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Abril/2017 - Referência Industrial 184

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ENTREVISTA - Pesquisador do Inpa, Jadir Rocha fala de pesquisa inédita sobre casas de madeira<br />

I N D U S T R I A L<br />

À frente da<br />

retomada<br />

Indústria de máquinas lidera<br />

reaceleração da economia<br />

Getting ahead of the recovery<br />

Machinery industry takes lead on re-acceleration of the economy<br />

Especial – Cobertura completa da Fimma <strong>2017</strong> traz os principais destaques da feira


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

SUMÁRIO<br />

SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Dallabona Máquinas 71<br />

36<br />

DRV Ferramentas 09<br />

Encapp 35<br />

EnerSolar 31<br />

Gaidzinski 45<br />

Homag 69<br />

Indumec 75<br />

Lignum 23<br />

46<br />

04 Editorial<br />

06 Cartas<br />

08 Bastidores<br />

50<br />

Mafercon 21<br />

Mill Indústrias 07<br />

Mill Indústrias 61<br />

Mill Indústrias 76<br />

Montana Química 02<br />

MSM Química 11<br />

Razi Máquinas 49<br />

Rossin 63<br />

Siempelkamp 05<br />

Siromat 15<br />

Tissue World 27<br />

Vantec 19<br />

Weinig 13<br />

Wood Mizer 17<br />

10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

12 Notas<br />

22 Aplicação<br />

24 Alta e Baixa<br />

26 Frases<br />

28 Entrevista<br />

34 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

36 Principal A primeira a crescer<br />

42 Construção Civil<br />

46 Marcenaria<br />

50 Especial Enxuta e movimentada<br />

60 Madeira Tratada<br />

64 Química na Madeira<br />

66 Artigo<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

ABRIL | 03


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EDITORIAL<br />

ENTREVISTA - Pesquisador do Inpa, Jadir Rocha fala de pesquisa inédita sobre casas de madeira<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

I N D U S T R I A L<br />

À frente da<br />

retomada<br />

Indústria de máquinas lidera<br />

reaceleração da economia<br />

Ano XIX - Edição n.º <strong>184</strong> - <strong>Abril</strong> <strong>2017</strong><br />

Year XIX - Edition n.º <strong>184</strong> - April <strong>2017</strong><br />

A composição de imagens<br />

da capa ilustram a retomada da<br />

economia, puxada pelo setor de<br />

máquinas e equipamentos<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XIX • N°<strong>184</strong> • <strong>Abril</strong> <strong>2017</strong><br />

Getting ahead of the recovery<br />

Machinery industry takes lead on re-acceleration of the economy<br />

Especial – Cobertura completa da Fimma <strong>2017</strong> traz os principais destaques da feira<br />

SINAIS POSITIVOS<br />

POSITIVE SIGNS<br />

Em tempos que é necessário olhar sempre à frente, mediante<br />

o turbulento passado e presente que nossa economia<br />

vive, um provérbio antigo do filósofo chinês Lao Zi pode servir<br />

como bússola: “Conhecer os outros é inteligência, conhecer-<br />

-se a si próprio é verdadeira sabedoria”. Tal frase cai bem ao<br />

setor industrial madeireiro, após um mês de eventos como a<br />

Fimma e a iminente terceirização irrestrita de trabalhadores,<br />

ambos apontando um futuro com boas perspectivas aos que<br />

souberem tomar as decisões corretas mediante o que nos é<br />

apresentado: uma era de mudanças.<br />

A cobertura completa da Fimma, que você lê nesta edição,<br />

demonstra que o setor volta a retomar o ânimo: a expectativa<br />

é de terem sido concretizados ao menos R$ 900 milhões<br />

em negócios durante os quatro dias de evento, em Bento<br />

Gonçalves (RS). Outro sinal positivo são as informações que<br />

constam em nossa reportagem principal, com a retomada<br />

da indústria e, consequentemente, do setor de máquinas de<br />

transformação. É chegada a hora, enfim, do Brasil voltar a<br />

crescer. Excelente leitura!<br />

At the times when it is necessary to look ahead, such as<br />

now, beyond the turbulent past and present that our economy<br />

is going through, an old Chinese proverb from the philosopher<br />

Lao Zi can serve as a compass: “Knowing others is intelligence,<br />

knowing yourself is true wisdom.” This phrase well fits the timber<br />

industry, after a month of events, such as Fimma and the<br />

imminent unrestricted outsourcing of workers, both pointing to a<br />

future that holds good prospects for those knowing how to make<br />

the right decisions through knowing what is being presented to<br />

us: an era of change.<br />

In this issue, you can read a complete coverage of Fimma,<br />

which demonstrated that the Sector is returning to its essence:<br />

the expectation is shown by the realization of at least R$ 900<br />

million in business during the four-day event, in Bento Gonçalves<br />

(Rio Grande do Sul). Another positive sign is the information<br />

reported in our main story, with the economic recovery of industry<br />

and, consequently, that of the Transformation Machinery<br />

Sector. Finally, the time has come for Brazil to return to growth.<br />

Pleasant reading!<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Veículo filiado a:<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Bruno Raphael Müller<br />

jornalismo@referenciaindustrial.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Colaboradores / Colaborators<br />

Fotógrafo: Mauricio de Paula<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />

aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de<br />

pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />

classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao segmento madeireiro.<br />

A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por conceitos<br />

emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />

materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e<br />

outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são terminantemente proibidos<br />

sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the<br />

producers and consumers of the good and services of the lumberz industry, research<br />

institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities<br />

directly and/or indirectly linked to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does<br />

not hold itself responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of<br />

the texts, photographs and other intellectual property in each publication of Revista<br />

REFERÊNCIA is expressly prohibited without the written authorization of the holders<br />

of the authorial rights.<br />

04 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CARTAS<br />

ENTREVISTA - Novo presidente da Affemaq, Renato Valcarengh Nunes fala sobre iniciativas em <strong>2017</strong><br />

Capa da Edição 183 da<br />

Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

mês de março de <strong>2017</strong><br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

I N D U S T R I A L<br />

Valorizando a madeira<br />

Indústria confere toque refinado à matéria-prima tropical<br />

Adding value to timber<br />

Industry gives a refined touch to the tropical raw material<br />

Ano XIX • N°183 • Março <strong>2017</strong><br />

Especial – Fimma <strong>2017</strong> espera somar US$ 290 milhões em negócios durante a feira<br />

Trabalho com madeira dura<br />

Marcenaria personalizada<br />

Por Rômulo Neves - Brasnorte (MT)<br />

Muito interessante a reportagem sobre o trabalho das<br />

plainas moldureiras com madeira dura, no Mato Grosso.<br />

A madeira tropical é um grande produto tipo exportação<br />

e merece atenção.<br />

Por Pedro Falcão -<br />

Ribeirão Preto (SP)<br />

Tomei conhecimento das<br />

ferramentas de marcenaria<br />

personalizadas após<br />

ler a última edição. Para<br />

nós que trabalhamos com<br />

empresas menores é de<br />

grande auxílio financeiro<br />

e funcional.<br />

Foto: divulgação<br />

Madeira serrada<br />

Por Marcos Harter - Chapecó (SC)<br />

Iniciativas como as normas técnicas para madeira serrada<br />

só devem fazer crescer o uso da madeira na construção civil.<br />

Veio no momento certo de retomada da economia.<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

Atualidades<br />

Por Daniel Fontes - Caxias do Sul (RS)<br />

Parabéns pelas reportagens. Sempre leio a Revista para<br />

me atualizar sobre os diversos usos da madeira tratada<br />

em solo nacional.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />

é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

06 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados para redação ou siga:


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

BASTIDORES<br />

ESTANDE DE<br />

REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL<br />

Como em todas<br />

as últimas edições<br />

da Fimma, em <strong>2017</strong>,<br />

a REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL se fez<br />

presente no Pavilhão<br />

E do evento. Os quatro<br />

dias foram de excelentes<br />

contatos e negócios!<br />

Fábio Alexandre<br />

Machado, diretor<br />

comercial do GRUPO<br />

JOTA, Bruno Raphael<br />

Müller, jornalista<br />

da REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL, e Joseane<br />

Knop, diretora de<br />

negócios do GRUPO<br />

JOTA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Sérgio Amorim,<br />

gerente da Razi,<br />

Joseane Knop,<br />

diretora de<br />

negócios do GRUPO<br />

JOTA, e Eduardo<br />

Rechenberg, diretor<br />

da Alca Máquinas<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

RAZI NA FIMMA<br />

<strong>2017</strong><br />

Capa da edição de<br />

março da REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL, a Razi<br />

marcou presença na<br />

Fimma com toda a sua<br />

linha de máquinas.<br />

SERRAS<br />

INDUSTRIAIS<br />

Outra empresa que<br />

marcou presença na Fimma<br />

<strong>2017</strong>, a Siromat Serras<br />

chamou a atenção com<br />

um estande destacado,<br />

que expôs peças como a<br />

linha de serras circulares<br />

revestidas com cromo de<br />

alta performance.<br />

Adriano Silva, diretor da<br />

Siromat, Neusa Silva,<br />

diretora da Siromat, e<br />

Joseane Knop, diretora<br />

de negócios do GRUPO<br />

JOTA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

08 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

LIÇÕES DO MERCADOR DE VENEZA<br />

É importante estar atento aos investimentos chineses na área de infraestrutura brasileira<br />

Foto: divulgação<br />

C<br />

aso Marco Polo vivesse nos dias de hoje, provavelmente<br />

não estaria surpreso em ver os chineses<br />

deslumbrados com as civilizações distantes, com<br />

vastas riquezas, abundantes em artigos avidamente procurados<br />

por todos os mercadores do mundo. Se voltarmos<br />

no tempo, vemos que no século XIII os venezianos faziam o<br />

caminho inverso: viajavam ao canto ocidental do Império<br />

Mongol, a fim de duplicar a fortuna que haviam acumulado<br />

na antiga Constantinopla, hoje Istambul. O mundo já era<br />

pequeno naqueles tempos. Marco Polo, então com 17 anos<br />

de idade, no ano de 1271, foi levado por seu pai e tio, Niccolò<br />

e Maffeo Polo, à presença de Kublai Khan, neto de Gêngis<br />

Khan, fundador do Império Mongol. Naquela época, Marco<br />

Polo tornou-se o ocidental mais famoso a ter viajado para<br />

a China pela Rota da Seda.<br />

Dando um salto no tempo e invertendo o foco, há<br />

exatos cinco anos atrás, nesta coluna, mencionávamos a<br />

invasão dos produtos da China nos principais mercados<br />

mundiais e o temor frente tal expansão, dada a avassaladora<br />

forma de crescimento na participação em negócios<br />

por todo o mundo. Mencionávamos as palavras ditas por<br />

Napoleão Bonaparte há mais de dois séculos: "Deixem a<br />

China dormir porque, quando ela acordar, o mundo vai<br />

estremecer". Mencionávamos, também, versos do famoso<br />

compositor e cantor Jorge Ben Jor, que em 1974 cantava<br />

a chegada de uns seres estranhos, a quem chamava de<br />

“alquimistas”. A canção dizia que eles estavam chegando<br />

de forma discreta e silenciosa, moravam bem longe dos<br />

homens e escolhiam com carinho a hora e o tempo de seu<br />

precioso trabalho, além de serem pacientes assíduos e<br />

perseverantes.<br />

Na coluna anterior, da edição 183, a China foi apontada<br />

como país determinante para o alcance da liderança na<br />

região Ásia-Pacífico no mercado global de preservativos<br />

de madeira. Por outro lado, o jornal O Estado de São Paulo<br />

noticiou, em edição de 19 de março, que o apetite dos chineses<br />

para ampliar negócio em terras brasileiras continuava<br />

muito grande: os investimentos poderão chegar a US$<br />

20 bilhões (cerca de R$ 61 bilhões) na compra de ativos,<br />

volume 68% superior ao de 2016, segundo a Câmara de<br />

Comércio e Indústria Brasil-China.<br />

O interesse é tanto que o Brasil tornou-se o segundo<br />

destino em número de investimentos na área de infraestrutura<br />

no mundo, a primeira posição pertencendo aos<br />

Estados Unidos. Bem, sabemos todos que a capacidade<br />

de absorção e de protecionismo dos Estados Unidos é bem<br />

mais vigorosa do que a do Brasil; por isso, se notarmos que<br />

esses planos de investimentos da China no Brasil estão<br />

voltados em especial às áreas de energia, transporte e<br />

agronegócio, é bom ficarmos atentos. Sabemos que nessas<br />

áreas o setor industrial de proteção de madeiras está<br />

bastante envolvido e é muito dependente.<br />

Se hoje o setor já sofre com a competitividade de<br />

materiais alternativos à madeira tratada, como materiais<br />

poliméricos, concreto, entre alguns outros, não custa<br />

nada para os chineses continuarem a fazer jus à tradição<br />

de materiais de qualidade discutível. É bem possível que<br />

cheguem com toda a sua força e fantásticos componentes -<br />

denominados como madeira plástica ecológica - ou demais<br />

produtos artificiais similares, com potencial de concorrer<br />

com a madeira de verdade na fabricação de decks, painéis,<br />

peças de paisagismo, elementos estruturais para sistemas<br />

construtivos, até mesmo mourões de cercas, postes e dormentes,<br />

entre inúmeros outros produtos onde a madeira<br />

pode e deve ocupar o seu lugar. Exagero? Talvez, mas que<br />

o digam os setores têxtil, calçadista, elétrico eletrônico e,<br />

mais recentemente, o automobilístico.<br />

Pois é, o importante para qualquer setor é estar muito<br />

bem preparado para uma competição estranha, onde,<br />

ao contrário do que experimentou Marco Polo, hoje temos<br />

alternativas de materiais que podem confundir os<br />

mercados pela sedução de baixos preços, sem o devido<br />

amadurecimento relacionado à qualidade, legalidade e<br />

bom desempenho.<br />

Se notarmos que esses planos de investimentos da China<br />

no Brasil estão voltados em especial às áreas de energia,<br />

transporte e agronegócio, é bom ficarmos atentos<br />

10 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Fotos: divulgação<br />

Mafercon expõe na<br />

Fimma <strong>2017</strong><br />

A Mafercon é uma empresa brasileira que trabalha em parceria<br />

com as alemãs Planatol Gmbhe Lcm Gmbh, trazendo ao país tecnologia<br />

em colagem e acabamento para indústria moveleira em<br />

geral. “O diferencial está no acabamento, rendimento e qualidade<br />

de colagem, que é superior ao EVA quando se trata de colagem de<br />

bordas e recobrimento, afinal o PUR (Poliuretano Reativo) possui<br />

resistência diferenciada contra umidade e altas temperaturas, sendo<br />

mais do que recomendada a fabricantes de móveis para cozinha,<br />

e banheiro”, destaca Fábio Cividini, responsável técnico da Mafercon.<br />

Durante a Fimma <strong>2017</strong>, foi apresentada a própria e alternativa<br />

tecnologia da Planatol a quem não dispõe de maquinário adaptado<br />

à tecnologia PUR. Se trata de um adesivo hot melt granulado<br />

de base nobre que não necessita de equipamentos ou tratamentos<br />

especiais para operação. “Temos alcançado um crescimento médio<br />

anual de 30% a 35% em volume de vendas, isso nos últimos três<br />

anos, muito pelo fato de que o produto está ainda se instalando no<br />

mercado nacional. Temos muito a crescer”, pondera Guilherme Prebitz,<br />

gerente comercial. “A Lcm, presente em 16 países, acompanha<br />

de perto e surge como a parceira ideal para quem procura uma linha<br />

completa de produtos para o processo.”<br />

Arquitetura<br />

sustentável em<br />

evidência<br />

A III edição da Expo Arquitetura Sustentável terá<br />

como destaque a Rota da Sustentabilidade, onde visitantes<br />

conhecerão produtos e soluções sustentáveis<br />

de expositores da Feicon Batimat, uma das principais<br />

vitrines para empresas e profissionais de arquitetura<br />

e construção, que ocorre em São Paulo entre 4 e 8 de<br />

abril. “A Rota Sustentável permitirá ao visitante conhecer<br />

com mais profundidade opções que oferecem<br />

economia na conta de água e luz, por exemplo, além<br />

de proporcionar conforto em um ambiente saudável”,<br />

diz Alexandre Brown, diretor da feira. “São produtos e<br />

soluções de fácil aplicação, custo atrativo e mais ecológico<br />

que os convencionais.”<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

ACR ensina secagem<br />

de madeira<br />

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) realizará<br />

em 13 de abril um minicurso sobre secagem de madeira, substâncias<br />

utilizadas e relação da água com a madeira. O evento ocorre na<br />

sede da entidade, em Lages (SC).<br />

As apresentações serão feitas por Silvio Testasecca e Osmarino<br />

Guizoni, engenheiros agrônomos e auditores fiscais federais agropecuários<br />

do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento).<br />

Durante o curso, eles falarão sobre diferentes tratamentos<br />

e também sobre as Instruções Normativas 29, 32 e 66.<br />

12 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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LIGNA <strong>2017</strong>:<br />

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globais e soluções para sistemas “chave na<br />

mão” para unidades de produção: O Grupo<br />

WEINIG é o seu parceiro quando se trata de<br />

beneficiamento rentável de madeira maçica<br />

e derivados. A qualidade e a eficiência da<br />

WEINIG proporciona uma vantagem<br />

decisiva na concorrência global, quer seja<br />

marcenaria ou industrial.<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

SC cria frente do<br />

setor madeireiro<br />

Móveis sofrem<br />

nova deflação<br />

Os preços de móveis registraram queda de<br />

0,92%, ante um Ipca-15 (Índice Nacional de Preços<br />

ao Consumidor Amplo 15) médio de 4,73% nos últimos<br />

12 meses. Medido pelo Ibge (Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística), o Ipca-15 teve variação<br />

de 0,15% em março, abaixo dos 0,54% registrados<br />

em fevereiro.<br />

Desde março de 2009, quando o índice se situou<br />

em 0,11%, não há registro de resultado mais baixo<br />

para o mês. O item mobiliário, que havia ensaiado<br />

uma retomada de preços em janeiro e fevereiro, voltou<br />

a registrar deflação em março com -0,14%. No<br />

entanto, ainda está em terreno positivo no acumulado<br />

dos três primeiros meses deste ano, com 0,58%.<br />

A Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina)<br />

instalou em março a Frente Parlamentar para o Setor<br />

Madeireiro, Moveleiro e de Celulose, de autoria do deputado<br />

Patrício Destro (PSB). Entre os objetivos anunciados<br />

pela nova frente, estão sugerir e acompanhar as<br />

políticas públicas e obras de infraestrutura que garantam<br />

a competitividade logística e o desenvolvimento econômico<br />

sustentável do segmento.<br />

“A frente atuará em toda a cadeia de produção, abarcando<br />

desde produtores de madeira até empresas do<br />

setor de móveis, sendo a principal interlocutora das demandas<br />

destes setores com o Governo Estadual”, disse<br />

Osni Verona, presidente do Simovale (Sindicato da Indústria<br />

Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai). “Esta<br />

medida vem de encontro ao fortalecimento e incentivos<br />

que vínhamos requisitando.”<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Casa pode ser<br />

construída em um dia<br />

O estúdio de design holandês Fiction Factory criou um<br />

projeto de casa sustentável, possível de ser construída em<br />

apenas um dia. A criação recebeu o nome de Wikkelhouse e<br />

pode ser adaptada de acordo com preferências do cliente, tamanho<br />

e uso.<br />

A estrutura é feita de madeira por fora, com o uso de papelão<br />

em vez de tijolo e cimento. A parte interna também<br />

ganha uma camada personalizada de madeira, garantindo<br />

resistência às intempéries. Por pesar apenas 500 kg (quilos), a<br />

residência não precisa de uma base no solo para ser instalada.<br />

Cada uma custa a partir de US$ 28 mil.<br />

14 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


1981<br />

Ao grande sucesso do lançamento da nossa<br />

linha de serras revestidas de cromo na<br />

Agradecemos a todos os amigos e clientes que<br />

nos visitaram e fizeram parte deste momento<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Estudantes de<br />

SC criam móveis<br />

Alunos do curso técnico em móveis da Unesc<br />

(Universidade do Extremo Sul Catarinense) criaram,<br />

a partir de pallets de eucalipto, mesas e cadeiras<br />

totalmente sustentáveis. A iniciativa visou<br />

reaproveitar madeira descartada em novos contextos.<br />

“A dinâmica os levou a estudar o design aberto.<br />

Fizemos uma releitura para usar os pallets e<br />

dar outras dimensões aos móveis”, diz o professor<br />

Giovani de Luca. Os móveis foram criados a<br />

partir de sete pallets. No processo, os alunos alteraram<br />

parte do projeto para dar mais durabilidade<br />

à ideia, além de submeter os materiais a<br />

plainagem e corte.<br />

Serf Drytech<br />

recebe prêmio<br />

A empresa Serf Drytech, especializada no desenvolvimento<br />

de tecnologias para secagem de madeira e recuperação<br />

de energia térmica industrial, recebeu na última<br />

edição da Feira da Floresta <strong>2017</strong>, realizada em abril, o<br />

Prêmio Feira da Floresta na categoria Novos Talentos e<br />

Projetos Inovadores. A startup foi representada no recebimento<br />

da homenagem pelo diretor da empresa, Gabriel<br />

L. M. Marques.<br />

O Sire (Sistema Integrado de Recuperação de Energia)<br />

é um equipamento desenvolvido pela empresa que<br />

possibilita a recuperação de até 25% das energias utilizadas<br />

na secagem de madeira possibilitando o aumento<br />

de capacidade produtiva, recuperando energia térmica e<br />

tempo nos processos de produção.<br />

Foto: divulgacão<br />

FeiMobili muda data<br />

A FeiMobili (Feira Nacional da Indústria Moveleira) mudou a data<br />

da feira, que ocorrerá agora entre 18 e 20 de julho, em São Paulo (SP). A<br />

mudança coincide em data com a Eletrolar Show, feira do setor de eletros,<br />

a fim de beneficiar lojistas e compradores do varejo, que poderão<br />

visitar as duas feiras. A FeiMobili será realizada das 12h às 20h, no Centro<br />

de Eventos Pro Magno. “Estar no local onde concentra-se o maior<br />

mercado consumidor do país já é uma grande vantagem”, diz Edilberto<br />

Almeida, diretor da empresa que realiza a feira. “Somando-se a isso as<br />

inúmeras vantagens que só uma cidade como São Paulo pode oferecer,<br />

a FeiMobili se consolida como o melhor investimento em custo benefício<br />

da atualidade para o setor”.<br />

Foto: divulgacão<br />

16 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Cbic e IFC<br />

difundem programa<br />

Exportação de<br />

painéis cresce<br />

De acordo com a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores),<br />

o balanço do primeiro bimestre de <strong>2017</strong> foi satisfatório<br />

para o volume de exportações do setor de árvores<br />

plantadas, com uma alta de 3,4% na comparação com o<br />

mesmo período de 2016. Em painéis de madeira, o aumento<br />

de volume de exportação foi significativo, com<br />

crescimento de 40,3% no valor total. O levantamento<br />

apontou a exportação de 174 mil m³ (metros cúbicos),<br />

contra 124 mil m³ no mesmo intervalo do ano passado.<br />

No mercado interno, o segmento de painéis de madeira<br />

teve o registro de 1,05 milhão m³ negociados para os<br />

dois primeiros meses, com alta de 8,5% comparado a<br />

2016. Em fevereiro, as vendas registraram 9% de aumento,<br />

com 543 mil m³ vendidos no Brasil, contra 498<br />

mil m³ registrado em 2016.<br />

A Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e<br />

o IFC (Cooperação Financeira Internacional), braço financeiro<br />

do Banco Mundial, firmaram uma parceria para o fortalecimento<br />

do conceito de construção sustentável no Brasil. O<br />

foco é a difusão do Programa Edge (Excelência em Projeto<br />

para Maior Eficiência, em português) no Brasil entre os empresários<br />

do setor. É uma certificação que simplifica o processo<br />

para a obtenção da chancela de um edifício verde. “É uma<br />

forma mais rápida, acessível e barata para construir e certificar<br />

edificações sustentáveis. Ele avalia três aspectos de uma<br />

construção com maior impacto ambiental: energia, água e<br />

energia embutida em materiais”, explicou o analista do IFC no<br />

Brasil, Edward Borgstein. “Proporcionando uma metodologia<br />

de fácil entendimento, com software gratuito e um processo<br />

streamlined de certificação, o Edge é uma forma de democratizar<br />

a certificação de sustentabilidade.”<br />

Foto: divulgação<br />

Montana Química<br />

lança vernizes<br />

A Montana Química apresentou ao mercado três novos<br />

vernizes para atender a demanda nacional por acabamentos<br />

que tenham madeiras de alta qualidade. Os<br />

vernizes premium Copal, Marítimo e Tingidor oferecem<br />

garantia de desempenho e mantém o compromisso com a<br />

alta qualidade dos produtos. “No geral, vernizes têm como<br />

características transparência, acabamento brilhante e acetinado,<br />

incolor ou colorido e formação de uma película protetora, seu uso é interno e externo”, diz o supervisor do laboratório de<br />

tintas da empresa, Wagner Borrejo. “Os novos produtos atestam para a proteção e acabamento final de portas, janelas, portões,<br />

forros e esquadrias de madeira, seguindo padrões de acordo com o local onde a madeira será instalada e também a exigência dos<br />

clientes.”<br />

18 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Pisos laminados<br />

beneficiados pelo<br />

Minha Casa<br />

Adecol cresce<br />

em <strong>2017</strong><br />

A Adecol, fabricante de adesivos industriais, fechou<br />

o primeiro trimestre de <strong>2017</strong> com faturamento<br />

superior ao mesmo período de 2016, com 18% de<br />

aumento. O crescimento também se deu no volume<br />

comercialização, tendo 300 t (toneladas) a mais<br />

nessa mesma comparação. A empresa, atualmente,<br />

está investindo em contratações, principalmente<br />

por conta de aumento de pedidos comercial tanto<br />

para o mercado nacional quanto para a exportação.<br />

“Considero este resultado como consequência<br />

da estratégia interna que empreendemos há pelo<br />

menos dois anos atrás. Ainda é muito cedo para falar<br />

em retomada da economia brasileira, porém nossa<br />

expectativa é que nos próximos trimestres tenhamos<br />

um impacto positivo na demanda interna visto<br />

que houve um decréscimo considerável com a crise<br />

nos últimos anos”, revelou Ana Júlia Kiss, diretora industrial<br />

da Adecol.<br />

As novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida<br />

buscam ampliar o benefício para famílias com renda mensal<br />

de até R$ 9 mil e o reajuste do limite do financiamento.<br />

Com essas medidas, a construção civil deve ser reaquecida.<br />

A previsão é atingir a construção de 610 mil novas unidades<br />

ainda este ano, que contarão com uma novidade: pela primeira<br />

vez, poderão optar por pisos laminados entre os revestimentos.<br />

“Esta é uma excelente notícia para as empresas do setor.<br />

Em 2016, após a publicação da Portaria nº 179/2016, do<br />

Ministério das Cidades, e diversas reuniões, conseguimos<br />

incluir o piso laminado como opção de revestimento para<br />

os Programas de Habitação de Interesse Social do Governo<br />

Federal”, comentou a presidente executiva da Ibá (Indústria<br />

Brasileira de Árvores), Elizabeth de Carvalhaes.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Orientação para<br />

esquadrias em maio<br />

A Comat (Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade)<br />

da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)<br />

está preparando o conteúdo do Guia Orientativo de Esquadrias. O<br />

material, que será lançado no Enic (Encontro Nacional da Indústria<br />

da Construção), em Brasília (DF), de 24 a 26 de maio, será destinado<br />

a profissionais envolvidos com a especificação, aquisição, instalação<br />

e manutenção de sistemas de esquadrias. Entre os segmentos que<br />

participam da elaboração da publicação está o de madeira, por meio da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente), que pretende disponibilizar o documento para os fabricantes de portas associados. Após o lançamento,<br />

o guia vai estar disponível para consulta no site da Cbic.<br />

20 |<br />

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A qualidade de acabamento durante o processo da<br />

colagem de bordas é fundamental para evitar peças ruins<br />

ou retrabalho. A óptica não pode sofrer danos no processo<br />

de produção. Muitas vezes, bastam as menores partículas<br />

de sujeira para interferir com uma imagem ruim,<br />

desvalorizando o mobiliário acabado.<br />

A LcM tem se atualizado constantemente para<br />

poder oferecer sempre as melhores e mais eficazes soluções.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

APLICAÇÃO<br />

BOLSAS DE<br />

MADEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

H<br />

á 30 anos, a designer Patrícia Maranhão<br />

trabalha com madeira e brinca com a sua<br />

própria forma de vestir. De tempos para cá,<br />

vem investindo em bolsas que viraram um sucesso.<br />

“As peças são feitas de um jeito totalmente artesanal<br />

em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, a partir de<br />

madeiras de reflorestamento certificadas e vindas de<br />

Rondônia”, conta ela. Ela explica que o processo de<br />

tratamento da madeira é longo e que chega a durar<br />

seis meses. Depois, a matéria-prima passa por serra<br />

de fita e é torneada pelos artesãos gaúchos. Antes de<br />

receber as ferragens e e a frente feita em acrílico, a o<br />

pinus fica dez dias no forno.<br />

QUARTOS<br />

LÚDICOS<br />

P<br />

ara sair da monotonia dos<br />

quartos infantis, o arquiteto<br />

Luciano Dalla Marta criou<br />

um safári contemporâneo, com predominância<br />

da madeira de pinus. A<br />

ideia era sair do universo da criança<br />

e transitar por um momento mais<br />

jovem e cool. Fugindo do tradicional,<br />

optou por forrar uma das paredes<br />

com tecido de folhagens que tem<br />

uma estampa bem atual e segue uma<br />

tendência forte na decoração - inspiração<br />

nos temas botânicos.<br />

Foto: divulgação<br />

22 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ALTA E BAIXA<br />

ALTA<br />

RODADA RECORDE<br />

A Fimma (Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira),<br />

uma das cinco maiores feiras do setor no mundo, alcançou um novo recorde após a última<br />

edição: mais de 1.200 rodadas de negócios, na expectativa da concretização de acordos totais<br />

em US$ 290 milhões ainda neste ano. Tal saldo foi positivo: a edição de 2019 já conta com 40%<br />

dos seus estandes renovados.<br />

INDÚSTRIA CRESCE APÓS 34 MESES<br />

A produção industrial iniciou <strong>2017</strong> interrompendo 34 meses consecutivos de quedas e registrou alta de 1,4% em janeiro,<br />

em relação ao mesmo mês do ano passado. O mercado esperava queda de 0,5%. Na comparação com dezembro, o setor<br />

ficou estagnado, tendo um ligeiro recuo de 0,1%, em relação a dezembro. O mercado previa contração de 0,8%.<br />

RETOMADA DO SETOR MOVELEIRO EM DEZEMBRO<br />

As vendas de móveis no varejo devem ter uma boa retomada somente a partir de dezembro, ainda com uma pequena<br />

melhora no cenário, conforme estudos do Banco Central. "A queda da inflação facilita a recuperação da renda real, o<br />

que estimula, por si só, o consumo”, analisou o presidente do conselhor do Provar (Programa de Administração de<br />

Varejo), Claudio Felisoni de Angelo.<br />

BAIXA<br />

EXPORTAÇÃO DE CELULOSE RECUA<br />

As exportações de celulose do Brasil caíram 29,2% em fevereiro de <strong>2017</strong> ante mesmo mês<br />

de 2016, para 915 mil toneladas. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, contudo,<br />

houve expansão de 3,4%, para 2,328 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados pela<br />

Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).<br />

24 |<br />

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sites<br />

assessoria<br />

de imprensa<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

FRASES<br />

O necessário agora é fazer do Mercosul<br />

aquilo que ele se dispôs a ser quando<br />

foi criado. Não adianta alargar demais<br />

a agenda sobre temas que fogem dos<br />

aspectos econômicos e comerciais. Hoje<br />

todos convergem para que a gente possa<br />

transformar o Mercosul realmente em uma<br />

zona de livre-comércio<br />

Foto: divulgação<br />

Aloysio Nunes, novo Ministro das Relações Exteriores, sobre as<br />

prioridades da sua gestão<br />

O acúmulo de notícias negativas nos deixa em dúvida se o<br />

governo chega a ter clara dimensão do risco para a própria<br />

sobrevivência, não só da indústria fabricante de bens de capital,<br />

mas também, em boa parte, da indústria brasileira<br />

João Carlos Marchesan, Presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos),<br />

em discurso durante evento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

Não existe redução de custos através da terceirização. Existe<br />

uma formalização da terceirização, para, através dela, aumentar a<br />

competitividade. Mas com empresas legalmente constituídas<br />

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />

Quando se fala em desenvolvimento<br />

da região norte, sempre se esbarra na<br />

questão da logística. Principalmente,<br />

a logística de transporte rodoviário. O<br />

governo federal tem feito um esforço<br />

sem precedentes para criar as condições<br />

objetivas necessárias para a retomada<br />

dos investimentos, públicos e privados,<br />

em infraestrutura<br />

Foto: divulgação<br />

Marcos Pereira, Ministro da Indústria,<br />

Comércio Exterior e Serviços<br />

26 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

JADIR DE<br />

SOUZA ROCHA<br />

DATA DE NASCIMENTO<br />

PLACE OF BIRTH:<br />

22/12/1950 - Boca do Acre (AM)<br />

December 22, 1950, Boca do Acre (AM)<br />

Foto: divulgação<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />

EDUCATION:<br />

Mestre em Ciência e Tecnologia de Madeiras - USP (Universidade<br />

de São Paulo)<br />

Master’s in Wood Technology and Science, USP (University of São<br />

Paulo)<br />

CARGO<br />

PROFESSION:<br />

Pesquisador titular do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas<br />

da Amazônia)<br />

Research Scientist and Full Professor at Inpa (National<br />

Institute of Amazonian Research)<br />

Casas práticas feitas<br />

de madeira<br />

Practical houses made from wood<br />

P<br />

esquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas<br />

da Amazônia), Jadir Rochar conversou com<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL sobre uma pesquisa<br />

inédita com casas sustentáveis de madeira, que promete<br />

revolucionar as moradias de baixo custo na região norte.<br />

Na entrevista a seguir, ele detalha o projeto e como é possíel,<br />

com apenas três pessoas, erguer em poucos dias uma<br />

residência feita totalmente de madeira.<br />

J<br />

adir Rocha, Research Scientist and Full Professor<br />

at Inpa (National Institute of Amazonian Research),<br />

spoke with REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> about new<br />

research into sustainable wood housing, which promises to<br />

revolutionize low-cost housing in the North. In the following<br />

interview, he details the project and how it is possible, with<br />

only three people, to raise a house made entirely of wood in<br />

a few days.<br />

28 |<br />

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Como surgiu a ideia para uma pesquisa a respeito de<br />

casas sustentáveis de madeira, no Amazonas?<br />

Na década de 80, o Inpa desenvolveu estudos de caracterização<br />

tecnológica em cerca de 100 espécies arbóreas<br />

(árvores de grandes portes) da Amazônia, denominadas<br />

pouco conhecidas e ou desconhecidas, sendo constatado,<br />

nas mesmas, excelentes características e propriedades para<br />

diversas categorias de usos, dentre as quais, a construção<br />

civil. Com base nos resultados desses estudos foi dado início<br />

a uma criteriosa seleção de espécies para utilização em casas<br />

populares de baixo custo, e, em 1991 foi elaborado o primeiro<br />

projeto para construção de uma casa popular de madeira de<br />

baixo custo, com sistema construtivo modular utilizando<br />

cinco espécies.<br />

Como é a estrutura da casa, uma vez que as peças são<br />

encaixadas?<br />

Nesse tipo de construção todas as peças são preparadas e<br />

cortadas com as dimensões definidas no projeto arquitetônico<br />

(barrotes, vigas, pilares, tábuas e treliças montadas). Os pilares<br />

são as peças que dão sustentação às paredes, divisórias e<br />

a estrutura do telhado. As tábuas são encaixadas nos pilares,<br />

sem uso de pregos, haja vista existirem aberturas (rasgos ao<br />

longo de todo o seu comprimento). O sistema modular facilita<br />

ampliar, com rapidez, o tamanho da casa, colocando-se<br />

novos módulos.<br />

Qual o tipo de tratamento conferido às espécies utilizadas<br />

na elaboração das casas? Este tratamento torna a<br />

confecção da casa muito custosa?<br />

Para as casas de madeira terem maior tempo de vida útil,<br />

faz-se necessário receber tratamento com produtos químicos,<br />

o que evitará infestação de fungos e cupins. Esses produtos<br />

são facilmente encontrados no comércio.<br />

Apesar de Manaus estar situada no meio da maior floresta<br />

do mundo, a demanda por casas de madeira ainda<br />

é menor na capital. Quais motivos apontaria que sejam a<br />

razão para este fato?<br />

Vários fatores são responsáveis por essa situação. Não<br />

somente em Manaus, mas em todas as capitais dos Estados<br />

da região norte. A verdade é que os habitantes dessas cidades,<br />

mesmo vivendo no meio da maior floresta do planeta, desconhecem<br />

quão nobre é o material madeira e seus principais<br />

benefícios na construção de casas. A madeira é um material<br />

orgânico, isso faz com que seja um excelente isolante térmico,<br />

o que contribui para que as condições térmicas no interior das<br />

casas sejam sempre constantes e, assim, economiza energia e<br />

evita despesas com climatização por meio de ar condicionado<br />

ou aquecedores. Desconhecem também a beleza das variedades<br />

de cores existentes nas madeiras amazônicas (brancas,<br />

pretas, marrons, marfim, vermelhas, amarelas, rajadas e até<br />

lilás). Nas casas convencionais de alvenaria para ter os cômodos<br />

com diferentes cores é preciso fazer despesa com tintas.<br />

Nas casas de madeira esse tipo de gasto é zero, pois as cores<br />

na madeira são naturais, com isso é possível fazer os cômodos<br />

com mosaicos de cores de raríssima beleza. Outro fator é que,<br />

How did the idea come about for a study about sustainable<br />

wood housing in the Amazon?<br />

In the 80’s, Inpa carried out technological characterization<br />

studies about 100 little known or unknown tree species<br />

(trees of large sizes) in the Amazon Region, and found several<br />

excellent characteristics and properties for various categories<br />

of uses, one of which was housing. Based on the results<br />

of these studies, a careful selection of the species for use<br />

in low-cost housing was made, and in 1991, the first project<br />

for construction of popular wood housing was created, using<br />

a modular construction system with five species.<br />

How was the structure of the house, once the pieces<br />

were fitted together?<br />

In this type of construction, all the pieces are prepared<br />

and cut with the dimensions defined in the architectural design<br />

(studs, beams, columns, boarding and trusses already<br />

assembled). The pillars are the pieces that give support to the<br />

walls, partitions and roof structure. The boarding is attached<br />

to the pillars, without using nails, there are openings (notches<br />

throughout their length). The modular system makes<br />

it easy to extend, with speed, the size of the house, adding<br />

new modules.<br />

What type of treatment is given to the species used in<br />

the preparation of the houses? Does this treatment add<br />

much to the cost?<br />

In order for wood housing to have a longer useful life,<br />

it is necessary to treat the wood with chemicals, which will<br />

prevent fungal and termite infestation. These products are<br />

easily found on the market.<br />

Os habitantes<br />

dessas cidades,<br />

mesmo vivendo no<br />

meio da maior<br />

floresta do planeta,<br />

desconhecem quão<br />

nobre é o material<br />

madeira e seus<br />

principais benefícios<br />

na construção de casas<br />

ABRIL | 29


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

geralmente as casas de madeira construídas na região são de<br />

pessoas de baixo poder aquisitivo e deixam muito a desejar no<br />

design da construção, nas peças mal acabadas, na utilização<br />

de madeiras inadequadas dos diversos componentes, entre<br />

outros pontos negativos.<br />

Em 2016, algumas iniciativas como a obrigatoriedade<br />

da adoção de medidas sustentáveis na construção civil,<br />

no Piauí, e as normativas para a construção de casas em<br />

wood frame, mostraram que o uso de madeira no Brasil<br />

ainda tem muito espaço para crescer. Como vê o cenário<br />

atual para isso?<br />

A construção em wood frame é uma evolução de outros<br />

métodos construtivos empregados há muitos anos na Europa.<br />

Depois de ser comprovado que o mesmo apresenta várias<br />

vantagens em relação aos anteriores e também na construção<br />

de casas pré-fabricadas de madeira e nas de alvenaria, passou<br />

a ser o mais utilizado no Canadá, Estados Unidos, Suécia e Alemanha<br />

e, também, com boa aceitação na África do Sul e Japão.<br />

No Brasil, apenas na região sul pode-se encontrar algumas<br />

casas construídas com essa técnica e com a utilização somente<br />

de madeira de reflorestamento (pinus e eucalypto), porém,<br />

não há como expandir esse tipo de construção em curto prazo,<br />

pois o Brasil não está plantando florestas homogêneas à<br />

altura de garantir o suprimento de grandes demandas para<br />

atendimento de peças com grandes dimensões para processamento<br />

mecânico em serrarias e laminadoras. Na Amazônia,<br />

o setor madeireiro está travado devido a vários problemas nas<br />

últimas décadas e fez-se necessário dar um basta em tantas<br />

irregularidades praticadas contra a sobrevivência da floresta.<br />

Doravante, será necessário construir um novo modelo de<br />

desenvolvimento para o setor madeireiro na região.<br />

Quanto tempo leva, em média, para ser erguida uma<br />

casa deste tipo, e quantas pessoas são necessárias para<br />

isso?<br />

Cerca de dez dias e três pessoas: um carpinteiro e dois<br />

ajudantes.<br />

Para as casas<br />

de madeira terem maior<br />

tempo de vida útil, faz-se<br />

necessário receber<br />

tratamento com produtos<br />

químicos, o que evitará<br />

infestação de fungos e cupins<br />

Although Manaus is situated in the middle of the largest<br />

forest in the world, the demand for wood housing is<br />

still low in the City. What would be the reason for this?<br />

Several factors are responsible for this situation. Not<br />

only in Manaus, but in all the larger cities in the Northern<br />

Brazilian States. The truth is that the inhabitants of these<br />

cities, even living in the middle of the largest forest on the<br />

planet, are unaware of how noble the wood material is and<br />

the main benefits of its use in housing construction. Wood is<br />

an organic material, this makes it an excellent thermal insulator,<br />

which contributes to thermal conditions inside the houses<br />

to always be constant and thus save on energy, avoiding<br />

the air conditioning costs associated with air conditioners<br />

and heaters. Also unknown is the beauty of the existing color<br />

varieties of Amazonian hardwoods (whites, blacks, browns,<br />

ivory, reds, yellows, stripes and even purples). In conventional<br />

brick houses for rooms to be different colors, there are<br />

expenditures related to painting. In wood housing that kind<br />

of expenditure is zero, because the colors are of the natural<br />

wood, and it is possible to even have mosaic textures in the<br />

rooms using the rare colors. Another factor is that usually<br />

wood housing built in the region is by people with low incomes<br />

and leaves much to be desired in constructive design,<br />

with badly finished parts and the use of inadequate timber<br />

for several components, amongst other negative points.<br />

In 2016, there were several initiatives, such as the<br />

compulsory adoption of sustainable measures in building<br />

construction, in the State of Piauí, and the adoption of<br />

standards for the construction of wood frame houses,<br />

which showed that there is still plenty of room for the use<br />

of wood in Brazil to grow. How do you see the current scenario<br />

as to this?<br />

Wood frame construction is an evolution of other constructive<br />

methods that have been employed for many years in<br />

Europe. After being proven that it offers several advantages<br />

over the previous systems and also over the construction of<br />

prefabricated wood housing and brick housing, it has become<br />

the most widely used in the United States, Canada, Sweden<br />

and Germany, and also is well accepted in South Africa<br />

and Japan. In Brazil, only in the South, can one find houses<br />

built using this technique and only with the use of reforested<br />

wood (pine and eucalyptus); however, there is no way to<br />

expand this type of construction in the short term, because<br />

Brazil is not planting forests homogeneous to the needs of<br />

ensuring the supply for the demand for pieces with large<br />

dimensions for mechanical processing in saw mills and<br />

for veneer producers. In the Amazon Region, the Forest<br />

Sector is hindered due to various problems in<br />

recent decades, where it was necessary to stop the<br />

many irregularities committed against the survival<br />

of the forest. Henceforth, it will be necessary<br />

30 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

Quais iniciativas recentes o Inpa tem trabalhado junto<br />

ao uso de madeira de forma sustentável?<br />

Há muitos anos o Inpa vem desenvolvendo estudos que<br />

visam a utilização da madeira de forma sustentável. Isso passa<br />

por projetos que vão desde o manejo florestal sustentável,<br />

plantios de espécies de Crescimento Rápido, Enriquecimento<br />

e Adensamento de Espécies Economicamente Desejáveis nas<br />

áreas de manejo, para minimizar um grande problema da<br />

Floresta Amazônica, que é a sua elevada heterogeneidade<br />

de espécies (cerca de quatro mil) e sua baixa ocorrência de<br />

espécies com maior potencial de industrialização e comercialização<br />

por hectare e, finalmente, a caracterização tecnológica<br />

de espécies com o objetivo de fazer a adequada aplicação das<br />

mesmas nas dezenas de categorias de usos.<br />

A falta de moradia é um problema crônico do nosso país.<br />

Iniciativas como essa, em larga escala, podem ocorrer apenas<br />

com o auxílio da iniciativa pública, ou a iniciativa privada<br />

também pode fazer sua parte para acelerar o processo?<br />

O déficit habitacional no País é uma questão de política<br />

pública e, portanto, é necessário a implementação imediata<br />

de projetos de política habitacional com mais seriedade e<br />

competência, como também, a conscientização para o Governo<br />

apoiar pesquisas na descoberta de novos materiais que<br />

apresentem qualidade, que sejam ecologicamente corretos e<br />

competitivos em preço e volume em relação aos convencionais<br />

utilizados na construção civil.<br />

O senhor é autor da pesquisa sobre o tijolo vegetal,<br />

considerada revolucionária para a construção civil e ganhadora<br />

de prêmios como o Samuel Benchimol. Há mais<br />

algum projeto em mente para o futuro, dentro desta linha?<br />

Estamos trabalhando no desenho de um novo e arrojado<br />

projeto, o qual gerará resultados de extrema relevância para<br />

a construção civil. Ele produzirá um novo material e será<br />

de fonte renovável, será extremamente leve, de altíssima<br />

resistência mecânica e com tempo recorde na construção de<br />

casas e edifícios.<br />

O déficit habitacional<br />

no país é uma questão de<br />

política pública e, portanto, é<br />

necessário a implementação<br />

imediata de projetos de<br />

política habitacional com mais<br />

seriedade e competência<br />

to build a new development model for the Forest Sector in<br />

the Region.<br />

How long does it take, on average, to build this type<br />

of housing, and how many people are needed?<br />

About ten days and three people: a carpenter and two<br />

helpers.<br />

What recent initiatives has Inpa worked on as to the<br />

use of wood in a sustainable way?<br />

For many years, Inpa has been carrying out studies aimed<br />

at the use of wood in a sustainable way. It carried out projects<br />

ranging from Sustainable Forest Management of Fast-<br />

-Growing Species, to the Enrichment and Densification of<br />

Economically Desirable Specie Plantations in management<br />

areas, in order to minimize a major problem of the Amazon<br />

Rainforest, which is the high heterogeneity of its native species<br />

(approximately 4,000) and the low occurrence of species<br />

with the greatest potential for industrialization and sale per<br />

hectare, and finally, to the technological characterization of<br />

species with the aim of their suitable application in dozens of<br />

categories of uses.<br />

The lack of housing is a chronic problem of our Country.<br />

Can initiatives like this, on a large scale, only occur<br />

with public aid, or can the private sector also play some<br />

role in speeding up the process?<br />

The housing deficit in Brazil is a matter of public policy<br />

and, therefore, the immediate implementation of a more<br />

serious and competently administed housing policy projects<br />

are necessary, as well as an awareness by the Government in<br />

supporting research into the discovery of new materials that<br />

exhibit quality and that are environmentally friendly and<br />

competitive in price and volume in relation to those conventionally<br />

used in housing construction.<br />

You are the author of a research study on a vegetable<br />

brick, considered revolutionary in housing construction<br />

and winner of awards, such as the Samuel Benchimol<br />

Award. Do you have another project in mind for the future,<br />

along this line?<br />

We are working on the design of a new and interesting<br />

project, which should generate results with extreme relevance<br />

in building construction. It will produce a new<br />

material and will be from renewable sources, it is<br />

extremely light, has an extremely high mechanical<br />

resistance and can be used to build in record<br />

times in the housing and building area.<br />

32 |<br />

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REVISTA<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA ABIMCI<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

INDÚSTRIA DE PORTAS DE MADEIRA, UMA CADEIA<br />

PRODUTIVA COM FOCO NA QUALIDADE<br />

A terceira edição do Encapp mostra a união do segmento de portas de madeira<br />

N<br />

o mês de maio, entre os dias 17 a 19, acontecerá<br />

em Curitiba (PR), a 3ª edição do Encapp<br />

(Encontro da Cadeia Produtiva da Porta). Esse<br />

evento prova a união do segmento de portas de madeira,<br />

consolidado em torno de objetivos e estratégias comuns<br />

e que acredita na recuperação do mercado interno, principal<br />

destino das mais de 8 milhões de unidades produzidas<br />

anualmente no Brasil, de acordo com os dados do recente<br />

Estudo Setorial lançado pela Abimci (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente).<br />

O terceiro Encapp será a oportunidade para reunir<br />

fabricantes e fornecedores com foco em fazer negócios,<br />

ampliar o networking, ter acesso às novidades e<br />

disseminar a cultura da qualidade. Será um momento<br />

estratégico para o setor, onde muitas das negociações<br />

para o ano serão definidas.<br />

Esse segmento do setor de madeira conseguiu<br />

encontrar na união entre os pares uma oportunidade<br />

para melhorar a qualidade de seus produtos e seu posicionamento<br />

no mercado. A indústria nacional de portas<br />

de madeira, da qual mais de 70% da produção está nas<br />

empresas associadas à Abimci, é um exemplo de que<br />

é possível fazer mais, mesmo em momentos de crise.<br />

Por meio do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade<br />

de Portas de Madeira para Edificações), as empresas<br />

associadas da Abimci estão andando a passos largos<br />

quando se fala em desempenho, inovação, controle de<br />

processo e certificação de produtos. Fatores que estão<br />

tornando a porta brasileira de madeira um item de decoração,<br />

comparado ao móvel, não mais um componente<br />

da obra. Hoje, já é uma realidade a especificação das<br />

portas por desempenho pelas principais construtoras<br />

do país. Com um novo padrão de produtos, a indústria<br />

nacional viu, inclusive, o volume embarcado de portas<br />

maciças aumentar em 18,8 % no ano passado quando<br />

comparado a 2015; tendo como principais destinos EUA<br />

(Estados Unidos da América), Reino Unido e Canadá.<br />

Vale lembrar, no entanto, que é aqui, em solo brasileiro,<br />

que está o principal mercado comprador para<br />

esse segmento. E, apesar de alguns números negativos<br />

dos últimos três anos - como a queda acumulada de 13%<br />

na taxa de crescimento da construção civil no país - a<br />

perspectiva tende a ser de melhora a partir deste ano.<br />

O Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção<br />

Civil no Estado do Paraná), por exemplo, revelou por<br />

meio de uma pesquisa com as empresas associadas,<br />

que 85% pensam em aumentar ou manter o número de<br />

funcionários para <strong>2017</strong> e 90% pretendem aumentar ou<br />

manter o nível de atividade.<br />

As principais indústrias de portas estarão reunidas<br />

no Encapp em Curitiba. Os principais segmentos de<br />

suprimentos para portas de madeiras estarão presentes,<br />

como adesivos, vedações e amortecimentos para<br />

batentes, tintas, acessórios, núcleo para portas, fitas de<br />

bordo, chapas, máquinas e papel decorativo, entre outros.<br />

As importantes rodadas de negócios irão incentivar<br />

e potencializar a interface entre todos os participantes.<br />

Sem dúvida uma enorme oportunidade para todos os<br />

envolvidos nesse segmento. Não deixe de comparecer.<br />

Esperamos encontrá-lo em Curitiba!<br />

As importantes rodadas de negócios irão incentivar<br />

e potencializar a interface entre todos os participantes.<br />

Sem dúvida uma enorme oportunidade para todos os<br />

envolvidos nesse segmento<br />

34 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

A PRIMEIRA A<br />

CRESCER<br />

Fotos: divulgação<br />

36 |<br />

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THE FIRST<br />

TO GROW<br />

TRANSFORMATION AND<br />

MACHINERY MANUFACTURING<br />

COMPANIES ARE BEGINNING TO<br />

SEE POSITIVE NUMBERS AFTER<br />

34 MONTHS, AND INCREASING<br />

CONFIDENCE IN NATIONAL<br />

PRODUCTION<br />

INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO E<br />

PRODUÇÃO DE MÁQUINAS RETOMAM<br />

NÚMEROS POSITIVOS APÓS 34 MESES<br />

E AUMENTAM A CONFIANÇA DA<br />

PRODUÇÃO NACIONAL<br />

ABRIL | 37


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

E<br />

m meio a um cenário de retomada na confiança<br />

dos agentes econômicos, a produção industrial<br />

nacional voltou a crescer em <strong>2017</strong>. A alta de 1,4%<br />

em janeiro, e 0,1% em fevereiro, em comparação aos<br />

mesmos período do ano passado, interromperam uma<br />

sequência de 34 meses consecutivos de queda. Os dados<br />

do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)<br />

demonstram sinais claros de que o pior já passou: 12 dos<br />

24 ramos pesquisados apresentaram taxas positivas.<br />

Primeiro segmento a sentir os efeitos da desaceleração<br />

da economia, ainda em 2014, a indústria de transformação<br />

deu os primeiros sinais de recuperação na reta final de<br />

2016. Depois de 10 trimestres consecutivos de encolhimento,<br />

o segmento - que forma o setor indústria ao lado<br />

dos subsetores extrativa mineral, construção e eletricidade<br />

- cresceu 1,1% em relação ao mesmo período de 2015. No<br />

último trimestre de 2016 voltou ao azul. O destaque foi a<br />

fabricação de máquinas e equipamentos, com crescimento<br />

de 19,6% no período.<br />

SETOR DE MÁQUINAS REANIMADO<br />

O faturamento do setor de máquinas e equipamentos<br />

A<br />

mid a backdrop of confidence in economic recovery,<br />

national industrial production returned to growth<br />

in <strong>2017</strong>. An increase of 1.4%, in January, and 0.1%,<br />

in February, when compared to the same periods last year,<br />

interrupted a string of 34 months of consecutive decreases.<br />

The Ibge data (Brazilian Institute of Geography and Statistics)<br />

clearly shows signs that the worst is over: 12 of 24<br />

segments surveyed showed positive increases.<br />

The first segment to feel the effects of the economic<br />

slowdown, starting in 2014, was the transformation segment<br />

and showed the first signs of recovery in the final<br />

stretch of 2016. After 10 consecutive quarters of shrinkage,<br />

the segment – that includes the industrial sector as well as<br />

the mining, construction and electricity subsectors – grew<br />

1.1% when compared to the same period in 2015. In the<br />

last quarter of 2016, it returned to the black. The highlight<br />

was the machinery and equipment manufacturing segment<br />

with grew 19.6% over the same period in the previous year.<br />

A REANIMATED MACHINERY SECTOR<br />

Machinery and equipment manufacturing sales increased<br />

14.5% between January and February, according to Abi-<br />

Faturamento do setor de máquinas e equipamentos teve crescimento<br />

de 14,5% entre janeiro e fevereiro, segundo balanço da Abimaq<br />

38 |<br />

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ALGUMAS<br />

SINALIZAÇÕES<br />

RECENTES DO<br />

GOVERNO FEDERAL,<br />

NO ENTANTO,<br />

AINDA DEIXAM O<br />

SINAL DE ALERTA<br />

LIGADO PARA OS<br />

QUE ESPERAM<br />

UMA RÁPIDA<br />

RECUPERAÇÃO EM<br />

<strong>2017</strong><br />

teve crescimento de 14,5% entre janeiro e fevereiro, segundo<br />

balanço da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas<br />

e Equipamentos). “Estudos indicam que a cada R$ 10<br />

milhões de demanda adicional em máquinas e equipamentos<br />

são gerados 280 novos empregos de forma direta,<br />

indireta e pelo efeito renda”, argumentou o presidente<br />

da Abimaq, João Carlos Marchesan. “Com esses dados<br />

em mãos, podemos afirmar com toda a certeza que só a<br />

indústria pode fazer o desemprego cair. Esses dados não<br />

podem passar despercebidos pela nação em um momento<br />

em que o governo registra oficialmente 13 milhões de<br />

desempregados e o Ibge, acrescentando os sub-ocupados,<br />

fala em 24 milhões e 300 mil trabalhadores sem emprego.”<br />

Em relação à geração de emprego, diminuiu de 29%<br />

para 20% o percentual de empresas que estão reduzindo<br />

o quadro de funcionários. Porém, permanecem baixas<br />

(7%) as indicações de aumento no total de trabalhadores.<br />

As exportações, por sua vez, mostraram resultados mais<br />

positivos nesta última sondagem, com expansão de 17%<br />

para 36% no total de empresas que aumentaram suas<br />

vendas externas.<br />

Em fevereiro, as fábricas de bens de capital mecânicos<br />

tiveram faturamento de R$ 4,86 bi (bilhões). No primeiro<br />

bimestre deste ano, o faturamento foi de R$ 9,11 bi. As<br />

exportações do setor tiveram aumento de 4,2% na comparação<br />

entre fevereiro de <strong>2017</strong> e o mesmo período do ano<br />

passado. Segundo a Abimaq, a utilização da capacidade<br />

instalada nas fábricas de máquinas no Brasil teve alta de<br />

0,8% entre janeiro e fevereiro. Neste mesmo período, a<br />

ocupação no setor ficou estável, com 292,6 mil pessoas<br />

empregadas na indústria de máquinas no final de fevereiro,<br />

resultado 5,9% menor do que o verificado no mesmo mês<br />

do ano passado.<br />

maq data (Brazilian Machinery Manufacturers Association).<br />

“Studies indicate that every R$ 10 million of additional demand<br />

for machines and equipment results in the generation<br />

of 280 new jobs generated directly, indirectly, and through<br />

the income effect,” argues João Carlos Marchesan, President<br />

of Abimaq. “With this data in hand, we can say with certainty<br />

that just this industry has caused unemployment to fall. This<br />

data cannot pass by unnoticed by the nation at a time when<br />

the Government officially recorded 13 million unemployed,<br />

and Ibge, adding the under-employed, speaks of 24.3 million<br />

workers without full time work.”<br />

In relation to the generation of employment, the percentage<br />

of companies that are reducing headcount decreased<br />

from 29% to 20%. However, the increase in the total number<br />

of workers remained low (7%). Exports, on the other hand,<br />

showed more positive results in this last survey, the percentage<br />

of the number of companies that increased their sales<br />

abroad increased from 17% to 36%.<br />

In February, mechanical capital goods manufacturers<br />

had a turnover of R$ 4.86 billion. In the first two months<br />

of this year, turnover was R$ 9.11 billion. Industry exports<br />

increased 4.2% in February <strong>2017</strong> in comparison with the<br />

same period the previous year. According to Abimaq,<br />

machinery manufacturing installed capacity utilization in<br />

Brazil increased 0.8% between January and February. In this<br />

same period, Sector employment was stable, with 292,600<br />

people employed in the machinery manufacturing industry<br />

at the end of February, 5.9% lower than in the same month<br />

of last year.<br />

CONCRETE IMPROVEMENT<br />

IN THE SECOND QUARTER<br />

“The industry is seeing that the worst is over, with successive<br />

falls remaining in the past,” states André Macedo,<br />

Economist for Ibge. “There is a horizon with components<br />

that can help the Sector, such as monetary easing and<br />

consumption stimulus initiatives, such as cash withdrawals<br />

from inactive Fgts accounts (Service Time Fund).” According<br />

to him, however, there are still factors that can decrease<br />

the acceleration of the recovery process, such as the labor<br />

market with a high number of unemployed, families with<br />

high loan default levels, and, even with reduced interest<br />

rates, expensive and scarce credit.<br />

In March, data from Caged (Ministry of Labor Register<br />

of Employed and Unemployed) signaled that the manufacturing<br />

industry gained prominence as the result of formal<br />

employment. Since March 2015, the industry has been successively<br />

losing jobs monthly, but in August and September of<br />

last year, it registered positive increases of 6,300 and 9,300,<br />

respectively. In January <strong>2017</strong>, it surprised with an increase<br />

of 17,501, against a loss of 16,553 in the same period of the<br />

previous year.<br />

“Expectations for the coming months are positive, with<br />

a larger number of companies projecting growth rather than<br />

a decrease, both for the month of February and first quarter<br />

and even the first half of the year,” says Régis Haubert,<br />

Regional Director of Abinee (Brazilian Association of the<br />

ABRIL | 39


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

MELHORA CONCRETA NO<br />

SEGUNDO TRIMESTRE<br />

“A indústria está mostrando que o pior, com quedas<br />

sucessivas, ficou para trás”, afirmou André Macedo, economista<br />

do Ibge. "O que existe é um horizonte de componentes<br />

que podem ajudar o setor, como a flexibilização<br />

monetária e iniciativas de estímulo ao consumo, como a liberação<br />

dos saques das contas inativas do Fgts." De acordo<br />

com ele, no entanto, ainda há fatores que podem diminuir<br />

a aceleração do processo de retomada, como o mercado<br />

de trabalho com número elevado de desempregados, famílias<br />

com nível elevado de inadimplência e, mesmo com<br />

redução de taxa de juros, o crédito ainda caro e escasso.<br />

Em março, dados do Caged (Cadastro de Empregados<br />

e Desempregados), do Ministério do Trabalho, mostraram<br />

que contratações na indústria de transformação ganharam<br />

destaque no resultado do emprego formal. Desde março<br />

de 2015, o setor vinha fechando postos por sucessivos<br />

meses até que, em agosto e setembro do ano passado,<br />

registrou recuperação: saldos positivos de 6,3 mil e 9,3 mil<br />

vagas, respectivamente. Em janeiro, surpreendeu com a<br />

geração de 17.501 empregos contra um saldo negativo de<br />

16.553 no mesmo período do ano passado.<br />

"As expectativas para os próximos meses são positivas,<br />

com maior número de empresas projetando crescimento<br />

do que esperando queda, tanto para o mês de fevereiro<br />

como para o primeiro trimestre e até primeiro semestre do<br />

ano", avalia Régis Haubert, diretor regional da Abinee (Associação<br />

Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). Para<br />

Electrical and Electronics Industry). For the year <strong>2017</strong>, 73% of<br />

companies expect sales growth; 13%, stable sales; and 13%<br />

a decrease in sales over those of 2016. For more than half<br />

of those interviewed, concrete improvement of the activity<br />

should start to occur in the second quarter of <strong>2017</strong>.<br />

FEDERAL OBSTACLES<br />

Some recent signs from the Federal Government,<br />

however, point out there are still warning signs for those<br />

who expect a quick recovery in <strong>2017</strong>. Even though reluctant<br />

to adopt unpopular measures such as raising taxes, the<br />

Government may end up having to resort to this remedy to<br />

help meet the fiscal targets for <strong>2017</strong> and 2018: the economic<br />

team has already forecast that the primary deficit for next<br />

year should be close to R$ 79 billion<br />

One of the taxes that the Government considered increasing<br />

in early April was the Cide on gasoline and diesel<br />

fuel (Contribution of Intervention in the Economic Domain).<br />

From the accounts of the economic team, if it were doubled,<br />

it would result in R$ 2.1 billion in new funds this year. If the<br />

increase were to occur in May, the amount collected in <strong>2017</strong><br />

would fall to R$ 1.6 billion. In a full year, the taxes collected<br />

would be R$ 3.8 billion.<br />

Another tax that the Government considers increasing is<br />

the PIS/Cofins on gasoline. If this measure were to come into<br />

effect in May this year, the amount collected would be R$ 3<br />

billion. And in a year, the amount raised would be R$ 8 billion.<br />

“We are against raising taxes. Creating new ones or<br />

increasing old ones should be a last resort, the last of the<br />

“Criar ou aumentar impostos deve ser a última, das últimas, das últimas das possibilidades<br />

para equilibrar as contas públicas", Robson Braga de Andrade, presidente da CNI<br />

40 |<br />

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o ano de <strong>2017</strong>, 73% das empresas esperam crescimento;<br />

13%, estabilidade; e 13%, queda, em relação a 2016. Para<br />

mais da metade das entrevistadas, a melhora concreta<br />

da atividade deverá começar a acontecer no segundo<br />

trimestre de <strong>2017</strong>.<br />

EMPECILHOS FEDERAIS<br />

Algumas sinalizações recentes do governo federal, no<br />

entanto, ainda deixam o sinal de alerta ligado para os que<br />

esperam uma rápida recuperação em <strong>2017</strong>. Mesmo que<br />

relutante em adotar medidas impopulares como aumento<br />

de impostos, o governo pode acabar tendo de recorrer a<br />

esse remédio para ajudar no cumprimento das metas fiscais<br />

de <strong>2017</strong> e 2018: a equipe econômica já informou que<br />

o compromisso para o ano que vem é realizar um déficit<br />

primário de R$ 79 bi.<br />

Um dos tributos que o governo considerou aumentar<br />

no início de abril foi a Cide (Contribuições de Intervenção<br />

no Domínio Econômico) sobre gasolina e diesel. Pelas<br />

contas da equipe econômica, caso ela tivesse sido dobrada,<br />

resultaria numa arrecadação de R$ 2,1 bi este ano. Já se a<br />

elevação ocorresse a partir de maio, o valor recolhido em<br />

<strong>2017</strong> cairia para R$ 1,6 bi. E em um ano completo, o reforço<br />

no caixa seria de R$ 3,8 bi.<br />

Outro tributo que o governo considerou aumentar foi o<br />

PIS/Cofins sobre a gasolina. Se essa medida vigorar a partir<br />

de maio deste ano, o valor recolhido seria de R$ 3 bi. Mas<br />

em um ano inteiro, o montante arrecadado seria de R$ 8 bi.<br />

"Somos contra a elevação de impostos. Criar ou aumentar<br />

impostos deve ser a última, das últimas, das últimas<br />

das possibilidades para equilibrar as contas públicas",<br />

afirmou o presidente da CNI (Confederação Nacional da<br />

Indústria), Robson Braga de Andrade, após reunião com<br />

o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "As empresas<br />

são apenas repassadoras de tributos. A população já está<br />

demasiadamente penalizada com aumentos de preços e<br />

do desemprego. Nós precisamos estimular o consumo.<br />

São medidas como a facilitação do acesso das empresas<br />

ao crédito, a redução de juros e da burocracia que facilitam<br />

os negócios.”<br />

Na visão de Marcos Antonio Müller , presidente da<br />

Csmem (Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos<br />

para Madeira), da Abimaq, a retomada ainda deverá ser<br />

longa para que o país volte ao nível de competitividade<br />

que possuía há alguns anos. “Este período de recessão<br />

pelo qual passamos fez com que o setor da indústria da<br />

madeira e móveis perdesse competitividade”, afirmou.<br />

“Um período sem investimentos em tecnologia significa<br />

custos operacionais mais altos, dificuldade em manter os<br />

níveis de qualidade, custos de manutenção mais elevados<br />

e dificuldade em respeitar os prazos acordados. Esta retomada<br />

significa o início de uma nova fase, buscar competitividade<br />

num cenário de mercado globalizado. Este<br />

momento para o setor de máquinas também representa<br />

um momento de retomada.”<br />

“ESTUDOS INDICAM QUE A CADA R$<br />

10 MILHÕES DE DEMANDA ADICIONAL<br />

EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SÃO<br />

GERADOS 280 NOVOS EMPREGOS<br />

DE FORMA DIRETA, INDIRETA E PELO<br />

EFEITO RENDA”<br />

JOÃO CARLOS MARCHESAN, PRESIDENTE DA ABIMAQ<br />

possibilities to balance public accounts,” said Robson Braga<br />

de Andrade President of CNI (National Confederation of<br />

industry), earlier this month, after meeting with Henrique<br />

Meirelles, Minister of Finance. “Companies are just repassers<br />

of taxes. The population is already being very much penalized<br />

with price increases and unemployment. We need to stimulate<br />

consumption. There are measures such as facilitating<br />

access to credit for companies, the reduction of interest and<br />

bureaucracy that could facilitate business.”<br />

In the view of Marcos Antonio Müller, President of the<br />

Csmem (Abimaq Chamber for the Timber Machinery and<br />

Equipment Sector), the recovery is such that it may take a<br />

long time for the Country to return to the level of competitiveness<br />

that it had a few years ago. “This period of recession<br />

that we've been through has made the timber and furniture<br />

manufacturing sector lose much of its competitiveness,” he<br />

says. “A period without investments in technology means higher<br />

operating costs, difficulty in maintaining quality levels,<br />

higher maintenance costs and difficulties respecting agreed<br />

deadlines. This recovery means the beginning of a new phase,<br />

looking for competitiveness in a globalized market scenario.<br />

This moment for the Machinery Sector also represents a<br />

moment of recovery.”<br />

ABRIL | 41


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

NOVOS<br />

DESAFIOS<br />

Foto: divulgação<br />

ABIMCI DEFINE DIRETORIA<br />

ATÉ 2020, COM REELEIÇÃO<br />

DE JOSÉ CARLOS JANUÁRIO<br />

POR ACLAMAÇÃO DURANTE<br />

VOTAÇÃO NA FIEP E JÁ<br />

VISLUMBRANDO NOVAS METAS<br />

42 |<br />

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“Foram três anos de muito<br />

trabalho e de resultados<br />

alcançados, mas temos<br />

pela frente novos desafios e<br />

oportunidades”<br />

José Carlos Januário,<br />

presidente da Abimci<br />

A<br />

Abimci (Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente) definiu<br />

no fim de março a diretoria para o triênio <strong>2017</strong>-<br />

2020. Em votação por aclamação, José Carlos Januário, da<br />

Indústria de Compensados Guararapes, foi reeleito. “Foram<br />

três anos de muito trabalho e de resultados alcançados,<br />

mas temos pela frente novos desafios e oportunidades<br />

para fortalecer ainda mais a associação e contribuir com o<br />

desenvolvimento da cadeia de base florestal”, afirmou ele,<br />

após reunião de associados que ocorreu na sede da Fiep<br />

(Federação das Indústrias do Estado do Paraná).<br />

Januário destacou durante o evento parte das conquistas<br />

dos últimos três anos, que na sua visão foram também<br />

consequência do esforço e trabalho realizados pela gestão<br />

anterior de Odacir Antonelli, que proporcionou uma nova<br />

estabilidade para a entidade. Além disso, o presidente<br />

destacou a dedicação da equipe técnica da Abimci e a<br />

contribuição dos vice-presidentes e coordenadores dos<br />

Comitês nas atividades desenvolvidas pela entidade.<br />

Como é de praxe ao fim de cada mandato, foi apresentado<br />

um documento para cada associado de cerca de 30<br />

páginas, com o relatório da gestão anterior. Nele, foram<br />

apresentados os principais pontos defendidos pela Abimci<br />

nos últimos três anos no setor de madeira processada:<br />

logística, infraestrutura e assuntos portuários; tratativas<br />

da NR (Norma Regulamentadora) 12, devido aos custos<br />

elevados para a adaptação das indústrias; e alinhamento<br />

ABRIL | 43


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

O CONSELHO ADMINISTRATIVO DA ABIMCI PARA O TRIÊNIO <strong>2017</strong>-2020:<br />

PRESIDENTE<br />

José Carlos Januário – Indústria de Compensados<br />

Guararapes Ltda.<br />

TESOUREIRO<br />

Marcelo Antonelli – Repinho Reflorestadora de<br />

Madeiras e Compensados Ltda.<br />

PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE<br />

Luiz Alberto Sudati – Indústria de Compensados<br />

Sudati Ltda.<br />

SEGUNDO VICE-PRESIDENTE<br />

João Carlos Ribeiro Pedroso – Indústria de<br />

Compensados Guararapes Ltda.<br />

CONSELHEIROS VICE-PRESIDENTES<br />

Acassio Antonelli – Repinho Reflorestadora de<br />

Madeiras e Compensados Ltda.<br />

Amauri Eduardo Kollross – Madeireira EK Ltda.<br />

Armando José Giacomet – Braspine Madeiras Ltda.<br />

Douglas Antônio Granemann de Souza – Triângulo<br />

Pisos e Painéis Ltda.<br />

Fernando Carlotto Gnoatto – Berneck S/A Painéis<br />

e Serrados<br />

Isac Chami Zugman – Compensados e Laminados<br />

Lavrasul S/A<br />

Ivan Tomaselli – Stcp Engenharia de Projetos Ltda.<br />

Juliano Vieira de Araújo – F.V. de Araújo S/A<br />

Roberto Cezar Wronski – Madeireira Rio Claro Ltda.<br />

Roni Marini Junior – Marini Indústria de<br />

Compensados Ltda.<br />

Thales Zugman – Compensados e Laminados<br />

Lavrasul S/A<br />

DIRETOR REGIÃO NORTE<br />

Luiz Fernando Honório Alves – E.Carli Representações<br />

Ltda.<br />

COMITÊS<br />

Comitê Compensado Plastificado<br />

Walter Reichert – <strong>Industrial</strong> Madeireira S/A<br />

Comitê de Laminados e Compensado de Pinus<br />

Fabiano Sangalli – Indústria de Compensados<br />

Sudati Ltda.<br />

Comitê de Laminados e Compensado Tropical<br />

Paulo Cavalcanti Neto – Somapar Sociedade<br />

Madeireira Paranaense Ltda.<br />

Comitê de Molduras<br />

Luis Daniel Woiski Guilherme – Sólida Brasil Madeiras<br />

Ltda.<br />

Comitê de Pisos e Madeira Tropical<br />

Marcelo Granemann de Souza – Triângulo Pisos e<br />

Painéis Ltda.<br />

Comitê de PMVA – Produtos de Maior Valor Agregado<br />

e Madeira de Pinus<br />

Alexandre Simão Batistella – Battistella Indústria e<br />

Comércio Ltda.<br />

Comitê de Portas<br />

Caetano Balvedi Neto – Sincol S/A Indústria e<br />

Comércio<br />

Comitê de Desenvolvimento e Tecnologia<br />

Daniel Berneck – Berneck S/A Painéis e Serrados<br />

Comitê de Relações Internacionais<br />

Isac Chami Zugman – Compensados e Laminados<br />

Lavrasul S/A<br />

Comitê de Relações Institucionais<br />

Amauri Eduardo Kollross – Madeireira EK Ltda.<br />

CONSELHO FISCAL TITULARES<br />

Ricardo Pedroso – Indústria de Compensados<br />

Guararapes Ltda.<br />

Fábio Ayres Marchetti – Manoel Marchetti Indústria<br />

e Comércio Ltda.<br />

CONSELHO FISCAL SUPLENTES<br />

Silvano D’Agnoluzzo – Concrem Wood<br />

Agroindustrial Ltda.<br />

Robson Luiz Marcon – Famossul Madeiras S/A<br />

44 |<br />

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junto à CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Fiep<br />

para padronização na compilação de dados econômicos<br />

do setor.<br />

Para Paulo Pupo, superintendente da Abimci, um dos<br />

grandes destaques nos últimos anos foi a consolidação<br />

da associação como fonte de informação para grandes<br />

veículos da imprensa, como jornais estaduais e publicações<br />

segmentadas, como a própria REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

“Nós fornecemos textos e dados mais otimistas da indústria,<br />

o que traz olhos positivos para o nosso setor”,<br />

destacou.<br />

A atuação da Abimci, cabe ressaltar, prioriza o desenvolvimento<br />

de ações que visam à ampliação do mercado<br />

para produtos de madeira, por meio da defesa de interesses<br />

do setor nas esferas política, comercial e institucional.<br />

No campo internacional, a entidade é signatária de acordos<br />

de cooperação, possui assento nos principais fóruns de<br />

discussão setoriais e participa de missões de negócios. A<br />

associação também é a principal fonte de informações para<br />

organismos governamentais brasileiros e estrangeiros,<br />

sendo referência para a imprensa, universidades e outras<br />

entidades setoriais.<br />

JANUÁRIO DESTACOU A<br />

DEDICAÇÃO DA EQUIPE<br />

TÉCNICA DA ABIMCI E<br />

A CONTRIBUIÇÃO DOS<br />

VICE-PRESIDENTES E<br />

COORDENADORES DOS<br />

COMITÊS NAS ATIVIDADES<br />

DESENVOLVIDAS PELA<br />

ENTIDADE


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

46 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


GESTÃO<br />

MOVELEIRA<br />

SAIBA COMO ESCOLHER OS MELHORES EQUIPAMENTOS PARA A SUA<br />

MARCENARIA, DE ACORDO COM A NECESSIDADE<br />

Fotos: divulgação<br />

ABRIL | 47


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

Stephan ao centro,<br />

aconselha alunos do<br />

projeto Escola Pau-Brasil<br />

em Campo Grande (MS)<br />

U<br />

ma boa marcenaria envolve desenvolver o<br />

seu negócio de forma produtiva, organizada e<br />

lucrativa. Além das máquinas moveleiras, no<br />

entanto, muitas vezes os equipamentos utilizados são<br />

vistos como secundários, porém são de suma importância<br />

para o acabamento. Para dicas de melhor gestão, consultamos<br />

o marceneiro suíço Stephan Hoffman, diretor do<br />

projeto Escola Pau-Brasil, que ensina marcenaria moderna<br />

em Campo Grande (MS).<br />

LIXAS<br />

As lixas são importantes para um acabamento melhor<br />

ao móvel que está sendo construído. No entanto, é<br />

necessário saber qual utilizar em cada situação, para um<br />

resultado de alta qualidade. “O número da lixa indica a<br />

granulometria”, detalha Hoffman. “Ou seja, o quanto<br />

uma lixa é fina ou grossa. Em painéis MDF, o indicado é<br />

começar o lixamento a partir da granulação 150, em lixas<br />

de papel ou pano.”<br />

Para acabamento, Hoffman indica a lixa 280. “Porém,<br />

isso depende do resultado que você deseja para o móvel”,<br />

atenta. “A remoção de defeitos deve ser feita com uma lixa<br />

300. Use granas acima de 500 para deixar o acabamento<br />

liso como o de uma chapa de MDF cru original.”<br />

SERRAS<br />

As serras vivem em constante evolução. Até pouco<br />

tempo, a serra de 250 mm (milímetros), com 80 dentes<br />

afiados a uma angulação de 38 graus e dentes alternados<br />

com ângulo de ataque negativo era uma das mais requisitadas.<br />

Hoje, no entanto, há modelos com menos dentes<br />

e a frente das pastilhas côncavas.<br />

“É recomendado verificar se pelo menos três dentes<br />

da serra atacam simultaneamente a chapa de MDF utilizada.<br />

Quanto mais dentes, melhor”, indica Hoffman. “Para<br />

cortar MDF revestido dos dois lados, não use serras de 24<br />

dentes, pois estragam a madeira. Escolha com 60 dentes<br />

de uma marca de boa qualidade.”<br />

FITAS DE BORDA<br />

Para finalizar um móvel e dar um excelente acabamento,<br />

é importante conhecer como usar as fitas de<br />

borda. “Limpe bem a superfície que receberá a cola,<br />

deixando-a plana”, diz Hoffman. “Aplique uma camada<br />

As lixas são importantes<br />

para um acabamento<br />

melhor ao móvel que está<br />

sendo construído<br />

48 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


de cola de contato na placa que receberá a fita, espera<br />

a secagem e passe uma nova mão.” Na secagem, o marceneiro<br />

aconselha a aguardar o tempo recomendado<br />

pelo fabricante, para evitar problemas. “Para proteger<br />

os móveis, especialmente em áreas sujeitas à umidade,<br />

aplique fitas de borda mesmo nas superfícies ocultas”,<br />

aconselha Hoffman.<br />

“Limpe bem a superfície que<br />

receberá a cola, deixando-a<br />

plana”, diz Hoffman<br />

É recomendado verificar se pelo menos três<br />

dentes da serra atacam simultaneamente a<br />

chapa de MDF utilizada. Quanto mais dentes,<br />

melhor”, indica Hoffman<br />

USINAGEM<br />

PESADA<br />

MAIOR<br />

PRODUTIVIDADE<br />

MELHOR CUSTO<br />

BENEFÍCIO<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

ENXUTA<br />

E MOVIMENTADA<br />

Fotos: divulgação<br />

MESMO COM REDUÇÃO DO NÚMERO DE PAVILHÕES, FIMMA<br />

ULTRAPASSA O NÚMERO DE 25 MIL VISITANTES E SOMA US$ 290<br />

MILHÕES EM NEGÓCIOS DURANTE OS QUATRO DIAS DE EVENTO<br />

50 |<br />

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A<br />

o todo, 25 mil visitantes, 360 expositores, 500<br />

marcas presentes e 1.200 rodadas de negócios<br />

– um número recorde na história da feira. A 13ª<br />

edição da Fimma (Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas<br />

e Acessórios para a Indústria Moveleira) foi<br />

mais enxuta que a anterior, porém as perspectivas foram,<br />

sem dúvidas, mais otimistas.<br />

Localizada na cidade de Bento Gonçalves (RS), um dos<br />

maiores polos moveleiros do país, os principais players do<br />

mercado expuseram produtos e serviços em uma vitrine de<br />

âmbito global e ampliaram contato, fortalecendo alianças<br />

estratégicas e futuros negócios.<br />

“Estimávamos fechar em US$ 290 milhões o total de<br />

negócios concretizados dentro da feira, e conseguimos”,<br />

comemora Rogério Francio, presidente da Fimma. O Projeto<br />

Comprador, que promoveu as 1.200 rodadas de negócio,<br />

foi uma das ações estratégicas de sucesso desta edição,<br />

com US$ 3,3 milhões de transações efetivadas. “Além<br />

disso, há a previsão de mais US$ 20 milhões nos próximos<br />

12 meses, a partir dos encontros e contatos promovidos<br />

aqui”, relata Francio.<br />

Quinta maior feira do mundo no segmento moveleiro,<br />

a Fimma aconteceu em um dos piores momentos econômicos<br />

vivenciados no Brasil e no setor produtivo, representando<br />

desafio para a Movergs, organizadora do evento.<br />

“Neste um ano de pré-feira, trabalhamos em equipe, com<br />

determinação para alcançar nosso objetivo que era, e é,<br />

apoiar e fomentar o desenvolvimento do setor”, destacou<br />

Francio, durante a coletiva de imprensa pós-evento.<br />

Dos 360 expositores e das 500 marcas presentes, 30%<br />

são empresas que nunca tinham exposto na feira. “Esse<br />

dado demonstra que os novos expositores acreditaram no<br />

potencial do nosso evento e na retomada da economia nacional”,<br />

disse Francio. “Crise e oportunidade andam juntas,<br />

mas sempre preferimos navegar nas ondas da oportunidade”.<br />

ATRAÇÕES PARALELAS<br />

Um dos atributos creditados ao êxito do Projeto Comprador<br />

foi a prospecção correta dos participantes. Durante<br />

nove meses, a organização da feira analisou e avaliou 440<br />

compradores internacionais inscritos e, destes, trouxe 50.<br />

“Os bons resultados comerciais geraram, consequentemente,<br />

um grande interesse dos expositores em confirmar<br />

presença para 2019. Alguns, até mesmo, já renovaram seus<br />

espaços”.<br />

Outra atração que gerou olhares atentos foi o Espaço<br />

Marceneiro, do projeto Fimma Marceneiro. Durante os<br />

quatro dias, alunos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

<strong>Industrial</strong>) demonstraram na prática as etapas da<br />

fabricação de móveis. O Seminário Internacional sobre a<br />

NR-12 abriu a programação do último dia, falando sobre os<br />

impactos e as oportunidades proporcionados pela norma<br />

regulamentadora, que dispõe sobre a segurança no trabalho<br />

em máquinas e equipamentos, foram abordados por<br />

quatro convidados ligados ao setor moveleiro.<br />

Considerando a relevância do tema para o setor moveleiro,<br />

a Fimma promoveu o Seminário Internacional sobre<br />

a Indústria 4.0 – A Revolução Tecnológica em Curso, com<br />

o austríaco Joerg Rosemeier, executivo da área de exportação<br />

das Américas (Central, Norte e Sul) da IMA Leading<br />

Technologies. Ele apresentou um panorama do conceito<br />

de Indústria 4.0, disseminado pelo governo da Alemanha<br />

e também definido como Smart Factory, ou Fábricas Inteligentes,<br />

em países como os EUA (Estados Unidos da<br />

América). “A visão por trás da indústria 4.0 é tornar inteligente<br />

e independente cada parte da linha de produção”,<br />

esclareceu.<br />

2019<br />

CONFIRA ALGUNS NÚMEROS<br />

DA FIMMA <strong>2017</strong><br />

No final da coletiva de imprensa – que reuniu em torno<br />

de 30 jornalistas e formadores de opinião do Brasil, Índia,<br />

Canadá, México, Espanha, Itália, Chile e Argentina – o presidente<br />

Rogério Francio anunciou a data da próxima edição<br />

da Fimma 2019, que ocorrerá de 26 a 29 de março. “Ao final<br />

desta edição, confirmamos a renovação de espaço com<br />

pelo menos 40% dos expositores deste ano”, animou-se.<br />

1.200 rodadas de negócios pelo Projeto Comprador<br />

30% novos expositores<br />

25 mil visitantes nos quatro dias de evento<br />

US$ 290 milhões em negócios concretizados durante<br />

a feira<br />

R$ 20 milhões em negócios a serem concretizados<br />

após o evento<br />

Presença de veículos da imprensa de 8 países<br />

estrangeiros<br />

ABRIL | 51


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

PRODUTOS E LANÇAMENTOS<br />

Confira os lançamentos selecionados pela<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL em produtos e<br />

tecnologias que as empresas do setor madeireiro<br />

e móvel apresentaram na Fimma <strong>2017</strong>:<br />

MARRARI<br />

A Marrari trouxe para a Fimma um sistema de controle<br />

de produção, com várias soluções para controle automático<br />

de coletas de dados, medição de comprimento, largura e espessura<br />

de peças na linha. “A produção chega a aumentar 10%<br />

logo depois da instalação”, diz Joaquim Almeida, gerente comercial<br />

da Marrari. “Você pode melhorar a gestão para fornecedores<br />

de madeira, serra e operadores. Ou seja, ele dá na sua<br />

mão todas as informações necessárias da produção."<br />

CONTRACO<br />

A Contraco veio com duas frentes principais para a feira: ventilação<br />

industrial e secadores de madeira. “Nosso equipamento que<br />

mais chamou a atenção foi o ventilador, por conta do seu tamanho e<br />

potência”, conta Eduardo Bonin, engenheiro mecânico da empresa.<br />

“Ele é muito utilizado em galpões industriais, para renovação de ar,<br />

melhoria de qualidade de trabalho e ambientação.”<br />

VANTEC<br />

A Vantec trouxe como carro chefe para a Fimma a sua<br />

linha de laminação de toras. “São duas máquinas principais:<br />

o arredondador e o descascador de toras”, conta<br />

Rudimar Pacheco, supervisor de biomassa, reciclagem e<br />

desenvolvimento de negócios da empresa. “Outro fator<br />

que chama atenção é a nossa bitola, cuja precisão chega<br />

a menos de um décimo de mm (milímetro).<br />

52 |<br />

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IMPACTO<br />

A Impacto, especializada em automação de serrarias,<br />

trouxe para a feira um protótipo de um gradeador de madeiras<br />

automático. “Geralmente é utilizada na gradeação<br />

de madeiras para pallet ou cerca”, conta Daniel Engel, diretor<br />

da empresa. “O grande diferencial dele é que é um equipamento<br />

automatizado em serraria, que gera manutenção<br />

fácil para o sistema. Conhecendo o ambiente rústico que<br />

gera muito pó, esse equipamento é uma facilidade.”<br />

FRANZOI<br />

O carro-chefe da Franzoi no evento foi a serra cinco<br />

estrelas, que conta com distribuição exclusiva no Brasil.<br />

“Em termos de novidade, trouxemos uma nova forma de<br />

criar raspadores para serras circulares, patenteado por<br />

nós”, conta Tiago Martini, gerente comercial da empresa.<br />

“Criamos algo diferente, também: um ambiente virtual<br />

de serraria, para o nosso cliente ter a oportunidade de<br />

explorar essa experiência com um óculos 3D.”<br />

H. BREMER<br />

A H. Bremer divulgou como destaque em seu estande<br />

a caldeira Ecotherm, lançada no fim de 2016. “Está fazendo<br />

muito sucesso, é um produto diferenciado”, conta Ivo<br />

Brehmer. “A parte construtiva dela e seus elementos térmicos,<br />

além do sistema de queima, são inovadores. Estamos<br />

satisfeitos com o desempenho do equipamento em<br />

vendas.”<br />

SPARLACK<br />

A Sparlack <strong>Industrial</strong> trouxe como destaque para a<br />

feira a sua linha de tinta para espelhos. “É uma tinta que<br />

reproduz um espelho, tanto sua textura como imagem”,<br />

conta Alessandra Zanuto, gerente de produtos da empresa.<br />

“Tivemos também o lançamento mundial do Aquasilk,<br />

vernizes transparentes para móveis. Somos os únicos a<br />

fornecer a base água para linha industrial.”<br />

ABRIL | 53


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

GAIDZINSKI<br />

Em <strong>2017</strong>, a Gaidzinski decidiu investir forte na linha de<br />

recobrimento e, como diferencial, uma máquina de revestir<br />

chapas de larguras até 1.850 mm (milímetros), padrão do<br />

mercado. “Apresentamos nossa recobridora que é amplamente<br />

conhecida pelo mercado”, relata Ewaldo Quint, do<br />

departamento comercial da empresa. “Essa laminadora<br />

pode ser adquirida, com essa nova dimensão, por fábricas<br />

para revender a pequenos marceneiros. É um grande diferencial.”<br />

GIACOMELLI<br />

A Giacomelli trouxe para a feira a primeira máquina<br />

hidráulica para pregação de pallet em nível nacional.<br />

“Geralmente as nossas concorrentes são italianas, essa é<br />

a primeira 100% nacional”, conta Cleimar Mapelli, gerente<br />

industrial da empresa. “Aperfeiçoamos modelos que<br />

conhecíamos de outras máquinas, fazendo um mix com<br />

todos os pontos positivos e condensamos em um único<br />

modelo.”<br />

BOTTENE<br />

A Bottene investiu em seu estande para divulgar as<br />

linhas de scanner com otimizadora. “Aqui na feira já vendemos<br />

mais uma máquina, é a nossa décima linha de<br />

scanner”, conta Eduardo Simas, diretor da Simas Soluções<br />

Industriais, que representa a Bottene no Brasil. “Começamos<br />

este ano um desenvolvimento técnico em moldureira<br />

também. Preparamos uma como pede o mercado<br />

brasileiro, adaptada ao cenário nacional.”<br />

AWK<br />

O foco da AWK são as serrarias, produto que recebeu<br />

toda a atenção durante a Fimma. “Nossas serras fitas<br />

para corte de madeira são mais dinâmicas, produtivas<br />

e robustas. É o nosso foco aqui hoje”, conta Alexandre<br />

Kanitz, diretor da empresa. “Trabalhamos tanto a parte<br />

de serras fitas como a de circulares, voltadas para toras<br />

finas.”<br />

54 |<br />

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RAZI<br />

A Razi mostrou a linha completa de marcenaria e industrial.<br />

“Na linha marceneira trouxemos a Elegance 1, que visa atender o<br />

pequeno e médio marceneiro”, conta Sérgio Amorim, gerente da<br />

Razi. “Na área industrial, sempre com o apoio da Alca Máquinas,<br />

temos a linha de plainas moldureiras, como a Style”. Eduardo Rechenberg,<br />

diretor da Alca Máquinas e representante da Razi em<br />

todo o país, aproveitou o evento para anunciar o lançamento de<br />

uma plaina moldureira de seis eixos. “É um equipamento pesado,<br />

para quem busca uma usinagem mais pesada”, finalizou.<br />

ENGECASS<br />

A Engecass apresentou a tecnologia de grelha móvel.<br />

Um sistema especializado em queimar combustíveis de<br />

alta umidade. “Isso evita problemas que o combustível possa<br />

apresentar durante o processo”, explica Jakson Fabiani,<br />

gerente comercial da empresa. “Também trouxemos nossas<br />

câmara de secagem, com eficiência alta e menor tempo<br />

do ciclo de secagem.”<br />

MILL INDÚSTRIAS<br />

A Mill Indústrias trouxe novidades na parte de máquinas, serrarias<br />

e NR-12, com serrarias automatizadas. “Mas o nosso grande<br />

destaque este ano foi o lançamento oficial da nova unidade fabril,<br />

especializada na fabricação de caldeiras com grelha fixa e grelha<br />

móvel”, conta Lucas de Zorzi, diretor da empresa. “A fabricação de<br />

estufas com túnel contínuo de secagem e piso móvel, além das convencionais<br />

de 50 m³ a 60 m³ (metros quadrados) de secagem. Nessa<br />

mesma unidade, serão fabricadas autoclaves para tratamento de<br />

madeira.”<br />

DALLABONA<br />

Esse ano a Dallabona trouxe uma serra circular múltipla<br />

de esteira destinada ao mercado moveleiro para o corte de<br />

madeira seca. “Nosso foco é uma linha mais precisa de corte”,<br />

diz Everton Ewald, gerente de vendas. “Nós procuramos<br />

nos adequar às normas NR-10 e NR-12. O equipamento<br />

atende todos esses requisitos.”<br />

ABRIL | 55


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

TIGRA<br />

O destaque da Tigra foi o diamante policristalino,<br />

uma novidade por ser fabricado com grãos mesclados<br />

de dois micrôns de tamanho. “É quase impossível de se<br />

referir ao tamanho, por serem praticamente invisíveis”,<br />

conta Ernest Erler, gerente da empresa. “Na matriz na<br />

Alemanha, desenvolvemos e aperfeiçoamos um metal<br />

duro tradicional da nossa linha, também. Isso proporciona<br />

maior rendimento nas ferramentas.”<br />

JOWAT<br />

A Jowat levou a linha completa de poliuretanos reativos.<br />

“Temos aqui o granulado, que é uma grande de uma solução<br />

para marceneiros de pequeno porte, aliado a um custo interessante”,<br />

conta Rubens Pereira Junior, gerente comercial da<br />

empresa. “Temos a embalagem de 600 g (gramas) pra pequenas<br />

coladeiras automáticas.”<br />

SIEMPELKAMP<br />

A Siempelkamp trouxe como destaque em seu estande<br />

o projeto da Asperbras, feito no Mato Grosso.<br />

“É o nosso primeiro projeto com fábrica completa na<br />

América Latina”, conta Martin Kemmsies, gerente executivo<br />

da empresa. “Fizemos desde a preparação da<br />

entrada das toras na fábrica até a embalagem. Criamos<br />

tudo para todas as áreas.”<br />

LINCK<br />

A Linck divulgou suas tecnologias de perfilar madeira,<br />

mais recomendada para o pinus no Brasil. “Viemos<br />

para representar e divulgar nossos equipamentos<br />

que são de alta qualidade”, conta Martin Huber. A Linck<br />

oferece linhas flexíveis e eficientes com capacidades de<br />

corte por turno que vão de 50 mil m³ (metros cúbicos) a<br />

até mais de 400 mil m³ de toras por ano, com custos de<br />

produção mínimos.<br />

56 |<br />

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B. KRICK<br />

A B. Krick demonstrou a linha de scanner que permite<br />

rever a madeira com todos os tipos de defeito. “Ela funciona<br />

com sistema de câmeras ou a laser, reconhecendo a madeira<br />

praticamente como uma tomografia. É o jeito mais<br />

moderno de fazer móveis hoje”, conta Bruno Krick, diretor<br />

da empresa. “Aqui na Fimma todos procuram a forma mais<br />

eficiente de otimizar sua empresa. E aqui só trabalhamos<br />

com equipamentos de vanguarda da Europa.”<br />

HOMAG<br />

A Homag optou por trazer equipamentos destinados às indústrias<br />

pequenas e médias. “Apesar da região ser famosa por<br />

indústrias de grande porte, a Homag começou uma aproximação<br />

com marcenarias pequenas”, conta Alessandro Agnoletti, gerente<br />

geral de vendas na América Latina. “Os destaques são a nossa<br />

linha de coladeiras de bordas, entre as quais uma novidade, a<br />

DKR 250, com custo benefício muito bom para marcenaria, e o<br />

centro de usinagem PTP 160, construído totalmente no Brasil.”<br />

SIROMAT<br />

A Siromat veio para a feira com a finalidade de divulgar<br />

a linha de serra circulares, revestidas com cromo de<br />

alta performance. “A serra diminui a amperagem do motor<br />

e não agride o meio ambiente durante sua limpeza”,<br />

diz Adriano Silva, diretor da empresa. “Além disso, temos<br />

também serra fita e facas. A nova serra Siromat diminui a<br />

emissão de ruído, aumenta a vida útil entre as afiações e<br />

possui maior custo benefício.”<br />

AFFEMAQ<br />

A Affemaq (Associação dos Fornecedores para as Indústrias<br />

de Madeira e Móveis) marcou presença com um<br />

estande que divulgou as 15 empresas filiadas à entidade,<br />

além dos estandes individuais de cada marca. “Todas as<br />

energias das nossas empresas estão direcionadas à aproximação<br />

com o setor e apresentação de novas soluções, com<br />

olhos à otimização dos processos com tecnologia especializada”,<br />

disse o presidente da Affemaq, Renato V. Nunes.<br />

ABRIL | 57


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

CONFIRA QUEM CIRCULOU PELOS<br />

CORREDORES DA FIMMA <strong>2017</strong><br />

Estande Contraco: Eduardo Bonin, José<br />

Freixanet, Marcelo Freixanet e Natalino Bonin<br />

Equipe Vantec<br />

Equipe Giacomelli<br />

Equipe Bottene: Matteo Battistella,<br />

Eduardo Simas e Simas João Carlos<br />

Equipe AWK: Fabiano Lima, vendas da AWK,<br />

e Alexandre Kanitz, diretor da empresa<br />

Equipe Affemaq: Suelen Salvati, Paula<br />

Giordano e Fabiane Spiça<br />

Equipe Marrari na Fimma <strong>2017</strong><br />

Equipe H. Bremer: Ivo Brehmer e Juliano<br />

Batista, departamento de vendas<br />

Equipe Gaidzinski na Fimma <strong>2017</strong><br />

Equipe Tigra: Vitorio Rossetto, departamento<br />

de vendas, Daiane Chies, tradutora, e Ernest<br />

Erler, gerente da Tigra<br />

Equipe Impacto na Fimma <strong>2017</strong><br />

Alessandra Zanuto, gerente de produtos da<br />

AkzoNobel, Leandro Cocchi, gerente de vendas<br />

da AkzoNobel e Joseane Knop, diretora de<br />

negócios do GRUPO JOTA, no estande da<br />

Sparlack <strong>Industrial</strong><br />

58 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Equipe Jowat na Fimma <strong>2017</strong><br />

Martin Huber, engenheiro de projetos da Linck<br />

Paulo Biazus, Andreia Rissi e Jackson no<br />

estande da Franzoi<br />

Sérgio Amorim, gerente da Razi, e Eduardo<br />

Rechenberg, diretor da Alca Máquinas<br />

Paulo, Leonardo Yáñez Inzunza, engenheiro<br />

mecânico e Jakson Fabiani, gerente comercial<br />

da Engecass<br />

Equipe Mill Indústrias na Fimma <strong>2017</strong><br />

Equipe Dallabona na Fimma <strong>2017</strong> Equipe Siempelkamp na Fimma <strong>2017</strong><br />

Fabiano Camolezi, gerente de produtos, Bruno<br />

Krick, diretor comercial, e André Allegretti,<br />

gerente de pós vendas da B. Krick<br />

Alessandro Agnolleti, gerente geral de vendas<br />

da Homag, e Joseane Knop, diretora de<br />

negócios do GRUPO JOTA<br />

Equipe Planatol na Fimma <strong>2017</strong><br />

Joseane Knop, diretora de negócios do GRUPO<br />

JOTA, e equipe Siromat na Fimma <strong>2017</strong><br />

ABRIL | 59


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

MADEIRA<br />

PERNAMBUCANA<br />

Fotos: divulgação<br />

PREFEITURA DO RECIFE REAFIRMA COMPROMISSO DE<br />

SUSTENTABILIDADE COM A REINAUGURAÇÃO DO PARQUE DA<br />

MACAXEIRA, AGORA COM UM PLAYGROUND DE 30 M³ DE MADEIRA<br />

TRATADA DE CUMARU E EUCALIPTO<br />

60 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


F<br />

echado para obras no fim de 2016, o Parque Urbano<br />

da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, reabriu<br />

em dezembro do ano passado e tem se tornado<br />

parada certa na região para as famílias e jovens que<br />

desejam uma boa prática ao ar livre e relaxar. O local tem<br />

mais de 10 ha (hectares) de área e estruturas para lazer e<br />

prática esportiva, recebendo centenas de pessoas de segunda<br />

a domingo. O grande destaque fica por conta do<br />

playground para crianças, todo construído com madeira<br />

tratada: balanços, escorregadores e casinhas.<br />

“O contato para realizar a obra foi junto com a construtora<br />

responsável pelo Parque da Macaxeira, que estava<br />

em contato direto com o governo”, conta Rafaela<br />

Bivar, diretora comercial da Ana Madeiras, responsável<br />

pelo fornecimento de madeira tratada e instalação das<br />

peças. “Foram utilizadas madeiras cumaru seca em estufa<br />

e eucalipto tratado. O processo de impregnação das<br />

peças de eucalipto com a substância química preservativa<br />

CCA acontece através de sistema de vácuo pressão em<br />

HÁ QUASE 20 ANOS PRESTANDO<br />

SERVIÇOS COM MADEIRA<br />

TRATADA, A ANA MADEIRAS<br />

CRESCEU MAIS NOS ÚLTIMOS<br />

ANOS, COM OS OLHOS DO<br />

MERCADO VOLTANDO-SE<br />

PARA O USO DA MADEIRA NA<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

autoclave, que garante a proteção da madeira contra o<br />

ataque de insetos xilófagos (cupins, brocas e carunchos),<br />

de fungos apodrecedores e da destruição por perfuradores<br />

marinhos.”<br />

O investimento total na reforma chegou a R$ 2,9 milhões,<br />

porém isso inclui drenagem e alterações na rede<br />

elétrica; apesar de não precisar o valor, a Ana Madeiras<br />

contempla um custo bem mais baixo para a construção<br />

do playground de madeira. “A repercussão foi bastante<br />

positiva, crescendo bastante o mercado de parques em<br />

eucalipto em outras praças púbilicas, condomínios e<br />

escolas”, elogia Rafaela. A Ana Madeiras tem um leque<br />

de trabalhos variados, como a produção de pergolados,<br />

esquadrias, decks, cercas, escadas, portões e bancos de<br />

madeira. “Trabalhamos executando o projeto do cliente<br />

de acordo com sua necessidade”, destaca.<br />

Há quase 20 anos prestando serviços com madeira<br />

tratada, a Ana Madeiras cresceu mais nos últimos anos,<br />

62 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


com os olhos do mercado voltando-se para o uso da madeira<br />

na construção civil. “Acredito que ainda há espaço<br />

para crescimento maior do uso da madeira”, reflete Rafaela.<br />

“Pelo fato do Brasil ser considerado um bom país<br />

para cultivo e extração de madeira plantada, pois as condições<br />

climáticas favorecem o rápido crescimento, e por<br />

haver no país uma tendência no meio sustentável, há espaço<br />

para crescimento."<br />

O PARQUE<br />

Com 10 ha de área, o Parque da Macaxeira tem<br />

um playground infantil, um campo de futebol, duas<br />

quadras poliesportivas, uma pista de bicicross, um<br />

skatepark, uma pista de corrida, uma ciclovia e uma<br />

Academia Recife. Ela é a segunda mais concorrida<br />

das 13 disponíveis na cidade, com 7.561 inscritos.<br />

237<br />

www.rossinequipamentos.com.br<br />

UTMs (Usinas para Tratamento de Madeira) Instaladas<br />

e em Operação no Brasil e na América do Sul.<br />

Em março a Rossin estará instalando mais uma<br />

UTM na cidade de Campinas/SP<br />

FONE: +55 (16) 3947-1981 ou +55 (16) 99781-6093<br />

Av. Nelson Benedito Machado, 86 - Distrito <strong>Industrial</strong> II - CEP 14176-110 - Sertãozinho - SP


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

QUÍMICA NA MADEIRA<br />

SISTEMA 5S<br />

NA USINA DE<br />

PRESERVAÇÃO<br />

DE MADEIRA<br />

PARTE 5<br />

Fotos: divulgação<br />

- 5S é para todos, ou seja, é impossível pensá-lo<br />

sendo aplicado pela equipe operacional sem que a equipe<br />

gerencial participe ou apoie;<br />

- O 5S mostra a eficiência na condução do tempo,<br />

transformando a área física de trabalho e o comportamento<br />

de todos os níveis hierárquicos da empresa;<br />

- Serão encontradas dificuldades e, principalmente,<br />

relutância em mudar; nesse caso, chame a resistência<br />

para participar e opinar;<br />

- Depois do sucesso, nunca deixe de manter o<br />

processo vivo.<br />

Quem pratica o 5S trabalha com segurança e<br />

mantém bons hábitos para a saúde<br />

I<br />

mplantar o Sistema 5S numa empresa exige comprometimento<br />

e disciplina, o cumprimento contínuo<br />

dos itens que estão sendo apresentados,<br />

assim como o aperfeiçoamento dos mesmos quando<br />

necessário.<br />

Sugestões para a implantação do Sistema 5S<br />

O princípio do 5S é gradual e necessariamente nesta<br />

ordem:<br />

VANTAGENS DO 5S<br />

Quem pratica o 5S:<br />

- Trabalha com segurança;<br />

- Mantém bons hábitos para a saúde;<br />

- Busca limpeza e organização;<br />

- Combate os desperdícios;<br />

- Tem espírito de equipe;<br />

- Aceita os desafios;<br />

- É responsável.<br />

Quem pratica o 5S trabalha com segurança e mantém<br />

bons hábitos para a saúde;<br />

64 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


O 5S MOSTRA A<br />

EFICIÊNCIA NA<br />

CONDUÇÃO DO TEMPO,<br />

TRANSFORMANDO<br />

A ÁREA FÍSICA DE<br />

TRABALHO E O<br />

COMPORTAMENTO<br />

DE TODOS OS NÍVEIS<br />

HIERÁRQUICOS DA<br />

EMPRESA<br />

SILVIO LIMA, PEDRO PAZIN,<br />

JOSÉ FLÁVIO JR E ALFREDO FERNANDES<br />

(DIVISÃO OSMOSE DA MONTANA QUÍMICA S.A.)<br />

4º SEIKETSU (STANDARDIZE)<br />

Caracteriza-se por:<br />

- Situação da iluminação nas áreas<br />

- Nível de ruído/vibração<br />

- Temperatura do Ambiente<br />

- Existência de fontes de sujeira<br />

Na Empresa: Seguir os procedimentos, regras e<br />

normas da empresa, assim como a cultura, buscando<br />

contribuir sempre para a melhoria do ambiente de trabalho<br />

com sugestões e instruindo os colegas com boas<br />

práticas.<br />

Numa UPM: O mantra principal aqui é padronização.<br />

Toda a UPM deve ter seus procedimentos de operação<br />

padronizados e por escrito.<br />

Os procedimentos devem abranger planos de manutenção<br />

preventiva, de combate a incêndio, de primeiros<br />

socorros, de combate a danos ambientais, entre outros.<br />

Todas estas informações devem ficar dispostas em locais<br />

de fácil acesso, e, as mais importantes, devem ser<br />

colocadas em quadros de aviso situados em locais próximos<br />

e mais sensíveis a esse tipo de ocorrência. Também<br />

é importante o cuidado para que o nível de iluminação<br />

seja adequado para situações que exijam a realização de<br />

trabalhos noturnos.<br />

UPM Lua Madeira<br />

José Flávio Jr é supervisor da Divisão Osmose<br />

da Montana Química<br />

ABRIL | 65


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

ANÁLISE DA<br />

CAPACIDADE DE<br />

PROCESSO ATRAVÉS<br />

DE CONTROLE<br />

ESTATÍSTICO DA<br />

QUALIDADE DE<br />

MOLDURAS DE<br />

MADEIRA NO NORTE<br />

DO PARANÁ<br />

Fotos: divulgação<br />

GLAUCIA APARECIDA PRATES E<br />

REINALDO DA SILVEIRA GARCIA<br />

Unesp (Universidade Estadual Paulista)<br />

RESUMO<br />

O<br />

presente estudo de CEP (Controle Estatístico<br />

de Processo), realizado em uma das<br />

etapas de produção de uma indústria de<br />

molduras, teve como objetivo avaliar a capacidade do<br />

processo considerando, assim, pontos do processo que<br />

necessitam de melhorias, já que não atendem bem as<br />

especificações. Avaliou as necessidades que a empresa<br />

enfrenta para a melhoria da gestão da qualidade,<br />

bem como as dificuldades que apresentam durante<br />

a implantação do CEP. O presente estudo teve como<br />

método a utilização do estudo de caso. Os resultados<br />

são apresentados através do estudo do nível de defeitos<br />

utilizando os diagramas de Pareto e gráfico de controle<br />

por fração defeituosa, verificando a capacidade<br />

e estabilidade do processo utilizando histogramas. O<br />

processo demonstrou a necessidade de melhorias no<br />

processo e na gestão da qualidade. Ao final do trabalho<br />

sugestões são apresentadas para melhorar o sistema de<br />

qualidade da empresa.<br />

66 |<br />

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INTRODUÇÃO<br />

Ao longo dos anos, várias abordagens sobre qualidade<br />

foram criadas e modificadas; é um tema em constante<br />

evolução e é necessário se ter um bom conhecimento<br />

para poder aplicá-lo nas organizações de forma<br />

que funcione e não se torne apenas algo sem lastro.<br />

Todos os envolvidos com o setor de qualidade devem<br />

entendê-la e saber diferenciar como utilizá-la em cada<br />

setor para assim ser bem aplicada.<br />

Este trabalho aborda o estudo do CEP, em uma<br />

das etapas de produção de uma indústria de molduras,<br />

tendo como objetivo utilizar a ferramenta de CEP para<br />

avaliar a capacidade do processo. Com o aumento da<br />

produção e a inspeção 100% do tempo, torna-se cara<br />

e ineficaz. Sendo assim a era da gestão corretiva, onde<br />

se identifica as causas e agindo sobre elas. Com isso, o<br />

pilar dos erros que diz respeito à matéria-prima, equipamento<br />

e pessoal, podem apresentar causas, que afetam<br />

o desempenho do processo (Barçante, 1998).<br />

Segundo Rosário (2004), com a 2ª Grande Guerra<br />

Mundial as organizações foram obrigadas a corrigir os<br />

erros da inspeção 100%, através de técnicas de amostragem.<br />

Com isso, o CEP, que é uma ferramenta estatística<br />

para avaliar o processo, apresentou grande crescimento.<br />

A partir deste ponto começa a surgir o controle<br />

de qualidade através de métodos estatísticos. Focando<br />

as variáveis do processo e buscando sua correção.<br />

2. Objetivo<br />

Este trabalho tem como objetivo realizar o levantamento<br />

estatístico do processo de produção de molduras<br />

de uma indústria madeireira localizada no Norte<br />

do Paraná utilizando a ferramenta de CEP para avaliar<br />

o processo, bem como os níveis de defeitos presentes,<br />

considerando as necessidades para a melhoria da gestão<br />

da qualidade e dificuldades que se apresentam durante<br />

a implantação do CEP.<br />

3. Revisão bibliográfica<br />

3.1. CEP – Controle Estatístico de Processo<br />

O CEP é uma ferramenta da Gestão da Qualidade,<br />

que tem como idéia principal que melhores processos<br />

com menor variabilidade propiciem níveis melhores<br />

de qualidade na produção. Quando se fala de melhores<br />

processos e, conseqüentemente, melhores produtos,<br />

isso implica diretamente em menores custos, pois<br />

quando se tem controle melhor do processo, menor é a<br />

EMPRESA MOLDUREIRA<br />

ESTABELECIDA NO NORTE<br />

DO PARANÁ EMPREGA MAIS<br />

DE 400 COLABORADORES<br />

E TEM COMO PRODUTO<br />

AS MOLDURAS, BATENTES<br />

PARA PORTAS E JANELAS,<br />

PORTAS, KIT PORTA PRONTA<br />

E GUARNIÇÕES<br />

ABRIL | 67


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

O INTUITO FOI SOLUCIONAR<br />

OS DEFEITOS DA<br />

IMPLANTAÇÃO ANTIGA<br />

DO CEP NO PROCESSO<br />

DE FABRICAÇÃO DE<br />

MOLDURAS, MELHORANDO<br />

A TOMADA DE AÇÃO EM<br />

TEMPO REAL PARA EVITAR<br />

PROBLEMAS DURANTE O<br />

PROCESSO<br />

variabilidade das não conformidades e menores são os<br />

rejeitos (Campos e Rocha, 2009).<br />

O CEP é uma substituição da abordagem tradicional<br />

para controle da qualidade (por vezes referido como<br />

inspeção de controle de qualidade com base), bastante<br />

caro, ineficiente e pouco confiável, que fornece nenhum<br />

valor para a atividade de melhoria contínua (Wickramasinghe<br />

e Wijebahu, 2012).<br />

Para que um produto corresponda às exigências<br />

do consumidor deve ser produzido por um processo de<br />

produção estável e reprodutível, ou seja, este processo<br />

deve ser capaz de operar com a menor faixa de variabilidade<br />

possível em torno das dimensões nominais do<br />

produto (Montgomery, 2004).<br />

O gráfico de controle é uma ferramenta que disponibiliza<br />

graficamente os dados de um determinado item<br />

de controle coletados durante o processo, permitindo<br />

a visualização de seu estado de controle (Werkema,<br />

2006).<br />

Na construção dos gráficos de controle deve-se<br />

especificar o tamanho da amostra e a freqüência de<br />

amostragem. Shewhart desenvolveu o conceito de subgrupos<br />

racionais que preconiza a retirada de pequenas<br />

amostras em intervalos regulares de tempo. Dentro<br />

deste conceito, as amostras ou subgrupos devem ser<br />

selecionados de tal modo que, se estiverem presentes<br />

causas especiais, a chance de diferenças entre os subgrupos<br />

será maximizada enquanto a chance de diferenças<br />

devidas a estas causas dentro de um subgrupo será<br />

minimizada (Montgomery, 2004).<br />

Além das informações sobre a estabilidade do<br />

processo, o CEP fornece subsídios para estimar a sua<br />

capacidade. Este índice está relacionado com a uniformidade<br />

do processo, pois correlacionam os limites<br />

de especificação com o desvio padrão populacional. A<br />

capacidade do processo é a medida de aceitabilidade<br />

da variação de um processo ao comparar sua variação<br />

natural com a faixa de especificação requerida (Slack,<br />

2009).<br />

Sua análise é especialmente útil para predizer até<br />

que ponto o processo produzirá itens dentro dos limites<br />

de especificação, auxiliar no planejamento de modificações<br />

ou substituto de um processo, especificar indicadores<br />

de desempenho para um novo equipamento ou<br />

reduzir a variabilidade em um processo (Montgomery,<br />

2004).<br />

Uma forma simples de expressar a capacidade é<br />

através da razão da capacidade do processo (RCP ou<br />

CP) expressada pela razão entre a diferença entre os<br />

limites superior (LSE) e inferior (LIE) de especificação e<br />

o desvio padrão. Quando a RCP é maior do que 1, significa<br />

que poucos itens não-conformes serão produzidos,<br />

porém, quando é menor do que 1, indica que o processo<br />

Este trabalho aborda o estudo do CEP, em uma das<br />

etapas de produção de uma indústria de molduras<br />

68 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


é muito sensível e um grande número de unidades não-<br />

-conformes pode ser produzido (Montgomery, 2004).<br />

Segundo Campos e Rocha (2009), o CEP permite<br />

que ações corretivas sejam realizadas antes que não<br />

conformidades ocorram, responde à pergunta se o processo<br />

está funcionando como deveria ou se está fora das<br />

especificações de qualidade. Executa ações apropriadas<br />

para obter e manter um estado de controle estatístico.<br />

Todo produto pode apresentar falhas, defeitos resultando<br />

em um produto não conforme com o padrão,<br />

esta é a premissa do Controle de Processo, e essas falhas<br />

podendo ser causadas principalmente por falhas<br />

na matéria-prima, equipamento e pessoal, entre outros,<br />

mas estes três são os principais (Campos e Rocha,<br />

2009).<br />

Quando se fala em CEP a estatística é um fator<br />

importante, pois em uma fabrica realizar a inspeção a<br />

100% ocasiona altos custos e resultados ineficientes,<br />

devido à dificuldade de manter o operador 100% do<br />

tempo em alerta. Por isso a amostragem do processo<br />

condiz melhor com os reais valores, com custos menores<br />

(Campos e Rocha, 2009).<br />

Vários são os fatores que ocasionam a variação da<br />

qualidade, mas nem todos afetam a qualidade com<br />

a mesma intensidade. Para isso o CEP realiza um levantamento<br />

estatístico do processo com a ajuda de<br />

cartas de controle e gráficos, procurando nos gráficos<br />

por padrões que possam estar ocorrendo no processo,<br />

descobrindo quais são os erros significativos que geram<br />

grandes perdas e os erros menos significativos assim<br />

podendo atuar nos erros que realmente importam ao<br />

processo, melhorando assim o processo, proporcionando<br />

melhor controle do processo, garantindo a qualidade<br />

e gerando menores custos.<br />

O CEP age também no Controle de Qualidade, ou<br />

seja, através da inspeção por amostragem, atuando na<br />

prevenção de defeitos, pois busca a melhoria do processo,<br />

diminuindo os erros. Para utilizar o CEP diversas<br />

ferramentas da qualidade como citadas anteriormente<br />

são necessárias fazendo uma análise precisa e correta<br />

da amostragem realizada (Kume, 1993).<br />

3.1.1.Vantagens e desvantagens do CEP<br />

Assim como todo método o CEP possui vantagens<br />

e desvantagens.<br />

A lista abaixo mostra as principais vantagens da<br />

aplicação do CEP segundo Soares (2001 apud Rosário,<br />

2004):<br />

a) Melhoria da qualidade, melhor conhecimento do<br />

processo e onde introduzir melhorias;<br />

b) Aumento da produção sob condições ótimas de<br />

produção;<br />

c) Redução do custo por unidade;<br />

d) Redução do nível de defeituosos;


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

e) Redução de refugo/retrabalho;<br />

f) Economia no uso de materiais;<br />

g) Redução dos gargalos de produção;<br />

h) Avaliação científica das tolerâncias, ações baseadas<br />

em fatos e não em suposições;<br />

i) Redução de inspeção em fim de linha de produção;<br />

j) Baixo número de reclamações do consumidor.<br />

As desvantagens da aplicação do CEP descritas por<br />

Rosário (2004) são evidenciadas logo abaixo:<br />

a) Não indica condições de instabilidade do<br />

processo;<br />

b) Não separa causas comuns de causas especiais,<br />

podendo gerar ações incorretas e custos decorrentes;<br />

c) Se utilizado em processos não capazes pode<br />

piorar ainda mais o desempenho dos mesmos;<br />

d) Dificuldade maior quanto à sua interpretação,<br />

uma vez que os pontos fora de controle não revelam especificamente<br />

qual ou quais variáveis, ou a combinação<br />

delas, causam o problema.<br />

As desvantagens de implantação do CEP estão associadas<br />

às causas dos insucessos de uma implantação<br />

mal sucedida, ou seja, desde que ele seja bem implantado,<br />

o resultado apresenta lucros e os efeitos colaterais<br />

maléficos não são significativos (Rosario, 2004).<br />

Segundo Montgomery (2004), as principais causas<br />

dos insucessos da implantação de CEP estão, em sua<br />

maioria, ligadas à execução de forma deficiente ou até<br />

mesmo incompleta de algumas das etapas necessárias<br />

para a implantação. Algumas destas causas estão listadas<br />

a seguir e devem ser objetivo de avaliação em auditoria<br />

de sistema e treinamento:<br />

QUANDO SE FALA EM CEP<br />

A ESTATÍSTICA É UM FATOR<br />

IMPORTANTE, POIS EM<br />

UMA FÁBRICA REALIZAR<br />

A INSPEÇÃO A 100%<br />

OCASIONA ALTOS CUSTOS E<br />

RESULTADOS INEFICIENTES,<br />

DEVIDO À DIFICULDADE DE<br />

MANTER O OPERADOR 100%<br />

DO TEMPO EM ALERTA<br />

O CEP tem como idéia principal que melhores<br />

processos com menor variabilidade propiciem níveis<br />

melhores de qualidade na produção<br />

a) Falta de envolvimento da alta administração;<br />

b) Não envolvimento de todas as áreas ou resistência<br />

a mudanças;<br />

c) Falta, perda ou não priorização ao programa;<br />

d) Priorização errada das características de processo<br />

ou produto a serem controladas;<br />

e) Falta de conhecimento necessário para aplicação<br />

de conceitos básicos de estatística;<br />

f) Falta ou não acompanhamento de um cronograma<br />

de atividades;<br />

g) Falta de ação corretiva por não investigação ou<br />

desconhecimento de causas comuns e especiais;<br />

h) Falta de padronização das tarefas operacionais;<br />

i) Falta ou falhas na divulgação do programa CEP<br />

na empresa ou espera de grandes resultados em curto<br />

prazo.<br />

3.3. Defeito e classificação de defeitos<br />

Todo processo pode apresentar em seus produtos<br />

defeitos, sendo alguns defeitos críticos e outros não,<br />

para isso é necessário conhecer os defeitos do processo<br />

e classificá-los de acordo com o nível de criticidade do<br />

produto (Paladini, 2000):<br />

Defeito nada mais é que uma não conformidade do<br />

produto quando comparado as suas especificações. Por<br />

sua vez, um produto é classificado como defeituoso em<br />

relação a um ou mais característicos da qualidade, se<br />

forem identificados um ou mais defeitos a ele associados<br />

(Paladini, 2000).<br />

Em geral, podem-se classificar os defeitos de acordo<br />

com sua importância. Para tanto, utilizam-se três<br />

categorias segundo Paladini (2004) logo abaixo:<br />

a) Os defeitos críticos (ou graves) são defeitos associados<br />

à função essencial do produto, que impedem<br />

sua utilização efetiva e inviabilizam seu emprego para<br />

aquilo a que se propõe o produto;<br />

70 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


DESTOPADEIRA AUTOMÁTICA<br />

1983<br />

d e s d e<br />

b) Existem dois tipos de defeitos críticos os que impedem<br />

o uso do produto, afetando sua função essencial<br />

e os que não impedem o uso do produto, mas afetam<br />

as condições de contorno relativas ao uso do produto;<br />

c) Os defeitos maiores são os que não impedem a<br />

utilização efetiva do produto em um dado momento,<br />

mas tende a curto ou em médio prazo, inviabilizar esta<br />

utilização, ou seja, são defeitos que comprometem a<br />

vida útil do produto. São classificados nesta categoria,<br />

ainda, defeitos que atingem a eficiência do produto,<br />

reduzindo sua capacidade de operação ou provocando<br />

custos mais altos que os normais devido aos problemas<br />

que acarretam ao seu funcionamento normal;<br />

d) Por fim, os defeitos menores (ou irregularidades)<br />

são defeitos que não chegam a provocar alterações<br />

substanciais na função essencial do produto, mas podem<br />

ser atribuídos a imperfeições de acabamento.<br />

4. Metodologia<br />

Durante anos a empresa utiliza o CEP apenas como<br />

uma ferramenta simples, onde são apenas apresentados<br />

dados e nenhum dos defeitos é corrigido, então o<br />

intuito foi solucionar os defeitos da implantação antiga<br />

do CEP no processo de fabricação de molduras, melhorando<br />

a tomada de ação em tempo real para evitar problemas<br />

durante o processo.<br />

4.2. Estudo de caso<br />

Empresa Moldureira estabelecida no Norte do Paraná<br />

emprega mais de 400 colaboradores e têm como<br />

produto as molduras, batentes para portas e janelas,<br />

portas, kit porta pronta e guarnições. Tendo como mercado<br />

os Estados Unidos da América, Europa e Brasil. É<br />

transformadora de madeira de Pinus com certificação<br />

ambiental. Produzem batentes para portas e janelas,<br />

molduras, portas, kits porta pronta e guarnições. Fornece<br />

sua produção para o mercado interno e consumidores<br />

internacionais destes produtos.<br />

4.3. Processo de fabricação<br />

O escopo da pesquisa restringiu-se ao processo de<br />

produção de molduras em 2 dois modelos: O processo<br />

de produção de molduras passa por vários setores, necessitando<br />

de um acompanhamento da produção para<br />

a minimização de perdas durante o processo produtivo.<br />

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Movexpo<br />

23 a 26<br />

Olinda (PE)<br />

www.movexpo.com.br/<br />

MAIO <strong>2017</strong><br />

Expolar<br />

10 a 18<br />

Belo Horizonte (MG)<br />

www.expovitoria.com.br<br />

Indumóveis Internacional<br />

14 a 18<br />

Santa Rosa (RS)<br />

www.indumoveisinternacional.com.br<br />

Affemaq Mirassol<br />

27 a 29<br />

Mirassol (SP)<br />

www.affemaq.com.br<br />

JUNHO <strong>2017</strong><br />

DESTAQUE<br />

LIGNA<br />

22 a 26 de maio<br />

Hanover - Alemanha<br />

www.ligna.de<br />

A Ligna, uma das principais feiras para o encontro da indústria de<br />

processamento de madeira internacional, será realizada entre os<br />

dias 22 e 26 de maio, em Hannover, na Alemanha. A edição deste<br />

ano contará com mais de 1,5 mil expositores de 45 nacionalidades<br />

e deve levar visitantes de aproximadamente 90 nacionalidades,<br />

ocupando mais de 122 mil m² de área de exposição com as maiores<br />

inovações em produtos e processos da indústria madeireira.<br />

Imagem: reprodução<br />

72 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

LIDERANÇA E TRABALHO EM EQUIPE:<br />

A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR EM<br />

CONJUNTO<br />

O<br />

trabalho em equipe é algo extremamente importante<br />

e eficaz para as empresas, desde que seja<br />

conduzido da maneira correta. Uma equipe mal<br />

orientada, desmotivada, sem estímulos, pode levar projetos<br />

por água abaixo e até arruinar organizações.<br />

O segredo de um trabalho em conjunto está na delegação<br />

de responsabilidades e não de tarefas, onde cada<br />

profissional, dentro de seus conhecimentos e capacidades,<br />

possa desenvolver a etapa do processo que lhe é designada.<br />

E a condução desse processo deve ser realizada por um líder<br />

que enxergue não apenas os conhecimentos técnicos dos<br />

profissionais e, sim, que saiba trabalhar as habilidades e<br />

competências de cada um.<br />

Liderança e trabalho em equipe estão diretamente ligados,<br />

onde o líder é o profissional que conduz os demais nos<br />

processos de trabalho. Além disso, hoje ele é o responsável<br />

pelo desenvolvimento dos colaboradores e equipes a fim de<br />

explorar o máximo de suas competências e conhecimentos.<br />

Nesse sentido, um líder que adota o Coaching como<br />

filosofia profissional garante que sua gestão seja eficaz, pois<br />

trabalhará cada profissional de sua equipe de maneira única.<br />

Ele terá expertise para identificar, desenvolver, aprimorar e<br />

reter seus talentos, além de realizar planos estratégicos que<br />

farão de sua equipe um time de alta performance.<br />

Uma pesquisa realizada pela Robert Half em 12 países,<br />

com mais de 1.500 diretores de Recursos Humanos, apontou<br />

que os brasileiros são os profissionais mais estressados do<br />

mundo.<br />

52% dos entrevistados em nosso país afirmaram que<br />

a principal causa do estresse no trabalho é a sobrecarga<br />

de serviço e o acúmulo de funções, seguindo pela falta de<br />

reconhecimento, 44%. O estudo revelou ainda que 60%<br />

acreditam que o trabalho em equipe minimiza os fatores<br />

de estresse e, ainda, 51% sugerem uma reestruturação das<br />

funções e tarefas.<br />

O que podemos analisar com esse estudo é que os profissionais<br />

brasileiros prezam e necessitam do trabalho em<br />

equipe, dividindo suas responsabilidades, diminuindo estresse<br />

e entregando o resultado esperado pela organização.<br />

Foto: divulgação<br />

Por José Roberto Marques<br />

Master Coach Sênior e Trainer, Presidente e fundador do Instituto<br />

Brasileiro de Coaching – IBC<br />

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