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Sagrado Coração de Jesus<br />
Variedades do modo de<br />
ser de Nosso Senhor<br />
Em menino, <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> analisava atentamente uma imagem<br />
de Nosso Senhor que havia no quarto de Dona Lucilia, bem<br />
como as existentes na Igreja do Sagrado Coração de Jesus.<br />
Contemplando-as ele foi discernindo a mentalidade do Divino<br />
Salvador, discernimento que depois seria confirmado ao<br />
conhecer os episódios narrados nos Evangelhos.<br />
P<br />
ercebe-se que os Apóstolos e todas aquelas pessoas<br />
que tinham o convívio com Nosso Senhor<br />
— exceto naturalmente Nossa Senhora — não O<br />
haviam entendido bem. Parece que com o curso do tempo,<br />
depois de equívocos primeiros, eles acabaram pelo<br />
menos não formando ideias erradas a respeito d’Ele, mas<br />
vê-se que eles não tinham formado uma ideia inteira a<br />
respeito de Jesus, exatamente como era a Pessoa d’Ele.<br />
E isso era de uma importância transcendental para eles<br />
amarem a Nosso Senhor como deviam ter amado.<br />
Amar e compreender<br />
Tony Jeff (CC 3.0)<br />
Nosso Senhor e os Apóstolos<br />
Catedral de Notre-Dame de Paris, França<br />
Quer dizer, se eles tivessem<br />
amado como deviam,<br />
teriam compreendido como<br />
podiam; se tivessem compreendido<br />
como podiam, teriam<br />
amado como deviam.<br />
Assim é o jogo entre o<br />
amor e a compreensão. E<br />
eles não tiveram esse amor<br />
assim. O resultado é que<br />
custou para reconhecerem<br />
a Nosso Senhor como Deus.<br />
Consideremos que n’Ele<br />
há duas naturezas — a humana<br />
e a divina —, unidas<br />
na Pessoa do Verbo. Portanto,<br />
não existem duas pessoas, mas uma única Pessoa<br />
divina. Há, pois, n’Ele uma verdadeira alma e um verdadeiro<br />
corpo ligados entre si como em todos os seres humanos,<br />
mas essa alma e esse corpo estão unidos hipostaticamente<br />
à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.<br />
Por isso, cada vez que Ele falava, era o Verbo de<br />
Deus Quem falava. Cada vez que Ele olhava, era o Verbo<br />
de Deus Quem olhava. Cada vez que Ele fazia qualquer<br />
gesto, era o reflexo mais perfeito que se possa imaginar<br />
da natureza divina na humana.<br />
Portanto, manifestava<br />
uma santidade, uma perfeição,<br />
uma superioridade, da<br />
qual nós não podemos ter<br />
uma ideia, nem sequer remota,<br />
se não nos ajudar a<br />
graça de Deus. Se fizéssemos<br />
uma ideia tão exata<br />
quanto podemos e devemos<br />
de como foi Ele, então teríamos<br />
começado a amá-Lo<br />
como precisamos amar.<br />
Fisionomia e ação<br />
de presença de<br />
Nosso Senhor<br />
A voz, os olhares, os<br />
gestos d’Ele… Que espe-<br />
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