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osho - coragem e prazer de viver perigosamente

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pensa que está crescendo? Só te está enganando. Você não é seu nome, você não é sua<br />

fama. Sua conta <strong>de</strong> banco não é seu ser. Mas se pensar no ser começa a tremer, porque<br />

para crescer tem que renunciar à covardia.<br />

Como voltamos a ser novos? Não nos renovamos espontaneamente. A novida<strong>de</strong> vem do<br />

mais à frente, quer dizer, <strong>de</strong> Deus. A novida<strong>de</strong> vem da existência. A mente sempre é<br />

velha. A mente nunca é nova, é uma acumulação do passado. A novida<strong>de</strong> vem do mais à<br />

frente, é um presente <strong>de</strong> Deus. Vem do mais à frente e é do mais à frente.<br />

Desconhecido-o e o incognoscible, o mais à frente, têm acesso a ti. Têm acesso a ti<br />

porque não está selado nem separado; não é uma ilha. Po<strong>de</strong> que te tenha esquecido do<br />

mais à frente, mas o mais à frente não se esqueceu <strong>de</strong> ti. O menino po<strong>de</strong> esquecer-se da<br />

mãe, mas a mãe não se esquece do menino. A parte po<strong>de</strong> começar a pensar: «Estou<br />

separada», mas a totalida<strong>de</strong> sabe que não está separado. A totalida<strong>de</strong> tem acesso a ti.<br />

Ainda está em contato contigo. Por isso, embora você não lhe dê a bem-vinda, o novo<br />

segue chegando. Chega <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> maneiras. Se tiver olhos para ver, dará-te conta<br />

que está chegando constantemente.<br />

A existência te está enchendo <strong>de</strong> presentes, mas está ancorado a seu passado. Está em<br />

uma espécie <strong>de</strong> tumba. Tornaste-te insensível. Por culpa <strong>de</strong> sua covardia per<strong>de</strong>ste a<br />

sensibilida<strong>de</strong>. Ser sensível quer dizer que sente o novo, a emoção do novo; nascerá em ti<br />

uma paixão pelo novo e pela aventura, começará a entrar no <strong>de</strong>sconhecido, sem saber<br />

aon<strong>de</strong> vai.<br />

A mente acredita que isto é uma loucura. A mente acredita que não é racional abandonar<br />

o velho. Mas Deus sempre é o novo. Por isso, quando falas <strong>de</strong> Deus, não se po<strong>de</strong> usar o<br />

passado ou o presente. Não se po<strong>de</strong> dizer: «Deus era», nem se po<strong>de</strong> dizer: «Deus será. »<br />

Só se po<strong>de</strong> usar o presente: «Deus é». Sempre é novo, sempre é virgem. E tem acesso a<br />

ti.<br />

Recorda, todo o novo que aparece em sua vida é uma mensagem <strong>de</strong> Deus. Se o aceita é<br />

religioso. Se o rechaça é irreligioso. Para aceitar o novo, para que o novo possa entrar, o<br />

homem precisa relaxar-se um pouco, abrir-se um pouco mais. Abre acontecer com Deus<br />

para que entre em ti.<br />

Este é o significado <strong>de</strong> oração ou meditação... abre-te, diz-lhe sim, diz-lhe: «Entra.»<br />

Diz: «estive esperando a muito tempo tempo e estou agra<strong>de</strong>cido que tenha vindo. »<br />

Recebe sempre o novo com uma gran<strong>de</strong> alegria. Embora às vezes te produza algum<br />

inconveniente, segue valendo a pena. Embora às vezes te meta em um fossa, segue<br />

valendo a pena, porque só se apren<strong>de</strong> através dos enganos, e só se cresce através das<br />

dificulda<strong>de</strong>s. O novo suporta dificulda<strong>de</strong>s. Por isso escolhe o velho, porque não tem<br />

dificulda<strong>de</strong>s. É uma consolação, um refúgio.<br />

Só o novo, aceito profunda e totalmente, po<strong>de</strong> te transformar. Não po<strong>de</strong> introduzir o<br />

novo a sua vida; o novo chega. Po<strong>de</strong> aceitá-lo ou rechaçá-lo. Se o rechaça será como<br />

uma pedra, fechada e morta. Se o aceitar te converte em uma flor, começa a te abrir... e<br />

nesse abrir-se há celebração.<br />

Só te po<strong>de</strong> transformar a chegada do novo, não po<strong>de</strong> te transformar <strong>de</strong> nenhuma outra<br />

maneira. E tenha em conta que não tem nada que ver contigo nem com seus esforços.<br />

Mas não fazer nada não é <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> atuar, a não ser atuar sem vonta<strong>de</strong>, direção nem<br />

impulso <strong>de</strong> seu passado. A busca do novo não po<strong>de</strong> ser uma busca corrente, posto que é<br />

novo, como po<strong>de</strong> buscá-lo? Não o conhece, nunca o viu. Procurar o novo é uma<br />

exploração aberta. Não sabe. Terá que começar <strong>de</strong> um estado <strong>de</strong> não saber, mover-se<br />

com a inocência <strong>de</strong> um menino, emocionado pelas possibilida<strong>de</strong>s... e as possibilida<strong>de</strong>s<br />

são infinitas.

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