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BALANÇO 2015 A visão <strong>dos</strong> players<br />
EMPRESA Por dentro da AB Tyres<br />
N.º <strong>35</strong><br />
Dez. ‘15<br />
Fábrica BKT em Bhuj<br />
Fomos à Índia inaugurar o<br />
complexo industrial da marca<br />
Qualidade<br />
PUB<br />
TÉCNICA Danos nos <strong>Pneus</strong><br />
Paragem<br />
forçada<br />
Causas e consequências de desgaste<br />
Tipologia e prevenção de danos<br />
Impacto da geometria do chassis<br />
Importância da manutenção<br />
APRESENTAÇÃO SportContact 6<br />
Em pista com a CONTINENTAL
Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
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jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Diretor Comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Gestores de clientes<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
Rodolfo Faustino<br />
rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />
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Arte<br />
Ricardo Coelho<br />
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e contabilidade<br />
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Bimestral<br />
Assinaturas<br />
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Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />
interdita a utilização ou a reprodução<br />
desta publicação, no seu todo ou em<br />
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Editorial<br />
Ser mais competitivo<br />
Com a entrada de novos players no mercado, a oferta de<br />
pneus aumentou, mas o parque automóvel é o mesmo e a<br />
quilometragem média <strong>dos</strong> automobilistas mantém-se estável.<br />
Não haverá, por isso, grandes oscilações nas vendas de pneus no<br />
próximo ano de 2016, mas a competitividade vai estar no auge<br />
Os distribuidores vão ter de gerir cada vez melhor o binómio preço/qualidade<br />
<strong>dos</strong> seus produtos e a disponibilidade de entrega imediata de acordo com as<br />
necessidades <strong>dos</strong> seus clientes. As oficinas, por sua vez, vão ter de inovar no<br />
modelo de negócio, centrando-se mais no cliente e não tanto no produto. Terão<br />
de decidir se querem continuar a ser uma oficina de montagem de pneus e serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> ou uma empresa capacitada na gestão de serviços de mobilidade que satisfaçam<br />
as necessidades <strong>dos</strong> seus clientes.<br />
A competitividade nas oficinas de pneus é, por vezes, confundida com preços baixos, mas<br />
está muito para além do preço do serviço: está na rapidez, na eficiência, na qualidade e na<br />
garantia da reparação. Para se tornarem mais competitivas, as oficinas devem investir em<br />
processos de trabalho que proporcionem a máxima produtividade, por forma a reduzir o<br />
tempo de reparação e o consumo energético.<br />
O investimento em formação nunca é demais e todas as oficinas que apostarem na<br />
qualificação do seu pessoal, estarão, seguramente, melhor posicionadas num setor em<br />
permanente evolução tecnológica. O cliente final compensa, acima de tudo, uma reparação<br />
fiável, com profissionais componentes, num <strong>dos</strong> ramos de atividade mais sujeitos<br />
a inspeções e a controlo por parte das autoridades fiscalizadoras.<br />
A receção ao cliente não deve ser descurada, porque esta é, cada vez mais, essencial para<br />
o sucesso do negócio. Não só porque pode potenciar a venda de serviços e produtos,<br />
como é nesse contacto que se conquista a confiança do cliente. Na receção da viatura,<br />
como na entrega da mesma, um bom rececionista pode fazer toda a diferença.<br />
A capacidade de comunicar com o cliente é, assim, muito importante e a oficina tem de<br />
perceber, cada vez mais, o que o cliente pretende e de que forma consegue atingir ou até<br />
mesmo superar as suas expectativas. As oficinas conseguem diferenciar-se das restantes<br />
através do atendimento personalizado.<br />
Outro fator de primordial importância é a especialização técnica. Tendo em conta a evolução<br />
da tecnologia automóvel e a sua complexidade, a competitividade das oficinas deverá<br />
advir da sua capacidade de resposta ao mercado. E isso só se consegue com formação.<br />
Tendo em conta o estado da nossa economia, as oficinas de pneus devem estar em constante<br />
atualização, principalmente a nível da evolução tecnológica, devem ter capacidade<br />
de stock de acordo com a procura e convém estarem a par das novidades do setor. Só<br />
assim poderão garantir que serão competitivas no futuro.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Atual Mercado<br />
////////////////<br />
Maiores distribuidores de pneus em 2014<br />
To<strong>dos</strong> no top<br />
Não, não se trata de nenhum<br />
programa musical emitido por<br />
uma estação de rádio. Nesta<br />
edição, destacamos as 50<br />
maiores empresas de distribuição<br />
de pneus em Portugal no ano<br />
de 2014. Uma espécie de to<strong>dos</strong><br />
no top, que demonstra bem a<br />
vitalidade deste setor<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Alistagem <strong>dos</strong> 50 maiores distribuidores<br />
de pneus em Portugal é da<br />
responsabilidade da IF4 – Processamento<br />
de Informações, Lda., que<br />
analisa o IES (Informação Empresarial Simplificada)<br />
das organizações, sendo a única<br />
fonte credível para a apresentação detalhada<br />
e atualizada das empresas, ordenadas pelo<br />
respetivo volume de negócios verificado no<br />
exercício de 2014.<br />
Existem poucos negócios no mundo que<br />
tenham uma oferta tão vasta e uma rivalidade<br />
tão grande como o <strong>dos</strong> pneus. Entre<br />
fabricantes, marcas, dimensões, símbolos<br />
de velocidade e índices de carga, só para<br />
citarmos alguns exemplos, são várias as centenas<br />
de produtos disponíveis. Essenciais no<br />
aftermarket, até porque são eles que põem<br />
os negócios a rolar, os pneus asseguram inúmeros<br />
postos de trabalho. Segundo a AICEP,<br />
Portugal exporta, hoje, o dobro <strong>dos</strong> pneus<br />
que importa. Mais: estes componentes ocupam<br />
a 8.ª posição do top 10 <strong>dos</strong> produtos<br />
mais exporta<strong>dos</strong> pelo nosso país.<br />
w LIGEIROS E PESADOS<br />
Para medir o pulso ao mercado nacional de<br />
pneus, olhemos para os da<strong>dos</strong> do Europool.<br />
Ainda que não reflitam a 100% a realidade<br />
portuguesa (os valores são alusivos aos fabricantes<br />
que dispõem de, pelo menos, uma<br />
fábrica em solo europeu), os números deste<br />
organismo não deixam de ser um importante<br />
indicador. Ao contrário do Europool,<br />
a Valorpneu, que recebe as declarações de<br />
venda de pneus trimestralmente, não dispõe<br />
de estatísticas mensais nem de divisão por<br />
segmentos. E como na data de conclusão<br />
deste artigo a Valorpneu ainda aguardava<br />
pela chegada das referidas declarações de<br />
venda, não nos foi possível confrontar os<br />
seus da<strong>dos</strong> com os do Europool. Mas, seguramente,<br />
que a discrepância seria enorme.<br />
Em Portugal, no mês de outubro de 2015,<br />
no que ao mercado de substituição disse respeito,<br />
venderam-se, no segmento Consumer<br />
(ligeiros de passageiros, 4x4 e comerciais<br />
ligeiros), 263.794 pneus, ou seja, -0,4% do<br />
que em outubro de 2014. Eis alguns detalhes:<br />
125.452 premium (-19%), 47.853 mid<br />
(+4,2%), 72.900 budget (+14,2%), 24.036 4x4<br />
(+19,1%), 19.502 comerciais (-24,9%) e 6.841<br />
Run Flat (+39,7%). Já em termos acumula<strong>dos</strong><br />
(janeiro a outubro de 2015), o mercado nacional<br />
cresceu 6,2% no segmento Consumer<br />
face a igual período de 2014, tendo registado<br />
2.421.458 pneus vendi<strong>dos</strong>.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, segmento<br />
que engloba as classificações direcionais,<br />
de tração e de reboque, dispondo, também,<br />
de vários tipos de utilização (regional, longo<br />
curso, on/off-road, off-road, inverno, autocarros<br />
urbanos e autocarros de longo curso),<br />
o mercado de substituição em Portugal registou,<br />
em outubro de 2015, 18.589 unidades<br />
vendidas (-1,1% do que em outubro de<br />
2014). Eis alguns detalhes: 13.334 premium<br />
(-6,7%), 4.311 não premium (-4,3%), 4.158<br />
de tração (-8,4%), 8.153 de direção (-4,5%),<br />
6.278 de reboque (+9,6%). Já em termos acumula<strong>dos</strong><br />
(janeiro a outubro de 2015), foram<br />
vendi<strong>dos</strong> 150.953 pneus pesa<strong>dos</strong> (+0,5% do<br />
que no período homólogo de 2014).<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
w SEGMENTO DAS MOTOS<br />
No que às motos diz respeito, em outubro<br />
de 2015, o mercado nacional de substituição<br />
“absorveu” 2.549 pneus de motociclo<br />
(-34,2% do que em outubro de 2014). Distribuí<strong>dos</strong><br />
do seguinte modo: 1.007 radiais<br />
(404 Hypersport; 2 Sport Basket; <strong>35</strong>7 Sport<br />
Touring; 23 Custom; 221 Trail Road) e 1.492<br />
diagonais (298 Sport Touring; 92 Custom;<br />
134 Trail Road; 152 Trail on/off; 816 Off<br />
Road). Depois, importa somar ainda os 50<br />
Sport Touring R3. No caso <strong>dos</strong> pneus de<br />
scooter, em outubro de 2015, registaram-se<br />
1.614 unidades vendidas, ou seja, -15,3% do<br />
que em outubro de 2014 (70 radiais e 1.544<br />
diagonais). Somando os pneus de motociclo<br />
(2.549) com os pneus de scooter (1.614),<br />
o total do mercado nacional em outubro<br />
de 2015 foi de 4.163 unidades (-27,9% do<br />
que no mês homólogo de 2014).<br />
Em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a outubro<br />
de 2015), venderam-se 36.373 pneus de<br />
motociclo (+11,8% do que nos primeiros<br />
dez meses de 2014). E no caso <strong>dos</strong> pneus<br />
de scooter, de janeiro a outubro de 2015,<br />
o mercado nacional “absorveu” 13.601 unidades,<br />
ou seja, -1,2% do que nos primeiros<br />
dez meses de 2014. Somando os pneus de<br />
motociclo (36.373) aos pneus de scooter<br />
(13.601), o total do mercado português de<br />
janeiro a outubro de 2015 foi de 49.974<br />
unidades (+7,9% do que em igual período<br />
de 2014).<br />
w AGRÍCOLAS E ENGENHARIA CIVIL<br />
Atente-se, agora, no segmento <strong>dos</strong> pneus<br />
agrícolas, que contempla várias classificações<br />
em função das utilizações. Em outubro<br />
de 2015, foram vendi<strong>dos</strong> em Portugal<br />
1.518 unidades (-4,9% do que em outubro<br />
de 2014): 423 premium (-55,5%), 1.007 R3<br />
(igual a outubro de 2014) e 88 Basket (igual<br />
a outubro de 2014). Diagonais TD foram 190<br />
(-56,2%) e radiais TD foram 877 (-0,9%). Em<br />
termos acumula<strong>dos</strong>, de janeiro a outubro<br />
de 2015, o mercado “absorveu” 12.284 unidades,<br />
ou seja, +8,8% do que de janeiro a<br />
outubro de 2014.<br />
Quanto aos pneus OR (engenharia civil), em<br />
outubro de 2015, venderam-se 138 unidades<br />
(-25,4% do que em igual mês de 2014). Destes,<br />
56 foram radiais (-61,1%), 22 foram R3 (igual<br />
a outubro de 2014) e 60 foram Basket (igual a<br />
outubro de 2014). Nos primeiros dez meses<br />
de 2015, venderam-se 1.615 pneus OR (+8%<br />
do que no período homólogo de 2014).<br />
50 maiores empresas<br />
de distribuição de pneus em Portugal<br />
N.º<br />
Empresa<br />
Vol. Neg.<br />
2014<br />
Vol. Neg.<br />
2013<br />
N.º Trab.<br />
2014<br />
1 Continental <strong>Pneus</strong> V. N. de Famalicão 65.713 59.365 40<br />
2 Bridgestone Portugal Alcochete 49.867 52.765 55<br />
3 Goodyear Dunlop Tires Portugal Amadora 36.005 <strong>35</strong>.634 37<br />
4 João Serras* Mação 33.927 34.333 36<br />
5 José Aniceto & Irmão Cantanhede 28.400 26.415 32<br />
6 Euro Tyre B.V. Cantanhede 26.511 37.837 17<br />
7 Justino Gomes Bessa & Filhos Lisboa 21.982 22.822 85<br />
8 Aguesport ** Águeda 20.672 20.195 29<br />
9 Recauchutagem Nortenha Penafiel 18.914 21.239 247<br />
10 Dispnal <strong>Pneus</strong> Penafiel 16.021 15.627 33<br />
11 Pirelli Neumaticos Oeiras 14.266 12.027 7<br />
12 Bandague Cascais 12.900 12.873 127<br />
13 Tirso <strong>Pneus</strong> Santo Tirso 12.845 14.325 17<br />
14 Recauchutagem Ramôa Braga 11.930 12.0<strong>35</strong> 114<br />
15 José Lourenço Proença-a-Nova 11.448 11.893 73<br />
16 <strong>Pneus</strong> Cruzeiro Póvoa de Lanhoso 11.229 10.560 12<br />
17 Pneuvita Sintra 11.153 10.648 74<br />
18 AB Tyres V. N. de Poiares 11.101 10.027 20<br />
19 Tiresur Portugal V.N. de Gaia 10.289 6.444 12<br />
20 Covipneus Fundão 9.280 10.784 41<br />
21 Bompiso Valongo 8.729 8.453 20<br />
22 Vulcal Pombal 8.726 11.387 31<br />
23 Vasilpneus Marinhais 8.361 8.253 82<br />
24 R.S. Contreras Oeiras 7.793 6.151 17<br />
25 Recauchutagem 31 Alcobaça 7.498 7.766 89<br />
26 Automafra Mafra 7.337 7.314 21<br />
27 MEGAMundi Loures 6.831 7.512 9<br />
28 Yokohama Iberia Vila do Conde 6.063 6.244 17<br />
29 Garland <strong>Pneus</strong> Lisboa 5.017 5.127 9<br />
30 <strong>Pneus</strong> do Alcaide Leiria 4.974 4.512 30<br />
31 Megape Lisboa 4.329 4.876 32<br />
32 Chaveca & Janeira Faro 4.158 4.082 33<br />
33 Joaquim A. Costa & Filhos Porto 3.771 3.624 37<br />
34 Sobralpneus Sobral M. Agraço 3.379 3.233 44<br />
<strong>35</strong> Vulcanizadora 25 de Abril Funchal 3.269 2.903 41<br />
36 Recauchutagem São Mamede Guimarães 3.204 2.944 28<br />
37 <strong>Pneus</strong> D. Pedro V Trofa 2.894 2.477 17<br />
38 Tuga <strong>Pneus</strong> Porto 2.863 2.631 8<br />
39 Michelin Lisboa 2.838 3.299 27<br />
40 Auto Calibragem Silvar Guimarães 2.373 2.239 19<br />
41 Euromaster Portugal Lisboa 2.197 2.973 6<br />
42 Expopneu Sintra 1.998 1.836 17<br />
43 Autoni Santo Tirso 1.888 1.672 21<br />
44 Vulcanizadora Fragoso & Filhos Cascais 1.798 1.609 17<br />
45 Albipneus Castelo Branco 1.722 2.074 11<br />
46 Gripen Wheels Iberia Maia 1.705 1.725 2<br />
47 Pneurama Paredes 1.702 1.563 4<br />
48 Pneulis - Pneumor Lisboa 1.481 1.534 6<br />
49 Expresso <strong>Pneus</strong> II Lisboa 1.374 1.477 13<br />
50 Dacunha Maia 1.295 1.402 5<br />
* inclui lubrificantes e combustíveis ** inclui bicicletas<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05
Destaque Balanço 2015<br />
/////////////////////////////////<br />
Aderência à realidade<br />
Há quem fale em voo mais tranquilo, em 2015. E quem tema quedas em 2016. Os<br />
principais players do mercado de pneus descrevem como positivo o ano que agora<br />
finda. Mas a aderência a uma nova realidade ainda se impõe…<br />
Por: Jorge Flores<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Positivo e a crescer, mas com uma obrigatória<br />
aderência à nova realidade<br />
<strong>dos</strong> tempos. Os principais agentes<br />
do mercado de pneus em Portugal,<br />
ausculta<strong>dos</strong> pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, pintam<br />
de verde o balanço de 2015 e encaram 2016<br />
com otimismo.<br />
Luís Martins, diretor-geral da Gripen<br />
Wheels para Portugal e Espanha, por exemplo,<br />
descreve o ano que agora termina como<br />
“prometedor”, tendo permitido às economias<br />
portuguesa e espanhola “descolarem para<br />
um voo mais tranquilo”. Ciente de que o<br />
mundo mudou, citando Charles Darwin,<br />
o mesmo responsável afirma que “não são<br />
as espécies mais fortes, nem as mais inteligentes,<br />
que sobrevivem, mas sim aquelas<br />
que melhor respondem às mudanças”. Por<br />
isso, na Gripen Wheels, “estamos em permanente<br />
mutação e adaptação às novas<br />
realidades <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>. Se os clientes<br />
procuram racionalizar e rentabilizar custos,<br />
temos de oferecer-lhes soluções económicas<br />
e rentáveis, como é exemplo a nossa<br />
marca DYNAMAXX, com engenharia europeia<br />
e fabrico em unidades de produção de<br />
última geração, localizadas em países com<br />
custos de mão de obra controla<strong>dos</strong>”. Luís<br />
Martins adianta que, em 2016, a Gripen<br />
Wheels Iberia investirá forte na extensão<br />
da sua gama de produtos. “A marca de<br />
pneus OTR-Engenharia Civil DYNAMAXX,<br />
desenvolvida e fabricada por fabricante<br />
europeu, consegue conciliar, de forma perfeita,<br />
o que a engenharia europeia tem de<br />
bom, com custos de produção imbatíveis<br />
das fábricas de última geração da PRC e do<br />
Vietnam. Em resumo, qualidade superior<br />
com preços low cost”, afirma o diretor-geral<br />
da empresa.<br />
w VOAR, SEM CAIR<br />
Manuel Félix, diretor-geral da Euro Tyre,<br />
olha para 2015 com mais reservas. “A performance<br />
de vendas foi ligeiramente afetada<br />
pela rutura de stock, relacionada com o<br />
facto de o dólar estar muito forte”, reconhece.<br />
No entanto, na segunda metade do<br />
ano, “já foi possível recuperar” e, “até final de<br />
2015”, a empresa apresentará uma ligeira<br />
recuperação”.<br />
O responsável da Euro Tyre espera crescer<br />
“ligeiramente”, em termos de vendas,<br />
em 2016. E tem novidades em matéria de<br />
novos projetos. “Iniciámos já a venda de<br />
peças auto e, neste momento, fechámos<br />
completamente o ciclo no que respeita às<br />
necessidades das oficinas”, diz. “Hoje, a Euro<br />
Tyre é um fornecedor global que está apto<br />
a fornecer pneus, consumíveis para pneus<br />
(pesos, remen<strong>dos</strong>, colas e massas), todo o<br />
tipo de peças auto, lubrificantes, máquinas<br />
para oficinas de pneus e de mecânica e ferramentas”,<br />
revela Manuel Félix.<br />
Numa perspetiva bastante racional, Rui<br />
Chorado, diretor-geral da Dispnal <strong>Pneus</strong>,<br />
realça que 2015 foi “ao encontro <strong>dos</strong> objetivos<br />
estabeleci<strong>dos</strong> pela empresa, sendo<br />
Mercado<br />
de pneus<br />
começa a<br />
afastar nuvens<br />
possível constatar um crescimento ao nível<br />
das vendas comparativamente ao ano anterior.<br />
No geral, a Dispnal aumentou as suas<br />
vendas, devido a um incremento de clientes,<br />
que acabou por complementar as vendas<br />
de todo o território nacional”. Rui Chorado<br />
acredita ainda que, no ano que se avizinha,<br />
o resultado será, igualmente, “positivo em<br />
to<strong>dos</strong> os pontos, especialmente nas vendas<br />
e no aumento de quota de mercado”.<br />
À semelhança do verificado nos anos anteriores,<br />
Pedro Conceição, diretor-geral<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07
Destaque<br />
Balanço 2015<br />
da Aguesport, assinala o “crescimento elevado”<br />
da empresa no mercado luso. Nesse<br />
sentido, para 2016, acrescenta a mesma<br />
fonte à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, “a meta será a<br />
consolidação do alcançado nos últimos<br />
anos e a continuação do crescimento da<br />
marca Kumho”.<br />
w INVESTIR NAS MARCAS<br />
“Francamente satisfeito com a evolução<br />
das marcas que distribuímos em exclusividade:<br />
NEXEN e APOLLO”. José Enrique,<br />
diretor-geral da RS Contreras, não tem<br />
meias palavras para definir o sentimento<br />
<strong>dos</strong> responsáveis da empresa em 2015. “A<br />
qualidade e o preço competitivo de ambas<br />
tem vindo a fidelizar muitos clientes. A<br />
nossa aposta nestas marcas é clara; as duas<br />
com investimentos muito fortes com a<br />
construção de fábricas na Europa”, reforça.<br />
E conclui, com orgulho. “A NEXEN, na República<br />
Checa, e a APOLLO, na Hungria.<br />
Ambas foram eleitas pelo Grupo Volkswagen<br />
e por outros fabricantes europeus<br />
pela sua qualidade como equipamentos<br />
de origem”.<br />
Como prioridade, para 2016, José Enrique<br />
entende que será reforçar os laços com os<br />
clientes, de modo a servi-los ainda “melhor”.<br />
Em janeiro, “iremos duplicar a nossa<br />
capacidade logística, o que vai permitir-<br />
-nos ter uma oferta ainda mais alargada<br />
em relação a medidas e marcas. Prometemos<br />
novidades em breve!”, garante.<br />
Da parte da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />
Ricardo Martins, diretor de marketing e<br />
comunicação, depois de, em 2013, a empresa<br />
ter alcançado a liderança do mercado<br />
de pneus ligeiros em Portugal, 2015<br />
foi o ano da “consolidação e do reforço”<br />
desta posição.<br />
A faturação da empresa, em toda a gama<br />
de produtos, “deverá atingir os 70 milhões<br />
de euros, o que representa um crescimento<br />
na ordem <strong>dos</strong> 7,7% em relação a 2014 (65<br />
milhões de euros)”, avança Ricardo Martins.<br />
“Aliás, 2014, já foi um ano excecional<br />
no que se refere à performance da<br />
Continental <strong>Pneus</strong> Portugal no mercado.<br />
Um ano em que alcançámos resulta<strong>dos</strong><br />
históricos. 2015 vai permitir-nos consolidar<br />
esta tendência de crescimento”, afiança o<br />
responsável à nossa revista.<br />
“Dentro do universo das 12 marcas que<br />
2016 promete<br />
ser o ano da<br />
tranquilidade<br />
no setor<br />
comercializamos em Portugal, a nossa<br />
marca premium Continental é, inquestionavelmente,<br />
a mais vendida. Em segundo<br />
lugar, uma das marcas que maior reconhecimento<br />
e goodwill tem no mercado nacional<br />
(clientes Continental e consumidor<br />
final), é a Mabor. Depois temos as nossas<br />
marcas Barum e Uniroyal, que representam<br />
um excelente exemplo do binómio<br />
qualidade/preço”, destaca.<br />
Os investimentos previstos para 2016<br />
visarão, sobretudo, o crescimento da rede<br />
ContiService, “um projeto estratégico e<br />
de longo prazo para a Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal”, razão pela qual chamará a si os<br />
principais esforços da empresa. Na opinião<br />
de Ricardo Martins, a seleção <strong>dos</strong><br />
parceiros tem sido cirúrgica. “Queremos<br />
criar um modelo que vá ao encontro das<br />
reais necessidades do mercado – não só<br />
do nosso agente, mas, também, do consumidor<br />
final. Queremos ter uma cobertura<br />
nacional. Definimos que, até 2020, teremos<br />
80 unidades ContiService. Queremos<br />
apoiar os nossos parceiros na venda e na<br />
geração de tráfego para a oficina. Apoiá-<br />
-lo na implementação de ferramentas de<br />
trade marketing, de gestão do negócio e<br />
de comunicação”, assegura. Paralelamente,<br />
o objetivo será que o consumidor final<br />
“identifique na rede ContiService os valores<br />
e o posicionamento da nossa marca<br />
(qualidade) e que, ao mesmo tempo, associe<br />
o ContiService à reputação do nosso<br />
parceiro”, diz. Do ponto de vista da presença<br />
no mercado, o ênfase será dado no<br />
“reforço da liderança no segmento <strong>dos</strong><br />
ligeiros e no crescimento para o segmento<br />
de pneus pesa<strong>dos</strong>”, bem como o aumento<br />
da “notoriedade da marca premium Continental”<br />
e da aposta na diversificação do<br />
negócio nos diferentes canais. “Queremos<br />
estar mais perto <strong>dos</strong> nossos clientes e das<br />
suas necessidades, bem como do consumidor<br />
final”.<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
A sua plataforma comercial<br />
AB Tyres e Garland <strong>Pneus</strong>, uma parceria inovadora.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Evento Salão Mecânica 2015<br />
//////////////////////////////////////////////////////////////////////<br />
<strong>Pneus</strong> rolaram em força<br />
As empresas especialistas<br />
em pneus estiveram<br />
bem representadas na<br />
edição de 2015 do Salão<br />
Mecânica, demonstrando<br />
a vitalidade de um setor<br />
que está sobre rodas<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Setor destacou-se na 5.ª edição<br />
Nunca a Mecânica havia registado<br />
tanta adesão por parte de<br />
empresas a operar no setor <strong>dos</strong><br />
pneus. A começar pela Pneurama,<br />
que ocupou um espaço localizado<br />
em frente ao stand do Jornal das Oficinas<br />
e da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. A empresa de<br />
Paredes exibiu um pouco da sua gama de<br />
produtos, com especial destaque para a<br />
Lassa. Já a AB Tyres, deu particular ênfase<br />
à parceria estabelecida com a Garland<br />
<strong>Pneus</strong>. Esta deixa de operar no mercado<br />
da distribuição de pneus em Portugal.<br />
Por seu turno, a AB Tyres passa a utilizar<br />
os serviços da Garland Logística.<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide veio à Mecânica expôr<br />
toda a sua gama de produtos. A área<br />
de recauchutagem da empresa também<br />
esteve em evidência. Tal como o novo<br />
produto lançado em agosto deste ano:<br />
pneu de tração K-Max D da Goodyear.<br />
Da parte da Sobralpneus, a sua presença<br />
no certame pautou-se pela exibição das<br />
marcas que constam do seu portefólio,<br />
com particular ênfase para a Alcoa Jantes,<br />
cujo objetivo passa por dinamizá-la no<br />
mercado nacional. Já o facto de dispor<br />
de várias soluções dedicadas ao transporte<br />
foi o mote para que a Tirso <strong>Pneus</strong><br />
tivesse vindo à feira da Batalha. Com o<br />
propósito de estabelecer parcerias com<br />
clientes profissionais de pneus. Quanto<br />
às empresas Recauchutagem Nortenha<br />
e Recauchutagem São Mamede, deram<br />
a conhecer os serviços de que dispõem,<br />
as marcas com as quais trabalham e, também,<br />
a atividade da recauchutagem de<br />
pneus em Portugal, que está intimamente<br />
relacionada com o ambiente.<br />
Amplo e bem arrumado, o<br />
espaço da AB Tyres destacouse<br />
no Salão Mecânica<br />
A marca Lassa esteve em<br />
grande destaque no stand<br />
reservado à Pneurama<br />
As várias soluções de transporte<br />
de que dispõe foram divulgadas<br />
pela Tirso <strong>Pneus</strong><br />
A Nortenha também não quis<br />
deixar de marcar presença na<br />
5.ª edição da feira da Batalha<br />
Subordinado ao tema da ecologia, o stand de 80 m2 do Jornal<br />
das Oficinas e da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> teve a ATEC como parceira<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide esteve<br />
bem representada através do<br />
seu portefólio de produtos<br />
A Recauchutagem São<br />
Mamede deu a conhecer<br />
aquilo que melhor sabe fazer<br />
A Sobralpneus aproveitou<br />
o certame para dinamizar a<br />
Alcoa Jantes em Portugal<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Evento 13.º Encontro Valorpneu<br />
//////////////////////////////<br />
Foco no serviço<br />
A Valorpneu realizou, no passado mês de novembro, em Óbi<strong>dos</strong>, o seu 13.º<br />
Encontro. O balanço positivo do último ano de atividade e a aposta estratégica no<br />
serviço e na satisfação <strong>dos</strong> operadores foram os temas em destaque<br />
Por: João Vieira<br />
Constituída em 2002, a Valorpneu é<br />
uma sociedade sem fins lucrativos,<br />
em que participam a ACAP (60%), a<br />
ARIB 20% e a ANIRP (20%). Ao longo<br />
destes treze anos de atividade, tem sido um<br />
exemplo de boa gestão e da prática de bons<br />
serviços para setor, em particular, e para sociedade,<br />
em geral. Cumpri<strong>dos</strong> e ultrapassa<strong>dos</strong><br />
os objetivos de recolha e reciclagem, a<br />
Valorpneu focou-se na qualidade do serviço<br />
que presta aos operadores. Os resulta<strong>dos</strong> têm<br />
sido muito positivos.<br />
“Este ano de 2015, decidimos progredir na<br />
qualidade do serviço e apostámos em mais<br />
ações, no âmbito da relação com os produtores<br />
de pneus e, também, na avaliação de<br />
satisfação <strong>dos</strong> serviços do SGPU e da Valorpneu”,<br />
afirmou Climénia Silva, diretora-geral,<br />
na sua intervenção.<br />
Em 2015, houve um reforço do número de<br />
aderentes (+8%), tendo-se registado o maior<br />
número de contratos emiti<strong>dos</strong> (1.930). Foi<br />
implementada a faturação eletrónica e uma<br />
maior interação com os aderentes (emails de<br />
boas vindas e alertas no cumprimento <strong>dos</strong><br />
prazos). A interação com as entidades de fiscalização<br />
foi reforçada, nomeadamente com<br />
ASAE, SEPNA, IGAMAOT e APA.<br />
Quanto à evolução do fluxo de pneus coloca<strong>dos</strong><br />
no mercado este ano de 2015, prevê-se<br />
um total de 81.200 t. Os pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong><br />
serão 76.900 t e os recolhi<strong>dos</strong> 83.500 t. O que<br />
significa que a Valorpneu processa mais pneus<br />
do que aqueles que são declara<strong>dos</strong> pelos respetivos<br />
produtores, não sendo o excedente,<br />
portanto, financiado pelo ecovalor.<br />
Relativamente ao destino final <strong>dos</strong> pneus<br />
usa<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> pela Valorpneu, a reciclagem<br />
continua a ser o destino mais utilizado,<br />
com 56,7%, seguindo-se a valorização energética<br />
(26,2%) e a recauchutagem (16,7%).<br />
No que diz respeito às aplicações <strong>dos</strong><br />
pneus usa<strong>dos</strong>, os relva<strong>dos</strong> sintéticos (47,9%)<br />
representam a principal, seguindo-se os pavimentos<br />
diversos (38,7%), as indústrias de<br />
isolamentos (6,1%) e a borracha (6,1%).<br />
Em relação aos objetivos de gestão, a recolha<br />
(108,6%) e a reciclagem (77,8%), foram,<br />
claramente, ultrapassa<strong>dos</strong>, ao invés da recauchutagem,<br />
que ficou pelos 18,2%, quando a<br />
meta era de 27%.<br />
Enquadrado no programa de responsabilidade<br />
social, foi anunciado a adesão da Valorpneu<br />
à “Campanha Bosques de Sonho”<br />
promovida pelas Associações “Plantar uma<br />
Árvore” e “Terras <strong>dos</strong> Sonhos”. O objetivo é<br />
compensar as emissões associadas ao encontro,<br />
com a plantação de 1.000 árvores autóctones<br />
na Tapada de Mafra e a realização de<br />
um sonho de uma criança.<br />
Os encontros anuais da Valorpneu já se tornaram num hábito. O 13.° decorreu nos passa<strong>dos</strong> dias<br />
19 e 20 de novembro, em Óbi<strong>dos</strong>. Motivos de interesse não faltaram ao longo <strong>dos</strong> dois dias<br />
Metais Jaime Dias vence prémio<br />
Desempenho Ponto de Recolha 2015<br />
w A empresa Metais Jaime Dias repetiu a vitória<br />
de 2012 e ganhou, pela segunda vez, o<br />
prémio de Desempenho Ponto de Recolha<br />
da rede Valorpneu. Esta escolha foi feita com<br />
base em critérios pré-defini<strong>dos</strong> e no desempenho<br />
obtido no período correspondente<br />
ao 2.º semestre de 2014 e ao 1.º semestre<br />
de 2015.<br />
A Metais Jaime Dias pertence à rede Valorpneu<br />
desde 2004, está sediada na Trofa e<br />
desenvolve a sua atividade, essencialmente,<br />
na gestão global de resíduos industriais,<br />
sendo uma referência neste mercado pela<br />
qualidade do serviço prestado. Este prémio,<br />
no valor de €5.000, foi entregue ao representante<br />
da empresa, Normando Ramos.<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Grau de satisfação<br />
Cyril <strong>dos</strong> Santos, do IPL (à dta. na imagem), junto <strong>dos</strong> representantes <strong>dos</strong> projetos vencedores<br />
Avaliação<br />
<strong>dos</strong> serviços<br />
A Valorpneu realizou<br />
uma consulta a várias<br />
empresas para aferir o<br />
grau de satisfação junto de<br />
intervenientes e utilizadores<br />
do sistema<br />
w Os prémios de inovação da Valorpneu não<br />
constituem somente uma oportunidade de<br />
encontrar novas utilizações para os resíduos<br />
de pneus. São, igualmente, uma excelente<br />
ferramenta de divulgação do projeto de gestão<br />
de pneus usa<strong>dos</strong> e um estímulo para os<br />
departamentos de investigação de empresas<br />
e universidades.<br />
Prova disso, são os muitos prémios já atribuí<strong>dos</strong>,<br />
qualquer deles com ideias que têm<br />
pernas para andar. Este ano, o prémio foi<br />
atribuído pela segunda vez ao Instituto Politécnico<br />
de Leiria (IPL). Uma “Garrafeira<br />
modular em compósito de pneu reciclado<br />
(de matriz termoplástica)”, de Cyril <strong>dos</strong> Santos,<br />
foi o projeto vencedor. Já o ano passado<br />
este instituto tinha sido premiado com um<br />
trabalho que previa a utilização da borracha<br />
reciclada em produtos para o espaço urbano<br />
- “Pino Urbano Modular”.<br />
A entrega <strong>dos</strong> prémios decorreu no dia 27 de<br />
outubro, no espaço da exposição “Remade<br />
in Portugal” no Centro Comercial Colombo,<br />
em Lisboa. Durante uma semana, estiveram<br />
Prémios INOV’15<br />
Inovar com resíduos<br />
em exposição, na praça central do Centro<br />
Colombo, diversos projetos representativos<br />
da utilização do pneu usado em diversos tipos<br />
de aplicação e em diferentes vertentes, os<br />
quais puderam ser vistos pelos muito visitantes<br />
desta superfície comercial lisboeta. Para<br />
os mais pequenos, foi criada uma dinâmica<br />
de interatividade e de sensibilidade para a<br />
atividade da reciclagem de pneus, com o<br />
jogo da valorização.<br />
Ao vencedor, foi entregue o valor monetário<br />
de €5.000 e a possibilidade de um estágio<br />
na Valorpneu. Os orientadores do projeto<br />
receberam um prémio de €2.500.<br />
Climénia Silva, diretora-geral da Valorpneu,<br />
adiantou ainda que o prémio INOV terá<br />
uma nova abordagem, que passa por uma<br />
maior aproximação ao tecido empresarial<br />
português. De destacar ainda que, desde há<br />
seis anos a esta parte, altura em que se iniciaram<br />
os Prémios Inovação, a Valorpneu já<br />
galardoou 15 trabalhos (oito de Engenharia,<br />
cinco de Design e dois de Arquitetura) num<br />
valor total de €65.000.<br />
Foram inquiri<strong>dos</strong> produtores, detentores<br />
de pneus usa<strong>dos</strong>, pontos de<br />
recolha, transportadores, recauchutadores,<br />
recicladores, valorizadores e<br />
fragmentardores. A seguir, indicamos<br />
as principais conclusões deste estudo<br />
de avaliação:<br />
w w A média de satisfação global com o<br />
funcionamento do Sistema de Gestão de<br />
<strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU) é muito satisfatória<br />
(4,5/5,0), sendo que as avaliações<br />
mais altas foram dadas pelos Valorizadores<br />
Energéticos/Recicladores/Fragmentadores<br />
(4,7/5,0) e as avaliações<br />
mais baixas pelos Produtores e Detentores<br />
de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (4,1/5,0 cada).<br />
w w A avaliação da satisfação global com<br />
a Valorpneu foi, igualmente, muito positiva<br />
(4,6/5,0), tendo sido a nota mais alta<br />
dada pelos Transportadores (4,9/5,0) e<br />
a nota mais baixa pelos Detentores de<br />
<strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (4,1/5,0).<br />
w w A avaliação média <strong>dos</strong> Pontos de Recolha<br />
foi de 4,2/5,0, tendo a avaliação<br />
mais alta sido dada pelos Recauchutadores<br />
(4,5/5,0) e a mais baixa pelos<br />
Transportadores (3,8/5,0).<br />
w w A avaliação média por Transportador<br />
foi de 4,5/5,0, tendo a avaliação mais<br />
alta sido dada pelos Pontos de Recolha<br />
(4,6/5,0) e a mais baixa pelos Valorizadores<br />
Energéticos/Recicladores/Fragmentadores<br />
(4,5/5,0).<br />
w w Os Valorizadores Energéticos/Recicladores/Fragmentadores<br />
foram apenas<br />
avalia<strong>dos</strong> pelos Transportadores, tendo<br />
a avaliação média sido de 4,1/5,0.<br />
O 13.°<br />
Encontro da<br />
Valorpneu<br />
registou uma<br />
boa moldura<br />
humana<br />
w w Relativamente aos Recauchutadores,<br />
a avaliação média por Recauchutador foi<br />
de 4,1/5,0, tendo os Detentores de <strong>Pneus</strong><br />
Usa<strong>dos</strong> dado uma avaliação média de<br />
4,1/5,0, enquanto os Pontos de Recolha<br />
deram 4,6/5,0.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Atualidade Bridgestone TTC<br />
/////////////////////<br />
Soluções de peso<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou a fábrica de pneus pesa<strong>dos</strong> da Bridgestone, em<br />
Stargard, na Polónia. Oportunidade para conhecer o seu programa de redução de<br />
custos para frotas: Total Tyre Care (TTC)<br />
Por: Jorge Flores<br />
ABridgestone abriu portas da sua<br />
unidade fabril para a produção<br />
de pneus pesa<strong>dos</strong> em Stargard,<br />
na Polónia. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
assistiu aos muitos processos de fabrico de<br />
pneus novos e de pisos pré-vulcaniza<strong>dos</strong><br />
para recauchutagem. Mas a visita à fábrica<br />
foi ainda aproveitada pela Bridgestone para<br />
revelar o seu programa de gestão para as<br />
frotas de fiscalmentee (cada vez mais tax<br />
furos com maior rigidez e evitar potenciais<br />
avarias na estrada”seu valor ecolreços <strong>dos</strong><br />
combustpesa<strong>dos</strong> – os destinatários, no<br />
fundo, <strong>dos</strong> milhares de pneus fabrica<strong>dos</strong><br />
no complexo de Stargard.<br />
w TOTAL TYRE CARE<br />
Designado Total Tyre Care (TTC), o programa<br />
de soluções para poupar nos custos<br />
e nos tempos das frotas foi apresentado por<br />
Alberto Delso, Business Solution Manager<br />
da Bridgestone.<br />
Segundo o responsável, as tendências do<br />
mercado europeu de transportes apontam<br />
para que, nos próximos anos, a gestão de<br />
uma frota venha a ser (ainda) mais cara para<br />
as empresas.<br />
São vários os fatores socioeconómicos que<br />
o determinam: quadro legislativo, infraestruturas,<br />
o impacto no meio ambiente (cada vez<br />
mais taxado fiscalmente) e a volatilidade <strong>dos</strong><br />
preços <strong>dos</strong> combustíveis – leia-se aumentos...<br />
Uma realidade que obriga os fornecedores<br />
a desenvolver soluções inovadoras e que<br />
permitam reduzir custos. Alberto Delso explicou<br />
que, “em média, os pneus representam<br />
apenas 2 a 4% <strong>dos</strong> custos da frota, mas<br />
podem impactar significativamente outros,<br />
mais importantes”.<br />
Para a Bridgestone, é importante encontrar<br />
“soluções de pneus para poupar os custos e<br />
tempos das frotas e não apenas para vender<br />
mais pneus”. Uma equação simples.<br />
w REDUÇÃO DE CUSTOS<br />
“A implementação bem sucedida do TTC requer<br />
um conhecimento profundo das características<br />
da frota”, adiantou a mesma fonte.<br />
E destacou alguns segmentos a cuidar: com<br />
base no tamanho, prioridades e capacidades,<br />
que representam o nível de sofisticação das<br />
frotas atuais; preço da compra; maximização<br />
da vida <strong>dos</strong> pneus e o menor custo operacional,<br />
de modo a poupar nos custos relaciona<strong>dos</strong><br />
com os pneus e o seu valor ecológico.<br />
Com a aplicação do programa de gestão da<br />
Bridgestone, no seu ramo ambiental, “Total<br />
Tyre Life”, os benefícios são consideráveis:<br />
“70% menos petróleo, 20 kg menos aço e<br />
30% menos CO2.<br />
Como recordou o responsável da Bridgestone,<br />
a manutenção <strong>dos</strong> pneus inscritos neste<br />
programa é fundamental para o controlo <strong>dos</strong><br />
gastos com a frota. “20% <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />
pelas frotas sem um sistema de monitorização<br />
de pressões, circulam, pelo menos,<br />
10% abaixo da pressão de insuflação recomendada”,<br />
disse. E rematou. “Pressões 20%<br />
abaixo do recomendável, reduzem a vida<br />
do pneu em 25% e aumentam o consumo<br />
de combustível em 5%”. Gastos a multiplicar<br />
pelas unidades que compõem a frota em<br />
questão.<br />
Alberto Delso acrescentou ainda que, com<br />
uma adequada manutenção, consegue “reduzir-se<br />
o consumo de combustível, obter<br />
uma maior duração <strong>dos</strong> pneus, ter menos<br />
paragens e até baixar 1,5% os custos com<br />
as frotas”.<br />
De modo a ilustrar o sucesso do seu programa<br />
de gestão, a Bridgestone citou fonte<br />
da empresa multinacional, Arla. “Ficámos<br />
logo interessa<strong>dos</strong> neste sistema assim que<br />
o conhecemos. A instalação deste dispositivo<br />
simples nos pneus de to<strong>dos</strong> os nossos<br />
veículos Arla, na Dinamarca, Suécia e Reino<br />
Unido, permitiu-nos poupar, anualmente,<br />
<strong>35</strong>0.000 litros de combustível e reduzir em<br />
945 toneladas as nossas emissões de CO2.<br />
Foi uma decisão óbvia. Além disso, agora,<br />
podemos detetar os furos com maior rigor<br />
e evitar potenciais avarias na estrada”.<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Apresentação Continental SportContact 6<br />
Serenata à chuva<br />
É o pneu mais<br />
desportivo de sempre<br />
da Continental. Substitui<br />
os ContiForceContact e<br />
ContiSportContact 5P.<br />
Disponível em 41 dimensões,<br />
com jantes de 19” a 23”,<br />
o novo SportContact 6<br />
demonstrou todas as suas<br />
aptidões numa autêntica<br />
serenata à chuva<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
O Ferrari F430, da escola de condução espanhola Sportdrive, foi bastante assediado<br />
O<br />
programa prometia. A meteorologia<br />
nem por isso. A convite da<br />
Continental, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
iria testar, no Autódromo Internacional<br />
do Algarve (AIA), o novo SportContact 6.<br />
A ação, designada ContiXperience, visava demonstrar<br />
aos órgãos de comunicação social e<br />
aos 75 clientes em representação de mais de<br />
60% do mercado (distribuidores, retalhistas,<br />
especialistas em pneus, car dealers e auto centros)<br />
as potencialidades da nova coqueluche da<br />
Continental. Saímos de Lisboa com sol e calor.<br />
Pelo caminho, o céu foi ficando cada vez mais<br />
sisudo. Na chegada ao Algarve, chovia copiosamente.<br />
Ao mesmo tempo que soprava vento. A<br />
temperatura não superava os 16° C. Bem havia<br />
alertado uma estação de rádio local, que emite<br />
em inglês, que o dia seria de “happy showers and<br />
thunderstorms”. Mesmo não estando reunidas as<br />
condições ideais para testar este novo produto,<br />
o momento conseguiu ser empolgante.<br />
Anunciado como o pneu mais desportivo de<br />
sempre da marca alemã, o novo SportContact<br />
6 substitui, de uma assentada, os ContiForce-<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Composto “Black Chili”<br />
Tempero picante<br />
Disponível com larguras de piso que variam entre 225 e 3<strong>35</strong> mm,<br />
séries 40 a 25, símbolo de velocidade ZR (Y) e jantes de 19” a 23”,<br />
o novo Continental SportContact 6 deve o seu tempero picante ao composto<br />
de piso de elevada aderência que assegura, segundo o fabricante<br />
alemão, a melhor interação com a estrada. Designado “Black Chili”, este<br />
composto de borracha foi concebido para se adaptar à rugosidade do<br />
piso. Simultaneamente, ligações atómicas temporárias entre o composto<br />
e a estrada asseguram uma aderência elevada, agindo como pequenas<br />
almofadas de sucção a nível nanoscópico. Que contribuem para a melhor<br />
aderência possível em todas as direções. Durante a travagem, em curva<br />
e em aceleração. Tanto em piso molhado como seco.<br />
Contact e ContiSportContact 5P. Está disponível<br />
em 41 dimensões, com jantes de 19” a 23”.<br />
Concebido para atingir velocidades de até <strong>35</strong>0<br />
km/h, o novo SportContact 6 é o primeiro pneu<br />
da Continental a “perder” a designação Conti.<br />
Estratégia que será adotada na criação de futuros<br />
produtos deste fabricante.<br />
w MERCADO EM EXPANSÃO<br />
Dentro do mercado UHP (Ultra High Performance),<br />
insere-se aquele que a Continental<br />
define como subsegmento U-UHP. Como a<br />
própria designação indica, trata-se de uma<br />
“franja” específica destinada aos automóveis superdesportivos.<br />
Como salientou Ricardo Martins,<br />
diretor de marketing e comunicação da Continental<br />
<strong>Pneus</strong> Portugal (CPP), “este novo modelo<br />
vem dar continuidade à nossa bem-sucedida<br />
gama de pneus de alta performance. O SportContact<br />
6 é especialmente vocacionado para<br />
veículos puramente desportivos”. De acordo<br />
com o mesmo responsável, “esta nova gama<br />
está disponível ainda para o elétrico Tesla S. A<br />
Continental estima que o segmento de mercado<br />
onde concorre este novo pneu se torne cada vez<br />
mais popular junto <strong>dos</strong> clientes, prevendo-se<br />
um crescimento anual de cerca de 10% para<br />
os vários tamanhos do novo SportContact 6”.<br />
De acordo com da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> durante<br />
a conferência de imprensa do novo pneu da<br />
Continental, o “nicho” U-UHP na Europa<br />
Simpáticas e<br />
formosas, as “Conti<br />
babes” deram um<br />
brilho especial ao<br />
evento do Algarve<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Apresentação Continental SportContact 6<br />
O Autódromo Internacional do Algarve (AIA) foi o palco da apresentação do Continental SportContact 6, o pneu mais desportivo deste fabricante<br />
continuará a desenvolver-se positivamente. Em<br />
especial, no que toca às dimensões para jantes<br />
de 21” e superiores. O ano de 2015, segundo<br />
a filial portuguesa da marca alemã, encerrará<br />
com 3.127.257 pneus vendi<strong>dos</strong> para jantes<br />
de 19”, 1.480.878 para jantes de 20” e 364.599<br />
para jantes de 21” e superiores. Números que<br />
continuarão a crescer até 2020, ano em que se<br />
espera que sejam 4.613.388 os pneus vendi<strong>dos</strong><br />
para jantes de 19”, 2.263.461 para jantes de 20”<br />
e 602.904 para jantes de 21” e superiores. Mais:<br />
o crescimento anual 2014-2020 na Europa será<br />
de 9% para jantes de 19” a 23”, 8% para jantes<br />
de 19”, 10% para jantes de 20” e 14% para jantes<br />
de 21” e superiores.<br />
No que ao mercado português diz respeito,<br />
o segmento UHP (com o subsegmento U-UHP<br />
incluído) tem crescido de forma significativa.<br />
Segundo a Continental, o ano de 2015 fechará<br />
com 59.177 pneus vendi<strong>dos</strong> para jantes de 19”,<br />
23.381 para jantes de 20” e 4.329 para jantes de<br />
21” e superiores. Olhando para o crescimento<br />
anual 2010-2015 em Portugal, os números são<br />
elucidativos: 81% para jantes de 19” a 23”, 69%<br />
para jantes de 19”, 110% para jantes de 20” e<br />
215% para jantes de 21” e superiores.<br />
w EFICÁCIA COMPROVADA<br />
Ainda que a chuva não tivesse dado tréguas,<br />
foi possível comprovar a eficácia do novo SportContact<br />
6. Com os pés frios devido à água que<br />
se acumulou no calçado, mas de coração quente<br />
graças à inesquecível experiência de conduzir<br />
no Autódromo Internacional do Algarve (AIA).<br />
O primeiro teste foi efetuado ao volante de um<br />
Volkswagen Scirocco R. Consistiu em percorrer<br />
um pequeno traçado delimitado por cones,<br />
onde deu para constatar a elevada aderência<br />
e o ótimo desempenho do pneu em curva e<br />
em travagem, mesmo sob piso molhado. O<br />
segundo teste implicou acelerar a fundo com<br />
o mesmo automóvel até chegar o momento de<br />
travar forte e atuar sobre a direção para fazer a<br />
respetiva trajetória. O que permitiu testemunhar<br />
a excelente capacidade de resposta e a elevada<br />
manobrabilidade.<br />
O terceiro (e último) teste consistiu em dar quatro<br />
voltas completas ao circuito. Coube-nos um<br />
Porsche Boxster da escola de condução espanhola<br />
Sportdrive. Mesmo com o piso molhado,<br />
divertimo-nos imenso. Tendo sempre presentes<br />
os limites da física e tirando o máximo partido<br />
das dicas do piloto que nos acompanhava. Desenhámos<br />
elegantes trajetórias e acertámos<br />
com os pontos de travagem. Como se de uma<br />
sensual dança à chuva se tratasse. A elevada<br />
eficácia do novo SportContact 6 deve-se, em<br />
boa parte, ao design do piso dotado de blocos<br />
de suporte. Os designers da Continental usaram<br />
a nova tecnologia de vectorização para uma<br />
melhor transferência de forças. Tecnologia essa<br />
que implanta diferentes elementos no interior,<br />
exterior e centro. Dependendo do tamanho<br />
do pneu, três ou quatro nervuras centrais, para<br />
além do ombro interno, garantem a máxima<br />
transferência transversal da força, melhorando a<br />
transmissão <strong>dos</strong> coman<strong>dos</strong> da direção ao solo.<br />
Destaque merece, também, o inovador material<br />
“Aralon <strong>35</strong>0”. Desenvolvido especificamente<br />
para o novo SportContact 6, consiste numa fibra<br />
sintética em que dois fios feitos de aramida resistente<br />
estão entrelaça<strong>dos</strong> com um fio de nylon<br />
flexível. Implantada na borracha, esta fibra é<br />
colocada sob o piso como uma tela de revestimento<br />
sem junções. Esta estrutura complexa<br />
atua como uma cinta de aço adicional e oferece<br />
um comportamento do contorno do pneu controlado<br />
e seguro, mesmo a velocidades de até<br />
<strong>35</strong>0 km/h. Comparativamente ao antecessor<br />
ContiSportContact 5P, o novo SportContact 6<br />
otimiza a precisão de direção em 14% (11% na<br />
condução em piso seco). O nível de aderência<br />
quando se conduz em circuito aumenta 4% e<br />
as características gerais da aderência em piso<br />
molhado estão 2% acima do nível mais alto<br />
registado no modelo anterior. Além disso, a<br />
durabilidade e o conforto aumentam 7%.<br />
Porsche Boxster, VW Scirocco R e Ford Focus<br />
ST foram alguns <strong>dos</strong> modelos que clientes e<br />
jornalistas puderam conduzir em circuito<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Atualidade Centech<br />
/////////////////////////////////<br />
Remen<strong>dos</strong> de qualidade<br />
A Altaroda defende que um pneu usado e remendado pode ter uma qualidade<br />
inatacável. E que pode até torná-lo mais resistente com o reforço. Desde que se<br />
respeitem as normas impostas pelos fabricantes<br />
Por: Jorge Flores<br />
Pode um pneu remendado ter qualidade?<br />
Vítor Rocha, gerente da Altaroda,<br />
garante que sim! E depois<br />
de ler o artigo publicado na edição<br />
número 34 da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, na qual<br />
revelámos um estudo da Proteste bastante<br />
crítico sobre o estado <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />
disponíveis no mercado (inclusivamente<br />
os remenda<strong>dos</strong>), decidiu transmitir o seu<br />
ponto de vista. Apresentar, no fundo, uma<br />
visão contraditória. Repetimos a questão:<br />
pode um pneu remendado ter qualidade?<br />
“Obviamente, nos casos em que se encontram<br />
dentro <strong>dos</strong> limites das tabelas fornecidas<br />
pelo fabricante TECH, dependendo<br />
das medidas do rasgo e zona do dano do<br />
pneu”, afirma.<br />
Na sua opinião, um pneu com estas características<br />
poderá ter as suas vantagens.<br />
Caso o remendo seja “efetuado com os procedimentos<br />
recomenda<strong>dos</strong>, fica em plena<br />
capacidade de circulação com segurança<br />
e evita a compra de pneu novo, além da<br />
poupança ambiental inerente”. Vítor Rocha<br />
acrescenta ainda que “os remen<strong>dos</strong><br />
ou manchons (remendo para pneus) têm<br />
na sua construção os mesmos materiais e<br />
telas do que um pneu novo. Logo, quando<br />
aplicado, devolve ao pneu a resistência que<br />
perdeu por ter sofrido um rasgo e fica até<br />
mais reforçado”.<br />
w Respeitar normas<br />
Vítor Rocha assegura que a sua convicção<br />
tem uma base comprovável. “Basicamente,<br />
pelo facto de que, a marca que vendemos<br />
(TECH), estar abrangida pela normativa<br />
108/109 que regula o setor. Por exemplo,<br />
nas recauchutagens, é um <strong>dos</strong> mais usa<strong>dos</strong><br />
e, se serve para as recauchutagens”, cujos<br />
agentes deste mercado “são quem mais<br />
percebe sobre este tema…”, avisa.<br />
“Além de esta operação estar referenciada<br />
nos anuais de procedimentos das marcas<br />
que, neste caso, temos disponíveis para os<br />
nossos clientes da Michelin, Bridgestone,<br />
Continental e Goodyear, acrescenta.<br />
w Eficácia comprovada<br />
Quando se refere ao Remendo Centech da<br />
TECH (ver caixa, nestas páginas), o responsável<br />
da Altaroda não faz por menos. “É o melhor<br />
remendo do mundo, como comprova<br />
o estudo com teste nos EUA: http://loja.<br />
altaroda.pt/information.php/info_id/17) e<br />
pelo facto de fabricar remen<strong>dos</strong> para marcas<br />
de pneus, como Goodyear, entre outras”,<br />
explica à nossa revista.<br />
Com base na experiência da Altaroda,<br />
Vítor Rocha avança com o exemplo de um<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
“Caso o remendo seja efetuado com os procedimentos recomenda<strong>dos</strong>, fica em plena<br />
capacidade de circulação com segurança e evita a compra de pneu novo”, refere Vítor Rocha<br />
Remendo Centech da TECH<br />
“O melhor<br />
do mundo”<br />
O gerente da Altaroda faz questão de<br />
realçar os estu<strong>dos</strong> que comprovam<br />
a eficácia do Remendo Centech da<br />
TECH: com esta aplicação, o pneu<br />
conseguiu percorrer mais de 230.770<br />
km em estrada.<br />
Os responsáveis escolheram um pneu<br />
do lixo e realizaram uma reparação lateral<br />
com um remendo Centech - pode<br />
ser aplicado no ombro, coroa ou lateral.<br />
Posto isto, testaram-no, entre Nova Iorque<br />
e Los Angeles. Segundo o estudo,<br />
“após 25.920 km o piso estava gasto,<br />
mas a reparação não mostrava sinais<br />
de desgaste nem falhas. Portanto, foi<br />
recauchutado, montado e colocado<br />
novamente ao serviço”.<br />
“condutor de camião, que anda, em grande<br />
parte, em cima de pneus que foram recauchuta<strong>dos</strong><br />
e com grande probabilidade de<br />
estes terem sido remenda<strong>dos</strong> (manchons). E<br />
não têm menos segurança por isso”, enfatiza<br />
a mesma fonte.<br />
Ainda assim, há alguns cuida<strong>dos</strong> a ter<br />
quando se recorre a esta solução remendada.<br />
“Tentar perceber se está aplicado<br />
na direção correta. Ou seja, os manchons<br />
têm umas setas que apontam para o talão<br />
e deve ser aplicado com estas setas a<br />
apontarem para o talão, de forma a garantir<br />
que o centro do dano foi reforçado no<br />
mesmo sentido da construção original do<br />
pneu. Outro fator importante é, de facto,<br />
ser remendado com marca TECH, que é o<br />
líder mundial e tem 76 anos de experiência”,<br />
defende Vítor Rocha, gerente da Altaroda,<br />
empresa especializada no abastecimento<br />
da indústria de recauchutagem, casas de<br />
pneus e oficinas.<br />
Conclusão? Depois de “89.100 km, já<br />
havia sido recuperado o custo proporcional<br />
de um pneu radial para camião<br />
novo”, pode ler-se no estudo. Ou seja,<br />
“os 140.940 km de serviço adicionais<br />
podem ser descritos como gratuitos”.<br />
Cumpri<strong>dos</strong> 230.778 km, o pneu foi retirado<br />
da estrada. “Podia ir mais além”,<br />
mas, para os autores do teste, a prova<br />
estava dada.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21
Notícias Mercado<br />
A Roda da Felicidade<br />
Euromaster converte pneus em presentes<br />
Até 20 de dezembro,<br />
A Euromaster<br />
tem em curso a<br />
campanha “A Roda<br />
da Felicidade”. Com<br />
esta iniciativa, to<strong>dos</strong><br />
os pneus Michelin<br />
comercializa<strong>dos</strong> nas<br />
oficinas desta rede em<br />
Portugal e Espanha<br />
são converti<strong>dos</strong> em<br />
presentes para crianças<br />
Quantas oficinas vão estar envolvidas<br />
na Campanha e quantas operações de<br />
mudanças de pneus da marca Michelin<br />
estimam fazer?<br />
Todas as oficinas da Euromaster participam<br />
na campanha e são embaixadoras orgulhosas<br />
da iniciativa. São mais de 400 oficinas<br />
empenhadas em conseguir brinque<strong>dos</strong><br />
para crianças que se encontram em condições<br />
desfavoráveis. Estimamos que sejam à<br />
volta de 20.000 operações, mas confiamos<br />
no poder da ação e da solidariedade. Talvez<br />
o número possa ser superado.<br />
A quantas crianças vão oferecer brinque<strong>dos</strong>?<br />
A entrega de brinque<strong>dos</strong> e o número de<br />
crianças a que os mesmos chegarão é mais<br />
Cristina Louro, vice-presidente da Cruz Vermelha<br />
Portuguesa (à esq.); Miguel Santos, diretor de<br />
Franquia Euromaster Portugal; Elisabete Jacinto,<br />
madrinha da campanha “A Roda da Felicidade”<br />
“A Euromaster deve ser socialmente ativa”<br />
Entrevista a Fausto Casetta, diretor-geral da Euromaster para a Península Ibérica<br />
Fausto Casetta destaca os objetivos e motivos desta campanha, realçando que a Euromaster<br />
faz parte da sociedade e, como tal, é sensível às necessidades por ela apresentadas<br />
uma responsabilidade da Cruz Vermelha Portuguesa<br />
(CVP) e da Cruz Roja Española. No<br />
entanto, como referimos, estimamos doar<br />
cerca de 20.000 brinque<strong>dos</strong>, tendo em conta o<br />
número de operações de mudanças de pneus<br />
Michelin que estimamos que venham a ser<br />
realizadas nas oficinas Euromaster durante o<br />
período da campanha (9 de novembro a 20<br />
de dezembro). No caso de Portugal, daremos<br />
cobertura à totalidade das necessidades que a<br />
CVP nos comunicou (perto de 3.500 crianças).<br />
Em Espanha, devemos satisfazer um terço das<br />
necessidades.<br />
E os clientes, que vantagens têm em mudar<br />
pneus durante o período da campanha?<br />
A principal “vantagem” é a satisfação de saber<br />
que equipam os seus veículos com “rodas<br />
da felicidade”. No fundo, são os clientes<br />
Euromaster que são solidários. São as suas<br />
compras de pneus que são convertidas em<br />
brinque<strong>dos</strong> para crianças.<br />
Considera esta campanha uma ação de<br />
responsabilidade social?<br />
Vamos oferecer 20.000 brinque<strong>dos</strong> a crianças<br />
carenciadas e/ou em dificuldade social. Não<br />
podemos colocar em causa que é uma operação<br />
de responsabilidade social corporativa.<br />
São mais de 400 os centros Euromaster,<br />
que participam nesta campanha, cujo<br />
objetivo é conseguir oferecer cerca de<br />
20.000 brinque<strong>dos</strong> a crianças carenciadas,<br />
através da Cruz Vermelha Portuguesa e da<br />
Cruz Roja Española. Com a campanha “A<br />
Roda da Felicidade”, a Euromaster prevê<br />
entregar em Portugal mais de 3.400 brinque<strong>dos</strong><br />
à Cruz Vermelha Portuguesa, para<br />
além de lembranças aos clientes que nela<br />
participem, como forma de agradecimento.<br />
Os brinque<strong>dos</strong> contemplam várias faixas<br />
etárias, desde 1 até 12 anos.<br />
Não estamos a utilizar situações, somos mais<br />
uma empresa que está a tentar ajudar a Cruz<br />
Vermelha, através do seu departamento de<br />
colaboração de empresas. Uma forma de<br />
não passar indiferente à situação em que<br />
vivem muitas crianças.<br />
Qual o retorno que pretendem ter desta<br />
campanha?<br />
A receção que a campanha teve nos dois<br />
países já superou as nossas expectativas. O<br />
que, sinceramente, gostava é que a estimativa<br />
de 20.000 operações de pneus Michelin<br />
fossem superadas, para oferecer ainda mais<br />
brinque<strong>dos</strong> aos pequenos. Estamos muito<br />
satisfeitos em poder contribuir, de sermos<br />
pioneiros no nosso setor e de podermos dar<br />
o exemplo, para que sejam mais empresas<br />
a ter este tipo de iniciativas sociais.<br />
Estão previstas outras iniciativas deste<br />
género? Para quando?<br />
“A Roda da Felicidade” está enquadrada<br />
no Programa de Responsabilidade Social<br />
Corporativa da Euromaster a nível europeu.<br />
Já tivemos contacto com outras entidades<br />
e temos ideias para futuras iniciativas, as<br />
quais esperamos que sejam realidade no<br />
ano de 2016.<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Elisabete Jacinto<br />
é madrinha da campanha<br />
“É muito importante que as marcas assumam um papel responsável”<br />
Apiloto Elisabete Jacinto<br />
foi convidada para ser<br />
madrinha da campanha,<br />
tendo aceite colaborar<br />
em prol das crianças e<br />
ofereceu a sua imagem à<br />
iniciativa.<br />
Como madrinha da campanha,<br />
o objetivo é que<br />
consiga atrair mais atenções<br />
sobre a iniciativa na<br />
qual a Euromaster deposita<br />
muitas esperanças em fazer<br />
chegar a felicidade às<br />
crianças apoiadas pela<br />
Cruz Vermelha Portuguesa.<br />
A própria Elisabete Jacinto<br />
já se deslocou a um<br />
centro Euromaster, onde<br />
procedeu à troca <strong>dos</strong><br />
pneus do seu automóvel,<br />
contribuindo, assim, para<br />
a campanha solidária “A<br />
Roda da Felicidade”. A madrinha<br />
desta iniciativa colaborou,<br />
desta forma, para<br />
que mais crianças possam<br />
receber um presente neste<br />
Natal: “É muito importante<br />
que as marcas assumam<br />
um papel responsável e a<br />
campanha “A Roda da Felicidade”<br />
reflete o trabalho<br />
solidário que a Euromaster<br />
desenvolve e o contributo<br />
que presta para criar uma<br />
sociedade mais justa. Para<br />
mim, poder apoiar campanhas<br />
como esta é uma<br />
honra. Com a simples ação<br />
de dirigir-me à Euromaster<br />
e adquirir um conjunto de<br />
pneus da Michelin, consegui<br />
garantir que uma<br />
criança pode abrir, pelo<br />
menos, um presente e sorrir<br />
no dia de Natal”, afirmou<br />
a piloto.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Notícias Mercado<br />
Nankang lança pneu<br />
premium para 4x4/SUV<br />
SP-9 é o nome do novo pneu<br />
da Nankang para veículos 4x4/<br />
SUV premium. Os quatro rasgos<br />
longitudinais mais largos melhoram<br />
a eficiência de drenagem e<br />
capacidade de manobra do pneu<br />
em condições de piso molhado.<br />
As lamelas uniformes e finas do<br />
SP-9 reduzem o impacto na<br />
estrada, melhorando a condução<br />
e aumentando o conforto.<br />
A tecnologia de simulação em<br />
computador de cinco campos<br />
reduz o ruído a alta velocidade<br />
e o desenho centrado na banda<br />
de rolamento proporciona uma<br />
melhoria constante na condução.<br />
CS PNEUS: Nova visão<br />
no serviço automóvel<br />
pós 30 anos à frente da empresa da<br />
Afamília, Carlos Silva lançou-se num<br />
negócio a solo, procurando tirar partido<br />
de toda a sua experiência e visão de um<br />
mercado que muito se alterou ao longo das<br />
últimas décadas. Nasceu, assim, a CS <strong>Pneus</strong>,<br />
debaixo da chancela da Confortauto, mas<br />
com traços de identidade muito próprios,<br />
assentes, sobretudo, em três pilares: experiência,<br />
diferenciação e educação.<br />
Na CS <strong>Pneus</strong>, os clientes encontram, obviamente,<br />
pneus para ligeiros e pesa<strong>dos</strong>,<br />
mas, também, um variado conjunto de<br />
serviços de mecânica automóvel. O objetivo<br />
é prestar serviços a veículos, nas<br />
diferentes vertentes, levando o cliente à<br />
fidelização, por encontrar num único local<br />
tudo aquilo de que necessita. Com lojas em<br />
Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira, a<br />
CS <strong>Pneus</strong> conta com uma equipa composta<br />
por colaboradores de diversas idades. A<br />
estratégia de seleção e recrutamento visou,<br />
precisamente, este convívio de gerações,<br />
privilegiando a partilha de experiência e<br />
de conhecimento técnico. Um <strong>dos</strong> melhores<br />
alinhadores da região, na profissão há<br />
mais de <strong>35</strong> anos, ocupa lugar de destaque<br />
nesta equipa e passa, aos mais novos, todo<br />
o seu know-how e to<strong>dos</strong> aqueles pequenos<br />
segre<strong>dos</strong> que fazem do alinhamento da CS<br />
<strong>Pneus</strong> uma referência no mercado.<br />
A CS <strong>Pneus</strong> entende que a cultura no setor<br />
está a mudar e que é necessário acompanhar<br />
estas alterações ao nível do comportamento<br />
e das necessidades de consumo,<br />
oferecendo aos clientes serviços de verdadeiro<br />
valor acrescentado, basea<strong>dos</strong> nas<br />
pessoas e na criação de laços de confiança<br />
fortes e duráveis. Afinal de contas, sem<br />
clientes não há negócios.<br />
BAYERN DE MUNIQUE E GOODYEAR SÃO SÓCIOS PLATINA<br />
AGoodyear e o Bayern de<br />
Munique, o mais bem-<br />
-sucedido clube de futebol<br />
da liga alemã, vão celebrar<br />
uma parceria de patrocínio<br />
na categoria de platina a<br />
partir de dia 1 de janeiro de<br />
2016. O acordo, com vários<br />
anos de duração, inclui publicidade<br />
à volta do estádio<br />
em to<strong>dos</strong> os jogos em casa<br />
para a Bundesliga e outros<br />
direitos publicitários.Estrelas<br />
do futebol, como Philipp<br />
Lahm, Franck Ribéry, Thomas<br />
Müller e Manuel Neuer, vão<br />
ter a oportunidade de experimentar,<br />
por si próprios,<br />
a qualidade de excelência <strong>dos</strong><br />
produtos Goodyear. De duas<br />
formas distintas, uma vez que<br />
os automóveis priva<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />
jogadores e o autocarro que<br />
transporta a equipa já estão<br />
equipa<strong>dos</strong> com pneus deste<br />
fabricante.<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Notícias Mercado<br />
Infrações requerem sanções<br />
CONTINENTAL exige controlo sobre etiquetas<br />
Falta de acompanhamento<br />
eficaz do cumprimento <strong>dos</strong><br />
requisitos legais da CE foi<br />
revelado pelo teste do ADAC<br />
mais recente teste a pneus de inverno<br />
O realizado pelo clube automóvel alemão<br />
(ADAC), revela, uma vez mais e de<br />
forma muito clara, a falta de um acompanhamento<br />
eficaz do cumprimento <strong>dos</strong><br />
requisitos legais da Comissão Europeia<br />
e <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong>-membros da União Europeia.<br />
Neste sentido, a Continental exige<br />
melhorias no sistema de supervisão de<br />
mercado na Europa. Quando os pneus<br />
mais pequenos – 165/70R14 – foram testa<strong>dos</strong><br />
na aderência em piso molhado, o<br />
melhor pneu de inverno neste domínio,<br />
o ContiWinterContact TS 850, que obteve<br />
uma classificação “C” na etiquetagem de<br />
pneus da UE, apresentou uma distância de<br />
travagem de <strong>35</strong>,2 m, entre os 80 km/h e<br />
o momento da paragem.O desempenho<br />
mais fraco, feito por um pneu importado<br />
de um fabricante asiático, também apresenta<br />
o rótulo “C” mas necessitou de 46<br />
m para se imobilizar. “Este exemplo extremo,<br />
com uma diferença de mais de 10<br />
metros dentro da mesma categoria de<br />
classificação, não é o primeiro caso no<br />
setor <strong>dos</strong> pneus”, referiu Christian Koetz,<br />
diretor do Departamento de <strong>Pneus</strong> para<br />
veículos de passageiros e presidente da<br />
Associação Europeia de Fabricantes de<br />
<strong>Pneus</strong> e Borracha (ETRMA).Que acrescentou:<br />
“Já é altura destas enormes infrações<br />
terem sanções proporcionais e<br />
que funcionem como meio de dissuasão.<br />
Caso contrário, a indústria europeia de<br />
pneus é colocada numa desvantagem<br />
substancial pela legislação europeia, algo<br />
que não pode ser do interesse <strong>dos</strong> legisladores”.<br />
A Continental exige, mais uma<br />
vez, de forma veemente, que, em vez da<br />
aprovação constante de novos regulamentos,<br />
tanto a Comissão Europeia como<br />
os Esta<strong>dos</strong>-membros se comprometam,<br />
finalmente, a criar sistemas eficazes de<br />
supervisão de mercado.<br />
BRIDGESTONE APRESENTOU novos pneus de moto<br />
Bridgestone apresentou, no Salão dedica<strong>dos</strong><br />
às motos, o EICMA, que teve<br />
A<br />
lugar em Milão, dois novos pneus: Batllax<br />
HyperSport S21 e Battlax Racing W01. Para<br />
desenvolver o Battlax S21, os engenheiros<br />
da Bridgestone recorreram à famosa performance<br />
obtida com o S20 EVO em situações<br />
de chuva e juntaram-lhe inovadoras<br />
características para aperfeiçoar o seu desempenho<br />
em seco, aumentando ainda, a<br />
quilometragem. Já o Battlax Racing W01, é<br />
o mais recente pneu de corrida para piso<br />
molhado da Bridgestone. Considerado como<br />
um spin-off direto da mundialmente famosa<br />
tecnologia da Bridgestone para o MotoGP, o<br />
W01 reproduz o design do padrão do piso<br />
<strong>dos</strong> pneus dessa competição, agora para<br />
piso molhado.<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Grupo Mobivia e Point S ANUNCIAM ALIANÇA<br />
OGrupo Mobivia, que trabalha na manutenção<br />
de automóveis multimarca,<br />
e a Point S, uma das principais empresas de<br />
venda de pneus, anunciaram uma parceria a<br />
nível internacional. Esta aliança estratégica<br />
cobre uma extensa lista de produtos, como<br />
pneus e peças. Cada grupo vai manter-se<br />
autónomo e independente nas suas políticas<br />
de rede e desenvolvimentos. A aliança vai ser<br />
criada a partir de uma entidade legal, que terá<br />
legitimidade para negociações futuras. O seu<br />
objetivo passa por preservar a independência<br />
<strong>dos</strong> dois grupos e reforçar a capacidade<br />
de procura no mercado automóvel. Cada<br />
uma das marcas vai estruturar a sua rede<br />
de distribuição, bem como os canais B2C.<br />
Jantes SpeedLine Truck<br />
para Megatrailers<br />
A empresa SpeedLine Truck, conhecida<br />
pela diversidade de jantes<br />
especiais, ampliou a sua gama com<br />
uma nova jante especialmente desenhada<br />
para os grandes volumes<br />
e pesos próprios de cargas de Megatrailers:<br />
SLT <strong>35</strong>98. Com esta nova<br />
solução de jante para Megatrailers,<br />
a SpeedLine Truck amplia, de forma<br />
incomparável, a sua oferta de<br />
jantes no tamanho 19.5”x14.00”,<br />
que inclui a ET120 e as variantes<br />
de 10 furos, com medidas em 26<br />
e 32 mm. A nova jante de modelo<br />
SLT <strong>35</strong>98 consiste na primeira jante<br />
do mundo nesta versão. Com uma<br />
capacidade de carga de 4.500 kg<br />
e um peso de apenas 22,9 kg, esta<br />
jante garante uma economia de<br />
peso de, aproximadamente, 17-21<br />
kg por jante, em comparação com<br />
as mesmas jantes em ferro.Com a<br />
montagem de seis jantes Megatrailer,<br />
a economia total de peso seria<br />
de, aproximadamente, 100-120 kg<br />
por reboque. Esta marca é distribuída<br />
em Portugal pela Domingos<br />
& Morgado.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Notícias<br />
Mercado<br />
Continental certifica<br />
parceiros para o<br />
ContiPressureCheck<br />
Michelin Tire Care<br />
ao serviço das empresas<br />
OGrupo Michelin lançou o Tire Care,<br />
o primeiro conjunto de ofertas<br />
digitais e conectadas para empresas<br />
de transporte. As possibilidades da<br />
tecnologia digital vão permitir simplificar<br />
a vida <strong>dos</strong> operadores de transporte,<br />
especialmente as suas ações<br />
de manutenção, tornar mais fiáveis as<br />
suas atividades em prol da segurança<br />
e reduzir os seus custos operacionais.<br />
A finalidade deste produto é recolher<br />
e devolver, de maneira fiável, automática,<br />
simples, rápida e oportuna,<br />
informações sobre os pneus de uma<br />
frota. To<strong>dos</strong> estes conhecimentos<br />
organiza<strong>dos</strong> vão ter um impacto<br />
imediato na atividade do transporte<br />
rodoviário e nos seus resulta<strong>dos</strong>. As<br />
informações estarão acessíveis num<br />
suporte adaptado aos utilizadores,<br />
num smartphone, num computador<br />
ou num organizador eletrónico tipo<br />
PDA (Personal Digital Assistant). Na<br />
Europa, vão existir três ofertas adaptadas<br />
às necessidades das empresas<br />
de transporte: TireLog (livro de manutenção<br />
digital de bolso, simples e<br />
prático); iCheck (diagnóstico preditivo<br />
<strong>dos</strong> pneus); iManage (combina manutenção<br />
e rastreabilidade individual de<br />
cada pneu).<br />
Simplificar, aumentar a fiabilidade e reduzir<br />
custos são os trunfos do Michelin Tire Care<br />
A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />
certificou, recentemente, mais<br />
de uma dezena de parceiros<br />
em montagem de sensores e<br />
sistema completo ContiPressureCheck<br />
(CPC).Com esta ação,<br />
a Continental pretende dar aos<br />
seus parceiro os conhecimentos<br />
e as ferramentas necessários para<br />
a instalação do referido sistema. O<br />
CPC consiste numa solução inovadora<br />
e totalmente desenvolvida<br />
pela Continental, que permite monitorizar<br />
a pressão e a temperatura<br />
<strong>dos</strong> pneus. O sistema combina o<br />
sensor instalado no interior do<br />
pneu com uma unidade central<br />
de controlo para processamento<br />
de da<strong>dos</strong>, existindo um visor<br />
instalado na cabine do veículo.<br />
Tudo isto permite ao condutor<br />
ter acesso aos da<strong>dos</strong> em tempo<br />
real, inclusive com a funcionalidade<br />
de telemetria e integração<br />
com o software de gestão da frota.<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
BFGOODRICH regressa ao Dakar em 2016<br />
BFGoodrich estará de novo presente,<br />
A na prova de resistência mais dura do<br />
mundo: o Rally Dakar. Desta vez, a BFGoodrich<br />
patrocinará a equipa Mitsubishi<br />
Spain Team Powerade, capitaneada por<br />
Rubén Gracia. O piloto escolheu pneus<br />
de série para enfrentar esta exigente<br />
prova: BFGoodrich All Terrain T/A KO2 e<br />
Mud Terrain T/A KM2. Com esta parceria, a<br />
BFGoodrich traduz a sua paixão pela competição<br />
automóvel ao mais alto nível, assim<br />
como o seu apoio aos projetos desportivos<br />
mais prometedores. O fabricante norte-<br />
-americano de pneus quer demonstrar na<br />
edição de 2016 do Dakar que é possível<br />
participar na prova de rally-raid mais exigente<br />
e conceituada do mundo com pneus<br />
de série, graças às suas performances e<br />
resistência. Que competirão ao mesmo<br />
nível com produtos especificamente desenvolvi<strong>dos</strong><br />
para esta corrida.<br />
A BFGoodrich irá<br />
patrocinar a equipa<br />
Mitsubishi Spain Team<br />
Powerade<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29
Notícias Mercado<br />
Resulta<strong>dos</strong> financeiros do Grupo Michelin<br />
Curva ascendente<br />
Com vendas líquidas de 15.807 milhões de euros nos<br />
primeiros nove meses de 2015, o que correspondeu a um<br />
aumento de 8,6% face a igual período de 2014, os resulta<strong>dos</strong> do<br />
Grupo Michelin encontram-se na curva ascendente<br />
Com base na informação financeira de 30<br />
de setembro de 2015, as vendas líquidas<br />
do Grupo Michelin totalizaram 15.807 milhões<br />
de euros nos primeiros nove meses de 2015,<br />
o que correspondeu a um aumento de 8,6%<br />
face a igual período de 2014. Repartidas do<br />
seguinte modo: 8.838 milhões de euros para<br />
ligeiro, camioneta e distribuição associada<br />
(+13,9% do que em 2014, que registou 7.759<br />
milhões de euros); 4.675 milhões de euros para<br />
camião e distribuição associada (+3,8% do que<br />
no ano passado, que registou 4.503 milhões de<br />
euros); 2.294 milhões de euros para atividades<br />
de especialidades - pneus de engenharia civil,<br />
agrícolas, duas rodas e avião, Michelin Travel<br />
Partner e Michelin Lifestyle (-0,1% do que<br />
em 2014, que havia atingido 2.296 milhões<br />
de euros).<br />
Analisando os números relativos apenas ao<br />
terceiro trimestre de 2015, o crescimento foi<br />
de 14,9% para ligeiro, camioneta e distribuição<br />
associada (2.978 contra 2.592 milhões<br />
de euros alcança<strong>dos</strong> em 2014), de 2% para<br />
camião e distribuição associada (1.607 contra<br />
1.576 milhões de euros em 2014) e de 1%<br />
para atividades de especialidades - pneus de<br />
engenharia civil, agrícolas, duas rodas e avião,<br />
Michelin Travel Partner e Michelin Lifestyle (724<br />
contra 717 milhões de euros em 2014). Tudo<br />
somado, o Grupo Michelin registou uma subida<br />
de 8,7% no terceiro trimestre de 2015<br />
no que a vendas líquidas diz respeito (5.309<br />
contra 4.885 milhões de euros alcança<strong>dos</strong> em<br />
igual período de 2014).<br />
Perspetivas confirmadas<br />
Graças ao seu equilibrado posicionamento<br />
geográfico, o Grupo Michelin mantém o seu<br />
objetivo de crescimento em volume superior<br />
ao <strong>dos</strong> seus merca<strong>dos</strong> para o conjunto do<br />
ano. O seguimento do seu plano de competitividade<br />
permitirá compensar a inflação <strong>dos</strong><br />
custos em 2015. O grupo francês confirma,<br />
assim, o seu objetivo de resultado operacional<br />
antes de elementos não recorrentes em<br />
crescimento, sem incluir efeitos do câmbio,<br />
rentabilidade <strong>dos</strong> capitais empregues superior<br />
a 11% e geração de cash flow livre estrutural<br />
de cerca de 700 milhões de euros, tendo em<br />
conta o programa de investimentos de cerca<br />
de 1,8 milhões de euros.<br />
Quanto aos números relativos aos merca<strong>dos</strong><br />
de primeiro equipamento e de substituição<br />
para os segmentos ligeiro, camioneta e camião<br />
nos primeiros nove meses de 2015. Quanto ao<br />
primeiro equipamento, os resulta<strong>dos</strong> globais<br />
para o segmento ligeiro e camioneta mantiveram-se<br />
face a 2014: Europa com Rússia,<br />
CEI e Turquia (+4%); Europa sem Rússia, CEI<br />
e Turquia (+6%); América do Norte (+4%);<br />
Ásia excluindo a Índia (-3%); América do Sul<br />
(-17%); África, Índia e Médio Oriente (+5%). Já<br />
no mercado de substituição, o crescimento<br />
foi de 2% nos primeiros nove meses de 2015<br />
face a 2014: Europa com Rússia, CEI e Turquia<br />
(+2%); Europa sem Rússia, CEI e Turquia (+3%);<br />
América do Norte (+1%); Ásia excluindo a Índia<br />
As prestações do<br />
Grupo Michelin<br />
aceleraram em 2015<br />
(+3%); América do Sul (+2%); África, Índia e<br />
Médio Oriente (+4%).<br />
No que ao primeiro equipamento para o segmento<br />
camião diz respeito (merca<strong>dos</strong> radial e<br />
diagonal), nos primeiros nove meses de 2015<br />
verificou-se um decréscimo de 6% face a igual<br />
período de 2014: Europa com Rússia, CEI e<br />
Turquia (+5%); Europa sem Rússia, CEI e Turquia<br />
(+10%); América do Norte (+12%); Ásia<br />
excluindo a Índia (-18%); América do Sul (-46%);<br />
África, Índia e Médio Oriente (+16%). Já no<br />
mercado de substituição, ainda no segmento<br />
camião, o decréscimo foi de 1% nos primeiros<br />
nove meses de 2015 face a 2014: Europa com<br />
Rússia, CEI e Turquia (-2%); Europa sem Rússia,<br />
CEI e Turquia (+8%); América do Norte (+3%);<br />
Ásia excluindo a Índia (-3%); América do Sul<br />
(-6%); África, Índia e Médio Oriente (+1%).<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Goodyear EQUIPA DE ORIGEM NOVOS FORD<br />
Goodyear anunciou<br />
A que to<strong>dos</strong> os novos<br />
modelos da Ford poderão<br />
ser equipa<strong>dos</strong> com o<br />
premiado pneu “all weather”<br />
Vector 4Seasons de<br />
segunda geração como<br />
equipamento original. As<br />
novas versões <strong>dos</strong> modelos<br />
Focus, C-Max, Galaxy<br />
e S-Max, para além do<br />
atual Fiesta, vêm com a<br />
aplicação opcional da segunda<br />
geração do Vector<br />
4Seasons. Este pneu proporciona<br />
uma distância<br />
de travagem menor sobre<br />
piso molhado, neve e<br />
gelo, de acordo com testes<br />
independentes TÜV,<br />
o que representa uma<br />
vantagem muito positiva<br />
em muitos climas por<br />
toda a Europa.Desde o<br />
lançamento da segunda<br />
geração do Vector 4Seasons,<br />
que este pneu conquistou<br />
o primeiro lugar<br />
no teste de pneus para<br />
todas as estações 2015 da<br />
revista AutoBild, demonstrando<br />
um desempenho<br />
exemplar em vários domínios<br />
e classificando-<br />
-se à frente de produtos<br />
concorrentes, como o<br />
Michelin CrossClimate.<br />
Recebeu ainda o estatuto<br />
de “recomendado”<br />
no teste de pneus para<br />
todas as estações 2015<br />
da AutoExpress.<br />
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NOVAS JANTES ALCAR<br />
AEZ, Dotz, Dezent e Enzo<br />
OGrupo ALCAR, detentor<br />
das marcas de jantes AEZ,<br />
Dotz, Dezent e Enzo, apresentou<br />
as suas novidades para<br />
2016. O grupo austríaco é um<br />
<strong>dos</strong> principais fabricantes a<br />
nível mundial na produção de<br />
jantes de ferro e alumínio. Recorrendo<br />
a um design inovador<br />
e às mais recentes tecnologias<br />
de ponta, as marca AEZ, Dotz,<br />
Dezent e Enzo firmaram a sua<br />
presença neste mercado, pautando-se<br />
pela sua qualidade e<br />
dinâmica. Para além de uma<br />
vasta gama de oferta para o<br />
cliente final, a ALCAR é um <strong>dos</strong><br />
principais fornecedores de jantes<br />
para as grandes marcas do<br />
de automóveis.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31
Notícias Mercado<br />
A navegar no êxito<br />
Euromaster Portugal<br />
realiza 2.ª Convenção<br />
No passado dia 23 de outubro, teve lugar<br />
a 2.ª Convenção Euromaster Portugal,<br />
que foi celebrada no Porto Palácio Congress<br />
Hotel & Spa. Sob o lema “No Caminho do<br />
Êxito”, a equipa da Euromaster fez um balanço<br />
de toda a atividade desenvolvida ao<br />
longo deste último ano e apresentou a sua<br />
estratégia para 2016. Nos planos para o futuro,<br />
a Euromaster propõe-se continuar a<br />
expandir a rede, consolidando, ao mesmo<br />
tempo, a globalidade da sua oferta na totalidade<br />
<strong>dos</strong> centros. A estratégia passa por<br />
manter um forte dinamismo em matéria de<br />
promoções e comunicação, acompanhado<br />
pelo reforço da homogeneidade <strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong><br />
e ferramentas para servir to<strong>dos</strong> os<br />
clientes (B2C e B2B).<br />
Aposta constante na qualidade<br />
Três anos após a sua chegada a Portugal, a<br />
rede tem vindo a desenvolver-se, tanto no<br />
que diz respeito à cobertura do território nacional,<br />
através da abertura de novos centros,<br />
como na implementação da sua oferta em<br />
matéria de pneus e manutenção de veículos<br />
na maioria <strong>dos</strong> centros que já compõem<br />
a rede em Portugal. Os produtos exclusivos<br />
disponibiliza<strong>dos</strong>, tanto no segmento<br />
de veículos ligeiros como no segmento<br />
de veículos industriais, jogam um papel<br />
de relevo na diferenciação e na projeção<br />
da rede: Master Assistência, OK 24 Horas,<br />
Master Segur, Euromaster Financia, Planos de<br />
Manutenção, Revisão Oficial, Formação, Frotas,<br />
ebusiness e NPS, entre outros, são exemplos<br />
bem visíveis do sucesso da rede. O ano de<br />
2015 foi ainda marcado por uma aposta da<br />
Euromaster na área da qualidade, que viu o<br />
seu esforço recompensado pela obtenção da<br />
Certificação ISO 9001 em cerca de um terço<br />
<strong>dos</strong> centros franquia<strong>dos</strong>. Esta certificação, que<br />
leva o selo AENOR, vem reforçar as ambições<br />
da rede, que visa ser líder na venda de pneus<br />
e na manutenção de veículos.<br />
A tarde foi preenchida com um passeio de<br />
barco pelo Douro, onde os participantes<br />
puderam conviver e partilhar experiências<br />
com os seus colegas de outras zonas do país.<br />
Como não poderia deixar de ser, o jantar de<br />
encerramento teve lugar numa das magníficas<br />
Caves de Gaia, com uma sublime vista<br />
sobre a Invicta.<br />
A rede Euromaster chegou a Portugal há<br />
três anos e tem vindo a desenvolver-se<br />
Falken reduz ruído<br />
em 10 decibéis<br />
A Falken Tyre desenvolveu uma<br />
nova tecnologiam denominada<br />
“Silent Core”, que é capaz de reduzir<br />
o ruído <strong>dos</strong> pneus. Desta<br />
forma, o som no habitáculo pode<br />
diminuir até quatro decibéis, enquanto<br />
o ruído de rolamento<br />
pode baixar até aos 10 decibéis.<br />
A nova tecnologia, patenteada<br />
“Silent Core”, foi desenvolvida em<br />
colaboração com os investigadores<br />
da empresa-mãe da Falken, a<br />
Sumitomo Rubber Industries. O<br />
“Silent Core” consiste na aplicação<br />
de uma capa de espuma de<br />
éter poliuretano na parte interna<br />
do pneu, de modo a atenuar as<br />
vibrações e a ressonância do ar<br />
que fica “preso” na carcaça.<br />
Trelleborg adquire<br />
CGS Holding<br />
A Trelleborg assinou um acordo<br />
para aquisição da CGS Holding,<br />
empresa privada e líder em pneus<br />
agrícolas, industriais e especiais,<br />
assim como em soluções de engenharia<br />
de polímeros. O investimento<br />
total ascende a cerca de<br />
1,18 biliões de euros livres de<br />
impostos. Com esta aquisição, a<br />
Trelleborg consolida-se como um<br />
líder global em pneus agrícolas e<br />
reforça a sua posição de liderança<br />
no ramo <strong>dos</strong> pneus industriais.<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
REDE CONTISERVICE chega ao Algarve<br />
A Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal aumentou a sua rede<br />
de oficinas ContiService com<br />
a inauguração de mais uma<br />
unidade situada em Portimão:<br />
a Mourinha <strong>Pneus</strong><br />
Com a abertura desta nova unidade,<br />
a rede ContiService passou a contar<br />
com 13 parceiros, sendo objetivo da<br />
Continental ter 80 pontos de venda no<br />
prazo de cinco anos, num investimento<br />
que ronda os €500.000. Até final de 2015,<br />
serão inaugura<strong>dos</strong> mais sete unidades<br />
ContiService, que permitirão à Continental<br />
atingir a marca <strong>dos</strong> 20 parceiros.<br />
Trata-se de um projeto único e diferenciador<br />
no setor, que vai implementar,<br />
a nível nacional, uma rede de oficinas,<br />
sob a chancela da Continental e que tem<br />
como foco principal a fidelização do consumidor<br />
final à prestação de um serviço<br />
que se rege pelos mais altos padrões de<br />
Ribeiro da Silva, da<br />
Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal, a discursar<br />
qualidade. A adesão à rede ContiService<br />
pressupõe equipar os parceiros com novas<br />
ferramentas de comunicação e com<br />
instrumentos que os apoiem no desenvolvimento<br />
do negócio, tornando-os, desta<br />
forma, mais competitivos no mercado<br />
nacional. Ribeiro da Silva, diretor comercial<br />
de Ligeiros da Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal, destacou como grande fator<br />
decisivo no sucesso da implementação<br />
desta rede a “flexibilidade na abordagem,<br />
a ausência de pagamento de qualquer<br />
fee e a criação de mecanismos de apoio<br />
à dinamização do negócio”.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
Notícias Mercado<br />
IC Car: pneus em ação<br />
Localizada em Samora<br />
Correia, a IC Car “lançou-se”<br />
no serviço de pneus:<br />
montagem, calibragem e<br />
alinhamento de direções.<br />
A propósito desta nova<br />
realidade, Bento Pereira,<br />
sócio-gerente, destacou:<br />
“É necessário, cada vez<br />
mais, termos um serviço<br />
globalizado e completo,<br />
totalmente focado nas<br />
necessidades do cliente,<br />
apostando em novas<br />
áreas complementares à<br />
mecânica, que é o nosso<br />
core business. Nesse sentido,<br />
lançámos o serviço de<br />
pneus, oferecendo já<br />
montagem, desmontagem,<br />
calibragem de pneus e<br />
alinhamento de direções”.<br />
PNEURAMA apresentou novidades na Mecânica<br />
empresa de Paredes, propriedade de José<br />
A Azevedo da Mota, apresentou-se na 5.ª edição<br />
do Salão Mecânica com um amplo stand.<br />
Para além das marcas Lassa e Farroad, os olhares<br />
<strong>dos</strong> visitantes profissionais recaíram sobre duas<br />
novidades: Discoverer STT Pro da Cooper Tires<br />
e Eurovis Sport 04 da Roadstone. No caso do<br />
primeiro, trata-se de um pneu concebido para<br />
exigentes atividades off-road, que anuncia uma<br />
capacidade de tração superior sem comprometer<br />
as prestações em estrada. Constituído por um<br />
composto que recorre a uma infusão de sílica, o<br />
que permite obter um desempenho eficaz em<br />
piso molhado e uma eficiência de combustível<br />
digna de registo, o Discoverer STT Pro dispõe<br />
ainda de construção Armor-Tek 3, que assegura<br />
elevada proteção contra impactos.<br />
No caso do Eurovis Sport 04, da sul-coreana Roadstone,<br />
trata-se de um pneu de verão concebido<br />
para viaturas de turismo. Disponível com uma<br />
gama de medidas que vão desde jantes de 14”<br />
a 18”, anuncia uma boa relação preço/qualidade.<br />
Bridgestone lança PNEUS EM BORRACHA 100% NATURAL<br />
A<br />
Bridgestone anunciou o sucesso da produção<br />
de pneus com 100% <strong>dos</strong> seus compostos<br />
de borracha natural deriva<strong>dos</strong> do guaiúle,<br />
um arbusto do deserto que cresce em regiões<br />
áridas. Desenvolvi<strong>dos</strong> no Centro Técnico da<br />
Bridgestone no Japão, estes pneus destacam-<br />
-se por terem sido concebi<strong>dos</strong> com recurso a<br />
borracha natural do guaiúle, cultivado pela<br />
Bridgestone no seu Centro de Investigação e<br />
Processamento de Borracha Ecológica em Mesa,<br />
no Arizona, EUA. Com um investimento global<br />
significativo, a Bridgestone desenvolveu pneus<br />
similares para veículos de passageiros no seu<br />
centro de operações em Roma, Itália, no verão<br />
passado.Na produção destes pneus, a maioria<br />
<strong>dos</strong> compostos de borracha natural, incluindo o<br />
piso, a parede lateral e o talão, foram substituí<strong>dos</strong><br />
pela borracha natural extraída do guaiúle<br />
cultivado e colhido pelo fabricante japonês. Sabendo<br />
que o guaiúle cresce em zonas áridas, ao<br />
contrário das árvores-da-borracha, que podem<br />
ser encontradas em regiões tropicais, acredita-<br />
-se que o desenvolvimento da matéria-prima<br />
deste arbusto contribua para a diversificação<br />
das fontes de borracha natural.<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
TOYO TYRES renova com Leicester City<br />
Como parte da sua estratégia de envolvimento<br />
com o futebol profissional, a<br />
Toyo Tires anunciou a decisão de renovar a<br />
sua bem sucedida parceria com o Leicester<br />
City para a época de 2015/2016. Esta parceria<br />
vai fazer com que a empresa japonesa mantenha<br />
a sua presença comercial no estádio<br />
King Power, enquanto o logótipo da marca de<br />
pneus vai continuar visível no equipamento da<br />
equipa.Keishi Inoue, responsável pela Toyo Tires<br />
UK, proferiu a seguinte afirmação: “A nossa<br />
já longa parceria com o Leicester City continua<br />
a fornecer uma fantástica oportunidade de<br />
aumentar as aspirações da marca, num <strong>dos</strong><br />
belos palcos deste desporto. A Toyo é uma<br />
marca que tem uma grande tradição desportiva<br />
e estamos muito satisfeitos em promover<br />
a nossa presença no futebol de topo”.<br />
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Continental promove<br />
pneus de inverno<br />
para pesa<strong>dos</strong><br />
A Continental desenvolveu<br />
um conceito integrado<br />
de pneus de inverno para o<br />
eixo dianteiro, rodas motrizes<br />
e pneus do reboque, respetivamente.<br />
Este programa tem<br />
como base vários anos de<br />
experiência e conhecimento<br />
prático adquirido nos países da<br />
Escandinávia, onde os genuínos<br />
pneus de inverno são instala<strong>dos</strong><br />
em veículos comerciais<br />
antes do início da estação fria.<br />
Os pneus de inverno da Continental<br />
marca<strong>dos</strong> com o símbolo<br />
do floco de neve, não só superam<br />
facilmente os pneus M+S,<br />
como, também, excedem de<br />
forma significativa as exigências<br />
do símbolo 3PMSF (um<br />
floco de neve dentro de uma<br />
montanha com três cumes). Estes<br />
pneus são especialmente<br />
concebi<strong>dos</strong> para utilização no<br />
inverno e cumprem as exigências<br />
específicas para os eixos.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | <strong>35</strong>
Notícias Mercado<br />
Guia Michelin<br />
Portugal e Espanha<br />
2016 já disponível<br />
O Guia Michelin continua a<br />
fazer um enorme esforço editorial,<br />
que tem o seu mais claro<br />
exemplo nos mais de duzentos<br />
novos restaurantes da seleção.<br />
Estes estabelecimentos são a garantia<br />
tanto do êxito atual como<br />
do futuro prometedor que tem a<br />
nossa cozinha. Como é tradicional,<br />
o guia Michelin oferece uma<br />
seleção de estabelecimentos com<br />
a cozinha que existe de melhor<br />
qualidade em ambos os países.<br />
EURO TYRE REFORMULOU<br />
processo de logística em Portugal<br />
Euro Tyre aumentou o número de<br />
A entregas para seis vezes ao dia em<br />
Lisboa, sendo quatro vezes nos distritos<br />
de Aveiro e Coimbra e duas vezes no interior<br />
de Portugal. No seguimento da sua<br />
política de proximidade e aumento das<br />
soluções para os seus clientes, a empresa<br />
de Murtede duplicou, recentemente, a área<br />
disponível no seu armazém de Lisboa. Com<br />
esta alteração, a Euro Tyre disponibilizará<br />
ainda mais medidas e modelos de pneus,<br />
aumentando o seu já de si vasto stock de<br />
todas as marcas em mais 30%. Com o<br />
objetivo de prestar um serviço cada vez<br />
mais completo, a Euro Tyre disponibiliza,<br />
também, um vasto leque de peças auto,<br />
tais como filtros, material de suspensão<br />
e travagem, lubrificantes e embraiagens,<br />
para, assim, responder às novas solicitações<br />
do mercado. As peças auto podem ser solicitadas<br />
através do site da Euro Tyre (www.<br />
eurotyre.pt) com a simples introdução da<br />
matrícula da viatura.Todas as peças serão<br />
entregues nos mesmos prazos do que os<br />
pneus. Através de um sistema de logística<br />
própria, a empresa aumentou, também, o<br />
número de entregas, para quatro diárias<br />
nos distritos de Aveiro e Coimbra bem<br />
como para duas vezes ao dia em Viseu,<br />
Guarda, Covilhã e Castelo Branco.Brevemente,<br />
serão anunciadas mais novidades<br />
ao nível <strong>dos</strong> serviços a prestar pela Euro<br />
Tyre, nomeadamente na área ambiental, de<br />
formação e de maquinaria e ferramentas.<br />
Trelleborg lança nova<br />
gama TM 1060<br />
A Trelleborg apresentou, na<br />
Feira Agritechnica, uma gama<br />
de pneus pioneira, que dá pelo<br />
nome de TM1060. Desenhada<br />
com a tecnologia Progressive<br />
Traction, este pneu inovador<br />
aumenta a oferta de soluções<br />
de alto rendimento para a nova<br />
geração de tratores de 80 a mais<br />
de 300 cv. Este novo Trelleborg<br />
supera o rendimento <strong>dos</strong> pneus<br />
da Série 60.<br />
CULTOR RD CHEGA em janeiro de 2016<br />
A<br />
marca de pneus agrícolas e industriais<br />
Cultor vai ampliar consideravelmente<br />
a gama radial. A gama de<br />
pneus Cultor RD substitui a série Mitas<br />
RD, que vai deixar de estar disponível<br />
no catálogo desta última marca. A Mitas<br />
produz a Cultor nas suas fábricas<br />
da Europa e passa a disponibilizar 46<br />
novas medidas de pneus agrícolas<br />
radiais, marca<strong>dos</strong> como Cultor RD<br />
a partir de janeiro de 2016. O Cultor<br />
RD beneficia do desenvolvimento de<br />
pneus de alta tecnologia levado a<br />
cabo pela Mitas, oferecendo o mesmo<br />
rendimento e igual durabilidade da<br />
Mitas RD. No portefólio da Mitas, a<br />
Cultor posiciona-se abaixo da linha<br />
Mitas Premium.<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Continental criou TIREINTERACTIVE<br />
riada especialmente para fabricantes de<br />
C equipamento de origem no setor <strong>dos</strong> veículos<br />
comerciais, a nova App da Continental<br />
responde pelo nome de TireInteractive. No<br />
centro desta aplicação, disponível para iPad,<br />
está a Continental TireFinder, que foi adaptada<br />
às necessidades específicas <strong>dos</strong> fabricantes de<br />
camiões e autocarros. Esta ferramenta eletrónica<br />
interativa mostra os pneus para veículos<br />
comerciais disponível para determina<strong>dos</strong> fins<br />
e áreas de utilização. A App tem em conta<br />
todas as informações importantes na seleção<br />
<strong>dos</strong> pneus, to<strong>dos</strong> os tamanhos disponíveis na<br />
Continental e as suas diferentes utilizações,<br />
incluindo pneus de inverno. A TireInteractive<br />
dispõe, também, de uma área que permite o<br />
download de documentos técnicos, brochuras<br />
de produtos e outras informações, tais como<br />
o habitual “Databook” em formato pdf. Esta<br />
App vem facilitar as negociações entre clientes<br />
e conselheiros de vendas no setor <strong>dos</strong> fabricantes<br />
de equipamento original. E pode ser<br />
descarregada na App Store da Apple, usando<br />
o termo de pesquisa “TireInteractive”.<br />
ZAFCO lança novos<br />
pneus no SEMA 2015<br />
A ZAFCO apresentou dois novos<br />
produtos na edição de 2015<br />
do SEMA, que teve lugar em Las<br />
Vegas: o Zeetex ZT3000, uma alternativa<br />
amiga do ambiente que<br />
oferece um excelente grip em piso<br />
molhado e um comportamento<br />
muito positivo; os pneus slick<br />
Accelera Delta Sport, os primeiros<br />
de corrida produzi<strong>dos</strong> com<br />
“R Compound”. Mantendo uma<br />
presença habitual no SEMA nos<br />
últimos dez anos, a gama ZAFCO<br />
tem, agora, quatro marca: Zeetex,<br />
Accelera, Forceum e Armstrong,<br />
sendo que todas dispõem de uma<br />
vasta gama de patentes PCR, TBR,<br />
SUV e inverno.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37
Notícias Mercado<br />
PNEUS GOODYEAR SoundComfort equipam Classe S<br />
Goodyear anunciou que irá equipar o<br />
A Mercedes-Maybach Classe S com os<br />
seus pneus mais avança<strong>dos</strong>, capazes de<br />
reduzir o ruído do veículo graças à tecnologia<br />
SoundComfort. O Mercedes-Maybach<br />
Classe S reúne a perfeição do topo de gama<br />
da Mercedes-Benz com a exclusividade da<br />
Maybach. Este modelo, que dispõe de jantes<br />
de 19”, está equipado com pneus Run on<br />
Flat Goodyear EfficientGrip, nas medidas<br />
245/45 102Y XL para aplicação no eixo dianteiro<br />
e 275/40 101Y para aplicação no eixo<br />
traseiro.Caso disponha de jantes de 20”,<br />
conta com pneus Run on Flat Goodyear<br />
Eagle F1 Asymmetric 2, de medida 245/40<br />
99Y XL para aplicação no eixo dianteiro e<br />
275/<strong>35</strong> 102Y XL para aplicação no eixo traseiro.Todas<br />
estas aplicações têm marcação<br />
MO, sigla que indica que foram fabricadas<br />
especificamente para a Mercedes-Benz.<br />
O aspeto exclusivo destas aplicações é a<br />
tecnologia SoundComfort integrada, que<br />
o torna num equipamento único. A tecnologia<br />
SoundComfort da Goodyer consiste<br />
numa espuma de poliuretano de células<br />
abertas, que se encontra na superfície interior<br />
do pneu. Solução que amortece o<br />
pico sonoro de ressonância da cavidade<br />
do pneu, que se produz quando ele rola<br />
sobre uma superfície, até 11 decibéis. A<br />
redução de ruído que se obtém no interior<br />
do veículo pode atingir os 4 decibéis, o que<br />
faz com que o habitáculo do veículo seja<br />
bastante mais silencioso num amplo leque<br />
de velocidades.<br />
Tecwash aposta na diferença<br />
Soluções self-service<br />
A Tecwash foi criada para apresentar<br />
soluções inovadoras no ramo<br />
das lavagens automóvel, tornando-<br />
-as numa tarefa agradável em vez<br />
de cansativa. Os modelos self-service<br />
por si utiliza<strong>dos</strong> recorrem a um<br />
sistema completamente controlado e<br />
realizado pelo cliente, efetuado num<br />
espaço próprio e adequado para o<br />
efeito. Além de oferecer uma lavagem<br />
profissional, a marca disponibiliza<br />
uma gama de produtos automóvel<br />
para proteção e cuidado do veículo.<br />
Mais informações poderão ser obtidas<br />
pelo telefone 234 869 333 ou através<br />
do email geral@tecwash.pt.<br />
Novo piso urbano BANDAG U-AP 001<br />
Seguindo o trilho do Bridgestone U-AP 001,<br />
lançado em 2014, o novo piso urbano<br />
Bandag U-AP 001 oferece a combinação<br />
perfeita para cidade, com um custo por quilómetro<br />
reduzido para os operadores. Desenvolvido<br />
a pensar nos autocarros urbanos e<br />
camiões de lixo, o Bandag U-AP 001 anuncia<br />
uma quilometragem excelente, segurança<br />
em todas as estações do ano (com marcação<br />
M+S) e uma resistência impressionante ao<br />
desgaste irregular, que ajuda os gestores de<br />
frota a tirar o máximo partido <strong>dos</strong> seus pneus<br />
nas estradas de cidade. Desta forma, este<br />
novo modelo encaixa na perfeição a estratégia<br />
conjunta Total Tyre Life da Bridgestone<br />
e da Bandag. O novo piso urbano Bandag<br />
U-AP 001 foi desenvolvido para responder<br />
aos desafios cria<strong>dos</strong> por diferentes tipos de<br />
estrada, nomeadamente com curvas largas<br />
e apertadas, bem como quantidades imprevisíveis<br />
de carga e condução no chamado<br />
“para-arranca”, apresentando, ao mesmo<br />
tempo, um excelente conforto, segurança e,<br />
acima de tudo, uma boa quilometragem.Na<br />
verdade, o Bandag U-AP 001 anuncia um<br />
desempenho até 25% superior, para além<br />
de permitir poupar, consideravelmente, nos<br />
custos de substituição e operação.<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
DUNLOP TESTA novo RoadSmart III durante 1,2 milhões de km<br />
ADunlop concluiu o programa<br />
de desenvolvimento e de<br />
testes do seu mais recente pneu<br />
para o segmento Sport Touring:<br />
o RoadSmart III. Concebido, desenvolvido<br />
e fabricado no mesmo<br />
centro de inovação europeu da<br />
marca, de onde saíram os pneus<br />
todo-o-terreno vencedores da corrida<br />
da Ilha de Man 2015, o novo<br />
RoadSmart III foi aprovado para<br />
passar à fase de produção após o<br />
mais intenso e rigoroso programa<br />
de testes da história da Dunlop.<br />
Este novo pneu foi projetado<br />
tendo como principal objetivo<br />
responder às necessidades <strong>dos</strong><br />
motociclistas que circulam nas<br />
estradas europeias. Para especificarem<br />
um pneu de elevado<br />
desempenho, os engenheiros da<br />
marca concluíram um programa<br />
de desenvolvimento e de testes<br />
de 31 meses, com a inclusão de<br />
1,2 milhões de quilómetros de<br />
provas. O distinto desenho da<br />
banda de rodagem deste pneu,<br />
é o primeiro concebido pelo Advanced<br />
Design Studio da Dunlop<br />
e conta com um composto<br />
resistente ao desgaste através<br />
da tecnologia exclusiva iGT (Interconnecting<br />
Groove Tread).<br />
O RoadSmart III começará a ser<br />
vendido em janeiro de 2016. A sua<br />
gama incluirá 18 medidas, o que<br />
permitirá responder às necessidades<br />
das grandes motos Sport<br />
Touring e das motos de média<br />
dimensão de última geração.<br />
O novo pneu destinase<br />
ao segmento das<br />
motos Sport Touring<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Notícias Mercado<br />
TRELLEBORG PRODUZ<br />
primeiro pneu agrícola nos EUA<br />
Trelleborg anunciou a produção do seu primeiro pneu agrícola<br />
A nos EUA, na nova fábrica de Spartanburg, na Carolina do Sul. Esta<br />
unidade, com 40 mil m2, é a primeira fábrica da Trelleborg na América<br />
do Norte dedicada à produção de pneus radiais de alta qualidade para<br />
maquinaria agrícola. O complexo industrial conta com maquinaria de<br />
última geração, de acordo com os padrões de tecnologia da Trelleborg.<br />
Com uma moderna instalação e uma localização privilegiada, permite<br />
tirar partido <strong>dos</strong> acor<strong>dos</strong> de colaboração existentes com os principais<br />
fabricantes OEM e distribuidores, facilitando a transferência de tecnologia<br />
de todo o mundo. A fábrica de Spartanburg representa um investimento<br />
de 50 milhões de dólares e vai criar 150 postos de trabalho até 2018.<br />
Acordo Apollo<br />
Vredestein Ibérica e<br />
Total <strong>Pneus</strong><br />
A Apollo Vredestein Ibérica e<br />
o Grupo Total <strong>Pneus</strong> chegaram a<br />
um acordo de distribuição com<br />
a marca premium Vredestein.<br />
Com esta colaboração, as duas<br />
empresas esperam que a sinergia<br />
traga resulta<strong>dos</strong> positivos durante<br />
2016. Ludovic Billot, diretor-geral<br />
da Apollo Vredstein Ibérica, assegurou<br />
que o acordo será essencial<br />
devido à enorme base de<br />
clientes do Grupo Total, ao seu<br />
sistema logístico de entregas e<br />
à sua força de vendas presente<br />
em toda a Península Ibérica.O<br />
Grupo Total vai ajudar a aumentar<br />
a presença da marca no território<br />
espanhol e, em especial, em<br />
locais onde ainda não consegue<br />
chegar como fabricante.Por seu<br />
turno, Clark Freed, diretor-geral<br />
da Vredestein, afirmou que foi desenvolvido<br />
um plano comercial<br />
nunca antes visto no mercado,<br />
que dará valor acrescentado à<br />
marca e fidelizará os clientes.<br />
Mitas Premium<br />
CHEGA AO MERCADO DE REPOSIÇÃO<br />
partir de janeiro de 2016, os pneus Mitas<br />
Premium vão substituir os pneus<br />
A<br />
agrícolas da Continental no mercado de<br />
substituição. A gama Mitas Premium está<br />
gradualmente disponível a nível mundial<br />
para aquisição através <strong>dos</strong> distribuidores<br />
locais. A Mitas continua, desta forma, a manter<br />
na mó de cima o enorme sucesso que<br />
foi o lançamento da marca Mitas Premium,<br />
que mantém as mesmas qualidades premium<br />
e características técnicas <strong>dos</strong> pneus<br />
da Continental, produzidas pela Mitas sob<br />
licença desde 2004. A marca está muito<br />
satisfeita em anunciar que o plano está a<br />
correr conforme o previsto e a chegada ao<br />
mercado da distribuição só vai ajudar a reforçar<br />
a presença do fabricante nos vários<br />
países onde está presente.<br />
Continental e Schmitz Cargobull reforçam parceria<br />
A Continental e a<br />
Schmitz Cargobull estão<br />
a reforçar a sua colaboração<br />
de longa data ao<br />
introduzirem o Conti<br />
Hybrid HT3 como pneu<br />
de série no portefólio de<br />
produtos do fabricante de<br />
reboques para camiões. O<br />
Conti Hybrid HT3 consiste<br />
num pneu para reboques,<br />
especialmente concebido<br />
para utilização tanto em<br />
estradas regionais como<br />
em autoestradas, tendo<br />
sido lançado na primavera<br />
de 2015.A Continental e<br />
a Schmitz Cargobull têm<br />
uma parceria há mais de<br />
30 anos, durante os quais<br />
a Continental, enquanto<br />
fabricante de pneus topo<br />
de gama, tem sido um <strong>dos</strong><br />
maiores fornecedores do<br />
especialista em reboques.<br />
Um novo composto de<br />
borracha para o piso aumentou<br />
a quilometragem<br />
do Conti Hybrid HT3 em<br />
comparação com o seu<br />
antecessor e melhorou o<br />
desempenho do pneu a<br />
nível de aderência em piso<br />
molhado. Além disso, o<br />
Conti Hybrid HT3 revela<br />
ser excelente em termos<br />
de poupança de combustível,<br />
graças à otimização da<br />
resistência ao rolamento.<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Reportagem Inauguração Fábrica BKT - Bhuj<br />
//////////////////<br />
Marco de mudança!<br />
Os objetivos da BKT são muito claros: ser o maior fabricante mundial de pneus<br />
fora de estrada. A inauguração da nova fábrica, em Bhuj, na Índia, é o marco desta<br />
mudança revolucionária<br />
Por: João Vieira, em Bhuj, Índia<br />
No início desta década, a BKT estabeleceu<br />
como objetivo estratégico<br />
alcançar a liderança no<br />
mercado de pneus fora de estrada<br />
em todo o mundo. Depois de analisar diversos<br />
fatores, a empresa concluiu que<br />
as fábricas que possui em Aurangabad,<br />
Chopanki e Bhiwadi, na Índia, já tinham<br />
alcançado a sua plena capacidade, sendo<br />
necessário a construção de uma nova fábrica,<br />
com uma capacidade de produção<br />
de 140.000 MT por ano.<br />
Foram realiza<strong>dos</strong> diversos estu<strong>dos</strong> e aná-<br />
lises sobre a localização da nova unidade<br />
fabril, tendo a escolha recaído em Buhj, no<br />
estado de Gujarat. A proximidade do porto<br />
de Mundra, um <strong>dos</strong> maiores da Índia, foi<br />
um fator decisivo para esta escolha, pois<br />
representa uma vantagem de vários dias na<br />
expedição <strong>dos</strong> pneus, comparativamente<br />
às outras fábricas situadas no interior.<br />
Mas, o início do projeto em Bhuj, acabou<br />
por ser um verdadeiro desafio, pois a<br />
área era totalmente deserta, com falta de<br />
estradas de acesso, de eletricidade e de<br />
abastecimento de água. Com muita determinação,<br />
empenho e um investimento de<br />
500 milhões de dólares, as obras avançaram<br />
e, hoje, a fábrica de Bhuj é uma realidade.<br />
São mais de 126 hectares de área, que incluem<br />
uma central de energia elétrica, zona<br />
de produção e armazenagem, laboratório,<br />
centro de desenvolvimento e pesquisa,<br />
bairro para trabalhadores, pista de teste,<br />
edifício de acolhimento para convida<strong>dos</strong> e<br />
outras infraestruturas de suporte à fábrica.<br />
O bairro social ocupa uma área de 6 hectares<br />
e dispõe de 406 apartamentos para<br />
as famílias <strong>dos</strong> funcionários. Além disso,<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Da<strong>dos</strong> & factos<br />
w w Atualmente, a produção atinge 600<br />
MT por dia, embora a sua capacidade<br />
possa ir até 800 MT a cada 24 horas<br />
(140.000 MT por ano), o que constitui<br />
um desafio, como os muitos que<br />
a marca tem enfrentado e dominado.<br />
w w A BKT oferece um portefólio de<br />
produtos completo, que consiste em<br />
mais de 2.400 SKU (Stock Keeping<br />
Units). Tem mais de 300 moldes instala<strong>dos</strong><br />
e capacidade de garantir a qualidade<br />
do produto final, num espaço<br />
de tempo muito curto.<br />
A inauguração oficial da fábrica da BKT, em Bhuj, teve honras de presença de altas individualidades<br />
locais, clientes e jornalistas de mais de 130 países onde a marca comercializa os seus produtos<br />
w w A BKT tem delegações na Europa<br />
(1), Canadá (1) e EUA (2) para apoiar<br />
os mercado locais. Hoje, os produtos<br />
BKT são vendi<strong>dos</strong> em mais de 130<br />
países, em todo o mundo, através da<br />
sua rede de parceiros.<br />
w w A BKT tem feito to<strong>dos</strong> os esforços<br />
para criar um ambiente de trabalho<br />
motivador, onde a diversidade individual<br />
é apreciada e, ao mesmo tempo,<br />
promovido o espírito de equipa.<br />
w w Hoje, mais de 7.000 pessoas trabalham<br />
na BKT, com uma idade média<br />
de 37 anos e a fábrica de Bhuj tem capacidade<br />
de produção para tamanhos<br />
de pneus que variam entre 17,5” e 49”.<br />
Em 2016, chegará às 51”...<br />
dispõe de 90 quartos para estudantes universitários<br />
que optaram por trabalhar na<br />
BKT, no âmbito de um projeto de cooperação<br />
indústria/universidade. Só para citar<br />
algumas das comodidades para os trabalhadores,<br />
destacamos uma grande área verde<br />
com trilhos para corrida, um centro médico<br />
e um shopping center. A fábrica também<br />
inclui a sua própria estação de bombeiros,<br />
com sete camiões de combate a incêndios<br />
e uma equipa permanente.<br />
Outro aspeto a destacar é o compromisso<br />
que a fábrica assume relativamente ao meio<br />
ambiente, estabelecendo novos padrões<br />
em termos de eficiência energética. O lema,<br />
nesta área, é “Reutilização, renovação e reciclagem”,<br />
que é totalmente implementado,<br />
em termos de respeito e cuidado com o<br />
meio ambiente e uso eficiente de energia<br />
e recursos naturais. Mais de 40% da energia<br />
necessária para alimentar a nova fábrica é<br />
gerada a partir de fontes alternativas.<br />
Sem dúvida alguma, a BKT ganhou um<br />
enorme potencial graças às capacidades<br />
de produção em Bhuj. Da mesma forma,<br />
as perspetivas de crescimento são extraordinárias.<br />
Com esta prova de força, a<br />
companhia deixou claro que está decidida<br />
a jogar a sério o jogo no tabuleiro global<br />
de adaptação às tendências e evolução<br />
do mercado de pneus fora de estrada,<br />
estando pronta para alterar as regras do<br />
jogo, estabelecendo novos horizontes para<br />
os desafios que virão. Sem nunca perder<br />
de vista os valores fundamentais da BKT,<br />
Bhuj permitiu à companhia jogar um jogo<br />
completamente novo a partir da perspetiva<br />
de crescimento exponencial e visando a<br />
liderança global.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Reportagem Inauguração Fábrica BKT - Bhuj<br />
//////////////////<br />
w PRODUÇÃO DIVERSIFICADA<br />
Esta nova fábrica começou a produzir no<br />
início deste ano, mas ainda não chegou ao<br />
limite de produção. Está a atingir a capacidade<br />
que se pretende e, se até aqui, a<br />
marca não tem conseguido fornecer OEM,<br />
porque não tinha capacidade de produção<br />
(uma vez que tem privilegiado o mercado<br />
de substituição), a partir de agora, vai ter<br />
possibilidade de estar mais presente nesse<br />
mercado.<br />
Com a nova unidade fabril, acima de tudo,<br />
o que vai aumentar é a fiabilidade e a qualidade<br />
do produto, pois trata-se de uma fábrica<br />
mais automatizada. To<strong>dos</strong> os pneus são<br />
construí<strong>dos</strong> com a tecnologia mais avançada<br />
e sujeitos a um rigoroso controlo de qualidade,<br />
aspetos importantes e fundamentais<br />
para atingir o nível que a BKT pretende.<br />
Durante um dia, os convida<strong>dos</strong>, transporta<strong>dos</strong> em veículos próprios, visitaram o exterior e o<br />
interior das instalações do complexo industrial, que ocupa uma área de 126 hectares<br />
Uma central<br />
de energia e<br />
uma zona de<br />
habitações para<br />
os funcionários<br />
fazem parte da<br />
estrutura desta<br />
unidade fabril<br />
Opinião<br />
Luís Aniceto Administrador da S. José <strong>Pneus</strong>, importador da BKT Portugal e Espanha<br />
“Estamos comprometi<strong>dos</strong> com o crescimento da BKT”<br />
w “A S. José <strong>Pneus</strong> representa a marca BKT em Portugal desde 2007 e<br />
o balanço destes oito anos de parceira é muito positivo. Temos vindo a<br />
crescer progressivamente e, nos últimos anos, a marca tem-se imposto<br />
pela competitividade <strong>dos</strong> seus preços, mas, principalmente, pela qualidade<br />
<strong>dos</strong> seus produtos.<br />
Deixou de ser visto como um pneu para competir a nível de preço,<br />
para ser um pneu que rivaliza com as marcas premium em qualidade<br />
e em prestações nos serviços desempenha<strong>dos</strong>, principalmente, na área<br />
agrícola.<br />
Em Portugal, já temos resulta<strong>dos</strong> operativos em que o pneu BKT<br />
compete com as primeiras marcas a nível da prestação de serviços.<br />
Estivemos, em setembro, na Agroglobal, Feira do Milho, e ouvimos<br />
<strong>dos</strong> agricultores que utilizam a marca BKT opiniões muito positivas.<br />
Segundo o seu relato, em condições idênticas de trabalho, nas mesmas<br />
zonas e com dureza de terrenos iguais, os pneus BKT conseguem<br />
permanecer operacionais durante mais horas de trabalho do que as<br />
outras marcas premium.<br />
Temos constatado que, em Espanha, onde representamos a BKT desde<br />
2012, a marca tem-se imposto cada vez mais pela qualidade <strong>dos</strong> seus<br />
produtos e ombreia com as marcas de primeira linha a nível de prestação<br />
de serviço. Na Internet, nos sites de pesquisa de pneus, a BKT é<br />
a marca mais procurada e a que tem mais comentários.<br />
Outra vantagem da BKT é que to<strong>dos</strong> os pneus são homologa<strong>dos</strong> pelas<br />
normas europeias e com o advento das inspeções periódicas para tratores<br />
em Portugal, este vai ser um fator decisivo na hora da compra.<br />
O nosso stock é reconhecido como um fator fundamental. Temos o<br />
maior stock de pneus agroindustriais da Península Ibérica. É a partir<br />
<strong>dos</strong> nossos armazéns, em Cantanhede, que abastecemos toda a península<br />
em pneus agrícolas e industriais da BKT. Com a nossa entrada em<br />
Espanha, diversificámos e aumentámos a gama de pneus disponíveis.<br />
Algumas medidas que eram pouco vendidas em Portugal, mas que<br />
tinham muita procura em Espanha, começaram também a vender-se no<br />
nosso país, porque passámos a dispor de mais stock desses modelos. Esta<br />
otimização do stock acabou por beneficiar o mercado em Portugal. Em<br />
Espanha, trabalhamos com distribuidores que possuem armazéns próprios.<br />
To<strong>dos</strong> os dias saem camiões carrega<strong>dos</strong> de pneus para Espanha.<br />
Os nossos comerciais têm formação e conhecem bem a qualidade do<br />
produto. Fazem o acompanhamento, antes e pós-venda, e dão todo o<br />
suporte técnico que o cliente necessita, inclusive aos pneus BKT que<br />
vêm monta<strong>dos</strong> de origem em algumas marcas.<br />
Este ano de 2015, conseguimos consolidar a marca BKT no mercado e<br />
aumentámos as vendas. Para 2016, o nosso principal objetivo é consolidar<br />
e garantir a forte presença que a BKT tem em Portugal e Espanha”.<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Arvind Poddar, presidente da BKT (à direita,<br />
aqui com os filhos, esteve na inauguração)<br />
Os pneus agrícolas representam a maior<br />
percentagem da produção (+65%) mas a<br />
gama inclui muitos outros segmentos,<br />
como os pneus de engenharia civil, pneus<br />
de portos, pneus para reboques e gruas,<br />
além <strong>dos</strong> pneus para jardim, karts e golfe.<br />
No que diz respeito a resulta<strong>dos</strong>, Arvin<br />
Podar, presidente e diretor-geral, referiu que<br />
o volume de negócios da BKT vai atingir<br />
este ano 2015 os 950 milhões de dólares.<br />
Em 2020, a empresa indiana pretende<br />
atingir os dois biliões de dólares, através<br />
do desenvolvimento contínuo de novos<br />
produtos e do funcionamento em pleno<br />
da nova fábrica de Bhuj.<br />
BKT Foundation<br />
Responsabilidade social<br />
w O desejo de executar projetos em Responsabilidade<br />
Social Corporativa resultou<br />
na criação da BKT Foundation, que<br />
tem o seu focus na saúde e na educação.<br />
Numerosos projetos foram já leva<strong>dos</strong> a<br />
cabo por esta fundação, nomeadamente<br />
na melhoria das infraestruturas de hospitais<br />
perto das suas fábricas, doação de<br />
unidade de terapia intensiva e ambulâncias.<br />
Substituição da válvula do coração<br />
a pessoas com carências e oferta de aparelhos<br />
sofistica<strong>dos</strong> para o tratamento de<br />
pacientes cardíacos, fazem também parte<br />
desta iniciativa. No campo da educação,<br />
construiu uma escola no estado de Rajasthan,<br />
que oferece ensino gratuito a mais<br />
de 800 meninas.<br />
A fundação apoia também o projeto<br />
“Refeição do meio-dia”, um programa<br />
de merenda escolar em todo o país que<br />
serve comida para mais de 1,4 milhões<br />
de crianças, em cerca de 11.000 escolas<br />
em 10 esta<strong>dos</strong> da Índia. Um grupo de<br />
personalidades proeminentes do mundo,<br />
incluindo a Bill Clinton Foundation,<br />
apoiam, ativamente, esta ação, na Índia.<br />
Membros da direção (da esq. para dta.): Dilip<br />
Vaidya, diretor da divisão de tecnologia;<br />
Arvind Poddar, presidente da BKT; Rajiv<br />
Poddar, diretor-geral<br />
O segredo do sucesso da BKT está na<br />
visão estratégia do seu presidente, claramente<br />
definida e apoiada por uma equipa<br />
talentosa, comprometida com o desenvolvimento<br />
e crescimento da empresa.<br />
“Olhar para o futuro é a nossa meta. Uma<br />
empresa que é incapaz de olhar para o<br />
seu próprio futuro, com coragem, é como<br />
uma pessoa que é incapaz de sonhar”, diz<br />
Arvind Poddar.<br />
O desenvolvimento rápido e contínuo da<br />
O complexo<br />
industrial inclui<br />
um circuito de<br />
ensaios, onde<br />
são testa<strong>dos</strong> os<br />
novos pneus<br />
produzi<strong>dos</strong><br />
pela BKT,<br />
em pisos de<br />
alcatrão e terra<br />
BKT foi possível graças aos investimentos<br />
realiza<strong>dos</strong> em infraestruturas modernas e<br />
equipadas com tecnologia de vanguarda.<br />
Hoje, a BKT é reconhecida pelos principais<br />
fabricantes de tratores e veículos<br />
industriais de todo o mundo, como um<br />
fornecedor OE de grande qualidade e valor.<br />
Todas as iniciativas de marketing realizadas<br />
pela BKT, desde 2009, levam uma<br />
mensagem clara: criar valor para os parceiros<br />
e clientes finais <strong>dos</strong> seus produtos.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Empresa<br />
Alves Bandeira e Garland estabelecem parceria inédita<br />
Diretor-Geral: César Branco<br />
Sede: Zona Ind. da Pedrulha, Lt. 12, Mealhada, 3050 - 183 Casal Comba I Tel.: 231 244 200 I Email: cesar.branco@abtyres.pt I Site: www.abtyres.pt<br />
Ir mais longe<br />
Fruto de um crescimento sustentado do negócio <strong>dos</strong> pneus, a Alves Bandeira<br />
Tyres tem vindo a assumir uma posição de referência no mercado da distribuição.<br />
Dentro e fora do país. A parceria estabelecida com a Garland permite ir mais longe<br />
Por: João Vieira<br />
OGrupo Alves Bandeira (AB), especializado<br />
na comercialização,<br />
distribuição e retalho de combustíveis,<br />
pneus e lubrificantes,<br />
e o Grupo Garland, empresa nacional de<br />
referência em navegação, transportes e<br />
logística, estabeleceram uma parceria de<br />
negócios inédita, que permite a ambos os<br />
grupos empresariais reforçarem os respetivos<br />
core businesses através da centralização<br />
do serviço de distribuição de pneus na AB<br />
Tyres e da logística na Garland Logística.<br />
Trata-se, portanto, de uma parceria estratégica<br />
empresarial que, sem envolver capitais,<br />
se torna única no mercado nacional.<br />
Como resultado desta parceria, que entrou<br />
em vigor no dia 1 de novembro de 2015<br />
e que tem como missão criar sinergias<br />
comerciais e de negócio, a AB Tyres, que,<br />
atualmente, é um <strong>dos</strong> maiores grossistas e<br />
distribuidores do mercado nacional, com<br />
operações em países da Europa, Ásia, África<br />
e Médio Oriente, concentra a comercialização<br />
de pneus. Passa, assim, a dispor de<br />
uma nova realidade de oferta em to<strong>dos</strong> os<br />
segmentos – premium, quality e budget –,<br />
e em todas as categorias – turismo, comerciais,<br />
4x4/SUV, pesa<strong>dos</strong>, agrícolas, florestais<br />
e industriais –, representada pelas marcas<br />
líderes no mercado. Assim, além de Continental,<br />
Gislaved, Mabor, Falken, Pirelli,<br />
Goodyear, Dunlop, Michelin, Bridgestone,<br />
Firestone, Fulda Trucks, Zeetex e Torque, a<br />
AB Tyres passa a representar, também, Uniroyal,<br />
Runway, Nokian, Primewell, Kenda e<br />
Mitas, ganhando em dimensão ao centralizar<br />
clientes, colaboradores e fornecedores da<br />
Garland <strong>Pneus</strong>.<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
César Branco, Diretor-Geral da AB Tyres<br />
Por seu turno, a Garland Logística passará a<br />
gerir todas as operações logísticas de pneus,<br />
lubrificantes e produtos de conveniência do<br />
Grupo Alves Bandeira, a partir <strong>dos</strong> modernos<br />
Centros Logísticos da Mealhada e da Abóboda,<br />
onde se localizam, respetivamente,<br />
as sedes da AB e da Garland. Desta forma, a<br />
Garland Logística dará continuidade ao seu<br />
forte e sustentado crescimento <strong>dos</strong> últimos<br />
anos e reforçará a sua atividade no setor da<br />
logística de pneus, em que passará a ser um<br />
<strong>dos</strong> maiores players a nível nacional.<br />
“O objetivo desta parceria é reforçar a<br />
relação comercial existente com to<strong>dos</strong> os<br />
atuais clientes do Grupo Alves Bandeira e<br />
do Grupo Garland, garantindo uma oferta<br />
mais abrangente, um serviço de melhor<br />
qualidade e uma competitividade reforçada<br />
para responder aos desafios que se<br />
colocam atualmente ao setor <strong>dos</strong> pneus”,<br />
afirma Rui Bandeira, presidente do Conselho<br />
de Administração do Grupo Alves Bandeira.<br />
De realçar que, no ano passado, a AB Tyres<br />
faturou 18 milhões de euros no mercado nacional,<br />
prevendo que, com esta integração,<br />
possa aumentar o seu volume de negócios<br />
em cerca de 20% sobre o previsto para o<br />
ano de 2015.<br />
Já Bruce Dawson, presidente do Conselho<br />
de Administração do Grupo Garland, que,<br />
no negócio de Logística e Transportes, teve,<br />
em 2014, um volume de negócios de 54,7<br />
milhões de euros, o que representou um<br />
crescimento de 12% em relação ao ano anterior,<br />
realça que o objetivo do grupo, com<br />
cerca de 240 anos, “é continuar a apostar<br />
fortemente em desenvolver sinergias na<br />
atividade logística, que lhe permitam apresentar<br />
propostas cada vez mais competitivas<br />
no setor <strong>dos</strong> pneus, onde espera conquistar<br />
mais clientes”. O administrador acrescenta:<br />
“Juntando as forças e as competências de<br />
excelência logística do Grupo Garland com<br />
a capacidade inovadora e empreendedora<br />
de comercialização do Grupo Alves Bandeira,<br />
abrem-se novas oportunidades de<br />
desenvolvimento nacional e internacional<br />
das áreas de negócio principais de cada um<br />
<strong>dos</strong> grupos”.<br />
w DISTINTA E ÚNICA<br />
Com várias décadas de atividade, a Alves<br />
Bandeira Tyres é distinta e única. Durante a<br />
sua existência, acabou por aperfeiçoar o seu<br />
sistema logístico e a capacidade de armaze-<br />
“Terão de existir mais fusões,<br />
junções, parcerias e colaborações”<br />
namento, inovando e desenvolvendo o canal<br />
de vendas online, permitindo ao cliente a<br />
consulta de marcas, stocks, preços e concretização<br />
da compra. O que a distingue, e<br />
contribui, claramente, para o seu posicionamento<br />
no mercado, é a relação com os<br />
clientes e os níveis de serviços consegui<strong>dos</strong>,<br />
destacando a capacidade de distribuição<br />
diária em todo o território nacional e bidiária<br />
w “A AB Tyres vive uma nova realidade,<br />
fruto da parceria estabelecida com a<br />
Garland <strong>Pneus</strong>. Esta deixa de operar<br />
no mercado nacional e em to<strong>dos</strong> os outros<br />
onde estava presente. O negócio de<br />
pneus na Garland deixa, assim, de existir.<br />
Nós, na AB Tyres, passámos a utilizar<br />
o serviço de pneus da Garland Logística,<br />
um <strong>dos</strong> maiores e melhores operadores<br />
a atuar em Portugal, em termos de gestão<br />
logística e de armazenagem. Com<br />
isso, podemos, hoje, apresentar uma<br />
realidade muito mais completa no que<br />
diz respeito à oferta de produto nos diferentes<br />
segmentos (premium, quality e<br />
budget), integrando, digamos, as marcas<br />
‘ex-Garland’. Tal permitiu-nos, também,<br />
alargar a nossa presença a segmentos<br />
onde não estávamos. Nomeadamente,<br />
os <strong>dos</strong> pneus agrícolas, florestais e industriais.<br />
Com uma grande vantagem:<br />
fruto <strong>dos</strong> mais de 4.000 clientes industriais<br />
que temos no Grupo Alves Bandeira,<br />
dispomos, atualmente, de uma<br />
capacidade integrada de oferta que vai<br />
desde os combustíveis aos pneus, passando<br />
pelo cartão de gestão de frotas,<br />
pelos lubrificantes e pela nova presença<br />
da Texaco. Cumprimos uma etapa<br />
muito importante, que é estar presente<br />
no mercado de uma forma completa e<br />
abrangente. O que, em conjunto com a<br />
nossa realidade internacional, confere-<br />
-nos uma posição de algum destaque<br />
no setor <strong>dos</strong> pneus em Portugal, permitindo-nos<br />
ainda crescer e sermos mais<br />
competitivos no mercado internacional.<br />
No que às tendências do mercado diz<br />
respeito, estas situam-se na linha do<br />
que já estamos a fazer. Terão de existir<br />
mais fusões, junções, parcerias, colaborações.<br />
O número de operadores existente<br />
em Portugal é excessivo. Temos<br />
de ganhar dimensão. Caso contrário,<br />
não conseguiremos ser rentáveis e não<br />
teremos capacidade de suportar os custos<br />
para competir com operadores de<br />
maior dimensão, que têm preços mais<br />
competitivos. E, fruto dessa dimensão,<br />
ganham mais dinheiro. Em Portugal, não<br />
soubemos preservar as margens nem<br />
os canais. Assim como não soubemos<br />
trabalhar as marcas de forma correta.<br />
E estamos, hoje, numa situação de uma<br />
concorrência que faz com que, no setor, a<br />
maioria das empresas não possa apresentar<br />
níveis de rentabilidade interessantes.<br />
Mas há um mercado de oportunidades.<br />
Nomeadamente para melhorar duas<br />
coisas: a componente logística (serviço)<br />
e a componente de oferta ao cliente final.<br />
Aproveitando a grande mudança<br />
que está a ocorrer ao nível do retalho.<br />
Nós, como distribuidores, temos, também,<br />
de profissionalizarmo-nos mais e<br />
de sermos capazes de responder a estas<br />
necessidades do mercado. Em linha com<br />
aquelas que são as estratégias definidas<br />
pelos fabricantes”.<br />
de Vila Real a Setúbal.<br />
É um parceiro credível e de eleição porque<br />
assegura e garante a continuidade de fornecimento,<br />
tempo de resposta, variedade e quantidade<br />
exata à necessidade de cada cliente.<br />
Devido à experiência e confiança adquiridas,<br />
tornou-se num <strong>dos</strong> maiores grossistas e distribuidores<br />
do mercado nacional, sendo, hoje,<br />
uma referência nacional e internacional.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47
Empresa Alves Bandeira e Garland estabelecem parceria inédita<br />
Como resultado deste crescimento, conquistou<br />
a confiança de várias marcas internacionais,<br />
que veem a Alves Bandeira Tyres<br />
como o parceiro ideal para a distribuição<br />
<strong>dos</strong> seus produtos. Dentro e fora de portas.<br />
Atualmente, a Alves Bandeira Tyres é representante<br />
oficial em Portugal das marcas<br />
Falken, Gislaved (Grupo Continental), Fulda<br />
Truck, Torque e Zeetex, que se destacam<br />
no mercado pela excelente relação preço/<br />
qualidade que apresentam.<br />
Esta confiança foi, recentemente, reforçada,<br />
devido ao facto de a Alves Bandeira<br />
Tyres ser distribuidora oficial de algumas<br />
das principais marcas de pneus mundiais,<br />
sendo vista como um parceiro estratégico<br />
na distribuição <strong>dos</strong> seus produtos em<br />
Portugal. Fruto destas parcerias, a Alves<br />
Bandeira Tyres distribui estas marcas para<br />
outros países, nomeadamente da África,<br />
do Médio Oriente e da Ásia.<br />
Forte presença nacional e internacional<br />
Retrato do Grupo Alves Bandeira<br />
w w O Grupo Alves Bandeira é um <strong>dos</strong> principais grupos económicos a<br />
operar no setor petrolífero em Portugal e atua, fundamentalmente, na<br />
área <strong>dos</strong> produtos automóvel, nomeadamente nos pneus e lubrificantes.<br />
Trata-se de um grupo que atua a nível nacional e internacional e tem<br />
uma lógica de funcionamento assente na ética, no trabalho e no grau<br />
de exigência muito elevado. As vendas consolidadas em 2014 foram de<br />
372 milhões de euros. As vendas internacionais atingiram 14 milhões<br />
de euros. Os capitais são de 54 milhões para ativos de 165 milhões.<br />
Este grupo de grande dimensão é composto por 16 empresas e mais<br />
de 600 colaboradores.<br />
No último ano, este “gigante” cresceu 16% no total. Dividindo as áreas,<br />
o negócio principal foi o <strong>dos</strong> combustíveis, que cresceu 14%. Nos pneus,<br />
a subida foi de 80% e nos lubrificantes o aumento foi de 42%.<br />
Na área do retalho de combustíveis, o grupo tem 150 postos, <strong>dos</strong> quais<br />
gere diretamente 110 e os restantes 40 estão franchisa<strong>dos</strong>. Tem mais<br />
de 4.000 clientes industriais e empresariais em áreas de atividade tão<br />
diversas como a indústria, transportes, empreiteiros, agricultura, silvicultura<br />
ou explorações de inertes. Onde existem necessidades móveis<br />
e fixas de combustível a Alves Bandeira garante serviço e assistência.<br />
Cobre todo o país através de uma equipa de vendas forte, composta<br />
por 65 elementos.<br />
Fusão de competências<br />
O Grupo Alves Bandeira, hoje, resulta de uma fusão de três famílias de<br />
empresários, que até há dois anos eram concorrentes uns <strong>dos</strong> outros:<br />
w Família Cassiano Alves Bandeira: com mais de 50 anos de experiência,<br />
resulta numa equação de valor assente na solidez financeira,<br />
acumulação de capital e estabelecimento de fortes relações com os seus<br />
colaboradores;<br />
w Família Monjardino: com mais de 110 anos de experiência, resulta<br />
numa equação de valor assente na longevidade, adaptabilidade, rentabilidade<br />
acionista e gestão de relações com parceiros;<br />
w Francisco Mascarenhas e João Pedro Justo: com mais de 20 anos de<br />
experiência com origem na Petroibérica S.A., resulta numa equação<br />
de valor assente em rentabilidade, forte foco no cliente e exigência de<br />
produtividade e qualidade <strong>dos</strong> seus colaboradores.<br />
Em to<strong>dos</strong> os casos com competências específicas no negócio de petróleo,<br />
com enorme complementaridade do conhecimento acumulado.<br />
Com esta junção, criou-se uma nova cultura empresarial, com os seguintes<br />
princípios orientadores:<br />
w Foco no cliente;<br />
w Relações de parceria a longo prazo, com os principais stakeholders<br />
(clientes e fornecedores);<br />
w Cultura de trabalho por parte <strong>dos</strong> acionistas/donos da empresa;<br />
w Profissionalismo e cultura de exigência <strong>dos</strong> seus líderes e quadros<br />
das empresas;<br />
w Solidez e longevidade das suas empresas.<br />
A sustentabilidade <strong>dos</strong> negócios a longo prazo é um traço comum <strong>dos</strong><br />
três ramos acionistas. Este modo de funcionar torna a Alves Bandeira<br />
num grupo com preocupações profundas de solidez e de solvência <strong>dos</strong><br />
seus compromissos. Aliado a uma procura constante de crescimento e<br />
de economias de escala, de modo a permitir uma melhoria de rentabilidade<br />
<strong>dos</strong> ativos, num negócio de capital intensivo, tendo um enorme<br />
foco no cliente, que é o principal aliado nesta estratégia.<br />
O grupo privilegia relações longas, mutuamente proveitosas, seja com<br />
colaboradores, seja com parceiros. Tudo isto feito num entendimento<br />
de grande lealdade e respeito pelas necessidades e interesse <strong>dos</strong> outros.<br />
Como tal, valoriza profundamente os colaboradores na medida em que<br />
as empresas são tão mais competitivas e produtivas, quanto melhores<br />
forem os seus quadros.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Empresa<br />
NEX Portugal<br />
Country Manager: Aldo Machado I Parque Logístico Marinhas de D. Ana, Quebradas de Cima, Armazém 5, Fr. 2, 2625 - 090 Póvoa de Santa Iria<br />
Telefone: 219 540 500/509 I Telemóvel: 969 187 137 I Email: amachado@nextyres.pt I Site: www.nextyres.pt<br />
Ponta de lança<br />
A NEX Portugal está a dar os primeiros passos no nosso país. Conta com<br />
duas plataformas (Lisboa e Porto) e com o know-how grossista das empresas<br />
espanholas Euromaster e Rodi Motor Services<br />
Por: Jorge Flores<br />
ANEX Portugal, sucursal da empresa<br />
espanhola NEX, criada, em 2014,<br />
pelas Rodi Motor Services e Euromaster,<br />
para atuar na área da distribuição<br />
grossista de pneus, está a dar os<br />
seus primeiros passos no nosso país. Aldo<br />
Machado, Country Manager da NEX nesta<br />
ofensiva lusitana, conversou com a <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> e mostrou-se confiante no futuro.<br />
“O arranque em Portugal já estava previsto.<br />
Fazia parte do plano inicial a NEX não ser<br />
apenas espanhola, mas sim uma empresa<br />
de cariz ibérico ”, começou por esclarecer<br />
o responsável. Em Espanha, a implantação<br />
da NEX fluiu de forma rápida e consistente,<br />
muito graças ao peso da Euromaster e da<br />
Rodi Motor Services no mercado da distribuição.<br />
Em solo português, é ligeiramente<br />
diferente. “Arranca de raiz! Não havia presença<br />
da Euromaster nem da Rodi em termos<br />
de distribuição grossista e, portanto, esta é<br />
uma start up pura e dura. As expectativas<br />
no mercado são, por isso, muito elevadas”,<br />
admitiu Aldo Machado.<br />
w FAZER DIFERENTE<br />
A estratégia imediata da NEX Portugal<br />
passa pela “diferenciação”. De que modo?<br />
“Tentaremos ser algo diferentes em termos<br />
de serviço. Introduzir, nas entregas, alguma<br />
dinâmica que não exista no mercado. Quatro<br />
entregas diárias (ver caixa) é algo que já havia<br />
na Grande Lisboa, mas que, no Grande Porto,<br />
nenhum operador fazia”, revelou.<br />
A logística da empresa permite a um cliente<br />
do norte recorrer à plataforma do Porto. Caso<br />
não tenha o produto pretendido, terá acesso<br />
à plataforma de Lisboa, recebendo o pneu<br />
em 24 horas. Em último caso, terá ainda disponível<br />
o armazém de Madrid, “muito mais<br />
adequado às necessidades de uma multinacional”,<br />
tal como explicou Aldo Machado.<br />
Ao todo, nas<br />
suas várias<br />
plataformas,<br />
entre Portugal<br />
e Madrid, a NEX<br />
tem acesso a<br />
um stock de<br />
mais de 90 mil<br />
pneus<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
O stock ultrapassa largamente os 60 mil<br />
pneus. No cômputo geral, contamos com<br />
90 mil pneus no conjunto destas três plataformas<br />
- em Portugal Continental, para<br />
distribuir, no máximo, em 24 horas. Ou casos<br />
muito pontuais, em 48 horas, quando for<br />
distante <strong>dos</strong> grandes centros urbanos. “Tentaremos<br />
aproveitar ao máximo as sinergias<br />
com um grande transportador, a Carf, em<br />
termos de distribuição urgente. Obviamente<br />
que temos uma página web, muito operacional<br />
e user friendly. Uma aposta cada vez<br />
mais séria”, sublinhou a mesma fonte.<br />
w GROSSISTA MULTIMARCA<br />
O fator humano é fundamental para a<br />
NEX Portugal. “Somos oito pessoas ao todo.<br />
Três comerciais na rua, já com uma grande<br />
experiência no mercado. Profissionais com<br />
mais de 10 e 20 anos de atividade. Com<br />
muito boa reputação e uma capacidade<br />
técnica também muito elevada”, realçou.<br />
Nesse sentido, “o acompanhamento que<br />
pretendemos dar ao cliente não será apenas<br />
para dinamizar as vendas, mas sim<br />
um acompanhamento real, de aconselhamento”.<br />
A empresa pretende assumir-se<br />
como um distribuidor multimarca. Não<br />
apenas no mercado de pneus ligeiros,<br />
mas, também, no de pesa<strong>dos</strong>. Apesar da<br />
ligação umbilical à Euromaster, não podem<br />
ficar circunscritos à Michelin. “Temos de<br />
ser um distribuidor grossista multimarca<br />
e multisegmento, com um bom serviço<br />
e que abranja to<strong>dos</strong> as categorias”, disse.<br />
São várias as marcas em catálogo. Entre as<br />
premium, encontram-se as seis principais:<br />
Michelin, Pirelli, Continental, Goodyear,<br />
Dunlop e Bridgestone. No segmento quality,<br />
a NEX Portugal comercializa a Kléber e<br />
a BFGoodrich (4X4). No segmento budget,<br />
a empresa contará, em exclusivo, com as<br />
marcas Blacklion (de origem asiática) e<br />
Taurus (pertença da Michelin).<br />
A oferta premium em pneus pesa<strong>dos</strong> será<br />
assegurada pela Michelin. “Tentaremos<br />
abranger uma grande fatia do mercado.<br />
Quer em ligeiros quer em pesa<strong>dos</strong>. É inevitável<br />
ser competitivo no preço! Não apenas<br />
nas marcas que comercializamos em<br />
exclusivo, como, também, nas restantes<br />
marcas”, reconheceu Aldo Machado.<br />
Para o responsável, não existem diferenças<br />
substanciais entre os merca<strong>dos</strong> espanhol<br />
e português. Recordou que existem,<br />
cada vez mais, empresas a trabalhar em<br />
comum nos dois países. E admitiu que a<br />
plataforma madrilena será um bom pilar<br />
de apoio em território nacional, garantindo<br />
sempre a disponibilidade do stock.<br />
De resto, Aldo Machado preferiu não fazer<br />
grandes previsões quanto ao futuro da<br />
NEX Portugal. Os cálculos estão feitos e são<br />
ambiciosos, mas, conforme fez questão<br />
de enfatizar, “a presença da empresa no<br />
nosso país, está pensada a longo prazo.<br />
Isto é uma maratona e não uma corrida<br />
de 100 metros”.<br />
Em Lisboa e Porto<br />
Quatro entregas<br />
diárias<br />
w Como cartão de visita, a empresa apresenta<br />
duas plataformas, localizadas em<br />
Lisboa e no Porto, e um sistema de quatro<br />
entregas diárias nestas duas cidades. No<br />
resto do país, as entregas serão feitas duas<br />
vezes ao dia, ou, no máximo, em 24 horas,<br />
casos da Beira Interior, Alentejo, ou em algumas<br />
regiões mais afastadas das capitais<br />
de distrito. Na Madeira, a NEX Portugal<br />
assegurará duas entregas semanais, enquanto<br />
nos Açores estas estarão limitadas<br />
a uma por semana. Quando faltar stock,<br />
no nosso país, a empresa socorrer-se-á do<br />
armazém de Madrid, podendo os clientes<br />
consultar o catálogo online e conseguir os<br />
pneus pretendi<strong>dos</strong> no espaço de um dia,<br />
no Continente, mantendo-se os timings<br />
nas ilhas.<br />
Aldo Machado, Country Manager da NEX<br />
Portugal, aposta na diferenciação <strong>dos</strong> serviços,<br />
como, por exemplo, a dinâmica das entregas<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51
Entrevista Pedro Jesus<br />
“Vamos reforçar as compet<br />
Na opinião de Pedro<br />
Jesus, os equipamentos<br />
que se inserem na<br />
receção ativa e que<br />
permitem a aplicação<br />
do conceito da venda<br />
técnica, são os que terão<br />
mais procura no futuro<br />
próximo<br />
Por: João Vieira<br />
Omercado ganhou maturidade<br />
e procura soluções de negócio<br />
com rentabilidade assegurada<br />
que se concretizam através da<br />
compra de equipamentos e serviços. “A<br />
Venda Técnica, Áreas de Negócio a desenvolver<br />
numa unidade oficinal e a Rentabilidade<br />
<strong>dos</strong> Equipamentos são conceitos<br />
que a Cometil introduziu no mercado, cuja<br />
aceitação e comprovação são a base do<br />
nosso sucesso”, afirma Pedro Jesus.<br />
Sente que os seus clientes estão confiantes<br />
em relação ao futuro?<br />
Existe confiança no futuro, principalmente<br />
por parte das organizações que<br />
desenvolveram a forma como abordam o<br />
mercado, ou seja, ajustaram a sua organização<br />
interna para servir o cliente de acordo<br />
com as suas necessidades. E, ao mesmo<br />
tempo, valorizam os produtos e serviços<br />
que vendem. O trajeto que percorreram<br />
levou estas organizações a abandonar a<br />
escalada descendente <strong>dos</strong> preços <strong>dos</strong> serviços<br />
e produtos que comercializam por<br />
oposição à qualidade final <strong>dos</strong> mesmos,<br />
sendo esta a forma correta de abordar o<br />
cliente, mostrando o valor acrescentado<br />
do trabalho que executam.<br />
Que apoio estão a dar aos vossos clientes,<br />
a nível de formação técnica?<br />
O ano que agora finda tem sido particularmente<br />
importante nesta área, porque<br />
implementámos um novo conceito de<br />
formação, designado “Formação on Job”.<br />
Consiste em analisar a atividade do cliente,<br />
definir os equipamentos de que este necessita<br />
para implementar ou desenvolver<br />
uma determinada área de negócio, para,<br />
finalmente, dotar a sua equipa das competências<br />
técnicas e comportamentais necessárias<br />
que garantam que os objetivos<br />
traça<strong>dos</strong> serão alcança<strong>dos</strong>. Depois, seguem-<br />
-se vários perío<strong>dos</strong> de acompanhamento,<br />
nos quais auditamos o desempenho da<br />
unidade nas áreas de negócio que foram<br />
reformuladas ou implementadas, com o<br />
objetivo de corrigir os desvios e garantir<br />
que o serviço prestado ao cliente seja de<br />
qualidade e que a sua rentabilização seja<br />
atingida. Em 2015, também reforçámos o<br />
número de ações de formação no Diagnóstico<br />
Automóvel, Certificação AVAC e<br />
Sistemas de Travagem e Amortecimento,<br />
procurando, deste modo, dotar os nossos<br />
clientes de competências que lhes permitam<br />
suprir a exigências <strong>dos</strong> veículos atuais.<br />
Quais a perspetivas para 2016, relativamente<br />
a novos projetos, vendas e investimentos?<br />
Para 2016, vamos desenvolver um novo<br />
método de formação, procurando intensificar<br />
a nossa presença junto <strong>dos</strong> clientes,<br />
reforçando-lhes as competências. Para<br />
que, desta forma, consigam aumentar a<br />
eficiência na atividade oficinal. Com este<br />
intuito, temos vários projetos que estão<br />
praticamente concluí<strong>dos</strong> e que serão postos<br />
em prática durante o primeiro trimestre<br />
de 2016. No entanto, em tempo oportuno<br />
voltaremos a abordar este assunto.<br />
Este aspeto, em conjunto com as soluções<br />
globais que desenvolvemos para as várias<br />
áreas da manutenção/reparação automóvel<br />
e os indicadores de vendas que temos do<br />
último semestre de 2015, mostram tendência<br />
de crescimento nas vendas para 2016.<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Administrador da Cometil<br />
ências <strong>dos</strong> nossos clientes”<br />
Que medidas entende serem prioritárias<br />
para garantir a sustentabilidade das oficinas<br />
de pneus em Portugal?<br />
Em primeiro lugar, é fundamental que os<br />
gestores de pós-venda, diretores ou quem<br />
tem a responsabilidade de dirigir a unidade<br />
oficinal defina as áreas de negócio que quer<br />
desenvolver. Como exemplo de uma área<br />
de negócio, podemos referir os serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>. Quando analisamos criticamente<br />
a possibilidade de desenvolver a atividade<br />
da empresa neste âmbito, temos de identificar<br />
as competências que necessitamos,<br />
que equipamentos devem estar disponíveis<br />
para permitir realizar as operações técnicas<br />
exigidas e qual o espaço que vai ser utilizado<br />
na instalação.<br />
Como segundo passo, devemos definir e<br />
caracterizar os meios humanos que vamos<br />
necessitar, ou seja, que competências temos<br />
de desenvolver e como vamos obtê-las para<br />
garantir que dispomos de uma equipa segura<br />
e motivada para suprir as exigências<br />
que lhe serão colocadas.<br />
Em terceiro lugar, é importante identificar a<br />
forma como vamos abordar o cliente, que<br />
argumentação vamos utilizar para mostrar<br />
as nossas competências e obtermos a<br />
diferenciação do trabalho que realizamos<br />
perante a concorrência. Este ponto obriga-<br />
-nos a desenvolver uma linguagem e postura<br />
assentes na assertividade e na capacidade<br />
de utilizarmos termos técnicos e transmitir a<br />
importância da sua utilização nos trabalhos<br />
de reparação que a empresa executa.<br />
Por último, referimos que, cada vez mais, é<br />
importante o cumprimento <strong>dos</strong> procedimentos<br />
de reparação que cada fabricante<br />
exige nos veículos que produz. Torna-se<br />
necessária, também, a utilização das ferramentas<br />
OEM requeridas na execução de<br />
determinadas tarefas, porque, a par com a<br />
formação, estas condições são o garante de<br />
um trabalho final de qualidade.<br />
Neste contexto, a qualidade deve ser entendida<br />
como sinónimo de rentabilidade e de<br />
fidelização, dois indicadores muito importantes<br />
quando se avalia o desempenho de<br />
uma unidade oficinal.<br />
Em que áreas as oficinas de pneus devem<br />
investir a fim de se tornarem mais competitivas?<br />
As áreas que devem ser alvo de investimento,<br />
tal como referido na pergunta anterior,<br />
devem ser identificadas depois da<br />
análise da empresa, que identifique o seu<br />
posicionamento no mercado e que sirva para<br />
definir as opções estratégicas que serão tomadas,<br />
tendo como meta a rentabilização<br />
da operação através da satisfação <strong>dos</strong> seus<br />
clientes.<br />
Que tipo de equipamentos oficinais considera<br />
terem mais futuro?<br />
Em nossa opinião, os equipamentos que se<br />
inserem na Receção Ativa e que permitem a<br />
aplicação do conceito da venda técnica são<br />
os que terão mais procura. Cada vez mais<br />
interessa ter o máximo de informações sobre<br />
os vários sistemas que integram os automóveis<br />
atuais. Logo, durante a sua entrada na<br />
oficina e ainda com a presença do cliente<br />
na receção.<br />
Por outro lado, estes equipamentos têm<br />
como características comuns a sua fácil utilização<br />
na leitura <strong>dos</strong> sistemas que avaliam e,<br />
ao mesmo tempo, emitem relatórios precisos<br />
e objetivos na avaliação <strong>dos</strong> mesmos.<br />
A venda de serviços na oficina moderna<br />
deixa de estar assente apenas na argumentação<br />
da receção e passa a ser apoiada por<br />
um documento técnico que avalia o estado<br />
do veículo, a partir do qual se definem os<br />
componentes a verificar através de um diagnóstico<br />
mais profundo e os serviços a executar<br />
nos quais foram comprovadas falhas.<br />
Este método gera confiança da parte do<br />
cliente em relação à oficina, por ser transparente<br />
na avaliação da viatura. E quando<br />
aplicado corretamente, melhora, substancialmente,<br />
a faturação e como a confiança se<br />
traduz em fidelização, aumenta a fidelização<br />
<strong>dos</strong> clientes.<br />
Quais são, hoje, os maiores desafios que<br />
se colocam aos distribuidores de equipamentos<br />
oficinais?<br />
O desafio principal passa por ter soluções<br />
de negócio que permitam às oficinas suprir<br />
as suas necessidades na avaliação e resolução<br />
<strong>dos</strong> desafios técnicos coloca<strong>dos</strong> pelos<br />
veículos atuais.<br />
Claro que têm de gerar retorno financeiro<br />
para a unidade e ser acompanhadas de<br />
formação técnica e comportamental, em<br />
conjunto com as melhores opções de manutenção,<br />
para garantir que se mantêm<br />
operacionais.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53
Técnica a Danos nos <strong>Pneus</strong><br />
Colaboração: Continental<br />
Causas e prevenção<br />
Quando existe uma falha no<br />
pneu, o utilizador procura<br />
saber imediatamente<br />
se o dano foi causado<br />
por material fraco ou<br />
com defeito, se deveu a<br />
montagem errada ou se a<br />
manutenção foi deficiente<br />
Os quatro pneus de um veículo são os únicos pontos de contacto com<br />
a estrada. Muitos automobilistas esquecem-se disto, pondo em causa<br />
a sua segurança ao negligenciarem a manutenção <strong>dos</strong> seus pneus.<br />
O uso indevido destes componentes pode resultar em desgaste ou<br />
conduzir a uma falha. Enquanto a durabilidade é apenas uma questão económica,<br />
os danos nos pneus podem dar origem a danos materiais ou ferimentos.<br />
Felizmente, os acidentes com pneus são cada vez mais raros. Isto deve-se, principalmente,<br />
à elevada qualidade técnica da indústria de pneus. Mas, também,<br />
aos conselhos e ao serviço <strong>dos</strong> revendedores.<br />
<strong>Pneus</strong> danifica<strong>dos</strong> podem ser a causa de avarias e potenciam a ocorrência de<br />
acidentes graves.<br />
w w w O DESGASTE É INEVITÁVEL…<br />
Quando um veículo está em movimento, o piso de cada um <strong>dos</strong><br />
pneus está em constante desgaste, provocado pelo contacto com<br />
a estrada. Este facto torna-se evidente pela diminuição gradual da<br />
profundidade do piso do pneu.<br />
Normalmente, acontece de forma uniforme e lenta, sendo tal inevitável<br />
e até necessário. Isto porque as leis da física determinam que haverá<br />
uma derrapagem se houver uma força transmitida contra a estrada,<br />
quer seja circunferencial (no caso de acelerações ou travagens) quer<br />
seja lateral (o que ocorre ao curvar).<br />
A derrapagem acontece no movimento relativo entre a estrada e o<br />
pneu quando existe uma transmissão de força. Derrapagem significa<br />
que a velocidade do veículo é maior ou menor do que a velocidade<br />
circunferencial da roda. Por outras palavras, a distância que o veículo<br />
cobre é maior ou menor do que a circunferência de rolamento do pneu.<br />
pneu não durará muito mais do que 5.000 km. No entanto, o nível de<br />
desgaste depende, essencialmente, da velocidade a que o veículo se<br />
move normalmente, da qualidade do piso e da pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />
w w w DESGASTE PARCIAL<br />
A causa de desgaste mais frequente tem a ver com o facto de a geometria<br />
do pneu não estar de acordo com a especificação. Estes desvios<br />
acontecem ao longo do tempo e são o preço a pagar pelos maus<br />
hábitos de condução, como, por exemplo, subir passeios. Rebaixar<br />
um veículo com pneus de baixo perfil também afeta negativamente<br />
o alinhamento. Esta modificação agrava a tendência do alinhamento<br />
ficar com um desvio. O resultado traduz-se num desgaste não uniforme.<br />
Aumento do desgaste<br />
parcial devido<br />
a derrapagens.<br />
Geralmente, surge<br />
em conjunto com<br />
superfícies do piso<br />
gastas<br />
Derrapagem =<br />
7% da circunferência<br />
Exemplo:<br />
1:5.7 (>= 18%) inclinação<br />
Distância perdida<br />
Derrapagens causam<br />
desgaste. A condução<br />
agressiva aumenta o<br />
grau de derrapagens<br />
w w w …MAS TAMBÉM INFLUENCIÁVEL<br />
O nível de desgaste e a quilometragem de um veículo de passageiros<br />
dependem, entre outros aspetos, da ocorrência de derrapagens. E<br />
o desgaste por derrapagens depende muito do estilo de condução<br />
de quem vai ao volante.<br />
Dobro de derrapagens significa o quádruplo do desgaste e um quarto<br />
da performance (em termos de quilómetros). No caso de uma aceleração<br />
delicada, em piso seco, os valores do desgaste pela derrapagem<br />
atingem os 2%. No caso em que um veículo é forçado até ao limite,<br />
pode acontecer um desgaste por derrapagem de 20%.<br />
Os valores de desgaste variam conforme o estilo de condução. Se<br />
for normal, o desgaste é menor e o pneu pode fazer cerca de 40.000<br />
km. Se for um condutor agressivo, o desgaste será muito maior e o<br />
w w w DESGASTE NA SUPERFÍCIE CENTRAL<br />
Este padrão de desgaste encontra-se, na maioria das vezes, em pneus<br />
de automóveis de alta cilindrada. Hoje em dia, até os automóveis de<br />
média cilindrada gerem altos níveis de energia, capazes de produzir<br />
fortes derrapagens.<br />
Estes eleva<strong>dos</strong> níveis de potência, que surgem com a forte aceleração<br />
ou em situações de “para-arranca” características do trânsito<br />
<strong>dos</strong> grandes centros urbanos, também podem aumentar o desgaste<br />
central. Por razões de segurança, a pressão de insuflação <strong>dos</strong> pneus<br />
(operação que deve ser efetuada com eles frios) nunca deve exceder<br />
os níveis recomenda<strong>dos</strong> pelo fabricante do veículo.<br />
Exemplo do padrão de<br />
desgaste de pneus no<br />
eixo de tração de um<br />
veículo de alta cilindrada.<br />
O desgaste é notório na<br />
parte central do piso<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
w w w DESGASTE DIAGONAL LOCALIZADO<br />
Este desgaste ocorre a cerca de 45º do plano circunferencial. Geralmente,<br />
aparece só numa zona de circunferência do piso, embora possa<br />
aparecer em mais. Os veículos mais afeta<strong>dos</strong> são os de tração dianteira.<br />
Desgaste diagonal localizado.<br />
Para evitar este tipo de<br />
desgaste, os níveis de<br />
alinhamento devem estar<br />
sempre na tolerância mais<br />
baixa recomendada pelo<br />
fabricante do veículo<br />
Este tipo de desgaste é mais ou menos associado aos pneus coloca<strong>dos</strong><br />
nos eixos sem tração, especialmente na posição traseira esquerda.<br />
Enquanto alguns veículos são particularmente suscetíveis<br />
a este desgaste, outros não são. Este efeito é agravado quando o<br />
desalinhamento é grande.<br />
Na área do pneu mais afetada pelo desgaste diagonal, há certas partes<br />
da estrutura do pneu que estão em contacto frequente. O facto de a<br />
pressão do pneu poder estar demasiado baixa ou de os amortecedores<br />
não estarem a funcionar devidamente, também pode agravar<br />
este tipo de desgaste.<br />
Estas condições de utilização podem ser:<br />
w Longos trajetos, sem grandes curvas, a uma velocidade constante;<br />
w Estilo de condução moderado;<br />
w Geometria de suspensão (alinhamento/camber).<br />
À medida que o pneu vai rolando ao longo da estrada, os blocos<br />
deformam, conforme se aproximam da zona de contacto com o piso,<br />
sendo comprimi<strong>dos</strong> ao entrarem em contacto com a estrada. Ao<br />
perderen este contacto, friccionam a superfície enquanto voltam à<br />
sua forma original.<br />
O resultado traduz-se num desgaste maior nos cantos <strong>dos</strong> blocos<br />
exteriores do piso. Este tipo de desgaste é mais frequente nos pneus<br />
que estão monta<strong>dos</strong> nos eixos não motrizes.<br />
w w w DESGASTE DO PISO CAUSADO POR TRAVAGENS<br />
Este tipo de desgaste resulta de travagens “a fundo” com os pneus<br />
bloquea<strong>dos</strong>, deixando marcas na estrada. Mesmo em veículos equipa<strong>dos</strong><br />
com ABS, as travagens conseguem provocar um breve bloqueio<br />
do pneu, embora o desgaste causado seja menor.<br />
w w w DESGASTE EM FORMA DE “SERRA”<br />
É causado pelo uso quotidiano, com a suspensão posicionada normalmente.<br />
É a manifestação visível e (audível) de várias forças distorcionais<br />
que afetam o piso do pneu.<br />
As ranhuras e os blocos que formam o piso de um pneu - fonte de<br />
ruí<strong>dos</strong> - são essenciais para uma condução segura em piso molhado.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus de baixo perfil, grande percentagem do desenho do<br />
piso é estudada para conseguir afastar a água e evitar o aquaplaning.<br />
As ranhuras cruzadas (para drenar a água) formam verdadeiros blocos<br />
na zona lateral <strong>dos</strong> ombros.<br />
Estes blocos nos ombros podem levar ao tal desgaste em forma de<br />
“serra”, resultado do rolamento de mecanismos sob certas condições<br />
de utilização.<br />
Desgaste acentuado<br />
devido a travagem<br />
“a fundo”. Sem ABS<br />
w w w DANOS CAUSADOS POR PRESSÃO INCORRETA<br />
A pressão correta é importantíssima para a longevidade, comportamento<br />
e, acima de tudo, para a segurança do pneu.<br />
A pressão certa para cada pneu é decidida pelo fabricante do veículo<br />
e pelo fabricante <strong>dos</strong> pneus, estando sempre adaptada às características<br />
do automóvel, conforme a carga que deve suportar e o fim<br />
a que se destina. A pressão correta é sempre fornecida no manual<br />
de instruções ou pode estar indicada algures no próprio automóvel,<br />
normalmente ao pé da porta.<br />
Logo que os pneus sejam monta<strong>dos</strong> no veículo, é da responsabilidade<br />
do condutor verificar e ajustar, regularmente, a pressão do ar (uma<br />
vez por semana é o mínimo aconselhável).<br />
Vários estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> pelos mais varia<strong>dos</strong> fabricantes e por entidades<br />
independentes, têm demonstrado que mais de metade <strong>dos</strong><br />
automobilistas conduz com pressão demasiado baixa, ou seja, com<br />
níveis abaixo do recomendado.<br />
A pressão abaixo do recomendado pelo fabricante é uma das causas<br />
mais frequentes de acidentes.<br />
Os pneus com blocos<br />
profun<strong>dos</strong> desenha<strong>dos</strong><br />
no perfil, ou com<br />
ranhuras laterais<br />
abertas, são suscetíveis<br />
de desgaste alternado,<br />
principalmente quando<br />
não estão monta<strong>dos</strong> no<br />
eixo de tração<br />
Riscos de pressão abaixo do recomendado<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55
Técnica<br />
Danos nos <strong>Pneus</strong><br />
w w w CONDUZIR COM PRESSÃO MUITO BAIXA<br />
A condução com pressão muito abaixo <strong>dos</strong> níveis aconselha<strong>dos</strong> tem<br />
um impacto muito negativo:<br />
w Na direção;<br />
w Na estabilidade direcional;<br />
w Na segurança (os pneus podem separar-se da jante);<br />
w Na relação custo/eficiência (valor, resistência ao rolamento, menor<br />
quilometragem);<br />
w Na durabilidade.<br />
To<strong>dos</strong> os condutores devem ser alerta<strong>dos</strong> para terem os devi<strong>dos</strong><br />
cuida<strong>dos</strong> para garantir a sua segurança e a <strong>dos</strong> passageiros que, com<br />
ele, viajam. O ideal é um sistema de monotorização integrado, embora<br />
este não possa substituir a verificação manual. Em to<strong>dos</strong> os casos, a<br />
pressão deve ser revista frequentemente, sempre com o pneu frio<br />
(não quando estiver aquecido pelo uso).<br />
O pneu sobressalente também deve ser verificado.<br />
w w w CONDUZIR COM PRESSÃO ABAIXO<br />
A zona de contacto do pneu deforma enquanto vai este rolando.<br />
O que pode provocar fricção entre os diversos componentes. Se<br />
um pneu for utilizado neste estado (pressão baixa) ou demasiada<br />
carga, sobreaquece e pode dar origem a separação de algumas<br />
das suas partes.<br />
Normalmente, este tipo de dano ocorre a longo prazo. No entanto,<br />
se um pneu nestas condições for submetido a muito esforço, pode<br />
ocorrer um colapso total ou rebentamento parcial do pneu.<br />
Furo de prego. Descolorações<br />
circunferenciais das paredes laterais<br />
nas zonas de flexão são indicadores<br />
de viagens longas feitas com pouca<br />
pressão ou com perda gradual da<br />
mesma<br />
Sobreaquecimento do pneu causado por pressão muito baixa, leva à<br />
separação <strong>dos</strong> componentes estruturais e derrete a borracha do pneu<br />
<strong>dos</strong> componentes estruturais e <strong>dos</strong> componentes de borracha do<br />
pneu. O resultado final é, muitas vezes, o rebentamento do pneu.<br />
Quando isto acontece, é porque o pneu está severamente danificado<br />
e, neste ponto, já é impossível detetar o que causou a perda gradual<br />
da pressão.<br />
Este tipo de situação é, normalmente, atribuído a danos exteriores<br />
menores, a válvulas danificadas ou a falhas na jante, como corrosão<br />
ou outros fenómenos.<br />
w w w DANOS CAUSADOS POR FATORES EXTERNOS<br />
Outro tipo de danos que podem ocorrer são causa<strong>dos</strong> por fatores<br />
externos. Isto pode acontecer, por exemplo, quando se passa sem<br />
intenção, ou com muita velocidade, por cima de obstáculos. Também<br />
se pode dar o caso de o pneu já estar danificado, se tiver sido<br />
montado de forma incorreta.<br />
Depressão<br />
circunferencial na<br />
zona do talão indica<br />
falta de manutenção<br />
Partes do pneus que desapareceram<br />
devido a falta de manutenção<br />
O pneu que consta na imagem era, muitas, vezes utilizado com<br />
pressão insuficiente para a carga. Resultado: marcas circunferenciais<br />
bem visíveis na área do talão, desgaste de ambos os ombros e<br />
descoloração<br />
Dano visto do<br />
lado exterior<br />
do pneu<br />
w w w RUTURA POR IMPACTO<br />
Uma rutura por impacto implica danos sérios na carcaça provoca<strong>dos</strong><br />
pelo contacto do pneu com certos obstáculos.<br />
Se for visível uma saliência na parte lateral do pneu, é sinal de que as<br />
telas dentro da carcaça foram destruídas. Se este tipo de problema for<br />
ignorado, existe o risco de rebentamento do pneu num futuro próximo.<br />
Estes danos ocorrem quando se passa por cima de obstáculos, como<br />
passeios ou lombas limitadoras de velocidade excessiva ou num<br />
ângulo errado.<br />
w w w CONDUZIR COM PERDA DE PRESSÃO GRADUAL<br />
A diminuição gradual da pressão é um fenómeno bastante difícil.<br />
Mesmo os condutores experientes não detetam este tipo de problema<br />
facilmente.<br />
Especialmente a alta velocidade, a combinação da força centrífuga<br />
com a pressão residual, pode dar a impressão do pneu estar suficientemente<br />
cheio.<br />
Com a redução gradual e o aumento consequente de flexão, o pneu<br />
é sujeito a um esforço excessivo, o que pode resultar numa separação<br />
Passeios ou obstáculos similares,<br />
só se devem subir num ângulo<br />
correto e a baixa velocidade<br />
A carcaça foi entalada contra a<br />
jante na consequência de um<br />
impacto forte. Fez rasgo na área<br />
de contacto<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Isto sobrecarrega a carcaça e provoca a rutura das telas.<br />
A extensão <strong>dos</strong> danos depende muito da velocidade, do<br />
ângulo de impacto e do tamanho do obstáculo.<br />
PUB<br />
w w w DANOS CAUSADOS NA MONTAGEM<br />
Os pneus também podem ser danifica<strong>dos</strong> mesmo sem serem<br />
usa<strong>dos</strong>. Por exemplo: se a jante for montada de forma<br />
incorreta.<br />
O talão pode ser danificado enquanto o pneu é montado<br />
ou retirado pela máquina de montagem. A base do talão<br />
em particular pode ser cortada ou esmagada até aos arames<br />
do talão.<br />
Este tipo de situação acontece quando se tenta dobrar o<br />
talão nas situações abaixo descritas:<br />
Danos no talão causa<strong>dos</strong> durante a montagem. O rolo da<br />
máquina de montagem deixa frequentemente marcas na<br />
área danificada, onde esteve em contacto com o pneu<br />
w Se a secção oposta do talão não estiver completamente<br />
inserida no centro da jante;<br />
w Se a cabeça da máquina de montagem não estiver devidamente<br />
ajustada;<br />
w Se o bordo do rolo da máquina de montagem rolar para<br />
fora do talão.<br />
w w w QUEBRA DO ARAME DOS TALÕES<br />
Para se montarem pneus “tubeless”, é obrigatório jantes<br />
com perfil apropriado. Este tipo de jante tem uma lomba<br />
circunferencial em, pelo menos, um <strong>dos</strong> ombros.<br />
A lomba tem como função assegurar que o talão fica firmemente<br />
apoiado no ombro da jante.<br />
Se o pneu estiver insuflado na altura da montagem, parte<br />
do talão pode ficar presa nessa lomba.<br />
Neste caso, existe perigo do talão ficar muito solto se o pneu<br />
estiver com muita pressão e, de alguns, ou to<strong>dos</strong> os cabos<br />
de aço, se partirem.<br />
Por este motivo, a pressão para colocar o talão por cima da<br />
lomba, na altura da montagem, não pode exceder os 3.3<br />
bar. Caso não se consiga a montagem com estes níveis, deve<br />
interromper-se imediatamente o processo.<br />
Convém verificar, também, se as partes do pneu e da jante<br />
que vão encaixar foram suficientemente lubrificadas. Depois<br />
disto, pode iniciar-se a montagem.<br />
Normalmente, não há indicadores externos de uma quebra<br />
do arame <strong>dos</strong> talões.<br />
Talão quebrado<br />
resultante da<br />
tensão durante o<br />
enchimento do<br />
pneu<br />
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Técnica<br />
Danos nos <strong>Pneus</strong><br />
Estilo de condução e afinação <strong>dos</strong> eixos têm influência<br />
Impacto da geometria do chassis no desgaste <strong>dos</strong> pneus<br />
Alinhamento:<br />
Se, devido a um alinhamento errado, os pneus não rolam paralelamente um ao outro,<br />
uma parte do piso acaba por ir sendo “apagada”, resultando num desgaste parcial de<br />
um <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong>. Normalmente, reconhece-se este desalinhamento pelo facto de o piso<br />
mostrar marcas de desgaste nos seus pontos mais salientes.<br />
Condução rápida em estrada com muitas curvas também causa um desgaste considerável,<br />
especialmente no ombro exterior do pneu (aquele que está mais distante do<br />
veículo). A afinação que alguns fabricantes dão ao eixo traseiro ou dianteiro <strong>dos</strong> veículos,<br />
de forma a otimizar o seu rendimento, pode causar um desgaste parcial do pneu.<br />
Camber:<br />
O desgaste parcial ou lateral também pode<br />
ser causado por um valor de camber alto: o<br />
camber positivo (+) leva a um desgaste no<br />
ombro exterior; o camber negativo (-) a um<br />
desgaste no ombro interior.<br />
Direção de viagem<br />
Direção de viagem<br />
Divergência<br />
A distância entre os pneus é<br />
maior à frente (A) do que atrás (B).<br />
Desgaste no ombro interior<br />
Convergência<br />
A distância entre os pneus é<br />
menor à frente (A) do que atrás (B).<br />
Desgaste no ombro exterior<br />
Desgaste nos ombros causado<br />
por valores de camber demasiado<br />
eleva<strong>dos</strong><br />
A falta de<br />
verificação da<br />
pressão e a<br />
utilização incorreta<br />
<strong>dos</strong> pneus podem<br />
dar origem a<br />
cenários como este<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Técnica a Equilíbrio de Rodas<br />
A importância<br />
de uma boa equilibragem<br />
To<strong>dos</strong> nós, de uma forma geral, já sentimos aquela<br />
vibração desagradável quando conduzimos. E, quando<br />
falamos nisso, costumamos logo ouvir, <strong>dos</strong> mais<br />
entendi<strong>dos</strong> na matéria, a célebre frase “tens uma roda<br />
desequilibrada!”…<br />
Por: Mário Leal,<br />
Diretor Técnico da Domingos & Morgado<br />
Bem… geralmente, até têm razão,<br />
embora a vibração na condução<br />
de um veículo possa ter múltiplas<br />
origens, nomeadamente devido ao<br />
mau alinhamento das rodas.<br />
Mas, como o propósito desta pequena reflexão<br />
é falar sobre o equilíbrio de rodas,<br />
vamos deixar a questão <strong>dos</strong> deficientes<br />
alinhamentos para outra ocasião.<br />
Como é do conhecimento geral, não querendo<br />
ser demasiado técnico nesta abordagem,<br />
praticamente todas as rodas das<br />
viaturas que circulam na via pública apresentam<br />
uns curiosos “apêndices” cola<strong>dos</strong><br />
ou presos com uma mola. Essas pequenas<br />
massas são o que na gíria se costuma<br />
chamar,pesos de equilibragem.<br />
Existem vários tipos de pesos de equilibragem,<br />
sendo os mais comuns os de clip ou<br />
mola e as barras de colar.<br />
Mas qual é a função destas pequenas massas?<br />
O que estarão elas lá a fazer?<br />
Pois bem… essas massas destinam-se a<br />
compensar o desequilíbrio das rodas – conjunto<br />
de jante + pneu – para que a condução<br />
do veículo seja mais confortável e para que<br />
os componentes mecânicos da viatura não<br />
sofram com a aplicação destas forças, principalmente<br />
originadas por “defeitos” <strong>dos</strong><br />
pneus, das jantes ou da soma <strong>dos</strong> dois…<br />
Como se compreende, não é fácil construir<br />
uma jante ou um pneu cujas secções tenham<br />
exatamente a mesma massa ao longo<br />
de toda a sua superfície. Há sempre zonas<br />
mais pesadas, por exemplo, onde se sobrepõem<br />
as telas internas de um pneu ou, no<br />
caso das jantes, devido a pequeníssimas<br />
excentricidades <strong>dos</strong> pontos de centragem<br />
no cubo da viatura ou empenos provoca<strong>dos</strong><br />
pelo uso.<br />
w DESEQUILÍBRIOS GERAM PROBLEMAS<br />
Quando se somam os vários problemas<br />
acima menciona<strong>dos</strong>, lá aparece a tal irritante<br />
“tremedeira” no volante.<br />
Mas há algum risco para o veículo se ele<br />
circular com as rodas desequilibradas? Ou<br />
será que é só uma questão de conforto?<br />
A resposta é: sim! Existem vários riscos associa<strong>dos</strong><br />
ao desequilíbrio das rodas.<br />
Vejamos um caso prático: a 30 km/h um<br />
desequilíbrio de uma roda com uns meros 5<br />
g, provoca uma força de, aproximadamente,<br />
400 g… A 110 km/h, esses 5 g provocam<br />
uma força aplicada de cerca de 5 kg! E, se<br />
há coisa que os componentes da suspensão<br />
e da direção dispensam, são “pancadas”<br />
constantes de 5 kg de força por cada rotação<br />
da roda...<br />
Vejamos outro caso prático: numa viatura<br />
de gama média, uma excentricidade de<br />
uma roda de 1mm, relativa ao seu eixo de<br />
rotação, provoca um desequilíbrio estático<br />
de, aproximadamente, 50 g.<br />
Pelo que, acima, fomos referindo, torna-se<br />
evidente que eliminar a vibração da condução<br />
não é somente uma questão de conforto<br />
mas, principalmente, um fator de segurança<br />
para os ocupantes do veículo.<br />
Na generalidade, podemos afirmar com<br />
toda a certeza que rodas desequilibradas<br />
conduzem a um desgaste prematuro <strong>dos</strong><br />
componentes mecânicos e estruturais<br />
<strong>dos</strong> veículos. E conduzem, também, a um<br />
aumento das distâncias de travagem (por<br />
efeito da diminuição cíclica da carga do<br />
pneu sobre a estrada), bem como a um<br />
desgaste prematuro <strong>dos</strong> pneus.<br />
Por tudo o que, anteriormente, foi mencionado,<br />
os fabricantes de máquinas de<br />
equilibrar dão especial ênfase à precisão<br />
<strong>dos</strong> seus equipamentos.<br />
Hoje, as máquinas de equilibrar são equipamentos<br />
de altíssima precisão, em que os<br />
fabricantes aplicam todo o seu know-how<br />
sobre o tema. Veja-se, por exemplo, como<br />
nas máquinas de maior qualidade é comum<br />
utilizarem-se, hoje, raios laser de alta precisão<br />
para indicar o ponto exato em que os<br />
pesos devem ser coloca<strong>dos</strong>, bem como as<br />
combinações de raios laser com emissores/<br />
recetores de sonar, para determinar a largura,<br />
excentricidade e ovalização de rodas,<br />
entre outras funções.<br />
Resumindo, se sentir o seu veículo vibrar –<br />
a qualquer que seja a velocidade a que se<br />
desloque – não perca tempo e dirija-se a<br />
um especialista! A viatura agradece e, mais<br />
importante do que isso, a sua segurança<br />
sai reforçada!<br />
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Produto Bosch GDS 18 V-EC 250<br />
Autonomia à mão...<br />
Responde pelo nome de guerra GDS 18 V-EC 250. A nova aparafusadora<br />
de impacto, sem fios, da Bosch destina-se aos profissionais do setor<br />
e distingue-se pela sua autonomia e versatilidade<br />
Por: Jorge Flores<br />
Para um profissional de uma casa de<br />
pneus, autonomia é sinónimo de<br />
tempo. E numa atividade como a <strong>dos</strong><br />
pneus, ganhar tempo, significa eficácia<br />
nos serviços. Ora, estes são os atributos essenciais<br />
da nova aparafusadora de impacto, sem<br />
fios, da Bosch. Uma ferramenta dotada de um<br />
motor potente e que dispensa escovas. Uma<br />
revolução anunciada no setor.<br />
A GDS 18 V-EC 250 Professional está, atualmente,<br />
a ser apresentada às casas de pneus<br />
nacionais. E a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> acompanhou<br />
uma das demonstrações da ferramenta pelas<br />
mãos habilitadas de Carlos Pereira, técnico especializado<br />
da Bosch, e de Luís Costa, responsável<br />
da Pneubase, casa de pneus inserida na<br />
rede Euromaster. Para comprovar as virtudes da<br />
nova coqueluche da Bosch, o segundo tratou<br />
de mudar um pneu, num serviço exterior (um<br />
parque de estacionamento), recorrendo à GDS<br />
18 V-EC 250 Professional. Uma máquina que se<br />
distingue pelo seu formato compacto e pelo seu<br />
punho estreito. No final da ação, Luís Costa não<br />
escondia a sua satisfação. “Posso ficar já com<br />
esta?”, perguntou.<br />
w MÃOS PROFISSIONAIS<br />
A potência da máquina explica-se facilmente:<br />
binário de 250 Nm e capacidade para processar<br />
175 parafusos, com 12 mm de diâmetro e <strong>35</strong><br />
mm de comprimento. Este equipamento dispõe<br />
ainda de um LED para melhorar a visualização<br />
do serviço que presta.<br />
Carlos Pereira, técnico da Bosch, resumiu as<br />
características desta aparafusadora de impacto<br />
de nova geração. “É uma máquina que tem a<br />
mesma força para a direita como para a esquerda.<br />
Trata-se de uma GDS com um motor,<br />
sem escovas, que permite realizar um trabalho<br />
no exterior sem problema nenhum, porque o<br />
motor aproveita toda a energia da bateria. Está<br />
preparada até para alguns salpicos de chuva,<br />
como é caso do dia de hoje. Mas a grande vantagem<br />
é ser um aparelho com motor e sem<br />
escovas”, adianta.<br />
Dito por outras palavras, a GDS 18 V-EC 250<br />
Professional “tira partido de toda a potência<br />
da sua bateria e transmite uma força correta”,<br />
conferindo-lhe “a mesma força para a direita e<br />
para a esquerda. E isso possibilita apertar muito<br />
mais facilmente as porcas das jantes de um veículo<br />
ligeiro”, conclui.<br />
O motor EC, sem escovas, garante uma autonomia<br />
de funcionamento da bateria 30% mais<br />
longa, assim como uma durabilidade até 100%<br />
maior, em comparação com aparafusadoras de<br />
impacto com motores convencionais. Perfeito<br />
para uma maior eficiência nas aplicações em<br />
série.<br />
w CARGAS FACILITADAS<br />
O sistema de carga por indução é outra das<br />
vantagens da nova ferramenta da Bosch. “A<br />
máquina só por contacto, entre a bateria e o<br />
carregador, faz uma carga”, esclarece Carlos Pereira.<br />
A Bosch lançou agora um suporte móvel,<br />
que permite que a máquina esteja fixa e que<br />
seja carregada na rua, durante os trabalhos exteriores.<br />
O carregador é de 230 V convencional,<br />
mas vem, também, dotada de um conversor.<br />
“Ligo os 230 V a esse conversor, que, por sua<br />
vez, liga a uma tomada de 12V (que os veículos<br />
ligeiros de mercadorias já começam a ter)<br />
e possibilita que ele tenha, não só, um sistema<br />
de carga mais ecológico como, também, possa<br />
fazer cargas mesmo quando está a ir da oficina<br />
para o local do serviço. Juntando a máquina ao<br />
novo sistema de carga por indução, torna tudo<br />
mais fácil”, reforça Carlos Pereira.<br />
Carlos Pereira,<br />
técnico da<br />
Bosch, tem<br />
demonstrado<br />
as vantagens<br />
da nova<br />
aparafusadora<br />
de impacto da<br />
marca<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Avaliação obrigatória<br />
//////////////////<br />
Mercedes-Benz GLE Coupé <strong>35</strong>0d 4Matic<br />
Reflexo do mestre<br />
É o SUV mais politicamente incorreto da Mercedes-Benz. Combina a fisionomia de um<br />
coupé com a versatilidade de um off-road. Se o design provocador e o estatuto elevado<br />
reúnem admiração, já a panóplia de dispositivos eletrónicos e o poderoso motor V6<br />
Diesel de 258 cv impõem respeito. O mestre tem um nome: GLE Coupé. E causa reflexo<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Nada menos do que cinco modelos<br />
compõem a oferta SUV<br />
da Mercedes-Benz. Isto sem<br />
considerar o icónico Classe G,<br />
que é visto mais como um “puro e duro”<br />
todo-o-terreno. Graças à nova nomenclatura<br />
adotada pela marca alemã, to<strong>dos</strong> os<br />
seus SUV ostentam a sigla “GL”. Depois,<br />
adiciona-se a letra correspondente à plataforma<br />
da gama que lhe serve de base.<br />
“E” no caso do modelo que, aqui, surge<br />
em apreço. Dividido entre duas opções<br />
de carroçaria, a “normal” (que substitui o<br />
anterior ML) e a coupé (sendo esta uma<br />
novidade na Mercedes-Benz), o GLE situa-<br />
-se acima <strong>dos</strong> GLA e GLC e abaixo do<br />
GLS. Efetuado o périplo pela oferta SUV<br />
do construtor de Estugarda, sem mais<br />
demoras damos início ao ensaio do GLE<br />
Coupé, na única versão Diesel de que<br />
dispõe: <strong>35</strong>0d.<br />
w SIX APPEAL<br />
Irreverente, provocador, arrojado. O GLE<br />
Coupé tem muito six appeal, ou não estivesse<br />
ele equipado com um motor V6<br />
Diesel. A linha descendente do tejadilho<br />
e a secção traseira mais compacta do que<br />
a dianteira, estabelecem ligação com os<br />
coupés das Classes C, E e S. Bem como com<br />
os modelos de quatro portas CLA e CLS.<br />
As proporções musculadas da carroçaria e,<br />
sobretudo, o opcional pacote exterior AMG<br />
Line (€3.500), conferem um visual sui generis<br />
a este SUV. Esquisito para uns, atraente para<br />
outros, a verdade é que ninguém consegue<br />
ficar indiferente ao GLE Coupé.<br />
Na frente, destacam-se as enormes tomadas<br />
de ar escuras. De perfil, para além <strong>dos</strong><br />
“piscas” integra<strong>dos</strong> nos retrovisores e das<br />
molduras <strong>dos</strong> vidros cromadas, as imponentes<br />
jantes de 21” com cinco raios duplos<br />
incluídas no supracitado pacote exterior<br />
AMG Line (medem 53,3 cm), os opcionais<br />
vidros escureci<strong>dos</strong> (€500) e os também opcionais<br />
estribos laterais ilumina<strong>dos</strong> com look<br />
alumínio e aplicações em borracha (€750)<br />
vincam a diferença. Quanto à traseira, porventura<br />
a zona mais controversa e sensual deste<br />
modelo, demarca-se pelas duas saídas de<br />
escape cromadas de formato quadrangular<br />
e pelas inscrições GLE <strong>35</strong>0d 4Matic.<br />
No interior, não há margem para dúvidas.<br />
A qualidade de construção é simplesmente<br />
excelente, o posto de condução é envolvente<br />
e ergonómico, os ocupantes encontram-se<br />
rodea<strong>dos</strong> de fortes medidas de segurança<br />
e o espaço disponível para passageiros e<br />
bagagem é amplo. Arrumação não falta.<br />
Tal como detalhes estilísticos que fazem a<br />
diferença. No que ao equipamento diz respeito,<br />
a presença de inúmeras opções torna<br />
deveras agradável a estadia a bordo. Eis algumas:<br />
teto de abrir panorâmico em vidro<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Elegante, funcional e muito bem feito. O interior do GLE Coupé proporciona uma agradável estadia a bordo<br />
(€2.200), ar condicionado automático Thermotronic<br />
(€850), sistema de som Harman/<br />
Kardon Logic7 (€1.050), luzes ambiente (€450),<br />
acabamentos em piano lacado preto (€550),<br />
pacote interior AMG Line – bancos desportivos;<br />
volante desportivo; tapetes específicos<br />
- (€800), pack parking com câmara de 360°<br />
(€800), pack memórias (€1.100) e tablier em<br />
pele (€550).<br />
SUV pode ainda, imagine-se, ser equipado<br />
com jantes de 22” (55,9 cm)... As enormes<br />
borrachas que o colam literalmente ao solo<br />
(Pirelli P Zero, de medida 275/45R21 no eixo<br />
dianteiro e 315/40R21 no eixo traseiro), juntamente<br />
com o sistema de tração integral<br />
permanente (4Matic) e a opcional suspensão<br />
Airmatic (€2.100), conferem-lhe um pisar<br />
sólido e uma motricidade digna de elogios,<br />
mas não evitam que a carroçaria tenha um<br />
rolamento em curva superior ao desejável.<br />
Com reações precisas e fáceis de controlar, o<br />
GLE Coupé carece, contudo, de maior envolvência<br />
no que ao desempenho dinâmico diz<br />
respeito. Não tanto pelo seu peso, superior<br />
a duas toneladas, mas mais pelas dimensões<br />
generosas da carroçaria. E nem mesmo a opcional<br />
suspensão pneumática consegue<br />
w BODYBUILDING<br />
Há um ditado que diz que “à mulher de César<br />
não basta sê-lo, é preciso parecê-lo”. Pois<br />
bem, o GLE Coupé da Mercedes-Benz não<br />
só é possante como, também, faz questão<br />
de transmiti-lo. Cumpre essa máxima na<br />
íntegra, portanto. Desde logo, pelo corpo<br />
escultural que exibe, cujos contornos bem<br />
defini<strong>dos</strong> lembram uma operação de bodybuilding<br />
particularmente bem sucedida.<br />
Musculado sem ser desproporcional, este<br />
A transmissão automática de nove velocidades está disponível para modelos de tração<br />
integral, como o que consta nestas páginas. O motor V6 Diesel de 3,0 litros produz 258 cv<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63
Avaliação obrigatória<br />
GLE Coupé <strong>35</strong>0d 4Matic<br />
/////////////////<br />
Esquisito para uns, atraente para outros, a verdade é que ninguém<br />
consegue ficar indiferente ao Mercedes-Benz GLE Coupé<br />
Pirelli P Zero<br />
Prestações elevadas<br />
w O Mercedes-Benz GLE Coupé que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha<br />
equipado com Pirelli P Zero, de medida 275/45R21 no eixo dianteiro e<br />
315/40R21 no eixo traseiro. Replicando as qualidades excecionais do P<br />
Zero, criado para automóveis desportivos topo de gama, este pneu foi<br />
desenvolvido para responder às exigências de performance <strong>dos</strong> SUV mais<br />
potentes. Uma geometria de blocos de múltiplos passos, largos canais<br />
longitudinais e um padrão assimétrico da banda de rodagem, garantem<br />
uma excelente aderência à estrada. O P Zero melhora a performance de<br />
travagem e aumenta a manobrabilidade e o controlo, mesmo <strong>dos</strong> SUV<br />
mais robustos. Os largos canais longitudinais melhoram a aderência em<br />
piso molhado e reduzem o risco de aquaplaning. Por seu tuno, o novo<br />
composto com nano-compósitos, que oferece máxima aderência e estabilidade,<br />
proporciona uma integridade estrutural que faz com que o<br />
controlo direcional seja preciso, tornando possível um desgaste uniforme<br />
da banda de rodagem para uma performance excelente. Tanto em seco<br />
MOTOR<br />
Tipo 6 cil. em V a 72°,<br />
longitudinal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 2987<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
83,0x92,0<br />
Taxa de compressão 15,5:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 258/3400<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 620/1600<br />
Distribuição<br />
2x2 v.e.c., 24 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção direta common rail<br />
Sobrealimentação<br />
turbo VTG + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
integral permanente com ESP<br />
Caixa de velocidades<br />
automática de 9+ma (9G-Tronic)<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (eletromecânica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,8<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (330)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (325)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
independente<br />
Traseira<br />
multilink<br />
Barra estabilizadora frente/trás sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 226<br />
0-100 km/h (s) 7,0<br />
Ângulos ataque/saída/ventral (°) 31/29/13,3<br />
Passagem a vau (mm) 500<br />
CONSUMOS (l/100 km)<br />
Extra-urbano/Combinado/Urbano 6,4/6,9/7,5<br />
Emissões de CO2 (g/km) 180<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,<strong>35</strong><br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4900/2003/1731<br />
Distância entre eixos (mm) 2915<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1656/1675<br />
Altura ao solo (mm) 141<br />
Capacidade do depósito (l) 93<br />
Capacidade da mala (l) 650-1720<br />
Peso (kg) 2250<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 8,7<br />
Jantes de série<br />
8 1/2Jx20”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 275/50R20<br />
PNEUS TESTE<br />
Pirelli P Zero, 275/45R21 107Y (frente) e 315/40R21 111Y (trás)<br />
Imposto Único Circulação (IUC) €612,67<br />
Preço (s/ despesas) €97.<strong>35</strong>0<br />
Unidade testada: €116.117<br />
evitar uma postura algo “desengonçada” nas<br />
rápidas transferências de massa e nas travagens<br />
em apoio. Bem mais vocacionado para<br />
circular em linha reta do que para “saltar” de<br />
curva em curva, este imponente SUV passa<br />
com distinção as atividades lúdicas fora de<br />
estrada, desde que, claro, se tenham bem<br />
presentes as suas limitações.<br />
Da assistência da direção, da eficácia<br />
<strong>dos</strong> travões e da rapidez de atuação da<br />
caixa automática de nove velocidades<br />
(9G-Tronic), não temos qualquer crítica<br />
a fazer. Quanto ao possante motor V6<br />
Diesel de 3,0 litros com 258 cv, recorre a<br />
dois sistemas de redução catalítica seletiva<br />
para manter os níveis de óxi<strong>dos</strong> de<br />
azoto (NOx) baixos graças à utilização de<br />
AdBlue, para além de incluir o já “tradicional”<br />
filtro de partículas. Mas nem só de<br />
sistemas de pós-tratamento de gases de<br />
escape “vive” esta versão <strong>35</strong>0d. Para além<br />
de um turbocompressor de geometria variável<br />
e de quatro válvulas por cilindro,<br />
que asseguram prestações explosivas<br />
e consumos relativamente conti<strong>dos</strong>, os<br />
vários contrapesos que integra e o veio<br />
de equilíbrio de que dispõe garantem ao<br />
motor uma suavidade de funcionamento e<br />
asseguram que as vibrações elevadas não<br />
existam. Já no caso do Drive Select, são<br />
quatro os mo<strong>dos</strong> de condução disponíveis<br />
através de um comando circular: “Individual”,<br />
“Sport”, “Comfort” e “Slippery”. E<br />
convém não esquecer ainda a função DSR<br />
(Downhill Speed Regulation), um importante<br />
auxiliar para descidas acentuadas.<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
Em estrada Por: Bruno Castanheira<br />
Honda CR-V 1.6 i-DTEC Lifestyle 4WD<br />
Espírito aventureiro<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1597<br />
Potência máxima (cv/rpm) 160/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) <strong>35</strong>0/2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 202<br />
0-100 km/h (s) 9,8<br />
Consumo comb. (l/100 km) 5,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 133<br />
Preço €41.850<br />
IUC €174,58<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Michelin Latitude Sport, 225/60R18 100H<br />
w Mais atraente, mais eficaz,<br />
mais seguro. O novo Honda<br />
CR-V aburguesou-se, mas<br />
não perdeu o seu espírito<br />
aventureiro. Bem pelo contrário.<br />
Sobretudo na versão<br />
aqui em apreço, equipada<br />
com o motor Diesel common<br />
rail Euro 6 1.6 i-DTEC de 160<br />
cv, que traz acoplada caixa<br />
manual de seis velocidades<br />
(quem preferir tem à disposição<br />
uma automática de nove<br />
relações) e surge associado a<br />
um sistema de tração às quatro<br />
rodas. Se a cor branca que<br />
reveste a carroçaria, as jantes<br />
de 18”, os vidros escureci<strong>dos</strong> e<br />
as barras pintadas no tejadilho<br />
conferem apelo a este SUV, já<br />
o interior convence em to<strong>dos</strong><br />
os domínios: qualidade, posto<br />
de condução, segurança, equipamento,<br />
habitabilidade, arrumação.<br />
A bagageira oferece<br />
um volume bastante razoável,<br />
sendo apenas prejudicada pela<br />
reduzida amplitude de abertura<br />
do portão traseiro. Com<br />
prestações francamente boas<br />
e níveis de consumo conti<strong>dos</strong>,<br />
no que ao desempenho<br />
dinâmico diz respeito o novo<br />
CR-V conjuga um conforto<br />
apreciável com uma facilidade<br />
de condução digna de<br />
registo. Sem ser um SUV<br />
deveras envolvente, pauta-se<br />
por ser bastante competente.<br />
E ao recorrer aos préstimos<br />
de um sistema de tração às<br />
quatro rodas, ainda que a sua<br />
altura ao solo seja reduzida,<br />
é com relativo à-vontade que<br />
faz incursões por trilhos mais<br />
desnivela<strong>dos</strong> fora de estrada.<br />
Lexus CT 200h F Sport<br />
Teoria híbrida<br />
w Não existe outro construtor<br />
que disponibilize uma versão<br />
híbrida em todas as suas<br />
gamas. Na oferta da Lexus,<br />
o CT 200h, que foi alvo de<br />
uma série de melhorias, é o<br />
modelo mais acessível. E caso<br />
esteja equipado com o pacote<br />
F Sport, o seu apelo é ainda<br />
maior. Desde logo, pelas jantes<br />
de 17” escurecidas e pelos<br />
para-choques mais agressivos.<br />
Depois, pelo desempenho dinâmico<br />
reativo e acutilante<br />
que o caracteriza, sendo apenas<br />
beliscado pela falta de vigor<br />
do sistema híbrido que o<br />
move, que contempla um motor<br />
de quatro cilindros a gasolina,<br />
que funciona segundo<br />
o ciclo Atkinson (1.8 VVT-i<br />
de 100 cv e 142 Nm), uma<br />
bateria de hidreto metálico-<br />
-níquel alojada sob o banco<br />
Ficha Técnica<br />
traseiro e um motor elétrico<br />
de 60 kW. O que resulta numa<br />
potência máxima combinada<br />
de 136 cv, que é transmitida às<br />
rodas dianteiras por intermédio<br />
de uma caixa automática<br />
de variação contínua controlada<br />
eletronicamente (e-<br />
-CVT). Relativamente bem<br />
construído, espaço e bem<br />
equipado (a versão testada<br />
dispunha de sistemas multimédia<br />
e de navegação), o<br />
habitáculo do revisto Lexus<br />
CT 200h agrada pelo posto<br />
de condução correto e pelos<br />
diversos dispositivos de segurança<br />
instala<strong>dos</strong> a bordo.<br />
Neste modelo, só não gostámos<br />
do elevado ruído de<br />
funcionamento do motor e<br />
da acima referida falta de vivacidade<br />
do sistema híbrido<br />
que o move.<br />
Motor<br />
4 cil. linha, transv.,<br />
diant. + elétrico<br />
Cilindrada (cc) 1798<br />
Pot. máx. comb. (cv/rpm) 136/4800<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 142/2800-4400<br />
Velocidade máxima (km/h) 180<br />
0-100 km/h (s) 10,3<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 94<br />
Preço €<strong>35</strong>.307<br />
IUC €216,37<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Yokohama Advan Sport V103, 215/45R17 87W<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65
Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
/////////////////<br />
Renault #Twingo TCe EDC<br />
Ativista social<br />
w Um Renault Twingo com uma “alma”<br />
renovada, equipado com caixa automática<br />
de dupla embraiagem com seis velocidades<br />
(EDC – Efficient Dual Clutch) e que consiste<br />
num ativista social, ou não ostentasse ele a<br />
abreviatura de hashtag nesta série limitada.<br />
Este irreverente citadino, concebido a pensar<br />
essencialmente num público jovem, deve<br />
todo o seu charme à apelativa carroçaria. O<br />
habitáculo segue a mesma filosofia. Relativa-<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
3 cil. linha,<br />
transv., tras.<br />
Cilindrada (cc) 898<br />
Potência máxima (cv/rpm) 90/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 1<strong>35</strong>/2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 165<br />
0-100 km/h (s) 10,8<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,8<br />
Emissões de CO2 (g/km) 107<br />
Preço €15.360<br />
IUC €103,82<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Continental ContiEcoContact 5,<br />
185/50R16 81H (frente) e 205/45R16 83H (trás)<br />
mente espaçoso, bem equipado e funcional,<br />
as superfícies lacadas e os acabamentos colori<strong>dos</strong><br />
tornam deveras agradável a estadia a<br />
bordo. Para mais, sendo o posto de condução<br />
correto e a construção razoável. Bagageira é<br />
que praticamente não existe. Equipado com<br />
um motor turbo de três cilindros com apenas<br />
898 cc, pertencente à família Energy, o<br />
#Twingo oferece prestações muito interessantes.<br />
A caixa EDC não é grande “espingarda”,<br />
mas também não compromete, acabando<br />
por tornar a condução fácil, confortável e<br />
despreocupada. Com reações honestas e<br />
uma grande agilidade, este citadino francês<br />
surpreende pelo seu diâmetro de viragem extremamente<br />
reduzido entre passeios: 8,59 m.<br />
Os pneus mais estreitos à frente e mais largos<br />
atrás são outro testemunho da nova abordagem<br />
feita pela Renault ao novo Twingo. Que<br />
é construído na Eslovénia e partilha a maioria<br />
das soluções técnicas com o seu “primo” da<br />
Daimler: o smart forfour.<br />
Volvo XC70 D4 Dynamic Geartronic<br />
Edição especial<br />
w Não deixa de ser curioso verificar que,<br />
mesmo tratando-se do modelo mais maduro<br />
da Volvo, a XC70 continua a reunir<br />
uma série de argumentos que seduzem o<br />
consumidor nacional. Ainda mais na edição<br />
especial “Dynamic Edition” que tivemos<br />
oportunidade de testar. Equipada com o motor<br />
D4 de 181 cv, destaca-se pela sua personalidade<br />
mais desportiva. Que começa no<br />
design aprimorado pelas jantes “Zephyrus”<br />
de 18” e acaba nas notáveis prestações do<br />
motor Diesel de 2,0 litros, que aqui surge associado<br />
a caixa automática de oito velocidades<br />
(Geartronic). Apesar de estar equipada<br />
com tração apenas dianteira, esta carrinha<br />
está apta a circular em to<strong>dos</strong> os caminhos,<br />
como o comprovam as diversas proteções<br />
de que dispõe e a sua altura ao solo superior.<br />
Bem construída, espaço, bem equipada<br />
e dotada de um posto de condução muito<br />
bom, a XC70 faz-se valer, também, de um<br />
elevado nível de segurança. Já no que ao desempenho<br />
dinâmico diz respeito, ainda que<br />
seja previsível e fácil de controlar, o conforto<br />
situa-se apenas num patamar razoável. Mas<br />
pior, mesmo, é a motricidade. Nos arranques<br />
a fundo, as rodas dianteiras revelam muita<br />
dificuldade para colocar no solo, cada uma,<br />
90,5 cv. Alturas em que o volante ganha vida<br />
própria e requer mão firme por parte do condutor.<br />
A eletrónica também dá uma ajuda<br />
para minorar este óbice. Nada de grave, é<br />
certo, mas, ainda assim, criticável.<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1969<br />
Potência máxima (cv/rpm) 181/4250<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 210<br />
0-100 km/h (s) 8,8<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,8<br />
Emissões de CO2 (g/km) 127<br />
Preço €54.065<br />
IUC €249,48<br />
<strong>Pneus</strong> teste:<br />
Continental CrossContact LX Sport M+S, 2<strong>35</strong>/50R18 97V<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2015
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67
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Confirmado<br />
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Orador Principal<br />
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Confirmado<br />
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Especial Jornal das Oficinas / <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | 131
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Solução integral<br />
em marcas premium, quality e budget<br />
Serviço de apoio ao cliente<br />
365 dias x 24 horas em<br />
www.nextyres.pt<br />
Disponibilidade de stock<br />
90.000 pneus disponíveis<br />
Carteira de marcas exclusivas<br />
fiáveis e com continuidade<br />
Serviço de proximidade<br />
2 plataformas em Portugal com entregas no<br />
próprio dia<br />
2 plataformas logísticas PRÓXIMAS DE SI:<br />
Web<br />
www.nextyres.pt<br />
365 dias x 24h<br />
Call Center<br />
Horário:<br />
9:00 às 19:00<br />
Força de vendas<br />
3 gestores de conta<br />
à sua disposição<br />
Logística<br />
Cerca de 90.000<br />
pneus em stock
Oferta multimarca e multisegmento<br />
A NEX distribui pneus para veículos de turismo, comerciais, 4x4/SUV e para camião/<br />
autocarro, nos segmentos premium, quality e budget. Uma ampla carteira de marcas,<br />
com o objectivo de oferecer uma solução integral para as necessidades da sua oficina.<br />
Consulte o nível de serviço que lhe podemos oferecer:<br />
Turismo,<br />
4x4/SUV e<br />
comerciais<br />
PREMIUM<br />
BUDGET<br />
QUALITY<br />
* *<br />
Camião e<br />
autocarro<br />
PREMIUM<br />
QUALITY<br />
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*<br />
* Marcas exclusivas NEX Portugal<br />
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