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Novembro/2014 - Referência Florestal 157

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ANUNCIANTES<br />

DA EDIÇÃO<br />

SUMÁRIO<br />

Carrocerias Bachiega .............................................. 45<br />

D’Antonio Equipamentos ..................................... 73<br />

Dinagro ........................................................................... 02<br />

Dinamac ........................................................................ 67<br />

34<br />

Dipil Indústria Química ........................................... 75<br />

Fezer .............................................................................. 57<br />

Fortex .............................................................................. 49<br />

H Fort ................................................................................ 25<br />

50<br />

J de Souza ..................................................................... 61<br />

John Deere .................................................................... 07<br />

Liebherr Brasil ............................................................. 23<br />

62<br />

Madal Palfinger .......................................................... 17<br />

Marrari ........................................................................... 65<br />

Mill Indústrias .............................................................. 27<br />

Minusa Forest .............................................................. 05<br />

Pesa .................................................................................. 09<br />

Ponsse ............................................................................. 11<br />

Rotobec .......................................................................... 19<br />

Supertek/SEM ............................................................ 21<br />

Timber Forest ........................................................... 15<br />

TMO ................................................................................. 76<br />

04<br />

06<br />

08<br />

10<br />

12<br />

22<br />

24<br />

26<br />

28<br />

30<br />

34<br />

46<br />

50<br />

58<br />

62<br />

68<br />

72<br />

73<br />

74<br />

Editorial<br />

Cartas<br />

Bastidores<br />

Coluna Ivan Tomaselli<br />

Notas<br />

Alta e Baixa<br />

Biomassa<br />

Aplicação<br />

Frases<br />

Entrevista<br />

Principal<br />

Prêmio REFERÊNCIA<br />

Especial<br />

Espécie<br />

Silvicultura<br />

Artigo<br />

Coluna Fernando Castanheira<br />

Agenda<br />

Espaço aberto<br />

Unicentro ...................................................................... 29<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

03


EDITORIAL<br />

Ano XVI - Edição n.º <strong>157</strong> - <strong>Novembro</strong> <strong>2014</strong><br />

Year XVI - Edition n.º <strong>157</strong> - November <strong>2014</strong><br />

O autocarregável da TMO ilustra a<br />

capa desta edição, que tem como<br />

matéria principal a logística no<br />

transporte de madeira<br />

Negócio florestal<br />

A escolha acertada do sistema de transporte para a colheita florestal é determinante.<br />

Mas como os leitores poderão observar na reportagem de capa desta edição,<br />

é imprescindível entender todo o conjunto que envolve o negócio florestal, desde<br />

o tipo da matéria-prima, quais produtos serão produzidos, onde está o mercado e<br />

assim por diante. Por isso o estudo pela melhor opção das máquinas e de como irão<br />

operar começa longe da floresta. Falando em negócio, o plantio e comercialização de<br />

mudas estão entre os mais promissores. Tanto é que a variedade de oferta, seja de<br />

nativas ou exóticas, vem crescendo substancialmente. Mas para se dar bem nesse<br />

ramo é preciso conhecer os aspectos técnicos a fundo, o que não é tarefa simples,<br />

já que cada região tem uma particularidade. Outro componente importante para o<br />

bom funcionamento da operação na floresta é a mão de obra qualificada. Por isso<br />

o setor de colheita investe cada vez mais nos simuladores. O equipamento de realidade<br />

virtual acelera o processo de aprendizado do futuro operador. Vale a pena dar<br />

uma olhada na seção Espécies. Nesta edição o destaque é a seringueira, conhecida<br />

pela produção de látex, mas que tem grande potencial madeireiro. Tenha uma ótima<br />

leitura!<br />

The Forest Business<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

Web designer<br />

Helton Winter<br />

JOTA editora<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Amanda Scandelari<br />

Bianca Santos<br />

Flávia Santos<br />

Larissa Angeli<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Fernando Castanheira<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Domingues<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Danielle Pedroso<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Monica Kirchner - Coordenação<br />

Izadora Saiss - Mariana Camargo<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

Veículo filiado a:<br />

Choosing the right transport system for the forest harvest is crucial. But as readers will<br />

discover from this issue’s cover story, it is essential to understand the whole picture involving<br />

the forest business, such as the type of raw material, what products will be produced, where the<br />

market is, and so on. So the best choice of machinery, and how it will operate, starts after felling.<br />

Speaking of businesses, the sale and planting of seedlings are amongst the most promising. So<br />

much so that the number of varieties being offered, whether native or exotic, has been growing<br />

substantially. But to succeed in these businesses, you need to know the technical aspects in<br />

depth, which is no simple task, as each region has its own particularities. Another important<br />

component for the smooth sailing of an operation in the forest is skilled labor. Therefore, the forest<br />

harvest segment is increasingly investing in simulators. This virtual reality equipment helps<br />

speed up the learning process for future operators. It is worth a look at the Species Section. In<br />

this issue, the highlight is on the rubber tree, known for the production of latex, but it has great<br />

timber potential. Very pleasant reading!<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.


MUITO<br />

MAIS:<br />

4<br />

DÉCADAS<br />

DE TRADIÇÃO EM<br />

INOVAÇÃO<br />

QUALIDADE<br />

EM PRODUZIR O<br />

MELHOR<br />

MATERIAL<br />

RODANTE<br />

DA AMÉRICA<br />

LATINA<br />

EFICIÊNCIA<br />

EM SOLUÇÕES<br />

E INOVAÇÕES<br />

AFINAL, SUA MÁQUINA NÃO<br />

PODE PARAR<br />

www.minusa.com.br<br />

florestal@minusa.com.br


CARTAS<br />

Mestrando<br />

Capa da Edição 156 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de outubro de <strong>2014</strong><br />

Por Michele Zamoner - Curitiba (PR)<br />

Sou estudante do curso de mestrado em design da Ufpr<br />

(Universidade Federal do Paraná). Minha linha de pesquisa<br />

objetiva estudar as madeiras sólidas certificadas aplicadas<br />

a produção de mobiliário. Recebi do meu orientador de<br />

pesquisa algumas edições que me familiarizaram mais com<br />

o assunto. Gostaria de agradecer as matérias publicadas<br />

sobre mogno africano e cedro australiano com as quais foi<br />

possível enriquecer a minha pesquisa.<br />

Resposta: Toda equipe que produz a REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL ficou orgulhosa ao ler seu e-mail e motivada a<br />

trabalhar ainda mais nas próximas edições.<br />

Para profissionais e<br />

empresários<br />

Por Joselito Luiz<br />

Lovatto- Chapecó<br />

(SC)<br />

A Revista<br />

REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL é<br />

gostosa de ler, os<br />

artigos são ótimos.<br />

Os textos trazem<br />

muitas informações para uso diário para profissionais<br />

de engenharia florestal e aos empresários também.<br />

Parabéns!<br />

Fácil compreensão<br />

Por Fábio Eduardo Roesch<br />

Santa Cruz do Sul - RS<br />

Caros diretores e editores: é<br />

motivo de alegria a leitura<br />

da Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL. A Revista possui<br />

conteúdos didáticos e<br />

excelentes reportagens, é de<br />

fácil compreensão, dinâmica e me ajudam em termos de<br />

conhecimento e entretenimento. Sucesso a todos!<br />

Imagem: reprodução<br />

Imagem: reprodução<br />

Parabéns!<br />

Por Regina Caliari Costa - Ibicaré (SC)<br />

Sempre busco informações na Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL sobre o setor. A publicação traz conteúdos de<br />

qualidade, informações e eventos sempre atualizados. A<br />

equipe está de parabéns!<br />

Foto: divulgação<br />

Auxílio nas aulas<br />

Por Sebastião Renato Valverde - Viçosa (MG)<br />

Desde estudante na graduação de Engenharia <strong>Florestal</strong><br />

sempre admirei o conteúdo e a qualidade da Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL. Agora como professor<br />

do Departamento de Engenharia <strong>Florestal</strong> da UFV<br />

(Universidade Federal de Viçosa) tenho o orgulho de<br />

buscar nessa conceituada revista as atualidades do setor<br />

florestal para compartilhar com meus alunos. Parabéns<br />

a toda equipe da Revista pelo brilhante trabalho para o<br />

público florestal brasileiro!<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista do Setor<br />

Industrial da Madeira ou a respeito de<br />

reportagem produzida pelo veículo.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


A mAdeirA tem váriAs utilidAdes. virAr umA revistA,<br />

como estA que você está lendo, é um bom exemplo.<br />

A nossa vida também é dentro da floresta. Trabalhando ao seu<br />

lado, participando do seu cotidiano, a John Deere desenvolve<br />

a mais avançada tecnologia, para atender às suas necessidades.<br />

É dessa forma que nós estamos por trás de todos os produtos<br />

madeireiros, tão importantes na vida das pessoas.<br />

JohnDeere.com.br/<strong>Florestal</strong>


BASTIDORES<br />

CHARGE<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

REVISTA<br />

Visita<br />

Esteve em visita à sede do GRUPO<br />

JOTA, em Curitiba (PR), Edson de<br />

Oliveira, representante comercial da<br />

Planalto Picadores.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Na foto estão os diretores<br />

do GRUPO JOTA,<br />

Pedro Bartoski Jr. e<br />

Joseane Knop, ao lado<br />

de Edson de Oliveira<br />

Novidades<br />

Equipe da Penzsaur e Ahwi<br />

Maschinembau estão trazendo<br />

novidades para o Brasil no campo de<br />

limpeza de área e biomassa.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Na imagem estão Paulo<br />

Guilherme Fenzke, consultor<br />

técnico da Penzsaur, Markus<br />

Speiser, diretor da Ahwi,<br />

Joseane Knop, diretora<br />

do GRUPO JOTA, e Rafael<br />

Moreira, do Departamento<br />

Comercial da Penzsaur<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

O BRASIL E A BIOMASSA FLORESTAL<br />

PARA GERAÇÃO DE ENERGIA<br />

Mercado está em expansão, assim como a demanda, por isso investir<br />

na área vale a pena<br />

M<br />

ais de 40% da energia brasileira vêm de fontes<br />

renováveis e praticamente um quarto da<br />

energia renovável é produzida com base em<br />

madeira. A biomassa florestal é importante no consumo<br />

doméstico, na produção de carvão para a indústria<br />

siderúrgica e na geração de energia industrial (indústria<br />

florestal, de alimentos, de bebidas, de cimento, cerâmica,<br />

têxtil e outras).<br />

Um dos destaques no consumo de madeira para energia<br />

é o agronegócio. A produção de grãos no Brasil tem<br />

crescido a taxas elevadas, e a safra <strong>2014</strong>/2015 é estimada<br />

em 195 milhões de toneladas. Deste total em torno de 150<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

milhões de toneladas são soja e milho.<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

O agronegócio tem dado prioridade à madeira para<br />

atender http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

a demanda energia na secagem grãos. No<br />

passado esta madeira era assinatura/ em grande parte obtida a partir<br />

de florestas nativas, mas uma mudança vem ocorrendo e<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

o suprimento de madeira a partir de florestas plantadas<br />

tem crescido. 0800-600-2038<br />

O consumo médio de madeira para secagem de grãos,<br />

com base na tecnologia adotada atualmente, é de 100 kg<br />

(quilogramas) de madeira verde por tonelada de grão.<br />

Com base neste indicador, o consumo de madeira para<br />

secagem de quase 200 mil toneladas de grãos previstos<br />

para a safra <strong>2014</strong>/2015 seria de aproximadamente 20 milhões<br />

de m³ (metros cúbicos). Se a totalidade deste volume<br />

vier de florestas plantadas seria necessário em torno de<br />

um milhão de ha (hectares) de plantios de boa produtividade,<br />

e em regime sustentado, para atender a demanda.<br />

Mesmo considerando que uma parte desta madeira não<br />

venha de plantações florestais a área necessária continua<br />

sendo grande.<br />

Deve-se considerar que o volume de madeira para<br />

atender a secagem de grãos é somente uma parte da<br />

demanda. Existe ainda, como já mencionado, a demanda<br />

de madeira pelos outros setores industriais (florestal,<br />

bebidas, cimento, cerâmica, têxtil e outros), e ainda um<br />

crescente interesse no uso de madeira para a geração<br />

de energia elétrica. No total é muito provável que para<br />

atender a demanda total de madeira para energia, sem<br />

considerar o carvão vegetal, sejam necessários em torno<br />

de dois milhões de ha de florestas de alta produtividade.<br />

Trata-se, portanto de um negócio que tem escala. Além<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

disto, os preços praticados para madeira de uso energético<br />

têm sido atrativos, e no caso de projetos florestais de<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

alta http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

produtividade um negócio atrativo a investidores. Os<br />

plantios dedicados à assinatura/ produção de madeira destinada à<br />

geração de energia são de curto ciclo. O manejo é similar<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ao adotado no caso de plantios para produção de madeira<br />

para celulose ou painéis 0800-600-2038 reconstituídos, e este fato corrobora<br />

para mitigar riscos.<br />

Deve ser ainda lembrado que a madeira para energia<br />

é também importante na viabilização dos plantios manejados<br />

para uso múltiplo, que independente da forma<br />

de condução, produzem volumes significativos de toras<br />

de pequeno diâmetro. O uso da madeira para energia é<br />

também importante para a indústria de madeira sólida.<br />

Cerca de 50% do volume das toras é transformado em<br />

resíduos, e a comercialização dos resíduos para geração<br />

de energia representa uma possibilidade adicional de<br />

geração de caixa.<br />

O consumo de madeira para secagem de<br />

quase 200 mil toneladas de grãos previstos para<br />

a safra <strong>2014</strong>/2015 seria de aproximadamente<br />

20 milhões de m³<br />

10<br />

www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Produção<br />

eficiente<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Com o intuito de tornar a produção mais eficiente, o<br />

indiano Shubhendu Sharma encontrou uma nova maneira<br />

de plantar florestas garantindo um crescimento significativo<br />

em pouco tempo. A ideia surgiu quando ele conheceu o<br />

japonês Akira Mitawaki, e logo se interessou pela forma<br />

como o japonês ensinava as pessoas a plantarem.<br />

Diferente do reflorestamento tradicional, que deixa um<br />

grande espaço entre as árvores, a técnica japonesa prevê<br />

o plantio de espécies nativas em uma área muito pequena. Após ser apresentado à técnica, Shubhendu se apaixonou pelo<br />

modelo e o replicou. O primeiro local a receber a minifloresta foi a sua própria casa. O indiano começou a plantar e em<br />

pouco tempo os resultados já eram visíveis. Ele monitorou o processo e explica que, três anos depois, o desenvolvimento<br />

tinha sido muito superior aos índices tradicionais. As miniflorestas apresentaram crescimento dez vezes mais rápido, 30<br />

vezes mais denso, com cem vezes mais biodiversidade e totalmente orgânico. Em consequência disso, Shubhendu conta<br />

que a absorção do solo melhorou muito, assim como a qualidade do ar. O modelo é tão eficiente que é possível ter uma<br />

pequena floresta com 300 árvores no mesmo espaço em que seriam estacionados apenas seis carros.<br />

Contribuição<br />

para o setor<br />

florestal<br />

O Infor (Instituto <strong>Florestal</strong>) lançou recentemente<br />

o livro “Melhoramento genético do eucalipto no<br />

Chile”. O projeto editorial começou há cerca de oito<br />

anos, quando a FIA (Fundação para a Inovação Agrária)<br />

passou a apoiar o grupo crescente de pequenos<br />

e médios proprietários e produtores de Eucalyptus<br />

nitens que agora compõem a associação comercial<br />

chilena.<br />

O objetivo do texto é informar sobre as práticas e tendências no melhoramento genético das culturas de espécies<br />

de eucalipto e seus híbridos (indivíduos geneticamente modificados no país). O livro também aborda questões atuais de<br />

forma simples e transmite tecnologias que minimizam os custos de produção. Além disso, o livro argumenta que o atual<br />

desafio é melhorar a produtividade das florestas e agregar valor aos produtos e, nesse sentido, a inovação e a tecnologia<br />

continuarão a desempenhar um papel crucial.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

12<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Workshop<br />

florestal<br />

O Estado de Goiás tem hoje mais de<br />

130 mil ha (hectares) de florestas plantadas,<br />

sendo 7 mil somente na região de Mineiros,<br />

segundo informações da Pöyry Consultoria.<br />

Com o intuito de mostrar o cenário em crescimento<br />

aos produtores rurais, investidores<br />

e estudantes de engenharia florestal, foi<br />

realizado no dia 17 de outubro, o I Workshop<br />

<strong>Florestal</strong> do Sudoeste Goiano. O evento<br />

reuniu palestrantes de alto nível profissional que levaram, além de números e estatísticas, informações para quem pretende<br />

investir no plantio de florestas. Segundo João Afiune, engenheiro florestal, consultor e profissional com experiências em<br />

algumas das maiores empresas florestais brasileiras, “um evento como este tem a missão de trazer informações para ajudar<br />

as pessoas a tomar decisões corretas com o investimento e mais, para que tenham conhecimento sobre novas tecnologias,<br />

novos produtos da madeira.”<br />

Foto: Bruno Axelson<br />

Futuro do<br />

setor florestal<br />

Foto: Agência Brasil<br />

O impacto da reeleição de Dilma Rousseff (PT)<br />

para o setor florestal brasileiro foi um dos temas<br />

debatidos durante o II Encontro Painel <strong>Florestal</strong> de<br />

Executivos realizado dia 11 de novembro, em São<br />

Paulo (SP).<br />

Na mesa, os diretores florestais da empresa<br />

Suzano, Alexandre Chueri Neto; da Fibria, Aires Galhardo<br />

e da Klabin, José Artêmio Totti, abordaram<br />

os possíveis cenários de reação do mercado e da<br />

indústria florestal com a continuidade de Dilma no<br />

Palácio do Planalto.<br />

O evento teve como moderador o advogado<br />

Aldo de Cresci, um dos revisores da Política Nacional<br />

de Florestas Plantadas recém apresentada<br />

pela Subsecretaria de Assuntos Estratégicos, órgão<br />

ligado ao gabinete da presidenta. O formulário de<br />

inscrição e programação completa podem ser acessados<br />

pelo site www.executivosflorestais.com.br.<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

13


NOTAS<br />

Material<br />

de apoio<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Imagem: reprodução<br />

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lançou<br />

no mês de outubro um Guia Simplificado<br />

do Código <strong>Florestal</strong> para produtores e proprietários<br />

rurais. O material é uma linha do tempo<br />

com os prazos vigentes da legislação florestal,<br />

alertando sobre a realização do CAR (Cadastro<br />

Ambiental Rural), os prazos para conversão<br />

de multas e a aquisição de créditos agrícolas.<br />

A ideia de criar o guia surgiu a partir da constatação de que muitos<br />

proprietários rurais ainda têm dúvidas quanto aos prazos do código<br />

florestal, e o material foi elaborado para ajudá-los a se organizarem.<br />

O guia é separado em duas partes. Na parte superior é apresentado<br />

o caminho para a regularização, com um passo a passo para o<br />

cumprimento dos prazos do Código <strong>Florestal</strong>. Na parte inferior são<br />

apresentados os riscos a evitar, dando uma noção das ameaças que<br />

o produtor rural pode sofrer com o descumprimento da lei.<br />

O material é gratuito e está disponível no site da BVRio.<br />

Rússia amplia<br />

investimentos<br />

Os gastos do orçamento federal com o setor florestal<br />

da Rússia aumentaram mais de 30% nos últimos anos. Foi<br />

possível mudar a situação no mercado de madeira, reduzir<br />

a quantidade de derrubadas e de exportação ilegal de madeira.<br />

Além disso, modernos complexos produtivos para<br />

reciclar os resíduos da indústria florestal com o emprego<br />

de biotecnologias modernas estão sendo construídos.<br />

Esses temas foram discutidos no fórum: A Floresta<br />

e o Homem, realizado entre os dias 20 e 23 de outubro,<br />

em Moscou. A Rússia é um dos maiores exportadores de<br />

madeira do mundo. Entretanto, o bloqueio da venda do<br />

produto ilegal é um problema que preocupa o governo.<br />

Foto: divulgação<br />

14<br />

www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Grandes negócios<br />

A Timber Forest, empresa que comercializa, instala e<br />

presta serviços de manutenção de equipamentos florestais,<br />

comemora a realização de grandes negócios que irão se concretizar<br />

até o final de <strong>2014</strong> e a ampliação da filial de Guaíba<br />

(RS). Alex Bitencourt, coordenador da sede no Rio Grande do<br />

Sul, conta que a venda é composta por 14 cabeçotes harvester<br />

Log Max E6 com peças sobressalentes. “Além do cliente<br />

adquirir o equipamento com as peças, o funcionário responsável<br />

pela operação recebe treinamento de como lidar com a<br />

máquina e noções de manutenção”, destaca Alex. A entrega<br />

total dos equipamentos irá se completar no final deste ano.<br />

Uma das empresas com a qual a Timber Forest fechou<br />

negócio foi a <strong>Florestal</strong> Barra. A prestadora de serviços florestais<br />

adquiriu oito unidades do cabeçote E6. Celestino<br />

Munari, sócio-diretor, explica que a opção pela Timber Forest<br />

Celestino Munari, Amir Luiz Tonin e Lauro José Tonin,<br />

sócios-proprietários da <strong>Florestal</strong> Barra Ltda.<br />

aconteceu devido à boa performance dos implementos da marca, além do reduzido custo de manutenção e grande<br />

disponibilidade de peças. “Outro fator determinante para nossa escolha foi o pós-venda. Os funcionários da Timber<br />

Forest sempre estão de prontidão para nos atender quando precisamos de algum socorro”, salienta o sócio-diretor.<br />

A Timber Forest tem sede em Curitiba (PR), mas além do Paraná, atende Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São<br />

Paulo e Mato Grosso do Sul.<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

16<br />

www.referenciaflorestal.com.br


EFICIÊNCIA, CONFIABILIDADE<br />

E TECNOLOGIA PARA O<br />

SEGMENTO FLORESTAL<br />

Guindastes de alto desempenho desenvolvidos<br />

para trabalhos contínuos em aplicações severas.<br />

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NOTAS<br />

Avanços no<br />

semiárido<br />

Resultados promissores para a exploração de<br />

florestas plantadas no semiárido têm sido alcançados<br />

por estudos promovidos pela Embrapa do Ceará.<br />

Dois híbridos e sete espécies madeireiras apresentaram<br />

bom desenvolvimento no Estado e serão<br />

testadas em plantios pré-comerciais. Há quatro anos,<br />

a empresa avalia 42 espécies arbóreas no município<br />

de Acaraú, no noroeste do Estado. O objetivo da<br />

pesquisa é buscar soluções para um problema do<br />

polo moveleiro do município de Marco: a grande<br />

distância entre as fábricas e os principais produtores de matéria-prima o que compromete a competitividade da indústria da<br />

região. O polo cearense é o oitavo maior do Brasil no setor de móveis.<br />

Na condução do experimento, as condições climáticas e de relevo da região se constituíram no principal desafio para os<br />

pesquisadores. Conforme a pesquisadora Diva Correia, líder do projeto, uma das conclusões do estudo é que não é possível<br />

estabelecer o plantio sem quebra-vento. “Tivemos casos de eucaliptos com a ponteira quebrada”, disse. Outra dificuldade são<br />

os solos arenosos e escassez de água. “Foram três anos de seca consecutivos”, lembra o pesquisador João Alencar. O estudo<br />

avaliou espécies madeireiras não tradicionais para a atividade, exóticas e da Região Amazônica, além de clones de eucaliptos.<br />

Das nove espécies que apresentaram bom desenvolvimento, quatro fazem parte do grupo das não tradicionais, três são exóticas<br />

e duas são híbridos de eucaliptos. No grupo das amazônicas não foi observado bom desenvolvimento. As selecionadas serão<br />

avaliadas na segunda etapa do estudo, em plantios pré-comerciais.<br />

Foto: divulgação<br />

Inscrições<br />

prorrogadas<br />

Imagem: reprodução<br />

O II Prêmio em Estudos de Economia e Mercado<br />

<strong>Florestal</strong> está com inscrições abertas até o dia 9 de janeiro<br />

de 2015. A prorrogação do prazo permitirá que<br />

estudantes e profissionais que estão concluindo trabalhos<br />

no final do ano também participem desta edição.<br />

Idealizado pelo SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), o prêmio tem por objetivo estimular estudos acadêmicos sobre economia<br />

e mercado florestal, além de gerar conhecimento sobre os desafios e perspectivas do setor. Nesta edição, serão<br />

distribuídos mais de R$ 50 mil em premiações para os autores dos três melhores trabalhos das categorias graduando,<br />

profissional e estudo de caso da indústria. Mais informações sobre o II Prêmio no site www.esaf.fazenda.gov.br/premios.<br />

18<br />

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APLICAÇÕES FLORESTAIS<br />

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Manutenção simples e de baixo custo.<br />

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Mais de 35 anos de experiência na fabricação<br />

e projeto de rotatores contínuos para serviços<br />

extra pesados e equipamentos correlatos.<br />

Cada rotator é testado na fábrica.<br />

Aplicado em mais de 30 países.<br />

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Peso kg 84 102 122 141 181 297<br />

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NOTAS<br />

XI SenGeF<br />

Com o objetivo de promover um evento<br />

técnico-científico na área de geotecnologias<br />

voltadas ao levantamento de recursos florestais,<br />

foi realizado entre os dias 14 a 16 de outubro,<br />

o XI SenGeF (Seminário de Atualização de Sensoriamento<br />

Remoto e Sistemas de Informações<br />

Geográficas Aplicados à Engenharia <strong>Florestal</strong>),<br />

em Curitiba (PR). O evento contou com a participação<br />

de especialistas ligados a universidades<br />

nacionais e internacionais, organizações<br />

públicas e privadas. Os palestrantes abordaram<br />

temas de pesquisas, aplicações e formações de<br />

recursos humanos, referentes ao uso de dados<br />

coletados em níveis aerotransportado e de satélite,<br />

aliado às abordagens que envolvem SIGs<br />

(Sistema de Informações Geográficas) e GPS, no<br />

levantamento florestal e ações antrópicas que<br />

atuam sobre a paisagem.<br />

O público-alvo eram os pós-graduandos, alunos<br />

de iniciação científica e os professores e pesquisadores<br />

de pós-graduação que necessitam de<br />

informações atuais para elaborar dissertações,<br />

teses e pesquisas. Na edição realizada este ano,<br />

o evento contou com 250 participantes, entre<br />

eles nacionais e estrangeiros.<br />

Segundo a professora e coordenadora executiva<br />

do encontro, Doutora Christel Lingnau,<br />

um dos principais objetivos do XI SenGef foi<br />

trazer informações atualizadas sobre o setor<br />

florestal. “O evento contou com palestras com<br />

especialistas brasileiros e de outros países da<br />

América Latina, além de convidados dos EUA<br />

(Estados Unidos da América) e Europa que<br />

trouxeram atualizações sobre o setor, monitoramento<br />

florestal e ambiental”, destacou.<br />

Além das apresentações orais, o evento contou<br />

com três sessões interativas de pôsteres com<br />

apresentação de artigos científicos completos.<br />

Todos os artigos submetidos ao evento foram<br />

analisados pelo Comitê Científico, para compor<br />

os anais do seminário.<br />

Foto: Roger Galvão Foto: Roger Galvão<br />

Foto: Roger Galvão<br />

20<br />

www.referenciaflorestal.com.br


ALTA E BAIXA<br />

Pesquisas florestais<br />

A Eecfi (Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga) mantida pela Universidade de São Paulo por meio da Escola<br />

Superior de Agricultura Luiz de Queiroz manterá todo território destinado às pesquisas florestais. O assunto foi tema de reportagem<br />

da edição de setembro da <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong> quando foi levantada a possibilidade da entidade de ensino<br />

perder a propriedade. A decisão foi tomada por meio de ofício da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo,<br />

após comprovação da riqueza e progressos que as pesquisas desenvolvidas nesta estação têm proporcionado ao setor<br />

florestal.<br />

“É com grande satisfação que recebemos a notícia sobre a decisão do governo. Agora temos vários novos desafios,<br />

mas tenho certeza que trilharemos um caminho melhor”, ponderou o coordenador das Estações, professor<br />

Silvio Ferraz. Hoje, além de ser um dos mais importantes bancos de materiais genéticos florestais<br />

de diversas espécies do Brasil e do mundo, a estação de Itatinga proporciona espaço para a realização<br />

de uma grande quantidade de experimentos, sendo que mais de 150 projetos de pesquisa estão em<br />

plena atividade no momento.<br />

ALTA<br />

Regeneração de florestas nativas<br />

Uma pesquisa da Embrapa e UFScar (Universidade Federal de São Carlos) mostra que o<br />

manejo do eucalipto ajuda a regenerar florestas nativas. Plantios comerciais dessa árvore podem contribuir<br />

com a conservação da biodiversidade e exercer importante papel de indutor da recomposição<br />

de florestas nativas. Estudos mostram que no interior dos eucaliptais é possível encontrar uma diversidade<br />

considerável de espécies de árvores. Se manejadas corretamente, essas áreas podem se transformar<br />

em novos fragmentos florestais, destinados, por exemplo, à formação de RL (Reserva Legal) ou<br />

de APP (Áreas de Preservação Permanente).<br />

A necessidade de atender demandas legais e de sustentabilidade tem levado principalmente as empresas<br />

do setor florestal a investir em medidas para recomposição da vegetação nativa em áreas selecionadas<br />

da propriedade, anteriormente ocupadas por talhões de eucalipto. “As empresas estão<br />

sempre interessadas em pesquisas que orientem sobre um manejo mais adequado, que favoreça a<br />

regeneração da vegetação em áreas de interesse”, afirma o pesquisador da Embrapa Monitoramento<br />

por Satélite, Carlos Cesar Ronquim.<br />

Crescimento preocupante<br />

A quantidade de queimadas no Brasil entre janeiro e o mês de outubro de <strong>2014</strong> aumentou 70% em relação<br />

ao mesmo período de 2013, segundo informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No<br />

acumulado do ano, foram registrados 140.907 pontos de queimada até dia 16 de outubro, contra 82.426<br />

do ano passado. O Estado de Mato Grosso apresentou mais focos, com 25.374 registros. O Pará foi o segundo,<br />

com 19.863, seguido do Maranhão, que acumulou até o mês de outubro 16.962 pontos de calor<br />

captados pelos satélites do Inpe.<br />

BAIXA<br />

Preocupações do setor<br />

A demora na análise dos projetos de manejo florestal continua sendo uma das principais<br />

insatisfações dos produtores de Mato Grosso, que afirmam que mesmo com a desburocratização<br />

do processo e a criação de um novo sistema operacional, ainda é necessário esperar<br />

meses pela resposta do Estado. A discussão foi levantada em reunião entre a Comissão de Meio<br />

Ambiente da Assembleia Legislativa com o staff da Secretaria de Meio Ambiente e representantes<br />

do setor produtivo para limpar a pauta ambiental e debater assuntos sobre a Nova Política <strong>Florestal</strong>.<br />

Segundo a superintendente de desenvolvimento do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />

de Madeira do Estado), Silvia Regina, o objetivo dos setores é montar uma equipe técnica que vai se<br />

reunir com a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia para debater detalhadamente as leis, a fim de que<br />

os entraves sejam sanados e o setor produtivo deslanche para o crescimento.<br />

22<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Viva o Progresso.<br />

no<br />

E PROGRESSO<br />

E ORDEM PROGRESSO<br />

no Produzida<br />

Brasil<br />

Brasil<br />

Equipamentos de aplicação industrial.<br />

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tecnologia empregada<br />

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BIOMASSA<br />

Necessidade de<br />

políticas públicas<br />

Foto: Rafael Macedo<br />

A<br />

conclusão de um relatório sobre a implantação de sistemas<br />

de bioenergia no mundo que está sendo elaborada por cientistas<br />

brasileiros mostra que a bioenergia pode contribuir para<br />

aumentar a segurança energética. Além disso, se for produzida corretamente,<br />

mitigar impactos das mudanças climáticas globais e compensar<br />

problemas ambientais associados ao desmatamento e a degradação<br />

florestal. No entanto, para proporcionar estes benefícios são necessárias<br />

políticas públicas que contemplem toda a cadeia de produção de<br />

energias renováveis, incluindo uso da terra, tecnologias de conversão, questões sociais, ambientais e econômicas.<br />

A síntese do relatório, denominado Processo Rápido de Avaliação (Rapid Assessment Process, em inglês) sobre biocombustíveis<br />

e sustentabilidade, foi apresentada no dia 20 de outubro na abertura do Bbest (2nd Brazilian BioEnergy<br />

Science and Technology Conference), em Campos do Jordão (SP). O documento final será divulgado nos dias 14 e 15<br />

de abril de 2015. Fazem parte do estudo cientistas de diversas entidades de pesquisa.<br />

Transporte de biomassa<br />

florestal<br />

U<br />

ma das etapas mais críticas na cadeia produtiva<br />

da energia proveniente da biomassa florestal é o<br />

transporte do cavaco entre a florestal e a estação<br />

de energia. Os veículos utilizados devem ser muito versáteis<br />

para operar em diferentes condições, mantendo baixos custos<br />

operacionais. O assunto foi tema de artigo publicado recentemente<br />

na revista norte-americana Fuel-The Science and Technology<br />

of Fuel and Energy. O trabalho examinou as diferentes<br />

categorias de veículos que são considerados adequados para<br />

este fim.<br />

Para cada categoria de veículo foram processados: o tempo e taxa de trabalho, consumo de combustível, custos de<br />

energia e econômicos​. Os testes utilizaram trator com reboque e também caminhões. Todos os veículos foram avaliados<br />

em trajetos curtos de cerca de 5, 15 e 25 km (quilômetros) e em longos percursos de 50, 100 e 200 km. O resultado do<br />

estudo mostrou que em rotas mais longas do que 25 km, caminhões tiveram a maior velocidade de transferência de<br />

média. O estudo está disponível no site www.sciencedirect.com.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

24<br />

www.referenciaflorestal.com.br


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Estamos presente nos principais processos<br />

da colheita florestal, com o que há de melhor<br />

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APLICAÇÃO<br />

Aproveitamento<br />

do eucalipto<br />

A<br />

empresa portuguesa Celtejo está aproveitando<br />

raízes de eucalipto para fazer<br />

pasta de papel. Segundo o diretor fabril<br />

da empresa, Carlos Coelho, devido à falta de<br />

matéria-prima suficiente, agora as raízes do eucalipto,<br />

que antes eram queimadas para produção<br />

de energia, são transformadas em pasta de<br />

papel. A Celtejo faz o aproveitamento de toda a<br />

árvore para a retirada do eucalipto.<br />

O projeto que demorou um ano e meio para se<br />

concretizar, entrou em funcionamento em janeiro<br />

de <strong>2014</strong>. “Somos a primeira fábrica em nível<br />

mundial a fazer o aproveitamento de toda a árvore”,<br />

comemora o diretor.<br />

Foto: divulgação<br />

Software<br />

monitora florestas<br />

Foto: divulgação<br />

A<br />

FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação<br />

e Agricultura) anunciou em outubro o lançamento<br />

de um novo software que pode ajudar os<br />

países em desenvolvimento a monitorar o estado das florestas.<br />

Atualmente cerca de 80% dos países nesta situação têm<br />

dificuldade em obter e utilizar informações básicas sobre os<br />

recursos florestais. O novo programa, chamado de Open Foris,<br />

inclui ferramentas para auxiliar os países a alcançar requisitos<br />

internacionais a favor da redução das emissões poluentes<br />

na atmosfera – provenientes do desmatamento e da<br />

degradação florestal – e do aumento do estoque de carbono<br />

nas florestas.<br />

O objetivo também é simplificar o processo complexo de<br />

transformação de dados, como medições de árvores e imagens<br />

de satélite, em páginas da web interativas com estatísticas,<br />

gráficos, mapas e relatórios. O programa já está sendo<br />

testado em mais de dez países da África, Ásia e América Latina.<br />

26<br />

www.referenciaflorestal.com.br


FRASES<br />

Exportamos o<br />

mesmo que a cana<br />

de açúcar e mais<br />

que a indústria<br />

automobilística<br />

brasileira. Somos<br />

o quinto maior<br />

exportador<br />

da economia<br />

brasileira<br />

O problema é que ainda há muita<br />

desinformação e o imposto vem sendo pago,<br />

quando na verdade, não deveria<br />

José Sebastião Prado, consultor florestal, ao afirmar que os municípios não podem<br />

cobrar ISS-QN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) para atividades de<br />

silvicultura<br />

A situação ruim desses dois principais<br />

fornecedores mundiais de madeira leva o Brasil<br />

a uma posição estratégica no cenário mundial<br />

do mogno africano<br />

Leandro Silveira Pereira, advogado e consultor em projetos sustentáveis, ao<br />

comentar a redução de oferta da espécie nos mercados exportadores de<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

Malásia e a África, o que fortalece o Brasil internacionalmente<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

Elizabeth de Carvalhaes,<br />

presidente executiva da Ibá<br />

(Indústria Brasileira de Árvores),<br />

ao divulgar que a atividade<br />

florestal vai alcançar<br />

R$ 9 bilhões em exportações<br />

neste ano<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800-600-2038<br />

O Brasil tem uma tecnologia única para produzir<br />

o chamado aço verde, com fontes naturais<br />

renováveis. Os incentivos irão acelerar as novas<br />

tecnologias do setor<br />

Marcos Brito, presidente do Sindicarv (Sindicato da Indústria da Produção de<br />

Carvão Vegetal do Mato Grosso do Sul), ao comemorar que a siderurgia vai sair<br />

da estagnação com a estimativa de que a cadeia produtiva do setor florestal do<br />

Brasil deve dobrar até 2020<br />

Foto: Carol Carquejeiro<br />

Com a pressão ambiental, esperamos que a<br />

madeira para serraria tenha um mercado grande<br />

e que o preço seja mantido ao que está hoje<br />

Esta é a projeção de Moacir Reis, presidente da Reflore-MS<br />

(Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de<br />

Florestas Plantadas), para os próximos anos<br />

28<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Soluções Completas<br />

Na Capacitação de Operadores<br />

Treinamento de Formação<br />

Treinamento de Aperfeiçoamento (Reciclagem)<br />

Conteúdo Programático:<br />

Mód. I - Teoria sobre operações florestais<br />

• Simbologia de painel<br />

• Procedimentos operacionais<br />

• Segurança e ergonomia do trabalho<br />

• Manutenção preventiva e corretiva básica<br />

• Boletim diário de máquina<br />

Mód. II - Treinamento em simulador de realidade virtual<br />

Mód. III - Treinamento prático operacional<br />

Carga horária: 80 horas<br />

Local: CENFOR e/ou empresa florestal<br />

Conteúdo Programático:<br />

Mód. I - Teoria sobre operações florestais<br />

Mód. II - Treinamento prático operacional<br />

• Check list da máquina e operações<br />

• Acompanhamento das operações em campo<br />

• Correções de desvios operacionais<br />

Carga horária: 16 horas<br />

Local: Empresa florestal<br />

Treinamentos em todas as marcas e modelos de:<br />

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PARANÁ


ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Saulo Rodrigues da Fonseca<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

Caçapava (SP)<br />

Caçapava (SP)<br />

ATIVIDADE/ Activity:<br />

Gerente de Parceria <strong>Florestal</strong> da Masisa Brasil<br />

Forest Outgrower Manager, Masisa Brasil<br />

FORMAÇÃO/ Activity:<br />

Engenharia Elétrica e Eletrônica e MBA Internacional<br />

Electrical and Electronic Engineering and MBA in International Business<br />

A<br />

atividade florestal não pode estar focada simplesmente<br />

em produtividade. As empresas devem se preocupar com<br />

o entorno, com o bem estar da comunidade em que estão<br />

inseridas. E isso muitas vezes significa pagar um pouco mais, porém<br />

com ganhos maiores Para que ter financeiros. acesso a este É o conteúdo, caso fomento florestal<br />

adotado pela Masisa assine no a Revista Paraná <strong>Referência</strong> e Rio Grande <strong>Florestal</strong>. do Sul. Os parceiros<br />

recebem orientação e financiamento para plantio e manutenção<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

da floresta. Assim a empresa garante parte do suprimento de<br />

madeira que necessita assinatura@revistareferencia.com.br<br />

e envolve no processo pessoas que vivem<br />

próximas das fábricas. Acompanhe um pouco mais desse modelo,<br />

0800-600-2038<br />

que não é exclusivo da Masisa, mas é muito bem empregado pela<br />

empresa de painéis de madeira. Quem falou do assunto com a<br />

reportagem da <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong> foi Saulo Rodrigues da<br />

Fonseca, gerente de Parceria <strong>Florestal</strong> da Masisa Brasil.<br />

Parceria <strong>Florestal</strong><br />

Outgrowers - Forestry Partnerships<br />

T<br />

he forest activity cannot be simply focused on productivity.<br />

Companies must be concerned with its surroundings and<br />

the well-being of the community in which they are inserted.<br />

And this often means paying a little more, but with bigger<br />

gains that are not Para necessarily ter acesso financial. a este conteúdo, This is the case for the<br />

forest outgrower assine program a Revista adopted <strong>Referência</strong> by Masisa <strong>Florestal</strong>. in the States of<br />

Paraná and Rio Grande do Sul. The outgrowers receive guidance<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

and funding for the planting and maintenance of their forests.<br />

As such, the company assinatura@revistareferencia.com.br<br />

is guaranteed part of the timber supply it<br />

needs, and in the process, involves the people living in the areas<br />

0800-600-2038<br />

surrounding the factories. We wanted to understand a little more<br />

of this model, which is not unique to Masisa, but very much used<br />

by the Company, a manufacturer of wood panels. REFERÊNCIA<br />

<strong>Florestal</strong> spoke with Saulo Rodrigues da Fonseca, Forest Outgrower<br />

Manager for Masisa Brasil, about the subject.<br />

30<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Quais são as principais fontes de abastecimento de<br />

matéria-prima da Masisa?<br />

As unidades da Masisa são abastecidas por meio de três<br />

fontes: florestas próprias, parceria florestal (fomento) e<br />

compra de madeira no mercado.<br />

Qual a filosofia da empresa na realização das parcerias<br />

florestais?<br />

A filosofia da Masisa na realização destas parcerias é aumentar<br />

a participação dos parceiros no abastecimento da<br />

madeira, garantindo um fornecimento mais sustentável,<br />

além de diversificar a receita do produtor rural e promover<br />

oportunidades de trabalho na área florestal.<br />

Como essas parcerias funcionam na prática?<br />

Existem dois modelos de contrato de parceria: integrado,<br />

onde a Masisa será a garantidora do financiamento por meio<br />

do programa ABC Para (Agricultura ter acesso a de este Baixa conteúdo, Emissão de Carbono)<br />

do Bndes ou assine direto, a Revista no qual <strong>Referência</strong> a Masisa fornece <strong>Florestal</strong>. as mudas de<br />

eucalipto para implantação da floresta. Em ambos os casos,<br />

os recursos serão convertidos em volume de madeira,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

percentual assinatura@revistareferencia.com.br<br />

da produtividade total e o restante o produtor<br />

tem a preferência de venda à Masisa. Por ser uma empresa<br />

0800-600-2038<br />

de capital estrangeiro, a Masisa não pode adquirir terras.<br />

Normalmente qual o tamanho da área dos fomentados?<br />

Tomando como base os contratos fechados em <strong>2014</strong>, a<br />

Masisa tem na região do Paraná um tamanho médio de<br />

70,5 ha (hectares) e no Rio Grande do Sul de 54,3 ha. Mas<br />

não há uma regra de tamanho mínimo para fechamento<br />

de contrato.<br />

Como observa o crescimento da mecanização nessa modalidade<br />

de plantio e colheita florestal?<br />

Nos últimos anos observamos uma tendência de crescimento<br />

da mecanização do plantio e colheita na área florestal.<br />

Ainda longe dos avanços alcançados na área agrícola, que já<br />

figura quase que 100% de mecanização, vemos um progresso<br />

substancial, principalmente na atividade de colheita. O ideal<br />

é que houvesse incentivos para modernizar e mecanizar<br />

What are the main sources of raw material for Masisa?<br />

Masisa’s units are supplied from three sources: owned<br />

forests, outgrowers (forest partnerships) and timber purchases<br />

on the open market.<br />

What is the philosophy of the Company in implementing<br />

the forest outgrower program?<br />

The Masisa philosophy in creating these partnerships is to<br />

increase the participation of outgrowers in the timber supply,<br />

ensuring a more sustainable supply, as well as diversifying<br />

rural producer revenue and promoting work opportunities<br />

in the forest area.<br />

How do these outgrower partnerships work in practice?<br />

There are two models for outgrower partnership agreements:<br />

integrated, where Masisa becomes the guarantor<br />

for financing through the BNDES Low Carbon Agriculture<br />

Program (ABC), Para or ter straight, acesso where a este Masisa conteúdo, provides the eucalyptus<br />

seedlings assine a for Revista the implementation <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>. of the forest. In<br />

both cases, repayment is converted into a timber volume,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

a percentage of total production, and for the remainder,<br />

Masisa is given assinatura@revistareferencia.com.br<br />

a buying option. By being a foreign capital<br />

Company, Masisa cannot acquire land.<br />

0800-600-2038<br />

What is the size of the area used by outgrowers?<br />

Taking the contracts signed in <strong>2014</strong> as a basis, in the State<br />

of Paraná, the average size is 70.5 ha, and in the State of<br />

Rio Grande do Sul, it is 54.3 ha. But there is a contract minimum<br />

size.<br />

What is your evaluation of the growth of mechanization<br />

used in forest planting and harvesting?<br />

In recent years, we have observed a growth in mechanization<br />

use in planting and harvesting in the forest area. But<br />

its use is still a long ways away from the advances achieved<br />

in the agricultural area, which is already almost 100%<br />

mechanized; however, we see substantial progress, mainly<br />

in the harvest activity. Ideally, there would be incentives to<br />

modernize and mechanize forestry activities to bring them<br />

up to the present-day levels found in other activities, with-<br />

O ideal é que houvesse incentivos para<br />

modernizar e mecanizar as atividades florestais<br />

a níveis de excelência de três a cinco anos<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

31


ENTREVISTA<br />

as atividades florestais em níveis de excelência de três a<br />

cinco anos, para que pudéssemos melhorar as condições<br />

de trabalho e consequentemente aumentar a produtividade<br />

destas atividades.<br />

É possível obter floresta com o padrão exigido pelas grandes<br />

empresas por meio do fomento?<br />

É possível desde que as próprias empresas administrem as<br />

parcerias como um modelo de negócio e invistam recursos<br />

na gestão e execução do programa.<br />

O fomento vale a pena, já que normalmente o custo da<br />

madeira colocada na fábrica é maior que por outras vias?<br />

O fomento como parceria florestal vale a pena, pois não<br />

estamos falando somente de custo, mas também da sustentabilidade<br />

de toda a cadeia produtiva para gerar a madeira.<br />

É preciso garantir a procedência da madeira, o tipo de trabalho,<br />

as condições em que foi produzida e colhida, enfim,<br />

toda a questão<br />

Para<br />

ambiental,<br />

ter acesso<br />

social<br />

a este<br />

e de<br />

conteúdo,<br />

segurança envolvida<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

nas atividades florestais. Os negócios da Masisa têm base<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

na estratégia do Triplo Resultado, que contempla forma<br />

integral e simultânea a obtenção dos mais altos índices de<br />

qualidade assinatura@revistareferencia.com.br<br />

em seu desempenho nos âmbitos financeiro,<br />

social e ambiental.<br />

0800-600-2038<br />

Qual a distância média das áreas plantadas pelos parceiros<br />

e da fábrica? Quem tem a responsabilidade do transporte?<br />

A distância média das áreas plantadas na região do Rio<br />

Grande do Sul é de 50 km (quilômetros) e do Paraná é de<br />

100 km. A responsabilidade pela colheita e transporte, na<br />

maioria dos casos, é da Masisa. Salvo quando o produtor<br />

rural possui uma estrutura de colheita e transporte e há<br />

interesse em realizar tais atividades.<br />

Está nos planos da empresa ampliar o número de parceiros<br />

ou de áreas plantadas por eles aqui no país?<br />

Sim. Está no plano estratégico da Masisa ampliar o número<br />

de parceiros florestais e de área plantadas na região do<br />

Paraná e Rio Grande do Sul.<br />

in three to five years, so that we could improve working<br />

conditions and, consequently, increase the productivity of<br />

these activities.<br />

Is it possible to have forests with the standards required<br />

by large companies using outgrowers?<br />

It is possible, as long as the companies, themselves, administer<br />

their outgrower partnerships as a business model and<br />

invest resources in the management and implementation<br />

of the program.<br />

Is the outgrower program worth it, as normally, the cost<br />

of timber in the factory yard is larger than from other<br />

means?<br />

The outgrower program as a forest partnership is worth<br />

it, because we are not only talking of cost, but also of sustainability<br />

for the entire productive chain in generating a<br />

sustainable timber supply. We must ensure the origin of<br />

the wood, the<br />

Para<br />

type<br />

ter<br />

of<br />

acesso<br />

work, the<br />

a este<br />

conditions<br />

conteúdo,<br />

under which it<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

was produced and harvested, and in the end, ensure the<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

whole issue of the environmental, social and safety factors<br />

involved in the forestry activities. Masisa’s business model<br />

is based on assinatura@revistareferencia.com.br<br />

the Triple Result Strategy, which includes an<br />

integral and simultaneous<br />

0800-600-2038<br />

manner of obtaining the highest<br />

quality levels in its performance in the financial, social and<br />

environmental spheres.<br />

What is the average distance between the areas planted<br />

by outgrowers and the factory? Who has the responsibility<br />

for transportation?<br />

The average distance for the areas planted in the State of<br />

Rio Grande do Sul is about 50 km, and the State of Paraná,<br />

about 100 km. In most cases, Masisa is responsible for the<br />

harvest and transport. Unless the outgrower has a harvesting<br />

and transportation structure, he has no interest in carrying<br />

out these activities.<br />

Does the Company have any plans to expand the number<br />

of outgrowers or areas planted by them here in Brazil?<br />

Yes. The Masisa strategic plan calls for the expansion in<br />

the number of outgrowers and in the planted forest area in<br />

both the States of Paraná and Rio Grande do Sul.<br />

É preciso garantir toda a questão ambiental,<br />

social e de segurança envolvida nas atividades<br />

florestais<br />

32<br />

www.referenciaflorestal.com.br


INFORMAÇÕES: (41) 3333.1023 | comercial@revistareferencia.com.br


PRINCIPAL<br />

Foto: divulgação<br />

Sistema<br />

integrado<br />

Modelo de transporte e colheita<br />

florestal deve atender toda a<br />

dinâmica da indústria, desde a<br />

matéria-prima ideal até o produto<br />

final<br />

34<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Integrated<br />

system<br />

The forest harvest and<br />

transport model must meet<br />

the complete dynamic of a<br />

company, from the ideal raw<br />

material to the final product<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL 35


PRINCIPAL<br />

P<br />

ara que a operação florestal tenha sucesso ela<br />

tem que ser encarada como um sistema. Observar<br />

somente uma parte do processo e deixar de<br />

lado a conexão entre todas as etapas é a melhor maneira<br />

de obter prejuízo. Para estipular o modelo de colheita<br />

e transporte florestal o empreendedor precisa entender<br />

as demandas específicas do produto final, quais equipamentos<br />

se encaixam para o volume necessário para<br />

abastecer o mercado, distâncias, processo de produção,<br />

mão de obra e por aí vai. Fazer a ligação de todos esses<br />

aspectos é a chave para estabelecer o sistema mais adequado<br />

para determinada situação.<br />

Quando se estabelece uma operação de colheita e<br />

transporte florestal a intenção é que seja produtiva e<br />

o mais econômica possível. Para isso é imprescindível<br />

entender que a logística envolve todo o processo de<br />

produção entre a obtenção da matéria-prima, processo<br />

industrial e a entrega do produto ao cliente. Trata-se de<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

um sistema que se complementa. “Não se pode olhar<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

apenas a movimentação de produtos em determinada<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

fase do processo, como na colheita da madeira, por<br />

exemplo”, orienta Marcio Funchal, diretor da Consufor,<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

consultoria em negócios e estratégias.<br />

De 0800-600-2038<br />

acordo com ele também é<br />

necessário dimensionar a logística<br />

de toda a operação em conjunto. Se<br />

o empreendimento for verticalizado<br />

(floresta e indústria) a estrutura de<br />

operação e logística deve ser estabelecida<br />

para atender à estratégia da<br />

empresa. “E não como se vê muitas<br />

vezes no mercado que adapta a estratégia<br />

do negócio à estrutura de máquinas<br />

e equipamentos existentes.”<br />

O dimensionamento do sistema que a empresa vai<br />

adotar tem que levar em conta aspectos importantes:<br />

volume de madeira a ser transportado por dia de operação;<br />

distância de transporte da floresta à indústria e correspondente<br />

tempo de deslocamento; tipo de madeira<br />

a ser consumida (diâmetro e comprimento) e tipo de<br />

corte (idade e se é proveniente de corte raso ou desbaste);<br />

quantidade de frentes de operação para cada tipo<br />

F<br />

or a forest operation to succeed, it must be<br />

viewed as a system. Looking at only part of the<br />

process and forgetting about the connection<br />

between all the steps is the best way to lose money. In<br />

stipulating the forest harvesting and transport model,<br />

entrepreneurs need to understand the specific demands<br />

of the final product, what equipment is the most suitable<br />

for the volume necessary for supplying the market, distances,<br />

production process, labor and so forth. Making<br />

the connection of all these aspects is the key to establishing<br />

the most suitable system for a given situation.<br />

When establishing a forest harvest and transport<br />

operation, the intention is that it should be productive<br />

and the most economic possible. For this it is essential to<br />

understand that logistics involves the entire production<br />

process from obtaining raw materials to the manufacturing<br />

process Para and ter delivery acesso a of este the conteúdo, final product to the<br />

customer. assine It is a a system Revista that <strong>Referência</strong> complements <strong>Florestal</strong>. itself. “You<br />

cannot just look at the material handling at a particular<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

stage of the process, such as timber harvest, for example,”<br />

says assinatura@revistareferencia.com.br<br />

Marcio Funchal, Director of Consufor, consultants<br />

in business and strategies.<br />

According to him, 0800-600-2038<br />

it is also necessary to size the logistics<br />

of the entire operation as<br />

a whole. If the venture is vertical<br />

(forest and industry) the operating<br />

structure and logistics should be<br />

established to meet the company’s<br />

strategy. “And not as you see many<br />

times in the market, where the<br />

business strategy is adapted to the<br />

structure of the existing machinery<br />

Foto: divulgação<br />

and equipment.”<br />

The sizing of the system that the<br />

company will adopt has to take into account important<br />

aspects: timber volume to be transported per day of operation;<br />

transport distance from the forest to the plant<br />

and the corresponding time; type of timber being consumed<br />

(diameter and length), and type of harvest (age<br />

36<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Foto: divulgação<br />

de madeira; volume e tempo de estoque de madeira no<br />

pátio da indústria (estoque regulador).<br />

Também é importante estabelecer a sistemática de<br />

medição do volume/peso de madeira colhida e transportada<br />

(se peso ou volume, medição estimada em campo<br />

e confirmação em balança na indústria, balança na saída<br />

da floresta, Para medição ter acesso por a estimativa este conteúdo, de capacidade de<br />

transporte assine por a caminhão Revista <strong>Referência</strong> ou outros). <strong>Florestal</strong>. “Com base nesses<br />

inputs, será possível dimensionar qual o melhor sistema<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

logístico para atender a demanda da indústria”, garante<br />

Marcio. assinatura@revistareferencia.com.br<br />

Com esses dados em mãos se define o tipo de<br />

colheita (full tree, cut-to-length em comprimento fixo<br />

ou variável), a quantidade 0800-600-2038 de frentes de operação, por<br />

tipo de colheita (corte raso ou desbaste) e composição<br />

de cada frente de colheita, kit de operação, (modelo e<br />

capacidade das máquinas, conjunto de máquinas e local<br />

de realização de cada atividade – desgalhe, traçamento<br />

e empilhamento).<br />

and using clear-cut or thinning); number of operating<br />

fronts for each type of timber; volume and time of wood<br />

inventory in the plant yard (inventory turnover).<br />

It is also important to establish a systematic method<br />

for the measurement of the volume/weight of the timber<br />

harvested and Para transported ter acesso a (using este conteúdo, estimated weight or<br />

volume in assine the field a Revista and confirmation <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>. by weighing in the<br />

plant yard, weighing on leaving the forest, measurement<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

by estimated truck capacity, or other).<br />

“Based assinatura@revistareferencia.com.br<br />

on these inputs, it is possible to design the<br />

best logistics system to meet the demand of the plant,”<br />

0800-600-2038<br />

says consultant Marcio. With this data in hand the type<br />

of harvest can be defined (full tree, cut-to-length in fixed<br />

or variable lengths), the number of operating fronts, by<br />

type of crop (clear-cut or thinning) and composition of<br />

each harvest front, operating kit (equipment model and<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL 37


PRINCIPAL<br />

Foto: divulgação<br />

Também é possível realizar o dimensionamento da<br />

produtividade de cada frente de operação (tempo e volume<br />

de madeira processada por kit, e quantidade de<br />

kits por frente operacional); calcular os estoques necessários<br />

em pátios temporários (beira da estrada) e, se for<br />

o caso, pátios Para de ter classificação acesso a este e distribuição conteúdo, de madeira<br />

em local estratégico assine a Revista dentro <strong>Referência</strong> da fazenda, <strong>Florestal</strong>. além do dimensionamento<br />

do kit de carregamento de madeira nos caminhões,<br />

em cada frente operação (tipo máquina<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

e produtividade).<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

Como complemento a toda operação essa base de<br />

dados é quem vai orientar 0800-600-2038 a parte final no processo, ou<br />

seja, ditar o dimensionamento da frota para transporte<br />

de madeira à indústria (tipo de caminhão e reboque ou<br />

semirreboque, capacidade de carga, tempo de deslocamento,<br />

quantidade de viagens de abastecimento por<br />

dia, etc).<br />

capacity, machinery. and location for carrying out each<br />

activity – debranching, cutting and stacking).<br />

You can also size the production on each operating<br />

front (time and volume of timber processed by kit, and<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

the number of kits for each operating front; calculate the<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

stocks needed in temporary yards (side of the road) and,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

if applicable, classification and timber distribution yards<br />

in strategic location within the farm, besides sizing the<br />

kit for loading<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

timber on the trucks, on each operating<br />

front (machine type and 0800-600-2038<br />

productivity).<br />

As a complement to the whole operation, this database<br />

is what will guide the final part in the process,<br />

namely, dictate the size of the truck fleet to transport<br />

the timber to the plant (kind of truck and trailer or semi-<br />

38<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Em síntese, o porte e quantidade de máquinas são<br />

resultados das necessidades do modelo de operação<br />

Marcio Funchal, diretor da Consufor<br />

Por fim vem a estrutura de recebimento de madeira<br />

no pátio (área física necessária, sistema de medição e<br />

conferência de volume ou peso e método de estocagem,<br />

que normalmente Para ter acesso é o Fifo a este (do conteúdo, inglês, primeiro que entra,<br />

primeiro assine a que Revista sai). Além <strong>Referência</strong> da classificação, <strong>Florestal</strong>. usualmente<br />

por diâmetro, comprimento e orientação da ponta fina,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

pode ser feita previamente no carregamento na floresta,<br />

por classificação assinatura@revistareferencia.com.br<br />

visual no descarregamento no pátio ou<br />

por classificador automático de tora e estocagem. “Todas<br />

essas possibilidades devem orientar a escolha do<br />

0800-600-2038<br />

tipo e quantidade de maquinário para movimentação<br />

das toras no pátio. Em síntese, o porte e quantidade de<br />

máquinas são resultados das necessidades do modelo<br />

de operação”, define Marcio.<br />

trailer, load capacity, time, number of trips per day, etc).<br />

Finally, there is the receiving structure in the log yard<br />

(physical area required, measurement system and volume<br />

or weight Para conference, ter acesso a and este storage conteúdo, method, which<br />

is typically assine Fifo (First a Revista In, First <strong>Referência</strong> Out). As <strong>Florestal</strong>. well classification,<br />

usually by diameter, length and orientation of the thin<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

end, can be made in advance during loading in the forest,<br />

or by assinatura@revistareferencia.com.br<br />

visual classification during unloading in the<br />

yard or by an automatic log and sorter. “All these possibilities<br />

should be a guide in choosing of the type and<br />

0800-600-2038<br />

number of machines for log handling in the yard. In summary,<br />

the size and number of machines are the results<br />

of operating model needs,” defines consultant Marcio.<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL 39


PRINCIPAL<br />

Não existe receita<br />

O consultor afirma que o erro mais comum é deixar<br />

de encarar a operação como um sistema. Como não há<br />

um planejamento pronto que sirva para todas as situações<br />

algumas empresas optam por saídas fáceis, mas<br />

que nem sempre são adequadas. “Se apegar às qualidades<br />

de determinada máquina ou equipamento, pensando<br />

que a máquina é a solução”, afirma Marcio.<br />

A relação tem que ser o melhor custo alinhado ao<br />

melhor resultado para a indústria. “Nem sempre o mais<br />

barato é o melhor”, adverte. O tombamento incorreto<br />

da árvore durante a colheita pode comprometer a qualidade<br />

da fibra e trazer problemas dimensionais no produto<br />

acabado (rachaduras em molduras). “O grave é que<br />

esse problema Para vai ter aparecer acesso visualmente a este conteúdo, somente após a<br />

secagem na assine estufa, a Revista quando <strong>Referência</strong> o produto <strong>Florestal</strong>. estiver indo para<br />

pré-pintura ou despacho na expedição.”<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

A escolha pelo comprimento da tora a ser transportada<br />

(curta assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ou longa) depende muito mais da demanda<br />

da indústria. “No MDF, HDF e celulose, não importa para<br />

0800-600-2038<br />

o produto final o comprimento, afinal a madeira será desagregada<br />

em partículas”, pondera Marcio. Já em uma<br />

serraria que produz vigas, tábuas e pontaletes de grande<br />

dimensão, que são peças inteiras com cinco m (metros)<br />

ou mais, é obrigatório receber toras compridas. Se for<br />

uma laminadora, o torno estará dimensionado para laminar<br />

tora de até 2,40 m, pois o compensado padrão<br />

tem 2,20 m de comprimento.<br />

“Independente da necessidade da indústria, o importante<br />

é o conceito geral de que os custos aumentam<br />

à medida que surgem mais operação de movimentação<br />

da madeira”, resume o consultor. Para baixar custos do<br />

sistema tem que se pensar em minimizar a quantidade<br />

de atividades ao longo da jornada da tora entre a floresta<br />

e a indústria.<br />

There is no Recipe<br />

The consultant states that the most common mistake<br />

is not looking at the operation as a system. As there is no<br />

ready plan for every situation, some companies opt for<br />

easy solutions, but they are not always suitable. “Sticking<br />

with qualities produced by a particular machine or<br />

piece of equipment, thinking that the machine is the solution,”<br />

he says.<br />

The relationship has to be the best cost aligned to the<br />

best outcome for the plant. “Not always is the cheapest<br />

the best,” he warns. The incorrect felling of a tree during<br />

harvest can compromise the quality of fiber and lead to<br />

dimensional problems in the finished product (cracks in<br />

frames). “The serious thing is that this problem will only<br />

appear visually Para after acesso drying a in este the conteúdo, oven, when the product<br />

is going assine to pre-paint a Revista or <strong>Referência</strong> shipping.” <strong>Florestal</strong>.<br />

The choice of the length of the log to be transported<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

(short or long), very much depends on plant demand.<br />

“For MDF, assinatura@revistareferencia.com.br<br />

HDF and pulp, no matter the end product size,<br />

the timber will be disaggregated into particles,” says<br />

0800-600-2038<br />

consultant Marcio. Where as in a sawmill that produces<br />

beams, planks and large strips, which can be up to five<br />

meters long or more, it is mandatory to receive long logs.<br />

If a veneer producer, the lathe will be scaled to laminate<br />

up to 2.40 m long logs, as plywood is usually 2.20 m long.<br />

“Independent of plant needs, the important thing is<br />

the general concept that the cost increases as the more<br />

the timber is handled,” summarizes the consultant. To<br />

lower system costs, one has to think in minimizing the<br />

number of activities carried out after felling and before<br />

processing in the plant.<br />

40<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Observamos o volume a ser produzido e as variáveis,<br />

tais como relevo e distância entre outras características<br />

Aponta Yedo Tortato Filho, gerente da TMO Companhia Olsen<br />

de Tratores Agro Industrial<br />

Foto: divulgação<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL 41


PRINCIPAL<br />

Foto: divulgação<br />

42<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Na medida certa<br />

Muitos fabricantes de equipamentos absorveram o<br />

conceito que a operação de transporte e colheita faz parte<br />

de um sistema amplo e interligado. Por isso levam em<br />

conta diversos aspectos para elaborar a melhor solução.<br />

“Observamos o volume a ser produzido e as variáveis,<br />

tais como relevo e distância entre outras”, aponta Yedo<br />

Tortato Filho, gerente da TMO Companhia Olsen de Tratores<br />

Agro Industrial.<br />

Para obter as informações necessárias, a fabricante<br />

solicita todas as características do local de trabalho, volume<br />

a ser produzido e a capacidade de investimento.<br />

“Indicamos um conjunto ideal para o cliente”, garante<br />

Yedo. Caso a TMO não tenha o equipamento ideal,<br />

orienta o tipo de máquina que deve suprir a demanda.<br />

Entre os pontos avaliados antes de definir o tipo e<br />

porte do equipamento estão o comprimento da madeira<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

que será transportada. “Esse aspecto quase define a máquina<br />

ideal, depois o volume pretendido mensalmente”,<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

avalia Yedo. O gerente assegura que com esses e outros<br />

dados complementares é possível dimensionar a máquina<br />

ou o conjunto corretamente.<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

De maneira geral 0800-600-2038<br />

um carregador florestal, por exemplo,<br />

trabalhando em turno de oito horas deve ter uma<br />

produção de 20 viagens com feixes de madeira de eucalipto<br />

com 3,60 m e 23 viagens com feixes da espécie com<br />

seis metros. O maior custo nessas operações está ligado<br />

ao consumo de combustível. A orientação é adquirir tratores<br />

mais eficientes, e em certas ocasiões mudar certos<br />

aspectos da rotina. “Operador capacitado também é importante.”<br />

O engenheiro Rodrigo Rubin, do departamento de<br />

Engenharia e Comercial da Penzsaur, lembra que no caso<br />

do autocarregável não existe um equipamento padrão,<br />

são diversos modelos que atendem diferentes necessidades.<br />

“Por isso é preciso observar os seguintes pontos:<br />

tipo de terreno (ondulado ou plano), características da<br />

madeira, distância do transbordo e a produção necessária”,<br />

ressalta o profissional.<br />

In the right measure<br />

Many equipment manufacturers absorbed the concept<br />

that the transport and harvest operation is part of<br />

a broad and interconnected system. For this, they take<br />

into account several aspects to elaborate the best solution.<br />

“We look at the volume to be produced and the<br />

variables, such as topography and distance between the<br />

other fronts,” says Tortato Yedo Filho, Manager for TMO<br />

Companhia Olsen de Tratores Agro Industrial.<br />

To obtain the necessary information, the manufacturer<br />

requests all the characteristics of the operating<br />

front, volume to be produced and the investment capacity.<br />

“We indicate the ideal machinery for the customer,”<br />

ensures TMO Manager Yedo. If TMO doesn’t have the<br />

ideal equipment, it indicates the type of machine that<br />

best meets customer needs.<br />

Amongst the points assessed before defining the<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

type and size of the equipment is the length of the timber<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

log that will be transported. “This aspect almost defines<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

the ideal machine, after the desired volume on a monthly<br />

basis,” says TMO Manager Yedo. The Manager ensures<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

that with this and other additional data it is possible to<br />

size the equipment or 0800-600-2038<br />

machinery correctly.<br />

Generally a log carrier, for example, working an<br />

eight-hour shift, should make 20 trips with 3.60 m long<br />

eucalyptus timber logs and with 6 m long logs, 23 trips.<br />

Most of the cost in these operations is linked to fuel consumption.<br />

The advice is to acquire more efficient tractors,<br />

and in certain cases, change certain aspects of the<br />

routine. “Having properly trained operators is also important.”<br />

Engineer Rodrigo Rubin, from the Engineering and<br />

Sales Department for Penzsaur, reminds us that in the<br />

case of self-loading there is no standard equipment;<br />

there are several models that meet different needs.<br />

“Therefore, we must look at the following points: type of<br />

terrain (undulating or flat), timber characteristics, transhipment<br />

distance and required production,” emphasizes<br />

the professional.<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

43


PRINCIPAL<br />

Os dois principais custos dentro da operação dos<br />

autocarregáveis são manutenção e consumo de combustível.<br />

“A manutenção preventiva bem feita, além de<br />

treinamentos para os operadores, reduz custos”, recomenda<br />

Rodrigo. Já o consumo de combustível pode ser<br />

minimizado com o dimensionamento correto do trator<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

com o conjunto autocarregável, e “optar por trabalhar<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

com um sistema hidráulico com Load Sensing, que envia<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

o óleo para o equipamento conforme a necessidade.”<br />

As fabricantes concordam que existe uma solução<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ideal para cada situação. Por isso é imprescindível realizar<br />

a avaliação de toda 0800-600-2038<br />

a operação cuidadosamente para<br />

que o equipamento seja introduzido sob medida. Erro<br />

no dimensionamento traz gargalo para a operação ou<br />

aumento de custo desnecessário quando superdimensionado.<br />

The two main costs of the self-loading operation are<br />

maintenance and fuel consumption. “Preventative maintenance<br />

carried out properly, in addition to operator<br />

training, reduces costs,” Says Engineer Rodrigo. The fuel<br />

consumption can be minimized with proper self-loading<br />

tractor trailer sizing, and “choosing to work with a hydraulic<br />

system with Load Sensing, which oils the equip-<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

ment as required.”<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

Equipment manufacturers agree that there is an ideal<br />

solution for every situation. That’s why it is essential to<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

carry out an evaluation of the entire operation carefully<br />

so that the equipment 0800-600-2038<br />

is introduced as ordered. Errors<br />

in undersizing create bottlenecks for the operation, or in<br />

oversizing, unnecessary cost increases.<br />

Foto: Penzsaur<br />

44<br />

www.referenciaflorestal.com.br


A manutenção preventiva bem feita, além de<br />

treinamentos para os operadores, reduz custos<br />

Rodrigo Rubin, do departamento de Engenharia e Comercial da Penzsaur<br />

CARROCERIAS<br />

BACHIEGA<br />

PISO<br />

MÓVEL<br />

Trabalhamos com locações de gaiolas<br />

com piso móvel<br />

www.carroceriasbachiega.com.br<br />

Fones: (19) 3496-1555 | (19) 3496-1381


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Há 12 anos o Prêmio <strong>Referência</strong> reconhece entidades, empresas e profissionais do setor<br />

N<br />

este mês de novembro acontece a 12ª<br />

edição do Prêmio <strong>Referência</strong>, o mais<br />

importante reconhecimento do setor<br />

de base florestal e da cadeia madeira-móveis.<br />

Tradicionalmente o prêmio, promovido pelo GRU-<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

PO JOTA, responsável pelas Revistas REFERÊNCIA<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

FLORESTAL e INDUSTRIAL, CELULOSE & PAPEL,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

PRODUTOS MADEIRA e BIOMAIS, homenageia<br />

os 10 maiores destaques assinatura/ do ano.<br />

Os vencedores receberão o prêmio em virtude<br />

de ações significativas realizadas ou iniciadas<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

durante o ano de 0800-600-2038<br />

<strong>2014</strong> e que merecem reconhecimento.<br />

A premiação tem o objetivo de divulgar<br />

iniciativas que têm relevância para o setor e a<br />

cada ano são eleitos 10 nomes, entre entidades,<br />

personalidades e empresas. Durante a seleção são<br />

46<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Ações<br />

reconhecidas<br />

Prêmio <strong>Referência</strong> divulga iniciativas<br />

relevantes para o setor e revela os 10<br />

maiores destaques do ano<br />

Fotos: Valterci Santos<br />

levadas em consideração atitudes ligadas ao campo<br />

do empreendedorismo, defesa dos interesses<br />

da atividade de base florestal, sustentabilidade,<br />

fomento da informação, realizações importantes,<br />

datas emblemáticas que fortalecem entidades ou<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

projetos.<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

Ao longo de todo o ano é feita uma análise<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

das empresas, profissionais e instituições que<br />

realizaram estas ações assinatura/ e que contribuíram de<br />

maneira significativa para o desenvolvimento do<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

segmento. São observadas iniciativas no campo<br />

comercial, tecnológico, 0800-600-2038 educacional, social, sustentável<br />

e promocional. Toda a equipe das revistas<br />

direcionadas a esses setores faz uma seleção dos<br />

nomes baseada na opinião dos leitores e do mercado.<br />

Por se tratar de um segmento muito ativo<br />

são encaminhadas diversas sugestões que passam<br />

por um pente fino até o momento de revelar os<br />

vencedores. A intenção do GRUPO JOTA é reconhecer<br />

esforços em favor de todo o setor que tem<br />

na floresta e nos produtos madeireiros o grande<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

foco. Esse modelo de escolha dos homenageados<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

foi o adotado, pois não se restringe unicamente<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

a reconhecer o trabalho das grandes indústrias,<br />

mas também de pequenas assinatura/ empresas e indivíduos<br />

que por meio de ações conseguem transformar o<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ambiente em que vivem. “Algumas atitudes podem<br />

parecer pequenas 0800-600-2038 diante da magnitude de<br />

um setor tão importante, mas em boa parte das<br />

vezes são exatamente elas que provocam as maiores<br />

mudanças”, exalta Fábio Alexandre Machado,<br />

diretor comercial do GRUPO JOTA.<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

47


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Homenagem<br />

Este ano, o Prêmio <strong>Referência</strong> terá um diferencial.<br />

Além<br />

Para<br />

da<br />

ter<br />

entrega<br />

acesso<br />

aos<br />

a este<br />

10 vencedores,<br />

conteúdo,<br />

ao final,<br />

será conferido um prêmio especial ao colega,<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

amigo e funcionário do GRUPO JOTA, José Henrique<br />

Schittler, falecido assinatura/ no dia 20 de setembro.<br />

Esta singela homenagem do GRUPO reafirma o<br />

sentimento<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

de carinho e admiração pelo grande<br />

homem e companheiro<br />

0800-600-2038<br />

que deixa saudades.<br />

Na próxima edição, confira a cobertura completa<br />

do Prêmio <strong>Referência</strong> <strong>2014</strong>.<br />

Algumas atitudes podem parecer pequenas<br />

diante da magnitude de um setor tão<br />

importante, mas em boa parte das vezes são<br />

exatamente elas que provocam as maiores<br />

mudanças<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />

do GRUPO JOTA<br />

Vencedores do Prêmio <strong>Referência</strong> 2013 entre os proprietários do GRUPO JOTA, Pedro Bartoski Jr. e Fábio Machado<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


OS VENCEDORES DE <strong>2014</strong> SÃO:<br />

Affemaq<br />

(Associação dos Fornecedores para<br />

as Indústrias de Madeira e Móveis)<br />

Agência da Madeira<br />

Cenbio<br />

(Centro Nacional de <strong>Referência</strong> em<br />

Biomassa)<br />

Cipem<br />

(Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso)<br />

Consufor<br />

(Consultoria e Avaliações)<br />

E-Forest<br />

Ibá<br />

(Indústria Brasileira de Árvores)<br />

Irmãos Maggioni<br />

Tree <strong>Florestal</strong><br />

Kürten<br />

José Henrique Schittler<br />

Da TECNOLOGIA à produção,<br />

pioneira e LÍDER em MARAVALHAS<br />

LANÇAMENTO<br />

PMF 4/2400<br />

TTF 1500<br />

Fone: (54) 3242 2640<br />

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ESPECIAL<br />

Fotos: divulgação<br />

Era<br />

virtual<br />

50<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Simuladores de máquinas florestais<br />

aceleram a curva de aprendizagem<br />

dos operadores que vão para o<br />

campo muito mais preparados<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

51


ESPECIAL<br />

U<br />

m dos grandes desafios do setor florestal é aprimorar<br />

e ampliar a mão de obra, principalmente<br />

aquela que vai trabalhar na colheita florestal. Os<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

equipamentos<br />

assine<br />

estão<br />

a Revista<br />

cada<br />

<strong>Referência</strong><br />

vez mais modernos<br />

<strong>Florestal</strong>.<br />

e produtivos,<br />

mas se o operador não tem domínio sobre a tecnologia,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

a máquina simplesmente não rende. Um dos grandes<br />

aliados para preparar o assinatura/ profissional é o simulador virtual.<br />

Por meio desse equipamento a curva de aprendizagem é<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

mais eficiente, os custos são reduzidos e o operador passa<br />

por todas as situações 0800-600-2038<br />

que irá encontrar na floresta sem<br />

riscos.<br />

“O uso dos simuladores no processo de capacitação<br />

de um operador é de fundamental importância, pois permite<br />

ao treinando conhecer e simular as ações nas diversas<br />

etapas das operações”, aponta Eduardo da Silva Lopes,<br />

professor de Colheita e Transporte <strong>Florestal</strong> da Unicentro<br />

(Universidade Estadual do Centro-Oeste), no Paraná, e coordenador<br />

do Cenfor (Centro de Formação de Operadores<br />

Florestais). A entidade atua no mercado desde 2004 e já<br />

capacitou em torno de 2.300 operadores de máquinas florestais<br />

no Brasil e exterior.<br />

No equipamento, o operador aprende a identificar os<br />

comandos dos joysticks para comandar um harvester, que<br />

podem ser configurados para os diversos modelos de cabeçotes<br />

conforme Para ter a acesso necessidade a este da conteúdo, empresa, e adquire<br />

as habilidades assine necessárias a Revista <strong>Referência</strong> também no <strong>Florestal</strong>. forwarder para a<br />

execução de uma operação de colheita e transporte.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

De acordo com Eduardo, quando um operador é treinado<br />

diretamente na máquina, o tempo de formação va-<br />

assinatura/<br />

ria normalmente assinatura@revistareferencia.com.br<br />

de 8 a 12 meses. “Além disso, trata-se<br />

de um modelo totalmente inviável do ponto de vista técnico<br />

e econômico, em razão dos elevados custos envolvi-<br />

0800-600-2038<br />

dos ocasionados pela mobilização das máquinas, maiores<br />

riscos de acidentes, maiores possibilidades de quebras e<br />

transferência de técnicas inadequadas”, avalia.<br />

Foi realizado um estudo pela Unicentro com operadores<br />

com o perfil adequado para atuar na operação de<br />

harvester. Os resultados apontaram que após terem sido<br />

treinados no simulador virtual e em seguida na máquina<br />

em condições reais de campo, a curva de aprendizagem<br />

atingiu o ponto máximo no período entre três e quatro<br />

meses, dentro da meta de produção estabelecida pela<br />

empresa.<br />

52<br />

www.referenciaflorestal.com.br


O ponto máximo da curva de<br />

aprendizagem do operador se<br />

reduz para quatro meses em<br />

média em campo, após o uso do<br />

simulador ”<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

53


ESPECIAL<br />

As fabricantes de máquinas florestais de grande porte<br />

investem também Para nos ter acesso equipamentos a este conteúdo, virtuais. “A operação<br />

do simulador assine baseia-se a Revista em <strong>Referência</strong> modelos <strong>Florestal</strong>. de máquina precisos<br />

e sistema visual de PC, versátil e de fácil expansão”,<br />

explica<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

Rodrigo Junqueira, diretor de vendas Brasil da<br />

assinatura/<br />

John Deere.<br />

Ele ressalta assinatura@revistareferencia.com.br<br />

que a principal vantagem está redução<br />

de custo. Devido ao fato do operador estar treinando em<br />

um simulador, e não com 0800-600-2038<br />

um equipamento real, a máquina<br />

não sofre nenhum dano estrutural. Durante o período<br />

de treinamento o profissional ganha familiaridade com os<br />

controles e o Para ganho ter de acesso produtividade a este conteúdo, nesse ambiente virtual<br />

é nítido. assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

“Outro fator importante é a seleção dos operadores,<br />

pois<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

o programa do simulador permite comparar as habilidades<br />

e a capacidade do aluno em se tornar um pro-<br />

assinatura/<br />

dutivo operador assinatura@revistareferencia.com.br<br />

florestal”, aponta Rodrigo. Caso o aluno<br />

não atinja números pré-determinados, ele pode não estar<br />

apto a tornar-se um operador. 0800-600-2038<br />

54<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Outro fator importante é a seleção dos operadores,<br />

pois o programa do simulador permite comparar as<br />

habilidades e a capacidade do aluno em se tornar um<br />

produtivo operador florestal”<br />

Rodrigo Junqueira - diretor de vendas Brasil da John Deere<br />

O primeiro Para simulador ter acesso da a empresa este conteúdo, foi produzido em<br />

1996, que chegou<br />

assine a<br />

ao<br />

Revista<br />

Brasil<br />

<strong>Referência</strong><br />

quatro anos<br />

<strong>Florestal</strong>.<br />

depois. De lá para<br />

cá<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

muito se evoluiu nesses equipamentos. “Nossa maior<br />

novidade é o Timberskills, assinatura/ um programa de treinamento<br />

que é sistemático, vai desde os passos mais simples de<br />

operação até assinatura@revistareferencia.com.br<br />

situações mais complexas”, valoriza Rodrigo.<br />

0800-600-2038<br />

O aluno recebe Para um ter pen-drive acesso a com este conteúdo, todo o programa, precisa<br />

apenas<br />

assine<br />

inseri-lo<br />

a Revista<br />

no simulador<br />

<strong>Referência</strong><br />

e realizar<br />

<strong>Florestal</strong>.<br />

os treinamentos.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

Nele, além da descrição dos passos, vídeos explicam<br />

como cada operação deve assinatura/ ser realizada. O estudante pode<br />

parar quando quiser, ao retornar o treinamento continuará<br />

do ponto assinatura@revistareferencia.com.br<br />

em que deixou.<br />

0800-600-2038<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

55


ESPECIAL<br />

56<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Mundo virtual<br />

Trabalhar no campo não é para qualquer um. Existem<br />

riscos, por isso é necessários estar preparado. Os acidentes<br />

operacionais ocorrem principalmente por fatores relacionados<br />

à floresta e terreno, um vento forte ou uma<br />

vala durante operação noturna podem ser responsáveis<br />

por graves acidentes. Para ter acesso Isso não a este pode conteúdo, ser treinado no mundo<br />

virtual. assine “Contudo, a Revista outros <strong>Referência</strong> erros operacionais <strong>Florestal</strong>. que poderiam<br />

causar acidentes são evitados ao utilizar o simulador”,<br />

garante Rodrigo.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

Entre os assinatura@revistareferencia.com.br<br />

movimentos realizados por operadores iniciantes<br />

que podem ocasionar incidentes estão: o posicionamento<br />

da grua ao 0800-600-2038<br />

segurar a árvore, o posicionamento<br />

do cabeçote durante o processamento e até mesmo os<br />

ciclos de carga com o forwarder, que são repetidos inúmeras<br />

vezes no simulador, o que diminui a possibilidade<br />

de que erros aconteçam no campo.<br />

Mesmo que as falhas virtuais não causem danos nem<br />

ferimentos, não quer dizer que elas passem despercebidas.<br />

Nestes casos o simulador registra cada uma delas<br />

e relata de forma didática. “Exemplos como batidas em<br />

árvores, impactos na grua e até mesmo tombamento é<br />

registrado”, afirma Fernando Campos, gerente de vendas<br />

e marketing da Ponsse Latin America.<br />

A Ponsse também Para ter oferece acesso a simuladores este conteúdo, para harvester<br />

e forwarder, assine mas ainda a Revista possui <strong>Referência</strong> ambiente <strong>Florestal</strong>. virtual voltado à<br />

manutenção de máquinas. Uma das novidades da empresa<br />

é a simulação para o descasque de eucalipto, desenvol-<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

vido especialmente assinatura@revistareferencia.com.br<br />

para o mercado brasileiro.<br />

“Com o simulador, os equipamentos reais não precisam<br />

ser disponibilizados 0800-600-2038<br />

para treinamentos. Assim não<br />

ficam operando com a baixa produtividade gerada por<br />

operadores inexperientes”, destaca Fernando. Para o gerente<br />

da Posse, o investimento no modelo de treinamento<br />

virtual traz grandes vantagens ao operador, facilita a vida<br />

do instrutor e é mais econômico para a empresa.


ESPÉCIE<br />

Muito mais<br />

que látex<br />

A<br />

seringueira, espécie nativa da região<br />

amazônica, pode se comparar ao ouro<br />

nos EUA (Estados Unidos da América).<br />

Na versão brasileira não houve uma corrida pelo<br />

metal precioso como na América do Norte, mas o<br />

ciclo da borracha. Já tem algum tempo que alguns<br />

produtores começaram a redescobrir as riquezas<br />

que esta espécie pode proporcionar. A árvore de<br />

grande porte,<br />

Para ter<br />

com<br />

acesso<br />

ciclo<br />

a<br />

perene<br />

este conteúdo,<br />

pertencente à<br />

família assine Euphorbiaceae. a Revista <strong>Referência</strong> Ela pode atingir <strong>Florestal</strong>. até 50 m<br />

(metros) de altura, e a partir do sexto ano inicia a<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

produção látex (borracha).<br />

As florestas de seringueira assinatura/ são de grande importância<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

econômica e social. O tronco varia entre<br />

30 a 60 cm (centímetros) de diâmetro. A casca é<br />

o principal componente 0800-600-2038 do tronco da Hevea brasiliensis,<br />

principal espécie brasileira, responsável<br />

pela produção de látex, transporte e armazenamento<br />

de assimilados produzidos na folha. Há<br />

hoje no Brasil cerca de 150 mil ha (hectares) de<br />

seringueira em exploração. Ainda em crescimento<br />

há aproximadamente 30 mil ha. O Estado de<br />

São Paulo possui a maior área plantada do Brasil.<br />

É hoje o Estado com maior produção de borra-<br />

cha natural. Em seguida o Estado da Bahia, Mato<br />

Grosso, Goiás, Espírito Santo e Minas Gerais.<br />

A importância da seringueira se deve à qualidade<br />

da borracha que combina leveza, elasticidade<br />

e resistência. Segundo o pesquisador da<br />

Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de<br />

Minas Gerais), Antônio de Pádua Alvarenga, que<br />

é especialista na produção de seringueira, esta<br />

espécie possui<br />

Para ter<br />

diversas<br />

acesso<br />

características<br />

a este conteúdo,<br />

que fazem<br />

dela uma assine ótima a Revista opção <strong>Referência</strong> para o produtor. <strong>Florestal</strong>. “A borracha<br />

natural tem atributos superiores às borrachas<br />

sintéticas; fertiliza o solo, recupera áreas<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

degradadas, inclusive assinatura/ em terrenos com até 35%<br />

de declividade;<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

produz por mais de 50 anos, possui<br />

alta produtividade em até 11 meses por ano<br />

sem a necessidade 0800-600-2038<br />

de manutenção intensiva ou<br />

especializada, além de que mais de 50 mil produtos<br />

são derivados da borracha”, pontua. Além<br />

disso, segundo o pesquisador o plantio atual da<br />

seringueira gera cerca de 80 mil empregos diretos<br />

no meio rural, 150 mil no beneficiamento e outros<br />

600 mil empregos indiretos. “A cada três hectares<br />

de seringueira instalada, há demanda de uma<br />

mão de obra no campo”, destaca.<br />

58<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Foto: Antônio de Pádua Alvarenga<br />

A seringueira vive momento<br />

favorável para plantio<br />

comercial, com potencial<br />

mercado para o uso da madeira<br />

pela indústria moveleira e de<br />

construção<br />

Foto: Antônio de Pádua Alvarenga<br />

Mercado da seringueira<br />

A partir da retirada do látex da seringueira<br />

são produzidos mais de 50 mil<br />

produtos. O principal, e que consome 75% da<br />

borracha extraída, são os pneus. Além deles, há<br />

outros como as luvas cirúrgicas, máscaras, bexigas,<br />

bolas, tecidos, brinquedos, massa asfáltica,<br />

sapatos, Para couros ter ecológicos, acesso a este papeis, conteúdo, roupas especiais,<br />

peças assine para a Revista automóveis, <strong>Referência</strong> tubulações, <strong>Florestal</strong>. construção<br />

civil (impermeabilizantes), cola, bolsas, malas,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

entre outros. De acordo com Antônio, o mercado<br />

assinatura/<br />

internacional de seringueira está sempre aquecido.<br />

“É assinatura@revistareferencia.com.br<br />

um produto de extrema importância nacional<br />

e mundial (é uma commoditie ambiental<br />

0800-600-2038<br />

e de produto) negociada nas principais bolsas de<br />

valores do mundo”, ressalta. Além disso, segundo<br />

o pesquisador o Brasil importa 70% do consumo<br />

de borracha natural. “São gastos com importação<br />

aproximadamente US$ 2,5 milhões de dólares,<br />

perde apenas para o trigo”, frisa.<br />

Apesar da Ásia ser a maior produtora e consumidora<br />

de borracha natural de uma espécie<br />

essencialmente brasileira, Antônio destaca que o<br />

Brasil é o único país do mundo com maior potencial<br />

de exploração. “O que nos falta é um incentivo<br />

pelos nossos governantes”, declara.<br />

Para ele esse é um dos principais fatores que<br />

fazem com que a demanda por investimentos no<br />

plantio não seja tão grande. “A demanda não tem<br />

sido muito Para grande ter acesso principalmente a este conteúdo, pela falta de<br />

conhecimento assine a da Revista cultura <strong>Referência</strong> por grande <strong>Florestal</strong>. parte dos<br />

produtores e também pela falta de incentivo dos<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

governos”, opina.<br />

assinatura/<br />

Os custos de implantação desta espécie podem<br />

variar assinatura@revistareferencia.com.br<br />

entre R$8 mil e R$ 12 mil por ha. Segundo<br />

Antônio, este custo vai depender da forma<br />

0800-600-2038<br />

de preparo do terreno, como condições, localização<br />

e do preparo propriamente dito. “O investimento<br />

maior está na compra das mudas. É o insumo<br />

mais caro. A manutenção da lavoura após o<br />

plantio gira em torno de R$ 1.200 por ha/ano.<br />

O retorno começaria entre seis e sete anos<br />

de idade, quando começa o processo<br />

de exploração (sangria)”, explica.<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

59


ESPÉCIE<br />

Madeira da seringueira<br />

Com uma cor amarela clara, de grande aceitação<br />

no mercado, a madeira de seringueira é<br />

fácil de ser trabalhada e recebe com facilidade<br />

diferentes pigmentos. De acordo com o professor<br />

aposentado do Instituto <strong>Florestal</strong>, Francisco José<br />

do Nascimento Kronka, “no Brasil ainda não há<br />

mercado formado para a madeira da seringueira”,<br />

explica. A madeira desta espécie pode ser utilizada<br />

para diferentes finalidades, como confecção de<br />

móveis, janelas e batentes. Segundo o professor,<br />

o que ainda limita o uso da seringueira para peças<br />

estruturais como por exemplo, caibros ou vigas, é<br />

o comprimento das toras, obtidas em decorrência<br />

da prioridade inicial (unicamente produção<br />

de látex). “Em países do sudeste asiático como<br />

na Tailândia, Vietnã, Malásia e China, eles produzem<br />

e exportam grande quantidade de móveis. O<br />

problema das toras curtas é resolvido com junção<br />

de topo (finger joint) e lateral (edge) das peças de<br />

madeira”, ressalta.<br />

Devido Para ao alto ter acesso teor de a carboidrato este conteúdo, na madeira<br />

de seringueira, assine a Revista esta é <strong>Referência</strong> facilmente <strong>Florestal</strong>. atacada por<br />

fungos, quando verde e por coleopteros quando<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

seca, devendo por isso ser submetida a um tratamento<br />

preservativo. Apesar disso, Francisco frisa<br />

assinatura/<br />

que é de assinatura@revistareferencia.com.br<br />

grande importância capacitar o agricultor<br />

que planta a espécie para o aproveitamento<br />

0800-600-2038<br />

da madeira, além do látex. “As perspectivas de uso<br />

da madeira da seringueira são excelentes devido à<br />

falta de madeira nativa e também em decorrência<br />

da localização dos maciços nativos remanescentes<br />

protegidos por severa legislação”, destaca.<br />

Silvicultura<br />

O plantio da mudas em sacolas plásticas é<br />

o tipo de muda recomendada para a instalação<br />

de seringais em regiões que apresentam déficit<br />

hídrico prolongado. Devem ser cuidadosamente<br />

selecionadas e transplantadas para o local de<br />

plantio comum lançamento maduro. É recomendável<br />

evitar o plantio após o segundo lançamento,<br />

pois as mudas podem sofrer estresse no campo,<br />

principalmente pela ação dos ventos. “O plantio<br />

da muda no local definitivo deve ser realizado<br />

preferencialmente no início do período chuvoso,<br />

uma vez que a seringueira necessita de um bom<br />

suprimento de água para o arranque da muda no<br />

campo. No caso do plantio ser realizado fora do<br />

período chuvoso ou em época de veranico, o recomendado<br />

é adicionar pelo menos 20 litros de água<br />

por cova de três em três dias”, explica o pesquisador<br />

Antônio de Pádua Alvarenga.<br />

As sementes de seringueira devem ser semeadas<br />

logo após a colheita. Sua viabilidade pode<br />

ser prolongada com adoção de medidas de conservação,<br />

como mantê-las à sombra ou mesmo<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

acondicionadas<br />

assine a<br />

em<br />

Revista<br />

sacos<br />

<strong>Referência</strong><br />

plásticos<br />

<strong>Florestal</strong>.<br />

perfurados,<br />

com serragem envelhecida e umedecida a aproximadamente<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

10%. Mesmo assim, esse período<br />

de conservação é bem assinatura/ reduzido. Em condições<br />

normais, podem durar até duas semanas com<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

germinação acima de 80%. A perda da viabilidade<br />

está diretamente ligada 0800-600-2038 à umidade da região, isto<br />

é, quanto mais seco for o ambiente, mais rápida<br />

será a perda de viabilidade. As sementes de seringueiras<br />

possuem um caráter recalcitrante (maior<br />

teor de água para sua melhor conservação). Geralmente<br />

são grandes e de tegumento duro, com<br />

superfície dorsal cheia de matizes que identificam<br />

sua origem maternal.<br />

Foto: Antônio de Pádua Alvarenga<br />

60<br />

www.referenciaflorestal.com.br


A madeira desta espécie pode ser<br />

utilizada para diferentes finalidades,<br />

como confecção de móveis, janelas e<br />

batentes<br />

Foto: Antônio de Pádua Alvarenga<br />

Há uma variação muito grande no espaçamento<br />

de plantas de seringueira, porém<br />

não se recomenda acima de 500 plantas<br />

por ha. O Para menor ter número acesso a de este plantas conteúdo, haverá maior<br />

resposta assine no crescimento a Revista <strong>Referência</strong> e na produtividade <strong>Florestal</strong>. por<br />

indivíduo. Os espaçamentos recomendadas são:<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

8 m X 2,5 m, 8 m X<br />

assinatura/<br />

3 m, 7 m X2,5 m e 7 m X 3 m.<br />

Quanto ao combate às pragas vale lembrar<br />

que além assinatura@revistareferencia.com.br<br />

das formigas quenquém, deve-se ficar<br />

atento ao mandarová, uma das principais pragas<br />

0800-600-2038<br />

da seringueira, que pode ser controlada manualmente<br />

ou por meio da pulverização com produtos<br />

biológicos ou químicos. “O uso de herbicidas em<br />

seringais tem sido amplamente difundido pela facilidade<br />

e pelo custo do controle das plantas invasoras,<br />

apresentando alto rendimento de serviços,<br />

porém exigindo, Para ter além acesso de a uma este conteúdo, mão de obra mais<br />

especializada, assine a maiores Revista <strong>Referência</strong> cuidados no <strong>Florestal</strong>. manuseio dos<br />

produtos. Apesar de algumas recomendações<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

já terem sido feitas<br />

assinatura/<br />

para o uso de herbicidas em<br />

plantios novos de seringueira, o mercado não possui<br />

um assinatura@revistareferencia.com.br<br />

produto que não prejudique a planta nova<br />

de seringueira. Nestas, o caule ainda está tenro<br />

0800-600-2038<br />

e as folhas são em número muito reduzido,<br />

o que torna maior a agressão do produto<br />

químico”, explica Antônio.


SILVICULTURA<br />

Foto: Eduardo Stehling<br />

62<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Época de<br />

plantar<br />

Demanda por madeira e<br />

necessidade de ampliar<br />

a área de florestas<br />

plantadas aquece<br />

mercado de mudas<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

63


SILVICULTURA<br />

Foto: arquivo pessoal<br />

O<br />

Brasil possui 7,6 milhões de ha (hectares) de<br />

florestas plantadas, incluindo o plantio de espécies<br />

exóticas e nativas, que começaram a ganhar<br />

mais força nos últimos anos. De acordo com a maior<br />

entidade do setor florestal, a Ibá (Indústria de Brasileira<br />

de Árvores), a intenção é que esse número seja de 14<br />

milhões de ha até 2020. Mas para isso é preciso plantar,<br />

e muito. O que é uma excelente notícia para o setor de<br />

mudas florestais.<br />

Atualmente Para 1% ter do acesso território a este nacional conteúdo, é ocupado por<br />

florestas plantadas.<br />

assine a<br />

Não<br />

Revista<br />

é muito,<br />

<strong>Referência</strong><br />

considerando<br />

<strong>Florestal</strong>.<br />

a vastidão<br />

da cobertura http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

florestal nativa. Mas isso não é um ponto negativo,<br />

depende do ângulo assinatura/ que se observa. Se por um lado<br />

a atividade poderia ser mais expressiva, por outro existe<br />

um campo enorme assinatura@revistareferencia.com.br<br />

para crescer. Esse é exatamente o ponto<br />

de vista das empresas<br />

0800-600-2038<br />

que fornecem mudas.<br />

A Bela Vista <strong>Florestal</strong> trabalha com a produção de<br />

mudas de cedro australiano (80 mil/mês) e eucalipto (500<br />

mil/mês). De acordo com Erika Vilela, engenheira agrônoma<br />

e sócia-proprietária da empresa, o mercado de cedro<br />

australiano está em forte expansão. “Os principais compradores<br />

são investidores florestais, empresas de reflorestamento<br />

e produtores rurais”, aponta. Já o comércio do<br />

eucalipto está retraído. “Praticamente parado em Minas<br />

Gerais”, completa. Os Estados mais ativos são Mato Grosso<br />

do Sul e Tocantins. O perfil do comprador dessas duas<br />

espécies também é diferente. Enquanto os da madeira<br />

dura priorizam qualidade, os da exótica optam pelo preço<br />

mais baixo.<br />

A muda de cedro australiano em tubete de 180 cm³<br />

(centímetros cúbicos) é comercializada por R$ 3,70 e a<br />

de eucalipto, vendida em tubete com 54 cm³, custa R$<br />

0,35. “Não existe pedido mínimo, mas a quantidade deve<br />

justificar o frete Para das ter mudas, acesso ou a este a compra conteúdo, fica inviável”, recomenda<br />

Erika.<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

Já o IBF (Instituto Brasileiro Florestas) trabalha com<br />

um mix variado de nativas assinatura/ que representam todos os biomas<br />

brasileiros, totalizando mais de 200 espécies. “Ainda<br />

comercializamos assinatura@revistareferencia.com.br<br />

também exóticas, das quais destacamos<br />

a crescente procura pelo<br />

0800-600-2038<br />

mogno africano”, afirma Vitor<br />

José Monteiro Pinheiro, gerente comercial. O IBF produz<br />

anualmente 18 milhões de mudas que são enviadas para<br />

todo o Brasil.<br />

Para Vitor há muitas oportunidades hoje em dia neste<br />

segmento. “Temos percebido grandes demandas no restauro<br />

de APP (Áreas de Proteção Permanente), plantios<br />

compensatórios por termos de compromisso ambiental<br />

e plantios voluntários por parte de empresas com a fi-<br />

64<br />

www.referenciaflorestal.com.br


nalidade de neutralização de gases de efeito de estufa”,<br />

enumera. O gerente comercial reforça que os plantios de<br />

espécies exóticas nobres com finalidade comercial estão<br />

se intensificando.<br />

Segundo dados do Ibá, a área de plantios de árvores<br />

pertencente a investidores institucionais totalizou, em<br />

2013, 487 mil<br />

Para<br />

ha,<br />

ter<br />

e o<br />

acesso<br />

montante<br />

a este<br />

de<br />

conteúdo,<br />

recursos alocado superou<br />

R$ 6 assine bilhões. a Revista A tendência <strong>Referência</strong> é que <strong>Florestal</strong>. nos próximos anos<br />

esse movimento seja de subida, ou seja, mais investidores<br />

e mais http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

investimentos.<br />

“É um negócio que<br />

assinatura/<br />

se apresenta viável economicamente,<br />

porém<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

como qualquer outro negócio há muitos<br />

desafios”, adverte Vitor. Trata-se de um produto que requer<br />

inúmeros cuidados, 0800-600-2038<br />

está sujeito às condições climáticas,<br />

sobre as quais não se tem controle. “Além disso, existem<br />

os desafios normais de mercado, concorrência, mão<br />

de obra, despesas operacionais, etc”, completa.<br />

O IBF atende pessoas físicas e jurídicas. “Se a pessoa<br />

quer comprar uma árvore para colocar na sua calçada nós<br />

o atenderemos com o mesmo carinho e empenho como<br />

Recomendamos<br />

aos clientes que<br />

diversifiquem<br />

os plantios para<br />

aumentar a<br />

variabilidade<br />

genética<br />

Erika Vilela, engenheira<br />

agrônoma e sócia-proprietária<br />

da Bela Vista <strong>Florestal</strong>


SILVICULTURA<br />

É um negócio que<br />

se apresenta viável<br />

economicamente, porém<br />

como qualquer outro<br />

negócio há muitos<br />

desafios<br />

Foto: arquivo pessoal<br />

Vitor José Monteiro Pinheiro, gerente<br />

comercial do IBF (Instituto Brasileiro de<br />

Florestas)<br />

atendemos o cliente que quer fazer uma floresta com 200<br />

mil árvores”, garante o gerente comercial. O Instituto trabalha<br />

com pedidos por encomenda, mas dá preferência<br />

sempre à produção de mudas por meio de sementes. “Para<br />

a criação de florestas Para ter acesso de madeira a este nobre conteúdo, como o mogno<br />

africano, não assine há um a Revista aprimoramento <strong>Referência</strong> genético <strong>Florestal</strong>. abundante<br />

o suficiente para afirmarmos que temos à disposição clones<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

com uma superadaptabilidade”, explica. Ele justifica<br />

assinatura/<br />

dando o seguinte exemplo: “se possuímos uma matriz que<br />

teve um superdesenvolvimento assinatura@revistareferencia.com.br<br />

e resistência a pragas na<br />

cidade de Belo Horizonte (MG), não quer dizer que o clone<br />

desta matriz terá 0800-600-2038<br />

o mesmo desempenho em Campo<br />

Grande (MS).” Por isso, de acordo com ele, a produção por<br />

meio de sementes é a melhor opção na medida em que<br />

disponibiliza uma variedade genética muito acentuada,<br />

que irá prover indivíduos com baixa adaptação, indivíduos<br />

com média adaptação e indivíduos com alta adaptação às<br />

condições de solo e climáticas do local de plantio.<br />

Silvicultura Para ter acesso a este conteúdo,<br />

No modelo assine adotado a Revista pelo <strong>Referência</strong> IBF, o processo <strong>Florestal</strong>. de produção<br />

de muda depende da espécie. Mas sempre começa com o<br />

semeio,<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

etapa em que pode haver ou não quebra de dormência<br />

das sementes. Após isso a semente é germinada<br />

assinatura/<br />

em estufa assinatura@revistareferencia.com.br<br />

equipada tecnologicamente. Depois de germinada<br />

ela vai rustificar o sistema radicular para se preparar<br />

para o transplante 0800-600-2038<br />

para tubete maior, onde alcança o<br />

porte e condições necessárias para plantio no campo. “A<br />

coleta das sementes é feita sempre das melhores matrizes<br />

e sempre com uma variedade de indivíduos elevada para<br />

66<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Foto: IBF<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

garantir a diversidade”, assegura Vitor.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

A Bela Vista <strong>Florestal</strong> produz mudas clonais pelo processo<br />

de miniestaquia, com jardins clonais, casas de ve-<br />

assinatura/<br />

getação, telado assinatura@revistareferencia.com.br<br />

e pátios a pleno sol. “O ciclo de produção<br />

0800-600-2038<br />

do cedro dura cinco meses e o do eucalipto três”, explica<br />

Erika. Ela garante que os clones produzidos passaram por<br />

rigoroso critério de seleção e melhoramento. “Recomendamos<br />

aos clientes que diversifiquem os plantios para aumentar<br />

a variabilidade genética”, indica.<br />

É feito controle químico preventivo e curativo no viveiro.<br />

São feitas Para análises ter acesso nutricionais a este conteúdo, periódicas de diferentes<br />

fases assine de produção a Revista para <strong>Referência</strong> ajustar <strong>Florestal</strong>. o manejo nutricional<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

às necessidades das plantas. Também são realizados<br />

cuidados constantes com assinatura/ limpeza e desinfecção de equipamentos,<br />

ferramentas, instalações, (tubetes, tesouras,<br />

casas de vegetação, assinatura@revistareferencia.com.br<br />

etc).<br />

As empresas também fornecem informações para a<br />

0800-600-2038<br />

implantação das mudas no campo. A melhor espécie para<br />

determinada condição, correções do solo e os cuidados<br />

iniciais. A intenção é que com mudas de qualidade e o<br />

manejo correto no início da floresta gerem os resultados<br />

esperados e o retorno financeiro após o ciclo de corte.


ARTIGO<br />

Surto de mariposas<br />

causa intenso<br />

desfolhamento em<br />

seringais no estado<br />

do Acre<br />

Rodrigo Souza Santos<br />

Doutor em Agronomia e biólogo – Entomologia Agrícola<br />

Pesquisador da Embrapa Acre<br />

rodrigo.s.santos@embrapa.br<br />

Fotos: divulgação<br />

68<br />

www.referenciaflorestal.com.br


E<br />

ntre os meses de agosto e setembro de <strong>2014</strong> foi<br />

verificado um surto populacional de mariposas<br />

da espécie mandarová atacando seringais de cultivo,<br />

no Acre. As lagartas desta espécie causaram intenso<br />

desfolhamento em plantas adultas em sete municípios do<br />

Estado (Epitaciolândia, Capixaba, Xapuri, Senador Guiomard,<br />

Sena Madureira, Plácido de Castro e Rio Branco),<br />

sendo o primeiro surto desta magnitude registrado no Estado<br />

em seringueira.<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

assine a Revista<br />

Como<br />

<strong>Referência</strong><br />

exemplo mensurável<br />

<strong>Florestal</strong>.<br />

da perda<br />

econômica causada pela infestação do inseto, em seringal<br />

comercial http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

localizado no município Epitaciolândia, as lagartas<br />

desfolharam cerca assinatura/ de nove ha (hectares) em menos<br />

de 15 dias, causando um prejuízo estimado de aproximadamente<br />

R$ 20 mil ao produtor. As árvores desfolhadas<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

não podem realizar a 0800-600-2038<br />

fotossíntese, assim o processo de<br />

sangria deve ser interrompido até que se recuperem novamente.<br />

A espécie Erinnyisello, popularmente conhecida como<br />

mandarová ou gervão é uma mariposa grande, com cerca<br />

de 90 mm (milímetros) de envergadura, asas anteriores<br />

cinzas e as posteriores laranja com bordos pretos. Suas<br />

lagartas têm coloração variando de verde, marrom a pre-<br />

ta, atingindo até 10 cm (centímetros) de comprimento e<br />

não possuem cerdas urticantes no corpo. Comumente, as<br />

lagartas desta espécie são relatadas como pragas de diversas<br />

culturas, principalmente cultivos de mandioca. Em altas<br />

infestações desfolham totalmente as plantas, podendo<br />

causar até 50% de perda na produção nesta cultura. Além<br />

disso, após atingirem o tamanho e peso ideal, as lagartas<br />

descem da copa das árvores à procura de um local para se<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

tornarem<br />

assine<br />

pupas,<br />

a Revista<br />

se enterrando<br />

<strong>Referência</strong><br />

a aproximadamente<br />

<strong>Florestal</strong>.<br />

a 5<br />

cm da superfície do solo. A duração do período de lagarta<br />

é http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

aproximadamente 15 dias e o ciclo biológico completo<br />

desta praga é de 26 assinatura/ a 30 dias.<br />

Em lagartas jovens (até 3 cm de comprimento) o controle<br />

biológico com utilização do vírus Baculoviruserinnyis,<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

agente natural causador 0800-600-2038 de uma doença, demonstrou-se<br />

muito eficiente em ataques do mandarová na cultura da<br />

mandioca no Estado do Acre. No entanto, em lagartas<br />

maiores, a eficiência do agente de controle biológico é<br />

comprometida. Desta forma, o monitoramento contínuo<br />

e sistemático do seringal deve ser realizado pelos seringueiros,<br />

no intuito de se detectar a infestação logo no<br />

início, favorecendo as medidas de controle biológico. As<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

69


ARTIGO<br />

mariposas adultas são atraídas pela luz, assim, a utilização<br />

de armadilhas luminosas é recomendada como forma de<br />

monitoramento nos seringais.<br />

Dentre os produtos registrados no Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento para a cultura da seringueira<br />

contra o mandarová estão dois métodos: um<br />

químico e um biológico. O químico é um piretróide cujo<br />

princípio ativo é a deltametrina, e o biológico é um produto<br />

formulado assine à a base Revista de uma <strong>Referência</strong> bactéria, <strong>Florestal</strong>. o Bacillusthurin-<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

giensis. Como acontece com o vírus, o Bacillus é eficiente<br />

quando http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

aplicado nas lagartas até 3 cm comprimento,<br />

ou seja, no início da assinatura/ infestação. Em plantios de seringueira<br />

jovens e nas mudas em viveiros, a catação manual<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

e destruição das lagartas é a forma de controle recomendada.<br />

Alguns insetos 0800-600-2038<br />

também são considerados inimigos<br />

naturais do mandarová, tais como as microvespas do gênero<br />

Trichogramma, as quais parasitam os ovos da praga,<br />

levando-os à morte.<br />

No entanto, devido ao porte e arquitetura das seringueiras<br />

adultas, há um grande desafio na aplicação dos<br />

produtos, a fim que atinjam as lagartas na copa das árvores.<br />

Assim, pesquisas no sentido de tecnologias de<br />

aplicação e eficiência do Baculovirus em seringueira são<br />

fortemente recomendados para que os métodos de manejo<br />

estejam disponíveis aos seringueiros, visando o controle<br />

da praga em outros possíveis surtos populacionais e<br />

procurando minimizar as perdas econômicas ocasionadas<br />

pelo ataque deste inseto em seringais de cultivo.<br />

Em um âmbito mais geral e analisando a importância<br />

econômica dos insetos, pode-se destacar a ordem Lepidoptera,<br />

que assine inclui a Revista as borboletas <strong>Referência</strong> e <strong>Florestal</strong>. mariposas, insetos<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

muito comuns e bastante conhecidos, facilmente reconhecidos<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

pelas escamas nas asas, que desprendem poeira<br />

nos dedos das pessoas assinatura/ quando manipuladas. As borboletas<br />

apresentam hábitos diurnos, enquanto as mariposas,<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

geralmente, hábitos noturnos. No Brasil, são conhecidas<br />

quase 26 mil espécies 0800-600-2038<br />

de lepidópteros, quase metade das<br />

espécies da região Neotropical, no entanto, são estimadas<br />

entre 60 a 80 mil espécies para o país.<br />

Os lepidópteros possuem importância econômica considerável,<br />

pois a fase jovem da maioria das espécies são<br />

fitófagas (se alimentam de folhas) e muitas se constituem<br />

em sérias pragas das plantas cultivadas. Contudo, os adultos<br />

de muitas espécies são vistosos e muito procurados<br />

70<br />

www.referenciaflorestal.com.br


por colecionadores, além de servirem como modelos para<br />

arte e design. A seda natural, por exemplo, é produzida<br />

por um membro desta ordem, conhecido popularmente<br />

por bicho-da-seda. As larvas dos lepidópteros, também<br />

denominadas lagartas, apresentam um aspecto grotesco<br />

ou feroz, que causa medo em algumas pessoas, mas a<br />

grande maioria é inofensiva quando manipulada. Algumas<br />

emitem um odor desagradável e algumas espécies possuem<br />

pelos urticantes no corpo, os quais causam sensação<br />

de queimadura quando tocados.<br />

Os ovos<br />

Para<br />

variam<br />

ter acesso<br />

em forma,<br />

a este<br />

tamanho<br />

conteúdo,<br />

e coloração e<br />

costumam assine ser cuidadosamente a Revista <strong>Referência</strong> postos <strong>Florestal</strong>. um a um, ou em<br />

grupos, em folhas, flores, galhos ou troncos de suas plantas<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

hospedeiras. Em algumas espécies, as fêmeas liberam<br />

seus ovos durante o voo assinatura/ diretamente sobre o substrato<br />

(solo, folhiço,<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

etc). Do ovo, emerge a lagarta com alguns<br />

milímetros de comprimento e apetite voraz. A maioria das<br />

lagartas de borboletas 0800-600-2038<br />

e mariposas se alimenta de folhas,<br />

porém espécies diferentes alimentam-se de modos diferentes.<br />

Muitas lagartas são minadoras de folhas, alimentando-se<br />

no seu interior dos tecidos foliares, algumas são<br />

galhadoras e outras perfuram as frutas, caules, madeira<br />

ou outras partes das plantas. Algumas poucas são predadoras<br />

de outros insetos.<br />

No final do seu desenvolvimento, a larva vai perdendo<br />

mobilidade e seu corpo torna-se intumescido, passando<br />

para o estágio de pupa. Várias espécies de lepidópteros<br />

formam um casulo elaborado e transformam-se em pupa<br />

em seu interior, enquanto que outras constroem um casulo<br />

muito simples e, algumas não fazem nenhum casulo.<br />

Pelo seu hábito alimentar na fase imatura, insetos<br />

desta ordem são responsáveis por prejuízos na área agrícola<br />

e florestal, causando desfolhamento e, dependendo<br />

do nível de infestação, até a morte de plantas, principalmente<br />

no estágio de mudas.<br />

O status de praga de uma população de insetos depende<br />

da abundância de indivíduos, bem como do tipo de<br />

incômodo ou injúria que o inseto inflige. Injúria é o efeito,<br />

normalmente<br />

Para<br />

deletério,<br />

ter acesso<br />

das<br />

a este<br />

atividades<br />

conteúdo,<br />

dos insetos (em<br />

especial a assine alimentação), a Revista sobre <strong>Referência</strong> a fisiologia <strong>Florestal</strong>. do hospedeiro,<br />

ao passo que dano é a perda mensurável de utilidade do<br />

hospedeiro, http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/<br />

tal como qualidade ou quantidade da produção.<br />

Os insetos podem assinatura/ se tornar pragas por uma ou mais<br />

razões. Em<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

primeiro lugar, alguns insetos previamente<br />

inofensivos se tornam pragas depois de sua introdução<br />

acidental (ou intencional) 0800-600-2038 em áreas fora de sua distribuição<br />

nativa, onde podem escapar da influência controladora<br />

dos seus inimigos naturais. Em segundo lugar, um<br />

inseto pode ser inofensivo até que se torne um vetor de<br />

um patógeno vegetal ou animal (incluindo humano). Em<br />

terceiro lugar, insetos nativos podem se tornar pragas se<br />

eles se mudam de suas plantas nativas para as introduzidas.<br />

Um quarto problema relacionado é as monoculturas,<br />

nos quais nossas plantas alimentícias e árvores florestais<br />

são cultivadas, criam agregados densos de recursos disponíveis<br />

que proporcionam a proliferação de insetos.<br />

<strong>Novembro</strong> de <strong>2014</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

71


COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Fernando Castanheira Neto<br />

MsC engenheiro florestal e assessor da Secretaria de<br />

Assuntos Estratégicos da Presidência da República<br />

Contato: fernando.castanheira@presidencia.gov.br<br />

Será que ainda vamos ter um<br />

Ministério para Explorar as<br />

Florestas?<br />

Não basta somente a política, é preciso participação dos interessados para<br />

fazê-la funcionar<br />

E<br />

m um histórico artigo do amigo Joésio Siqueira, publicado<br />

durante a campanha para as eleições presidenciais<br />

de 2002, com o sugestivo título de “Um Ministério<br />

para Explorar as Florestas” , ele alinhavava um conjunto<br />

de argumentos em prol da criação de uma estrutura capaz de<br />

tratar da produção florestal. Transcrevo o trecho que considero<br />

mais relevante desse artigo:<br />

“Acredito que o momento é oportuno para se criar e discutir<br />

uma agenda para melhoria do setor florestal nacional<br />

e a criação de uma instituição governamental nos moldes de<br />

um Serviço <strong>Florestal</strong> vinculado a um Ministério de Produção<br />

(grifo nosso) são as formas mais adequadas de viabilizar as<br />

melhores respostas para o setor florestal, em especial o de<br />

exploração sustentável<br />

Para ter acesso<br />

de florestas.<br />

a este conteúdo,<br />

Essa instituição teria por<br />

finalidade precípua assine a Revista traçar a <strong>Referência</strong> política de <strong>Florestal</strong>. aproveitamento econômico<br />

das florestas brasileiras... (grifo nosso)”.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

É oportuno revisitar essas linhas justamente às vésperas<br />

de mais um período eleitoral e refletir sobre a situação atual<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

e futura do setor, já que ainda não temos o tal ministério, e a<br />

meu ver ainda estamos 0800-600-2038<br />

muito longe disso.<br />

Foi criado o Serviço <strong>Florestal</strong> em 2006, mas não foi vinculado<br />

a um ministério de produção. Até ficou com a atribuição<br />

de traçar a política de aproveitamento econômico, mas apenas<br />

para as florestas públicas. Ou seja, a ideia proposta, na<br />

prática, ficou pela metade.<br />

Sugeria o autor no mesmo artigo como um problema a<br />

produção florestal ser entendida apenas como parte da gestão<br />

ambiental. Talvez por isso a produção florestal madeireira<br />

na Amazônia tenha caído ao nível mais baixo na história recente<br />

em função do combate ao desmatamento ilegal, mas<br />

sem a contraparte, na mesma medida, do apoio ao desenvolvimento<br />

de uma economia de base florestal legal na escala<br />

adequada ao tamanho do potencial florestal da região.<br />

Em função da falta de coordenação, em 2009 iniciou-se<br />

uma ação, orientada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos<br />

da Presidência da República, de construção de uma política<br />

nacional específica para as florestas plantadas. Política essa<br />

demandada pelo setor privado e que ganhou abrigo no Ministério<br />

da Agricultura, que trabalha agora na construção de<br />

um plano de desenvolvimento para esse setor.<br />

Podemos perceber que ocorreram alterações no modelo<br />

de governança, mas não na direção de um Ministério para<br />

Explorar as Florestas. Se isso é bom ou ruim não dá para discutir<br />

nesse artigo.<br />

Mas como engenheiro florestal gostaria muito de ver um<br />

planejamento objetivo e de longo prazo para todo setor florestal<br />

e que ele tivesse<br />

Para ter<br />

uma<br />

acesso<br />

casa<br />

a<br />

do<br />

este<br />

tamanho<br />

conteúdo,<br />

de um ministério,<br />

mas a realidade assine a é Revista diferente. <strong>Referência</strong> Há muitas <strong>Florestal</strong>. arestas a aparar<br />

para que se possa ter uma discussão mais qualificada sobre<br />

os http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

rumos do setor florestal como um todo.<br />

A própria representação setorial é fragmentada e pouco<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

organizada. Como promover uma política se não há interlocutores<br />

representativos? 0800-600-2038<br />

É desejável recuperar a temática florestal no âmbito do<br />

governo. A partir da falta de interesse do setor outras áreas<br />

acabaram por se apoderarem do tema como se fosse de sua<br />

exclusiva competência, como é o caso da área ambiental, aí<br />

as ações tomam a cor de quem está pintando o quadro. Nesse<br />

cenário, ter o Ministério da Agricultura tratando de parte<br />

do setor não me parece ser uma má ideia.<br />

Que esse novo período que vai se iniciar a partir de 2015<br />

seja o início também de uma renovação nas nossas atitudes<br />

com relação ao pensar e agir sobre o setor florestal, para que<br />

daqui a 12 anos eu, ou outro articulista, não esteja se lamentando<br />

sobre as mazelas do setor florestal e de como tudo<br />

poderia ser muito melhor.<br />

Há muitas arestas a aparar para que se<br />

possa ter uma discussão mais qualificada sobre<br />

os rumos do setor florestal como um todo<br />

1<br />

Caderno “Centro Oeste” da Gazeta Mercantil do dia 10 de julho de 2002, página 2.<br />

72<br />

www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA<br />

NOVEMBRO<br />

NOVEMBER<br />

1º Workshop Internacional do Mogno Africano<br />

05<br />

São Paulo (SP)<br />

www.ibflorestas.org.br/eventos-e-cursos/1048-curso-deproducao-de-mogno-africano-sao-paulo-sp.html<br />

III Simpósio Nacional de Inventário <strong>Florestal</strong><br />

10 a 12<br />

Manaus (AM)<br />

eventos.florestal.gov.br/simposioif/inscricao/ouvinte<br />

Disco de corte para Feller<br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

XVI Fimai - Feira e Seminário Internacional de Meio<br />

Ambiente Industrial e Sustentabilidade<br />

11 a 13<br />

São Paulo (SP)<br />

www.fimai.com.br<br />

Seminário sobre Manejo Nutricional para Obtenção de<br />

Altas Produtividades Florestais<br />

12 a 13<br />

Três Lagoas (MS)<br />

www.rragroflorestal.com.br<br />

dezembro<br />

DECEMBER<br />

Madeira Controlada FSC: atualizações e tendências<br />

02 a 03<br />

Piracicaba (SP)<br />

www.imaflora.org<br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />

Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />

dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

D’Antonio Equipamentos<br />

Mecânicos e Industriais Ltda<br />

JANEIRO<br />

JANUARY<br />

4º Ciclo do Programa de Preparação de Gestores<br />

Florestais (PPGF)<br />

5 de janeiro a 6 de fevereiro<br />

Piracicaba (SP)<br />

www.ipef.br/gestores/<br />

COMUNICAÇÃO<br />

WEBSITES<br />

REVISTAS<br />

MARKETING<br />

VÍDEO<br />

DESTAQUE<br />

XVI Fimai - Feira<br />

e Seminário<br />

Internacional de Meio<br />

Ambiente Industrial e<br />

Sustentabilidade<br />

11 a 13<br />

São Paulo (SP)<br />

www.fimai.com.br<br />

A XVI Fimai (Feira e Seminário Internacional de Meio Ambiente<br />

Industrial e Sustentabilidade), que acontece entre os dias 11<br />

e 13 de novembro em São Paulo (SP), aponta opções na área<br />

ambiental com viés industrial. A feira tem como objetivo promover<br />

a troca de informações sobre tecnologias, equipamentos<br />

e serviços para o desenvolvimento sustentável. O evento<br />

tem como público-alvo empresários, diretores de empresas,<br />

engenheiros nas mais diversas áreas, técnicos ambientais e<br />

também especialistas.<br />

INTERNET<br />

TV<br />

EVENTOS<br />

www.jotacom.com.br<br />

contato@jotacom.com.br<br />

+55 (41) 3333-1023<br />

PRODUÇÕES<br />

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ESPAÇO ABERTO<br />

MATURIDADE FINANCEIRA<br />

DE FLORESTAS – A HORA<br />

DO CORTE<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Por Arthur Netto<br />

Consultor florestal<br />

A<br />

tualmente, existe um grande enfoque para que a administração<br />

florestal seja conduzida dentro de uma<br />

eficiência no uso dos recursos e ao mesmo tempo<br />

para que os problemas ambientais sejam atendidos. Esta forma<br />

de gerir deve levar em consideração as variáveis econômicas.<br />

A decisão pode ser tomada dentro da esfera política,<br />

técnica, ambiental ou mesmo social. No entanto, o produtor<br />

florestal deve ter em mente as repercussões econômicas de<br />

sua decisão.<br />

Um dos assuntos de maior interesse na economia florestal<br />

diz respeito ao valor de uma floresta, como determinar o<br />

momento do corte para se obter uma melhor rentabilidade.<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

A escolha de uma determinada idade de corte pode maximizar<br />

a produção anual média de uma floresta, mas não neces-<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

sariamente o resultado econômico. Assim, há dois conceitos<br />

relacionados à idade ótima de corte: aquele que maximiza a<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

produção anual média (maximização do incremento médio<br />

anual) e aquele que maximiza 0800-600-2038 o resultado econômico da floresta<br />

(maturidade financeira).<br />

Maximização do Incremento Médio Anual<br />

Para se avaliar a idade ótima de corte através deste conceito,<br />

devem-se acompanhar dois indicadores de crescimento<br />

da floresta, o ICA (Incremento Corrente Anual), que mede o<br />

quanto a floresta cresceu em volume no último ano, e o IMA<br />

(Incremento Médio Anual), que mede o crescimento médio da<br />

floresta até aquela idade.<br />

Desta forma, a idade ótima de corte neste conceito é quando<br />

o valor do IMA iguala-se ao valor do ICA, isso significa que<br />

a floresta atingiu o valor máximo de produção de volume de<br />

madeira por unidade de área por ano.<br />

Observa-se que a árvore para de crescer do 17º para o 18º<br />

ano, que o maior ICA ocorre do 9º para o 10º ano e que com 14<br />

anos a árvore apresenta o maior IMA. Entretanto, a idade que<br />

maximiza o IMA está entre 14 e 15 anos, pois enquanto o ICA<br />

for maior que o IMA a árvore não terá atingido o máximo IMA.<br />

Este critério recomendaria corte quando a floresta estivesse<br />

nessa faixa etária.<br />

Para regimes de manejos mais complexos, em que o objetivo<br />

final da floresta seja a obtenção de multiprodutos, nem<br />

sempre é fácil se determinar a idade ótima de corte pela maximização<br />

do IMA. Nestes casos, o melhor é determinar a maturidade<br />

financeira, avaliando vários regimes de manejo dife-<br />

Para ter acesso a este conteúdo,<br />

assine a Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong>.<br />

rentes e identificando aquele que possibilita o maior retorno<br />

http://www.referenciaflorestal.com.br/ref/index.php/assinatura/<br />

líquido equivalente por unidade área por ano.<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

Maturidade Financeira<br />

A determinação da 0800-600-2038<br />

maturidade financeira de uma floresta<br />

apresenta um momento cujo custo de mantê-la em pé<br />

por mais um ano é igual ao benefício econômico da espera.<br />

Manter por mais um ano a floresta em pé inclui o custo de<br />

ocupação do solo por mais um ano (renda da terra) e os juros<br />

que seriam pagos sobre o capital proveniente da exploração da<br />

floresta caso não se prolongasse mais a sua existência (custo<br />

de oportunidade do capital florestal).<br />

Diante desta observação, pode-se tomar como regra de<br />

decisão o seguinte: um povoamento florestal está financeiramente<br />

maduro quando a sua taxa anual de incremento em valor<br />

se torna igual à taxa anual de juros paga pela melhor opção<br />

alternativa.<br />

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Harvester 500H / 500C<br />

A TMO em parceria com a empresa fi nlandesa Nisula apresenta em sua nova linha de<br />

equipamentos os cabeçotes Harvester 500C e 500H em escavadeira. O conjunto é destinado<br />

ao corte, desgalhe e processamento da madeira. Além disso é capaz de medir o volume cúbico<br />

produzido de madeira e também o volume e a quantidade de madeira produzida por sortimento<br />

através do seu sistema de controle inteligente.<br />

www.tmo.com.br tmo@tmo.com.br<br />

www.facebook.com/ciaolsen<br />

Cia Olsen de Tratores Agro Industrial<br />

Caçador - SC 49 3561-6000

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