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pensa que está crescendo? Só te está enganando. Você não é seu nome, você não é sua<br />
fama. Sua conta <strong>de</strong> banco não é seu ser. Mas se pensar no ser começa a tremer, porque<br />
para crescer tem que renunciar à covardia.<br />
Como voltamos a ser novos? Não nos renovamos espontaneamente. A novida<strong>de</strong> vem do<br />
mais à frente, quer dizer, <strong>de</strong> Deus. A novida<strong>de</strong> vem da existência. A mente sempre é<br />
velha. A mente nunca é nova, é uma acumulação do passado. A novida<strong>de</strong> vem do mais à<br />
frente, é um presente <strong>de</strong> Deus. Vem do mais à frente e é do mais à frente.<br />
Desconhecido-o e o incognoscible, o mais à frente, têm acesso a ti. Têm acesso a ti<br />
porque não está selado nem separado; não é uma ilha. Po<strong>de</strong> que te tenha esquecido do<br />
mais à frente, mas o mais à frente não se esqueceu <strong>de</strong> ti. O menino po<strong>de</strong> esquecer-se da<br />
mãe, mas a mãe não se esquece do menino. A parte po<strong>de</strong> começar a pensar: «Estou<br />
separada», mas a totalida<strong>de</strong> sabe que não está separado. A totalida<strong>de</strong> tem acesso a ti.<br />
Ainda está em contato contigo. Por isso, embora você não lhe dê a bem-vinda, o novo<br />
segue chegando. Chega <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> maneiras. Se tiver olhos para ver, dará-te conta<br />
que está chegando constantemente.<br />
A existência te está enchendo <strong>de</strong> presentes, mas está ancorado a seu passado. Está em<br />
uma espécie <strong>de</strong> tumba. Tornaste-te insensível. Por culpa <strong>de</strong> sua covardia per<strong>de</strong>ste a<br />
sensibilida<strong>de</strong>. Ser sensível quer dizer que sente o novo, a emoção do novo; nascerá em ti<br />
uma paixão pelo novo e pela aventura, começará a entrar no <strong>de</strong>sconhecido, sem saber<br />
aon<strong>de</strong> vai.<br />
A mente acredita que isto é uma loucura. A mente acredita que não é racional abandonar<br />
o velho. Mas Deus sempre é o novo. Por isso, quando falas <strong>de</strong> Deus, não se po<strong>de</strong> usar o<br />
passado ou o presente. Não se po<strong>de</strong> dizer: «Deus era», nem se po<strong>de</strong> dizer: «Deus será. »<br />
Só se po<strong>de</strong> usar o presente: «Deus é». Sempre é novo, sempre é virgem. E tem acesso a<br />
ti.<br />
Recorda, todo o novo que aparece em sua vida é uma mensagem <strong>de</strong> Deus. Se o aceita é<br />
religioso. Se o rechaça é irreligioso. Para aceitar o novo, para que o novo possa entrar, o<br />
homem precisa relaxar-se um pouco, abrir-se um pouco mais. Abre acontecer com Deus<br />
para que entre em ti.<br />
Este é o significado <strong>de</strong> oração ou meditação... abre-te, diz-lhe sim, diz-lhe: «Entra.»<br />
Diz: «estive esperando a muito tempo tempo e estou agra<strong>de</strong>cido que tenha vindo. »<br />
Recebe sempre o novo com uma gran<strong>de</strong> alegria. Embora às vezes te produza algum<br />
inconveniente, segue valendo a pena. Embora às vezes te meta em um fossa, segue<br />
valendo a pena, porque só se apren<strong>de</strong> através dos enganos, e só se cresce através das<br />
dificulda<strong>de</strong>s. O novo suporta dificulda<strong>de</strong>s. Por isso escolhe o velho, porque não tem<br />
dificulda<strong>de</strong>s. É uma consolação, um refúgio.<br />
Só o novo, aceito profunda e totalmente, po<strong>de</strong> te transformar. Não po<strong>de</strong> introduzir o<br />
novo a sua vida; o novo chega. Po<strong>de</strong> aceitá-lo ou rechaçá-lo. Se o rechaça será como<br />
uma pedra, fechada e morta. Se o aceitar te converte em uma flor, começa a te abrir... e<br />
nesse abrir-se há celebração.<br />
Só te po<strong>de</strong> transformar a chegada do novo, não po<strong>de</strong> te transformar <strong>de</strong> nenhuma outra<br />
maneira. E tenha em conta que não tem nada que ver contigo nem com seus esforços.<br />
Mas não fazer nada não é <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> atuar, a não ser atuar sem vonta<strong>de</strong>, direção nem<br />
impulso <strong>de</strong> seu passado. A busca do novo não po<strong>de</strong> ser uma busca corrente, posto que é<br />
novo, como po<strong>de</strong> buscá-lo? Não o conhece, nunca o viu. Procurar o novo é uma<br />
exploração aberta. Não sabe. Terá que começar <strong>de</strong> um estado <strong>de</strong> não saber, mover-se<br />
com a inocência <strong>de</strong> um menino, emocionado pelas possibilida<strong>de</strong>s... e as possibilida<strong>de</strong>s<br />
são infinitas.