de autoerotismo que apresentem sangramentoretal.PO087 - DOENÇA IMUNOPROLIFERATIVA DE INTESTINODELGADO MIMETIZANDO INTUSSUSCEPÇÃO EAPRESENTANDO-SE COMO POLIPOSE GASTROINTESTINAL:RELATO DE CASOMATHEUS MMMDE MEYER; LUCIANA MENDES OLIVEIRA;FRANCESCA DE SÁ FREIRE; RAFAEL GOMES CARVALHOBARROS; JOSÉ ELIAS GALIL FILHO; LUCIANA MENDESPEIXOTO; MARCOS CAMPOS WANDERLEY REIS; JULIANOALVES FIGUEIREDOHOSPITAL DA BALEIA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Introdução: O abdome agudo obstrutivo ou semiobstrutivopode ter como diagnóstico diferencial, doenças de tratamento clínicoque devem ser identificadas, a fim de evitar ressecções intestinaisimpróprias. A doença imunoproliferativa de intestino delgado (DIPID)é uma variante de linfoma , com manifestação extranodal que podeapresentar-se com distensão abdominal e nódulos de intestino delgado.O diagnóstico pode ser feito com biópsias en<strong>dos</strong>cópicas ou por biopsiaexcisional de linfonodo abdominal em uma laparotomia. Relato decaso: Paciente masculino, 25 anos, apresentou quadro de perda depeso e distensão abdominal, associa<strong>dos</strong> a episódios de diarreia. Exametomográfico do abdome mostrou imagem em alvo, com diagnosticode intussuscepção. A diarreia paradoxal motivou uma colonoscopiade urgência, que evidenciou no íleo terminal, pseudopolipose. A biopsiae imunohistoquímica não definiram diagnóstico. Umaminilaparotomia, em caráter eletivo, permitiu ressecção delinfonodo, que diagnosticou linfoma de grandes células. Paciente foisubmetido a quimioterapia 8 ciclos (vincristina, prednisona,cicl<strong>of</strong>osfamida) durante 6 meses. Após período de remissão breve adoença recidivou, reiniciou novo esquema de quimioterapia. Faleceuapós 1 ano do diagnóstico. Discussão e Conclusão: A DIPID deve serlembrada como causa incomum de polipose não hereditária. EmCasos de DIPID a operação é um instrumento para o diagnóstico,estadiamento da doença e ou paliação. O cirurgião deve conhecersituações clínicas que simulem obstrução intestinal, para proporcionaro tratamento adequado, isto porque uma ressecção intestinal podepredispor complicações graves.PO088 - E A HEMOSTASIA QUÍMICA ENDOSCÓPICA UMMÉTODO SEGURO NA ABORDAGEM DE SANGRAMENTOATIVO EM ANASTOMOSE COLORRETAL? APRESENTAÇÃODE UM CASOROSILMA GORETE LIMA BARRETO; JOÃO BATISTA PINHEIROBARRETO; ROBERTO COELHO NETTO CUNHA; GRAZIELAOLIVIA DA SILVA FERNANDES; NIKOLAY COELHO MOTA;CLARISSA LORENA FONSECA COSTA; FÁBIO GOMES TEIXEIRAHOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA, SAO LUIS,MA, BRASIL.Resumo: Objetivos: Relatar a abordagem en<strong>dos</strong>cópica no tratamentode sangramento ativo em anastomose colorretal, hemostasia químicaem local de difícil acesso ao ponto de sangramento. Material eméto<strong>dos</strong>: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo (relato decaso). Da<strong>dos</strong> coleta<strong>dos</strong> do prontuário e ficha clínica do paciente noServiço de Arquivo Médico (SAME) do Hospital UniversitárioPresidente Dutra (HUPD) – UFMA. Resulta<strong>dos</strong>: Realizada abordagemen<strong>dos</strong>cópica por retossigmoi<strong>dos</strong>copia flexível identificado cotovascular pulsátil com sangramento ativo de grande quantidade emanastomose colorretal por grampeador circular à 15 cm da margemanal, em paciente submetido a reconstrução do trânsito intestinalpós colostomia. Foi administrado no local Adrenalina (1:100.000) eEtandomina, obtendo vasoconstricção e efeito trombótico,promovendo efetivo controle do sangramento com preservação daanastomose, resultando em menor morbidade e tempo de recuperaçãocomparada à abordagem abdominal para tratamento do sangramento.Conclusão: O tratamento en<strong>dos</strong>cópico em sangramento ativo deanastomose colorretal de difícil acesso utilizando adrenalina eetandomina mostrou-se eficaz, seguro, barato e com menor morbidadeque o acesso abdominal para tratamento do mesmo.PO089 - EFEITO DA LAVAGEM DA CAVIDADE PERITONEALCOM SALINA A 0,9% E 3% NA INJÚRIA PULMONAR DEGERBIS COM PERITONITE INDUZIDAVINICIUS RODRIGUES TARANTO NUNES; IVANA DUVAL-ARAUJO; RAFAEL CALVÃO BARBUTO; PAULA VIEIRATEIXEIRA VIDIGAL; SILVIA LUNARDI ROCHA; GUILHERMENOGUEIRA PENA; LUCAS TOURINHO DE SIQUEIRAFACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DEMINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Introdução: A lavagem da cavidade peritoneal no tratamentoda peritonite, apesar de amplamente utilizado pelos cirurgiões,75


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1constitui-se de prática com resulta<strong>dos</strong> conflitantes na literatura.Alguns estu<strong>dos</strong> propõem que a lavagem peritoneal interfira nosmecanismos de defesa peritoneal, apresentando pouca ou nenhumaalteração no prognóstico <strong>dos</strong> pacientes. Outros sugerem que tal práticamodule a resposta inflamatória e reduza a lesão a órgãos-alvo,melhorando a sobrevida. Objetivos: Determinar se a lavagem dacavidade peritoneal com solução salina isotônica (0,9%) e hipertônica(3%) apresenta efeito sobre a resposta inflamatória sistêmica,sobretudo na injúria pulmonar, na peritonite induzida em gerbis.Materiais e Méto<strong>dos</strong>: Foram utiliza<strong>dos</strong> 34 gerbis machos, dividi<strong>dos</strong>em quatro grupos: Controle (n=9), Sem lavagem (n=8), Salina (n=8)e Hipertônico (n=9). Os animais foram submeti<strong>dos</strong> à peritoniteinduzida pela técnica de ligadura e punção do ceco, sendo reopera<strong>dos</strong>após duas horas, com o devido tratamento da cavidade peritoneal(Sem lavagem – apenas secagem da cavidade; Salina – lavagem dacavidade peritoneal com solução salina a 0,9% a 37,5ºC; Hipertônico– lavagem da cavidade peritoneal com salina hipertônica a 3% a37,5ºC). O grupo controle foi submetido apenas a laparotomia einventário da cavidade. Após seis horas da indução da peritonite, osanimais foram sacrifica<strong>dos</strong> e foram coletadas biopsias do pulmãoesquerdo. Realizou-se então análise morfométrica a partir de lâminascoradas em HE, utilizando-se o s<strong>of</strong>tware KS300 do analisador CarlZeiss Image Analyzer. Resulta<strong>dos</strong>: No grupo Controle, a média dacontagem de núcleos em 30 campos aleatórios foi de 8319,6 ± 1581,9.No grupo “Sem lavagem”, a média da contagem de núcleos foi de11675,4 ± 1698,2 (p=0,001). O grupo “Salina” apresentou umamédia de 9107,0 ± 1614,1 núcleos, apresentando diferençasignificativa quando comparado ao grupo sem lavagem (p=0,008) esem diferença quando comparado ao grupo controle (p=0,33). Ogrupo “Hipertônico” apresentou uma média de 8412,6 ± 2592,8núcleos, apresentando diferença significativa quando comparado aogrupo “Sem lavagem” (p=0,009) e sem diferença quando comparadoao grupo Controle (p=0,93). O grupo “Hipertônico” apresentouuma menor contagem de núcleos quando comparado ao grupo salina,porém sem diferença significativa (p=0,52). Conclusões: Osresulta<strong>dos</strong> deste estudo demonstraram que a lavagem da cavidadeperitoneal com solução salina morna a 0,9% e a 3% teve efeitobenéfico sobre a resposta inflamatória sistêmica em animais sépticos,modulando e reduzindo a injúria pulmonar. Não houve diferença nainfiltração leucocitária pulmonar entre os grupos trata<strong>dos</strong> com soluçãosalina a 0,9% e a 3% e o grupo controle, o que mostra que a lavagemnão só foi capaz de conter a resposta inflamatória, mas de revertero processo. A solução hipertônica não demonstrou benefício sobre asolução salina.PO090 - EMBOLIZAÇÃO PRÉ OPERATÓRIA NOTRATAMENTO DO HEMANGIOMA CARVENOSO DO RETORAPHAEL GURGEL DE CARVALHO; VIVIAN REGINA GUZELA;GUSTAVO URBANO; ANDRÉ ANTÔNIO ABISSAMRA; ANACAROLINA CHIORATO PARRA; CAMILA PERAZZOLI; JOSEJOAQUIM RIBEIRO DA ROCHA; OMAR FÉRESUSP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: O hemangioma cavernoso do reto é uma neoplasia vascularbenigna rara. Desde que foi descrita pela primeira vez em 1839,existem na literatura cerca de 350 publicações sobre essa afecção,que são em sua maioria relatos de casos isola<strong>dos</strong>. Este relato descreveum caso conduzido pela equipe de coloproctologia do Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, no qual opaciente foi submetido à embolização <strong>dos</strong> ramos arteriais responsáveispela irrigação do hemangioma na véspera da cirurgia, com o intuitode reduzir o sangramento intraoperatório. Homem, de 48 anos, comenterorragia intermitente desde os primeiros dias de vida,acompanhado pela equipe de coloproctologia desde a infância,permaneceu em seguimento ambulatorial por cerca de 40 anos, pornão apresentar sangramento importante e pela alta morbimortalidadedo tratamento cirúrgico. Recentemente, procurou Unidade deEmergência por enterorragia maciça e sintomas de anemia, comhemoglobina de 4,9 mg/dl. Realizou colosnoscopia e angiotomografiado abdome e pelve, que evidenciaram massa extensa, com formaçãovascular acometendo o sigmóide e reto, até a linha pectínea. Recebeu14 unidades de concentra<strong>dos</strong> de hemáceas em 2 meses, sendo submetidoa tentativa de embolização seletiva do hemangioma, sem controledo sangramento. Foi indicado então tratamento cirúrgico. Na vésperada operação, o paciente foi submetido à nova embolização <strong>dos</strong> ramosarteriais nutridores da neoplasia vascular, com o objetivo de reduziro sangramento durante ressecção da lesão. O paciente foi submetidoà retossigmoidectomia abdominal anterior, com anastomose coloanalmecânica e colostomia protetora. O procedimento durou 235minutos, sem nenhum sangramento intraoperatório incontrolável.O paciente recebeu 1000ml de concentrado de hemácias noperoperatório. A hemoglobina intraoperatória variou de 8.3 a 10,5,e no pós operatório imediato foi de 10.9. A pressão arterial médiavariou de 75 a 100 mmHg. O paciente teve boa evolução, recebendoalta no 9º PO. Não teve mais enterorragia após a cirurgia. Ahemoglobina atual é de 12.6. Em 04/05/12 foi submetido a novacolonoscopia, que não mostrou mais nenhum hemangioma no cólonremanescente. O caso apresentado mostrou que a embolização préoperatória<strong>dos</strong> ramos arteriais responsáveis pela irrigação dohemangioma cavernoso do reto pode ser um recurso terapêutico degrande importância, principalmente nas lesões extensas, cujosangramento intraoperatório estimado é de grande volume, o quepode acarretar alta morbimortalidade. Esse recurso terapêutico aindanão foi descrito na literatura até o momento para hemangiomas doretossigmóide, e permitiu uma abordagem cirúrgica segura e comcontrole satisfatório da perda sanguínea.PO091 - EMPALAMENTO ANORRETAL COM SEPSISABDOMINAL E TORAXICAARMINDA CAETANO ALMEIDA LEITE; LEONEL REIS LOUSA;PAULA CHRYSTINA CAETANO ALMEIDA LEITE; ANDRESSAMACHADO SANTANA BRASIL; JOSE PAULO TEIXEIRAMOREIRA; HELIO MOREIRA JR; RANIERE RODRIGUES ISAAC;THALES CARVALHO LIMAFACULDADE DE MEDICINA UFG, GOIANIA, GO, BRASIL.Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O trauma de reto podeapresentar taxas elevadas de morbimortalidade, principalmentequando associado a lesões de estruturas vizinhas. A abordagem depacientes vitimas de empalamento retal exige do médico oestabelecimento de um diálogo franco, paciente e perspicaz. Nossoobjetivo foi relatar um caso de trauma retal em um paciente submetidoa vários procedimentos cirúrgicos, associado a diversas complicaçõespós operatórias e elevado tempo de internação hospitalar.PacienteALCN, sexo masculino, 22 anos, encaminhado ao HC/UFG em julho/2011 com hipótese diagnóstica de Doença de Crohn. Havia si<strong>dos</strong>ubmetido a nove procedimentos cirúrgicos nos últimos seis meses(drenagem de abscesso retroperitoneal, anorretal, toráxico,enterectomias, sigmoidectomia, laparotomias para lavagem decavidade abdominal e decorticação pulmonar) e encontrava-segravemente desnutrido, com fístulas perianal, entero-cutânea eestercoral. Na admissão em nosso Serviço queixava-se de dor perianal,76


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1astenia, febre e quadro de desnutrição grave. Exame fisico evidenciavacicatriz de peritoneostomia com fístula entero-cutânea poucoprodutiva e outra fístula estercoral em flanco esquerdo, além decolostomia funcionante. Exame proctológico com fístula anorretal.Retossigmoi<strong>dos</strong>copia diagnosticou úlceras lineares pr<strong>of</strong>undas eextensas, recoberta por fibrina e a presença de fios cirúrgicos emorifício fistuloso na cúpula sigmoideana. Colonoscopia e transito dedelgado sem alterações. Paciente apresentou melhora clinica apóstratamento medicamentoso e suporte nutricional, porém semresolução da fistula enterocutânea. Nova entrevista ao pacienterevelou a ocorrência de empalamento anal que desencadeou, desdeo princípio, todo o seu quadro clinico. Submetido a reabordagemcirúrgica, com realização de enterectomia e enteroanastomose. No5ºPO apresentou saída de secreção entérica pelo orifício da fistulaestercoral prévia. Ao exame de fistulografia mostrou trajeto fistulosoentre colon (alça exclusa), jejuno e pele. Recebeu suporte clinico enutricional com fechamento da fistula. Em março/2012 foireinternado devido a reabertura de fístula entérica.Retossigmoi<strong>dos</strong>copia evidenciou 2 orificios fistulosos em cotosigmoideano com presença de grande quantidade de fios cirúrgicos.Nova abordagem cirúrgica que evidenciou comunicação fistulosaentre alças de delgado (íleo terminal e jejuno) e sigmoide excluso.Realizada nova enterectomia e colectomia parcial com confecçãode ileostomia em alça, fistula mucosa colonica à Mikulicz edebridamento de retroperitoneo. Finalmente, apresentou boaevolução com alta hospitalar. Conclui-se que lesões de empalamentopodem evoluir com quadro séptico grave, com alta morbidade e dedifícil resolução.PO092 - ENDOMETRIOMA DO CÓLON SIGMÓIDEMIMETIZANDO NEOPLASIA COLÔNICAGUSTAVO BECKER PEREIRA; ALESSANDRO ANDRADESIMÕES; BRUNO LORENZO SCOLARO; RAFAEL FÉLIXSCHILINDWEIN; GUILHERME MOREIRA CLIVATTI; STEVENKITZBERGER JAEGER DOS SANTOS; JOSÉ VANIR MACHADOPEREIRA JUNIORHOSPITAL E MATERNIDADE MARIETA KONDER BORHAUSEN -HMMKB, ITAJAÍ, SC, BRASIL.Resumo: Objetivo: Relatar um caso de endometrioma de cólonsigmoide mimetizando tumor de cólon sigmoide e revisão daliteratura. Relato de caso: Paciente de 26 anos, com história préviade endometriose refere que há 6 meses apresenta dor em fossa ilíacaesquerda e sintomas progressivos de suboclusão intestinal. Inicialmentediagnosticada como dor pélvica crônica pela ginecologia. A USGtransvaginal realizada na ocasião não apresentava alterações.Encaminhada ao serviço de Coloproctologia para prosseguir ainvestigação. Realizada colonoscopia com introdução do aparelhoaté o cólon sigmóide, evidenciando angulação fixa que impede aprogressão segura. Solicitada TC de abdome, aonde era possívelobservar um espessamento segmentar de cólon sigmóide. Inicialmentefoi realizada uma videolaparoscopia diagnóstica aonde observou-seuma lesão em cólon sigmóide, com retração da serosa sugestiva deneoplasia. No dia seguinte, após orientações, foi realizada umaretosigmoidectomia videolaparoscópica. A paciente apresentouevolução favorável lrecebendo alta no 4 pós-operatório. O anátomopatológicorevelou a lesão como endometrioma estenosante de cólonsigmóide.Discussão: A endometriose é definida como a presença detecido endometrial funcionante implantado fora da cavidade uterina.Quando a endometriose encontra-se circunscrita a uma massa,chamamos de endometrioma . Acomete cerca de 10% a 15% dasmulheres em idade reprodutiva. A endometriose intestinal pode ocorrerem 5 a 27% das mulheres com endometriose, sendo que o reto e osigmóide respondem por 70 a 93% dessas lesões. Diante de sinais esintomas como constipação, tenesmo, cólicas e dificuldade deevacuação, faz-se necessária a investigação de outras causas além daendometriose para realizar o diagnóstico diferencial com neoplasiasintestinais malignas. Manifesta-se mais frequentemente na forma de“spots” na serosa e na muscular própria, levando a fibrose e/ouestenose, sendo que a mucosa é raramente afetada . Apesar de rara, atransformação maligna da endometriose, não pode ser descartada. Acolonoscopia e/ou retossigmoi<strong>dos</strong>copia auxiliam no sentido devisualizar a característica macroscópica da lesão e de retirarfragmentos para biópsias, guiando-nos para o planejamento corretodo tratamento, apesar de que a biópsia en<strong>dos</strong>cópica usualmenteproporciona material insuficiente para o diagnóstico patológicodefinitivo. O método padrão ouro para confirmar o diagnóstico é alaparoscopia. O tratamento da endometriose pode ser tanto hormonalquanto cirúrgico. O tratamento cirúrgico com ressecção completa daendometriose pr<strong>of</strong>unda tem sido a recomendação terapêutica commelhores resulta<strong>dos</strong> para o alívio sintomático a longo prazo ediminuição da chance de malignização. O presente relato evidência asemelhança clínica entre endometriose de cólon sigmóide e neoplasiade cólon. Muitas vezes o diagnóstico é presuntivo, não podendo serfirmado anteriormente a cirurgia.PO093 - FECALOMA INTRATORÁCICO NA COLOPATIACHAGÁSICAMARLEY RIBEIRO FEITOSA; LEONARDO ESTENIO IEZZI;BRUNO AMARAL MEDEIROS; RAPHAEL GURGEL DECARVALHO; VIVIAN REGINA GUZELA; GUSTAVO URBANO;OMAR FÉRES; JOSE JOAQUIM RIBEIRO DA ROCHAHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DERIBEIRÃO PRETO, USP, RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A doença de Chagas é causada pelo Trypanosomacruzi e transmitida por insetos triatomíneos. Cerca de 10-15% <strong>dos</strong>pacientes desenvolvem enteromegalias (e.g. megacolon). Fecalomaé a complicação mais comum. Hérnias diafragmáticas ocorrem em0.8 a 1.6% <strong>dos</strong> traumas torácicos fecha<strong>dos</strong>. Geralmenteassintomáticas, podem passar despercebidas em até 66% <strong>dos</strong>casos. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 88 anos, admitidocom quadro de desconforto respiratório importante e diaforeseassociado a constipação intestinal crônica progressiva com pioranos últimos meses. Ao exame físico com taquidispnéia, ausência domurmúrio vesicular em todo o hemitórax esquerdo, PA=110X60mmHg, abdome indolor, distensão abdominal e massa palpável n<strong>of</strong>lanco esquerdo. A gasometria arterial evidenciou hipoxemiaresponsiva a suporte ventilatório não-invasivo. Tomografia deabdome e tórax mostraram impactação fecal gigante do cólonesquerdo habitando o hemitórax ipsilateral e causando desvio domediastino para direita. Foi feito o diagnóstico de Hérnia diafragmáticacausada por trauma torácico durante a infância. Devido o elevadorisco cirúrgico do paciente e recusa a se submeter a qualquerprocedimento cirúrgico optou-se por desimpactação colônica comenemas de repetição e esvaziamento sob sedação. Após completarecuperação o paciente recebeu alta com orientações para manejoclínico. Conclusão: O presente relato ilustra a importância dodiagnóstico precoce de ambas as patologias para evitar complicaçõescomo a apresentada. No caso em questão o alto risco cirúrgico bemcomo o desejo do paciente foram decisivos para opção pelotratamento clínico com sucesso.77


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1PO094 - FOLICULITE EOSINOFÍLICA PERIANAL- RELATODE CASOANTONELLA FURQUIM CONTE; JOSE VINICIUS CRUZ; TALITAVILA MARTINS; RAFAEL FÉLIX SCHILINDWEINSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE, PORTOALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A Foliculite Eosin<strong>of</strong>ílica (FE) apresentasecomo uma erupção cutânea pruriginosa predominantementelocalizada na face, pescoço, tórax e couro cabeludo. É consideradauma doença cutânea associada ao HIV. Seu curso clínico apresentamúltiplos ciclos de exacerbações e remissões. As lesões aparecem naforma de pápulas eritematosas e pústulas .O prurido intenso eintratável é típico. O presente estudo tem por objetivo relatar umcaso de paciente HIV com quadro de FE perianal acompanhado noHospital Santa Casa de Porto Alegre. Não existem relatos da doençaem localização semelhante. RELATO DE CASO: Paciente masculino,43 anos, negro. Diagnóstico de HIV em 2003, sem acompanhento.Iniciou terapia anti-retroviral em 2005. Em 2008, pacienteapresentou lesão perianal ulcerada e friável. A biópsia apresentoucomo diagnóstico úlcera herpética. O tratamento realizado comaciclovir não obteve resposta. Após nova biópsia, a qual mostrou-senegativa para Herpes Simples (HSV), fungo e BAAR, foi realizadocurso de corticoide, também sem resposta. Diante do quadro e com ahip;otese de neoplasia anal foi submetido a excisão da lesão anal, aqual revelou o diagnóstico de foliculite eosin<strong>of</strong>ílica. Após cerca de 8meses, o paciente apresentou recidiva da lesão perianal em regiãocontralateral. Realizou-se terapia tópica com hidrocortisona 1 %creme por 4 meses, tendo o paciente apresentado piora. Foi submetidoa nova excisão cirúrgica das lesões em junho de 2011. O exameanátomo-patológico reafirmou tratar-se de foliculite eosin<strong>of</strong>ílica.Novamente o paciente evoluiu com recuperação favorável. Mantêmseo acompanhamento observacional até o momento sem evidênciade nova recidiva. CONCLUSÃO: A FE é uma erupção cutâneapruriginosa associada à infecção pelo HIV, que tem como característicaa recidiva frequente. Provavelmente devido à localização atípica dalesão descrita no caso, o diagnóstico foi prorrogado. Não existemestu<strong>dos</strong> controla<strong>dos</strong> no tratamento da doença, porém o foco daterapia indicada baseia-se em medicamentos tópicos ou via oral. Aexcisão cirúrgica da lesão trata-se de uma abordagem diferente parauma doença conhecida, porém em localização não habitual. Osresulta<strong>dos</strong> dessa conduta ainda não podem ser totalmente defini<strong>dos</strong>,entretanto, diante da recidiva apresentada, acreditamos que a doençaseguirá seu curso habitual com perío<strong>dos</strong> de exacerbação e remissão.PO095 - FÍSTULA ENTRE O CECO E FERIDA PERINEAL DEPÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE EXENTERAÇÃO PÉLVICAPOR NEOPLASIA DE RETOJOÃO PAULO BARRETO DA CUNHA; FABIO YORIAKIYAMAGUCHI; FERNANDO BRAY BERALDO; SAULOROLLEMBERG CALDAS GARCEZ; PAULO HENRIQUEOLIVEIRA DE SOUZA; NAGAMASSA YAMAGUCHI; THIAGOBASSANEZE; ADRIANO PEREIRA SAMPAIOHOSPITAL DO SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL, SÃO PAULO,SP, BRASIL.Resumo: RELATO DE CASO: JMT, 53 anos, pós-operatório tardiode outubro de 2011 de exenteração pélvica por adenocarcinoma dereto que se iniciava a 2cm da borda anal e se estendia até os 7cm.Realizado neoadjuvância com tratamento combinado com radio equimioterapia e posterior adjuvância com oxaliplatina associado acapesitabina. Durante seguimento pós-operatório pacienteapresentou saída de fezes bem formadas por orifício deaproximadamente 1,5 cm em ferida perineal. Colostomia e o Brickerfuncionantes. Paciente em bom estado geral, negando febre,alterações do hábito intestinal ou perda ponderal. Realizadocolonoscopia em julho de 2012 mostrando orifício fistuloso de 1,5cm e alguns óstios menores satélites recobertos por fibrina emtopografia de ceco; cólon ascendente e transverso sem alterações.Controle tomográfico de julho deste ano sem alterações, nãosugerindo progressão de doença (antígeno carcinomebrionário atual1,1 ng/mL x pré-op 96 ng/mL). Paciente em preparo pré-operatóriopara correção cirúrgica da fístula. DISCUSSÃO: O preenchimento dooco pélvico com o ceco fez parte do planejamento cirúrgico natentativa de evitar a migração do intestino delgado e episódios desuboclusão intestinal descritos na literatura.PO096 - FÍSTULA ENTRE SIGMÓIDE E VAGINA: LESÃOACTÍNICA PÓS-TRATAMENTO PARA NEOPLASIA DEURETRASUZANA LIMA TORRES; WILMAR ARTUR KLUG; FERNANDABELLOTTI FORMIGA; CAROLINE MERCI CALIARI GOMES;MARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; FERNANDA BOURROULVILLELA PEDRAS; ADRIANO GONÇALVES RUGGEROIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: O carcinoma de uretra é tumor raro, sendo responsável pormenos de 1% de to<strong>dos</strong> os tumores do trato genitourinário,acometendo mais mulheres do que homens. Uma associação bempróxima tem sido estabelecida entre a presença da infecção peloHPV e carcinoma do trato urogenital, incluindo do colo uterino eânus. Da mesma forma, o HPV parece ter papel importante nocarcinoma de uretra. O tratamento geralmente é cirúrgico, comquimioterapia e radioterapia adjuvante, dependendo, no entanto, dalocalização. Da mesma forma, o prognóstico também varia de acordocom o estádio inicial do tumor, presença ou ausência de envolvimentolinfonodal e a sua localização. Apresentamos o caso de paciente de58 anos, com diagnóstico de adenocarcinoma tubuloviloso de uretra,que evoluiu com invasão tumoral na vagina, sendo tratadocirurgicamente (uretrectomia, cistectomia parcial e interposição doapêndice cecal entre bexiga e umbigo) e radioterapia adjuvante. Noacompanhamento ambulatorial a paciente evoluiu com saída desecreção fecaloide pela vagina em grande quantidade, com suspeitade fístula entre o reto e a vagina por provável recidiva tumoral. Apósinvestigação foi diagnosticado fístula entre o sigmóide e a vagina deorigem actínica. Realizada sigmoidectomia e colpectomia parcialcom anastomose primária e boa evolução após o tratamentocirúrgico.PO097 - FÍSTULA PERINEAL TARDIA APÓS AMPUTAÇÃOABDOMINOPERINEAL DE RETO: SURGIMENTO APÓS27ANOS DE CIRURGIAISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; HUGO HENRIQUESWATTE; MARCIA KIMIE SHIMIZU; JOSE C BEDRAN; ROGERIOL FREITAS; ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIO ROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A fístula perianal que ocorre apósamputação abdominoperineal do reto ou mesmo após exenteraçãopélvica é um evento raro porém com significativo impacto naqualidade de vida. Devido ao efluente ser fluído e bastante corrosivo,o manejo clínico dessa morbidade quase sempre é ineficaz. OBJETIVO:78


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Relatar caso de paciente submetido a amputação abdominoperinealde reto por adenocarcinoma que desenvolveu fístula perineal cercade 15 anos após a cirurgia inicial. RELATO DE CASO: PacienteHLC, 78 anos, masculino com passado de amputaçãoabdominoperineal do reto em 1985 por adenocarcinoma de retobaixo, tendo sido previamente submetido a terapia neoadjuvantecom radio e quimioterapia e terapia adjuvante após a cirurgia. Relatavapresença de dois orifícios em região perineal com drenagem desecreção piossanguinolenta há cerca de 04 meses. Negava dorabdominal, perda ponderal ou alteração em exonerações viacolostomia. Ao exame físico demonstrava a presença de dois orifíciosem períneo com hiperemia adjacente e drenagem de secreçãopurulenta. Submetido a fistulografia com evidência de trajeto fistulosoextenso em região pré-sacral de contornos níti<strong>dos</strong> porém de limitesimprecisos. A tomografia de pélvis evidenciava imagem de coleçãoem loja retal. Diante da hipótese de recidiva tumoral, optou-se porsolicitação de PET-CT com evidência de formação tecidual présacralde limites imprecisos com conteúdo gasoso central associada acaptação periférica do radi<strong>of</strong>ármaco. Submetido, então a laparotomiaexploradora com enterectomia segmentar com evidência intraoperatóriade intensas aderências intestinais em pelve com aparentetrajeto fistuloso envolvendo íleo terminal. Além disso, realizadoressecção de loja perineal de orifícios, com opção por cicatrizaçãopor segunda intenção. Recebe alta no x pós operatório comcicatrização perineal satisfatória e sem queixas atuais de saída desecreção em períneo. DISCUSSÃO: O desenvolvimento de fístulaperineal após cirurgia de amputação de reto ou então exenteraçãopélvica é um evento raro que ocorre em cerca de 3,5% <strong>dos</strong> casos ,mas que se associa a uma taxa de mortalidade que pode alcançar 13%e uma percentagem de recidiva tumoral de até 40%. Desde suadescrição inicial feita por Berman em 1976 que reportava uma taxade mortalidade de 80%, esses índices decaíram de maneira significativa,principalmente atribuí<strong>dos</strong> a 3 fatores: nutrição e antibioticoterapiapré operatória, melhora e maior atenção aos cuida<strong>dos</strong> intraoperatóriose cuida<strong>dos</strong> pós operatório mais intensivos. Dentre osfatores de risco pode-se citar a radioterapia prévia, cirurgias anteriores,exenteração pélvica total e recorrência tumoral. CONCLUSÃO:Retrata-se caso de paciente que desenvolveu fístula perineal apósamputação abdominoperineal do reto de forma bastante mais tardiaque a reportada pela literatura que fora tratada de maneira cirúrgicapor vias perineal e abdominal.PO098 - FÍSTULA RETO-VESICAL APÓS RESSECÇÃO DETUMOR FIBROBLÁSTICO INFLAMATÓRIO DE BEXIGA EMPACIENTE PORTADOR DE LESNAIRA ASSIS LANTYER ARAÚJO; FLAVIA CASTRO RIBEIROFIDELIS; MARCOLINO SOUZA AGUIAR; LINA MARIA GOESCODES; ALINE LANDIM MANO; ELIAS LUCIANO QUINTOSOUZA; EULER MEDEIROS AZAROHOSPITAL SÃO RAFAEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O tumor mi<strong>of</strong>ibroblástico inflamatório(TMI) é uma lesão rara, benigna, caracterizada pela proliferaçãomesenquimal e infiltração de células inflamatórias e compostaprincipalmente de linfócitos e plasmócitos. São tumoresfrequentemente confundi<strong>dos</strong> com lesões malignas durante processodiagnóstico. Sua patogênese é desconhecida, podendo ser decorrentede um processo reativo exagerado. O sítio mais frequente deenvolvimento é o pulmão, seguido do mesentério e retroperitônio.O tratamento cirúrgico com excisão da lesão é a melhor abordagem.Os tumores fibroblásticos inflamatórios localiza<strong>dos</strong> em sistemaurinário, apesar de raros, têm sido descritos em pacientes com doençareumatológica. No entanto, na literatura revisada (Pubmed e Medline/2000 a 2012), foi encontrado um único relato de associação entreLES e estes tumores. OBJETIVO: Relatar um caso de fístula retovesicalem paciente portador de LES em pós-operatório de ressecçãotransuretral de tumor fibroblástico inflamatório de bexiga, devido àraridade dessa condição clínica. RELATO DE CASO: Pacientemasculino, 25 anos, portador de lúpus eritematoso sistêmico,diagnosticado com tumoração vesical durante acompanhamentoclínico e submetido à ressecção transuretral de tumor fibroblásticoinflamatório. Evoluiu, em pós-operatório tardio, com diarréia e fezesde odor semelhante à urina. Foi submetido à laparoscopia, comidentificação de trajeto fistuloso entre parede posterior de bexiga esigmóide e realizado tratamento <strong>dos</strong> orifícios e sutura com fioabsorvível. DISCUSSÃO: A fístula reto-vesical (FRV) comumente ésecundária à doença diverticular, doença inflamatória intestinal,abscessos perirretais, neoplasias e tratamentos cirúrgicos eradioquimioterápicos. Apesar de relatos de FRV em pós-operatóriode cirurgias prostáticas, observa-se, na literatura, apenas um relatode caso dessa complicação após RTU de bexiga. Complicações apóscirurgia menos invasiva, como a ressecção transuretral de tumoresde bexiga, são relatadas em menos de 5% <strong>dos</strong> casos, correspondendoprincipalmente a sangramento.PO099 - GANGLIONEUROMA PRÉ-SACRAL: RELATO DECASOELIDA NATALIE SILVEIRA FARIA; VIVIANE VASCONCELOSTAJRA MENDES; RICARDO LUIZ SANTOS GARCIA; PAULOHENRIQUE PISI; MARLEY RIBEIRO FEITOSA; MARCELOCASTRO BUFÁIÇAL; RODRIGO CASTRO BUFÁIÇAL; JOÃOFRANCISCO BLANCO DE ALMEIDAHOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃOPRETO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O ganglioneuroma é um tumor benignoraro derivado das células ganglionares simpáticas tendo origemembrionária na crista neural. Representa o membro mais diferenciado<strong>dos</strong> tumores neuroblásticos, que são dividi<strong>dos</strong> morfologicamente emtres tipos, ganglioneuroblastoma, neuroblastoma e ganglioneuroma.Equivalente benigno do neuroblastoma, o ganglioneuroma representaa neoplasia mais comum <strong>dos</strong> tumores neuroblásticos. Surgetipicamente em adultos jovens (40 a 60% antes <strong>dos</strong> 20 anos de idade)com taxa de incidência semelhante em ambos os sexos. A localizaçãomais freqüente é no mediastino posterior seguido do retroperitônioestando raramente localizado no espaço pré-sacral. RELATO DECASO: F.C.I.G., 22 anos, sexo feminino, assintomática e semcomorbidades. No exame ginecológico de rotina foi submetida aoultrassom transvaginal (USTV) que revelou uma massa sólidaheterogênea localizada na região anexial direita medindo6,7x4,8x6,0cm. A tomografia computadorizada do abdome (TC)revelou uma formação expansiva com baixo coeficiente de atenuação,com contornos bem defini<strong>dos</strong>, lobulada à esquerda, medindo7,2x6,6x6,0cm, anteriormente ao sacro, com efeito de massadeslocando o reto para a esquerda. A ressonância nuclear magnéticada pelve (RNM) revelou uma formação expansiva bem delimitada elobulada na pelve, anteriormente ao sacro, com efeito de massa,medindo 7,1x6,3x5,3cm, deslocando o reto anteriormente e para aesquerda. Realizada a laparotomia exploradora. Anatomo-patológico:lesão nodular com aspectos sugestivos de Ganglioneuroma. Presençade células ganglionares isoladas e/ou agrupadas, acompanhadas defrequentes células fusiformes com citoplasma fibrilar sem atipias em79


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1meio a colágeno com áreas frouxas levemente mixóides e zonas demaior densidade celular, sem áreas de necrose tumoral ou atividademitótica proeminente. O exame de imuno-histoquimica associadoao quadro morfológico foram compatíveis com Ganglioneuroma combaixo índice de proliferação celular. DISCUSSÃO: O Ganglioneuromaevolui de forma assintomática e o seu diagnóstico é casual na maioria<strong>dos</strong> casos. Quando provoca sintomas, esses geralmente resultam dacompressão e deslocamento de estruturas adjacentes à massa tumoral,podendo apresentar quadro de constipação ou dor local devido aoefeito de massa sobre o reto, raiz sacral e plexo lombossacral. Ainvestigação diagnóstica baseia-se em exames de imagem como a US,TC, e RNM que representa o melhor método de imagem. Odiagnóstico definitivo necessita da confirmação histológica que podeser feito através de biópsia (presuntivo) ou ressecção cirúrgica(definitivo). CONCLUSÃO: A ressecção cirúrgica representa a únicaopção para o diagnóstico e tratamento. A quimioterapia sistêmicaadjuvante ou radioterapia local não são indica<strong>dos</strong>. Ganglioneuromaspermanecem em silêncio por um longo período de tempo, tem umasobrevida alta a longo prazo livre de doença mas necessitam deexame neurológico e RNM pélvica anualmente.PO100 - GIST – PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTESDO HOSPITAL BARÃO DE LUCENA EM RECIFE - PEJOSEANE CANTON; MAURICIO JOSE DE MATOS E SILVA;MAURILIO TOSCANO DE LUCENA; IZABELA CRISTINA SOUZADE ALBUQUERQUE; ELTON CARLOS LEONARDO NOGUEIRA;PAMELA LEAO VIANA; ALINE DAVID SILVA; BRUNO FREIREBORGESHOSPITAL BARÃO DE LUCENA - HBL, RECIFE, PE, BRASIL.Resumo: GIST – Perfil Epidemiologico <strong>dos</strong> Pacientes do HospitalBarão de Lucena em Recife – PE. Introdução: Considerada a neoplasiamesenquimal mais comum do trato gastrointestinal, o TumorEstromal Gastrointestinal (GIST) tem origem a partir das célulasintersticiais de Cajal. Com um vasto espectro de manifestaçõesclínicas, o GIST pode apresentar-se por queixas de pirose, dorabdominal, náuseas, entretanto, a maioria <strong>dos</strong> casos é assintomáticae descoberta acidentalmente em exames en<strong>dos</strong>cópicos ou radiológicos.Sem prevalência entre os sexos, acomete principalmente indivíduosna 6ª década de vida. O diagnóstico é baseado na expressãoimunohistoquímica <strong>dos</strong> anticorpos CD117 (c-KIT) e CD34 e ossítios de predileção são o estômago (60%), segui<strong>dos</strong> de esôfago (5%),delgado, cólons ou reto (5%). Tumores volumosos e com grandeatividade mitótica estão relaciona<strong>dos</strong> a pior prognóstico, independentedo foco primário da lesão. O tratamento de eleição é cirúrgico, e ouso <strong>dos</strong> inibidores da tirosino-quinase está reservado para doençasirressecáveis ou metastáticas. Justificamos o estudo sobre GIST devidoà raridade destes tumores. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico<strong>dos</strong> pacientes com diagnóstico de GIST, bem como a incidência dadoença nos pacientes opera<strong>dos</strong> (cirurgias abdominais e/ou perineais)no Serviço de Coloproctologia do Hospital Barão de Lucena emRecife – Pernambuco, do período de 2010 a 2012. Metodologia:estudo retrospectivo, baseado no laudo imunohistoquímico de to<strong>dos</strong>os pacientes submeti<strong>dos</strong> a cirurgias abdominais e/ou perineais, noHospital Barão de Lucena, em Recife – Pernambuco, de 2010 a2012. Foram avalia<strong>dos</strong> 1.560 exames anatomopatológicos, <strong>dos</strong> quais04 incluí<strong>dos</strong> no estudo com diagnóstico de GIST (03 eram do sex<strong>of</strong>eminino e 01 masculino). Levantou-se a partir <strong>dos</strong> exames, o perfilepidemiológico <strong>dos</strong> pacientes com GIST, e então comparado comda<strong>dos</strong> da literatura. Resulta<strong>dos</strong>: <strong>dos</strong> pacientes incluí<strong>dos</strong> no estudo,75% <strong>dos</strong> acometi<strong>dos</strong> por GIST eram do sexo feminino e 25% do sexomasculino. A mediana de idade foi de 64,5 anos. Três pacientestiveram o tumor no reto e apenas um no estômago. To<strong>dos</strong> foramdiagnostica<strong>dos</strong> com GIST fusocelular de alto grau. A incidência dadoença foi de 0,25% na população estudada. Conclusão: GIST é umadoença relativamente rara, sem prevalência entre os sexos, acometeprincipalmente indivíduos na 6ª década de vida e frequentemente éencontrado no estômago. Consoante com a literatura, nesta análise,a neoplasia foi diagnosticada principalmente na 6ª década e o tip<strong>of</strong>usocelular foi o mais comum. A incidência da doença foi baixa,também compatível com outros estu<strong>dos</strong>, considerando que o númerode pacientes estudado foi relevante. Entretanto, houve prevalênciano sexo feminino e setenta e cinco por cento <strong>dos</strong> tumores tiveramlocalização no reto.PO101 - HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA MACIÇA EMPACIENTE COM ANOMALIA VASCULAR NO INTESTINODELGADO – RELATO DE CASOANDRÉ GATTO; MARIA GABRIELA LAZCANO ALVESFERREIRA; MARIA CRISTINA SARTOR; ANTONIO BALDINJUNIOR; RENATO ARAÚJO BONARDI; RONEI ANTONIOSANDRINI; VANESSA NASCIMENTO KOZAK; CAMILA MARIEENDOUFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: descrever o caso de hemorragia digestiva baixa(HDB) grave, em paciente jovem, relatando a sequência de condutasque devem ser tomadas frente a este tipo de emergência e odiagnóstico. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 32 anos,admitido no serviço de urgência por HDB volumosa de início recente.Apresentava-se muito pálido, pressão arterial máxima e mínima de83 e 54 mmHg, respectivamente e freqüência cardíaca de 132batimentos por minuto. Exame proctológico normal, com sangue amontante. Hemoglobina de 5,9 g/dL e hematócrito de 16,6%.En<strong>dos</strong>copia digestiva alta sem alterações. Cólon limpo de fezes,mesmo sem preparo e não tinha lesões.O íleo foi examinado atépróximo à junção com o jejuno, sem sinais de sangramento ativo.Opaciente foi levado para arteriografia. Evidenciou-se sinais dehemorragia ativa na a transição jejuno-ileal, em grandevolume.Injetado vasopressina com parada do sangramento. Apóscompensação clínica adequada, foi levado para cirurgia eletiva. Alesão foi identificada por exame en<strong>dos</strong>cópico transoperatório, viaretal, a cerca de 60 cm a jusante do ângulo de Treitz. Viu-se nódulointra-parietal, único, com cerca de 1,5 centímetros,com coáguloaderido. Realizada enterectomia de cerca de 10 centímetros eanastomose término-terminal. No laudo anátomo-patológico foidescrito dilatação vascular anormal na submucosa,com trombose eulceração na mucosa, tecido de granulação e hematopoieseextramedular, concluindo-se por hemangioma. Apresentou boaevolução, recebendo alta no quinto dia após a cirurgia. DISCUSSÃO:80% <strong>dos</strong> pacientes com hemorragia digestiva terão alguma passagemde sangue pelo reto.Dos que apresentam HDA grave, 10 a 20%apresentar-se-ão com sintomas de HDB.O segmento a ser consideradona HDB é bastante extenso, inclui o intestino delgado e é sujeito adoenças com origem e fisiopatologia diferentes. 80% <strong>dos</strong> casos deHDB aguda cessarão espontaneamente. No entanto, há 25% deressangramento,o que mantém a importância da definição rápida dacausa, nos casos agu<strong>dos</strong> graves, e de reavaliações freqüentes dessespacientes. O intestino delgado é fonte rara de hemorragia digestiva.Sua principal causa são as angiectasias, que englobam asangiodisplasias, mais comuns em i<strong>dos</strong>os, as malformaçõesarteriovenosas e as lesões de Dieulafoy, ambas se manifestando em80


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1indivíduos mais jovens. CONCLUSÃO: A HD originária do intestinodelgado tem diagnóstico difícil: a anamnese não auxilia e aen<strong>dos</strong>copia e colonoscopia não definem o foco. No entanto, osexames en<strong>dos</strong>cópicos são importantes e devem ser realizadas já noinício do tratamento para excluir rapidamente outras causas maiscomuns de HD e orientar a sequência de investigação e terapêuticamais adequadas. Nos casos muito graves, como o descrito, o ideal éseguir para arteriografia. Nos pacientes estáveis, sem hemorragiagrave ativa, pode-se considerar outros méto<strong>dos</strong> diagnósticos: pushenteroscopy, cápsula en<strong>dos</strong>copica, enteroscopia, angiotomografiae cintilografia.PO102 - HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA MACIÇA PORDOENÇA DIVERTICULAR EM JEJUNO: RELATO DE CASOFREDERICK BUTTS 1 ; ANA CAROLINA OLIVEIRA 1 ; VIVIANETIEMI KENMOTI 2 ; EDSON OSSHIRO 2 ; VANESSA CRISTINASANTOS 3 ; ITAGORES HOFFMAN I LOPES SOUSA COUTINHO 11.UFT-UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, PALMAS, TO,BRASIL; 2.GASTROPALMAS, PALMAS, TO, BRASIL; 3.HOSPITALOSWALDO CRUZ, PALMAS, TO, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A doença diverticular do intestino delgadoé uma entidade rara e geralmente assintomática. Eventualmenteapresenta-se com dor abdominal, diarreia e sinais de má absorção.Complicações como perfuração, inflamação ou hemorragia são menoscomuns quando comparadas à diverticulose colônica. A hemorragiadigestiva baixa (HDB) maciça por divertículos de jejuno éextremamente rara e tem sido associada a elevadas taxas demortalidade. OBJETIVO: Relatar um caso de HDB maciça pordivertículos jejunais que, apesar do tratamento adequado, evoluiucom desfecho desfavorável. CASO CLÍNICO: Paciente do sex<strong>of</strong>eminino, 67 anos, foi admitida no pronto socorro com queixa dedor abdominal, astenia e enterorragia volumosa há 24 horas. Pacienteportadora de neoplasia avançada com foco primário oculto,quimioterapia prévia e, há 1 ano, apresentou trombose venosapr<strong>of</strong>unda, com uso de warfarina desde então. Ao exame, encontravaseem regular estado geral e desidratada. As medidas de suporte não semostraram efetivas, tendo evoluído com persistência da hemorragia,confusão mental e grave hipotensão no segundo dia de internação.Foi encaminhada à UTI onde recebeu, de imediato, reposição volêmicavigorosa, vitamina K parenteral e 4 unidades de concentrado dehemácias. Após estabilização inicial foi submetida a exames deimagem: a en<strong>dos</strong>copia digestiva alta não evidenciou alterações; avideocolonoscopia visualizou todo o cólon e ceco, os quais semostraram normais, exceto por conteúdo sanguinolento provenienteda válvula ileocecal; a arteriografia não identificou o sítio desangramento. Após novo episódio de enterorragia maciça, apresentoupiora do quadro hemodinâmico refratário a volume e à politransfusão(10 unidades de concentrado de hemácias e 4 unidades de plasmafresco) sendo necessário início de terapia vasoativa. Optou-se portratamento cirúrgico de urgência com enteroscopia. À laparotomiaexploradora, visualizaram-se nódulos hepáticos provavelmentemetastáticos, alças de delgado com conteúdo sanguinolento e presençade numerosos divertículos em jejuno, iniciando a 50 cm do ângulo deTreitz com extensão de 110 cm, contendo sangue em seu interior.Realizada enterectomia desse segmento, contemplando to<strong>dos</strong> osdivertículos, e entero-enteroanastomose. Ainda que a hemorragianão tenha se repetido, evoluiu com piora gradual e progressiva doestado geral, choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos e sistemasaté o óbito 12 dias após a internação. CONCLUSÃO: Apesar docurto tempo entre o início do evento e realização do tratamentocirúrgico com sucesso, este não foi suficiente para compensar asinúmeras disfunções orgânicas causadas pelo estado de má perfusãoprolongada e debilidade inerente a um estágio avançado de neoplasia.Esse desfecho corrobora os relatos da literatura de que o tratamentoda diverticulose em jejuno complicada associa-se a prognósticosreserva<strong>dos</strong> na maioria <strong>dos</strong> casosPO103 - HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA MACIÇA PORTUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL GIGANTE DEDELGADOOTÁVIO NUNES SIA; ISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO;NATALIA VIEIRA; THIAGO M DINIZ; JOSE C BEDRAN; HUGOHENRIQUES WATTE; ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIOROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Objetivo: Os tumores estromais gastrointestinais (GIST)são um grupo raro de neoplasias de diferentes segmentos do tratodigestivo, originários das células de Cajal.São tumores pequenos,assintomáticos e encontra<strong>dos</strong> incidentalmente. Sintomas expressivoscomo hemorragia digestive maciça, dor abdominal aguda ou massapalpável são raros. O presente trabalho tem como objetivo relatarcaso de paciente com hemorragia digestiva baixa importante associadoa massa abdominal operada em nosso serviço. Material e método:Paciente de 26 anos do sexo feminino com queixa de hematoqueziaintercalada com melena. Ao exame físico, apresentava em abdomepresença de massa palpável em região de transição de mesogástriopara hipogástrio fixa e dolorosa. En<strong>dos</strong>copia Digestiva Alta nãodemonstrou alterações ou sinais de sangramento pregresso;Colonoscopia demonstrou liquido hemático por to<strong>dos</strong> os segmentoscolonicos, sem evidencia de tumorações ou divertículos. Tc deabdome e pelve evidenciou volumosa massa heterogênea,predominantemente sólida, com áreas hipoatenuantes de permeiopodendo corresponder a necrose, com gás em seu interior, localizadoem topografia do hipocôndrio/flanco esquerdo medindo 84 X 76 X70 mm. Submetida a laparotomia exploradora sendo constatadotumoração em alça de delgado a 110 cm do ângulo de Trietz deaproximadamente 15 cm e aderida a sigmoide. Realizadaenterectomia segmentar + sigmoidectomia segmentar + enterroenterro anastomose termino-terminal manual + colon –colonanastomose termino-terminal manual. Paciente apresentou evoluçãopos operatória satisfatória recebendo alta no 7° PO.Anatomopatologico da lesão demonstrou em delgado neoplasiamesenquimal de padrão fusocelular infiltrando até tecido adiposomesentérico e túnica submucosa da parede intestinal. Margenscirúrgicas livres de comprometimento linfonodal.(0/8).Imunohistoquimica foi consistente com Tumor de estromaGastrointestinal( c-kit +, AML + , CD 34+). Conclusão: Os Tumoresestromais gastrointestinais são altamente agressivos e de etiologiaincerta. O tamanho do tumor, o índice mitótico, além de outrosfatores influenciam o prognóstico. Tumores sintomáticos são demaior risco. A terapêutica adjuvante com imatinib para os tumoresde alto risco melhoram a sobrevida livre de doença. O GIST deveser considerado no diagnóstico diferencial das hemorragias digestivas.O tratamento cirúrgico imediato está indicado nas formasameaçadoras a vida.PO104 - HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA PERSISTENTEMESMO APÓS COLECTOMIA SUBTOTAL COMILEOSTOMIA: LESÃO DE DIEULAFOY NO RETO – DESAFIODIAGNÓSTICO81


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1MAURILIO RAMOS PAIVA; RALPH CORREA DE ALMEIDA;PRISCILA OLIVEIRA CARDOSO; ITIBERÊ PESSOA DA COSTA;LUCIANA MARIA PYRAMO COSTAIPSEMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: A lesão de Dieulafoy é uma causa incomum de sangramentogastrointestinal e, apesar do avanço <strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> en<strong>dos</strong>cópicos,continua sendo um desafio diagnóstico para en<strong>dos</strong>copistas e cirurgiões.É mais comumente encontrada no estômago, mas pode ser vistatambém no esôfago, intestino delgado, cólon e reto. Geralmentemanisfesta-se com sangramento gastrointestinal alto ou baixo,volumoso e intermitente. O objetivo desse trabalho é de apresentarum caso de lesão de Dieulafoy no reto, diagnosticada em um pacientecom a hemorragia digestiva baixa persistente submetido a colectomiasubtotal com ileostomia e que apresentou novos episódios desangramento através do coto retal no pós-operatório, além de discutiros aspectos relevantes através de da<strong>dos</strong> levanta<strong>dos</strong> na literatura.PO105 - HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA PORMUCORMICOSE DO CÓLON: RELATO DE CASODANIELA TIEMI SATO; FELIPE CAPPELLETTE MONTEIROFERNANDES; DANIELE LUCHINITZ; MARCOS CANINÉO;ADILSON DE ANDRADE; RONALDO NONOSE; ENZO FABRÍCIORIBEIRO NASCIMENTO; CARLOS AUGUSTO REAL MARTINEZUNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – SP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A mucormicose do cólon, infecção causadapor fungos da ordem Mucorales, é enfermidade raramente descritaque cursa com eleva<strong>dos</strong> índices de mortalidade. Acomete diabéticos,portadores de mielelodisplasias, usuários de drogas deimunossupressores e, mais raramente, na síndrome daimunodeficiência adquirida (SIDA). OBJETIVO: Relatar um caso dehemorragia digestiva baixa (HDB) de evolução fatal por mucormicosecólica em portador de SIDA. MÉTODO: relato de caso.RESULTADO: Homem, 66 anos, admitido com choque hipovolêmico,decorrente de HDB, com início há 24 horas. Acompanhantes referiamque o doente era alcoolista e usuário de drogas injetáveis, já tendodiagnóstico de SIDA sem tratamento regular. Ao exame apresentavaseem MEG, confuso, descorado, desnutrido, PA 100x 70 mmHg,pulso 108 bpm e T&#61616; 37,8C. O abdômen era distendido edoloroso à palpação pr<strong>of</strong>unda sem dor à descompressão brusca. Otoque retal revelava sangue vivo na luva Os exames complementaresmostravam: Hb 6,3 g/dl, leucopenia (3.600) com neutr<strong>of</strong>ilia, desvioá esquerda e linfocitopenia. Após estabilização hemodinâmica àcolonoscopia revelou colite ulcerativa difusa com sangramento ativopor todo cólon. Como não se conseguiu controle do sangramentoapós reposição de cinco unidades de sangue indicou-se colectomiatotal com ileorretoanastomose. Apesar <strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong> intensivosapresentou piora progressiva do estado geral em virtude de choqueséptico evoluindo para óbito no 4&#61616; PO. O examehistopatológico revelou colite ulcerativa hemorrágica difusadecorrente da infecção por fungo da ordem Mucorales, identifica<strong>dos</strong>pela coloração de Grocoti. CONCLUSÃO: A mucormicose cólica,apesar de rara deve ser considerada nos portadores de SIDA queapresentem quadros graves de HDB.PO106 - HEMORRAGIA DIGESTIVA COM ORIGEM NOINTESTINO DELGADO- SÉRIE DE CASOSANA CAROLINA CHIORATO PARRA; CAMILA PERAZZOLI;ANDRÉ ANTÔNIO ABISSAMRA; RAPHAEL GURGEL DECARVALHO; GUSTAVO URBANO; ROGÉRIO SERAFIM PARRA;OMAR FÉRES; JOSE JOAQUIM RIBEIRO DA ROCHAHOSPITAL DE CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO, RIBEIRÃOPRETO, SP, BRASIL.Resumo: Objetivo. Expor causas infrequentes de hemorragia digestivabaixa, particularmente as localizadas no intestino delgado, reforçandoo algoritmo diagnóstico e terapêutico sobre o tema. Materiais eMéto<strong>dos</strong>. Foram seleciona<strong>dos</strong> três pacientes ( com idades de 86, 75e 26 anos) que deram entrada em nossa instituição com queixa demelena e enterorragia. No manejo inicial foi realizada anamnesedirecionada as causas de sangramento digestivo, inspeção anal, toqueretal, estabilização clínica e transfusão sanguínea quando necessário.Conforme o algoritmo de hemorragia digestiva baixa, os pacientesforam submeti<strong>dos</strong> inicialmente a en<strong>dos</strong>copia digestiva alta ecolonoscopia. Como os exames en<strong>dos</strong>cópicos foram inconclusivosem demonstrar a causa do sangramento, a equipe médica foi obrigadaa lançar mão de méto<strong>dos</strong> como tomografia, cintilografia,arteriografia, cápsula en<strong>dos</strong>cópica e até mesmo laparotomiaexploradora de urgência, na tentativa de elucidar o diagnóstico eorientar o tratamento. Resulta<strong>dos</strong>. Após investigação exaustiva comos méto<strong>dos</strong> diagnósticos cita<strong>dos</strong> anteriormente, foram identificadasas causas do sangramento digestivo baixo em dois pacientes. Napaciente mais i<strong>dos</strong>a, o motivo da hemorragia foi um divertículo dejejuno ulcerado, diagnosticado através de laparotomia exploradora.Já, no paciente de 75 anos, a razão do sangramento foi umaangiodisplasia de íleo, apontada através da cápsula en<strong>dos</strong>cópica emanejada clinicamente com talidomida. No terceiro paciente, o maisjovem, após ausência de alteração de to<strong>dos</strong> os exames disponíveisem nosso serviço para investigação de hemorragia digestiva, osangramento foi classificado como de etiologia oculta. Conclusão.Hemorragias digestivas baixas com origem no intestino delgado sãocausas infrequentes de sangramento e impõem grande desafiodiagnóstico para o médico clínico, cirurgião e en<strong>dos</strong>copista. Emsuma, o exame en<strong>dos</strong>cópico alto ou baixo não identificando comclareza a causa da hemorragia, a possibilidade de sangramento oriundodo intestino delgado deve ser considerada.PO107 - HIDRADENOMA PAPILÍFERO PERIANAL: RELATODE CASODANIEL CASTILHO SILVA; EDUARDO ROSETTI FILHO;GALDINO JOSE SITONIO FORMIGA; IDBLAN CARVALHOALBUQUERQUE; FERNANDA BELLOTTI FORMIGAHOSPITAL HELIOPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O hidradenoma papilífero é um tumor císticobenigno, predominante em mulheres, originado das glândulassudoríparas apócrinas da região anogenital. Acometepreferencialmente a vulva, sendo incomum em outra topografia. Atéa presente data foram publica<strong>dos</strong> aproximadamente 17 casos emregião perianal. A apresentação mais comum é um nódul<strong>of</strong>ibroelástico, único, indolor, pequeno (menor que 2cm), unilateral,com pele íntegra sobrejacente e raramente ulcerado. Objetivo: relatarcaso de hidradenoma papilífero perianal. Relato do Caso: pacientefeminino, 31 anos, há um ano com nodulação perianal de crescimentolento e prurido anal. Ao exame nodulação cística de 5mm de diâmetroa 1cm da borda anal lateral-direita, sem outras alterações ao exameproctológico e ginecológico. Submetida a excisão total da lesão sobanestesia local, cujo diagnóstico histológico foi hidradenomapapilífero. Discussão: O hidradenoma papilífero se apresenta comonódulo de consistência elástica e limites precisos, podendo ser tambémpolipóide, vegetante ou cístico. São diagnósticos diferenciais lesõesbenignas, como a doença hemorroidária; e malignas, como metástasede carcinoma papilífero, siringocistoadenocarcinoma papilífero e82


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1carcinoma espinocelular. Apenas biópsia excicional confirma odiagnóstico. Raramente ocorre em indivíduos de raça negra e emhomens, sendo postulado por alguns autores como um tumor deglândula mamária acessória. Histologicamente está na derme, semrelação com a epiderme e limitado por um tecido conectivo fibroso.Formado por conglomerado de ácinos glandulares, tubulares e pequenoscistos cobertos de papilas com dupla camada de células: a primeiracom células cubóides ou colunares claras com núcleo basal (PASpositivo) e a segunda com células cônicas mioepiteliais. A excisãolocal com margem é suficiente para diagnóstico, tratamento e cura.Conclusão: Tendo em vista a diversidade histológica da região anal,as doenças dermatológicas fazem parte do diagnóstico proctológico.O diagnóstico diferencial frente a lesões anais de apresentação nãousualdeve ser amplo e a biópsia é imperiosa.PO108 - HÉRNIA DE AMYANDGLÊNIO FERNANDES MORAES; HERBERT MARCONDESPEREIRA; GUSTAVO SILVA CORTES; RAFAEL BATISTAOLIVEIRA; LUCAS CARTAFINA SOUSAUNIUBE, UBERABA, MG, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: Relatar um caso de Hérnia de Amyanddiagnosticado durante uma hernioplastia inguinal e revisar na literaturasobre sua incidência, fisiopatologia e formas de tratamento.INTRODUÇÃO: A hérnia de Amyand caracteriza-se pela presençade apendicite aguda no interior do saco herniário inguinal, sendo umacondição incomum e rara de ser encontrada. Foi descrita inicialmentepor Claudius Amyand no ano de 1786 durante a correção cirúrgica deuma hérnia inguinal. A denominação “Hérnia de Amyand” vem sendoempregado mesmo nas situaçãoes em que o apêndice esteja normal.A chance de se encontrar o apêndice cecal normal dentro do sacoherniário é de aproximadamente 1%, já a incidência de apendiciteaguda no saco herniário é de aproximadamente 0,01%. O diagnósticopré-operatório da hérnia de Amyand é raro, sendo na maioria <strong>dos</strong>casos realizado durante a intervenção cirúrgica. RELATO DE CASO:Paciente do sexo masculino, 74 anos, natural e procedente de Uberaba-MG, foi encaminhado ao serviço de cirurgia geral da Universidade deUberaba, referindo que há quatro dias apresentava quadro de dorabdominal em fossa ilíaca direita, seguida de abaulamento dolorosona região inguinal ipsilateral. Ao exame físico apresentavaabaulamento inguinal à direita durante manobra de Valsalva, comabdome indolor à palpação, ruí<strong>dos</strong> hidroaéreos presentes, sem massaspalpáveis e sem sinais de peritonite. Foi submetido à inguinotomiadireita para correção cirúrgica e durante a dissecção do saco herniário,identificou-se a presença do apêndice cecal com aspecto inflamatório.Foi realizada a apendicectomia através da inguinotomia, comconfecção de bolsa de Oshner e reforço da parede posterior do canalinguinal pela técnica de Bassini. O paciente evoluiu sem complicações,apresentando evolução clínica satisfatória, recebendo alta hospitalarno 2º dia pós-operatório. DISCUSSÃO: O mecanismo fisiopatológicomais aceito atualmente, é que a inflamação aguda do apêndice cecalocorre devido à herniação e encarceramento de sua base, acarretandoum aumento da pressão intraluminal e proliferação bacteriana localpor diminuição do fluxo sanguíneo com conseqüente isquemia, necrosee eventual perfuração da parede do órgão. Quando ocorre a associaçãoda apendicite aguda com hérnia inguinal encarcerada ou estrangulada,a cirurgia de apendicectomia pode ser realizada pela própria incisãoda inguinotomia. Nos casos do apêndice cecal normal, pode serrealizado apenas a redução da víscera. Após a redução ou ressecçãoapendicular, abordamos o defeito herniário inguinal. No nosso serviço,optamos pelo emprego da técnica de Bassini para reforço da paredeposterior do canal inguinal, não tendo feito uso de qualquer prótese,uma vez que a utilização de material sintético deve ser evitado devidoà possibilidade maior de contaminação bacteriana local.PO109 - HÉRNIA PERINEAL APÓS CIRURGIA DEAMPUTAÇÃO ABDOMINO-PERINEAL - RELATO DE CASO.SILVIA MAMPRIM PADOVESE; RENATO GANDOLFI MARTINSDE LIMA; MARCOS ANTONIO DAL PONTE; JOAO ALVES DEALBUQUERQUE FILHO; MARIANA OKINO MITUO; GENISATOMI CUNRATH; MARCELO MAIA CAIXETA DE MELO;JOAO GOMES NETINHOHOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SAO JOSEDO RIO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Hérnia perineal (HP) é a protrusão deconteúdo intra-abdominal por um defeito entre os músculos e fásciasdo assoalho pélvico. O saco herniário pode conter intestino delgado,bexiga, útero, e/ou omento. Podem ser classificadas em primárias,quando o defeito da musculatura do assoalho pélvico, comconsequente herniação do conteúdo peritoneal, ocorre de formaespontânea; ou secundárias, quando o defeito ocorre após manipulaçãoda região pélvica.1 Um <strong>dos</strong> fatores etiopatogênicos conheci<strong>dos</strong> é aexcisão <strong>dos</strong> mús¬culos elevadores do ânus – procedimentocostumeiramente realizado na técnica operatória da amputaçãoabdominoperineal do reto Baixa incidência e ampla etiologia, a HPapresenta inú-meras técnicas corretivas descritas. OBJETIVO: Relataruma patologia de baixa incidência e ampla etiologia. MÉTODO:Colhido informações do paciente verbalmente e por meio doprontuário. Registrado a presença de hérnia perineal por meio defotos. Revisado o assunto abordado na literatura. RESULTADO: Comoqualquer outra forma de hérnia, o tratamento é cirúrgico. Oprocedimento pode ser realizado por via perineal, abdominal,abordagem combinada ou videolaparoscópica. Em pacientes i<strong>dos</strong>os eassintomáticos não se faz correção cirúrgica. CONCLUSÃO: Pel<strong>of</strong>ato de ser uma patologia pouco frequente e com múltiplas formas deabordagem cirúrgica, não há estu<strong>dos</strong> que definem qual a melhorabordagem terapêutica.PO110 - HÉRNIA PERINEAL APÓS COLOSTOMIA PERINEAL:RELATO DE CASOJOSE JADER ARAUJO DE MENDONÇA FILHO; STHELA MARIAMURAD REGADAS; FRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS;JOSE AIRTON GONÇALVES SIEBRA; LUSMAR VERASRODRIGUES; WARYSON SILVA SURIMÃ; CÉSAR AUGUSTOBARROS DE SOUSA; IRIS DAIANA DEALCANFREITASHUWC, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Introdução: Hérnia perineal é uma afecção raríssima que écaracterizado pelo defeito na musculatura do assoalho pélvico queleva ao abaulamento do períneo por conteúdo da cavidade abdominalenvolto por saco herniário. Pode ser dividida em congênita ouadquirida e em primária ou secundária. O tipo mais comum é a adquiridasecundária à grandes cirurgias pélvicas como amputação abdominoperineal e exenteração pélvica, sendo que a incidência nestes é menorque 1 % <strong>dos</strong> casos opera<strong>dos</strong>. As queixas são de abaulamento da regiãoperineal, desconforto, dor, erosões de pele, distúrbios urinários epara evacuação. O tratamento é sempre cirúrgico e abrange váriastécnicas usando a via perineal, a abdominal, combinada e vialaparoscópica, utilizando ou não telas (biológica ousintética).Objetivo: relatar um caso de hérnia perineal apóscolostomia perineal. Relato de caso: CMBG, 68 anos, sexo feminino,natural e procedente de Fortaleza-CE, dona de casa e católica. Em83


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 12005, paciente foi submetida à RT e QT para tratamento de carcinomaepidermóide de canal anal. Em 2006, no seguimento pós otratamento, foi identificado uma massa no canal anal, após biópsiaque confirmou ainda a presença da doença, foi indicado a ressecção erealizado a amputação abdomino perineal seguido de colostomiaperineal. Evoluiu bem no PO com controle adequado da doença vistopelos exames de seguimento (CEA, Rx tórax, TC de abdome e pelve,além de exame físico e história clínica. Há cerca de 1 ano vemqueixando-se de abaulamento em região perineal, associado à dor edesconforto no local. Ao exame físico , foi identificado hérniaperineal, que foi confirmado com o uso de uma TC de abdome epelve. No dia 0132012, paciente foi submetido à correção de hérniaperineal sem intercorrências por via abdominal e com uso de telabiológica que foi afixada nos ossos da pelve. Conclusão: hérniaperineal é uma afecção rara porém deve sempre ser suspeitada emcirurgias grandes na pelve, porém devido ao pequeno número decasos, não há estu<strong>dos</strong> na literatura que mostrem qual o melhortratamento, porém a tendência é que cada vez mais se use a viaabdominal com uso da videolaparoscopia.PO111 - HÉRNIA PERINEAL PÓS-OPERATÓRIA: RELATO DECASODANIEL CASTILHO SILVA; SABRYNA LACERDA WERNECK;EDUARDO ROSETTI FILHO; GALDINO JOSE SITONIOFORMIGA; JOÃO CARLOS MAGIHOSPITAL HELIOPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: a hérnia perineal pós-operatória, protrusão devísceras abdominais por defeito no assoalho pélvico, é umacomplicação rara de cirurgias abdominoperineais com prevalência de0,34%. O tratamento cirúrgico pode ser por via abdominal, perinealou combinada. O uso de telas está relacionado ao risco de aderências,infecção e fístulas. Objetivo: relatar caso de correção por via perinealde hérnia pós-operatória. Relato do Caso: paciente feminina, 71anos, há três anos com abaulamento em região glútea direita apóshisterectomia vaginal por prolapso uterino. Ao exame, tumoraçãode 6,0cm em glúteo direito, aumento com manobra de valsalva. Aoexame: falha de 4,0cm em musculatura esfincteriana anterolateraldireita e vagina em fundo cego. Colonoscopia até ceco, sem alterações.Ressonância nuclear magnética de abdome e pelve: herniação dealças intestinais de delgado no assoalho pélvico permeando os músculoselevadores do ânus à direita. Herniorrafia por via perineal sob anestesiageral, incisão arciforme, saco herniário contendo alças de delgado,dissecção até os músculos elevadores do ânus. Ressecção do sacoherniário e sutura <strong>dos</strong> planos musculares, sem drenagem ou locaçãode tela. Boa evolução ambulatorial. Discussão: as hérnias perineaissão raras, acometem principalmente mulheres entre a quinta e sétimadécadas de vida. Podem ser classificadas como primárias ousecundárias, estas geralmente após traumas obstétricos ou cirurgiaspelve-perineais. O tratamento é cirúrgico, e pode ser realizado porvia perineal, abdominal ou combinada. A laparoscopia é umapossibilidade de acesso abdominal. O uso de tela é controverso, poisaumenta as morbidades, como aderências, fístulas e infecção.PO112 - INTUSSUSCEPÇÃO COLO-COLONICA PORLIPOMA – RELATO DE CASOINÁCIO SWAROWSKY; DÓRIS M. L. SWAROWSKY; BRUNASELEME; TIAGO E. F. CEZAR; VITOR L. SALBEGOHOSPITAL SANTA CRUZ – RS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A intussuscepção intestinal é comum emcrianças (95%) e rara nos adultos (5%). Ocorre quando o segmentoproximal telescopa para dentro do segmento distal. Apresentasintomatologia variável e erros diagnósticos freqüentes. Sualocalização pode ser entérica, ileocólica, ileocecal, colocólica. Noadulto os sintomas são inespecíficos subagu<strong>dos</strong> e crônicos. Seudiagnóstico é difícil e quase sempre firmado durante a laparotomia.No cólon é secundária à causa orgânica maligna em mais de 60% <strong>dos</strong>casos. O diagnóstico pode ser suspeitado pelo US ou TC de abdome.O tratamento recomendado é a ressecção cirúrgica em bloco, aosmoldes oncológicos, sem tentativa de redução da intussuscepção.OBJETIVO: Relatar um caso raro de intussuscepção colocólica porlipoma gigante de cólon descendente, revisão da literatura e discutira conduta cirúrgica neste caso. MÉTODO: Paciente M.G.J.,masculino, 51 anos, branco, com história de dor abdominal nohipogástrio e em fossa ilíaca esquerda há 2 semanas, em cólica,intermitente, associada a evacuações sanguinolentas há 3 dias. Omesmo já portava consigo um enema opaco que evidenciava trânsitoretrógrado pelo meio de contraste do reto até o terço médio docólon descendente, onde se identificava abrupto estreitamento destesegmento, sugerindo lesão expansiva. A tomografia computadorizadaidentificou uma massa em flanco esquerdo sugerindo intussuscepçãocolocólica encarcerada. Optou-se por tratamento cirúrgico,realizando uma colectomia esquerda radical com anastomose primária,sem proceder-se à redução da intussuscepção. RESULTADO: Opaciente evoluiu bem, com alta no nono dia pós-opratório. O exameanátomo patológico demostrou tratar-se de um lipoma submucosopediculado, ulcerado, medindo 5,6cm de extensão. CONCLUSÃO:Trata-se de um caso raro de doença benigna de cólon que foi tratadocomo doença maligna.PO113 - INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL POR LIPOMA:RELATO DE CASOSABRINA MIOTO; DANIEL CASTILHO SILVA; SABRYNALACERDA WERNECK; RAFAEL FERREIRA CORREIA LIMA;JOÃO CARLOS MAGI; GALDINO JOSE SITONIO FORMIGAHOSPITAL HELIÓPOLIS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A intussuscepção intestinal é definidacomo a penetração de um segmento proximal do intestino dentrodo lúmen de um segmento distal adjacente, causando compressãovascular do mesentério com consequente edema, isquemia, necrosee até perfuração com peritonite. OBJETIVO: relatar caso deintussuscepção ileocecocólica causada por lipoma de ceco. RELATODO CASO: paciente masculino, 41 anos, há 14 dias com sintomasde suboclusão intestinal. Ao exame, desidratado, abdome distendido,doloroso à palpação em fossa ilíaca direita, com tumoração de10cm em flanco direito, indolor, sem sinais de irritação peritoneal.Radiografia simples de abdome apresentando níveis hidroaéreos.Tomografia de abdome e pelve com triplo contraste com tumoraçãoem topografia de cólon ascendente sugestiva de intussuscepção. Àcolonoscopia, visualizado pólipo gigante em cólon ascendenteproximal. Indicada laparotomia exploradora. Ao inventário dacavidade, encontrada intussuscepção ileocecocólica, com tumoraçãocecal de 7 cm servindo como cabeça da intussuscepção. Realizadahemicolectomia direita. Anátomo-patológico: lipoma submucoso.Paciente evoluiu sem intercorrências, recebendo alta no 5° dia pósoperatório.DISCUSSÃO: a intussuscepção intestinal em adultos éuma condição pouco comum. Noventa por cento <strong>dos</strong> casos sãosecundários à lesão orgânica. Os lipomas colônicos são incomuns e,quando gigantes, há maior chance de causarem complicações, comodor abdominal, sangramento, obstrução e intussuscepção. Setentapor cento localizam-se no ceco e ocorrem com maior frequência84


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1em mulheres. O diagnóstico é feito através de colonoscopia etomografia. O tratamento é cirúrgico.PO114 - INVAGINAÇÃO INTESTINAL EXTERIORIZADA PELOÂNUS - RELATO DE CASOPAULA DE LIMA E SILVA GARCIA; GLORIA MARIA PINTO DEFIGUEIREDO; DANIEL HENRIQUE KUSHNIR; FRANCISCOEDUARDO SILVA; RODRIGO REGO LINS; RENATA POZZI;JAIME COELHO CARLOS MAGNO; JOSE PINHEIROMAGALHÃESHEGV, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.Resumo: Paciente com 84 anos com história de dor + prolapso àsevacuações com seis meses de evolução. Sangramento discreto. Oprolapso por vezes reduzia-se espontaneamente e em outrasnecessitava redução. Como comorbidades uma anemia importante +fibrilação atrial crônica. O exame proctológico mostrava umatumoração volumosa, prolabada pelo ânus, multilobulada, com odorfétido e sinais evidentes de isquemia. O toque retal dava a impressãode um pedículo largo, implantado em parede lateral D no reto inferiore nosso diagnóstico inicial foi de tumor viloso de reto prolabado.A TC de abdome evidenciava a clássica imagem em alvo e a imagemem “hot-dog” (sem e com contraste) definindo o diagnóstico deinvaginação intestinal que, pelos da<strong>dos</strong> de história (6 meses comprolapso) deveria tratar-se de invaginação recorrente. Como apaciente não apresentava indicativos de obstrução intestinal foirealizada uma colonoscopia que mostrou uma tumoração multilobuladaem colo esquerdo recoberta com mucosa esverdeada pela isquemia,móvel, de consistência macia. Não foi possível ultrapassar a lesãonem identificar o pedículo, inviabilizando qualquer tentativa deressecção en<strong>dos</strong>cópica. Durante larotomia não conseguimosidentificar a tumoração detectada na colonoscopia, identificaçãoessa, dificultada pelo intenso processo aderencial do sigmóideredundante a alças do delgado e ao colo descendente. Foi necessáriacolonoscopia per-operatória que definiu a localização exata da lesãono colo transverso próximo do ângulo esplênico. Entre a primeiracolono e essa já haviam se passado oito dias e a lesão não apresentavaisquemia da mucosa. Realizamos hemicolectomia esquerda comrestabelecimento do trânsito através de anastomose colo-retal porduplo grampeamento. A paciente evoluiu com abscesso intracavitáriodiagnosticado por TC sendo reoperada no 8º DPO para lavagem dacavidade, anastomose íntegra. Alta no 15º DPO da primeira cirurgia.O laudo histopatológico foi de lipoma submucoso de colo. Discussão:O lipoma de cólon tem como disgnóstico diferencial prolapso dereto, tumor viloso de reto e pólipo de reto, principalmente quandocursam com invaginação e exteriorização pelo ânus.Conclusão: Enquanto a invaginação é relativamente comum emcrianças é bastante rara em adultos. Os lipomas de IG representam asegunda neoplasia mais comum nos cólonsPO115 - LINFOMA NÃO - HODGKIN EM REGIÃO ANAL EMPACIENTE HIV+: RELATO DE CASOLUANA GIMENEZ FREIRE 1 ; MAURO ROBERTO VERASBEZERRA FILHO 1 ; DANIELLE CRISTINE WESTPHAL 2 ; MARIAZEINA MICHILLES SAMPAIO 3 ; JOSÉ RIBAMAR ARAÚJO 3 ;FELICIDAD SANTOS GIMENEZ 11.UFAM, MANAUS, AM, BRASIL; 2.FUAM, MANAUS, AM, BRASIL;3.FMT-HVD, MANAUS, AM, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Em pacientes HIV+, a incidência deneoplasias aumenta devido, tanto à imunossupressão, quanto aoaumento da expectativa de vida causado pelo uso de antirretrovirais.A probabilidade de se encontrar neoplasias mais raras em pacientessoropositivos também é maior, a exemplo do linfoma não-Hodgkin(NHL), que tem maior predileção pelo sistema gastrointestinal quandoacomete o sistema extranodal. OBJETIVO. Relatar um caso clínicode Linfoma não-Hodgkin sangrante em canal anal e ânus,demonstrando a elucidação diagnóstica bem como a importância emse atentar para o possível acometimento de tal região por essaneoplasia. MATERIAL E MÉTODOS: Os da<strong>dos</strong> conti<strong>dos</strong> no trabalh<strong>of</strong>oram obti<strong>dos</strong> por meio da anamnese e exame físico do paciente,exames complementares com revisão do prontuário e consulta àliteratura científica. RESULTADO: C.A.F.B., 43 anos, sexo masculino,heterossexual, com HIV há 20 anos, foi admitido no Hospital Tropicalde Manaus com queixa de tumoração e sangramento anal. Encontravaseanêmico, emagrecido, afebril, hipocorado, desidratado e dispneico.O paciente relatou o aparecimento de uma grande tumoração emregião anal há quatro meses, acompanhado de sangramento crescente.Afirmava fazer uso irregular da terapia antirretroviral nos últimosseis meses antes de sua última internação. Contagem de CD4 foi de54¼l. Foi encaminhado ao proctologista, este evidenciou tumoraçãode tamanho 12x12 cm, em região anal, de sangramento fácil evolumoso a pequenos traumas acompanha<strong>dos</strong> de edema perineal eglútea. Assim, o paciente foi evoluindo com o aumento <strong>dos</strong>angramento, dor, adenomegalia inguinal e constipação. Devido aointenso sangramento do tumor, foi encaminhado seguidas vezes aoutras unidades hospitalares para hemostasia cirúrgica, necessitandode transfusão sanguínea. Na tomografia, verificou-se espessamentode parede tecidual na região perineal, anal e fossas isquiorretais.Devido ao pr<strong>of</strong>uso sangramento do tumor, a biópsia foi feita comcerta dificuldade. Os acha<strong>dos</strong> histopatológicos evidenciaram linfomanão-Hodgkin, podendo ser linfoma difuso de grandes células B oulinfoma linfoblástico com possibilidade de haver um carcinomaescamocelular indiferenciado, devido presença de células anaplásicas.A fim de ser obter uma melhor sensibilidade e especifidade diagnóstica,foi solicitado uma imuno-histoquímica. Iniciou-se a quimioterapiado tipo CHOP, obtendo assim, uma melhora com redução do tamanhotumor, do edema e do sangramento. CONCLUSÃO: A presença desinais e sintomas como a hematoquezia, adenomegalia inguinal esintomas B (perda de peso, febre, sudorese noturna) em pacientesHIV+ em estágio avançado que não fazem uso adequado da terapiaantirretroviral e que possuem baixa contagem de células T CD4+ sãorelevantes pois, tal conjuntura possibilita ao médico um diagnósticoprecoce e um tratamento adequado de tal patologia.PO116 - LIPOMA DE COLÓN DESCEDENTE CAUSANDOSUB-OCLUÇÃO INTESTINAL: RELATO DE CASO EREVISÃO BIBLIOGRAFICAEDIALA KOSMA PIRES DE OLIVEIRA AURICHIO; JOSÉ EMILIOMENEGATTI; GUILHERME CANFIELD; RICARDO RYDYGIERDE RUEDIGER; SARA MERLIN MASCHIETTO; JOSÉ ANDERSONFEITOZA; ANTONIO CARLOS TROTTA; RUBENS VALARINEHOSP. UNVERSTARIO EVANGELCO DE CURITIBA, CURITIBA,PR, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Os lipomas são a segunda causa de tumoresbenignos do cólon, perdendo apenas para os pólipos.(1,2,3) É raroem freqüência comparado aos tumores colônicos. Na revisão de 4.000casos de tumores gastrintestinais benignos, Mayo et al. encontraram164 lipomas (4%). Sua apresentação geralmente é assintomática ouoligossintomática, ocorrendo o diagnóstico após exame deen<strong>dos</strong>cópico casual. Os sintomas estão relaciona<strong>dos</strong> ao tamanho dolipoma: sangramento, dores abdominais, alteração do habito intestinal85


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1e menos comum obstrução. Nos adultos, é mais frequente no sex<strong>of</strong>eminino, após a quinta década de vida.(1). A localização mais comumem ordem decrescente <strong>dos</strong> lipomas colônicos: cólon ascendente,ceco, transverso e descendente, porem podem ser encontra<strong>dos</strong> emtodo trato gastrointestinal.(4) A origem do tecido pode ser submucoso,o mais comum ou subsserosos, epiplóicos e intermucosserosos.(5,6).O objetivo deste trabalho é relatar um caso de obstrução de cólondescendente por lipoma único sub-mucoso oligossintomatico. Alémde dissertar a respeito da sintomatologia, diagnóstico e formas deapresentação e tratamento, realizando uma revisão na literatura.RELATO DE CASO: L. F. P., 52 anos, sexo masculino, casado,católico, natural e residente de Curitiba. Da entrada no hospitalEvangélico de Curitiba com queixa principal de dor abdominal. Nahistória mórbida atual o paciente refere que há 45 dias iniciou quadrodor abdominal, localizada em FIE, com irradiação para região lombaresquerda, do tipo cólica, de forte intensidade, intermitente, comduração de 100 minutos. Como fator de melhora refere eliminaçãode flatos e fezes e nega fator de piora. Associado relata aumento daperistalse, distensão abdominal, parada intermitente da eliminaçãode flatos e fezes- aproximadamente 3 dias-, perda de peso- 2kg em 1mês- e enterorragia intermitente em pequena quantidade, sanguevivo, não associada as evacuações. Nega náuseas, vômitos e febre.Nega episódio semelhante anteriormente. De antecedentes pessoaisreferiu colecistectomia há 15 anos por colelitíase; drenagem de tóraxhá 10 anos devido acidente automobilistico; portador de HAS edislipidemia não controlada. Nega outras doenças e antecedente decâncer. Antecedentes familiar: sem particularidades. Ao exame físico.Fáscies de dor, BEG, LOTE, acianótico, anictérico, febril 38,2,desidratado (+/4), eupnéico, normotenso. PA:134x90, FC: 91 bpm,FR:20. Cabeça e pescoso: mucosa hipocorada +/4+, hidratada. Semmassas ou linfono<strong>dos</strong> palpáveis. Cardíaco: ictus cordis não visível enão palpável, 2 bulhas rítmicas norm<strong>of</strong>onéticas sem sopro oudesdobramento. Pulmonar: ausência de deformidades, frêmito tóracovocalpresente simétrico, expansibilidade torácica presente esimétrica, murmúrio vesicular fisiologicamente distribuído sem ruí<strong>dos</strong>adventício, som claro pulmonar. Abdominal: globoso as custa deadipócitos, com cicatriz em hipocôndrio direito, ausên.PO117 - LIPOSSARCOMA PERINEAL: UMA CONDIÇÃORARAISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; HUGO HENRIQUESWATTE; ED WELSON JOSE COSTA; RENATO XAVIER CHEBEL;ROGERIO L FREITAS; ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIOROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Lipossarcoma é o segundo tipo mais comum de sarcomasem adultos, com uma incidência estimada de 30 casos por milhão.Origina-se de células multipotenciais primitivas mesenquimais, queposteriormente se transformam em tecido adiposo. Ocorremprincipalmente entre a 4p e 6p décadas, com discreto predomínioem homens2. Geralmente se originam nas extremidades,retroperitônio, regiões inguinal e paratesticular3,4. Outros locaissão representa<strong>dos</strong> pelo mediastino, pulmões, intestino delgado,omento e mesentério. OBJETIVO Os autores relatam o caso de umpaciente que apresentou lipossarcoma perineal e foi tratado comexcisão ampla. Discute-se esse tipo raro de tumor baseado na revisãoda literatura. RELATO DO CASO: Estudo de caso de paciente LLS,72 anos, masculino com história de tumoração em face posterior decoxa direita com aumento progressivo há cerca de 20 anos. Negavasintomas associa<strong>dos</strong> e alterações do hábito intestinal e urinário. Alémdisso, não tinha sintomas de incontinência anal. Ao exame físicoevidenciado lesão de superfície regular sem ulcerações e de consistênciafibro-elástica em face posterior da coxa direita que se estendia atéregião inguinal ipsilateral sem comprometimento esfincterianoanorretal. Diante disso, submetido a exames complementares comultrassonografia de partes moles demostrando volumosa formaçãoexpansiva loculada heterogênea com áreas císticas de permeio naregião glútea a direita. Posteriormente, realizado tomografia de abdomee pelve com imagens e laudo que denotavam uma volumosa formaçãoexpansiva com atenuação de partes moles heterogênea, pediculadamedindo cerca de 22x18x16,8cm na região glútea e perianal a direita.Em 29/09/2011 paciente submetido a ressecção de massa expansivacom posterior recuperação pós operatória satisfatória com altahospitalar no x dia de pós operatório sem queixas evacuatórias e semsintomas de incontinência anal. Resultado anatomopatológico revelouneoplasia fusocelular de provável origem mesenquimal com presençade extensas áreas de necrose. Além disso, a pele encontrava-se dentro<strong>dos</strong> padrões da normalidade. Solicitado estudo imunohistoquímicoque demonstrou tratar-se de lipossarcoma perineal. Atualmenteencontra-se assintomático com melhora da qualidade de vida e comseguimento ambulatorial regular. CONCLUSÃO: Os tumores perineaise perianais de partes moles são lesões bastante raras que têm comotratamento a conduta cirúrgica com margens de ressecção livres.Deve-se, ainda, devido sua localização, atentar-se para o aparelhoesfincteriano do ânus com ênfase além da radicalidade oncológica naqualidade de vida do paciente.PO118 - MALACOPLAQUIA DE COLON E LINFOMA NÃOHODGKIN: UMA ASSOCIAÇÃO RARAFERNANDA RODRIGUES FERNANDES; DANIELLETALAMONTE; CYNTHIA ABDALLA CRUZ; MARTA BEATRIZFONTENELE SANTOS; FERNANDO GONÇALVES LYRIO;JANDUI GOMES DE ABREU FILHO; ERIVALDO FERNANDESLIRA; JOSÉ JUVENAL DE ARAUJOHBDF, BRASILIA, DF, BRASIL.Resumo: Jovem, sexo feminino, 17 anos, admitida na Unidade deColoproctologia do Hospital de Base do Distrito Federal com quadroclínico de perda ponderal, edema de MMII, ascite e diarréia há cercade 10 meses. Foi submetida a exames diagnósticos: TC de abdomeevidenciou linfonodomegalias mesentéricas e perivasculares eespessamento de paredes intestinais; videocolonoscopia mostrouválvula ileocecal multilobulada, recoberta por mucosa granulosa,aumentada de volume, com diminuição do lumen impossibilitando aintrodução do aparelho no íleo terminal. Múltiplas lesões polipóides,sesseis, de coloração avermelhada, assimétricas e descontínuascircundadas por mucosa de aspecto normal em to<strong>dos</strong> os segmentoscolônicos e reto, em maior número no sigmoide. O resultadohistopatológico e imunohistoquimico das biopsias seriadas de cólonevidenciaram malacoplaquia e hiperplasia linfóide. A paciente inicioutratamento com bactrim sem melhora do quadro clínico. Optou-seportanto em submetê-la a laparotomia exploradora que mostroudistensão e espessamento de alças intestinais e linfonodomegaliasmesentéricas e paraórticas. Realizado biópsia de linfono<strong>dos</strong>mesentéricos cujo resultado histopatológico e imunohistoquímicorevelou linfoma de célula B, de zona marginal. A paciente foiencaminhada para hematologia e iniciou tratamento específico.COMENTÁRIOS: Malacoplaquia é uma doença granulomatosaadquirida, inicialmente descrita por Michaelis e Gutmann em 1902.O trato gastrointestinal, especialmente o cólon, é o segundo sítiomais comum de ocorrência1. A malacoplaquia tem sido descrita em86


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1associação com uma variedade de condições malignas e benignas2. Asintomatologia da malacoplaquia no trato gastrointestinal varia desdeassintomatica a diarréia, dor abdominal, hemarragia ou obstrução3.Associação de malacoplaquia e linfoma não-hodking é, no entanto,bastante rara3. Uma revisão da literatura mostra apenas um casorelatado desta coexistência. A etiologia não está completamenteelucidada porém uma alteração na resposta imunológica está presentena patogênese. A importância do conhecimento desta síndromefavoreceu para que houvesse a investigação diagnóstica adequada dacomorbidade associada e isto permitiu que a paciente fossecorretamente tratada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. J.Bouguila and cols. Digestive Malacoplakia in Children: Case Report.ISRN Gastroenterology 2011; 2011: 597350. 2. D. Sandmeier, L.Guillou. Malakoplaquia and adenocarcinoma <strong>of</strong> the caecum: a rareassociation. J Clin Pathol 1993; 46: 959-960. 3. N. Al Hawashim, A.Al Akwaaa. Coexistence <strong>of</strong> malakoplakia and multifocal diffuse largeB cell lymphoma <strong>of</strong> colorectum. Colorectal Disease, 2008 (11), 99-100. 4. McClure John. Malakoplakia <strong>of</strong> the gastrointestinal tract.Postgrad Med J. 1981 February; 57, 95-103. 5. AW Bates, S Dev, SIBaithun. Malakoplakia and colorectal adenocarcinoma. PostgradPO119 - MOLUSCO PÊNDULOJOAO ALVES DE ALBUQUERQUE FILHO; LUIZ CARLOS FURTATJUNIOR; SILVIA MAMPRIM PADOVESE; RENATO GANDOLFIMARTINS DE LIMA; MARCOS ANTONIO DAL PONTE;FRANCISCO DE ASSIS GONÇALVES FILHO; JOAO GOMESNETINHOHOSPITAL DE BASE, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Acrocordons (skin tags), fibromas moles ou peduncula<strong>dos</strong>,representam os tumores cutâneos fibroepiteliais mais comuns. Sãopólipos benignos adquiri<strong>dos</strong> que surgem nas dobras naturais da pele,como regiões cervical, axilar, inguinal, crural, perineal, inframamária,pálpebras e sulco interglúteo. Clinicamente, apresentam-se comolesões tumorais, flácidas, pediculadas e de superfície enrugada. Possuemcrescimento progressivo sem involução espontânea. Normalmentesua dimensão varia entre 2 e 10 mm. São raros quando apresentamdimensões acima de 5 cm, sendo denomina<strong>dos</strong> molusco pêndulo.Apresentam componente familiar, mas o padrão genético ainda nã<strong>of</strong>oi definido, assim como aspectos étnicos, não havendo predileçãopor gênero. Associam-se a gravidez, acromegalia, pólipos intestinais(sintomáticos), dislipidemia, obesidade, diabetes mellitus (DM),aterosclerose e a várias síndromes como ovários policísticos, Birt-Hogg-Dube e Cowden. Na literatura são raros os casos de fibromamole de grandes dimensões. Neste relato apresentamos o caso de umfibroma mole gigante (22x20x8 cm e 938 g) situado em região glúteadireita.PO120 - NEOPLASIA DE PRÓSTATA COM INVASÃO RETAL -RELATO DE CASOANTONELLA FURQUIM CONTE; JOSE VINICIUS CRUZ; TALITAVILA MARTINS; RAFAEL FÉLIX SCHILINDWEINSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE, PORTOALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A neoplasia de próstata é uma patologiafrequente na população i<strong>dos</strong>a masculina. Em tumores localmenteavança<strong>dos</strong> poderá haver invasão retal. Nestes casos a clínicapredominante será de manifestações colorretais. . A diferenciaçãodiagnóstica é de fundamental importância, uma vez que o tratamentoprimário de ambas as patologias difere. O objetivo do estudo é relatarum caso clínico compatível com neoplasia de reto e investigação deimagem levantando a suspeição de tumor prostático. O diagnósticodefinitivo só foi possível após tratamento cirúrgico e estudo da peça.RELATO DO CASO: Paciente masculino, 59 anos, com dorabdominal, emagrecimento e sangramento retal. Ao exame,apresentava lesão retal pétrea em parede anterior. A colonoscopiaevidenciou volumosa lesão tumoral vegetante e biópsia com resultadode adenocarcinoma do intestino grosso, confirmada porimunoistoquímica. Exames de imagem (TC e RNM) mostrarampróstata volumosa e adenomegalias inguinais e perirretais. Punçãoprostática apresentou como resultado adenocarcinoma de próstata,gleason 5+5. Diante <strong>dos</strong> acha<strong>dos</strong> firmou-se como hipótese diagnósticaneoplasia sincrônica de reto e próstada sendo decidido por abordagemcirúrgica. O paciente foi submetido a exanteração pélvica comamputação abdomino-perineal de reto e prostatectomia radical. Oexame anatomo-patológico da peça revelou um adenocarcinoma dapróstata, confirmado por imunoistoquímica. CONCLUSÃO: Aapresentação clínica proveniente da invasão retal por um tumor depróstata não possibilita totalmente o esclarecimento do real sítioprimário da neoplasia. Os exames radiológicos e/ou en<strong>dos</strong>cópicospodem não ser capazes de definir o diagnóstico definitivo. A suspeiçãoclínica é fundamental para levar a realização de exames específicos.Assim deverão ser esgota<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os méto<strong>dos</strong> investigativos paraque a conduta possa se enquadrar dentro do melhor planejamentoterapêutico.PO121 - OBSTRUÇÃO INTESTINAL CAUSADA POR BEZOAR(JABUTICABA) – RELATO DE CASODORYANE MARIA DOS REIS LIMA 1 ; GUSTAVO KURACHI 2 ;JORGE MANUEL RODRIGUES OLIVEIRA FILHO 1 ; KARINACORREA EBRAHIM 1 ; LARISSA SOKOL ROTTA 1 ; DAYANNEALBA CHIUMENTO 1 ; MAURO WILLEMANN BONATTO 3 ;UNIVALDO ETSUO SAGAE 31.FACULDADE ASSIS GURGACZ, CASCAVEL, PR, BRASIL;2.GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA, CASCAVEL, PR, BRASIL;3.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ,CASCAVEL, PR, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi relatar um casode abdome agudo obstrutivo causado por um bezoar (jabuticaba).RELATO DE CASO: Paciente JPS, sexo feminino, 46 anos,aposentada, natural e procedente de Cascavel. Foi atendida no prontosocorro com queixas dor e distensão abdominal, de inicio súbito, há2 horas, sem quaisquer outras queixas. Realizada, no momento, rotinade abdome agudo e medicação analgésica com hidratação venosa. Oleucograma e radiografia de abdome e de tórax apresentaram-senormais. Co0mo paciente ainda evoluía com dor, foi realizadatomografia abdominal com presença de imagens anulares, hipoecóicas,regulares no interior de todo as alças do intestino delgado, sem sinaisde níveis hidroaéreos e distensão de alças a montante. Nessemomento, a paciente informou ao médico que havia ingerido um 1,5kg de jabuticaba com caroço. A paciente foi submetida a diversaslavagens retais com solução de glicerina e evoluiu com grandequantidade de evacuações com a eliminação de muitos caroços dejabuticaba. Foi reintroduzida dieta via oral e, em 24 horas, a pacientevoltou a ter dor abdominal com vômitos com parada de eliminaçãode flatos e fezes, quando foi indicada uma videolaparoscopiadiagnóstica. Durante a videolaparoscopia, foi evidenciada dilataçãoimportante de alças de delgado distal e durante a corrida de alças doângulo de Treitz em direção ao íleo terminal, evidenciou-se umabrida formada entre a trompa direita e o íleo terminal comacotovelamento desta abaixo da aderência. Realizada, então, lise de87


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1brida com retorno do transito intestinal visível após o procedimento.Foi continuada a corrida de alças com revisão <strong>dos</strong> cólons sem nadaevidenciado. A paciente evoluiu bem e no segundo dia pós-operatórioteve alta hospitalar. Ambulatorialmente foi realizada colonoscopia,apresentando-se normal. CONCLUSÃO: Apesar da baixa incidênciano Brasil de obstrução intestinal causada por bezoares, essa causadeve ser aventada na investigação de abdome agudo obstrutivo. Namaioria das vezes, observa-se obstrução por tumores e/ou divertículoe são comumente trata<strong>dos</strong> de forma cirurgica.PO122 - OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR LIPOMA DECÓLON ESQUERDOTHIAGO DE ALMEIDA FLAUZINO 1 ; SANDER DIAS MOTA 1 ;MARCELO DOTTO 2 ; LORENA REUTER MOTTA GAMA 3 ;FLÁVIA LEMOS MOURA RIBEIRO 1 ; GIOVANNI JOSÉZUCOLOTTO LOUREIRO 1 ; LUCIANO PINTO NOGUEIRA DAGAMA 3 ; ROSSINI CIPRIANO GAMA 11.HOSPITAL DOUTOR DÓRIO SILVA1, VITORIA, ES, BRASIL;2.HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRIDA DE VITÓRIA,VITORIA, ES, BRASIL; 3.VITORIA APART HOSPITAL, VITORIA,ES, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O lipoma do intestino delgado é incomum,sendo encontrado mais frequente em ceco e cólon ascendente. Quandomenores que 02 cm são indolentes, contudo quando maiores podemcausar sintomas de obstrução intestinal. OBJETIVO: Os autoresapresentam um caso de obstrução intestinal de cólon esquerdo porvolumoso lipoma de cólon, operado no serviço de coloproctologiado Hospital Dr. Dório Silva. MÉTODO: RELATO DE CASO:Paciente feminina, 55 anos, viúva, natural e residente da Serra-ESfoi admitida no pronto socorro do Hospital Dr. Dório Silva emmarço de 2012, com queixa de dor e distensão abdominal, associadoa náusea e vômitos, alem de parada de eliminação de gases e fezes. Aoexame físico apresentava-se desidratada +++/4+, eupneica,taquicárdica, normotensa. Hemograma com leucocitose discreta. Rxde Abdome revelava distensão de cólon ascendente e transverso,níveis hidroaéreos e stop ao próximo a flexura esplênica do cólon.Tomografia de abdome demonstrou distensão de alças intestinais porprovável processo obstrutivo em cólon esquerdo. Retossigmo<strong>dos</strong>copiarígida até 17 cm evidenciou sangue na luz do sigmóide. Laparotomiaexploradora evidenciou intussucepção de cólon descendente porvolumosa tumoração lipomatosa, sendo realizado cirurgia à Hartmann.RESULTADOS: Evolução satisfatória, com alta no 8º dia de pósoperatório.O exame histopatológico confirmou lipoma submucosoassociado à necrose isquêmica da mucosa. CONCLUSÃO: Apesar dolipoma ser considerado uma patologia benigna e incomum, pode emdetermina<strong>dos</strong> casos, causar sintomas obstrutivos, mimetizandoneoplasia de cólon.PO123 - OPERAÇÕES CÓLON-RETAIS ESQUERDAS SEMPREPARO MECÂNICO: EXPERIÊNCIA INICIALVIRGINIA CAMPOS DALMASO; MARCELO BETIM PAES LEME;EVANDRO DE MORAIS E SILVA; ROGÉRIO DE OLIVEIRAGONÇALVES; LEONARDO AMORIM FORMAGGINEHSJB, VOLTA REDONDA, RJ, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O preparo mecânico do cólon tem comoprincipal objetivo o esvaziamento do conteúdo fecal, que poderia, senão realizado, levar a contaminação da cavidade abdominal elevandoas taxas de infecção do sítio cirúrgico ou contribuir para uma maiorfrequência de deiscência anastomótica. MÉTODO: Foram avalia<strong>dos</strong>27 doentes consecutivos submeti<strong>dos</strong> a operações eletivas do cólonesquerdo e reto com anastomoses primárias. To<strong>dos</strong> os doentes foramopera<strong>dos</strong> sem preparo completo do cólon, tendo sido aplica<strong>dos</strong>omente um enema (fosfosoda) 6 a 8 horas antes da operação. Ospacientes alimentaram-se sem restrição até o dia anterior a operação,recebendo orientação de jejum comum a to<strong>dos</strong> pacientes em preparopara o ato anestésico-cirúrgico. To<strong>dos</strong> os pacientes receberamantibióticos pr<strong>of</strong>ilático (Gentamicina e Metronidazol).RESULTADOS: Das 27 operações realizadas, 11 foram em pacientesdo sexo masculino e 16 do sexo feminino, sendo a média de idade dototal da amostra de 63,1 anos. As operações foram realizadas porcâncer colorretal em 23 pacientes, por doença diverticular de sigmóideem 3 pacientes e por doença de Crohn em 1 paciente. Destes, 05foram submeti<strong>dos</strong> a colectomia esquerda, 07 a sigmoidectomia e 15a ressecção anterior do reto. As anastomoses foram em sua maioria(24) realizadas por grampeamento, as demais (3) foram realizadasmanualmente em plano único sero-muscular. O retorno da peristalseteve como média 30,3h, o tempo de internação foi em média de 9,1dias. 7,4% <strong>dos</strong> pacientes apresentaram infeccção da ferida operatóriae deiscência anastomótica. DISCUSSÃO: Os resulta<strong>dos</strong> acima descritosratificam os já publica<strong>dos</strong> na literatura demonstrando que hoje apreparação total do cólon não é mais obrigatória. Em termos práticospodemos considerar os seguintes pontos observa<strong>dos</strong> com essa pequenaexperiência: Da<strong>dos</strong> avalia<strong>dos</strong> objetivamente - 1. A freqüência deinfecção do sitio cirúrgico e de deiscências anastomóticas (7,4%)não foi, de um modo geral, diferente do período que utilizávamospreparo total do cólon, 2. O tempo de retorno da peristalse e deinternação hospitalar também não se alterou significativamente.Avaliação subjetiva - 3. Os doentes se sentiram muito maisconfortáveis sem o preparo de cólon (lembramos que to<strong>dos</strong> doentesconheceram o preparo total de colo para realização de colonoscopiadiagnóstica) 4. O período trans-operatório e pós-operatório imediat<strong>of</strong>oi de mais fácil controle em relação a reposição hidro-eletrolitica 5.Causa desconforto a manipulação de fezes no campo operatório.(Acreditamos que a divulgação desta informação, pode representar adiferença entre realizar uma anastomose primária ou um estoma aose deparar com situações onde o esvaziamento do cólon não foisatisfatório.PO124 - PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EMCOLOPROCTOLOGIA DO HC/UFG: ESTAMOSFORMANDO BONS ESPECIALISTAS?RODRIGO BECKER PEREIRA; HELIO MOREIRA JR; JOSE PAULOTEIXEIRA MOREIRA; RANIERE RODRIGUES ISAAC; PAULACHRYSTINA CAETANO ALMEIDA LEITE; THALES CARVALHOLIMA; LEONEL REIS LOUSA; ANDRESSA MACHADO SANTANABRASILFACULDADE DE MEDICINA - UFG, GOIANIA, GO, BRASIL.Resumo: O Programa de Residência Médica de Coloproctologia doHospital das Clínicas da UFG tem como objetivo o aperfeiçoamentoprogressivo do padrão pr<strong>of</strong>issional e científico de residentes médicos,bem como da assistência ao paciente. As atividades são realizadas nasinstalações do próprio hospital, proporcionando a vivência da rotinade um hospital geral de grande porte associado ao uso de protocolosdo próprio serviço e utilização de diferentes tecnologias. O objetivodeste estudo é analisar da<strong>dos</strong> levanta<strong>dos</strong> sobre a produtividade edesenvolvimento das atividades realizadas no serviço deColoproctologia do HC-UFG bem como enfatizar sobre as internaçõesde pacientes neste serviço assim como os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> nacondução <strong>dos</strong> mesmos, no período entre os anos de 2010 e 2011. Aprodutividade de exames complementares realiza<strong>dos</strong> no serviço foi88


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1de: 77 cinedefecografias; 175 US canal anal/reto; 312 manometriasanorretais; 355 retossigmoi<strong>dos</strong>copias rígidas; 280retossigmoi<strong>dos</strong>copias flexíveis; 339 colonoscopias. Neste períod<strong>of</strong>oram interna<strong>dos</strong> um total de 578 pacientes. Destes, 279 erampacientes do sexo masculino (48%) e 299 eram do sexo feminino(52%). 185 (32%) pacientes internaram para a realização de cirurgiascolorretais; 200 (34,6%) pacientes para a realização de cirurgiasorificiais; e ocorreram193 (33,4%) internações que corresponderama motivos clínicos diversos. A média de idade <strong>dos</strong> pacientes masculinosfoi de 48,5 anos; a de pacientes femininos foi de 50,5 anos. A médiade dias de internação de pacientes submeti<strong>dos</strong> a cirurgias colorretaisfoi de 9,2 dias; pacientes submeti<strong>dos</strong> a cirurgias orificiais foi de 1,3dias. A média de dias de internação de pacientes por motivos clínicosfoi de 6,2 dias. Foram realizadas neste período um total de 416cirurgias, sendo que 331 (79,5%) eram eletivas e 85 (20,5%) deurgência. Cirurgias colorretais perfizeram 55,5% (231) do total decirurgias sendo que as mais realizadas foram: retossigmoidectomiascom anastomoses primaria em 23%, RTI em 19% e Duhamel Haddadem 16%; cirurgias orificiais corresponderam a 44,5% (185) do totalsendo as mais realizadas: hemorroidectomias em 49%, fistulotomiasem 18% e esfincteroplastias em 14%. Intercorrencias pós operatóriasocorreram em cerca de 14% <strong>dos</strong> pacientes sendo as mais freqüentes:íleo prolongado em 32%, infecção de FO em 24%, retenção urinariaem 11%. Dentre as internações clínicas os principais motivos foram:intercorrencias de pacientes oncológicos em 46% <strong>dos</strong> casos e em21% por problemas inerentes aos pacientes portadores de doençainflamatória intestinal.Neste período de estudo ocorreram 28 óbitosno serviço tendo como principais causas: sepse em 46% <strong>dos</strong> casos(abdominal 62%) e problemas pulmonarescardíacos em 32%.Concluímos que o serviço de Coloproctologia do HC-UFG possui aqualificação necessária para o desenvolvimento e aperfeiçoamento<strong>dos</strong> integrantes médicos em sua residência e atende amplamente àsexigências da Sociedade brasileira e coloproctologia.PO125 - PROLAPSO CÓLICO APÓS RESSECÇÃOINTERESFINCTERIANA DO RETO POR ADENOCARCINOMA:TRATAMENTO COM BOLSA COLÔNICA EM J POR VIAPERINEALERON FÁBIO MIRANDA; ESDRAS CAMARGO ANDRADEZANONI; FÁBIO HENRIQUE DE CARVALHO; PAULO GUSTAVOKOTZE; JULIANA FERREIRA MARTINS; ILARIO FROEHNER-JUNIOR; VINÍCIUS REZENDE ABOU-REJAILE; IVAN FOLCHINIDE BARCELOSSERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALUNIVERSITÁRIO CAJURU (SECOHUC) - PUCPR, CURITIBA, PR,BRASIL.Resumo: Introdução: A ressecção interesfincteriana do reto surgiucomo alternativa na ressecção <strong>dos</strong> tumores distais do reto, permitindoa manutenção da função esfincteriana e segurança oncológicaaceitável. Apesar disso, alguns pacientes evoluem com certo grau deincontinência devido a ausência do esfíncter anal interno. Após estetipo de ressecção, o prolapso mucoso é complicação pouco frequente,mas que acaba sendo responsável pela piora na qualidade de vida <strong>dos</strong>doentes, bem como dificultando a restituição do trânsito intestinal.A ressecção do prolapso, com confecção de bolsa colônica em J,parece não apresentar altos índices de recidiva, além de reduzirsintomas de urgência e soiling por conta do reservatórioconfeccionado. Os autores relatam um caso de prolapso cólicocompleto após ressecção interesfincteriana videolaparoscópica poradenocarcinoma de reto distal, que foi tratado por via perineal pormeio de confecção de bolsa colônica em J. Caso: Paciente masculinode 28 anos, previamente hígido, apresentou quadro de alteração dohábito intestinal, enterorragia e proctalgia. Realizou colonoscopiacom achado de lesão ulcerada subestenosante no reto distal há cercade 1,5 cm da borda anal. O diagnóstico de adenocarcinoma tubularinfiltrativo foi confirmado pela histologia. O estadiamento préoperatóriorevelou tratar-se de neoplasia T3N1MO de acordo com a7ª edição do American Joint Committee on Cancer (AJCC).Apresentava exames laboratoriais normais e antígenocarcinoembrionário de 1,2ng/ml. Realizou-se neoadjuvância comquimioterapia e radioterapia. Oito semanas após o término destamodalidade, o novo estadimento mostrou redução no diâmetro dalesão e ausência de linfono<strong>dos</strong> suspeitos (yT2N0M0). Foi entãosubmetido a cirurgia radical por videolaparoscopia, com ressecçãointeresfincteriana, anastomose manual primária e ileostomia deproteção, apresentando boa evolução pós-operatória. Oanatomopatológico não evidenciou neoplasia residual em nenhum<strong>dos</strong> dezoito linfono<strong>dos</strong> estavam comprometi<strong>dos</strong>. Após cerca de 30dias, mantinha ileostomia protetora em bom funcionamento eapresentou quadro de prolapso cólico através da anastomose coloanal.A abordagem por via perineal foi escolhida, sendo realizada ressecçãodo segmento prolabado e plicatura <strong>dos</strong> músculos elevadores do ânus.Em seguida, foi realizada de bolsa colônica em J, com grampeadorlinear cortante e anastomose colanal manual. Até o momento, com6 meses de seguimento, não apresentou recidiva do prolapso eapresenta plano de fechamento da ileostomia. Conclusão: Apesar defactível, a ressecção interesfincteriana possui complicações que devemser lembradas como prolapso e variáveis graus de incontinência,dentre outras. No caso do prolapso, a correção por via perineal econfecção de bolsa colônica em J é uma opção, evitando o trauma deuma novo acesso abdominal e podendo auxiliar no mecanismo decontinência.PO126 - PÓLIPOS MAIORES QUE 2CM: MANEJOENDOSCÓPICO E ESTUDO ANÁTOMO-PATOLÓGICONAIRA ASSIS LANTYER ARAÚJO; FLAVIA CASTRO RIBEIROFIDELIS; MARCOLINO SOUZA AGUIAR; LINA MARIA GOESCODES; ALINE LANDIM MANO; ELIAS LUCIANO QUINTOSOUZA; EULER MEDEIROS AZAROHOSPITAL SÃO RAFAEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O diagnóstico precoce e o tratamento <strong>dos</strong>pólipos colorretais são essenciais para prevenção do carcinomacolorretal. Existe consenso de que o tamanho <strong>dos</strong> pólipos e a presençade displasia elevam o risco de malignidade. Com a crescentedisponibilidade de técnicas e ferramentas mais eficientes pararealização de procedimentos, a en<strong>dos</strong>copia tem permitido a ressecçãode pólipos grandes com maior segurança e menor risco decomplicações, remoção incompleta e recorrência. No entanto,critérios de malignidade ainda podem configurar obstáculos pararessecção en<strong>dos</strong>cópica de pólipos intestinais. OBJETIVO: Apresentarestudo <strong>dos</strong> pólipos maiores que 2cm encontra<strong>dos</strong> em colonoscopiano serviço de En<strong>dos</strong>copia Digestiva do Hospital São Rafael, seumanejo en<strong>dos</strong>cópico e histologia. MATERIAL E MÉTODOS:Realizada revisão retrospectiva <strong>dos</strong> exames colonoscópicos comachado de pólipos maiores que 2cm no serviço de En<strong>dos</strong>copiaDigestiva do Hospital São Rafael, de 2010 a 2012. RESULTADOS:Foram analisa<strong>dos</strong> 1236 exames de pacientes submeti<strong>dos</strong> acolonoscopia, sendo incluí<strong>dos</strong> 96 pacientes com achado en<strong>dos</strong>cópicode 96 pólipos maiores que 2cm. A idade média foi 59 anos, commaior prevalência do sexo feminino (58,3%). A principal indicação89


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1para colonoscopia foi rastreamento de câncer colorretal. A maioria<strong>dos</strong> pólipos localizava-se em sigmóide (33,4%). Os póliposapresentaram-se como pedicula<strong>dos</strong> em 50% <strong>dos</strong> casos, sésseis em 25%e, LST em 25%. Foram realizadas 44 polipectomias (45,8%), todascom alça diatérmica, 23 biópsias (24%) e 29 mucosectomias (30,2%).A histologia da maioria <strong>dos</strong> pólipos apresentou-se como adenomatubular de baixo grau (41,7%), seguido de adenoma tubular de alto grau(19,8%), inflamatório (15,5%), hiperplásico (9,4%), adenocarcinoma(8,4%) e tumor carcinoide (5,1%). Dos pólipos biopsia<strong>dos</strong>, a maioriaconstitui-se de adenoma de alto grau (43,5%), seguido deadenocarcinoma (26,1%), adenoma de baixo grau (21,7%) e tumorcarcinoide (8,7%). O índice geral de complicação durante oprocedimento foi de 4,2%, correspondendo a sangramento em pacientessubmeti<strong>dos</strong> à mucosectomia. To<strong>dos</strong> os casos de sangramento foramresolvi<strong>dos</strong> com uso de hemoclip. DISCUSSÃO: Os pólipos grandesapresentam incidência elevada de carcinoma (até 68%). Em nossoestudo, o índice de neoplasia maligna encontrado foi de 33,3%(constituindo adenocarcinoma, tumor carcinóide e carcinoma “in situ”),sendo a maioria destes pólipos (56,3%) diagnosticada através de biópsiae 15,7% submeti<strong>dos</strong> a polipectomia ou mucosectomia. CONCLUSÃO:A ressecção en<strong>dos</strong>cópica de pólipos grandes consiste em método eficaze seguro para prevenção e tratamento de lesões colônicas. O tamanho<strong>dos</strong> pólipos não deverá, isoladamente, impedir sua remoção.PO127 - QUAL A IMPORTÂNCIA DO ULTRASONENDORRETAL NA CLÍNICA DIÁRIA DOCOLOPROCTOLOGISTA: EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇOROSILMA GORETE LIMA BARRETO; GIANCARLO DE SOUZAMARQUES; FLÁVIO ROBERTO SANTOS SILVA; GRAZIELAOLIVIA DA SILVA FERNANDES; NIKOLAY COELHO MOTAINSTITUTO DE COLOPROCTOLOGIA, SAO LUIS, MA, BRASIL.Resumo: Objetivo: Demonstrar a importância e aplicabilidade clínicado ultrason endorretal na coloproctologia, apresentando a experiênciaclínica de um serviço no período de agosto de 2008 a junho de 2012.Material e método: Estudo observacional, descritivo e retrospectivoda<strong>dos</strong> coleta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> arquivos do Instituto de Colo-proctologia SãoLuís – Maranhão. Resulta<strong>dos</strong>: Foram realiza<strong>dos</strong> no período de agostode 2008 a junho 2012 um total de 899 exames de ultrason endorretaltridimensional para avaliar as mais diversas afecções anorretais. Destetotal 53,94% eram mulheres portadoras de evacuação obstruída;19,79% pacientes portadores de abscessos e fístulas perianais; 5,78%eram pacientes portadores de tumores anorretais; 8,45%erampacientes portadores de lesão esfincteriana; 5,33% paciente comdor anorretal; 2,00% pacientes portadoras de endometriose; 1,66%pacientes portadores de tumor de canal anal; 1,11% pacienteportadores de outras afecções de margem anal; 0,77% de pacientesportadores de Doença de Chron. Conclusão: O ultrason tridimensionalanorretal mostrou-se eficaz no diagnóstico de diversas patologiasanorretais, demonstrando disfunções mistas do assoalho pélvico,lesões musculares, trajetos fistulosos complexos, permitindo adequadoestadiamento <strong>dos</strong> tumores retais, diagnosticando focos deendometriose pr<strong>of</strong>unda etc., confirmando a importância do ultrasonendorretal como ferramenta propedêutica no armamentário docoloproctologista.PO128 - QUALIDADE DE VIDA DE ESTOMIZADOS EMATENDIMENTO AMBULATORIALFABIANA DA SILVA AUGUSTO; VERA LÚCIA CONCEIÇÃO DEGOUVEIA SANTOS; GUSTAVO GOMBOSKESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Condições crônicas de saúde acarretam anecessidade de modificações na vida de indivíduos, permitindo suaadaptação em busca da melhor qualidade de vida possível. Dentreessas condições, encontram-se os estomas que, de maneirapermanente ou temporária e, certamente, dependentemente da doençaque as originou, exercem influência clinicamente relevante naqualidade de vida dessas pessoas. OBJETIVO: Analisar a qualidade devida genérica e específica de estomiza<strong>dos</strong> e identificar fatoresdemográficos e clínicos a ela relaciona<strong>dos</strong>. MÉTODO: Trata-se deestudo descritivo, com coleta transversal <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, secundário aoutilizar os da<strong>dos</strong> do estudo primário de adaptação e validação do City<strong>of</strong> Hope - Quality <strong>of</strong> Life – Ostomy Questionnaire (COH-QOL-OQ), para a língua portuguesa no Brasil por Gomboski e Santos. Aamostra de conveniência do estudo foi composta de 215 pacientesadultos estomiza<strong>dos</strong> (51,6% homens; 67,5% com colostomias; 59,1%por câncer), atendi<strong>dos</strong> em serviços especializa<strong>dos</strong> de três cidades doRio Grande do Sul. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisada Prefeitura Municipal de Porto Alegre (n° 001.050615.09.2) eautorização <strong>dos</strong> demais serviços, a coleta de da<strong>dos</strong> foi feita pormeio da aplicação <strong>dos</strong> instrumentos de avaliação de qualidade devida, WHOQOL-abreviado (genérico) e COH-QOL-OQ (específico).Os da<strong>dos</strong> foram analisa<strong>dos</strong> por meio do teste de Qui-Quadrado eregressão logística das variáveis estatisticamente significativas(p


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1no cólon direito e ceco (aproximadamente 90%). Há distribuiçãopreferencial no sexo feminino e a maior incidência desses tumoresocorre na quinta e sexta décadas da vida, o que é explicado pelocrescimento lento dessas formações. Habitualmente o lipomanão requer tratamento cirúrgico, porém em casos sintomáticose de dúvida diagnóstica, o tratamento deve ser ressecção, quepode ser realizada por via en<strong>dos</strong>cópica, cirurgia aberta comcolotomia, colectomia segmentar, ou transanal como no casoem questão. O objetivo do trabalho é relatar um caso de lipomagigante de reto, diagnosticado e tratado no Hospital Central daSanta Casa de São Paulo.PO130 - RELATO DE CASO: APENDICITE PORENDOMETRIOSE INTESTINALROBERTO NIGRO; EDUARDO KENZO MORY; OMAR ABUDFRANCO ABDUCH; DANIEL JOSÉ SZORHOSPITAL LEFORTE, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O acometimento isolado por endometriose doapêndice cecal é extremamente raro. Neste trabalho, apresentamosum caso de apendicite aguda causada por foco de endometriose isolado.Relato: Paciente do sexo feminino de 32 anos procurou serviço deemergência com queixa de dor em fossa ilíaca direita há 3 diasacompanhada de febre não aferida. À avaliação inicial, apresentavador em fossa ilíaca direita com sinal de Blumberg positivo. Examescomplementares mostravam a presença de leucocitose, além deapêndice de tamanho aumentado e de paredes espessadas com pequenaquantidade de líquido em fossa ilíaca direita. Optado então pelarealização de apendicectomia por via videolaparoscópica. Comoachado intra-operatório, verificou-se apêndice com sinaisinflamatórios discretos (apendicite edematosa) e de aspectoendurecido. Procedimento foi realizado sem intercorrências e apaciente recebeu alta no 1º pós-operatório. A análise anátomopatológicamostrou sinais inflamatórios do apêndice sugestivos deapendicite aguda associado a acometimento por endometrioseintestinal pr<strong>of</strong>unda. Revisando retrospectivamente o caso, verificousea ocorrência de queixa de dor crônica em região de fossa ilíacadireita, cuja causa foi atribuída a causas anexiais. Paciente encontraseassintomática e sem indícios de focos adicionais de endometrioseaté o momento. Discussão: Estu<strong>dos</strong> de patologia com análiserandomizada de 50000 casos indicam que a prevalência deacometimento do apêndice por endometriose na população geral éextremamento raro (0,054%). Em população com diagnóstico deendometriose, este número pode variar de 0,8 a 22%. O apêndicececal é o terceiro local mais frequente de acometimento porendometriose intestinal. Em geral, o acometimento do apêndicececal por endometriose está acompanhado da presença de outrosfocos em trato ginecológico ou digestivo. Dentre as possíveiscomplicações do acometimento do apêndice por endometriose estãoa apendicite, sangramento e perfuração. No entanto, estes eventossão raros e contam com poucos relatos na literatura. Atribui-se aobstrução do lúmen do apêndice pela progressão do foco deendometriose como mecanismo fisiopatológico da apendicite nestescasos. As atuais recomendações na cirurgia da endometriose sugerema revisão sistemática do apêndice cecal e realizção de apendicectomiana menor suspeita clínica. Conclusão: Apesar de raro, a endometriosepode ser causa etiológica de apendicite aguda. Outras complicaçõescomo perfuração também são relata<strong>dos</strong> na literatura. Estes eventoschamam a atenção para a necessidade da avaliação sistemática doaspecto do apêndice durante procedimentos cirúrgicos em mulheresem idade fértil.PO131 - RELATO DE CASO: HISTIOCITOSE DE CÉLULASDE LANGERHANS COM ACOMETIMENTO DE MARGEMANALROBERTA PAIVA DUARTE; ARNOLDO VELLOSO DA COSTAFILHO; CAROLINE VILELA NASCIMENTO; EDUARDO GOMESDE SOUZAHOSPITAL REGIONAL DA ASA NORTE, BRASILIA, DF, BRASIL.Resumo: OBJETIVO:Relatar caso de Histiocitose X em criançacom sintoma predominante de lesões em pele e ulceração analdolorosa,com comprometimento de outros órgãos,atendido noHospital Regional da Asa Norte em março 2012.MATERIAL EMÉTODOS:Relato de caso.RESULTADOS:A Histiocitose deCélulas de Langerhans,também conhecida como Histiocitose X,édoença marcada pela proliferação de células de Langerhans emvários teci<strong>dos</strong>,de etiologia ainda desconhecida.É rara e a maiorincidência ocorre na infância,sem predileção porsexo.Clinicamente possui variações importantes na forma deapresentação,podendo ter manifestação restrita a ossos comeventual comprometimento de outros órgãos ou serdisseminada,acometendo órgãos como pulmão, pele, mucosas,linfono<strong>dos</strong>,fígado,baço,sistema nervoso central. Descreve-secaso de paciente de 16 anos,masculino,procedente de zona ruralna Bahia,admitido no serviço de Pronto Atendimento de CirurgiaGeral com quadro de lesões em couro cabeludo tipo placaseritematosas,crostosas com secreção amarelada em algunspontos,desde os 2 anos de idade,e lesão de aspecto ulcero vegetanteexudativa em região perianal,sem sangramento ativo,comcrescimento progressivo e dor intensa às evacuações, surgida háum ano.Apresentava hipogonadismo e retardo decrescimento.Relatava inúmeros tratamentos com antifúngicos eantibióticos sem melhora das lesões em couro cabeludo.Lesãoperianal sem tratamento ou investigação previa,sendo aventadashipóteses diagnosticas de donovanose,tuberculose orificial ecarcinoma espinocelular.Realizou sorologias com resulta<strong>dos</strong>negativos.Prosseguiu-se investigação com realização deretossigmoi<strong>dos</strong>copia que mostrou ser a lesão restrita à margemanal,sem comprometimento do canal anal.Biópsias da lesãoperianal demonstraram “HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE EMREGIÃO PERIANAL,COM MODERADA TAXA DEPROLIFERAÇÃO CELULAR”, com estudo imunohistoquímicoconstatando os seguintes resulta<strong>dos</strong> para os anticorpos:CD4POSITIVO,CD68 POSITIVO,S100 POSITIVO,CD1a POSITIVODIFUSO FORTE,Ki67 POSITIVO EM 30% DASCÉLULAS.Confirmou-se o diagnóstico de Histiocitose de Célulasde Langerhans um mês após a admissão.Radiografia de esqueletomostra irregularidades <strong>dos</strong> corpos vertebrais de colunadorsal,irregularidade óssea de epífese distal da tíbia e idade ósseacompatível com onze anos de idade.Ressonância magnética decrânio evidenciou glioma de quiasma óptico.Tomografia de tóraxe abdome sem alterações.Assim que confirmado diagnósticoiniciou terapia com Talidomida 100mg/dia mantida por 30dias ecorticoterapia tópica,com resposta parcial aotratamento.Mantém uso de Talidomida 50mg/dia,pulsoterapiacom Vimblastina semanal e prednisona 60mg/dia.Foiencaminhado para a onco-hematologia devido ao acometimentosistêmico(lesões ósseas e SNC).CONCLUSÃO:A Histiocitose Xé doença rara de diagnóstico histológico/imunoistoquímico quetem apresentações variadas sendo o comprometimento damargem anal,nesse caso,exuberante e determinante para odiagnóstico.91


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1PO132 - RELATO DE CASO: PROLAPSO DE COLOSTOMIAVIVIANE GONÇALVES FRANCO; ANNA PAULA ROCHAMALHEIROS; ELOISA RONCARATTI; ANGELITA HABR GAMA;JOAQUIM JOSE GAMA- RODRIGUES; RODRIGO OLIVA PEREZANGELITA & JOAQUIM GAMA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Relato de caso: Prolapso de Colostomia. FRANCO, V.G.;MALHEIROS, A.P.R.; HABR-GAMA, A.; RONCARATTI, E.;PEREZ, R.O.; GAMA-RODRIGUES, J.J.; INSTITUTO ANGELITA& JOAQUIM GAMA-IAJG, SÃO PAULOSP, BRASILl. Resumo: Oprolapso de colostomia é definido como a presença da saída do excessoda alça intestinal pelo orifício da ostomia. A incidência destacomplicação varia de 4 a 13 % <strong>dos</strong> casos e está associadaprincipalmente à: hérnia paracolostomica, abertura excessiva daparede abdominal, confecção do túnel da colostomia amplo, alça desigmóide alongada e redundante na confecção da colostomia, aumentosúbito da pressão intra abdominal. O objetivo deste trabalho é relatarum caso; prolapso com encarceramento da colostomia exigindotratamento especializado de urgência. S.R., 62 anos, com diagnosticode adenocarcinoma de reto, foi submetido a amputação abdominoperianeal do reto com colostomia definitiva por videolaparoscopia.Após um mês da cirurgia, o doente evoluiu com prolapso agudo dacolostomia. O estoma apresentava prolapso de aproximadamente12 cm, cor vinhosa e com pontos de necrose. Foram realiza<strong>dos</strong>cuida<strong>dos</strong> com o estoma como, colocação de compressas frias e bolsacom barreira protetora peça única sem regressão do quadro do prolapsoda colostomia. Optado pela correção cirúrgica através de ressecçãodo prolapso pelo próprio orifício da colostomia com reconstruçãodo mesmo, com excelente evolução pós operatória. Atualmenteapresenta-se adaptada à colostomia em programa de irrigação, sendoque o estoma e pele periestoma em perfeitas condições e retorno assuas atividades laborativas. O presente caso ilustra de maneira clarao papel da equipe multidisciplinar, visando facilitar a aceitação, areabilitação e a capacidade de cuidado do individuo ostomizado. Nestecontexto o acompanhamento regular, o diagnóstico precoce eintervenção imediata sobre possíveis complicações podem interferirde maneira direta no sucesso do seu tratamento. A amplitude deintervenções inicia-se precocemente, no período pré-operatório,com cuida<strong>dos</strong> como a demarcação do local do estoma, preparointestinal, nutricional e suporte emocional. Assim como, técnicacirúrgica adequada e maturação precoce do estoma, e medidas pósoperatórias como o uso de dispositivos adequa<strong>dos</strong>, orientaçõesespecíficas para o autocuidado e acompanhamento individualizizado.PO133 - RELATO DE CASO: VOLVO DE CÓLON DIREITOFERNANDO BRAY BERALDO 1 ; MARCELO PAIVA OLIVEIRA 2 ;PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DE SOUZA 1 ; HUMBERTO POZZIFASOLIN 1 ; SAULO ROLLEMBERG CALDAS GARCEZ 1 ; FABIOYORIAKI YAMAGUCHI 1 ; GILMARA SILVA AGUIARYAMAGUCHI 1 ; NAGAMASSA YAMAGUCHI 11.IAMSPE/HSPE, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.HMASP, SAOPAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O volvo colônico refere-se ao giro outorção do intestino sobre o mesocólon. Mais frequentemente ocorreno sigmóide, porém pode acometer qualquer segmento. O volvo decólon direito corresponde a 25% <strong>dos</strong> casos. RELATO DO CASO:Paciente S.M. feminino, 59 anos, sem comorbidades, com antecedentecirúrgico de histerectomia total abdominal por miomatose uterina,há 18 anos, e laparotomia exploradopra com lise de bridas por abdomeagudo obstrutivo há 8 anos. Deu entrada no pronto-socorro comhistória de dor e distensão abdominais, parada de eliminação de gasese fezes. Ao exame físico, encontrava-se taquicárdica, desidratada,com abdome distendido, doloroso à palpação com descompressãobrusca dolorosa. Ao toque retal, presença de fezes na ampola.Radiografia simples de abdome é mostrada na Figura 1. Aventadahipótese diagnóstica de volvo de cólon esquerdo, com possívelcomprometimento vascular, sendo indicada laparotomia exploradorade urgência, durante a qual foi observado volvo completo do cólondireito e íleo terminal, com torção do seu pedículo vascular e necrosetransmural (Figura 2). Realizada colectomia direita, com íleotransversoanastomose látero-lateral em 2 planos. Paciente evoluiusatisfatoriamente e recebeu alta hospitalar no 5º dia pós-operatório.Exame anátomo-patológico revelou apenas sinais de isquemia enecrose. DISCUSSÃO: O volvo colônico apresenta como fatores derisco: cirurgia abdominal prévia, falta de fixação do cólon direito,gravidez, tumor pélvico, hiperperistalse e esforço excessivo. Odiagnóstico é geralmente feito pela combinação de da<strong>dos</strong> clínicos eradiológicos. A laparotomia continua sendo a principal modalidadeterapêutica, podendo ser realizada a destorção isolada, combinada ounão à cecopexia e/ou cecostomia. No entanto, a ressecçãopraticamente não apresenta risco de recidiva e associada a baixastaxas de complicação e é indicada nos casos de suspeita decomprometimento vascular.PO134 - RELATO DE UMA SÉRIE DE CASOS - ANASTOMOSEPRIMÁRIA EM ABDOME AGUDO OBSTRUTIVOGERALDO FELIPE NETO; GUSTAVO TRAVAGLIA SANTOSHOSPITAL REGIONAL DA ASA NORTE - HRAN, BRASÍLIA, DF,BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O abdome agudo obstrutivo segue comoum <strong>dos</strong> quadros clínicos mais prevalentes em atendimentos nopronto-socorro de cirurgia geral. A realização de anastomosesprimárias colônicas nesses casos associa-se a maiores taxas decomplicação pós-operatória, porém <strong>trabalhos</strong> demonstram que podemser realizadas, desde que baseada em alguns critérios clínicos ecirúrgicos avalia<strong>dos</strong> no pré-operatório e trans-operatório.OBJETIVO: Analisar o desfecho pós-opertório, bem como ascondições pré e trans-operatórias <strong>dos</strong> pacientes submeti<strong>dos</strong> àanatomose primária nos casos de abdome agudo obstrutivo opera<strong>dos</strong>no Hospital Regional da Asa Norte. MÉTODOS: Foi realizada revisãode prontuário de 9 casos de pacientes submeti<strong>dos</strong> a anastomoseprimária colônica por abdome agudo obstrutivo no Hospital Regionalda Asa Norte (HRAN) do Distrito Federal no ano de 2011. Avaliouseo valor da albumina pré-operatória, comorbidades, instabilidadehemodinâmica, condições intra-operatórias, preparo de cólon, tipode anastomose, complicações pós-operatórias e tempo médio de altamédica. RESULTADOS: Total de 9 pacientes submeti<strong>dos</strong> à anastomoseprimária na vigência de abdome agudo obstrutivo, idade média de50,8 anos e a maioria do sexo masculino(55,5%). O valor médio daalbumina pré-operatória foi de 3,3 g/dl. Dentre os casos, 6 foram portumor de cólon estenosante (66,6%), um caso de intussuscepçãocólon-colônica e 2 casos de volvo de sigmóide. Nenhum pacienteapresentou instabilidade hemodinâmica. Anastomose manual foirealizada em 88% <strong>dos</strong> casos. Constou-se óbito em 2 casos. O tempomédio de alta foi de 7 dias. DISCUSSÃO: Uma das complicações maistemidas na cirurgia colorretal é a deiscência da anastomose, por serresponsável por elavada taxa de mortalidade, além de aumentar otempo de internação e os custos hospitalares. O uso de colostomiasestá associado a menor morbi-mortalidade, porém esses pacientesdemandarão nova intervenção para reconstruir o trânsito, comaumento <strong>dos</strong> custos hospitalares e <strong>dos</strong> riscos de uma nova intervenção.92


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Trabalhos mostram que em determinadas condições a realização daanastomose primária é segura. As condições clínicas do pacientepodem influenciar negativamente, como aqueles hemodinamicamenteinstáveis e bastante espolia<strong>dos</strong>, grau de desnutrição e condições intraoperatórias.Observou-se que o número de óbitos foi bastante evidente,porém com um número pequeno de casos não se pode afirmar queesse tipo de anastomose não pode ser realizado. A idade média mostrouuma população com predomínio de adultos jovens, sem comorbidades,o que pode ter minimizado os índices de complicações. Tempo médiode alta médica foi similar aos casos com anastomoses primáriaseletivas. CONCLUSÃO: O grau de contaminação da cirurgia e algumascondições clínicas do paciente servem como parâmetro para ocirurgião na decisão de realizar uma anastomose primária mesmo noabdome agudo obstrutivo.PO135 - RETALHO ROMBÓIDE NA CIRURGIA DE DOENÇAPILONIDAL SACROCOCCIGEANA (DPSC)– RELATO DECASOMARCELLA BIASO BACHA GUERRA; GERALDO MAGELAGOMES DA CRUZ; ILSON GERALDO DA SILVA; MÔNICAMOURTHÉ DE ALVIM ANDRADE; ALEXANDRE MARTINS DACOSTA EL-AOUAR; MATHEUS MMMDE MEYER; DIEGOVIEIRA SAMPAIO; GUILHERME DE ALMEIDA SANTOSSANTA CASA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Introdução. A DPSC caracteriza-se por um ou mais trajetosfistulosos subcutâneos crônicos no sulco interglúteo, com maiorincidência de diagnóstico entre 16 e 20 anos e maior incidência decirurgia entre 21 e 23 anos, sendo rara na criança e no i<strong>dos</strong>o. Maiscomum no sexo masculino, na proporção de três homens para umamulher acometida, motivado pelo biótipo de maior incidência: pelemorena, hirsutismo, sulco interglúteo pr<strong>of</strong>undo e grande acúmulo deglândulas sudoríparas e sebáceas. A manifestação inicial mais comumé sob forma de um abscesso no sulco interglúteo, com ou sem drenagemespontânea. Geralmente o orifício de drenagem permanece abertocom eliminação de secreção serosa ou seropurulenta. Os váriostratamentos propostos são alvos de discussões, pois to<strong>dos</strong> eles levama elevadas taxas de recidiva. Relato de caso. H.A., sexo masculino,30 anos, apresentando um nódulo em região sacrococcígea com doisanos de evolução. Relatou 03 episódios de dor e hiperemia no local.Foi identificado um orifício de drenagem no sulco interglúteo comárea endurecida à esquerda. O quadro era de um cisto pilonidal e foiindicado tratamento cirúrgico. O paciente era hígido sem uso demedicamentos, com risco cirúrgico ASA II. Em posição “em canivete”e sob anestesia raqueana o paciente foi operado (11/06/2012): exéresedo cisto pilonidal e da área lateral acometida, criando-se um retalhorombóide por rotação. Foi aplicado um curativo compressivo local,recebendo alta 24 horas depois da cirurgia, sem intercorrências, comalgumas recomendações domiciliares, sobretudo evitar esforços físicosexcessivos. A primeira revisão ocorreu em uma semana, semintercorrências. Discussão. O tratamento da doença pilonidal écontroverso, sendo recomendando-se drenagem na fase aguda(abscesso), com incisão lateral à linha mediana, deixando-se acicatrização da ferida se processar por segunda intenção. A abordagemcirúrgica da doença crônica procura atingir baixa taxa de recidiva emenor tempo de cicatrização. Várias técnicas cirúrgicas foramdesenvolvidas com esse intuito, mas nenhuma delas se tornou padrãoouro.As ressecções abertas continuam sendo utilizada, principalmentequando há infecção ativa atual. Entretanto, apresenta a desvantagemde necessitar de cuida<strong>dos</strong> e curativos frequentes, maior tempo deafastamento das atividades laborativas e maior tempo de cicatrização.As ressecções fechadas podem ser feitas com sutura das bordas dapele e com utilização de retalhos. O uso de retalhos visa o fechamentoprimário da ferida sem tensão. Acredita-se também que o retalho,por obliterar o sulco interglúteo, tornando-o mais plano, diminua ataxa de recorrência. Dentre retalhos utiliza<strong>dos</strong>, os rombóides têm semostrado de fácil execução e ausência de tensão.PO136 - RETOCOLITE ULCERATIVA ASSOCIADA AMEGACOLOCARLOS HENRIQUE MARQUES DOS SANTOSUFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL.Resumo: Relato do caso: gênero feminino, 45 anos, com diagnósticode Retocolite Ulcerativa (RU) há seis meses, apresentando remissãoclínica com mesalazina. Passou então a apresentar distensãoabdominal progressiva e constipação, sem alterações a colonoscopiae nas biópsias realizadas neste novo exame. Realizou-se entãoTomografia Computadorizada de abdome que demonstrou dilataçãoacentuada do colo esquerdo, confirmada por Enema Baritado (figura1). Como os sintomas se tornaram cada vez mais intensos eincapacitantes, optou-se por colectomia esquerda laparoscópica(figura 2) e a paciente encontra-se livre <strong>dos</strong> sintomas passa<strong>dos</strong> 24meses. O estudo histopatológico da peça cirúrgica não demonstroualterações inflamatórias ativas nem alterações ganglionares. Discussão:O megacolo idiopático é uma doença incomum e pouco estudada1, 2,e tem uma etiologia heterogênea, o que leva o médico assistente aum grande desafio, não só pelo diagnóstico, mas pela escolha dotratamento a ser adotado, devendo-se considerar os riscos e benefíciosde cada opção. A ressecção cirúrgica (colectomia) deve ser realizadapreferncialmente por uma equipe treinada em cirurgia colorretal,uma vez que esta requer experiência com o manejo clínico, com osaspectos psicológicos e conhecimento específico quanto afisiopatologia do processo3, 4. A abordagem laparoscópica vemganhando cada vez mais espaço nas cirurgias colorretais, com baixamorbi-mortalidade em procedimentos eletivos e grande impacto nosíndices de infecção, período de internação, dor pós-operatória, efeitocosmético, além de propiciar um mais breve retorno da funçãointestinal5. Apesar da paciente em questão apresentar manifestaçõesde megacolo idiopático, o diagnóstico de RU nos fez pensar napossibilidade de tratar-se de uma complicação desta. Entretanto, nãohá evidência científica de que esta relação entre RU evoluindo comdilatação colônica exista. Então, outro diagnóstico cogitado foi aDoença de Crohn (DC). Não é incomum que pacientes comdiagnóstico antigo de RU passem a apresentar manifestações quelevem a mudança no diagnóstico, incluindo-se pacientes submeti<strong>dos</strong>a proctocolectomia total. Esta paciente poderia então ter na verdadeDC com estenose e dilatação a montante, porém, isto não foiconfirmado no estudo histopatológico da peça ressecada.PO137 - SCHWANNOMA DE CÓLON – RELATO DE CASOJANDER BAIRRAL VASCONCELOSJ; KARINE OLIVEIRAANDRADE ZANINI; NATALIA BARAKY VASCONCELOSSANTA CASA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL.Resumo: Introdução: Os Schwannomas são tumores neurogênicos,originários das células de Schwann, em sua maioria benignos, decrescimento lento, com potencial de malignização. Habitualmentese apresentam como lesões polipoides intraluminares que fazemprotrusão na luz do órgão com ulceração da mucosa (1,2) Na maioriadas vezes são assintomáticos, mas podem ser causa de sangue ocultonas fezes,intussuscepção e obstrução intestinal. A sintomatologiadepende do tamanho do tumor. Acometem principalmente nervo93


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1acústico e nervos espinhais. No trato gastrointestinal, ocorre maisfrequentemente no estômago e jejuno, sendo rara sua ocorrência noreto e cólon (3,4,5). A incidência <strong>dos</strong> schwannomas é praticamentea mesma em homens e mulheres e a idade média de ocorrência é de 65anos (6). O diagnóstico pré-operatório geralmente é difícil. Examescomo tomografia abdominal e Biópsia guiada por ultrassonen<strong>dos</strong>cópico podem aumentar o índice (7). O diagnóstico de certezaé dado através do exame anatomopatológico(4,8). O tratamento deescolha é cirúrgico sendo no cólon a cirurgia radical com margenslivres , já que a resposta tanto para quimioterapia quanto pararadioterapia ainda é incerta(3,7,8).Algumas lesões no reto podemser tratadas com ressecção local. Algumas vezes é importante oestudo de congelação intra-operatório para diferenciação entre aforma benigna da maligna da doença. O tamanho do tumor e seutipo histológico são os principais fatores determinantes doprognostico.(7) O diagnóstico diferencial deve ser feito entreschwannoma, neur<strong>of</strong>ibroma e neurossarcoma. (5). Objetivo: Relatarum caso de uma paciente com schwannoma do cólon sigmóide.Materiais e méto<strong>dos</strong>: Revisão do prontuário da paciente e daliteratura. Relato do caso: SMC, sexo feminino, 88 anos, branca,apresentava há três meses quadro de alternância do hábito intestinal(fezes normais / diarreia). Procurou serviço de gastroenterologiasendo solicitado exames de investigação. Ultrassom abdominalmostrou massa de 4,0cmx3,0 cm em topografia anexial esquerda.Solicitado TC de abdome que mostrou massa do mesmo tamanho,sólida, de contornos regulares, sem ponto de clivagem com o cólonsigmóide. Realizado colonoscopia que evidenciou massa em cólonsigmóide, extra-luminar, parecendo comprimir o cólon. A pacientefoi então submetida à laparotomia com retossigmoidectomiaabdominal. Boa evolução, com alta no 7º dia pós - operatório.Anatomia patológica mostrou tumor de células fusiformes, comcaracterísticas benignas, sugerindo a realização deimunohistoquímica. Esta mostrou ser um schwannoma.CONCLUSÃO: O Schwannoma do cólon é raro, mas deve serlembrado em diagnóstico diferencial nos tumores colorretais,especialmente se estes tumores não acometem a mucosa intestinal.PO138 - SÍNDROME DE CHILAIDITE: RELATO DE CASOROSANA RODRIGUES GALLETTI; TESSIA LEAL REIS;LEONARDO CASTRO DURAES; FABIO ALVES SOARES;NALISSON NEVES ARAUJO; CALIL ABUD NETO; LEONARDOMOTA SEIXASHFA, BRASILIA, DF, BRASIL.Resumo: Síndrome de Chilaiditi: relato de caso. Unidade deColoproctologia do Hospital das Forças Armadas, Brasília – DF.Rosana Rodrigues Galletti, Téssia Regina Leal Reis, médicos da clínica,Leonardo de Castro Durães. Resumo. A síndrome de Chilaiditi éconsiderada rara. O sinal radiológico da síndrome é diagnosticado emaproximadamente 0.025%-0.028% <strong>dos</strong> exames de Raios X de tóraxe abdome e 1.18%-2.4% das tomografias computadorizadas. Afetaambos os sexos de qualquer idade e possui maior incidência em homensmaiores de 60 anos do que em mulheres, em uma relação 4:1. O sinalde Chilaiditi, documentado a primeira vez em 1865, é conhecidocomo a interposição permanente ou temporária do cólon, intestinodelgado ou estômago no espaço hepatodiafragmático de formaassintomática. Em 1910, Demetrius Chilaiditi documentou três casosde pacientes assintomáticos com interposição hepatodiafragmáticado cólon. A apresentação de sintomas como dor abdominal, dorretroesternal, náuseas, vômitos, distensão abdominal, sintomasrespiratórios, suboclusão ou obstrução intestinal associa<strong>dos</strong> ao sinalde Chilaiditi caracterizam a síndrome de Chilaiditi, que tem implicaçãodireta na qualidade de vida do paciente. CCMN, feminino, 68 anos,procurou o pronto-socorro de cirurgia geral do Hospital das ForçasArmadas no dia 15 de Abril de 2011 com história de dor abdominalem hipogástrio, distensão abdominal associado a tenesmo, vômitos edispnéia há três dias. Apresentava hipertensão arterial sistêmica (HAS)e bronquite asmática. Realizou previamente: mamoplastia (há 20anos), abdominoplastia (há 13 anos) e laqueadura tubária (há 30anos). G6P3A3. Permaneceu internada para realização de exames euso de medicações para melhora da dor. RX abdome e tóraxevidenciaram cúpula diafragmática direita elevada. A tomografiacomputadorizada de abdome com contraste evidenciou interposiçãode alça de cólon entre a parede diafragmática e o fígado (sinal deChilaiditi). Presença de diversas imagens saculeiformes, na região docólon descendente e sigmóide, com discreto borramento da gorduraadjacente, sugestivo de diverticulite aguda associada. Este trabalhomostra a importância de se considerar a síndrome de Chilaiditi comodiagnóstico diferencial de abdome agudo, além realizar uma breverevisão bibliográfica sobre o tema. Palavras-chave: síndrome deChilaiditi; abdome agudo.PO139 - SÍNDROME DE CHILAIDITI: RELATO DE CASOMURILO ROCHA RODRIGUES; DANIELA TIEMI SATO;FERNANDO LORENZETTI DA CUNHA; DARIANE SUSANRODRIGUES; MARCOS GONCALVES DE ALMEIDA; CHRISTIANBORNIA MATAVELLI; ENZO FABRICIO RIBEIRO NASCIMENTO;CARLOS AUGUSTO REAL MARTINEZUNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, BRAGANÇA PTA., SP, BRASIL.Resumo: A interposição hepatodiafragmática do cólon, denominadasíndrome de Chilaiditi, é uma entidade clínica rara. A presença de dorabdominal e os acha<strong>dos</strong> radiológicos semelhantes à presença depneumoperitônio podem levar ao diagnóstico errôneo de abdômenagudo perfurativo. Objetivo: Apresentar um caso de síndrome deChilaiditi cujo diagnóstico foi suspeitado pela radiografia de tórax.Relato do caso: Mulher, 76 anos, com dor e distensão abdominal hádois dias acompanhada de náuseas e vômitos. Referia obstipaçãocrônica com parada de eliminação de gases e fezes há cinco dias.Ficava até 12 dias sem evacuar usando laxantes regularmente. Nasúltimas horas apresentou dor precordial e dispnéia. Relatavahisterectomia há 12 anos. Ao exame apresentava-se em REG,desidratada, emagrecida, pulso 90 bpm e PA 100x70 mmHG. À auscultamostrava hip<strong>of</strong>onese de bulhas, extra-sístoles ocasionais e acentuadaredução do MV. O abdômen era doloroso à palpação, com distensãoassimétrica e RHA aumenta<strong>dos</strong> de timbre metálico. O toque retaldetectava fecaloma na ampola retal. A radiografia simples de abdômendemonstrou grande distensão do cólon transverso que rechaçava ambasas cúpulas diafragmáticas para cima e deslocava o coraçãocranialmente, confirmando presença de fecaloma no retosigmóide.Com suspeita diagnostica de obstrução intestinal por fecaloma apósesvaziamento manual e realização de três enteroclismas houvemelhora do quadro abdominal, com regressão completa da imagemradiológica. Quatro meses após o quadro com orientação dietética euso de emolientes fecais não apresentou recidiva do quadro. Conclusão:A síndrome de Chilaiditi é uma imagem radiológica que pode simulara presença de pneumoperitônio.PO140 - SÍNDROME DE PEUTZ-JEGHERS E TUMORMIOFIBROBLÁTICO INFLAMATÓRIO – RELATO DE CASOGUSTAVO URBANO; VIVIAN REGINA GUZELA; RAPHAELGURGEL DE CARVALHO; ANA CAROLINA CHIORATO PARRA;94


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1ANDRÉ ANTÔNIO ABISSAMRA; CAMILA PERAZZOLI; JOSEJOAQUIM RIBEIRO DA ROCHA; OMAR FÉRESUSP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A Síndrome de Peutz-Jeghers é uma desordemgenética autossômica dominante pouco frequente, caracterizada pelaformação de pólipos hamartomatosos em todo o trato gastrointestinal,presença de manchas melanocíticas cutâneo-mucosa e riscoaumentado para o desenvolvimento de neoplasias. O presente relatoilustra a ocorrência de outra entidade rara, o Tumor Mi<strong>of</strong>ibrobláticoInflamatório, num paciente portador da síndrome.Relato de caso:Paciente masculino, 26 anos. Há 6 meses apresenta episódios dehematoquezia e houve alteração do hábito intestinal, passando aevacuar 3 a 4 vezes ao dia, fezes amolecidas e eventualmente commuco. No último mês passou a apresentar também dor epigástricacontínua, vômitos pós-alimentares e perdeu aproximadamente 10kg. Além disso notou um “caroço” no abdome superior. Negaantecedentes pessoais de outras patologias ou antecedentes familiaresde patologias gastrointestinais ou casos de neoplasia. Ao examefísico encontra-se debilitado, descorado e é possível palpar umamassa volumosa, endurecida e dolorosa localizada no epigástro ehipocôndrio esquerdo. Chamam atenção também máculashipercrômicas presentes nas mãos, solas <strong>dos</strong> pés e mucosa oral. Aen<strong>dos</strong>copia digestiva alta revelou pólipos no esôfago, estômago eduodeno, e a colonoscopia pólipos em to<strong>dos</strong> os segmentos colônicos.A tomografia de abdome mostra formação expansiva ocupando oquadrante superior esquerdo, em íntimo contato com o estômago,duodeno, pâncreas, alças intestinais, rim esquerdo e grandes vasos.Firmadas as hipóteses diagnósticas de síndrome de Peutz-Jeghers emassa abdominal de origem indeterminada, e indicada a abordagemcirúrgica para ressecção da massa. O achado cirúrgico foi de massaneoplásica com aspecto irregular que parecia originar-se junto aoângulo de treitz, acometendo 30 cm das alças de delgado contíguas,infiltrando e invadindo o mesentério. A massa era justa aórtica eaderida aos vasos mesentéricos superiores. Além disso havia diversaslesões polipóides no intestino delgado e no cólon. Realizada aressecção em bloco da massa acompanhada de cerca de 50 cm dejejuno. Realizadas também enterotomias para ressecção das lesõespolipóides. Confeccionada anastomose duodeno-jejunal términoterminalcom grampeador circular (a ogiva posicionada na 4ªporção duodenal e o cabo do grampeador introduzido por uma dasenterotomias). O estudo anatomopatológico da peça cirúrgicademontrou quadro morfológico e imuno-histoquímico sugestivode tumor mi<strong>of</strong>ibroblástico Inflamatório, com provável origemem retroperitônio. As demais lesões do intestino delgado têmalterações morfológicas compatíveis com PóliposHamartomatosos. Conclusões: A Síndrome de Peutz-Jeghers estápresente na clínica coloproctológica como um <strong>dos</strong> diagnósticosdiferenciais das poliposes colônicas. Sua associação com neoplasiasde diferentes origens é frequente. No entanto não foramencontra<strong>dos</strong> relatos na literatura da ocorrência de TumorMi<strong>of</strong>ibroblático Inflamatório.PO141 - SÍNDROME DE PEUTZ-JEGHERS, APRESENTAÇÃOCLÍNICA VARIADAFRANCISCO CLAUDIO LINHARES DE SÁ FILHO,; BRUNOCARVALHO TRENTIN; LEVINDO ALVES OLIVEIRA; ANTONIOADENILDO SANTOS DELMIRO; ICARO VINÍCIUS SOUZANASCIMENTO; ÉDER RODRIGO FIGUEIRA RIBEIRO; THALITALIMA GOMES; MARIO ANDRÉS LOPEZ HOLGUINHOSPITAL GERAL DE RORAIMA, BOA VISTA, RR, BRASIL.Resumo: Objetivo: O presente trabalho descreve um caso de síndromede Peutz-Jeghers, visando demonstrar as diferentes apresentaçõesclínicas da síndrome. Material e méto<strong>dos</strong>: Foram utiliza<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> dainternação, boletim operatório, exames de imagem, laboratório erevisão de prontuário. Resulta<strong>dos</strong>: J. V. S., 27anos, sexo masculino,natural de Caracarai - RR, procura atendimento médico devido aquadro de vômitos, dor abdominal, febre, soluços e diarréia há 4 dias.Relata que vinha tido sintomatologia semelhante a cerca de 2 anos eque a aproximadamente 3 meses, apresentavam-se em intervalos detempo menores. Ao exame: REG, LOTE, afebril, eupneico, hidratado,corado. Abdômen: plano, flácido, depressível, RHA +, sem sinais deirritação peritonial. Negava outros sintomas, sem comorbidades oucirurgias prévias. Após o terceiro dia de internação, evoluiu comparada na eliminação de fezes, flatos e quadro de obstrução intestinalintermitente, com resposta parcial ao tratamento clínico. Semalteração <strong>dos</strong> exames laboratoriais. Exame ultrasonográficodemonstrando dilatação de alças. Tomografia computadorizada:Distensão moderada de alças de delgado, com as paredes de espessuranormal, algumas formando nível, e ao nível da fossa ilíaca direita,presença de imagem “em alvo”, de paredes espessas, com interiorapresentando centro gorduroso, que mostrou captação periférica domeio de contraste endovenoso. Paciente sem resolução do quadroobstrutivo com tratamento não operatório sendo submetido alaparotomia exploradora. Inventário da cavidade: Distensão de alçasde delgado, várias massas tumorais em intestino delgado e colon,intussuscepção a 150cm da válvula íleo cecal e a 80cm do ângulo deTreitz, Ausência de s<strong>of</strong>rimento de alça. Fígado, estômago, baço edemais estruturas na cavidade sem alteração. Realizado: Ressecçãode 20cm de delgado com massa intra luminal -pólipo- mais anastomoseTT em 2 planos. Biópsia: pólipos hamartomatosos. Resulta<strong>dos</strong>: ASíndrome de Peutz-Jeghers tem como apresentação clínica aassociação de pigmentação melanótica cutâneo-mucosa e póliposhamartomatosos encontra<strong>dos</strong> no trato digestivo. É geralmentesintomática desde a primeira década de vida, com maior morbimortalidadea partir da segunda, apresentado um leque extenso demanifestações gastro intestinais, exigindo alto grau de suspeição nodiagnóstico já que se trata de síndrome rara, porém com relevanteinfluencia na sobrevida, principalmente devido ao risco demalignização <strong>dos</strong> pólipos.PO142 - SÍNDROME DE TURCOT ASSOCIADA A TUMORDESMÓIDE DE PAREDE ABDOMINALVIRGINIA CAMPOS DALMASO; MARCELO BETIM PAES LEME;EVANDRO DE MORAIS E SILVA; ROGÉRIO DE OLIVEIRAGONÇALVES; LEONARDO AMORIM FORMAGGINEHSJB, VOLTA REDONDA, RJ, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)manifesta-se com mais de 100 pólipos no cólon e no reto, decorrenteda mutação do gene APC e em 5 a 10% <strong>dos</strong> caso do gene MYH. Opaciente pode apresentar pólipos gástricos e duodenais, tumoresdesmóides e osteomas, dentre outras manifestações. Doença sempredileção sexual. Quando associada a tumores malignos primáriosno SNC denomina-se síndrome de Turcot. Essa doença é transmitidapor gene autossômico dominante com aproximadamente 100% depenetrância e, quando não tratada cirurgicamente, resulta em câncercolorretal a partir da 4º década de vida. RELATO DE CASO: C.R.,sexo feminino, 20 anos, parda, natural e residente em Volta Redonda-RJ. Aos 9 anos, foi submetida a ressecção de tumor cerebral, cujohistopatológico revelou ser um meduloblastoma. Apresentando desdeentão sequelas motora e neurocognitiva. No ano de 2006 o pai desta95


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1paciente recebeu diagnóstico de PAF, sendo submetido a colectomiatotal. Iniciada investigação familiar com colonoscopia onde chegousea confirmação do PAF desta paciente. Com esta nova informaçãochegou-se ao diagnóstico da síndrome de Turcot. A paciente foitratada por colectomia total e anastomose ileoretal, com evoluçãosatisfatória. Seguindo em acompanhamento ambulatorial, dois anosapós colectomia apresentou ao exame físico massa abdominal,comprovada por tomografia computadorizada comprometendoapenas a parede abdominal, com plano de clivagem e sem invasão deórgãos adjacentes. Realizada eletivamente a ressecção do tumor emparede abdominal e reconstrução com tela dupla face. Examehistopatólogico da lesão confirmou tumor desmóide. DISCUSSÃO:Após a cirurgia do cólon os pacientes com PAF devem manterseguimento ambulatorial rigoroso já que manifestações extraintestinais e complicações pós operatórias podem surgir. A colectomiacom ileorretoanastomose é tecnicamente mais simples e associadacom menores índices de complicações pós-operatórias e melhoresresulta<strong>dos</strong> funcionais, porém tem maior risco de desenvolvimento decâncer pela presença da mucosa retal. No caso descrito o seguiment<strong>of</strong>oi realizado no primeiro ano com retoscopia a cada seis meses,seguida por retoscopia anual, que até o último ano apresentaram-sesem pólipos. O tumor desmóide consiste em uma proliferaçã<strong>of</strong>ibroblástica, classificada histologicamente como benigna, porémdevido as características do seu desenvolvimento podem estarassociada a graves consequências, por apresentar-se de formaagressiva, localmente invasivo, levando ao comprometimento deestruturas adjacentes a sua origem. Esses tumores são responsáveisestatisticamente pela segunda causa de morte na PAF. Sua incidênciaassociada a PAF é de 15% e a localização mais frequente é a paredeabdominal (50%) como ocorrido nesta paciente. Esses tumoresrepresentam um desafio cirúrgico devido a difiuldade técnica deressecção.PO143 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PROCIDÊNCIARETAL POR VIA PERINEAL EXPERIÊNCIA DO HOSPITALBARÃO DE LUCENA SES/PEELTON CARLOS LEONARDO NOGUEIRA; ALINE DAVID SILVA;PAMELA LEAO VIANA; BRUNO FREIRE BORGES; JOSEANECANTON; MAURILIO TOSCANO DE LUCENA; MAURICIO JOSEDE MATOS E SILVA; JOAQUIM HERBENIO COSTA CARVALHOHOSPITAL BARÃO DE LUCENA, RECIFE, PE, BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: O prolapso total de reto ou procidência retalé uma enfermidade que atinge todas as faixas etárias, sendo maisfreqüente em i<strong>dos</strong>os. Trata-se de uma doença relativamente incomume de etiologia pouco esclarecida. Apesar de se tratar de uma afecçãoconhecida há vários séculos a técnica cirúrgica ideal para seutratamento ainda não foi estabelecida.Mais de 100 tipos de reparoscirúrgicos foram descritos para essa condição. Buscamos através dessetrabalho analisar o perfil <strong>dos</strong> pacientes portadores de procidênciaretal opera<strong>dos</strong> por via perineal no Hospital Barão de Lucena-SES/PEdurante o período de janeiro 2010 a janeiro de 2012 identificando ascaracterísticas demográficas, estabelecendo os principais sintomasda doença e os resultado obti<strong>dos</strong>. MATERIAIS E MÉTODOS: Osda<strong>dos</strong> foram coleta<strong>dos</strong> de foram obti<strong>dos</strong> de forma retrospectiva atravésda busca em prontuários <strong>dos</strong> pacientes submeti<strong>dos</strong> à cirurgia paratratamento da procidência retal por via perineal no Hospital Barãode Lucena-SES/PE, no período compreendido entre janeiro 2010 ejaneiro de 2012. RESULTADOS: 31 pacientes foram opera<strong>dos</strong> nesseperíodo, sendo 02 pacientes submeti<strong>dos</strong> a mais de um procedimentocirúrgico. A idade média foi de 71 anos sendo 25 pacientes do sex<strong>of</strong>eminino. Além do prolapso, seis pacientes se queixavam demucorréia, oito de incontinência fecal, seis de constipação, 11relatavam sangramento retal e um paciente referia incontinênciaurinária. Foram realizadas 22 cirurgias de Delorme, 10 cirurgias deAltemeier e 01 Cerclagem . Hum paciente que apresentou picohipertensivo durante o ato cirúrgico realizou o pós-operatório naunidade de terapia intensiva. Dois pacientes evoluíram com estenoseno pós-operatório. Foi constatada recidiva em 08 pacientes,aproximadamente 25%, com um período médio de acompanhamentode 15 meses. CONCLUSÕES: Observou-se que as operações paratratamento da procidência retal são bastante seguras, apresentandobaixos índices de complicações intra-operatória assim como baixoíndice de complicações pós-operatórias, entretanto apresentamelevada taxa de recidiva na nossa casuística.PO144 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PROCIDÊNCIARETAL SEGUNDO TÉCNICA DE DELORME ASSOCIADA ÀPROCTOPLASTIA SEGUNDO PARKSNAYARA SILVA RIBEIRO JARDIM; MAGNO OTAVIO SALGADOFREITAS; ISABELA SAVALL FONT SOUZA; GABRIEL LOPESMANGABEIRA; CRISTOPHER FERREIRA CUNHAUNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS, MONTESCLAROS, MG, BRASIL.Resumo: Introdução: O tratamento cirúrgico da procidência retal,assim como sua abordagem (abdominal ou perineal) é determinadapelas comorbidades do paciente, idade, experiência e preferência docirurgião.Supõe-se que a abordagem perineal apresente a vantagemde menor morbidade perioperatória, dor reduzida e menor tempo dehospitalização, comparada à abordagem abdominal. Entretanto, asaltas taxas de recorrência e incontinência podem contribuir para odesencorajamento da abordagem perineal. Estu<strong>dos</strong> recentesevidenciam que uma abordagem perineal apropriadamente executadaé capaz de proporcionar os mesmos resulta<strong>dos</strong> a longo prazocomparando com a abordagem abdominal. Objetivo: Avaliar osresulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> nos pacientes submeti<strong>dos</strong> à abordagem perinealsegundo técnica de Delorme associada à proctoplastia segundo Parks( Plicatura do puboretal). Método: Realizado estudo retrospectivoatravés da análise de prontuários médicos no período de 2000 à2012. Analisou-se idade, sexo e evolução pós-operatória. Resulta<strong>dos</strong>:Dos paciente analisa<strong>dos</strong>, 75% eram mulheres e 25% homens, commédia de 49 anos (44-71). Tempo médio de cirurgia 1 h e 30minutos.Tempo de internação hospitalar foi de 2-4 dias.Incontinência em 25%. Não houve mortalidade e nenhum casoapresentou recidiva. Conclusão: O tratamento cirúrgico segundotécnica de Delorme associada à plicatura do puboretal ( Proctoplastiasegundo Tarks) apresentou exelentes resulta<strong>dos</strong>. Teve nulamortalidade, baixa morbidade, curto tempo de internação hospitalare nenhuma recidiva em nosso serviço de coloproctologia.PO145 - TRATAMENTO DA HÉRNIA PARAESTOMAL COMEMPREGO DA TELA DE POLIPROPILENOMARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES; ADRIANO GONÇALVESRUGGERO; SUZANA LIMA TORRES; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; ALESSANDRA VICENTINICREDIDIO BRASILEIRO; FANG CHIA BIN; WILMAR ARTURKLUGIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: É complicação pós-operatória frequente e quaseinevitável, aumentando os transtornos já impostos pelo estoma. Sua96


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1presença dificulta a irrigação da alça e a fixação das bolsas coletoras,proporciona dor, desconforto e prejuízo à imagem corporal. Afrequência varia de 35-50% <strong>dos</strong> pacientes e o índice de recidiva de24-54% <strong>dos</strong> casos. O tratamento sempre foi objeto de estu<strong>dos</strong>, masacompanhado de grandes frustrações pelo fracasso. Objetivo: Análisedo tratamento cirúrgico de hérnia paraestomal com uso de tela depolipropileno subaponeurótica. Material e Método: Estudoretrospectivo no período de janeiro de 2007 a janeiro de 2012,analisando as complicações e recidivas <strong>dos</strong> pacientes trata<strong>dos</strong> comcolocação de tela de polipropileno. Resulta<strong>dos</strong>: Doze pacientes comidades entre 54 a 83 anos (média 68,5 anos). Dez portavamsigmoi<strong>dos</strong>tomia terminal (83,33%), um Indiana-pouch (8,33%) euma sigmoi<strong>dos</strong>tomia em alça (8,33%). O índice de recidiva foi de83,33%, e o tempo de recidiva variou de três meses a um ano (médiade 7,5 meses). Conclusão: Era esperado que a tela de polipropilenoevitasse a recidiva, porém foi observamos que a hérniaparacolostômica ainda permanece sem solução cirúrgica adequada.PO146 - TRATAMENTO DE RETITE ACTÍNICA HEMORRÁGICACOM OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA: ESTUDO DE CASOEMYLE BRITO DE SOUZA 1 ; VIVIANE TIEMI KENMOTI 21.UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, PALMAS, TO,BRASIL; 2.GASTROPALMAS, PALMAS, TO, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO. A radioterapia(RTP) pélvica tem obtidoresulta<strong>dos</strong> de eficácia e segurança cada vez mais satisfatório notratamento de tumores de utero e próstata. Entretanto, efeitosadversos são patentes e podem ser expressos a curto ou longo prazo,como o caso da retite actínica hemorrágica (RAH) , trazendodesconforto e diminuição na qualidade de vida desses pacientes.OBJETIVO: Relatar o caso clínico de uma paciente portadora deRAH com sucesso terapêutico após uso da Oxigenoterapia Hiperbárica(OH). RELATO: I.S.L., 63 anos, feminino, branca, procedente deMacapá (AP), aposentada. Em 2009, paciente foi submetida à RTPpara tratamento de adenocarcinoma de endométrio grau II. Em 2010,paciente iniciou quadro de sangramento anal vivo associado acoágulos.Referia ainda dor abdominal tipo cólica, náuseas, tenesmoe diarréia. Foi submetida a colonoscopia que evidenciou mucosahiperemiada, com presença de fibrina e sangramento ativo, sendodiagnosticado RAH. Foi submetida a tratamento com supositório deAsalit, enema de sucralfato e Mesalazina, sem melhora do quadroclínico. A utilização de formalina foi contra indicada devido a reaçãoalérgica. Como terapia alternativa, realizou-se tratamento com OHpor seis meses, em um total de 88 sessões. O uso de OH apresentoumelhora significativa do aspecto morfológico do tecido lesionado edas queixas clínicas do paciente. Após seis meses de tratamento amucosa apresentava-se cicatrizada, sem sinais de hemorragia, situaçãocompletamente diferente da observada no início desta terapia, ondea mucosa apresentava-se hemorrágica e ulcerada, com presença defibrina e coágulos. Atualmente, paciente encontra-se emacompanhamento ambulatorial, assintomática e sem sangramento.CONCLUSÃO: A utilização da OH para o tratamento da RAHmostrou-se um método seguro e bem tolerado no caso clínicoapresentado, corroborando com os atuais estu<strong>dos</strong> que apontam aeficácia do uso da OH como tratamento para pacientes com lesõespor radiação na região pélvica.PO147 - TROMBOSE DE MESETÉRICAERICA CRISTINA CAMPOS E SANTOS 1 ; MARCOS GONÇALVESDE ALMEIDA 1 ; NARA PULS 1 ; FERNANDO LORENZETTI DACUNHA 1 ; GIOVANNA RICCITELLI DO COUTO 1 ; GÊYSA FABIANABOTELHO 2 ; CARLOS AUGUSTO REAL MARTINEZ 1 ; ENZOFABRICIO RIBEIRO NASCIMENTO 11.UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, BRAGANÇA PAULISTA, SP,BRASIL; 2.INSTITUTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE, MONTESCLAROS, MG, BRASIL.Resumo: Trombose venosa é uma moléstia relacionada a alteraçõesna homeostasia do tecido hematopoiético, de acordo com a literaturaexistem três principais condições que alteram a situação de equilíbriopodendo ocasionar quadros trombóticos. São elas: hipercoagubilidadesanguínea, lesão endotelial e estase sanguínea, em conjuntodenominadas Tríade de Virchow. No quadro de trombose mesentéricaos principais fatores desencadeantes seriam cirurgia abdominal préviae hipercoagubilidade. Ademais, é de suma importância destacar que atrombose venosa de veia mesentérica é dificilmente deparada porcirurgiões e seu tratamento por trombectomia é raro, sendo a ressecçãointestinal tratamento indicado na maioria <strong>dos</strong> casos. Nesseprocedimento existe grande dificuldade em identificar alças inviáveisdevido ao edema difuso e congestão venosa, contribuindo assim paraaltas taxas de mortalidade. RELATO DE CASO: R.C.A.G, sex<strong>of</strong>eminino, solteira, 50 anos, encaminhada ao serviço via central devagas com queixa de dor em abdome inferior com início há 01 dia, demoderada intensidade e acompanhada de distensão abdominal.Paciente referia hábito intestinal normal com eliminação de flatos enegava febre ou disúria. Ao exame apresentou abdome poucodistendido, timpânico e doloroso a palpação infraumbilical.Apresentava também Sinal de Blumberg e Lapinsky negativos. Foirealizada ultrassonografia pélvica transvaginal que constatou apresença de líquido livre no espaço hepatorrenal e radiografiasabdominais que revelaram presença de nível hidroaéreo em abdomesuperior e sinais de bloqueio em fossa ilíaca direita. Foi realizadatambém tomografia abdominal que evidenciou liquido livre na cavidadee distensão de estomago e intestino delgado com lentificação dotrânsito intestinal. Foi indicada laparotomia exploratória sendorealizada enterectomia parcial com enteroentero anastomose porabdome agudo vascular. Durante ato cirúrgico foi identificada trombosede vasos mesentéricos e isquemia de múltiplas alças. Solicita citologiaoncótica, histologia do liquido peritonial e do segmento ressecado(120 cm). Ao exame macroscópico foi visualizada serosa vinhosa econteúdo hemorrágico na luz. A microscopia confirmou áreasnecróticas em todas as túnicas intestinais e margens cirúrgicaspreservadas. Foi realizada pr<strong>of</strong>ilaxia com heparina no pós operatórioe a paciente recebeu alta com acompanhamento ambulatorial quinzedias após o ato cirúrgico. CONCLUSÃO: A trombose de vasosmesentéricos é rara e freqüentemente culmina com o óbito dopaciente. Existe forte associação de sua ocorrência com hábitoscomo tabagismo e uso de anticoncepção hormonal, ambos ausentesneste relato ademais o sucesso cirúrgico foi obtido, com alta hospitalare acompanhamento ambulatorial.PO148 - TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES NO CECO –RELATO DE CASOSANDRÉ GATTO; MARIA CRISTINA SARTOR; MARIA GABRIELALAZCANO ALVES FERREIRA; RONALD KOOL; KELLYCRISTINA VIEIRA; RICARDO MONTE JUNIOR; LÚCIA DENORONHA; RENATO ARAÚJO BONARDIUFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: O tumor de células granulares (TCG) foidescrito por Abrikos<strong>of</strong>f em 1926, sendo denominado mioblastomade células granulares por sua similaridade às fibras musculares namicroscopia óptica. O TCG se desenvolve a partir das células de97


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Schwann. Pode surgir em qualquer órgão, no entanto é mais comumna cabeça e pescoço, especialmente na língua, mucosa oral e palato.O esôfago é o segmento mais afetado do trato gastrointestinal, sendomuito raro em outros segmentos. Apresenta-se geralmente comonódulo submucoso, elástico, benigno, de coloração rosa-parda, comdiâmetro menor que 2 cm. A confirmação diagnóstica é feita porbiópsia ou ressecção da lesão. Comumente apresenta a expressão daproteína S-100 à imunohistoquímica. O seguimento pode ser feitocom controle en<strong>dos</strong>cópico periódico, pode ser ressecado por meio deen<strong>dos</strong>copia ou, nas lesões maiores, com dúvida diagnóstica, submetidoa ressecção cirúrgica. Se for observado aumento de volume ou quand<strong>of</strong>or maior que quatro centímetros, deve-se considerar a possibilidadede lesão maligna. OBJETIVO: Relatar o caso de 2 pacientes comtumor de células granulares no ceco. RELATOS DOS CASOS: Caso 1:O.S., masculino, 53 anos, aposentado por deficiência mental, naturale procedente de Curitiba-PR, procurou o ambulatório decoloproctologia do HC-UFPR com queixa de hematoquezia, nãorelacionada às evacuações, em moderada quantidade, durante trêsdias, há três meses, sem outros sintomas.Sem alterações no examefísico. Na colonoscopia evidenciou-se lesão elevada na submucosado fundo cecal, com cerca de 5 mm de diâmetro, móvel, endurecidae rosa-amarelada, que foi ressecada com alça diatérmica, suspeitan<strong>dos</strong>ede tumor carcinóide. O exame anatomopatológico descreve nódulobem delimitado com células arranjadas em trabéculas com citoplasmagranular fino, núcleos pequenos, cliva<strong>dos</strong>, com focos de calcificação.A imunohistoquímica foi reagente para proteína S-100. O diagnósticomacroscópico, microscópico e imunohistoquímico foi compatívelcom tumor de células granulares. Houve boa evolução clínica e acolonoscopia de controle foi normal. Caso 2: S.R. P., feminina, 44anos, do lar, natural e procedente de Curitiba-PR, procurou oambulatório da gastroenterologia do HC-UFPR com queixa de dorabdominal de longa data, sem sinais de alerta. Exame físico semalterações. Realizou colonoscopia que evidenciou lesão de aspectosubmucoso, amarelado, endurecida, recoberta por mucosa normal,com 8 mm, na confluência das tênias do fundo cecal, tambémlembrando tumor carcinóide. A lesão foi ressecada com alçadiatérmica. O exame anatomopatológico evidenciou tumor de célulasgranulares. Paciente permanece em seguimento ambulatorial.CONCLUSÃO: Apesar de raro, o TCG deve fazer parte do diagnósticodiferencial das lesões encontradas na colonoscopia, especialmentetumor carcinóide, lipoma submucoso e GIST.PO149 - TUMOR DE EWING APRESENTANDO-SE COMOADOME AGUDOTHOMAS GREEN MORTON GONÇALVES DOS SANTOS;MÁRCIO CUNHA FATURETO; EMERSON ABDULMASSIHWOOD SILVA; ELBER TADEU RODRIGUES TORRES; LUCIANORICARDO PELEGRINELLI; BERNARDO ROSA SOUZA; MARCELCABRAL COGNETTE; GENÉSIO BORGES DE ANDRADE NETOUFTM, UBERABA, MG, BRASIL.Resumo: Demonstramos o caso de uma paciente de 33 anos, naturale procedente de Uberaba que procurou o Hospital de Clínicas daUFTM com queixa de dor abdominal em baixo ventre, há 3 dias, dotipo cólica, de forte intensidade, associada à náuseas; porém semvômitos ou alterações urinárias, intestinais e ginecológicas. Ao examefísico apresenta abdome plano, normotenso, ruí<strong>dos</strong> presentes enormais, doloroso a palpação superficial e pr<strong>of</strong>unda em hemiadomeinferior, sem DB, plastrão palpável em FID, aderida a planospr<strong>of</strong>un<strong>dos</strong>, de aproximadamente 5 x 5 cm. US abdome: apêndicececal não visualizado, coleção heterogênia em FID medindo 8,5 x3,5 cm e volume de 83 ml, moderada quantidade de líquido livre comecos internos na cavidade pélvica. Na exploração cirúrgica foiobservada moderada quantidade de coágulos em FID, processoinflamatório em base de apêndice, transição íleo cecal e íleo terminalapresentando espessamento do meso com áreas de hemorragias epontos de necrose, sem comprometimento de alça. Foram realizadasapendicectomia e biópsias do meso do íleo terminal. O exameanatomopatológico concluiu periapendicite crônica discreta efragmento de meso de íleo terminal com neoplasia maligna. Naimuno-histoquímica, a neoplasia se marca com CD 99, compatívelcom tumor de Ewing de partes moles. Comentários: Os Tumores daFamília Ewing incluem o Sarcoma de Ewing Ósseo, o Sarcoma deEwing de Partes Moles (SEPM), o Tumor NeuroectodérmicoPrimitivo e o Tumor de Askin. A genética molecular e o marcadorimunohistoquímico demonstram que to<strong>dos</strong> estes tumores são deriva<strong>dos</strong>da mesma célula tronco primordial, sendo este o CD99. Os SEPMocorrem com mais frequência no tronco, segui<strong>dos</strong> pelas extremidades,cabeça e pescoço, retroperitônio e outros sítios. Os fatoresprognósticos mais importantes estão relaciona<strong>dos</strong> ao sítio do tumorprimário, ao volume tumoral e à presença de metástases. As lesõesmaiores tendem a ocorrer nos sítios mais desfavoráveis. Entre ospacientes com doença metastática, os portadores de metástasespulmonares apresentam uma sobrevida superior aos de outros sítios.A maioria <strong>dos</strong> pacientes apresenta doença metastática oculta, e poresta razão é necessário <strong>of</strong>erecer-lhes um tratamento sistêmico comquimioterapia, além do tratamento local com cirurgia e/ouradioterapia. A radioterapia deve ser utilizada para pacientes comtumores irressecáveis. Pacientes de baixo risco apresentam DHL aodiagnóstico < 1.5 x o valor normal ou tumores ressecáveis delocalização não pélvica; já os pacientes de alto risco apresentamDHL > 1.5 x o valor normal, tumores de localização pélvica, tumoresirressecáveis ou presença de metástases.PO150 - TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL EMDIVERTÍCULO DE MECKEL - RELATO DE DOIS CASOSWILKER BENEDETI MENDES; LEONARDO HUBER TAUIL;RODRIGO REGO LINS; MARCELO RAPOSO CAMARA; ROBERTAPUIG; HUGO RIBAS NETO; EDSON JURADO SILVA; MARCIONETO ARAUJOHOSPITAL FEDERAL SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.Resumo: O divertículo de Meckel é a má formação congênita maiscomum do trato gastrointestinal, e ocorre em 1 a 3% da populaçãogeral. Normalmente é assintomático. Hemorragia, obstrução einflamação são suas principais complicações. Sua transformaçãoneoplásica é incomum, e nestes casos, a ocorrência de tumor estromalgastrointestinal (GIST) é rara, sendo encontrado poucos relatos decaso na literatura. Neste trabalho, apresentamos o relato de doiscasos, com formas de apresentações distintas, que foram trata<strong>dos</strong>cirurgicamente com sucesso.PO151 - TUMOR ESTROMAL PARARRETAL EM PACIENTEHIV POSITIVO - RELATO DE CASOPAULA DE LIMA E SILVA GARCIA; ANNA PAULA COSTAWAKED; JAIME COELHO CARLOS MAGNO; GLORIA MARIAPINTO DE FIGUEIREDO; FRANCISCO EDUARDO SILVA;DANIEL HENRIQUE KUSHNIR; JOSE PINHEIRO MAGALHÃESHEGV, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.Resumo: G.F.S, feminino, 41 anos, do lar. Queixa Principal: “caroçoentre a vagina e o reto”. HDA: Paciente refere que há 8 meses vem98


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1notando um abaulamento no reto que dificulta para sentar evoluindocom dor e esforço ao evacuar. Nega sangramento. HPP: HIV positivaem acompanhamento, faz uso de AZT/3TC + lopinavir/ritonavircom carga viral indetectável, último CD4 556. HAS em uso decaptopril 2x/dia. Nega DM. Exame Proctológico: Inspeçào: Plicomasanais. Toque: Abaulamento em parede ântero-lateral direita commucosa íntegra. Anuscopia: Plexo externo congesto. RTS: Normalaté 25 cm. Colonoscopia: até o ceco, normal. Labs: Ht 34% Hb 11,6CEA 0,87. TC: lesão expansiva na parede lateral direita do 1/3 distaldo reto, estendendo-se ao canal anal, 49mmx39mm e realçaperifericamente após o contraste iodado.. Foi submetida a ressecçãode tumor pararretal por incisão arciforme na hemicircunferênciaperi-anal direita. Histopatológico: Neoplasia fusocelular com rarasmitoses. Imunohistoquímica positiva para HHF-35 (actina músculoespecífica) e Vimentina. Negativa para S100, compatível comleiomioma epitelióide. Discussão: Leiomioma epitelióide é um tumorestromal, de origem no músculo liso, de comportamento biológicoindefinido. A diferenciação celular é feita por imunohistoquímica. Amaioria apresenta positividade para actina de músculo liso, comS100 e CD34 positivos. Os schwanomas possuem S100 positivo. Abaixa celularidade e tamanho pequenos em tumores estromaisintestinais, não são garantia de curso clínico benigno. O tumorestromal retal na muscular própria tem comportamento agressivoindependente de tamanho ou aspecto. Conclusão: O leiomioma doTGI é uma neoplasia benigna rara, que acomete principalmente oestômago, acometendo os cólons em 3%. Geralmente se apresentamcomo lesões sésseis, intraluminais ou intramurais que podem causarsangramento, obstrução ou perfuração. Mas podem se manifestarcomo tumores extraluminais pedicula<strong>dos</strong>. Maioria são incidentalomas,encontra<strong>dos</strong> em en<strong>dos</strong>copia ou ressecções cirúrgicas feitas por outraspatologias. Tipo de tumor raro, poucos relatos na literatura.PO152 - TUMOR ESTROMAL GASTRINTESTINALRETRORRETAL: RELATO DE DOIS CASOSVIVIAN REGINA GUZELA; ROGÉRIO SERAFIM PARRA;RAPHAEL GURGEL DE CARVALHO; GUSTAVO URBANO;ANDRÉ ANTÔNIO ABISSAMRA; ANA CAROLINA CHIORATOPARRA; OMAR FÉRES; JOSE JOAQUIM RIBEIRO DA ROCHAHOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO, RIBEIRÃOPRETO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO. Os tumores estromais gastrintestinais sãooriun<strong>dos</strong> das células intersticiais de Cajal que s<strong>of</strong>rem uma mutação nooncogene c-KIT. Normalmente ocorrem em adultos acima de 40anos e podem estar presentes em qualquer local do trato digestivo,sendo mais comuns no estômago (60-70%) e no intestino delgado(25-35%). Cólon, reto e apêndice somam 5% de ocorrência. Dentreas neoplasias do reto, representam menos que 0,1% dentre to<strong>dos</strong> ostipos histológicos relata<strong>dos</strong>. Por definição, estes tumores são c-KITpositivos, sendo que a positividade para CD34 é menos específica ea negatividade para desmina é usualmente encontrada. Os fatores dealto risco incluem o tamanho do tumor (>10 cm), o número demitoses (>10/50CGA) e a localização. A pesquisa do termo“Retrorectal GIST” no PubMed revela três relatos de caso (2000,2010 e 2012). Neste trabalho, apresentaremos dois casos de GISTretrorretal. RELATO DE CASOS. L.R, 55 anos. Evoluiu com esforçoevacuatório, tenesmo e afilamento das fezes. Exame físico normal,exceto pelo toque retal, que evidenciava lesão extrínseca de 3 até10cm da borda anal, póstero-lateral direita. Submetido a colonoscopia,que evidenciou abaulamento extrínseco com biópsia da mucosainespecífica. A ressonância magnética evidenciava lesão pré-sacralem íntimo contato com a parede do reto. O paciente foi entãosubmetido à exérese da massa e retossigmoidectomia (anastomosecolo-anal) com ileostomia protetora. O anátomo-patológicoevidenciou lesão compatível com GIST de comportamento agressivoe alto risco. A imunohistoquímica revelava positividade para c-kit enegatividade para S100 e desmina. A tomografia computadorizada deabdome, três meses após, não evidenciava lesões residuais. O pacienteestá em uso de Imatinibe 400mg/dia. No momento, está assintomático.V.M, 50 anos, branco. Iniciou proctalgia e hematoquezia. O examefísico revelava toque retal com massa a cerca de 3 cm da borda analaté 8 cm, posterior. Submetido a colonoscopia que evidenciou lesãoextrínseca com início na linha pectínea abaulando o reto baixo eulcerando a mucosa. A ressonância magnética evidenciava massaretrorretal com maior diâmetro de 6 cm, sem invasão de estruturasadjacentes exceto pela parede retal. O paciente foi submetido àretossigmoidectomia (anastomose colo-anal) e colostomia protetora.A biópsia revelou GIST (positividade para c-KIT) de baixo risco. Opaciente não foi submetido à adjuvância e atualmente estáassintomático. A tomografia com seis meses de seguimento não revelaalterações. DISCUSSÃO. Os tumores retrorretais são de ocorrênciarara e algumas das ultimas revisões a respeito não contemplam oGIST nas classificações etiológicas. Devido à raridade destes casos,não existem ainda consensos sobre a terapia mais adequada <strong>dos</strong> GISTretrorretais, sendo fundamentais os relatos de caso que permitam ummelhor entendimento do manejo cirúrgico, adjuvância e prognósticodestes tumores.PO153 - TUMOR NEUROENDÓCRINO DO PÂNCREASASSOCIADO A POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAL(PAF):RELATO DE CASOANDRÉ GATTO; MARIA CRISTINA SARTOR; ANTONIO CARLOSKUSTER FILHO; JOSÉ EDERALDO QUEIROZ TELLES; VANESSANASCIMENTO KOZAK; PRISCILA BACILA DE AMORIM; MARIAGABRIELA LAZCANO ALVES FERREIRA; RENATO ARAÚJOBONARDIUFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.Resumo: Objetivo: O Objetivo deste trabalho é relatar o caso de umpaciente portador de PAF que apresentou, no seguimento, tumorneuroendócrino de pâncreas; e revisar a literatura no que diz respeitoà associação da PAF com tumores primários de outros sítios esíndromes relacionadas. Descrição do caso: Foi acompanhado o casode um paciente masculino, de 44 anos de idade, admitido na enfermariade Cirurgia Geral do Hospital de Clínicas - UFPR dia 18/01/2012, portumor no pâncreas e tumor no reto com plano de ressecção daslesões. O paciente realizava acompanhamento por PAF no Hospitalde Clínicas desde os 36 anos de idade. Foi submetido a colectomiatotal com anastomose ileorretal em XXX. Perdeu seguimento, ficandovários anos sem realizar consulta médica. Em 2011 apresentava doranal associada a fezes diarreicas e com sangue. Também referia perdade 20 Kg em 4 meses. A colonoscopia demonstrou lesão infiltrativado reto, desde o canal anal, envolvendo toda circunferência do órgãoe se estendendo por toda a linha de anastomose. A biópsia demonstrouadenocarcinoma. A Tomografia Abdominal, de 16/10/2011, acusoumassa pancreática na transição entre o corpo e a cauda, compatívelcom lesão neoplásica.O paciente foi submetido à amputação do retocom ileostomia terminal. O tumor do pâncreas era nodular, facilmentedestacável e procedeu-se a enucleação da neoplasia compancreatorrafia. O paciente evoluiu com fístula pancreática,resultando em internamento prolongado. Evoluiu bem com tratamentoclínico, recebendo alta dia 26/03/12 sem outras complicações. O99


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1laudo anatomopatológico da lesão pancreática foi de tumor endócrinopancreático, sugestivo de insulinoma. No reto confirmou-seadenocarcinoma, do tipo pouco diferenciado, com áreas de produçãode mucina, úlcero-infiltrativo, infiltrando reto distal e canal anal.Conclusão: A polipose adenomatosa familial (PAF) é doençaautossômica dominante, com expressividade variável, causada pormutação no gene APC e caracterizada pelo desenvolvimento deinúmeros pólipos adenomatosos colônicos, associa<strong>dos</strong> a alto risco dedesenvolvimento de tumores colorretais. Algumas síndromes estãoassociadas à PAF. As mais importantes são a Síndrome de Turcot emque associa polipose intestinal e tumores do sistema nervoso centrale a Síndrome de Gardner que é caracterizada pela presença de osteomasmúltiplos, quistos, e tumores de teci<strong>dos</strong> moles. Outras condiçõesincluem os tumores desmóides da parede abdominal, mesentério eretroperitônio, carcinoma da tireóide, carcinoma periampolar,adenomatose gastrointestinal e carcinoma. O caso do pacientedescrito pode ser encaixado na variante Síndrome de Gardner daPAF. As características histológicas das lesões pancreáticas nasíndrome de Gardner são muito variadas, podendo ser benignas oumalignas, endócrinas, exócrinas ou estromais. A incidência decarcinoma periampular nesse grupo é aproximadamente 100 a 200vezes maior que na população geral.PO154 - TUMOR NEUROENDÓCRINO NA REGIÃO PRÉ-SACRALDIEGO VIEIRA SAMPAIO; DAVID LANNA; HERALDO NEVESVALLE JUNIOR; LEONARDO LUCAS OLIVEIRA; MARCELLABIASO BACHA GUERRA; ALEXANDRE MARTINS DA COSTAEL-AOUAR; MATHEUS MMMDE MEYERSANTA CASA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Introdução: tumores neuroendócrinos são lesões raras comincidência de 2-5 por 100 000 habitantes, sendo 55% <strong>dos</strong> casoslocaliza<strong>dos</strong> no trato digestivo (intestino delgado 45%; reto 20%;apêndice 16%; cólon 11% e estômago 7%). Tais lesões na regiãopressacral são extremamente raras com 11 casos descritos na literatura(to<strong>dos</strong> tumores carcinoides). Presume-se que tais lesões originem-sede células neuroendócrinas localizadas em remanescentes pressacraldo intestino posterior podendo ou não ser associa<strong>dos</strong> a hamartomascísticos retro retais. Objetivo: relatar caso de paciente portador detal lesão (extremamente rara na literatura). Méto<strong>dos</strong>: paciente de 24anos submetido a ressecção de linfonodo inguinal direito cujohistopatológico revelou tratar-se de tumor neuroendócrinometastático pouco diferenciado. Realizada tomografia de abdometotal revelando lesão expansiva ovoide com densidades de partesmoles localizada na ponta do cóccix (sem erosão deste) se estendendopara fossa isquiorretal direita encostada na face posterior do músculolevantador do anus medindo 4,0 x 2,8 cm, não havendo infiltraçãoda gordura adjacente. Ressonância magnética revelou lesão de 4,3 X3,2cm, sólida, hipervascularizada na fossa isquiorretal direitaenvolvendo algumas fibras do músculo elevador do anus e e envolvendotoda a circunferência da ultima peça coccígea. Solicitada PET TCque não evidenciou outras captações patológicas. Decidido pelaresseção da lesão (acesso posterior). Resulta<strong>dos</strong>: Realizada a ressecçãoda lesão, com boa evolução do paciente (recebeu alta no 4º DPO) edurante retorno no 10º DPO apresentou pequena deiscência de pele.Histopatológico e imuno-histoquímica revelaram tumorneuroendócrino pouco diferenciado, grau 2 (contagem mitótica de2-20 e/ou índice de proliferação de 3-20%) positivo parasinapt<strong>of</strong>isina, cromogranina, citoqueratinas e antígeno Ki-67, cominvasão angiolinfática. Decidido apenas por observação por parte daoncologia. Conclusão: Tumores neuroendócrinos podem apresentarseno espaço pressacral, apesar da raridade, e especula-se que tallocalização se deva à presença de células neuroendócrinas emremanescentes do intestino posterior.PO155 - TUMOR PRÉ-SACRAL: RELATO DE CASOBRUNO FREIRE BORGES; ELTON CARLOS LEONARDONOGUEIRA; PAMELA LEAO VIANA; JOSEANE CANTON;ALINE DAVID SILVA; RAQUEL KELNER SILVEIRA; JOAQUIMHERBENIO COSTA CARVALHO; MAURICIO JOSE DE MATOS ESILVAHOSPITAL BARÃO DE LUCENA, RECIFE, PE, BRASIL.Resumo: Introdução: Os tumores do espaço retrorretal compreendemum grupo raro e heterogêneo de lesões. Localiza<strong>dos</strong> numa regiãoanatômica de difícil acesso e constituí<strong>dos</strong> por múltiplos tiposhistológicos com diferentes etiologias, os tumores retrorretais(também conheci<strong>dos</strong> como pré-sacrais) podem representar um dilemadiagnóstico e terapêutico ao cirurgião colorretal. São classifica<strong>dos</strong> deacordo com a etiologia como: congênitos, inflamatórios,neurogênicos, ósseos e miscelâneas. As lesões benignas e malignastêm apresentações clínicas semelhantes, sendo a forma assintomáticamais prevalente e em sua maioria descobertas durante exameproctológico ou ginecológico de rotina. Objetivo:Relatar um caso deCisto Epidermoide pré-sacral e a abordagem cirúrgica utilizada.Método: Revisão de prontuário. Resulta<strong>dos</strong>: Paciente de 53 anos,sexo feminino, branca. Apresentava queixa desensação de peso emregião anal. Ao exame físico geral não apresentava alterações e aoexame proctológico, identificou-se tumoração, de 2 cm de diâmetro,em quadrante posterior direito a cerca de 6 cm da margem anal.Colonoscopia foi normal. A ressonância magnética da pelvedemonstrou várias coleções císticas em região retrorretal , seestendendo de 4 até 6 cm de distância da margem anal, sendo as duasmaiores medindo 1,8x1,2 cm e 1,3x1,0 cm. Realizamos ressecçãocirúrgica das lesões através do acesso posterior parassacrococcígeo(Kraske). Evidenciamos diversos cistos com conteúdo mucoso epurulento na região posterior do reto,estando alguns aderi<strong>dos</strong> à parededo mesmo, que foram removi<strong>dos</strong> individualmente A paciente recebeualta hospitalar no terceiro pós-operatório. Não houve complicações.O anátomo-patológico foi consistente com Cisto Epidermoide.Conclusão: Após realização de propedêutica especializada, a ressecçãocirúrgica completa da lesão é a melhor opção para o tratamentodestas lesões. Com relação à abordagem, está muito bem estabelecidaa segurança do acesso posterior para o tratamento das lesões présacraiscom limite cranial ao nível de S4. Lesões mais craniaisnecessitam de abordagem anterior combinada, a fim de garantircontrole vascular seguro.PO156 - TUMOR RETRORRETALMARDEM MACHADO SOUZA; FABIO LYON MOREIRA;JOAQUIM DELFINO NETO FILHO; ANGELA CAROLINANASCIMENTOHOSPITAL GERAL UNIVERSITÁRIO, CUIABÁ, MT, BRASIL.Resumo: Objetivo: Apresentar um caso clínico enfatizando aabordagem cirúrgica por via posterior em tumor tipo teratomaretrorretal. Descrição do caso: Paciente feminina, 15 anos, comhistória de meningocele realizou correção cirúrgica aos 4 meses devida, apresentando fístula persistente desde então. Havia saída desecreção hialina e fétida em região sacrococcígea associada a episódiosrecorrentes de processo inflamatório local. Foi encaminhada para oserviço de coloproctologia do Hospital Geral Universitário para100


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1investigação, onde foi realizada abordagem cirúrgica por via de acessoTranssacral e retirada da massa tumoral, com parada de eliminaçãode secreção em região sacrococcígea. Resultado: Através de análiseanátomo-patológica confirmou-se tratar de teratoma maduro emtopografia retrorretal. Conclusões: Teratomas sacrococcígeos sãoneoplasias verdadeiras e contêm o tecido de cada camada de célulasgerminativas e geralmente requerem abordagem cirúrgica no seutratamento, o qual pode ser por Via Transabdominal (Via Anterior)ou Via Transsacral (Via Posterior).PO157 - TUMORES PRIMÁRIOS DA FOSSA ÍSQUEO-RETALEDUARDO FONSECA ALVES FILHO; PAULO FREDERICOOLIVEIRA COSTA; ADIL JOSE DUARTE FILHO; LIANE VANESSAZACHARIADES SANTOS GOES; JORGE AUGUSTO SERRA DESOUZA; ROBERTO DE SOUZA MENDONÇA; ISABEL CRISTINADE CARVALHO COSTA; ANTONIO CARLOS MOREIRA DECARVALHOHOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO. Tumores primários da fossa ísqueorretal (TPFIR ) são infrequentes e tumores nesta região comumente decorremda invasão da região por tumores de órgãos e regiões adjacentescomo próstata, ânus, reto , tumores pélvicos ou ósseos. O tratamentoé essencialmente cirúrgico com excisão da lesão . O objetivo destetrabalho é apresentar dois casos de tumores primários da FIR e discutiro diagnóstico , tratamentos e prognóstico destas lesões. MATERIALE METÓDOS. Técnica operatória : Paciente em decúbito ventraltipo “ jack knife “, com afastamento das nádegas; 1) incisão verticalpara-sacral e perineal, dissecção do tecido celular subcutâneo até onível da musculatura glútea ; 2) identificação da borda inferior dotumor e da tuberosidade isquiatíca , dissecção lateral do tumor damusculatura do glúteo máximo após secção do ligamentosacrotuberoso; 3) Dissecão medial e cranial com liberação do reto ,<strong>dos</strong> esfíncteres anais e <strong>dos</strong> elevadores do ânus do tumor; 4)fechamento por planos e drenagem da região com dreno suctor.RESULTADOS. Foram tratadas duas pacientes com TPFIR , foramresseca<strong>dos</strong> com sucesso duas massas de 14 X 12 cm e 11 X 13 cm, odiagnóstico histo-patológico e imuno-histoquímico pós-operatóriode ambos os casos foi de tumor fibroso solitário, não ocorreramcomplicações significativas, com um tempo médio de seguimento de20 meses não apresentam sínais de recidiva . TPFIR podem sercongénitos, adquiri<strong>dos</strong> , inflamatórios ou neoplásicos. O diagnósticopré-operatório habitualmente não é possível . Exames de imagem ,em especial a RNM auxiliam no tratamento . Porém o diagnóstico sópode ser feito com a excisão completa da lesão. As operações sãodesafiadoras em virtude do difícil acesso a região.PO158 - TUMORES RETRORRETAIS: RELATOS DE CASOMARTA BEATRIZ FONTENELE SANTOS; FERNANDARODRIGUES FERNANDES; CYNTHIA ABDALLA CRUZ;DANIELLE TALAMONTE; AQUILES LEITE VIANA; ERIVALDOFERNANDES LIRA; JOSÉ JUVENAL DE ARAUJO; JANDUIGOMES DE ABREU FILHOHOSPITAL DE BASE, BRASILIA, DF, BRASIL.Resumo: Introdução: Tumores retrorretais são raros em adultos.Objetivo: Descrever os casos clínicos de duas pacientes portadorasde tumores retrorretais atendidas no serviço de Coloproctologia doHBDF. Relatos de caso: MAS, 56 anos, feminina, assintomáticarealizou USTV de rotina que evidenciou uma lesão cística retrouterina.Encaminhada ao nosso serviço como parte da investigação. Possuíaexame proctológico normal, com a exceção da inspeção dinâmica,na qual era visualizada abaulamento redutível em períneo e glúteodireito. TC de abdome evidenciou lesão cística no espaço pararretale pré-sacral que deslocava anteriormente o útero e a vagina, podendocorresponder a “tail gut cyst” ou cisto de duplicação de reto. Foientão submetida à ressecção do tumor via abdomino-perineal. No 4ºDPO, apresentou saída de fezes pela ferida operatória do períneo.Foi reabordada tendo sido identificada pequena perfuração retal erealizada lavagem da cavidade abdominal e da ferida e confecção decolostomia. Evoluiu bem. A biópsia da peça revelou duplicação debexiga. No momento, paciente encontra-se em pré-operatório parareconstrução de trânsito. KGSM, 24 anos, feminina, em investigaçãodevido à litíase renal, submetida à TC de abdome que evidencioulesão retro-retal. Foi encaminhada à Proctologia para avaliação.Paciente sem queixas álgicas ou proctológicas. Ao exame, toqueretal revelava esfincter normotônico, abaulamento em quadrantesuperior esquerdo, de consistência elástica distando cerca de 6 cm daborda anal. Retossigmoi<strong>dos</strong>copia confirmou o achado. Submetida àprocedimento de York-Mason modificado com preservaçãoesfincteriana. Paciente evoluiu bem. A biópsia da lesão evidenciouum cisto dermóide. Discussão: O espaço pré-sacral ou retrorretalpossui um desenvolvimento embriológico complexo o que explica ovasto diagnóstico diferencial para tumores nessa região. Além disso,tumores nessa região geralmente são indolentes e provocam sintomasmal-defini<strong>dos</strong> o que, muitas vezes, determina um diagnóstico tardioquando a lesão já adquiriu grandes proporções. De acordo com aliteratura, os cistos retrorretais são raros, mais comuns entre mulheresde meia-idade com uma proporção de 3 mulheres atingidas para cadahomem. Quando presentes, os sintomas geralmente se relacionam àcompressão retal ou de estruturas do trato urinário. Exames de imagemcomo a TC e a RNM podem ajudar na investigação permitindo aavaliação do tamanho da lesão e sua relação com estruturasadjacentes. Apesar de ainda haver controvérsia em relação à realizaçãode biópsia pré-operatória, to<strong>dos</strong> os tumores retrorretais possuemindicação cirúrgica (excisão completa) quando diagnostica<strong>dos</strong>, devidoao risco de malignização e infecção. A região pré-sacral é uma áreade difícil acesso, por isso a via de acesso cirúrgico deve levar emconta a posição da lesão, sua relação com estruturas adjacentes, seutamanho e a experiência do cirurgião.- ORIFICIAIS -PO159 - ASSOCIAÇÃO ENTRE TROMBOSEHEMORROIDÁRIA EXTERNA E OUTRAS DOENÇAS ANAISPRÉ-EXISTENTESMARCELO BETIM PAES LEME; EVANDRO DE MORAIS E SILVA;ROGÉRIO DE OLIVEIRA GONÇALVES; VIRGINIA CAMPOSDALMASO; LEONARDO AMORIM FORMAGGINEHSJB, VOLTA REDONDA, RJ, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO. A trombose hemorroidária externa (THE)é uma doença frequente cercada por muitas dúvidas e mitosrelaciona<strong>dos</strong> a sua ocorrência, entre estes, a possibilidade de que aTHE esteja associada a doenças anais prévias, especialmente ashemorróidas, e também a constipação intestinal, particularmente aoesforço evacuatório . Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar, empacientes com THE, a presença de outras doenças anais associadas equeixas de constipação. MÉTODO: Foram avalia<strong>dos</strong> 63 doentesconsecutivos com diagnóstico inequívoco de THE confirma<strong>dos</strong> peloexame proctológico, sendo 44 do sexo masculino, 19 do sex<strong>of</strong>eminino e idade média de 39 anos. Pelo exame proctológico baixo101


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1foram registradas a presença de doenças anais como hemorróidas,fístulas, fissuras e plicomas. Foram também avaliadas, pela históriaclínica, as queixas de constipação intestinal crônica, de esforçoevacuatório e o histórico de episódios anteriores de THE.RESULTADOS: A freqüência de doença anal associado a trombosehemorroidária externa foi de 20,6%. E de alteração do hábitointestinal. Associado a trombose hemorroidária externa, foi de 17,5%na constipação, 15,9% no esforço evacuatório. Sendo consideradonormal em 66,6%. A frequência de episódios prévios de trombosehemorroidária externa: 01 episódio 25,4%; 02 episódios 4,8%; 3 oumais episódios 7,9%; Não apresentaram episódios prévios, 61,9%.DISCUSSÃO: É importante entender melhor a trombosehemorroidária externa (THE) considerando-se a sua alta prevalência,a elevada taxa de recorrência (38,1% <strong>dos</strong> pacientes nesta pesquisatinham apresentado episódios anteriores) e a limitação das medidaspr<strong>of</strong>iláticas. Nós consideramos neste estudo, para que não houvessedúvida diagnóstica, as lesões únicas, com definido por Hancock: “umatrombose aguda única e localizada que afeta o plexo hemorroidárioexterno”. Nossos resulta<strong>dos</strong> não mostraram relação significativaentre a existência de doença anal prévia com o achado de THE.Outros autores também têm verificado resulta<strong>dos</strong> semelhantes,havendo sugestão até para que se troque o nome da THE para“trombose perianal” para distinguir da doença hemorroidária clássica,uma vez que a relação causal entre as duas doenças não foi demonstradade maneira convincente. A associação da THE com constipaçãointestinal e esforço evacuatório também não foi verificada nestapesquisa. Gebbensleben O. et al., avaliaram por análise multivaridafatores de risco para THE e detectaram somente três fatoresfortemente associa<strong>dos</strong> trombose hemorroidária, idade abaixo de 46anos (nesta pesquisa idade média de 39 anos), esforço físico excessivoe a prática de higiene seca. Sabemos da limitação amostral desteestudo, 63 doentes, no entanto ficamos motiva<strong>dos</strong> a apresentar estesresulta<strong>dos</strong>, pois temos notado na prática clínica, que muitos médicos,mesmo espec.PO160 - DESARTERIALIZAÇÃO HEMORROIDÁRIA GUIADAPOR DOPPLER – CASUÍSTICA INICIAL DO SERVIÇOMARCOLINO SOUZA AGUIAR; EULER MEDEIROS AZARO;ELIAS LUCIANO QUINTO SOUZA; LINA MARIA GOES CODES;ALINE LANDIM MANO; NAIRA ASSIS LANTYER ARAÚJO;FLAVIA CASTRO RIBEIRO FIDELISHOSPITAL SAO RAFAEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A desarterialização hemorroidária guiadapor doppler (THD) é uma técnica livre de exérese para o tratamentoda doença hemorroidária. Consiste na identificação, guiada pordoppler, seguido de ligadura <strong>dos</strong> ramos distais da artéria retal superiore de mucopexia até 01cm da linha pectínea. O resultado esperado é aredução do fluxo sanguíneo e da congestão vascular, além daregeneração do tecido conjuntivo, o que facilita a retração dashemorroidas, com consequente redução do prolapso e melhoria <strong>dos</strong>sintomas. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é apresentar aexperiência inicial com a técnica no serviço de Coloproctologia doHospital São Rafael (HSR). MATERIAIS E MÉTODOS: De janeiroa junho de 2012, quatro pacientes foram submeti<strong>dos</strong> ao THD. To<strong>dos</strong>apresentavam doença hemorroidária de terceiro grau e prolapsomucoso associado. Não foi realizado preparo intestinal. To<strong>dos</strong> ospacientes receberam antibioticopr<strong>of</strong>ilaxia. No pós-operatório foramutiliza<strong>dos</strong> analgésicos e anti-inflamatórios sistêmicos. RESULTADOS:O tempo operátorio não ultrapssou 90 minutos e o internamento foide um dia para to<strong>dos</strong> os pacientes. Houve redução do prolapso eausência de queixas álgicas no pós-operatório imediato. Dois pacientesevoluíram com queixa de tenesmo e sangramento, que foramresolvi<strong>dos</strong> com medidas clínicas. To<strong>dos</strong> os pacientes apresentam-seassintomáticos até o momento, com acompanhamento máximo deseis meses. CONCLUSÃO: O uso da técnica de desarterializaçãohemorroidária surgiu como uma alternativa satisfatória para otratamento da doença hemorroidária de terceiro e quarto graus,associada ao prolapso mucoso, com resulta<strong>dos</strong> animadores a curtoprazo. Notamos em um caso que a presença de prolapso mucosovolumoso dificultou a execução da técnica, principalmente nasprimeiras ligaduras arteriais, sem comprometimento, no entanto, doresultado final.PO161 - FÍSTULA PERIANAL POR TUBERCULOSE COMRECONSTRUÇÃO DE RETALHO DE AVANÇO APÓSTRATAMENTO: RELATO DE CASOFELICIDAD SANTOS GIMENEZ; RICARDO FILIPE SOUZAMAGALHAES; JOSÉ MARIA CABRAL JÚNIOR; JORGE CABRALNETO; LUANA GIMENEZ FREIREUFAM, MANAUS, AM, BRASIL.Resumo: Introdução: O Brasil ocupa a 15ª posição da incidência deTuberculose (TB) e o Amazonas é o segundo lugar <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong>, comuma taxa de 66,78 casos por 100.000 habitantes. A forma perianal,responsável por 1% <strong>dos</strong> casos gastrointestinais, é uma varianteincomum da TB extrapulmonar e mimetiza outras condições perianaismais comuns, como fístulas anais, inclusive sendo o sintoma maisfrequente da TB anorretal. Objetivo: Relatar um caso clínico de umpaciente com fístula perianal, causada por TB de longa evolução,tratada cirurgicamente várias vezes, sendo necessária a intervençãoda cirurgia plástica. Metodologia: Os da<strong>dos</strong> foram obti<strong>dos</strong> através daanamnese, exame físico, revisão do prontuário e consulta a literaturacientífica. Resultado: C.J.R.M, masculino, 44 anos, eutrófico, vindoa consulta com queixas de drenagem de secreção purulenta em regiãoperineal há mais de 10 anos, tosse e febre baixa esporádicas, ten<strong>dos</strong>ido submetido a procedimentos cirúrgicos sem melhora. Aretossigmoi<strong>dos</strong>copia evidenciou orifícios fistulosos as 12h, a 3cm ea 10cm do rebordo anal, tecido gorduroso frouxo no períneo, esfíncterhipertônico, sem alterações no reto. O teste PPD resultou 23 mm,radiografia de tóraxnormal. A ressonância magnética evidencioucoleção heterogênea no espaço pré-sacral medindo 4 x 7 x 2 cm,coleção tubuliforme atravessando os músculos elevador do ânus epuborretal a esquerda, com extensão para a fossa ísquio-retal, tecidoadiposo perianal e ao assoalho urogenital junto a base do pênis. Opaciente foi tratado com esquema RIP por 1 ano, mantendo a descargapurulenta a despeito de melhora do quadro geral, sendo, então,solicitado a tomografia computadorizada que revelou fístula perinealcomplexa, transesfincteriana, apresentando comunicação com ocanal anal e pequena fístula perianal a esquerda. Realizado o tratamentocirúrgico pela técnica de fistulotomia em dois tempos, evoluindocom deiscência da aproximação da pele, devido à tensão nas bordasda ferida, cicatrizando por segunda intenção. O laudo da biopsiaapontou processo inflamatório crônico inespecífico. Um ano após acirurgia, o períneo apresentava-se parcialmente epitelizado, sem sinaisde infecção. No entanto, o paciente encontrava-se desconfortávelcom a grande quantidade de tecido adiposo frouxo na região perineal,que foi resolvido pela cirurgia reparadora de retalho de avançoperineal. Conclusão: Neste caso, a hipótese de tuberculose perianalfoi aventada devido ao longo período de doença refrataria aostratamentos cirúrgicos instituí<strong>dos</strong>, a endemicidade da doença na regiãoe ao teste tuberculínico positivo. O tratamento clínico curou a TB e102


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1a fistulotomia levou a cura da doença perianal, entretanto, restou àsequela em região perineal, que foi resolvida com a cirurgia de avançode retalho perineal a qual não seria necessária, inclusive, a dificuldadena qualidade de vida do paciente, se fosse investigada há 10 anos.PO162 - INFECÇÃO PERINEAL NECROTIZANTE NO PÓS-OPERATÓRIO DE HEMORROIDECTOMIA EM PACIENTEIMUNOCOMPETENTE – RELATO DE CASO HOSPITALFEDERAL DE IPANEMA – RJLUCIANA DE OLIVEIRA FIALHO; LUCIANA PAES PEIXOTONETTO; VINICIUS FREITAS ASSIS; MARCELO NEVESCARVALHO; PEDRO HENRIQUE FERREIRA BADDINI; JORGEBENJAMIN FAYADHOSPITAL FEDERAL DE IPANEMA, RIO DE JANEIRO, RJ,BRASIL.Resumo: Introdução: A Gangrena perineal é uma complicação gravecom alto índice de morbi-mortalidade. Acomete geralmente pacientesdo sexo masculino, idade média de 50 anos e associado frequentementea pacientes imunocomprometi<strong>dos</strong>, diabéticos, renal crônico, discrasiasanguínea, obesidade, tabagismo e relaciona<strong>dos</strong> a manipulação cirúrgicaprévia da região perineal ou geniturinária.As queixas usuais são dor eedema perineais. Geralmente o diagnóstico tardio e a demora eminstituir um tratamento apropriado é o principal fator de risco paraevolução fulminante do quadro. O tratamento consiste em esquemaantibiótico amplo, hidratação vigorosa e desbridamento cirúrgicoagressivo. Objetivo: Relatar o caso de uma infecção perinealnecrotizante em paciente jovem , do sexo feminino, imunocompetenteem pós operatório tardio de hemorroidectomia atendida no HospitalFederal de Ipanema. Materiais: MCM, feminina, negra, 48 anos,admitida no setor de Coloproctologia do hospital Federal de Ipanema(HFI) transferida de uma unidade de pronto atendimento do estado (UPA) no décimo segundo dia de pós –operatório de hemorroidectomia.Na admissão paciente encontrava-se torporosa, ictérica, hipotensa,taquicardica, taquipneica, anêmica e febril, configurando um quadrode sepse grave. No exame físico foi identificado uma extensa área deedema, flutuação, hiperemia , flictemas e odor fétido em regiãoperianal com extensão para vulva e raiz de coxa direita. Na históriaadmissional foi verificado que a mesma tinha relatado dor em regiãoperianal há alguns dias sem associação com pirexia, tendo procuradoauxílio médico há dois dias na UPA com imediata internação e iníciode Oxacilina e amoxicilina com clavulanato. No HFI paciente foitransferida para unidade fechada, iniciado reposição volêmica, culturase troca de antibiótico para Meropenem. Após estabilização clínica,foram realiza<strong>dos</strong> sucessivas abordagens cirúrgicas para desbridamentodo tecido necrosado e confecção de sigmoideostomia em alça.Resulta<strong>dos</strong>: Paciente respondeu bem as abordagens cirúrgicas e aotratamento de terapia intensiva. Sorologias foram negativas paraHIV e hepatite. Iniciou-se curativos à vácuo com excelente respostade tecido de granulação em toda a extensão da ferida. Com a melhorado estado geral, extubação e ausência do uso de aminas vaso-ativasfoi solicitado avaliação e acompanhamento do serviço de cirurgiaplástica, que optou por colocação de enxerto em dois momentos. Apaciente após a primeira cirurgia reparadora evolui para óbito comquadro de Pneumonia nosocomial. Conclusão. A importância dodiagnóstico precoce associa<strong>dos</strong> ao tratamento agressivos tanto clínicocomo cirúrgicos são fundamentais para o manejo desta patologia. Asinfecções anorretais são geralmente mais graves e acarretam umataxa maior de mortalidade quando comparada a outras etiologias,devendo-se ter uma atenção redobrada para queixa <strong>dos</strong> pacientesproctológicos.PO163 - RELATO DE CASO: LIFT (LIGADURAINTERESFINCTERIANA DO TRAJETO FISTULOSO)JOSE JADER ARAUJO DE MENDONÇA FILHO; LUSMAR VERASRODRIGUES; STHELA MARIA MURAD REGADAS; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS; WARYSON SILVA SURIMÃ;ALLYSSON BRUNO RAPHAEL BRAGA; ANA LÍGIA ROCHAPEIXOTO; FABIO SANTIAGO RODRIGUESHUWC, FORTALEZA, CE, BRASIL.Resumo: Introdução: Fístula Anal compreende uma doençaproctológica em que há infecção das glândulas anais com formaçãode comunicação anômala, unindo, geralmente, um orifício externo eum orifício interno no canal anal. A Proctologia foi desenvolvida,em grande parte, graças ao estudo da fístula perianal. Existem 4 tiposbásicos de fístula anal, a saber:interesfincteriana,transesfincteriana,supraesfincteriana e extraesfincteriana. O LIFT é uma técnica quefoi proposta, pela primeira vez, em 2006, por A. Rojanasakul et al.É baseada na ligadura do trajeto fistuloso através do espaçointeresfinctérico. O objetivo da técnica é preservar a funçãoesfincteriana com taxa de recidivas baixas. Objetivo: Relatar umcaso de fístula transesfinctérica tratada com sucesso através da técnicado LIFT, mostrando os resulta<strong>dos</strong> morfológicos e funcionais atravésde ultrassonografia endoanal e manometria anorretal pré e pósoperatória, no Serviço de Coloproctologia do Hospital UniversitárioWalter Cantídio.Relato de caso: Identificação: ACS, feminino, 29anos, solteira, natural e procedente de Fortaleza-CE. Queixa principal:“Saída de secreção pelo ânus”. Paciente referiu que há cerca de 18meses teve um abscesso perianal que foi drenado espontaneamente.Evoluiu posteriormente com queixa de saída persistente de líquidopurulento e mal cheiroso pela região perianal, associado a episódiosrecorrentes de dor no local. Ao exame proctológico : Inspeção -Orifício Externo de fístula perianal às 2 h. Toque retal - OrifícioInterno às 12- 1 h. Anuscopia: Orifício Interno de fístula perianal às12-1h. Exames complementares: Retossigmoi<strong>dos</strong>copia flexível -normal. Manometria anorretal pré-operatória: Pressão média derepouso - 73 mmHg. Pressão de contração média: 123 mmHg.Ultrassom Endoanal - detectou fístula transesfinctérica anterior comtrajeto curvo. Pós-operatório: Antibioticoterapia – metronidazolpor 10 dias. Não apresentou complicações no PO precoce.Cicatrização 44 dias após realização do LIFT. Não recidivou. Negaincontinência fecal: Escore Wexner = 0. Manometria anorretal pósoperatória:Pressão média de repouso: 71 mmHg. Pressão de contraçãomédia: 133 mmHg . Conclusão: A técnica é promissora e tem potencialpara ser uma opção válida para tratamento de fístulas perianais.Deve-se dar atenção para os detalhes da técnica, pois é a chave <strong>dos</strong>ucesso terapêutico.PO164 - REPETIÇÃO DA TÉCNICA DE DELORME NOPROLAPSO TOTAL DE RETO RECIDIVADOCLAUDIA ROSALI ESMERALDO JUSTO; FERNANDO LUIZ DESOUZA MONTEIRO; JOAQUIM HERBENIO COSTA CARVALHO;ALINE DAVID SILVAHOSPITAL BARÃO DE LUCENA, RECIFE, PE, BRASIL.Resumo: Objetivos: A técnica de Delorme apresenta baixa taxa decomplicação, porém tem alta taxa de recidiva. São escassos os<strong>trabalhos</strong> sobre o resultado do tratamento da recidiva por esta técnica.O Objetivo foi Analisar os resulta<strong>dos</strong> da técnica de Delorme noprolapso total de reto recidivado em pacientes previamente opera<strong>dos</strong>por esta técnica. Material e méto<strong>dos</strong>: Foi analisada retrospectivamenteuma série de cinco pacientes com recidiva de prolapso totalprimariamente operado por Delorme que se submeteram a uma segunda103


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1operação por esta técnica, no período de abril de 2008 a julho de2012. To<strong>dos</strong> eram do sexo feminino, com idade variando de 59 a 93anos (média de 79,6 anos). O seguimento após a cirurgia secundáriavariou de 1 a 26 meses. Os da<strong>dos</strong> coleta<strong>dos</strong> em prontuários incluíramtempo de internamento hospitalar, morbidade, mortalidade e acha<strong>dos</strong>clínicos. Resulta<strong>dos</strong>: A co-morbidade foi cardiopatia isquêmicacompensada em uma paciente e sequela de AVC em outra. A média deinternamento da cirurgia secundária foi de 4 dias (variou de 3 a 5dias). Houve uma paciente com estenose precoce que foi facilmenteresolvida com dilatação digital e dieta com fibras. A mesma temseguimento de 26 meses sem recidiva e com melhora da incontinência.Não houve sangramento, infecção ou mortalidade. Houve duasrecidivas no seguimento de 3 meses e 11 meses após cirurgiasecundária. Duas pacientes estão em um curto seguimento de 1 e 3meses. Conclusão: Houve alta taxa de recidiva e baixa taxa decomplicações imediatas a cirurgia, sugerindo que a técnica de Delormepode ser repetida no prolapso total de reto recidivado em pacientesopera<strong>dos</strong> previamente por esta técnica em uma população de i<strong>dos</strong>o ecom co-morbidade.PO165 - SCHWANNOMA ANALJOSÉ CARLOS NUNES MOTA; LUIZ MIGUEL SANTOS BARRETOUFBA, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A incidência de Schwannoma ouneurilemoma primitivo benigno ou maligno do trígono anal é raro eausente nos relatos da literatura. Os Schwannomas são tumores quese originam de células de Schwann na bainha do axônio e podemocorrer nas raízes de nervos cranianos, espinhais e nervos periféricos.Este tumor de origem nervosa, encapsulado, solitário apresentacrescimento lento e progressivo¹. Encontra-se com frequência naregião de cabeça e pescoço, principalmente quando localizado nonervo vestíbulococlear (NC VIII) chamado de neurilemoma acústico.OBJETIVO: O trabalho mostra um estudo retrospectivo dehemorroidectomia com um achado raro de schwannoma. MÉTODO:M.V.P. masculino, 42 anos, feodérmico, comerciante, natural deSalvador do Estado da Bahia foi encaminhado ao serviço decoloproctologia queixando-se de prisão de ventre, fezes ressecadas esangramento no momento de defecar há mais ou menos um ano.Referia um caroço na região anal e dor local. Ao exame físico,apresentava mucosas normocrômicas, estado geral regular. NaInspeção foi visto pregas cutâneas redundantes, aumentadas, deconsistência elástica e diminuída. No toque retal constatou-se apresença de resíduo fecal, paredes do reto lisas e elásticas a 7 cm daborda anal e esfíncter normotônico. Na anuscopia observou-sepregueado mucoso ano-retal liso, róseo, hiperemia, congestão,mucosa com coloração escurecida, anoderme com o tecido modificadono diagrama das 3, 7 e 11 horas. Evidenciou-se também acima dalinha pectínea ectasia <strong>dos</strong> vasos do plexo venoso retal interno,prolapso da túnica mucosa do reto evidenciando as hemorróidasinternas com exteriorização através do canal anal e reduçãoespontânea caracterizando hemorróidas internas do grau 3. O plexovenoso retal externo apresentou dilatações das veias e plicomas nafenda anal. O paciente foi submetido à hemorroidectomia fechada,com a retirada sob a forma de raquete das hemorróidas internas,externas e os plicomas, em bloco e o encaminhamento <strong>dos</strong> espécimescirúrgicos das regiões anal, retal e perianal para estudoanatomohistológico. O paciente evoluiu sem complicações e recebeualta no primeiro dia pós-operatório e acompanhado por dois anos(2006-2008) sem intercorrências. RESULTADOS: A microscopiaóptica revelou nódulo capsulado constituído pela proliferação decélulas de Schwann (figura 2 e 4 ), dispostas em feixes turbilhona<strong>dos</strong>(figura 3) , sem atipias, em meio a estroma fibroso ricamentevascularizado. As secções mostraram transição anoretal comrevestimento epitelial pavimentoso estratificado e glandular típico(figura 5). O córion exibia vasos ectasia<strong>dos</strong>, tortuosos e congestos. Oexame anátomo patológico concluiu confirmando o diagnóstico dehemorróidas e o achado de Schwannoma. CONCLUSÃO: A análisehistológica do espécime removido de qualquer região do corpo deveser estudada histologicamente. Concluiu-se que o estudo anátomohistológico mostrou um Schwannoma anal.PO166 - SOLUÇÕES PLÁSTICAS EM COLOPROCTOLOGIAJOSÉ RICARDO HILDEBRANDT COUTINHO; JORGE BENJAMINFAYAD; CARINA PEREIRA COELHO; JOSE LUIZ DA SILVA LEAL;VINICIUS FREITAS ASSIS; PEDRO HENRIQUE FERREIRABADDINI; MARCELO NEVES CARVALHOHOSPITAL FEDERAL DE IPANEMA, RIO DE JANEIRO, RJ,BRASIL.Resumo: Pacientes que apresentam patologias perianais e cujotratamento necessita fazer a remoção de grandes extensões doanoderma e da margem anal, constituem um desafio para os Serviçosde Coloproctologia. Esses pacientes costumam realizar verdadeirasperegrinações, ficam às vezes anos sem solução para seus problemas,que nos casos a seguir implicavam em dificuldade para sentar, paratrabalhar, e até para manter uma atividade sexual normal, devido apresença de secreção purulenta nas regiões perianal, glútea e perineal.Esta solução frequentemente é dependente de abordagem conjuntaentre os Serviços de Coloproctologia e Cirurgia Plástica e da realizaçãode procedimentos em vários estágios. Serão apresenta<strong>dos</strong> 3 casos depacientes com lesões com estas características ( Doença de Bowen,hidrosadenite e múltiplos cistos epidérmicos em região glútea eperianal) e que foram trata<strong>dos</strong> desta forma com resulta<strong>dos</strong>extremamente satisfatórios.PO167 - SÍNDROME DO BABUÍNO – RELATO DE DOISCASOSILARIO FROEHNER-JUNIOR; DEBORA CRISTINA OROFROEHNER; MARIA DE LOURDES TEIXEIRA DA SILVAHOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO, SÃOPAULO, SP, BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: Relatar reação alérgica incomum amedicamento tópico para afecções anorretais frequentementeprescrito na prática diária do coloproctologista. RELATO DE CASO:Caso 1 – Paciente masculino, 48 anos, há 3 dias utilizandopolicresuleno e cinchocaína tópicos para tratamento de doençahemorroidária. Referiu intensa hiperemia e prurido perianais,progressivos, acometendo do terço médio posterior e interno dascoxas até topografia de trocânteres maiores (bilateralmente) e terçomédio sacral. Utilizava toalhas no períneo para conter transudatointenso da região. Na intensa área de hiperemia visibilizaram-se regiõesde prurigo, sem indícios de abscessos ou celulite. O canal anal nãoapresentou alterações. Caso 2 – Paciente masculino, 49 anos, relatoudesconforto perianal associado à hiperemia progressiva havia 7 dias,após o uso de policresuleno e cinchocaína para o tratamento detrombose hemorroidária. Nega febre ou outros sintomas sistêmicos,referiu desconforto e prurido locais e a utilização de diversosabsorvente femininos na tentativa de conter transudato da regiãoperianal. Ao exame, apresentava hiperemia importante que acometiaárea elíptica, do sacro distal à base do escroto, tendo as tuberosidadesisquiádicas como limites laterais. Centralmente, observou-se área104


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1importante de prurigo. Ao exame proctológico, verificou-se trombosehemorroidária posterior direita em resolução, com área de erosãoapical. O canal anal não apresentou alterações inflamatórias. O examefísico geral e os exames laboratoriais <strong>dos</strong> dois pacientes nãodemonstraram anormalidades. Após medicação sintomática e alívioparcial <strong>dos</strong> sintomas, foram orienta<strong>dos</strong> a suspender a medicação e aretornar em uma semana, após tratamento via oral com antihistamínico,corticoesteróide e tópico com óxido de zinco e nistatina.No retorno ambulatorial, os pacientes apresentaram reduçãosignificativa da área de hiperemia e <strong>dos</strong> sintomas associa<strong>dos</strong>. A regiãoperianal apresentava descamação grosseira. Após 15 dias, haviahiperemia incipiente e descamação cutânea fina. Os dois pacientesrelataram aparecimento de áreas de hiperemia e pápulas pruriginosasesparsas pelo corpo com remissão em um ou dois dias. DISCUSSÃO:A síndrome do babuíno é dermatite de contato sistêmica, apresentandointensa hiperemia e prurido que acometem tipicamente os glúteos,períneo e coxas, podendo apresentar reações urticariformes adicionaisem outros locais. As respostas alérgicas ao policresuleno e cinchocaínasão consideradas muito raras, apresentando, geralmente, apenassintomas discretos. São atribuídas à cinchocaína, anestésico tópicodo tipo amida. CONCLUSÕES: As reações adversas, efeitos colateraise idiossincrasias, mesmo pouco frequentes ou raras, apresentam maiorprobabilidade de ocorrência quanto maior for a utilização de algumasubstância, como nos casos <strong>dos</strong> medicamentos comumente prescritos.O conhecimento e a suspeição de tais eventos permite o diagnósticoprecoce e o tratamento adequado.PO168 - TRATAMENTO DA FÍSTULA PERINEAL EMFERRADURA COM ANÁLISE MANOMÉTRICAISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; HUGO HENRIQUESWATTE; OTÁVIO NUNES SIA; ROGERIO L FREITAS;ALEXANDER SA ROLIM; LAERCIO ROBLESHOSPITAL SANTA MARCELINA, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: O conhecimento da anatomia anorretal, fisiopatologia eclassificação das fístulas perianais são essenciais para um adequadotratamento, visando primordialmente os maiores índices de sucesso,com baixa recorrência e minimizando as lesões iatrogênicas <strong>dos</strong>esfíncteres anais.Dessa forma, uma conduta agressiva no tratamentodas fístulas perianais, notadamente as complexas, traz consigomaiores índices de incontinência anal, enquanto uma medida maisconservadora acarreta maiores taxas de recorrência. OBJETIVO:relatar caso de paciente portador de fístula perianal complexa emferradura com análise manométrica pré e pós término do tratamentoacompanhado no Hospital santa Marcelina, São Paulo,SP. RELATODO CASOPaciente MAS, 62 anos, natural de Sergipe e residente emSão Paulo com história de abaulamento perianal com saída de secreçãoe incomodo local. Apresentava um índice de incontinência anal deJorge-Wexner no pré-operatório de 0. Ao exame físico evidenciadoà inspeção orifício externo fistuloso póstero-lateral a esquerda eoutro lateral a esquerda, distando cerca de 3cm da borda anal e 2 cmentre eles. Além disso, apresentava outro orifício externo lateralposterior a direita a 4cm da borda anal. Submetido a colonoscopiasem evidência de alterações com solicitação de pré-operatórios. Em09/08/2011 realizado fistulotomia com colocação de sedenho, sendonovamente operado dia 16/11/2011 ainda com necessidade do auxílioda utilização de sedenho devido comprometimento esfincteriano.Finalmente, em 06/03/2012 realizado retirada de sedenho e curetagemdo leito fibroso sem intercorrências. Retorna ao ambulatório deespecialidade em 25/06/2012 sem queixas, com referência a melhorada qualidade de vida e com índice de incontinência anal de 03. Realizoumanometria anorretal que demonstrou pressão de repouso de29,3mmHg, pressão de contração voluntária de 130,6mmHg, Reflexoinibitório reto anal presente e sensibilidade e capacidade retal normais.CONCLUSÃO: No paciente apresentado, verificamos ausência derecidiva clínica e através de exame físico da fístula perianal além deobtermos sucesso no que se refere a continência anal do paciente aose analisar seu índice de incontinência anal e da<strong>dos</strong> manométricos.PO169 - É O ULTRASSOM ENDORRETAL IMPORTANTE NOTRATAMENTO DAS FÍSTULAS ANORRETAISROSILMA GORETE LIMA BARRETO; GIANCARLO DE SOUZAMARQUES; FLÁVIO ROBERTO SANTOS SILVA; GRAZIELAOLIVIA DA SILVA FERNANDES; NIKOLAY COELHO MOTAINSTITUTO DE COLO-PROCTOLOGIA, SAO LUIS, MA, BRASIL.Resumo: Objetivos: Demostrar os acha<strong>dos</strong> ultrassonográficos nospacientes portadores de fístula anorretais e a utilização destes acha<strong>dos</strong>na condução cirúrgica destes pacientes. Material e méto<strong>dos</strong>: Estudoobservacional, descritivo e retrospectivo. Foram realiza<strong>dos</strong> 28 examesem pacientes portadores de fístula perianal anterior no instituto decolo-proctologia no período de junho de 2011 a junho de 2012 eavalia<strong>dos</strong> os trajetos fistulosos, mensurado a quantidade demusculatura esfincteriana envolvida, presença de trajetos proximais,e localização e tipo de fístula. Resulta<strong>dos</strong>: Dentre os 28 pacienteavalia<strong>dos</strong> 19 do gênero masculino (67,85%) com idade média de41.58 ± 3.22 (4 a 76 anos) e 9 do gênero feminino (32,15%) comidade média de 37.00 ± 3.82 (24 a 62anos) p 0,4032 nãoestatisticamente significante. O percentual de musculatura lisa eestriada comprometida nos pacientes não apresentou diferençaestatisticamente significante com p> 0,05. O comprimento damusculatura lisa e estriada no quadrante anterior é maior no gêneromasculino com p < 0,05 sendo estatisticamente significante estadiferença deste modo pode-se inferir que se a musculatura menor élesada em igual percentual a uma musculatura de maior comprimentoeste dado é importante para que o cirurgião programeantecipadamente sua cirurgia escolhendo adequadamente a técnicaa ser empregada em cada paciente visando um menor dano muscularcom correção da fístula. As fístulas em ferradura e de trajetosemicircular demonstraram percentual de musculatura lisacomprometida variando de 41,2% a 54,7% e de musculatura estriada48,4% a 57,9%. Em 88,8% <strong>dos</strong> casos foi possível identificar oorifício interno mesmo em paciente que não possuíam orifícioexterno. Conclusão: O tratamento da fístula perianal visa tratar adoença com o menor dano muscular possível e o prévioconhecimento do percentual de musculatura lisa e estriadaenvolvi<strong>dos</strong> no trajeto da fístula possibilitou aos médicos assistentesa escolha do procedimento adequado a cada casode modo a causar omenor dano muscular, deste modo é muito importante a realizaçãoultrason endorretal no pré-operatório de pacientes portadores defístulas anorretais.- TEM/TEO -PO170 - CIRURGIA ENDOSCÓPICA TRANSANAL –CASUÍSTICA INICIAL DO SERVIÇOMARCOLINO SOUZA AGUIAR; EULER MEDEIROS AZARO;ELIAS LUCIANO QUINTO SOUZA; LINA MARIA GOES CODES;ALINE LANDIM MANO; NAIRA ASSIS LANTYER ARAÚJO;FLAVIA CASTRO RIBEIRO FIDELISHOSPITAL SAO RAFAEL, SALVADOR, BA, BRASIL.105


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Resumo: INTRODUÇÃO: A cirurgia en<strong>dos</strong>cópica transanal(TEO)surgiu em 1983 como um método seguro e eficaz para o tratamentode lesões retais, incluindo tumores benignos, câncer retal precoce efístulas retais. A técnica é minimamente invasiva e <strong>of</strong>erece vantagensna visualização e no acesso às lesões, com melhores resulta<strong>dos</strong> nocomprometimento das margens e na fragmentação da amostra.OBJETIVO: Relatar a experiência inicial de uso da técnica pela equipede Coloproctologia do Hospital São Rafael (HSR), Salvador-BA.MATERIAIS E MÉTODOS: Durante o período de outubro de 2011até junho de 2012 quatro pacientes foram aborda<strong>dos</strong> por ressecçãoen<strong>dos</strong>cópica transanal. Foram revisa<strong>dos</strong> os prontuários dessespacientes e o resultado anátomo-patológico das lesões excisadas.RESULTADOS: Dos quatro pacientes, três eram do sexo feminino eum do sexo masculino. A idade variou de 23 a 70 anos e a distânciadas lesões à borda anal, de 3cm a 11cm. A análise histopatológicaprévia evidenciou um tumor carcinóide, dois pólipos adenomatosose uma lesão polipoide séssil com biópsia inconclusiva. To<strong>dos</strong> ospacientes foram submeti<strong>dos</strong> à ressecção de espessura parcial commargem macroscópica satisfatória, não sendo necessária a rafia doleito da lesão em um <strong>dos</strong> casos. Houve uma intercorrência: sangramentode pequena monta, contido sem maiores dificuldades. Os resulta<strong>dos</strong>histológicos mostraram tumor carcinoide, granulomaesquistossomótico e adenoma com ovos de schistosoma (os três commargens livres) e adenoma túbulo-viloso com foco de displasia dealto grau com margens comprometidas. CONCLUSÃO: O TEOpermite ao cirurgião tratar lesões difíceis de abordar por excisãotransanal convencional, com melhores resulta<strong>dos</strong> quanto àpositividade de margens. Comparando-se com a colonoscopia, obtemsemenor índice de fragmentação da amostra. No nosso serviçoobtivemos bons resulta<strong>dos</strong>, sendo a técnica de escolha para casosseleciona<strong>dos</strong>.PO171 - EXPERIÊNCIA INICIAL COM TEM (TRANSANALENDOSCOPIC MICROSURGERY) EM SERVIÇO DECIRURGIA GERAL E PROCTOLOGIA DA UFPEL/SANTACASA DE MISERICÓRDIA DE PELOTAS (RS)FÉLIX ANTONIO INSAURRIAGA SANTOS 1 ; CRISTIANE BECKERNEUTZLING 1 ; CARLOS RAMON SILVEIRA MENDES 2 ; ELIAS DEMATTOS BERG 1 ; VANESSA VALIATI 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, RS,BRASIL; 2.HOSPITAL SANTA IZABEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Objetivos: Desde 1983 o TEM tem sido consideradaalternativa segura para ressecção de lesões retais. Esta técnica temsido considerada primeira escolha para ressecção de lesões retaisbenignas e uma opção possível para lesões malignas, em casosseleciona<strong>dos</strong>. O presente estudo pretende relatar os resulta<strong>dos</strong> dacasuística inicial do TEM em serviço de Cirurgia Digestiva eProctologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Meto<strong>dos</strong>:Foi realizado estudo retrospectivo incluindo to<strong>dos</strong> pacientessubmeti<strong>dos</strong> a procedimentos cirúrgicos envolvendo TEM. Foramrevisa<strong>dos</strong> exames pré-operatórios, prontuários de internação,relatórios cirúrgicos e resultado de exames anatomo-patológicos,assim como avaliação do follow-up até o presente momento.Resulta<strong>dos</strong>: Em período de 6 meses, a contar de outubro de 2011, 6pacientes foram submeti<strong>dos</strong> a procedimento cirúrgico utilizandoTEM. Cinco apresentavam lesões retais e uma apresentava fístulareto-vaginal. Dos cinco pacientes com lesões retais três erammasculinos, a média de idade foi de 64,8 anos (44-80 anos), to<strong>dos</strong>eram de cor branca, média de tempo de internação de 2,8 dias (2-3dias), média de duração do ato cirúrgico de 1h44min (0:40-2:45h),média de diâmetro da lesão de 7,18cm (2,4-10,5cm). Em exameanátomo-patológico quatro pacientes apresentaram adenoma comdisplasia de alto grau e um apresentou adenocarcinomamoderadamente diferenciado em adenoma túbulo-viloso, com invasãoda muscular própria, com limites cirúrgicos livres. Houvecomprometimento de limites cirúrgicos laterais em 2 pacientes comadenoma. Até o presente momento os pacientes mantiveramprotocolo de follow-up com proctoscopia após 30 dias e a cada 3meses, sendo que nenhum apresentou evidencia de recidiva. A pacientesubmetida a TEM para correção de fístula reto-vaginal apresentoulimitação transoperatória por excesso de fibrose local. Estaapresentou recidiva da fístula 1 mês após TEM e foi submetida aprocedimento transanal com correção efetiva da mesma, semevidencia de recidiva até o presente momento. Conclusão: Autilização de TEM neste serviço comprovou a segurança e eficáciada técnica. Não houve evidencia de complicação grave ou recidivaaté o momento. Se faz necessário follow-up mais prolongado eaumento da casuística para conclusões estatisticamente significativas.A referida técnica permanece como primeira escolha para otratamento de grandes lesões retais benignas de crescimento lateral,também sendo utilizada para tratamento de lesões malignas iniciais,em casos seleciona<strong>dos</strong> (pacientes sem condições clínicas pararessecção radical, cientes do aumento do risco relativo de recidivacom o uso do TEM). Em nossa casuística, provou ser segura, efetiva,com baixa comorbidade e sem mortalidade.- VIDEOLAPAROSCOPIA -PO172 - ABORDAGEM VIDEOLAPAROSCÓPICA E SAGITALPOSTERIOR ( PEÑA) PARA TRATAMENTODE FUNNEL ANUSE TOMARAÇÃO PRÉ SACRAL ASSOCIADO A FÍSTULASCOMPLEXASJOSÉ RAIMUNDO BAHIA SAPUCAIA FILHO 1 ; CARLOS RAMONSILVEIRA MENDES 2 ; PAULO MARCELO PIRES BASTOS 1 ; LEILAMARIA FARIA CIRINO GONÇALVES 1 ; NAILTON RODRIGUESDE OLIVEIRA 11.HOSPITAL MARTAGÃO GESTEIRA, SALVADOR, BA, BRASIL;2.HOSPITAL SANTA ISABEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Objetivamos com esse trabalho, mostrar as vantagens daassociação da técnica usando Mini Laparoscopia para descolamentoe visualização de tumoração pré sacral, com a abordagem SagitalPosterior, tecnica de Peña, para correção das fistulas complexas e darara Anomalia Anorretal tipo Funnel ânus. Paciente com 2 anos deidade, colostomizado em alça em outro serviço, compareceu aoServiço de Coloproctologia Pediátrica do Hospital Martagão Gesteira,apresentando Fístulas Anorretais complexas e Anomalia Anorretalrara tipo “Funnel Ânus”, sendo submetida a Ressonância Magnéticado Assoalho Pélvico, onde observamos a presença de tumoraçãoarredondada, cística e volumosa em região pré sacral. RealizamosMini Laparoscopia com material de 3 mm e observamos tumoraçã<strong>of</strong>ibroelástica, bem aderida ao reto e progetndo-se para pelve, gerandotragetos fistulosos. Realizamos em mesmo tempo a abordagem SagitalPosterior, corrigindo os tragetos fistulosos e ressecando o polo distalda tumoração, com drenagem da mesma e correção <strong>dos</strong> tragetosfistulosos. Com dois meses de pós operatório, as fístulas fecharam.Realizamos nova Ressonância Magnética que evidenciou o fechamentodas fistulas , porém a formação pré sacral se mantinha. RealizamosLaparotomia e retiramos a tumoração pré sacral, que mostrava-sebastante aderida ao reto e encaminhamos para anatomia patológica.106


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1A abordagem Laparoscópica combinada com a técnica de Peña, forammuito eficazes para diagnóstico e resolução eficiente dessa raraanomalia e suas complicações.PO173 - CIRURGIA COLORRETAL VIDEOLAPAROSCÓPICAEM PACIENTES IDOSOSCAMILA OLIVEIRA BARBOSA; ROMULO MEDEIROS DEALMEIDA; MAIRO GROSSI MORATO; JOÃO BATISTA DESOUSA; ANTÔNIO CARLOS NÓBREGA DOS SANTOS;LEONARDO CASTRO DURAES; LUIZ FELIPE DE CAMPOSLOBATO; PAULO GONÇALVES DE OLIVEIRAHOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, BRASILIA, DF,BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: Pacientes i<strong>dos</strong>os correspondem a um númeroconsiderável dentre aqueles opera<strong>dos</strong> por cirurgiões colorretais, sejapor doenças oncológicas ou não. Esses pacientes tendem a ter maiornúmero de comorbidades e menor reserva cardiorrespiratória que ospacientes mais jovens, o que poderia ser um empecilho para realizaçãoda videolaparoscopia. O objetivo desse trabalho é avaliar os desfechospós-operatórios precoces das operações colorretaisvideolaparoscópicas realizadas em pacientes i<strong>dos</strong>os. MATERIAL EMÉTODOS: Análise retrospectiva de uma coleta de da<strong>dos</strong> prospectivaque avaliou os pacientes com mais de 65 anos opera<strong>dos</strong> por vialaparoscópica no serviço de Coloproctologia do HospitalUniversitário de Brasília. RESULTADOS: Foram opera<strong>dos</strong> 90pacientes por videolaparoscopia entre os anos de 2005 e 2012 noserviço de Coloproctologia do Hospital Universitário de Brasília.Destes, 29 tinham 65 anos ou mais (32,2%). As idades variavam de65 a 84 anos, com mediana de 73 anos. Dezesseis pacientes (55%)eram do gênero feminino. Os pacientes foram opera<strong>dos</strong> devido a 3diferentes diagnósticos: neoplasia (72,4%), megacólon chagásico(17,2%) e procidência retal (10,3%). As operações mais realizadasforam a retossigmoidectomia (41,4%), a ressecção anterior do reto(17,2%) e a colectomia direita (17,2%). Seis pacientes foramreopera<strong>dos</strong>, sendo 5 devido deiscência de anastomose e 1 por bridaprecoce. As complicações clínicas ocorreram em 30,8% <strong>dos</strong> pacientese 2 faleceram. As medianas da primeira deambulação, primeiraeliminação de flatus e primeira alimentação foram de 24 horas emcada um <strong>dos</strong> quesitos. A mediana de dias de internação foi de 6dias. CONCLUSÕES: A via laparoscópica é um método seguro e eficazpara operações colorretais em pacientes i<strong>dos</strong>os.PO174 - PROLAPSO RETAL RECIDIVADO TRATADO COMPROCTOPEXIA E ALÇA COM TELASUZANA LIMA TORRES; MARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES;ADRIANO GONÇALVES RUGGERO; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; CAROLINE MERCICALIARI GOMES; FANG CHIA BIN; WILMAR ARTUR KLUG;PRISCILA MARCONDES BIANCALANAIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: O prolapso retal é a exteriorização do reto através do ânusresultado de uma intussuscepção também principal queixa. A saída doreto pode ser espontânea ou provocada por esforços. Três quartos<strong>dos</strong> pacientes referem sangramento, presente se o prolapso évolumoso ou irredutível. Os fatores envolvi<strong>dos</strong> no desenvolvimentodo prolapso são constipação, doença neurológica (anomaliasmedulares congênitas ou adquiridas), retossigmoide redundante,diastase do elevador do ânus, hipotonia esfincteriana e procedimentoscirúrgicos prévios. O objetivo deste artigo é relatar um caso deprolapso retal recidivado apesar de duas intervenções cirúrgicasabdominais em paciente com constipação crônica e lesão medularpor ferimento por arma de fogo, tratado no Hospital Central daSanta Casa de São Paulo. Neste caso o paciente foi submetido avideolaparoscopia, aplicando-se uma fita de polipropileno em formade alça fixada na face anterior do reto extraperitoneal ao nível dareflexão e as extremidades terminando na aponeurose da paredeabdominal anterior, seguindo até a região inguinal.107


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1VÍDEOS- MISCELÂNIA -VD001 - ANASTOMOSE COLORRETAL UTILIZANDOMECANISMO DE COMPRESSÃO – COLONRINGFRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS 1 ; STHELA MARIAMURAD REGADAS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; JOSE JADER ARAUJO DE MENDONÇAFILHO 1 ; JOÃO ANTONIO DE MACEDO JUNIOR 2 ; BRENOAUGUSTO CARDOSO BARROSO 31.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE FORTALEZA,FORTALEZA, CE, BRASIL; 3.Resumo: O dispositivo ColonRing27 é utilizado para realização deanastomoses colorretais por compressão. Consiste na junção de doisanéis, destacáveis após 8 – 10 dias, compostos por uma liga denitinol (níquel-titânio), que formam uma interface uniforme entreas extremidades do intestino seccionado unindo-as através decompressão. Por ser eliminado, ocorre menor reação inflamatória econsequentemente menor incidência de estenose. Objetivo: Estetrabalho consiste na apresentação de anastomoses colorretais porcompressão (ColonRing) no tratamento cirúrgico de adenocarcinomade retossigmóide. Material e Méto<strong>dos</strong>: A anastomose por compressã<strong>of</strong>oi utilizada em paciente do sexo feminino, 73 anos, no Serviço deColoproctologia da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza - Ceará.Hipertensa, sem outras comorbidades, com quadro de alteração dohábito intestinal seguido de episódios de hematoquezia há cerca de 6meses, sendo diagnosticada neoplasia de transição retosigmoidianaatravés de colonoscopia com histologia de adenocarcinoma poucodiferenciado. Realizado estadiamento e programação cirúrgica comretossigmoidectomia videolaparoscópica realizada em 15/05/2012,sendo utiliza<strong>dos</strong> grampeador linear cortante e dispositivo ColonRingpara confecção da anastomose (vídeo). A operação transcorreu semintercorrências. A paciente evoluiu satisfatoriamente no pósoperatório(PO) . Realizada avaliação en<strong>dos</strong>cópica da anastomoseno 7° PO e 15° PO quando foi observado deslocamento e eliminaçãodo ColonRing. Resulta<strong>dos</strong>: O tempo operatório foi de 3:50min e otermpo de internação hospitalar foi de 6 dias, semelhante a outrasanastomoses colorretais grampeadas. A retossigmoi<strong>dos</strong>copia flexívelpós-operatória revelou anastomose pérvea, ampla, além deacompanhar o comportamento do despositivo endoluminal.Conclusão: O emprego do ColonRing é uma alternativa segura, eficaze reprodutível para confecção de anastomoses colorretais.VD002 - ASPECTOS À COLONOSCOPIA DA ANASTOMOSEILEOCÓLICA LÁTERO-LATERAL MECÂNICA NA DOENÇADE CROHN: AVALIAÇÃO DA RECORRÊNCIA PÓS-OPERATÓRIAPAULO GUSTAVO KOTZE; VINÍCIUS REZENDE ABOU-REJAILE; IVAN FOLCHINI DE BARCELOS; MARIA CRISTINASARTOR; MARCELO RAISSWEILER HARDT; WANESSABELTRAMI TONINISERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALUNIVERSITÁRIO CAJURU (SECOHUC) - PUCPR, CURITIBA, PR,BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: a ressecção ileocólica é o procedimentocirúrgico abdominal mais realizado no tratamento da doença de Crohn(DC). Há relativo consenso de que uma anastomose ileo-transversolátero-lateral ampla mecânica é o método mais indicado para estescasos. Há controvérsias em relação aos índices de recorrência cirúrgicanestas anastomoses, entretanto, parece estabelecido que o tipo deanastomose não influencia as taxas de recorrência en<strong>dos</strong>cópica pósoperatória.A maioria <strong>dos</strong> consensos recomenda uma avaliaçãoen<strong>dos</strong>cópica após 6 a 12 meses para estadiamento da inflamação.OBJETIVOS: demonstrar alguns vídeos de colonoscopias deanastomoses ileo-transverso mecânicas látero-laterais na avaliaçãoda recorrência pós-operatória em portadores de DC, demonstrandoos graus de inflamação que podem ser encontra<strong>dos</strong> e as dificuldadesde entrada no íleo terminal para correta avaliação. MÉTODO:demonstração de alguns vídeos de colonoscopias de anastomoseslátero-laterais no pós-operatório de ileocolectomias na DC. Avaliaçãoen<strong>dos</strong>cópica do grau de inflamação do neo íleo terminal de acordocom a classificação de Rutgeerts e demonstração de alguns casos deangulação difícil com dificuldades de penetração do aparelho pelaanastomose. RESULTADOS: a classificação en<strong>dos</strong>cópica darecorrência no neo íleo terminal após ressecções ileocólicas na DCseguiu a classificação de Rutgeerts (i0: mucosa totalmente cicatrizada;i1: menos de 5 ulcerações aftóides; i2: mais de 5 ulcerações aftóides;i3: ulcerações lineares e eritema difuso; i4: deformidade com nódulosinflamatórios e/ou estenose). São demonstra<strong>dos</strong> casos das respectivasclassificações e evidenciadas algumas dificuldades de se conseguir aangulação para correta penetração e avaliação do neo íleo terminal.CONCLUSÕES: a colonoscopia é essencial para a correta classificaçãodo grau de recorrência en<strong>dos</strong>cópica no neo íleo terminal de acordocom a classificação de Rutgeerts. A avaliação en<strong>dos</strong>cópica entre 6 a12 meses após ressecções ileocólicas na DC é essencial para o corretomanejo clínico <strong>dos</strong> pacientes, que depende desta avaliação. Manobrasde reposicionamento do paciente podem ser úteis para a abertura deângulos que permitam a completa avaliação do íleo terminal nestasanastomoses.VD003 - FÍSTULA RETOVAGINAL PÓSRETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA –TRATAMENTO POR ACESSO VAGINALRODRIGO AMBAR PINTO; ILARIO FROEHNER-JUNIOR; ISAACJOSÉ FELIPE CORREA-NETO; JOSÉ MARCIO NEVES JORGE;SANZIO SANTOS AMARAL; SÉRGIO CARLOS NAHAS; IVANCECCONELLO; THAÍS VILLELA PETERSONHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: Demonstrar o tratamento por acesso vaginalde fístula retovaginal pós retossigmoidectomia videolaparoscópica.RELATO DE CASO: Paciente feminina, 62 anos, apresentandotenesmo e hematoquezia há 2 meses. Após o diagnóstico deadenocarcinoma do reto médio, foi submetida à terapia neoadjuvante(radioterapia e quimioterapia) e, posteriormente, àretossigmoidectomia videolaparoscópica com anastomose baixa(aproximadamente 5 cm da margem anal) utilizando-se grampeadorcircular de 29 mm de diâmetro, sem intercorrências. No décimo diado pós-operatório, apresentou escape de gases e fezes pela vaginaassocia<strong>dos</strong> a sintomas de infecção do trato urinário de repetição. Aoexame físico, pela inspeção, toque vaginal, retal e combinado,verificou-se orifício na parede posterior da vagina que se comunicavacom orifício retal na altura da linha de grampo da anastomose. Na108


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1vagina o orifício localizava-se a cerca de 5 cm do intróito vaginal. Acolonoscopia visualizou o orifício na região da anastomose colorretale a tomografia computadorizada confirmou o trajeto fistuloso para avagina na posição previamente descrita. Foi submetida à correçãocirúrgica via vaginal com a paciente em posição de litotomia sobefeito de anestesia geral, cerca de 12 meses após aretossigmoidectomia, ainda com a ileostomia de proteção. Após ainjeção de solução com adrenalina na mucosa vaginal realizado acessopelo intróito vaginal e separação da parede vaginal posterior <strong>dos</strong>epto retovaginal, permitindo a localização do orifício fistuloso e dotrajeto até o reto, já canulizado previamente com o estilete. Dissecçãoproximal, ultrapassando o trajeto fistuloso pelas laterais até seuisolamento. Após remoção do tecido fibroso e tecido de granulação,procedeu-se o fechamento do orifício retal com pontos separa<strong>dos</strong> dePDS 3.0 e vaginal com contínuos de Vycril 2.0. Em seguida realizadaaproximação <strong>dos</strong> músculos puborretais e tecido conjuntivo do septoretovaginal com PDS 2.0, com o objetivo de interposição muscularsobre trajeto fistuloso prévio. A paciente evoluiu sem intercorrências,tendo alta hospitalar no 5º pós-operatório. Segue emacompanhamento ambulatorial há 2 meses sem indícios de recidiva.DISCUSSÃO: As fístulas retovaginais são pouco comuns.Aproximadamente, 90% são de origem obstétrica. As fístulas póstraumáticascirúrgicas geral correspondem a 0,9 – 10%, tendo aradioterapia pélvica como fator de risco isolado. Ocorre em 0,55%das retossigmoidectomias laparoscópicas com anastomose utilizan<strong>dos</strong>egrampeador circular. A radioterapia pélvica prejudica a adequadaperfusão tissular local, gerando-se área de isquemia relativa após ogrampeamento circular, favorecendo o surgimento da fístula.CONCLUSÃO: O acesso vaginal permite ampla visibilização doorifício e do trajeto fistuloso, facilitando o debridamento e ainterposição muscular local (músculos puborretais). O pós-operatóriode cirurgias por este acesso apresenta dor de fácil controle ecicatrização adequada.VD004 - RECONSTRUÇÃO PERINEAL DE LESÃOOBSTÉTRICA DE QUARTO GRAUJOSÉ MARCIO NEVES JORGE; ILARIO FROEHNER-JUNIOR;RODRIGO AMBAR PINTO; ISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO;SÉRGIO CARLOS NAHAS; HENRIQUE DAMETTO GIROUDJOAQUIM; RAQUEL ROSSINE BAPTISTA; GUILHERMECARDINALLI BARREIROHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: As lacerações perineais de terceiro e quartograus ocorrem em 0,4 a 3,7% <strong>dos</strong> partos vaginais, chegando a 39%em algumas séries. Após 1 ano do puerpério, 17 a 44% destas pacientesapresentarão incontinência para flatos e até 17% para fezes. A ausênciade corpo perineal levando à dificuldade técnica durante o fechamentoda ferida operatória representa ainda desafio no tratamento destetipo de lesão. OBJETIVOS: Demonstrar o tratamento cirúrgico depaciente portadora de lesão perineal obstétrica de quarto grau,sobretudo com relação ao fechamento da ferida operatória. RELATODE CASO: Paciente feminina, 57 anos, incontinência fecal há 20anos, com antecedente de três partos vaginais com episiotomia.Apresentava incontinência para gases e fezes amolecidas, comlimitações de convívio social (Índice de Incontinência Fecal de Jorge-Wexner = 10). Referia recorrentes sintomas de infecção do tratourinário. Ao exame, apresentava importante adelgaçamento do septoretovaginal, com contiguidade entre as mucosas retoanal e vaginal.Os tônus do esfincter anal de repouso e de contração apresentavamseacentuadamente reduzi<strong>dos</strong>. A ultrassonografia endoanal demonstroulesão do esfíncter externo anteriormente, de aproximadamente, 180°e adelgaçamento anterior difuso do esfíncter interno do ânus. Aresposta ao tratamento clínico foi insatisfatória, com indicação dotratamento cirúrgico. Com a paciente em posição de litotomia sobraquianestesia, o acesso cirúrgico foi transversal entre as mucosasanorretal e vaginal, progredindo-se a dissecção entre o anorreto e daparede vaginal posterior. A musculatura esfincteriana e o corpoperineal apresentavam-se adelgaça<strong>dos</strong> com ruptura no plano mediano,com afastamento lateral <strong>dos</strong> cotos. Realizou-se a dissecção <strong>dos</strong> cabosesfincterianos seguida pela plicatura mediana anterior do esfíncteranal interno. Os cabos do esfíncter externo foram sobrepostos efixa<strong>dos</strong> com pontos em “U”. A síntese do corpo perineal ocorreupela realização de pontos simples por planos. A confecção de rotaçãode retalho a partir de áreas cutâneas doadoras bilaterais trigonais,com ápices laterais e margeando os grandes lábios e bases laterais àferida operatória, à altura da incisão, com reconstrução porzetaplastia. A paciente recebeu alta hospitalar sem intercorrências.Segue em acompanhamento ambulatorial há 3 meses com melhorasintomática significativa. CONCLUSÕES: A reconstruçãoesfincteriana associada à rotação de retalho cutâneo, do tipozetaplastia, representa boa opção de tratamento de lesões graves doesfíncter anorretal com ausência do corpo perineal.VD005 - RESSECÇÃO TRANSANAL DE ADENOMA VILOSOGIGANTE DO RETO COM UTILIZAÇÃO DE GRAMPEADORLINEARVIVIANE VASCONCELOS TAJRA MENDES; ELIDA NATALIESILVEIRA FARIA; GUSTAVO DE NARDI MARÇAL; FELIPEATTIE AKL; MARLEY RIBEIRO FEITOSA; PAULO HENRIQUEPISI; RICARDO LUIZ SANTOS GARCIASANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃO PRETO,RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: Adenomas vilosos são lesões polipóides,usualmente sésseis e localizadas mais frequentemente no sigmóide ereto. Os sintomas mais comuns são alterações do hábito intestinal epresença de sangue e muco nas fezes. Quando localizadas no retodistal podem apresentar prolapso através do ânus. Até 85% das lesõesmaiores que 4 cm podem conter áreas de adenocarcinoma. Otratamento definitivo é a remoção en<strong>dos</strong>cópica ou cirúrgica. Objetivo:Apresentar uma nova técnica de ressecção local de lesão polipóideprolapsada do reto por meio de grampeamento linear cortante. Relatode Caso: Paciente do sexo masculino, 59 anos admitido com queixade sangramento retal e prolapso de tumoração retal. Ao exame notousea presença de pólipo viloso, medindo 6,5 cm, localizado na paredelateral esquerda do reto, a 3cm da borda anal, sem sinais de infiltração.Com o paciente posicionado em litotomia e sob raquianestesianotava-se exteriorização da lesão. Após a introdução do afastadorprocedeu-se completa ressecção com auxílio de dispositivo paragrampeamento linear. Estudo anatomopatológico da peça reveloupresença de adenocarcinoma moderadamente diferenciado ulceradocom infiltração neoplásica até a submucosa e margens livres (pT1).Estadiamento não mostrou sinais de comprometimento locorregionalou à distância. Conclusão: O vídeo ilustra uma nova e simples técnicapara ressecção de lesões polipóides prolapsadas e não invasivas, doreto inferior, inadequadas para polipectomia en<strong>dos</strong>cópica.VD006 - RESSSECÇÃO ENDOSCÓPICA DE LESÃO EXTENSADO SIGMÓIDE DISTAL E RETO POR DISSECÇÃOSUBMUCOSA109


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1MARIA CRISTINA SARTOR; MARIA GABRIELA LAZCANOALVES FERREIRA; ANDRÉ GATTO; ANTONIO BALDIN JUNIOR;RENATO ARAÚJO BONARDIHOSPITAL DE CLINICAS DE CURITIBA, CURITIBA, PR, BRASIL.Resumo: RESSSECÇÃO ENDOSCÓPICA DE LESÃO EXTENSA DOSIGMÓIDE DISTAL E RETO POR DISSECÇÃO SUBMUCOSAResumo: Apresenta-se vídeo de dissecção submucosa de lesão extensaocupando sigmóide distal e reto proximal. Paciente do sexo feminino,76 anos, estado geral comprometido por comorbidadespotencialmente graves, com diarréia há 4 anos, intensificadarecentemente e acompanhada de dor abdominal e episódios raros dehematoquezia. Portadora de hipertensão, diabetes e dislipidemia.Revascularização do miocárdio em maio de 2008. Miocardiopatiachagásica. No exame en<strong>dos</strong>cópico há lesão de crescimento lateral,extensa, desde a oito centímetros acima da margem anal, ocupandoum terço da luz do sigmóide distal e reto proximal, com cerca de 15centímetros de extensão longitudinal, não ulcerada, granular, criptastipo IIIL e IV da classificação de Kudo. Apesar da extensão, a lesãonão tinha áreas deprimidas, era macia e com grande mobilidade emrelação à parede muscular do cólon. Fez-se a ressecção pela técnicade dissecção submucosa com flush-knife e unidade eletrocirúrgicacom corte pulsado. Houve dissecção e ressecção de toda a lesão efulguração das bordas, sem lesão residual visível, com plasma deargônio. Houve colocação de clipe en<strong>dos</strong>cópico para aproximaçãode área da camada muscular da parede do sigmóide, potencialmentepassível de perfuração. O exame anátomo-patológico descreveuadenoma serrilhado. A paciente apresentou alguns episódios dehematoquezia no pós-operatório imediato, porém sem quedasignificativa da hemoglobina e do volume globular. Apresentoutambém fibrilação atrial seguindo-se suspeita de acidente vascularcerebral agudo, não confirmado. Foi mantida com enoxaparina eácido acetil salicílico durante o internamento, sem cumarínico porter exteriorizado hematoquezia. A paciente apresentou evoluçãosatisfatória, sem sangramento residual adicional tardio e resoluçãodo quadro de fibrilação atrial e neurológico. Retornou 3 meses apóspara controle en<strong>dos</strong>cópico com lesão de crescimento lateral residualno sigmóide com cerca de 1,5 cm de extensão, que foi completamenteressecada pela técnica de mucosectomia. CONCLUSÃO: a ressecçãoen<strong>dos</strong>cópica de lesões extensas superficiais do cólon e reto é possívele segura, diminuindo riscos cirúrgicos. Necessita treinamentoespecífico e equipamento adequado para garantir a execução comsegurança. O controle en<strong>dos</strong>cópico deve ser precoce e as recidivaspodem ser submetidas a ressecção complementar, com solução doquadro.VD007 - TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE VARIZ GIGANTEDE SIGMÓIDEOTÁVIO NUNES SIA; PAULO AZEREDO PASSOS CANDELARIA;ADRIANO GONÇALVES RUGGERO; MARÍLIA DOS SANTOSFERNANDES; MARCOS RODRIGO PINHEIRO DE ARAÚJOCARVALHO; SUZANA LIMA TORRESSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO, SAO PAULO,SP, BRASIL.Resumo: A variz colonica é uma causa rara de sangramento intestinal.A hipertensão porta é a causa mais comum de varizes colonicas,seguido da insuficiência cardíaca, trombose mesentérica e compressãoda veia mesentérica. A variz idiopática é ainda mais rara. Na literaturade língua inglesa são descritos menos de 30 casos de varizes colonicasidiopáticas. Destes, 19 foram diagnostica<strong>dos</strong> por angiografia durantesangramento. O sangramento é a principal complicação poisfrequentemente é grave, acredita-se que é proveniente da escoriaçãodo vaso por fezes endurecidas. Nos relatos da literatura frequentementetem-se optado pela ressecção segmentares nos casos de varizescolonicas idiopáticas. O achado em exames de colonoscopia empaciente assintomáticos é ainda mais raro, o que torna o tratamentoeletivo uma exceção. Apresentamos o caso de paciente masculino,53 anos, assintomático e sem co-morbidades. Submetido a exame decolonoscopia para rastreamento de câncer colonretal, quando foievidenciado em colon sigmóide presença de volumosa variz colonicaúnica de aproximadamente 6 cm de extensão, com vaso muito dilatadoe tortuoso em submucosa e ocupando 20% da circunferência colonica.Optado por esclerose da variz utilizando solução de ethamolin 10ml+ glicose 50% 10 ml. Realizado a injeção de 16ml da solução emsubmucosa perivasal. Nova colonoscopia em 3 semanas mostrouregressão importante da variz com persistência de pequena lesãocicatricial. O diagnostico da variz colonica idiopática é mais frequentedurante episódios de hemorragia digestiva. È importante afastar causassecundárias para o direcionamento do tratamento. O médico podelançar mão de méto<strong>dos</strong> auxiliaries como a angiografia e a en<strong>dos</strong>copia.O presente caso demonstra o tratamento en<strong>dos</strong>cópico de sucessocom solução de ethamolin de lesão encontrada casualmente durantecolonoscopia de rastreamento.VD008 - TUMOR PRÉ-SACRAL RESSECADO PORABORDAGEM POSTERIOR (PROCEDIMENTO DE KRASKE)RODRIGO GOMES DA SILVA; VINICIUS RODRIGUES TARANTONUNES; KELLY CRISTINA DE LACERDA RODRIGUES BUZATTI;ANA CAROLINA PARASSULO ANDRE; MAGDA MARIAPROFETA DA LUZ; ANTONIO LACERDA FILHO; CRISTIANEDE SOUZA BECHARAHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG,BRASIL.Resumo: Objetivos: Os tumores pré-sacrais são lesões raras, quecompreendem grande variedade de tipos histológicos. A maior partedestas lesões são congênitas. Uma vez diagnostica<strong>dos</strong> devem serresseca<strong>dos</strong> cirurgicamente devido ao potencial risco de malignizaçãoe infecção. A biópsia pré-operatória é controversa e não é realizadade rotina. A abordagem cirúrgica pode ser por acesso abdominal,sacral ou combinado. O acesso posterior (procedimento de Kraske)está indicado para lesões que não se estendem acima de S4, ou quandohá envolvimento do sacro. Suas principais desvantagens são a ausênciade controle sobre os vasos pélvicos e o risco de lesão <strong>dos</strong> nervospélvicos laterais. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de umapaciente com lesão cística pré-sacral que foi ressecado por viaposterior. Materiais e Méto<strong>dos</strong>: Relato de caso de uma paciente <strong>dos</strong>erviço de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da UFMG comtumor pré-sacral que foi ressecado por acesso posterior (procedimentode Kraske). Resulta<strong>dos</strong>: Trata-se de paciente do gênero feminino, de33 anos, que procurou o ambulatório com queixa de dor abdominalem andar inferior, em cólica há cinco anos, com piora durante operíodo menstrual. Diagnóstico prévio de endometriose, já submetidaà laparoscopia para lise de aderências. Exame proctológico evidenciouabaulamento na parede posterior do reto, consistência macia, mucosasobrejacente íntegra, com início a cinco cm da borda anal, não sendopossível tocar seu limite posterior. Submetida a exames de imagemque evidenciaram lesão cística, septada em região para-retal à direita,aspecto compatível com cisto endometriótico. Submetida à ressecçãocirúrgica por acesso posterior. Evoluiu no pós-operatório semintercorrências. O estudo anátomo-patológico da peça cirúrgicaevidenciou cisto tailgut. Conclusões: Os tumores pré-sacrais são raros110


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1e a maioria dessas lesões é benigna. Porém devem ser resseca<strong>dos</strong>cirurgicamente devido ao risco de malignização, infecção e ao grandetamanho que podem atingir. O acesso posterior pode ser útil empacientes seleciona<strong>dos</strong>, para tratar as lesões mais distais, benignas,císticas ou que penetram no sacro.VD009 - VOLVO GIGANTE DE CÓLON SIGMÓIDE: RELATODE CASOFRANCISCO CLAUDIO LINHARES DE SÁ FILHO,; LEVINDOALVES OLIVEIRA; ICARO VINÍCIUS SOUZA NASCIMENTO;GLAUCIO PIRES CARNEIRO; ANTONIO ADENILDO SANTOSDELMIRO; BRUNO CARVALHO TRENTIN; DANIELEAPARECIDA FREITA TELES; KILDERY WENDELL MOURACAVALCANTEHOSPITAL GERAL DE RORAIMA, BOA VISTA, RR, BRASIL.Resumo: Introdução: O volvo é uma torção anormal do intestinosobre o seu eixo mesentérico, superior a 180 graus, que produz umaobstrução parcial ou total do lúmen intestinal e do suprimentosanguíneo. Essa torção afeta, por ordem decrescente de frequência, ocólon sigmóide, ceco, flexura esplênica e cólon transverso. O volvode sigmóide tem uma distribuição geográfica variável, sendoextremamente comum em países em desenvolvimento, onde afeta opaciente jovem, apresentando menor incidência nos paísesdesenvolvi<strong>dos</strong>, onde afeta predominantemente os i<strong>dos</strong>os. Objetivo:Revisar a literatura e apresentar relato de caso de paciente comvolvo de sigmóide admitido no serviço de cirurgia geral do HospitalGeral de Roraima. Metodologia: O caso foi analisado através delevantamento bibliográfico e revisão de prontuário. A partir dasinformações obtidas, foi confeccionado um relato de caso no formatode vídeo. Resulta<strong>dos</strong>: Paciente A. C.S, masculino, 31 anos, residenteem Boa Vista-RR, deu entrada no Pronto Atendimento do HospitalGeral de Roraima no dia 2242012 com queixa de distensão e dorabdominal difusa há aproximadamente 30 dias, associadas a vômitose parada de eliminação de flatos e fezes, sem sinais de irritaçãoperitoneal. A tomografia computadorizada de abdome evidenciouimportante distensão de alças intestinais, principalmente de cólon,com níveis hidroaéreos e ausência de ar na ampola retal, com sinaisradiológicos sugestivos de volvo de cólon sigmóide. O paciente foisubmetido à laparotomia exploradora no mesmo dia, que identificou:pequena quantidade de líquido livre em cavidade abdominal, de aspectopurulento e sigmóide de aspecto megacolônico, com diâmetroaproximado de 25cm e comprimento de 90cm, apresentando volvoem sua base, com parede adelgaçada e sinais de inviabilidade visceral.Por apresentar quadro sugestivo de isquemia/necrose, foi realizadauma sigmoidectomia com colostomia à Hartmann. Após a cirurgia,foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O pacienteevoluiu com quadro de sepse e pneumonia associada à ventilaçãomecânica, permanecendo por 30 dias na UTI. Paciente apresentoumelhora lenta, porém progressiva do quadro clinico, sendo transferidopara a enfermaria da cirurgia geral no dia 22512. A partir dessa data,evoluiu com melhora do quadro, recebendo alta hospitalar no dia06612. Conclusão: A mortalidade de pacientes com volvo de sigmóidetrata<strong>dos</strong> cirurgicamente está estreitamente relacionada com a faseda doença, intervenção cirúrgica imediata e o estado funcional dessespacientes. Por essa razão a morbimortalidade é maior no grupo depacientes obstruí<strong>dos</strong>, naqueles que apresentam sinais clínicos deperitonite e nos submeti<strong>dos</strong> ao procedimento de Hartmann. Nessespacientes, como no caso descrito, faz-se necessária uma intervençãocirúrgica de emergência, com o objetivo de evitar a necrose econsequente aumento da mortalidade.- ORIFICIAISVD010 - DEARTERIALIZAÇÃO HEMORROIDÁRIATRANSANAL THD - ASPECTOS TÉCNICOSSIDNEY KLAJNER; PEDRO CUSTÓDIO DE MELO BORGES;DANIEL KRUGLENSKY; RENATO CATOJO SAMPAIOHOSPITAL ALBERT EINSTEIN, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: OBJETIVO: Mostrar com detalhes, os aspectos técnicos eresultado imediato da Dearterialização Hemorroidária Transanal.MÉTODO: Paciente com queixa de prolapso hemorroidário esangramento às evacuações, apresentava ao exame físico doençahemorroidária de grau III. Foi indicado tratamento cirúrgico atravésda técnica THD. Utilizou-se anestesia geral e posição de litotomia.O anuscópio THD slide® (THDLab, Corregio, Itália) é introduzidopor via transanal com auxílio de gel para ultrassonografia. A 6 cm dalinha pectínea a artéria hemorroidária, ramo da retal superior, élocalizada e, após retirada gradativa do aparelho, novamenteidentificada em sua porção mais distal e marcada com cautério a 2cm da linha pectínea. Após reintrodução do anuscópio, é realizadaligadura arterial através de sutura em X com ácido poliglicólico 2-0,através de abertura no anuscópio. Após a ligadura, realizamos a pexiamucosa no reto, promovendo um lifting do canal anal paratratamento do prolapso. O procedimento é realizado em cada umadas 6 artérias, dispostas conforme as horas ímpares de um relógio.Ao término, é introduzido hemostático em forma cilíndrica.RESULTADOS: Após a cirurgia, observa-se redução imediata doprolapso hemorroidário. CONCLUSÃO: A técnica de DearterializaçãoHemorroidária Transanal (THD) é uma técnica simples, segura eeficaz para o tratamento da doença hemorroidária.VD011 - HEMORROIDECTOMIA HÍBRIDAHAROLDO ALFREDO SANTOSPROCTOCLÍNICA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Objetivos: O objetivo deste trabalho é propor umaabordagem cirúrgica mini-invasiva no tratamento das HemorróidasMistas, a Hemoroidectomia Híbrida. A HemorroidectomiaConvencional tem sido a opção mais utilizada nos casos deHemorróidas Mistas, entretanto podemos estender os benefícios damini-invasividade, baixa morbidade e absenteísmo mínimo aotrabalho também aos casos de Hemorróidas Mistas pela abordagemque ora propomos e que se constitui na Ligadura Elástica dasHemorróidas Internas e a posterior Ressecção Complementar <strong>dos</strong>Plicomas Externos sob anestesia local. Material e Méto<strong>dos</strong>:Apresentamos uma casuística de 326 pacientes opera<strong>dos</strong> naProctoclínica no período de 4 anos <strong>dos</strong> quais 228 se submeteramapenas à Ligadura Elástica , 77 pacientes foram submeti<strong>dos</strong> àHemorroidectomia Híbrida e 23 pacientes foram submeri<strong>dos</strong> a outrosprocedimentos cirúrgicos (Fistulectomias, Esfinterotomias e 6 casosde Hemorroidectomia Aberta em pacientes nos quais a abordagemhospitalar se fez necessária). Conclusão: Podemos Concluir que aabordagem que ora propomos estende também às HemorróidasMistas os benefícios da mini-invasividdade, baixa morbidade,realização ambulatorial, preservação do assoalho do canal anal pelasressecções econômicas <strong>dos</strong> plicomas residuais e absenteísmo mínimoao trabalho e julgamos que esta abordagem poderia ser avaliadatambém por outros serviços para uma divulgação mais ampla embenefício de um número maior de pacientes.VD012 - LIGADURA ELÁSTICA DAS HEMORRÓIDAS DE IIIE IV GRAUS111


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1HAROLDO ALFREDO SANTOSPROCTOCLÍNICA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Objetivos: A LE é, sem dúvida, a opção de escolha para otratamento das Hemorróidas de II grau, entretanto ainda existe muitaresistência em relação à sua indicação nos casos de Hemorróidas deIII e IV graus e o objetivo deste trabalho é ampliar os benefícios desua mini-invasividade e baixa morbidade também às Hemorróidas deIII e IV graus. Material e Méto<strong>dos</strong>: Com este objetivo, e respaldadonos excelentes resulta<strong>dos</strong> da LE, idealizamos a realização das ligadurascom o paciente na posição genu-peitoral promovendo desta forma oesvaziamento do conteúdo sanguíneo <strong>dos</strong> mamilos e a consequentediminuição acentuada de seu volume permitindo a sua fácil apreensão,com ligaduras eficientes e com resulta<strong>dos</strong> totalmente eficazes,ampliando desta forma suas indicações aos casos de Hemorróidasmais volumosas antes impossíveis de serem englobadas pelo aparelhode Ligadura Elástica. Resula<strong>dos</strong> a longo prazo: Numa avaliaçãoretrospectiva, usando a mesma estratégia de um trabalho de Cormampublicado no seu compêndio de Coloproctologia, num universo de1625 pacientes, enviamos questionários a 728 questionárioscorrespondentes somente aos pacientes da Proctoclínica, e recebemos174 respostas devidamente preenchidas. Do total de pacientesestuda<strong>dos</strong> 64,94% correspondiam a Hemorróidas de III grau e IVgraus, portanto a maioria <strong>dos</strong> casos trata<strong>dos</strong>, e do total de pacientesque responderam ao questionário 54,60% eram portadores deHemorróidas Mistas e foram submeti<strong>dos</strong> à Hemorroidectomia Híbrida(Ligadura Elástica das Hemorróidas Internas e Ressecçãocomplementar <strong>dos</strong> Plicomas Externos). Conclusão: Os resulta<strong>dos</strong>avalia<strong>dos</strong> demonstraram índices eleva<strong>dos</strong> de boa tolerabilidade(90,50%) e resulta<strong>dos</strong> eficazes (94,79%) conforme pudemos concluirpelas respostas espontâneas aos questionários encaminha<strong>dos</strong>.VD013 - RECONSTRUÇÃO ESFINCTERIANA E PERINEAL EMPACIENTE COM CLOACA PÓS-PARTORODRIGO AMBAR PINTO; THAÍS VILLELA PETERSON;EDUARDO KENZO MORY; DANIEL JOSÉ SZOR; JOSÉ MARCIONEVES JORGE; ISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; SÉRGIOCARLOS NAHAS; IVAN CECCONELLOHC-FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: O trauma obstétrico constitui uma das principaiscausas de lesões esfincteriana primárias em pacientes do sex<strong>of</strong>eminino. Lesões perineais extensas podem implicar na formação decloacas verdadeiras, causando grande prejuízo para a paciente. Alémdas queixas de incontinência, a qualidade de vida sexual e o aspectopsicológico são gravemente afeta<strong>dos</strong> por esta condição.Objetivo:Apresentar caso de paciente submetida à perineoplastia comesfincteroplastia para correção de lesão tipo cloaca causada por traumaobstétrico.Relato de caso: Paciente de 27 anos veio encaminhadapara acompanhamento no ambulatório de fisiologia ano-retal doHC-FMUSP por lesão esfincteriana e perineal na forma de cloacaapós trauma obstétrico em parto normal no ano de 2007. Apesar dalesão extensa, a paciente não relatava queixas relacionadas àcontinência fecal. A avaliação ultra-sonográfica demonstrou lesãocompleta anterior <strong>dos</strong> esfíncteres externo e interno do ânus no canalanal médio e inferior formando ângulo de 105°. Vídeo: Apresentamoso procedimento de reparo com esfincteriano e perineal passo a passo.Inicialmente, realizou-se a hidrodissecção do plano reto-vaginalremanescente com abertura e dissecção do mesmo. A seguir, iniciousea individualização <strong>dos</strong> cabos musculares <strong>dos</strong> músculos esfincterianosinternos e externos. Uma vez disseca<strong>dos</strong>, a reconstrução do esfíncteresinternos é feita por aposição na linha média e do esfincter externo érealizada pela plicatura <strong>dos</strong> cabos com sobreposição <strong>dos</strong> mesmos.Neste momento, a equipe de ginecologia realizou a perineoplastiacom aproximação do músculo transverso do períneo e fechamentodo ângulo do bulbo cavernoso com a reconstrução do septo retovaginal.Segue-se então com o fechamento perineal em sentidolongitudinal de modo a alongar o corpo perineal após drenagem comdreno de sucção exteriorizado por contra abertura. Paciene encontraseem acompanhamento no ambulatório de nosso serviço e relatamelhora significativa da qualidade de vida e auto-estima.VD014 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DA RETOCELE COMSUTURA MECÂNICA.FERNANDO PINHEIRO ORTEGA; GUSTAVO ALEJANDROGUTIERREZ ESPINOZA; LUCIANE HIANE OLIVEIRA; SÉRGIOOLIVA BANCI; JOAQUIM SIMOES NETO; ODORINO HIDEYOSHIKAGOHARA; JOSE ALFREDO REIS JUNIOR; JOSÉ ALFREDO DOSREIS NETOCLÍNICA REIS NETO - SP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: A constipação é um sintoma comum e afeta indivíduos detodas as idades. Dentre as causas mecânicas de constipação uma dasmais comuns é a denominada obstrução defecatória proctógena,aonde o problema se associa com a incapacidade de esvaziamentoretal satisfatório. No sexo feminino em parcela considerável <strong>dos</strong>casos o bloqueio defecatório deve-se a retocele. A diminuição ouadelgaçamento do tabique reto-vaginal e o aumento da pressão intraabdominalproduzida pela contração da parede anterior e a descida dodiafragma pélvico expõe a parede anterior do reto à compressãodireta das alças intestinais, propiciando o mecanismo de bloqueiodefecatório. Tratamento: o tratamento clínico (bi<strong>of</strong>eedback e dieta)é indicado para a para a retocele de primeiro grau. Para as retocelesde grande volume o tratamento cirúrgico com a reconstruçãocirúrgica do tabique reto-vaginal, por via trans-anal ou perineal,representa a melhor opção. A utilização da sutura mecânica naobliteração da parede retal anterior é uma alternativa que propiciaexcelentes resulta<strong>dos</strong> com baixo índice de complicações e pode serrealizada em regime ambulatorial. O vídeo demonstra a técnicautilizada da reconstrução do tabique reto-vaginal por via endo-anal.VD015 - TÉCNICA DE TRATAMENTO DA FÍSTULA PERIANALCOMPLEXA COM COLOCAÇÃO DO PLUGUE DECOLÁGENOCARLOS WALTER SOBRADO; JOSÉ AMERICO BACCHI HORAHOSPITAL NOVE DE JULHO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Neste vídeo editado mostramos os principais passos datécnica de tratamento da fístula perianal complexa com colocaçãode plugue de colágeno, através da documentação digital de um casooperado.- TEM/TEO -VD016 - CIRURGIA TRANSANAL MINIMAMENTE INVASIVA(TAMIS) USANDO DISPOSITIVO ETHICON® SINGLE SITE®LUIS GUSTAVO CAPOCHIN ROMAGNOLO; GUSTAVO SEVÁPEREIRA; VILMAR LUIS TROMBETAHOSPITAL MÁRIO GATTI, CAMPINAS, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Apesar de recentes avanços nas técnicasen<strong>dos</strong>cópicas, o manejo atual <strong>dos</strong> tumores de reto é cada vez maisvariado e complexo, devido principalmente a novas condutas eabordagens, com múltiplas terapias e refinamentos das técnicas112


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1cirúrgicas. O tratamento do tumor do reto por ressecção local édescrito há séculos. Modificações foram realizadas ao longo do tempo,e no entanto as ressecções perineais continuavam a apresentarresulta<strong>dos</strong> com índices inaceitáveis de incontinência, recorrência emortalidade. Com o decorrer das décadas, as técnicas foram seaprimorando e surgindo vários tipos de ressecções locais, desde acolonoscopia com mucosectomia, a convencional excisãotransanal, microcirurgia transanal en<strong>dos</strong>cópica (TEM), a cirurgiaminimamente invasiva transanal (TAMIS) e o acesso cirúrgicoposterior. OBJETIVO: Apresentar alternativa técnica pararessecção transanal de tumores de reto. MÉTODO: Serãoapresenta<strong>dos</strong> vídeos de cirurgias de 3 pacientes realizada com odispositivo em questão. RESULTADO: A técnica apresentada éum hibrido entre a laparoscopia com portal único (single port) ea técnica de TEM, mostrando a ressecção local transanal detumores de reto baixo e médio de 3 pacientes, usando comoalternativa técnica um dispositivo descartável de custorelativamente baixo em relação aos equipamentos de ressecçãotransanal, e que traz facilidade de montagem e de técnica cirúrgicae exposição de grande qualidade para ressecção de tumores de retomédio e baixo, além de possibilidade de uso de matériasconvencionais de laparoscopia, sem necessidade de instrumentoscirúrgicos específicos. CONCLUSÃO: O método é eficaz e podesem qualquer dificuldade suplantar com vantagens o uso dedispositivos rígi<strong>dos</strong> para ressecção de tumores de reto.VD017 - PERFURAÇÃO DURANTE MICROCIRURGIAENDOSCOPICATRANSANAL: COMO RESOLVERCARLOS RAMON SILVEIRA MENDES; RICARDO AGUIARSAPUCAIA; MEYLINE ANDRADE LIMA; LUCIANO SANTANADE MIRANDA FERREIRAHOSPITAL SANTA IZABEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Introdução: A microcirurgia en<strong>dos</strong>cópica transanal (TEM)é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, introduzida nos anos80 pelo Dr. Gerhard Buess, como alternativa para as ressecçõesclássicas de tumores retais. A TEM é realizada através de um retoscópiocom cerca de 15 cm de comprimento e 4cm de diâmetro. Esseconjunto é introduzido pelo ânus, apos dilatação e posicionamentono reto de acordo a localização e altura da lesão. Através do retoscópioé possível realizar dissecção pelo uso de instrumentos curvos em suaporção distal por uma visão ampliada. Das complicações apresentadasdeste procedimento é relatada a perfuração com entrada na cavidadeabdominal que pode ocorrer em ate 8% conforme demostrado naliteratura e ainda não exite uma padronização para manejo dessacomplicação. A TEM (TransanalEn<strong>dos</strong>copicMicrosurgery) permitediminuir as complicações apresentadas pelas demais cirurgias e reduziro tempo de internamento hospitalar. Objetivo: demonstrar um vídeoonde ocorreu a perfuração para cavidade abdominal e como foiresolvido. Conclusão: A microcirurgia en<strong>dos</strong>cópica transanal é umprocedimento seguro com morbidade baixa e mortalidadepraticamente nula. A síntese por via transanal é a alternativa melhorapara resolução das perfurações.- VIDEOLAPAROSCOPIA -VD018 - ASPECTOS TÉCNICOS DA DISSECÇÃO DOMESENTÉRIO NAS ILEOCOLECTOMIAS LAPAROSCÓPICASEM PORTADORES DE DOENÇA DE CROHN COMVARIADOS GRAUS DE DIFICULDADEPAULO GUSTAVO KOTZE; JULIANA FERREIRA MARTINS; IVANFOLCHINI DE BARCELOS; VINÍCIUS REZENDE ABOU-REJAILE;LORETE MARIA DA SILVA KOTZE; MARCELO RAISSWEILERHARDT; WANESSA BELTRAMI TONINISERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DO HOSPITALUNIVERSITARIO CAJURU (SECOHUC) - PUCPR, CURITIBA, PR,BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: a doença de Crohn (DC) é uma entidadecrônica, com localização mais comum na transição íleo-cecal, queapresenta tendência a complicações. Apesar <strong>dos</strong> avanços notratamento clínico que ocorreram nas últimas décadas, a ressecçãoileocólica ainda permanece como o procedimento cirúrgico abdominalmais realizado nestes pacientes, por complicações ou intratabilidadeclínica. A via laparoscópica é uma alternativa real para a realizaçãodestes procedimentos, com reduzido tempo de internamento e amplaaceitação pelos pacientes, com bons resulta<strong>dos</strong> e complicaçõescomparáveis à cirurgia convencional. O maior desafio para a suarealização é a infiltração do mesentério por inflamação secundária àdoença, o que pode limitar a dissecção retroperitoneal e dificultar aevolução <strong>dos</strong> procedimentos. OBJETIVO: o objetivo deste vídeo éapresentar os detalhes técnicos do isolamento e ligadura <strong>dos</strong> vasosileocólicos por videolaparoscopia em portadores de DC com varia<strong>dos</strong>graus de dificuldade. Pretende-se ainda discutir os tipos de materialcirúrgico que podem ser emprega<strong>dos</strong> nestas situações. MÉTODO:demonstração de diferentes cenas <strong>dos</strong> tempos cirúrgicos do isolamentoe ligadura <strong>dos</strong> vasos ileocólicos em portadores de DC, com nível dedificuldade variável (infiltração do mesentério por inflamação leve,moderada e severa). RESULTADOS: são demonstradas cenas editadasde diferentes pacientes, portadores de DC do íleo terminal e do ceco,submeti<strong>dos</strong> a ressecção ileocólica por videolaparoscopia. Foramincluí<strong>dos</strong> casos de inflamação leve do mesentério do íleo terminal,inflamação moderada com aderências e inflamação severa commotivos para conversão. Enfatiza-se no vídeo as diferentes formasde apresentação do mesentério inflamado e os diferentes tipos dematerial de dissecção emprega<strong>dos</strong>. CONCLUSÕES: apesar dainfiltração do mesentério por inflamação ser freqüente nos portadoresde DC, a dissecção, isolamento e clipagem <strong>dos</strong> vasos ileocólicos éaltamente factível na maioria <strong>dos</strong> pacientes, e raramente é causaprincipal da conversão para laparotomia. Pacientes obesos, comoperações prévias e com extensas massas inflamatórias apresentammaior risco para conversão.VD019 - ASPECTOS TÉCNICOS NA COLECTOMIA DIREITALAPAROSCÓPICA POR PORTAL ÚNICO: ESCOLHA DACÂMARAPATRICIO BERNARDO LYNN; RODRIGO OLIVA PEREZ;CHARLES SABBAGH; IGOR PROSCURSHIM; JOAQUIM JOSEGAMA- RODRIGUES; ANGELITA HABR GAMAINSTITUTO ANGELITA & JOAQUIM GAMA, SÃO PAULO, SP,BRASIL.Resumo: Introdução: A laparoscopia por portal único pode ser umaalternativa válida em pacientes selecciona<strong>dos</strong> que seram submeti<strong>dos</strong> acolectomia direita. Uma boa visualização é um aspecto fundamentalpara praticar esta cirurgia com segurança. Diferentes tipos de oticastem sido utilizadas e não existe consenso sobre qual é a mais adequada.O objetivo deste video é apresentar a nossa experiência com diferentestipos de óticas. Método: Neste vídeo são apresenta<strong>dos</strong> os diferentespasos da colectomia direita laparoscópica por portal único em trêspacientes utilizando em cada uma, uma ótica diferente (dois de 5mm euma de 10mm, todas de 30 graus). Resulta<strong>dos</strong>: A visibilidade foi superior113


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1com a ótica de 10mm, porém a movimentação do instrumental podeser mais dificultosa com uma ótica maior. Conclussões: Dado que avisualização resulta superior é nossa recomendação utilizar sempre queseja possível uma ótica de 10mm e 30 graus.VD020 - BENEFICIOS Y PERJUICIOS DEL ABORDAJELAPAROSCÓPICO EN LA ENFERMEDAD DIVERTICULARCOMPLICADA.ESTEBAN GRZONAHOSPITAL ALEMAN DE BUENOS AIRES, CABA, ARGENTINA.Resumo: INTRODUCCION: El abordaje laparoscópico ha demostradolos mejores resulta<strong>dos</strong> para tratar a los pacientes con enfermedaddiverticular quirúrgica. la diverticulitis complicada puede generarsituaciones complejas y facilitarel desarrollo de compicacionesintraoperorias. El objetivo de este video es mostrar una variedad desituaciones complejas y sus resoluciones. DESCRIPCION DE LOSCONTENIDOS: Recompilación de las ditintas situaciones complejasde la enfermedad diverticular complicada. En el mismo se muestranresoluciones laparoscópicas de lesiones viscerales, urinarias yvasculares asociadas a tumores inflamatorios. También se muestra lasolución a una fìstula colocutánea y colovesical. Por último se observael desafío del tratamiento de una peritonitis fecal (Hinchey IV).OBSERVACIONES Y/O COMENTARIOS: La enfermedad diverticularpropone un amplio abanico de situaciones desde las mas simpleshasta las mas complejas.VD021 - COLECTOMIA DIREITA VIDEO LAPAROSCÓPICA- ANASTOMOSE INTRA CORPOREATHIAGO SILVEIRA MANZIONE; LUIZ CARLOS BENJAMIN DOCARMO; RENATO BARRETO FERREIRA DA SILVA; FERNANDABELLOTTI FORMIGA; CARLOS DI TOMMASOHOSPITAL DA LUZ, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Os autores demonstram a opção da realização da anastomoseintra corporea na colectomia direita video laparoscópica, as vantagensem relação à anastomose externa, principalmente nos pacientesobesos, mesocolon curto, colon transverso fixo e o fechamento dabrecha do mesocolon. Tambem tem a vantagem na cosmese, umavez que a retirada da peça se faz por uma mini-incisão supra pubis.VD022 - COLECTOMIA ESQUERDAVIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DENEOPLASIA DE ÂNGULO ESPLÊNICO – PASSOSTÉCNICOS PARA ABAIXAMENTO DO COLONBEATRIZ CAMARGO AZEVEDO; AMIR ZEIDE CHARRUF; FABIOGUILHERME M. CAMPOS; SERGIO EDUARDO ALONSOARAUJO; SÉRGIO CARLOS NAHAS; IVAN CECCONELLOHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: As neoplasias localizadas em ângulo esplênicodo cólon ainda representam atualmente um desafio técnico no quediz respeito à técnica laparoscópica e à reconstrução do trânsitointestinal.. São necessários manobras específicas para promover oabaixamento do cólon transveso bem vascularizado e sem tensão,sem esquecer os princípios oncológicos de uma colectomia. Objetivo:Demonstrar, por meio do vídeo, os passos técnicos da colectomiaesquerda ampliada para ressecção de lesão de ângulo esplênico. Método:Paciente 32 anos, com história de sangramento nas fezes e alteraçãohábito intestinal há 4 meses. Colonoscopia mostrou lesão estenosantecircunferencial de cólon descendente proximal. Tomografia mostravaespessamento do ângulo esplênico do cólon e linfono<strong>dos</strong> pericólicosde até 1 cm, sem sinais de doença secundária. Realizado estudo dorestante do colon através de colografia por tomografia, que nãomostrou lesões sincrônicas. Paciente foi submetida a colectomiaesquerda ampliada por acesso videolaparoscópico com anastomosetransverso-retal mecânica sem intercorrências. Para tanto, foinecessária liberaçãoo de todo o ângulo esplênico por meio de dissecçãonterior ao pâncreas, ligadura alta da VMI e transecção do reto altopara anastomose. Resulta<strong>dos</strong>: Paciente evoluiu satisfatoriamente nopós operatório, recebendo alta no 5º dia, com hábito intestinalpreservado. Em seguimento ambulatorial, aguarda resultadoanatomopatológico. Conclusões: A técnica laparoscópica pararessecções colônicas tem se mostrado de grande valia,independentemente do sítio do tumor. Vários são os artifícios técnicosutiliza<strong>dos</strong> pelos cirurgiões para manter os preceitos oncológicos econseguir anastomoses seguras.VD023 - COLECTOMIA TOTAL LAPAROSCÓPICA EMPACIENTE PORTADORA DE PAFNAIRA ASSIS LANTYER ARAÚJO; EULER MEDEIROS AZARO;FLAVIA CASTRO RIBEIRO FIDELIS; MARCOLINO SOUZAAGUIAR; LINA MARIA GOES CODES; ALINE LANDIM MANO;ELIAS LUCIANO QUINTO SOUZAHOSPITAL SÃO RAFAEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Objetivo: apresentar vídeo editado de Colectomia totallaparoscópica em paciente portadora de Polipose AdenomatosaFamiliar (PAF) e sua reabordagem por sangamento em pós-operatório.Relato do caso:Paciente feminina, 19 anos, portadora de PoliposeAdenomatose Familiar (PAF), submetida a Colectomia total comíleo-reto anastomose e preservação do reto via laparoscópica. Emintra-operatório, não foi realizada clipagem <strong>dos</strong> vasos, sendo optadopor selagem com bisturi ultrassônico. Evoluiu, no 2° dia pósoperatório,com queda de hemoglobina e sinais de repercussãosistêmica. Foi reabordada de forma laparoscópica, com evidência degrande quantidade de sangue em cavidade e hematoma retroperitoneal,sendo identifica<strong>dos</strong> e clipa<strong>dos</strong> vasos mesentéricos. Paciente evoluiu,após reabordagem, assintomática, mantendo níveis hematimétricosestáveis, recebendo alta no 4° dia pós-operatório.VD024 - CORREÇAO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE HÉRNIAPERINEAL APÓS CIRURGIA DE MILESPAULA ALVES DA CONCEICAO; LEONARDO MACHADOCASTRO; MARCELA MIGUEL SILVA; CESAR BARROS PAIVA;ATILA HADDADHOSPITAL FEDERAL DA LAGOA – RJ, RIO DE JANEIRO, RJ,BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Paciente feminina de 70 anos, realizoucirurgia de amputação abdomino-perienal em 2008 devido aAdenocarcinoma de reto inferior. Evoluiu com enorme e incapacitantehérnia perineal. Foi submetida em 2011 a correçaovideolaparoscópica da hérnia. OBJETIVO: Demonstrar a viabilidadeda correção cirúrgica pelo método videolaparoscopico. MÉTODO:Através da utilizaçao de tela especial Proceed, cola cirurgica egrampeadores, foi possível realizar laparoscopicamente a mobilizaçaodas alças intestinais e fixaçao de tela, corrigindo pelo métodolaparoscópico inteiramente a herniação. RESULTADO: Pacientepermanece após um ano da cirurgia de correção assintomática, semsinais de recidiva. CONCLUSÃO: Através de sistematização eutilização de material adequado é perfeitamente viável a realizaçãoda correção videolaparoscópica das hérnias perineias pós amputaçãoabdomino-perineal.114


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1VD025 - CORREÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE SECÇÃOURETERAL COM COLOCAÇÃO DE DUPLO JCARLOS AUGUSTO RODRIGUES VEO; FLAVIO SILVANOGUEIRA; MARCO AURELIO PEREIRA GOMES; OLESEGUNKOMOLAFE; MARCOS VINICIUS ARAUJO DENADAI;MARIANA ANDRADE CARVALHO; PHILIP EDWARD BOGGISS;ARMANDO GERALDO FRANCHINI MELANIHOSPITAL DE CANCER DE BARRETOS, BARRETOS, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A incidência de secção ureteral em cirurgiasvideolaparoscópicas colorretais varia de 0,2 a 0,6%. Atualmentehouve uma diminuição na incidência de secção ureteral não só devidoa maior experiência das equipes, como também pela utilização dadissecção de medial para lateral que vem sendo utilizada por umnúmero cada vez maior de cirurgiões nos últimos anos. OBJETIVO:Apresentar um vídeo com os detalhes técnicos da correçãolaparoscópica de um ureter esquerdo inadvertidamente seccionado.MÉTODO: Apresentação do caso clínico e demonstração do vídeoda cirurgia com especial atenção na correção laparoscópica de secçãoureteral esquerda e colocação de duplo J. RESULTADOS: Pacientedo sexo masculino, 56 anos, com queixa de puxo e tenesmo. Aoexame físico apresentava lesão úlcero-vegetante iniciando-se a 2cm e extendendo-se até 7 cm da borda anal acometendo mais de50% da circunferência retal. Realizou colonoscopia que nãoevidenciou lesão sincrônica e a biópsia revelou um adenocarcinomado reto. Após a neoadjuvância com quimioterapia e radioterapiaobservou-se resposta parcial. O procedimento realizado foi aamputação abdomino perineal do reto videolaparoscópica. Durantea liberação do mesocolon do sigmóide houve a secção completa doterço médio do ureter esquerdo, que foi corrigida com passagem decateter duplo J e ureterorrafia via laparoscópica. A paciente evoluisatisfatoriamente sem complicações, tendo recebido alta no quartodia de pós-operatório. Com quarenta dias de pós-operatório foirealizada uma cistoscopia para retirada do cateter duplo J que ocorreusem intercorrências. Oito meses após a cirurgia, a paciente encontraseassintomática. CONCLUSÃO: A correção laparoscópica da secçãoureteral é factível e segura, não necessitando de conversão para vialaparotômica.VD026 - DIVERTICULITE AGUDA COM PERITONITE, EMPACIENTE OBESA, IDOSA E CIRURGIAS ANTERIORES.TRATAMENTO CIRÚRGICO VIDEO LAPAROSCÓPICOLUIZ CARLOS BENJAMIN DO CARMO; RENATO BARRETOFERREIRA DA SILVA; CARLOS DI TOMMASO; THIAGO SILVEIRAMANZIONEHOSPITAL DA LUZ, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Apesar das dificuldades para realização da cirurgia de urgênciapor video laparoscopia, os autores demonstram que é possivel navigência de peritonite na diverticulite aguda a realização de umaretossigmoidectomia, colostomia a harttman e lavagem da cavidadecom drenagem.VD027 - ENDOMETRIOSE INTESTINAL: TRATAMENTOCIRÚRGICO POR RESSECÇÃO EM DISCOTHAISA BARBOSA SILVA; FERNANDA DINELLI SCALA;ANTÔNIO HILÁRIO ALVES FREITAS; HELIO ANTÔNIO SILVA;ISABELLA MENDONÇA ALVARENGA; KANTHYA ARREGUY DESENA BORGES; ÁTILA MAGALHÃES VICTÓRIA; CECÍLIAALCÂNTARA BRAGAHOSPITAL DA POLICIA MILITAR DE MINAS GERAIS, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A endometriose intestinal pode apresentarsepor infiltração superficial, lesão estenosante ou tumoraçãopolipóide. As áreas mais comumente envolvidas são o reto e osigmóide, em 85% <strong>dos</strong> casos; o ceco, em 3,6%; e o apêndice, em 3%das pacientes. A endometriose do reto e sigmóide é considerada formagrave e de difícil diagnóstico. Na vigência de comprometimentointestinal, observam-se, em diferentes intensidades, diarréia,constipação, tenesmo, vômitos, febre, anorexia, perda de peso esangue nas fezes. Diante de endometriose de reto e sigmóide, asalternativas cirúrgicas incluem ressecção segmentar, excisão em discoou nodulectomia (shaving). Indica-se ressecção segmentar nos casosonde há lesões maiores, com envolvimento de toda ou quase todaespessura da parede, com estreitamento da luz. Já a excisão em discopode ser utilizada quando há lesões menores, sem possibilidade deshaving. Trata-se de procedimento tecnicamente mais fácil, de menormorbidade, necessitando de menor dissecção do reto e sigmóide. Osautores relatam um caso de endometriose de sigmóide, onde foipossível realizar a ressecção em disco, com remoção de toda lesã<strong>of</strong>ocal. OBJETIVO: Relatar as indicações e a técnica operatória deressecção em disco, em paciente com endometriose pr<strong>of</strong>unda comlesão focal no sigmóide. PACIENTE E MÉTODOS: A paciente foiposicionada em litotomia, sendo os trocartes introduzi<strong>dos</strong> nosseguintes locais: cicatriz umbilical (câmera), linha hemiclaviculardireita (5 mm no nível da cicatriz umbilical e 12 mm, cerca de 8 cminferiormente), linha hemiclavicular esquerda no nível do umbigo eoutro no hipogástrio (8 cm acima do púbis). Após colocação deelevador uterino (endovaginal), foi feito inventário da cavidade,sendo identifica<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os focos de lesões. Feita identificação eisolamento <strong>dos</strong> ureteres, para propiciar a remoção das lesões comsegurança. Feita liberação da lesão intestinal das estruturas da parededo cólon (tecido adiposo), introdução do grampeador circular 33mm, abertura da ogiva para englobar a lesão, fechamento dogrampeador e ressecção em disco. O estudo anatomopatológicoconfirmou a lesão e a margem de segurança. CONCLUSÃO: Aressecção em disco, quando possível, é boa alternativa cirúrgica empacientes com endometriose de reto e sigmóide, com baixamorbidade.VD028 - ENDOMETRIOSE PROFUNDA INFILTRATIVA:RELATO DE CASO COM ACOMETIMENTO VESICAL EINTESTINALFERNANDA DINELLI SCALA; THAISA BARBOSA SILVA;ANTÔNIO HILÁRIO ALVES FREITAS; HELIO ANTÔNIO SILVA;ISABELLA MENDONÇA ALVARENGA; KANTHYA ARREGUY DESENA BORGES; PEDRO ROMANELLI; GEOVANA SIMÕES LEITEHOSPITAL DA POLICIA MILITAR DE MINAS GERAIS, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Endometriose é definida como tecido comaspectos histológicos e funcionais semelhantes ao endométrio, forada cavidade uterina. A endometriose pr<strong>of</strong>unda infiltrativa é aquelalocalizada nos teci<strong>dos</strong> fibromusculares, penetrando 5 mm ou maisabaixo da superfície peritonial. Trata-se da segunda afecção cirúrgicaginecológica mais comum e pode acometer vários sistemas, sendo aendometriose intestinal observada em 5 a 27% das mulheres (70 –93% no retossigmóide) e no trato urinário em 1 a 2%. OBJETIVO:Apresentar um caso de relevância crescente nos dias de hoje,relacionado às mudanças <strong>dos</strong> hábitos femininos e aumento da idadeda primeira gestação, que aumentam a exposição estrogênica nasmulheres. PACIENTE E MÉTODOS: Paciente de 34 anos, comdiagnóstico de endometriose em 2000 e em uso de Diprovera® até o115


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1início de 2011, quando suspendeu medicamento e reiniciou sintomasde dor hipogástrica, algúria (pior na menstruação) e constipaçãointestinal crônica. Foi submetida a tratamento cirúrgico por equipemultidisciplinar, com realização de: cauterização de endometriomasovarianos, cistectomia parcial, lise de aderências e desbloqueamentoda pelve facilitando a localização da lesão endometriótica a serressecada. A excisão do segmento retal acometido foi realizada comendogrampeador e anastomose termino-terminal com grampeadorcircular. RESULTADOS: Não foram observadas complicações peroperatórias.Paciente recebeu alta hospitalar no 2º DPO, após retiradade dreno pélvico que se manteve sem débito. A SVD foi retirada após07 dias, ambulatorialmente. Manteve uso de Cerazette® e emconsultas de retorno referiu dor abdominal difusa leve e algumadificuldade na evacuação, controlada com uso de fibras alimentares.CONCLUSÃO: A endometriose é uma das principais causas de dorpélvica em mulheres na idade reprodutiva e a pr<strong>of</strong>undidade da lesãose correlaciona diretamente com os sintomas dolorosos. Otratamento medicamentoso leva a estabilização ou regressão daslesões, que, geralmente, recorrem após parar a medicação. Assim, otratamento cirúrgico é <strong>of</strong>erecido para manejo mais definitivo dadoença, removendo todas as lesões visíveis e aderências, restaurandoa anatomia pélvica normal, o que promove baixas taxas de recorrênciada dor e melhoria da qualidade de vida.VD029 - FISTULA COLON VESICAL PÓS DIVERTICULITEAGUDA – TRATAMENTO VIDEO LAPAROSCÓPICOLUIZ CARLOS BENJAMIN DO CARMO 1 ; RENATO BARRETOFERREIRA DA SILVA 1 ; MARIA BERNADETTE ZAMBOTTOVIANNA 2 ; CARLOS ANDRE BARROS ANTUNES 11.HOSPITAL SÃO LUIZ - ITAIM, SÃO PAULO, SP, BRASIL;2.FACULDADE MEDICINA ABC, SANTO ANDRE, SP, BRASIL.Resumo: OS AUTORES DEMONSTRAM A REALIZAÇÃO PORVIA TOTALMENTE LAPAROSCOPICA DO TRATAMENTO DEUMA FISTULA SIGMOIDE/ VESICAL POS DIVERTICIULITEAGUDA. COM A REALIZAÇÃO DA RETOSSIGMOIDECTOMIA,TRATAMENTO DA FISTULA E RAFIA DA BEXIGA.VD030 - FIXAÇÃO LAPAROSCÓPICA DO RETO AOPROMONTÓRIO COM TELA DE DUPLA FACE EDISPOSITIVO DE GRAMPEAMENTO AUTOMÁTICOPROTACK® : RELATO DE CASOMATHEUS MMMDE MEYER; MATHEUS MMMDE MEYER;JULIANO ALVES FIGUEIREDO; JULIANA MENDES OLIVEIRA;FRANCESCA DE SÁ FREIRE; RAFAEL GOMES CARVALHOBARROS; JOSÉ ELIAS GALIU FILHO; IARA LEMOS GARCIAHOSPITAL DA BALEIA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: O tratamento operatório da procidência retal pode serrealizada por via abdominal ou por via perineal. Pacientes jovens,poderão ser encaminha<strong>dos</strong> para tratamento por via abdominal comacesso laparoscópico, esta modalidade tem se mostrado atraente naúltima década. Relato de caso: Apresenta-se o caso de uma pacientede 18 anos, com doença neurológica (síndrome de Turet) associada amanobra de valsalva frequente, e procidência retal. A paciente foitratada com fixação do reto ao promontório, utilizando um dispositivoautomático Protack ® além de uma tela de dupla face. A face nãoaderente da tela ficou voltada para as alças de intestino delgado, apósa fixação do reto. O acesso laparosópico permitiu boa dissecção eadequada visualização das estruturas pélvicas. A paciente encontra-sebem após 8 meses da operação e sem sinais de recidiva da procidência.Conclusão: O acesso laparoscópico permite o tratamento daprocidência retal com bom resultado funcional além <strong>dos</strong> benefíciosde uma via de acesso abdominal minimamente agressiva.VD031 - FÍSTULA ENTEROVESICAL: TRATAMENTOLAPAROSCÓPICO DE MANIFESTAÇÃO DE DOENÇA DECROHNJOÃO PAULO SANTOS GOUVÊA; THAISA BARBOSA SILVA;ANTÔNIO HILÁRIO ALVES FREITAS; HELIO ANTÔNIO SILVA;ISABELLA MENDONÇA ALVARENGA; KANTHYA ARREGUY DESENA BORGES; PEDRO ROMANELLI; ÁTILA MAGALHÃESVICTÓRIAHPMMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A doença de Crohn consiste em um distúrbioinflamatório intestinal que acomete indivíduos entre a segunda equarta décadas de vida. Manifesta-se, em geral, por diarréia, dorabdominal e sintomas constitucionais. Por possuir evolução crônicae progressiva e afetar indivíduos jovens, apresenta morbimortalidadeconsiderável. O diagnóstico precoce, assim como a abordagem precisade eventuais complicações, são fundamentais para o sucesso dotratamento. OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho é apresentarum caso de doença de Crohn cuja primeira manifestação foi umafístula enterovesical, cujo tratamento foi realizado porvideolaparoscopia. PACIENTE E MÉTODOS: Paciente do sexomasculino, de 29 anos, apresentou quadro de pneumatúria, fecalúriae infecção urinária de repetição. Propedêutica evidenciou ileíte efístula enterovesical. Submetido à enterectomia e cistectomia parcialvideolaparoscópicos. RESULTADOS: Não foram observadascomplicações per-operatórias. O paciente recebeu alta hospitalar nosexto dia de pós-operatório. CONCLUSÃO: A doença de Cronh podeapresentar manifestações atípicas e a cirurgia laparoscópica tem semostrado alternativa interessante frente ao tratamento das suascomplicações.VD032 - PRESERVAÇÃO DA ARTÉRIA RETAL SUPERIOR EMRETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA PORDOENÇAS BENIGNAS - TECNICAHELIN MINORU MATSUMOTO 1 ; DORYANE MARIA DOS REISLIMA 2 ; GUSTAVO KURACHI 1 ; TOMAZ MASSAYUKI TANAKA 3 ;MAURO WILLEMANN BONATTO 3 ; RICARDO SHIGUEOTSUCHIYA 3 ; CARLOS ALBERTO DE CARVALHO 1 ; UNIVALDOETSUO SAGAE 31.GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA, CASCAVEL, PR, BRASIL;2.FACULDADE ASSIS GURGACZ, CASCAVEL, PR, BRASIL;3.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ,CASCAVEL, PR, BRASIL.Resumo: Objetivos: Demonstrar a viabilidade da técnica depreservação da artéria retal superior em retossigmoidectomiasvideolaparoscópicas por doenças benignas. Méto<strong>dos</strong>: Trabalhoprospectivo realizado pela equipe de Cirurgia Colorretal daGastroclínica Cascavel no período de Janeiro de 2010 a Junho de2012, com 28 (vinte e oito) pacientes, com média de idade de 45,4anos (variando entre 28 e 67 anos). Estes foram submeti<strong>dos</strong> àvideoretossigmoidectomia por doença diverticular em 15 pacientese 13 por endometriose. A técnica cirúrgica utilizada foi abordagemmedial do cólon, com identificação e ligadura da veia mesentéricainferior na maioria <strong>dos</strong> casos e, posteriormente, é realizada a dissecçãodo mesocólon. A artéria mesentérica inferior e seu tronco é dissecadae apenas o ramo superior da artéria cólica esquerda é ligada comligaclipe. O ramo inferior da cólica esquerda e a artéria retal superiorforam preserva<strong>dos</strong>. Apenas os vasos sigmoideanos da área a ser excluída116


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1foram liga<strong>dos</strong> com bisturi ultrassônico. Em to<strong>dos</strong> os casos foramtoma<strong>dos</strong> os devi<strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong> quanto à preservação <strong>dos</strong> nervoshipogástricos e o ureter. A secção do reto foi realizada, cuida<strong>dos</strong>amente,com endogrampeador linear após a dissecção do mesorreto. Aanastomose foi realizada intra-abdominal com grampeador circular31 ou 33mm, após a verificação da integridade da arcada de Rioland.Em to<strong>dos</strong> os casos foi realizado reforço da anastomose com suturaem dois planos utilizando fio PDS 3.0. O teste do borracheiro e doazul para testar integridade da anastomose são feitos em to<strong>dos</strong> ospacientes. Resulta<strong>dos</strong>: Não houve complicação por fístulaanastomótica nesta casuística. Duas pacientes foram reoperadasprecocemente, uma por lesão inadvertida de intestino delgado e outrapor abscesso pélvico sem evidência de fístula. Conclusão: O vídeodemonstra a viabilidade e resulta<strong>dos</strong> promissores tanto na redução daincidência de fístulas quanto nos distúrbios funcionais com apreservação da artéria retal superior em doenças benignas.VD033 - RECIDIVA ANASTOMÓTICA DE CÁNCERCOLORRECTAL. RESOLUCIÓN LAPAROSCOPICAESTEBAN GRZONAHOSPITAL ALEMAN DE BUENOS AIRES, CABA, ARGENTINA.Resumo: INTRODUCCION: El abordaje laparoscopico se ha afianzadocomo tratamiento de la patología neoplasica colorrectal,demostrando las ventajas del método minimamente invasivo,marteniendo la seguridad oncológico. Sin embargo no existenexperiencias publicadas que demuestren la aplicación del métodolaparoscópico para tratar quirurgicamente las recidivas locales . Elsiguiente video tiene por objetivo presentar la resoluciónlaparoscópica de una recidiva de cáncer colorrectal en la uniónrectosigmoidea. DESCRIPCION DE LOS CONTENIDOS: Se presentael caso de una mujer de 80 años de edad con antecedentes de resecciónanterior laparoscópica por un adenocarcinoma de la uniónrectosigmoidea (T3N1). Realizo posterior tratamiento adyuvante,el cual no pudo completar por intolerancia. Después de un periodolibre de enfermedad de 31 meses, con los adecua<strong>dos</strong> controles; presentaen en<strong>dos</strong>copía una lesión mamelonada ulcerada sobre la anastomosisprevia, sin enfermedad sistemica. Se realiza una resección yanastomosis laparoscópica. La paciente evoluciona favorablementey sin evidencia de enfermedad a 6 meses. OBSERVACIONES Y/OCOMENTARIOS: El abordaje laparoscópico en recidivas de patologíaneoplásica puede ser una alternativa para tratar pacientesselecciona<strong>dos</strong>.VD034 - RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO PÓS-HARTMANN– ABORDAGEM VIDEOLAPAROSCÓPICAROBERTO NIGRO; EDUARDO KENZO MORY; OMAR ABUDFRANCO ABDUCH; DANIEL JOSÉ SZORHOSPITAL LEFORTE, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A reconstrução de trânsito após cirurgia deHartmann muitas vezes é dificultoso, visto que estes pacientes foramopera<strong>dos</strong> previamente em caráter de urgência e, frequentemente, navigência de infecções da cavidade abdominal. O crescentedesenvolvimento da laparoscopia abre a possibilidade de realizar esteprocedimento por este acesso de maneira segura em pacientesseleciona<strong>dos</strong>. Caso: Paciente do sexo masculino de 71 anos forasubmetido à cirurgia de Hartmann por quadro de diverticulite agudacom contaminação da cavidade por secreção purulenta (HincheyIII). Após 3 meses, optado pela reconstrução de trânsito com acessovideolaparoscópico. Video: O procedimento iniciou-se pela passagemcuida<strong>dos</strong>a <strong>dos</strong> trocars, sendo colocado um trocar de 10mm na cicatrizaumbilical para ótica e 2 trocars adicionais para trabalho (5mm emquadrante inferior direito e 11mm em quadrante superior direito). Oacesso <strong>dos</strong> trocars foi feito de forma cuida<strong>dos</strong>a e criteriosa com oobjetivo de se evitar lesões iatrogênicas. A liberação das alças intestinaispela lise de bridas foi realizada de modo à permitir uma ampla área detrabalho. Realizou-se a liberação de alças da cavidade pélvica comidentificação e mobilização do coto retal. O coto foi então dissecadopara garantir uma área adequada para anastomose. À seguir, a porçãoterminal do cólon descendente exteriorizada em colostomia foi soltada aponeurose interna. Deste forma, ao realizar a liberação da ostomiaexternamente, pode-se mobilizar um segmento do cólon , permitindoa ressecção da área de ostomia e colocação da ogiva do grampeadorcircular. O segmento de cólon foi reconduzido à cavidade, aaponeurose fechada e o pneumoperitôneo refeito. Inicou-se então aliberação e mobilização do coto retal. Uma vez completada estaetapa, realizou-se a anastomose com grampeador circular mecânico.Após a anastomose, a cavidade foi drenada com dreno de Blake.Paciente evoluiu bem e sem intercorrências, recebendo alta no 5ºPO. Conclusão: O acesso videolaparoscópico em pacientes comcirurgias prévias deve ser realizado de maneira cuida<strong>dos</strong>a e criteriosaem virtude do risco de lesões iatrogênicas. Uma vez garantido oacesso, o procedimento de reconstrução de trânsito pós-Hartmannpode ser realizado sem maiores dificuldades já que não são necessáriasgrandes mobilizações do cólon ou realização de ligaduras vasculares.VD035 - RECONSTRUÇÃO PERINEAL APÓS A AMPUTAÇÃOABDOMINOPERINEAL DO RETO EXTRAELEVADORES COMTRANSPOSIÇÃO DO MÚSCULO GRÁCILCARLOS AUGUSTO REAL MARTINEZ 1 ; FLÁVIA BALSAMO 2 ;HERMÍNIO CABRAL DE RESENDE JÚNIOR 2 ; RODRIGOBENEDETTI 2 ; ROGÉRIO TADEU PALMA 21.UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, SANTO ANDRE, SP, BRASIL;2.FACULDADE DE MEDICINA DA FUNDAÇÃO ABC, SANTOANDRÉ, SP, BRASIL.Resumo: Em virtude <strong>dos</strong> índices de recidiva perineal mais eleva<strong>dos</strong>associa<strong>dos</strong> à técnica convencional proposta para amputaçãoabdominoperineal do reto, novas estratégias cirúrgicas vêm sendopropostas com objetivo de melhorar esses resulta<strong>dos</strong>. Dentre elas,destaca-se a técnica da amputação abdominoperineal do reto realizadaexternamente aos músculos elevadores do ânus (AAPEE). A técnica,também conhecida como amputação abdominoperineal cilíndrica,vem mostrando menores índices de recidiva pélvica e perineal quandocomparada ao método convencional. Todavia, pela maior extensãoda ressecção circunferencial, determina a formação de uma feridapélvica e perineal de maiores proporções, que quando não tratadasadequadamente encontram-se associadas a complicações pósoperatórias,principalmente representadas pela evisceração intestinalprecoce ou formações de hérnias perineais tardias de difíciltratamento. Com o objetivo de preencher a cavidade pélvica formadapela extração ampliada do reto, bem como possibilitar o fechamentoda ferida perineal, diferentes méto<strong>dos</strong>vem sendo propostos. Oemprego de retalhos músculo-cutâneos, verticais ou longitudinais,utilizando o músculo reto do abdômen apesar de factíveis reduzem osbenefícios do acesso laparoscópico. De outra maneira a utilização depróteses sintéticas ou biológicas para fechar a cavidade pélvica,associada à transposição de retalho utilizando o músculo glúteo maiorapresenta como principal complicação a infecção que na maioria dasvezes requer a remoção da prótese. O objetivo do presente vídeo éapresentar o caso de um paciente portador de adenocarcinoma dereto baixo submetido à AAPEE cujo tempo abdominal foi realizado117


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1por videolaparoscopia e a cavidade pélvica ocluída por retalhomuscular pediculado com o músculo grácil esquerdo. A evolução pósoperatóriasem complicações ou recidivas após um ano de seguimentotorna o método uma opção válida para o tratamento da ferida pélvicaapós a AAPEE.VD036 - RESSECÇÃO ABDOMINO-PERINEAL EXTRA-ELEVADOR LAPAROSCÓPICAPATRICIO BERNARDO LYNN; RODRIGO OLIVA PEREZ;CHARLES SABBAGH; IGOR PROSCURSHIM; ANGELITA HABRGAMAINSTITUTO ANGELITA & JOAQUIM GAMA, SÃO PAULO, SP,BRASIL.Resumo: Apresentar uma descrição da técnica da ressecçãoabdominno-perineal extra-elevador laparoscópica. Materiais &Méto<strong>dos</strong>: Apresentação de um caso clínico e resumo de cirurgia comespecial atenção em aspectos técnicos do tempo perineal (em posiçãode “Jack-knife”). Resulta<strong>dos</strong>: Trata-se de uma paciente femininocom adenocarcinoma de reto submetida a quimiorradioterapianeoadjuvante. A paciente apresentou persistência tumoral após àneoadjuvância e recusou a cirurgia radical. Foi submetida a ressecçãotransanal en<strong>dos</strong>cópica microcirúrgica, tendo sido a patologia umadenocarcinoma T2 Nx. Com esse resultado a paciente continuourecusando a cirurgia radical. Finalmente constatou-se recidiva local ea paciente foi operada realizando-se uma ressecção abdomino-perinealextra-elevador laparoscópica. A paciente apresentou boa evoluçãopós-operatória tendo alta ao sétimo dia PO. O anatomo patológicomostrou um adenocarcinoma T4 N0. Conclusão: A ressecçãoabdomino-perineal extra-elevador é uma excelente opção oncológicapara pacientes com câncer de reto baixo avançado.VD037 - RESSECÇÃO COMBINADA: COLECTOMIA DIREITAE ADRENALECTOMIA ESQUERDA POR SINGLE PORTCARLOS AUGUSTO RODRIGUES VEO; FLAVIO SILVANOGUEIRA; MARIANA ANDRADE CARVALHO; MARCOSVINICIUS ARAUJO DENADAI; ARMANDO GERALDOFRANCHINI MELANIHOSPITAL DE CANCER DE BARRETOS, BARRETOS, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A colectomia laparoscópica com portal único éfactível e segura quando realizada por cirurgiões experientes emcirurgias videolaparoscópicas. Apresenta menor risco associado àhemorragia no local do trocarte, hérnia incisional, infecção de ferida,com melhores resulta<strong>dos</strong> cosméticos. Objetivo: Apresentar casoclínico de uma paciente com neoplasia do cólon ascendente commetástase para adrenal esquerda que foi submetida à colectomia direitae adrenalectomia esquerda por laparoscopia de único portal, utilizandocomo dispositivo luva estéril. Méto<strong>dos</strong>: Apresentação do caso edemonstração do filme da cirurgia, com especial atenção aodispositivo, aos aspectos técnicos e dificuldades do procedimento.Resulta<strong>dos</strong>: Paciente 73anos, feminina apresentando enterorragiahá dois anos, sem alteração ao exame físico e proctológico. Submetidacolonoscopia com neoplasia vegetante no ceco, cujo anatomopatológicoconfirmou adenocarcinoma. Durante exames deestadiamento foi detectado massa em adrenal esquerda com captaçãoheterogênea de contraste medindo 4.4 x 3.8cm, compatível comprocesso secundário. Indicado colectomia direita e adrenalectomiaesquerda laparoscópica por único portal. O procedimento foi realiza<strong>dos</strong>em intercorrências e a paciente foi de alta no quarto dia de pósoperatório.O histopatológico da peça cirúrgica mostrou se tratar deum adenocarcinoma moderadamente diferenciado com invasão atétecido gorduroso, margens livres, seis linfono<strong>dos</strong> comprometi<strong>dos</strong> de27 resseca<strong>dos</strong>, com adenocarcinoma metastático para adrenal.Paciente segue em quimioterapia adjuvante até o momento.Conclusão: A técnica de laparoscopia com único portal pode serutilizada com sucesso em casos bem seleciona<strong>dos</strong>, com iguais resulta<strong>dos</strong>oncológicos que a laparoscopia convencional, melhor resultadoestético e sem custo adicional com o dispositivo de luva.Eventualmente pode-se utilizar um trocarter acessório para mantera segurança do procedimento.VD038 - RESSECÇÃO ENDOMETRIAL RETAL, EM DISCO,POR LAPAROSCOPIA E TESOURA MONOPOLARJULIANO ALVES FIGUEIREDO 1 ; LUCIANA MENDES OLIVEIRA 2 ;ADMARIO SILVA SANTOS FILHO 1 ; SOFIA FAKHER FAKOURI 2 ;FRANCESCA DE SÁ FREIRE 1 ; CINTIA DOMINGUESBERNARDES 2 ; IARA LEMOS GARCIA 1 ; LUISA MENDESMIRANDA AZEVEDO 21.HOSPITAL BALEIA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL;2.HOSPITAL DA BALEIA, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: A endometriose pélvica pr<strong>of</strong>unda que infiltra a parede retalpode ser tratada por laparoscopia. Essa via de acesso <strong>of</strong>erece osbenefícios da recuperação clínica mais precoce. A literatura científicamostra ligeira superioridade de instrumento de coagulação sobreaqueles com eletrocauterização ;mas equipes estão bem treinadas,podem <strong>of</strong>erecer, em casos seleciona<strong>dos</strong> o tratamento da endometriosecolorretal , utilizando tesoura laparoscópica monopolar. Apresentaseum vídeo de uma paciente submetida a ressecção retal laparoscópicacom uso de tesoura monopolar, onde houve retirada de endometrioma,em disco, por via anal. Utilizou-se um grampeador circular número33 para a retirada da peça e reconstrução do transito intestinal. Ahistologia revelou endometrioma retal. A paciente encontra-se bemapós 3 meses da operação. Quando não estiver disponível a pinçacoaguladora ou a tesoura bipolar, é possível realizar a operaçãolaparoscópica com tesoura monopolar para tratamento daendometriose retal, desde que a paciente seja bem selecionada e aequipe esteja motivada e treinada.VD039 - RESSECÇÕES COLÔNICASVIDEOLAPAROSCÓPICAS COMBINADAS PARATRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE PROFUNDARODRIGO AMBAR PINTO; BEATRIZ CAMARGO AZEVEDO;VICTOR EDMUND SEID; AMIR ZEIDE CHARRUF; SÉRGIOCARLOS NAHAS; IVAN CECCONELLOHCFMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A endometriose pr<strong>of</strong>unda é afecção de difíciltratamento que acomete pacientes femininas em idade fértil. Oacometimento de estruturas do trato gastrointestinal , principalmentedo sigmoide e do reto não é incomum e muitas vezes leva a necessidadede ressecções parciais ou totais desses órgãos. Quando o acometimentose dá em mais de uma porção do intestino, surge a necessidade deconstruir uma estratégia para evitar ressecções maiores, diminuindoa morbidade pós-operatória e poupando áreas sãs devido a possívelnecessidade de novas ressecções no futuro. Objetivo: Demonstraralternativa técnica utilizada no tratamento de endometrioseacometendo transição retossigmóide e íleo distal. Método: Caso depaciente de 35 anos com história de dificuldade para engravidar alémde dor abdominal em baixo ventre associada a distensão com piorano período menstrual. Ultrassonografia transvaginal demonstravafocos de endometriose em pelve acometendo órgãos reprodutores etransição retossigmóide, além de íleo distal. Colonoscopia mostrou118


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1microerosão em íleo distal, além de ulcera e abaulamento extrínsecoem sigmoide. Paciente submetida a laparoscopia com ressecção defocos pélvicos, retossigmoidectomia associada a colectomia direitae ressecção de íleo distal com anastomoses colorretal e íleo ascendentepara ressecção de to<strong>dos</strong> os focos de endometriose. Resulta<strong>dos</strong>: Pacienteevoluiu sem intercorrencias pós operatórias, com manutenção dehábito intestinal regular e melhora das dores abdominais. Emtratamento com a ginecologia para engravidar. Conclusões: Devidoas inúmeras dificuldades técnicas na abordagem cirúrgica de pacientescom endometriose pr<strong>of</strong>unda acometendo cólon e intestino delgado,devemos analisar cada caso individualmente e adotar a conduta técnicamais pertinente após a avaliação laparoscópica. As ressecçõescombinadas são uma boa alternativa e devem ser consideradas paraevitar ressecções colônicas extensas em pacientes jovem e comanastomoses de baixo risco.VD040 - RETOSSIGMOIDECTOMIA E NEFRECTOMIAPARCIAL ESQUERDA POR VIA LAPAROSCÓPICA PARATRATAMENTO DE NEOPLASIAS DISTINTAS DE COLON E RIMJULIANO ALVES FIGUEIREDO 1 ; RODRIGO SILVA QUINTELASOARES 2 ; GUSTAVO MARELLI CARVALHO 2 ; RAMON PIRESMARANHÃO 2 ; GREICIANE PARREIRAS LAGE 3 ; IARA LEMOSGARCIA 4 ; CINTIA DOMINGUES BERNARDES 4 ; MATHEUSMMMDE MEYER 41.HOSPITAL LIFE CENTER E HOSPITAL BALEIA, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL; 2.HOSPITAL LIFE CENTER, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL; 3.HOSPITAL BALEIA, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL; 4.HOSPITAL DA BALEIA, BELOHORIZONTE, MG, BRASIL.Resumo: Equipes bem treinadas em laparoscopia podem <strong>of</strong>erecertratamento de neoplasias sincrônicas do abdome, com a vantagemdo menor trauma da parede abdominal e recuperação clínica precoce.Existem poucas publicações que demonstrem tratamentolaparoscópico para tratamento de lesões neoplásicas sincrônicas noabdome. Objetivo: Apresenta-se um vídeo de paciente de 77 anos,submetida a ressecção anterior alta e nefrectomia parcial esquerdapor laparoscopia, ambas realizadas no mesmo ato operatório.Paciente e Método: Houve primeiramente mobilização do cólon,ligadura <strong>dos</strong> pedículos vasculares e liberação do ângulo esplênico eexposição da fascia perirrenal. Com os mesmos portais de trabalho,fez-se exposição do pedículo do rim esquerdo, descolamento posteriore lateral do rim, seguido de clampagem da artéria renal por 17 minutos.Ressecou-se lesão neoplásica renal de 3 cm no pólo superior do rim, além de sutura utilizando fio vicril 1® com auxilio de hemoloc. Oespécime renal foi retirado pelo trocarte de 12 mm, seguido da retiradado cólon por incisão auxiliar suprapúbica. Paciente recebeu altahospitalar com 4 dias. A histologia revelou neoplasia de células clarasde 25mm com estadiamento T1 N0 M0, além de lesão neoplásica decolon de 50mm, com adenocarcinoma restrito a mucosa sobre umalesão vilosa Tis N0 M0. A operação laparoscópica se mostrou factívele segura para o tratamento da lesão sincrônica de sigmoide e rimesquerdo. A operação teve intensão curativa e a paciente encontrasebem após 10 meses da operação.VD041 - RETOSSIGMOIDECTOMIA LAPAROSCÓPICA COMHISTERECTOMIA TOTAL “EM BLOCK” PARAADENOCARCINOMA DE RETO AVANÇADOPATRICIO BERNARDO LYNN; RODRIGO OLIVA PEREZ;CHARLES SABBAGH; IGOR PROSCURSHIM; ANGELITA HABRGAMAINSTITUTO ANGELITA & JOAQUIM GAMA, SÃO PAULO, SP,BRASIL.Resumo: Objetivo: Apresentar um caso clínico de um adenocarcinomade reto avançado que foi tratado cirurgicamente por laparoscopia.Méto<strong>dos</strong>: Apresentação de caso clínico e resumo de cirurgia comespecial ênfase em aspectos técnicos. Resulta<strong>dos</strong>: Apresenta-se ocaso clínico de uma paciente feminina de 67 anos, diagnosticadacom um câncer de retossigmóide invadindo vagina e útero semmetástases à distância que foi resolvido laparoscopicamente. Apaciente apresentou boa evolução, tendo alta ao oitavo dia PO. Oanátomo patológico mostrou um adenocarcinoma T4N2. Conclusão:A abordagem laparoscópica é factível em alguns casos muitoseleciona<strong>dos</strong> de câncer de união retossigmoidea estendi<strong>dos</strong> a outrasestruturas pélvicas.VD042 - RETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICAPOR PORTAL ÚNICO COM LUVACARLOS AUGUSTO RODRIGUES VEO; FLAVIO SILVANOGUEIRA; ARMANDO GERALDO FRANCHINI MELANI;MARCOS VINICIUS ARAUJO DENADAI; PHILIP EDWARDBOGGISS; JUNEA CARRIS DE OLIVEIRA; MARIANA ANDRADECARVALHOHOSPITAL DE CANCER DE BARRETOS, BARRETOS, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A técnica de portal único está sendoutilizada com sucesso em casos bem seleciona<strong>dos</strong> comparado alaparoscopia convencional com iguais resulta<strong>dos</strong> oncológicos, menorrisco associado a hemorragia no local do trocarter, hérnia incisional,infecção de ferida e com evidente benefício cosmético. OBJETIVO:Apresentar um vídeo que demonstra o dispositivo com luva estérilutilizado na laparoscopia de portal único em um procedimentocirúrgico colorretal. MÉTODO: Apresentação do caso clínico e filmeda cirurgia colorretal com atenção especial no dispositivo utilizadopara o portal único. Podem ser utiliza<strong>dos</strong> múltiplos acessos de 5,10ou 12 mm no mesmo portal com via de insulflação e drenagem do gáscarbônico, <strong>of</strong>erecendo a mesma segurança <strong>dos</strong> demais dispositivos.RESULTADOS: Paciente do sexo masculino, 57 anos, com queixa dehematoquezia e alteração do hábito intestinal. Realizou colonoscopiaonde foi diagnosticada lesão úlcero-vegetante, subestenosante natransição retossigmóide e a biópsia da lesão revelou adenocarcinoma.Ao estadiamento não foram encontradas lesões secundárias. Oprocedimento foi realizado sem intercorrências e o paciente evoluiusatisfatoriamente sem complicações tendo recebido alta hospitalarno terceiro dia de pós-operatório. O histopatológico da peça cirúrgicaconfirmou adenocarcinoma moderadamente diferenciado, margenslivres, 20 linfono<strong>dos</strong> disseca<strong>dos</strong>, sendo dois positivos (T3N1M0).Oito meses após a cirurgia, a paciente encontra-se bem e sem sinaisde recidiva. CONCLUSÃO: O dispositivo de portal único com luvamostrou-se viável e seguro, com a grande vantagem do baixo custo.VD043 - SACROPROMONTOFIXAÇÃO DE RETO,HISTERECTOMIA SUBTOTAL E SACROCOLPOPEXIA COMTELA VIA LAPAROSCÓPICA POR PROCIDÊNCIA RETAL EPROLAPSO VAGINALRODRIGO AMBAR PINTO; DANIEL JOSÉ SZOR; THAÍS VILLELAPETERSON; ISAAC JOSÉ FELIPE CORREA-NETO; JOSÉMARCIO NEVES JORGE; SÉRGIO CARLOS NAHAS; IVANCECCONELLOHCFMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução e Objetivo: A procidência retal é definida comoa protrusão de todas as camadas da parede retal através do canal anal,119


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1causando desconforto abdominal, saída constante de secreção peloânus, massa prolapsada pelo ânus e sensação de evacuação incompleta.Sua patogenia é complexa, com múltiplos fatores desencadeantes.Existem diversos tratamentos emprega<strong>dos</strong>, sejam clínicos oucirúrgicos, convencionais ou laparoscópicos, perineais ou abdominaispara sua abordagem. O prolapso vaginal combinado caracteriza umafrouxidão completa do assoalho pélvico, apresentando incidênciaem mulheres acima <strong>dos</strong> 50 anos com história de parto vaginal de até30%. A abordagem abdominal laparoscópica para defeitos combina<strong>dos</strong>parece apresentar resulta<strong>dos</strong> anatômicos e funcionais satisfatórios,além de baixa morbidade. A proposta cirúrgica consiste no reforço doassoalho pélvico comprometido pela frouxidão ligamentar instaladapreviamente. Material e Méto<strong>dos</strong>: paciente do sexo feminino, 87anos, sem comorbidades, apresentando quadro de incontinência fecal,procidência retal e prolapso vaginal. Manometria anorretal revelouhipotonia acentuada <strong>dos</strong> esfíncteres anais interno e externo. Optadopelo tratamento cirúrgico laparoscópico por via abdominal. O vídeodemonstra a dissecção do reto extra-peritoneal em sua porçãopóstero-lateral direita até o plano <strong>dos</strong> músculos elevedores do ânus,seguida de dissecção das paredes vaginais anterior e posterior dabexiga urinária e reto anterior respectivamente, após histerectomiasubtotal com retirada da peça através do trocarter de 12 mm da fossailíaca direita. Posteriormente realizou-se fixação de uma tela depolipropileno às paredes vaginais anterior e posterior e tração damesma para ancoragem no promontório com pontos simples Prolene3-0. O reto foi fixado ao promontório com pontos separa<strong>dos</strong> simplesde Prolene 3-0, sem a necessidade do reforço com a tela. Fechamentodo peritônio com sutura contínua do sobre a tela. Resulta<strong>dos</strong>:Procedimento evoluiu sem intercorrências, sem necessidade deconversão ou sangramentos com necessidade de transfusão sanguínea.Paciente peermaneceu o primeiro dia de pós-operatório na unidadede terapia intensiva devido idade avançada. Realizou pós-operatóriona enfermaria sem intercorrências, tendo alta no quinto dia.Atualmente encontra-se no décimo mês de pós-operatório, comresolução anatômica plena e queixa de alguns episódios de escapesfecais líqui<strong>dos</strong>. Conclusões: Os resulta<strong>dos</strong> já publica<strong>dos</strong> mostram maiorefetividade da abordagem por via abdominal em relação à perineal,reservada para pacientes sem condições clínicas para anestesia gerale laparotomia. A via laparoscópica traz como benefícios menor dorno pós-operatório, menor duração da internação e menor morbidade,tornando a via abdominal comparável à via perineal. Os defeitoscombina<strong>dos</strong> do assoalho pélvico podem ser trata<strong>dos</strong> por esta via,aparentemente com segurança e efetividade, mesmo para pacientesi<strong>dos</strong>as.VD044 - TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PROCIDÊNCIA DERETO EM PACIENTE JOVEM COM DOENÇA PSIQUIÁTRICA– SACROPROMONTOFIXAÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICARODRIGO AMBAR PINTO; BEATRIZ CAMARGO AZEVEDO;HENRIQUE DAMETTO GIROUD JOAQUIM; ISAAC JOSÉFELIPE CORREA-NETO; AMIR ZEIDE CHARRUF; SÉRGIOCARLOS NAHAS; IVAN CECCONELLOHCFMUSP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: Introdução: A procidência de reto é afecção muito limitanteà qualidade de vida. Existem diversas alternativas técnicas para seutratamento, entre elas a sacropromont<strong>of</strong>ixação, que consiste emfixação da parede do reto sobre a fascia pré sacral no nível dopromontório. Usualmente realizada por via aberta, sua técnica foimodificada para videolaparoscopia, diminuindo a morbidade pósoperatóriacom os mesmo resulta<strong>dos</strong> finais. Objetivos: Esse vídeotem como objetivo mostrar a técnica para realização dasacropromont<strong>of</strong>ixação por via laparoscópica e seus resulta<strong>dos</strong> finais.Méto<strong>dos</strong>: Video mostra caso de paciente 33 anos, portador deesquiz<strong>of</strong>renia com queixa de escape fecal há 2 anos. Com diagnósticode procidência retal paciente foi submetido a sacropromont<strong>of</strong>ixaçãopela técnica laparoscópica. Mostramos o aspecto pré operatório e atécnica intraoperatória seus principais passos além do resultado final.Conclusões: Dentre as diversas técnicas utilizadas para o tratamentoda procidência retal está a sacroproment<strong>of</strong>ixação videolaparoscópica.Seus uso vem aumentando progressivamente devido aos seus bonsresulta<strong>dos</strong>, baixo custo, baixa morbidade pós operatória, e rápidoretorno às atividades habituais.VD045 - TRATAMENTO POR VIDEO LAPAROSCOPIA DAPERFURAÇÃO DO COLON OCORRIDO DURANTE EXAMECOLONOSCOPICOLUIZ CARLOS BENJAMIN DO CARMO 1 ; RENATO BARRETOFERREIRA DA SILVA 1 ; CARLOS ANDRE BARROS ANTUNES 1 ;LAISSA ARRUDA PINTO 21.HOSPITAL SÃO LUIZ - ITAIM, SÃO PAULO, SP, BRASIL;2.FACULDADE DE MEDICINA DO ABC, SANTO ANDRE, SP,BRASIL.Resumo: Apesar do baixo indice de perfuração do colon duranteexame de colonoscopia, o tratamennto video laparoscopico é umaboa opção de abordagem, amenizando as consequências dessacomplicação, e evitando uma laparotomia e suas eventuaiscomplicações. Os autores demonstram duas abordagens por videolaparoscopia em que foram realizado rafia e a drenagem.VD046 - TUMOR DE CÓLON TRANSVERSO DISTAL -ACESSO POR VIDEOLAPAROSCOPIAANTONELLA FURQUIM CONTE; CLEBER ALLEM NUNES;TALITA VILA MARTINS; JOSE VINICIUS CRUZSANTA CASA DE MISERICÓRDIA, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.Resumo: Os autores apresentam um caso de tumor de cólon transversodistal com acesso por videolaparoscopia, mostrando a abordagem<strong>dos</strong> pepdiculos vaculares e mobilização do ângulo eplênico.VD047 - VIABILIDADE DA TRANSVERSECTOMIALAPAROSCOPICA EM PACIENTE IDOSONATALIA BARROS PINHEIRO; DANILO DAUD; GUILHERMEDE CASTRO CUTAIT COTTI; AMANDA MACHADOBERNARDO ZIEGLER; ALICE GUIMARAES BEMFICAHOSPITAL SIRIO LIBANES – SP, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: A incidência de doenças colorretais é maisacentuada em pacientes i<strong>dos</strong>os, bem como as complicaçõesdecorrentes de uma intervenção cirúrgica. O procedimento cirúrgicoideal é aquele com mínima morbidade, curto período de internação eótimos resulta<strong>dos</strong> funcionais, havendo grandes vantagens na vialaparoscópica, quando comparada ao acesso convencional. Técnicasavançadas de monitorização da função cardiopulmonar ehemodinâmica têm demonstrado redução de complicações econtribuem para a segurança da laparoscopia em i<strong>dos</strong>os. OBJETIVO:Demonstrar a factibilidade do tratamento cirúrgico por laparoscopiade uma neoplasia residual do cólon transverso médio em um pacientei<strong>dos</strong>o. MÉTODO: Relato de caso; RESULTADO: Paciente de 82anos, masculino,submetido a colonoscopia, onde foi ressecado póliposéssil do cólon transverso, cujo exame anatomopatológico evidenciouadenocarcinoma. Indicada nova colonoscopia, observada área decicatriz pós polipectomia, onde optou-se pela biópsia seguida da120


Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1tatuagem en<strong>dos</strong>cópica. O estudo anatomopatológico mostrouneoplasia residual. Após ampla discussão com a família sobre osprós e contras, foi indicada a colectomia complementar porlaparoscopia. Na cirurgia, foi identificada a área da tatuagemen<strong>dos</strong>cópica localizada no terço médio do cólon transverso.Procedeu-se à liberação do cólon ascendente e descendente e suasrespectivas flexuras. Realizada incisão mediana supraumbilical (5cm)para exteriorização do cólon transverso e posteriortransversectomia com anastomose manual extracorpórea términoterminalem dois planos. No 5º dia pós-operatório foi constatadaeventração parcial da ferida operatória supraumbilical decorrentede grande esforço físico. Indicou-se a correção cirúrgica imediatacom reconstrução da parede abdominal e colocação de tela deprolene. O paciente evoluiu sem intercorrências e recebeu alta no2º dia pós-operatório da reoperação. CONCLUSÃO: Consideran<strong>dos</strong>eo índice acentuado de complicações em pacientes i<strong>dos</strong>os, estesrepresentam um grupo que se beneficiam da via laparoscópica,notoriamente menos invasiva. A idade, portanto, não é fatorlimitante para as colectomias por via laparoscópica, mesmo quandoocorrem intercorrências pós operatórias.121

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