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Revista Dr Plinio 200

Novembro 2014

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José Luis Filpo Cabana (CC 3.0)<br />

Antoni I. Alomar (CC 3.0)<br />

panha, unidade variada,<br />

com subunidades,<br />

mas não percebi, até hoje,<br />

sinal de guerra entre<br />

elas; cada uma delas tratando<br />

de tirar de seu próprio<br />

modo de ser e das condições<br />

de sua terra, os melhores<br />

pratos, os melhores modos<br />

de cantar, de passear, de se entreter,<br />

de construir, etc., que as circunstâncias<br />

locais, trabalhadas por aqueles espíritos, permitem.<br />

De maneira que se trata de civilizaçõezinhas locais.<br />

Assim, o vinho, o queijo, o cancioneiro local, outras<br />

coisas muito adequadas, a variedade a que a isso se presta<br />

é enorme! Tudo isso constitui a condição para que o<br />

regionalismo exista.<br />

Portanto, estudar o plano meramente político, dizendo:<br />

“Eu gostaria que a Espanha tivesse suas regiões; logo,<br />

vou fazer uma constituição que teoricamente dá tais<br />

autonomias e tais franquias de impostos a cada região,<br />

e com isso a Espanha está descentralizada…”, é de uma<br />

superficialidade de espírito lamentável!<br />

A ação deve começar, pelo contrário, por uma espécie<br />

de Contra-Revolução cultural na qual se acentua, se procura<br />

valorizar e intensificar o que ainda exista ou existiu<br />

de próprio a cada região, de maneira que a psicologia<br />

dela comece de novo a borbulhar e a circular. Parece-me<br />

que seria uma coisa muito útil.<br />

Então, o que faz a unidade da nação? É um denominador<br />

comum psicológico forjado pela História, no qual<br />

todas essas regiões tenham ideais comuns. É a presença<br />

de algumas disposições de espírito, tradições, vínculos de<br />

GMA (CC 3.0)<br />

À esquerda, povoado de Sóller;<br />

acima, Palácio da Almudaina<br />

e Catedral; ao lado,<br />

dança típida - Palma de<br />

Mallorca, Espanha<br />

afeto em todas as peculiaridades<br />

locais, de maneira que as regiões<br />

se amem umas às outras.<br />

Isso produz uma espécie de concentração<br />

de luzes com cores diferentes,<br />

incidindo sobre o mesmo ponto. Surge daí<br />

uma “cor misturada” que é a nação, à qual corresponde<br />

um governo central, uma capital e um direito<br />

de lançar impostos, taxas para sua finalidade comum,<br />

sempre que isso não prejudique o justo e explicável predomínio<br />

de uma região que naturalmente sobressaia, e<br />

que constitui a base sobre a qual esse fator nacional deita<br />

raiz para irradiar sobre todo o país.<br />

Eis alguns princípios do verdadeiro regionalismo. v<br />

(Extraído de conferência de 16/8/1991)<br />

1) Ver <strong>Revista</strong> <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> n. 195, p.14-17.<br />

2) Dinastia que passou a governar a Espanha com Filipe V, em<br />

1700.<br />

3) Casa Real europeia que, em 1871, unificou os Estados germânicos<br />

e passou a governar o Império Alemão.<br />

4) Dinastia que imperou sobre o Sacro Império Romano-Germânico<br />

de 1273 a 1806, e sobre o Império Austro-Húngaro,<br />

de 1867 a 1918.<br />

5) Governou o Império Alemão de 1888 a 1918.<br />

6) Arquipélago localizado no Mar Mediterrâneo. Constitui<br />

uma comunidade autônoma na Espanha.<br />

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