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osho - coragem e prazer de viver perigosamente

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po<strong>de</strong> dizer: «Ah, este bolo está <strong>de</strong>licioso.» Para o homem apaixonado nem sequer tem<br />

sentido a morte.<br />

UM MUNDO SEM FRONTEIRAS<br />

O amor é abrir-se a um mundo sem fronteiras, um mundo que não termina em nenhuma<br />

parte. O amor começa mas não acaba; tem princípio mas não tem fim.<br />

Recorda uma coisa: normalmente, a mente interfere e não lhe <strong>de</strong>ixa ao amor sua<br />

infinida<strong>de</strong> e seu espaço. Se realmente amar a uma pessoa, lhe dê espaço infinito. Seu<br />

próprio ser é um espaçou para que possa crescer, com o que po<strong>de</strong> crescer. A mente<br />

interfere e tenta possuir à pessoa, então <strong>de</strong>strói o amor. A mente é muito avara, a mente<br />

é avareza. A mente é muito venenosa. Se alguém quer entrar no mundo do amor, terá<br />

que renunciar à mente. Terá que <strong>viver</strong> sem que interfira a mente. A mente está bem em<br />

seu sítio. É necessária para estar na rua, mas não para o amor. É necessária para fazer<br />

um pressuposto, mas não para ir ao espaço interior. É necessária para as matemática;<br />

mas se houver meditação não a necessita. A mente tem sua utilida<strong>de</strong>, mas é uma<br />

utilida<strong>de</strong> para o mundo exterior. Para o mundo interior é absolutamente irrelevante. te<br />

volte cada vez mais amoroso... incondicionalmente amoroso. te volte amor. te volte uma<br />

abertura... te volte amoroso.<br />

Os pássaros e as árvores, a terra e as estrelas, os homens e as mulheres... todo mundo o<br />

compreen<strong>de</strong>. Negro e branco, só há um idioma, e é o idioma do universo: esse idioma é<br />

o amor. te volte esse idioma. E quando houver te tornado amor, abrirá-se ante ti um<br />

mundo totalmente novo e sem fronteiras.<br />

Recorda que a mente é a responsável por que a gente esteja fechada. A mente tem muito<br />

medo <strong>de</strong> abrir-se, porque, basicamente, existe graças ao medo. Quanto menos medo tem<br />

uma pessoa, menos usa sua mente. quanto mais covar<strong>de</strong> é uma pessoa, mais usa sua<br />

mente.<br />

Possivelmente tenha observado que quando tem medo, quando há ansieda<strong>de</strong>, quando há<br />

algo que se preocupa, a mente aparece em primeiro plano. Quando está preocupado, a<br />

mente está muito presente. Quando não está preocupado, a mente não está tão presente.<br />

Quando tudo vai bem e não tem medo, a mente fica atrás. Quando as coisas não vão<br />

bem, a mente dá um salto e se coloca diante <strong>de</strong> ti, converte-se no lí<strong>de</strong>r. Quando há<br />

perigo se converte no lí<strong>de</strong>r. A mente é como os políticos. Adolf Hitler escreveu em sua<br />

autobiografia, Mein Kampf, que se quer conservar a li<strong>de</strong>rança, sempre terá que ter ao<br />

país atemorizado.<br />

Atemorizado com que o vizinho lhe vá atacar, <strong>de</strong> que há outros países que estão urdindo<br />

um ataque, preparando um ataque; tem que propagar rumores. Não permita que a gente<br />

esteja tranqüila, porque quando estão tranqüilos não lhes interessam os políticos.<br />

Quando a gente está realmente tranqüila, os políticos não têm nenhum sentido. Mantén<br />

às pessoas assustada, e assim o político terá muito po<strong>de</strong>r.<br />

Sempre que há uma guerra, cobra importância o político. Churchill ou Hitler, Stalin ou<br />

Mao, são produtos da guerra. Se não tivesse havido uma Segunda guerra mundial não<br />

teriam existido Winston Churchill, nem Hitler nem Stalin. A guerra provoca situações,<br />

dá-lhe oportunida<strong>de</strong> a algumas pessoas <strong>de</strong> dominar e converter-se em lí<strong>de</strong>res. A política<br />

da mente é exatamente igual.<br />

A meditação não é mais que criar uma situação em que a mente cada vez possa fazer<br />

menos coisas. É tão corajoso, tão amoroso, tão pacífico, está tão satisfeito com algo que<br />

acontece que a mente não po<strong>de</strong> dizer nada. Pouco a pouco, a mente se vai ficando atrás<br />

e se vai distanciando mais.

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