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Abril/2015 - Referência Florestal 162

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50<br />

LEGISLAÇÃO<br />

MMA atualiza<br />

Portaria 443<br />

TIRO CERTO<br />

O valor das<br />

consultorias florestais58 ENTREVISTA<br />

Lonard Santos, diretor da<br />

Komatsu Forest<br />

Na palma da mão<br />

Tecnologia da informação diminui custos e aumenta a eficiência<br />

Operations in the palm of your hand<br />

Information technology reduces costs and increases efficiency


SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES<br />

DA EDIÇÃO<br />

Agroceres ...................................................................... 92<br />

Bruno Industrial ......................................................... 65<br />

36<br />

Carrocerias Bachiega .............................................. 75<br />

D’Antônio Equipamentos ..................................... 89<br />

Dinagro ........................................................................... 02<br />

50<br />

Feira da Floresta .......................................................... 23<br />

Feira Três Lagoas ......................................................... 91<br />

Fezer .............................................................................. 19<br />

58<br />

H Fort ................................................................................ 09<br />

Heinnings ...................................................................... 79<br />

Editorial<br />

Cartas<br />

Bastidores<br />

Coluna Ivan Tomaselli<br />

Notas<br />

Alta e Baixa<br />

Biomassa<br />

Aplicação<br />

Frases<br />

Entrevista<br />

Principal<br />

Legislação<br />

Especial<br />

Silvicultura<br />

Espécie<br />

Feira<br />

Artigo<br />

Agenda<br />

Espaço aberto<br />

06<br />

08<br />

10<br />

12<br />

14<br />

20<br />

22<br />

24<br />

26<br />

28<br />

36<br />

50<br />

58<br />

66<br />

70<br />

76<br />

80<br />

88<br />

90<br />

Himev .............................................................................. 89<br />

J de Souza ........................................................................ 57<br />

John Deere .................................................................... 07<br />

Liebherr Brasil ............................................................. 13<br />

Mill Indústrias .............................................................. 21<br />

Minusa Forest .............................................................. 05<br />

Panorama Rastreamento ..................................... 35<br />

PenzSaur ........................................................................ 69<br />

Planfora Mudas Florestais .................................... 87<br />

Rotobec .......................................................................... 11<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


anos<br />

Sua MÁQUINA<br />

NÃO PARA!<br />

A Minusa Forest preocupa–se de maneira<br />

especial com o atendimento aos clientes,<br />

disponibilizando técnicos capacitados em suas<br />

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florestal@minusa.com.br


EDITORIAL<br />

Ano XVII - Edição n.º <strong>162</strong> - <strong>Abril</strong> <strong>2015</strong><br />

Year XVII - Edition n.º <strong>162</strong> - April <strong>2015</strong><br />

A composição de imagens elaborada<br />

pelo departamento de criação da<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL para ilustrar<br />

a capa desta edição faz alusão ao<br />

uso da Tecnologia da Informação<br />

na gestão do negócio e da logística<br />

florestal.<br />

CONTROLE ABSOLUTO<br />

O negócio florestal está baseado em disponibilidade de matéria-prima, mínimo<br />

custo possível da operação e mercado comprador interessante. Mas para que se chegue<br />

ao final dessa equação com saldo positivo entra em cena, um dos componentes<br />

mais importantes: o controle minucioso da logística. Sem saber exatamente o que<br />

está acontecendo em todos os passos da operação, fica difícil otimizar resultados e<br />

perceber onde estão os gargalos. A reportagem de capa desta edição mostra em detalhes<br />

como o domínio das informações é importante. O foco foi no controle de frota,<br />

mas a tecnologia da informação pode ser aplicada em praticamente todas as áreas do<br />

processo. Em outra reportagem, conheça as vantagens de recorrer ao auxílio das consultorias<br />

florestais e em quais momentos elas são mais importantes para as tomadas<br />

de decisão. O entrevistado principal da REFERÊNCIA FLORESTAL é Lonard dos Santos,<br />

diretor de Marketing e Vendas da Komatsu Forest. Em primeira mão revelou a criação<br />

do Banco Komatsu e anunciou o início das operações da entidade financiadora. Boas<br />

notícias são sempre bem-vindas!<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Flávia Santos<br />

Larissa Angeli<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Bruce Cantarim, Fernanda Domingues<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Danielle Pedroso, Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Monica Kirchner - Coordenação<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ABSOLUTE CONTROL<br />

The forest business is based on the availability of raw material, lowest possible operating<br />

costs and an interested buyer market. But in order to be able to reach the end of that equation<br />

with a positive balance, perhaps the most important component comes into play: absolute control<br />

over logistics. Without knowing exactly what’s going on at every step of the operation, it is<br />

difficult to optimize results and figure out where the bottlenecks are. The cover story of this issue<br />

shows in detail how the domination of information is important. The focus is on fleet control,<br />

but information technology can be applied to virtually all areas of operations. In another report,<br />

we demonstrate the advantages of using the help of forestry consulting, and at which time it<br />

becomes important in decision-making. This month’s main REFERÊNCIA FLORESTAL interviewee<br />

is Lonard dos Santos, Director of Marketing and Sales for Komatsu Forest. For the first time, he<br />

opened up for a communication’s vehicle about Banco Komatsu, and announced the start of<br />

operations of the financial institution. Good news are always welcome!<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.


Está chEgando uma<br />

Evolução na florEsta.<br />

Em junho, aguardE.<br />

Novas séries de equipamentos John Deere<br />

de esteiras e pneus vão inovar o trabalho na floresta.<br />

Você vai se surpreender com estes lançamentos.<br />

JohnDeere.com.br/<strong>Florestal</strong>


CARTAS<br />

MERCADO<br />

Capa da Edição 161 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de março de <strong>2015</strong><br />

Por Israel José Alves Feitosa - Curvelo (MG)<br />

Sou assinante desde 2006, gosto do conteúdo em geral.<br />

Gostaria de mais matérias sobre equipamentos florestais<br />

e o mercado atual.<br />

MÁQUINAS<br />

Resposta - Ficamos orgulhosos em saber que nos<br />

acompanha há tanto tempo. A cada edição procuramos<br />

publicar reportagens que tratem de tecnologia e novos<br />

negócios, vamos caprichar ainda mais.<br />

Por Izaque de Souza - Ponta Grossa (PR)<br />

Gosto das informações sobre produtividade, máquinas<br />

e equipamentos. Faz diferença saber o que há de novo e<br />

que pode nos ajudar a diminuir os custos e aumentar a<br />

produtividade.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

SILVICULTURA<br />

ATUALIZADO<br />

Por Jorge Souza de Freitas - Encruzilhada do Sul (RS)<br />

Gosto bastante da Revista, me mantenho atualizado. É<br />

importante poder contar com um veículo de comunicação<br />

impresso e mensal que nos deixa informado sobre o<br />

assunto com o qual trabalhamos diariamente.<br />

Foto: divulgação Imagem: reprodução<br />

Por José Oliveira - Mato Grosso (PB)<br />

Acompanho a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL há muito<br />

tempo, gosto quando falam sobre a silvicultura e as<br />

novidades.<br />

Resposta - Temos um seção da revista dedicada somente<br />

à silvicultura, na qual todos os meses trazemos novidades<br />

sobre o assunto. Além disso, quando há algum tema<br />

relacionado ao assunto que merece ainda mais destaque,<br />

reservamos reportagens especiais.<br />

Foto: divulgação<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista do Setor<br />

Industrial da Madeira ou a respeito de<br />

reportagem produzida pelo veículo.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


BASTIDORES<br />

CHARGE<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

REVISTA<br />

Visita<br />

O consultor técnico da Penzsaur,<br />

Paulo Guilherme Fenzke, esteve na<br />

sede do GRUPO JOTA para retirar<br />

pessoalmente os exemplares<br />

da última edição da Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, na qual a<br />

marca está estampada na capa.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Na foto, Paulo Fenzke e a<br />

diretora de negócios do<br />

GRUPO JOTA, Joseane Knop<br />

Feira<br />

O estande da REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL na Fimma recebeu<br />

a visita dos parceiros da Minusa<br />

Forest que foram à feira conferir as<br />

novidades.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Joseane Knop, diretora de<br />

negócios do GRUPO JOTA;<br />

Giuseppe Rosa, diretor<br />

da Minusa Forest; Fábio<br />

Alexandre Machado, diretor<br />

comercial do GRUPO JOTA;<br />

e Alberto Vilamaior Jr.,<br />

gerente de importação e<br />

exportação da Minusa Forest<br />

10<br />

www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

A IMPORTÂNCIA DAS<br />

FLORESTAS TROPICAIS PARA O<br />

DESENVOLVIMENTO NACIONAL<br />

Aumento das áreas florestais sob o modelo de concessões públicas mostra<br />

interesse do governo em melhorar a viabilidade econômica da atividade de manejo<br />

A<br />

s florestas podem ser consideradas como um ativo<br />

importante para o desenvolvimento de uma região<br />

ou país. No entanto, a importância das florestas em<br />

temas relacionados à preservação e conservação ambiental,<br />

e mais recentemente em aspectos ambientais de interesse<br />

global como mudança climática e biodiversidade, tem crescido.<br />

O governo brasileiro tem participado de discussões relacionadas<br />

à florestas e ao meio ambiente, e uma das ações consideradas<br />

nos últimos anos foi o aumento das áreas de florestas<br />

públicas. A evolução do cadastramento de florestas públicas<br />

no Brasil de 2007 até 2014, com base no SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro), é mostrada no quadro abaixo. No período, a área<br />

dessas florestas cresceu 62%, em média mais de 7% ao ano.<br />

As estatísticas recentes indicam que predominam as florestas<br />

públicas sob gestão federal, com uma área de 223 milhões<br />

de ha (hectares) (71% do total). Considerando as categorias<br />

de destinação, 156 milhões de ha (50% do total) são de uso<br />

comunitário, predominantemente de reservas indígenas.<br />

A maior parte das florestas tropicais no Brasil está na<br />

região norte. É nesta região, que tem uma área total de 387<br />

milhões de ha, é onde está concentrada a maioria das florestas<br />

públicas: cerca de 280 milhões de ha, ou seja, quase 90% do<br />

total nacional.<br />

Na região norte, além das florestas públicas (280 milhões<br />

EVOLUÇÃO DO CADASTRAMENTO DE<br />

FLORESTAS PÚBLICAS NO BRASIL<br />

ANO<br />

ÁREAS<br />

(milhões hectares)<br />

2007 194<br />

2008<br />

210<br />

2009<br />

239<br />

2010<br />

285<br />

2011<br />

298<br />

2012<br />

308<br />

2013<br />

313<br />

2014<br />

314<br />

de ha), existem áreas onde não existem florestas, incluindo: (i)<br />

terras ocupada por pastagens e pecuária; (ii) áreas desmatadas/<br />

degradadas e sem uso; (iii) áreas ocupadas por infraestrutura e<br />

áreas urbanas, (iv) áreas basicamente sem florestas (pastagem<br />

natural e cerrado). No conjunto, estas áreas são estimadas em<br />

80 milhões de ha. A soma das áreas de florestas públicas com<br />

estas outras forma de ocupação indica que de 20-30 milhões<br />

de ha seriam florestas privadas, com potencial de produção.<br />

Não pode ser esquecido que parte destas florestas privadas<br />

não pode ser considerada como área florestal de produção.<br />

Existem limitações físicas e legais, por exemplo APPs (Áreas<br />

de Preservação Permanente) que limitam o acesso ao recurso<br />

florestal. Ou seja, a área privada efetivamente disponível para<br />

produção florestal na região norte do Brasil deve estar entre<br />

15 e 20 milhões de ha. Com esta área manejada, a produção<br />

sustentada de madeira seria em torno de 15 milhões de m³/ano.<br />

Ou seja, dentro deste quadro, o setor florestal está limitado a<br />

dimensão atual, sem capacidade de expandir e contribuir mais<br />

efetivamente para o desenvolvimento econômico e social da<br />

região.<br />

Por outro lado, isto mostra a importância das florestas públicas<br />

para a produção florestal. O SFB, e alguns Estados, vêm<br />

desenvolvendo esforços para ampliar as áreas de concessão<br />

florestal. No entanto, passados cerca de 10 anos, os resultados<br />

têm sido pouco promissores. Até o momento, a área concessionada<br />

pelo governo federal é de aproximadamente 0,5 milhão<br />

de ha, além de uma área equivalente concessionada pelos<br />

Estados. E ainda a produção de madeira nas concessões até o<br />

momento é desprezível.<br />

O SFB, e alguns Estados, vêm<br />

desenvolvendo esforços para ampliar as<br />

áreas de concessão florestal. No entanto,<br />

passados cerca de 10 anos, os resultados<br />

têm sido pouco promissores<br />

12<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Viva o Progresso.<br />

Equipamento de movimentação<br />

de materiais.<br />

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NOTAS<br />

COOPERAÇÃO<br />

TÉCNICA<br />

Foto: arquivo<br />

O Distrito Federal vai agilizar o processo de implantação<br />

de certificação origem da madeira.<br />

A Sema/DF (Secretaria de Meio Ambiente do Distrito<br />

Federal) e o Ibram/DF (Instituto Brasília Ambiental)<br />

oficializaram acordo de cooperação técnica para a disponibilização<br />

do Sinaflor (Sistema Nacional de Controle<br />

da Origem dos Produtos Florestais). Ficaram definidas<br />

as ações necessárias para a utilização do sistema pelo<br />

órgão ambiental do Distrito Federal que incluem a capacitação<br />

dos servidores do Ibram/DF para a operação do<br />

sistema e a implantação de certificação digital, requisito<br />

necessário para acessar o Sinaflor. Assim que estiver<br />

operando o sistema, todas as demandas relacionadas à vegetação deverão ser encaminhadas ao órgão ambiental distrital.<br />

Entre as funções do Sinaflor está o controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos e subprodutos florestais.<br />

MANEJO<br />

FLORESTAL<br />

COMUNITÁRIO<br />

Representantes da Rede de Apoio ao Manejo <strong>Florestal</strong><br />

Comunitário e Familiar da Amazônia estiveram em<br />

Brasília para apresentar ao ministro do MDA (Ministério<br />

do Desenvolvimento Agrário), Patrus Ananias, propostas<br />

para melhorar as condições dos agricultores extrativistas.<br />

Na pauta, estavam a retomada de um GTA (Grupo de Trabalho Amazônico) e uma chamada de Ater (Assistência Técnica<br />

e Extensão Rural) específica para esse público. O presidente do GTA, Rubens Gomes, explicou que a retomada do grupo<br />

interministerial entre o MMA (Ministério do Meio Ambiente) e o MDA é urgente para a construção de uma política pública<br />

nacional robusta para apoio ao manejo florestal comunitário e familiar na Amazônia brasileira.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

14<br />

www.referenciaflorestal.com.br


II PRÊMIO DE<br />

ECONOMIA<br />

FLORESTAL<br />

Foram conhecidos os vencedores do II Prêmio Serviço <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado <strong>Florestal</strong>,<br />

realizado pelo SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro). A cerimônia de<br />

premiação aconteceu na sede da Cntc (Confederação Nacional<br />

dos Trabalhadores em Comércio), em Brasília (DF) no dia 24 de março. O certame recebeu 26 inscrições de trabalhos nas categorias<br />

Estudante, Profissional e Estudo de Caso. Este ano, a vencedora na categoria Graduandos foi Nayra Davi Gondim, com<br />

o trabalho: Diagnóstico Preliminar do Perfil do Comércio Virtual de Biojóias.<br />

Na categoria Profissionais, o primeiro lugar ficou com Fagno Tavares de Oliveira, que concorreu com Desafios do Serviço<br />

<strong>Florestal</strong> de Ecoturismo: Perspectivas de Desenvolvimento nas Florestas Nacionais da Amazônia.<br />

Imagem: reprodução<br />

DO SAARA PARA<br />

A AMAZÔNIA<br />

Foto: divulgação<br />

Uma grande quantidade de poeira do deserto do Saara<br />

se deslocou mais de 2 mil km (quilômetros) e chegou<br />

à Amazônia. Esse dado apresentado pela Nasa (Agência<br />

Espacial Americana) foi ilustrado por meio de um vídeo<br />

divulgado recentemente. As imagens mostram a relação<br />

entre o deserto e a floresta e foram coletadas entre 2007<br />

e 2013, apesar do fato já ser conhecido por muitos cientistas<br />

anos antes. Estima-se que cerca de 182 mil t (toneladas)<br />

de poeira cruzam o Oceano Atlântico chegando<br />

ao continente americano - cerca de 27,7 milhões caem<br />

na floresta. Deste total, 0,08% corresponde a fósforo (importante<br />

nutriente para as plantas), segundo pesquisadores da Universidade de Maryland, nos EUA (Estados Unidos<br />

da América), o que equivale a 22 mil t. Esta quantidade de fósforo, de acordo com o estudo, é suficiente para suprir<br />

a necessidade de nutrientes que a floresta amazônica perde com as fortes chuvas e inundações na região. A poeira<br />

rica em nutrientes sai principalmente de uma região conhecida como Depressão Bodele, localizado no país africano<br />

Chade, que foi formada após o maior lago da África secar – há cerca de mil anos. A maior parte da poeira, entretanto,<br />

permanece suspensa no ar, enquanto que 43 milhões de t chegam até o mar do Caribe. O estudo, que só foi possível<br />

graças a coleta de dados do satélite Calipso, da Nasa, foi divulgado na revista científica Geophysical Research Letters.<br />

Acesse o www.referenciaflorestal.com.br e acompanhe o vídeo em 3D produzido pela Nasa.<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

15


NOTAS<br />

PARÁ QUER<br />

VIABILIZAR<br />

FERROVIA<br />

Foto: divulgação<br />

O Pará planeja criar a primeira ferrovia estadual. A Sedeme<br />

(Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração<br />

e Energia) autorizou a realização de estudos preparatórios que<br />

demonstrem a viabilidade de uma ferrovia em território paraense,<br />

ligando o sul e sudeste do Pará até o nordeste do Estado. A ferrovia<br />

estadual será uma concessão à iniciativa privada, responsável por<br />

todos os investimentos na implantação e operação do trecho. A<br />

ferrovia estadual iniciaria em Santana do Araguaia e passaria por<br />

vários municípios, como Redenção, Xinguara, Marabá, Rondon,<br />

Nova Ipixuna, Ulianópolis, Paragominas, Barcarena e Colares.<br />

O projeto prevê uma ferrovia de 1,2 mil quilômetros criando a<br />

Fepasa (Ferrovia Paraense) e um porto multicarga em Colares, no nordeste do Estado. Levantamentos apontam<br />

que o local é propício para receber navios de grande capacidade, por conta de possuir calado mais profundo e um<br />

Condomínio Industrial Portuário para receber indústrias. A fase de construção está prevista para 2018, isso se o<br />

projeto for aprovado.<br />

MINAS GERAIS<br />

DEBATE SILVICULTURA<br />

Cerca de 300 produtores rurais, engenheiros florestais, autoridades<br />

ambientais e estudiosos da silvicultura participaram do IV Fórum Brasil<br />

Fomento <strong>Florestal</strong>, no auditório da Faemg (Federação das Indústrias do<br />

Estado de Minas Gerais), em Belo Horizonte (MG). O objetivo foi encontrar<br />

soluções para problemas como a complexidade do Código <strong>Florestal</strong>, alta dos insumos, seca e redução da demanda<br />

dos mercados externos. O diretor da Faemg, Breno Mesquita reforçou a parceria com os silvicultores e destacou<br />

a importância do segmento no agronegócio mineiro: “Diante do momento delicado pelo qual passa a silvicultura<br />

é de suma importância a união das forças que a compõem e estão representadas neste fórum. Acreditamos que<br />

o resultado deste encontro possa se traduzir em novas possibilidades para o setor.” Resultados de um estudo recente,<br />

desenvolvido pelo Inaes (Instituto Antonio Ernesto Salvo) em parceria com o Sebrae, mostra que o Estado<br />

caiu da segunda para a quarta posição na atividade silvicultora do país. Ainda assim, 80% do carvão nacional é<br />

produzido em Minas. A diversificação do setor, como a oferta de madeira para as serrarias, foi uma das soluções<br />

apontadas durante os debates.<br />

Imagem: reprodução<br />

16<br />

www.referenciaflorestal.com.br


RECOMPOSIÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

Uma pesquisa da Embrapa Amazônia Oriental mostra<br />

como funciona a recomposição de uma área de manejo<br />

florestal sustentável, 35 anos após a primeira colheita<br />

das árvores comerciais. O estudo está sendo conduzido<br />

após o início do segundo ciclo de corte em uma área de<br />

pesquisa na Floresta Nacional do Tapajós, no oeste do<br />

Pará. Os dados apontam para a regeneração da floresta<br />

em volume, mas também mostram a necessidade de planos de manejo que visem a manutenção das populações de todas as<br />

espécies arbóreas, garantindo maior diversidade e rentabilidade.<br />

Em 1979, quando houve o primeiro corte na área, as arbóreas majestosas, e logo, de maior valor comercial, foram, em sua<br />

maioria, retiradas. Dessa forma, no segundo ciclo, os espécimes centenários, como jatobá, jarana, maçaranduba e quarubarana,<br />

entre outras, não ocorreram na mesma frequência, resultando em queda no valor da floresta. “O grande desafio não é selecionar<br />

a espécie, mas a árvore a ser colhida e com isso manter as populações de todas as espécies, garantindo a rentabilidade e a<br />

conservação para todos os ciclos”, explica o pesquisador Lucas Mazzei. A pesquisa vai gerar como resultado, uma metodologia<br />

de apoio por meio da indicação de um sistema de manejo que parte da seleção dos indivíduos e espécies a serem exploradas<br />

comercialmente. Esse novo modelo está em elaboração e o pesquisador acredita publicá-lo ainda no primeiro semestre de <strong>2015</strong>.<br />

Foto: divulgação<br />

ÁREAS<br />

PROTEGIDAS<br />

Foto: arquivo<br />

Pesquisadores de universidades americanas<br />

e britânicas desenvolveram um modelo<br />

para calcular os benefícios econômicos proporcionados<br />

pelas áreas protegidas. As contas<br />

indicam que, em todo o mundo, parques nacionais<br />

e outras reservas recebem pelo menos<br />

8 bilhões de visitantes todos os anos. Esse número<br />

se expressa também nos gastos dos turistas,<br />

mais de U$ 600 bilhões anualmente. Os<br />

cálculos usaram dados de 550 locais, dos quais<br />

22 Unidades de Conservação eram do Brasil. Porém, existe uma grande diferença entre o número de visitantes de<br />

países ricos em relação ao de nações menos desenvolvidas economicamente. Na América do Norte, áreas protegidas<br />

recebem mais de 3 bilhões de pessoas por ano, enquanto na África, o número de visitas anuais em alguns áreas não<br />

chega a 100 mil. Na América Latina, são 148 milhões de visitantes todos os anos em áreas protegidas.<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

17


NOTAS<br />

RESTRIÇÕES<br />

NO PERÍODO<br />

CHUVOSO<br />

Já estão valendo as restrições das atividades de construção<br />

de estradas, pátios, corte, arraste e transporte na<br />

floresta no período chuvoso, para os Planos de Manejo<br />

<strong>Florestal</strong> Sustentável em floresta de terra firme, no bioma<br />

Amazônia, observada a sazonalidade local. As regras estabelecidas pela IN (Instrução Normativa 3) do Ibama valem para contratos<br />

de concessão florestal na esfera da administração pública federal. O órgão define o período de 16 de dezembro a 14 de maio.<br />

No caso do transporte, a restrição não se aplica às toras armazenadas no pátio de concentração principal, desde que utilizadas<br />

as estradas principais da UMF (Unidade de Manejo <strong>Florestal</strong>). Nesse caso, considera-se pátio de concentração principal o<br />

local de armazenamento de produtos florestais na área do Pmfs (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável), ao longo das estradas<br />

principais, onde se concentra a produção antes do transporte para a unidade de processamento.<br />

Será admitido o início das atividades de corte utilizando motosserra 30 dias antes do fim do período determinado pela IN.<br />

“Nos casos em que houver regulamentação específica do órgão ambiental estadual competente, poderá ser adotado o período<br />

de restrição estadual de forma a unificar o calendário local, desde que haja manifestação favorável pela Diretoria de Uso<br />

Sustentável da Biodiversidade e Florestas”, alerta o Ibama.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

DRIBLANDO<br />

A CRISE<br />

Foto: José Mauro Magalhães Moreira<br />

O setor florestal permanece em alta no<br />

município de Três Lagoas (MS), segundo dados<br />

da Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do<br />

Sul). Somente em <strong>2015</strong>, já foram abertas 209<br />

empresas na cidade. Ainda, de acordo com a<br />

pesquisa, neste ano apenas 63 companhias foram<br />

extintas – um número baixo para a Junta, e<br />

o índice de sobrevivência das empresas, por sua<br />

vez, chegou a quase 70%, o que é considerado<br />

alto pelo próprio estudo. Para Ottony Ornellas, diretor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas,<br />

o setor florestal tem sido o grande responsável pelo desempenho positivo da economia no município. “A expectativa<br />

de novos empreendimentos no setor vem motivando alguns empresários que perderam dinheiro em função de outros<br />

negócios, a buscar formas de prestação de serviço”, afirmou Ottony.<br />

18<br />

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ALTA E BAIXA<br />

BOLSA VERDE<br />

A BVRio (Bolsa de Valores Ambientais) lançou no final de março uma nova versão da plataforma eletrônica de negociação<br />

de ativos ambientais BVTrade (www.bvtrade.org). A plataforma possibilita que mecanismos de mercado<br />

florestais e de logística reversa sejam comercializados para o cumprimento de leis ambientais, como o Código<br />

<strong>Florestal</strong> e a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Criada em 2012, a BVTrade opera o mercado florestal por<br />

meio da comercialização das CRAs (Cotas de Reserva Ambiental), e de Créditos de Unidades de Conservação.<br />

A plataforma conecta proprietários e produtores rurais de todo o Brasil que precisam regularizar sua<br />

reserva legal.<br />

ALTA<br />

VESPA DA MADEIRA SOB CONTROLE<br />

Entidades catarinenses firmaram parceria para monitorar e controlar a vespa da madeira,<br />

principal praga dos plantios de pinus no Brasil. O termo de cooperação técnica foi assinado em reunião do<br />

Comitê Estadual de Gestão <strong>Florestal</strong>. A medida vai beneficiar principalmente o reflorestamento das pequenas<br />

propriedades. “O controle da praga tem sido feito pelas grandes empresas, mas havia uma lacuna no atendimento<br />

às propriedades menores. O acordo preenche essa lacuna disponibilizando a tecnologia por meio do<br />

combate biológico. Todo o sistema florestal catarinense estará protegido e com a praga controlada para evitar<br />

prejuízos econômicos”, afirma o presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria <strong>Florestal</strong> da Fiesc<br />

(Federação das Indústrias de Santa Catarina), Odelir Battistella.<br />

AMAZÔNIA ABSORVE MENOS CARBONO<br />

O trabalho desenvolvido por uma equipe internacional de cientistas mostra que a capacidade da floresta<br />

Amazônica de absorver gases do efeito estufa diminuiu drasticamente ao longo dos anos.<br />

O estudo com 321 trechos de partes da Amazônia jamais afetadas por atividades humanas estimou que<br />

a quantidade de dióxido de carbono absorvida pela floresta caiu 30%, ou de 2 bilhões de toneladas por<br />

ano nos anos 1990 para 1,4 bilhão nos anos 2000. A Amazônia vem assimilando grandes quantidades de<br />

dióxido de carbono, o que levou a um rápido crescimento das plantas, mas também a uma mortalidade<br />

precoce que aumentou em mais de um terço desde a década de 1980.<br />

O estudo afirma que a morte acentuada de árvores pode estar ligada a secas severas<br />

como a de 2005.<br />

BAIXA<br />

ENERGIA SALGADA<br />

O Brasil tem a energia mais cara para o setor industrial. Pelo menos é o que aponta o estudo feito pela<br />

Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). De acordo com a entidade, o país passou<br />

à primeira colocação em um espaço de menos de um mês. O ranking realizado pela federação tem como<br />

base os reajustes de tarifa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). No mês de março superamos<br />

Índia e Itália. Segundo a Firjan, o preço médio da energia para a indústria brasileira atingiu o valor de R$ 534,28<br />

por MWh (megawatt-hora). Na ponta oposta, estão Argentina (R$ 51 por MWh), Canadá (R$ 115,2 por MWh) e EUA (Estados<br />

Unidos da América) - R$ 122,7 por MWh. A federação também faz uma comparação entre Estados. O Rio de Janeiro é o que tem<br />

o preço mais alto, de R$ 664,05 o MWh, seguido de Mato Grosso (R$ 640,87) e Espírito Santo (R$ 639,28).<br />

20<br />

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BIOMASSA<br />

PRODUÇÃO DE BRIQUETE<br />

CRESCE 4,4% AO ANO<br />

Foto: divulgação<br />

D<br />

e acordo com dados da Embrapa (Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária), a produção de briquetes<br />

cresce 4,4% a cada ano. Segundo o pesquisador<br />

José Dilcio Rocha, o país produz 1,2 milhão de toneladas<br />

dessa biomassa anualmente, dos quais 930 mil t (toneladas)<br />

são resultado de atividades florestais e madeireiras e 272 mil t<br />

são proveniente de resíduos agrícolas. “Por isso acredito que a<br />

biomassa tem enorme potencial entre as matrizes nacionais”,<br />

afirma José. Os briquetes possuem diâmetro superior a 50 mm<br />

(milímetros) e substituem a lenha em muitas aplicações. Em<br />

residências eles podem ser usados na lareira e churrasqueira, em hotéis e indústrias ele pode ser usado em caldeiras<br />

e nos mais diversos estabelecimentos comerciais, como: olarias, padarias, pizzarias, laticínios, indústria química, têxtil,<br />

cerâmica, cimento, entre outras.<br />

TÉRMICAS A<br />

BIOMASSA EM ALTA<br />

N<br />

o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico<br />

Brasileiro, elaborado pelo MME (Ministério de Minas<br />

e Energia), apontou elevação de 23,4% na produção de<br />

energia elétrica por termelétricas a biomassa nos últimos 12 meses.<br />

A matriz de produção do Sistema Elétrico Brasileiro, que totalizou<br />

550.334 GWh (Gigawatts) no período de fevereiro de 2014 a<br />

janeiro de <strong>2015</strong>, apresentou maior geração por meio de hidrelétricas<br />

(72,4%). Neste período, foram gerados 21.185 GWh pelas<br />

térmicas a biomassa. A capacidade instalada total de geração de<br />

energia elétrica no mês de fevereiro registrou 134.794 MW, variação<br />

positiva de 6,4% em relação a 2014. As térmicas a biomassa,<br />

responsáveis por 9,2% desta matriz de capacidade, apresentaram<br />

aumento de 8,6% no mesmo mês, com capacidade de 12,391 MW<br />

(Megawatts), oriundos de 504 usinas.<br />

Foto: divulgação<br />

22<br />

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APLICAÇÃO<br />

PRECISÃO<br />

MILIMÉTRICA<br />

D<br />

ois novos mapas da cobertura florestal<br />

do mundo, com acesso aberto<br />

ao público, permitem localizar a<br />

massa de florestas e selvas do planeta com<br />

alta precisão. O Liasa (Instituto Internacional<br />

para a Análise de Sistemas Aplicados), responsável<br />

pelo anúncio da pesquisa, informou<br />

que esses mapas, podem ser baixados no<br />

site da www.geo-wiki.org/download-data/.<br />

Graças aos detalhes que alcançam sobre a<br />

localização e a extensão das florestas, esses<br />

mapas fornecem informações essenciais para<br />

a ecologia, a mudança climática e a modernização<br />

econômica, assim como para as estimativas sobre o desmatamento e a degradação florestal. Para verificar a<br />

classificação da massa florestal, os especialistas se basearam em uma rede de cidadãos cientistas que trabalharam com<br />

a ajuda de imagens de alta resolução proporcionadas por satélites de diferentes lugares.<br />

Foto: divulgação<br />

PLANTANDO<br />

COPOS<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

U<br />

ma startup norte-americana criou um<br />

copo descartável de café que traz sementes<br />

embutidas, assim é possível plantá-lo.<br />

Dentro de 180 dias, ele se desintegra e dá origem a<br />

uma muda de planta, gerando desde flores a uma<br />

variedade de árvores nativas. O consumidor pode,<br />

por exemplo, plantar o copo em sua comunidade<br />

para realçar a paisagem local, espaços urbanos<br />

ou jardins comunitários. Mas se preferir, também<br />

pode descartá-lo em um recipiente especial dentro<br />

da própria loja, onde a equipe do Reduce.Reuse.Grow.<br />

A princípio, os copos que se transformam<br />

em árvores estarão disponíveis na Califórnia, mas<br />

há planos de expandir o projeto para todo os EUA (Estados Unidos da América). Apenas por lá, são descartados<br />

mais de 146 bilhões de copos de café por ano.<br />

24<br />

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INFORMAÇÕES: (41) 3333.1023 | comercial@revistareferencia.com.br


FRASES<br />

Com tecnologia<br />

e inclusão social<br />

no campo, o Brasil<br />

tem condições<br />

de alavancar sua<br />

produção sem<br />

aumentar a área<br />

desmatada<br />

A gente ensinava aos estudantes todas as<br />

práticas de desenvolvimento sustentável, de<br />

manejo e conservação do ambiente, mas não<br />

praticava aqui dentro. Era tipo aquele ditado: casa<br />

de ferreiro, espeto de pau<br />

José Roberto Escolforo, reitor da Ufla (Universidade Federal de Lavras), em Minas<br />

Gerais, ao comentar a conquista de instituição com o melhor posicionamento da<br />

América Latina no GreenMetric World University Ranking.<br />

Sistemas florestais naturais são potencialmente<br />

o melhor uso do solo para a proteção dos recursos<br />

hídricos, enquanto que as práticas agrícolas tendem<br />

a alterar as características físicas, químicas e<br />

biológicas das águas<br />

Ministra da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento, Kátia Abreu.<br />

Silvio Frosini e Barros Ferraz, professor do USP/Esalq (Departamento de Ciências<br />

Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).<br />

São necessárias mudanças urgentes na legislação<br />

que fixa parâmetros de segurança na atividade, além de<br />

conscientização tanto da sociedade civil, que apresenta<br />

insegurança diante de tantas mortes e, portanto,<br />

precisa ser agente fiscalizador desta atividade, quanto<br />

dos condutores, que precisam estar cientes do perigo<br />

que fazem a si mesmo e à sociedade<br />

Engenheira florestal Mariana Peres Lima, professora da Ufmt (Universidade<br />

Federal de Mato Grosso), ao comentar as condições precárias do transporte de<br />

madeiras.<br />

Foto: Agência Brasil<br />

Será prioridade, também, a implementação<br />

de outros dispositivos do novo Código <strong>Florestal</strong>,<br />

como o manejo florestal, manejo e uso do fogo, e<br />

reposição florestal<br />

Raimundo Deusdará Filho durante a posse como diretor-geral do SFB<br />

(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro).<br />

26<br />

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Na ReferEncia FLORESTAL vocE tem<br />

acesso a todo nosso conteUdo exclusivo<br />

a qualquer hora e em qualquer lugar<br />

Mais informações: www.referenciaflorestal.com.br | Telefone: + 55 (41) 3333.1023


ENTREVISTA<br />

Foto: Rafael Macedo<br />

Lonard Scofield dos Santos<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

Curitiba (PR) em 11 de janeiro de 1957<br />

Curitiba (PR), January 11, 1957<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor de Marketing e Vendas da Komatsu Forest Brasil<br />

Director of Marketing and Sales for Komatsu Forest Brasil<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Administração de Empresas pela Ufpr (Universidade Federal do Paraná)<br />

Business Administration, Ufpr (Federal University of Paraná)<br />

N<br />

ão há dúvidas que enfrentamos uma grave crise econômica.<br />

Mas alguns segmentos permanecem investindo.<br />

Entre esses setores que parecem passar à margem da<br />

turbulência Para ter está acesso o florestal, a esse o de conteúdo, papel e o assine de celulose. a revista Observa-<br />

-se expansão de grandes <strong>Referência</strong> indústrias, <strong>Florestal</strong> o que reflete diretamente no<br />

aumento www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

de vendas de máquinas e equipamentos florestais. Esse<br />

panorama é confirmado por Lonard Santos, diretor de Marketing e<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Vendas da Komatsu Forest Brasil, entrevistado deste mês. Ele avaliou<br />

o momento atual do 0800 mercado, 600 2038 das novidades em tecnologia,<br />

do interesse em ampliar a mecanização na silvicultura e anunciou<br />

em primeira mão para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, o lançamento<br />

do Banco Komatsu no Brasil, que passa a operar agora em<br />

abril. Acompanhe mais sobre essa e outras novidades exclusivas<br />

na entrevista realizada na sede da empresa, em Curitiba (PR).<br />

Sem crise<br />

No crisis<br />

T<br />

here is no doubt that we are facing a serious economic<br />

crisis. But some segments still remain investing. Amongst<br />

these sectors, where this crisis appears to have passed by,<br />

are the Para Forest, ter and acesso Pulp a and esse Paper conteúdo, Sectors. assine One can a see revista expansion<br />

of large companies which <strong>Referência</strong> reflects <strong>Florestal</strong> directly on increased sales of<br />

forestry www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

machinery and equipment. This panorama is confirmed<br />

by Lonard Santos, Director of Marketing and Sales for Komatsu<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Forest Brasil, interviewed in this month’s issue. He assesses the<br />

current market, innovations 0800 in 600 technology, 2038 interest in expanding<br />

mechanization in forestry, and announced, firsthand in REFERÊN-<br />

CIA FLORESTAL, the launching of Banco Komatsu in Brazil, which<br />

started operating in April. Read more about this and other exclusive<br />

news in the interview conducted at the Company’s headquarters<br />

in Curitiba (PR).<br />

28<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Apesar da economia brasileira estar estagnada, o setor<br />

florestal vive um momento de investimentos, realizados<br />

principalmente por grandes empresas. Por quê o segmento<br />

parece destoar um pouco deste momento de recessão?<br />

Concordo que estamos em um momento de estagnação<br />

econômica, tenho conversado com amigos de outros setores<br />

e realmente o mercado está em recessão. No setor de papel<br />

e celulose, como são investimentos de longo prazo e longa<br />

maturação e são realizados por empresas muito fortes e<br />

capitalizadas, uma vez definido o investimento elas seguem<br />

adiante. Para Precisa-se ter acesso de sete a esse anos conteúdo, para ter uma assine rotação a de<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

eucalipto, são 14 anos para o corte raso do pinus para processo.<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Uma empresa que traça uma expansão para 2020,<br />

por exemplo, vai realizar o investimento independente dos<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

rumos da economia, porque papel e celulose são commodities<br />

que vão basicamente 0800 para 600 o 2038 mercado externo. Por isso<br />

alguns setores sentem a recessão, mas o setor florestal não<br />

ainda. Houve aumento de procura e de vendas de máquinas.<br />

Estamos realizando vendas para clientes grandes e fiéis.<br />

Falando em grandes empresas, elas procuram ter o controle<br />

total sobre as operações. Cada detalhe faz diferença. Como<br />

atender essas exigências?<br />

A Komatsu Forest é pioneira em contratos de manutenção<br />

no Brasil, esse contrato passa por uma parceria muito grande<br />

entre a empresa contratante e a contratada para buscar o<br />

menor preço por metro cúbico. Então, realizamos reuniões<br />

frequentes com os grandes players com quem temos contrato<br />

de manutenção. São mais de 500 funcionários somente<br />

para essa atividade, o que possibilita uma integração muito<br />

grande. São empresas muito profissionalizadas que levam<br />

o controle ao extremo.<br />

Percebeu alguma mudança no perfil do cliente em geral,<br />

seja grande ou pequeno?<br />

Honestamente ainda não. Acho que as empresas precisam<br />

ter uma integração muito maior entre operação, manutenção<br />

e compras. Muitas vezes elas têm um trabalho muito<br />

grande na base, no que diz respeito à escolha técnica de<br />

manutenção e operação, mas a decisão final passa pelo<br />

montante de investimento. Não que elas estejam realizando<br />

compras ruins, absolutamente, mas ainda não estão totalmente<br />

integradas.<br />

Qual a perda nessa falta de comunicação?<br />

Não diria que há prejuízo ou perda financeira e material. Diria<br />

que a empresa perde em médio e longo prazo em termos<br />

de eficiência e custo. As vezes a operação está acostumada<br />

com determinado equipamento e indica para compra, mas<br />

o departamento comercial compra outro, que também<br />

pode ser de bom nível. Mas, em médio e longo prazos acaba<br />

trazendo grande investimento em estoque com outro fornecedor,<br />

havendo falta de estrutura de assistência técnica.<br />

Despite the stagnant Brazilian economy, the Forest Sector<br />

is going through a period of investment, mainly carried out<br />

by large companies. Why does the segment seem to be going<br />

against the grain during this current period of economic<br />

stagnation?<br />

I agree that we are in a period of economic stagnation. I<br />

have talked with friends from other sectors and the market<br />

really is in recession. In the Pulp and Paper Sector, as investments<br />

are long-term and take a long time to mature, and are<br />

made by very strong and well capitalized companies, so that<br />

once defined, Para ter the acesso planned a investment esse conteúdo, goes on. assine It takes a seven<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

years to complete a eucalyptus rotation, and 14 years for the<br />

clear cut www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

of a pine plantation. A company which outlines its<br />

expansion<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

plans to 2020, for example, will continue on making<br />

investments, regardless of the direction of the economy,<br />

because pulp and paper 0800 are 600 commodities 2038 that are destined<br />

mainly to the foreign market. That’s why some sectors feel<br />

the recession more than others, but the Forest Sector has not<br />

yet felt any downturn. There is an increase for the demand<br />

and sales of machines. So, we are still selling to big long-time<br />

customers.<br />

In speaking of large corporations, they are seeking full control<br />

over their operations, where every detail makes a difference.<br />

How do you meet these needs?<br />

Komatsu Forest is a pioneer in maintenance contracts in<br />

Brazil. These contracts are like a partnership between the<br />

contractor and the contracted in orderto obtain the lowest<br />

price per cubic meter. So, we have frequent meetings with<br />

the large players who have a maintenance contract; we have<br />

more than 500 employees just engaged in this activity, so we<br />

are completely integrated with their needs. They really are<br />

very professional companies that take control to the extreme.<br />

In general, have you noticed any changes in customer profile,<br />

whether big or small?<br />

Honestly, not yet. I think that companies need to have a<br />

much greater integration between operations, maintenance<br />

and purchasing. They often put in a large effort in base work<br />

as regards the choice of technical maintenance and operation,<br />

but the final decision is made due to the amount of the<br />

investment. Not because they’re bad at shopping at all, but<br />

are not yet fully integrated.<br />

What is the loss due to this lack of communication?<br />

I wouldn’t say that there are any losses, financial or material.<br />

I would rather say that the company does lose out over the<br />

medium and long term as to efficiency and cost. Sometimes,<br />

Forest Operations are accustomed to carry out their work<br />

with certain equipment and indicate this to be purchased,<br />

but Purchasing Department buys another. This equipment<br />

may also perform well. But over the medium and long term,<br />

this ends up increasing the investment in spare parts from<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

29


ENTREVISTA<br />

São poucas empresas no Brasil que têm essa integração de<br />

fato entre a floresta e o departamento de compras.<br />

Aquele pequeno empreendedor florestal, que na Europa<br />

normalmente procura mecanizar a operação, também está<br />

com essa consciência aqui no Brasil?<br />

Sim. Nos últimos três anos nosso volume de vendas para o<br />

mercado pulverizado tem aumentado por diversos fatores,<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

entre eles, dificuldade revista <strong>Referência</strong> com mão <strong>Florestal</strong> de obra e a segurança<br />

do trabalho. Mesmo prestadores de serviço de pequeno<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

e médio portes estão buscando mecanizar e nós estamos<br />

procurando assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

facilitar o acesso para esse tipo de usuário.<br />

0800 600 2038<br />

Qual é a primeira necessidade desse pequeno cliente ou<br />

qual a mais urgente, normalmente, quando procuram<br />

mecanizar?<br />

O maior receio desse pequeno produtor que quer investir<br />

em uma serraria, por exemplo, é do ponto de vista da<br />

manutenção, que é o nosso receio também. A máquina<br />

é simplesmente uma ferramenta. Se não tiver quem sabe<br />

operar e mantê-la, não vai produzir o que precisa. Por isso<br />

temos um trabalho bastante grande de análise de custo<br />

desse provável comprador e, também, da estrutura interna<br />

dele, recomendando ações como contratação de mecânicos<br />

ou formação desse profissional. Apenas realizar o curso de<br />

um mês não é suficiente para se dar manutenção em uma<br />

máquina florestal. Além disso, o maior desafio é financeiro<br />

porque infelizmente o Brasil não desenvolveu um mercado<br />

de financiamento para prestador de serviço. Por isso, vou<br />

falar para a REFERÊNCIA FLORESTAL em primeira mão: iniciamos<br />

a operação do Banco Komatsu aqui no Brasil neste mês<br />

de abril. Até agora essa informação não havia sido divulgada<br />

oficialmente. Está no processo final de homologação junto<br />

ao Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e<br />

Social) para ser um agente Finame, mas como CDC (Crédito<br />

Direto ao Consumidor) e leasing, o Banco Komatsu já está<br />

em operação. É um grande avanço porque a Komatsu olha<br />

muito para os relacionamentos de longo prazo. Mesmo que<br />

o cliente não tenha um histórico muito favorável, olhamos<br />

another supplier, and there also may be the lack of structure<br />

for technical assistance. There are few companies in Brazil<br />

that have this integration between Forest Operations and<br />

Purchasing.<br />

Normally, the small forest businessman in Europe is trying<br />

to mechanize his operation. Is this trend also present, here<br />

in Brazil?<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

Yes. Over the last revista three <strong>Referência</strong> years, our sales <strong>Florestal</strong> volume in the small<br />

operation market has increased due to several factors, including<br />

difficulty in finding labor and workplace safety. Even<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

small and assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

medium-sized outsourced service providers are<br />

looking to mechanize, and we are looking for easier access<br />

0800 600 2038<br />

to this kind of user.<br />

What is the small customer’s first need or what is normally<br />

the most urgent need, when seeking to mechanize?<br />

The greatest concern of the small producer who wants to invest<br />

in a sawmill, for example, is from the point of view of<br />

maintenance, which is our fear, too. The machine is just a<br />

tool. If you don’t have the knowhow to operate and maintain<br />

the operation, it won’t produce what you need. So we<br />

carry out a comprehensive job of cost analysis and internal<br />

structure for likely buyers, recommending actions, such as<br />

hiring or training the maintenance mechanics needed. Just<br />

taking a monthly course is not enough to maintain a forest<br />

machine. In addition, the biggest challenge is the financial,<br />

because unfortunately Brazil has not developed a market for<br />

helping finance the outsourced service provider. Therefore, I<br />

am going to tell you, firsthand, ato REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

about the operation of the Banco Komatsu, which, here in<br />

Brazil, just started this April. To date, this information has not<br />

been officially disclosed. The Bank is in the final process of<br />

receiving approval from the Bndes (National Development<br />

and Social Bank) to be a Finame financing agent; however,<br />

the CDC (Consumer Direct Credit) and Banco Komatsu leasing<br />

operations have already begun. It is a major breakthrough<br />

because Komatsu looks for long-term relationships. Even if<br />

the customer does not now present a very favorable financial<br />

“Revelo em primeira mão para a Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, que iniciamos as<br />

operações do Banco Komatsu aqui no Brasil”<br />

30<br />

www.referenciaflorestal.com.br


“Já tivemos grandes crises no Brasil, quando<br />

vendem-se uma ou duas máquinas por ano, e não<br />

50 a 60 como atualmente. Acho difícil que uma<br />

empresa de pequeno porte, sem fôlego, consiga<br />

se manter no mercado”<br />

para o futuro, o que podemos construir mais adiante. O Banco<br />

Komatsu já é um gigante no mercado norte-americano,<br />

com carteira de financiamento superior a US$ 2 bilhões nos<br />

EUA (Estados Unidos da América) e Canadá. Já opera na<br />

Europa, no Japão e agora passa a operar no Brasil.<br />

O banco vai atender todos os perfis de cliente? Quais requisitos<br />

Para ele ter deve acesso reunir a para esse ser conteúdo, um financiado? assine a<br />

A intenção é<br />

revista<br />

que o banco<br />

<strong>Referência</strong><br />

facilite<br />

<strong>Florestal</strong><br />

e alavanque vendas de<br />

máquinas www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

pela Komatsu para nosso cliente. O que vamos<br />

observar muito é a posição específica daquele cliente no<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

mercado: para quem ele trabalha, há quantos anos, qual o<br />

relacionamento com 0800 aquela 600 empresa 2038 para quem ele presta<br />

serviço e que contrato ele tem com a empresa.<br />

Então pode-se considerar que a iniciativa vai apoiar os<br />

pequenos empreendedores florestais?<br />

Sim, porque os grandes conseguem investimento no exterior<br />

ou mais barato aqui no Brasil. Agora, o pequeno não tem<br />

essa vantagem. Por isso ele precisa do banco da fábrica para<br />

apoiá-lo em seu negócio.<br />

Apesar da ideia ser facilitar o acesso de empresários às<br />

máquinas, toda instituição financeira busca lucro, esse é<br />

o fundamento básico para que ela exista. Como o Banco<br />

Komatsu vai operar nesse sentido?<br />

No caso do Finame, as regras são ditadas pelo próprio Bndes,<br />

ou seja, o processo é igual para qualquer banco. O grande<br />

diferencial do Banco Komatsu vai ser nas operações de CDC<br />

e leasing. Nessas operações naturalmente que o banco vai<br />

visar lucro, mas é muito abaixo do praticado pelos bancos<br />

comerciais. Já comparamos as taxas do Banco Komatsu a<br />

outros bancos e a diferença, naquele dia, foi 15% menor<br />

para o crédito que oferecemos.<br />

Essa diferença e a dificuldade para crédito se explica pela<br />

falta de conhecimento das instituições financeiras de<br />

maneira geral?<br />

Verdade, há um overpricing para compensar o risco. Isso<br />

structure, we look to the future, where we can build together.<br />

Komatsu Bank affiliates are already giants in the North<br />

American market with a financing portfolio in excess of $ 2<br />

billion in the US and Canada. It already has affiliates in Europe,<br />

in Japan and now in Brazil.<br />

Will the Bank serve all types of customers? What requirements<br />

Para must they ter acesso meet to a receive esse conteúdo, financing? assine a<br />

The intention is<br />

revista<br />

that the<br />

<strong>Referência</strong><br />

Bank will<br />

<strong>Florestal</strong><br />

facilitate and leverage<br />

Komatsu www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

machines sales for our customers. What we very<br />

much look at is the specific position of the customer in the<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

market, for whom he works, for how long, what is the relationship<br />

with that company 0800 600 for whom 2038 he provides services,<br />

and what the service contract is he has with the company.<br />

So you can consider that this initiative will support smallscale<br />

forest businessmen?<br />

Yes, because the large companies manage to get financing<br />

from overseas or cheaper here in Brazil. Now this little guy<br />

doesn’t have that advantage. That’s why he needs a bank<br />

linked to the manufacturer to support him in his business.<br />

Despite the idea being to facilitate the access of businessmen<br />

to machines, all financial institution seek a profit. This<br />

is the basic foundation for which it exists. How will Komatsu<br />

operate in this sense?<br />

In the case of Finame, the rules are dictated by Bndes, itself,<br />

in other words, the process is the same for all banks. The big<br />

difference for Komatsu will be in CDC and leasing operations.<br />

For these operations, the Bank will naturally aim to profit,<br />

but far less than that practiced by commercial banks. We<br />

compared the Komatsu bank rates with other banks, and,<br />

that day, Komatsu rates were more than 15% lower.<br />

Is this difference and difficulty in obtaining credit explained<br />

by the lack of knowledge on the part off financial institutions,<br />

in general?<br />

True, there’s an overpricing to compensate for the risk. This<br />

is because a large commercial bank does not understand the<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

31


ENTREVISTA<br />

acontece porque um banco comercial grande não conhece<br />

a realidade do mercado brasileiro florestal, não sabe o dia<br />

a dia de um prestador de serviços. Nós sabemos e vamos<br />

ser um advogado de nosso cliente junto ao Banco Komatsu.<br />

Qual a estratégia de ação da Komatsu para este ano?<br />

Vamos manter nossa filosofia de marketing. Fizemos uma<br />

modificação que vai resultar em aumento no volume de<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

vendas e maior aproximação com o cliente. Nós unimos no<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

mesmo departamento peças, serviços e planejamento de<br />

estoque. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Isso vai trazer agilidade no atendimento ao cliente.<br />

E o grande assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

diferencial para alavancar vendas será mesmo o<br />

Banco Komatsu. Além disso, apesar de não poder dar muitos<br />

detalhes, o lançamento<br />

0800 600<br />

de uma<br />

2038<br />

nova máquina florestal<br />

será feito esse ano e claro que a REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

estará convidada a participar. O evento oficial acontecerá<br />

em julho ou agosto no Brasil e terá um grande impacto.<br />

Vamos poder capturar uma parte do mercado na qual não<br />

estamos atuando ainda.<br />

E no campo da produção de equipamentos. Existe uma linha<br />

diferenciada para operações que não demandam tanta<br />

produtividade? Seria uma linha menos robusta, no caso?<br />

Na verdade não. Porque precisa ter um ganho de escala na<br />

fabricação de um determinado produto. Então, o mesmo<br />

harvester de esteira ou sobre pneus, ou o mesmo padrão de<br />

forwarder que oferecemos para um grande player do mercado<br />

é a mesma máquina que oferecemos para o prestador<br />

de serviço. Mesmo porque quando o grande player contrata<br />

o prestador de serviço, ele vai exigir segurança, qualidade,<br />

respeito ao meio ambiente, zero emissão de poluentes.<br />

Então tem que ser uma máquina de primeira linha.<br />

Existe ainda muita adaptação com tratores agrícolas. Acha<br />

que é uma boa solução?<br />

Acredito que sim, respeitados os volumes mensais da operação<br />

é um boa alternativa. Mas acredito que cada vez mais<br />

as empresas contratantes estão exigindo grandes volumes<br />

para reduzir custo. Isso faz com que o prestador de serviço<br />

ganhe em escala de produção, quando isso acontece ele<br />

precisa de máquinas profissionais e não mais adaptações.<br />

reality of the Brazilian forestry market, and doesn’t understand<br />

the day-to-day of an outsourced service provider. We<br />

understand and we’re going to be our customer’s lawyer with<br />

the Banco Komatsu.<br />

What is the Komatsu’s strategy of action for this year?<br />

We will maintain our same marketing philosophy. But we<br />

made a modification in sales strategy that will result in increased<br />

sales volume and greater proximity to the customer.<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

We have brought together spare parts, service and inventory<br />

planning. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

This will lead to agility in customer service. And an<br />

even greater assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

advantage levering sales will be Banco Komatsu.<br />

Moreover, despite not being able to provide too many<br />

details, Komatsu will launch<br />

0800 600<br />

a new<br />

2038<br />

forest machine later this<br />

year, where REFERÊNCIA FLORESTAL will be invited to participate.<br />

The official event will take place in July or August in<br />

Brazil, and will have a large impact on the market, such that<br />

we can expect to capture a part of the market in which we<br />

are not working yet.<br />

And in the field of equipment production. Is there a separate<br />

line for the smaller operation that doesn’t require as<br />

much productivity? In the case, would it be a less robust<br />

line?<br />

Actually not, because you need to have a gain of scale in<br />

the manufacturing process for a given product. So the same<br />

belted or tire harvester, or the same forwarder design that<br />

we offer for a big player in the market is the same machine<br />

that we offer to the outsourced service provider. Because<br />

when the big player hires the service provider, he will require<br />

safety, quality, respect for the environment, zero pollutant<br />

emissions. So it has to be a first-line machine.<br />

There still exists a lot of agricultural tractors being adapted<br />

to work in the forest. Do you think that this is a good solution?<br />

I believe so, when the monthly operating volumes call for<br />

small operations, they are a good alternative. But I believe<br />

that more and more outsourced service providers need to operate<br />

with large volumes to reduce costs. This means that to<br />

gain production scale, they need professional machines and<br />

“As empresas precisam ter uma integração<br />

muito maior entre operação, manutenção<br />

e compras”<br />

32<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Quanto a mecanização da silvicultura, observa investimentos<br />

nessa etapa da operação?<br />

Vejo sim. Tem inclusive um grupo formado por seis grandes<br />

empresas, que devem representar 70% do investimento<br />

em silvicultura no Brasil em termos de preparo de solo e<br />

plantio, que se juntaram em um pool com essa finalidade.<br />

Elas contratam uma consultoria especializa para estudar<br />

mecanização de silvicultura. Convidaram a Komatsu Forest<br />

para participar desse programa e felizmente aceitamos.<br />

Vamos desenvolver, dentro da nossa linha, máquinas especificamente<br />

Para florestais ter acesso para a o esse uso em conteúdo, silvicultura. assine Um exemplo a<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

é o trator de esteira florestal, o que não existe hoje ainda no<br />

mundo. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Inclusive, recebemos uma delegação do Grupo Komatsu<br />

da área de Pesquisa e Desenvolvimento exatamente<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

para esse processo de desenvolvimento de equipamentos<br />

para silvicultura. 0800 600 2038<br />

Falando em novos equipamentos, a Komatsu Forest realizou<br />

um lançamento mundial de seis máquinas. Qual foi o<br />

resultado dessa ação?<br />

Foram realizados upgrades significativos. Assim a corporação<br />

decidiu fazer um lançamento mundial para causar<br />

impacto mesmo. O resultado foi muito positivo. Quando<br />

teve o lançamento na Suécia, mais de 600 pessoas entre<br />

revendedores e clientes participaram da ação que durou<br />

uma semana. Como era muita gente foi necessário dividir<br />

por dia. Então, em um dia foi voltado ao mercado sueco, no<br />

outro ao alemão e assim por diante. O resultado tem sido<br />

muito positivo, estamos na mídia desde o lançamento, que<br />

foi feito em outubro do ano passado, e estamos com um<br />

volume de pedido muito grande para os novos modelos.<br />

Todas as máquinas seguiram o princípio Dantotsu, uma<br />

palavra japonesa que significa inigualável.<br />

Outro fenômeno que vem acontecendo é a chegada de<br />

muitas empresas novas no Brasil, mas com experiência<br />

internacional. Percebeu que isso está realmente se tornando<br />

tendência?<br />

Sim. Acho que o mercado florestal brasileiro é bastante<br />

grande. Nos anos de vacas gordas tem espaço para outros<br />

fabricantes, o problema é se esse pessoal vai se sustentar ao<br />

longo dos anos. Já tivemos grandes crises no Brasil, quando<br />

vendem-se uma ou duas máquinas por ano, e não 50 a 60<br />

como atualmente. Acho difícil que uma empresa de pequeno<br />

porte, sem fôlego, consiga se manter no mercado. Já vimos<br />

isso no passado.<br />

Mesmo aqueles que vêm primeiro com implementos para<br />

sentir o mercado, para depois se estabelecer?<br />

Depende do nível de investimento que essa empresa vai<br />

fazer no pós-venda, estoque de peças, formação de mecânicos,<br />

estrutura e filiais para estar próxima ao cliente. É<br />

not further adaptations.<br />

As to forestry mechanization, do you see investments being<br />

made in this step of the operation?<br />

Yes, I do. Inclusively, there is a group made-up of six major<br />

companies, which must represent at least 70% of the investment<br />

in forestry in Brazil, in terms of soil preparation and<br />

planting, who joined together in a pool for this purpose. They<br />

hired a specialized consulting firm to study forestry mechanization.<br />

Komatsu Forest was invited to participate in this program,<br />

and Para thankfully ter acesso accepted. a esse conteúdo, We will develop, assine within a our<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

line, specific forest machines for use in forestry. An example is<br />

the forest www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

bulldozer, which no longer exists in today’s world.<br />

As such, we received a delegation from the Komatsu Group<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

in the area of research and development, exactly for this process<br />

of forestry equipment 0800 development.<br />

600 2038<br />

Speaking of new equipment, Komatsu Forest recently<br />

launched the world premiere of six new machines. What<br />

was the outcome of this action?<br />

Significant upgrades were carried out. So the Corporation decided<br />

to do a worldwide launch to cause more of an impact.<br />

The result was very positive. For the launch, held in Sweden,<br />

more than 600 people between dealers and customers participated<br />

in the event that lasted a week. As it was a large<br />

number of people, it was necessary to divide it into separate<br />

days of the week. So one day was aimed at the Swedish market,<br />

another at the German market, and so on. The result<br />

has been very positive, we have been in the media since the<br />

launch, which was held in October last year, and we have a<br />

very large order volume for the new models, according to the<br />

factory. All machines followed the Dantotsu principle, Japanese<br />

meaning unmatched.<br />

Another phenomenon that’s been going on is the arrival of<br />

many new companies in Brazil, but with international experience.<br />

Do you see this becoming a real trend?<br />

Yes. I think the Brazilian forest market is quite large. In the<br />

years of fat cows, there is room for other manufacturers; the<br />

problem is whether these people will be able to sustain themselves<br />

over the years. We have had major crises in Brazil,<br />

when these new companies sell just one or two machines per<br />

year and not the 50 to 60 being sold currently. I find it hard to<br />

believe a small business, without stamina, can remain in the<br />

market. We’ve seen this in the past.<br />

Even for those who come first with machinery to sell, feeling<br />

out the market before becoming established?<br />

This depends on the level of investment that this company is<br />

willing to make in the aftermarket, parts inventory, training<br />

of mechanics, structure and branches close to the customer.<br />

It is a bet by the customer, buying a new product, from a<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

33


ENTREVISTA<br />

uma aposta do cliente em comprar um produto novo, desconhecido<br />

no Brasil, e uma aposta desse fabricante que vai<br />

realmente permanecer no Brasil, um país complexo. Tivemos<br />

o caso recente de um fabricante que veio muito animado,<br />

mas foi embora. Não diria que o produto era ruim. Mas um<br />

produto que trabalha na Europa e um que trabalha aqui com<br />

eucalipto descascado, clima quente, poeira, sol, três turnos,<br />

muda muito de figura. Estamos dentro do Grupo Komatsu há<br />

25 anos<br />

Para<br />

e faz<br />

ter<br />

25<br />

acesso<br />

anos que<br />

a<br />

a<br />

esse<br />

gente<br />

conteúdo,<br />

muda produto<br />

assine<br />

para<br />

a<br />

poder<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

trabalhar no Brasil. O original sueco, finlandês ou Europeu,<br />

de maneira www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

geral, não casa 100% com a demanda brasileira.<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Quanto à mão de obra, existe esforço governamental ou<br />

das empresas para aumentar 0800 600 a qualificação 2038 e disponibilidade?<br />

Nosso sistema está funcionando ou faltam mais ações?<br />

Falta e muito. Observamos esforços isolados de empresas,<br />

quando acredito que não seria o papel delas de formar mão<br />

de obra e sim dos governos federal, estadual e municipal.<br />

Mas o esforço do governo é zero nesse campo. Os institutos<br />

de treinamento não têm mais foco na área florestal, não<br />

têm verba, não têm técnico. Se não for a ação isolada das<br />

empresas, ficam ainda mais sem acesso à mão de obra. Para<br />

se ter uma ideia, existe um grande instituto de treinamento<br />

no Brasil com o qual estamos discutindo a compra de um simulador<br />

há dois anos. É muito tempo para um investimento<br />

de R$ 250 mil que não sai do papel. Tenho certeza que essa<br />

instituição de formação de mão de obra arrecada milhões<br />

por mês somente do setor florestal.<br />

E como a Komatsu busca funcionários que tenham o que<br />

é necessário, principalmente aquele da linha de vendas?<br />

Atualmente estamos contratando. Prefiro ter perfil de um<br />

vendedor experiente no setor florestal ou contratar um<br />

técnico florestal para exercer a função de vendas, não tanto<br />

um engenheiro. Procuramos formar pessoas dentro de casa,<br />

começando da base, assim conhece a empresa, o produto,<br />

o modus operandi. Como falei, estamos contratando o que<br />

significa que o mercado tem demanda.<br />

manufacturer unknown in Brazil, and a bet that this manufacturer<br />

will actually stay in Brazil, a complex Country. We<br />

had a recent case of a very excited manufacturer establishing<br />

itself in Brazil, but afterwards left. I wouldn’t say that its<br />

product was bad. But a product that works well in Europe<br />

and one that works here with debarked eucalyptus, in warm<br />

weather, dust, sun, and three shifts, has to be different. We<br />

have been part of the Komatsu Group for 25 years. That is,<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

it has been 25 years that our people modified our product<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

to work better in Brazil. Equipment originally manufactured<br />

for use www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

in Swedish, European Finnish, in general, does not<br />

marry up assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

100% with Brazilian needs.<br />

As to manpower, is there<br />

0800<br />

any<br />

600<br />

governmental<br />

2038<br />

or corporate effort<br />

being made to increase availability and qualification?<br />

Is the system working or is there a need for further actions?<br />

There is a lack of actions, and many. We see isolated efforts<br />

by companies, but I believe that it should not be their role<br />

to provide education but rather it is the role of the Federal,<br />

State and municipal governments to develop manpower. But<br />

Government effort is zero in this field. Training institutes do<br />

not focus much on forestry, have no money, and no technicians.<br />

If it were not for isolated actions by companies, there<br />

would be even less access to labor. To give you an idea, there<br />

is a large training institute in Brazil with which we have been<br />

discussing the purchase of a simulator, for over two years.<br />

That’s a long time for an investment of R$ 250 thousand that<br />

has not got off the paper. I’m sure this manpower training<br />

institution receives millions per month just from the forest<br />

sector.<br />

How does Komatsu find workers who have what is needed,<br />

especially in the sales area?<br />

We are currently hiring. I’d rather have an experienced sales<br />

person with a profile in the forestry sector or hire a forest<br />

technician to perform the function of sales, not an engineer.<br />

We train people in-house, starting from zero, so they know<br />

the Company, the product, the modus operandi. As I said, we<br />

are hiring which means there is a market demand.<br />

“Nos últimos três anos, nosso volume de vendas<br />

para o mercado pulverizado tem aumentado por<br />

diversos fatores, entre eles dificuldade com mão<br />

de obra e a segurança do trabalho”<br />

34<br />

www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL<br />

CONTROLE<br />

EFICIENTE<br />

SISTEMA DE INFORMAÇÃO MODERNO<br />

APONTA CADA DETALHE DA OPERAÇÃO,<br />

PERMITE REDUÇÃO DE CUSTOS E<br />

CONFERE DINAMISMO AO NEGÓCIO<br />

FLORESTAL<br />

36<br />

www.referenciaflorestal.com.br


CONTROL<br />

WITH<br />

EFFICIENCY<br />

A MODERN INFORMATION<br />

SYSTEM POINTS OUT EVERY<br />

DETAIL OF THE OPERATION,<br />

LEADING TO REDUCED COSTS<br />

AND PROVIDING DYNAMISM TO<br />

THE FOREST BUSINESS<br />

Foto: Panorama Rastreamento<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

37


PRINCIPAL<br />

U<br />

ma operação de logística florestal é bastante<br />

complexa. Depende de diversos fatores para<br />

ser bem sucedida em todas as etapas. O transporte<br />

está entre os fatores mais sensíveis, porque deve<br />

haver uma sincronia fina entre floresta, fábrica e cliente<br />

final. Neste momento o sistema de monitoramento de<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

frotas se mostra<br />

revista<br />

essencial<br />

<strong>Referência</strong><br />

para a<br />

<strong>Florestal</strong><br />

redução de custos e<br />

otimização do processo logístico. O modelo convencional<br />

de www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

controle de estoques, ainda usado por algumas<br />

indústrias, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

não se mostra eficaz diante das condições<br />

atuais que o mercado impõe. De acordo com especialistas<br />

na área de logística e segurança corporativa, o ge-<br />

0800 600 2038<br />

renciamento deve ser feito em tempo real. As informações<br />

são muito mais precisas, o controle da operação é<br />

extremamente apurado e as tomadas de decisões mais<br />

assertivas, o que pode determinar até a viabilidade econômica<br />

de todo o negócio.<br />

A Eucatex está entre as empresas que decidiram<br />

modernizar o sistema de controle de frotas. A companhia<br />

é uma das maiores produtoras de pisos, divisórias,<br />

portas, painéis MDP e MDF, chapas de fibras de<br />

madeira, tintas e vernizes do Brasil. Com mais de 2 mil<br />

funcionários, exporta para 37 países e possui quatro<br />

modernas fábricas em Botucatu (SP) e Salto (SP). Para<br />

atender toda essa demanda as plantas industriais movimentam<br />

juntas 1,2 milhão de m³ (metros cúbicos) de<br />

madeira por mês. Na região de Salto a média é de 75 mil<br />

m³ ao mês, que são transportadas em uma distância de<br />

“Com dados mais detalhados e em<br />

tempo real, tivemos a possibilidade de<br />

ampliar nossas trocas de informações<br />

entre logística, fornecedor e fábricas”<br />

Antonio Marinho Lisboa Junior, gerente<br />

operacional da Unidade <strong>Florestal</strong> da Eucatex<br />

A<br />

forest logistics operation is quite complex. It<br />

depends on diverse factors to be successful<br />

at the diverse steps. Transport is amongst the<br />

most sensitive factors, because there must be a complete<br />

synchronization between the forest, factory and<br />

end customer. At this time, a fleet tracking system becomes<br />

essential revista for cost <strong>Referência</strong> reduction <strong>Florestal</strong> and optimization of<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

the logistics process. The conventional inventory control<br />

model, www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

still being used by some industries, is not very<br />

effective assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

under the current conditions that the market<br />

requires. According to experts in the field of logistics<br />

0800 600 2038<br />

and corporate security, management must be carried<br />

out in real time. The information is much more accurate,<br />

the control of the operation is extremely accurate, and<br />

decision-making is more assertive, all of which can even<br />

determine the economic feasibility of any business.<br />

Eucatex is amongst those companies that decided<br />

to modernize its fleet control system. The Company is<br />

one of the largest Brazilian producers of flooring, partitions,<br />

doors, MDP and MDF panels, wood fiber board,<br />

and paints and varnishes. With more than 2 thousand<br />

employees, it exports to 37 countries from its four modern<br />

mills in Botucatu (SP) and Salto (SP). To meet all this<br />

demand, the industrial plants, taken together, produce<br />

1.2 million m 3 of wood products per month. For the Salto<br />

Region, an average of 75 thousand m³ per month is<br />

transported a distance of over 150 km. For the Botucatu<br />

Region, an average of 45 thousand m³/month is transported<br />

a distance of just 50 Km.<br />

At the beginning of 2011, to increase the control over<br />

operations, the Company decided to implement a forest<br />

fleet tracking system. “Our transport providers were<br />

asked to equip 100% of their vehicles with trackers of<br />

their own choice”, explains Antonio Marinho Lisboa Junior,<br />

Manager of Operations for the Eucatex Forest Unit.<br />

Each vehicle has its tracking signal monitored by Panorama<br />

Rastreamento, the Company responsible for system.<br />

In this way, independently of carrier and brand of the<br />

tracking device, it is possible to have a real-time management<br />

on the same navigation screen, for the whole<br />

fleet. “We know the vehicle’s speed, ignition status (on/<br />

off), travel path and various other data.”<br />

In addition to fleet vehicles being tracked, the loading<br />

and unloading machines also have trackers. “In this<br />

case, the device allows the machine operator, to send<br />

messages informing his status: awaiting transport truck,<br />

maintenance, movement/change of area, and other daily<br />

routines involving loading and unloading”, says Eucatex<br />

Forest Unit Manager of Operations Antonio Marinho.<br />

Except for transport vehicles, the machine trackers<br />

belong to Eucatex.<br />

38<br />

www.referenciaflorestal.com.br


150 Km (quilômetros). Já na região de Botucatu são 45<br />

mil m³/mês que percorrem um trajeto menor na média,<br />

apenas 50 km.<br />

Para ampliar o controle das operações a empresa<br />

decidiu implementar o sistema de monitoramento da<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

frota florestal revista no início <strong>Referência</strong> de 2011. <strong>Florestal</strong> “Nossas transportadoras<br />

foram orientadas a equipar 100% dos veículos<br />

com<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

rastreadores de sua preferência”, explica Antonio<br />

Marinho assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Lisboa Junior, gerente operacional da Unidade<br />

<strong>Florestal</strong> da Eucatex. Cada veículo deve ter seu sinal espelhado<br />

para a Panorama Rastreamento, empresa res-<br />

0800 600 2038<br />

ponsável pelo fornecimento do sistema. Desta forma,<br />

independente das transportadoras e da marca do aparelho<br />

de rastreamento, é possível ter uma gestão em<br />

tempo real e, na mesma tela de navegação, de todas as<br />

frotas. “Sabe-se a velocidade do veículo, status da ignição<br />

(ligado/desligado), trajeto e diversos outros dados.”<br />

Além dos veículos da frota serem rastreados, as máquinas<br />

de carregamento e descarregamento também<br />

possuem rastreadores. “Neste caso, o aparelho possibilita<br />

ao operador da máquina, enviar mensagens informando<br />

o status: carregamento, aguardando caminhão,<br />

manutenção, deslocamento/mudança de área e demais<br />

Before incorporating the system into management<br />

operations, control was carried out using pulp mill delivered<br />

volumes. But this model became no longer useful<br />

as the industry began to feel the need to improve the<br />

logistics, mainly in regard to three aspects: real-time<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

information, revista material <strong>Referência</strong> tracking (from <strong>Florestal</strong> the forest to the<br />

plant) and improvement in the reaction time to adverse<br />

occurrences.<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

The assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

result was immediate. There was a reduction in<br />

costs (due to increased productivity), and a reduction of<br />

0800 600 2038<br />

vehicle and loading/unloading machine maintenance<br />

costs, as well as a reduction in accidents. “With more<br />

detailed data, and in real time, we had the opportunity<br />

to broaden the exchange of information between logistics,<br />

supplier and mills”, concludes the Eucatex Forest<br />

Unit Manager of Operations Antonio Marinho.<br />

He reminds us that employee training was important<br />

for success in the change of the system. All Eucatex fleet<br />

managers received training, which took place in forest<br />

product manufacturing units, conducted by Panorama<br />

Rastreamento. “Today, the evolution can be clearly<br />

seen, starting with a rapid and efective overall view of<br />

the fleet”, he evaluates.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

39


PRINCIPAL<br />

rotinas diárias do carregamento e descarregamento”,<br />

detalha Antonio Marinho. Diferente do transporte, os<br />

rastreadores das máquinas pertencem à Eucatex.<br />

Antes de incorporar o sistema na gestão, o controle<br />

era feito pelos volumes postos em fábrica. Mas esse<br />

modelo Para deixou ter acesso de ser a interessante esse conteúdo, quando assine a indústria a<br />

sentiu necessidade revista <strong>Referência</strong> de aprimorar <strong>Florestal</strong> a logística principalmente<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

em três quesitos: obter informações em tempo<br />

real, rastreamento do material (fazendas até as fábricas)<br />

e melhoria assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

do tempo de reação às adversidades.<br />

O resultado foi 0800 imediato. 600 2038 Houve redução de custos,<br />

obtidos com a diminuição da frota (devido ao aumento<br />

de produtividade), redução de manutenções nos veículos<br />

e máquinas de carregamento/descarregamento,<br />

além de redução de acidentes. “Com dados mais detalhados<br />

e em tempo real, tivemos a possibilidade de<br />

ampliar nossas trocas de informações entre logística,<br />

fornecedor e fábricas”, resume o gerente operacional<br />

da Unidade <strong>Florestal</strong> da Eucatex.<br />

Antonio Marinho lembra que o treinamento dos<br />

funcionários da empresa foi importante para o sucesso<br />

na mudança de sistema. Todos os gestores da frota da<br />

Eucatex foram treinados. Os treinamentos aconteceram<br />

nas unidades da fabricante de produtos florestais, realizados<br />

pela Panorama Rastreamento. “Hoje, fica nítido<br />

essa evolução, a começar pela visualização da frota de<br />

uma forma geral, rápida e eficaz”, avalia.<br />

A WORD FROM WHO KNOWS<br />

“Today, real-time information leads to economy of<br />

scale and, consequently, financial gains in the production<br />

chain, because this can lead to reduced inventory<br />

stocks and administration of the productive chain with<br />

much Para improved ter acesso accuracy.” a esse conteúdo, assine a<br />

Who says revista this Valdemir <strong>Referência</strong> Fernandez <strong>Florestal</strong> de Antônio, Logistics<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Specialist, who has worked in the area for more<br />

than 15 years, with experience in the electronics and<br />

telecommunications assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

industries. He is currently account<br />

manager in the logistics 0800 area, 600 taking 2038 care of the entire<br />

chain: planning, production and delivery to distribution.<br />

“My primary responsibility is to manage my client’s demand<br />

internally, participating in all project and process<br />

steps, from forecasting (planning and design) to the effective<br />

delivery of the orders”, explains the Logistics Specialist.<br />

According to him, having the right product at the<br />

right time is one of the main conditions to achieving efficiency,<br />

productivity and lower process costs. “In the current<br />

economic climate, demand forecasts become much<br />

harder to make, and as a result of this, materials handling<br />

control and logistics can guarantee being ahead of<br />

competitors, and ensure the delivery of the product at<br />

the proper time to the customer, at the lowest cost to the<br />

company”, he points out.<br />

PALAVRA DE QUEM SABE<br />

“Hoje, informação em tempo real nos traz economia<br />

de escala e consequentemente ganhos financeiros na<br />

cadeia produtiva, porque podemos ter estoques reduzidos<br />

e administrar a cadeia com muito mais precisão.”<br />

Quem fala isso é o especialista em logística, Valdemir<br />

Fernandes de Antônio. Ele atua na área há 15<br />

anos, com experiência nas indústrias de eletrônicos e<br />

telecomunicações. Atualmente é gerente na área logística.<br />

Cuida de toda a cadeia: etapas de planejamento,<br />

produção e entrega para distribuição. “Minha principal<br />

responsabilidade é gerir a demanda do meu cliente internamente,<br />

participando de todas as etapas do projeto<br />

e processo, desde o momento de forecast (projeto e<br />

planejamento em tradução livre) até a efetiva entrega<br />

das ordens”, explica Valdemir.<br />

Segundo ele, ter o produto certo no momento correto<br />

é uma das condições primordiais para atingir eficiência,<br />

produtividade e obter menores despesas no<br />

processo. “Na atual conjuntura econômica, as previsões<br />

de demanda se tornam muito mais difíceis e com isso,<br />

o controle de movimentação e logística nos garante estar<br />

à frente dos competidores e garantir a entrega do<br />

“Sabe-se a velocidade do veículo,<br />

status da ignição (ligado/desligado),<br />

trajeto e diversos outros dados”<br />

Antonio Marinho Lisboa Junior, gerente<br />

operacional da Unidade <strong>Florestal</strong> da Eucatex<br />

40<br />

www.referenciaflorestal.com.br


produto no momento adequado para o cliente, com o<br />

menor custo para a empresa”, aponta.<br />

O especialista avalia que um sistema ideal de logística<br />

traz a posição de momento dos estoques e produtos.<br />

“Com Para ter essa acesso visão podemos a esse conteúdo, adequar todas assine as a áreas<br />

da empresa para revista atender <strong>Referência</strong> as demandas <strong>Florestal</strong> de cada cliente,<br />

com menores lead times (tempo ciclo) e um custo adequado<br />

para o fornecedor.”<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Outro assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

ponto importante destacado pelo especialista<br />

é que o sistema<br />

0800<br />

logístico<br />

600<br />

deve<br />

2038<br />

proporcionar a visão<br />

completa de toda a cadeia de suprimentos e entregas.<br />

No caso de cidades que têm limitações de horários para<br />

entregas essas informações são fundamentais para o<br />

controle de custos e para a manutenção de um padrão<br />

de qualidade de acordo com as necessidades da empresa.<br />

ESTUDO DE CASO<br />

Durante a Expoforest 2014 (Feira <strong>Florestal</strong> Brasileira),<br />

realizada em maio do ano passado, o diretor da Klabin,<br />

José Artêmio Totti, apresentou uma palestra baseada<br />

em um estudo de caso da empresa, especificamente<br />

na questão de logística para o transporte de madeira.<br />

The Specialist assesses that an ideal logistics system<br />

leads to a just-in-time inventory and production. “With<br />

this in view, we can change all areas of a company to<br />

meet the demands of each customer, with lower lead<br />

times Para (time ter cycle) acesso and at a esse suitable conteúdo, cost for the assine supplier.” a<br />

Another revista important <strong>Referência</strong> point noted <strong>Florestal</strong> by the Specialist is<br />

that the logistics system must provide an end-to-end<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

view of the entire supply and delivery chain. In the case<br />

of cities assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

which have hour limitations for deliveries, this<br />

information is fundamental<br />

0800 600<br />

to<br />

2038<br />

cost control and to the<br />

maintenance of a quality standard in accord with the<br />

needs of the company.<br />

CASE STUDY<br />

During Expoforest 2014 (Brazilian Forest Fair), held<br />

in May last year, José Artêmio Totti, Klabin Director, gave<br />

a lecture based on a Company case study, specifically on<br />

the issue of logistics for timber log transport.<br />

According to the presentation, in 2012, Klabin implanted<br />

a cargo transport control system for the State<br />

of Paraná unit, supporting the management of a fleet<br />

of more than 100 trucks, transporting about five million<br />

tons per year. This system is based on two communica-<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

41


PRINCIPAL<br />

De acordo com a apresentação, em 2012 a Klabin<br />

implantou um sistema de controle de transporte de cargas<br />

na unidade do Estado do Paraná apoiando a gestão<br />

de frotas de mais de 100 caminhões, que transportam<br />

aproximadamente cinco milhões de toneladas ao ano.<br />

Tal sistema Para ter se acesso baseia a em esse duas conteúdo, tecnologias assine de comunicação:<br />

uma satelital revista <strong>Referência</strong> e outra celular. <strong>Florestal</strong> A gestão do trans-<br />

a<br />

porte www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

teve uma mudança significativa, anteriormente<br />

baseada no uso de planilhas eletrônicas passou a um<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

sistema que é operado na internet, de forma on line. Os<br />

ganhos obtidos com 0800 tal mudança 600 2038 possibilitou um incremento<br />

aproximado de 45% no número de viagens por<br />

veículo ao dia. Diminuíram as filas de caminhões para<br />

o carregamento de toras de madeira, concomitantemente<br />

a isso a gestão de contingências começou a ser<br />

realizada de forma mais eficaz. Isto teve reflexo direto<br />

na diminuição da frota contratada junto às empresas de<br />

transporte de toras, reduzindo assim os custos fixos.<br />

Todo o sistema é baseado na utilização de tecnologia<br />

híbrida de rastreamento. As informações de posicionamento<br />

dos caminhões são enviadas via satélite<br />

e ou via Gprs (Serviço de Rádio de Pacote Geral) para a<br />

central de gestão da empresa Panorama, localizada em<br />

São José dos Campos (SP). A central de controle acessa<br />

as informações que são atualizadas continuamente, via<br />

software concebido para operar na internet.<br />

tion technologies: one satellite and the other mobile.<br />

Transport management was significantly changed,<br />

where it had previously been based on the use of spreadsheets,<br />

it now became an Internet based system, operating<br />

online. The gains obtained with this change led to<br />

an increase Para ter of acesso approximately a esse conteúdo, 45% in the number assine a of vehicle<br />

trips per revista day and <strong>Referência</strong> decreased <strong>Florestal</strong> the number of trucks<br />

lined www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

up for the loading of timber logs, and at the same<br />

time, contingency management began to be performed<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

more effectively. This had a direct reflection leading to<br />

a reduced fleet being 0800 contracted 600 2038 for log transport, thus<br />

reducing fixed costs.<br />

The whole system is based on communication using<br />

two complementary technologies: satellite and mobile.<br />

The positioning information is sent via satellite and via<br />

Gprs (General Packet Radio Service) to the Panorama<br />

management center, located in São José dos Campos<br />

(SP). Using software designed to operate on the internet,<br />

the management control center accesses the information,<br />

which is continuously updated.<br />

“The fleet tracking system allows greater assertiveness<br />

in decision-making, thus increasing efficiency in the<br />

logistics operations of the companies”, says Décio Segreto,<br />

Managing Director for Panorama Rastreamento.<br />

“As important in having effective fleet and logistics<br />

control is, having an increasingly more competitive timber<br />

product being transported is also very important,”<br />

says Franc Roxo, Director of Operations for Savcor, a<br />

Finnish technology company.<br />

“Hoje, informação em tempo real<br />

nos traz economia de escala e,<br />

consequentemente, ganhos financeiros<br />

na cadeia produtiva porque podemos<br />

ter estoques reduzidos e administrar a<br />

cadeia com muito mais precisão”<br />

Valdemir Fernandes de Antônio,<br />

especialista em logística<br />

INFORMATION TECHNOLOGY<br />

Panorama Rastreamento is specialized in tracking<br />

services, fleet monitoring and system development.<br />

“Since 2006, we have been offering an automated logistics<br />

management system, LogPan, to the forest segment”,<br />

according to Panorama Managing Director<br />

Décio. The software handles the entire logistics chain,<br />

manages forecasted and actual time, and is fully integrated<br />

with SAP (Systems, Applications and Products,<br />

in German), amongst other ERP systems (Enterprise Resource<br />

Planning) available on the market. “Optimizing<br />

fleet utilization, as well as leading to significant reductions<br />

in operating costs”, ensures the Managing Director.<br />

He says that over the years, Panorama has developed<br />

systems that, using geolocation information, have<br />

the most diverse applications and utility, such as location,<br />

tracking, routes and references, occurrences, and<br />

events, amongst others, indicating all undesirable parameters<br />

in the forest operation. “All this allows greater<br />

42<br />

www.referenciaflorestal.com.br


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO<br />

A empresa Panorama Rastreamento é especializada<br />

em serviços de rastreamento e monitoramento de<br />

frotas e desenvolvimento de sistemas. “Desde 2006<br />

oferecemos<br />

Para ter<br />

ao<br />

acesso<br />

segmento<br />

a esse<br />

florestal<br />

conteúdo,<br />

um sistema<br />

assine<br />

de<br />

a<br />

gestão<br />

logística revista automatizado, <strong>Referência</strong> o LogPan”, <strong>Florestal</strong> informa Décio<br />

Segreto, diretor geral. O software trata de toda a cadeia<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

logística, administra tempos previstos e realizados, e é<br />

totalmente assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

integrável ao SAP (em português, Sistema<br />

de Gestão Empresarial), entre outros sistemas ERP’s<br />

0800 600 2038<br />

(em português, Planejamento de Recurso Corporativo)<br />

disponíveis no mercado. “Otimiza a utilização da frota,<br />

além de permitir extrema redução nos custos operacionais”,<br />

garante Décio.<br />

Ele conta que ao longo dos anos a Panorama desenvolveu<br />

sistemas que, utilizando informações de<br />

geolocalização, possuem as mais diversas aplicações<br />

e utilidades, como localização, rastreamento, rotas e<br />

referências, ocorrências e eventos, entre outros, indicando<br />

todos os parâmetros indesejáveis na operação<br />

florestal. “Tudo isso permite maior assertividade no ato<br />

da tomada de decisão para aumentar a eficiência nas<br />

operações logísticas das empresas”, avalia.<br />

assertiveness in decision making, leading to increased<br />

efficiency in the logistics operations of companies,” he<br />

says<br />

MINIMUM<br />

Para ter acesso<br />

DETAIL<br />

a esse conteúdo, assine a<br />

The major revista systems <strong>Referência</strong> developed <strong>Florestal</strong> by Panorama for the<br />

Forest Sector are modular. LogPan, developed over<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

the last 8 years, is designed to automatically generate<br />

quality assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

data related to transport services, and does not<br />

rely on any human intervention. “With their fleet being<br />

tracked, our clients can lease our LogPan, which will<br />

0800 600 2038<br />

analyze the data generated by trackers and provide users<br />

with important information related to the quality<br />

of their transport services”, explains the Panorama Director.<br />

In addition, this software regulates compliance<br />

within all the stages and generates warnings for events<br />

contrary to what was determined by the contractor of<br />

the services.<br />

The latest version of the software includes automatic<br />

features to address vehicle availability, at the end<br />

of each trip, allowing the contractor to analyze whether<br />

the fleet is being used optimally or not.<br />

LogMaq is a complementary software system to the<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

43


PRINCIPAL<br />

MÍNIMOS DETALHES<br />

Os principais sistemas desenvolvidos pela Panorama<br />

Para para ter o setor acesso florestal a esse são conteúdo, modulares. assine O LogPan, a<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

desenvolvido ao longo dos últimos 8 anos, tem a finalidade<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

de gerar automaticamente dados relacionados à<br />

qualidade na prestação de serviços de transporte e não<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

depende de intervenção humana. “Com a frota rastreada,<br />

nossos clientes 0800 podem 600 contratar 2038 o LogPan, que vai<br />

analisar dados gerados pelos rastreadores e apresentar<br />

aos usuários as informações importantes relacionadas à<br />

qualidade da prestação de serviços de transporte”, explica<br />

o diretor da Panorama. Além disso, este software<br />

regula o cumprimento de todas as etapas e gera alertas<br />

para os eventos contrários ao que foi determinado pelo<br />

contratante dos serviços.<br />

A mais recente versão do software já contempla recursos<br />

automáticos para tratar a disponibilidade de veículos,<br />

ao final de cada viagem realizada, permitindo ao<br />

contratante analisar se toda a frota está sendo utilizada<br />

de forma otimizada ou não.<br />

Já o LogMaq é um software complementar ao processo<br />

de transporte e pode ser aplicado em máquinas<br />

de carregamento e descarregamento, silvicultura e colheita,<br />

gerando dados quantitativos e qualitativos sobre<br />

estas operações. O programa permite a recepção de dados<br />

relacionados aos processos de silvicultura, colheita<br />

e carregamento. Uma das características principais deste<br />

sistema é a entrega de informações úteis aos gestores<br />

em tempo real. “Onde quer que o gestor esteja, na<br />

sua mesa de trabalho, em campo ou em casa”, assegura<br />

o diretor.<br />

“Nossos sistemas de controle e gestão logística são<br />

desenvolvidos com a premissa de atuarem com foco na<br />

eliminação de todos os gargalos da cadeia de transporte<br />

como filas, despacho para locais errados ou indevidos,<br />

formação de comboios, paradas desnecessárias, entre<br />

outros”, aponta o diretor da Panorama. “Isso reflete<br />

diretamente na diminuição da frota contratada para o<br />

transporte, ou seja, a redução de custos é certa”, completa<br />

Décio.<br />

SOLUÇÃO INTEGRADA<br />

Para trazer soluções integradas que podem ser<br />

aproveitadas pelo segmento florestal, a Panorama desenvolveu<br />

uma tecnologia própria. O Pantrack é um<br />

sistema de rastreamento inteligente. Trata-se de uma<br />

linha de equipamentos com diferentes finalidades, que<br />

podem ser aplicados a qualquer necessidade. “Nossos<br />

rastreadores são compatíveis para uso em pequenas ou<br />

grandes frotas e também parques de máquinas, com<br />

transport process and can be applied to loading and unloading,<br />

forestry, and harvesting operations, generating<br />

quantitative Para ter acesso and qualitative a esse conteúdo, data about assine these a operations.<br />

The program receives data related to the forestry,<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

harvesting www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

and loading procedures. One of the main features<br />

of this system is delivering useful information to<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

managers in real time. “Wherever the Manager is, at his<br />

desk at work, in the 0800 field 600 or 2038 at home”, completes Panorama<br />

Managing Director Décio.<br />

“Our logistics control and management systems are<br />

developed with the premise of focusing on the elimination<br />

of all bottlenecks in the transport chain, such as<br />

queues, dispatch to the wrong places or undue and unnecessary<br />

stops, and convoy formation, amongst others”,<br />

points out the Panorama Director. “This reflects<br />

directly on being able to reduce the fleet contracted for<br />

timber transport, i.e. cost reduction”, he adds.<br />

INTEGRATED SOLUTION<br />

To provide integrated solutions that can be used by<br />

the forest segment, Panorama Rastreamento developed<br />

its own technology. Pantrack is an intelligent tracking<br />

system. This is a line of products with different purposes,<br />

which can be applied to any need. “Our trackers are<br />

compatible for use in small or large fleets and also in<br />

machinery parks, with Satellite and Gprs communication<br />

“O sistema de rastreamento de frota<br />

permite maior assertividade no ato da<br />

tomada de decisão para aumentar a<br />

eficiência nas operações logísticas das<br />

empresas”<br />

Décio Segreto, diretor geral<br />

da Panorama Rastreamento<br />

44<br />

www.referenciaflorestal.com.br


opções de comunicação satelital e ou Gprs”, garante<br />

Décio.<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

Para indústrias de base florestal o diretor da empresa<br />

indica o Pantrack Híbrido, sistema de rastreamento<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

que www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

contempla transmissão de dados pela rede celular<br />

e satelital. assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Na região de florestas, onde não há antenas<br />

de sinal Gprs, a comunicação dos rastreadores com a<br />

0800 600 2038<br />

central de monitoramento do cliente passa automaticamente<br />

para o modo satelital, mesmo nas regiões mais<br />

remotas, onde comumente não há rede de comunicação<br />

celular.<br />

A marca conta ainda com o Pantrack Hiss, que faz o<br />

controle de segurança por tecnologia Rfid (Identificação<br />

por Radiofrequência) nas máquinas permitindo que sejam<br />

programados alertas da aproximação de pessoas a<br />

equipamentos de grande porte com risco de acidentes.<br />

“Nossa experiência de 9 anos no atendimento às<br />

maiores empresas do setor florestal do país nos direcionou<br />

atenção especial para outras áreas do processo que<br />

complementam o ciclo logístico florestal, como o parque<br />

de máquinas, os veículos de transporte e de apoio e<br />

veículos leves, além do nosso sistemas de rastreamento<br />

de pessoas, inclusive.”<br />

options”, ensures Panorama Managing Director Décio.<br />

For forest-based companies, the Director indicates<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

the use of Pantrack Híbrido, a tracking system which<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

includes data transmission over cellular and satellite<br />

networks. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Especially in forest regions, where there usually<br />

are assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

no Gprs signal antennas, tracker communication<br />

with the Customer Monitoring Center automatically<br />

0800 600 2038<br />

switches to satellite mode, even in the most remote regions,<br />

where, most commonly, there is no cellular communication<br />

network.<br />

The product also features Pantrack Hiss, which carries<br />

out security control using Rfid technology (Radio<br />

Frequency Identification) on the machines, allowing<br />

them to be programmed to provide a warning of anyone<br />

approaching large-sized equipment, avoiding the risk of<br />

any accidents.<br />

“Our 9 years of experience in serving the largest<br />

companies in the Country’s Forest Sector, has directed<br />

special attention to other process areas that complement<br />

the forest logistics cycle, such as machine parks,<br />

transport vehicles and light support vehicles, as well as<br />

our people tracking system.”<br />

As important as information about the forest is, it<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

45


PRINCIPAL<br />

Tão importante quanto obter informações sobre<br />

a floresta é conseguir processá-las. O Pantrack Flyer é<br />

uma Para ferramenta ter acesso para a mapeamento esse conteúdo, e controle assine de a APP’s<br />

(Áreas de Preservação revista <strong>Referência</strong> Permanente) <strong>Florestal</strong> ou de florestas renováveis.<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

“Nosso drone tem capacidade para voos autônomos<br />

que podem capturar imagens destes locais e<br />

aumentar assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

a performance de vistorias de propriedades<br />

residenciais ou industriais, 0800 600 o 2038 acompanhamento e controle<br />

de operações, o monitoramento ambiental, a captura<br />

de imagens e o controle de ativos”, detalha Décio.<br />

Ele adianta que a empresa está desenvolvendo um<br />

sistema de controle de estoque de madeira em tempo<br />

real. O software vai alimentar o sistema de despacho<br />

inteligente direcionando envio de veículos para locais<br />

onde não esteja chovendo, programar viagens que não<br />

excedam o final da jornada do motorista e que tenham<br />

a quantidade e tipo de madeira necessários.<br />

“Nosso atendimento também inclui a preparação<br />

destes profissionais, que pode ser feita em nosso centro<br />

de treinamento, na nossa sede em São José dos Campos<br />

ou na base do cliente”, afirma. O processo contempla<br />

treinamentos internos para os operadores dos softwares,<br />

LogPan, LogMaq e Pantrack e os treinamentos em<br />

campo, para que os operadores de máquinas diversas<br />

sejam familiarizados com o uso de teclados para envio<br />

de mensagens do LogMaq.<br />

SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES<br />

Para o especialista na área de segurança corporati-<br />

“Na atual conjuntura econômica, as<br />

previsões de demanda se tornam muito<br />

mais difíceis e, com isso, o controle de<br />

movimentação e logística nos garante<br />

estar à frente dos competidores”<br />

Valdemir Fernandes de Antônio,<br />

especialista em logística<br />

is necessary to be able to process this information. Pantrack<br />

Flyer is a tool for APP (Permanent Preservation<br />

Area) Para or renewable ter acesso forest a esse mapping conteúdo, and assine control. a “Our<br />

drone is capable revista of autonomous <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong> flights that can capture<br />

images<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

of any site and increase survey monitoring and<br />

operating control performance for residential or industrial<br />

property, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

well environmental monitoring, image<br />

capture and property 0800 600 control”, 2038 details Panorama<br />

Managing Director Décio.<br />

He adds that the Company is developing a real time<br />

timber inventory control system. The software will feed<br />

an intelligent dispatch system directing vehicles to locations<br />

where it is not raining, scheduling trips that do<br />

not exceed driver maximum daily journey time, and that<br />

have the quantity and type of wood needed.<br />

“Our services also include the preparation of these<br />

professionals, which can be carried out at the training<br />

center at our headquarters in São José dos Campos or at<br />

the client’s facilities”, he says. The process includes internal<br />

training for LogPan, LogMaq and Pantrack software<br />

operators, and in the field training, so that the various<br />

machine operators are familiar with the use of the keyboards<br />

for using the LogMaq message system.<br />

INFORMATION SECURITY<br />

For Vinícius Marques Martins, Specialist in the area<br />

of Corporate Security, nowadays, with existing resources<br />

and technologies, fleet and product handling control is<br />

more than recommended. “From the marketing issues<br />

for each different segment, it is necessary to provide information<br />

related to shipments, which allows customers<br />

to formulate appropriate planning for their processes,<br />

reflecting on increased competitiveness and ensuring<br />

survival”, he states.<br />

The Corporate Security Specialist knows what he is<br />

talking about. Since 2008, he has worked in the area<br />

with multinational companies, leaders in the segments<br />

in which they operate. He worked in a R&D start-up in<br />

the area of technology, coordinating a high complexity<br />

manufacturing campus, and, currently, works as a Security<br />

Specialist at a company that is a reference in the<br />

agribusiness market, operating throughout Brazil.<br />

For him, Corporate Security in large organizations is<br />

a strategic business area and has the responsibility to<br />

ensure the integrity of people, facilities and safety of its<br />

processes. In this context, he provides awareness training<br />

to in-house audiences, and carries out risk analyses,<br />

audits, and evaluations of possible deviations, as well<br />

as providing strategic information for use in decisionmaking.<br />

46<br />

www.referenciaflorestal.com.br


va, Vinícius Marques Martins, nos dias de hoje, com os<br />

recursos e tecnologias existentes, o controle de frotas e<br />

movimentação<br />

Para ter acesso<br />

de produtos<br />

a esse<br />

é<br />

conteúdo,<br />

mais do que<br />

assine<br />

recomendável.<br />

“Por questões mercadológicas de cada segmento,<br />

a<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

se faz www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

necessário a fim de fornecer informações relacionadas<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

aos deslocamentos, que permitam aos clientes o<br />

adequado planejamento de seus processos, refletindo<br />

em competitividade 0800 e garantindo 600 2038sua sobrevivência”,<br />

opina.<br />

O profissional tem propriedade no que diz. Trabalha<br />

desde 2008 na área de segurança corporativa de<br />

empresas multinacionais líderes dos segmentos em<br />

que atuam. Atuou no start-up de uma empresa de P&D<br />

(Pesquisa e Desenvolvimento) na área de tecnologia,<br />

na coordenação de um campus de manufatura de alta<br />

complexidade e atualmente trabalha como especialista<br />

de segurança em uma empresa referência no mercado<br />

do agronegócio, com atuação em todo o território nacional.<br />

Para ele, a segurança corporativa em grandes organizações<br />

é uma área estratégica de negócios e tem a<br />

responsabilidade de garantir a integridade das pessoas,<br />

instalações e segurança dos seus processos. Neste con-<br />

That’s why Corporate Security Specialist Vinícius<br />

states that access to real-time data and precise control<br />

of this<br />

Para<br />

information<br />

ter acesso<br />

is not<br />

a esse<br />

only<br />

conteúdo,<br />

a matter of<br />

assine<br />

logistics<br />

a<br />

optimization.<br />

“With a focus on security, I recommend further<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

analysis www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

by companies using such services, so that decisions<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

are not taken just based on values, but rather on<br />

the use of market-leading companies and cutting-edge<br />

technologies, when 0800 it comes 600 to 2038 process security and integrity.<br />

And even consider redundant resource opportunities<br />

whenever possible, constantly monitoring effectiveness<br />

and carrying out specific audits”, he adds.<br />

The Specialist argues that a badly planned and poorly<br />

contracted system can lead to serious risks to Corporate<br />

Security. “In case of any complaint, it will be difficult<br />

to use such information to carry out an accurate analysis<br />

of every event.”<br />

The system needs to bring together a high degree of<br />

reliability in terms of software development and operating<br />

integrity, with the least possible number of interruptions<br />

and failures, allowing for the compartmentalization<br />

of the information being generated, so that the<br />

areas that use such data have access only to what is<br />

pertinent to them.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

47


PRINCIPAL<br />

texto, ele costuma realizar treinamentos e conscientizações<br />

para o público interno, fazer análises de risco,<br />

auditorias, apurações de eventuais desvios e prover<br />

informações estratégicas para as tomadas de decisão.<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

Por isso revista Vinícius <strong>Referência</strong> garante que <strong>Florestal</strong> o acesso a dados em<br />

tempo real e o controle preciso dessas informações não<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

é somente uma questão de otimização logística. “Com<br />

foco assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

em segurança, recomendo profunda análise por<br />

parte das empresas contratantes de tais serviços, e que<br />

0800 600 2038<br />

não tomem decisões com base somente em valores,<br />

mas sim optem pela utilização de empresas líderes de<br />

mercado e tecnologias de ponta quando o assunto é segurança<br />

e integridade de seus processos. E que ainda<br />

considerem oportunidades de recursos redundantes<br />

sempre que possível, monitoramento de eficácia constante<br />

e auditorias pontuais”, avalia.<br />

O especialista afirma que um sistema mal planejado<br />

e mal contratado pode trazer sérios riscos à segurança<br />

da empresa. “Em caso de sinistros terá dificuldade em<br />

utilizar tais informações para montar a análise precisa<br />

de cada evento.”<br />

O sistema precisa reunir elevado grau de confiabilidade<br />

em termos de desenvolvimento de software,<br />

integridade de funcionamento, com o mínimo possível<br />

de interrupções e falhas, e que permita ainda compartimentação<br />

das informações geradas, fazendo com que<br />

as áreas que utilizam tais dados tenham acesso somente<br />

ao que lhes é devido.<br />

“Para isso, é fundamental que todas as partes interessadas<br />

como segurança, logística, tecnologia da informação,<br />

jurídico, dentre outras, definam o escopo e<br />

desenhem a estrutura de funcionamento sob a ótica do<br />

que lhes é relevante”, orienta Vinícius.<br />

“For this, it is essential that all stakeholders involved<br />

in security, logistics, information technology, legal matters,<br />

amongst others, define the scope and design of the<br />

operating structure under the optics of their relevancy”,<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

advises the Corporate revista <strong>Referência</strong> Security Specialist. <strong>Florestal</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

APPLIED LOGISTICS<br />

“When assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

it comes to logistics, I understand that transportation<br />

costs are amongst the largest in determining<br />

0800 600 2038<br />

the timber cost, consequently, also in the cost of dependent<br />

products, such as pulp, sawn wood, charcoal, etc.<br />

Therefore, I think it is a decisive factor, for a company, to<br />

have an effective logistics control of its fleet”, evaluates<br />

Savcor Director of Operations Franc.<br />

He reminds us that it is essential to also have a planning<br />

and control system for the timber being transported<br />

in function of its origin, genetic material, associated<br />

forest management for such timber, climate data, research,<br />

planning and harvesting activities. “In the end,<br />

there are many demands for use, such that the whole<br />

process must be properly planned, controlled and managed<br />

to minimize the cost of the forest product productive<br />

chain, to ensure timber delivery at the right time,<br />

and taking control of the various processes involved,<br />

allowing the manager to identify points of inefficiencies<br />

LOGÍSTICA APLICADA<br />

“Quando se trata de logística, entendo que os custos<br />

com o transporte figuram entre aqueles com grande<br />

representatividade do valor da madeira, por consequência,<br />

também dos produtos dependentes dela como<br />

celulose, serrarias, carvão vegetal, etc. Logo, penso ser<br />

fator decisivo para uma empresa dispor de uma logística<br />

eficaz da sua frota”, avalia Franc Roxo, diretor de operações<br />

da Savcor, empresa de tecnologias da Finlândia.<br />

Ele lembra que é essencial também ter um planejamento<br />

e controle da madeira transportada em função<br />

da sua origem, material genético, manejo florestal<br />

associado àquela madeira, dados climáticos, pesquisa,<br />

planejamento e atividades de colheita. “Enfim, são inúmeras<br />

as demandas para que todo o processo possa ser<br />

corretamente planejado, controlado e gerenciado para<br />

minimizar o custo da cadeia produtiva da madeira, ga-<br />

“Tão importante quanto ter um<br />

controle de frotas e logística eficaz, é o<br />

fato de dispor-se da madeira cada vez<br />

mais competitiva sendo transportada”<br />

Franc Roxo, diretor de<br />

operações da Savcor<br />

48<br />

www.referenciaflorestal.com.br


antir a entrega da madeira e momentos certos, e tendo<br />

o controle dos vários processos envolvidos, permitindo<br />

identificar pontos de ineficiência e a tomada de ações<br />

corretivas Para pelo ter acesso gestor”, a afirma esse conteúdo, Franc. assine a<br />

Ele analisa revista ainda, <strong>Referência</strong> que a interface <strong>Florestal</strong> com ERPs é quesito<br />

chave, www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

pois todo o processo deve estar em consonância<br />

com às exigências de transparência do negócio como<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

um todo, governanças de empresas de capital aberto,<br />

auditores, acionistas 0800 e demais 600 2038 possíveis stakeholders<br />

(pessoa ou grupo investidor ou com interesse em uma<br />

empresa). “Em resumo, tão importante quanto ter um<br />

controle de frotas e logística eficaz, é o fato de dispor-se<br />

da madeira cada vez mais competitiva sendo transportada.”<br />

O carro-chefe da Savcor para o mercado florestal<br />

é o Sistema Zenite. A tecnologia cobre vários processos<br />

da cadeia desde a compra da terra, passando pelo<br />

manejo florestal. Atua em conjunto com sistemas de<br />

monitoramento de frotas e otimização logística, até a<br />

entrega da madeira no seu destino final.<br />

and taking corrective actions”, says Savcor Director of<br />

Operations Franc.<br />

He states that the interface with ERP’s is a key item,<br />

because Para the ter acesso whole process a esse conteúdo, should be assine line with a the<br />

transparency revista requirements <strong>Referência</strong> of the <strong>Florestal</strong> business as a whole,<br />

and<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

publicly traded company governances, as to auditors,<br />

shareholders and other potential stakeholders (individuals<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

investors groups with an interest in the<br />

company). “In short, 0800 as important 600 2038as<br />

having a fleet control<br />

and effective logistics is, having increasingly competitive<br />

timber being transported is just as important.”<br />

The Savcor flagship product for the forest market is<br />

the Zenite System. The technology covers all processes in<br />

the chain and can act in conjunction with fleet tracking<br />

and logistics optimization systems, from the purchase of<br />

the land, to forest management and delivery of the timber<br />

to its final destination.<br />

Pausa para o café<br />

Muitos acidentes nas estradas são causados pelo cansaço do<br />

motorista. Por isso a Panorama desenvolveu a integração de<br />

um sensor que evita que o condutor durma ao volante. De 100<br />

acidentes de trânsito, 18 são causados por fadiga do motorista,<br />

segundo o Abramet (Departamento de Medicina Ocupacional da<br />

Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), nestes momentos<br />

uma breve pausa sai mais em conta do que as consequências<br />

decorrentes do acidente. O Pantrack Assist possui alertas por<br />

níveis de velocidade, alerta de não identificação do condutor,<br />

customização dos alertas sonoros e é totalmente integrado ao<br />

Sistema Pantrack de Rastreamento.<br />

Foto: Panorama Rastreamento<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

49


LEGISLAÇÃO<br />

PORTARIA GERA<br />

INSEGURANÇA<br />

JURÍDICA NO<br />

SETOR<br />

FLORESTAL<br />

Fotos: arquivo<br />

50<br />

www.referenciaflorestal.com.br


APÓS INSTRUÇÃO NORMATIVA, ENTRAVES<br />

ESTÃO SENDO RESOLVIDOS, MAS AINDA NÃO<br />

ENCERRARAM OS PROBLEMAS<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

51


LEGISLAÇÃO<br />

setor de base florestal apoiado no manejo<br />

sustentável de espécies nativas está passando<br />

por uma dificuldade para continuar desenvolvendo<br />

OPara sua atividade ter acesso econômica. a esse conteúdo, Tudo por conta assine da a publicação<br />

da Portaria<br />

revista<br />

443,<br />

<strong>Referência</strong><br />

de 17 de dezembro<br />

<strong>Florestal</strong><br />

de 2014, do<br />

MMA www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

(Ministério do Meio Ambiente), que prevê a proibição<br />

de corte, transporte e comercialização de diversas<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

espécies da flora brasileira por serem consideradas ameaçadas<br />

de extinção. Para 0800 especialistas 600 2038 a norma se sobrepõe<br />

a lei já existente e ainda causa confusão quanto a<br />

nomenclaturas científicas. Do total das espécies elencadas<br />

na portaria, 13 delas são alvo da colheita manejada<br />

dos produtores florestais de Mato Grosso e que, agora,<br />

estão com a safra comprometida por correrem o risco de<br />

terem sua madeira apreendida e, ainda, os empresários<br />

considerados criminosos.<br />

Atualmente, após quase dois meses de angústia e<br />

incerteza o segmento florestal pode comemorar – pelo<br />

menos um pouco. A ministra do Meio Ambiente, Izabella<br />

Teixeira, autorizou a publicação da IN (Instrução Normativa)<br />

1, de 12 de fevereiro de <strong>2015</strong>, que ajusta alguns<br />

itens da Portaria 443, que travava a extração e comercialização<br />

de algumas espécies de madeira utilizadas em<br />

Mato Grosso pelo setor de manejo florestal. Entretanto,<br />

esta instrução Para ter acesso normativa a esse não conteúdo, anula a portaria, assine apenas a<br />

regulamenta<br />

revista<br />

algumas<br />

<strong>Referência</strong><br />

normas, segundo<br />

<strong>Florestal</strong><br />

informações do<br />

Cipem www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />

de Madeira do Estado de Mato Grosso). Portanto, ela<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

continua valendo, causando entraves para o setor de<br />

base florestal. 0800 600 2038<br />

O presidente do Cipem, Geraldo Bento, disse que a<br />

IN é uma ótima notícia tendo em vista que o setor foi<br />

bem recebido pela ministra e que esta entendeu a importância<br />

do segmento para a economia brasileira e,<br />

sem a união de todos os envolvidos (empresários, presidentes<br />

de sindicatos e parlamentares) nada disso teria<br />

mudado e o setor amargaria sérios prejuízos. “O ajustamento<br />

da Portaria 443 é uma prova de que o setor, para<br />

se fortalecer, deve participar sempre ativamente, através<br />

do Cipem e do Fnbf (Fórum Nacional de Atividades<br />

de Base <strong>Florestal</strong>), bem como de entidades de renome<br />

como a Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de<br />

52<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Mato Grosso) e CNI (Confederação Nacional das Indústrias)<br />

para garantir que não seja - depois de tanto esforço<br />

para garantir seu espaço adequando-se à legislação<br />

vigente Para –, mais ter uma acesso vez, a marginalizado esse conteúdo, com assine legislações a<br />

que surjam sem<br />

revista<br />

que seja<br />

<strong>Referência</strong><br />

avaliada sua<br />

<strong>Florestal</strong><br />

verdadeira realidade”,<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

avaliou.<br />

A IN garante a aprovação de Pmfs’s (Planos de Manejo<br />

<strong>Florestal</strong> Sustentável) e seus respectivos POAs (Pla-<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

nos Operacionais Anuais), 0800 quando 600 2038 envolver a exploração<br />

de espécies constantes na Lista Nacional Oficial de Espécies<br />

da Flora Ameaçadas de Extinção. As que estão na lista,<br />

classificadas na categoria VU (Vulnerável), no bioma<br />

amazônico, deverão considerar os seguintes critérios:<br />

manutenção de, pelo menos, 15% do número de árvores<br />

por espécie, na área de efetiva exploração da UPA<br />

(Unidade de Produção Anual), que atendam aos critérios<br />

de seleção para corte indicados no Pmfs, respeitando a<br />

distribuição nas classes de DAP (Diâmetro à Altura do<br />

Peito), de acordo com o perfil da população existente<br />

na UPA e respeitado o limite mínimo de manutenção de<br />

quatro árvores por espécie por 100 ha (hectares), em<br />

cada UT (Unidade de Trabalho). A manutenção de todas<br />

as árvores das espécies cuja abundância de indivíduos<br />

com DAP superior ao DMC (Diâmetro Mínimo de Corte)<br />

seja igual Para ou ter inferior acesso a quatro a esse árvores conteúdo, por 100 assine ha de a área<br />

de efetiva exploração<br />

revista <strong>Referência</strong><br />

da UPA, em<br />

<strong>Florestal</strong><br />

cada UT. Contudo isso<br />

não www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

se aplica ao disposto no artigo para as espécies com<br />

restrição ou proibição em normas específicas, incluindo<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

atos internacionais.<br />

Em seu parágrafo 0800 segundo, 600 2038 a IN informa que “a<br />

adoção das medidas indicadas nos PAN (Planos de Ação<br />

Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas de<br />

“O ajustamento da Portaria<br />

443 é uma prova de que<br />

o setor, para se fortalecer,<br />

deve participar sempre<br />

ativamente”<br />

Presidente do Cipem, Geraldo Bento<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

53


LEGISLAÇÃO<br />

Extinção), quando existentes, será obrigatória”. E no terceiro<br />

que: “a aprovação de Pmfs e seus respectivos POAs<br />

devem considerar a existência de dados de pesquisa,<br />

inventário Para ter florestal acesso ou a monitoramento esse conteúdo, que assine subsidiem a a<br />

tomada de decisão, revista <strong>Referência</strong> bem como a <strong>Florestal</strong> avaliação de risco de<br />

extinção de espécies”. Prossegue ainda indicando, em<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

outro trecho, que “os demais procedimentos técnicos<br />

para elaboração, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

apresentação, execução e avaliação<br />

técnica dos Pmfs deverão 0800 atender 600 2038 a legislação em vigor”.<br />

A legislação informa ainda que as restrições relativas<br />

à coleta, corte e manejo estabelecidas pela Portaria 443<br />

não se aplicam aos POAs e às solicitações de supressão<br />

de vegetação para uso alternativo do solo acompanhados<br />

de inventário florestal, desde que o processo administrativo<br />

tenha sido autuado em data anterior à publicação<br />

da IN e que as respectivas autorizações sejam<br />

emitidas até 30 de dezembro de <strong>2015</strong>.<br />

A IN frisa ainda que as restrições relativas ao transporte,<br />

armazenamento, beneficiamento e a comercialização<br />

não se aplicam aos saldos dos produtos florestais<br />

oriundos de espécies ameaçadas constantes da lista<br />

existentes nos sistemas de controle de origem florestal<br />

até a data de publicação da Portaria 443.<br />

Salienta também que o transporte, por qualquer<br />

meio, e o armazenamento de madeira, lenha, carvão e<br />

outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de<br />

plantios de espécies ameaçadas constantes da listagem<br />

GRUPO DE TRABALHO<br />

OS PRODUTORES ATUAM PARA A ATIVAÇÃO DE UM GT (GRUPO DE<br />

TRABALHO), PARA QUE SE FAÇA UM ESTUDO REGIONAL TÉCNICO DA<br />

FLORA, PARA CONHECER, DE FATO, COMO SE COMPORTAM AS ESPÉCIES<br />

DENTRO DAS PARTICULARIDADES DE CADA REGIÃO. OS TRABALHOS DO GT<br />

ESTÃO SENDO COORDENADOS PELO SFB (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO),<br />

SOB O COMANDO DO DIRETOR-GERAL DA ENTIDADE, MARCUS VINICIUS<br />

ALVES, E COMPOSTO PELO IBAMA, MMA, ICMBIO (INSTITUTO CHICO<br />

MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE) E CNI (CONFEDERAÇÃO<br />

NACIONAL DA INDÚSTRIA).<br />

54<br />

www.referenciaflorestal.com.br


de espécies, para fins comerciais ou industriais, requerem<br />

licença do órgão ambiental competente.<br />

A ministra Izabela declarou que, em nenhum momento<br />

houve proibição por parte da portaria das espécies<br />

listadas. revista Na verdade, <strong>Referência</strong> segundo <strong>Florestal</strong> ela, aconteceu uma<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

interpretação errônea dos órgãos estaduais em proibir<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

o corte, transporte e comercialização. Sendo assim, irá<br />

publicar assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

em caráter de urgência uma regulamentação<br />

simplificada, para melhor entendimento da portaria.<br />

0800 600 2038<br />

Em relação às espécies classificadas como VU (Vulneráveis),<br />

Izabela esclareceu que não estão proibidas a<br />

sua colheita e, na nova publicação, serão estabelecidas<br />

todas as regras a esse respeito. Porém, sua exploração<br />

está livre para manejo, que, conforme a ministra nesse<br />

quesito, Mato Grosso está de parabéns pelo trabalho<br />

que vem desenvolvendo ao preservar mais de 3 milhões<br />

de ha de área, por meio da prática do manejo.<br />

SFB<br />

Entramos em contato com o SFB e enviamos uma série<br />

de perguntas sobre o tema. O diretor do órgão, Marcus<br />

Vinicius da Silva Alves enviou seu posicionamento<br />

em forma de nota que reproduzimos abaixo:<br />

“Seguem, abaixo, detalhes que tratam do tema objeto<br />

das Portarias MMA 43, de 31/01/2014; e MMA 443,<br />

de 17/12/2014; e da Instrução Normativa MMA 01, de<br />

12/02/<strong>2015</strong>:<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

O Programa revista Nacional <strong>Referência</strong> de Conservação <strong>Florestal</strong>das Espécies<br />

Ameaçadas de Extinção - Pró-Espécies, instituído pela<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Portaria MMA no 43, de 31 de janeiro de 2014, teve<br />

como assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

objetivo adotar ações de prevenção, conservação,<br />

manejo e gestão, de modo a minimizar as ameaças e o<br />

0800 600 2038<br />

risco de extinção de espécies. A partir do estabelecimento<br />

do Pró-Espécies, o MMA aprimorou o processo de<br />

avaliação do estado de conservação das espécies ameaçadas<br />

de extinção no Brasil.<br />

Em 17 de dezembro de 2014, o MMA editou a Portaria<br />

MMA no 443, que estabelece a “Lista Nacional Oficial<br />

de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção”. De acordo<br />

com esta portaria, as espécies ameaçadas constantes<br />

da lista passaram a ser protegidas de modo integral,<br />

incluindo, entre outras medidas, a proibição de coleta,<br />

corte, transporte, armazenamento, manejo, beneficiamento<br />

e comercialização. Tais restrições não se aplicam,<br />

contudo, a exemplares cultivados em plantios devidamente<br />

cadastrados no órgão ambiental competente.<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

55


LEGISLAÇÃO<br />

As restrições estabelecidas na Portaria MMA no<br />

443/2014 também não se aplicam em algumas situações:<br />

na coleta de alguns produtos florestais não madeireiros,<br />

Para no ter manejo acesso para a finalidades esse conteúdo, de pesquisa assine científica a<br />

ou de conservação revista das <strong>Referência</strong> espécies e <strong>Florestal</strong> no manejo sustentável<br />

de www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

espécies classificadas na categoria VU.<br />

Com o objetivo de regulamentar a Portaria no<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

443/2014, o MMA editou a Instrução Normativa MMA<br />

no 01, de 12 de fevereiro 0800 600 de <strong>2015</strong>, 2038que esclareceu aspectos<br />

importantes da referida Portaria.<br />

A presente normativa sobre manejo florestal sustentável<br />

já estabelece critérios mínimos para corte, ao qual<br />

destacamos o DMC, QF (Qualidade de Fuste), percentual<br />

de manutenção mínimo de indivíduos e abundância,<br />

com o objetivo de assegurar a sustentação do ecossistema<br />

ao longo do tempo.<br />

No caso do manejo das espécies ameaçadas de extinção<br />

classificadas como VU, a IN MMA no 01/<strong>2015</strong> ampliou<br />

o critério de percentual mínimo de manutenção<br />

dos indivíduos de uma espécie que cumpra com os critérios<br />

de corte para 15% e a necessidade de que a seleção<br />

dos indivíduos a serem mantidos sejam distribuídos nas<br />

diferentes classes de DAP, de acordo com o perfil da população<br />

amostrada na UPA.<br />

O critério de abundância, aplicado de forma conjunta<br />

Para ao critério ter acesso de porcentual a esse conteúdo, mínimo, foi assine ampliado a do<br />

mínimo de três revista para <strong>Referência</strong> quatro indivíduos <strong>Florestal</strong> que devem ser<br />

mantidos www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

para cada 100 ha em cada UT (Unidade de Trabalho),<br />

desde que cumpram os critérios de corte.<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Estes novos parâmetros se aplicam somente aos<br />

indivíduos que cumprem 0800 600 os critérios 2038 de corte. Deverão<br />

ser mantidos 100% dos indivíduos jovens ou abaixo do<br />

DMC, dos localizados em APP (Área de Preservação Permanente)<br />

ou áreas cuja topografia não viabiliza a exploração,<br />

dos indivíduos cuja QF não atende aos critérios<br />

de mercado e dos indivíduos que apresentam troncos<br />

com injúrias físicas ou de fitossanidade (oco, rachadura,<br />

dentre outros).<br />

Os critérios definidos acima não se aplicam a casos<br />

com normas específicas, incluindo atos internacionais.<br />

Também será obrigatória a adoção de critérios adicionais<br />

definidos por PAN, quando existentes. Os Pmfs e<br />

seus respectivos POAs também precisam levar em consideração<br />

as avaliações de risco de extinção de espécies e<br />

56<br />

www.referenciaflorestal.com.br


outros dados disponíveis sobre a ecologia e conservação<br />

das espécies vulneráveis. Os demais procedimentos técnicos<br />

para elaboração, apresentação, execução e avaliação<br />

técnica Para ter dos acesso Pmfs deverão a esse conteúdo, atender a assine legislação a em<br />

vigor. revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Os efeitos da Portaria MMA no 443/2014 não recaem<br />

de maneira alguma sobre as autorizações de POA de<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Pmfs e de supressão de vegetação para uso alternativo<br />

do solo emitidas anteriormente 0800 600 2038 à sua publicação. De<br />

forma similar, não afetam as solicitações já protocoladas<br />

até 13 de fevereiro de <strong>2015</strong> (data da publicação da<br />

IN MMA no 01/<strong>2015</strong>), desde que as autorizações sejam<br />

emitidas até 30 de dezembro de <strong>2015</strong>.<br />

Além disso, as restrições da Portaria MMA no<br />

443/2014 não se aplicam aos saldos de produtos florestais<br />

oriundos de espécies ameaçadas existentes nos<br />

sistemas de controle até 18 de dezembro de 2014 (data<br />

de publicação da referida Portaria).<br />

Este conjunto de normas fortalece a atividade florestal<br />

sustentável, preserva a segurança jurídica dos<br />

empreendimentos florestais e valoriza o manejo florestal,<br />

aumentando a sua credibilidade como estratégia de<br />

conservação das espécies da flora brasileira e de desenvolvimento<br />

econômico e social regional.”<br />

A Instrução Normativa 1, de<br />

12 de fevereiro de <strong>2015</strong>,<br />

ajusta alguns itens da Portaria<br />

443 que travava a extração e<br />

comercialização de espécies<br />

importantes para a viabilidade<br />

econômica do manejo<br />

florestal


ESPECIAL<br />

EMPRESAS FLORESTAIS RECORREM<br />

ÀS CONSULTORIAS PARA NÃO ERRAR,<br />

PRINCIPALMENTE EM ÉPOCA DE CRISE<br />

NO ALVO<br />

58<br />

www.referenciaflorestal.com.br


MADEIRA SERRADA DE TECA<br />

Foto: arquivo<br />

N<br />

ão há espaço para errar, principalmente em tempos<br />

de economia estagnada. Certas vezes basta um tiro<br />

errado para desestabilizar toda uma empresa. Assim<br />

como os grandes líderes normalmente ouvem os principais conselheiros<br />

Para antes ter acesso de tomar a esse decisões conteúdo, importantes, assine a muitos revista empresários<br />

recorrem às consultorias especializadas no setor florestal<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

para não www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

errar o alvo. Normalmente isso acontece antes de novos<br />

investimentos, mercados e produtos. Mas a área de atuação<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

dessas empresas focadas em desvendar o melhor cenário é bastante<br />

vasta. 0800 600 2038<br />

O diretor-presidente da Guavirá Industrial e Agrofloresta,<br />

João Carlos Baldasso, já procura auxílio de consultoria regularmente.<br />

A empresa, fundada em 1986, fica em São José do Rio<br />

Claro (MT). O grande foco está no plantio e industrialização de<br />

teca, além de outras espécies como o eucalipto, voltado exclusivamente<br />

para biomassa, e o mogno africano. O parque industrial<br />

de 170 mil m² (metros quadrados) pode movimentar 50 mil<br />

m³ (metros cúbicos) anuais de toras, com capacidade de transformação<br />

de 25 mil m³ em produtos serrados. A variedade de<br />

produtos é imensa: lambril, guarnição, decks, pisos, painéis, madeira<br />

serrada, aplainada, entre outros. Cerca de 80% desses produtos<br />

está voltado para exportação. Além do plantio, a Guavirá<br />

ainda executa o manejo florestal sustentável. No momento está<br />

aguardando o tempo de recuperação da floresta que se encerra<br />

dentro de dois anos.<br />

“Sempre é mais barato e mais seguro procurar profissionais<br />

que têm know-how do que fazer por conta própria”, avalia Baldasso.<br />

Para ele, realizar um trabalho sem ter certeza do caminho<br />

que está seguindo, fica muito caro e às vezes pode até custar a<br />

estabilidade da empresa, dependendo do investimento. A Guavirá<br />

utilizou Para ter serviços acesso de a forma esse conteúdo, pontual e, em assine algumas a revista oportunidades,<br />

de maneira mais constante. “Já procuramos profissionais<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

para prepararem www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

estudos específicos de mercado, avaliação de<br />

viabilidade de secagem da madeira e serviços de engenharia e<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

gerenciamento”, conta. “Para construir uma indústria de beneficiamento<br />

de espécies nativas 0800 600 moderna, 2038 contamos com o apoio<br />

da consultoria”, completa Baldasso.<br />

Ele reconhece que em algumas oportunidades a empolgação<br />

inicial com um novo negócio acaba sendo frustrada depois da<br />

avaliação da consultoria, mas reconhece que esse veredito o fez<br />

economizar muito dinheiro. “A Stcp Engenharia de Projetos mostrou<br />

que aquele não será um bom negócio, o que era verdade.<br />

Por isso é fundamental para as tomadas de decisões estratégicas<br />

de uma empresa”, aponta o diretor-presidente.<br />

O episódio relatado pelo empresário vem de encontro ao<br />

que diz Ederson de Almeida, diretor-executivo da Consufor. “A<br />

melhor maneira de ganhar dinheiro, é deixar de perder.” Isso<br />

significa que até mesmo quando a consultoria desenvolve um<br />

projeto mostrando a inviabilidade de determinado investimento<br />

pretendido, a empresa está ganhando. “Não é raro analisarmos<br />

negócios, inclusive em marcha, que não estão contribuindo para<br />

remunerar o capital adequadamente”, ressalta Ederson.<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

59


ESPECIAL<br />

PERGUNTE A<br />

QUEM SABE<br />

A variedade de novos negócios que estão surgindo e que até<br />

há alguns anos não fazia parte da rotina dos empresários florestais<br />

está entre os pontos que geram mais dúvidas. “Temos<br />

concentrado esforços no fortalecimento de negócios inovadores<br />

vinculados à bioenergia, desenvolvimento de sistema de gestão<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />

de informações e geotecnologias.<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

Recentemente Stcp apoiou<br />

no licenciamento de duas termoelétricas baseadas em biomassa<br />

que serão www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

abastecidas com plantios de eucalipto”, afirma Rômulo<br />

Sousa Lisboa, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

diretor de Desenvolvimento e Qualidade da Stcp<br />

Engenharia de Projetos.<br />

0800 600 2038<br />

Ele observa que os empresários procuram as consultorias<br />

por diversos motivos, mas os que têm despertado maior interesse<br />

são os estudos de mercado, novas oportunidades de negócio<br />

e investimentos, além de viabilidade econômico-financeira e estruturação<br />

para obtenção de financiamentos junto a entidades<br />

financiadoras. “Existe ainda uma forte demanda na avaliação de<br />

ativos, estudos de logística, seleção de sites para negócios florestais-industriais,<br />

elaboração de EIA/Rima (Estudo de Impacto<br />

Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental), gerenciamento florestal<br />

e ambiental, inventário de recursos e apoio jurídico”, detalha.<br />

Já no setor público são importantes os estudos estratégicos<br />

e planos de desenvolvimento setorial, além de formulação de<br />

políticas de desenvolvimento nacional e regional.<br />

Existem casos em que o empresário não tem claro o problema<br />

a ser resolvido. “Alguns não conseguem expor com clareza a<br />

necessidade”, afirma Rômulo. Na fase inicial da preparação da<br />

proposta, busca-se não somente identificar o que o cliente quer,<br />

mas especialmente o que ele precisa para resolver. “É importante<br />

o envolvimento do cliente desde a fase inicial do ciclo do projeto<br />

até a conclusão.”<br />

60<br />

www.referenciaflorestal.com.br


“SEMPRE É MAIS BARATO E MAIS SEGURO PROCURAR<br />

PROFISSIONAIS QUE TÊM KNOW-HOW DO QUE FAZER<br />

POR CONTA PRÓPRIA”<br />

Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

DIRETOR-PRESIDENTE DA GUAVIRÁ<br />

- JOÃO CARLOS BALDASSO,<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

61


ESPECIAL<br />

RESOLVENDO<br />

PROBLEMAS<br />

O trabalho da consultoria em muitos casos é usado para<br />

solucionar problemas. Em certas ocasiões o empresário observa<br />

que está obtendo prejuízo, mas não identifica a causa e o<br />

número de hipóteses é infinito. “Muitas vezes os clientes nos<br />

pedem auditoria em processo operacional”, aponta o diretor da<br />

Consufor. O executivo relata o caso da empresa que estava apresentando<br />

prejuízo há um ano na operação de industrialização<br />

da madeira. “Depois de um profundo diagnóstico na operação<br />

e nas finanças, mostramos que o empresário começava a perder<br />

dinheiro a partir de uma determinada etapa do processo<br />

de beneficiamento.” Foi constatado, por meios de cálculos<br />

técnicos e econômicos, que a empresa ganharia muito<br />

mais se passasse a produzir apenas o serrado seco<br />

aplainado. “Passados quatro meses, a empresa<br />

já tinha retornado à solvência e recuperado<br />

a capacidade de investimento.”<br />

“A MELHOR MANEIRA DE GANHAR DINHEIRO, É<br />

DEIXAR DE PERDER”<br />

DIRETOR-EXECUTIVO DA CONSUFOR<br />

- EDERSON DE ALMEIDA,<br />

62<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Não é segredo para ninguém que a economia brasileira está<br />

mal das pernas e com isso, entre todas as consequências que<br />

um país em recessão enfrenta, está a falta de confiança dos investidores.<br />

Ederson elenca os principais complicadores do momento:<br />

necessidade da aprovação do Congresso Nacional do<br />

pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo, instabilidade política,<br />

crise hídrica e energética, entre outros aspectos. “Mesmo<br />

com aprovação do ajuste fiscal, levaremos pelo menos dois anos<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />

para colocarmos a casa em ordem”, avalia. O que, segundo ele,<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

nesse período refletirá em depreciação do real frente ao dólar,<br />

que possivelmente www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

atingirá a casa dos R$ 4,00 para depois voltar<br />

a patamares assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

menores, aumento da inflação que ultrapassará o<br />

teto da meta em <strong>2015</strong> e possivelmente em 2016, e o PIB (Produto<br />

Interno Bruto) negativo<br />

0800<br />

ou<br />

600<br />

próximo<br />

2038<br />

de zero.<br />

“Em termos de produção, o setor florestal será afetado por<br />

essa conjuntura, principalmente pelo enfraquecimento do mercado<br />

interno.” Por outro lado, haverá alguma compensação com<br />

o aumento das exportações proporcionado por um real mais fraco<br />

e avanço do mercado americano (principal mercado mundial).<br />

Apesar do cenário nacional, existem oportunidades em áreas específicas<br />

ainda não consolidadas como a produção de energia<br />

com base em biomassa florestal. “Mas também em setores já<br />

consolidados da indústria florestal, como indústria de madeira<br />

sólida, celulose e painéis que podem, via exportações, aumentar<br />

o market share no mercado internacional”, projeta Ederson.<br />

Ainda de acordo com o diretor da Consufor, o momento é<br />

de investir pontualmente. “Tempo de crise também é tempo<br />

de investimento em melhoria da produtividade, estudar novas<br />

oportunidades de investimentos, repensar o modelo de negócio,<br />

tudo com o objetivo de maximizar o retorno do capital investido.”<br />

Apesar de vários pontos desfavoráveis no cenário econômico<br />

atual, existem oportunidades que podem ser buscadas. “Um<br />

dos principais exemplos com a alta do dólar e a recuperação da<br />

economia norte-americana, é aproveitar para focar-se no mercado<br />

externo. Com a moeda estrangeira valorizada há ganhos, mas<br />

não pode ser esquecido que pode haver um aumento no nível<br />

de endividamento de empresas, e devem ser tomadas ações de<br />

forma a mitigar riscos”, orienta Rômulo, da Stcp.<br />

Ele argumenta que há uma ampla gama de produtos de base<br />

florestal (celulose, papel, produtos de madeira sólida e de maior<br />

valor agregado) para os quais podem ser buscados mercados no<br />

exterior. “Cabe ressaltar o recente acordo bilateral assinado entre<br />

Brasil e EUA (Estados Unidos da América), em março deste<br />

ano, o qual visa facilitar os negócios e a convergência regulatória<br />

para a ampliação do comércio entre os dois países”, lembra o<br />

diretor de Desenvolvimento e Qualidade da Stcp. Isto também<br />

abre oportunidades para trazer inovações tecnológicas à indústria<br />

e aumentar a produtividade. Diferentemente dos tempos de<br />

estabilidade, em que a empresa pode se acomodar, tempos difíceis<br />

impõem desafios às empresas.<br />

Foto: arquivo<br />

CRISE E<br />

OPORTUNIDADE<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

63


ESPECIAL<br />

Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

“OS PLANTIOS FLORESTAIS DEVERÃO<br />

SER EXPANDIDOS PRINCIPALMENTE EM<br />

NOVAS FRONTEIRAS: MATO GROSSO,<br />

TOCANTIS, MARANHÃO E PIAUÍ”<br />

- RÔMULO SOUSA LISBOA,<br />

DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DA<br />

STCP ENGENHARIA DE PROJETOS<br />

64<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Para os próximos anos uma clara tendência é o crescimento<br />

da importância do segmento de florestas plantadas, principalmente<br />

de pinus e eucalipto. Segundo dados da Stcp, as florestas<br />

plantadas são hoje responsáveis por mais de 90% do suprimento<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />

nacional de madeira industrial, e a tendência é que nos próximos<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

10 a 20 anos possa chegar a 95%. As florestas nativas deverão no<br />

médio e www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

longo prazo ser responsáveis pelo suprimento de especialidades,<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

no entanto, a grande parte da madeira deverá vir de<br />

florestas plantadas. O maior crescimento na demanda de madeira<br />

de plantações deverá<br />

0800<br />

ser para<br />

600 2038<br />

celulose, painéis de madeira<br />

reconstituída e para energia. “Os plantios deverão ser expandidos<br />

principalmente em novas fronteiras: Mato Grosso, Tocantis,<br />

Maranhão e Piauí”, afirma Rômulo.<br />

De acordo com as perspectivas de Ederson, o setor de florestas<br />

plantadas no Brasil deve continuar apresentando crescimento<br />

nos próximos anos. O Brasil sofre com uma crise econômica<br />

conjuntural, mas como floresta é um investimento de longo prazo,<br />

não deve ser impactado de forma proporcional. Além disso,<br />

o capital internacional continua disponível para aumentar seu<br />

market share no mercado brasileiro via projetos de greenfield<br />

(novos projetos) e brownfield (recursos destinados a uma companhia<br />

com estrutura pronta). “Fundos nacionais também estão<br />

capitalizados em busca de oportunidades no setor. A demanda<br />

por madeira oriunda de plantios florestais na Brasil esta consolidada<br />

e com projetos de expansão em praticamente todos os<br />

segmentos, incluindo celulose, energia e produtos de madeira.”<br />

PERSPECTIVAS<br />

8


SILVICULTURA<br />

SOLO<br />

É TEMA DE<br />

CAMPANHA<br />

MUNDIAL<br />

ANO DE <strong>2015</strong> FOI ESCOLHIDO PARA<br />

DESTACAR A IMPORTÂNCIA DE UM DOS<br />

PRINCIPAIS RECURSOS NATURAIS DO<br />

PLANETA E DIVULGAR PRÁTICAS DE<br />

CONSERVAÇÃO E PRODUTIVIDADE<br />

Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

U<br />

m elemento essencial para o bom desenvolvimento<br />

de qualquer cultura, seja ela agrícola ou<br />

Para ter<br />

florestal,<br />

acesso<br />

é<br />

a<br />

o<br />

esse<br />

solo.<br />

conteúdo,<br />

No segmento<br />

assine<br />

de<br />

a<br />

silvicultura<br />

revista<br />

existe grande preocupação <strong>Referência</strong> com <strong>Florestal</strong> a qualidade, produtividade<br />

e saúde do local onde é implementada a floresta. Porém,<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

esse debate dificilmente sai do campo acadêmico e profissional<br />

da assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

área. Esse foi um dos motivos que incentivaram<br />

a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura<br />

0800 600 2038<br />

e Alimentação) a nomear o ano de <strong>2015</strong> como o AIS (Ano<br />

Internacional do Solo). A intenção é demonstrar a importância<br />

do cuidado com o recurso natural e ampliar o conhecimento<br />

sobre o uso e conservação adequados.<br />

Para<br />

“Estamos<br />

ter acesso<br />

perdendo<br />

a esse<br />

os solos<br />

conteúdo,<br />

e precisamos<br />

assine<br />

colocar<br />

a revista<br />

mais<br />

atenção na preservação <strong>Referência</strong> dessa base <strong>Florestal</strong> produtiva. A ideia é que<br />

os produtores tomem consciência do que está ocorrendo<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

com os solos e como podemos ter boas práticas de preservação”,<br />

afirma assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.<br />

0800 600 2038<br />

Segundo Bojanic, a FAO pretende usar o ano para melhorar<br />

a relação dos produtores com os solos, fazendo com<br />

66<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Foto: <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

"É fundamental que nós não façamos com os solos o que, de certa<br />

forma, nós fazemos com a saúde, investindo mais na cura do<br />

que na prevenção. Com o solo devemos trabalhar muito mais na<br />

prevenção, lidando com os riscos de forma planejada."<br />

Maurício Antônio Lopes, presidente da Embrapa<br />

que os agricultores produzam mais, preservando o recurso<br />

natural. “No ano da Agricultura Familiar (2014) demos<br />

maior<br />

Para<br />

importância<br />

ter acesso a<br />

para<br />

esse<br />

a<br />

conteúdo,<br />

dimensão social,<br />

assine<br />

agora<br />

a revista<br />

estamos<br />

dando enfoque na <strong>Referência</strong> dimensão ambiental, <strong>Florestal</strong> do recurso e da relação<br />

entre meios de produção e pessoas”, explica.<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Para o coordenador da Assessoria Internacional do Ministério<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

do Desenvolvimento Agrário, Caio França, a agricultura<br />

familiar é protagonista na preservação e recuperação<br />

0800 600 2038<br />

do solo. “Necessariamente, os produtores não podem deixar<br />

o solo se degradar. Há uma preocupação fundamental<br />

de todos os envolvidos na agricultura familiar em preservar<br />

esse recurso natural. O AIS <strong>2015</strong> vai orientar tanto os<br />

agricultores<br />

Para ter acesso<br />

como<br />

a<br />

os<br />

esse<br />

órgãos<br />

conteúdo,<br />

de governo<br />

assine<br />

na preservação<br />

a revista<br />

do<br />

solo”, salienta o <strong>Referência</strong> coordenador. <strong>Florestal</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

DEGRADAÇÃO<br />

De assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

acordo com os dados da FAO, 33% das terras do planeta<br />

estão degradadas, seja por razões físicas, químicas ou<br />

0800 600 2038<br />

biológicas, o que é evidenciado em uma redução da cobertura<br />

vegetal, na diminuição da fertilidade, na contaminação<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

67


SILVICULTURA<br />

OBJETIVOS<br />

DO AIS <strong>2015</strong><br />

●●<br />

Obter consciência plena da sociedade<br />

civil e os responsáveis pela tomada de<br />

decisões sobre a profunda importância<br />

do solo para a vida humana;<br />

●●<br />

Educar o público sobre o solo que<br />

desempenha papel crucial na segurança<br />

alimentar, adaptação e mitigação<br />

das mudanças climáticas, os serviços<br />

essenciais dos ecossistemas, redução da<br />

pobreza e desenvolvimento sustentável;<br />

●●<br />

Apoio às políticas e ações para a gestão<br />

e proteção dos recursos minerais<br />

sustentáveis e eficazes;<br />

●●<br />

Promover investimentos na gestão<br />

sustentável da terra para desenvolver e<br />

manter solos saudáveis para diferentes<br />

usuários da terra e grupos populacionais;<br />

●●<br />

Fortalecer iniciativas em relação<br />

ao processo de objetivos de<br />

desenvolvimento sustentável e agenda<br />

pós-<strong>2015</strong>;<br />

●●<br />

Promover a melhoria rápida da<br />

capacidade de recolha de informações<br />

no terreno e acompanhamento a todos<br />

os níveis (global, regional e nacional).<br />

Foto: Valterci Santos<br />

68<br />

www.referenciaflorestal.com.br


do solo e da água e, devido a isso, no empobrecimento das<br />

colheitas. A degradação dos solos tem um impacto negativo<br />

em muitas de suas funções como na produção de alimentos<br />

Para e na prestação ter acesso de a serviços esse conteúdo, ecossistêmicos assine e a suas revista principais<br />

causas incluem <strong>Referência</strong> a erosão hídrica, <strong>Florestal</strong> a aplicação intensa de<br />

agrotóxicos<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

e o desmatamento. A degradação também está<br />

associada com a pobreza: 40% das terras mais degradadas<br />

do mundo assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

estão em zonas com altos índices de pobreza.<br />

Os agricultores pobres 0800 têm menos 600 2038 acesso à terra e à água,<br />

trabalham em solos pobres e com uma alta vulnerabilidade<br />

à degradação.<br />

No Brasil, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento) é o órgão responsável por difundir o AIS<br />

<strong>2015</strong>. A pasta criou um comitê, unindo governo federal e<br />

sociedade civil para promoverem o assunto. Uma série de<br />

o uso intensivo e sustentável em busca da segurança alimentar,<br />

da conservação do meio ambiente e da fixação do<br />

produtor rural no campo”, considera. Ele destacou que o<br />

país Para utiliza ter apenas acesso 27,7% a esse do conteúdo, território nacional assine a com revista produção<br />

de alimentos, <strong>Referência</strong> silvicultura e <strong>Florestal</strong> biocombustíveis.<br />

Entretanto,<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

alertou João Martins, o melhor uso do solo<br />

ainda é um desafio e é preciso mobilizar a sociedade para<br />

esta questão. assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Uma das alternativas, segundo ele, é intensificar<br />

a produtividade 0800 para evitar 600 2038 a abertura de novas áreas<br />

e o uso desordenado da terra, impedindo, assim, “sua desestruturação<br />

física e a perda de fertilidade”.<br />

O presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária), Maurício Antônio Lopes, lembrou que<br />

é muito mais interessante trabalhar para o cuidado do recursos<br />

natural do que no reparo de áreas degradadas. “É<br />

BASE FORTE E OLHAR<br />

SEMPRE PARA O TOPO.<br />

Essa é a alma da PENZSAUR.<br />

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www.saur.com.br/pt/florestal<br />

eventos foi planejada para o decorrer do ano.<br />

O presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura),<br />

João Martins da Silva Junior, acredita que o assunto<br />

é essencial e precisava ser debatido com mais frequência.<br />

“O solo é o grande patrimônio do produtor rural, e ele<br />

tem consciência disso. Precisamos buscar o equilíbrio entre<br />

fundamental que nós não façamos com os solos o que, de<br />

certa forma, nós fazemos com a saúde, investindo mais na<br />

cura do que na prevenção. Com o solo devemos trabalhar<br />

muito mais na prevenção, lidando com os riscos de forma<br />

planejada”, compara.<br />

“O país utiliza apenas 27,7% do território nacional com produção<br />

de alimentos, silvicultura e biocombustíveis”<br />

João Martins da Silva Junior, presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura)<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

69


ESPÉCIE<br />

Foto: Luiz Costa<br />

70<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Fotos: Roberval Lima<br />

COM MERCADO PARA PRODUTOS FEITOS A PARTIR DA<br />

MADEIRA E TAMBÉM OS NÃO MADEIREIROS, CASTANHEIRA-<br />

DO-BRASIL MOSTRA POTENCIAL ECONÔMICO PARA<br />

EXPANDIR PLANTIOS COMERCIAIS NA REGIÃO AMAZÔNICA<br />

C<br />

ada vez mais os empresários florestais e comunidades<br />

que vivem da floresta estão apostando<br />

no plantio comercial. Apesar do domínio<br />

de algumas espécies já muito bem estabelecidas, com<br />

predominância esmagadora das exóticas, algumas nativas,<br />

que antes eram aproveitadas somente por meio de<br />

manejo florestal, mostram enorme potencial. No interior<br />

do Amazônas a castanheira-do-brasil (Bertholletia<br />

excelsa Bonpl.) está dando retorno com a exploração<br />

sustentável da madeira e também do fruto, produto<br />

que já tem mercado garantido.<br />

GENUINAMENTE BRASILEIRA<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

71


ESPÉCIE<br />

De acordo com Roberval Monteiro Bezerra de Lima,<br />

pesquisador do grupo de Produção Vegetal e Meio ambiente<br />

da Embrapa Amazônia Ocidental, na região de<br />

Itacoatiara Para ter acesso (AM) encontra-se a esse conteúdo, o maior assine plantio a comercial revista<br />

da espécie realizado<br />

<strong>Referência</strong><br />

pela Agropecuária<br />

<strong>Florestal</strong><br />

Aruanã. Ao todo<br />

são www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

mais de 1.250 milhões de árvores plantadas. A empresa<br />

utilizou clones desenvolvidos pela Embrapa.<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Para os indivíduos destinados somente para o aproveitamento<br />

do fruto, 0800 foi usada 600 2038 a técnica de enxertia da<br />

copa, que reduz o porte das castanheiras e antecipa o<br />

período de frutificação.<br />

Com características mecânicas de valores médios e<br />

de boa aparência (madeira clara), a espécie é indicada<br />

para construção civil interna leve (forros, vigas e tábuas<br />

para assoalho); para painéis e carpintaria. Pode ser usada<br />

em juntas coladas e na fabricação de embalagens.<br />

Atualmente estão sendo realizados os primeiros<br />

desbastes com valor comercial. “Espécies com características<br />

similares apresentam preço do metro cúbico entre<br />

R$ 400 e R$ 600”, compara Roberval. A outra forma<br />

de renda são os frutos. O preço médio da amêndoa com<br />

casca pago ao produtor foi de R$ 2,05/kg (quilogramas).<br />

O pesquisador lembra que os exemplares nativos<br />

de Bertholletia excelsa estão na lista oficial das espécies<br />

da flora brasileira ameaçadas de extinção. Portanto, somente<br />

pode ser comercializada a madeira proveniente<br />

de plantios. Fator que potencializa os ganhos e justifica<br />

o investimento nesse momento. Quando o mercado estiver<br />

mais consolidado, quem saiu na frente terá matéria-prima<br />

disponível para entrega imediata. Mas se de<br />

um lado a comercialização da madeira da castanheira<br />

ainda está ganhando corpo, do outro o comércio das<br />

amêndoas já possui mercado nacional e internacional<br />

muito bem estabelecido.<br />

PLANTIO<br />

Antes de implementar a floresta é preciso que o<br />

produtor escolha qual produto deseja explorar porque<br />

isso interfere diretamente no sistema de plantio a ser<br />

adotado. Para quem deseja aproveitar um pouco das<br />

duas opções, existe sim a possibilidade de fazer um mix<br />

aproveitando madeira e posteriormente as amêndoas.<br />

“Para a produção de frutos a escolha é a enxertia de<br />

copa, assim o fuste perde o valor para produção de madeira.<br />

No sistema para produção de madeira, prevê-se<br />

três desbastes (aos 7 , 12, 17 anos) e o corte final aos 25<br />

anos”, aponta Roberval. Contudo após os desbastes, o<br />

produtor poderá optar entre o corte raso para venda da<br />

madeira Para ter ou acesso a manutenção a esse conteúdo, das árvores assine para a produção revista<br />

de frutos.<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

A implantação de um hectare de castanha para<br />

produção de madeira em espaçamento inicial de 3x4<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

m (830 árvores) é estimado em R$ 4.500,00. Para produção<br />

de frutos em 0800 espaçamento 600 2038 10x10m (100 árvores<br />

com enxertia de copa), estima-se em R$ 2000,00. As<br />

mudas da castanheira-do-brasil podem ser adquiridas<br />

por R$ 5,00 cada. A Agropecuária Aruanã, que investe<br />

em plantios também comercializa mudas.<br />

SILVICULTURA<br />

O trato com as sementes inicia com a escolha das<br />

árvores matrizes, de onde serão coletadas. Estas árvores<br />

devem ser saudáveis, com boa formação da copa e<br />

fuste, e crescimento médio em altura acima de um metro<br />

ao ano. “Após a coleta, as sementes podem ser colocadas<br />

em areia úmida para conservar a sua viabilidade<br />

germinativa”, aconselha o pesquisador da Embrapa<br />

Amazônia Ocidental. Antes de serem postas para germinar,<br />

é retirado o tegumento (casca) para se quebrar a<br />

dormência. O substrato das caixas de germinação pode<br />

ser areia 100%, serragem curtida 100% ou uma mistura<br />

de areia e serragem na proporção 1:1.<br />

Depois de iniciado esse processo, a germinação leva<br />

um mês. Quando as plântulas estiverem no ponto de<br />

palito, aproximadamente 5 cm (centímetros) de altura,<br />

estarão aptas para fazer o processo de repicagem para<br />

o viveiro definitivo. As mudas estarão prontas para o<br />

plantio entre cinco a seis meses.<br />

As mudas são produzidas sob sombreamento com<br />

50% de luz. As plântulas são repicadas para sacos de<br />

polietileno ou tubetes de tamanho grande. O substrato<br />

pode ser terriço da mata ou uma mistura de terriço e<br />

areia. Se houver necessidade, a muda pode permanecer<br />

no viveiro por até 18 meses, com a realização da poda<br />

da parte aérea e raiz.<br />

“A seleção de clones obtidos pela técnica da enxertia<br />

da copa para produção de frutos, ainda se encontra<br />

na fase de avaliação, e ainda não estão disponíveis<br />

comercialmente”, adianta Roberval. Mas a técnica de<br />

enxertia de copa já é utilizada para produção de frutos.<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

73


ESPÉCIE<br />

Plantios com o objetivo de produzir madeira são realizados<br />

a partir de mudas no sistema de pé franco (método<br />

de Para produção ter acesso de mudas a esse que conteúdo, consiste assine no enraizamento a revista<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

direto da estaca produtora, sem uso de porta-enxerto).<br />

A semeadura www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

direta no campo não é recomendável, em<br />

função da difícil germinação das sementes e o ataque<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

por roedores.<br />

O espaçamento 0800 ideal 600 depende 2038basicamente do objetivo<br />

do plantio. Para a produção exclusiva de frutos<br />

com floresta pura, o recomendado é 10m x 10m. Para<br />

produção de frutos em plantios consorciados com outras<br />

espécies, o espaçamento é 20m x 20m. Já para produção<br />

de madeira em plantios puros, o espaçamento<br />

inicial é de 3m x 4m.<br />

“O modelo de plantio com castanha-do-brasil tem<br />

por principal vantagem o crescimento rápido”, avalia<br />

Roberval. Ela ainda dispensa aporte de nutrientes e não<br />

existem pragas ou doenças importantes. “Pela importância<br />

no contexto sócio-econômico, é uma das espécies<br />

amazônicas que reúne grande quantidade de informações<br />

técnico-científicas.”<br />

Os tratos culturais resume-se praticamente às capinas<br />

que devem ser feitas anualmente até o fechamento<br />

do dossel e o controle de saúvas, principalmente no primeiro<br />

ano após o plantio. O ataque de roedores também<br />

dever ser monitorado. O índice de sobrevivência é<br />

alto, acima de 90%.<br />

É necessário poda de formação nos plantios para<br />

produção de madeira. Ela deve ser feita nos ramos laterais,<br />

no limite máximo de 50% da altura da copa.<br />

Após o corte para produção de madeira, a espécie<br />

tem alto potencial de rebrota, podendo o talhão ser<br />

reformado pela técnica de talhadia, que é a condução<br />

do crescimento dos brotos nas cepas da floresta recém<br />

cortada, Para ter dando-se acesso a início esse a conteúdo, um novo ciclo assine florestal. a revista<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

CLIMA E SOLO<br />

A castanheira-da-amazônia ou castanheira-do-brasil<br />

é uma espécie que ocorre no bioma Amazônia (Bra-<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

sil, Peru, Bolívia e Venezuela), 0800 600 2038 com precipitação pluvial<br />

média de 1400 mm a 3250 mm (milímetros) e temperatura<br />

média anual de 24°C a 32°C (Graus Celsius). O clima<br />

ideal é o tropical úmido,caracterizado por temperaturas<br />

altas e homogêneas. A espécie cresce bem em solos de<br />

baixa fertilidade. Os predominantes são os latossolos<br />

argilosos ou argilo-arenosos de textura média a pesada.<br />

Ela não se desenvolve satisfatoriamente em solos de<br />

textura arenosa ou com alta compactação.<br />

O crescimento inicial é de mediano a rápido. “Em<br />

plantios para produção de madeira, na região de Manaus<br />

(AM), aos 13 anos de idade, registrou-se altura<br />

média comercial de 11,7m, média do DAP (Diâmetro à<br />

Altura do Peito) 17,3cm e área basal média de 16,84m²<br />

(metros quadrados)”, aponta o pesquisador. A produção<br />

de frutos em plantios homogêneos inicia aos 12 anos, se<br />

estabelecendo aos 15 anos.<br />

O tronco é reto e os galhos se concentram na parte<br />

mais alta da árvore. A casca é acinzentada, e as folhas,<br />

que ficam acima da copa das outras árvores, têm de<br />

20cm a 35cm de comprimento. O fruto da castanha leva<br />

mais de um ano para amadurecer, é mais ou menos do<br />

tamanho de um coco e pode pesar 2kg. A casca é muito<br />

dura e abriga entre 8 e 24 sementes. A árvore pode atingir<br />

até 60 metros.<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


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FEIRAS E CONGRESSOS<br />

Foto: divulgação<br />

EVENTO MOSTRA<br />

ARTICULAÇÃO DO SETOR<br />

NO PARANÁ<br />

CERIMÔNIA DE LANÇAMENTO DO V CONGRESSO FLORESTAL<br />

PARANAENSE FOI PRESTIGIADA POR REPRESENTANTES DO<br />

GOVERNO, EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS DO SETOR<br />

76<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Foto: Valterci Santos<br />

J<br />

á está confirmada a data do V Congresso <strong>Florestal</strong> Paranaense.<br />

Para ter O evento acesso vai a esse acontecer conteúdo, entre os assine dias 6 a e 9<br />

de outubro, revista no Campus <strong>Referência</strong> da Indústria, <strong>Florestal</strong> na Fiep (Federação<br />

das<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Indústrias do Estado do Paraná), e terá como tema<br />

central as “Novas Tecnologias Florestais”, abordando inovação,<br />

pesquisa assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

e aplicação. A discussão acontecerá dentro<br />

de quatro câmaras temáticas: 0800 600 Produção 2038 <strong>Florestal</strong>; Ambiência<br />

<strong>Florestal</strong>; Industrialização <strong>Florestal</strong>; e Gestão <strong>Florestal</strong>.<br />

“A última edição do evento, realizado em 2012, trouxe mais<br />

de 500 participantes. Esse número nos encorajou a promover<br />

mais uma edição. Nossa expectativa é que mais de 600<br />

pessoas estejam presentes”, afirma Carlos Mendes, diretor<br />

executivo da Apre (Associação Paranaense de Empresas de<br />

Base <strong>Florestal</strong>).<br />

No início de março, a entidade fez o lançamento oficial<br />

do evento, no qual Mendes aproveitou para lembrar um<br />

tema recente, que é o mapeamento das florestas plantadas<br />

do Paraná. O documento foi coordenado pelo SFB (Serviço<br />

<strong>Florestal</strong> Para ter Brasileiro) acesso a e esse a Seab conteúdo, (Secretaria assine de Agricultura a revista e<br />

Abastecimento do Paraná), <strong>Referência</strong> em parceria <strong>Florestal</strong> com a Apre.<br />

“Graças<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

ao mapeamento, hoje temos um número oficial<br />

de florestas no Estado. Com esses dados e com tudo o que<br />

discutiremos assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

no congresso, poderemos envolver diferentes<br />

setores da sociedade para 0800 apresentar 600 2038e<br />

discutir a situação<br />

atual das florestas no Paraná. Além disso, será possível<br />

conscientizar a população sobre a importância das florestas<br />

produtivas e de conservação nas diferentes esferas da<br />

sociedade. Em terceiro lugar, conseguiremos direcionar a<br />

evolução da política, da pesquisa e do desenvolvimento florestal<br />

de acordo com a realidade e as necessidades atuais<br />

e futuras da sociedade. Por fim, deixaremos um legado virtuoso<br />

de sustentabilidade dos recursos florestais no Estado<br />

para as próximas gerações”, conclui Mendes.<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

77


FEIRAS E CONGRESSOS<br />

Foto: divulgação<br />

Da esquerda para a direita:<br />

Carlos Mendes, diretor<br />

executivo da Apre, Silvio<br />

Barros, secretário de<br />

Planejamento e Coordenação<br />

Geral do Governo do Paraná e<br />

Sebastião Amaral, presidente<br />

de honra do 5º Congresso<br />

<strong>Florestal</strong> Paranaense e decano<br />

da Universidade Federal do<br />

Paraná.<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

O secretário de Planejamento e Coordenação Geral do<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />

Governo do Paraná,<br />

<strong>Referência</strong><br />

Silvio Barros,<br />

<strong>Florestal</strong><br />

participou do evento de<br />

lançamento do Congresso e aproveitou para falar sobre a<br />

estratégia www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

do governo estadual na área de desenvolvimento<br />

econômico. assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

“Queremos fazer um adensamento de cadeias<br />

produtivas para identificar quais são os setores onde o Paraná<br />

tem maior competitividade. Alguns desses setores<br />

0800 600 2038<br />

estão relacionados com componentes da cadeia produtiva<br />

que não são transferíveis geograficamente. E o setor de<br />

florestas é um deles, porque as florestas estão aqui. Então,<br />

tudo o que pudermos fazer para o adensamento da cadeia<br />

produtiva tem que vir para o Paraná. Os investimentos devem<br />

vir para cá”, explicou.<br />

Segundo o secretário, para aumentar a competitividade,<br />

o ideal seria que as indústrias estivessem próximas da<br />

produção. Barros afirmou que o governo está buscando, em<br />

parceria com o setor, estabelecer quais são os elos da cadeia<br />

produtiva que ainda podem ser atraídos para o Paraná,<br />

consolidando a agregação de valor.<br />

“Além disso, estamos buscando atrair parceiros que tenham<br />

uma larga experiência nessa área. No dia 5 de março<br />

tivemos uma reunião com o embaixador da Suécia e a equipe<br />

da Câmara de Comércio Sueco-Brasileira, já que eles são<br />

um país muito avançado nesse setor. Queremos estabelecer<br />

algumas parcerias, algumas joint ventures, seja na área<br />

de equipamentos para a indústria, seja na área de produtos<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />

acabados, que são<br />

<strong>Referência</strong><br />

derivados do<br />

<strong>Florestal</strong><br />

setor”, adiantou.<br />

Silvio Barros disse ainda que o governo entende que o<br />

setor www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

florestal é extremamente estratégico para o Paraná.<br />

Por isso, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

o Estado vai concentrar os esforços no sentido<br />

de colaborar com o desenvolvimento e a consolidação da<br />

0800 600 2038<br />

agregação de valor na atividade. “Um evento como o congresso<br />

é uma oportunidade de mostrarmos o que estamos<br />

fazendo, trocarmos experiências com quem sabe mais do<br />

que a gente, de expor o setor diante da sociedade e, inclusive,<br />

ouvir quais são as contribuições que a gente precisa<br />

e aquelas que o setor público tem possibilidade de dar. O<br />

evento passa a ser uma oportunidade de encontro dos diversos<br />

interesses relacionados com o desenvolvimento do<br />

setor florestal”, completou.<br />

O setor produtivo do Estado acredita que a interlocução<br />

com o governo é importante. Principalmente na posse<br />

de dados que comprovem a importância da atividade. “O<br />

Paraná tem um número bastante expressivo de indústrias<br />

de base florestal, o que representa muito o nível industrial<br />

do Estado. Hoje, os maiores detentores de florestas são as<br />

indústrias e, por isso, temos interesse nas questões florestais”,<br />

Reinaldo Tockus, gerente de Relações Internacionais e<br />

Negócios do Exterior da Fiep.<br />

78<br />

www.referenciaflorestal.com.br


O representante da Secretaria de Estado da Agricultura<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a revista<br />

do Paraná também <strong>Referência</strong> compartilha <strong>Florestal</strong> a mesma opinião. “A importância<br />

do setor é indiscutível. No ano passado, os produtos<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do<br />

Estado, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

com cerca de US$ 1,5 milhões e milhares de empregos<br />

gerados. Com isso, o Paraná passou a tratar o setor<br />

0800 600 2038<br />

de forma diferenciada. Mas apesar da força, temos muitos<br />

problemas, muitos entraves e gargalos a serem resolvidos”,<br />

alerta Benno Henrique W. Doetzer, presidente do Instituto<br />

de <strong>Florestal</strong> do Paraná.<br />

Foto: arquivo


ARTIGO<br />

Foto: Danny Steaven<br />

BANCO DE SEMENTES DO SOLO<br />

E SERAPILHEIRA ACUMULADA EM<br />

FLORESTA RESTAURADA<br />

AURINO MIRANDA NETO E KELLY DE ALMEIDA SILVA<br />

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA FLORESTAL DA UFV (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)<br />

SEBASTIÃO VENÂNCIO MARTINS<br />

LARF (LABORATÓRIO DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL) DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL DA UFV<br />

JOSÉ MARINALDO GLERIANI<br />

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL DA UFV<br />

E<br />

ste estudo teve por objetivo avaliar o banco de sementes<br />

do solo e a serapilheira acumulada em uma<br />

floresta Para ter restaurada acesso a por esse meio conteúdo, de plantio, assine com a 40<br />

anos, em Viçosa revista (MG). <strong>Referência</strong> Foram alocadas <strong>Florestal</strong> 16 parcelas contíguas<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

de 25 x 25m (metros), cobrindo toda a área da floresta<br />

com um hectare. Em cada parcela, foram coletadas cinco<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

amostras de solo superficial (0,30 x 0,30 x 0,05m) para avaliação<br />

do banco de sementes 0800 600 pelo 2038 método de germinação e<br />

uma amostra de 1,0 m 2 (metros quadrados) de serapilheira<br />

para avaliação da serapilheira acumulada. Foi realizada a<br />

classificação dos indivíduos e espécies de plântulas registradas<br />

do banco de sementes quanto à categoria sucessional,<br />

síndrome de dispersão e hábito de vida. Foram registradas<br />

5.555 plântulas pertencentes a 32 famílias e 93 espécies e<br />

um morfotipo que reuniu todas as trepadeiras.<br />

Registrou-se o predomínio de síndrome de dispersão<br />

zoocórica e, quanto ao hábito de vida, maior percentual de<br />

ervas, Para em ter nível acesso de espécie a esse (48,6%) conteúdo, e de indivíduo assine a (44,8%). revista<br />

Entre as espécies arbustiva-arbóreas, <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong> observou-se maior<br />

percentual www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

da categoria sucessional pioneira, em nível de<br />

espécie (75,1%) e de indivíduo (85,1%). A serapilheira média<br />

acumulada foi de 3.432 kg ha-1 (quilograma por hecta-<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

re), com a fração foliar representando 0800 600 2038 65% e correlação significativa<br />

com a área basal (p = 0,031; R2 = 0,29) do estrato<br />

arbóreo. Os resultados indicam que o banco de sementes<br />

do solo da floresta restaurada, após 40 anos de sua implantação,<br />

se assemelha quanto as relações ecológicas, às<br />

áreas de floresta estacional semidecidual na mesma região<br />

e a outras áreas restauradas que também foram utilizados<br />

plantio de mudas.<br />

80<br />

www.referenciaflorestal.com.br


01 INTRODUÇÃO<br />

Os ecossistemas florestais são redes complexas, resultado<br />

da interação dos fluxos de energia e ciclos de matéria<br />

entre as comunidades florestais e seus ambientes, estabelecendo<br />

um equilíbrio ecológico. Entretanto, as florestas<br />

têm sido Para degradadas, ter acesso fragmentadas a esse conteúdo, e reduzidas assine ao a longo<br />

do tempo, pelo revista aumento <strong>Referência</strong> das atividades <strong>Florestal</strong> humanas. Isso torna<br />

necessário www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

a restauração florestal de áreas degradadas,<br />

que é considerada uma das mais eficientes ferramentas de<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

engenharia ecológica (LU et al., 2011).<br />

A restauração florestal 0800 possui 600 2038 um papel de extrema importância<br />

pois reduz a perda de biodiversidade e a degradação<br />

dos recursos naturais (Kageyama; Gandara, 2005), tais<br />

como, o empobrecimento dos solos e a escassez de água ou<br />

a sua qualidade.<br />

A implantação de um projeto de restauração florestal,<br />

por mais bem planejado e executado que seja, não garante<br />

que determinada área terá uma cobertura florestal autoregenerante<br />

e que desempenha as funções ecológicas esperadas<br />

(Martins, 2009). É imprescindível que se realize a<br />

avaliação e o monitoramento da área reflorestada em espaços<br />

regulares de tempo, a fim de evitar a ocorrência de<br />

imprevistos que possam prejudicar a restauração almejada<br />

para determinada área.<br />

A avaliação da restauração florestal pode ser baseada<br />

na análise da semelhança entre a área restaurada e outras<br />

áreas de referência, dentro do mesmo ecossistema, comparando<br />

a estrutura, função, composição e as relações dos<br />

processos ecológicos (Hobbs; Norton, 1996). Portanto, ao<br />

avaliar uma floresta restaurada, são utilizados mecanismos<br />

vegetativos como a regeneração natural, chuva de sementes,<br />

banco de sementes do solo, abertura do dossel, produção<br />

e decomposição da serapilheira (Martins, 2009).<br />

O processo de regeneração natural tem como fonte primária<br />

os diásporos que chegam na área através da chuva<br />

de sementes, que posteriormente formará o banco de sementes<br />

do solo (Grombone-Guaratini; Rodrigues, 2002). A<br />

avaliação do estoque de sementes no solo é importante na<br />

determinação Para ter da melhor acesso estratégia a esse conteúdo, de manejo assine a ser empregada<br />

na conservação revista ou <strong>Referência</strong> recomposição <strong>Florestal</strong> de florestas nativas<br />

a<br />

(Grombone- www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Guaratini; Rodrigues, 2002; Sorreano, 2002) e<br />

no monitoramento e avaliação de áreas restauradas, obtendo<br />

melhores diagnósticos quanto ao desempenho e sucesso<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

da restauração de ecossistemas 0800 600 florestais 2038 (Martins, 2009).<br />

A serapilheira é outro importante componente do ecossistema<br />

florestal. Ela apresenta entradas e saídas, ou seja,<br />

recebe o material (folhas, ramos, frutos, sementes, cascas e<br />

flores) por meio da vegetação e esse material é decomposto<br />

para suprimento de nutrientes e matéria orgânica para<br />

o solo e raízes (Martins, 2009). A quantificação da sua produção<br />

e decomposição é um dos indicadores utilizados na<br />

avaliação e monitoramento de florestas restauradas (Arato<br />

et al., 2003; Martins, 2009). Estudos sobre a produção de<br />

serapilheira podem constituir uma ferramenta fundamental<br />

na indicação do estágio de conservação e regeneração de<br />

áreas restauradas (Moreira; Silva, 2004).<br />

Este estudo objetiva avaliar o banco de sementes do<br />

solo e a serapilheira acumulada de uma floresta restaurada<br />

por meio de plantio, após 40 anos de sua implantação, no<br />

município de Viçosa (MG). A serapilheira acumulada e as relações<br />

ecológicas (riqueza, abundância, estrutura, categoria<br />

sucessional, hábitos de vida e síndromes de dispersão) do<br />

banco de sementes da floresta estudada apresentam parâmetros<br />

semelhantes a outras áreas de floresta estacional<br />

semidecidual na mesma região e a outras áreas restauradas<br />

por meio de plantio?<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

81


ARTIGO<br />

02 MATERIAL E MÉTODOS<br />

O estudo foi realizado em uma floresta restaurada por<br />

meio de reflorestamento heterogêneo (1,0 ha), com idade<br />

de 40 anos, situada no campus da UFV, município de Viçosa<br />

(20º45’14”S e 42º45’53”O), Zona da Mata de Minas Gerais.<br />

A vegetação da área de estudo é resultante de um plantio<br />

de espécies nativas e exóticas, perfazendo um total de 485<br />

indivíduos<br />

Para<br />

e<br />

ter<br />

56 espécies,<br />

acesso a<br />

no<br />

esse<br />

espaçamento<br />

conteúdo,<br />

de<br />

assine<br />

4,0 x<br />

a<br />

5,0 m,<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

realizado entre os anos de 1968 e 1969. Anterior ao plantio,<br />

a área www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

era coberta de Eucalyptus sp. Seu entorno é composto<br />

por assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

fragmentos florestais e pela rodovia MG-280. As<br />

espécies plantadas constituem 11,0% de pioneiras, 35,0%<br />

de secundária inicial, 0800 21,0% 600 de secundária 2038 tardia e 33,0%<br />

sem classificação.<br />

O clima na região é do tipo Cwb (Köppen), mesotérmico<br />

com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A<br />

temperatura média anual é de 19,3°C e a precipitação pluviométrica<br />

média anual de 1.247 mm (Rocha; Fialho, 2010).<br />

Foram alocadas na área 16 parcelas contíguas de 25 x<br />

25m, cobrindo toda a área da floresta. No início de 2010,<br />

em cada parcela, foram coletadas de forma aleatória e por<br />

sorteio cinco amostras de solo, desprezando a serapilheira<br />

dura, com auxílio de um gabarito de madeira de 0,30 x 0,30<br />

m, perfazendo um total de 80 amostras. Coletou-se a camada<br />

de solo superficial até uma profundidade de 5,0 cm,<br />

colocando as amostras em sacos plásticos e transportadas<br />

para a casa de sombra do Viveiro de Pesquisas do Departamento<br />

de Engenharia <strong>Florestal</strong> na Universidade Federal de<br />

Viçosa. As amostras foram então transferidas para bandejas<br />

plásticas (0,23 x 0,36 x 0,05 m) dispostas em uma bancada<br />

a 1,0 m de altura do piso, mantidas em ambiente isolado<br />

de possíveis contaminações por propágulos externos, pois<br />

50% foram cobertas por sombrite. Como controle, para<br />

verificação de possível contaminação, foram dispostas na<br />

bancada quatro bandejas com areia estéril. As amostras<br />

ficaram sob irrigação por aspersão, programada durante o<br />

período de seis meses.<br />

As plântulas que emergiram em cada amostra foram<br />

contabilizadas quinzenalmente e identificadas até o táxon<br />

possível. As plântulas de trepadeiras foram apenas contadas<br />

e agrupadas em um único morfotipo devido à dificuldade<br />

para a identificação das espécies. Para as espécies não<br />

identificadas no viveiro, coletou-se o material botânico para<br />

posterior comparação ao material depositado no herbário<br />

VIC da Universidade Federal de Viçosa (MG), consulta a especialistas<br />

e a literatura. As espécies foram separadas em<br />

famílias e tiveram os nomes científicos e seus respectivos<br />

autores Para atualizados ter acesso pela base a esse de conteúdo, dados do Missouri assine a Botanical<br />

Garden, através do site www.tropicos.org, de acordo<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

com o www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

sistema do Angiosperm Phylogeny Group III (APG III,<br />

2009).<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Foram calculados os parâmetros fitossociológicos<br />

(Mueller-Dombois; Ellenberg, 0800 600 1974), 2038 o índice de diversidade<br />

de Shannon-Wiener (H’) (Magurran, 1988) e a equabilidade<br />

(J’) (Pielou, 1975), através do programa Fitopac 2.1<br />

(Shepherd, 2010).<br />

As espécies amostradas foram classificadas quanto ao<br />

hábito de vida. Posteriormente, as espécies arbóreas e arbustivas<br />

foram separadas por categorias sucessionais de<br />

acordo com os critérios propostos por Budowski (1965) e<br />

adaptados por Gandolfi et al. (1995) para florestas semidecíduas<br />

brasileiras, sendo: pioneira, secundária inicial,<br />

secundária tardia e não classificada. Foram também separadas<br />

por síndromes de dispersão de propágulos em zoocóricas,<br />

anemocóricas e autocóricas (PIJL, 1982).<br />

Foi coletada, no centro de cada parcela da floresta restaurada,<br />

com o auxílio de um gabarito de madeira, amostra<br />

de 1,0 m² de serapilheira acumulada. Em laboratório,<br />

as amostras de serapilheira foram separadas em três grupos<br />

(folha, ramos, material reprodutivo), secas em estufa a<br />

70°C, por 24 horas e quantificadas a massa seca em balança<br />

de precisão.<br />

Realizaram-se ajustes de regressões para verificar a relação<br />

entre a serapilheira acumulada e os parâmetros da<br />

estrutura da vegetação arbustivo-arbórea adulta presente<br />

nas parcelas (indivíduos arbustivo-arbóreos com circunferência<br />

a 1,30 m do solo, igual ou superior a 15 cm), segundo<br />

Miranda Neto et al. (2012). Foram considerados a densidade<br />

de indivíduos, a altura média, a área basal e o índice de<br />

área foliar (IAF).<br />

82<br />

www.referenciaflorestal.com.br


03 RESULTADOS<br />

Foram amostradas 5.555 plântulas, pertencentes a 32<br />

famílias, 68 gêneros e 93 espécies e um morfotipo que reuniu<br />

todas as trepadeiras (Tabela 1). Obteve-se densidade de<br />

15.430 propágulos por m³, distribuída em 5.425 propágulos<br />

de ervas, Para 4.755 ter propágulos acesso a esse de arbustos, conteúdo, 4.667 assine propágulos a<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

de árvores, 503 propágulos de gramíneas e 80 propágulos<br />

de trepadeiras. www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Nas bandejas de controle com areia não<br />

houve emergência de plântulas.<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Com relação às famílias, destacaram-se Melastomataceae,<br />

Solanaceae, Asteraceae, 0800 600 Urticaceae 2038 e Plantaginaceae,<br />

perfazendo 75,2% das plântulas amostradas. Melastomataceae<br />

compõe 41,5% das plântulas amostradas, representada<br />

principalmente por Leandra niangaeformis Cogn., Leandra<br />

purpurascens (DC.) Cogn. e Miconia cinnamomifolia<br />

(DC.) Naudin, que juntas responderam por 38,3% do total<br />

de plântulas amostradas e 92,2% das plântulas pertencentes<br />

a família Melastomataceae.<br />

Entre as espécies com maior número de plântulas<br />

amostradas, destaque entre cada hábito de vida para a arbórea<br />

Miconia cinnamomifolia, com 11,7% do total, a arbustiva<br />

Leandra niangaeformis, com 15,6%, a herbácea Solanum<br />

americanum Mill., com 8,5% e a gramínea Paspalum<br />

paniculatum L., com 1%.<br />

O índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) foi de<br />

3,21 e o índice de equabilidade (J’) foi de 0,708.<br />

Quanto ao hábito de vida, foram registradas 1.953 plântulas<br />

de 43 espécies herbáceas, 1.680 plântulas de 25 espécies<br />

arbóreas, 1.712 plântulas de 17 espécies arbustivas,<br />

181 plântulas de oito espécies de gramíneas e 29 plântulas<br />

de um morfotipo de trepadeiras (Figura 1). Entre as espécies<br />

arbóreas e arbustivas, foram registradas 21 espécies<br />

pioneiras, Para seis ter secundárias acesso a iniciais, esse conteúdo, uma secundária assine tardia a e<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

14 não classificadas. Em nível de indivíduos, foram registradas<br />

2.957 www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

plântulas pioneiras, 240 secundárias iniciais, uma<br />

secundária tardia e 198 não classificadas (Figura 2).<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Quanto à síndrome de dispersão foram registradas 24<br />

espécies zoocóricas, 7 0800 anemocóricas, 600 2038 2 autocóricas e 9 não<br />

classificadas. Em nível de indivíduos, foram registradas<br />

3.165 plântulas zoocóricas, 78 anemocóricas, 68 autocóricas<br />

e 81 não classificadas (Figura 3).<br />

A serapilheira média acumulada foi de 343,2 ± 225,3 g<br />

m-2 (gramas por metro quadrado) ou seja 3.432 ± 2.254 kg<br />

ha-1, distribuídos em 222,1 ± 155,9 g m-2 de folhas, 98,2 ±<br />

55,4 g m-2 de ramos e 22,9 ± 31,6 g m-2 de material reprodutivo<br />

(semente, fruto, flor).<br />

As análises de regressão indicaram que a serapilheira<br />

acumulada por parcela não apresentou correlação significativa<br />

com a densidade de indivíduos (P = 0,404; R² = 0,0502),<br />

com a altura média das árvores (P = 0,892; R² = 0,0014)<br />

e com o índice de área foliar (P = 0,089; R² = 0,1925). Entretanto,<br />

a serapilheira acumulada apresentou correlação<br />

significativa com a área basal (P = 0,031; R² = 0,2908) dos<br />

indivíduos do estrato arbóreo (Figura 4).<br />

FIGURA01<br />

Distribuição em porcentagem, em nível de espécies<br />

e indivíduos, para hábito de vida do banco de sementes<br />

do solo da floresta restaurada, Viçosa, MG.<br />

Espécies (%)<br />

45,7 26,6 18,1 8,5 1,1<br />

35,2 30,2 30,8 3,3 0,5<br />

Indivíduos (%)<br />

E Á A G T<br />

87,1<br />

Espécies (%)<br />

Indivíduos (%)<br />

93,3<br />

Espécies (%)<br />

Indivíduos (%)<br />

URA02<br />

50<br />

14,3<br />

7,1<br />

2,4<br />

0<br />

33,3<br />

5,8<br />

URA03<br />

57,1<br />

4,8<br />

2<br />

16,7<br />

2,3<br />

21,4<br />

2,4<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

83<br />

P<br />

S I<br />

S T<br />

N C<br />

Z<br />

A<br />

A<br />

N C


50<br />

FIGU 87,1<br />

FIGU<br />

Distribuição Distribuição em porcentagem, em porcentagem, em nível de em espécies nível de espécies<br />

e indivíduos, e indivíduos, para hábito para de hábito vida do de banco vida Espécies do de banco sementes de (%) sementes Indivíduos (%)<br />

do solo da do floresta solo da restaurada, floresta restaurada, Viçosa, MG. Viçosa, MG.<br />

ARTIGO<br />

87,1<br />

87,1<br />

FIGURA02<br />

FIGURA02 14,3 50<br />

7,1 50<br />

<br />

S I<br />

14,3<br />

7,1<br />

45,7 45,7 26,6 26,6 18,1 18,1 8,5 8,5 1,1 1,1<br />

35,2 35,2 30,2 30,2 30,8 30,83,3 3,3 0,5 0,5<br />

2,4<br />

0<br />

14,3<br />

7,1<br />

Espécies (%) Espécies (%) Indivíduos Indivíduos (%) (%)<br />

2,4<br />

0 2,4<br />

0<br />

S T<br />

33,3<br />

33,3<br />

33,3<br />

5,8<br />

N C<br />

5,8<br />

5,8<br />

tribuição em porcentagem, em nível de espécies<br />

divíduos arbustivo-arbóreos, PP<br />

para S categoria S I sucessional I S S T T N C N C<br />

banco de sementes do solo da floresta restaurada, Viçosa, MG.<br />

Distribuição Distribuição em porcentagem, em porcentagem, em nível de em espécies nível de espécies<br />

e indivíduos e indivíduos arbustivo-arbóreos, arbustivo-arbóreos, para categoria para categoria sucessional sucessional<br />

do banco do de banco sementes de sementes do solo da do floresta solo da restaurada, floresta restaurada, Viçosa, MG. Viçosa, MG.<br />

FIGURA03<br />

57,1<br />

57,1<br />

57,1<br />

FIGURA03<br />

FIGURA03<br />

93<br />

93,3<br />

93,3<br />

Z<br />

4,8<br />

2<br />

Espécies (%) Espécies (%) Indivíduos Indivíduos (%) (%)<br />

4,8<br />

2 16,7<br />

2,3 16,7<br />

2,3 21,4<br />

2,3<br />

2,4 21,4<br />

2,4<br />

4,8<br />

2<br />

A<br />

16,7<br />

Espécies (%)<br />

A<br />

21,4<br />

Distribuição em porcentagem, em nível de espécies<br />

Z e indivíduos, Z para A síndrome A de A dispersão A do banco N C N C<br />

de sementes do solo da floresta restaurada, Viçosa, MG.<br />

Distribuição Distribuição em porcentagem, em porcentagem, em nível de em espécies nível de espécies<br />

e indivíduos, e indivíduos, para síndrome para síndrome de dispersão de dispersão do banco do banco<br />

de sementes de sementes do solo da do floresta solo da restaurada, floresta restaurada, Viçosa, MG. Viçosa, MG.<br />

Indivíduos (%)<br />

2,4<br />

N C<br />

S A (/ 2 )<br />

1200<br />

1000<br />

800<br />

S A (/ 2 )<br />

1200<br />

800<br />

600<br />

S A (/ 2 )<br />

1000<br />

1200<br />

1000<br />

800<br />

600<br />

FIGURA04<br />

600<br />

FIGURA04<br />

FIGURA04<br />

400<br />

200<br />

400<br />

200<br />

400<br />

200<br />

1 1 2 2 3 3 4 4<br />

Á B Á ( 2 B / -1 )( 2 / -1 )<br />

Correlação Correlação entre serapilhadeira entre serapilhadeira acumulada acumulada (g/m -2 ) (g/m -2 )<br />

Á B ( 2 / -1 )<br />

1<br />

e área basal e área (m 2 /ha basal ) dos (m 2 /ha indivíduos -1 ) dos indivíduos do estratodo estrato<br />

arbustivo-arbóreo arbustivo-arbóreo adulto.<br />

2 adulto.<br />

3 4<br />

Correlação entre serapilhadeira acumulada (g/m -2 )<br />

e área basal (m 2 /ha -1 ) dos indivíduos do estrato<br />

arbustivo-arbóreo adulto.<br />

84<br />

www.referenciaflorestal.com.br


04 DISCUSSÃO<br />

A densidade de propágulos foi inferior a diversos estudos<br />

sobre banco de sementes em floresta estacional semidecidual<br />

na região Zona da Mata de Minas Gerais (Batista<br />

Neto et al., 2007; Martins et al., 2008; Franco et al., 2012),<br />

porém superior aos estudos de Costalonga (2006) e Braga<br />

et al. (2008). Essa variação nos valores dos respectivos trabalhos<br />

diante do revista presente <strong>Referência</strong> estudo pode <strong>Florestal</strong> estar relacionada<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

com os diferentes tamanhos e quantidades de unidades<br />

amostrais www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

utilizados. Além disso, a densidade do banco de<br />

sementes, assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

geralmente, ocorre com variação entre um local<br />

e outro, com tendência a apresentar maior quantidade em<br />

0800 600 2038<br />

florestas secundárias, onde a densidade de sementes pioneiras<br />

é maior devido apresentar dormência e isso permitir<br />

a permanência mais longa no solo (Baider et al., 2001;<br />

Dalling, 2002).<br />

Em comparação com áreas restauradas por meio de<br />

plantio, Sorreano (2002) encontrou, em floresta com 9 anos<br />

de restauração, valor superior ao presente estudo, enquanto<br />

que nas florestas com 46, 9 e 6 anos de restauração, os<br />

valores foram inferiores. Siqueira (2002) encontrou em<br />

floresta com 14 anos de restauração, valor superior e em<br />

florestas com 10 e 14 anos de restauração, valores abaixo<br />

do presente trabalho. Os menores valores encontrados por<br />

Siqueira (2002) e Sorreano (2002). Possivelmente estão<br />

associados à ausência de matriz florestal no entorno das<br />

áreas restauradas estudadas, acarretando diminuição da<br />

entrada de sementes no solo. Isso evidencia bons resultados<br />

alcançados para a floresta restaurada em Viçosa (MG),<br />

já que esta floresta está inserida em uma matriz florestal e,<br />

possivelmente, não há barreiras aos dispersores, facilitando<br />

a chegada de propágulos.<br />

O índice de diversidade de Shannon e equabilidade<br />

encontrados mostram que a área possui uma diversidade<br />

média e se apresenta floristicamente heterogênea com baixa<br />

dominância ecológica para os padrões de floresta estacional<br />

semidecidual. Segundo Meira Neto e Martins (2003),<br />

nas florestas estacionais semidecíduais, no estado de Minas<br />

Gerais, o índice de diversidade varia entre 3,2 e 4,2 e a<br />

equabilidade, entre 0,73 e 0,88. Braga et al. (2008). Em um<br />

estudo de banco de sementes em floresta estacional semidecidual,<br />

a região de Viçosa obteve índice de diversidade<br />

inferior ao presente estudo. Entretanto, estes autores analisaram<br />

apenas espécies arbustiva-arbóreas.<br />

As famílias com maior densidade de indivíduos, também<br />

foram ressaltadas em outros estudos realizados em<br />

fragmentos florestais da região da Zona da Mata em Minas<br />

Para ter acesso a esse conteúdo, assine a<br />

Gerais (Costalonga, revista 2006; <strong>Referência</strong> Batista Neto <strong>Florestal</strong> et al., 2007; Braga<br />

et al., 2008; Martins et al., 2008; Franco et al., 2012). Melastomataceae,<br />

www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

família em maior destaque, é a sexta maior<br />

família de assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Angiospermas no Brasil, com 68 gêneros e mais<br />

de 1.500 espécies, distribuídas em todo território brasileiro,<br />

0800 600 2038<br />

quase todas são formações vegetacionais encontradas em<br />

diversos hábitos de vida, permitindo ocupar ambientes distintos<br />

e diversificados (Romero; Martins, 2002).<br />

Quanto ao hábito, a maior porcentagem dos indivíduos<br />

verificada foi de herbáceas (35%), porém um valor bastante<br />

próximo ao de arbustivos e arbóreos e muito inferior<br />

ao encontrado nos estudos realizados por Martins et al.<br />

(2008). Para a floresta secundária em área degradada por<br />

mineração de caulim, com 82,2% de indivíduos herbáceos,<br />

Batista Neto et al., (2007) com 59,1% e Costalonga (2006)<br />

com 85,0%, todos na Zona da Mata mineira, e em florestas<br />

restauradas na região sudeste, com, 62,5% dos indivíduos<br />

em uma floresta restaurada com 46 anos, 86,0% em uma<br />

floresta com nove anos e 86,5% em uma floresta com seis<br />

anos (Sorreano, 2002); 82,2% dos indivíduos de uma floresta<br />

restaurada com 10 anos, 81,1% dos indivíduos de uma<br />

floresta restaurada com 14 anos (Siqueira, 2002).<br />

A predominância de herbáceas em florestas restauradas,<br />

provavelmente ocorre em razão do histórico de perturbação,<br />

pois estas áreas foram utilizadas no passado para<br />

atividades agrícolas. A maior disponibilidade de espaço e<br />

de luminosidade favorece as espécies herbáceas ruderais e<br />

muitas espécies de gramíneas. Como as ervas são dotadas,<br />

em geral, de sementes muito pequenas, com baixo metabolismo<br />

e produzem muitas sementes, elas formam um extenso<br />

banco de sementes viáveis e longevas que germinam<br />

quando as condições ambientais se tornam favoráveis. Entretanto,<br />

o número de indivíduos arbóreos e arbustivos do<br />

presente estudo soma 61,05% do total registrado, ou seja,<br />

<strong>Abril</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

85


ARTIGO<br />

apesar das ervas constituírem a maior quantidade de indivíduos,<br />

a sua representatividade, comparada com a soma de<br />

indivíduos arbóreo-arbustivo é baixa.<br />

A maior proporção de espécies e de indivíduos arbustivo-arbóreos<br />

pioneiros corrobora os diversos trabalhos com<br />

banco de Para sementes ter acesso na Zona a esse da Mata conteúdo, de Minas assine Gerais a (Costalonga,<br />

2006; revista Batista Neto <strong>Referência</strong> et al., 2007; <strong>Florestal</strong> Braga et al., 2008;<br />

Rodrigues www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

et al., 2010; Miranda Neto et al., 2010; Franco et<br />

al., 2012) e em outras formações florestais no Brasil (Baider<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

et al., 1999; Araújo et al., 2001; Monaco et al., 2003).<br />

As espécies pioneiras 0800 são 600 predominantes 2038 no banco de<br />

sementes persistente do solo, viáveis a germinação, por longo<br />

tempo, até encontrar condições adequadas para sua germinação<br />

(Bazzaz; Pickett, 1980; Araujo et al., 2001). Como<br />

a proporção de espécies pioneiras utilizadas no plantio foi<br />

baixa, o predomínio de espécies pioneiras no banco de sementes<br />

indica que a área recebe propágulos oriundos de<br />

matriz florestal do entorno, o que pode possibilitar o estabelecimento<br />

de novas espécies na área. O maior fragmento<br />

florestal vizinho é a Mata da Silvicultura, que possui 17 ha,<br />

resultante de regeneração natural desde 1936, quando foi<br />

adquirida e protegida de cortes e extração de madeira pela<br />

UFV (Mariscal-Flores, 1993). Com isso, há o aumento da riqueza<br />

florística e da biodiversidade local, beneficiada pela<br />

Mata da Silvicultura.<br />

A baixa proporção de espécies secundárias tardias sugere<br />

estratégia de perpetuação e regeneração baseadas na<br />

formação de banco de plântulas, pois suas sementes apresentam<br />

baixa viabilidade, alto grau de predação e dificuldade<br />

de enterramento e permanência no solo (Piña-Rodrigues<br />

et al., 1990).<br />

Encontrou-se predomínio de espécies e indivíduos zoocóricos,<br />

assim como nos estudos de Baider et al. (1999) e<br />

Franco et al. (2012). A dispersão zoocórica é muito importante<br />

na manutenção e aumento da fauna dispersora de<br />

sementes no início da formação de uma floresta (Franco et<br />

al., 2012), alavancando o processo de regeneração. As plantas<br />

investem em variados recursos como arilos e polpas,<br />

atraindo diversos animais que irão dispersar as sementes<br />

por uma área maior de abrangência dentro e ao redor da<br />

floresta, auxiliando a sucessão secundária (Martins, 2009).<br />

A Para serapilheira ter acesso acumulada a esse (3.432 conteúdo, kg ha-1) assine foi inferior a ao<br />

encontrado em revista estudos <strong>Referência</strong> em floresta <strong>Florestal</strong> estacional semidecidual<br />

em www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

Minas Gerais (Werneck et al, 2001; Pinto et al., 2008).<br />

Estes trabalhos foram desenvolvidos em trechos de florestas<br />

conservados e sem relatos de perturbações por pelo<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

menos trinta anos, contribuindo 0800 600 2038 para uma boa formação<br />

estrutural da floresta e, consequente, maior produção de<br />

serapilheira.<br />

Em uma área reflorestada com espécies nativas e exóticas,<br />

com seis anos após o plantio utilizando 60 espécies<br />

no Estado de São Paulo, obteve-se uma produção de serapilheira<br />

de 407,73 kg ha-1 na estação úmida e 647,56 kg<br />

ha-1 na estação seca (Moreira; Silva, 2004), valores bem<br />

abaixo do encontrando no presente estudo. Já para uma<br />

floresta restaurada com mais de 100 anos de idade (Floresta<br />

da Tijuca, RJ), a produção de serapilheira (8.900 kg ha-1)<br />

foi superior (Oliveira; Lacerda, 1993). Os estudos mostram<br />

uma relação diretamente proporcional entre a produção de<br />

serapilheira e a idade dos reflorestamentos.<br />

A maior proporção encontrada para a fração foliar corrobora<br />

com diversos trabalhos em florestas estacionais<br />

semideciduais (Martins; Rodrigues, 1999; Werneck et al.,<br />

2001; Arato et al., 2003; Pinto et al., 2008). As folhas da<br />

serapilheira são as responsáveis pela maior transferência<br />

anual de nutrientes ao solo (Selle, 2007).<br />

A relação significativa entre serapilheira acumulada e<br />

área basal da vegetação, demonstra que a serapilheira acumulada<br />

aumenta com a biomassa da floresta. As parcelas<br />

contendo indivíduos com diâmetros maiores, pertencentes<br />

ao estrato arbóreo, apresentaram tendência à maior quantidade<br />

de serapilheira acumulada.<br />

86<br />

www.referenciaflorestal.com.br


05<br />

CONCLUSÃO<br />

O banco de sementes do solo da<br />

floresta restaurada, após 40 anos<br />

de sua implantação, se assemelha<br />

às áreas de floresta estacional<br />

semidecidual na mesma região e a<br />

outras áreas restauradas por meio<br />

de plantio.


AGENDA<br />

ABRIL<br />

APRIL<br />

MS <strong>Florestal</strong> - IV Congresso <strong>Florestal</strong><br />

13 a 15<br />

Campo Grande (MS)<br />

www.msflorestal.com.br<br />

XI Curso de Nutrição de Eucalipto em Campo<br />

28 a 30<br />

Piracicaba (SP)<br />

www.rragroflorestal.com.br/eventos.php<br />

II Workshop Internacional de Mogno Africano<br />

Dia 29<br />

Bela Vista (SP)<br />

www.workshopmognoafricano.org.br<br />

MAIO<br />

MAY<br />

VIII Congresso Internacional Sistemas Agroflorestais<br />

III Congresso Nacional Sistemas Silvipastoris<br />

7 a 9<br />

Iguazú - Missiones (Argentina)<br />

www.congresosafssp<strong>2015</strong>.com.ar<br />

V Feira da Floresta<br />

11 a 15<br />

Nova Prata (RS)<br />

www.feiradafloresta.com.br<br />

Ligna Hannover - Feira Mundial da Indústria<br />

<strong>Florestal</strong> e de Madeira<br />

11 a 15<br />

Hannover (Alemanha)<br />

www.ligna.de<br />

XII Congresso <strong>Florestal</strong> Estadual do Rio Grande do Sul<br />

11 a 15<br />

Nova Prata (RS)<br />

www.feiradafloresta.com.br<br />

Agronegócio Brasil - Feira de Fornecedores para<br />

Agricultura, Pecuária, Floresta e Agroindústria<br />

20 a 23<br />

Irati (PR)<br />

www.feiraagronegocio.com.br<br />

VII ICEP- International Colloquium on Eucalyptus Pulp<br />

26 a 29<br />

Vitória (ES)<br />

7thicep.com.br<br />

JUNHO<br />

JUNE<br />

Três Lagoas <strong>Florestal</strong> <strong>2015</strong><br />

1 a 4<br />

Três Lagoas (MS)<br />

www.treslagoasflorestal.com.br<br />

Expoforest XIII Feria Internacional del Bosque,<br />

Madera e Tecnologia<br />

Santa Cruz - Bolívia<br />

17 a 20<br />

www.fexpocruz.com.bo<br />

AGOSTO<br />

AUGUST<br />

Forst Messe <strong>2015</strong><br />

Luzern - Suíça<br />

20 a 23<br />

www.forstmesse.com<br />

SETEMBRO<br />

SEPTEMBER<br />

XIV Congreso Forestal Mundial<br />

7 a 11<br />

Durban – África do Sul<br />

www.fao.org/forestry/wfc/es/<br />

Feria Forestal Argentina <strong>2015</strong><br />

Posadas - Argentina<br />

17 a 20<br />

www.feriaforestal.com.ar<br />

88<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Disco de corte para Feller<br />

DESTAQUE<br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

V FEIRA DA FLORESTA<br />

11 a 15<br />

Nova Prata (RS)<br />

www.feiradafloresta.com.br<br />

Na semana de 11 a 15 de maio de <strong>2015</strong><br />

será realizada, em Nova Prata (RS), a V<br />

Feira da Floresta, o XII Congresso <strong>Florestal</strong><br />

Estadual do Rio Grande do Sul, além<br />

do Fórum Sulbrasileiro de Engenheiros<br />

Florestais e o Ciclo de Palestras para<br />

Produtores Rurais.<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />

Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />

dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />

D’Antonio Equipamentos<br />

Mecânicos e Industriais Ltda<br />

Indústria e Comércio de Máquinas<br />

www.himev.com<br />

Imagem: reprodução<br />

Substituir as tradicionais queimadas,<br />

é o objetivo dos trituradores Ecotritus<br />

da Himev. Sua construção robusta está<br />

preparada para trabalhos intensivos em<br />

grandes extensões e permite manter<br />

uma operação contínua por longos<br />

períodos de tempo.<br />

Himev, Ltda.<br />

Rod SC 301, 6245 - Bairro Belo Horizonte - Campo Alegre – SC<br />

Fone: 47 3632 1001 / E-mail: himevt@yahoo.com.br


ESPAÇO ABERTO<br />

SUSTENTABILIDADE E<br />

AS PEQUENAS E MÉDIAS<br />

EMPRESAS<br />

Imagem: ilustração<br />

Por Reinaldo Dias<br />

Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, mestre em Ciência<br />

Política e doutor em Ciências Sociais pela Unicamp<br />

A<br />

concepção de desenvolvimento sustentável formulada<br />

pela Comissão da ONU e divulgada no relatório<br />

“Nosso Futuro Comum”, em 1987, norteou as discussões<br />

sobre o crescimento econômico desde então, como<br />

uma nova Para via ter de acesso desenvolvimento a esse conteúdo, assentada assine no tripé a crescimento<br />

econômico, proteção ambiental e inclusão social.<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

Nesse www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

contexto, o conceito de economia está alicerçado<br />

em novos valores, nos quais o aumento de renda e a criação<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

de postos de trabalho têm origem nos investimentos públicos<br />

e privados destinados 0800 a reduzir 600 2038 as emissões de carbono e a<br />

poluição, em promover a eficiência energética, bem como a<br />

utilização racional dos recursos, evitando a perda da biodiversidade<br />

e de serviços prestados pelo ecossistema.<br />

Essa economia sustentável tem adotada a terminologia<br />

de verde para diferenciá-la da tradicional considerada marrom,<br />

pois esta não aborda de modo suficiente problemas de<br />

desigualdade social ou de esgotamento dos recursos naturais<br />

e está baseada na utilização de energia gerada pelos combustíveis<br />

fósseis. Nesse sentido, a sustentabilidade é um objetivo<br />

vital para a continuidade da existência da humanidade e,<br />

para atingi-la, é necessário se adotar uma economia verde.<br />

O envolvimento das PMEs (pequenas e médias empresas)<br />

com práticas associadas à economia verde é fundamental<br />

para a sua sobrevivência no mercado em médio prazo,<br />

pois há uma forte tendência de aumento da demanda por<br />

sustentabilidade e responsabilidade social.<br />

Levando-se em conta a necessidade de ganhos empresarias,<br />

há pelo menos três aspectos essenciais que implicam<br />

na necessidade de maior envolvimento das PMEs com práticas<br />

sustentáveis. Em primeiro lugar, a pressão da sociedade<br />

tende a Para se tornar ter acesso mais forte, a esse em conteúdo, decorrência assine do aumento a<br />

revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

da conscientização e do agravamento da crise ecológica, em<br />

consequência www.referenciaflorestal.com.br/assine-ja/<br />

também a legislação tende a ficar mais rigorosa<br />

e mais efetiva.<br />

assinatura@referenciaflorestal.com.br<br />

Em segundo lugar, muitas PMEs integram a cadeia de valor<br />

de grandes empresas 0800 e estas, 600 2038 pela sua maior visibilidade<br />

econômica e social, são as primeiras a reagir às pressões para<br />

manter sua competitividade e, nesse sentido, estão exigindo<br />

cada vez mais que seus fornecedores e empresas contratadas,<br />

que integram sua cadeia produtiva, adotem estratégias<br />

de gestão sustentável. Neste final de ano será lançada a nova<br />

ISO14001 que incluirá os fornecedores na avaliação do sistema<br />

de gestão ambiental, o que aumentará a pressão sobre<br />

as PMEs.<br />

Em terceiro lugar, há uma forte tendência de maior integração<br />

da máquina dos governos em práticas de responsabilidade<br />

social, a qual deve levar as administrações públicas<br />

a incorporarem iniciativas de compras sustentáveis e de<br />

responsabilidade social, que implicará na seleção de empresas<br />

que participem de licitações públicas com base nos seus<br />

compromissos efetivos com a economia verde.<br />

www.portalreferencia.com.br

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