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50<br />
LEGISLAÇÃO<br />
MMA atualiza<br />
Portaria 443<br />
TIRO CERTO<br />
O valor das<br />
consultorias florestais58 ENTREVISTA<br />
Lonard Santos, diretor da<br />
Komatsu Forest<br />
Na palma da mão<br />
Tecnologia da informação diminui custos e aumenta a eficiência<br />
Operations in the palm of your hand<br />
Information technology reduces costs and increases efficiency
SUMÁRIO<br />
ANUNCIANTES<br />
DA EDIÇÃO<br />
Agroceres ...................................................................... 92<br />
Bruno Industrial ......................................................... 65<br />
36<br />
Carrocerias Bachiega .............................................. 75<br />
D’Antônio Equipamentos ..................................... 89<br />
Dinagro ........................................................................... 02<br />
50<br />
Feira da Floresta .......................................................... 23<br />
Feira Três Lagoas ......................................................... 91<br />
Fezer .............................................................................. 19<br />
58<br />
H Fort ................................................................................ 09<br />
Heinnings ...................................................................... 79<br />
Editorial<br />
Cartas<br />
Bastidores<br />
Coluna Ivan Tomaselli<br />
Notas<br />
Alta e Baixa<br />
Biomassa<br />
Aplicação<br />
Frases<br />
Entrevista<br />
Principal<br />
Legislação<br />
Especial<br />
Silvicultura<br />
Espécie<br />
Feira<br />
Artigo<br />
Agenda<br />
Espaço aberto<br />
06<br />
08<br />
10<br />
12<br />
14<br />
20<br />
22<br />
24<br />
26<br />
28<br />
36<br />
50<br />
58<br />
66<br />
70<br />
76<br />
80<br />
88<br />
90<br />
Himev .............................................................................. 89<br />
J de Souza ........................................................................ 57<br />
John Deere .................................................................... 07<br />
Liebherr Brasil ............................................................. 13<br />
Mill Indústrias .............................................................. 21<br />
Minusa Forest .............................................................. 05<br />
Panorama Rastreamento ..................................... 35<br />
PenzSaur ........................................................................ 69<br />
Planfora Mudas Florestais .................................... 87<br />
Rotobec .......................................................................... 11<br />
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anos<br />
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EDITORIAL<br />
Ano XVII - Edição n.º <strong>162</strong> - <strong>Abril</strong> <strong>2015</strong><br />
Year XVII - Edition n.º <strong>162</strong> - April <strong>2015</strong><br />
A composição de imagens elaborada<br />
pelo departamento de criação da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL para ilustrar<br />
a capa desta edição faz alusão ao<br />
uso da Tecnologia da Informação<br />
na gestão do negócio e da logística<br />
florestal.<br />
CONTROLE ABSOLUTO<br />
O negócio florestal está baseado em disponibilidade de matéria-prima, mínimo<br />
custo possível da operação e mercado comprador interessante. Mas para que se chegue<br />
ao final dessa equação com saldo positivo entra em cena, um dos componentes<br />
mais importantes: o controle minucioso da logística. Sem saber exatamente o que<br />
está acontecendo em todos os passos da operação, fica difícil otimizar resultados e<br />
perceber onde estão os gargalos. A reportagem de capa desta edição mostra em detalhes<br />
como o domínio das informações é importante. O foco foi no controle de frota,<br />
mas a tecnologia da informação pode ser aplicada em praticamente todas as áreas do<br />
processo. Em outra reportagem, conheça as vantagens de recorrer ao auxílio das consultorias<br />
florestais e em quais momentos elas são mais importantes para as tomadas<br />
de decisão. O entrevistado principal da REFERÊNCIA FLORESTAL é Lonard dos Santos,<br />
diretor de Marketing e Vendas da Komatsu Forest. Em primeira mão revelou a criação<br />
do Banco Komatsu e anunciou o início das operações da entidade financiadora. Boas<br />
notícias são sempre bem-vindas!<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA COMUNICAÇÃO<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Diretora de Negócios / Business Director<br />
Joseane Knop<br />
joseane@jotacomunicacao.com.br<br />
JOTA EDITORA<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Rafael Macedo - Editor<br />
editor@revistareferencia.com.br<br />
Flávia Santos<br />
Larissa Angeli<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Fabiano Mendes<br />
Bruce Cantarim, Fernanda Domingues<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Cartunista / Cartunist<br />
Francis Ortolan<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Danielle Pedroso, Gerson Penkal<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Monica Kirchner - Coordenação<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ABSOLUTE CONTROL<br />
The forest business is based on the availability of raw material, lowest possible operating<br />
costs and an interested buyer market. But in order to be able to reach the end of that equation<br />
with a positive balance, perhaps the most important component comes into play: absolute control<br />
over logistics. Without knowing exactly what’s going on at every step of the operation, it is<br />
difficult to optimize results and figure out where the bottlenecks are. The cover story of this issue<br />
shows in detail how the domination of information is important. The focus is on fleet control,<br />
but information technology can be applied to virtually all areas of operations. In another report,<br />
we demonstrate the advantages of using the help of forestry consulting, and at which time it<br />
becomes important in decision-making. This month’s main REFERÊNCIA FLORESTAL interviewee<br />
is Lonard dos Santos, Director of Marketing and Sales for Komatsu Forest. For the first time, he<br />
opened up for a communication’s vehicle about Banco Komatsu, and announced the start of<br />
operations of the financial institution. Good news are always welcome!<br />
06 www.referenciaflorestal.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
Está chEgando uma<br />
Evolução na florEsta.<br />
Em junho, aguardE.<br />
Novas séries de equipamentos John Deere<br />
de esteiras e pneus vão inovar o trabalho na floresta.<br />
Você vai se surpreender com estes lançamentos.<br />
JohnDeere.com.br/<strong>Florestal</strong>
CARTAS<br />
MERCADO<br />
Capa da Edição 161 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de março de <strong>2015</strong><br />
Por Israel José Alves Feitosa - Curvelo (MG)<br />
Sou assinante desde 2006, gosto do conteúdo em geral.<br />
Gostaria de mais matérias sobre equipamentos florestais<br />
e o mercado atual.<br />
MÁQUINAS<br />
Resposta - Ficamos orgulhosos em saber que nos<br />
acompanha há tanto tempo. A cada edição procuramos<br />
publicar reportagens que tratem de tecnologia e novos<br />
negócios, vamos caprichar ainda mais.<br />
Por Izaque de Souza - Ponta Grossa (PR)<br />
Gosto das informações sobre produtividade, máquinas<br />
e equipamentos. Faz diferença saber o que há de novo e<br />
que pode nos ajudar a diminuir os custos e aumentar a<br />
produtividade.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
SILVICULTURA<br />
ATUALIZADO<br />
Por Jorge Souza de Freitas - Encruzilhada do Sul (RS)<br />
Gosto bastante da Revista, me mantenho atualizado. É<br />
importante poder contar com um veículo de comunicação<br />
impresso e mensal que nos deixa informado sobre o<br />
assunto com o qual trabalhamos diariamente.<br />
Foto: divulgação Imagem: reprodução<br />
Por José Oliveira - Mato Grosso (PB)<br />
Acompanho a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL há muito<br />
tempo, gosto quando falam sobre a silvicultura e as<br />
novidades.<br />
Resposta - Temos um seção da revista dedicada somente<br />
à silvicultura, na qual todos os meses trazemos novidades<br />
sobre o assunto. Além disso, quando há algum tema<br />
relacionado ao assunto que merece ainda mais destaque,<br />
reservamos reportagens especiais.<br />
Foto: divulgação<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista do Setor<br />
Industrial da Madeira ou a respeito de<br />
reportagem produzida pelo veículo.<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
BASTIDORES<br />
CHARGE<br />
Charge: Francis Ortolan<br />
REVISTA<br />
Visita<br />
O consultor técnico da Penzsaur,<br />
Paulo Guilherme Fenzke, esteve na<br />
sede do GRUPO JOTA para retirar<br />
pessoalmente os exemplares<br />
da última edição da Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, na qual a<br />
marca está estampada na capa.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Na foto, Paulo Fenzke e a<br />
diretora de negócios do<br />
GRUPO JOTA, Joseane Knop<br />
Feira<br />
O estande da REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL na Fimma recebeu<br />
a visita dos parceiros da Minusa<br />
Forest que foram à feira conferir as<br />
novidades.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Joseane Knop, diretora de<br />
negócios do GRUPO JOTA;<br />
Giuseppe Rosa, diretor<br />
da Minusa Forest; Fábio<br />
Alexandre Machado, diretor<br />
comercial do GRUPO JOTA;<br />
e Alberto Vilamaior Jr.,<br />
gerente de importação e<br />
exportação da Minusa Forest<br />
10<br />
www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Foto: divulgação<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
A IMPORTÂNCIA DAS<br />
FLORESTAS TROPICAIS PARA O<br />
DESENVOLVIMENTO NACIONAL<br />
Aumento das áreas florestais sob o modelo de concessões públicas mostra<br />
interesse do governo em melhorar a viabilidade econômica da atividade de manejo<br />
A<br />
s florestas podem ser consideradas como um ativo<br />
importante para o desenvolvimento de uma região<br />
ou país. No entanto, a importância das florestas em<br />
temas relacionados à preservação e conservação ambiental,<br />
e mais recentemente em aspectos ambientais de interesse<br />
global como mudança climática e biodiversidade, tem crescido.<br />
O governo brasileiro tem participado de discussões relacionadas<br />
à florestas e ao meio ambiente, e uma das ações consideradas<br />
nos últimos anos foi o aumento das áreas de florestas<br />
públicas. A evolução do cadastramento de florestas públicas<br />
no Brasil de 2007 até 2014, com base no SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro), é mostrada no quadro abaixo. No período, a área<br />
dessas florestas cresceu 62%, em média mais de 7% ao ano.<br />
As estatísticas recentes indicam que predominam as florestas<br />
públicas sob gestão federal, com uma área de 223 milhões<br />
de ha (hectares) (71% do total). Considerando as categorias<br />
de destinação, 156 milhões de ha (50% do total) são de uso<br />
comunitário, predominantemente de reservas indígenas.<br />
A maior parte das florestas tropicais no Brasil está na<br />
região norte. É nesta região, que tem uma área total de 387<br />
milhões de ha, é onde está concentrada a maioria das florestas<br />
públicas: cerca de 280 milhões de ha, ou seja, quase 90% do<br />
total nacional.<br />
Na região norte, além das florestas públicas (280 milhões<br />
EVOLUÇÃO DO CADASTRAMENTO DE<br />
FLORESTAS PÚBLICAS NO BRASIL<br />
ANO<br />
ÁREAS<br />
(milhões hectares)<br />
2007 194<br />
2008<br />
210<br />
2009<br />
239<br />
2010<br />
285<br />
2011<br />
298<br />
2012<br />
308<br />
2013<br />
313<br />
2014<br />
314<br />
de ha), existem áreas onde não existem florestas, incluindo: (i)<br />
terras ocupada por pastagens e pecuária; (ii) áreas desmatadas/<br />
degradadas e sem uso; (iii) áreas ocupadas por infraestrutura e<br />
áreas urbanas, (iv) áreas basicamente sem florestas (pastagem<br />
natural e cerrado). No conjunto, estas áreas são estimadas em<br />
80 milhões de ha. A soma das áreas de florestas públicas com<br />
estas outras forma de ocupação indica que de 20-30 milhões<br />
de ha seriam florestas privadas, com potencial de produção.<br />
Não pode ser esquecido que parte destas florestas privadas<br />
não pode ser considerada como área florestal de produção.<br />
Existem limitações físicas e legais, por exemplo APPs (Áreas<br />
de Preservação Permanente) que limitam o acesso ao recurso<br />
florestal. Ou seja, a área privada efetivamente disponível para<br />
produção florestal na região norte do Brasil deve estar entre<br />
15 e 20 milhões de ha. Com esta área manejada, a produção<br />
sustentada de madeira seria em torno de 15 milhões de m³/ano.<br />
Ou seja, dentro deste quadro, o setor florestal está limitado a<br />
dimensão atual, sem capacidade de expandir e contribuir mais<br />
efetivamente para o desenvolvimento econômico e social da<br />
região.<br />
Por outro lado, isto mostra a importância das florestas públicas<br />
para a produção florestal. O SFB, e alguns Estados, vêm<br />
desenvolvendo esforços para ampliar as áreas de concessão<br />
florestal. No entanto, passados cerca de 10 anos, os resultados<br />
têm sido pouco promissores. Até o momento, a área concessionada<br />
pelo governo federal é de aproximadamente 0,5 milhão<br />
de ha, além de uma área equivalente concessionada pelos<br />
Estados. E ainda a produção de madeira nas concessões até o<br />
momento é desprezível.<br />
O SFB, e alguns Estados, vêm<br />
desenvolvendo esforços para ampliar as<br />
áreas de concessão florestal. No entanto,<br />
passados cerca de 10 anos, os resultados<br />
têm sido pouco promissores<br />
12<br />
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O Grupo
NOTAS<br />
COOPERAÇÃO<br />
TÉCNICA<br />
Foto: arquivo<br />
O Distrito Federal vai agilizar o processo de implantação<br />
de certificação origem da madeira.<br />
A Sema/DF (Secretaria de Meio Ambiente do Distrito<br />
Federal) e o Ibram/DF (Instituto Brasília Ambiental)<br />
oficializaram acordo de cooperação técnica para a disponibilização<br />
do Sinaflor (Sistema Nacional de Controle<br />
da Origem dos Produtos Florestais). Ficaram definidas<br />
as ações necessárias para a utilização do sistema pelo<br />
órgão ambiental do Distrito Federal que incluem a capacitação<br />
dos servidores do Ibram/DF para a operação do<br />
sistema e a implantação de certificação digital, requisito<br />
necessário para acessar o Sinaflor. Assim que estiver<br />
operando o sistema, todas as demandas relacionadas à vegetação deverão ser encaminhadas ao órgão ambiental distrital.<br />
Entre as funções do Sinaflor está o controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos e subprodutos florestais.<br />
MANEJO<br />
FLORESTAL<br />
COMUNITÁRIO<br />
Representantes da Rede de Apoio ao Manejo <strong>Florestal</strong><br />
Comunitário e Familiar da Amazônia estiveram em<br />
Brasília para apresentar ao ministro do MDA (Ministério<br />
do Desenvolvimento Agrário), Patrus Ananias, propostas<br />
para melhorar as condições dos agricultores extrativistas.<br />
Na pauta, estavam a retomada de um GTA (Grupo de Trabalho Amazônico) e uma chamada de Ater (Assistência Técnica<br />
e Extensão Rural) específica para esse público. O presidente do GTA, Rubens Gomes, explicou que a retomada do grupo<br />
interministerial entre o MMA (Ministério do Meio Ambiente) e o MDA é urgente para a construção de uma política pública<br />
nacional robusta para apoio ao manejo florestal comunitário e familiar na Amazônia brasileira.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
14<br />
www.referenciaflorestal.com.br
II PRÊMIO DE<br />
ECONOMIA<br />
FLORESTAL<br />
Foram conhecidos os vencedores do II Prêmio Serviço <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado <strong>Florestal</strong>,<br />
realizado pelo SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro). A cerimônia de<br />
premiação aconteceu na sede da Cntc (Confederação Nacional<br />
dos Trabalhadores em Comércio), em Brasília (DF) no dia 24 de março. O certame recebeu 26 inscrições de trabalhos nas categorias<br />
Estudante, Profissional e Estudo de Caso. Este ano, a vencedora na categoria Graduandos foi Nayra Davi Gondim, com<br />
o trabalho: Diagnóstico Preliminar do Perfil do Comércio Virtual de Biojóias.<br />
Na categoria Profissionais, o primeiro lugar ficou com Fagno Tavares de Oliveira, que concorreu com Desafios do Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> de Ecoturismo: Perspectivas de Desenvolvimento nas Florestas Nacionais da Amazônia.<br />
Imagem: reprodução<br />
DO SAARA PARA<br />
A AMAZÔNIA<br />
Foto: divulgação<br />
Uma grande quantidade de poeira do deserto do Saara<br />
se deslocou mais de 2 mil km (quilômetros) e chegou<br />
à Amazônia. Esse dado apresentado pela Nasa (Agência<br />
Espacial Americana) foi ilustrado por meio de um vídeo<br />
divulgado recentemente. As imagens mostram a relação<br />
entre o deserto e a floresta e foram coletadas entre 2007<br />
e 2013, apesar do fato já ser conhecido por muitos cientistas<br />
anos antes. Estima-se que cerca de 182 mil t (toneladas)<br />
de poeira cruzam o Oceano Atlântico chegando<br />
ao continente americano - cerca de 27,7 milhões caem<br />
na floresta. Deste total, 0,08% corresponde a fósforo (importante<br />
nutriente para as plantas), segundo pesquisadores da Universidade de Maryland, nos EUA (Estados Unidos<br />
da América), o que equivale a 22 mil t. Esta quantidade de fósforo, de acordo com o estudo, é suficiente para suprir<br />
a necessidade de nutrientes que a floresta amazônica perde com as fortes chuvas e inundações na região. A poeira<br />
rica em nutrientes sai principalmente de uma região conhecida como Depressão Bodele, localizado no país africano<br />
Chade, que foi formada após o maior lago da África secar – há cerca de mil anos. A maior parte da poeira, entretanto,<br />
permanece suspensa no ar, enquanto que 43 milhões de t chegam até o mar do Caribe. O estudo, que só foi possível<br />
graças a coleta de dados do satélite Calipso, da Nasa, foi divulgado na revista científica Geophysical Research Letters.<br />
Acesse o www.referenciaflorestal.com.br e acompanhe o vídeo em 3D produzido pela Nasa.<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
15
NOTAS<br />
PARÁ QUER<br />
VIABILIZAR<br />
FERROVIA<br />
Foto: divulgação<br />
O Pará planeja criar a primeira ferrovia estadual. A Sedeme<br />
(Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração<br />
e Energia) autorizou a realização de estudos preparatórios que<br />
demonstrem a viabilidade de uma ferrovia em território paraense,<br />
ligando o sul e sudeste do Pará até o nordeste do Estado. A ferrovia<br />
estadual será uma concessão à iniciativa privada, responsável por<br />
todos os investimentos na implantação e operação do trecho. A<br />
ferrovia estadual iniciaria em Santana do Araguaia e passaria por<br />
vários municípios, como Redenção, Xinguara, Marabá, Rondon,<br />
Nova Ipixuna, Ulianópolis, Paragominas, Barcarena e Colares.<br />
O projeto prevê uma ferrovia de 1,2 mil quilômetros criando a<br />
Fepasa (Ferrovia Paraense) e um porto multicarga em Colares, no nordeste do Estado. Levantamentos apontam<br />
que o local é propício para receber navios de grande capacidade, por conta de possuir calado mais profundo e um<br />
Condomínio Industrial Portuário para receber indústrias. A fase de construção está prevista para 2018, isso se o<br />
projeto for aprovado.<br />
MINAS GERAIS<br />
DEBATE SILVICULTURA<br />
Cerca de 300 produtores rurais, engenheiros florestais, autoridades<br />
ambientais e estudiosos da silvicultura participaram do IV Fórum Brasil<br />
Fomento <strong>Florestal</strong>, no auditório da Faemg (Federação das Indústrias do<br />
Estado de Minas Gerais), em Belo Horizonte (MG). O objetivo foi encontrar<br />
soluções para problemas como a complexidade do Código <strong>Florestal</strong>, alta dos insumos, seca e redução da demanda<br />
dos mercados externos. O diretor da Faemg, Breno Mesquita reforçou a parceria com os silvicultores e destacou<br />
a importância do segmento no agronegócio mineiro: “Diante do momento delicado pelo qual passa a silvicultura<br />
é de suma importância a união das forças que a compõem e estão representadas neste fórum. Acreditamos que<br />
o resultado deste encontro possa se traduzir em novas possibilidades para o setor.” Resultados de um estudo recente,<br />
desenvolvido pelo Inaes (Instituto Antonio Ernesto Salvo) em parceria com o Sebrae, mostra que o Estado<br />
caiu da segunda para a quarta posição na atividade silvicultora do país. Ainda assim, 80% do carvão nacional é<br />
produzido em Minas. A diversificação do setor, como a oferta de madeira para as serrarias, foi uma das soluções<br />
apontadas durante os debates.<br />
Imagem: reprodução<br />
16<br />
www.referenciaflorestal.com.br
RECOMPOSIÇÃO<br />
FLORESTAL<br />
Uma pesquisa da Embrapa Amazônia Oriental mostra<br />
como funciona a recomposição de uma área de manejo<br />
florestal sustentável, 35 anos após a primeira colheita<br />
das árvores comerciais. O estudo está sendo conduzido<br />
após o início do segundo ciclo de corte em uma área de<br />
pesquisa na Floresta Nacional do Tapajós, no oeste do<br />
Pará. Os dados apontam para a regeneração da floresta<br />
em volume, mas também mostram a necessidade de planos de manejo que visem a manutenção das populações de todas as<br />
espécies arbóreas, garantindo maior diversidade e rentabilidade.<br />
Em 1979, quando houve o primeiro corte na área, as arbóreas majestosas, e logo, de maior valor comercial, foram, em sua<br />
maioria, retiradas. Dessa forma, no segundo ciclo, os espécimes centenários, como jatobá, jarana, maçaranduba e quarubarana,<br />
entre outras, não ocorreram na mesma frequência, resultando em queda no valor da floresta. “O grande desafio não é selecionar<br />
a espécie, mas a árvore a ser colhida e com isso manter as populações de todas as espécies, garantindo a rentabilidade e a<br />
conservação para todos os ciclos”, explica o pesquisador Lucas Mazzei. A pesquisa vai gerar como resultado, uma metodologia<br />
de apoio por meio da indicação de um sistema de manejo que parte da seleção dos indivíduos e espécies a serem exploradas<br />
comercialmente. Esse novo modelo está em elaboração e o pesquisador acredita publicá-lo ainda no primeiro semestre de <strong>2015</strong>.<br />
Foto: divulgação<br />
ÁREAS<br />
PROTEGIDAS<br />
Foto: arquivo<br />
Pesquisadores de universidades americanas<br />
e britânicas desenvolveram um modelo<br />
para calcular os benefícios econômicos proporcionados<br />
pelas áreas protegidas. As contas<br />
indicam que, em todo o mundo, parques nacionais<br />
e outras reservas recebem pelo menos<br />
8 bilhões de visitantes todos os anos. Esse número<br />
se expressa também nos gastos dos turistas,<br />
mais de U$ 600 bilhões anualmente. Os<br />
cálculos usaram dados de 550 locais, dos quais<br />
22 Unidades de Conservação eram do Brasil. Porém, existe uma grande diferença entre o número de visitantes de<br />
países ricos em relação ao de nações menos desenvolvidas economicamente. Na América do Norte, áreas protegidas<br />
recebem mais de 3 bilhões de pessoas por ano, enquanto na África, o número de visitas anuais em alguns áreas não<br />
chega a 100 mil. Na América Latina, são 148 milhões de visitantes todos os anos em áreas protegidas.<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
17
NOTAS<br />
RESTRIÇÕES<br />
NO PERÍODO<br />
CHUVOSO<br />
Já estão valendo as restrições das atividades de construção<br />
de estradas, pátios, corte, arraste e transporte na<br />
floresta no período chuvoso, para os Planos de Manejo<br />
<strong>Florestal</strong> Sustentável em floresta de terra firme, no bioma<br />
Amazônia, observada a sazonalidade local. As regras estabelecidas pela IN (Instrução Normativa 3) do Ibama valem para contratos<br />
de concessão florestal na esfera da administração pública federal. O órgão define o período de 16 de dezembro a 14 de maio.<br />
No caso do transporte, a restrição não se aplica às toras armazenadas no pátio de concentração principal, desde que utilizadas<br />
as estradas principais da UMF (Unidade de Manejo <strong>Florestal</strong>). Nesse caso, considera-se pátio de concentração principal o<br />
local de armazenamento de produtos florestais na área do Pmfs (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável), ao longo das estradas<br />
principais, onde se concentra a produção antes do transporte para a unidade de processamento.<br />
Será admitido o início das atividades de corte utilizando motosserra 30 dias antes do fim do período determinado pela IN.<br />
“Nos casos em que houver regulamentação específica do órgão ambiental estadual competente, poderá ser adotado o período<br />
de restrição estadual de forma a unificar o calendário local, desde que haja manifestação favorável pela Diretoria de Uso<br />
Sustentável da Biodiversidade e Florestas”, alerta o Ibama.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
DRIBLANDO<br />
A CRISE<br />
Foto: José Mauro Magalhães Moreira<br />
O setor florestal permanece em alta no<br />
município de Três Lagoas (MS), segundo dados<br />
da Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do<br />
Sul). Somente em <strong>2015</strong>, já foram abertas 209<br />
empresas na cidade. Ainda, de acordo com a<br />
pesquisa, neste ano apenas 63 companhias foram<br />
extintas – um número baixo para a Junta, e<br />
o índice de sobrevivência das empresas, por sua<br />
vez, chegou a quase 70%, o que é considerado<br />
alto pelo próprio estudo. Para Ottony Ornellas, diretor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas,<br />
o setor florestal tem sido o grande responsável pelo desempenho positivo da economia no município. “A expectativa<br />
de novos empreendimentos no setor vem motivando alguns empresários que perderam dinheiro em função de outros<br />
negócios, a buscar formas de prestação de serviço”, afirmou Ottony.<br />
18<br />
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ALTA E BAIXA<br />
BOLSA VERDE<br />
A BVRio (Bolsa de Valores Ambientais) lançou no final de março uma nova versão da plataforma eletrônica de negociação<br />
de ativos ambientais BVTrade (www.bvtrade.org). A plataforma possibilita que mecanismos de mercado<br />
florestais e de logística reversa sejam comercializados para o cumprimento de leis ambientais, como o Código<br />
<strong>Florestal</strong> e a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Criada em 2012, a BVTrade opera o mercado florestal por<br />
meio da comercialização das CRAs (Cotas de Reserva Ambiental), e de Créditos de Unidades de Conservação.<br />
A plataforma conecta proprietários e produtores rurais de todo o Brasil que precisam regularizar sua<br />
reserva legal.<br />
ALTA<br />
VESPA DA MADEIRA SOB CONTROLE<br />
Entidades catarinenses firmaram parceria para monitorar e controlar a vespa da madeira,<br />
principal praga dos plantios de pinus no Brasil. O termo de cooperação técnica foi assinado em reunião do<br />
Comitê Estadual de Gestão <strong>Florestal</strong>. A medida vai beneficiar principalmente o reflorestamento das pequenas<br />
propriedades. “O controle da praga tem sido feito pelas grandes empresas, mas havia uma lacuna no atendimento<br />
às propriedades menores. O acordo preenche essa lacuna disponibilizando a tecnologia por meio do<br />
combate biológico. Todo o sistema florestal catarinense estará protegido e com a praga controlada para evitar<br />
prejuízos econômicos”, afirma o presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria <strong>Florestal</strong> da Fiesc<br />
(Federação das Indústrias de Santa Catarina), Odelir Battistella.<br />
AMAZÔNIA ABSORVE MENOS CARBONO<br />
O trabalho desenvolvido por uma equipe internacional de cientistas mostra que a capacidade da floresta<br />
Amazônica de absorver gases do efeito estufa diminuiu drasticamente ao longo dos anos.<br />
O estudo com 321 trechos de partes da Amazônia jamais afetadas por atividades humanas estimou que<br />
a quantidade de dióxido de carbono absorvida pela floresta caiu 30%, ou de 2 bilhões de toneladas por<br />
ano nos anos 1990 para 1,4 bilhão nos anos 2000. A Amazônia vem assimilando grandes quantidades de<br />
dióxido de carbono, o que levou a um rápido crescimento das plantas, mas também a uma mortalidade<br />
precoce que aumentou em mais de um terço desde a década de 1980.<br />
O estudo afirma que a morte acentuada de árvores pode estar ligada a secas severas<br />
como a de 2005.<br />
BAIXA<br />
ENERGIA SALGADA<br />
O Brasil tem a energia mais cara para o setor industrial. Pelo menos é o que aponta o estudo feito pela<br />
Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). De acordo com a entidade, o país passou<br />
à primeira colocação em um espaço de menos de um mês. O ranking realizado pela federação tem como<br />
base os reajustes de tarifa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). No mês de março superamos<br />
Índia e Itália. Segundo a Firjan, o preço médio da energia para a indústria brasileira atingiu o valor de R$ 534,28<br />
por MWh (megawatt-hora). Na ponta oposta, estão Argentina (R$ 51 por MWh), Canadá (R$ 115,2 por MWh) e EUA (Estados<br />
Unidos da América) - R$ 122,7 por MWh. A federação também faz uma comparação entre Estados. O Rio de Janeiro é o que tem<br />
o preço mais alto, de R$ 664,05 o MWh, seguido de Mato Grosso (R$ 640,87) e Espírito Santo (R$ 639,28).<br />
20<br />
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BIOMASSA<br />
PRODUÇÃO DE BRIQUETE<br />
CRESCE 4,4% AO ANO<br />
Foto: divulgação<br />
D<br />
e acordo com dados da Embrapa (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária), a produção de briquetes<br />
cresce 4,4% a cada ano. Segundo o pesquisador<br />
José Dilcio Rocha, o país produz 1,2 milhão de toneladas<br />
dessa biomassa anualmente, dos quais 930 mil t (toneladas)<br />
são resultado de atividades florestais e madeireiras e 272 mil t<br />
são proveniente de resíduos agrícolas. “Por isso acredito que a<br />
biomassa tem enorme potencial entre as matrizes nacionais”,<br />
afirma José. Os briquetes possuem diâmetro superior a 50 mm<br />
(milímetros) e substituem a lenha em muitas aplicações. Em<br />
residências eles podem ser usados na lareira e churrasqueira, em hotéis e indústrias ele pode ser usado em caldeiras<br />
e nos mais diversos estabelecimentos comerciais, como: olarias, padarias, pizzarias, laticínios, indústria química, têxtil,<br />
cerâmica, cimento, entre outras.<br />
TÉRMICAS A<br />
BIOMASSA EM ALTA<br />
N<br />
o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico<br />
Brasileiro, elaborado pelo MME (Ministério de Minas<br />
e Energia), apontou elevação de 23,4% na produção de<br />
energia elétrica por termelétricas a biomassa nos últimos 12 meses.<br />
A matriz de produção do Sistema Elétrico Brasileiro, que totalizou<br />
550.334 GWh (Gigawatts) no período de fevereiro de 2014 a<br />
janeiro de <strong>2015</strong>, apresentou maior geração por meio de hidrelétricas<br />
(72,4%). Neste período, foram gerados 21.185 GWh pelas<br />
térmicas a biomassa. A capacidade instalada total de geração de<br />
energia elétrica no mês de fevereiro registrou 134.794 MW, variação<br />
positiva de 6,4% em relação a 2014. As térmicas a biomassa,<br />
responsáveis por 9,2% desta matriz de capacidade, apresentaram<br />
aumento de 8,6% no mesmo mês, com capacidade de 12,391 MW<br />
(Megawatts), oriundos de 504 usinas.<br />
Foto: divulgação<br />
22<br />
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APLICAÇÃO<br />
PRECISÃO<br />
MILIMÉTRICA<br />
D<br />
ois novos mapas da cobertura florestal<br />
do mundo, com acesso aberto<br />
ao público, permitem localizar a<br />
massa de florestas e selvas do planeta com<br />
alta precisão. O Liasa (Instituto Internacional<br />
para a Análise de Sistemas Aplicados), responsável<br />
pelo anúncio da pesquisa, informou<br />
que esses mapas, podem ser baixados no<br />
site da www.geo-wiki.org/download-data/.<br />
Graças aos detalhes que alcançam sobre a<br />
localização e a extensão das florestas, esses<br />
mapas fornecem informações essenciais para<br />
a ecologia, a mudança climática e a modernização<br />
econômica, assim como para as estimativas sobre o desmatamento e a degradação florestal. Para verificar a<br />
classificação da massa florestal, os especialistas se basearam em uma rede de cidadãos cientistas que trabalharam com<br />
a ajuda de imagens de alta resolução proporcionadas por satélites de diferentes lugares.<br />
Foto: divulgação<br />
PLANTANDO<br />
COPOS<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
U<br />
ma startup norte-americana criou um<br />
copo descartável de café que traz sementes<br />
embutidas, assim é possível plantá-lo.<br />
Dentro de 180 dias, ele se desintegra e dá origem a<br />
uma muda de planta, gerando desde flores a uma<br />
variedade de árvores nativas. O consumidor pode,<br />
por exemplo, plantar o copo em sua comunidade<br />
para realçar a paisagem local, espaços urbanos<br />
ou jardins comunitários. Mas se preferir, também<br />
pode descartá-lo em um recipiente especial dentro<br />
da própria loja, onde a equipe do Reduce.Reuse.Grow.<br />
A princípio, os copos que se transformam<br />
em árvores estarão disponíveis na Califórnia, mas<br />
há planos de expandir o projeto para todo os EUA (Estados Unidos da América). Apenas por lá, são descartados<br />
mais de 146 bilhões de copos de café por ano.<br />
24<br />
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INFORMAÇÕES: (41) 3333.1023 | comercial@revistareferencia.com.br
FRASES<br />
Com tecnologia<br />
e inclusão social<br />
no campo, o Brasil<br />
tem condições<br />
de alavancar sua<br />
produção sem<br />
aumentar a área<br />
desmatada<br />
A gente ensinava aos estudantes todas as<br />
práticas de desenvolvimento sustentável, de<br />
manejo e conservação do ambiente, mas não<br />
praticava aqui dentro. Era tipo aquele ditado: casa<br />
de ferreiro, espeto de pau<br />
José Roberto Escolforo, reitor da Ufla (Universidade Federal de Lavras), em Minas<br />
Gerais, ao comentar a conquista de instituição com o melhor posicionamento da<br />
América Latina no GreenMetric World University Ranking.<br />
Sistemas florestais naturais são potencialmente<br />
o melhor uso do solo para a proteção dos recursos<br />
hídricos, enquanto que as práticas agrícolas tendem<br />
a alterar as características físicas, químicas e<br />
biológicas das águas<br />
Ministra da Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento, Kátia Abreu.<br />
Silvio Frosini e Barros Ferraz, professor do USP/Esalq (Departamento de Ciências<br />
Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).<br />
São necessárias mudanças urgentes na legislação<br />
que fixa parâmetros de segurança na atividade, além de<br />
conscientização tanto da sociedade civil, que apresenta<br />
insegurança diante de tantas mortes e, portanto,<br />
precisa ser agente fiscalizador desta atividade, quanto<br />
dos condutores, que precisam estar cientes do perigo<br />
que fazem a si mesmo e à sociedade<br />
Engenheira florestal Mariana Peres Lima, professora da Ufmt (Universidade<br />
Federal de Mato Grosso), ao comentar as condições precárias do transporte de<br />
madeiras.<br />
Foto: Agência Brasil<br />
Será prioridade, também, a implementação<br />
de outros dispositivos do novo Código <strong>Florestal</strong>,<br />
como o manejo florestal, manejo e uso do fogo, e<br />
reposição florestal<br />
Raimundo Deusdará Filho durante a posse como diretor-geral do SFB<br />
(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro).<br />
26<br />
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Na ReferEncia FLORESTAL vocE tem<br />
acesso a todo nosso conteUdo exclusivo<br />
a qualquer hora e em qualquer lugar<br />
Mais informações: www.referenciaflorestal.com.br | Telefone: + 55 (41) 3333.1023
ENTREVISTA<br />
Foto: Rafael Macedo<br />
Lonard Scofield dos Santos<br />
LOCAL DE NASCIMENTO<br />
Curitiba (PR) em 11 de janeiro de 1957<br />
Curitiba (PR), January 11, 1957<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Diretor de Marketing e Vendas da Komatsu Forest Brasil<br />
Director of Marketing and Sales for Komatsu Forest Brasil<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Administração de Empresas pela Ufpr (Universidade Federal do Paraná)<br />
Business Administration, Ufpr (Federal University of Paraná)<br />
N<br />
ão há dúvidas que enfrentamos uma grave crise econômica.<br />
Mas alguns segmentos permanecem investindo.<br />
Entre esses setores que parecem passar à margem da<br />
turbulência Para ter está acesso o florestal, a esse o de conteúdo, papel e o assine de celulose. a revista Observa-<br />
-se expansão de grandes <strong>Referência</strong> indústrias, <strong>Florestal</strong> o que reflete diretamente no<br />
aumento www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
de vendas de máquinas e equipamentos florestais. Esse<br />
panorama é confirmado por Lonard Santos, diretor de Marketing e<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Vendas da Komatsu Forest Brasil, entrevistado deste mês. Ele avaliou<br />
o momento atual do 0800 mercado, 600 2038 das novidades em tecnologia,<br />
do interesse em ampliar a mecanização na silvicultura e anunciou<br />
em primeira mão para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, o lançamento<br />
do Banco Komatsu no Brasil, que passa a operar agora em<br />
abril. Acompanhe mais sobre essa e outras novidades exclusivas<br />
na entrevista realizada na sede da empresa, em Curitiba (PR).<br />
Sem crise<br />
No crisis<br />
T<br />
here is no doubt that we are facing a serious economic<br />
crisis. But some segments still remain investing. Amongst<br />
these sectors, where this crisis appears to have passed by,<br />
are the Para Forest, ter and acesso Pulp a and esse Paper conteúdo, Sectors. assine One can a see revista expansion<br />
of large companies which <strong>Referência</strong> reflects <strong>Florestal</strong> directly on increased sales of<br />
forestry www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
machinery and equipment. This panorama is confirmed<br />
by Lonard Santos, Director of Marketing and Sales for Komatsu<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Forest Brasil, interviewed in this month’s issue. He assesses the<br />
current market, innovations 0800 in 600 technology, 2038 interest in expanding<br />
mechanization in forestry, and announced, firsthand in REFERÊN-<br />
CIA FLORESTAL, the launching of Banco Komatsu in Brazil, which<br />
started operating in April. Read more about this and other exclusive<br />
news in the interview conducted at the Company’s headquarters<br />
in Curitiba (PR).<br />
28<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Apesar da economia brasileira estar estagnada, o setor<br />
florestal vive um momento de investimentos, realizados<br />
principalmente por grandes empresas. Por quê o segmento<br />
parece destoar um pouco deste momento de recessão?<br />
Concordo que estamos em um momento de estagnação<br />
econômica, tenho conversado com amigos de outros setores<br />
e realmente o mercado está em recessão. No setor de papel<br />
e celulose, como são investimentos de longo prazo e longa<br />
maturação e são realizados por empresas muito fortes e<br />
capitalizadas, uma vez definido o investimento elas seguem<br />
adiante. Para Precisa-se ter acesso de sete a esse anos conteúdo, para ter uma assine rotação a de<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
eucalipto, são 14 anos para o corte raso do pinus para processo.<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Uma empresa que traça uma expansão para 2020,<br />
por exemplo, vai realizar o investimento independente dos<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
rumos da economia, porque papel e celulose são commodities<br />
que vão basicamente 0800 para 600 o 2038 mercado externo. Por isso<br />
alguns setores sentem a recessão, mas o setor florestal não<br />
ainda. Houve aumento de procura e de vendas de máquinas.<br />
Estamos realizando vendas para clientes grandes e fiéis.<br />
Falando em grandes empresas, elas procuram ter o controle<br />
total sobre as operações. Cada detalhe faz diferença. Como<br />
atender essas exigências?<br />
A Komatsu Forest é pioneira em contratos de manutenção<br />
no Brasil, esse contrato passa por uma parceria muito grande<br />
entre a empresa contratante e a contratada para buscar o<br />
menor preço por metro cúbico. Então, realizamos reuniões<br />
frequentes com os grandes players com quem temos contrato<br />
de manutenção. São mais de 500 funcionários somente<br />
para essa atividade, o que possibilita uma integração muito<br />
grande. São empresas muito profissionalizadas que levam<br />
o controle ao extremo.<br />
Percebeu alguma mudança no perfil do cliente em geral,<br />
seja grande ou pequeno?<br />
Honestamente ainda não. Acho que as empresas precisam<br />
ter uma integração muito maior entre operação, manutenção<br />
e compras. Muitas vezes elas têm um trabalho muito<br />
grande na base, no que diz respeito à escolha técnica de<br />
manutenção e operação, mas a decisão final passa pelo<br />
montante de investimento. Não que elas estejam realizando<br />
compras ruins, absolutamente, mas ainda não estão totalmente<br />
integradas.<br />
Qual a perda nessa falta de comunicação?<br />
Não diria que há prejuízo ou perda financeira e material. Diria<br />
que a empresa perde em médio e longo prazo em termos<br />
de eficiência e custo. As vezes a operação está acostumada<br />
com determinado equipamento e indica para compra, mas<br />
o departamento comercial compra outro, que também<br />
pode ser de bom nível. Mas, em médio e longo prazos acaba<br />
trazendo grande investimento em estoque com outro fornecedor,<br />
havendo falta de estrutura de assistência técnica.<br />
Despite the stagnant Brazilian economy, the Forest Sector<br />
is going through a period of investment, mainly carried out<br />
by large companies. Why does the segment seem to be going<br />
against the grain during this current period of economic<br />
stagnation?<br />
I agree that we are in a period of economic stagnation. I<br />
have talked with friends from other sectors and the market<br />
really is in recession. In the Pulp and Paper Sector, as investments<br />
are long-term and take a long time to mature, and are<br />
made by very strong and well capitalized companies, so that<br />
once defined, Para ter the acesso planned a investment esse conteúdo, goes on. assine It takes a seven<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
years to complete a eucalyptus rotation, and 14 years for the<br />
clear cut www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
of a pine plantation. A company which outlines its<br />
expansion<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
plans to 2020, for example, will continue on making<br />
investments, regardless of the direction of the economy,<br />
because pulp and paper 0800 are 600 commodities 2038 that are destined<br />
mainly to the foreign market. That’s why some sectors feel<br />
the recession more than others, but the Forest Sector has not<br />
yet felt any downturn. There is an increase for the demand<br />
and sales of machines. So, we are still selling to big long-time<br />
customers.<br />
In speaking of large corporations, they are seeking full control<br />
over their operations, where every detail makes a difference.<br />
How do you meet these needs?<br />
Komatsu Forest is a pioneer in maintenance contracts in<br />
Brazil. These contracts are like a partnership between the<br />
contractor and the contracted in orderto obtain the lowest<br />
price per cubic meter. So, we have frequent meetings with<br />
the large players who have a maintenance contract; we have<br />
more than 500 employees just engaged in this activity, so we<br />
are completely integrated with their needs. They really are<br />
very professional companies that take control to the extreme.<br />
In general, have you noticed any changes in customer profile,<br />
whether big or small?<br />
Honestly, not yet. I think that companies need to have a<br />
much greater integration between operations, maintenance<br />
and purchasing. They often put in a large effort in base work<br />
as regards the choice of technical maintenance and operation,<br />
but the final decision is made due to the amount of the<br />
investment. Not because they’re bad at shopping at all, but<br />
are not yet fully integrated.<br />
What is the loss due to this lack of communication?<br />
I wouldn’t say that there are any losses, financial or material.<br />
I would rather say that the company does lose out over the<br />
medium and long term as to efficiency and cost. Sometimes,<br />
Forest Operations are accustomed to carry out their work<br />
with certain equipment and indicate this to be purchased,<br />
but Purchasing Department buys another. This equipment<br />
may also perform well. But over the medium and long term,<br />
this ends up increasing the investment in spare parts from<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
29
ENTREVISTA<br />
São poucas empresas no Brasil que têm essa integração de<br />
fato entre a floresta e o departamento de compras.<br />
Aquele pequeno empreendedor florestal, que na Europa<br />
normalmente procura mecanizar a operação, também está<br />
com essa consciência aqui no Brasil?<br />
Sim. Nos últimos três anos nosso volume de vendas para o<br />
mercado pulverizado tem aumentado por diversos fatores,<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
entre eles, dificuldade revista <strong>Referência</strong> com mão <strong>Florestal</strong> de obra e a segurança<br />
do trabalho. Mesmo prestadores de serviço de pequeno<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
e médio portes estão buscando mecanizar e nós estamos<br />
procurando assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
facilitar o acesso para esse tipo de usuário.<br />
0800 600 2038<br />
Qual é a primeira necessidade desse pequeno cliente ou<br />
qual a mais urgente, normalmente, quando procuram<br />
mecanizar?<br />
O maior receio desse pequeno produtor que quer investir<br />
em uma serraria, por exemplo, é do ponto de vista da<br />
manutenção, que é o nosso receio também. A máquina<br />
é simplesmente uma ferramenta. Se não tiver quem sabe<br />
operar e mantê-la, não vai produzir o que precisa. Por isso<br />
temos um trabalho bastante grande de análise de custo<br />
desse provável comprador e, também, da estrutura interna<br />
dele, recomendando ações como contratação de mecânicos<br />
ou formação desse profissional. Apenas realizar o curso de<br />
um mês não é suficiente para se dar manutenção em uma<br />
máquina florestal. Além disso, o maior desafio é financeiro<br />
porque infelizmente o Brasil não desenvolveu um mercado<br />
de financiamento para prestador de serviço. Por isso, vou<br />
falar para a REFERÊNCIA FLORESTAL em primeira mão: iniciamos<br />
a operação do Banco Komatsu aqui no Brasil neste mês<br />
de abril. Até agora essa informação não havia sido divulgada<br />
oficialmente. Está no processo final de homologação junto<br />
ao Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e<br />
Social) para ser um agente Finame, mas como CDC (Crédito<br />
Direto ao Consumidor) e leasing, o Banco Komatsu já está<br />
em operação. É um grande avanço porque a Komatsu olha<br />
muito para os relacionamentos de longo prazo. Mesmo que<br />
o cliente não tenha um histórico muito favorável, olhamos<br />
another supplier, and there also may be the lack of structure<br />
for technical assistance. There are few companies in Brazil<br />
that have this integration between Forest Operations and<br />
Purchasing.<br />
Normally, the small forest businessman in Europe is trying<br />
to mechanize his operation. Is this trend also present, here<br />
in Brazil?<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
Yes. Over the last revista three <strong>Referência</strong> years, our sales <strong>Florestal</strong> volume in the small<br />
operation market has increased due to several factors, including<br />
difficulty in finding labor and workplace safety. Even<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
small and assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
medium-sized outsourced service providers are<br />
looking to mechanize, and we are looking for easier access<br />
0800 600 2038<br />
to this kind of user.<br />
What is the small customer’s first need or what is normally<br />
the most urgent need, when seeking to mechanize?<br />
The greatest concern of the small producer who wants to invest<br />
in a sawmill, for example, is from the point of view of<br />
maintenance, which is our fear, too. The machine is just a<br />
tool. If you don’t have the knowhow to operate and maintain<br />
the operation, it won’t produce what you need. So we<br />
carry out a comprehensive job of cost analysis and internal<br />
structure for likely buyers, recommending actions, such as<br />
hiring or training the maintenance mechanics needed. Just<br />
taking a monthly course is not enough to maintain a forest<br />
machine. In addition, the biggest challenge is the financial,<br />
because unfortunately Brazil has not developed a market for<br />
helping finance the outsourced service provider. Therefore, I<br />
am going to tell you, firsthand, ato REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
about the operation of the Banco Komatsu, which, here in<br />
Brazil, just started this April. To date, this information has not<br />
been officially disclosed. The Bank is in the final process of<br />
receiving approval from the Bndes (National Development<br />
and Social Bank) to be a Finame financing agent; however,<br />
the CDC (Consumer Direct Credit) and Banco Komatsu leasing<br />
operations have already begun. It is a major breakthrough<br />
because Komatsu looks for long-term relationships. Even if<br />
the customer does not now present a very favorable financial<br />
“Revelo em primeira mão para a Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, que iniciamos as<br />
operações do Banco Komatsu aqui no Brasil”<br />
30<br />
www.referenciaflorestal.com.br
“Já tivemos grandes crises no Brasil, quando<br />
vendem-se uma ou duas máquinas por ano, e não<br />
50 a 60 como atualmente. Acho difícil que uma<br />
empresa de pequeno porte, sem fôlego, consiga<br />
se manter no mercado”<br />
para o futuro, o que podemos construir mais adiante. O Banco<br />
Komatsu já é um gigante no mercado norte-americano,<br />
com carteira de financiamento superior a US$ 2 bilhões nos<br />
EUA (Estados Unidos da América) e Canadá. Já opera na<br />
Europa, no Japão e agora passa a operar no Brasil.<br />
O banco vai atender todos os perfis de cliente? Quais requisitos<br />
Para ele ter deve acesso reunir a para esse ser conteúdo, um financiado? assine a<br />
A intenção é<br />
revista<br />
que o banco<br />
<strong>Referência</strong><br />
facilite<br />
<strong>Florestal</strong><br />
e alavanque vendas de<br />
máquinas www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
pela Komatsu para nosso cliente. O que vamos<br />
observar muito é a posição específica daquele cliente no<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
mercado: para quem ele trabalha, há quantos anos, qual o<br />
relacionamento com 0800 aquela 600 empresa 2038 para quem ele presta<br />
serviço e que contrato ele tem com a empresa.<br />
Então pode-se considerar que a iniciativa vai apoiar os<br />
pequenos empreendedores florestais?<br />
Sim, porque os grandes conseguem investimento no exterior<br />
ou mais barato aqui no Brasil. Agora, o pequeno não tem<br />
essa vantagem. Por isso ele precisa do banco da fábrica para<br />
apoiá-lo em seu negócio.<br />
Apesar da ideia ser facilitar o acesso de empresários às<br />
máquinas, toda instituição financeira busca lucro, esse é<br />
o fundamento básico para que ela exista. Como o Banco<br />
Komatsu vai operar nesse sentido?<br />
No caso do Finame, as regras são ditadas pelo próprio Bndes,<br />
ou seja, o processo é igual para qualquer banco. O grande<br />
diferencial do Banco Komatsu vai ser nas operações de CDC<br />
e leasing. Nessas operações naturalmente que o banco vai<br />
visar lucro, mas é muito abaixo do praticado pelos bancos<br />
comerciais. Já comparamos as taxas do Banco Komatsu a<br />
outros bancos e a diferença, naquele dia, foi 15% menor<br />
para o crédito que oferecemos.<br />
Essa diferença e a dificuldade para crédito se explica pela<br />
falta de conhecimento das instituições financeiras de<br />
maneira geral?<br />
Verdade, há um overpricing para compensar o risco. Isso<br />
structure, we look to the future, where we can build together.<br />
Komatsu Bank affiliates are already giants in the North<br />
American market with a financing portfolio in excess of $ 2<br />
billion in the US and Canada. It already has affiliates in Europe,<br />
in Japan and now in Brazil.<br />
Will the Bank serve all types of customers? What requirements<br />
Para must they ter acesso meet to a receive esse conteúdo, financing? assine a<br />
The intention is<br />
revista<br />
that the<br />
<strong>Referência</strong><br />
Bank will<br />
<strong>Florestal</strong><br />
facilitate and leverage<br />
Komatsu www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
machines sales for our customers. What we very<br />
much look at is the specific position of the customer in the<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
market, for whom he works, for how long, what is the relationship<br />
with that company 0800 600 for whom 2038 he provides services,<br />
and what the service contract is he has with the company.<br />
So you can consider that this initiative will support smallscale<br />
forest businessmen?<br />
Yes, because the large companies manage to get financing<br />
from overseas or cheaper here in Brazil. Now this little guy<br />
doesn’t have that advantage. That’s why he needs a bank<br />
linked to the manufacturer to support him in his business.<br />
Despite the idea being to facilitate the access of businessmen<br />
to machines, all financial institution seek a profit. This<br />
is the basic foundation for which it exists. How will Komatsu<br />
operate in this sense?<br />
In the case of Finame, the rules are dictated by Bndes, itself,<br />
in other words, the process is the same for all banks. The big<br />
difference for Komatsu will be in CDC and leasing operations.<br />
For these operations, the Bank will naturally aim to profit,<br />
but far less than that practiced by commercial banks. We<br />
compared the Komatsu bank rates with other banks, and,<br />
that day, Komatsu rates were more than 15% lower.<br />
Is this difference and difficulty in obtaining credit explained<br />
by the lack of knowledge on the part off financial institutions,<br />
in general?<br />
True, there’s an overpricing to compensate for the risk. This<br />
is because a large commercial bank does not understand the<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
31
ENTREVISTA<br />
acontece porque um banco comercial grande não conhece<br />
a realidade do mercado brasileiro florestal, não sabe o dia<br />
a dia de um prestador de serviços. Nós sabemos e vamos<br />
ser um advogado de nosso cliente junto ao Banco Komatsu.<br />
Qual a estratégia de ação da Komatsu para este ano?<br />
Vamos manter nossa filosofia de marketing. Fizemos uma<br />
modificação que vai resultar em aumento no volume de<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
vendas e maior aproximação com o cliente. Nós unimos no<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
mesmo departamento peças, serviços e planejamento de<br />
estoque. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Isso vai trazer agilidade no atendimento ao cliente.<br />
E o grande assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
diferencial para alavancar vendas será mesmo o<br />
Banco Komatsu. Além disso, apesar de não poder dar muitos<br />
detalhes, o lançamento<br />
0800 600<br />
de uma<br />
2038<br />
nova máquina florestal<br />
será feito esse ano e claro que a REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
estará convidada a participar. O evento oficial acontecerá<br />
em julho ou agosto no Brasil e terá um grande impacto.<br />
Vamos poder capturar uma parte do mercado na qual não<br />
estamos atuando ainda.<br />
E no campo da produção de equipamentos. Existe uma linha<br />
diferenciada para operações que não demandam tanta<br />
produtividade? Seria uma linha menos robusta, no caso?<br />
Na verdade não. Porque precisa ter um ganho de escala na<br />
fabricação de um determinado produto. Então, o mesmo<br />
harvester de esteira ou sobre pneus, ou o mesmo padrão de<br />
forwarder que oferecemos para um grande player do mercado<br />
é a mesma máquina que oferecemos para o prestador<br />
de serviço. Mesmo porque quando o grande player contrata<br />
o prestador de serviço, ele vai exigir segurança, qualidade,<br />
respeito ao meio ambiente, zero emissão de poluentes.<br />
Então tem que ser uma máquina de primeira linha.<br />
Existe ainda muita adaptação com tratores agrícolas. Acha<br />
que é uma boa solução?<br />
Acredito que sim, respeitados os volumes mensais da operação<br />
é um boa alternativa. Mas acredito que cada vez mais<br />
as empresas contratantes estão exigindo grandes volumes<br />
para reduzir custo. Isso faz com que o prestador de serviço<br />
ganhe em escala de produção, quando isso acontece ele<br />
precisa de máquinas profissionais e não mais adaptações.<br />
reality of the Brazilian forestry market, and doesn’t understand<br />
the day-to-day of an outsourced service provider. We<br />
understand and we’re going to be our customer’s lawyer with<br />
the Banco Komatsu.<br />
What is the Komatsu’s strategy of action for this year?<br />
We will maintain our same marketing philosophy. But we<br />
made a modification in sales strategy that will result in increased<br />
sales volume and greater proximity to the customer.<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
We have brought together spare parts, service and inventory<br />
planning. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
This will lead to agility in customer service. And an<br />
even greater assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
advantage levering sales will be Banco Komatsu.<br />
Moreover, despite not being able to provide too many<br />
details, Komatsu will launch<br />
0800 600<br />
a new<br />
2038<br />
forest machine later this<br />
year, where REFERÊNCIA FLORESTAL will be invited to participate.<br />
The official event will take place in July or August in<br />
Brazil, and will have a large impact on the market, such that<br />
we can expect to capture a part of the market in which we<br />
are not working yet.<br />
And in the field of equipment production. Is there a separate<br />
line for the smaller operation that doesn’t require as<br />
much productivity? In the case, would it be a less robust<br />
line?<br />
Actually not, because you need to have a gain of scale in<br />
the manufacturing process for a given product. So the same<br />
belted or tire harvester, or the same forwarder design that<br />
we offer for a big player in the market is the same machine<br />
that we offer to the outsourced service provider. Because<br />
when the big player hires the service provider, he will require<br />
safety, quality, respect for the environment, zero pollutant<br />
emissions. So it has to be a first-line machine.<br />
There still exists a lot of agricultural tractors being adapted<br />
to work in the forest. Do you think that this is a good solution?<br />
I believe so, when the monthly operating volumes call for<br />
small operations, they are a good alternative. But I believe<br />
that more and more outsourced service providers need to operate<br />
with large volumes to reduce costs. This means that to<br />
gain production scale, they need professional machines and<br />
“As empresas precisam ter uma integração<br />
muito maior entre operação, manutenção<br />
e compras”<br />
32<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Quanto a mecanização da silvicultura, observa investimentos<br />
nessa etapa da operação?<br />
Vejo sim. Tem inclusive um grupo formado por seis grandes<br />
empresas, que devem representar 70% do investimento<br />
em silvicultura no Brasil em termos de preparo de solo e<br />
plantio, que se juntaram em um pool com essa finalidade.<br />
Elas contratam uma consultoria especializa para estudar<br />
mecanização de silvicultura. Convidaram a Komatsu Forest<br />
para participar desse programa e felizmente aceitamos.<br />
Vamos desenvolver, dentro da nossa linha, máquinas especificamente<br />
Para florestais ter acesso para a o esse uso em conteúdo, silvicultura. assine Um exemplo a<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
é o trator de esteira florestal, o que não existe hoje ainda no<br />
mundo. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Inclusive, recebemos uma delegação do Grupo Komatsu<br />
da área de Pesquisa e Desenvolvimento exatamente<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
para esse processo de desenvolvimento de equipamentos<br />
para silvicultura. 0800 600 2038<br />
Falando em novos equipamentos, a Komatsu Forest realizou<br />
um lançamento mundial de seis máquinas. Qual foi o<br />
resultado dessa ação?<br />
Foram realizados upgrades significativos. Assim a corporação<br />
decidiu fazer um lançamento mundial para causar<br />
impacto mesmo. O resultado foi muito positivo. Quando<br />
teve o lançamento na Suécia, mais de 600 pessoas entre<br />
revendedores e clientes participaram da ação que durou<br />
uma semana. Como era muita gente foi necessário dividir<br />
por dia. Então, em um dia foi voltado ao mercado sueco, no<br />
outro ao alemão e assim por diante. O resultado tem sido<br />
muito positivo, estamos na mídia desde o lançamento, que<br />
foi feito em outubro do ano passado, e estamos com um<br />
volume de pedido muito grande para os novos modelos.<br />
Todas as máquinas seguiram o princípio Dantotsu, uma<br />
palavra japonesa que significa inigualável.<br />
Outro fenômeno que vem acontecendo é a chegada de<br />
muitas empresas novas no Brasil, mas com experiência<br />
internacional. Percebeu que isso está realmente se tornando<br />
tendência?<br />
Sim. Acho que o mercado florestal brasileiro é bastante<br />
grande. Nos anos de vacas gordas tem espaço para outros<br />
fabricantes, o problema é se esse pessoal vai se sustentar ao<br />
longo dos anos. Já tivemos grandes crises no Brasil, quando<br />
vendem-se uma ou duas máquinas por ano, e não 50 a 60<br />
como atualmente. Acho difícil que uma empresa de pequeno<br />
porte, sem fôlego, consiga se manter no mercado. Já vimos<br />
isso no passado.<br />
Mesmo aqueles que vêm primeiro com implementos para<br />
sentir o mercado, para depois se estabelecer?<br />
Depende do nível de investimento que essa empresa vai<br />
fazer no pós-venda, estoque de peças, formação de mecânicos,<br />
estrutura e filiais para estar próxima ao cliente. É<br />
not further adaptations.<br />
As to forestry mechanization, do you see investments being<br />
made in this step of the operation?<br />
Yes, I do. Inclusively, there is a group made-up of six major<br />
companies, which must represent at least 70% of the investment<br />
in forestry in Brazil, in terms of soil preparation and<br />
planting, who joined together in a pool for this purpose. They<br />
hired a specialized consulting firm to study forestry mechanization.<br />
Komatsu Forest was invited to participate in this program,<br />
and Para thankfully ter acesso accepted. a esse conteúdo, We will develop, assine within a our<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
line, specific forest machines for use in forestry. An example is<br />
the forest www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
bulldozer, which no longer exists in today’s world.<br />
As such, we received a delegation from the Komatsu Group<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
in the area of research and development, exactly for this process<br />
of forestry equipment 0800 development.<br />
600 2038<br />
Speaking of new equipment, Komatsu Forest recently<br />
launched the world premiere of six new machines. What<br />
was the outcome of this action?<br />
Significant upgrades were carried out. So the Corporation decided<br />
to do a worldwide launch to cause more of an impact.<br />
The result was very positive. For the launch, held in Sweden,<br />
more than 600 people between dealers and customers participated<br />
in the event that lasted a week. As it was a large<br />
number of people, it was necessary to divide it into separate<br />
days of the week. So one day was aimed at the Swedish market,<br />
another at the German market, and so on. The result<br />
has been very positive, we have been in the media since the<br />
launch, which was held in October last year, and we have a<br />
very large order volume for the new models, according to the<br />
factory. All machines followed the Dantotsu principle, Japanese<br />
meaning unmatched.<br />
Another phenomenon that’s been going on is the arrival of<br />
many new companies in Brazil, but with international experience.<br />
Do you see this becoming a real trend?<br />
Yes. I think the Brazilian forest market is quite large. In the<br />
years of fat cows, there is room for other manufacturers; the<br />
problem is whether these people will be able to sustain themselves<br />
over the years. We have had major crises in Brazil,<br />
when these new companies sell just one or two machines per<br />
year and not the 50 to 60 being sold currently. I find it hard to<br />
believe a small business, without stamina, can remain in the<br />
market. We’ve seen this in the past.<br />
Even for those who come first with machinery to sell, feeling<br />
out the market before becoming established?<br />
This depends on the level of investment that this company is<br />
willing to make in the aftermarket, parts inventory, training<br />
of mechanics, structure and branches close to the customer.<br />
It is a bet by the customer, buying a new product, from a<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
33
ENTREVISTA<br />
uma aposta do cliente em comprar um produto novo, desconhecido<br />
no Brasil, e uma aposta desse fabricante que vai<br />
realmente permanecer no Brasil, um país complexo. Tivemos<br />
o caso recente de um fabricante que veio muito animado,<br />
mas foi embora. Não diria que o produto era ruim. Mas um<br />
produto que trabalha na Europa e um que trabalha aqui com<br />
eucalipto descascado, clima quente, poeira, sol, três turnos,<br />
muda muito de figura. Estamos dentro do Grupo Komatsu há<br />
25 anos<br />
Para<br />
e faz<br />
ter<br />
25<br />
acesso<br />
anos que<br />
a<br />
a<br />
esse<br />
gente<br />
conteúdo,<br />
muda produto<br />
assine<br />
para<br />
a<br />
poder<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
trabalhar no Brasil. O original sueco, finlandês ou Europeu,<br />
de maneira www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
geral, não casa 100% com a demanda brasileira.<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Quanto à mão de obra, existe esforço governamental ou<br />
das empresas para aumentar 0800 600 a qualificação 2038 e disponibilidade?<br />
Nosso sistema está funcionando ou faltam mais ações?<br />
Falta e muito. Observamos esforços isolados de empresas,<br />
quando acredito que não seria o papel delas de formar mão<br />
de obra e sim dos governos federal, estadual e municipal.<br />
Mas o esforço do governo é zero nesse campo. Os institutos<br />
de treinamento não têm mais foco na área florestal, não<br />
têm verba, não têm técnico. Se não for a ação isolada das<br />
empresas, ficam ainda mais sem acesso à mão de obra. Para<br />
se ter uma ideia, existe um grande instituto de treinamento<br />
no Brasil com o qual estamos discutindo a compra de um simulador<br />
há dois anos. É muito tempo para um investimento<br />
de R$ 250 mil que não sai do papel. Tenho certeza que essa<br />
instituição de formação de mão de obra arrecada milhões<br />
por mês somente do setor florestal.<br />
E como a Komatsu busca funcionários que tenham o que<br />
é necessário, principalmente aquele da linha de vendas?<br />
Atualmente estamos contratando. Prefiro ter perfil de um<br />
vendedor experiente no setor florestal ou contratar um<br />
técnico florestal para exercer a função de vendas, não tanto<br />
um engenheiro. Procuramos formar pessoas dentro de casa,<br />
começando da base, assim conhece a empresa, o produto,<br />
o modus operandi. Como falei, estamos contratando o que<br />
significa que o mercado tem demanda.<br />
manufacturer unknown in Brazil, and a bet that this manufacturer<br />
will actually stay in Brazil, a complex Country. We<br />
had a recent case of a very excited manufacturer establishing<br />
itself in Brazil, but afterwards left. I wouldn’t say that its<br />
product was bad. But a product that works well in Europe<br />
and one that works here with debarked eucalyptus, in warm<br />
weather, dust, sun, and three shifts, has to be different. We<br />
have been part of the Komatsu Group for 25 years. That is,<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
it has been 25 years that our people modified our product<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
to work better in Brazil. Equipment originally manufactured<br />
for use www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
in Swedish, European Finnish, in general, does not<br />
marry up assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
100% with Brazilian needs.<br />
As to manpower, is there<br />
0800<br />
any<br />
600<br />
governmental<br />
2038<br />
or corporate effort<br />
being made to increase availability and qualification?<br />
Is the system working or is there a need for further actions?<br />
There is a lack of actions, and many. We see isolated efforts<br />
by companies, but I believe that it should not be their role<br />
to provide education but rather it is the role of the Federal,<br />
State and municipal governments to develop manpower. But<br />
Government effort is zero in this field. Training institutes do<br />
not focus much on forestry, have no money, and no technicians.<br />
If it were not for isolated actions by companies, there<br />
would be even less access to labor. To give you an idea, there<br />
is a large training institute in Brazil with which we have been<br />
discussing the purchase of a simulator, for over two years.<br />
That’s a long time for an investment of R$ 250 thousand that<br />
has not got off the paper. I’m sure this manpower training<br />
institution receives millions per month just from the forest<br />
sector.<br />
How does Komatsu find workers who have what is needed,<br />
especially in the sales area?<br />
We are currently hiring. I’d rather have an experienced sales<br />
person with a profile in the forestry sector or hire a forest<br />
technician to perform the function of sales, not an engineer.<br />
We train people in-house, starting from zero, so they know<br />
the Company, the product, the modus operandi. As I said, we<br />
are hiring which means there is a market demand.<br />
“Nos últimos três anos, nosso volume de vendas<br />
para o mercado pulverizado tem aumentado por<br />
diversos fatores, entre eles dificuldade com mão<br />
de obra e a segurança do trabalho”<br />
34<br />
www.referenciaflorestal.com.br
PRINCIPAL<br />
CONTROLE<br />
EFICIENTE<br />
SISTEMA DE INFORMAÇÃO MODERNO<br />
APONTA CADA DETALHE DA OPERAÇÃO,<br />
PERMITE REDUÇÃO DE CUSTOS E<br />
CONFERE DINAMISMO AO NEGÓCIO<br />
FLORESTAL<br />
36<br />
www.referenciaflorestal.com.br
CONTROL<br />
WITH<br />
EFFICIENCY<br />
A MODERN INFORMATION<br />
SYSTEM POINTS OUT EVERY<br />
DETAIL OF THE OPERATION,<br />
LEADING TO REDUCED COSTS<br />
AND PROVIDING DYNAMISM TO<br />
THE FOREST BUSINESS<br />
Foto: Panorama Rastreamento<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
37
PRINCIPAL<br />
U<br />
ma operação de logística florestal é bastante<br />
complexa. Depende de diversos fatores para<br />
ser bem sucedida em todas as etapas. O transporte<br />
está entre os fatores mais sensíveis, porque deve<br />
haver uma sincronia fina entre floresta, fábrica e cliente<br />
final. Neste momento o sistema de monitoramento de<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
frotas se mostra<br />
revista<br />
essencial<br />
<strong>Referência</strong><br />
para a<br />
<strong>Florestal</strong><br />
redução de custos e<br />
otimização do processo logístico. O modelo convencional<br />
de www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
controle de estoques, ainda usado por algumas<br />
indústrias, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
não se mostra eficaz diante das condições<br />
atuais que o mercado impõe. De acordo com especialistas<br />
na área de logística e segurança corporativa, o ge-<br />
0800 600 2038<br />
renciamento deve ser feito em tempo real. As informações<br />
são muito mais precisas, o controle da operação é<br />
extremamente apurado e as tomadas de decisões mais<br />
assertivas, o que pode determinar até a viabilidade econômica<br />
de todo o negócio.<br />
A Eucatex está entre as empresas que decidiram<br />
modernizar o sistema de controle de frotas. A companhia<br />
é uma das maiores produtoras de pisos, divisórias,<br />
portas, painéis MDP e MDF, chapas de fibras de<br />
madeira, tintas e vernizes do Brasil. Com mais de 2 mil<br />
funcionários, exporta para 37 países e possui quatro<br />
modernas fábricas em Botucatu (SP) e Salto (SP). Para<br />
atender toda essa demanda as plantas industriais movimentam<br />
juntas 1,2 milhão de m³ (metros cúbicos) de<br />
madeira por mês. Na região de Salto a média é de 75 mil<br />
m³ ao mês, que são transportadas em uma distância de<br />
“Com dados mais detalhados e em<br />
tempo real, tivemos a possibilidade de<br />
ampliar nossas trocas de informações<br />
entre logística, fornecedor e fábricas”<br />
Antonio Marinho Lisboa Junior, gerente<br />
operacional da Unidade <strong>Florestal</strong> da Eucatex<br />
A<br />
forest logistics operation is quite complex. It<br />
depends on diverse factors to be successful<br />
at the diverse steps. Transport is amongst the<br />
most sensitive factors, because there must be a complete<br />
synchronization between the forest, factory and<br />
end customer. At this time, a fleet tracking system becomes<br />
essential revista for cost <strong>Referência</strong> reduction <strong>Florestal</strong> and optimization of<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
the logistics process. The conventional inventory control<br />
model, www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
still being used by some industries, is not very<br />
effective assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
under the current conditions that the market<br />
requires. According to experts in the field of logistics<br />
0800 600 2038<br />
and corporate security, management must be carried<br />
out in real time. The information is much more accurate,<br />
the control of the operation is extremely accurate, and<br />
decision-making is more assertive, all of which can even<br />
determine the economic feasibility of any business.<br />
Eucatex is amongst those companies that decided<br />
to modernize its fleet control system. The Company is<br />
one of the largest Brazilian producers of flooring, partitions,<br />
doors, MDP and MDF panels, wood fiber board,<br />
and paints and varnishes. With more than 2 thousand<br />
employees, it exports to 37 countries from its four modern<br />
mills in Botucatu (SP) and Salto (SP). To meet all this<br />
demand, the industrial plants, taken together, produce<br />
1.2 million m 3 of wood products per month. For the Salto<br />
Region, an average of 75 thousand m³ per month is<br />
transported a distance of over 150 km. For the Botucatu<br />
Region, an average of 45 thousand m³/month is transported<br />
a distance of just 50 Km.<br />
At the beginning of 2011, to increase the control over<br />
operations, the Company decided to implement a forest<br />
fleet tracking system. “Our transport providers were<br />
asked to equip 100% of their vehicles with trackers of<br />
their own choice”, explains Antonio Marinho Lisboa Junior,<br />
Manager of Operations for the Eucatex Forest Unit.<br />
Each vehicle has its tracking signal monitored by Panorama<br />
Rastreamento, the Company responsible for system.<br />
In this way, independently of carrier and brand of the<br />
tracking device, it is possible to have a real-time management<br />
on the same navigation screen, for the whole<br />
fleet. “We know the vehicle’s speed, ignition status (on/<br />
off), travel path and various other data.”<br />
In addition to fleet vehicles being tracked, the loading<br />
and unloading machines also have trackers. “In this<br />
case, the device allows the machine operator, to send<br />
messages informing his status: awaiting transport truck,<br />
maintenance, movement/change of area, and other daily<br />
routines involving loading and unloading”, says Eucatex<br />
Forest Unit Manager of Operations Antonio Marinho.<br />
Except for transport vehicles, the machine trackers<br />
belong to Eucatex.<br />
38<br />
www.referenciaflorestal.com.br
150 Km (quilômetros). Já na região de Botucatu são 45<br />
mil m³/mês que percorrem um trajeto menor na média,<br />
apenas 50 km.<br />
Para ampliar o controle das operações a empresa<br />
decidiu implementar o sistema de monitoramento da<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
frota florestal revista no início <strong>Referência</strong> de 2011. <strong>Florestal</strong> “Nossas transportadoras<br />
foram orientadas a equipar 100% dos veículos<br />
com<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
rastreadores de sua preferência”, explica Antonio<br />
Marinho assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Lisboa Junior, gerente operacional da Unidade<br />
<strong>Florestal</strong> da Eucatex. Cada veículo deve ter seu sinal espelhado<br />
para a Panorama Rastreamento, empresa res-<br />
0800 600 2038<br />
ponsável pelo fornecimento do sistema. Desta forma,<br />
independente das transportadoras e da marca do aparelho<br />
de rastreamento, é possível ter uma gestão em<br />
tempo real e, na mesma tela de navegação, de todas as<br />
frotas. “Sabe-se a velocidade do veículo, status da ignição<br />
(ligado/desligado), trajeto e diversos outros dados.”<br />
Além dos veículos da frota serem rastreados, as máquinas<br />
de carregamento e descarregamento também<br />
possuem rastreadores. “Neste caso, o aparelho possibilita<br />
ao operador da máquina, enviar mensagens informando<br />
o status: carregamento, aguardando caminhão,<br />
manutenção, deslocamento/mudança de área e demais<br />
Before incorporating the system into management<br />
operations, control was carried out using pulp mill delivered<br />
volumes. But this model became no longer useful<br />
as the industry began to feel the need to improve the<br />
logistics, mainly in regard to three aspects: real-time<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
information, revista material <strong>Referência</strong> tracking (from <strong>Florestal</strong> the forest to the<br />
plant) and improvement in the reaction time to adverse<br />
occurrences.<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
The assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
result was immediate. There was a reduction in<br />
costs (due to increased productivity), and a reduction of<br />
0800 600 2038<br />
vehicle and loading/unloading machine maintenance<br />
costs, as well as a reduction in accidents. “With more<br />
detailed data, and in real time, we had the opportunity<br />
to broaden the exchange of information between logistics,<br />
supplier and mills”, concludes the Eucatex Forest<br />
Unit Manager of Operations Antonio Marinho.<br />
He reminds us that employee training was important<br />
for success in the change of the system. All Eucatex fleet<br />
managers received training, which took place in forest<br />
product manufacturing units, conducted by Panorama<br />
Rastreamento. “Today, the evolution can be clearly<br />
seen, starting with a rapid and efective overall view of<br />
the fleet”, he evaluates.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
39
PRINCIPAL<br />
rotinas diárias do carregamento e descarregamento”,<br />
detalha Antonio Marinho. Diferente do transporte, os<br />
rastreadores das máquinas pertencem à Eucatex.<br />
Antes de incorporar o sistema na gestão, o controle<br />
era feito pelos volumes postos em fábrica. Mas esse<br />
modelo Para deixou ter acesso de ser a interessante esse conteúdo, quando assine a indústria a<br />
sentiu necessidade revista <strong>Referência</strong> de aprimorar <strong>Florestal</strong> a logística principalmente<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
em três quesitos: obter informações em tempo<br />
real, rastreamento do material (fazendas até as fábricas)<br />
e melhoria assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
do tempo de reação às adversidades.<br />
O resultado foi 0800 imediato. 600 2038 Houve redução de custos,<br />
obtidos com a diminuição da frota (devido ao aumento<br />
de produtividade), redução de manutenções nos veículos<br />
e máquinas de carregamento/descarregamento,<br />
além de redução de acidentes. “Com dados mais detalhados<br />
e em tempo real, tivemos a possibilidade de<br />
ampliar nossas trocas de informações entre logística,<br />
fornecedor e fábricas”, resume o gerente operacional<br />
da Unidade <strong>Florestal</strong> da Eucatex.<br />
Antonio Marinho lembra que o treinamento dos<br />
funcionários da empresa foi importante para o sucesso<br />
na mudança de sistema. Todos os gestores da frota da<br />
Eucatex foram treinados. Os treinamentos aconteceram<br />
nas unidades da fabricante de produtos florestais, realizados<br />
pela Panorama Rastreamento. “Hoje, fica nítido<br />
essa evolução, a começar pela visualização da frota de<br />
uma forma geral, rápida e eficaz”, avalia.<br />
A WORD FROM WHO KNOWS<br />
“Today, real-time information leads to economy of<br />
scale and, consequently, financial gains in the production<br />
chain, because this can lead to reduced inventory<br />
stocks and administration of the productive chain with<br />
much Para improved ter acesso accuracy.” a esse conteúdo, assine a<br />
Who says revista this Valdemir <strong>Referência</strong> Fernandez <strong>Florestal</strong> de Antônio, Logistics<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Specialist, who has worked in the area for more<br />
than 15 years, with experience in the electronics and<br />
telecommunications assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
industries. He is currently account<br />
manager in the logistics 0800 area, 600 taking 2038 care of the entire<br />
chain: planning, production and delivery to distribution.<br />
“My primary responsibility is to manage my client’s demand<br />
internally, participating in all project and process<br />
steps, from forecasting (planning and design) to the effective<br />
delivery of the orders”, explains the Logistics Specialist.<br />
According to him, having the right product at the<br />
right time is one of the main conditions to achieving efficiency,<br />
productivity and lower process costs. “In the current<br />
economic climate, demand forecasts become much<br />
harder to make, and as a result of this, materials handling<br />
control and logistics can guarantee being ahead of<br />
competitors, and ensure the delivery of the product at<br />
the proper time to the customer, at the lowest cost to the<br />
company”, he points out.<br />
PALAVRA DE QUEM SABE<br />
“Hoje, informação em tempo real nos traz economia<br />
de escala e consequentemente ganhos financeiros na<br />
cadeia produtiva, porque podemos ter estoques reduzidos<br />
e administrar a cadeia com muito mais precisão.”<br />
Quem fala isso é o especialista em logística, Valdemir<br />
Fernandes de Antônio. Ele atua na área há 15<br />
anos, com experiência nas indústrias de eletrônicos e<br />
telecomunicações. Atualmente é gerente na área logística.<br />
Cuida de toda a cadeia: etapas de planejamento,<br />
produção e entrega para distribuição. “Minha principal<br />
responsabilidade é gerir a demanda do meu cliente internamente,<br />
participando de todas as etapas do projeto<br />
e processo, desde o momento de forecast (projeto e<br />
planejamento em tradução livre) até a efetiva entrega<br />
das ordens”, explica Valdemir.<br />
Segundo ele, ter o produto certo no momento correto<br />
é uma das condições primordiais para atingir eficiência,<br />
produtividade e obter menores despesas no<br />
processo. “Na atual conjuntura econômica, as previsões<br />
de demanda se tornam muito mais difíceis e com isso,<br />
o controle de movimentação e logística nos garante estar<br />
à frente dos competidores e garantir a entrega do<br />
“Sabe-se a velocidade do veículo,<br />
status da ignição (ligado/desligado),<br />
trajeto e diversos outros dados”<br />
Antonio Marinho Lisboa Junior, gerente<br />
operacional da Unidade <strong>Florestal</strong> da Eucatex<br />
40<br />
www.referenciaflorestal.com.br
produto no momento adequado para o cliente, com o<br />
menor custo para a empresa”, aponta.<br />
O especialista avalia que um sistema ideal de logística<br />
traz a posição de momento dos estoques e produtos.<br />
“Com Para ter essa acesso visão podemos a esse conteúdo, adequar todas assine as a áreas<br />
da empresa para revista atender <strong>Referência</strong> as demandas <strong>Florestal</strong> de cada cliente,<br />
com menores lead times (tempo ciclo) e um custo adequado<br />
para o fornecedor.”<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Outro assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
ponto importante destacado pelo especialista<br />
é que o sistema<br />
0800<br />
logístico<br />
600<br />
deve<br />
2038<br />
proporcionar a visão<br />
completa de toda a cadeia de suprimentos e entregas.<br />
No caso de cidades que têm limitações de horários para<br />
entregas essas informações são fundamentais para o<br />
controle de custos e para a manutenção de um padrão<br />
de qualidade de acordo com as necessidades da empresa.<br />
ESTUDO DE CASO<br />
Durante a Expoforest 2014 (Feira <strong>Florestal</strong> Brasileira),<br />
realizada em maio do ano passado, o diretor da Klabin,<br />
José Artêmio Totti, apresentou uma palestra baseada<br />
em um estudo de caso da empresa, especificamente<br />
na questão de logística para o transporte de madeira.<br />
The Specialist assesses that an ideal logistics system<br />
leads to a just-in-time inventory and production. “With<br />
this in view, we can change all areas of a company to<br />
meet the demands of each customer, with lower lead<br />
times Para (time ter cycle) acesso and at a esse suitable conteúdo, cost for the assine supplier.” a<br />
Another revista important <strong>Referência</strong> point noted <strong>Florestal</strong> by the Specialist is<br />
that the logistics system must provide an end-to-end<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
view of the entire supply and delivery chain. In the case<br />
of cities assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
which have hour limitations for deliveries, this<br />
information is fundamental<br />
0800 600<br />
to<br />
2038<br />
cost control and to the<br />
maintenance of a quality standard in accord with the<br />
needs of the company.<br />
CASE STUDY<br />
During Expoforest 2014 (Brazilian Forest Fair), held<br />
in May last year, José Artêmio Totti, Klabin Director, gave<br />
a lecture based on a Company case study, specifically on<br />
the issue of logistics for timber log transport.<br />
According to the presentation, in 2012, Klabin implanted<br />
a cargo transport control system for the State<br />
of Paraná unit, supporting the management of a fleet<br />
of more than 100 trucks, transporting about five million<br />
tons per year. This system is based on two communica-<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
41
PRINCIPAL<br />
De acordo com a apresentação, em 2012 a Klabin<br />
implantou um sistema de controle de transporte de cargas<br />
na unidade do Estado do Paraná apoiando a gestão<br />
de frotas de mais de 100 caminhões, que transportam<br />
aproximadamente cinco milhões de toneladas ao ano.<br />
Tal sistema Para ter se acesso baseia a em esse duas conteúdo, tecnologias assine de comunicação:<br />
uma satelital revista <strong>Referência</strong> e outra celular. <strong>Florestal</strong> A gestão do trans-<br />
a<br />
porte www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
teve uma mudança significativa, anteriormente<br />
baseada no uso de planilhas eletrônicas passou a um<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
sistema que é operado na internet, de forma on line. Os<br />
ganhos obtidos com 0800 tal mudança 600 2038 possibilitou um incremento<br />
aproximado de 45% no número de viagens por<br />
veículo ao dia. Diminuíram as filas de caminhões para<br />
o carregamento de toras de madeira, concomitantemente<br />
a isso a gestão de contingências começou a ser<br />
realizada de forma mais eficaz. Isto teve reflexo direto<br />
na diminuição da frota contratada junto às empresas de<br />
transporte de toras, reduzindo assim os custos fixos.<br />
Todo o sistema é baseado na utilização de tecnologia<br />
híbrida de rastreamento. As informações de posicionamento<br />
dos caminhões são enviadas via satélite<br />
e ou via Gprs (Serviço de Rádio de Pacote Geral) para a<br />
central de gestão da empresa Panorama, localizada em<br />
São José dos Campos (SP). A central de controle acessa<br />
as informações que são atualizadas continuamente, via<br />
software concebido para operar na internet.<br />
tion technologies: one satellite and the other mobile.<br />
Transport management was significantly changed,<br />
where it had previously been based on the use of spreadsheets,<br />
it now became an Internet based system, operating<br />
online. The gains obtained with this change led to<br />
an increase Para ter of acesso approximately a esse conteúdo, 45% in the number assine a of vehicle<br />
trips per revista day and <strong>Referência</strong> decreased <strong>Florestal</strong> the number of trucks<br />
lined www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
up for the loading of timber logs, and at the same<br />
time, contingency management began to be performed<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
more effectively. This had a direct reflection leading to<br />
a reduced fleet being 0800 contracted 600 2038 for log transport, thus<br />
reducing fixed costs.<br />
The whole system is based on communication using<br />
two complementary technologies: satellite and mobile.<br />
The positioning information is sent via satellite and via<br />
Gprs (General Packet Radio Service) to the Panorama<br />
management center, located in São José dos Campos<br />
(SP). Using software designed to operate on the internet,<br />
the management control center accesses the information,<br />
which is continuously updated.<br />
“The fleet tracking system allows greater assertiveness<br />
in decision-making, thus increasing efficiency in the<br />
logistics operations of the companies”, says Décio Segreto,<br />
Managing Director for Panorama Rastreamento.<br />
“As important in having effective fleet and logistics<br />
control is, having an increasingly more competitive timber<br />
product being transported is also very important,”<br />
says Franc Roxo, Director of Operations for Savcor, a<br />
Finnish technology company.<br />
“Hoje, informação em tempo real<br />
nos traz economia de escala e,<br />
consequentemente, ganhos financeiros<br />
na cadeia produtiva porque podemos<br />
ter estoques reduzidos e administrar a<br />
cadeia com muito mais precisão”<br />
Valdemir Fernandes de Antônio,<br />
especialista em logística<br />
INFORMATION TECHNOLOGY<br />
Panorama Rastreamento is specialized in tracking<br />
services, fleet monitoring and system development.<br />
“Since 2006, we have been offering an automated logistics<br />
management system, LogPan, to the forest segment”,<br />
according to Panorama Managing Director<br />
Décio. The software handles the entire logistics chain,<br />
manages forecasted and actual time, and is fully integrated<br />
with SAP (Systems, Applications and Products,<br />
in German), amongst other ERP systems (Enterprise Resource<br />
Planning) available on the market. “Optimizing<br />
fleet utilization, as well as leading to significant reductions<br />
in operating costs”, ensures the Managing Director.<br />
He says that over the years, Panorama has developed<br />
systems that, using geolocation information, have<br />
the most diverse applications and utility, such as location,<br />
tracking, routes and references, occurrences, and<br />
events, amongst others, indicating all undesirable parameters<br />
in the forest operation. “All this allows greater<br />
42<br />
www.referenciaflorestal.com.br
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO<br />
A empresa Panorama Rastreamento é especializada<br />
em serviços de rastreamento e monitoramento de<br />
frotas e desenvolvimento de sistemas. “Desde 2006<br />
oferecemos<br />
Para ter<br />
ao<br />
acesso<br />
segmento<br />
a esse<br />
florestal<br />
conteúdo,<br />
um sistema<br />
assine<br />
de<br />
a<br />
gestão<br />
logística revista automatizado, <strong>Referência</strong> o LogPan”, <strong>Florestal</strong> informa Décio<br />
Segreto, diretor geral. O software trata de toda a cadeia<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
logística, administra tempos previstos e realizados, e é<br />
totalmente assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
integrável ao SAP (em português, Sistema<br />
de Gestão Empresarial), entre outros sistemas ERP’s<br />
0800 600 2038<br />
(em português, Planejamento de Recurso Corporativo)<br />
disponíveis no mercado. “Otimiza a utilização da frota,<br />
além de permitir extrema redução nos custos operacionais”,<br />
garante Décio.<br />
Ele conta que ao longo dos anos a Panorama desenvolveu<br />
sistemas que, utilizando informações de<br />
geolocalização, possuem as mais diversas aplicações<br />
e utilidades, como localização, rastreamento, rotas e<br />
referências, ocorrências e eventos, entre outros, indicando<br />
todos os parâmetros indesejáveis na operação<br />
florestal. “Tudo isso permite maior assertividade no ato<br />
da tomada de decisão para aumentar a eficiência nas<br />
operações logísticas das empresas”, avalia.<br />
assertiveness in decision making, leading to increased<br />
efficiency in the logistics operations of companies,” he<br />
says<br />
MINIMUM<br />
Para ter acesso<br />
DETAIL<br />
a esse conteúdo, assine a<br />
The major revista systems <strong>Referência</strong> developed <strong>Florestal</strong> by Panorama for the<br />
Forest Sector are modular. LogPan, developed over<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
the last 8 years, is designed to automatically generate<br />
quality assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
data related to transport services, and does not<br />
rely on any human intervention. “With their fleet being<br />
tracked, our clients can lease our LogPan, which will<br />
0800 600 2038<br />
analyze the data generated by trackers and provide users<br />
with important information related to the quality<br />
of their transport services”, explains the Panorama Director.<br />
In addition, this software regulates compliance<br />
within all the stages and generates warnings for events<br />
contrary to what was determined by the contractor of<br />
the services.<br />
The latest version of the software includes automatic<br />
features to address vehicle availability, at the end<br />
of each trip, allowing the contractor to analyze whether<br />
the fleet is being used optimally or not.<br />
LogMaq is a complementary software system to the<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
43
PRINCIPAL<br />
MÍNIMOS DETALHES<br />
Os principais sistemas desenvolvidos pela Panorama<br />
Para para ter o setor acesso florestal a esse são conteúdo, modulares. assine O LogPan, a<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
desenvolvido ao longo dos últimos 8 anos, tem a finalidade<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
de gerar automaticamente dados relacionados à<br />
qualidade na prestação de serviços de transporte e não<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
depende de intervenção humana. “Com a frota rastreada,<br />
nossos clientes 0800 podem 600 contratar 2038 o LogPan, que vai<br />
analisar dados gerados pelos rastreadores e apresentar<br />
aos usuários as informações importantes relacionadas à<br />
qualidade da prestação de serviços de transporte”, explica<br />
o diretor da Panorama. Além disso, este software<br />
regula o cumprimento de todas as etapas e gera alertas<br />
para os eventos contrários ao que foi determinado pelo<br />
contratante dos serviços.<br />
A mais recente versão do software já contempla recursos<br />
automáticos para tratar a disponibilidade de veículos,<br />
ao final de cada viagem realizada, permitindo ao<br />
contratante analisar se toda a frota está sendo utilizada<br />
de forma otimizada ou não.<br />
Já o LogMaq é um software complementar ao processo<br />
de transporte e pode ser aplicado em máquinas<br />
de carregamento e descarregamento, silvicultura e colheita,<br />
gerando dados quantitativos e qualitativos sobre<br />
estas operações. O programa permite a recepção de dados<br />
relacionados aos processos de silvicultura, colheita<br />
e carregamento. Uma das características principais deste<br />
sistema é a entrega de informações úteis aos gestores<br />
em tempo real. “Onde quer que o gestor esteja, na<br />
sua mesa de trabalho, em campo ou em casa”, assegura<br />
o diretor.<br />
“Nossos sistemas de controle e gestão logística são<br />
desenvolvidos com a premissa de atuarem com foco na<br />
eliminação de todos os gargalos da cadeia de transporte<br />
como filas, despacho para locais errados ou indevidos,<br />
formação de comboios, paradas desnecessárias, entre<br />
outros”, aponta o diretor da Panorama. “Isso reflete<br />
diretamente na diminuição da frota contratada para o<br />
transporte, ou seja, a redução de custos é certa”, completa<br />
Décio.<br />
SOLUÇÃO INTEGRADA<br />
Para trazer soluções integradas que podem ser<br />
aproveitadas pelo segmento florestal, a Panorama desenvolveu<br />
uma tecnologia própria. O Pantrack é um<br />
sistema de rastreamento inteligente. Trata-se de uma<br />
linha de equipamentos com diferentes finalidades, que<br />
podem ser aplicados a qualquer necessidade. “Nossos<br />
rastreadores são compatíveis para uso em pequenas ou<br />
grandes frotas e também parques de máquinas, com<br />
transport process and can be applied to loading and unloading,<br />
forestry, and harvesting operations, generating<br />
quantitative Para ter acesso and qualitative a esse conteúdo, data about assine these a operations.<br />
The program receives data related to the forestry,<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
harvesting www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
and loading procedures. One of the main features<br />
of this system is delivering useful information to<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
managers in real time. “Wherever the Manager is, at his<br />
desk at work, in the 0800 field 600 or 2038 at home”, completes Panorama<br />
Managing Director Décio.<br />
“Our logistics control and management systems are<br />
developed with the premise of focusing on the elimination<br />
of all bottlenecks in the transport chain, such as<br />
queues, dispatch to the wrong places or undue and unnecessary<br />
stops, and convoy formation, amongst others”,<br />
points out the Panorama Director. “This reflects<br />
directly on being able to reduce the fleet contracted for<br />
timber transport, i.e. cost reduction”, he adds.<br />
INTEGRATED SOLUTION<br />
To provide integrated solutions that can be used by<br />
the forest segment, Panorama Rastreamento developed<br />
its own technology. Pantrack is an intelligent tracking<br />
system. This is a line of products with different purposes,<br />
which can be applied to any need. “Our trackers are<br />
compatible for use in small or large fleets and also in<br />
machinery parks, with Satellite and Gprs communication<br />
“O sistema de rastreamento de frota<br />
permite maior assertividade no ato da<br />
tomada de decisão para aumentar a<br />
eficiência nas operações logísticas das<br />
empresas”<br />
Décio Segreto, diretor geral<br />
da Panorama Rastreamento<br />
44<br />
www.referenciaflorestal.com.br
opções de comunicação satelital e ou Gprs”, garante<br />
Décio.<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
Para indústrias de base florestal o diretor da empresa<br />
indica o Pantrack Híbrido, sistema de rastreamento<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
que www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
contempla transmissão de dados pela rede celular<br />
e satelital. assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Na região de florestas, onde não há antenas<br />
de sinal Gprs, a comunicação dos rastreadores com a<br />
0800 600 2038<br />
central de monitoramento do cliente passa automaticamente<br />
para o modo satelital, mesmo nas regiões mais<br />
remotas, onde comumente não há rede de comunicação<br />
celular.<br />
A marca conta ainda com o Pantrack Hiss, que faz o<br />
controle de segurança por tecnologia Rfid (Identificação<br />
por Radiofrequência) nas máquinas permitindo que sejam<br />
programados alertas da aproximação de pessoas a<br />
equipamentos de grande porte com risco de acidentes.<br />
“Nossa experiência de 9 anos no atendimento às<br />
maiores empresas do setor florestal do país nos direcionou<br />
atenção especial para outras áreas do processo que<br />
complementam o ciclo logístico florestal, como o parque<br />
de máquinas, os veículos de transporte e de apoio e<br />
veículos leves, além do nosso sistemas de rastreamento<br />
de pessoas, inclusive.”<br />
options”, ensures Panorama Managing Director Décio.<br />
For forest-based companies, the Director indicates<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
the use of Pantrack Híbrido, a tracking system which<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
includes data transmission over cellular and satellite<br />
networks. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Especially in forest regions, where there usually<br />
are assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
no Gprs signal antennas, tracker communication<br />
with the Customer Monitoring Center automatically<br />
0800 600 2038<br />
switches to satellite mode, even in the most remote regions,<br />
where, most commonly, there is no cellular communication<br />
network.<br />
The product also features Pantrack Hiss, which carries<br />
out security control using Rfid technology (Radio<br />
Frequency Identification) on the machines, allowing<br />
them to be programmed to provide a warning of anyone<br />
approaching large-sized equipment, avoiding the risk of<br />
any accidents.<br />
“Our 9 years of experience in serving the largest<br />
companies in the Country’s Forest Sector, has directed<br />
special attention to other process areas that complement<br />
the forest logistics cycle, such as machine parks,<br />
transport vehicles and light support vehicles, as well as<br />
our people tracking system.”<br />
As important as information about the forest is, it<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
45
PRINCIPAL<br />
Tão importante quanto obter informações sobre<br />
a floresta é conseguir processá-las. O Pantrack Flyer é<br />
uma Para ferramenta ter acesso para a mapeamento esse conteúdo, e controle assine de a APP’s<br />
(Áreas de Preservação revista <strong>Referência</strong> Permanente) <strong>Florestal</strong> ou de florestas renováveis.<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
“Nosso drone tem capacidade para voos autônomos<br />
que podem capturar imagens destes locais e<br />
aumentar assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
a performance de vistorias de propriedades<br />
residenciais ou industriais, 0800 600 o 2038 acompanhamento e controle<br />
de operações, o monitoramento ambiental, a captura<br />
de imagens e o controle de ativos”, detalha Décio.<br />
Ele adianta que a empresa está desenvolvendo um<br />
sistema de controle de estoque de madeira em tempo<br />
real. O software vai alimentar o sistema de despacho<br />
inteligente direcionando envio de veículos para locais<br />
onde não esteja chovendo, programar viagens que não<br />
excedam o final da jornada do motorista e que tenham<br />
a quantidade e tipo de madeira necessários.<br />
“Nosso atendimento também inclui a preparação<br />
destes profissionais, que pode ser feita em nosso centro<br />
de treinamento, na nossa sede em São José dos Campos<br />
ou na base do cliente”, afirma. O processo contempla<br />
treinamentos internos para os operadores dos softwares,<br />
LogPan, LogMaq e Pantrack e os treinamentos em<br />
campo, para que os operadores de máquinas diversas<br />
sejam familiarizados com o uso de teclados para envio<br />
de mensagens do LogMaq.<br />
SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES<br />
Para o especialista na área de segurança corporati-<br />
“Na atual conjuntura econômica, as<br />
previsões de demanda se tornam muito<br />
mais difíceis e, com isso, o controle de<br />
movimentação e logística nos garante<br />
estar à frente dos competidores”<br />
Valdemir Fernandes de Antônio,<br />
especialista em logística<br />
is necessary to be able to process this information. Pantrack<br />
Flyer is a tool for APP (Permanent Preservation<br />
Area) Para or renewable ter acesso forest a esse mapping conteúdo, and assine control. a “Our<br />
drone is capable revista of autonomous <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong> flights that can capture<br />
images<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
of any site and increase survey monitoring and<br />
operating control performance for residential or industrial<br />
property, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
well environmental monitoring, image<br />
capture and property 0800 600 control”, 2038 details Panorama<br />
Managing Director Décio.<br />
He adds that the Company is developing a real time<br />
timber inventory control system. The software will feed<br />
an intelligent dispatch system directing vehicles to locations<br />
where it is not raining, scheduling trips that do<br />
not exceed driver maximum daily journey time, and that<br />
have the quantity and type of wood needed.<br />
“Our services also include the preparation of these<br />
professionals, which can be carried out at the training<br />
center at our headquarters in São José dos Campos or at<br />
the client’s facilities”, he says. The process includes internal<br />
training for LogPan, LogMaq and Pantrack software<br />
operators, and in the field training, so that the various<br />
machine operators are familiar with the use of the keyboards<br />
for using the LogMaq message system.<br />
INFORMATION SECURITY<br />
For Vinícius Marques Martins, Specialist in the area<br />
of Corporate Security, nowadays, with existing resources<br />
and technologies, fleet and product handling control is<br />
more than recommended. “From the marketing issues<br />
for each different segment, it is necessary to provide information<br />
related to shipments, which allows customers<br />
to formulate appropriate planning for their processes,<br />
reflecting on increased competitiveness and ensuring<br />
survival”, he states.<br />
The Corporate Security Specialist knows what he is<br />
talking about. Since 2008, he has worked in the area<br />
with multinational companies, leaders in the segments<br />
in which they operate. He worked in a R&D start-up in<br />
the area of technology, coordinating a high complexity<br />
manufacturing campus, and, currently, works as a Security<br />
Specialist at a company that is a reference in the<br />
agribusiness market, operating throughout Brazil.<br />
For him, Corporate Security in large organizations is<br />
a strategic business area and has the responsibility to<br />
ensure the integrity of people, facilities and safety of its<br />
processes. In this context, he provides awareness training<br />
to in-house audiences, and carries out risk analyses,<br />
audits, and evaluations of possible deviations, as well<br />
as providing strategic information for use in decisionmaking.<br />
46<br />
www.referenciaflorestal.com.br
va, Vinícius Marques Martins, nos dias de hoje, com os<br />
recursos e tecnologias existentes, o controle de frotas e<br />
movimentação<br />
Para ter acesso<br />
de produtos<br />
a esse<br />
é<br />
conteúdo,<br />
mais do que<br />
assine<br />
recomendável.<br />
“Por questões mercadológicas de cada segmento,<br />
a<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
se faz www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
necessário a fim de fornecer informações relacionadas<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
aos deslocamentos, que permitam aos clientes o<br />
adequado planejamento de seus processos, refletindo<br />
em competitividade 0800 e garantindo 600 2038sua sobrevivência”,<br />
opina.<br />
O profissional tem propriedade no que diz. Trabalha<br />
desde 2008 na área de segurança corporativa de<br />
empresas multinacionais líderes dos segmentos em<br />
que atuam. Atuou no start-up de uma empresa de P&D<br />
(Pesquisa e Desenvolvimento) na área de tecnologia,<br />
na coordenação de um campus de manufatura de alta<br />
complexidade e atualmente trabalha como especialista<br />
de segurança em uma empresa referência no mercado<br />
do agronegócio, com atuação em todo o território nacional.<br />
Para ele, a segurança corporativa em grandes organizações<br />
é uma área estratégica de negócios e tem a<br />
responsabilidade de garantir a integridade das pessoas,<br />
instalações e segurança dos seus processos. Neste con-<br />
That’s why Corporate Security Specialist Vinícius<br />
states that access to real-time data and precise control<br />
of this<br />
Para<br />
information<br />
ter acesso<br />
is not<br />
a esse<br />
only<br />
conteúdo,<br />
a matter of<br />
assine<br />
logistics<br />
a<br />
optimization.<br />
“With a focus on security, I recommend further<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
analysis www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
by companies using such services, so that decisions<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
are not taken just based on values, but rather on<br />
the use of market-leading companies and cutting-edge<br />
technologies, when 0800 it comes 600 to 2038 process security and integrity.<br />
And even consider redundant resource opportunities<br />
whenever possible, constantly monitoring effectiveness<br />
and carrying out specific audits”, he adds.<br />
The Specialist argues that a badly planned and poorly<br />
contracted system can lead to serious risks to Corporate<br />
Security. “In case of any complaint, it will be difficult<br />
to use such information to carry out an accurate analysis<br />
of every event.”<br />
The system needs to bring together a high degree of<br />
reliability in terms of software development and operating<br />
integrity, with the least possible number of interruptions<br />
and failures, allowing for the compartmentalization<br />
of the information being generated, so that the<br />
areas that use such data have access only to what is<br />
pertinent to them.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
47
PRINCIPAL<br />
texto, ele costuma realizar treinamentos e conscientizações<br />
para o público interno, fazer análises de risco,<br />
auditorias, apurações de eventuais desvios e prover<br />
informações estratégicas para as tomadas de decisão.<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
Por isso revista Vinícius <strong>Referência</strong> garante que <strong>Florestal</strong> o acesso a dados em<br />
tempo real e o controle preciso dessas informações não<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
é somente uma questão de otimização logística. “Com<br />
foco assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
em segurança, recomendo profunda análise por<br />
parte das empresas contratantes de tais serviços, e que<br />
0800 600 2038<br />
não tomem decisões com base somente em valores,<br />
mas sim optem pela utilização de empresas líderes de<br />
mercado e tecnologias de ponta quando o assunto é segurança<br />
e integridade de seus processos. E que ainda<br />
considerem oportunidades de recursos redundantes<br />
sempre que possível, monitoramento de eficácia constante<br />
e auditorias pontuais”, avalia.<br />
O especialista afirma que um sistema mal planejado<br />
e mal contratado pode trazer sérios riscos à segurança<br />
da empresa. “Em caso de sinistros terá dificuldade em<br />
utilizar tais informações para montar a análise precisa<br />
de cada evento.”<br />
O sistema precisa reunir elevado grau de confiabilidade<br />
em termos de desenvolvimento de software,<br />
integridade de funcionamento, com o mínimo possível<br />
de interrupções e falhas, e que permita ainda compartimentação<br />
das informações geradas, fazendo com que<br />
as áreas que utilizam tais dados tenham acesso somente<br />
ao que lhes é devido.<br />
“Para isso, é fundamental que todas as partes interessadas<br />
como segurança, logística, tecnologia da informação,<br />
jurídico, dentre outras, definam o escopo e<br />
desenhem a estrutura de funcionamento sob a ótica do<br />
que lhes é relevante”, orienta Vinícius.<br />
“For this, it is essential that all stakeholders involved<br />
in security, logistics, information technology, legal matters,<br />
amongst others, define the scope and design of the<br />
operating structure under the optics of their relevancy”,<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
advises the Corporate revista <strong>Referência</strong> Security Specialist. <strong>Florestal</strong><br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
APPLIED LOGISTICS<br />
“When assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
it comes to logistics, I understand that transportation<br />
costs are amongst the largest in determining<br />
0800 600 2038<br />
the timber cost, consequently, also in the cost of dependent<br />
products, such as pulp, sawn wood, charcoal, etc.<br />
Therefore, I think it is a decisive factor, for a company, to<br />
have an effective logistics control of its fleet”, evaluates<br />
Savcor Director of Operations Franc.<br />
He reminds us that it is essential to also have a planning<br />
and control system for the timber being transported<br />
in function of its origin, genetic material, associated<br />
forest management for such timber, climate data, research,<br />
planning and harvesting activities. “In the end,<br />
there are many demands for use, such that the whole<br />
process must be properly planned, controlled and managed<br />
to minimize the cost of the forest product productive<br />
chain, to ensure timber delivery at the right time,<br />
and taking control of the various processes involved,<br />
allowing the manager to identify points of inefficiencies<br />
LOGÍSTICA APLICADA<br />
“Quando se trata de logística, entendo que os custos<br />
com o transporte figuram entre aqueles com grande<br />
representatividade do valor da madeira, por consequência,<br />
também dos produtos dependentes dela como<br />
celulose, serrarias, carvão vegetal, etc. Logo, penso ser<br />
fator decisivo para uma empresa dispor de uma logística<br />
eficaz da sua frota”, avalia Franc Roxo, diretor de operações<br />
da Savcor, empresa de tecnologias da Finlândia.<br />
Ele lembra que é essencial também ter um planejamento<br />
e controle da madeira transportada em função<br />
da sua origem, material genético, manejo florestal<br />
associado àquela madeira, dados climáticos, pesquisa,<br />
planejamento e atividades de colheita. “Enfim, são inúmeras<br />
as demandas para que todo o processo possa ser<br />
corretamente planejado, controlado e gerenciado para<br />
minimizar o custo da cadeia produtiva da madeira, ga-<br />
“Tão importante quanto ter um<br />
controle de frotas e logística eficaz, é o<br />
fato de dispor-se da madeira cada vez<br />
mais competitiva sendo transportada”<br />
Franc Roxo, diretor de<br />
operações da Savcor<br />
48<br />
www.referenciaflorestal.com.br
antir a entrega da madeira e momentos certos, e tendo<br />
o controle dos vários processos envolvidos, permitindo<br />
identificar pontos de ineficiência e a tomada de ações<br />
corretivas Para pelo ter acesso gestor”, a afirma esse conteúdo, Franc. assine a<br />
Ele analisa revista ainda, <strong>Referência</strong> que a interface <strong>Florestal</strong> com ERPs é quesito<br />
chave, www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
pois todo o processo deve estar em consonância<br />
com às exigências de transparência do negócio como<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
um todo, governanças de empresas de capital aberto,<br />
auditores, acionistas 0800 e demais 600 2038 possíveis stakeholders<br />
(pessoa ou grupo investidor ou com interesse em uma<br />
empresa). “Em resumo, tão importante quanto ter um<br />
controle de frotas e logística eficaz, é o fato de dispor-se<br />
da madeira cada vez mais competitiva sendo transportada.”<br />
O carro-chefe da Savcor para o mercado florestal<br />
é o Sistema Zenite. A tecnologia cobre vários processos<br />
da cadeia desde a compra da terra, passando pelo<br />
manejo florestal. Atua em conjunto com sistemas de<br />
monitoramento de frotas e otimização logística, até a<br />
entrega da madeira no seu destino final.<br />
and taking corrective actions”, says Savcor Director of<br />
Operations Franc.<br />
He states that the interface with ERP’s is a key item,<br />
because Para the ter acesso whole process a esse conteúdo, should be assine line with a the<br />
transparency revista requirements <strong>Referência</strong> of the <strong>Florestal</strong> business as a whole,<br />
and<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
publicly traded company governances, as to auditors,<br />
shareholders and other potential stakeholders (individuals<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
investors groups with an interest in the<br />
company). “In short, 0800 as important 600 2038as<br />
having a fleet control<br />
and effective logistics is, having increasingly competitive<br />
timber being transported is just as important.”<br />
The Savcor flagship product for the forest market is<br />
the Zenite System. The technology covers all processes in<br />
the chain and can act in conjunction with fleet tracking<br />
and logistics optimization systems, from the purchase of<br />
the land, to forest management and delivery of the timber<br />
to its final destination.<br />
Pausa para o café<br />
Muitos acidentes nas estradas são causados pelo cansaço do<br />
motorista. Por isso a Panorama desenvolveu a integração de<br />
um sensor que evita que o condutor durma ao volante. De 100<br />
acidentes de trânsito, 18 são causados por fadiga do motorista,<br />
segundo o Abramet (Departamento de Medicina Ocupacional da<br />
Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), nestes momentos<br />
uma breve pausa sai mais em conta do que as consequências<br />
decorrentes do acidente. O Pantrack Assist possui alertas por<br />
níveis de velocidade, alerta de não identificação do condutor,<br />
customização dos alertas sonoros e é totalmente integrado ao<br />
Sistema Pantrack de Rastreamento.<br />
Foto: Panorama Rastreamento<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
49
LEGISLAÇÃO<br />
PORTARIA GERA<br />
INSEGURANÇA<br />
JURÍDICA NO<br />
SETOR<br />
FLORESTAL<br />
Fotos: arquivo<br />
50<br />
www.referenciaflorestal.com.br
APÓS INSTRUÇÃO NORMATIVA, ENTRAVES<br />
ESTÃO SENDO RESOLVIDOS, MAS AINDA NÃO<br />
ENCERRARAM OS PROBLEMAS<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
51
LEGISLAÇÃO<br />
setor de base florestal apoiado no manejo<br />
sustentável de espécies nativas está passando<br />
por uma dificuldade para continuar desenvolvendo<br />
OPara sua atividade ter acesso econômica. a esse conteúdo, Tudo por conta assine da a publicação<br />
da Portaria<br />
revista<br />
443,<br />
<strong>Referência</strong><br />
de 17 de dezembro<br />
<strong>Florestal</strong><br />
de 2014, do<br />
MMA www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
(Ministério do Meio Ambiente), que prevê a proibição<br />
de corte, transporte e comercialização de diversas<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
espécies da flora brasileira por serem consideradas ameaçadas<br />
de extinção. Para 0800 especialistas 600 2038 a norma se sobrepõe<br />
a lei já existente e ainda causa confusão quanto a<br />
nomenclaturas científicas. Do total das espécies elencadas<br />
na portaria, 13 delas são alvo da colheita manejada<br />
dos produtores florestais de Mato Grosso e que, agora,<br />
estão com a safra comprometida por correrem o risco de<br />
terem sua madeira apreendida e, ainda, os empresários<br />
considerados criminosos.<br />
Atualmente, após quase dois meses de angústia e<br />
incerteza o segmento florestal pode comemorar – pelo<br />
menos um pouco. A ministra do Meio Ambiente, Izabella<br />
Teixeira, autorizou a publicação da IN (Instrução Normativa)<br />
1, de 12 de fevereiro de <strong>2015</strong>, que ajusta alguns<br />
itens da Portaria 443, que travava a extração e comercialização<br />
de algumas espécies de madeira utilizadas em<br />
Mato Grosso pelo setor de manejo florestal. Entretanto,<br />
esta instrução Para ter acesso normativa a esse não conteúdo, anula a portaria, assine apenas a<br />
regulamenta<br />
revista<br />
algumas<br />
<strong>Referência</strong><br />
normas, segundo<br />
<strong>Florestal</strong><br />
informações do<br />
Cipem www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />
de Madeira do Estado de Mato Grosso). Portanto, ela<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
continua valendo, causando entraves para o setor de<br />
base florestal. 0800 600 2038<br />
O presidente do Cipem, Geraldo Bento, disse que a<br />
IN é uma ótima notícia tendo em vista que o setor foi<br />
bem recebido pela ministra e que esta entendeu a importância<br />
do segmento para a economia brasileira e,<br />
sem a união de todos os envolvidos (empresários, presidentes<br />
de sindicatos e parlamentares) nada disso teria<br />
mudado e o setor amargaria sérios prejuízos. “O ajustamento<br />
da Portaria 443 é uma prova de que o setor, para<br />
se fortalecer, deve participar sempre ativamente, através<br />
do Cipem e do Fnbf (Fórum Nacional de Atividades<br />
de Base <strong>Florestal</strong>), bem como de entidades de renome<br />
como a Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de<br />
52<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Mato Grosso) e CNI (Confederação Nacional das Indústrias)<br />
para garantir que não seja - depois de tanto esforço<br />
para garantir seu espaço adequando-se à legislação<br />
vigente Para –, mais ter uma acesso vez, a marginalizado esse conteúdo, com assine legislações a<br />
que surjam sem<br />
revista<br />
que seja<br />
<strong>Referência</strong><br />
avaliada sua<br />
<strong>Florestal</strong><br />
verdadeira realidade”,<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
avaliou.<br />
A IN garante a aprovação de Pmfs’s (Planos de Manejo<br />
<strong>Florestal</strong> Sustentável) e seus respectivos POAs (Pla-<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
nos Operacionais Anuais), 0800 quando 600 2038 envolver a exploração<br />
de espécies constantes na Lista Nacional Oficial de Espécies<br />
da Flora Ameaçadas de Extinção. As que estão na lista,<br />
classificadas na categoria VU (Vulnerável), no bioma<br />
amazônico, deverão considerar os seguintes critérios:<br />
manutenção de, pelo menos, 15% do número de árvores<br />
por espécie, na área de efetiva exploração da UPA<br />
(Unidade de Produção Anual), que atendam aos critérios<br />
de seleção para corte indicados no Pmfs, respeitando a<br />
distribuição nas classes de DAP (Diâmetro à Altura do<br />
Peito), de acordo com o perfil da população existente<br />
na UPA e respeitado o limite mínimo de manutenção de<br />
quatro árvores por espécie por 100 ha (hectares), em<br />
cada UT (Unidade de Trabalho). A manutenção de todas<br />
as árvores das espécies cuja abundância de indivíduos<br />
com DAP superior ao DMC (Diâmetro Mínimo de Corte)<br />
seja igual Para ou ter inferior acesso a quatro a esse árvores conteúdo, por 100 assine ha de a área<br />
de efetiva exploração<br />
revista <strong>Referência</strong><br />
da UPA, em<br />
<strong>Florestal</strong><br />
cada UT. Contudo isso<br />
não www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
se aplica ao disposto no artigo para as espécies com<br />
restrição ou proibição em normas específicas, incluindo<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
atos internacionais.<br />
Em seu parágrafo 0800 segundo, 600 2038 a IN informa que “a<br />
adoção das medidas indicadas nos PAN (Planos de Ação<br />
Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas de<br />
“O ajustamento da Portaria<br />
443 é uma prova de que<br />
o setor, para se fortalecer,<br />
deve participar sempre<br />
ativamente”<br />
Presidente do Cipem, Geraldo Bento<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
53
LEGISLAÇÃO<br />
Extinção), quando existentes, será obrigatória”. E no terceiro<br />
que: “a aprovação de Pmfs e seus respectivos POAs<br />
devem considerar a existência de dados de pesquisa,<br />
inventário Para ter florestal acesso ou a monitoramento esse conteúdo, que assine subsidiem a a<br />
tomada de decisão, revista <strong>Referência</strong> bem como a <strong>Florestal</strong> avaliação de risco de<br />
extinção de espécies”. Prossegue ainda indicando, em<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
outro trecho, que “os demais procedimentos técnicos<br />
para elaboração, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
apresentação, execução e avaliação<br />
técnica dos Pmfs deverão 0800 atender 600 2038 a legislação em vigor”.<br />
A legislação informa ainda que as restrições relativas<br />
à coleta, corte e manejo estabelecidas pela Portaria 443<br />
não se aplicam aos POAs e às solicitações de supressão<br />
de vegetação para uso alternativo do solo acompanhados<br />
de inventário florestal, desde que o processo administrativo<br />
tenha sido autuado em data anterior à publicação<br />
da IN e que as respectivas autorizações sejam<br />
emitidas até 30 de dezembro de <strong>2015</strong>.<br />
A IN frisa ainda que as restrições relativas ao transporte,<br />
armazenamento, beneficiamento e a comercialização<br />
não se aplicam aos saldos dos produtos florestais<br />
oriundos de espécies ameaçadas constantes da lista<br />
existentes nos sistemas de controle de origem florestal<br />
até a data de publicação da Portaria 443.<br />
Salienta também que o transporte, por qualquer<br />
meio, e o armazenamento de madeira, lenha, carvão e<br />
outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de<br />
plantios de espécies ameaçadas constantes da listagem<br />
GRUPO DE TRABALHO<br />
OS PRODUTORES ATUAM PARA A ATIVAÇÃO DE UM GT (GRUPO DE<br />
TRABALHO), PARA QUE SE FAÇA UM ESTUDO REGIONAL TÉCNICO DA<br />
FLORA, PARA CONHECER, DE FATO, COMO SE COMPORTAM AS ESPÉCIES<br />
DENTRO DAS PARTICULARIDADES DE CADA REGIÃO. OS TRABALHOS DO GT<br />
ESTÃO SENDO COORDENADOS PELO SFB (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO),<br />
SOB O COMANDO DO DIRETOR-GERAL DA ENTIDADE, MARCUS VINICIUS<br />
ALVES, E COMPOSTO PELO IBAMA, MMA, ICMBIO (INSTITUTO CHICO<br />
MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE) E CNI (CONFEDERAÇÃO<br />
NACIONAL DA INDÚSTRIA).<br />
54<br />
www.referenciaflorestal.com.br
de espécies, para fins comerciais ou industriais, requerem<br />
licença do órgão ambiental competente.<br />
A ministra Izabela declarou que, em nenhum momento<br />
houve proibição por parte da portaria das espécies<br />
listadas. revista Na verdade, <strong>Referência</strong> segundo <strong>Florestal</strong> ela, aconteceu uma<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
interpretação errônea dos órgãos estaduais em proibir<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
o corte, transporte e comercialização. Sendo assim, irá<br />
publicar assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
em caráter de urgência uma regulamentação<br />
simplificada, para melhor entendimento da portaria.<br />
0800 600 2038<br />
Em relação às espécies classificadas como VU (Vulneráveis),<br />
Izabela esclareceu que não estão proibidas a<br />
sua colheita e, na nova publicação, serão estabelecidas<br />
todas as regras a esse respeito. Porém, sua exploração<br />
está livre para manejo, que, conforme a ministra nesse<br />
quesito, Mato Grosso está de parabéns pelo trabalho<br />
que vem desenvolvendo ao preservar mais de 3 milhões<br />
de ha de área, por meio da prática do manejo.<br />
SFB<br />
Entramos em contato com o SFB e enviamos uma série<br />
de perguntas sobre o tema. O diretor do órgão, Marcus<br />
Vinicius da Silva Alves enviou seu posicionamento<br />
em forma de nota que reproduzimos abaixo:<br />
“Seguem, abaixo, detalhes que tratam do tema objeto<br />
das Portarias MMA 43, de 31/01/2014; e MMA 443,<br />
de 17/12/2014; e da Instrução Normativa MMA 01, de<br />
12/02/<strong>2015</strong>:<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
O Programa revista Nacional <strong>Referência</strong> de Conservação <strong>Florestal</strong>das Espécies<br />
Ameaçadas de Extinção - Pró-Espécies, instituído pela<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Portaria MMA no 43, de 31 de janeiro de 2014, teve<br />
como assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
objetivo adotar ações de prevenção, conservação,<br />
manejo e gestão, de modo a minimizar as ameaças e o<br />
0800 600 2038<br />
risco de extinção de espécies. A partir do estabelecimento<br />
do Pró-Espécies, o MMA aprimorou o processo de<br />
avaliação do estado de conservação das espécies ameaçadas<br />
de extinção no Brasil.<br />
Em 17 de dezembro de 2014, o MMA editou a Portaria<br />
MMA no 443, que estabelece a “Lista Nacional Oficial<br />
de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção”. De acordo<br />
com esta portaria, as espécies ameaçadas constantes<br />
da lista passaram a ser protegidas de modo integral,<br />
incluindo, entre outras medidas, a proibição de coleta,<br />
corte, transporte, armazenamento, manejo, beneficiamento<br />
e comercialização. Tais restrições não se aplicam,<br />
contudo, a exemplares cultivados em plantios devidamente<br />
cadastrados no órgão ambiental competente.<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
55
LEGISLAÇÃO<br />
As restrições estabelecidas na Portaria MMA no<br />
443/2014 também não se aplicam em algumas situações:<br />
na coleta de alguns produtos florestais não madeireiros,<br />
Para no ter manejo acesso para a finalidades esse conteúdo, de pesquisa assine científica a<br />
ou de conservação revista das <strong>Referência</strong> espécies e <strong>Florestal</strong> no manejo sustentável<br />
de www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
espécies classificadas na categoria VU.<br />
Com o objetivo de regulamentar a Portaria no<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
443/2014, o MMA editou a Instrução Normativa MMA<br />
no 01, de 12 de fevereiro 0800 600 de <strong>2015</strong>, 2038que esclareceu aspectos<br />
importantes da referida Portaria.<br />
A presente normativa sobre manejo florestal sustentável<br />
já estabelece critérios mínimos para corte, ao qual<br />
destacamos o DMC, QF (Qualidade de Fuste), percentual<br />
de manutenção mínimo de indivíduos e abundância,<br />
com o objetivo de assegurar a sustentação do ecossistema<br />
ao longo do tempo.<br />
No caso do manejo das espécies ameaçadas de extinção<br />
classificadas como VU, a IN MMA no 01/<strong>2015</strong> ampliou<br />
o critério de percentual mínimo de manutenção<br />
dos indivíduos de uma espécie que cumpra com os critérios<br />
de corte para 15% e a necessidade de que a seleção<br />
dos indivíduos a serem mantidos sejam distribuídos nas<br />
diferentes classes de DAP, de acordo com o perfil da população<br />
amostrada na UPA.<br />
O critério de abundância, aplicado de forma conjunta<br />
Para ao critério ter acesso de porcentual a esse conteúdo, mínimo, foi assine ampliado a do<br />
mínimo de três revista para <strong>Referência</strong> quatro indivíduos <strong>Florestal</strong> que devem ser<br />
mantidos www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
para cada 100 ha em cada UT (Unidade de Trabalho),<br />
desde que cumpram os critérios de corte.<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Estes novos parâmetros se aplicam somente aos<br />
indivíduos que cumprem 0800 600 os critérios 2038 de corte. Deverão<br />
ser mantidos 100% dos indivíduos jovens ou abaixo do<br />
DMC, dos localizados em APP (Área de Preservação Permanente)<br />
ou áreas cuja topografia não viabiliza a exploração,<br />
dos indivíduos cuja QF não atende aos critérios<br />
de mercado e dos indivíduos que apresentam troncos<br />
com injúrias físicas ou de fitossanidade (oco, rachadura,<br />
dentre outros).<br />
Os critérios definidos acima não se aplicam a casos<br />
com normas específicas, incluindo atos internacionais.<br />
Também será obrigatória a adoção de critérios adicionais<br />
definidos por PAN, quando existentes. Os Pmfs e<br />
seus respectivos POAs também precisam levar em consideração<br />
as avaliações de risco de extinção de espécies e<br />
56<br />
www.referenciaflorestal.com.br
outros dados disponíveis sobre a ecologia e conservação<br />
das espécies vulneráveis. Os demais procedimentos técnicos<br />
para elaboração, apresentação, execução e avaliação<br />
técnica Para ter dos acesso Pmfs deverão a esse conteúdo, atender a assine legislação a em<br />
vigor. revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Os efeitos da Portaria MMA no 443/2014 não recaem<br />
de maneira alguma sobre as autorizações de POA de<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Pmfs e de supressão de vegetação para uso alternativo<br />
do solo emitidas anteriormente 0800 600 2038 à sua publicação. De<br />
forma similar, não afetam as solicitações já protocoladas<br />
até 13 de fevereiro de <strong>2015</strong> (data da publicação da<br />
IN MMA no 01/<strong>2015</strong>), desde que as autorizações sejam<br />
emitidas até 30 de dezembro de <strong>2015</strong>.<br />
Além disso, as restrições da Portaria MMA no<br />
443/2014 não se aplicam aos saldos de produtos florestais<br />
oriundos de espécies ameaçadas existentes nos<br />
sistemas de controle até 18 de dezembro de 2014 (data<br />
de publicação da referida Portaria).<br />
Este conjunto de normas fortalece a atividade florestal<br />
sustentável, preserva a segurança jurídica dos<br />
empreendimentos florestais e valoriza o manejo florestal,<br />
aumentando a sua credibilidade como estratégia de<br />
conservação das espécies da flora brasileira e de desenvolvimento<br />
econômico e social regional.”<br />
A Instrução Normativa 1, de<br />
12 de fevereiro de <strong>2015</strong>,<br />
ajusta alguns itens da Portaria<br />
443 que travava a extração e<br />
comercialização de espécies<br />
importantes para a viabilidade<br />
econômica do manejo<br />
florestal
ESPECIAL<br />
EMPRESAS FLORESTAIS RECORREM<br />
ÀS CONSULTORIAS PARA NÃO ERRAR,<br />
PRINCIPALMENTE EM ÉPOCA DE CRISE<br />
NO ALVO<br />
58<br />
www.referenciaflorestal.com.br
MADEIRA SERRADA DE TECA<br />
Foto: arquivo<br />
N<br />
ão há espaço para errar, principalmente em tempos<br />
de economia estagnada. Certas vezes basta um tiro<br />
errado para desestabilizar toda uma empresa. Assim<br />
como os grandes líderes normalmente ouvem os principais conselheiros<br />
Para antes ter acesso de tomar a esse decisões conteúdo, importantes, assine a muitos revista empresários<br />
recorrem às consultorias especializadas no setor florestal<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
para não www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
errar o alvo. Normalmente isso acontece antes de novos<br />
investimentos, mercados e produtos. Mas a área de atuação<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
dessas empresas focadas em desvendar o melhor cenário é bastante<br />
vasta. 0800 600 2038<br />
O diretor-presidente da Guavirá Industrial e Agrofloresta,<br />
João Carlos Baldasso, já procura auxílio de consultoria regularmente.<br />
A empresa, fundada em 1986, fica em São José do Rio<br />
Claro (MT). O grande foco está no plantio e industrialização de<br />
teca, além de outras espécies como o eucalipto, voltado exclusivamente<br />
para biomassa, e o mogno africano. O parque industrial<br />
de 170 mil m² (metros quadrados) pode movimentar 50 mil<br />
m³ (metros cúbicos) anuais de toras, com capacidade de transformação<br />
de 25 mil m³ em produtos serrados. A variedade de<br />
produtos é imensa: lambril, guarnição, decks, pisos, painéis, madeira<br />
serrada, aplainada, entre outros. Cerca de 80% desses produtos<br />
está voltado para exportação. Além do plantio, a Guavirá<br />
ainda executa o manejo florestal sustentável. No momento está<br />
aguardando o tempo de recuperação da floresta que se encerra<br />
dentro de dois anos.<br />
“Sempre é mais barato e mais seguro procurar profissionais<br />
que têm know-how do que fazer por conta própria”, avalia Baldasso.<br />
Para ele, realizar um trabalho sem ter certeza do caminho<br />
que está seguindo, fica muito caro e às vezes pode até custar a<br />
estabilidade da empresa, dependendo do investimento. A Guavirá<br />
utilizou Para ter serviços acesso de a forma esse conteúdo, pontual e, em assine algumas a revista oportunidades,<br />
de maneira mais constante. “Já procuramos profissionais<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
para prepararem www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
estudos específicos de mercado, avaliação de<br />
viabilidade de secagem da madeira e serviços de engenharia e<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
gerenciamento”, conta. “Para construir uma indústria de beneficiamento<br />
de espécies nativas 0800 600 moderna, 2038 contamos com o apoio<br />
da consultoria”, completa Baldasso.<br />
Ele reconhece que em algumas oportunidades a empolgação<br />
inicial com um novo negócio acaba sendo frustrada depois da<br />
avaliação da consultoria, mas reconhece que esse veredito o fez<br />
economizar muito dinheiro. “A Stcp Engenharia de Projetos mostrou<br />
que aquele não será um bom negócio, o que era verdade.<br />
Por isso é fundamental para as tomadas de decisões estratégicas<br />
de uma empresa”, aponta o diretor-presidente.<br />
O episódio relatado pelo empresário vem de encontro ao<br />
que diz Ederson de Almeida, diretor-executivo da Consufor. “A<br />
melhor maneira de ganhar dinheiro, é deixar de perder.” Isso<br />
significa que até mesmo quando a consultoria desenvolve um<br />
projeto mostrando a inviabilidade de determinado investimento<br />
pretendido, a empresa está ganhando. “Não é raro analisarmos<br />
negócios, inclusive em marcha, que não estão contribuindo para<br />
remunerar o capital adequadamente”, ressalta Ederson.<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
59
ESPECIAL<br />
PERGUNTE A<br />
QUEM SABE<br />
A variedade de novos negócios que estão surgindo e que até<br />
há alguns anos não fazia parte da rotina dos empresários florestais<br />
está entre os pontos que geram mais dúvidas. “Temos<br />
concentrado esforços no fortalecimento de negócios inovadores<br />
vinculados à bioenergia, desenvolvimento de sistema de gestão<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />
de informações e geotecnologias.<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
Recentemente Stcp apoiou<br />
no licenciamento de duas termoelétricas baseadas em biomassa<br />
que serão www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
abastecidas com plantios de eucalipto”, afirma Rômulo<br />
Sousa Lisboa, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
diretor de Desenvolvimento e Qualidade da Stcp<br />
Engenharia de Projetos.<br />
0800 600 2038<br />
Ele observa que os empresários procuram as consultorias<br />
por diversos motivos, mas os que têm despertado maior interesse<br />
são os estudos de mercado, novas oportunidades de negócio<br />
e investimentos, além de viabilidade econômico-financeira e estruturação<br />
para obtenção de financiamentos junto a entidades<br />
financiadoras. “Existe ainda uma forte demanda na avaliação de<br />
ativos, estudos de logística, seleção de sites para negócios florestais-industriais,<br />
elaboração de EIA/Rima (Estudo de Impacto<br />
Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental), gerenciamento florestal<br />
e ambiental, inventário de recursos e apoio jurídico”, detalha.<br />
Já no setor público são importantes os estudos estratégicos<br />
e planos de desenvolvimento setorial, além de formulação de<br />
políticas de desenvolvimento nacional e regional.<br />
Existem casos em que o empresário não tem claro o problema<br />
a ser resolvido. “Alguns não conseguem expor com clareza a<br />
necessidade”, afirma Rômulo. Na fase inicial da preparação da<br />
proposta, busca-se não somente identificar o que o cliente quer,<br />
mas especialmente o que ele precisa para resolver. “É importante<br />
o envolvimento do cliente desde a fase inicial do ciclo do projeto<br />
até a conclusão.”<br />
60<br />
www.referenciaflorestal.com.br
“SEMPRE É MAIS BARATO E MAIS SEGURO PROCURAR<br />
PROFISSIONAIS QUE TÊM KNOW-HOW DO QUE FAZER<br />
POR CONTA PRÓPRIA”<br />
Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
DIRETOR-PRESIDENTE DA GUAVIRÁ<br />
- JOÃO CARLOS BALDASSO,<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
61
ESPECIAL<br />
RESOLVENDO<br />
PROBLEMAS<br />
O trabalho da consultoria em muitos casos é usado para<br />
solucionar problemas. Em certas ocasiões o empresário observa<br />
que está obtendo prejuízo, mas não identifica a causa e o<br />
número de hipóteses é infinito. “Muitas vezes os clientes nos<br />
pedem auditoria em processo operacional”, aponta o diretor da<br />
Consufor. O executivo relata o caso da empresa que estava apresentando<br />
prejuízo há um ano na operação de industrialização<br />
da madeira. “Depois de um profundo diagnóstico na operação<br />
e nas finanças, mostramos que o empresário começava a perder<br />
dinheiro a partir de uma determinada etapa do processo<br />
de beneficiamento.” Foi constatado, por meios de cálculos<br />
técnicos e econômicos, que a empresa ganharia muito<br />
mais se passasse a produzir apenas o serrado seco<br />
aplainado. “Passados quatro meses, a empresa<br />
já tinha retornado à solvência e recuperado<br />
a capacidade de investimento.”<br />
“A MELHOR MANEIRA DE GANHAR DINHEIRO, É<br />
DEIXAR DE PERDER”<br />
DIRETOR-EXECUTIVO DA CONSUFOR<br />
- EDERSON DE ALMEIDA,<br />
62<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Não é segredo para ninguém que a economia brasileira está<br />
mal das pernas e com isso, entre todas as consequências que<br />
um país em recessão enfrenta, está a falta de confiança dos investidores.<br />
Ederson elenca os principais complicadores do momento:<br />
necessidade da aprovação do Congresso Nacional do<br />
pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo, instabilidade política,<br />
crise hídrica e energética, entre outros aspectos. “Mesmo<br />
com aprovação do ajuste fiscal, levaremos pelo menos dois anos<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />
para colocarmos a casa em ordem”, avalia. O que, segundo ele,<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
nesse período refletirá em depreciação do real frente ao dólar,<br />
que possivelmente www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
atingirá a casa dos R$ 4,00 para depois voltar<br />
a patamares assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
menores, aumento da inflação que ultrapassará o<br />
teto da meta em <strong>2015</strong> e possivelmente em 2016, e o PIB (Produto<br />
Interno Bruto) negativo<br />
0800<br />
ou<br />
600<br />
próximo<br />
2038<br />
de zero.<br />
“Em termos de produção, o setor florestal será afetado por<br />
essa conjuntura, principalmente pelo enfraquecimento do mercado<br />
interno.” Por outro lado, haverá alguma compensação com<br />
o aumento das exportações proporcionado por um real mais fraco<br />
e avanço do mercado americano (principal mercado mundial).<br />
Apesar do cenário nacional, existem oportunidades em áreas específicas<br />
ainda não consolidadas como a produção de energia<br />
com base em biomassa florestal. “Mas também em setores já<br />
consolidados da indústria florestal, como indústria de madeira<br />
sólida, celulose e painéis que podem, via exportações, aumentar<br />
o market share no mercado internacional”, projeta Ederson.<br />
Ainda de acordo com o diretor da Consufor, o momento é<br />
de investir pontualmente. “Tempo de crise também é tempo<br />
de investimento em melhoria da produtividade, estudar novas<br />
oportunidades de investimentos, repensar o modelo de negócio,<br />
tudo com o objetivo de maximizar o retorno do capital investido.”<br />
Apesar de vários pontos desfavoráveis no cenário econômico<br />
atual, existem oportunidades que podem ser buscadas. “Um<br />
dos principais exemplos com a alta do dólar e a recuperação da<br />
economia norte-americana, é aproveitar para focar-se no mercado<br />
externo. Com a moeda estrangeira valorizada há ganhos, mas<br />
não pode ser esquecido que pode haver um aumento no nível<br />
de endividamento de empresas, e devem ser tomadas ações de<br />
forma a mitigar riscos”, orienta Rômulo, da Stcp.<br />
Ele argumenta que há uma ampla gama de produtos de base<br />
florestal (celulose, papel, produtos de madeira sólida e de maior<br />
valor agregado) para os quais podem ser buscados mercados no<br />
exterior. “Cabe ressaltar o recente acordo bilateral assinado entre<br />
Brasil e EUA (Estados Unidos da América), em março deste<br />
ano, o qual visa facilitar os negócios e a convergência regulatória<br />
para a ampliação do comércio entre os dois países”, lembra o<br />
diretor de Desenvolvimento e Qualidade da Stcp. Isto também<br />
abre oportunidades para trazer inovações tecnológicas à indústria<br />
e aumentar a produtividade. Diferentemente dos tempos de<br />
estabilidade, em que a empresa pode se acomodar, tempos difíceis<br />
impõem desafios às empresas.<br />
Foto: arquivo<br />
CRISE E<br />
OPORTUNIDADE<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
63
ESPECIAL<br />
Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
“OS PLANTIOS FLORESTAIS DEVERÃO<br />
SER EXPANDIDOS PRINCIPALMENTE EM<br />
NOVAS FRONTEIRAS: MATO GROSSO,<br />
TOCANTIS, MARANHÃO E PIAUÍ”<br />
- RÔMULO SOUSA LISBOA,<br />
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DA<br />
STCP ENGENHARIA DE PROJETOS<br />
64<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Para os próximos anos uma clara tendência é o crescimento<br />
da importância do segmento de florestas plantadas, principalmente<br />
de pinus e eucalipto. Segundo dados da Stcp, as florestas<br />
plantadas são hoje responsáveis por mais de 90% do suprimento<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />
nacional de madeira industrial, e a tendência é que nos próximos<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
10 a 20 anos possa chegar a 95%. As florestas nativas deverão no<br />
médio e www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
longo prazo ser responsáveis pelo suprimento de especialidades,<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
no entanto, a grande parte da madeira deverá vir de<br />
florestas plantadas. O maior crescimento na demanda de madeira<br />
de plantações deverá<br />
0800<br />
ser para<br />
600 2038<br />
celulose, painéis de madeira<br />
reconstituída e para energia. “Os plantios deverão ser expandidos<br />
principalmente em novas fronteiras: Mato Grosso, Tocantis,<br />
Maranhão e Piauí”, afirma Rômulo.<br />
De acordo com as perspectivas de Ederson, o setor de florestas<br />
plantadas no Brasil deve continuar apresentando crescimento<br />
nos próximos anos. O Brasil sofre com uma crise econômica<br />
conjuntural, mas como floresta é um investimento de longo prazo,<br />
não deve ser impactado de forma proporcional. Além disso,<br />
o capital internacional continua disponível para aumentar seu<br />
market share no mercado brasileiro via projetos de greenfield<br />
(novos projetos) e brownfield (recursos destinados a uma companhia<br />
com estrutura pronta). “Fundos nacionais também estão<br />
capitalizados em busca de oportunidades no setor. A demanda<br />
por madeira oriunda de plantios florestais na Brasil esta consolidada<br />
e com projetos de expansão em praticamente todos os<br />
segmentos, incluindo celulose, energia e produtos de madeira.”<br />
PERSPECTIVAS<br />
8
SILVICULTURA<br />
SOLO<br />
É TEMA DE<br />
CAMPANHA<br />
MUNDIAL<br />
ANO DE <strong>2015</strong> FOI ESCOLHIDO PARA<br />
DESTACAR A IMPORTÂNCIA DE UM DOS<br />
PRINCIPAIS RECURSOS NATURAIS DO<br />
PLANETA E DIVULGAR PRÁTICAS DE<br />
CONSERVAÇÃO E PRODUTIVIDADE<br />
Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
U<br />
m elemento essencial para o bom desenvolvimento<br />
de qualquer cultura, seja ela agrícola ou<br />
Para ter<br />
florestal,<br />
acesso<br />
é<br />
a<br />
o<br />
esse<br />
solo.<br />
conteúdo,<br />
No segmento<br />
assine<br />
de<br />
a<br />
silvicultura<br />
revista<br />
existe grande preocupação <strong>Referência</strong> com <strong>Florestal</strong> a qualidade, produtividade<br />
e saúde do local onde é implementada a floresta. Porém,<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
esse debate dificilmente sai do campo acadêmico e profissional<br />
da assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
área. Esse foi um dos motivos que incentivaram<br />
a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura<br />
0800 600 2038<br />
e Alimentação) a nomear o ano de <strong>2015</strong> como o AIS (Ano<br />
Internacional do Solo). A intenção é demonstrar a importância<br />
do cuidado com o recurso natural e ampliar o conhecimento<br />
sobre o uso e conservação adequados.<br />
Para<br />
“Estamos<br />
ter acesso<br />
perdendo<br />
a esse<br />
os solos<br />
conteúdo,<br />
e precisamos<br />
assine<br />
colocar<br />
a revista<br />
mais<br />
atenção na preservação <strong>Referência</strong> dessa base <strong>Florestal</strong> produtiva. A ideia é que<br />
os produtores tomem consciência do que está ocorrendo<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
com os solos e como podemos ter boas práticas de preservação”,<br />
afirma assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.<br />
0800 600 2038<br />
Segundo Bojanic, a FAO pretende usar o ano para melhorar<br />
a relação dos produtores com os solos, fazendo com<br />
66<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
"É fundamental que nós não façamos com os solos o que, de certa<br />
forma, nós fazemos com a saúde, investindo mais na cura do<br />
que na prevenção. Com o solo devemos trabalhar muito mais na<br />
prevenção, lidando com os riscos de forma planejada."<br />
Maurício Antônio Lopes, presidente da Embrapa<br />
que os agricultores produzam mais, preservando o recurso<br />
natural. “No ano da Agricultura Familiar (2014) demos<br />
maior<br />
Para<br />
importância<br />
ter acesso a<br />
para<br />
esse<br />
a<br />
conteúdo,<br />
dimensão social,<br />
assine<br />
agora<br />
a revista<br />
estamos<br />
dando enfoque na <strong>Referência</strong> dimensão ambiental, <strong>Florestal</strong> do recurso e da relação<br />
entre meios de produção e pessoas”, explica.<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Para o coordenador da Assessoria Internacional do Ministério<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
do Desenvolvimento Agrário, Caio França, a agricultura<br />
familiar é protagonista na preservação e recuperação<br />
0800 600 2038<br />
do solo. “Necessariamente, os produtores não podem deixar<br />
o solo se degradar. Há uma preocupação fundamental<br />
de todos os envolvidos na agricultura familiar em preservar<br />
esse recurso natural. O AIS <strong>2015</strong> vai orientar tanto os<br />
agricultores<br />
Para ter acesso<br />
como<br />
a<br />
os<br />
esse<br />
órgãos<br />
conteúdo,<br />
de governo<br />
assine<br />
na preservação<br />
a revista<br />
do<br />
solo”, salienta o <strong>Referência</strong> coordenador. <strong>Florestal</strong><br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
DEGRADAÇÃO<br />
De assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
acordo com os dados da FAO, 33% das terras do planeta<br />
estão degradadas, seja por razões físicas, químicas ou<br />
0800 600 2038<br />
biológicas, o que é evidenciado em uma redução da cobertura<br />
vegetal, na diminuição da fertilidade, na contaminação<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
67
SILVICULTURA<br />
OBJETIVOS<br />
DO AIS <strong>2015</strong><br />
●●<br />
Obter consciência plena da sociedade<br />
civil e os responsáveis pela tomada de<br />
decisões sobre a profunda importância<br />
do solo para a vida humana;<br />
●●<br />
Educar o público sobre o solo que<br />
desempenha papel crucial na segurança<br />
alimentar, adaptação e mitigação<br />
das mudanças climáticas, os serviços<br />
essenciais dos ecossistemas, redução da<br />
pobreza e desenvolvimento sustentável;<br />
●●<br />
Apoio às políticas e ações para a gestão<br />
e proteção dos recursos minerais<br />
sustentáveis e eficazes;<br />
●●<br />
Promover investimentos na gestão<br />
sustentável da terra para desenvolver e<br />
manter solos saudáveis para diferentes<br />
usuários da terra e grupos populacionais;<br />
●●<br />
Fortalecer iniciativas em relação<br />
ao processo de objetivos de<br />
desenvolvimento sustentável e agenda<br />
pós-<strong>2015</strong>;<br />
●●<br />
Promover a melhoria rápida da<br />
capacidade de recolha de informações<br />
no terreno e acompanhamento a todos<br />
os níveis (global, regional e nacional).<br />
Foto: Valterci Santos<br />
68<br />
www.referenciaflorestal.com.br
do solo e da água e, devido a isso, no empobrecimento das<br />
colheitas. A degradação dos solos tem um impacto negativo<br />
em muitas de suas funções como na produção de alimentos<br />
Para e na prestação ter acesso de a serviços esse conteúdo, ecossistêmicos assine e a suas revista principais<br />
causas incluem <strong>Referência</strong> a erosão hídrica, <strong>Florestal</strong> a aplicação intensa de<br />
agrotóxicos<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
e o desmatamento. A degradação também está<br />
associada com a pobreza: 40% das terras mais degradadas<br />
do mundo assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
estão em zonas com altos índices de pobreza.<br />
Os agricultores pobres 0800 têm menos 600 2038 acesso à terra e à água,<br />
trabalham em solos pobres e com uma alta vulnerabilidade<br />
à degradação.<br />
No Brasil, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento) é o órgão responsável por difundir o AIS<br />
<strong>2015</strong>. A pasta criou um comitê, unindo governo federal e<br />
sociedade civil para promoverem o assunto. Uma série de<br />
o uso intensivo e sustentável em busca da segurança alimentar,<br />
da conservação do meio ambiente e da fixação do<br />
produtor rural no campo”, considera. Ele destacou que o<br />
país Para utiliza ter apenas acesso 27,7% a esse do conteúdo, território nacional assine a com revista produção<br />
de alimentos, <strong>Referência</strong> silvicultura e <strong>Florestal</strong> biocombustíveis.<br />
Entretanto,<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
alertou João Martins, o melhor uso do solo<br />
ainda é um desafio e é preciso mobilizar a sociedade para<br />
esta questão. assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Uma das alternativas, segundo ele, é intensificar<br />
a produtividade 0800 para evitar 600 2038 a abertura de novas áreas<br />
e o uso desordenado da terra, impedindo, assim, “sua desestruturação<br />
física e a perda de fertilidade”.<br />
O presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />
Agropecuária), Maurício Antônio Lopes, lembrou que<br />
é muito mais interessante trabalhar para o cuidado do recursos<br />
natural do que no reparo de áreas degradadas. “É<br />
BASE FORTE E OLHAR<br />
SEMPRE PARA O TOPO.<br />
Essa é a alma da PENZSAUR.<br />
Gruas • Autocarregáveis • Guinchos Florestais • Cabo Aéreo • Soluções para Limpeza de Áreas<br />
Av. Presidente Kennedy, 4025 - Bairro Arco Íris • Panambi • RS<br />
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www.saur.com.br/pt/florestal<br />
eventos foi planejada para o decorrer do ano.<br />
O presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura),<br />
João Martins da Silva Junior, acredita que o assunto<br />
é essencial e precisava ser debatido com mais frequência.<br />
“O solo é o grande patrimônio do produtor rural, e ele<br />
tem consciência disso. Precisamos buscar o equilíbrio entre<br />
fundamental que nós não façamos com os solos o que, de<br />
certa forma, nós fazemos com a saúde, investindo mais na<br />
cura do que na prevenção. Com o solo devemos trabalhar<br />
muito mais na prevenção, lidando com os riscos de forma<br />
planejada”, compara.<br />
“O país utiliza apenas 27,7% do território nacional com produção<br />
de alimentos, silvicultura e biocombustíveis”<br />
João Martins da Silva Junior, presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura)<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
69
ESPÉCIE<br />
Foto: Luiz Costa<br />
70<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Fotos: Roberval Lima<br />
COM MERCADO PARA PRODUTOS FEITOS A PARTIR DA<br />
MADEIRA E TAMBÉM OS NÃO MADEIREIROS, CASTANHEIRA-<br />
DO-BRASIL MOSTRA POTENCIAL ECONÔMICO PARA<br />
EXPANDIR PLANTIOS COMERCIAIS NA REGIÃO AMAZÔNICA<br />
C<br />
ada vez mais os empresários florestais e comunidades<br />
que vivem da floresta estão apostando<br />
no plantio comercial. Apesar do domínio<br />
de algumas espécies já muito bem estabelecidas, com<br />
predominância esmagadora das exóticas, algumas nativas,<br />
que antes eram aproveitadas somente por meio de<br />
manejo florestal, mostram enorme potencial. No interior<br />
do Amazônas a castanheira-do-brasil (Bertholletia<br />
excelsa Bonpl.) está dando retorno com a exploração<br />
sustentável da madeira e também do fruto, produto<br />
que já tem mercado garantido.<br />
GENUINAMENTE BRASILEIRA<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
71
ESPÉCIE<br />
De acordo com Roberval Monteiro Bezerra de Lima,<br />
pesquisador do grupo de Produção Vegetal e Meio ambiente<br />
da Embrapa Amazônia Ocidental, na região de<br />
Itacoatiara Para ter acesso (AM) encontra-se a esse conteúdo, o maior assine plantio a comercial revista<br />
da espécie realizado<br />
<strong>Referência</strong><br />
pela Agropecuária<br />
<strong>Florestal</strong><br />
Aruanã. Ao todo<br />
são www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
mais de 1.250 milhões de árvores plantadas. A empresa<br />
utilizou clones desenvolvidos pela Embrapa.<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Para os indivíduos destinados somente para o aproveitamento<br />
do fruto, 0800 foi usada 600 2038 a técnica de enxertia da<br />
copa, que reduz o porte das castanheiras e antecipa o<br />
período de frutificação.<br />
Com características mecânicas de valores médios e<br />
de boa aparência (madeira clara), a espécie é indicada<br />
para construção civil interna leve (forros, vigas e tábuas<br />
para assoalho); para painéis e carpintaria. Pode ser usada<br />
em juntas coladas e na fabricação de embalagens.<br />
Atualmente estão sendo realizados os primeiros<br />
desbastes com valor comercial. “Espécies com características<br />
similares apresentam preço do metro cúbico entre<br />
R$ 400 e R$ 600”, compara Roberval. A outra forma<br />
de renda são os frutos. O preço médio da amêndoa com<br />
casca pago ao produtor foi de R$ 2,05/kg (quilogramas).<br />
O pesquisador lembra que os exemplares nativos<br />
de Bertholletia excelsa estão na lista oficial das espécies<br />
da flora brasileira ameaçadas de extinção. Portanto, somente<br />
pode ser comercializada a madeira proveniente<br />
de plantios. Fator que potencializa os ganhos e justifica<br />
o investimento nesse momento. Quando o mercado estiver<br />
mais consolidado, quem saiu na frente terá matéria-prima<br />
disponível para entrega imediata. Mas se de<br />
um lado a comercialização da madeira da castanheira<br />
ainda está ganhando corpo, do outro o comércio das<br />
amêndoas já possui mercado nacional e internacional<br />
muito bem estabelecido.<br />
PLANTIO<br />
Antes de implementar a floresta é preciso que o<br />
produtor escolha qual produto deseja explorar porque<br />
isso interfere diretamente no sistema de plantio a ser<br />
adotado. Para quem deseja aproveitar um pouco das<br />
duas opções, existe sim a possibilidade de fazer um mix<br />
aproveitando madeira e posteriormente as amêndoas.<br />
“Para a produção de frutos a escolha é a enxertia de<br />
copa, assim o fuste perde o valor para produção de madeira.<br />
No sistema para produção de madeira, prevê-se<br />
três desbastes (aos 7 , 12, 17 anos) e o corte final aos 25<br />
anos”, aponta Roberval. Contudo após os desbastes, o<br />
produtor poderá optar entre o corte raso para venda da<br />
madeira Para ter ou acesso a manutenção a esse conteúdo, das árvores assine para a produção revista<br />
de frutos.<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
A implantação de um hectare de castanha para<br />
produção de madeira em espaçamento inicial de 3x4<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
m (830 árvores) é estimado em R$ 4.500,00. Para produção<br />
de frutos em 0800 espaçamento 600 2038 10x10m (100 árvores<br />
com enxertia de copa), estima-se em R$ 2000,00. As<br />
mudas da castanheira-do-brasil podem ser adquiridas<br />
por R$ 5,00 cada. A Agropecuária Aruanã, que investe<br />
em plantios também comercializa mudas.<br />
SILVICULTURA<br />
O trato com as sementes inicia com a escolha das<br />
árvores matrizes, de onde serão coletadas. Estas árvores<br />
devem ser saudáveis, com boa formação da copa e<br />
fuste, e crescimento médio em altura acima de um metro<br />
ao ano. “Após a coleta, as sementes podem ser colocadas<br />
em areia úmida para conservar a sua viabilidade<br />
germinativa”, aconselha o pesquisador da Embrapa<br />
Amazônia Ocidental. Antes de serem postas para germinar,<br />
é retirado o tegumento (casca) para se quebrar a<br />
dormência. O substrato das caixas de germinação pode<br />
ser areia 100%, serragem curtida 100% ou uma mistura<br />
de areia e serragem na proporção 1:1.<br />
Depois de iniciado esse processo, a germinação leva<br />
um mês. Quando as plântulas estiverem no ponto de<br />
palito, aproximadamente 5 cm (centímetros) de altura,<br />
estarão aptas para fazer o processo de repicagem para<br />
o viveiro definitivo. As mudas estarão prontas para o<br />
plantio entre cinco a seis meses.<br />
As mudas são produzidas sob sombreamento com<br />
50% de luz. As plântulas são repicadas para sacos de<br />
polietileno ou tubetes de tamanho grande. O substrato<br />
pode ser terriço da mata ou uma mistura de terriço e<br />
areia. Se houver necessidade, a muda pode permanecer<br />
no viveiro por até 18 meses, com a realização da poda<br />
da parte aérea e raiz.<br />
“A seleção de clones obtidos pela técnica da enxertia<br />
da copa para produção de frutos, ainda se encontra<br />
na fase de avaliação, e ainda não estão disponíveis<br />
comercialmente”, adianta Roberval. Mas a técnica de<br />
enxertia de copa já é utilizada para produção de frutos.<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
73
ESPÉCIE<br />
Plantios com o objetivo de produzir madeira são realizados<br />
a partir de mudas no sistema de pé franco (método<br />
de Para produção ter acesso de mudas a esse que conteúdo, consiste assine no enraizamento a revista<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
direto da estaca produtora, sem uso de porta-enxerto).<br />
A semeadura www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
direta no campo não é recomendável, em<br />
função da difícil germinação das sementes e o ataque<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
por roedores.<br />
O espaçamento 0800 ideal 600 depende 2038basicamente do objetivo<br />
do plantio. Para a produção exclusiva de frutos<br />
com floresta pura, o recomendado é 10m x 10m. Para<br />
produção de frutos em plantios consorciados com outras<br />
espécies, o espaçamento é 20m x 20m. Já para produção<br />
de madeira em plantios puros, o espaçamento<br />
inicial é de 3m x 4m.<br />
“O modelo de plantio com castanha-do-brasil tem<br />
por principal vantagem o crescimento rápido”, avalia<br />
Roberval. Ela ainda dispensa aporte de nutrientes e não<br />
existem pragas ou doenças importantes. “Pela importância<br />
no contexto sócio-econômico, é uma das espécies<br />
amazônicas que reúne grande quantidade de informações<br />
técnico-científicas.”<br />
Os tratos culturais resume-se praticamente às capinas<br />
que devem ser feitas anualmente até o fechamento<br />
do dossel e o controle de saúvas, principalmente no primeiro<br />
ano após o plantio. O ataque de roedores também<br />
dever ser monitorado. O índice de sobrevivência é<br />
alto, acima de 90%.<br />
É necessário poda de formação nos plantios para<br />
produção de madeira. Ela deve ser feita nos ramos laterais,<br />
no limite máximo de 50% da altura da copa.<br />
Após o corte para produção de madeira, a espécie<br />
tem alto potencial de rebrota, podendo o talhão ser<br />
reformado pela técnica de talhadia, que é a condução<br />
do crescimento dos brotos nas cepas da floresta recém<br />
cortada, Para ter dando-se acesso a início esse a conteúdo, um novo ciclo assine florestal. a revista<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
CLIMA E SOLO<br />
A castanheira-da-amazônia ou castanheira-do-brasil<br />
é uma espécie que ocorre no bioma Amazônia (Bra-<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
sil, Peru, Bolívia e Venezuela), 0800 600 2038 com precipitação pluvial<br />
média de 1400 mm a 3250 mm (milímetros) e temperatura<br />
média anual de 24°C a 32°C (Graus Celsius). O clima<br />
ideal é o tropical úmido,caracterizado por temperaturas<br />
altas e homogêneas. A espécie cresce bem em solos de<br />
baixa fertilidade. Os predominantes são os latossolos<br />
argilosos ou argilo-arenosos de textura média a pesada.<br />
Ela não se desenvolve satisfatoriamente em solos de<br />
textura arenosa ou com alta compactação.<br />
O crescimento inicial é de mediano a rápido. “Em<br />
plantios para produção de madeira, na região de Manaus<br />
(AM), aos 13 anos de idade, registrou-se altura<br />
média comercial de 11,7m, média do DAP (Diâmetro à<br />
Altura do Peito) 17,3cm e área basal média de 16,84m²<br />
(metros quadrados)”, aponta o pesquisador. A produção<br />
de frutos em plantios homogêneos inicia aos 12 anos, se<br />
estabelecendo aos 15 anos.<br />
O tronco é reto e os galhos se concentram na parte<br />
mais alta da árvore. A casca é acinzentada, e as folhas,<br />
que ficam acima da copa das outras árvores, têm de<br />
20cm a 35cm de comprimento. O fruto da castanha leva<br />
mais de um ano para amadurecer, é mais ou menos do<br />
tamanho de um coco e pode pesar 2kg. A casca é muito<br />
dura e abriga entre 8 e 24 sementes. A árvore pode atingir<br />
até 60 metros.<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
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FEIRAS E CONGRESSOS<br />
Foto: divulgação<br />
EVENTO MOSTRA<br />
ARTICULAÇÃO DO SETOR<br />
NO PARANÁ<br />
CERIMÔNIA DE LANÇAMENTO DO V CONGRESSO FLORESTAL<br />
PARANAENSE FOI PRESTIGIADA POR REPRESENTANTES DO<br />
GOVERNO, EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS DO SETOR<br />
76<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Valterci Santos<br />
J<br />
á está confirmada a data do V Congresso <strong>Florestal</strong> Paranaense.<br />
Para ter O evento acesso vai a esse acontecer conteúdo, entre os assine dias 6 a e 9<br />
de outubro, revista no Campus <strong>Referência</strong> da Indústria, <strong>Florestal</strong> na Fiep (Federação<br />
das<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Indústrias do Estado do Paraná), e terá como tema<br />
central as “Novas Tecnologias Florestais”, abordando inovação,<br />
pesquisa assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
e aplicação. A discussão acontecerá dentro<br />
de quatro câmaras temáticas: 0800 600 Produção 2038 <strong>Florestal</strong>; Ambiência<br />
<strong>Florestal</strong>; Industrialização <strong>Florestal</strong>; e Gestão <strong>Florestal</strong>.<br />
“A última edição do evento, realizado em 2012, trouxe mais<br />
de 500 participantes. Esse número nos encorajou a promover<br />
mais uma edição. Nossa expectativa é que mais de 600<br />
pessoas estejam presentes”, afirma Carlos Mendes, diretor<br />
executivo da Apre (Associação Paranaense de Empresas de<br />
Base <strong>Florestal</strong>).<br />
No início de março, a entidade fez o lançamento oficial<br />
do evento, no qual Mendes aproveitou para lembrar um<br />
tema recente, que é o mapeamento das florestas plantadas<br />
do Paraná. O documento foi coordenado pelo SFB (Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Para ter Brasileiro) acesso a e esse a Seab conteúdo, (Secretaria assine de Agricultura a revista e<br />
Abastecimento do Paraná), <strong>Referência</strong> em parceria <strong>Florestal</strong> com a Apre.<br />
“Graças<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
ao mapeamento, hoje temos um número oficial<br />
de florestas no Estado. Com esses dados e com tudo o que<br />
discutiremos assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
no congresso, poderemos envolver diferentes<br />
setores da sociedade para 0800 apresentar 600 2038e<br />
discutir a situação<br />
atual das florestas no Paraná. Além disso, será possível<br />
conscientizar a população sobre a importância das florestas<br />
produtivas e de conservação nas diferentes esferas da<br />
sociedade. Em terceiro lugar, conseguiremos direcionar a<br />
evolução da política, da pesquisa e do desenvolvimento florestal<br />
de acordo com a realidade e as necessidades atuais<br />
e futuras da sociedade. Por fim, deixaremos um legado virtuoso<br />
de sustentabilidade dos recursos florestais no Estado<br />
para as próximas gerações”, conclui Mendes.<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
77
FEIRAS E CONGRESSOS<br />
Foto: divulgação<br />
Da esquerda para a direita:<br />
Carlos Mendes, diretor<br />
executivo da Apre, Silvio<br />
Barros, secretário de<br />
Planejamento e Coordenação<br />
Geral do Governo do Paraná e<br />
Sebastião Amaral, presidente<br />
de honra do 5º Congresso<br />
<strong>Florestal</strong> Paranaense e decano<br />
da Universidade Federal do<br />
Paraná.<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
O secretário de Planejamento e Coordenação Geral do<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />
Governo do Paraná,<br />
<strong>Referência</strong><br />
Silvio Barros,<br />
<strong>Florestal</strong><br />
participou do evento de<br />
lançamento do Congresso e aproveitou para falar sobre a<br />
estratégia www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
do governo estadual na área de desenvolvimento<br />
econômico. assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
“Queremos fazer um adensamento de cadeias<br />
produtivas para identificar quais são os setores onde o Paraná<br />
tem maior competitividade. Alguns desses setores<br />
0800 600 2038<br />
estão relacionados com componentes da cadeia produtiva<br />
que não são transferíveis geograficamente. E o setor de<br />
florestas é um deles, porque as florestas estão aqui. Então,<br />
tudo o que pudermos fazer para o adensamento da cadeia<br />
produtiva tem que vir para o Paraná. Os investimentos devem<br />
vir para cá”, explicou.<br />
Segundo o secretário, para aumentar a competitividade,<br />
o ideal seria que as indústrias estivessem próximas da<br />
produção. Barros afirmou que o governo está buscando, em<br />
parceria com o setor, estabelecer quais são os elos da cadeia<br />
produtiva que ainda podem ser atraídos para o Paraná,<br />
consolidando a agregação de valor.<br />
“Além disso, estamos buscando atrair parceiros que tenham<br />
uma larga experiência nessa área. No dia 5 de março<br />
tivemos uma reunião com o embaixador da Suécia e a equipe<br />
da Câmara de Comércio Sueco-Brasileira, já que eles são<br />
um país muito avançado nesse setor. Queremos estabelecer<br />
algumas parcerias, algumas joint ventures, seja na área<br />
de equipamentos para a indústria, seja na área de produtos<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />
acabados, que são<br />
<strong>Referência</strong><br />
derivados do<br />
<strong>Florestal</strong><br />
setor”, adiantou.<br />
Silvio Barros disse ainda que o governo entende que o<br />
setor www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
florestal é extremamente estratégico para o Paraná.<br />
Por isso, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
o Estado vai concentrar os esforços no sentido<br />
de colaborar com o desenvolvimento e a consolidação da<br />
0800 600 2038<br />
agregação de valor na atividade. “Um evento como o congresso<br />
é uma oportunidade de mostrarmos o que estamos<br />
fazendo, trocarmos experiências com quem sabe mais do<br />
que a gente, de expor o setor diante da sociedade e, inclusive,<br />
ouvir quais são as contribuições que a gente precisa<br />
e aquelas que o setor público tem possibilidade de dar. O<br />
evento passa a ser uma oportunidade de encontro dos diversos<br />
interesses relacionados com o desenvolvimento do<br />
setor florestal”, completou.<br />
O setor produtivo do Estado acredita que a interlocução<br />
com o governo é importante. Principalmente na posse<br />
de dados que comprovem a importância da atividade. “O<br />
Paraná tem um número bastante expressivo de indústrias<br />
de base florestal, o que representa muito o nível industrial<br />
do Estado. Hoje, os maiores detentores de florestas são as<br />
indústrias e, por isso, temos interesse nas questões florestais”,<br />
Reinaldo Tockus, gerente de Relações Internacionais e<br />
Negócios do Exterior da Fiep.<br />
78<br />
www.referenciaflorestal.com.br
O representante da Secretaria de Estado da Agricultura<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />
do Paraná também <strong>Referência</strong> compartilha <strong>Florestal</strong> a mesma opinião. “A importância<br />
do setor é indiscutível. No ano passado, os produtos<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do<br />
Estado, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
com cerca de US$ 1,5 milhões e milhares de empregos<br />
gerados. Com isso, o Paraná passou a tratar o setor<br />
0800 600 2038<br />
de forma diferenciada. Mas apesar da força, temos muitos<br />
problemas, muitos entraves e gargalos a serem resolvidos”,<br />
alerta Benno Henrique W. Doetzer, presidente do Instituto<br />
de <strong>Florestal</strong> do Paraná.<br />
Foto: arquivo
ARTIGO<br />
Foto: Danny Steaven<br />
BANCO DE SEMENTES DO SOLO<br />
E SERAPILHEIRA ACUMULADA EM<br />
FLORESTA RESTAURADA<br />
AURINO MIRANDA NETO E KELLY DE ALMEIDA SILVA<br />
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA FLORESTAL DA UFV (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)<br />
SEBASTIÃO VENÂNCIO MARTINS<br />
LARF (LABORATÓRIO DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL) DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL DA UFV<br />
JOSÉ MARINALDO GLERIANI<br />
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL DA UFV<br />
E<br />
ste estudo teve por objetivo avaliar o banco de sementes<br />
do solo e a serapilheira acumulada em uma<br />
floresta Para ter restaurada acesso a por esse meio conteúdo, de plantio, assine com a 40<br />
anos, em Viçosa revista (MG). <strong>Referência</strong> Foram alocadas <strong>Florestal</strong> 16 parcelas contíguas<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
de 25 x 25m (metros), cobrindo toda a área da floresta<br />
com um hectare. Em cada parcela, foram coletadas cinco<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
amostras de solo superficial (0,30 x 0,30 x 0,05m) para avaliação<br />
do banco de sementes 0800 600 pelo 2038 método de germinação e<br />
uma amostra de 1,0 m 2 (metros quadrados) de serapilheira<br />
para avaliação da serapilheira acumulada. Foi realizada a<br />
classificação dos indivíduos e espécies de plântulas registradas<br />
do banco de sementes quanto à categoria sucessional,<br />
síndrome de dispersão e hábito de vida. Foram registradas<br />
5.555 plântulas pertencentes a 32 famílias e 93 espécies e<br />
um morfotipo que reuniu todas as trepadeiras.<br />
Registrou-se o predomínio de síndrome de dispersão<br />
zoocórica e, quanto ao hábito de vida, maior percentual de<br />
ervas, Para em ter nível acesso de espécie a esse (48,6%) conteúdo, e de indivíduo assine a (44,8%). revista<br />
Entre as espécies arbustiva-arbóreas, <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong> observou-se maior<br />
percentual www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
da categoria sucessional pioneira, em nível de<br />
espécie (75,1%) e de indivíduo (85,1%). A serapilheira média<br />
acumulada foi de 3.432 kg ha-1 (quilograma por hecta-<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
re), com a fração foliar representando 0800 600 2038 65% e correlação significativa<br />
com a área basal (p = 0,031; R2 = 0,29) do estrato<br />
arbóreo. Os resultados indicam que o banco de sementes<br />
do solo da floresta restaurada, após 40 anos de sua implantação,<br />
se assemelha quanto as relações ecológicas, às<br />
áreas de floresta estacional semidecidual na mesma região<br />
e a outras áreas restauradas que também foram utilizados<br />
plantio de mudas.<br />
80<br />
www.referenciaflorestal.com.br
01 INTRODUÇÃO<br />
Os ecossistemas florestais são redes complexas, resultado<br />
da interação dos fluxos de energia e ciclos de matéria<br />
entre as comunidades florestais e seus ambientes, estabelecendo<br />
um equilíbrio ecológico. Entretanto, as florestas<br />
têm sido Para degradadas, ter acesso fragmentadas a esse conteúdo, e reduzidas assine ao a longo<br />
do tempo, pelo revista aumento <strong>Referência</strong> das atividades <strong>Florestal</strong> humanas. Isso torna<br />
necessário www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
a restauração florestal de áreas degradadas,<br />
que é considerada uma das mais eficientes ferramentas de<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
engenharia ecológica (LU et al., 2011).<br />
A restauração florestal 0800 possui 600 2038 um papel de extrema importância<br />
pois reduz a perda de biodiversidade e a degradação<br />
dos recursos naturais (Kageyama; Gandara, 2005), tais<br />
como, o empobrecimento dos solos e a escassez de água ou<br />
a sua qualidade.<br />
A implantação de um projeto de restauração florestal,<br />
por mais bem planejado e executado que seja, não garante<br />
que determinada área terá uma cobertura florestal autoregenerante<br />
e que desempenha as funções ecológicas esperadas<br />
(Martins, 2009). É imprescindível que se realize a<br />
avaliação e o monitoramento da área reflorestada em espaços<br />
regulares de tempo, a fim de evitar a ocorrência de<br />
imprevistos que possam prejudicar a restauração almejada<br />
para determinada área.<br />
A avaliação da restauração florestal pode ser baseada<br />
na análise da semelhança entre a área restaurada e outras<br />
áreas de referência, dentro do mesmo ecossistema, comparando<br />
a estrutura, função, composição e as relações dos<br />
processos ecológicos (Hobbs; Norton, 1996). Portanto, ao<br />
avaliar uma floresta restaurada, são utilizados mecanismos<br />
vegetativos como a regeneração natural, chuva de sementes,<br />
banco de sementes do solo, abertura do dossel, produção<br />
e decomposição da serapilheira (Martins, 2009).<br />
O processo de regeneração natural tem como fonte primária<br />
os diásporos que chegam na área através da chuva<br />
de sementes, que posteriormente formará o banco de sementes<br />
do solo (Grombone-Guaratini; Rodrigues, 2002). A<br />
avaliação do estoque de sementes no solo é importante na<br />
determinação Para ter da melhor acesso estratégia a esse conteúdo, de manejo assine a ser empregada<br />
na conservação revista ou <strong>Referência</strong> recomposição <strong>Florestal</strong> de florestas nativas<br />
a<br />
(Grombone- www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Guaratini; Rodrigues, 2002; Sorreano, 2002) e<br />
no monitoramento e avaliação de áreas restauradas, obtendo<br />
melhores diagnósticos quanto ao desempenho e sucesso<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
da restauração de ecossistemas 0800 600 florestais 2038 (Martins, 2009).<br />
A serapilheira é outro importante componente do ecossistema<br />
florestal. Ela apresenta entradas e saídas, ou seja,<br />
recebe o material (folhas, ramos, frutos, sementes, cascas e<br />
flores) por meio da vegetação e esse material é decomposto<br />
para suprimento de nutrientes e matéria orgânica para<br />
o solo e raízes (Martins, 2009). A quantificação da sua produção<br />
e decomposição é um dos indicadores utilizados na<br />
avaliação e monitoramento de florestas restauradas (Arato<br />
et al., 2003; Martins, 2009). Estudos sobre a produção de<br />
serapilheira podem constituir uma ferramenta fundamental<br />
na indicação do estágio de conservação e regeneração de<br />
áreas restauradas (Moreira; Silva, 2004).<br />
Este estudo objetiva avaliar o banco de sementes do<br />
solo e a serapilheira acumulada de uma floresta restaurada<br />
por meio de plantio, após 40 anos de sua implantação, no<br />
município de Viçosa (MG). A serapilheira acumulada e as relações<br />
ecológicas (riqueza, abundância, estrutura, categoria<br />
sucessional, hábitos de vida e síndromes de dispersão) do<br />
banco de sementes da floresta estudada apresentam parâmetros<br />
semelhantes a outras áreas de floresta estacional<br />
semidecidual na mesma região e a outras áreas restauradas<br />
por meio de plantio?<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
81
ARTIGO<br />
02 MATERIAL E MÉTODOS<br />
O estudo foi realizado em uma floresta restaurada por<br />
meio de reflorestamento heterogêneo (1,0 ha), com idade<br />
de 40 anos, situada no campus da UFV, município de Viçosa<br />
(20º45’14”S e 42º45’53”O), Zona da Mata de Minas Gerais.<br />
A vegetação da área de estudo é resultante de um plantio<br />
de espécies nativas e exóticas, perfazendo um total de 485<br />
indivíduos<br />
Para<br />
e<br />
ter<br />
56 espécies,<br />
acesso a<br />
no<br />
esse<br />
espaçamento<br />
conteúdo,<br />
de<br />
assine<br />
4,0 x<br />
a<br />
5,0 m,<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
realizado entre os anos de 1968 e 1969. Anterior ao plantio,<br />
a área www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
era coberta de Eucalyptus sp. Seu entorno é composto<br />
por assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
fragmentos florestais e pela rodovia MG-280. As<br />
espécies plantadas constituem 11,0% de pioneiras, 35,0%<br />
de secundária inicial, 0800 21,0% 600 de secundária 2038 tardia e 33,0%<br />
sem classificação.<br />
O clima na região é do tipo Cwb (Köppen), mesotérmico<br />
com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A<br />
temperatura média anual é de 19,3°C e a precipitação pluviométrica<br />
média anual de 1.247 mm (Rocha; Fialho, 2010).<br />
Foram alocadas na área 16 parcelas contíguas de 25 x<br />
25m, cobrindo toda a área da floresta. No início de 2010,<br />
em cada parcela, foram coletadas de forma aleatória e por<br />
sorteio cinco amostras de solo, desprezando a serapilheira<br />
dura, com auxílio de um gabarito de madeira de 0,30 x 0,30<br />
m, perfazendo um total de 80 amostras. Coletou-se a camada<br />
de solo superficial até uma profundidade de 5,0 cm,<br />
colocando as amostras em sacos plásticos e transportadas<br />
para a casa de sombra do Viveiro de Pesquisas do Departamento<br />
de Engenharia <strong>Florestal</strong> na Universidade Federal de<br />
Viçosa. As amostras foram então transferidas para bandejas<br />
plásticas (0,23 x 0,36 x 0,05 m) dispostas em uma bancada<br />
a 1,0 m de altura do piso, mantidas em ambiente isolado<br />
de possíveis contaminações por propágulos externos, pois<br />
50% foram cobertas por sombrite. Como controle, para<br />
verificação de possível contaminação, foram dispostas na<br />
bancada quatro bandejas com areia estéril. As amostras<br />
ficaram sob irrigação por aspersão, programada durante o<br />
período de seis meses.<br />
As plântulas que emergiram em cada amostra foram<br />
contabilizadas quinzenalmente e identificadas até o táxon<br />
possível. As plântulas de trepadeiras foram apenas contadas<br />
e agrupadas em um único morfotipo devido à dificuldade<br />
para a identificação das espécies. Para as espécies não<br />
identificadas no viveiro, coletou-se o material botânico para<br />
posterior comparação ao material depositado no herbário<br />
VIC da Universidade Federal de Viçosa (MG), consulta a especialistas<br />
e a literatura. As espécies foram separadas em<br />
famílias e tiveram os nomes científicos e seus respectivos<br />
autores Para atualizados ter acesso pela base a esse de conteúdo, dados do Missouri assine a Botanical<br />
Garden, através do site www.tropicos.org, de acordo<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
com o www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
sistema do Angiosperm Phylogeny Group III (APG III,<br />
2009).<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Foram calculados os parâmetros fitossociológicos<br />
(Mueller-Dombois; Ellenberg, 0800 600 1974), 2038 o índice de diversidade<br />
de Shannon-Wiener (H’) (Magurran, 1988) e a equabilidade<br />
(J’) (Pielou, 1975), através do programa Fitopac 2.1<br />
(Shepherd, 2010).<br />
As espécies amostradas foram classificadas quanto ao<br />
hábito de vida. Posteriormente, as espécies arbóreas e arbustivas<br />
foram separadas por categorias sucessionais de<br />
acordo com os critérios propostos por Budowski (1965) e<br />
adaptados por Gandolfi et al. (1995) para florestas semidecíduas<br />
brasileiras, sendo: pioneira, secundária inicial,<br />
secundária tardia e não classificada. Foram também separadas<br />
por síndromes de dispersão de propágulos em zoocóricas,<br />
anemocóricas e autocóricas (PIJL, 1982).<br />
Foi coletada, no centro de cada parcela da floresta restaurada,<br />
com o auxílio de um gabarito de madeira, amostra<br />
de 1,0 m² de serapilheira acumulada. Em laboratório,<br />
as amostras de serapilheira foram separadas em três grupos<br />
(folha, ramos, material reprodutivo), secas em estufa a<br />
70°C, por 24 horas e quantificadas a massa seca em balança<br />
de precisão.<br />
Realizaram-se ajustes de regressões para verificar a relação<br />
entre a serapilheira acumulada e os parâmetros da<br />
estrutura da vegetação arbustivo-arbórea adulta presente<br />
nas parcelas (indivíduos arbustivo-arbóreos com circunferência<br />
a 1,30 m do solo, igual ou superior a 15 cm), segundo<br />
Miranda Neto et al. (2012). Foram considerados a densidade<br />
de indivíduos, a altura média, a área basal e o índice de<br />
área foliar (IAF).<br />
82<br />
www.referenciaflorestal.com.br
03 RESULTADOS<br />
Foram amostradas 5.555 plântulas, pertencentes a 32<br />
famílias, 68 gêneros e 93 espécies e um morfotipo que reuniu<br />
todas as trepadeiras (Tabela 1). Obteve-se densidade de<br />
15.430 propágulos por m³, distribuída em 5.425 propágulos<br />
de ervas, Para 4.755 ter propágulos acesso a esse de arbustos, conteúdo, 4.667 assine propágulos a<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
de árvores, 503 propágulos de gramíneas e 80 propágulos<br />
de trepadeiras. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Nas bandejas de controle com areia não<br />
houve emergência de plântulas.<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Com relação às famílias, destacaram-se Melastomataceae,<br />
Solanaceae, Asteraceae, 0800 600 Urticaceae 2038 e Plantaginaceae,<br />
perfazendo 75,2% das plântulas amostradas. Melastomataceae<br />
compõe 41,5% das plântulas amostradas, representada<br />
principalmente por Leandra niangaeformis Cogn., Leandra<br />
purpurascens (DC.) Cogn. e Miconia cinnamomifolia<br />
(DC.) Naudin, que juntas responderam por 38,3% do total<br />
de plântulas amostradas e 92,2% das plântulas pertencentes<br />
a família Melastomataceae.<br />
Entre as espécies com maior número de plântulas<br />
amostradas, destaque entre cada hábito de vida para a arbórea<br />
Miconia cinnamomifolia, com 11,7% do total, a arbustiva<br />
Leandra niangaeformis, com 15,6%, a herbácea Solanum<br />
americanum Mill., com 8,5% e a gramínea Paspalum<br />
paniculatum L., com 1%.<br />
O índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) foi de<br />
3,21 e o índice de equabilidade (J’) foi de 0,708.<br />
Quanto ao hábito de vida, foram registradas 1.953 plântulas<br />
de 43 espécies herbáceas, 1.680 plântulas de 25 espécies<br />
arbóreas, 1.712 plântulas de 17 espécies arbustivas,<br />
181 plântulas de oito espécies de gramíneas e 29 plântulas<br />
de um morfotipo de trepadeiras (Figura 1). Entre as espécies<br />
arbóreas e arbustivas, foram registradas 21 espécies<br />
pioneiras, Para seis ter secundárias acesso a iniciais, esse conteúdo, uma secundária assine tardia a e<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
14 não classificadas. Em nível de indivíduos, foram registradas<br />
2.957 www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
plântulas pioneiras, 240 secundárias iniciais, uma<br />
secundária tardia e 198 não classificadas (Figura 2).<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Quanto à síndrome de dispersão foram registradas 24<br />
espécies zoocóricas, 7 0800 anemocóricas, 600 2038 2 autocóricas e 9 não<br />
classificadas. Em nível de indivíduos, foram registradas<br />
3.165 plântulas zoocóricas, 78 anemocóricas, 68 autocóricas<br />
e 81 não classificadas (Figura 3).<br />
A serapilheira média acumulada foi de 343,2 ± 225,3 g<br />
m-2 (gramas por metro quadrado) ou seja 3.432 ± 2.254 kg<br />
ha-1, distribuídos em 222,1 ± 155,9 g m-2 de folhas, 98,2 ±<br />
55,4 g m-2 de ramos e 22,9 ± 31,6 g m-2 de material reprodutivo<br />
(semente, fruto, flor).<br />
As análises de regressão indicaram que a serapilheira<br />
acumulada por parcela não apresentou correlação significativa<br />
com a densidade de indivíduos (P = 0,404; R² = 0,0502),<br />
com a altura média das árvores (P = 0,892; R² = 0,0014)<br />
e com o índice de área foliar (P = 0,089; R² = 0,1925). Entretanto,<br />
a serapilheira acumulada apresentou correlação<br />
significativa com a área basal (P = 0,031; R² = 0,2908) dos<br />
indivíduos do estrato arbóreo (Figura 4).<br />
FIGURA01<br />
Distribuição em porcentagem, em nível de espécies<br />
e indivíduos, para hábito de vida do banco de sementes<br />
do solo da floresta restaurada, Viçosa, MG.<br />
Espécies (%)<br />
45,7 26,6 18,1 8,5 1,1<br />
35,2 30,2 30,8 3,3 0,5<br />
Indivíduos (%)<br />
E Á A G T<br />
87,1<br />
Espécies (%)<br />
Indivíduos (%)<br />
93,3<br />
Espécies (%)<br />
Indivíduos (%)<br />
URA02<br />
50<br />
14,3<br />
7,1<br />
2,4<br />
0<br />
33,3<br />
5,8<br />
URA03<br />
57,1<br />
4,8<br />
2<br />
16,7<br />
2,3<br />
21,4<br />
2,4<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
83<br />
P<br />
S I<br />
S T<br />
N C<br />
Z<br />
A<br />
A<br />
N C
50<br />
FIGU 87,1<br />
FIGU<br />
Distribuição Distribuição em porcentagem, em porcentagem, em nível de em espécies nível de espécies<br />
e indivíduos, e indivíduos, para hábito para de hábito vida do de banco vida Espécies do de banco sementes de (%) sementes Indivíduos (%)<br />
do solo da do floresta solo da restaurada, floresta restaurada, Viçosa, MG. Viçosa, MG.<br />
ARTIGO<br />
87,1<br />
87,1<br />
FIGURA02<br />
FIGURA02 14,3 50<br />
7,1 50<br />
<br />
S I<br />
14,3<br />
7,1<br />
45,7 45,7 26,6 26,6 18,1 18,1 8,5 8,5 1,1 1,1<br />
35,2 35,2 30,2 30,2 30,8 30,83,3 3,3 0,5 0,5<br />
2,4<br />
0<br />
14,3<br />
7,1<br />
Espécies (%) Espécies (%) Indivíduos Indivíduos (%) (%)<br />
2,4<br />
0 2,4<br />
0<br />
S T<br />
33,3<br />
33,3<br />
33,3<br />
5,8<br />
N C<br />
5,8<br />
5,8<br />
tribuição em porcentagem, em nível de espécies<br />
divíduos arbustivo-arbóreos, PP<br />
para S categoria S I sucessional I S S T T N C N C<br />
banco de sementes do solo da floresta restaurada, Viçosa, MG.<br />
Distribuição Distribuição em porcentagem, em porcentagem, em nível de em espécies nível de espécies<br />
e indivíduos e indivíduos arbustivo-arbóreos, arbustivo-arbóreos, para categoria para categoria sucessional sucessional<br />
do banco do de banco sementes de sementes do solo da do floresta solo da restaurada, floresta restaurada, Viçosa, MG. Viçosa, MG.<br />
FIGURA03<br />
57,1<br />
57,1<br />
57,1<br />
FIGURA03<br />
FIGURA03<br />
93<br />
93,3<br />
93,3<br />
Z<br />
4,8<br />
2<br />
Espécies (%) Espécies (%) Indivíduos Indivíduos (%) (%)<br />
4,8<br />
2 16,7<br />
2,3 16,7<br />
2,3 21,4<br />
2,3<br />
2,4 21,4<br />
2,4<br />
4,8<br />
2<br />
A<br />
16,7<br />
Espécies (%)<br />
A<br />
21,4<br />
Distribuição em porcentagem, em nível de espécies<br />
Z e indivíduos, Z para A síndrome A de A dispersão A do banco N C N C<br />
de sementes do solo da floresta restaurada, Viçosa, MG.<br />
Distribuição Distribuição em porcentagem, em porcentagem, em nível de em espécies nível de espécies<br />
e indivíduos, e indivíduos, para síndrome para síndrome de dispersão de dispersão do banco do banco<br />
de sementes de sementes do solo da do floresta solo da restaurada, floresta restaurada, Viçosa, MG. Viçosa, MG.<br />
Indivíduos (%)<br />
2,4<br />
N C<br />
S A (/ 2 )<br />
1200<br />
1000<br />
800<br />
S A (/ 2 )<br />
1200<br />
800<br />
600<br />
S A (/ 2 )<br />
1000<br />
1200<br />
1000<br />
800<br />
600<br />
FIGURA04<br />
600<br />
FIGURA04<br />
FIGURA04<br />
400<br />
200<br />
400<br />
200<br />
400<br />
200<br />
1 1 2 2 3 3 4 4<br />
Á B Á ( 2 B / -1 )( 2 / -1 )<br />
Correlação Correlação entre serapilhadeira entre serapilhadeira acumulada acumulada (g/m -2 ) (g/m -2 )<br />
Á B ( 2 / -1 )<br />
1<br />
e área basal e área (m 2 /ha basal ) dos (m 2 /ha indivíduos -1 ) dos indivíduos do estratodo estrato<br />
arbustivo-arbóreo arbustivo-arbóreo adulto.<br />
2 adulto.<br />
3 4<br />
Correlação entre serapilhadeira acumulada (g/m -2 )<br />
e área basal (m 2 /ha -1 ) dos indivíduos do estrato<br />
arbustivo-arbóreo adulto.<br />
84<br />
www.referenciaflorestal.com.br
04 DISCUSSÃO<br />
A densidade de propágulos foi inferior a diversos estudos<br />
sobre banco de sementes em floresta estacional semidecidual<br />
na região Zona da Mata de Minas Gerais (Batista<br />
Neto et al., 2007; Martins et al., 2008; Franco et al., 2012),<br />
porém superior aos estudos de Costalonga (2006) e Braga<br />
et al. (2008). Essa variação nos valores dos respectivos trabalhos<br />
diante do revista presente <strong>Referência</strong> estudo pode <strong>Florestal</strong> estar relacionada<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
com os diferentes tamanhos e quantidades de unidades<br />
amostrais www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
utilizados. Além disso, a densidade do banco de<br />
sementes, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
geralmente, ocorre com variação entre um local<br />
e outro, com tendência a apresentar maior quantidade em<br />
0800 600 2038<br />
florestas secundárias, onde a densidade de sementes pioneiras<br />
é maior devido apresentar dormência e isso permitir<br />
a permanência mais longa no solo (Baider et al., 2001;<br />
Dalling, 2002).<br />
Em comparação com áreas restauradas por meio de<br />
plantio, Sorreano (2002) encontrou, em floresta com 9 anos<br />
de restauração, valor superior ao presente estudo, enquanto<br />
que nas florestas com 46, 9 e 6 anos de restauração, os<br />
valores foram inferiores. Siqueira (2002) encontrou em<br />
floresta com 14 anos de restauração, valor superior e em<br />
florestas com 10 e 14 anos de restauração, valores abaixo<br />
do presente trabalho. Os menores valores encontrados por<br />
Siqueira (2002) e Sorreano (2002). Possivelmente estão<br />
associados à ausência de matriz florestal no entorno das<br />
áreas restauradas estudadas, acarretando diminuição da<br />
entrada de sementes no solo. Isso evidencia bons resultados<br />
alcançados para a floresta restaurada em Viçosa (MG),<br />
já que esta floresta está inserida em uma matriz florestal e,<br />
possivelmente, não há barreiras aos dispersores, facilitando<br />
a chegada de propágulos.<br />
O índice de diversidade de Shannon e equabilidade<br />
encontrados mostram que a área possui uma diversidade<br />
média e se apresenta floristicamente heterogênea com baixa<br />
dominância ecológica para os padrões de floresta estacional<br />
semidecidual. Segundo Meira Neto e Martins (2003),<br />
nas florestas estacionais semidecíduais, no estado de Minas<br />
Gerais, o índice de diversidade varia entre 3,2 e 4,2 e a<br />
equabilidade, entre 0,73 e 0,88. Braga et al. (2008). Em um<br />
estudo de banco de sementes em floresta estacional semidecidual,<br />
a região de Viçosa obteve índice de diversidade<br />
inferior ao presente estudo. Entretanto, estes autores analisaram<br />
apenas espécies arbustiva-arbóreas.<br />
As famílias com maior densidade de indivíduos, também<br />
foram ressaltadas em outros estudos realizados em<br />
fragmentos florestais da região da Zona da Mata em Minas<br />
Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />
Gerais (Costalonga, revista 2006; <strong>Referência</strong> Batista Neto <strong>Florestal</strong> et al., 2007; Braga<br />
et al., 2008; Martins et al., 2008; Franco et al., 2012). Melastomataceae,<br />
www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
família em maior destaque, é a sexta maior<br />
família de assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Angiospermas no Brasil, com 68 gêneros e mais<br />
de 1.500 espécies, distribuídas em todo território brasileiro,<br />
0800 600 2038<br />
quase todas são formações vegetacionais encontradas em<br />
diversos hábitos de vida, permitindo ocupar ambientes distintos<br />
e diversificados (Romero; Martins, 2002).<br />
Quanto ao hábito, a maior porcentagem dos indivíduos<br />
verificada foi de herbáceas (35%), porém um valor bastante<br />
próximo ao de arbustivos e arbóreos e muito inferior<br />
ao encontrado nos estudos realizados por Martins et al.<br />
(2008). Para a floresta secundária em área degradada por<br />
mineração de caulim, com 82,2% de indivíduos herbáceos,<br />
Batista Neto et al., (2007) com 59,1% e Costalonga (2006)<br />
com 85,0%, todos na Zona da Mata mineira, e em florestas<br />
restauradas na região sudeste, com, 62,5% dos indivíduos<br />
em uma floresta restaurada com 46 anos, 86,0% em uma<br />
floresta com nove anos e 86,5% em uma floresta com seis<br />
anos (Sorreano, 2002); 82,2% dos indivíduos de uma floresta<br />
restaurada com 10 anos, 81,1% dos indivíduos de uma<br />
floresta restaurada com 14 anos (Siqueira, 2002).<br />
A predominância de herbáceas em florestas restauradas,<br />
provavelmente ocorre em razão do histórico de perturbação,<br />
pois estas áreas foram utilizadas no passado para<br />
atividades agrícolas. A maior disponibilidade de espaço e<br />
de luminosidade favorece as espécies herbáceas ruderais e<br />
muitas espécies de gramíneas. Como as ervas são dotadas,<br />
em geral, de sementes muito pequenas, com baixo metabolismo<br />
e produzem muitas sementes, elas formam um extenso<br />
banco de sementes viáveis e longevas que germinam<br />
quando as condições ambientais se tornam favoráveis. Entretanto,<br />
o número de indivíduos arbóreos e arbustivos do<br />
presente estudo soma 61,05% do total registrado, ou seja,<br />
<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
85
ARTIGO<br />
apesar das ervas constituírem a maior quantidade de indivíduos,<br />
a sua representatividade, comparada com a soma de<br />
indivíduos arbóreo-arbustivo é baixa.<br />
A maior proporção de espécies e de indivíduos arbustivo-arbóreos<br />
pioneiros corrobora os diversos trabalhos com<br />
banco de Para sementes ter acesso na Zona a esse da Mata conteúdo, de Minas assine Gerais a (Costalonga,<br />
2006; revista Batista Neto <strong>Referência</strong> et al., 2007; <strong>Florestal</strong> Braga et al., 2008;<br />
Rodrigues www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
et al., 2010; Miranda Neto et al., 2010; Franco et<br />
al., 2012) e em outras formações florestais no Brasil (Baider<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
et al., 1999; Araújo et al., 2001; Monaco et al., 2003).<br />
As espécies pioneiras 0800 são 600 predominantes 2038 no banco de<br />
sementes persistente do solo, viáveis a germinação, por longo<br />
tempo, até encontrar condições adequadas para sua germinação<br />
(Bazzaz; Pickett, 1980; Araujo et al., 2001). Como<br />
a proporção de espécies pioneiras utilizadas no plantio foi<br />
baixa, o predomínio de espécies pioneiras no banco de sementes<br />
indica que a área recebe propágulos oriundos de<br />
matriz florestal do entorno, o que pode possibilitar o estabelecimento<br />
de novas espécies na área. O maior fragmento<br />
florestal vizinho é a Mata da Silvicultura, que possui 17 ha,<br />
resultante de regeneração natural desde 1936, quando foi<br />
adquirida e protegida de cortes e extração de madeira pela<br />
UFV (Mariscal-Flores, 1993). Com isso, há o aumento da riqueza<br />
florística e da biodiversidade local, beneficiada pela<br />
Mata da Silvicultura.<br />
A baixa proporção de espécies secundárias tardias sugere<br />
estratégia de perpetuação e regeneração baseadas na<br />
formação de banco de plântulas, pois suas sementes apresentam<br />
baixa viabilidade, alto grau de predação e dificuldade<br />
de enterramento e permanência no solo (Piña-Rodrigues<br />
et al., 1990).<br />
Encontrou-se predomínio de espécies e indivíduos zoocóricos,<br />
assim como nos estudos de Baider et al. (1999) e<br />
Franco et al. (2012). A dispersão zoocórica é muito importante<br />
na manutenção e aumento da fauna dispersora de<br />
sementes no início da formação de uma floresta (Franco et<br />
al., 2012), alavancando o processo de regeneração. As plantas<br />
investem em variados recursos como arilos e polpas,<br />
atraindo diversos animais que irão dispersar as sementes<br />
por uma área maior de abrangência dentro e ao redor da<br />
floresta, auxiliando a sucessão secundária (Martins, 2009).<br />
A Para serapilheira ter acesso acumulada a esse (3.432 conteúdo, kg ha-1) assine foi inferior a ao<br />
encontrado em revista estudos <strong>Referência</strong> em floresta <strong>Florestal</strong> estacional semidecidual<br />
em www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
Minas Gerais (Werneck et al, 2001; Pinto et al., 2008).<br />
Estes trabalhos foram desenvolvidos em trechos de florestas<br />
conservados e sem relatos de perturbações por pelo<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
menos trinta anos, contribuindo 0800 600 2038 para uma boa formação<br />
estrutural da floresta e, consequente, maior produção de<br />
serapilheira.<br />
Em uma área reflorestada com espécies nativas e exóticas,<br />
com seis anos após o plantio utilizando 60 espécies<br />
no Estado de São Paulo, obteve-se uma produção de serapilheira<br />
de 407,73 kg ha-1 na estação úmida e 647,56 kg<br />
ha-1 na estação seca (Moreira; Silva, 2004), valores bem<br />
abaixo do encontrando no presente estudo. Já para uma<br />
floresta restaurada com mais de 100 anos de idade (Floresta<br />
da Tijuca, RJ), a produção de serapilheira (8.900 kg ha-1)<br />
foi superior (Oliveira; Lacerda, 1993). Os estudos mostram<br />
uma relação diretamente proporcional entre a produção de<br />
serapilheira e a idade dos reflorestamentos.<br />
A maior proporção encontrada para a fração foliar corrobora<br />
com diversos trabalhos em florestas estacionais<br />
semideciduais (Martins; Rodrigues, 1999; Werneck et al.,<br />
2001; Arato et al., 2003; Pinto et al., 2008). As folhas da<br />
serapilheira são as responsáveis pela maior transferência<br />
anual de nutrientes ao solo (Selle, 2007).<br />
A relação significativa entre serapilheira acumulada e<br />
área basal da vegetação, demonstra que a serapilheira acumulada<br />
aumenta com a biomassa da floresta. As parcelas<br />
contendo indivíduos com diâmetros maiores, pertencentes<br />
ao estrato arbóreo, apresentaram tendência à maior quantidade<br />
de serapilheira acumulada.<br />
86<br />
www.referenciaflorestal.com.br
05<br />
CONCLUSÃO<br />
O banco de sementes do solo da<br />
floresta restaurada, após 40 anos<br />
de sua implantação, se assemelha<br />
às áreas de floresta estacional<br />
semidecidual na mesma região e a<br />
outras áreas restauradas por meio<br />
de plantio.
AGENDA<br />
ABRIL<br />
APRIL<br />
MS <strong>Florestal</strong> - IV Congresso <strong>Florestal</strong><br />
13 a 15<br />
Campo Grande (MS)<br />
www.msflorestal.com.br<br />
XI Curso de Nutrição de Eucalipto em Campo<br />
28 a 30<br />
Piracicaba (SP)<br />
www.rragroflorestal.com.br/eventos.php<br />
II Workshop Internacional de Mogno Africano<br />
Dia 29<br />
Bela Vista (SP)<br />
www.workshopmognoafricano.org.br<br />
MAIO<br />
MAY<br />
VIII Congresso Internacional Sistemas Agroflorestais<br />
III Congresso Nacional Sistemas Silvipastoris<br />
7 a 9<br />
Iguazú - Missiones (Argentina)<br />
www.congresosafssp<strong>2015</strong>.com.ar<br />
V Feira da Floresta<br />
11 a 15<br />
Nova Prata (RS)<br />
www.feiradafloresta.com.br<br />
Ligna Hannover - Feira Mundial da Indústria<br />
<strong>Florestal</strong> e de Madeira<br />
11 a 15<br />
Hannover (Alemanha)<br />
www.ligna.de<br />
XII Congresso <strong>Florestal</strong> Estadual do Rio Grande do Sul<br />
11 a 15<br />
Nova Prata (RS)<br />
www.feiradafloresta.com.br<br />
Agronegócio Brasil - Feira de Fornecedores para<br />
Agricultura, Pecuária, Floresta e Agroindústria<br />
20 a 23<br />
Irati (PR)<br />
www.feiraagronegocio.com.br<br />
VII ICEP- International Colloquium on Eucalyptus Pulp<br />
26 a 29<br />
Vitória (ES)<br />
7thicep.com.br<br />
JUNHO<br />
JUNE<br />
Três Lagoas <strong>Florestal</strong> <strong>2015</strong><br />
1 a 4<br />
Três Lagoas (MS)<br />
www.treslagoasflorestal.com.br<br />
Expoforest XIII Feria Internacional del Bosque,<br />
Madera e Tecnologia<br />
Santa Cruz - Bolívia<br />
17 a 20<br />
www.fexpocruz.com.bo<br />
AGOSTO<br />
AUGUST<br />
Forst Messe <strong>2015</strong><br />
Luzern - Suíça<br />
20 a 23<br />
www.forstmesse.com<br />
SETEMBRO<br />
SEPTEMBER<br />
XIV Congreso Forestal Mundial<br />
7 a 11<br />
Durban – África do Sul<br />
www.fao.org/forestry/wfc/es/<br />
Feria Forestal Argentina <strong>2015</strong><br />
Posadas - Argentina<br />
17 a 20<br />
www.feriaforestal.com.ar<br />
88<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Disco de corte para Feller<br />
DESTAQUE<br />
• Discos de corte com encaixe para<br />
utilização de até 18 ferramentas<br />
• Diâmetro externo e encaixe central<br />
de acordo com o padrão da máquina<br />
V FEIRA DA FLORESTA<br />
11 a 15<br />
Nova Prata (RS)<br />
www.feiradafloresta.com.br<br />
Na semana de 11 a 15 de maio de <strong>2015</strong><br />
será realizada, em Nova Prata (RS), a V<br />
Feira da Floresta, o XII Congresso <strong>Florestal</strong><br />
Estadual do Rio Grande do Sul, além<br />
do Fórum Sulbrasileiro de Engenheiros<br />
Florestais e o Ciclo de Palestras para<br />
Produtores Rurais.<br />
Detalhe de encaixe para<br />
ferramentas de 4 lados<br />
• Discos de corte para Feller<br />
conforme modelo ou amostra<br />
• Discos especiais<br />
• Pistões hidráulicos<br />
(fabricação e reforma)<br />
• Usinagem de médio e grande porte<br />
Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />
Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />
Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />
dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />
D’Antonio Equipamentos<br />
Mecânicos e Industriais Ltda<br />
Indústria e Comércio de Máquinas<br />
www.himev.com<br />
Imagem: reprodução<br />
Substituir as tradicionais queimadas,<br />
é o objetivo dos trituradores Ecotritus<br />
da Himev. Sua construção robusta está<br />
preparada para trabalhos intensivos em<br />
grandes extensões e permite manter<br />
uma operação contínua por longos<br />
períodos de tempo.<br />
Himev, Ltda.<br />
Rod SC 301, 6245 - Bairro Belo Horizonte - Campo Alegre – SC<br />
Fone: 47 3632 1001 / E-mail: himevt@yahoo.com.br
ESPAÇO ABERTO<br />
SUSTENTABILIDADE E<br />
AS PEQUENAS E MÉDIAS<br />
EMPRESAS<br />
Imagem: ilustração<br />
Por Reinaldo Dias<br />
Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, mestre em Ciência<br />
Política e doutor em Ciências Sociais pela Unicamp<br />
A<br />
concepção de desenvolvimento sustentável formulada<br />
pela Comissão da ONU e divulgada no relatório<br />
“Nosso Futuro Comum”, em 1987, norteou as discussões<br />
sobre o crescimento econômico desde então, como<br />
uma nova Para via ter de acesso desenvolvimento a esse conteúdo, assentada assine no tripé a crescimento<br />
econômico, proteção ambiental e inclusão social.<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
Nesse www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
contexto, o conceito de economia está alicerçado<br />
em novos valores, nos quais o aumento de renda e a criação<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
de postos de trabalho têm origem nos investimentos públicos<br />
e privados destinados 0800 a reduzir 600 2038 as emissões de carbono e a<br />
poluição, em promover a eficiência energética, bem como a<br />
utilização racional dos recursos, evitando a perda da biodiversidade<br />
e de serviços prestados pelo ecossistema.<br />
Essa economia sustentável tem adotada a terminologia<br />
de verde para diferenciá-la da tradicional considerada marrom,<br />
pois esta não aborda de modo suficiente problemas de<br />
desigualdade social ou de esgotamento dos recursos naturais<br />
e está baseada na utilização de energia gerada pelos combustíveis<br />
fósseis. Nesse sentido, a sustentabilidade é um objetivo<br />
vital para a continuidade da existência da humanidade e,<br />
para atingi-la, é necessário se adotar uma economia verde.<br />
O envolvimento das PMEs (pequenas e médias empresas)<br />
com práticas associadas à economia verde é fundamental<br />
para a sua sobrevivência no mercado em médio prazo,<br />
pois há uma forte tendência de aumento da demanda por<br />
sustentabilidade e responsabilidade social.<br />
Levando-se em conta a necessidade de ganhos empresarias,<br />
há pelo menos três aspectos essenciais que implicam<br />
na necessidade de maior envolvimento das PMEs com práticas<br />
sustentáveis. Em primeiro lugar, a pressão da sociedade<br />
tende a Para se tornar ter acesso mais forte, a esse em conteúdo, decorrência assine do aumento a<br />
revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
da conscientização e do agravamento da crise ecológica, em<br />
consequência www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />
também a legislação tende a ficar mais rigorosa<br />
e mais efetiva.<br />
assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />
Em segundo lugar, muitas PMEs integram a cadeia de valor<br />
de grandes empresas 0800 e estas, 600 2038 pela sua maior visibilidade<br />
econômica e social, são as primeiras a reagir às pressões para<br />
manter sua competitividade e, nesse sentido, estão exigindo<br />
cada vez mais que seus fornecedores e empresas contratadas,<br />
que integram sua cadeia produtiva, adotem estratégias<br />
de gestão sustentável. Neste final de ano será lançada a nova<br />
ISO14001 que incluirá os fornecedores na avaliação do sistema<br />
de gestão ambiental, o que aumentará a pressão sobre<br />
as PMEs.<br />
Em terceiro lugar, há uma forte tendência de maior integração<br />
da máquina dos governos em práticas de responsabilidade<br />
social, a qual deve levar as administrações públicas<br />
a incorporarem iniciativas de compras sustentáveis e de<br />
responsabilidade social, que implicará na seleção de empresas<br />
que participem de licitações públicas com base nos seus<br />
compromissos efetivos com a economia verde.<br />
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