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osho - coragem e prazer de viver perigosamente

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uas e os atalhos, e além disso estava correndo. O homem rico não tinha <strong>de</strong>slocado em<br />

toda sua vida e estava gordo... Gritava e soprava, e lhe caíam as lágrimas pelas<br />

bochechas. —Enganaram-me totalmente! Este homem me tirou o trabalho <strong>de</strong> toda<br />

minha vida, tudas minhas economias; o levou tudo —disse.<br />

Começou a lhe seguir uma multidão, e todos se estavam rendo. —São todos idiotas?<br />

Este povo está cheio <strong>de</strong> idiotas? —disse—. Estou completamente arruinado, e em vez<br />

<strong>de</strong> apanhar ao ladrão, estão lhes rendamos.<br />

—Não é um ladrão, é um homem muito sábio —disseram.<br />

O homem rico disse: —O idiota do povo é quem me colocou nesta confusão! —Mas,<br />

correndo e suando, perseguiu a Amacie. Amacie chegou à árvore sob o que ainda estava<br />

o cavalo. sentou-se sob a árvore com a bolsa, e o homem rico chegou gritando e<br />

chorando. Amacie disse: —Toma a bolsa. —O homem rico a apertou contra o coração.<br />

—O que sente? —disse-lhe Amacie—. Tem paz mental?<br />

O homem rico disse: —Sim, sinto muita paz. É um homem estranho, e usa métodos<br />

estranhos.<br />

—Não são métodos estranhos —disse Amacie—, é matemática pura. Começa a dar por<br />

sentado tudo o que tem. Só necessita que lhe dêem uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perdê-lo para<br />

que te dê conta imediatamente do que per<strong>de</strong>ste. Não ganhaste nada novo; é a mesma<br />

bolsa que tinha antes sem paz mental. Agora tem a mesma bolsa junto a seu coração e<br />

todo mundo po<strong>de</strong> ver quão tranqüilo está, um sábio perfeito! Vete a casa, e não se<br />

preocupe da gente.<br />

Este é o problema do menino, porque chega cheio <strong>de</strong> inocência e está disposto a<br />

comprar algo em troca <strong>de</strong> sua inocência. Está disposto a comprar qualquer porcaria em<br />

troca <strong>de</strong> sua <strong>coragem</strong>. Está disposto a comprar brinquedos —e além <strong>de</strong> brinquedos, que<br />

mais há?— e a per<strong>de</strong>r sua clarida<strong>de</strong>. Só o enten<strong>de</strong>rá quando tiver em seu po<strong>de</strong>r todos<br />

esses brinquedos mas não lhe façam feliz, não seja um lucro, não lhe satisfaça. Então,<br />

dará-se conta do que per<strong>de</strong>u; per<strong>de</strong>u-se a si mesmo.<br />

Em um mundo melhor, as famílias apren<strong>de</strong>rão dos meninos. Têm muita pressa por lhes<br />

ensinar. Aparentemente, ninguém apren<strong>de</strong> nada <strong>de</strong>les, mas lhes po<strong>de</strong>m ensinar muitas<br />

coisas. E vós não têm nada que lhes ensinar.<br />

Como é mais velho e tem mais po<strong>de</strong>r, começa-os a converter em algo exatamente igual<br />

a você, sem te parar a pensar no que é, o que alcançaste, qual é seu status no mundo<br />

interior. É um mendigo, isso é o que quer para seu filho?<br />

Mas ninguém pensa; se não, a gente apren<strong>de</strong>ria dos meninos. Os meninos contribuem<br />

com muitas costure do outro mundo porque estão recém chegados. Ainda levam consigo<br />

o silêncio do útero, o silêncio da existência em si.<br />

RECORDA SEMPRE, CONFIA NO DESCONHECIDO. Conhecido-o é a mente.<br />

Desconhecido-o não po<strong>de</strong> ser a mente. Será outra coisa mas não a mente. O único<br />

seguro é que a mente é uma acumulação do conhecido. Por exemplo, se chegar a uma<br />

bifurcação no caminho e a mente diz, «vamos por aqui, soa-me familiar», isso é a<br />

mente. Se escutas a seu ser, quererá ir ao que não é familiar, ao <strong>de</strong>sconhecido. O ser<br />

sempre é um aventureiro. A mente é muito ortodoxa, muito conservadora. Quer andar<br />

pelo caminho, pelo caminho trilhado uma e outra vez, o caminho <strong>de</strong> menor resistência.<br />

Escuta sempre ao <strong>de</strong>sconhecido. E reúne valor para entrar no <strong>de</strong>sconhecido.<br />

É necessário ser muito corajoso para <strong>de</strong>senvolver seu <strong>de</strong>stino, não terá que ter medo. As<br />

pessoas que estão cheias <strong>de</strong> medo não po<strong>de</strong>m ir além do conhecido. Conhecido-o dá<br />

uma espécie <strong>de</strong> comodida<strong>de</strong>, segurança, confiança, porque o conhece. Está<br />

perfeitamente informado, sabe como abordá-lo. Po<strong>de</strong> estar quase dormido e seguir<br />

fazendo-o, não precisa estar acordado; é a vantagem que tem o conhecido.

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