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Revista Cleto Fontoura 10º Edição

Tudo o que acontece em Araçatuba e região.

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DIABETES<br />

Não é preciso mais temer<br />

Dr. Ângelo<br />

Jacomossi<br />

Endocrinologista<br />

Médico de Família e<br />

Comunidade<br />

Os tempos mudaram… e para melhor! É realmente um privilégio<br />

ser testemunha ocular da mudança de paradigmas que<br />

estamos presenciando nesse momento da história da luta da<br />

ciência contra o Diabetes mellitus. História essa, que começou<br />

a se revelar à nossa civilização através de um relato contido em<br />

um papiro da Terceira Dinastia Egípcia, conhecido por “Papiro de<br />

Ebers”, que data de 1552 a.C., no qual o médico Hesy-Rá menciona<br />

uma doença que causava muita sede, muita fome e uma<br />

diurese interminável. Os curandeiros da época também notaram<br />

que a urina dessas pessoas atraía formigas, mas não sabiam o<br />

porquê. Quase dois mil anos depois, na Grécia antiga, o médico<br />

Areteu da Capadócia batizou a doença de diabetes, a partir da<br />

palavra grega que significa “sifão”, indicando a principal característica<br />

diagnóstica: o grande fluxo de urina.<br />

Descrevia como sendo “uma doença terrível, não muito frequente<br />

nos homens, caracterizada pelo derretimento da carne e<br />

dos membros e sua expulsão pela urina”. Ao longo dos próximos<br />

dois séculos, o conhecimento sobre Diabetes foi lentamente sendo<br />

construído, e com ele, um forte estigma, atribuído aos trágicos<br />

desfechos relacionados com os elevados níveis de açúcar no<br />

sangue dos diabéticos, que, ao serem diagnosticados, praticamente<br />

recebiam uma sentença de morte. Felizmente essa triste<br />

realidade foi modificada com a descoberta da insulina em 1921,<br />

pelos médicos canadenses Banting e Best, agraciados com o<br />

Nobel pela sua maravilhosa contribuição à humanidade.<br />

Milhões de vidas foram prolongadas com o tratamento insulínico.<br />

Mas, apesar disso, as complicações diabéticas, especialmente<br />

as renais e cardíacas, continuam assolando as vítimas<br />

de diabetes. Sabemos que metade das pessoas que inicia tratamento<br />

dialítico, necessário após a perda quase total da função<br />

dos rins, é portadora dessa enfermidade e, não bastasse isso, a<br />

maioria destes morre por infarto ou outros problemas cardiovasculares.<br />

Até há pouco mais de um ano, não podíamos contrariar<br />

essa tenebrosa realidade.<br />

Infelizmente, apesar dos esforços de médicos, enfermeiros<br />

e pacientes, milhões de vida continuavam a ser ceifadas precocemente<br />

todos os anos. Mas, nos últimos 10 meses, vimos a comunidade<br />

científica apresentar para o mundo dois medicamentos<br />

que redirecionam esse destino, por tantos anos visto como<br />

quase imutável. Para a euforia de todos que estavam presentes<br />

no 51º Encontro da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes,<br />

na cidade de Estocolmo, Suécia, e no 76º Congresso da<br />

Associação Americana de Diabetes, em Nova Orleans, Estados<br />

Unidos, dois estudos, avaliando quase 18.000 pessoas com diabetes,<br />

mostraram uma redução impressionante na ocorrência de<br />

mortes por complicações cardíacas e renais. Isso traz uma enorme<br />

perspectiva para todos acometidos por essa doença e que<br />

têm acesso a esses novos fármacos. Essa história foi e sempre<br />

será contada com entusiasmo, pelo seu alto teor de superação e<br />

amor à humanidade.<br />

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