Novembro/2015 - Referência Industrial 169
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ENTREVISTA - Igor Brandão, coordenador de projetos setoriais da Apex, desmitifica exportações<br />
I N D U S T R I A L<br />
Na defesa do<br />
setor produtivo<br />
Abimci lidera avanços e amplia representatividade<br />
do segmento industrial madeireiro<br />
In defense of the<br />
Productive Sector<br />
Abimci leads advances and broadens<br />
representativeness in the industrial<br />
forest product segment<br />
Interatividade – Softwares otimizam produção e melhoram o controle dentro da indústria moveleira
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
SUMÁRIO<br />
SUMÁRIO<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
30<br />
Abimci 29<br />
Adeco Compensados 91<br />
Arch Química/Lonza 99<br />
Centerplac 43<br />
Cerumaq 15<br />
Compensados Confiança 93<br />
Compensados Uliana 95<br />
Contraco 83<br />
Dratec Tintas 73<br />
Engecass 77<br />
Frameport 95<br />
Fepam 98<br />
Fezer 49<br />
Fhaizer <strong>Industrial</strong> 55<br />
Gaidzinski 61<br />
Giacomelli Máquinas 13<br />
Grupo Ciprandi 45<br />
H. Bremer 07<br />
HB Máquinas 79<br />
Indumec 25<br />
Interact Comunicacão 47<br />
Linck 09<br />
Mill Indústrias 100<br />
Montana Química 02<br />
MSM Química 19<br />
Planeta <strong>Industrial</strong> 91<br />
Randa 21<br />
Rossin 71<br />
Siempelkamp 05<br />
Tecnoplac 93<br />
Tzuriel Trading 67<br />
Vantec 17<br />
50<br />
62<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
10 Notas<br />
16 Aplicação<br />
18 Alta e Baixa<br />
20 Frases<br />
22 Entrevista<br />
28 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
30 Principal Por uma indústria mais forte<br />
50 Construção Civil<br />
56 Marcenaria<br />
62 Especial Tecnologia de gestão<br />
68 Madeira Tratada<br />
74 Tecnologia<br />
80 Química na Madeira<br />
84 Prêmio REFERÊNCIA<br />
86 Artigo<br />
96 Agenda<br />
98 Espaço Aberto<br />
NOVEMBRO | 03
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EDITORIAL<br />
Ano XVII - Edição n.º <strong>169</strong> - <strong>Novembro</strong> <strong>2015</strong><br />
Year XVII - Edition n.º <strong>169</strong> - November <strong>2015</strong><br />
Estampa a capa desta<br />
edição a Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria<br />
de Madeira Processada<br />
Mecanicamente)<br />
REPRESENTATIVIDADE E<br />
LIDERANÇA<br />
Todos sabemos que atitudes valem mais do que palavras.<br />
Seguindo esta premissa, nossa reportagem de capa desta<br />
edição de novembro trata da Abimci (Associação da Indústria<br />
de Madeira Processada Mecanicamente), que há 43 anos unifica<br />
e representa empresas ligadas aos diversos segmentos e<br />
fases da cadeia produtiva da madeira. Ao longo do texto você<br />
poderá conferir as principais ações da entidade, bem como<br />
seus pleitos e percepções de mercado. Em outra reportagem<br />
muito especial confira como as empresas de software vêm<br />
se mantendo no mercado e como a ferramenta pode auxiliar<br />
no dia a dia da indústria moveleira. E ainda, os centros de<br />
usinagem e os principais destaques da edição <strong>2015</strong> da ForMar<br />
também recheiam esta edição, repleta de conteúdo para o<br />
setor e para o empresário.<br />
Boa leitura.<br />
REPRESENTATION AND<br />
LEADERSHIP<br />
We all know that actions speak louder than words. Following<br />
this premise, our cover story in the November issue is about<br />
Abimci (Brazilian Association of the Processed Mechanically<br />
Timber Industry), that for 43 years has unified and represented<br />
companies linked to various segments and stages of the productive<br />
chain. Throughout the story, you can see what the entity’s<br />
actions have already achieved, as well as its plans for the future<br />
and perceptions for the market. In another very special story,<br />
check out how software companies have been gaining space in<br />
the Furniture Sector market and how the tool can assist in the<br />
day to day of the industry. And even, machine centers and the<br />
main highlights of the ForMar <strong>2015</strong> are also included in this issue,<br />
packed with content for the whole Sector and entrepreneur.<br />
Pleasant reading!<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA COMUNICAÇÃO<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Diretora de Negócios / Business Director<br />
Joseane Knop<br />
joseane@jotacomunicacao.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Veículo filiado a:<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />
aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de<br />
pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />
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04 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CARTAS<br />
Capa da Edição 168 da<br />
Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />
mês de outubro de <strong>2015</strong><br />
Bem informado<br />
Reconhecimento<br />
Por Lourival<br />
Valverde,<br />
Santo André (SP)<br />
A REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL é o<br />
meio de comunicação<br />
mais seguro<br />
do setor madeireiro<br />
e moveleiro. Adoro<br />
as reportagens<br />
que nos mantêm<br />
sempre atualizados.<br />
Obrigado a todos<br />
que produzem a Revista.<br />
Foto: divulgação<br />
Por Ruth Salomon,<br />
São João Del Rei (MG)<br />
Adoro a Revista! As entrevistas<br />
são sempre muito<br />
interessantes, o Espaço<br />
Aberto é minha parte favorita.<br />
Parabéns à equipe.<br />
Errata<br />
Imagem: reprodução<br />
Exportações<br />
Por Igor Martins<br />
de Andrade,<br />
São Paulo (SP)<br />
Investimentos em<br />
exportação têm sido<br />
o foco de várias empresas<br />
e ficar sabendo<br />
se vale ou não o investimento<br />
no mercado<br />
externo é de suma importância.<br />
Parabéns<br />
pela entrevista com o presidente da AEB (Associação<br />
de Comércio Exterior do Brasil).<br />
Imagem: reprodução<br />
Na seção de notas da RE-<br />
FERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
168 erramos ao colocar o<br />
Sr. Humberto Tufolo Netto<br />
como um dos autores<br />
do livro: Atualização em<br />
Preservação de Madeiras;<br />
lançado recentemente<br />
pela Montana Química.<br />
Os autores são Enio Silva<br />
Lepage e Gian A. de Salis. Fica aqui o registro e nossas<br />
sinceras desculpas.<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />
é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Iamagem: divulgação<br />
06 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados para redação ou siga:
Gerando energia para o mundo.<br />
CALDEIRAS<br />
FLAMOTUBULARES<br />
• Capacidade: 1 a 40 ton/h vapor<br />
• Pressão de trabalho: 10 a 23 kgf/cm²<br />
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• Vapor saturado ou superaquecido<br />
• Capacidade de 10 a 60 ton/h vapor<br />
• Pressão de trabalho de 15 a 68 kgf/cm²<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
BASTIDORES<br />
DIA DE CAMPO<br />
As demonstrações de equipamentos florestais são um show até mesmo para quem<br />
trabalha com o produto final. A equipe da REFERÊNCIA INDUSTRIAL participou do Dia de<br />
Campo da Timber Forest, em Lages (SC), que atraiu a atenção de empresários da cadeia<br />
industrial madeireira.<br />
Na foto, Frank<br />
Hummel e Gerson<br />
Wollinger (Schlindwein<br />
Indústria e Comércio<br />
de Portas), Eduardo<br />
Branco Schmaedecke<br />
(L. Schmaedecke),<br />
Joseane Knop (diretora<br />
de negócios do GRUPO<br />
JOTA), Rudimar Tavares<br />
(Tavares Emplementos)<br />
e Altamiro Schlindwein<br />
(diretor da Schlindwein<br />
Indústria e Comércio de<br />
Portas)<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Na foto, o diretor<br />
administrativo da<br />
Bruno <strong>Industrial</strong>,<br />
Ângelo Ricardo Henz e<br />
a diretora de negócios<br />
do GRUPO JOTA,<br />
Joseane Knop<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
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Economia.<br />
MADE IN GERMANY
Foto: divulgação<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Treinamento com<br />
Lacca AD<br />
A Centro Alumínio, revendedora da Eucatex em Manaus<br />
no segmento de chapas e painéis, completou no<br />
mês de setembro 19 anos de mercado. Para comemorar o<br />
aniversário, a loja promoveu diversos treinamentos, entre<br />
eles uma palestra sobre a utilização dos painéis Lacca AD<br />
e o lançamento da linha BP Matt Plus, alinhada às novas<br />
tendências em MDF no mobiliário.<br />
O evento contou com a presença de marceneiros, moveleiros,<br />
arquitetos, designers, engenheiros, entre outros<br />
profissionais do setor que, a fim de atualizar seus conhecimentos,<br />
buscavam por aprimoramentos.<br />
Mais de 100 pessoas ocuparam a sala de treinamento<br />
para assistir a palestra e, em seguida, participar das aulas<br />
práticas no laboratório utilizando o Lacca AD sobre acabamento<br />
com a fita de bordo. Os profissionais aprenderam<br />
detalhes importantes durante o curso como: corte, colagem<br />
e refilo no topo utilizando as ferramentas corretas.<br />
Movergs prospecta<br />
parcerias<br />
A Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado<br />
do Rio Grande do Sul) mantém a articulação de alianças para a<br />
13ª edição da Fimma Brasil (Feira Internacional de Máquinas,<br />
Matérias-primas e Acessórios para a indústria moveleira), de<br />
28 a 31 de março de 2017. A agenda de compromissos ocorrerá<br />
com a participação da Movergs na Sicam <strong>2015</strong> – Exposição<br />
Internacional de Componentes e Acessórios para a Indústria<br />
de Móveis. O encontro, em Pordenone, na Itália, de 13 a 16 de<br />
outubro, congregará empresas especializadas na fabricação<br />
de complementos para móveis.<br />
Com estande próprio na feira italiana, a Movergs pretende<br />
estabelecer e reforçar vínculos com os fornecedores da indústria<br />
moveleira mundial, alinhavando novas parcerias para a<br />
edição de 2017 da Fimma Brasil.<br />
Foto: Gilmar Gomes<br />
Foto: divulgação<br />
Nova linha de móveis<br />
O Walmart.com acaba de lançar uma linha exclusiva de<br />
móveis desenhada e desenvolvida em parceria com a Casatema.<br />
A linha, chamada Moduler, é composta por módulos<br />
em MDF, que permitem mais de 50 combinações diferentes,<br />
tudo para facilitar o dia a dia: as peças podem ser usadas<br />
como rack, painel, criado-mudo, buffet, dependendo da<br />
combinação. A ideia, segundo o diretor da categoria home<br />
do Walmart.com, Mauro Correia, é aliar design acessível com<br />
modularidade e fácil montagem, no estilo faça você mesmo.<br />
Essa é a primeira vez que o Walmart.com se une a um parceiro<br />
comercial para desenvolver peças de mobiliário.<br />
10 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Profissional da<br />
Promob é premiado<br />
Foto: divulgação<br />
Escola<br />
moveleira recebe<br />
investimentos<br />
A Escola Moveleira de Chapecó (SC) recebeu, neste<br />
mês de novembro autoridades, lideranças municipais e<br />
empresários do setor de madeira e móveis um investimentos<br />
de R$ 268 mil. O montante foi utilizado para a compra<br />
de novas máquinas e equipamentos, com o intuito de implantar<br />
um novo centro de inovação e design a partir da<br />
educação profissional do setor moveleiro e madeireiro. A<br />
ação tem como parceiros o Senai, o Sebrae (SC), o Simovale<br />
(Sindicato da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale<br />
do Uruguai) e a Amoesc (Associação dos Moveleiros do<br />
Oeste de Santa Catarina). Com a parceria e incentivo das<br />
entidades, o espaço propiciará novos projetos e oportunidades,<br />
estimulará o ensino e atrairá novos investimentos a<br />
partir da inovação e educação.<br />
Com o valor foram adquiridos 21 equipamentos, entre<br />
eles microcomputadores com processador, seccionadora<br />
com regulagem de batentes, coladeira de borda automática,<br />
furadeira múltipla e semiautomática, serra circular<br />
esquadrejadeira, plaina desengrossadeira e uma cabine de<br />
pintura.<br />
O arquiteto de soluções da Promob, Elemar Júnior<br />
(à esquerda na foto), foi um dos dez desenvolvedores<br />
brasileiros de sistemas especialmente convidados<br />
pela Microsoft para participar do Microsoft<br />
Global Summit <strong>2015</strong>, realizado no início de novembro<br />
nos EUA (Estados Unidos da América).<br />
Ele integra o programa MVP (Microsoft Most<br />
Valuable Professional), um prêmio anual concedido<br />
a profissionais reconhecidos como lideranças e referências<br />
técnicas em tecnologias Microsoft. Este é o<br />
quinto ano consecutivo que Elemar Júnior é convidado<br />
para o evento em função do prêmio MVP.<br />
Ele é reconhecido pela comunidade técnica da<br />
Microsoft como autoridade em linguagens de programação<br />
e tecnologias de desenvolvimento. Além<br />
disso, vem contribuindo com os times internacionais<br />
para evolução e disseminação das tecnologias da Microsoft.<br />
Destaque para seu envolvimento no projeto<br />
BabylonJS, uma biblioteca da Microsoft mantida por<br />
especialistas do mundo inteiro que permite o desenvolvimento<br />
de sistemas com 3D na internet.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Selo Clima Paraná<br />
No dia 6 de novembro foi realizada a cerimônia de outorga do selo Clima Paraná, que é<br />
um registro público, de adesão voluntária, para estimular inventários de emissões de gases<br />
de efeito estufa das empresas instaladas no Paraná. O selo tem classificação bronze, prata<br />
ou ouro. O diretor executivo da Apre (Associação Paranaense de Empresas Florestais), Carlos<br />
Mendes (na foto), esteve presente. Entre as primeiras empresas contempladas com o<br />
selo estão a Klabin S.A e a Index Ambiental, empresa do Grupo Index, ambas associadas da<br />
Apre.<br />
O evento contou com a presença do secretário de Estado de Meio Ambiente, Ricardo<br />
Soavinski; o presidente da Fiep, Edson Campagnolo; e o presidente do IAP (Instituto Ambiental<br />
do Paraná), Tarciso Mossato Pinto.<br />
NOVEMBRO | 11
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Destinação correta:<br />
MDP e MDF<br />
Realizada no mês de outubro, a reunião da Comissão de Estudos<br />
dos Resíduos do Mobiliário discutiu e buscou soluções para o<br />
resíduo das atividades relacionadas ao setor. Segundo informações<br />
divulgadas pela Fiemg (Federação das Indústrias do Estado<br />
de Minas Gerais), o objetivo do encontro foi reunir os agentes<br />
que compõem o setor produtivo moveleiro para a elaboração de<br />
propostas quanto à destinação correta do resíduo sólido proveniente<br />
do material de MDP e MDF. Um dos caminhos apontados<br />
foi a utilização do residual de madeira como combustível para<br />
caldeiras e fornos, desde que o resíduo não tenha sido tratado<br />
com produtos halogenados, antifúngicos, tintas, vernizes, adesivos<br />
e revestidos de plásticos ou PVC.<br />
Foto: Davi Thielmann Steigert<br />
Foto: divulgação<br />
Uso e consumo<br />
da madeira<br />
Com um déficit habitacional de 5,7 milhões, segundo dados<br />
do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),<br />
o Brasil pode encontrar na floresta a saída para resolver boa<br />
parte dessa deficiência e, com isso, aumentar o consumo per<br />
capita de madeira no país. Foi essa a mensagem deixada aos<br />
participantes do 5º Congresso Florestal Paranaense, realizado<br />
em setembro, em Curitiba (PR), pelo superintendente da<br />
Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente), Paulo Pupo.<br />
Na avaliação do superintendente, há potencial de crescimento<br />
do consumo no mercado interno para os principais<br />
produtos madeireiros. No entanto, é preciso que fabricantes<br />
e produtores entendam que a normalização de produtos é<br />
um caminho sem volta. Portas, pisos e compensados, por<br />
exemplo, já contam com normas específicas. Os próximos<br />
passos a partir de agora passam pela atualização e unificação<br />
das informações já existentes para a norma de madeira<br />
serrada, conteúdo esse que servirá de base para a estruturação<br />
da norma geral do sistema construtivo wood frame.<br />
Prêmio Salão<br />
Design 2016<br />
A comissão julgadora do Prêmio Salão Design 2016,<br />
terá a missão de avaliar 750 projetos nesta 20ª edição. Ao<br />
todo, foram inscritas peças de 13 países. O Prêmio, realizado<br />
desde 1988 pelo Sindmóveis Bento Gonçalves (RS),<br />
será julgado em duas etapas por Glaucia Binda, Ivens Fontoura,<br />
Gustavo Bertolini, Angela Carvalho e Paulo Biacchi.<br />
A divulgação dos finalistas será dia 16 de novembro. Já os<br />
vencedores serão conhecidos em fevereiro.<br />
Com patrocínio de Berneck, o prêmio irá distribuir R$<br />
205 mil em prêmios nas modalidades estudante, profissional<br />
e indústria, nas categorias móveis para dormitório,<br />
móveis para sala de estar e jantar, móveis para cozinha,<br />
área de serviço e banheiro, móveis para área externa;<br />
móveis para escritório e home-office (incluindo mobiliário<br />
para espaços comerciais e públicos), acessórios domésticos<br />
e iluminação.<br />
Diferentemente dos outros anos, os premiados participarão<br />
de duas mostras em 2016: em março, durante a<br />
20ª edição da feira Movelsul, em Bento Gonçalves, e em<br />
agosto, na feira High Design – Home & Office Expo, em<br />
São Paulo (SP).<br />
Imagem: divulgação<br />
12 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Fotos: divulgação<br />
35 anos de<br />
história<br />
A Madeireira Catarinense celebrou seus 35 anos de funcionamento.<br />
Na festa, realizada nos dias 29 de outubro a 1º<br />
de novembro, em que estiveram presentes representantes,<br />
funcionários, parceiros comerciais, amigos e familiares, um<br />
detalhe marcou as comemorações e diferenciou o evento<br />
de tantos outros de mesma natureza: um de seus principais<br />
representantes comerciais, responsável pelas praças do<br />
Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, Sr. Wadson Luiz<br />
Werly Correia, se envolveu na organização da comemoração.<br />
Para ele, não bastavam as etapas usuais que uma festa requer, mas tornar este evento um marco na consolidação de que<br />
a união entre parceiros do mesmo ramo comercial fortalece o trabalho desenvolvido pelo grupo. Sua proposta não era simples,<br />
mas muito interessante e incomum neste ramo comercial: unir o maior número de clientes da madeireira que ele representa para<br />
celebrar as conquistas alcançadas nesses 35 anos. Percebeu-se, então, que para atingir este objetivo deveria ser considerado que<br />
o maior custo para a comemoração seria a locomoção dos clientes até Cacoal (RN).<br />
Para vencer este empecilho, Wadson propôs dividir entre ele e outros seis fornecedores essa despesa, o que tornaria a viagem<br />
dos 13 clientes isenta de custos. À medida que os empresários se sentiam motivados a participar desta proposta foram percebendo<br />
na atitude do representante do ramo madeireiro que, ao celebrarem em conjunto as vitórias da Madeireira Catarinense,<br />
estariam se preparando para celebrar, cada um, o seu próprio sucesso, que será consolidado com o apoio e percepção dos que<br />
vislumbram que a união torna o grupo cada vez mais forte em detrimento do isolamento ou dos interesses pessoais.<br />
No período do evento, os convidados puderam visitar as madeireiras e conhecer de perto o funcionamento da serraria, alguns<br />
participaram do processo de extração da madeira feito totalmente através do plano de manejo, que envolve responsabilidade<br />
ambiental e social. Além desta experiência, visitaram a fábrica de argamassa que também pertence a um dos integrantes da<br />
família Bianchini. Na noite de 30 de outubro (sexta-feira), todos os presentes participaram de um delicioso rodízio de peixe,<br />
muito elogiado na cidade por turistas e moradores locais. A família Bianchini recebeu todos com muita alegria, dividindo com os<br />
presentes o prazer do sucesso alcançado: Nerio Bianchini, fundador e gestor hoteleiro; seus filhos Juscelino Bianchini, gestor da<br />
Madeireira Catarinense, e Jucemar Bianchini, administrador da fábrica de argamassa.<br />
Durante o sábado, houve o tradicional Costelão de fogo de chão para comemorar os 35 anos de funcionamento da empresa<br />
junto aos seus representantes, funcionários, parceiros de negócios da região, clientes, amigos e familiares. Esse encontro reuniu<br />
cerca de 100 pessoas e foi marcado pelos momentos de entrosamento entre os grupos e de muita alegria.<br />
Uma ideia simples toma corpo quando ela vem investida de sinceridade, parceria e transparência e ela provou que a união<br />
de todos viabilizou e engrandeceu a realização do evento. Ser parceiro é estreitar laços comerciais e de amizade e não ver o concorrente<br />
como seu inimigo, mas como alguém que pode dividir experiências positivas e negativas. Durante o evento, diversos<br />
clientes espontaneamente prestaram depoimento ressaltando a importância de eventos dessa natureza, cujo propósito, dentre<br />
outros, foi o de estreitar as relações pessoais e comerciais entre clientes e fornecedores. Ressaltaram, também, a iniciativa de<br />
Wadson que, pela credibilidade que possui dentro do ramo madeireiro, convenceu todos de que cada um seria uma peça insubstituível<br />
neste evento, não medindo esforços para congregar dezenas de pessoas em prol de um bem comum: a celebração da<br />
parceria e da amizade. São ações como essa que motivam e comprovam que é preciso união para vencer.<br />
NOVEMBRO | 13
Foto: divulgação<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
Plataformas<br />
digitais<br />
NOTAS<br />
A Duratex está ampliando os investimentos em plataformas<br />
digitais como estratégia da marca para se comunicar<br />
com os diferentes públicos. Uma das ações tem<br />
como resultado uma série de vídeos com viés prático,<br />
publicados em parceria com site Oficina de Casa. Em dois<br />
tutoriais, os produtos Duratex são utilizados em um projeto<br />
de criado mudo, destacando dois padrões da marca.<br />
Em um terceiro programa, a novidade é a execução de<br />
uma cabeceira de cama em MaDeFibra BP. Para acompanhar<br />
novos tutoriais com produtos Duratex no site Oficina<br />
de Casa, basta ficar de olho no canal no youtube, que<br />
destacará temas e projetos variados.<br />
Mãos à obra<br />
Da primeira madeira pregada até a colocação das telhas<br />
foram três meses de trabalho dos 16 alunos do curso de carpintaria,<br />
do Senai em Tubarão (SC). “Este curso alinha a parte<br />
teórica com a prática para que os alunos possam entender<br />
desde a parte de medições até a diferenciação de estruturas.<br />
Dessa forma, eles aprenderão a aplicar isso na construção de<br />
esquadrias, telhados e na carpintaria em geral”, explica o coordenador<br />
dos cursos de qualificação, Mário da Rosa João.<br />
As aulas práticas foram conduzidas pelo carpinteiro Valmor<br />
Barbosa, que tem mais de 15 anos de experiência e também<br />
é proprietário de uma indústria madeireira na região.<br />
“Foi uma oportunidade única ensinar estes jovens estudantes.<br />
Muitos nem tinham noção de como funciona a carpintaria”,<br />
conta Valmor. “Um bom carpinteiro tem boa remuneração e<br />
a profissão voltou a ser valorizada”, completa. A formação foi<br />
desenvolvida pelo Senai para atender demanda do Sindimad<br />
(Sindicato da Indústria da Madeira e do Mobiliário da Amurel).<br />
Foto: Fabiano Bordignon<br />
Foto: divulgação<br />
Schattdecor marca<br />
presença na Sicam<br />
Durante a edição <strong>2015</strong> da Sicam, que ocorreu de 13<br />
a 16 de outubro em Pordenone (Itália), a Schattdecor<br />
apresentou para o mercado tendências em três temas:<br />
Casual Black, Freestyle Clarity e Cultural Spirit. Para<br />
Michela Avancini, responsável pelo design na marca na<br />
Itália, tradição e valores ganham cada vez mais importância<br />
na Itália e o móvel individual volta a ser o foco.<br />
Entre os destaques da empresa está o 360° LAB, novo<br />
simulador da Schattdecor. A ferramenta de vendas<br />
permite que os compradores visualizem aplicações virtuais<br />
com uma variedade de materiais decorativos. “Com o nosso 360° LAB, oferecemos aos clientes um importante auxílio para a<br />
tomada de decisões”, explica Franco Lozza, chefe de vendas da marca na Itália. O simulador deverá ser utilizado até o final do ano<br />
por todo o grupo da Schattdecor.<br />
14 |<br />
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tábuas por camada.<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
APLICAÇÃO<br />
MÓVEL<br />
COMEMORATIVO<br />
Foto: Movelsul<br />
U<br />
m dos produtos escolhidos<br />
para encartar a publicidade da<br />
20ª edição da Movelsul Brasil<br />
foi a Estante Vigésima, que será a vitrine<br />
da feira. Produzida em pinus, possui nichos<br />
removíveis que compõem o número<br />
20 e acabamento baseado na escala<br />
de cores da marca Movelsul. Versatilidade<br />
e interação entre usuário e produto a<br />
tornam um símbolo da história passada,<br />
presente e futuro da feira de móveis referência<br />
da América Latina.<br />
Este e outros móveis selecionados<br />
serão usados para decorar um espaço<br />
comemorativo no hall do evento, que<br />
acontece de 14 a 18 de março de 2016,<br />
no Parque de Eventos de Bento Gonçalves<br />
(RS).<br />
FEITO<br />
À MÃO<br />
C<br />
om inspiração nos móveis clássicos<br />
e sofisticados dos anos 40,<br />
com acabamento predominantemente<br />
em madeira pau ferro, a poltrona Ciao<br />
assinada pelo designer Alessandro Bergamin,<br />
tem como característica os veios marcantes e<br />
aparentes. O produto faz parte de uma edição<br />
limitada de móveis assinados para a Madeira<br />
Bonita. As peças, que carregam shapes exclusivos,<br />
mesclam a produção fabril e as tecnologias<br />
de ponta com a minúcia dos acabamentos<br />
e técnicas artesanais, garantindo móveis com<br />
design limpo, emocional e criativo, revelando<br />
detalhes sofisticados como os da alfaiataria.<br />
Foto: Maria Bonita<br />
16 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ALTA E BAIXA<br />
18 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
FRASES<br />
A deterioração do mercado interno<br />
também impulsiona as exportações, que<br />
têm ganhado participação nos resultados<br />
da empresa. É uma mudança de<br />
mentalidade no sentido que esta receita<br />
no exterior seja uma diversificação, vai<br />
ajudar a ocupar nossas fábricas<br />
Foto: divulgação<br />
Antonio Joaquim de Oliveira, diretor-presidente da Duratex, sobre<br />
o trabalho da empresa para aumentar a receita com vendas no<br />
exterior<br />
Incerteza política, política econômica recessiva e o custo do capital<br />
incompatível inviabilizam a decisão de investimento no país<br />
José Antonio Basso, diretor regional da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e<br />
Equipamentos), sobre o registro de nova queda na indústria de máquinas<br />
A indústria moveleira de Bento Gonçalves chegou a um<br />
patamar de tecnologia e qualidade que coloca a logística<br />
como diferencial<br />
Thierry Rios, diretor comercial do Tecon (Terminal de Contêineres de Rio Grande), sobre custos<br />
logísticos e alternativas para o setor<br />
Seja como for, o Brasil não<br />
recuperará sua economia sem o<br />
ajuste fiscal e sem atacar problemas<br />
estruturais, que são essenciais para<br />
restaurar níveis de produtividade que<br />
elevem o potencial de crescimento<br />
Foto: divulgação<br />
Maílson da Nóbrega, ex-Ministro da Fazenda e economista,<br />
sobre os desafios enfrentados pela economia nacional<br />
20 |<br />
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INOVAÇÃO<br />
Nova linha de portas Randa:<br />
revestimentos inovadores de<br />
alta tecnologia, desenvolvidos<br />
na Alemanha para superar<br />
suas expectativas!<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
IGOR BRANDÃO<br />
LOCAL DE NASCIMENTO<br />
PLACE OF BIRTH:<br />
18/06/80 em Feira de Santana (BA)<br />
June 18, 1980 in Feira de Santana (BA)<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />
EDUCATION:<br />
Graduado em Ciência da Computação e MBA em Estratégia de<br />
Negócios<br />
Degree in Computer Science and MBA in Business Strategy<br />
CARGO<br />
PROFESSION:<br />
Coordenador de Projetos Setoriais da Apex-Brasil (Agência<br />
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos)<br />
Coordinator of Sector Projects for Apex-Brasil (Brazilian Agency<br />
for Export and Investment Promotion)<br />
Foto: Apex-Brasil<br />
Desenvolvimento da<br />
competitividade<br />
Competitive development<br />
P<br />
ara o coordenador de projetos setoriais da Apex-<br />
-Brasil, Igor Brandão, crises são bons momentos<br />
para reavaliações e melhorias em todos os aspectos<br />
dos negócios. Ele comenta que as empresas mais fortes<br />
ao final de tudo isso serão aquelas que aproveitarem para<br />
adotar melhores práticas, rever processos, criar novos canais,<br />
encontrar seus nichos de mercado e consolidar suas<br />
estratégias. A cultura do design também é ponto forte nessa<br />
estratégia e no que diz respeito às exportações.<br />
F<br />
or the Coordinator of Sector Projects for Apex-<br />
-Brasil, Igor Brandão, crises are the best times for<br />
revaluation and improvements in all aspects of a business.<br />
He says that the strongest companies, at the end of<br />
all this, will be those who take advantage of the situation to<br />
adopt improved practices, review processes, create new sales<br />
channels, find their market niches and consolidate their<br />
strategies. The design culture will also be strong point in this<br />
strategy and in respect to export.<br />
22 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
O design pode<br />
ser indutor de<br />
práticas associadas à<br />
qualidade, padronização,<br />
inovação e sustentabilidade,<br />
tão essenciais ao setores<br />
de máquinas, equipamentos<br />
e móveis<br />
NOVEMBRO | 23
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
24 |<br />
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Procuramos<br />
empresas que<br />
têm potencial para<br />
estabelecer fábricas no<br />
Brasil e produzir aqui bens<br />
que futuramente podem<br />
até ser exportados, gerando<br />
empregos e desenvolvimento<br />
de cadeias produtivas<br />
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Tecnologia de Secagem<br />
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• Secadores Industriais<br />
Tecnologia de Prensagem<br />
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• Prensas para indústria de madeira<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA ABIMCI<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
PARICÁ: SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL E DE EXCELENTE APLICABILIDADE<br />
Através de um catálogo, o mercado consumidor poderá entender e melhor utilizar esse produto, como uma<br />
oportunidade de suprimento de compensado de madeira tropical reflorestada<br />
A<br />
Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente) está lançando<br />
no final de novembro, o Catálogo do Compensado<br />
de Paricá, a ser distribuído para todo o mercado consumidor<br />
e comprador do país, que conterá as principais informações,<br />
conceitos, características e uso dos produtos produzidos<br />
com essa espécie.<br />
A Abimci cumpre assim, mais uma vez, um de seus principais<br />
deveres institucionais que é o de informar e ofertar ao<br />
mercado consumidor soluções e novas oportunidades com<br />
os produtos madeireiros que representa. O documento tem<br />
como objetivo suprir o mercado com as informações sobre<br />
o produto, a sua sustentabilidade ambiental e econômica,<br />
as suas vantagens competitivas, a amplitude de seu uso<br />
e aplicabilidade, bem como seus detalhes técnicos, para<br />
um melhor entendimento e conhecimento do produto e o<br />
consequente aumento de seu uso.<br />
Como uma nova solução de suprimento de compensado<br />
de madeira tropical para o mercado, proveniente de floresta<br />
plantada, o compensado de Paricá é uma alternativa inovadora<br />
para vários usos e aplicações, e vem ao encontro de<br />
uma das principais demandas da sociedade: o consumo de<br />
produtos sustentáveis e ecologicamente corretos.<br />
A associação, ciente da importância e da necessidade<br />
de produtos padronizados junto ao mercado, cenário esse<br />
que gera um melhor entendimento de todos em relação à<br />
qualidade dos produtos, a origem legal da madeira, as suas<br />
possíveis formas de uso e a sua sustentabilidade, elaborou<br />
o catálogo - com a importante colaboração de suas empresas<br />
associadas da região Norte - mostrando a origem<br />
da espécie florestal, o lado sustentável do negócio, suas<br />
características, as regiões produtoras e, por fim, principais<br />
produtos, aplicabilidades e uso, vantagens competitivas,<br />
informações técnicas e os principais fornecedores.<br />
Com o conhecimento dessas referências, o mercado<br />
consumidor poderá entender e melhor utilizar esse produto,<br />
como uma oportunidade atual e futura de suprimento de<br />
compensado de madeira tropical reflorestada.<br />
O documento será oficialmente lançado em encontro<br />
que reunirá os principais fabricantes do produto no Brasil,<br />
na cidade de Rondon do Pará (PA), que juntamente com<br />
outros municípios da região, congrega várias ações interessantes<br />
em relação à espécie, como reflorestamentos, au-<br />
mento constante da área plantada e empresas fabricantes<br />
do produto. O município fica próximo a Dom Eliseu e um<br />
pouco mais distante de Paragominas, cidades que iniciaram<br />
com sucesso o plantio dessa espécie em escala industrial e<br />
até hoje protagonizam as ações dessa importante região<br />
do Estado do Pará relativas ao cultivo, desenvolvimento e<br />
produção do produto.<br />
As ações desenvolvidas com o Paricá ao longo da última<br />
década pelos silvicultores e fabricantes da região são admiráveis<br />
pelos resultados obtidos, pois mudaram o cenário<br />
de enormes dificuldades que até então eram vividas com<br />
as espécies nativas.<br />
Esta é a espécie florestal nativa mais cultivada no país,<br />
gerando emprego e renda através do seu plantio e atraindo<br />
também pequenos produtores, que conseguem um resultado<br />
econômico muitas vezes maior, se comparado às outras<br />
atividades agrícolas tradicionais.<br />
As melhores condições de crescimento e sobrevivência<br />
dos plantios de Paricá ocorrem em condições de clima<br />
quente e com alta umidade, como os típicos da região norte,<br />
com precipitação elevada e sem muitas variações de clima.<br />
O IMA (Incremento Médio Anual) do Paricá, quando bem<br />
conduzido, pode chegar a 25m³/ha/ano (metros cúbicos<br />
por hectare ao ano) com corte raso entre cinco e sete anos.<br />
A espécie apresenta bom fator de forma. A casca é cinza<br />
(tonalidade clara), podendo alcançar de 20 a 30 metros de<br />
altura e até um metro de diâmetro.<br />
As florestas plantadas com Paricá ocupam aproximadamente<br />
90 mil ha, distribuídos entre os Estados do Pará,<br />
Maranhão e Tocantins. A principal região de plantio e de<br />
produção de compensados de Paricá do Brasil se concentra<br />
no Pará e Maranhão, sendo os principais municípios produtores<br />
Paragominas, Dom Eliseu, Ulianópolis, Rondon do<br />
Pará e Abel Figueiredo. Já no sul do país, as empresas que<br />
recebem lâminas de Paricá e também produzem compensados<br />
ficam principalmente nas regiões paranaenses de<br />
Imbituva, União da Vitória, Bituruna, dentre outros.<br />
Mas, mais importantes que todas essas características<br />
acima citadas, é a mudança de conceito empresarial dessa<br />
importante região produtora de compensados do Brasil,<br />
com atitudes positivas, união de esforços, posicionamento<br />
no mercado, foco no futuro e na perenidade de seus<br />
negócios.<br />
28 |<br />
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REPRESENTATIVIDADE<br />
Há 40 anos unindo e<br />
representando o setor de base<br />
florestal brasileiro<br />
A ASSOCIAÇÃO<br />
Representamos o setor madeireiro em âmbito nacional e internacional, propiciando acesso a tecnologias,<br />
produtos e mercados em interação com a sociedade e suas demandas. A defesa de interesses nas<br />
esferas política e comercial também é uma prioridade em nossa pauta de ações<br />
SEJA UM ASSOCIADO<br />
Nosso quadro associativo atual é composto por<br />
empresas de todas as regiões do Brasil. Atuamos em<br />
vários eixos, promovendo os produtos das empresas<br />
associadas e fortalecendo, assim, a representatividade<br />
das companhias do setor florestal<br />
PROMOÇÃO<br />
DO SETOR<br />
REPRESENTAÇÃO<br />
REFERÊNCIA EM<br />
INFORMAÇÃO<br />
abimci@abimci.com.br<br />
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Tel.: (41) 3225-4358
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INDÚSTRIA<br />
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ABIMCI CONSOLIDA TRABALHO NA DEFESA DE<br />
INTERESSES DO SETOR DE MADEIRA PROCESSADA<br />
E ENCAMPA BANDEIRAS COMO AUMENTO DO<br />
CONSUMO NO MERCADO INTERNO, MELHORIA DA<br />
QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DOS PRODUTOS<br />
Fotos: divulgação<br />
NOVEMBRO | 31
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
FOR A<br />
STRONGER<br />
INDUSTRY<br />
ABIMCI CONSOLIDATES ITS WORK<br />
IN DEFENSE OF THE PROCESSED<br />
TIMBER SECTOR INTERESTS AND<br />
TAKES ON TASKS FOR INCREASING<br />
CONSUMPTION IN THE INTERNAL<br />
MARKET, IMPROVING QUALITY AND<br />
PRODUCT STANDARDS<br />
32 |<br />
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NOVEMBRO | 33
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
34 |<br />
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NOVEMBRO | 35
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
36 |<br />
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TRABALHO TÉCNICO<br />
Além da representação política e institucional de seus associados, a Abimci oferece uma série de serviços técnicos. Composta por<br />
três engenheiros madeireiros, a equipe técnica realiza atendimentos interno e externo das demandas das empresas participantes<br />
dos programas de certificação oferecidos pela entidade aos associados. Dentre as inúmeras atividades está a gestão diária em várias<br />
frentes: implantação do sistema de gestão da qualidade do Pnqm (Programa Nacional de Qualidade da Madeira), treinamento das<br />
equipes técnicas das empresas, assessoria técnica para os produtos de madeira, diagnósticos do processo de produção relativos à<br />
qualidade do produto, pré-auditorias, interface constante com entidades parceiras nacionais e internacionais na organização do<br />
processo de certificação, visitas às empresas, interpretação e esclarecimento de normas técnicas específicas ao produto e suporte<br />
constante na avaliação dos resultados e melhorias contínuas.<br />
Para reforço dessas atividades externas, como visitas técnicas, pré-auditorias e auditorias oficiais, a Abimci conta com o apoio<br />
de mais cinco auditores credenciados e treinados pela entidade e parceiros, especialistas em produtos de madeira, que fazem parte<br />
do quadro de professores da Ufpr (Universidade Federal do Paraná).<br />
NOVEMBRO | 37
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
CASAS DE<br />
MADEIRA NO<br />
BRASIL: UMA<br />
MUDANÇA<br />
CULTURAL<br />
WOOD<br />
HOUSING<br />
IN BRAZIL:<br />
A CULTURAL<br />
CHANGE<br />
AUMENTAR O CONSUMO<br />
PER CAPITA NO MERCADO<br />
INTERNO PROMETE SER O<br />
GRANDE DESAFIO DA INDÚSTRIA<br />
MADEIREIRA NAS PRÓXIMAS<br />
DÉCADAS. ATUAÇÃO DA ABIMCI<br />
COMO GESTORA DO COMITÊ<br />
QUE TRATA DAS NORMAS<br />
SOBRE MADEIRA NA ABNT<br />
SERÁ FUNDAMENTAL PARA O<br />
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA<br />
CONSTRUTIVO WOOD FRAME<br />
INCREASING PER CAPITA<br />
CONSUMPTION IN THE DOMESTIC<br />
MARKET PROMISES TO BE THE<br />
BIGGEST CHALLENGE TO THE FOREST<br />
SECTOR IN THE COMING DECADES.<br />
ABIMCI AS CHAIR OF THE COMMITTEE<br />
DEALING WITH THE BRAZILIAN<br />
ASSOCIATION OF TECHNICAL<br />
STANDARDS AS TO THE USE OF<br />
TIMBER WILL BE INDISPENSABLE IN THE<br />
DEVELOPMENT OF THE WOOD FRAME<br />
CONSTRUCTION SYSTEM<br />
Fotos: divulgação<br />
38 |<br />
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NOVEMBRO | 39
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
40 |<br />
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VITRINE<br />
Uma das metas assumidas pela atual diretoria foi reposicionar a marca Abimci entre os diversos públicos. Para isso, foram<br />
criadas várias ações de comunicação. Como parte desse trabalho, no ano passado a entidade retomou a publicação de seu estudo<br />
setorial, que não era publicado há cinco anos. O documento compila as principais informações do setor madeireiro brasileiro com<br />
o objetivo de garantir ao mercado um panorama mais preciso da representatividade do setor para o país.<br />
O Estudo Setorial, nas versões português e inglês, foi apresentado a diversas entidades internacionais ligadas ao setor como<br />
TTF (Timber Trade Federation), Ettf (European Timber Trade Federation), GTF (Global Timber Forum), Feic (European Federation<br />
of the Plywood Industry), bem como para os principais importadores dos produtos brasileiros. Internamente, o material foi distribuído<br />
para empresas produtoras, em várias esferas do governo federal, ministérios, autarquias e nos Estados paras federações<br />
das indústrias, associações locais, sindicatos patronais, associações comerciais, universidades, professores e estudantes de pós-<br />
-graduação, tornando-se assim o documento de referência de consulta sobre o setor de base florestal. Um novo Estudo já está<br />
sendo planejado para ser lançado no início de 2016.<br />
Somado a essa ação, a Abimci retomou o trabalho de relacionamento com a imprensa, voltando a ser fonte de informação para<br />
a mídia especializada e veículos de comunicação de massa.<br />
Outras iniciativas foram a reformulação da página na internet, a criação do boletim digital Abimci News, destinado exclusivamente<br />
aos associados, e o Abimci Informa, informativo impresso com distribuição ampla a diversas instituições públicas e privadas,<br />
parceiros e órgãos governamentais, além da elaboração de folders institucional e sobre o trabalho desempenhado dentro do CB-31<br />
da Abnt, do Guia Orientativo do uso de chapas do compensado plastificado e do Catálogo Promocional do Compensado de Paricá<br />
(leia mais na página 42).<br />
A entidade tem investido também no apoio e na participação dos principais eventos da cadeia de base florestal.<br />
NOVEMBRO | 41
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INSTITUCIONAIS<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
A ABIMCI<br />
A atual diretoria assumiu o triênio 2014 - 2017 com o desafio de consolidar o trabalho<br />
iniciado pela gestão anterior em frentes como representação política, ampliação da base de<br />
associados e promoção comercial dos produtos brasileiros de madeira processada. A instituição<br />
conta com nove comitês específicos: Compensado Plastificado, Desenvolvimento e<br />
Tecnologia, Laminados e Compensados de Pinus, Laminados e Compensado Tropical, Pisos<br />
e Madeira Tropical, Portas, Produtos de Maior Valor Agregado, Relações Internacionais e<br />
Relações Institucionais.<br />
Conheça a composição do Conselho Administrativo:<br />
DIRETORIA<br />
Presidente: José Carlos Januário – Indústria de Compensados Guararapes Ltda<br />
Tesoureiro: Odacir Antonelli – Repinho Reflorestadora de Madeiras e Compensados Ltda<br />
1º Vice-Presidente: Luiz Alberto Sudati – Indústria de Compensados Sudati Ltda<br />
2º Vice-Presidente: João Carlos Ribeiro Pedroso – Indústria de Compensados Guararapes Ltda<br />
VICE-PRESIDENTES<br />
Amauri Eduardo Kollross – Madeireira EK Ltda<br />
Caetano Balvedi Neto – Sincol S/A Indústria e Comércio<br />
Douglas Antonio Granemann de Souza – Triângulo Pisos e Painéis Ltda<br />
Fernando Carlotto Gnoatto – Berneck S.A. Painéis e Serrados<br />
Isac Chami Zugman – Compensados e Laminados Lavrasul S.A.<br />
Ivan Tomaselli – Stcp Engenharia e Projetos<br />
Juliano Vieira de Araújo – F.V de Araújo S.A.<br />
Luis Mello – Sólida Brasil Madeiras Ltda<br />
Paulo Cavalcanti Neto – Somapar Soc. Mad. Paranaense Ltda<br />
Roberto Cezar Wronski – Madeireira Rio Claro Ltda<br />
Thales Zugman – Compensados e Laminados Lavrasul S.A<br />
CONSELHO FISCAL TITULARES<br />
Ricardo Pedroso – Indústria de Compensados Guararapes Ltda<br />
Fábio Ayres Marchetti – Manoel Marchetti Indústria e Comércio Ltda<br />
CONSELHO FISCAL SUPLENTES<br />
Silvano D´Agnoluzzo – Rio Concrem <strong>Industrial</strong> Ltda<br />
José Roberto Pimentel Lopes – Pimentel Lopes Engenharia e Arquitetura Ltda<br />
DIRETOR REGIÃO NORTE<br />
Luis Fernando Honório Alves – E. Carli Representações Ltda<br />
48 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Fotos: Maciej Krawczyk<br />
BOSQUE<br />
NORUEGUÊS<br />
50 |<br />
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COM UMA<br />
HOMENAGEM<br />
À MÚSICA<br />
DOS BEATLES<br />
NORWEGIAN WOOD,<br />
ENTREVISTAMOS O<br />
CRIADOR DA HUSØY<br />
ARENA, EXEMPLO DE<br />
CONSTRUÇÃO FEITA<br />
EM MADEIRA<br />
NO PAÍS<br />
ESCANDINAVO<br />
NOVEMBRO | 51
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
D<br />
urante o III Simpósio Madeira & Construção,<br />
quando ministrado o painel sobre gestão de<br />
resíduos, algumas construções foram apresentadas<br />
como cases inteligentes no uso da madeira.<br />
Uma delas foi a Husøy Arena, espaço desportivo que está<br />
localizada na ilha de Husøy a cerca de 120 km (quilômetros)<br />
ao sul de Oslo (Noruega). Com obra realizada pelo<br />
estúdio Fredrik Lund (nome este do arquiteto idealizador<br />
e professor de Arquitetura da Universidade Norueguesa<br />
de Ciência), entramos em contato com o outro lado do<br />
oceano para entender como a obra foi realizada.<br />
Sem um entusiasta dedicado nenhum projeto passa<br />
de uma boa ideia. Neste caso Jan Egil Levorsen, um<br />
amante do futebol levou sua ideia adiante e decidiu trazer<br />
sua visão para a realidade: novas e modernas instalações<br />
para o clube de futebol de Husøy & Foynland IF. O time<br />
é especialmente focado em crianças e jovens e existe<br />
desde os anos 30. “Ele tem uma longa tradição de sediar<br />
grandes torneios a cada ano com centenas de crianças<br />
brincando”, comenta Fredrik.<br />
O contato inicial de Jan e Fredrik aconteceu em fevereiro<br />
de 2012. Um mês depois começava a ser realizado<br />
o trabalho de design. “O primeiro de quatro edifícios<br />
a serem projetados foi a sede do clube, com cozinha e<br />
instalações comuns, em uma construção de madeira”,<br />
explica Fredrik. Hoje todos os edifícios estão finalizados:<br />
a sede, edifício que abriga os vestiários e guarda-roupa,<br />
um quiosque e um pequeno armazém.<br />
O arquiteto salienta que desde o início ficou claro que<br />
o edifício seria produzido em madeira com elementos de<br />
52 |<br />
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armação e revestimento exterior em pinus. Cada parede<br />
longa foi dividida em quatro elementos, cada um com<br />
cerca de 7 m (metros) de comprimento, e as empenas<br />
em um elemento, com aproximadamente o mesmo<br />
comprimento. “Isso me deu uma sensação de estar livre<br />
na execução do projeto arquitetônico, mesmo sabendo<br />
que a produção seria muito racionalizada e rápida”,<br />
conta Fredrik.<br />
Os quadros de elementos foram feitos em abeto<br />
(espécie típica da Noruega) e o revestimento exterior<br />
em pinus. “Uma escolha tradicional, com propriedades<br />
excepcionais em nosso clima frio, com invernos muito<br />
longos”.<br />
CONSTRUÇÃO<br />
No dia 11 de outubro de 2013 todos os elementos foram<br />
transportados para o local da construção em grandes<br />
caminhões. Das 7h às 17h daquele dia, as peças da parede<br />
foram levantadas por um guindaste hidráulico para que<br />
todo o edifício fosse construído em um dia. “Colocamos<br />
todos os elementos da parede, com um comprimento<br />
total de mais de 28 m. Houve um intervalo de 2 mm (milímetros)<br />
na extremidade por elemento de empena. Isto<br />
foi considerado uma margem de erro aceitável, levando<br />
em conta o comprimento do edifício”, diz Fredrik.<br />
O realizador comenta entusiasmado que é absolutamente<br />
fascinante poder construir uma casa em um dia. “É<br />
NOVEMBRO | 53
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
preciso, no entanto, um planejamento muito cuidadoso,<br />
uma boa comunicação, com garantia de qualidade entre<br />
os designers e fornecedores”, pontua. Ao ser questionado<br />
sobre a qualidade arquitetônica em construções rápidas<br />
e econômicas, Fredrik é enfático em dizer que sim, existe<br />
muita qualidade. “Com novas tecnologias e formas de organizar<br />
o projeto e processo de produção, com a estreita<br />
colaboração entre a unidade de produção e o arquiteto,<br />
vontade e interesse em utilizar o potencial de um bom<br />
profissional, esse panorama agora foi alterado”, explica<br />
sobre a descrença em obras deste nível. Confira outras<br />
obras em madeira do arquiteto em: studiofredriklund.<br />
blogspot.com.<br />
IMPORTÂNCIA SOCIAL E ARQUITETÔNICA<br />
Em uma pequena sociedade, como na ilha de Husøy,<br />
um clube como este é o edifício mais social que se pode<br />
imaginar. “Pode ser considerada, inclusive, uma pequena<br />
casa cultural, não só usada para atividades desportivas,<br />
mas também para um ponto de encontro entre amigos,<br />
ou eventos especiais. Como a rota de passeios ao redor<br />
da ilha passa pela arena, ela também funciona como um<br />
café aos domingos”, conta o arquiteto.<br />
A expressão dos edifícios montados estão relacionados<br />
com a longa tradição da arquitetura escandinava,<br />
uma vez que as formas simples são grandes inspirações<br />
para Fredrik. “Acho que hoje a arquitetura está clamando<br />
54 |<br />
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alto para tentar ser interessante. Mas, acredito que o que<br />
realmente funciona é o contrário, ou seja, formas geométricas<br />
simples, com configuração livre de aberturas.<br />
No caso da arena, ela quase se torna parte da natureza.”<br />
USO DA MADEIRA<br />
Fredrik salienta os benefícios ecológicos do uso de<br />
um material natural, entre eles a mínima poluição e<br />
baixo consumo de energia durante o processo para a<br />
construção. “Trabalhava como aprendiz de carpinteiro<br />
antes de estudar arquitetura. Desde então me apaixonei<br />
pela madeira e sempre sugiro para meus clientes como<br />
primeira escolha. Em relação a isso, tenho a sorte de viver<br />
na Noruega, porque aqui o preço de uma casa de madeira<br />
é a metade do que de uma casa de concreto ou tijolo.”<br />
No interior da Arena todas as superfícies das paredes<br />
são feitas de painel de pinho norueguês. Caixilhos de<br />
janelas e portas estão embutidas nas paredes, dando a<br />
sensação de apenas buracos nas paredes, ressaltando<br />
a diferença entre o interior e o exterior. “Esse detalhamento<br />
dá a sensação de clareza e refinamento, deixando<br />
a geometria simples da arquitetura tornar-se o ponto<br />
principal”, finaliza.<br />
TRABALHAVA<br />
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DE CARPINTEIRO<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
56 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
FORMAR<br />
<strong>2015</strong><br />
FEIRA VOLTADA PARA REVENDAS E MARCENEIROS<br />
DESTACOU NOVAS TECNOLOGIAS PARA O SETOR<br />
Fotos: Studio F - ForMar <strong>2015</strong><br />
NOVEMBRO | 57
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
E<br />
m outubro a capital paulista foi palco da ForMar<br />
(Feira da Revenda e da Marcenaria) e reuniu<br />
marcas de renome e profissionais especializados<br />
na área.<br />
O evento paralelo foi o grande destaque com as dicas<br />
e orientações aos profissionais da marcenaria.<br />
Apesar do otimismo da organização, ao conversamos<br />
com alguns dos principais expositores da feira, constatamos<br />
que a atual crise vivenciada no país afetou o número<br />
de visitantes, dividindo opiniões.<br />
Para Patrick Simon, diretor técnico-comercial da Felder<br />
Group do Brasil, o número de visitantes surpreendeu<br />
positivamente. “Sentimos dos visitantes que a maioria<br />
estava apenas se inteirando das novidades, conhecendo<br />
novas tecnologias e se preparando para o futuro. Para a<br />
Felder Group foi bom, pois a marca precisa se tornar ainda<br />
mais conhecida, de toda forma, sempre tem o público que<br />
decide comprar na feira ou logo após ela.”<br />
O gerente técnico da Jowat, Bernardino Damiani,<br />
salienta que a crise que vivenciamos hoje no Brasil,<br />
está exigindo atitudes de replanejamento das empresas<br />
para adequação dos negócios ao atual cenário. “A<br />
diminuição do número de expositores e do público de<br />
visitantes reflete esta crise, porém, ao mesmo tempo,<br />
58 |<br />
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a feira representou uma oportunidade de divulgação de<br />
nossos produtos e tornou possível a prospecção de novos<br />
clientes”, anima-se.<br />
Sérgio Amorim, diretor da Razi, classificou a feira<br />
como muito boa. “Creio que o movimento foi satisfatório<br />
pelo atual momento do país. Por ser uma feira pequena<br />
com poucos fornecedores e bem focada para os marceneiros,<br />
tivemos bons resultados de vendas, que valeu o<br />
investimento e o esforço de todos”, revela. Ele comenta<br />
ainda que durante os três dias foram fechados bons<br />
negócios entre máquinas industriais e convencionais.<br />
O tema também foi destacado por Mauro Ribeiro, da<br />
SCM Tecmatic. “O marceneiro é um público pulverizado<br />
e a feira concentra este público, isto nos viabilizou bastante<br />
contato. Realizamos negócios na feira e certamente<br />
haverá negócios futuros”, completa Mauro.<br />
Resultado positivo é apontado por Lucas de Zorzi,<br />
diretor da Mill Serras. “A feira foi muito boa, com muitos<br />
clientes interessados, pecou por alguns erros de<br />
organização, mas na parte de movimentação foi boa.” A<br />
empresa apresentou lâminas de serras para marcenaria<br />
e fez muitos contatos com visitantes que se mostraram<br />
muito interessados nos produtos.<br />
“Acreditávamos que seria uma feira de pouco retorno,<br />
NOVEMBRO | 59
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
na qual iríamos somente manter nossa imagem como um<br />
dos principais players do segmento, mas acabamos tendo<br />
um ótimo resultado na prospecção de revendas dos Estados<br />
de São Paulo e Minas Gerais, que garantiram retorno<br />
adequado ao investimento na Formar”, conta Leandro<br />
Bittencourt, sócio-gerente da Fepam Ferramentas.<br />
NOVIDADES<br />
A Fepam Ferramentas apresentou as vantagens em<br />
investir e trabalhar em uma revenda da marca, com os<br />
produtos da linha direcionados para marceneiros, como<br />
serras circulares, fresas, facas, brocas e acessórios. “O<br />
objetivo foi a apresentação da empresa e a construção<br />
de relações comerciais duradouras”, afirma Leandro.<br />
A Razi expôs a coladeira automática de borda Elegance<br />
II com tupia de entrada para melhor acabamento<br />
na colagem de peças retas, além da linha tradicional de<br />
coladeiras, coletores de pó e das esquadrejadeiras de precisão.<br />
“Na linha mais industrial apresentamos a Furadeira<br />
CNC - Ponto a Ponto da Masterwood, uma parceria da<br />
Razi com a fábrica Italiana, que possui todas as furações<br />
verticais e horizontais tradicionais, serra de canal para<br />
60 |<br />
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fundos e também eixo eletromandril para trabalhos de<br />
rebaixos”, explica Sérgio.<br />
A Felder veio com seu centro de usinagem quatro<br />
eixos, que faz parte da linha industrial da marca, que<br />
oferece a possibilidade de trabalhar com a tecnologia<br />
CNC desde um centro de furação até um centro de<br />
usinagem cinco eixos. A linha inclui coladeiras, tupias<br />
e seccionadora de pinça. Também foram apresentadas<br />
outras máquinas, desengrossadeira, coladeiras de bordas<br />
e esquadrejadeira.<br />
A Jowat trouxe adesivos à base de poliuretano expansivo,<br />
adesivos hot melt para marcenarias e produtos<br />
da marca Riepe para limpeza de peças, como alternativa<br />
para substituição ao thinner.<br />
EVENTOS PARALELOS<br />
Entre os destaques da feira está a Marcenaria Modelo,<br />
que trata-se de uma marcenaria real dentro da feira, na<br />
qual os visitantes puderam acompanhar a produção de<br />
móveis.<br />
No total foram realizadas nove apresentações conduzidas<br />
pela consultoria SV Martins.<br />
Os móveis produzidos durante as apresentações<br />
foram doados à Cajec (Casa José Eduardo Cavichio), instituição<br />
que cuida de crianças com câncer em São Paulo<br />
(SP). “Esses móveis irão nos ajudar muito, além disso a<br />
divulgação do trabalho da nossa instituição na feira foi<br />
fundamental. Foi uma excelente parceria com a ForMar”,<br />
comenta Diego Centelles, da Cajec.<br />
Já o Design Fórum Móveis contou durante os três<br />
dias de evento com 13 palestras e um debate. “Os marceneiros<br />
são muito curiosos e dispostos a aprender, por<br />
isso as palestras são tão concorridas. Além disso, todo o<br />
conteúdo apresentado é aplicativo, o marceneiro sai da<br />
palestra e pode por em prática o que aprendeu”, apontou<br />
Maurício Siqueira, organizador do fórum.
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
TECNOLOGIA<br />
DE GESTÃO<br />
Foto: divulgação<br />
62 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
SETOR MOVELEIRO PODE OTIMIZAR A PRODUÇÃO<br />
UTILIZANDO SOFTWARES QUE MELHORAM LOGÍSTICA<br />
DENTRO DA INDÚSTRIA E DA MARCENARIA<br />
NOVEMBRO | 63
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
Foto: divulgação<br />
A UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES É ESSENCIAL PARA AS<br />
INDÚSTRIAS MOVELEIRAS QUE VISAM UM AUMENTO<br />
EM SUA PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE<br />
64 |<br />
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A FERRAMENTA PEÇA A PEÇA, LANÇADA<br />
DURANTE A FORMAR (FEIRA DA REVENDA E<br />
DA MARCENARIA) FUNCIONA COM AJUDA DE<br />
UMA ANIMAÇÃO NA TELA DO COMPUTADOR,<br />
E PERMITE QUE UM OPERADOR DE MÁQUINA<br />
MANUAL TRABALHE QUASE COMO SE<br />
ESTIVESSE COM UMA CNC, COM CONTROLE DE<br />
CADA PEÇA CORTADA E EMISSÃO PARALELA DA<br />
RESPECTIVA ETIQUETA<br />
Foto: Studio F<br />
CONTRIBUIÇÕES DE EMPRESAS DE<br />
SOFTWARES AO MERCADO INCLUEM<br />
A INSERÇÃO DE MAIS QUALIDADE E<br />
AGILIDADE AOS PROCESSOS DE CRIAÇÃO,<br />
FABRICAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO<br />
Foto: Studio F<br />
NOVEMBRO | 65
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
LINHA DE PRODUÇÃO<br />
DA HÄFELE<br />
Foto: divulgação<br />
66 |<br />
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NA FÁBRICA OU MARCENARIA, OS<br />
SOFTWARES DA PROMOB AJUDAM A<br />
FAZER MAIS COM MENOS<br />
Foto: divulgação
“A FORMA MAIS FÁCIL PARA ENXERGAR O<br />
VALOR DO SOFTWARE ESTÁ NA ANÁLISE DOS<br />
RESULTADOS FINANCEIROS DA EMPRESA”<br />
EDSON WITT, CEO DA PROMOB SOFTWARE SOLUTIONS<br />
Foto: divulgação<br />
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construção civil – o compensado plastificado com filme Imprex®<br />
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Imprex® é um revestimento pronto, liso e fácil de limpar, com<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
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URBANA<br />
USO DA MADEIRA TRATADA EM<br />
PONTOS DE ÔNIBUS GANHA FORÇA<br />
EM MUNICÍPIOS PREOCUPADOS<br />
COM A SUSTENTABILIDADE<br />
Fotos: divulgação<br />
68 |<br />
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gases do efeito estufa. Além disso, na formação da madeira<br />
ocorre o sequestro de carbono. Com este projeto<br />
conseguimos aliar resistência, durabilidade, sustentabilidade,<br />
versatilidade e economia”, comenta.<br />
De olho no mercado, o engenheiro vê alguns desafios.<br />
“Ainda há certa resistência quanto à utilização<br />
da madeira de eucalipto imunizada e proveniente de<br />
reflorestamentos no setor de construção civil. O nosso<br />
papel é divulgar as vantagens do uso. Observamos que<br />
o setor que mais utiliza a madeira imunizada é o rural<br />
especialmente nos casos da fruticultura, confinamento,<br />
mourões e esticadores. Porém, por meio da divulgação,<br />
o setor de construção civil tende a crescer e é altamente<br />
promissor.”<br />
Para a empresa, pontos de ônibus de madeira tratada<br />
têm um papel importante, e diferenciado, na formação<br />
da consciência dos cidadãos locais. “É necessária a<br />
conscientização de todos quanto à utilização de produ-<br />
A<br />
madeira tratada possui diferenciais frente a<br />
outros materiais construtivos que começam<br />
a despertar o interesse de prefeituras pelo<br />
Brasil a fora. A durabilidade da matéria-prima, a propriedade<br />
de sequestrar carbono durante seu desenvolvimento,<br />
a beleza estética e o fator de ser obtida por<br />
plantio florestal, são os aspectos que mais se destacam.<br />
Pontos de ônibus em madeira tratada de eucalipto<br />
foram instalados nos municípios mineiros de Três Marias<br />
e São Gonçalo do Abaeté. A realização do projeto é<br />
da Raiz Florestal Madeiras. Segundo o engenheiro florestal<br />
da empresa, Reinaldo Frederico de Siqueira Montalvão,<br />
a opção pela madeira de eucalipto proveniente<br />
de reflorestamento deve-se às características consideradas<br />
únicas desse material.<br />
“Reduz as pressões exercidas sobre as florestas nativas<br />
e, em comparação com outros materiais como ferro,<br />
aço, cimento e cal, entre outros, reduz a emissão de<br />
NOVEMBRO | 69
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MADEIRA TRATADA<br />
“OBSERVAMOS QUE O SETOR QUE MAIS<br />
UTILIZA A MADEIRA IMUNIZADA É O<br />
RURAL ESPECIALMENTE NOS CASOS DA<br />
FRUTICULTURA, CONFINAMENTO, MOURÕES<br />
E ESTICADORES. PORÉM, POR MEIO DA<br />
DIVULGAÇÃO, O SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
TENDE A CRESCER E É ALTAMENTE PROMISSOR”<br />
ENGENHEIRO FLORESTAL - REINALDO FREDERICO<br />
DE SIQUEIRA MONTALVÃO<br />
tos renováveis, como no caso da madeira. Porém, não<br />
diz respeito apenas à questão ambiental, mas também<br />
à econômica e à social”, comenta Reinaldo.<br />
TRATAMENTO<br />
Elcio Lacerda Lana, supervisor técnico de vendas<br />
para América do Sul da Arch Proteção de Madeiras -<br />
Grupo Lonza, explica que o procedimento recomendado<br />
para uma construção como esta a beira mar é o<br />
tratamento industrial realizado pelo processo de vácuo-<br />
-pressão em autoclave, feito em UTM (Usinas de Tratamento<br />
de Madeiras). “Nesse caso os produtos preservativos<br />
disponíveis no Brasil e utilizados nesse tratamento<br />
são os a base de CCA (Arseniato de Cobre Cromatado) e<br />
CA-B (Cobre e Azoles)”.<br />
A madeira utilizada no projeto dos pontos de ônibus<br />
foi imunizada em autoclave através do processo<br />
denominado Bethell, também conhecido por processo<br />
de célula-cheia. O preservativo utilizado para imunização<br />
da madeira foi o CCA. O motivo apontado foi sua<br />
eficácia como inseticida e fungicida, com alto grau de<br />
fixação na madeira. A empresa, hoje, tem uma parceria<br />
com a Montana Química. “É um dos preservativos químicos<br />
mais efetivos e mais utilizados no mundo, com a<br />
melhor relação custo-benefício. A madeira é inodora e<br />
totalmente adaptável ao uso interior como em estruturas<br />
de telhados ou do tipo construtivo wood frame”, diz.<br />
O engenheiro explica ainda que a madeira tratada<br />
mantém suas propriedades mecânicas e textura, com<br />
desempenho comprovado por mais de 55 anos. “No<br />
projeto dos pontos de ônibus, além do CCA, também<br />
utilizamos o stain transparente”. Além da madeira roliça<br />
imunizada, e pensando no crescimento do setor<br />
da construção civil, a marca produz madeira serrada e<br />
imunizada para usos em telhados. Reinaldo explica a<br />
escolha do stain devido a uma série de fatores técnicos<br />
e comerciais.<br />
Como são locais que as pessoas muitas vezes sentam<br />
com roupas de banho molhada, Elcio explica os cuidados<br />
que se deve ter na manutenção destas paradas.<br />
“Apesar da madeira depois de tratada pelo processo e<br />
os produtos informados anteriormente, e de ter passado<br />
pelo período de secagem pós tratamento e fixação<br />
na madeira não oferecer riscos quando do contato com<br />
pessoas ou animais, nessa condição de uso é também<br />
recomendada a adoção de um acabamento protetor<br />
com produtos do tipo stains, que penetra nos veios da<br />
madeira, não forma película, possui filtro solar e tem<br />
ação hidrorreplente”, diz.<br />
“Em sua formulação o stain alia filtro solar a uma<br />
elevada transparência. Penetra nos veios da madeira<br />
e acompanha seus movimentos naturais, prevenindo o<br />
aparecimento de trincas superficiais. Sua degradação é<br />
lenta, por erosão. Por isso, não ocorrem bolhas ou des-<br />
70 |<br />
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colamentos que exigiriam remoção total do acabamento.<br />
Na manutenção basta remover as partículas soltas<br />
na superfície e reaplicar. Contém fungicida moderno e<br />
de efeito prolongado, resinas que repelem água, é ambientalmente<br />
amigável e muito eficaz”, elucida Reinaldo.<br />
OUTRO EXEMPLO<br />
Conhecida mundialmente pela beleza de suas<br />
praias Maceió é considerada o Caribe brasileiro. Com<br />
uma população de aproximadamente um milhão de habitantes,<br />
o governo municipal de Maceió está com uma<br />
série de ações que visam melhorar o transporte público<br />
da cidade. Entre elas estão: o aumento da frota de ônibus,<br />
de 700 ônibus para 840 veículos; a implantação de<br />
sistemas mais seguros de bilhetagem e a implantação<br />
de novos abrigos de ônibus.<br />
Seguindo a tendência naturalmente bela da região,<br />
a Smtt (Superintendência Municipal de Transportes e<br />
Trânsito) de Maceió optou por escolher madeira de origem<br />
sustentável para construção de abrigos em cinco<br />
pontos de ônibus instalados na região. Eles estão ao<br />
longo da orla do bairro de Ponta Verde. O projeto é uma<br />
parceria com a empresa Plantar, que disponibilizou produtos<br />
florestais ecologicamente corretos.<br />
Segundo informações da Smtt, a implantação dos<br />
abrigos é uma proposta sustentável e mais adequada ao<br />
local, pois a madeira é mais resistente à maresia. “Os<br />
abrigos foram construídos com eucalipto tratado, uma<br />
madeira ecológica e que possui garantia de dez anos.<br />
Também utilizamos uma telha ecologicamente correta,<br />
mais leve e resistente”, explica o coordenador de Projetos<br />
de Transportes, Leônidas Calheiros.<br />
Ainda, segundo o coordenador, além de sustentáveis<br />
os novos abrigos são maiores que os anteriores<br />
com uma área de coberta de 10 m² (metros quadrados)<br />
e possuem assentos mais confortáveis, compostos por<br />
uma base lisa de madeira. “Não há dúvidas que a madeira<br />
é um material totalmente viável para este tipo de<br />
construção, assim como diversos outros, principalmente<br />
se estivermos falando de madeiras provenientes de<br />
florestas plantas como o eucaliptos e pinus, que é recurso<br />
natural renovável e de ciclo curto”, finaliza Elcio,<br />
da Arch.<br />
72 |<br />
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NOVEMBRO | 73
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N<br />
a ultima década, o mercado consumidor de móveis<br />
sofreu uma grande evolução. Os consumidores<br />
procuram, cada vez mais, produtos customizados,<br />
ou seja, personalizados pelos próprios clientes,<br />
designers e arquitetos.<br />
Esta exclusividade exige dos produtores maior agilidade<br />
do processo produtivo. Flexibilidade tornou-se palavra<br />
de ordem, pois a produção está muito orientada a pequenos<br />
lotes (muitas vezes únicos) e produtos que fogem das<br />
formas em série.<br />
Para atender esta necessidade os fabricantes de equipamentos<br />
investiram muito na concepção de centro de usinagens<br />
capazes de atender vários portes de produtores. O<br />
gerente comercial da SCM Tecmatic, Jaison Carlos Scheel,<br />
comenta que além de atender a necessidade de agilidade<br />
e flexibilidade, os centros de usinagem são essenciais para<br />
a segurança dos operadores, pois podem perfeitamente<br />
substituir equipamentos tradicionais que normalmente<br />
não atendem as normas de segurança.<br />
Dentro de uma marcenaria um centro de usinagem vai<br />
possibilitar que projetos alcancem um bom nível de precisão<br />
e reduza os processos que deveriam ser feitos nas máquinas<br />
convencionais de usinagem e furação. Como explica<br />
Nilson Carlos Stefani Violato, gerente do Instituto Senai de<br />
Tecnologia da Madeira e do Mobiliário em Arapongas (PR),<br />
na usinagem convencional os modelos necessitavam que<br />
o marceneiro desenvolvesse gabaritos para que se desse a<br />
forma proposta do projeto.<br />
NOVEMBRO | 75
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
TECNOLOGIA<br />
Foto: Homag<br />
“Com o centro de usinagem o projeto que é transferido<br />
para o desenho técnico poderá ser automaticamente<br />
levado ao equipamento que programará suas ferramentas<br />
e realizará todas operações de usinagem e furação<br />
previstas. Com a precisão adequada para a montagem do<br />
móvel”, elucida Nilson. Um centro de usinagem dentro de<br />
uma marcenaria pode ter várias funções. Com ele é possível<br />
executar trabalhos de fresagem, furação e ranhura, trabalhando<br />
chapas para a fabricação de móveis sob medida.<br />
Além das principais funções citadas anteriormente,<br />
Rogério P. Gualassi, gerente regional de vendas da Homag<br />
South America, comenta que podem-se encontrar centros<br />
que contenham um 5° eixo para trabalhar madeira maciça<br />
em formatos 3D, como por exemplo, um corrimão com perfil<br />
curvado. “Outro tipo de centro de usinagem adiciona a<br />
colagem de bordas. Este, além das principais funções, cola<br />
a borda em peças irregulares e dá acabamento na mesma,<br />
como refilar e raspar, tudo de forma automática”, diz.<br />
Segundo Rogério, ao investir em um centro de usinagem<br />
a empresa se torna mais flexível e mais capacitada.<br />
Ganha vantagens econômicas em processos e tempos de<br />
serviços, flexibilidade de trabalhos, possibilidade de obter<br />
designs complexos e repetir produtos com a mesma qualidade.<br />
São atributos que a tornam muito mais competitiva<br />
diante da concorrência baseada em máquinas manuais.<br />
Quando se adquire um equipamento como este, o<br />
cliente pode fazer recortes de peças irregulares, por exemplo,<br />
tampos redondos, pode executar fresagem de caixa de<br />
fechadura e rebaixo para dobradiças em portas, pode também<br />
fazer as furações como uma furadeira ponto a ponto,<br />
tanto as verticais, quanto as de topos, além de trabalhos de<br />
ranhuras em gavetas dentre outros.<br />
VANTAGENS<br />
Profissionalização do trabalho da marcenaria,<br />
pois valoriza o projeto técnico e a precisão<br />
Qualidade do<br />
desenvolvimento do projeto<br />
Substitui equipamentos<br />
tradicionais e obsoletos<br />
Facilita a operação no<br />
processo fabril<br />
76 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Foto: Homag
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
TECNOLOGIA<br />
Foto: SCM Tecmatic<br />
Além de substituir diversas máquinas de mesa como<br />
as tupias, furadeiras e as as enormes quantidades de gabaritos<br />
e espaço para tal, o centro de usinagem garante a<br />
precisão nos trabalhos e também diminui drasticamente<br />
o tempo de produção, contribuindo ainda na redução do<br />
prazo de entrega do móvel.<br />
Outra vantagem é o software que acompanha a máquina,<br />
uma vez que o mundo está cada vez mais conectado, e<br />
os equipamentos industriais não fogem a esta tendência.<br />
“No caso da Homag, com o software woodWOP, o operador<br />
pode desenhar peças em pouco tempo de maneira<br />
simples e intuitiva tanto diretamente na máquina, quanto<br />
em um computador do escritório. Isto faz com que as horas<br />
de elaboração de uma peça por um marceneiro sejam<br />
transformadas em minutos”, revela Rogério.<br />
Na SCM Tecmati o sistema embarcado no centro de<br />
usinagem também é ponto importante a ser considerado.<br />
Ele deve permitir flexibilidade de conectividade externa,<br />
sendo fator determinante de sucesso. “Infelizmente é fácil<br />
encontrar equipamentos que possuem pouca ou nenhuma<br />
conectividade externa”, desabafa Jaison.<br />
A família de centro de usinagem Pratika, da SCM, possui<br />
alto nível de conectividade, pois dispõe do software<br />
embarcado Genio/Xilog, permitindo geração automática<br />
de programação para o centro de usinagem. “Esta interatividade<br />
entre o software embarcado e os de desenho irão<br />
determinar a velocidade de criação e customização do projeto”,<br />
diz Jaison.<br />
ESCOLHA CERTA<br />
O mercado já dispõe de centros de usinagens compactos<br />
que podem perfeitamente se adequar ao espaço e realidade<br />
produtiva das marcenarias. Sobre qual centro é o mais<br />
indicado para cada tamanho de marcenaria, Nilson Violato<br />
do Senai pontua que o equipamento deve ir de encontro<br />
ao modelo de negócio que a marcenaria tem. “Há centros<br />
de usinagem de vários modelos e desempenho. Todos irão<br />
atender um viés que está atrelado à engenharia do produto<br />
que fabricam”.<br />
Ele exemplifica. “Uma marcenaria que faz móveis sob<br />
medida em painéis e não utiliza grandes variações em seus<br />
projetos pode adquirir um modelo convencional de três eixos<br />
que irá trazer resultados significativos. Portanto quanto<br />
maior a complexidade de sua engenharia melhor estudar as<br />
opções viáveis”, explica.<br />
O correto a fazer na hora da escolha é realizar um bom<br />
estudo, levando em conta o melhor desempenho e o menor<br />
investimento. “A relação custo-benefício é a orientação fundamental”,<br />
pondera Nilson.<br />
Vale lembrar que o treinamento de quem vai operar o<br />
equipamento e de como as informações deverão chegar até<br />
ele são fundamentais.<br />
78 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
CUIDADOS NA HORA DA COMPRA E DE USO,<br />
POR ROGÉRIO P. GUALASSI, GERENTE REGIONAL DE<br />
VENDAS DA HOMAG SOUTH AMERICA:<br />
• Saber bem o que pretende fazer, quais são as peças maiores, as menores, complexidade, tipos de materiais e<br />
tipos de trabalhos;<br />
• Quanto mais informações melhor, com isto a escolha da máquina certa se torna mais confortável, tanto para o<br />
cliente quanto para quem a vende;<br />
• O campo de trabalho ou área útil do centro de usinagem deve ser observado com muita atenção,<br />
principalmente a medida em “Y”, pois esta medida pode limitar a largura de uma peça se ela for grande ou<br />
limitar em quantidade de peças (em sua largura) quanto se utiliza mais de um campo de trabalho;<br />
• Configuração dos cabeçotes da máquina, como o motor principal, por exemplo, existem trabalhos que<br />
necessitam um eixo C ou até mesmo um 5° eixo, já na furação a variedade é na quantidade de brocas verticais e<br />
horizontais. No equipamento com serra de ranhura observar se efetua trabalhos em “X” e em “Y”;<br />
• O pacote de software que acompanha a máquina também é de extrema importância, pois ele será o facilitador<br />
entre a integração homem-máquina.<br />
25<br />
ANOS<br />
QUALIDADE<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
O ANO<br />
INTERNACIONAL<br />
DO SOLO<br />
ONU (ORGANIZAÇÃO<br />
DAS NAÇÕES UNIDAS)<br />
DECLAROU <strong>2015</strong> COMO<br />
“ANO INTERNACIONAL<br />
DO SOLO”<br />
Fotos: divulgação<br />
80 | www.referenciaindustrial.com.br
NOVEMBRO | 81
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
N<br />
o seu temário mensal, a ONU (Organizacão<br />
das Nações Unidas) dedicou o mês de novembro<br />
para a discussão de itens como o<br />
papel do solo no sequestro de carbono, redução e desprendimento<br />
dos chamados gases de efeito estufa, seca<br />
e desertificação. Especialmente sobre esta temática do<br />
mês em curso não seria possível deixar de solidarizar-se<br />
e fazer algumas considerações em torno dela.<br />
Pesquisas realizadas, principalmente pelo Ipcc (Intergovernmental<br />
Panel on Climate Change), demonstraram<br />
que este fato traz consequências danosas ao<br />
meio ambiente e ao homem, que dele faz parte. A mais<br />
notável delas é a mudança climática, cujos efeitos já se<br />
fazem sentir no momento, como, por exemplo, a estiagem<br />
na região sudeste do Brasil, onde grandes cidades<br />
já vêm enfrentando crise de abastecimento de água<br />
para suas populações.<br />
As soluções desse problema são extremamente<br />
complexas. Passam pela vontade política de governos<br />
que, muitas vezes, colocam suas agendas econômicas<br />
imediatas em primeiro plano, esquecendo que todos<br />
nós somos passageiros da mesma nave planetária e que<br />
nenhum povo estará isento das consequências que se<br />
manifestarão como uma reação em cadeia e que não<br />
deixarão, no devido tempo, nenhum ecossistema incólume.<br />
Uma das soluções mais importantes passa, sem dúvida,<br />
pelo correto manejo do ecossistema florestal, pois<br />
cerca de 65% do território brasileiro é recoberto por florestas.<br />
Isto equivale à adoção de práticas para uso de<br />
solos florestados e reflorestados no sentido de realizar<br />
as funções ecológicas, econômicas e sociais, que formam<br />
o tripé da sustentabilidade.<br />
Em relação ao reflorestamento, o Brasil detém<br />
cerca de 7,7 milhões de ha (hectares) plantados, principalmente<br />
com os gêneros Eucalyptus spp e Pinus spp.<br />
A prática de reflorestamento tem se mostrado exitosa<br />
não só por diminuir a pressão de demanda por madeiras<br />
da região amazônica, que têm um papel preponderante<br />
na regulação climática do mundo, mas também por<br />
aumentar a biomassa acima do solo, que proporciona<br />
maior fixação de carbono em seu interior.<br />
NOS ÚLTIMOS 50 ANOS<br />
FORAM LIBERADOS<br />
PARA A ATMOSFERA<br />
CERCA DE 400 GT<br />
(GIGATONELADAS)<br />
DE CARBONO, DOS<br />
QUAIS QUASE 70%<br />
ORIUNDOS DA QUEIMA<br />
DE COMBUSTÍVEIS<br />
FÓSSEIS COMO<br />
PETRÓLEO E CARVÃO<br />
82 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Dessa atividade são notáveis os benefícios agrícolas<br />
e não agrícolas, como a melhoria da água e da qualidade<br />
do ar, além de, vale a pena repetir, proporcionar<br />
aumento sustentável de madeira legal. Como essa madeira,<br />
procedente de reflorestamento, é de ciclo curto<br />
e, portanto, de crescimento rápido, a estocagem de<br />
CO 2 (Gás Carbônico), um dos mais importantes gases<br />
do chamado efeito estufa, se processa com maior celeridade.<br />
O uso não é uma tarefa tão simples, pois há vários<br />
filtros intervenientes nesse processo: poder político,<br />
participação social, legislação (Código Florestal), potencialidades<br />
socioeconômicas e vulnerabilidades,<br />
variáveis que formam o chamado ZEE (Zoneamento<br />
Ecológico-Econômico). Esse mix de forças define um<br />
ordenamento territorial extremamente determinante<br />
para as futuras gerações.<br />
Vale lembrar que popularmente costuma-se designar<br />
uma pessoa dissociada dos problemas atuais como<br />
poeta. Não é o que parece ante a percepção de Carlos<br />
Drummond de Andrade ao dizer que: “Tentamos proteger<br />
a árvore, esquecidos de que é ela que nos protege.”<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
REFERÊNCIAS<br />
DE<strong>2015</strong><br />
PREMIAÇÃO REALIZADA PELO GRUPO JOTA<br />
HOMENAGEIA OS 10 DESTAQUES DO ANO<br />
O<br />
ano de <strong>2015</strong> está quase terminando e convenhamos<br />
que não foi nada fácil. Apesar<br />
das adversidades, empresas, profissionais<br />
e entidades continuaram a investir, trabalhar e criar.<br />
Para homenagear esse grupo de pessoas que não se<br />
intimida por crises e permanece contribuindo para o<br />
avanço do segmento florestal, industrial madeireiro,<br />
produtos acabados, biomassa, papel e celulose, o<br />
GRUPO JOTA criou o Prêmio REFERÊNCIA, que chega<br />
este ano à 13ª edição. No dia 23 de novembro, em<br />
Curitiba (PR), será realizada a cerimônia de entrega<br />
das placas aos 10 destaques de <strong>2015</strong>.<br />
A indústria de base florestal tem números impressionantes.<br />
São 7,74 milhões de ha (hectares) de<br />
plantios florestais comerciais, responsáveis por 91%<br />
de toda a madeira produzida para fins industriais no<br />
Brasil. Os outros 9% vêm de florestas nativas manejadas<br />
de forma sustentável. São mais de 4,5 milhões<br />
de empregos diretos, indiretos, e resultantes do efeito<br />
renda. Além dos benefícios econômicos e sociais,<br />
também são gerados ganhos ambientais. As árvores<br />
plantadas absorvem 1,67 bilhão de toneladas de gás<br />
carbônico da atmosfera. Cerca de 60% dos plantios<br />
são certificados.<br />
Este é um pequeno resumo dos benefícios da atividade,<br />
que acima de tudo é movida por pessoas aficionadas<br />
pelo que fazem. Essa paixão explica tamanho<br />
empenho pelo crescimento do setor e pelas iniciativas<br />
que fazem toda a diferença. Em meio a tantos exemplos<br />
positivos, existem alguns que se destacam. Todos<br />
os anos eles são exaltados pelo Prêmio REFERÊNCIA,<br />
84 | www.referenciaindustrial.com.br
que surgiu com a missão de divulgar ações que contribuíram<br />
para a evolução da atividade e que sirvam<br />
de inspiração multiplicadora para outras pessoas.<br />
“Tratamos o Prêmio REFERÊNCIA como uma<br />
corrente do bem. Além de homenagearmos as pessoas<br />
por trás das atitudes, mostramos para todos<br />
os leitores das nossas principais publicações porque<br />
aqueles 10 nomes obtiveram êxito durante o ano”,<br />
declara Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />
do GRUPO JOTA. Para a escolha dos vencedores foram<br />
observadas as iniciativas e marcas alcançadas<br />
ao longo de <strong>2015</strong>. Além da participação do mercado<br />
que envia sugestões de ações que merecem reconhecimento.<br />
Empresas, personalidades e entidades<br />
que são notícia nas publicações da Editora – Revistas<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL E REFERÊNCIA IN-<br />
DUSTRIAL, PRODUTOS DE MADEIRA, BIOMAIS e<br />
CELULOSE E PAPEL – são premiadas baseadas nos<br />
conceitos de sustentabilidade, investimentos econômicos<br />
e em tecnologia, gestão, projetos sociais,<br />
marcas históricas, produção científica e ações de<br />
apoio ao setor. Nesta edição do Prêmio os 10 vencedores<br />
são exemplo de sucesso na área em que atuam<br />
e mereceram a justa homenagem pelos feitos alcançados<br />
durante o ano de <strong>2015</strong>. A próxima edição da<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL, que circula em dezembro,<br />
trará a cobertura completa da festa, com depoimentos<br />
dos ganhadores e suas realizações.<br />
VENCEDORES<br />
DE<br />
<strong>2015</strong><br />
Abipel (Associação Brasileira das Indústrias de Pellets)<br />
ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais)<br />
Acimderj (Associação do Comércio e Indústria de Madeiras e<br />
Derivados do Estado do Rio de Janeiro)<br />
Araupel<br />
Fiep - Conselho Setorial da Madeira<br />
Grupo Arboris<br />
Plantar<br />
Randa Ind. Com. Portas e Compensados Ltda<br />
Schattdecor<br />
Terra Sol Madeiras Ecológicas<br />
NOVEMBRO | 85
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
RESÍDUOS DE MADEIRA<br />
NA CONSTRUÇÃO:<br />
OPORTUNIDADE OU<br />
PERIGO?<br />
RAFAELA MIYUKI HAMAYA<br />
Estudante de Engenharia de Produção Civil da Utfpr<br />
(Universidade Tecnológica Federal do Paraná)<br />
rafaela_hamaya@yahoo.com.br<br />
PIERA MARINHO PEREIRA<br />
Estudante de Engenharia de Produção Civil da Utfpr<br />
pierampb@yahoo.com.br<br />
FERNANDA POLONIO LOPES<br />
Estudante de Engenharia de Produção Civil (Utfpr)<br />
fer_low@hotmail.com<br />
ANDRÉ NAGALLI<br />
Professor-doutor do Departamento Acadêmico de<br />
Construção Civil da Utfpr<br />
nagalli@utfpr.edu.br<br />
Foto: divulgação<br />
86 |<br />
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NOVEMBRO | 87
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
E<br />
m um país em desenvolvimento como o Brasil<br />
é natural o crescimento da demanda por<br />
obras de construção civil, tanto para fins habitacionais<br />
como de infraestrutura. Planos como o PAC<br />
(Plano de Aceleração do Crescimento), do governo<br />
federal, linhas de crédito para compra da casa própria<br />
e obras para grandes eventos esportivos foram fundamentais<br />
para o atual panorama da construção civil no<br />
país.<br />
Juntamente com o crescimento do mercado da<br />
construção civil, surge o agravamento dos problemas<br />
ambientais associados, principalmente no que diz respeito<br />
à geração e gerenciamento de RCD (resíduos de<br />
construção e demolição).<br />
De acordo com a Abrelpe (2011), estima-se que no<br />
Brasil só no ano de 2011, os municípios coletaram mais<br />
de 33 milhões de t (toneladas) de RCD, o que representa<br />
cerca de 60% de todo o resíduo sólido urbano<br />
coletado naquele ano.<br />
O emprego da madeira na construção civil, feito<br />
na forma de elementos temporários como formas,<br />
escoramentos e andaimes, ou na forma de elementos<br />
definitivos como estruturas de coberturas, forros,<br />
pisos, esquadrias e acabamentos, gera grande quantidade<br />
de resíduos, principalmente considerando que<br />
todos esses elementos temporários serão posteriormente<br />
descartados.<br />
De acordo com Miranda et al. (2009), os resíduos<br />
de madeira representam cerca de 31% de todo o volume<br />
de resíduo de construção gerado em uma obra<br />
de um edifício residencial. Se considerado somente a<br />
fase de execução estrutural, podem chegar a representar<br />
42% dos resíduos gerados durante o processo<br />
em questão.<br />
Apesar de existirem diversas opções para destinação<br />
destes resíduos de madeira, muitas vezes a destinação<br />
mais adequada não é realizada por ser inviável<br />
financeiramente, por problemas de logística ou até<br />
por falta de tecnologia para tornar a ideia de destinação<br />
viável, resultando em uma grande quantidade de<br />
resíduos descartada sem tratamento adequado, ou<br />
sem nenhum tratamento.<br />
Atualmente, com o aumento das demandas ambientais<br />
e ações fiscalizatórias, é bastante comum que<br />
as construtoras destinem os resíduos de madeira de<br />
suas obras como fonte de energia, por exemplo, para<br />
queima em olarias. Há casos em tais resíduos são destinados<br />
para queima em pizzarias, restaurantes ou fábricas<br />
de alimentos.<br />
Na construção civil muitos resíduos de madeira<br />
NA CONSTRUÇÃO CIVIL MUITOS RESÍDUOS DE MADEIRA GERADOS<br />
ESTÃO CONTAMINADOS POR OUTROS MATERIAIS, COMO TINTAS,<br />
GRAXAS, PREGOS, PARAFUSOS E PLÁSTICOS. DE FORMA QUE, A<br />
COMPLEXIDADE EM QUALIFICAR OS CONTAMINANTES PRESENTES<br />
NO MATERIAL, DIFICULTA O PROCESSO DE BENEFICIAMENTO,<br />
REUTILIZAÇÃO OU RECICLAGEM<br />
Foto: divulgação<br />
88 |<br />
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Foto: Jppi<br />
gerados estão contaminados por outros materiais,<br />
como tintas, graxas, pregos, parafusos e plásticos. De<br />
forma que, a complexidade em qualificar os contaminantes<br />
presentes no material, dificulta o processo<br />
de beneficiamento, reutilização ou reciclagem. Para<br />
amenizar o problema que estes resíduos representam<br />
ao meio ambiente, é necessário propor maneiras eficientes<br />
de gerenciamento e reaproveitamento destes.<br />
Diante dessa realidade, este trabalho busca contribuir<br />
com a caracterização do problema de contaminação<br />
de resíduos de madeira associados à construção<br />
civil, ao se analisar amostras provenientes de<br />
canteiros de obras na cidade de Curitiba (PR) por meio<br />
de levantamentos in loco da madeira a ser descartada.<br />
MÉTODO<br />
No intuito de caracterizar os resíduos de madeira<br />
de obras de construção civil, foi elaborado um plano<br />
de coleta e análise de dados, buscando representatividade<br />
das amostras nos canteiros de Curitiba.<br />
Foram analisadas 246 amostras de resíduos de<br />
madeira em seis canteiros de obras de edifícios verticais<br />
em diferentes fases executivas. As obras analisadas<br />
possuem área total construída variando entre<br />
18.000 a 81.500 m² (metros quadrados), duração da<br />
obra variando entre 2 a 5 anos, número médio de funcionários<br />
de 200 a 350, com ou sem certificações ISO<br />
9001 e Pbqp-H.<br />
As amostras foram caracterizadas quanto a suas<br />
dimensões e a presença de contaminantes. Classificaram-se<br />
ainda as peças em simples e compostas,<br />
considerando-se compostas aquelas amostras que<br />
apresentam mais de uma peça, unidas por cola, pinos<br />
metálicos, etc.<br />
Foram também analisados os locais para armazenamento<br />
temporário dos resíduos na obra, as destinações<br />
finais voltadas aos resíduos de madeira, tipos de<br />
desmoldantes utilizados e levantados os responsáveis<br />
NOVEMBRO | 89
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
Tabela 1<br />
AMOSTRAS DE RESÍDUOS CLASSIFICADAS DE ACORDO COM SUA UNIÃO A OUTRAS PEÇAS<br />
TIPO<br />
GERAL<br />
OBRA A<br />
OBRA B<br />
OBRA C<br />
OBRA D<br />
OBRA E<br />
OBRA F<br />
SIMPLES<br />
77,6%<br />
56,4%<br />
85,7%<br />
79,3%<br />
78,0%<br />
86,5%<br />
80,6%<br />
COMPOSTO<br />
22,4%<br />
43,6%<br />
14,3%<br />
20,7%<br />
22,0%<br />
13,5%<br />
19,4%<br />
Figura 1<br />
DISTRIBUIÇÃO DE AMOSTRAS TIPO SIMPLES SEGUNDO SUA FORMA ORIGINAL<br />
8%<br />
3%<br />
17% 16%<br />
3%<br />
40%<br />
40%<br />
35%<br />
22%<br />
41%<br />
38%<br />
OUTROS<br />
PAINEL<br />
COMPENSADO<br />
82%<br />
3%<br />
3%<br />
7%<br />
RIPA<br />
6%<br />
25%<br />
5%<br />
12%<br />
5%<br />
5%<br />
14%<br />
20%<br />
10%<br />
23%<br />
15%<br />
15%<br />
7%<br />
11%<br />
28%<br />
22%<br />
13%<br />
44%<br />
9%<br />
3%<br />
34%<br />
7%<br />
10%<br />
SARRAFO<br />
TÁBUA<br />
CAIBRO<br />
VIGOTA<br />
GERAL OBRA A OBRA B OBRA C OBRA D OBRA E OBRA F<br />
90 |<br />
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Compensado Moveleiro<br />
Compensado Resinado<br />
Compensado Naval<br />
Lâminas para Capa<br />
LANÇAMENTO<br />
Compensado<br />
Plastificado<br />
O mais resistente entre os painéis resinados.<br />
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revestimento, com filme fenólico, proporciona alto índice<br />
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pelo sistema de gerenciamento de resíduos. Os detalhes<br />
do método de pesquisa estão descritos em Lopes<br />
et al. (2013).<br />
“Deus cuida de nós”<br />
PLANETA INDUSTRIAL<br />
DE MADEIRAS LTDA.<br />
RESULTADOS<br />
Na página ao lado, estão apresentadas as análises<br />
e interpretações dos resultados encontrados nas<br />
amostragens. Na Tabela 1 são apresentados os percentuais<br />
encontrados nos levantamentos de campo,<br />
segundo a classificação proposta. Geral, corresponde<br />
à média relativa a todas as amostras.<br />
Depreende-se da análise da Tabela 1 que a maior<br />
parte dos resíduos de madeira (cerca de 80%) nas<br />
obras analisadas refere-se a peças simples, isto é, não<br />
estão unidas a outras peças por meio de pinos metálicos,<br />
cola, etc. Esta informação sugere que há desagregação<br />
das estruturas de madeira, utilizadas como<br />
formas, escoras, etc. na própria obra, antes de seu<br />
armazenamento, o que pode contribuir para uma destinação<br />
mais correta.<br />
Do ponto de vista de tipo de peça descartada,<br />
pode-se verificar na Figura 1 que os painéis compensados<br />
representam cerca de 40% do total de resíduos<br />
considerados simples analisados. Este fator pode ser<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
Figura 2<br />
DISTRIBUIÇÃO DA QUANTIDADE DE CONTAMINANTES POR AMOSTRA<br />
DOIS CONTAMINANTES<br />
15%<br />
TRÊS OU MAIS<br />
CONTAMINANTES<br />
19%<br />
NENHUM 7%<br />
UM CONTAMINANTES<br />
29%<br />
Figura 3<br />
INCIDÊNCIA DOS CONTAMINANTES NAS AMOSTRAS<br />
TERRA<br />
13%<br />
DESMOLDANTE<br />
13%<br />
GESSO<br />
13%<br />
OUTROS<br />
13%<br />
UMIDADE<br />
(AGENTES<br />
BIOLÓGICOS)<br />
13%<br />
PINOS METÁLICOS<br />
30%<br />
TINTA<br />
13%<br />
ARGAMASSA<br />
29%<br />
92 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
MADEIRADE<br />
REFLORESTAMENTO<br />
PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE<br />
Foto: divulgação<br />
relacionado com a abrangência de utilizações dentro<br />
de uma obra para o material citado, como em bandejas<br />
de proteção, formas e instalações provisórias.<br />
Especificamente na obra A, a quantidade de painéis<br />
compensados representou uma porcentagem bem<br />
superior à geral devido à coleta ter sido feita um dia<br />
após a desmontagem da bandeja de proteção.<br />
Estão apresentados na Figura 2 resultados sobre a<br />
quantidade de contaminantes por amostra. Ressalta-<br />
-se a informação de que apenas 7% das amostras não<br />
possuíam contaminantes, o que mostra a necessidade<br />
de estudos sobre a criação de novos métodos de<br />
destino e a necessidade de se estimulá-los, principalmente<br />
após ficar evidente que a destinação comum,<br />
a queima, não poderia ser utilizada em grande parte<br />
dos resíduos.<br />
Na Figura 3 estão apresentadas as incidências de<br />
cada contaminante analisado para os dados coletados.<br />
Para esta porcentagem foram consideradas apenas<br />
amostras com pelo menos um contaminante, excluindo-se<br />
então a opção de nenhuma contaminação.<br />
Vale lembrar que um mesmo resíduo pode ter incidência<br />
de mais de um contaminante e a porcentagem<br />
individual é em relação ao número de contaminações<br />
encontradas, sendo que o total de contaminações registradas<br />
foi de 456, nas 246 amostras.<br />
Nota-se que argamassa e pinos metálicos juntos<br />
são responsáveis por mais da metade das contaminações.<br />
Seria ideal a remoção desses contaminantes<br />
antes da destinação final. Mesmo em olarias, destinação<br />
usual, os pinos metálicos se apresentam como<br />
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ARTIGO<br />
um empecilho, pois previamente à queima, a madeira<br />
passa muitas vezes por um processo de trituração e os<br />
pinos metálicos podem eventualmente danificar os<br />
equipamentos.<br />
Outro ponto que se soma à questão é que 18% dos<br />
resíduos analisados apresentou desmoldantes, vernizes<br />
ou tintas. Alguns destes produtos encontrados no<br />
mercado apresentam substâncias tóxicas à inalação<br />
(respaldadas por suas Fispq’s), o que deveria trazer<br />
maiores preocupações quanto à destinação destes,<br />
especialmente no que concerne à sua queima. Estas<br />
informações reforçam a tese de que o controle para<br />
descarte dos resíduos contaminados com desmoldantes<br />
deveria ser mais rígido.<br />
Um fato relacionado às olarias que deve ser ressaltado<br />
é que algumas destas ainda não possuem tratamento<br />
ou filtros para controle da poluição do ar ou<br />
riscos ocupacionais associados, o que pode acarretar<br />
em danos ao meio ambiente e ao trabalhador. Regulamentos<br />
e normas deveriam ser estabelecidos no sentido<br />
de disciplinar a matéria.<br />
Outro problema que deveria ser corrigido é em relação<br />
à reutilização de pallets. Entre as seis obras pesquisadas,<br />
apenas uma afirmou a devolução de pallets<br />
em bom estado de conservação para posterior reutilização.<br />
As demais os descartavam.<br />
Outro fator verificado foi que em 4 das 6 obras visitadas<br />
não havia um engenheiro responsável ou um<br />
profissional qualificado para atuar no gerenciamento<br />
de resíduos, sendo esta responsabilidade repassada<br />
ao estagiário de engenharia, entre suas diversas funções.<br />
Fica evidente o descaso das empresas quanto<br />
ao manejo dos resíduos gerados em seus empreendimentos.<br />
Após análise de todos os fatores envolvidos,<br />
conclui-se que há urgência na criação de regulamentações<br />
mais rígidas para descartes de resíduos de madeira<br />
em obras.<br />
CONCLUSÃO<br />
O cenário encontrado nas obras utilizadas para a<br />
análise foi similar. Os contaminantes mais encontrados<br />
nos resíduos foram argamassa e pinos metálicos,<br />
somando 59% das amostras analisadas. Substâncias<br />
que podem ser tóxicas ou prejudiciais se inaladas<br />
como tintas e desmoldantes foram encontradas em<br />
18% das amostras, o que representa um valor significativo.<br />
Em cinco das seis obras não há a reutilização<br />
de pallets e em quatro delas não havia profissional<br />
qualificado responsável pelo gerenciamento de resíduos.<br />
Aos resíduos de madeira não é dada a importância<br />
devida e na maioria dos casos até o descarte inicial na<br />
obra é feito de maneira dispersa e sem cuidados. Em<br />
100% das obras analisadas a destinação final utilizada<br />
para madeira é a olaria, que se revelou inadequada ao<br />
meio ambiente e à saúde do trabalhador.<br />
Os órgãos de fiscalização precisam estar atentos<br />
a esta questão, buscando verificar a suficiência e eficiência<br />
dos equipamentos de controle de poluição de<br />
Foto: divulgação<br />
94 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
áreas de recebem resíduos de madeira, especialmente<br />
aqueles que utilizam tais resíduos para queima.<br />
Para melhoria do quadro seria necessária mudança<br />
de atitude por parte das construtoras e agentes de<br />
fiscalização, na adoção de formas diversas de descarte<br />
desses resíduos. A verificação periódica do sistema<br />
de gerenciamento de resíduos por técnico habilitado<br />
mostra-se também urgente. Seriam necessários esforços<br />
adicionais na segregação dos resíduos de madeira<br />
nos canteiros, com a subclassificação destes<br />
segundo seus potenciais destinos finais. Contudo, isto<br />
possivelmente oneraria, em um primeiro momento,<br />
as construtoras, mas certamente acarretaria em benefícios<br />
ambientais.<br />
REFERÊNCIAS<br />
Análise da Contaminação em Resíduos de Madeira<br />
na Construção Civil. Lopes, F. P.; Pereira, P. M.;<br />
Hamaya, R. M. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso<br />
de Engenharia da Produção Civil. Universidade Tecnológica<br />
Federal do Paraná - Utfpr. Curitiba, 2013. 85p.<br />
A reciclagem de resíduos de construção e demolição<br />
no Brasil: 1986-2008. Miranda, L. F. R.; Ângulo,<br />
S. C.; Careli, E. D. Ambiente Construído, Porto Alegre,<br />
2009. p.57-71.<br />
Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. Abrelpe.<br />
Associação Brasileira De Empresas De Limpeza Pública<br />
E Resíduos Especiais. São Paulo, 2011. Disponível<br />
em: Acesso<br />
em: 16 abr. 2012.<br />
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AGENDA<br />
NOVEMBRO <strong>2015</strong><br />
FEVEREIRO 2016<br />
Furniture Fair<br />
10 a 15<br />
Belgrado (Sérvia)<br />
www.beogradskisajamnamestaja.rs<br />
Wood Machinery<br />
26 a 28<br />
Riga (Letônia)<br />
www.woodworking.lv<br />
ZOW<br />
16 a 19<br />
Bad Salzuflen (Alemanha)<br />
www.zow.de<br />
XVII Fimai – Feira Internacional<br />
de Meio Ambiente<br />
<strong>Industrial</strong> e Sustentabilidade<br />
11 a 13<br />
São Paulo (São Paulo)<br />
www.fimai.com.br/pt_BR/<br />
Woodex<br />
24 a 27<br />
Moscou (Rússia)<br />
www.woodexpo.ru<br />
JANEIRO 2016<br />
Magna Expomueblera<br />
20 a 23<br />
Cidade do México (México)<br />
www.magnaexpomueblera.<br />
mx<br />
Femur (Feira de Móveis de<br />
Minas Gerais)<br />
9 a 13<br />
Ubá (Minas Gerais)<br />
www.femur.com.br<br />
Xylexpo<br />
24 a 28<br />
Milão (Itália)<br />
www.xylexpo.com<br />
MAIO 2016<br />
DESTAQUE<br />
XVII FIMAI – FEIRA INTERNACIONAL DE MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL<br />
E SUSTENTABILIDADE<br />
11 a 13 de novembro<br />
São Paulo (São Paulo)<br />
www.fimai.com.br<br />
Em <strong>2015</strong>, a Fimai-Ecomondo Brasil será realizada nos dias 11 a 13 de novembro,<br />
no Pavilhão Branco do Expo Center Norte, em São Paulo (SP). Em paralelo acontecem o XVII Simai – Seminário Internacional<br />
de Meio Ambiente <strong>Industrial</strong> e Sustentabilidade, a 2ª Oil Spill Brazil e 2º Seminário Brasil e Termelétricas. A feira amplia sua<br />
oferta no mercado internacional com a mostra das inovações, tendências, equipamentos, políticas de incentivo, economia<br />
verde e tecnologias que contribuem para o desenvolvimento da sustentabilidade nas mais diversas esferas do mercado global.<br />
Imagem: reprodução<br />
96 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
O FUTURO<br />
DO MÓVEL<br />
N<br />
os primeiros anos deste século vimos aparecer a comunicação<br />
instantânea e a internet. Mudaram os hábitos alimentares, as<br />
relações humanas e surgiu a casa híbrida. Nunca estivemos<br />
tão perto de realizar a fantasia de uma Era Jetsons, mas a indústria moveleira<br />
continua criando produtos projetados para casas do século 19.<br />
Entre as previsões dos especialistas ligados ao Fórum Econômico<br />
Mundial, as maiores tendências globais para os próximos anos são:<br />
aprofundamento da desigualdade de renda, aumento da concorrência<br />
geoestratégica, aumento da poluição no mundo em desenvolvimento,<br />
intensificação do nacionalismo, aumento da escassez de água e crescimento<br />
da importância da saúde para a economia.<br />
A economia compartilhada é outra realidade com impacto direto<br />
sobre a indústria moveleira. Seja pela redução no consumo de recursos<br />
e proteção ao meio ambiente, seja pelo apelo de vivenciar novas experiências,<br />
o fato é que os produtores de bens duráveis devem preparar-se<br />
para ver seus produtos compartilhados por grupos de indivíduos. E ao<br />
contrário do que parece, esta perspectiva oferece muitas oportunidades.<br />
Uma nova visão do luxo, o consumo indulgente, a pechincha chique<br />
e as trocas com desconto são outras tendências que devem mudar a<br />
dinâmica da indústria moveleira mundial e local.<br />
A crescente globalização do consumo não implica em oferecer os<br />
mesmos produtos e serviços para todo mundo. Muito pelo contrário:<br />
são cada vez mais valorizados os itens de origem, que mostram suas<br />
raízes. Captar o espírito de uma região, saber utilizar a internet como<br />
aliada para ampliar o alcance da publicidade e ter estrutura para atuar<br />
em escala global são os desafios do varejo.<br />
A escassez de água e energia será um fator decisivo na produção de<br />
bens. Neste cenário cresce a demanda por logística reversa e por novas<br />
matérias-primas, mais inteligentes e eficazes. A desmaterialização do<br />
móvel, impulsionada por novas formas de morar, passa a ser um fator<br />
de sustentabilidade e uma estratégia de desenvolvimento de novos<br />
produtos. Além disso, a facilitação da limpeza da casa e dos móveis é<br />
uma expectativa dos consumidores mais jovens.<br />
Foto: divulgação<br />
Por Silvia Grilli<br />
Designer de produto e sócia-diretora do portal TrendMóvel
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