Abril/2017 - Referência Industrial 184
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ENTREVISTA - Pesquisador do Inpa, Jadir Rocha fala de pesquisa inédita sobre casas de madeira<br />
I N D U S T R I A L<br />
À frente da<br />
retomada<br />
Indústria de máquinas lidera<br />
reaceleração da economia<br />
Getting ahead of the recovery<br />
Machinery industry takes lead on re-acceleration of the economy<br />
Especial – Cobertura completa da Fimma <strong>2017</strong> traz os principais destaques da feira
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
SUMÁRIO<br />
SUMÁRIO<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Dallabona Máquinas 71<br />
36<br />
DRV Ferramentas 09<br />
Encapp 35<br />
EnerSolar 31<br />
Gaidzinski 45<br />
Homag 69<br />
Indumec 75<br />
Lignum 23<br />
46<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
50<br />
Mafercon 21<br />
Mill Indústrias 07<br />
Mill Indústrias 61<br />
Mill Indústrias 76<br />
Montana Química 02<br />
MSM Química 11<br />
Razi Máquinas 49<br />
Rossin 63<br />
Siempelkamp 05<br />
Siromat 15<br />
Tissue World 27<br />
Vantec 19<br />
Weinig 13<br />
Wood Mizer 17<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
22 Aplicação<br />
24 Alta e Baixa<br />
26 Frases<br />
28 Entrevista<br />
34 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
36 Principal A primeira a crescer<br />
42 Construção Civil<br />
46 Marcenaria<br />
50 Especial Enxuta e movimentada<br />
60 Madeira Tratada<br />
64 Química na Madeira<br />
66 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
ABRIL | 03
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EDITORIAL<br />
ENTREVISTA - Pesquisador do Inpa, Jadir Rocha fala de pesquisa inédita sobre casas de madeira<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
I N D U S T R I A L<br />
À frente da<br />
retomada<br />
Indústria de máquinas lidera<br />
reaceleração da economia<br />
Ano XIX - Edição n.º <strong>184</strong> - <strong>Abril</strong> <strong>2017</strong><br />
Year XIX - Edition n.º <strong>184</strong> - April <strong>2017</strong><br />
A composição de imagens<br />
da capa ilustram a retomada da<br />
economia, puxada pelo setor de<br />
máquinas e equipamentos<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XIX • N°<strong>184</strong> • <strong>Abril</strong> <strong>2017</strong><br />
Getting ahead of the recovery<br />
Machinery industry takes lead on re-acceleration of the economy<br />
Especial – Cobertura completa da Fimma <strong>2017</strong> traz os principais destaques da feira<br />
SINAIS POSITIVOS<br />
POSITIVE SIGNS<br />
Em tempos que é necessário olhar sempre à frente, mediante<br />
o turbulento passado e presente que nossa economia<br />
vive, um provérbio antigo do filósofo chinês Lao Zi pode servir<br />
como bússola: “Conhecer os outros é inteligência, conhecer-<br />
-se a si próprio é verdadeira sabedoria”. Tal frase cai bem ao<br />
setor industrial madeireiro, após um mês de eventos como a<br />
Fimma e a iminente terceirização irrestrita de trabalhadores,<br />
ambos apontando um futuro com boas perspectivas aos que<br />
souberem tomar as decisões corretas mediante o que nos é<br />
apresentado: uma era de mudanças.<br />
A cobertura completa da Fimma, que você lê nesta edição,<br />
demonstra que o setor volta a retomar o ânimo: a expectativa<br />
é de terem sido concretizados ao menos R$ 900 milhões<br />
em negócios durante os quatro dias de evento, em Bento<br />
Gonçalves (RS). Outro sinal positivo são as informações que<br />
constam em nossa reportagem principal, com a retomada<br />
da indústria e, consequentemente, do setor de máquinas de<br />
transformação. É chegada a hora, enfim, do Brasil voltar a<br />
crescer. Excelente leitura!<br />
At the times when it is necessary to look ahead, such as<br />
now, beyond the turbulent past and present that our economy<br />
is going through, an old Chinese proverb from the philosopher<br />
Lao Zi can serve as a compass: “Knowing others is intelligence,<br />
knowing yourself is true wisdom.” This phrase well fits the timber<br />
industry, after a month of events, such as Fimma and the<br />
imminent unrestricted outsourcing of workers, both pointing to a<br />
future that holds good prospects for those knowing how to make<br />
the right decisions through knowing what is being presented to<br />
us: an era of change.<br />
In this issue, you can read a complete coverage of Fimma,<br />
which demonstrated that the Sector is returning to its essence:<br />
the expectation is shown by the realization of at least R$ 900<br />
million in business during the four-day event, in Bento Gonçalves<br />
(Rio Grande do Sul). Another positive sign is the information<br />
reported in our main story, with the economic recovery of industry<br />
and, consequently, that of the Transformation Machinery<br />
Sector. Finally, the time has come for Brazil to return to growth.<br />
Pleasant reading!<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA COMUNICAÇÃO<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
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04 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CARTAS<br />
ENTREVISTA - Novo presidente da Affemaq, Renato Valcarengh Nunes fala sobre iniciativas em <strong>2017</strong><br />
Capa da Edição 183 da<br />
Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />
mês de março de <strong>2017</strong><br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
I N D U S T R I A L<br />
Valorizando a madeira<br />
Indústria confere toque refinado à matéria-prima tropical<br />
Adding value to timber<br />
Industry gives a refined touch to the tropical raw material<br />
Ano XIX • N°183 • Março <strong>2017</strong><br />
Especial – Fimma <strong>2017</strong> espera somar US$ 290 milhões em negócios durante a feira<br />
Trabalho com madeira dura<br />
Marcenaria personalizada<br />
Por Rômulo Neves - Brasnorte (MT)<br />
Muito interessante a reportagem sobre o trabalho das<br />
plainas moldureiras com madeira dura, no Mato Grosso.<br />
A madeira tropical é um grande produto tipo exportação<br />
e merece atenção.<br />
Por Pedro Falcão -<br />
Ribeirão Preto (SP)<br />
Tomei conhecimento das<br />
ferramentas de marcenaria<br />
personalizadas após<br />
ler a última edição. Para<br />
nós que trabalhamos com<br />
empresas menores é de<br />
grande auxílio financeiro<br />
e funcional.<br />
Foto: divulgação<br />
Madeira serrada<br />
Por Marcos Harter - Chapecó (SC)<br />
Iniciativas como as normas técnicas para madeira serrada<br />
só devem fazer crescer o uso da madeira na construção civil.<br />
Veio no momento certo de retomada da economia.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
Atualidades<br />
Por Daniel Fontes - Caxias do Sul (RS)<br />
Parabéns pelas reportagens. Sempre leio a Revista para<br />
me atualizar sobre os diversos usos da madeira tratada<br />
em solo nacional.<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />
é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
06 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados para redação ou siga:
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
BASTIDORES<br />
ESTANDE DE<br />
REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL<br />
Como em todas<br />
as últimas edições<br />
da Fimma, em <strong>2017</strong>,<br />
a REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL se fez<br />
presente no Pavilhão<br />
E do evento. Os quatro<br />
dias foram de excelentes<br />
contatos e negócios!<br />
Fábio Alexandre<br />
Machado, diretor<br />
comercial do GRUPO<br />
JOTA, Bruno Raphael<br />
Müller, jornalista<br />
da REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL, e Joseane<br />
Knop, diretora de<br />
negócios do GRUPO<br />
JOTA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Sérgio Amorim,<br />
gerente da Razi,<br />
Joseane Knop,<br />
diretora de<br />
negócios do GRUPO<br />
JOTA, e Eduardo<br />
Rechenberg, diretor<br />
da Alca Máquinas<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
RAZI NA FIMMA<br />
<strong>2017</strong><br />
Capa da edição de<br />
março da REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL, a Razi<br />
marcou presença na<br />
Fimma com toda a sua<br />
linha de máquinas.<br />
SERRAS<br />
INDUSTRIAIS<br />
Outra empresa que<br />
marcou presença na Fimma<br />
<strong>2017</strong>, a Siromat Serras<br />
chamou a atenção com<br />
um estande destacado,<br />
que expôs peças como a<br />
linha de serras circulares<br />
revestidas com cromo de<br />
alta performance.<br />
Adriano Silva, diretor da<br />
Siromat, Neusa Silva,<br />
diretora da Siromat, e<br />
Joseane Knop, diretora<br />
de negócios do GRUPO<br />
JOTA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
08 |<br />
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COLUNA<br />
Flavio C. Geraldo<br />
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LIÇÕES DO MERCADOR DE VENEZA<br />
É importante estar atento aos investimentos chineses na área de infraestrutura brasileira<br />
Foto: divulgação<br />
C<br />
aso Marco Polo vivesse nos dias de hoje, provavelmente<br />
não estaria surpreso em ver os chineses<br />
deslumbrados com as civilizações distantes, com<br />
vastas riquezas, abundantes em artigos avidamente procurados<br />
por todos os mercadores do mundo. Se voltarmos<br />
no tempo, vemos que no século XIII os venezianos faziam o<br />
caminho inverso: viajavam ao canto ocidental do Império<br />
Mongol, a fim de duplicar a fortuna que haviam acumulado<br />
na antiga Constantinopla, hoje Istambul. O mundo já era<br />
pequeno naqueles tempos. Marco Polo, então com 17 anos<br />
de idade, no ano de 1271, foi levado por seu pai e tio, Niccolò<br />
e Maffeo Polo, à presença de Kublai Khan, neto de Gêngis<br />
Khan, fundador do Império Mongol. Naquela época, Marco<br />
Polo tornou-se o ocidental mais famoso a ter viajado para<br />
a China pela Rota da Seda.<br />
Dando um salto no tempo e invertendo o foco, há<br />
exatos cinco anos atrás, nesta coluna, mencionávamos a<br />
invasão dos produtos da China nos principais mercados<br />
mundiais e o temor frente tal expansão, dada a avassaladora<br />
forma de crescimento na participação em negócios<br />
por todo o mundo. Mencionávamos as palavras ditas por<br />
Napoleão Bonaparte há mais de dois séculos: "Deixem a<br />
China dormir porque, quando ela acordar, o mundo vai<br />
estremecer". Mencionávamos, também, versos do famoso<br />
compositor e cantor Jorge Ben Jor, que em 1974 cantava<br />
a chegada de uns seres estranhos, a quem chamava de<br />
“alquimistas”. A canção dizia que eles estavam chegando<br />
de forma discreta e silenciosa, moravam bem longe dos<br />
homens e escolhiam com carinho a hora e o tempo de seu<br />
precioso trabalho, além de serem pacientes assíduos e<br />
perseverantes.<br />
Na coluna anterior, da edição 183, a China foi apontada<br />
como país determinante para o alcance da liderança na<br />
região Ásia-Pacífico no mercado global de preservativos<br />
de madeira. Por outro lado, o jornal O Estado de São Paulo<br />
noticiou, em edição de 19 de março, que o apetite dos chineses<br />
para ampliar negócio em terras brasileiras continuava<br />
muito grande: os investimentos poderão chegar a US$<br />
20 bilhões (cerca de R$ 61 bilhões) na compra de ativos,<br />
volume 68% superior ao de 2016, segundo a Câmara de<br />
Comércio e Indústria Brasil-China.<br />
O interesse é tanto que o Brasil tornou-se o segundo<br />
destino em número de investimentos na área de infraestrutura<br />
no mundo, a primeira posição pertencendo aos<br />
Estados Unidos. Bem, sabemos todos que a capacidade<br />
de absorção e de protecionismo dos Estados Unidos é bem<br />
mais vigorosa do que a do Brasil; por isso, se notarmos que<br />
esses planos de investimentos da China no Brasil estão<br />
voltados em especial às áreas de energia, transporte e<br />
agronegócio, é bom ficarmos atentos. Sabemos que nessas<br />
áreas o setor industrial de proteção de madeiras está<br />
bastante envolvido e é muito dependente.<br />
Se hoje o setor já sofre com a competitividade de<br />
materiais alternativos à madeira tratada, como materiais<br />
poliméricos, concreto, entre alguns outros, não custa<br />
nada para os chineses continuarem a fazer jus à tradição<br />
de materiais de qualidade discutível. É bem possível que<br />
cheguem com toda a sua força e fantásticos componentes -<br />
denominados como madeira plástica ecológica - ou demais<br />
produtos artificiais similares, com potencial de concorrer<br />
com a madeira de verdade na fabricação de decks, painéis,<br />
peças de paisagismo, elementos estruturais para sistemas<br />
construtivos, até mesmo mourões de cercas, postes e dormentes,<br />
entre inúmeros outros produtos onde a madeira<br />
pode e deve ocupar o seu lugar. Exagero? Talvez, mas que<br />
o digam os setores têxtil, calçadista, elétrico eletrônico e,<br />
mais recentemente, o automobilístico.<br />
Pois é, o importante para qualquer setor é estar muito<br />
bem preparado para uma competição estranha, onde,<br />
ao contrário do que experimentou Marco Polo, hoje temos<br />
alternativas de materiais que podem confundir os<br />
mercados pela sedução de baixos preços, sem o devido<br />
amadurecimento relacionado à qualidade, legalidade e<br />
bom desempenho.<br />
Se notarmos que esses planos de investimentos da China<br />
no Brasil estão voltados em especial às áreas de energia,<br />
transporte e agronegócio, é bom ficarmos atentos<br />
10 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Fotos: divulgação<br />
Mafercon expõe na<br />
Fimma <strong>2017</strong><br />
A Mafercon é uma empresa brasileira que trabalha em parceria<br />
com as alemãs Planatol Gmbhe Lcm Gmbh, trazendo ao país tecnologia<br />
em colagem e acabamento para indústria moveleira em<br />
geral. “O diferencial está no acabamento, rendimento e qualidade<br />
de colagem, que é superior ao EVA quando se trata de colagem de<br />
bordas e recobrimento, afinal o PUR (Poliuretano Reativo) possui<br />
resistência diferenciada contra umidade e altas temperaturas, sendo<br />
mais do que recomendada a fabricantes de móveis para cozinha,<br />
e banheiro”, destaca Fábio Cividini, responsável técnico da Mafercon.<br />
Durante a Fimma <strong>2017</strong>, foi apresentada a própria e alternativa<br />
tecnologia da Planatol a quem não dispõe de maquinário adaptado<br />
à tecnologia PUR. Se trata de um adesivo hot melt granulado<br />
de base nobre que não necessita de equipamentos ou tratamentos<br />
especiais para operação. “Temos alcançado um crescimento médio<br />
anual de 30% a 35% em volume de vendas, isso nos últimos três<br />
anos, muito pelo fato de que o produto está ainda se instalando no<br />
mercado nacional. Temos muito a crescer”, pondera Guilherme Prebitz,<br />
gerente comercial. “A Lcm, presente em 16 países, acompanha<br />
de perto e surge como a parceira ideal para quem procura uma linha<br />
completa de produtos para o processo.”<br />
Arquitetura<br />
sustentável em<br />
evidência<br />
A III edição da Expo Arquitetura Sustentável terá<br />
como destaque a Rota da Sustentabilidade, onde visitantes<br />
conhecerão produtos e soluções sustentáveis<br />
de expositores da Feicon Batimat, uma das principais<br />
vitrines para empresas e profissionais de arquitetura<br />
e construção, que ocorre em São Paulo entre 4 e 8 de<br />
abril. “A Rota Sustentável permitirá ao visitante conhecer<br />
com mais profundidade opções que oferecem<br />
economia na conta de água e luz, por exemplo, além<br />
de proporcionar conforto em um ambiente saudável”,<br />
diz Alexandre Brown, diretor da feira. “São produtos e<br />
soluções de fácil aplicação, custo atrativo e mais ecológico<br />
que os convencionais.”<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
ACR ensina secagem<br />
de madeira<br />
A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) realizará<br />
em 13 de abril um minicurso sobre secagem de madeira, substâncias<br />
utilizadas e relação da água com a madeira. O evento ocorre na<br />
sede da entidade, em Lages (SC).<br />
As apresentações serão feitas por Silvio Testasecca e Osmarino<br />
Guizoni, engenheiros agrônomos e auditores fiscais federais agropecuários<br />
do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento).<br />
Durante o curso, eles falarão sobre diferentes tratamentos<br />
e também sobre as Instruções Normativas 29, 32 e 66.<br />
12 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
NOVO!<br />
LIGNA <strong>2017</strong>:<br />
WEINIG e HOLZ-HER<br />
untas, no Salão 27<br />
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O Grupo WEINIG:<br />
Máquinas e equipamentos para<br />
o processamento de madeira<br />
maciça e painéis<br />
Tecnologia de ponta inovadora, serviços<br />
globais e soluções para sistemas “chave na<br />
mão” para unidades de produção: O Grupo<br />
WEINIG é o seu parceiro quando se trata de<br />
beneficiamento rentável de madeira maçica<br />
e derivados. A qualidade e a eficiência da<br />
WEINIG proporciona uma vantagem<br />
decisiva na concorrência global, quer seja<br />
marcenaria ou industrial.<br />
Plainar, perfilar,<br />
ferramentas<br />
Destopo, otimização,<br />
scanner e prensas<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
SC cria frente do<br />
setor madeireiro<br />
Móveis sofrem<br />
nova deflação<br />
Os preços de móveis registraram queda de<br />
0,92%, ante um Ipca-15 (Índice Nacional de Preços<br />
ao Consumidor Amplo 15) médio de 4,73% nos últimos<br />
12 meses. Medido pelo Ibge (Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística), o Ipca-15 teve variação<br />
de 0,15% em março, abaixo dos 0,54% registrados<br />
em fevereiro.<br />
Desde março de 2009, quando o índice se situou<br />
em 0,11%, não há registro de resultado mais baixo<br />
para o mês. O item mobiliário, que havia ensaiado<br />
uma retomada de preços em janeiro e fevereiro, voltou<br />
a registrar deflação em março com -0,14%. No<br />
entanto, ainda está em terreno positivo no acumulado<br />
dos três primeiros meses deste ano, com 0,58%.<br />
A Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina)<br />
instalou em março a Frente Parlamentar para o Setor<br />
Madeireiro, Moveleiro e de Celulose, de autoria do deputado<br />
Patrício Destro (PSB). Entre os objetivos anunciados<br />
pela nova frente, estão sugerir e acompanhar as<br />
políticas públicas e obras de infraestrutura que garantam<br />
a competitividade logística e o desenvolvimento econômico<br />
sustentável do segmento.<br />
“A frente atuará em toda a cadeia de produção, abarcando<br />
desde produtores de madeira até empresas do<br />
setor de móveis, sendo a principal interlocutora das demandas<br />
destes setores com o Governo Estadual”, disse<br />
Osni Verona, presidente do Simovale (Sindicato da Indústria<br />
Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai). “Esta<br />
medida vem de encontro ao fortalecimento e incentivos<br />
que vínhamos requisitando.”<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Casa pode ser<br />
construída em um dia<br />
O estúdio de design holandês Fiction Factory criou um<br />
projeto de casa sustentável, possível de ser construída em<br />
apenas um dia. A criação recebeu o nome de Wikkelhouse e<br />
pode ser adaptada de acordo com preferências do cliente, tamanho<br />
e uso.<br />
A estrutura é feita de madeira por fora, com o uso de papelão<br />
em vez de tijolo e cimento. A parte interna também<br />
ganha uma camada personalizada de madeira, garantindo<br />
resistência às intempéries. Por pesar apenas 500 kg (quilos), a<br />
residência não precisa de uma base no solo para ser instalada.<br />
Cada uma custa a partir de US$ 28 mil.<br />
14 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
1981<br />
Ao grande sucesso do lançamento da nossa<br />
linha de serras revestidas de cromo na<br />
Agradecemos a todos os amigos e clientes que<br />
nos visitaram e fizeram parte deste momento<br />
siromat@siromat.com.br | 41 3382-1345 | 41 99244 7138
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Estudantes de<br />
SC criam móveis<br />
Alunos do curso técnico em móveis da Unesc<br />
(Universidade do Extremo Sul Catarinense) criaram,<br />
a partir de pallets de eucalipto, mesas e cadeiras<br />
totalmente sustentáveis. A iniciativa visou<br />
reaproveitar madeira descartada em novos contextos.<br />
“A dinâmica os levou a estudar o design aberto.<br />
Fizemos uma releitura para usar os pallets e<br />
dar outras dimensões aos móveis”, diz o professor<br />
Giovani de Luca. Os móveis foram criados a<br />
partir de sete pallets. No processo, os alunos alteraram<br />
parte do projeto para dar mais durabilidade<br />
à ideia, além de submeter os materiais a<br />
plainagem e corte.<br />
Serf Drytech<br />
recebe prêmio<br />
A empresa Serf Drytech, especializada no desenvolvimento<br />
de tecnologias para secagem de madeira e recuperação<br />
de energia térmica industrial, recebeu na última<br />
edição da Feira da Floresta <strong>2017</strong>, realizada em abril, o<br />
Prêmio Feira da Floresta na categoria Novos Talentos e<br />
Projetos Inovadores. A startup foi representada no recebimento<br />
da homenagem pelo diretor da empresa, Gabriel<br />
L. M. Marques.<br />
O Sire (Sistema Integrado de Recuperação de Energia)<br />
é um equipamento desenvolvido pela empresa que<br />
possibilita a recuperação de até 25% das energias utilizadas<br />
na secagem de madeira possibilitando o aumento<br />
de capacidade produtiva, recuperando energia térmica e<br />
tempo nos processos de produção.<br />
Foto: divulgacão<br />
FeiMobili muda data<br />
A FeiMobili (Feira Nacional da Indústria Moveleira) mudou a data<br />
da feira, que ocorrerá agora entre 18 e 20 de julho, em São Paulo (SP). A<br />
mudança coincide em data com a Eletrolar Show, feira do setor de eletros,<br />
a fim de beneficiar lojistas e compradores do varejo, que poderão<br />
visitar as duas feiras. A FeiMobili será realizada das 12h às 20h, no Centro<br />
de Eventos Pro Magno. “Estar no local onde concentra-se o maior<br />
mercado consumidor do país já é uma grande vantagem”, diz Edilberto<br />
Almeida, diretor da empresa que realiza a feira. “Somando-se a isso as<br />
inúmeras vantagens que só uma cidade como São Paulo pode oferecer,<br />
a FeiMobili se consolida como o melhor investimento em custo benefício<br />
da atualidade para o setor”.<br />
Foto: divulgacão<br />
16 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Cbic e IFC<br />
difundem programa<br />
Exportação de<br />
painéis cresce<br />
De acordo com a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores),<br />
o balanço do primeiro bimestre de <strong>2017</strong> foi satisfatório<br />
para o volume de exportações do setor de árvores<br />
plantadas, com uma alta de 3,4% na comparação com o<br />
mesmo período de 2016. Em painéis de madeira, o aumento<br />
de volume de exportação foi significativo, com<br />
crescimento de 40,3% no valor total. O levantamento<br />
apontou a exportação de 174 mil m³ (metros cúbicos),<br />
contra 124 mil m³ no mesmo intervalo do ano passado.<br />
No mercado interno, o segmento de painéis de madeira<br />
teve o registro de 1,05 milhão m³ negociados para os<br />
dois primeiros meses, com alta de 8,5% comparado a<br />
2016. Em fevereiro, as vendas registraram 9% de aumento,<br />
com 543 mil m³ vendidos no Brasil, contra 498<br />
mil m³ registrado em 2016.<br />
A Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e<br />
o IFC (Cooperação Financeira Internacional), braço financeiro<br />
do Banco Mundial, firmaram uma parceria para o fortalecimento<br />
do conceito de construção sustentável no Brasil. O<br />
foco é a difusão do Programa Edge (Excelência em Projeto<br />
para Maior Eficiência, em português) no Brasil entre os empresários<br />
do setor. É uma certificação que simplifica o processo<br />
para a obtenção da chancela de um edifício verde. “É uma<br />
forma mais rápida, acessível e barata para construir e certificar<br />
edificações sustentáveis. Ele avalia três aspectos de uma<br />
construção com maior impacto ambiental: energia, água e<br />
energia embutida em materiais”, explicou o analista do IFC no<br />
Brasil, Edward Borgstein. “Proporcionando uma metodologia<br />
de fácil entendimento, com software gratuito e um processo<br />
streamlined de certificação, o Edge é uma forma de democratizar<br />
a certificação de sustentabilidade.”<br />
Foto: divulgação<br />
Montana Química<br />
lança vernizes<br />
A Montana Química apresentou ao mercado três novos<br />
vernizes para atender a demanda nacional por acabamentos<br />
que tenham madeiras de alta qualidade. Os<br />
vernizes premium Copal, Marítimo e Tingidor oferecem<br />
garantia de desempenho e mantém o compromisso com a<br />
alta qualidade dos produtos. “No geral, vernizes têm como<br />
características transparência, acabamento brilhante e acetinado,<br />
incolor ou colorido e formação de uma película protetora, seu uso é interno e externo”, diz o supervisor do laboratório de<br />
tintas da empresa, Wagner Borrejo. “Os novos produtos atestam para a proteção e acabamento final de portas, janelas, portões,<br />
forros e esquadrias de madeira, seguindo padrões de acordo com o local onde a madeira será instalada e também a exigência dos<br />
clientes.”<br />
18 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Pisos laminados<br />
beneficiados pelo<br />
Minha Casa<br />
Adecol cresce<br />
em <strong>2017</strong><br />
A Adecol, fabricante de adesivos industriais, fechou<br />
o primeiro trimestre de <strong>2017</strong> com faturamento<br />
superior ao mesmo período de 2016, com 18% de<br />
aumento. O crescimento também se deu no volume<br />
comercialização, tendo 300 t (toneladas) a mais<br />
nessa mesma comparação. A empresa, atualmente,<br />
está investindo em contratações, principalmente<br />
por conta de aumento de pedidos comercial tanto<br />
para o mercado nacional quanto para a exportação.<br />
“Considero este resultado como consequência<br />
da estratégia interna que empreendemos há pelo<br />
menos dois anos atrás. Ainda é muito cedo para falar<br />
em retomada da economia brasileira, porém nossa<br />
expectativa é que nos próximos trimestres tenhamos<br />
um impacto positivo na demanda interna visto<br />
que houve um decréscimo considerável com a crise<br />
nos últimos anos”, revelou Ana Júlia Kiss, diretora industrial<br />
da Adecol.<br />
As novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida<br />
buscam ampliar o benefício para famílias com renda mensal<br />
de até R$ 9 mil e o reajuste do limite do financiamento.<br />
Com essas medidas, a construção civil deve ser reaquecida.<br />
A previsão é atingir a construção de 610 mil novas unidades<br />
ainda este ano, que contarão com uma novidade: pela primeira<br />
vez, poderão optar por pisos laminados entre os revestimentos.<br />
“Esta é uma excelente notícia para as empresas do setor.<br />
Em 2016, após a publicação da Portaria nº 179/2016, do<br />
Ministério das Cidades, e diversas reuniões, conseguimos<br />
incluir o piso laminado como opção de revestimento para<br />
os Programas de Habitação de Interesse Social do Governo<br />
Federal”, comentou a presidente executiva da Ibá (Indústria<br />
Brasileira de Árvores), Elizabeth de Carvalhaes.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Orientação para<br />
esquadrias em maio<br />
A Comat (Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade)<br />
da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)<br />
está preparando o conteúdo do Guia Orientativo de Esquadrias. O<br />
material, que será lançado no Enic (Encontro Nacional da Indústria<br />
da Construção), em Brasília (DF), de 24 a 26 de maio, será destinado<br />
a profissionais envolvidos com a especificação, aquisição, instalação<br />
e manutenção de sistemas de esquadrias. Entre os segmentos que<br />
participam da elaboração da publicação está o de madeira, por meio da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente), que pretende disponibilizar o documento para os fabricantes de portas associados. Após o lançamento,<br />
o guia vai estar disponível para consulta no site da Cbic.<br />
20 |<br />
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A qualidade de acabamento durante o processo da<br />
colagem de bordas é fundamental para evitar peças ruins<br />
ou retrabalho. A óptica não pode sofrer danos no processo<br />
de produção. Muitas vezes, bastam as menores partículas<br />
de sujeira para interferir com uma imagem ruim,<br />
desvalorizando o mobiliário acabado.<br />
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Fotos: divulgação<br />
H<br />
á 30 anos, a designer Patrícia Maranhão<br />
trabalha com madeira e brinca com a sua<br />
própria forma de vestir. De tempos para cá,<br />
vem investindo em bolsas que viraram um sucesso.<br />
“As peças são feitas de um jeito totalmente artesanal<br />
em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, a partir de<br />
madeiras de reflorestamento certificadas e vindas de<br />
Rondônia”, conta ela. Ela explica que o processo de<br />
tratamento da madeira é longo e que chega a durar<br />
seis meses. Depois, a matéria-prima passa por serra<br />
de fita e é torneada pelos artesãos gaúchos. Antes de<br />
receber as ferragens e e a frente feita em acrílico, a o<br />
pinus fica dez dias no forno.<br />
QUARTOS<br />
LÚDICOS<br />
P<br />
ara sair da monotonia dos<br />
quartos infantis, o arquiteto<br />
Luciano Dalla Marta criou<br />
um safári contemporâneo, com predominância<br />
da madeira de pinus. A<br />
ideia era sair do universo da criança<br />
e transitar por um momento mais<br />
jovem e cool. Fugindo do tradicional,<br />
optou por forrar uma das paredes<br />
com tecido de folhagens que tem<br />
uma estampa bem atual e segue uma<br />
tendência forte na decoração - inspiração<br />
nos temas botânicos.<br />
Foto: divulgação<br />
22 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ALTA E BAIXA<br />
ALTA<br />
RODADA RECORDE<br />
A Fimma (Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira),<br />
uma das cinco maiores feiras do setor no mundo, alcançou um novo recorde após a última<br />
edição: mais de 1.200 rodadas de negócios, na expectativa da concretização de acordos totais<br />
em US$ 290 milhões ainda neste ano. Tal saldo foi positivo: a edição de 2019 já conta com 40%<br />
dos seus estandes renovados.<br />
INDÚSTRIA CRESCE APÓS 34 MESES<br />
A produção industrial iniciou <strong>2017</strong> interrompendo 34 meses consecutivos de quedas e registrou alta de 1,4% em janeiro,<br />
em relação ao mesmo mês do ano passado. O mercado esperava queda de 0,5%. Na comparação com dezembro, o setor<br />
ficou estagnado, tendo um ligeiro recuo de 0,1%, em relação a dezembro. O mercado previa contração de 0,8%.<br />
RETOMADA DO SETOR MOVELEIRO EM DEZEMBRO<br />
As vendas de móveis no varejo devem ter uma boa retomada somente a partir de dezembro, ainda com uma pequena<br />
melhora no cenário, conforme estudos do Banco Central. "A queda da inflação facilita a recuperação da renda real, o<br />
que estimula, por si só, o consumo”, analisou o presidente do conselhor do Provar (Programa de Administração de<br />
Varejo), Claudio Felisoni de Angelo.<br />
BAIXA<br />
EXPORTAÇÃO DE CELULOSE RECUA<br />
As exportações de celulose do Brasil caíram 29,2% em fevereiro de <strong>2017</strong> ante mesmo mês<br />
de 2016, para 915 mil toneladas. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, contudo,<br />
houve expansão de 3,4%, para 2,328 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados pela<br />
Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).<br />
24 |<br />
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sites<br />
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de imprensa<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
FRASES<br />
O necessário agora é fazer do Mercosul<br />
aquilo que ele se dispôs a ser quando<br />
foi criado. Não adianta alargar demais<br />
a agenda sobre temas que fogem dos<br />
aspectos econômicos e comerciais. Hoje<br />
todos convergem para que a gente possa<br />
transformar o Mercosul realmente em uma<br />
zona de livre-comércio<br />
Foto: divulgação<br />
Aloysio Nunes, novo Ministro das Relações Exteriores, sobre as<br />
prioridades da sua gestão<br />
O acúmulo de notícias negativas nos deixa em dúvida se o<br />
governo chega a ter clara dimensão do risco para a própria<br />
sobrevivência, não só da indústria fabricante de bens de capital,<br />
mas também, em boa parte, da indústria brasileira<br />
João Carlos Marchesan, Presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos),<br />
em discurso durante evento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social<br />
Não existe redução de custos através da terceirização. Existe<br />
uma formalização da terceirização, para, através dela, aumentar a<br />
competitividade. Mas com empresas legalmente constituídas<br />
Robson Braga de Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />
Quando se fala em desenvolvimento<br />
da região norte, sempre se esbarra na<br />
questão da logística. Principalmente,<br />
a logística de transporte rodoviário. O<br />
governo federal tem feito um esforço<br />
sem precedentes para criar as condições<br />
objetivas necessárias para a retomada<br />
dos investimentos, públicos e privados,<br />
em infraestrutura<br />
Foto: divulgação<br />
Marcos Pereira, Ministro da Indústria,<br />
Comércio Exterior e Serviços<br />
26 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
JADIR DE<br />
SOUZA ROCHA<br />
DATA DE NASCIMENTO<br />
PLACE OF BIRTH:<br />
22/12/1950 - Boca do Acre (AM)<br />
December 22, 1950, Boca do Acre (AM)<br />
Foto: divulgação<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />
EDUCATION:<br />
Mestre em Ciência e Tecnologia de Madeiras - USP (Universidade<br />
de São Paulo)<br />
Master’s in Wood Technology and Science, USP (University of São<br />
Paulo)<br />
CARGO<br />
PROFESSION:<br />
Pesquisador titular do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas<br />
da Amazônia)<br />
Research Scientist and Full Professor at Inpa (National<br />
Institute of Amazonian Research)<br />
Casas práticas feitas<br />
de madeira<br />
Practical houses made from wood<br />
P<br />
esquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas<br />
da Amazônia), Jadir Rochar conversou com<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL sobre uma pesquisa<br />
inédita com casas sustentáveis de madeira, que promete<br />
revolucionar as moradias de baixo custo na região norte.<br />
Na entrevista a seguir, ele detalha o projeto e como é possíel,<br />
com apenas três pessoas, erguer em poucos dias uma<br />
residência feita totalmente de madeira.<br />
J<br />
adir Rocha, Research Scientist and Full Professor<br />
at Inpa (National Institute of Amazonian Research),<br />
spoke with REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> about new<br />
research into sustainable wood housing, which promises to<br />
revolutionize low-cost housing in the North. In the following<br />
interview, he details the project and how it is possible, with<br />
only three people, to raise a house made entirely of wood in<br />
a few days.<br />
28 |<br />
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Como surgiu a ideia para uma pesquisa a respeito de<br />
casas sustentáveis de madeira, no Amazonas?<br />
Na década de 80, o Inpa desenvolveu estudos de caracterização<br />
tecnológica em cerca de 100 espécies arbóreas<br />
(árvores de grandes portes) da Amazônia, denominadas<br />
pouco conhecidas e ou desconhecidas, sendo constatado,<br />
nas mesmas, excelentes características e propriedades para<br />
diversas categorias de usos, dentre as quais, a construção<br />
civil. Com base nos resultados desses estudos foi dado início<br />
a uma criteriosa seleção de espécies para utilização em casas<br />
populares de baixo custo, e, em 1991 foi elaborado o primeiro<br />
projeto para construção de uma casa popular de madeira de<br />
baixo custo, com sistema construtivo modular utilizando<br />
cinco espécies.<br />
Como é a estrutura da casa, uma vez que as peças são<br />
encaixadas?<br />
Nesse tipo de construção todas as peças são preparadas e<br />
cortadas com as dimensões definidas no projeto arquitetônico<br />
(barrotes, vigas, pilares, tábuas e treliças montadas). Os pilares<br />
são as peças que dão sustentação às paredes, divisórias e<br />
a estrutura do telhado. As tábuas são encaixadas nos pilares,<br />
sem uso de pregos, haja vista existirem aberturas (rasgos ao<br />
longo de todo o seu comprimento). O sistema modular facilita<br />
ampliar, com rapidez, o tamanho da casa, colocando-se<br />
novos módulos.<br />
Qual o tipo de tratamento conferido às espécies utilizadas<br />
na elaboração das casas? Este tratamento torna a<br />
confecção da casa muito custosa?<br />
Para as casas de madeira terem maior tempo de vida útil,<br />
faz-se necessário receber tratamento com produtos químicos,<br />
o que evitará infestação de fungos e cupins. Esses produtos<br />
são facilmente encontrados no comércio.<br />
Apesar de Manaus estar situada no meio da maior floresta<br />
do mundo, a demanda por casas de madeira ainda<br />
é menor na capital. Quais motivos apontaria que sejam a<br />
razão para este fato?<br />
Vários fatores são responsáveis por essa situação. Não<br />
somente em Manaus, mas em todas as capitais dos Estados<br />
da região norte. A verdade é que os habitantes dessas cidades,<br />
mesmo vivendo no meio da maior floresta do planeta, desconhecem<br />
quão nobre é o material madeira e seus principais<br />
benefícios na construção de casas. A madeira é um material<br />
orgânico, isso faz com que seja um excelente isolante térmico,<br />
o que contribui para que as condições térmicas no interior das<br />
casas sejam sempre constantes e, assim, economiza energia e<br />
evita despesas com climatização por meio de ar condicionado<br />
ou aquecedores. Desconhecem também a beleza das variedades<br />
de cores existentes nas madeiras amazônicas (brancas,<br />
pretas, marrons, marfim, vermelhas, amarelas, rajadas e até<br />
lilás). Nas casas convencionais de alvenaria para ter os cômodos<br />
com diferentes cores é preciso fazer despesa com tintas.<br />
Nas casas de madeira esse tipo de gasto é zero, pois as cores<br />
na madeira são naturais, com isso é possível fazer os cômodos<br />
com mosaicos de cores de raríssima beleza. Outro fator é que,<br />
How did the idea come about for a study about sustainable<br />
wood housing in the Amazon?<br />
In the 80’s, Inpa carried out technological characterization<br />
studies about 100 little known or unknown tree species<br />
(trees of large sizes) in the Amazon Region, and found several<br />
excellent characteristics and properties for various categories<br />
of uses, one of which was housing. Based on the results<br />
of these studies, a careful selection of the species for use<br />
in low-cost housing was made, and in 1991, the first project<br />
for construction of popular wood housing was created, using<br />
a modular construction system with five species.<br />
How was the structure of the house, once the pieces<br />
were fitted together?<br />
In this type of construction, all the pieces are prepared<br />
and cut with the dimensions defined in the architectural design<br />
(studs, beams, columns, boarding and trusses already<br />
assembled). The pillars are the pieces that give support to the<br />
walls, partitions and roof structure. The boarding is attached<br />
to the pillars, without using nails, there are openings (notches<br />
throughout their length). The modular system makes<br />
it easy to extend, with speed, the size of the house, adding<br />
new modules.<br />
What type of treatment is given to the species used in<br />
the preparation of the houses? Does this treatment add<br />
much to the cost?<br />
In order for wood housing to have a longer useful life,<br />
it is necessary to treat the wood with chemicals, which will<br />
prevent fungal and termite infestation. These products are<br />
easily found on the market.<br />
Os habitantes<br />
dessas cidades,<br />
mesmo vivendo no<br />
meio da maior<br />
floresta do planeta,<br />
desconhecem quão<br />
nobre é o material<br />
madeira e seus<br />
principais benefícios<br />
na construção de casas<br />
ABRIL | 29
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
geralmente as casas de madeira construídas na região são de<br />
pessoas de baixo poder aquisitivo e deixam muito a desejar no<br />
design da construção, nas peças mal acabadas, na utilização<br />
de madeiras inadequadas dos diversos componentes, entre<br />
outros pontos negativos.<br />
Em 2016, algumas iniciativas como a obrigatoriedade<br />
da adoção de medidas sustentáveis na construção civil,<br />
no Piauí, e as normativas para a construção de casas em<br />
wood frame, mostraram que o uso de madeira no Brasil<br />
ainda tem muito espaço para crescer. Como vê o cenário<br />
atual para isso?<br />
A construção em wood frame é uma evolução de outros<br />
métodos construtivos empregados há muitos anos na Europa.<br />
Depois de ser comprovado que o mesmo apresenta várias<br />
vantagens em relação aos anteriores e também na construção<br />
de casas pré-fabricadas de madeira e nas de alvenaria, passou<br />
a ser o mais utilizado no Canadá, Estados Unidos, Suécia e Alemanha<br />
e, também, com boa aceitação na África do Sul e Japão.<br />
No Brasil, apenas na região sul pode-se encontrar algumas<br />
casas construídas com essa técnica e com a utilização somente<br />
de madeira de reflorestamento (pinus e eucalypto), porém,<br />
não há como expandir esse tipo de construção em curto prazo,<br />
pois o Brasil não está plantando florestas homogêneas à<br />
altura de garantir o suprimento de grandes demandas para<br />
atendimento de peças com grandes dimensões para processamento<br />
mecânico em serrarias e laminadoras. Na Amazônia,<br />
o setor madeireiro está travado devido a vários problemas nas<br />
últimas décadas e fez-se necessário dar um basta em tantas<br />
irregularidades praticadas contra a sobrevivência da floresta.<br />
Doravante, será necessário construir um novo modelo de<br />
desenvolvimento para o setor madeireiro na região.<br />
Quanto tempo leva, em média, para ser erguida uma<br />
casa deste tipo, e quantas pessoas são necessárias para<br />
isso?<br />
Cerca de dez dias e três pessoas: um carpinteiro e dois<br />
ajudantes.<br />
Para as casas<br />
de madeira terem maior<br />
tempo de vida útil, faz-se<br />
necessário receber<br />
tratamento com produtos<br />
químicos, o que evitará<br />
infestação de fungos e cupins<br />
Although Manaus is situated in the middle of the largest<br />
forest in the world, the demand for wood housing is<br />
still low in the City. What would be the reason for this?<br />
Several factors are responsible for this situation. Not<br />
only in Manaus, but in all the larger cities in the Northern<br />
Brazilian States. The truth is that the inhabitants of these<br />
cities, even living in the middle of the largest forest on the<br />
planet, are unaware of how noble the wood material is and<br />
the main benefits of its use in housing construction. Wood is<br />
an organic material, this makes it an excellent thermal insulator,<br />
which contributes to thermal conditions inside the houses<br />
to always be constant and thus save on energy, avoiding<br />
the air conditioning costs associated with air conditioners<br />
and heaters. Also unknown is the beauty of the existing color<br />
varieties of Amazonian hardwoods (whites, blacks, browns,<br />
ivory, reds, yellows, stripes and even purples). In conventional<br />
brick houses for rooms to be different colors, there are<br />
expenditures related to painting. In wood housing that kind<br />
of expenditure is zero, because the colors are of the natural<br />
wood, and it is possible to even have mosaic textures in the<br />
rooms using the rare colors. Another factor is that usually<br />
wood housing built in the region is by people with low incomes<br />
and leaves much to be desired in constructive design,<br />
with badly finished parts and the use of inadequate timber<br />
for several components, amongst other negative points.<br />
In 2016, there were several initiatives, such as the<br />
compulsory adoption of sustainable measures in building<br />
construction, in the State of Piauí, and the adoption of<br />
standards for the construction of wood frame houses,<br />
which showed that there is still plenty of room for the use<br />
of wood in Brazil to grow. How do you see the current scenario<br />
as to this?<br />
Wood frame construction is an evolution of other constructive<br />
methods that have been employed for many years in<br />
Europe. After being proven that it offers several advantages<br />
over the previous systems and also over the construction of<br />
prefabricated wood housing and brick housing, it has become<br />
the most widely used in the United States, Canada, Sweden<br />
and Germany, and also is well accepted in South Africa<br />
and Japan. In Brazil, only in the South, can one find houses<br />
built using this technique and only with the use of reforested<br />
wood (pine and eucalyptus); however, there is no way to<br />
expand this type of construction in the short term, because<br />
Brazil is not planting forests homogeneous to the needs of<br />
ensuring the supply for the demand for pieces with large<br />
dimensions for mechanical processing in saw mills and<br />
for veneer producers. In the Amazon Region, the Forest<br />
Sector is hindered due to various problems in<br />
recent decades, where it was necessary to stop the<br />
many irregularities committed against the survival<br />
of the forest. Henceforth, it will be necessary<br />
30 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
Quais iniciativas recentes o Inpa tem trabalhado junto<br />
ao uso de madeira de forma sustentável?<br />
Há muitos anos o Inpa vem desenvolvendo estudos que<br />
visam a utilização da madeira de forma sustentável. Isso passa<br />
por projetos que vão desde o manejo florestal sustentável,<br />
plantios de espécies de Crescimento Rápido, Enriquecimento<br />
e Adensamento de Espécies Economicamente Desejáveis nas<br />
áreas de manejo, para minimizar um grande problema da<br />
Floresta Amazônica, que é a sua elevada heterogeneidade<br />
de espécies (cerca de quatro mil) e sua baixa ocorrência de<br />
espécies com maior potencial de industrialização e comercialização<br />
por hectare e, finalmente, a caracterização tecnológica<br />
de espécies com o objetivo de fazer a adequada aplicação das<br />
mesmas nas dezenas de categorias de usos.<br />
A falta de moradia é um problema crônico do nosso país.<br />
Iniciativas como essa, em larga escala, podem ocorrer apenas<br />
com o auxílio da iniciativa pública, ou a iniciativa privada<br />
também pode fazer sua parte para acelerar o processo?<br />
O déficit habitacional no País é uma questão de política<br />
pública e, portanto, é necessário a implementação imediata<br />
de projetos de política habitacional com mais seriedade e<br />
competência, como também, a conscientização para o Governo<br />
apoiar pesquisas na descoberta de novos materiais que<br />
apresentem qualidade, que sejam ecologicamente corretos e<br />
competitivos em preço e volume em relação aos convencionais<br />
utilizados na construção civil.<br />
O senhor é autor da pesquisa sobre o tijolo vegetal,<br />
considerada revolucionária para a construção civil e ganhadora<br />
de prêmios como o Samuel Benchimol. Há mais<br />
algum projeto em mente para o futuro, dentro desta linha?<br />
Estamos trabalhando no desenho de um novo e arrojado<br />
projeto, o qual gerará resultados de extrema relevância para<br />
a construção civil. Ele produzirá um novo material e será<br />
de fonte renovável, será extremamente leve, de altíssima<br />
resistência mecânica e com tempo recorde na construção de<br />
casas e edifícios.<br />
O déficit habitacional<br />
no país é uma questão de<br />
política pública e, portanto, é<br />
necessário a implementação<br />
imediata de projetos de<br />
política habitacional com mais<br />
seriedade e competência<br />
to build a new development model for the Forest Sector in<br />
the Region.<br />
How long does it take, on average, to build this type<br />
of housing, and how many people are needed?<br />
About ten days and three people: a carpenter and two<br />
helpers.<br />
What recent initiatives has Inpa worked on as to the<br />
use of wood in a sustainable way?<br />
For many years, Inpa has been carrying out studies aimed<br />
at the use of wood in a sustainable way. It carried out projects<br />
ranging from Sustainable Forest Management of Fast-<br />
-Growing Species, to the Enrichment and Densification of<br />
Economically Desirable Specie Plantations in management<br />
areas, in order to minimize a major problem of the Amazon<br />
Rainforest, which is the high heterogeneity of its native species<br />
(approximately 4,000) and the low occurrence of species<br />
with the greatest potential for industrialization and sale per<br />
hectare, and finally, to the technological characterization of<br />
species with the aim of their suitable application in dozens of<br />
categories of uses.<br />
The lack of housing is a chronic problem of our Country.<br />
Can initiatives like this, on a large scale, only occur<br />
with public aid, or can the private sector also play some<br />
role in speeding up the process?<br />
The housing deficit in Brazil is a matter of public policy<br />
and, therefore, the immediate implementation of a more<br />
serious and competently administed housing policy projects<br />
are necessary, as well as an awareness by the Government in<br />
supporting research into the discovery of new materials that<br />
exhibit quality and that are environmentally friendly and<br />
competitive in price and volume in relation to those conventionally<br />
used in housing construction.<br />
You are the author of a research study on a vegetable<br />
brick, considered revolutionary in housing construction<br />
and winner of awards, such as the Samuel Benchimol<br />
Award. Do you have another project in mind for the future,<br />
along this line?<br />
We are working on the design of a new and interesting<br />
project, which should generate results with extreme relevance<br />
in building construction. It will produce a new<br />
material and will be from renewable sources, it is<br />
extremely light, has an extremely high mechanical<br />
resistance and can be used to build in record<br />
times in the housing and building area.<br />
32 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA ABIMCI<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
INDÚSTRIA DE PORTAS DE MADEIRA, UMA CADEIA<br />
PRODUTIVA COM FOCO NA QUALIDADE<br />
A terceira edição do Encapp mostra a união do segmento de portas de madeira<br />
N<br />
o mês de maio, entre os dias 17 a 19, acontecerá<br />
em Curitiba (PR), a 3ª edição do Encapp<br />
(Encontro da Cadeia Produtiva da Porta). Esse<br />
evento prova a união do segmento de portas de madeira,<br />
consolidado em torno de objetivos e estratégias comuns<br />
e que acredita na recuperação do mercado interno, principal<br />
destino das mais de 8 milhões de unidades produzidas<br />
anualmente no Brasil, de acordo com os dados do recente<br />
Estudo Setorial lançado pela Abimci (Associação Brasileira<br />
da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente).<br />
O terceiro Encapp será a oportunidade para reunir<br />
fabricantes e fornecedores com foco em fazer negócios,<br />
ampliar o networking, ter acesso às novidades e<br />
disseminar a cultura da qualidade. Será um momento<br />
estratégico para o setor, onde muitas das negociações<br />
para o ano serão definidas.<br />
Esse segmento do setor de madeira conseguiu<br />
encontrar na união entre os pares uma oportunidade<br />
para melhorar a qualidade de seus produtos e seu posicionamento<br />
no mercado. A indústria nacional de portas<br />
de madeira, da qual mais de 70% da produção está nas<br />
empresas associadas à Abimci, é um exemplo de que<br />
é possível fazer mais, mesmo em momentos de crise.<br />
Por meio do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade<br />
de Portas de Madeira para Edificações), as empresas<br />
associadas da Abimci estão andando a passos largos<br />
quando se fala em desempenho, inovação, controle de<br />
processo e certificação de produtos. Fatores que estão<br />
tornando a porta brasileira de madeira um item de decoração,<br />
comparado ao móvel, não mais um componente<br />
da obra. Hoje, já é uma realidade a especificação das<br />
portas por desempenho pelas principais construtoras<br />
do país. Com um novo padrão de produtos, a indústria<br />
nacional viu, inclusive, o volume embarcado de portas<br />
maciças aumentar em 18,8 % no ano passado quando<br />
comparado a 2015; tendo como principais destinos EUA<br />
(Estados Unidos da América), Reino Unido e Canadá.<br />
Vale lembrar, no entanto, que é aqui, em solo brasileiro,<br />
que está o principal mercado comprador para<br />
esse segmento. E, apesar de alguns números negativos<br />
dos últimos três anos - como a queda acumulada de 13%<br />
na taxa de crescimento da construção civil no país - a<br />
perspectiva tende a ser de melhora a partir deste ano.<br />
O Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção<br />
Civil no Estado do Paraná), por exemplo, revelou por<br />
meio de uma pesquisa com as empresas associadas,<br />
que 85% pensam em aumentar ou manter o número de<br />
funcionários para <strong>2017</strong> e 90% pretendem aumentar ou<br />
manter o nível de atividade.<br />
As principais indústrias de portas estarão reunidas<br />
no Encapp em Curitiba. Os principais segmentos de<br />
suprimentos para portas de madeiras estarão presentes,<br />
como adesivos, vedações e amortecimentos para<br />
batentes, tintas, acessórios, núcleo para portas, fitas de<br />
bordo, chapas, máquinas e papel decorativo, entre outros.<br />
As importantes rodadas de negócios irão incentivar<br />
e potencializar a interface entre todos os participantes.<br />
Sem dúvida uma enorme oportunidade para todos os<br />
envolvidos nesse segmento. Não deixe de comparecer.<br />
Esperamos encontrá-lo em Curitiba!<br />
As importantes rodadas de negócios irão incentivar<br />
e potencializar a interface entre todos os participantes.<br />
Sem dúvida uma enorme oportunidade para todos os<br />
envolvidos nesse segmento<br />
34 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
A PRIMEIRA A<br />
CRESCER<br />
Fotos: divulgação<br />
36 |<br />
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THE FIRST<br />
TO GROW<br />
TRANSFORMATION AND<br />
MACHINERY MANUFACTURING<br />
COMPANIES ARE BEGINNING TO<br />
SEE POSITIVE NUMBERS AFTER<br />
34 MONTHS, AND INCREASING<br />
CONFIDENCE IN NATIONAL<br />
PRODUCTION<br />
INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO E<br />
PRODUÇÃO DE MÁQUINAS RETOMAM<br />
NÚMEROS POSITIVOS APÓS 34 MESES<br />
E AUMENTAM A CONFIANÇA DA<br />
PRODUÇÃO NACIONAL<br />
ABRIL | 37
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
E<br />
m meio a um cenário de retomada na confiança<br />
dos agentes econômicos, a produção industrial<br />
nacional voltou a crescer em <strong>2017</strong>. A alta de 1,4%<br />
em janeiro, e 0,1% em fevereiro, em comparação aos<br />
mesmos período do ano passado, interromperam uma<br />
sequência de 34 meses consecutivos de queda. Os dados<br />
do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)<br />
demonstram sinais claros de que o pior já passou: 12 dos<br />
24 ramos pesquisados apresentaram taxas positivas.<br />
Primeiro segmento a sentir os efeitos da desaceleração<br />
da economia, ainda em 2014, a indústria de transformação<br />
deu os primeiros sinais de recuperação na reta final de<br />
2016. Depois de 10 trimestres consecutivos de encolhimento,<br />
o segmento - que forma o setor indústria ao lado<br />
dos subsetores extrativa mineral, construção e eletricidade<br />
- cresceu 1,1% em relação ao mesmo período de 2015. No<br />
último trimestre de 2016 voltou ao azul. O destaque foi a<br />
fabricação de máquinas e equipamentos, com crescimento<br />
de 19,6% no período.<br />
SETOR DE MÁQUINAS REANIMADO<br />
O faturamento do setor de máquinas e equipamentos<br />
A<br />
mid a backdrop of confidence in economic recovery,<br />
national industrial production returned to growth<br />
in <strong>2017</strong>. An increase of 1.4%, in January, and 0.1%,<br />
in February, when compared to the same periods last year,<br />
interrupted a string of 34 months of consecutive decreases.<br />
The Ibge data (Brazilian Institute of Geography and Statistics)<br />
clearly shows signs that the worst is over: 12 of 24<br />
segments surveyed showed positive increases.<br />
The first segment to feel the effects of the economic<br />
slowdown, starting in 2014, was the transformation segment<br />
and showed the first signs of recovery in the final<br />
stretch of 2016. After 10 consecutive quarters of shrinkage,<br />
the segment – that includes the industrial sector as well as<br />
the mining, construction and electricity subsectors – grew<br />
1.1% when compared to the same period in 2015. In the<br />
last quarter of 2016, it returned to the black. The highlight<br />
was the machinery and equipment manufacturing segment<br />
with grew 19.6% over the same period in the previous year.<br />
A REANIMATED MACHINERY SECTOR<br />
Machinery and equipment manufacturing sales increased<br />
14.5% between January and February, according to Abi-<br />
Faturamento do setor de máquinas e equipamentos teve crescimento<br />
de 14,5% entre janeiro e fevereiro, segundo balanço da Abimaq<br />
38 |<br />
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ALGUMAS<br />
SINALIZAÇÕES<br />
RECENTES DO<br />
GOVERNO FEDERAL,<br />
NO ENTANTO,<br />
AINDA DEIXAM O<br />
SINAL DE ALERTA<br />
LIGADO PARA OS<br />
QUE ESPERAM<br />
UMA RÁPIDA<br />
RECUPERAÇÃO EM<br />
<strong>2017</strong><br />
teve crescimento de 14,5% entre janeiro e fevereiro, segundo<br />
balanço da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas<br />
e Equipamentos). “Estudos indicam que a cada R$ 10<br />
milhões de demanda adicional em máquinas e equipamentos<br />
são gerados 280 novos empregos de forma direta,<br />
indireta e pelo efeito renda”, argumentou o presidente<br />
da Abimaq, João Carlos Marchesan. “Com esses dados<br />
em mãos, podemos afirmar com toda a certeza que só a<br />
indústria pode fazer o desemprego cair. Esses dados não<br />
podem passar despercebidos pela nação em um momento<br />
em que o governo registra oficialmente 13 milhões de<br />
desempregados e o Ibge, acrescentando os sub-ocupados,<br />
fala em 24 milhões e 300 mil trabalhadores sem emprego.”<br />
Em relação à geração de emprego, diminuiu de 29%<br />
para 20% o percentual de empresas que estão reduzindo<br />
o quadro de funcionários. Porém, permanecem baixas<br />
(7%) as indicações de aumento no total de trabalhadores.<br />
As exportações, por sua vez, mostraram resultados mais<br />
positivos nesta última sondagem, com expansão de 17%<br />
para 36% no total de empresas que aumentaram suas<br />
vendas externas.<br />
Em fevereiro, as fábricas de bens de capital mecânicos<br />
tiveram faturamento de R$ 4,86 bi (bilhões). No primeiro<br />
bimestre deste ano, o faturamento foi de R$ 9,11 bi. As<br />
exportações do setor tiveram aumento de 4,2% na comparação<br />
entre fevereiro de <strong>2017</strong> e o mesmo período do ano<br />
passado. Segundo a Abimaq, a utilização da capacidade<br />
instalada nas fábricas de máquinas no Brasil teve alta de<br />
0,8% entre janeiro e fevereiro. Neste mesmo período, a<br />
ocupação no setor ficou estável, com 292,6 mil pessoas<br />
empregadas na indústria de máquinas no final de fevereiro,<br />
resultado 5,9% menor do que o verificado no mesmo mês<br />
do ano passado.<br />
maq data (Brazilian Machinery Manufacturers Association).<br />
“Studies indicate that every R$ 10 million of additional demand<br />
for machines and equipment results in the generation<br />
of 280 new jobs generated directly, indirectly, and through<br />
the income effect,” argues João Carlos Marchesan, President<br />
of Abimaq. “With this data in hand, we can say with certainty<br />
that just this industry has caused unemployment to fall. This<br />
data cannot pass by unnoticed by the nation at a time when<br />
the Government officially recorded 13 million unemployed,<br />
and Ibge, adding the under-employed, speaks of 24.3 million<br />
workers without full time work.”<br />
In relation to the generation of employment, the percentage<br />
of companies that are reducing headcount decreased<br />
from 29% to 20%. However, the increase in the total number<br />
of workers remained low (7%). Exports, on the other hand,<br />
showed more positive results in this last survey, the percentage<br />
of the number of companies that increased their sales<br />
abroad increased from 17% to 36%.<br />
In February, mechanical capital goods manufacturers<br />
had a turnover of R$ 4.86 billion. In the first two months<br />
of this year, turnover was R$ 9.11 billion. Industry exports<br />
increased 4.2% in February <strong>2017</strong> in comparison with the<br />
same period the previous year. According to Abimaq,<br />
machinery manufacturing installed capacity utilization in<br />
Brazil increased 0.8% between January and February. In this<br />
same period, Sector employment was stable, with 292,600<br />
people employed in the machinery manufacturing industry<br />
at the end of February, 5.9% lower than in the same month<br />
of last year.<br />
CONCRETE IMPROVEMENT<br />
IN THE SECOND QUARTER<br />
“The industry is seeing that the worst is over, with successive<br />
falls remaining in the past,” states André Macedo,<br />
Economist for Ibge. “There is a horizon with components<br />
that can help the Sector, such as monetary easing and<br />
consumption stimulus initiatives, such as cash withdrawals<br />
from inactive Fgts accounts (Service Time Fund).” According<br />
to him, however, there are still factors that can decrease<br />
the acceleration of the recovery process, such as the labor<br />
market with a high number of unemployed, families with<br />
high loan default levels, and, even with reduced interest<br />
rates, expensive and scarce credit.<br />
In March, data from Caged (Ministry of Labor Register<br />
of Employed and Unemployed) signaled that the manufacturing<br />
industry gained prominence as the result of formal<br />
employment. Since March 2015, the industry has been successively<br />
losing jobs monthly, but in August and September of<br />
last year, it registered positive increases of 6,300 and 9,300,<br />
respectively. In January <strong>2017</strong>, it surprised with an increase<br />
of 17,501, against a loss of 16,553 in the same period of the<br />
previous year.<br />
“Expectations for the coming months are positive, with<br />
a larger number of companies projecting growth rather than<br />
a decrease, both for the month of February and first quarter<br />
and even the first half of the year,” says Régis Haubert,<br />
Regional Director of Abinee (Brazilian Association of the<br />
ABRIL | 39
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
MELHORA CONCRETA NO<br />
SEGUNDO TRIMESTRE<br />
“A indústria está mostrando que o pior, com quedas<br />
sucessivas, ficou para trás”, afirmou André Macedo, economista<br />
do Ibge. "O que existe é um horizonte de componentes<br />
que podem ajudar o setor, como a flexibilização<br />
monetária e iniciativas de estímulo ao consumo, como a liberação<br />
dos saques das contas inativas do Fgts." De acordo<br />
com ele, no entanto, ainda há fatores que podem diminuir<br />
a aceleração do processo de retomada, como o mercado<br />
de trabalho com número elevado de desempregados, famílias<br />
com nível elevado de inadimplência e, mesmo com<br />
redução de taxa de juros, o crédito ainda caro e escasso.<br />
Em março, dados do Caged (Cadastro de Empregados<br />
e Desempregados), do Ministério do Trabalho, mostraram<br />
que contratações na indústria de transformação ganharam<br />
destaque no resultado do emprego formal. Desde março<br />
de 2015, o setor vinha fechando postos por sucessivos<br />
meses até que, em agosto e setembro do ano passado,<br />
registrou recuperação: saldos positivos de 6,3 mil e 9,3 mil<br />
vagas, respectivamente. Em janeiro, surpreendeu com a<br />
geração de 17.501 empregos contra um saldo negativo de<br />
16.553 no mesmo período do ano passado.<br />
"As expectativas para os próximos meses são positivas,<br />
com maior número de empresas projetando crescimento<br />
do que esperando queda, tanto para o mês de fevereiro<br />
como para o primeiro trimestre e até primeiro semestre do<br />
ano", avalia Régis Haubert, diretor regional da Abinee (Associação<br />
Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). Para<br />
Electrical and Electronics Industry). For the year <strong>2017</strong>, 73% of<br />
companies expect sales growth; 13%, stable sales; and 13%<br />
a decrease in sales over those of 2016. For more than half<br />
of those interviewed, concrete improvement of the activity<br />
should start to occur in the second quarter of <strong>2017</strong>.<br />
FEDERAL OBSTACLES<br />
Some recent signs from the Federal Government,<br />
however, point out there are still warning signs for those<br />
who expect a quick recovery in <strong>2017</strong>. Even though reluctant<br />
to adopt unpopular measures such as raising taxes, the<br />
Government may end up having to resort to this remedy to<br />
help meet the fiscal targets for <strong>2017</strong> and 2018: the economic<br />
team has already forecast that the primary deficit for next<br />
year should be close to R$ 79 billion<br />
One of the taxes that the Government considered increasing<br />
in early April was the Cide on gasoline and diesel<br />
fuel (Contribution of Intervention in the Economic Domain).<br />
From the accounts of the economic team, if it were doubled,<br />
it would result in R$ 2.1 billion in new funds this year. If the<br />
increase were to occur in May, the amount collected in <strong>2017</strong><br />
would fall to R$ 1.6 billion. In a full year, the taxes collected<br />
would be R$ 3.8 billion.<br />
Another tax that the Government considers increasing is<br />
the PIS/Cofins on gasoline. If this measure were to come into<br />
effect in May this year, the amount collected would be R$ 3<br />
billion. And in a year, the amount raised would be R$ 8 billion.<br />
“We are against raising taxes. Creating new ones or<br />
increasing old ones should be a last resort, the last of the<br />
“Criar ou aumentar impostos deve ser a última, das últimas, das últimas das possibilidades<br />
para equilibrar as contas públicas", Robson Braga de Andrade, presidente da CNI<br />
40 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
o ano de <strong>2017</strong>, 73% das empresas esperam crescimento;<br />
13%, estabilidade; e 13%, queda, em relação a 2016. Para<br />
mais da metade das entrevistadas, a melhora concreta<br />
da atividade deverá começar a acontecer no segundo<br />
trimestre de <strong>2017</strong>.<br />
EMPECILHOS FEDERAIS<br />
Algumas sinalizações recentes do governo federal, no<br />
entanto, ainda deixam o sinal de alerta ligado para os que<br />
esperam uma rápida recuperação em <strong>2017</strong>. Mesmo que<br />
relutante em adotar medidas impopulares como aumento<br />
de impostos, o governo pode acabar tendo de recorrer a<br />
esse remédio para ajudar no cumprimento das metas fiscais<br />
de <strong>2017</strong> e 2018: a equipe econômica já informou que<br />
o compromisso para o ano que vem é realizar um déficit<br />
primário de R$ 79 bi.<br />
Um dos tributos que o governo considerou aumentar<br />
no início de abril foi a Cide (Contribuições de Intervenção<br />
no Domínio Econômico) sobre gasolina e diesel. Pelas<br />
contas da equipe econômica, caso ela tivesse sido dobrada,<br />
resultaria numa arrecadação de R$ 2,1 bi este ano. Já se a<br />
elevação ocorresse a partir de maio, o valor recolhido em<br />
<strong>2017</strong> cairia para R$ 1,6 bi. E em um ano completo, o reforço<br />
no caixa seria de R$ 3,8 bi.<br />
Outro tributo que o governo considerou aumentar foi o<br />
PIS/Cofins sobre a gasolina. Se essa medida vigorar a partir<br />
de maio deste ano, o valor recolhido seria de R$ 3 bi. Mas<br />
em um ano inteiro, o montante arrecadado seria de R$ 8 bi.<br />
"Somos contra a elevação de impostos. Criar ou aumentar<br />
impostos deve ser a última, das últimas, das últimas<br />
das possibilidades para equilibrar as contas públicas",<br />
afirmou o presidente da CNI (Confederação Nacional da<br />
Indústria), Robson Braga de Andrade, após reunião com<br />
o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "As empresas<br />
são apenas repassadoras de tributos. A população já está<br />
demasiadamente penalizada com aumentos de preços e<br />
do desemprego. Nós precisamos estimular o consumo.<br />
São medidas como a facilitação do acesso das empresas<br />
ao crédito, a redução de juros e da burocracia que facilitam<br />
os negócios.”<br />
Na visão de Marcos Antonio Müller , presidente da<br />
Csmem (Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos<br />
para Madeira), da Abimaq, a retomada ainda deverá ser<br />
longa para que o país volte ao nível de competitividade<br />
que possuía há alguns anos. “Este período de recessão<br />
pelo qual passamos fez com que o setor da indústria da<br />
madeira e móveis perdesse competitividade”, afirmou.<br />
“Um período sem investimentos em tecnologia significa<br />
custos operacionais mais altos, dificuldade em manter os<br />
níveis de qualidade, custos de manutenção mais elevados<br />
e dificuldade em respeitar os prazos acordados. Esta retomada<br />
significa o início de uma nova fase, buscar competitividade<br />
num cenário de mercado globalizado. Este<br />
momento para o setor de máquinas também representa<br />
um momento de retomada.”<br />
“ESTUDOS INDICAM QUE A CADA R$<br />
10 MILHÕES DE DEMANDA ADICIONAL<br />
EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SÃO<br />
GERADOS 280 NOVOS EMPREGOS<br />
DE FORMA DIRETA, INDIRETA E PELO<br />
EFEITO RENDA”<br />
JOÃO CARLOS MARCHESAN, PRESIDENTE DA ABIMAQ<br />
possibilities to balance public accounts,” said Robson Braga<br />
de Andrade President of CNI (National Confederation of<br />
industry), earlier this month, after meeting with Henrique<br />
Meirelles, Minister of Finance. “Companies are just repassers<br />
of taxes. The population is already being very much penalized<br />
with price increases and unemployment. We need to stimulate<br />
consumption. There are measures such as facilitating<br />
access to credit for companies, the reduction of interest and<br />
bureaucracy that could facilitate business.”<br />
In the view of Marcos Antonio Müller, President of the<br />
Csmem (Abimaq Chamber for the Timber Machinery and<br />
Equipment Sector), the recovery is such that it may take a<br />
long time for the Country to return to the level of competitiveness<br />
that it had a few years ago. “This period of recession<br />
that we've been through has made the timber and furniture<br />
manufacturing sector lose much of its competitiveness,” he<br />
says. “A period without investments in technology means higher<br />
operating costs, difficulty in maintaining quality levels,<br />
higher maintenance costs and difficulties respecting agreed<br />
deadlines. This recovery means the beginning of a new phase,<br />
looking for competitiveness in a globalized market scenario.<br />
This moment for the Machinery Sector also represents a<br />
moment of recovery.”<br />
ABRIL | 41
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
NOVOS<br />
DESAFIOS<br />
Foto: divulgação<br />
ABIMCI DEFINE DIRETORIA<br />
ATÉ 2020, COM REELEIÇÃO<br />
DE JOSÉ CARLOS JANUÁRIO<br />
POR ACLAMAÇÃO DURANTE<br />
VOTAÇÃO NA FIEP E JÁ<br />
VISLUMBRANDO NOVAS METAS<br />
42 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
“Foram três anos de muito<br />
trabalho e de resultados<br />
alcançados, mas temos<br />
pela frente novos desafios e<br />
oportunidades”<br />
José Carlos Januário,<br />
presidente da Abimci<br />
A<br />
Abimci (Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente) definiu<br />
no fim de março a diretoria para o triênio <strong>2017</strong>-<br />
2020. Em votação por aclamação, José Carlos Januário, da<br />
Indústria de Compensados Guararapes, foi reeleito. “Foram<br />
três anos de muito trabalho e de resultados alcançados,<br />
mas temos pela frente novos desafios e oportunidades<br />
para fortalecer ainda mais a associação e contribuir com o<br />
desenvolvimento da cadeia de base florestal”, afirmou ele,<br />
após reunião de associados que ocorreu na sede da Fiep<br />
(Federação das Indústrias do Estado do Paraná).<br />
Januário destacou durante o evento parte das conquistas<br />
dos últimos três anos, que na sua visão foram também<br />
consequência do esforço e trabalho realizados pela gestão<br />
anterior de Odacir Antonelli, que proporcionou uma nova<br />
estabilidade para a entidade. Além disso, o presidente<br />
destacou a dedicação da equipe técnica da Abimci e a<br />
contribuição dos vice-presidentes e coordenadores dos<br />
Comitês nas atividades desenvolvidas pela entidade.<br />
Como é de praxe ao fim de cada mandato, foi apresentado<br />
um documento para cada associado de cerca de 30<br />
páginas, com o relatório da gestão anterior. Nele, foram<br />
apresentados os principais pontos defendidos pela Abimci<br />
nos últimos três anos no setor de madeira processada:<br />
logística, infraestrutura e assuntos portuários; tratativas<br />
da NR (Norma Regulamentadora) 12, devido aos custos<br />
elevados para a adaptação das indústrias; e alinhamento<br />
ABRIL | 43
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
O CONSELHO ADMINISTRATIVO DA ABIMCI PARA O TRIÊNIO <strong>2017</strong>-2020:<br />
PRESIDENTE<br />
José Carlos Januário – Indústria de Compensados<br />
Guararapes Ltda.<br />
TESOUREIRO<br />
Marcelo Antonelli – Repinho Reflorestadora de<br />
Madeiras e Compensados Ltda.<br />
PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE<br />
Luiz Alberto Sudati – Indústria de Compensados<br />
Sudati Ltda.<br />
SEGUNDO VICE-PRESIDENTE<br />
João Carlos Ribeiro Pedroso – Indústria de<br />
Compensados Guararapes Ltda.<br />
CONSELHEIROS VICE-PRESIDENTES<br />
Acassio Antonelli – Repinho Reflorestadora de<br />
Madeiras e Compensados Ltda.<br />
Amauri Eduardo Kollross – Madeireira EK Ltda.<br />
Armando José Giacomet – Braspine Madeiras Ltda.<br />
Douglas Antônio Granemann de Souza – Triângulo<br />
Pisos e Painéis Ltda.<br />
Fernando Carlotto Gnoatto – Berneck S/A Painéis<br />
e Serrados<br />
Isac Chami Zugman – Compensados e Laminados<br />
Lavrasul S/A<br />
Ivan Tomaselli – Stcp Engenharia de Projetos Ltda.<br />
Juliano Vieira de Araújo – F.V. de Araújo S/A<br />
Roberto Cezar Wronski – Madeireira Rio Claro Ltda.<br />
Roni Marini Junior – Marini Indústria de<br />
Compensados Ltda.<br />
Thales Zugman – Compensados e Laminados<br />
Lavrasul S/A<br />
DIRETOR REGIÃO NORTE<br />
Luiz Fernando Honório Alves – E.Carli Representações<br />
Ltda.<br />
COMITÊS<br />
Comitê Compensado Plastificado<br />
Walter Reichert – <strong>Industrial</strong> Madeireira S/A<br />
Comitê de Laminados e Compensado de Pinus<br />
Fabiano Sangalli – Indústria de Compensados<br />
Sudati Ltda.<br />
Comitê de Laminados e Compensado Tropical<br />
Paulo Cavalcanti Neto – Somapar Sociedade<br />
Madeireira Paranaense Ltda.<br />
Comitê de Molduras<br />
Luis Daniel Woiski Guilherme – Sólida Brasil Madeiras<br />
Ltda.<br />
Comitê de Pisos e Madeira Tropical<br />
Marcelo Granemann de Souza – Triângulo Pisos e<br />
Painéis Ltda.<br />
Comitê de PMVA – Produtos de Maior Valor Agregado<br />
e Madeira de Pinus<br />
Alexandre Simão Batistella – Battistella Indústria e<br />
Comércio Ltda.<br />
Comitê de Portas<br />
Caetano Balvedi Neto – Sincol S/A Indústria e<br />
Comércio<br />
Comitê de Desenvolvimento e Tecnologia<br />
Daniel Berneck – Berneck S/A Painéis e Serrados<br />
Comitê de Relações Internacionais<br />
Isac Chami Zugman – Compensados e Laminados<br />
Lavrasul S/A<br />
Comitê de Relações Institucionais<br />
Amauri Eduardo Kollross – Madeireira EK Ltda.<br />
CONSELHO FISCAL TITULARES<br />
Ricardo Pedroso – Indústria de Compensados<br />
Guararapes Ltda.<br />
Fábio Ayres Marchetti – Manoel Marchetti Indústria<br />
e Comércio Ltda.<br />
CONSELHO FISCAL SUPLENTES<br />
Silvano D’Agnoluzzo – Concrem Wood<br />
Agroindustrial Ltda.<br />
Robson Luiz Marcon – Famossul Madeiras S/A<br />
44 |<br />
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junto à CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Fiep<br />
para padronização na compilação de dados econômicos<br />
do setor.<br />
Para Paulo Pupo, superintendente da Abimci, um dos<br />
grandes destaques nos últimos anos foi a consolidação<br />
da associação como fonte de informação para grandes<br />
veículos da imprensa, como jornais estaduais e publicações<br />
segmentadas, como a própria REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
“Nós fornecemos textos e dados mais otimistas da indústria,<br />
o que traz olhos positivos para o nosso setor”,<br />
destacou.<br />
A atuação da Abimci, cabe ressaltar, prioriza o desenvolvimento<br />
de ações que visam à ampliação do mercado<br />
para produtos de madeira, por meio da defesa de interesses<br />
do setor nas esferas política, comercial e institucional.<br />
No campo internacional, a entidade é signatária de acordos<br />
de cooperação, possui assento nos principais fóruns de<br />
discussão setoriais e participa de missões de negócios. A<br />
associação também é a principal fonte de informações para<br />
organismos governamentais brasileiros e estrangeiros,<br />
sendo referência para a imprensa, universidades e outras<br />
entidades setoriais.<br />
JANUÁRIO DESTACOU A<br />
DEDICAÇÃO DA EQUIPE<br />
TÉCNICA DA ABIMCI E<br />
A CONTRIBUIÇÃO DOS<br />
VICE-PRESIDENTES E<br />
COORDENADORES DOS<br />
COMITÊS NAS ATIVIDADES<br />
DESENVOLVIDAS PELA<br />
ENTIDADE
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
46 |<br />
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GESTÃO<br />
MOVELEIRA<br />
SAIBA COMO ESCOLHER OS MELHORES EQUIPAMENTOS PARA A SUA<br />
MARCENARIA, DE ACORDO COM A NECESSIDADE<br />
Fotos: divulgação<br />
ABRIL | 47
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
Stephan ao centro,<br />
aconselha alunos do<br />
projeto Escola Pau-Brasil<br />
em Campo Grande (MS)<br />
U<br />
ma boa marcenaria envolve desenvolver o<br />
seu negócio de forma produtiva, organizada e<br />
lucrativa. Além das máquinas moveleiras, no<br />
entanto, muitas vezes os equipamentos utilizados são<br />
vistos como secundários, porém são de suma importância<br />
para o acabamento. Para dicas de melhor gestão, consultamos<br />
o marceneiro suíço Stephan Hoffman, diretor do<br />
projeto Escola Pau-Brasil, que ensina marcenaria moderna<br />
em Campo Grande (MS).<br />
LIXAS<br />
As lixas são importantes para um acabamento melhor<br />
ao móvel que está sendo construído. No entanto, é<br />
necessário saber qual utilizar em cada situação, para um<br />
resultado de alta qualidade. “O número da lixa indica a<br />
granulometria”, detalha Hoffman. “Ou seja, o quanto<br />
uma lixa é fina ou grossa. Em painéis MDF, o indicado é<br />
começar o lixamento a partir da granulação 150, em lixas<br />
de papel ou pano.”<br />
Para acabamento, Hoffman indica a lixa 280. “Porém,<br />
isso depende do resultado que você deseja para o móvel”,<br />
atenta. “A remoção de defeitos deve ser feita com uma lixa<br />
300. Use granas acima de 500 para deixar o acabamento<br />
liso como o de uma chapa de MDF cru original.”<br />
SERRAS<br />
As serras vivem em constante evolução. Até pouco<br />
tempo, a serra de 250 mm (milímetros), com 80 dentes<br />
afiados a uma angulação de 38 graus e dentes alternados<br />
com ângulo de ataque negativo era uma das mais requisitadas.<br />
Hoje, no entanto, há modelos com menos dentes<br />
e a frente das pastilhas côncavas.<br />
“É recomendado verificar se pelo menos três dentes<br />
da serra atacam simultaneamente a chapa de MDF utilizada.<br />
Quanto mais dentes, melhor”, indica Hoffman. “Para<br />
cortar MDF revestido dos dois lados, não use serras de 24<br />
dentes, pois estragam a madeira. Escolha com 60 dentes<br />
de uma marca de boa qualidade.”<br />
FITAS DE BORDA<br />
Para finalizar um móvel e dar um excelente acabamento,<br />
é importante conhecer como usar as fitas de<br />
borda. “Limpe bem a superfície que receberá a cola,<br />
deixando-a plana”, diz Hoffman. “Aplique uma camada<br />
As lixas são importantes<br />
para um acabamento<br />
melhor ao móvel que está<br />
sendo construído<br />
48 |<br />
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de cola de contato na placa que receberá a fita, espera<br />
a secagem e passe uma nova mão.” Na secagem, o marceneiro<br />
aconselha a aguardar o tempo recomendado<br />
pelo fabricante, para evitar problemas. “Para proteger<br />
os móveis, especialmente em áreas sujeitas à umidade,<br />
aplique fitas de borda mesmo nas superfícies ocultas”,<br />
aconselha Hoffman.<br />
“Limpe bem a superfície que<br />
receberá a cola, deixando-a<br />
plana”, diz Hoffman<br />
É recomendado verificar se pelo menos três<br />
dentes da serra atacam simultaneamente a<br />
chapa de MDF utilizada. Quanto mais dentes,<br />
melhor”, indica Hoffman<br />
USINAGEM<br />
PESADA<br />
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PRODUTIVIDADE<br />
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MESMO COM REDUÇÃO DO NÚMERO DE PAVILHÕES, FIMMA<br />
ULTRAPASSA O NÚMERO DE 25 MIL VISITANTES E SOMA US$ 290<br />
MILHÕES EM NEGÓCIOS DURANTE OS QUATRO DIAS DE EVENTO<br />
50 |<br />
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A<br />
o todo, 25 mil visitantes, 360 expositores, 500<br />
marcas presentes e 1.200 rodadas de negócios<br />
– um número recorde na história da feira. A 13ª<br />
edição da Fimma (Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas<br />
e Acessórios para a Indústria Moveleira) foi<br />
mais enxuta que a anterior, porém as perspectivas foram,<br />
sem dúvidas, mais otimistas.<br />
Localizada na cidade de Bento Gonçalves (RS), um dos<br />
maiores polos moveleiros do país, os principais players do<br />
mercado expuseram produtos e serviços em uma vitrine de<br />
âmbito global e ampliaram contato, fortalecendo alianças<br />
estratégicas e futuros negócios.<br />
“Estimávamos fechar em US$ 290 milhões o total de<br />
negócios concretizados dentro da feira, e conseguimos”,<br />
comemora Rogério Francio, presidente da Fimma. O Projeto<br />
Comprador, que promoveu as 1.200 rodadas de negócio,<br />
foi uma das ações estratégicas de sucesso desta edição,<br />
com US$ 3,3 milhões de transações efetivadas. “Além<br />
disso, há a previsão de mais US$ 20 milhões nos próximos<br />
12 meses, a partir dos encontros e contatos promovidos<br />
aqui”, relata Francio.<br />
Quinta maior feira do mundo no segmento moveleiro,<br />
a Fimma aconteceu em um dos piores momentos econômicos<br />
vivenciados no Brasil e no setor produtivo, representando<br />
desafio para a Movergs, organizadora do evento.<br />
“Neste um ano de pré-feira, trabalhamos em equipe, com<br />
determinação para alcançar nosso objetivo que era, e é,<br />
apoiar e fomentar o desenvolvimento do setor”, destacou<br />
Francio, durante a coletiva de imprensa pós-evento.<br />
Dos 360 expositores e das 500 marcas presentes, 30%<br />
são empresas que nunca tinham exposto na feira. “Esse<br />
dado demonstra que os novos expositores acreditaram no<br />
potencial do nosso evento e na retomada da economia nacional”,<br />
disse Francio. “Crise e oportunidade andam juntas,<br />
mas sempre preferimos navegar nas ondas da oportunidade”.<br />
ATRAÇÕES PARALELAS<br />
Um dos atributos creditados ao êxito do Projeto Comprador<br />
foi a prospecção correta dos participantes. Durante<br />
nove meses, a organização da feira analisou e avaliou 440<br />
compradores internacionais inscritos e, destes, trouxe 50.<br />
“Os bons resultados comerciais geraram, consequentemente,<br />
um grande interesse dos expositores em confirmar<br />
presença para 2019. Alguns, até mesmo, já renovaram seus<br />
espaços”.<br />
Outra atração que gerou olhares atentos foi o Espaço<br />
Marceneiro, do projeto Fimma Marceneiro. Durante os<br />
quatro dias, alunos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
<strong>Industrial</strong>) demonstraram na prática as etapas da<br />
fabricação de móveis. O Seminário Internacional sobre a<br />
NR-12 abriu a programação do último dia, falando sobre os<br />
impactos e as oportunidades proporcionados pela norma<br />
regulamentadora, que dispõe sobre a segurança no trabalho<br />
em máquinas e equipamentos, foram abordados por<br />
quatro convidados ligados ao setor moveleiro.<br />
Considerando a relevância do tema para o setor moveleiro,<br />
a Fimma promoveu o Seminário Internacional sobre<br />
a Indústria 4.0 – A Revolução Tecnológica em Curso, com<br />
o austríaco Joerg Rosemeier, executivo da área de exportação<br />
das Américas (Central, Norte e Sul) da IMA Leading<br />
Technologies. Ele apresentou um panorama do conceito<br />
de Indústria 4.0, disseminado pelo governo da Alemanha<br />
e também definido como Smart Factory, ou Fábricas Inteligentes,<br />
em países como os EUA (Estados Unidos da<br />
América). “A visão por trás da indústria 4.0 é tornar inteligente<br />
e independente cada parte da linha de produção”,<br />
esclareceu.<br />
2019<br />
CONFIRA ALGUNS NÚMEROS<br />
DA FIMMA <strong>2017</strong><br />
No final da coletiva de imprensa – que reuniu em torno<br />
de 30 jornalistas e formadores de opinião do Brasil, Índia,<br />
Canadá, México, Espanha, Itália, Chile e Argentina – o presidente<br />
Rogério Francio anunciou a data da próxima edição<br />
da Fimma 2019, que ocorrerá de 26 a 29 de março. “Ao final<br />
desta edição, confirmamos a renovação de espaço com<br />
pelo menos 40% dos expositores deste ano”, animou-se.<br />
1.200 rodadas de negócios pelo Projeto Comprador<br />
30% novos expositores<br />
25 mil visitantes nos quatro dias de evento<br />
US$ 290 milhões em negócios concretizados durante<br />
a feira<br />
R$ 20 milhões em negócios a serem concretizados<br />
após o evento<br />
Presença de veículos da imprensa de 8 países<br />
estrangeiros<br />
ABRIL | 51
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
PRODUTOS E LANÇAMENTOS<br />
Confira os lançamentos selecionados pela<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL em produtos e<br />
tecnologias que as empresas do setor madeireiro<br />
e móvel apresentaram na Fimma <strong>2017</strong>:<br />
MARRARI<br />
A Marrari trouxe para a Fimma um sistema de controle<br />
de produção, com várias soluções para controle automático<br />
de coletas de dados, medição de comprimento, largura e espessura<br />
de peças na linha. “A produção chega a aumentar 10%<br />
logo depois da instalação”, diz Joaquim Almeida, gerente comercial<br />
da Marrari. “Você pode melhorar a gestão para fornecedores<br />
de madeira, serra e operadores. Ou seja, ele dá na sua<br />
mão todas as informações necessárias da produção."<br />
CONTRACO<br />
A Contraco veio com duas frentes principais para a feira: ventilação<br />
industrial e secadores de madeira. “Nosso equipamento que<br />
mais chamou a atenção foi o ventilador, por conta do seu tamanho e<br />
potência”, conta Eduardo Bonin, engenheiro mecânico da empresa.<br />
“Ele é muito utilizado em galpões industriais, para renovação de ar,<br />
melhoria de qualidade de trabalho e ambientação.”<br />
VANTEC<br />
A Vantec trouxe como carro chefe para a Fimma a sua<br />
linha de laminação de toras. “São duas máquinas principais:<br />
o arredondador e o descascador de toras”, conta<br />
Rudimar Pacheco, supervisor de biomassa, reciclagem e<br />
desenvolvimento de negócios da empresa. “Outro fator<br />
que chama atenção é a nossa bitola, cuja precisão chega<br />
a menos de um décimo de mm (milímetro).<br />
52 |<br />
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IMPACTO<br />
A Impacto, especializada em automação de serrarias,<br />
trouxe para a feira um protótipo de um gradeador de madeiras<br />
automático. “Geralmente é utilizada na gradeação<br />
de madeiras para pallet ou cerca”, conta Daniel Engel, diretor<br />
da empresa. “O grande diferencial dele é que é um equipamento<br />
automatizado em serraria, que gera manutenção<br />
fácil para o sistema. Conhecendo o ambiente rústico que<br />
gera muito pó, esse equipamento é uma facilidade.”<br />
FRANZOI<br />
O carro-chefe da Franzoi no evento foi a serra cinco<br />
estrelas, que conta com distribuição exclusiva no Brasil.<br />
“Em termos de novidade, trouxemos uma nova forma de<br />
criar raspadores para serras circulares, patenteado por<br />
nós”, conta Tiago Martini, gerente comercial da empresa.<br />
“Criamos algo diferente, também: um ambiente virtual<br />
de serraria, para o nosso cliente ter a oportunidade de<br />
explorar essa experiência com um óculos 3D.”<br />
H. BREMER<br />
A H. Bremer divulgou como destaque em seu estande<br />
a caldeira Ecotherm, lançada no fim de 2016. “Está fazendo<br />
muito sucesso, é um produto diferenciado”, conta Ivo<br />
Brehmer. “A parte construtiva dela e seus elementos térmicos,<br />
além do sistema de queima, são inovadores. Estamos<br />
satisfeitos com o desempenho do equipamento em<br />
vendas.”<br />
SPARLACK<br />
A Sparlack <strong>Industrial</strong> trouxe como destaque para a<br />
feira a sua linha de tinta para espelhos. “É uma tinta que<br />
reproduz um espelho, tanto sua textura como imagem”,<br />
conta Alessandra Zanuto, gerente de produtos da empresa.<br />
“Tivemos também o lançamento mundial do Aquasilk,<br />
vernizes transparentes para móveis. Somos os únicos a<br />
fornecer a base água para linha industrial.”<br />
ABRIL | 53
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
GAIDZINSKI<br />
Em <strong>2017</strong>, a Gaidzinski decidiu investir forte na linha de<br />
recobrimento e, como diferencial, uma máquina de revestir<br />
chapas de larguras até 1.850 mm (milímetros), padrão do<br />
mercado. “Apresentamos nossa recobridora que é amplamente<br />
conhecida pelo mercado”, relata Ewaldo Quint, do<br />
departamento comercial da empresa. “Essa laminadora<br />
pode ser adquirida, com essa nova dimensão, por fábricas<br />
para revender a pequenos marceneiros. É um grande diferencial.”<br />
GIACOMELLI<br />
A Giacomelli trouxe para a feira a primeira máquina<br />
hidráulica para pregação de pallet em nível nacional.<br />
“Geralmente as nossas concorrentes são italianas, essa é<br />
a primeira 100% nacional”, conta Cleimar Mapelli, gerente<br />
industrial da empresa. “Aperfeiçoamos modelos que<br />
conhecíamos de outras máquinas, fazendo um mix com<br />
todos os pontos positivos e condensamos em um único<br />
modelo.”<br />
BOTTENE<br />
A Bottene investiu em seu estande para divulgar as<br />
linhas de scanner com otimizadora. “Aqui na feira já vendemos<br />
mais uma máquina, é a nossa décima linha de<br />
scanner”, conta Eduardo Simas, diretor da Simas Soluções<br />
Industriais, que representa a Bottene no Brasil. “Começamos<br />
este ano um desenvolvimento técnico em moldureira<br />
também. Preparamos uma como pede o mercado<br />
brasileiro, adaptada ao cenário nacional.”<br />
AWK<br />
O foco da AWK são as serrarias, produto que recebeu<br />
toda a atenção durante a Fimma. “Nossas serras fitas<br />
para corte de madeira são mais dinâmicas, produtivas<br />
e robustas. É o nosso foco aqui hoje”, conta Alexandre<br />
Kanitz, diretor da empresa. “Trabalhamos tanto a parte<br />
de serras fitas como a de circulares, voltadas para toras<br />
finas.”<br />
54 |<br />
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RAZI<br />
A Razi mostrou a linha completa de marcenaria e industrial.<br />
“Na linha marceneira trouxemos a Elegance 1, que visa atender o<br />
pequeno e médio marceneiro”, conta Sérgio Amorim, gerente da<br />
Razi. “Na área industrial, sempre com o apoio da Alca Máquinas,<br />
temos a linha de plainas moldureiras, como a Style”. Eduardo Rechenberg,<br />
diretor da Alca Máquinas e representante da Razi em<br />
todo o país, aproveitou o evento para anunciar o lançamento de<br />
uma plaina moldureira de seis eixos. “É um equipamento pesado,<br />
para quem busca uma usinagem mais pesada”, finalizou.<br />
ENGECASS<br />
A Engecass apresentou a tecnologia de grelha móvel.<br />
Um sistema especializado em queimar combustíveis de<br />
alta umidade. “Isso evita problemas que o combustível possa<br />
apresentar durante o processo”, explica Jakson Fabiani,<br />
gerente comercial da empresa. “Também trouxemos nossas<br />
câmara de secagem, com eficiência alta e menor tempo<br />
do ciclo de secagem.”<br />
MILL INDÚSTRIAS<br />
A Mill Indústrias trouxe novidades na parte de máquinas, serrarias<br />
e NR-12, com serrarias automatizadas. “Mas o nosso grande<br />
destaque este ano foi o lançamento oficial da nova unidade fabril,<br />
especializada na fabricação de caldeiras com grelha fixa e grelha<br />
móvel”, conta Lucas de Zorzi, diretor da empresa. “A fabricação de<br />
estufas com túnel contínuo de secagem e piso móvel, além das convencionais<br />
de 50 m³ a 60 m³ (metros quadrados) de secagem. Nessa<br />
mesma unidade, serão fabricadas autoclaves para tratamento de<br />
madeira.”<br />
DALLABONA<br />
Esse ano a Dallabona trouxe uma serra circular múltipla<br />
de esteira destinada ao mercado moveleiro para o corte de<br />
madeira seca. “Nosso foco é uma linha mais precisa de corte”,<br />
diz Everton Ewald, gerente de vendas. “Nós procuramos<br />
nos adequar às normas NR-10 e NR-12. O equipamento<br />
atende todos esses requisitos.”<br />
ABRIL | 55
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
TIGRA<br />
O destaque da Tigra foi o diamante policristalino,<br />
uma novidade por ser fabricado com grãos mesclados<br />
de dois micrôns de tamanho. “É quase impossível de se<br />
referir ao tamanho, por serem praticamente invisíveis”,<br />
conta Ernest Erler, gerente da empresa. “Na matriz na<br />
Alemanha, desenvolvemos e aperfeiçoamos um metal<br />
duro tradicional da nossa linha, também. Isso proporciona<br />
maior rendimento nas ferramentas.”<br />
JOWAT<br />
A Jowat levou a linha completa de poliuretanos reativos.<br />
“Temos aqui o granulado, que é uma grande de uma solução<br />
para marceneiros de pequeno porte, aliado a um custo interessante”,<br />
conta Rubens Pereira Junior, gerente comercial da<br />
empresa. “Temos a embalagem de 600 g (gramas) pra pequenas<br />
coladeiras automáticas.”<br />
SIEMPELKAMP<br />
A Siempelkamp trouxe como destaque em seu estande<br />
o projeto da Asperbras, feito no Mato Grosso.<br />
“É o nosso primeiro projeto com fábrica completa na<br />
América Latina”, conta Martin Kemmsies, gerente executivo<br />
da empresa. “Fizemos desde a preparação da<br />
entrada das toras na fábrica até a embalagem. Criamos<br />
tudo para todas as áreas.”<br />
LINCK<br />
A Linck divulgou suas tecnologias de perfilar madeira,<br />
mais recomendada para o pinus no Brasil. “Viemos<br />
para representar e divulgar nossos equipamentos<br />
que são de alta qualidade”, conta Martin Huber. A Linck<br />
oferece linhas flexíveis e eficientes com capacidades de<br />
corte por turno que vão de 50 mil m³ (metros cúbicos) a<br />
até mais de 400 mil m³ de toras por ano, com custos de<br />
produção mínimos.<br />
56 |<br />
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B. KRICK<br />
A B. Krick demonstrou a linha de scanner que permite<br />
rever a madeira com todos os tipos de defeito. “Ela funciona<br />
com sistema de câmeras ou a laser, reconhecendo a madeira<br />
praticamente como uma tomografia. É o jeito mais<br />
moderno de fazer móveis hoje”, conta Bruno Krick, diretor<br />
da empresa. “Aqui na Fimma todos procuram a forma mais<br />
eficiente de otimizar sua empresa. E aqui só trabalhamos<br />
com equipamentos de vanguarda da Europa.”<br />
HOMAG<br />
A Homag optou por trazer equipamentos destinados às indústrias<br />
pequenas e médias. “Apesar da região ser famosa por<br />
indústrias de grande porte, a Homag começou uma aproximação<br />
com marcenarias pequenas”, conta Alessandro Agnoletti, gerente<br />
geral de vendas na América Latina. “Os destaques são a nossa<br />
linha de coladeiras de bordas, entre as quais uma novidade, a<br />
DKR 250, com custo benefício muito bom para marcenaria, e o<br />
centro de usinagem PTP 160, construído totalmente no Brasil.”<br />
SIROMAT<br />
A Siromat veio para a feira com a finalidade de divulgar<br />
a linha de serra circulares, revestidas com cromo de<br />
alta performance. “A serra diminui a amperagem do motor<br />
e não agride o meio ambiente durante sua limpeza”,<br />
diz Adriano Silva, diretor da empresa. “Além disso, temos<br />
também serra fita e facas. A nova serra Siromat diminui a<br />
emissão de ruído, aumenta a vida útil entre as afiações e<br />
possui maior custo benefício.”<br />
AFFEMAQ<br />
A Affemaq (Associação dos Fornecedores para as Indústrias<br />
de Madeira e Móveis) marcou presença com um<br />
estande que divulgou as 15 empresas filiadas à entidade,<br />
além dos estandes individuais de cada marca. “Todas as<br />
energias das nossas empresas estão direcionadas à aproximação<br />
com o setor e apresentação de novas soluções, com<br />
olhos à otimização dos processos com tecnologia especializada”,<br />
disse o presidente da Affemaq, Renato V. Nunes.<br />
ABRIL | 57
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
CONFIRA QUEM CIRCULOU PELOS<br />
CORREDORES DA FIMMA <strong>2017</strong><br />
Estande Contraco: Eduardo Bonin, José<br />
Freixanet, Marcelo Freixanet e Natalino Bonin<br />
Equipe Vantec<br />
Equipe Giacomelli<br />
Equipe Bottene: Matteo Battistella,<br />
Eduardo Simas e Simas João Carlos<br />
Equipe AWK: Fabiano Lima, vendas da AWK,<br />
e Alexandre Kanitz, diretor da empresa<br />
Equipe Affemaq: Suelen Salvati, Paula<br />
Giordano e Fabiane Spiça<br />
Equipe Marrari na Fimma <strong>2017</strong><br />
Equipe H. Bremer: Ivo Brehmer e Juliano<br />
Batista, departamento de vendas<br />
Equipe Gaidzinski na Fimma <strong>2017</strong><br />
Equipe Tigra: Vitorio Rossetto, departamento<br />
de vendas, Daiane Chies, tradutora, e Ernest<br />
Erler, gerente da Tigra<br />
Equipe Impacto na Fimma <strong>2017</strong><br />
Alessandra Zanuto, gerente de produtos da<br />
AkzoNobel, Leandro Cocchi, gerente de vendas<br />
da AkzoNobel e Joseane Knop, diretora de<br />
negócios do GRUPO JOTA, no estande da<br />
Sparlack <strong>Industrial</strong><br />
58 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Equipe Jowat na Fimma <strong>2017</strong><br />
Martin Huber, engenheiro de projetos da Linck<br />
Paulo Biazus, Andreia Rissi e Jackson no<br />
estande da Franzoi<br />
Sérgio Amorim, gerente da Razi, e Eduardo<br />
Rechenberg, diretor da Alca Máquinas<br />
Paulo, Leonardo Yáñez Inzunza, engenheiro<br />
mecânico e Jakson Fabiani, gerente comercial<br />
da Engecass<br />
Equipe Mill Indústrias na Fimma <strong>2017</strong><br />
Equipe Dallabona na Fimma <strong>2017</strong> Equipe Siempelkamp na Fimma <strong>2017</strong><br />
Fabiano Camolezi, gerente de produtos, Bruno<br />
Krick, diretor comercial, e André Allegretti,<br />
gerente de pós vendas da B. Krick<br />
Alessandro Agnolleti, gerente geral de vendas<br />
da Homag, e Joseane Knop, diretora de<br />
negócios do GRUPO JOTA<br />
Equipe Planatol na Fimma <strong>2017</strong><br />
Joseane Knop, diretora de negócios do GRUPO<br />
JOTA, e equipe Siromat na Fimma <strong>2017</strong><br />
ABRIL | 59
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MADEIRA TRATADA<br />
MADEIRA<br />
PERNAMBUCANA<br />
Fotos: divulgação<br />
PREFEITURA DO RECIFE REAFIRMA COMPROMISSO DE<br />
SUSTENTABILIDADE COM A REINAUGURAÇÃO DO PARQUE DA<br />
MACAXEIRA, AGORA COM UM PLAYGROUND DE 30 M³ DE MADEIRA<br />
TRATADA DE CUMARU E EUCALIPTO<br />
60 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
F<br />
echado para obras no fim de 2016, o Parque Urbano<br />
da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, reabriu<br />
em dezembro do ano passado e tem se tornado<br />
parada certa na região para as famílias e jovens que<br />
desejam uma boa prática ao ar livre e relaxar. O local tem<br />
mais de 10 ha (hectares) de área e estruturas para lazer e<br />
prática esportiva, recebendo centenas de pessoas de segunda<br />
a domingo. O grande destaque fica por conta do<br />
playground para crianças, todo construído com madeira<br />
tratada: balanços, escorregadores e casinhas.<br />
“O contato para realizar a obra foi junto com a construtora<br />
responsável pelo Parque da Macaxeira, que estava<br />
em contato direto com o governo”, conta Rafaela<br />
Bivar, diretora comercial da Ana Madeiras, responsável<br />
pelo fornecimento de madeira tratada e instalação das<br />
peças. “Foram utilizadas madeiras cumaru seca em estufa<br />
e eucalipto tratado. O processo de impregnação das<br />
peças de eucalipto com a substância química preservativa<br />
CCA acontece através de sistema de vácuo pressão em<br />
HÁ QUASE 20 ANOS PRESTANDO<br />
SERVIÇOS COM MADEIRA<br />
TRATADA, A ANA MADEIRAS<br />
CRESCEU MAIS NOS ÚLTIMOS<br />
ANOS, COM OS OLHOS DO<br />
MERCADO VOLTANDO-SE<br />
PARA O USO DA MADEIRA NA<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MADEIRA TRATADA<br />
autoclave, que garante a proteção da madeira contra o<br />
ataque de insetos xilófagos (cupins, brocas e carunchos),<br />
de fungos apodrecedores e da destruição por perfuradores<br />
marinhos.”<br />
O investimento total na reforma chegou a R$ 2,9 milhões,<br />
porém isso inclui drenagem e alterações na rede<br />
elétrica; apesar de não precisar o valor, a Ana Madeiras<br />
contempla um custo bem mais baixo para a construção<br />
do playground de madeira. “A repercussão foi bastante<br />
positiva, crescendo bastante o mercado de parques em<br />
eucalipto em outras praças púbilicas, condomínios e<br />
escolas”, elogia Rafaela. A Ana Madeiras tem um leque<br />
de trabalhos variados, como a produção de pergolados,<br />
esquadrias, decks, cercas, escadas, portões e bancos de<br />
madeira. “Trabalhamos executando o projeto do cliente<br />
de acordo com sua necessidade”, destaca.<br />
Há quase 20 anos prestando serviços com madeira<br />
tratada, a Ana Madeiras cresceu mais nos últimos anos,<br />
62 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
com os olhos do mercado voltando-se para o uso da madeira<br />
na construção civil. “Acredito que ainda há espaço<br />
para crescimento maior do uso da madeira”, reflete Rafaela.<br />
“Pelo fato do Brasil ser considerado um bom país<br />
para cultivo e extração de madeira plantada, pois as condições<br />
climáticas favorecem o rápido crescimento, e por<br />
haver no país uma tendência no meio sustentável, há espaço<br />
para crescimento."<br />
O PARQUE<br />
Com 10 ha de área, o Parque da Macaxeira tem<br />
um playground infantil, um campo de futebol, duas<br />
quadras poliesportivas, uma pista de bicicross, um<br />
skatepark, uma pista de corrida, uma ciclovia e uma<br />
Academia Recife. Ela é a segunda mais concorrida<br />
das 13 disponíveis na cidade, com 7.561 inscritos.<br />
237<br />
www.rossinequipamentos.com.br<br />
UTMs (Usinas para Tratamento de Madeira) Instaladas<br />
e em Operação no Brasil e na América do Sul.<br />
Em março a Rossin estará instalando mais uma<br />
UTM na cidade de Campinas/SP<br />
FONE: +55 (16) 3947-1981 ou +55 (16) 99781-6093<br />
Av. Nelson Benedito Machado, 86 - Distrito <strong>Industrial</strong> II - CEP 14176-110 - Sertãozinho - SP
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
SISTEMA 5S<br />
NA USINA DE<br />
PRESERVAÇÃO<br />
DE MADEIRA<br />
PARTE 5<br />
Fotos: divulgação<br />
- 5S é para todos, ou seja, é impossível pensá-lo<br />
sendo aplicado pela equipe operacional sem que a equipe<br />
gerencial participe ou apoie;<br />
- O 5S mostra a eficiência na condução do tempo,<br />
transformando a área física de trabalho e o comportamento<br />
de todos os níveis hierárquicos da empresa;<br />
- Serão encontradas dificuldades e, principalmente,<br />
relutância em mudar; nesse caso, chame a resistência<br />
para participar e opinar;<br />
- Depois do sucesso, nunca deixe de manter o<br />
processo vivo.<br />
Quem pratica o 5S trabalha com segurança e<br />
mantém bons hábitos para a saúde<br />
I<br />
mplantar o Sistema 5S numa empresa exige comprometimento<br />
e disciplina, o cumprimento contínuo<br />
dos itens que estão sendo apresentados,<br />
assim como o aperfeiçoamento dos mesmos quando<br />
necessário.<br />
Sugestões para a implantação do Sistema 5S<br />
O princípio do 5S é gradual e necessariamente nesta<br />
ordem:<br />
VANTAGENS DO 5S<br />
Quem pratica o 5S:<br />
- Trabalha com segurança;<br />
- Mantém bons hábitos para a saúde;<br />
- Busca limpeza e organização;<br />
- Combate os desperdícios;<br />
- Tem espírito de equipe;<br />
- Aceita os desafios;<br />
- É responsável.<br />
Quem pratica o 5S trabalha com segurança e mantém<br />
bons hábitos para a saúde;<br />
64 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
O 5S MOSTRA A<br />
EFICIÊNCIA NA<br />
CONDUÇÃO DO TEMPO,<br />
TRANSFORMANDO<br />
A ÁREA FÍSICA DE<br />
TRABALHO E O<br />
COMPORTAMENTO<br />
DE TODOS OS NÍVEIS<br />
HIERÁRQUICOS DA<br />
EMPRESA<br />
SILVIO LIMA, PEDRO PAZIN,<br />
JOSÉ FLÁVIO JR E ALFREDO FERNANDES<br />
(DIVISÃO OSMOSE DA MONTANA QUÍMICA S.A.)<br />
4º SEIKETSU (STANDARDIZE)<br />
Caracteriza-se por:<br />
- Situação da iluminação nas áreas<br />
- Nível de ruído/vibração<br />
- Temperatura do Ambiente<br />
- Existência de fontes de sujeira<br />
Na Empresa: Seguir os procedimentos, regras e<br />
normas da empresa, assim como a cultura, buscando<br />
contribuir sempre para a melhoria do ambiente de trabalho<br />
com sugestões e instruindo os colegas com boas<br />
práticas.<br />
Numa UPM: O mantra principal aqui é padronização.<br />
Toda a UPM deve ter seus procedimentos de operação<br />
padronizados e por escrito.<br />
Os procedimentos devem abranger planos de manutenção<br />
preventiva, de combate a incêndio, de primeiros<br />
socorros, de combate a danos ambientais, entre outros.<br />
Todas estas informações devem ficar dispostas em locais<br />
de fácil acesso, e, as mais importantes, devem ser<br />
colocadas em quadros de aviso situados em locais próximos<br />
e mais sensíveis a esse tipo de ocorrência. Também<br />
é importante o cuidado para que o nível de iluminação<br />
seja adequado para situações que exijam a realização de<br />
trabalhos noturnos.<br />
UPM Lua Madeira<br />
José Flávio Jr é supervisor da Divisão Osmose<br />
da Montana Química<br />
ABRIL | 65
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
ANÁLISE DA<br />
CAPACIDADE DE<br />
PROCESSO ATRAVÉS<br />
DE CONTROLE<br />
ESTATÍSTICO DA<br />
QUALIDADE DE<br />
MOLDURAS DE<br />
MADEIRA NO NORTE<br />
DO PARANÁ<br />
Fotos: divulgação<br />
GLAUCIA APARECIDA PRATES E<br />
REINALDO DA SILVEIRA GARCIA<br />
Unesp (Universidade Estadual Paulista)<br />
RESUMO<br />
O<br />
presente estudo de CEP (Controle Estatístico<br />
de Processo), realizado em uma das<br />
etapas de produção de uma indústria de<br />
molduras, teve como objetivo avaliar a capacidade do<br />
processo considerando, assim, pontos do processo que<br />
necessitam de melhorias, já que não atendem bem as<br />
especificações. Avaliou as necessidades que a empresa<br />
enfrenta para a melhoria da gestão da qualidade,<br />
bem como as dificuldades que apresentam durante<br />
a implantação do CEP. O presente estudo teve como<br />
método a utilização do estudo de caso. Os resultados<br />
são apresentados através do estudo do nível de defeitos<br />
utilizando os diagramas de Pareto e gráfico de controle<br />
por fração defeituosa, verificando a capacidade<br />
e estabilidade do processo utilizando histogramas. O<br />
processo demonstrou a necessidade de melhorias no<br />
processo e na gestão da qualidade. Ao final do trabalho<br />
sugestões são apresentadas para melhorar o sistema de<br />
qualidade da empresa.<br />
66 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
INTRODUÇÃO<br />
Ao longo dos anos, várias abordagens sobre qualidade<br />
foram criadas e modificadas; é um tema em constante<br />
evolução e é necessário se ter um bom conhecimento<br />
para poder aplicá-lo nas organizações de forma<br />
que funcione e não se torne apenas algo sem lastro.<br />
Todos os envolvidos com o setor de qualidade devem<br />
entendê-la e saber diferenciar como utilizá-la em cada<br />
setor para assim ser bem aplicada.<br />
Este trabalho aborda o estudo do CEP, em uma<br />
das etapas de produção de uma indústria de molduras,<br />
tendo como objetivo utilizar a ferramenta de CEP para<br />
avaliar a capacidade do processo. Com o aumento da<br />
produção e a inspeção 100% do tempo, torna-se cara<br />
e ineficaz. Sendo assim a era da gestão corretiva, onde<br />
se identifica as causas e agindo sobre elas. Com isso, o<br />
pilar dos erros que diz respeito à matéria-prima, equipamento<br />
e pessoal, podem apresentar causas, que afetam<br />
o desempenho do processo (Barçante, 1998).<br />
Segundo Rosário (2004), com a 2ª Grande Guerra<br />
Mundial as organizações foram obrigadas a corrigir os<br />
erros da inspeção 100%, através de técnicas de amostragem.<br />
Com isso, o CEP, que é uma ferramenta estatística<br />
para avaliar o processo, apresentou grande crescimento.<br />
A partir deste ponto começa a surgir o controle<br />
de qualidade através de métodos estatísticos. Focando<br />
as variáveis do processo e buscando sua correção.<br />
2. Objetivo<br />
Este trabalho tem como objetivo realizar o levantamento<br />
estatístico do processo de produção de molduras<br />
de uma indústria madeireira localizada no Norte<br />
do Paraná utilizando a ferramenta de CEP para avaliar<br />
o processo, bem como os níveis de defeitos presentes,<br />
considerando as necessidades para a melhoria da gestão<br />
da qualidade e dificuldades que se apresentam durante<br />
a implantação do CEP.<br />
3. Revisão bibliográfica<br />
3.1. CEP – Controle Estatístico de Processo<br />
O CEP é uma ferramenta da Gestão da Qualidade,<br />
que tem como idéia principal que melhores processos<br />
com menor variabilidade propiciem níveis melhores<br />
de qualidade na produção. Quando se fala de melhores<br />
processos e, conseqüentemente, melhores produtos,<br />
isso implica diretamente em menores custos, pois<br />
quando se tem controle melhor do processo, menor é a<br />
EMPRESA MOLDUREIRA<br />
ESTABELECIDA NO NORTE<br />
DO PARANÁ EMPREGA MAIS<br />
DE 400 COLABORADORES<br />
E TEM COMO PRODUTO<br />
AS MOLDURAS, BATENTES<br />
PARA PORTAS E JANELAS,<br />
PORTAS, KIT PORTA PRONTA<br />
E GUARNIÇÕES<br />
ABRIL | 67
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
O INTUITO FOI SOLUCIONAR<br />
OS DEFEITOS DA<br />
IMPLANTAÇÃO ANTIGA<br />
DO CEP NO PROCESSO<br />
DE FABRICAÇÃO DE<br />
MOLDURAS, MELHORANDO<br />
A TOMADA DE AÇÃO EM<br />
TEMPO REAL PARA EVITAR<br />
PROBLEMAS DURANTE O<br />
PROCESSO<br />
variabilidade das não conformidades e menores são os<br />
rejeitos (Campos e Rocha, 2009).<br />
O CEP é uma substituição da abordagem tradicional<br />
para controle da qualidade (por vezes referido como<br />
inspeção de controle de qualidade com base), bastante<br />
caro, ineficiente e pouco confiável, que fornece nenhum<br />
valor para a atividade de melhoria contínua (Wickramasinghe<br />
e Wijebahu, 2012).<br />
Para que um produto corresponda às exigências<br />
do consumidor deve ser produzido por um processo de<br />
produção estável e reprodutível, ou seja, este processo<br />
deve ser capaz de operar com a menor faixa de variabilidade<br />
possível em torno das dimensões nominais do<br />
produto (Montgomery, 2004).<br />
O gráfico de controle é uma ferramenta que disponibiliza<br />
graficamente os dados de um determinado item<br />
de controle coletados durante o processo, permitindo<br />
a visualização de seu estado de controle (Werkema,<br />
2006).<br />
Na construção dos gráficos de controle deve-se<br />
especificar o tamanho da amostra e a freqüência de<br />
amostragem. Shewhart desenvolveu o conceito de subgrupos<br />
racionais que preconiza a retirada de pequenas<br />
amostras em intervalos regulares de tempo. Dentro<br />
deste conceito, as amostras ou subgrupos devem ser<br />
selecionados de tal modo que, se estiverem presentes<br />
causas especiais, a chance de diferenças entre os subgrupos<br />
será maximizada enquanto a chance de diferenças<br />
devidas a estas causas dentro de um subgrupo será<br />
minimizada (Montgomery, 2004).<br />
Além das informações sobre a estabilidade do<br />
processo, o CEP fornece subsídios para estimar a sua<br />
capacidade. Este índice está relacionado com a uniformidade<br />
do processo, pois correlacionam os limites<br />
de especificação com o desvio padrão populacional. A<br />
capacidade do processo é a medida de aceitabilidade<br />
da variação de um processo ao comparar sua variação<br />
natural com a faixa de especificação requerida (Slack,<br />
2009).<br />
Sua análise é especialmente útil para predizer até<br />
que ponto o processo produzirá itens dentro dos limites<br />
de especificação, auxiliar no planejamento de modificações<br />
ou substituto de um processo, especificar indicadores<br />
de desempenho para um novo equipamento ou<br />
reduzir a variabilidade em um processo (Montgomery,<br />
2004).<br />
Uma forma simples de expressar a capacidade é<br />
através da razão da capacidade do processo (RCP ou<br />
CP) expressada pela razão entre a diferença entre os<br />
limites superior (LSE) e inferior (LIE) de especificação e<br />
o desvio padrão. Quando a RCP é maior do que 1, significa<br />
que poucos itens não-conformes serão produzidos,<br />
porém, quando é menor do que 1, indica que o processo<br />
Este trabalho aborda o estudo do CEP, em uma das<br />
etapas de produção de uma indústria de molduras<br />
68 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
é muito sensível e um grande número de unidades não-<br />
-conformes pode ser produzido (Montgomery, 2004).<br />
Segundo Campos e Rocha (2009), o CEP permite<br />
que ações corretivas sejam realizadas antes que não<br />
conformidades ocorram, responde à pergunta se o processo<br />
está funcionando como deveria ou se está fora das<br />
especificações de qualidade. Executa ações apropriadas<br />
para obter e manter um estado de controle estatístico.<br />
Todo produto pode apresentar falhas, defeitos resultando<br />
em um produto não conforme com o padrão,<br />
esta é a premissa do Controle de Processo, e essas falhas<br />
podendo ser causadas principalmente por falhas<br />
na matéria-prima, equipamento e pessoal, entre outros,<br />
mas estes três são os principais (Campos e Rocha,<br />
2009).<br />
Quando se fala em CEP a estatística é um fator<br />
importante, pois em uma fabrica realizar a inspeção a<br />
100% ocasiona altos custos e resultados ineficientes,<br />
devido à dificuldade de manter o operador 100% do<br />
tempo em alerta. Por isso a amostragem do processo<br />
condiz melhor com os reais valores, com custos menores<br />
(Campos e Rocha, 2009).<br />
Vários são os fatores que ocasionam a variação da<br />
qualidade, mas nem todos afetam a qualidade com<br />
a mesma intensidade. Para isso o CEP realiza um levantamento<br />
estatístico do processo com a ajuda de<br />
cartas de controle e gráficos, procurando nos gráficos<br />
por padrões que possam estar ocorrendo no processo,<br />
descobrindo quais são os erros significativos que geram<br />
grandes perdas e os erros menos significativos assim<br />
podendo atuar nos erros que realmente importam ao<br />
processo, melhorando assim o processo, proporcionando<br />
melhor controle do processo, garantindo a qualidade<br />
e gerando menores custos.<br />
O CEP age também no Controle de Qualidade, ou<br />
seja, através da inspeção por amostragem, atuando na<br />
prevenção de defeitos, pois busca a melhoria do processo,<br />
diminuindo os erros. Para utilizar o CEP diversas<br />
ferramentas da qualidade como citadas anteriormente<br />
são necessárias fazendo uma análise precisa e correta<br />
da amostragem realizada (Kume, 1993).<br />
3.1.1.Vantagens e desvantagens do CEP<br />
Assim como todo método o CEP possui vantagens<br />
e desvantagens.<br />
A lista abaixo mostra as principais vantagens da<br />
aplicação do CEP segundo Soares (2001 apud Rosário,<br />
2004):<br />
a) Melhoria da qualidade, melhor conhecimento do<br />
processo e onde introduzir melhorias;<br />
b) Aumento da produção sob condições ótimas de<br />
produção;<br />
c) Redução do custo por unidade;<br />
d) Redução do nível de defeituosos;
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
e) Redução de refugo/retrabalho;<br />
f) Economia no uso de materiais;<br />
g) Redução dos gargalos de produção;<br />
h) Avaliação científica das tolerâncias, ações baseadas<br />
em fatos e não em suposições;<br />
i) Redução de inspeção em fim de linha de produção;<br />
j) Baixo número de reclamações do consumidor.<br />
As desvantagens da aplicação do CEP descritas por<br />
Rosário (2004) são evidenciadas logo abaixo:<br />
a) Não indica condições de instabilidade do<br />
processo;<br />
b) Não separa causas comuns de causas especiais,<br />
podendo gerar ações incorretas e custos decorrentes;<br />
c) Se utilizado em processos não capazes pode<br />
piorar ainda mais o desempenho dos mesmos;<br />
d) Dificuldade maior quanto à sua interpretação,<br />
uma vez que os pontos fora de controle não revelam especificamente<br />
qual ou quais variáveis, ou a combinação<br />
delas, causam o problema.<br />
As desvantagens de implantação do CEP estão associadas<br />
às causas dos insucessos de uma implantação<br />
mal sucedida, ou seja, desde que ele seja bem implantado,<br />
o resultado apresenta lucros e os efeitos colaterais<br />
maléficos não são significativos (Rosario, 2004).<br />
Segundo Montgomery (2004), as principais causas<br />
dos insucessos da implantação de CEP estão, em sua<br />
maioria, ligadas à execução de forma deficiente ou até<br />
mesmo incompleta de algumas das etapas necessárias<br />
para a implantação. Algumas destas causas estão listadas<br />
a seguir e devem ser objetivo de avaliação em auditoria<br />
de sistema e treinamento:<br />
QUANDO SE FALA EM CEP<br />
A ESTATÍSTICA É UM FATOR<br />
IMPORTANTE, POIS EM<br />
UMA FÁBRICA REALIZAR<br />
A INSPEÇÃO A 100%<br />
OCASIONA ALTOS CUSTOS E<br />
RESULTADOS INEFICIENTES,<br />
DEVIDO À DIFICULDADE DE<br />
MANTER O OPERADOR 100%<br />
DO TEMPO EM ALERTA<br />
O CEP tem como idéia principal que melhores<br />
processos com menor variabilidade propiciem níveis<br />
melhores de qualidade na produção<br />
a) Falta de envolvimento da alta administração;<br />
b) Não envolvimento de todas as áreas ou resistência<br />
a mudanças;<br />
c) Falta, perda ou não priorização ao programa;<br />
d) Priorização errada das características de processo<br />
ou produto a serem controladas;<br />
e) Falta de conhecimento necessário para aplicação<br />
de conceitos básicos de estatística;<br />
f) Falta ou não acompanhamento de um cronograma<br />
de atividades;<br />
g) Falta de ação corretiva por não investigação ou<br />
desconhecimento de causas comuns e especiais;<br />
h) Falta de padronização das tarefas operacionais;<br />
i) Falta ou falhas na divulgação do programa CEP<br />
na empresa ou espera de grandes resultados em curto<br />
prazo.<br />
3.3. Defeito e classificação de defeitos<br />
Todo processo pode apresentar em seus produtos<br />
defeitos, sendo alguns defeitos críticos e outros não,<br />
para isso é necessário conhecer os defeitos do processo<br />
e classificá-los de acordo com o nível de criticidade do<br />
produto (Paladini, 2000):<br />
Defeito nada mais é que uma não conformidade do<br />
produto quando comparado as suas especificações. Por<br />
sua vez, um produto é classificado como defeituoso em<br />
relação a um ou mais característicos da qualidade, se<br />
forem identificados um ou mais defeitos a ele associados<br />
(Paladini, 2000).<br />
Em geral, podem-se classificar os defeitos de acordo<br />
com sua importância. Para tanto, utilizam-se três<br />
categorias segundo Paladini (2004) logo abaixo:<br />
a) Os defeitos críticos (ou graves) são defeitos associados<br />
à função essencial do produto, que impedem<br />
sua utilização efetiva e inviabilizam seu emprego para<br />
aquilo a que se propõe o produto;<br />
70 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
DESTOPADEIRA AUTOMÁTICA<br />
1983<br />
d e s d e<br />
b) Existem dois tipos de defeitos críticos os que impedem<br />
o uso do produto, afetando sua função essencial<br />
e os que não impedem o uso do produto, mas afetam<br />
as condições de contorno relativas ao uso do produto;<br />
c) Os defeitos maiores são os que não impedem a<br />
utilização efetiva do produto em um dado momento,<br />
mas tende a curto ou em médio prazo, inviabilizar esta<br />
utilização, ou seja, são defeitos que comprometem a<br />
vida útil do produto. São classificados nesta categoria,<br />
ainda, defeitos que atingem a eficiência do produto,<br />
reduzindo sua capacidade de operação ou provocando<br />
custos mais altos que os normais devido aos problemas<br />
que acarretam ao seu funcionamento normal;<br />
d) Por fim, os defeitos menores (ou irregularidades)<br />
são defeitos que não chegam a provocar alterações<br />
substanciais na função essencial do produto, mas podem<br />
ser atribuídos a imperfeições de acabamento.<br />
4. Metodologia<br />
Durante anos a empresa utiliza o CEP apenas como<br />
uma ferramenta simples, onde são apenas apresentados<br />
dados e nenhum dos defeitos é corrigido, então o<br />
intuito foi solucionar os defeitos da implantação antiga<br />
do CEP no processo de fabricação de molduras, melhorando<br />
a tomada de ação em tempo real para evitar problemas<br />
durante o processo.<br />
4.2. Estudo de caso<br />
Empresa Moldureira estabelecida no Norte do Paraná<br />
emprega mais de 400 colaboradores e têm como<br />
produto as molduras, batentes para portas e janelas,<br />
portas, kit porta pronta e guarnições. Tendo como mercado<br />
os Estados Unidos da América, Europa e Brasil. É<br />
transformadora de madeira de Pinus com certificação<br />
ambiental. Produzem batentes para portas e janelas,<br />
molduras, portas, kits porta pronta e guarnições. Fornece<br />
sua produção para o mercado interno e consumidores<br />
internacionais destes produtos.<br />
4.3. Processo de fabricação<br />
O escopo da pesquisa restringiu-se ao processo de<br />
produção de molduras em 2 dois modelos: O processo<br />
de produção de molduras passa por vários setores, necessitando<br />
de um acompanhamento da produção para<br />
a minimização de perdas durante o processo produtivo.<br />
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MAIO <strong>2017</strong><br />
Expolar<br />
10 a 18<br />
Belo Horizonte (MG)<br />
www.expovitoria.com.br<br />
Indumóveis Internacional<br />
14 a 18<br />
Santa Rosa (RS)<br />
www.indumoveisinternacional.com.br<br />
Affemaq Mirassol<br />
27 a 29<br />
Mirassol (SP)<br />
www.affemaq.com.br<br />
JUNHO <strong>2017</strong><br />
DESTAQUE<br />
LIGNA<br />
22 a 26 de maio<br />
Hanover - Alemanha<br />
www.ligna.de<br />
A Ligna, uma das principais feiras para o encontro da indústria de<br />
processamento de madeira internacional, será realizada entre os<br />
dias 22 e 26 de maio, em Hannover, na Alemanha. A edição deste<br />
ano contará com mais de 1,5 mil expositores de 45 nacionalidades<br />
e deve levar visitantes de aproximadamente 90 nacionalidades,<br />
ocupando mais de 122 mil m² de área de exposição com as maiores<br />
inovações em produtos e processos da indústria madeireira.<br />
Imagem: reprodução<br />
72 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
LIDERANÇA E TRABALHO EM EQUIPE:<br />
A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR EM<br />
CONJUNTO<br />
O<br />
trabalho em equipe é algo extremamente importante<br />
e eficaz para as empresas, desde que seja<br />
conduzido da maneira correta. Uma equipe mal<br />
orientada, desmotivada, sem estímulos, pode levar projetos<br />
por água abaixo e até arruinar organizações.<br />
O segredo de um trabalho em conjunto está na delegação<br />
de responsabilidades e não de tarefas, onde cada<br />
profissional, dentro de seus conhecimentos e capacidades,<br />
possa desenvolver a etapa do processo que lhe é designada.<br />
E a condução desse processo deve ser realizada por um líder<br />
que enxergue não apenas os conhecimentos técnicos dos<br />
profissionais e, sim, que saiba trabalhar as habilidades e<br />
competências de cada um.<br />
Liderança e trabalho em equipe estão diretamente ligados,<br />
onde o líder é o profissional que conduz os demais nos<br />
processos de trabalho. Além disso, hoje ele é o responsável<br />
pelo desenvolvimento dos colaboradores e equipes a fim de<br />
explorar o máximo de suas competências e conhecimentos.<br />
Nesse sentido, um líder que adota o Coaching como<br />
filosofia profissional garante que sua gestão seja eficaz, pois<br />
trabalhará cada profissional de sua equipe de maneira única.<br />
Ele terá expertise para identificar, desenvolver, aprimorar e<br />
reter seus talentos, além de realizar planos estratégicos que<br />
farão de sua equipe um time de alta performance.<br />
Uma pesquisa realizada pela Robert Half em 12 países,<br />
com mais de 1.500 diretores de Recursos Humanos, apontou<br />
que os brasileiros são os profissionais mais estressados do<br />
mundo.<br />
52% dos entrevistados em nosso país afirmaram que<br />
a principal causa do estresse no trabalho é a sobrecarga<br />
de serviço e o acúmulo de funções, seguindo pela falta de<br />
reconhecimento, 44%. O estudo revelou ainda que 60%<br />
acreditam que o trabalho em equipe minimiza os fatores<br />
de estresse e, ainda, 51% sugerem uma reestruturação das<br />
funções e tarefas.<br />
O que podemos analisar com esse estudo é que os profissionais<br />
brasileiros prezam e necessitam do trabalho em<br />
equipe, dividindo suas responsabilidades, diminuindo estresse<br />
e entregando o resultado esperado pela organização.<br />
Foto: divulgação<br />
Por José Roberto Marques<br />
Master Coach Sênior e Trainer, Presidente e fundador do Instituto<br />
Brasileiro de Coaching – IBC<br />
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