30.01.2017 Views

Revista Online do TRT6 Nº 01

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

explosivas ou inflamáveis. Salienta, assim, a inexistência de prova da movimentação de cargas<br />

aptas a justificarem o pagamento <strong>do</strong> adicional de periculosidade. Ponteia que o expert não<br />

especificou quais substâncias explosivas ou inflamáveis efetivamente eram transportadas e/<br />

ou armazenadas pelo reclama<strong>do</strong>, tampouco a frequência com a qual os trabalha<strong>do</strong>res ficavam<br />

expostas a elas. Por outro la<strong>do</strong>, restou demonstra<strong>do</strong> que não havia substâncias perigosas<br />

armazenadas no pátio de contêineres arrenda<strong>do</strong> por SUAPE ao TECON, como também que<br />

o demanda<strong>do</strong> respeita as normas que regulamentam a matéria. Aponta que a inadequação<br />

ou a falta de procedimentos de segurança não geram direito à percepção <strong>do</strong> adicional de<br />

periculosidade, mormente quan<strong>do</strong> se reconhece que os substituí<strong>do</strong>s nunca estiveram<br />

em contato direto com explosivos. Menciona a Portaria 545 <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho e<br />

Emprego, que limita o pagamento <strong>do</strong> adicional de periculosidade aos meses em que ocorreu<br />

o armazenamento de cargas explosivas e/ou inflamáveis. Indica que o perito se utilizou de<br />

<strong>do</strong>cumento interno <strong>do</strong> recorrente, no que concerne à análise de um tombamento de uma<br />

carreta que transportava um contêiner conten<strong>do</strong> peróxi<strong>do</strong> de hidrogênio, circunstância ocorrida<br />

em data posterior ao perío<strong>do</strong> apura<strong>do</strong> e fora das instalações <strong>do</strong> reclama<strong>do</strong>. Outrossim, alega<br />

que a substância em apreço não está relacionada entre as caracteriza<strong>do</strong>ras de periculosidade<br />

pela NR-16 da Portaria nº 3.214/78 <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho. Pugna pela imprestabilidade<br />

<strong>do</strong> lau<strong>do</strong> pericial junta<strong>do</strong> como prova emprestada, mormente porque sequer teria declara<strong>do</strong><br />

qual agente foi determinante para a caracterização da periculosidade. Aduz que o expert,<br />

atuou de forma inoportuna, extemporânea e parcial nos autos da reclamação primária, razão<br />

pela qual argui a suspeição <strong>do</strong> perito, nos termos <strong>do</strong> artigo 135, incisos IV e V e artigo 138,<br />

inciso III ambos <strong>do</strong> CPC, requeren<strong>do</strong> a declaração da ini<strong>do</strong>neidade de sua conduta, sob pena<br />

de violação aos princípios da ampla defesa e <strong>do</strong> contraditório, da primazia da realidade e<br />

da isonomia. Na eventualidade, caso não acolhida a suspeição <strong>do</strong> expert, insurge-se contra<br />

a <strong>do</strong>cumentação extemporânea trazida por ele naqueloutra demanda. Aponta que a prova<br />

Pág. 24<br />

Voltar ao índice

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!