Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
só têm que te dizer cada vez que lhe encontre isso: «Tem um aspecto muito triste, muito<br />
infeliz. O que te ocorre? morreu-se alguém ou algo assim?.» Começa a suspeitar; se<br />
tanta gente disser que está triste, <strong>de</strong>ve ser que está triste.<br />
Depen<strong>de</strong> das opiniões <strong>de</strong> outros. estiveste <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo tanto das opiniões <strong>de</strong> outros, que<br />
per<strong>de</strong>ste o rastro <strong>de</strong> seu sentido interno. Tem que voltar a <strong>de</strong>scobrir seu sentido interno,<br />
porque todo o formoso o bom e o divino só se po<strong>de</strong> sentir com o sentido interno.<br />
Deixa <strong>de</strong> estar influenciado pelas opiniões <strong>de</strong> outros. Em seu lugar, começa a olhar para<br />
<strong>de</strong>ntro... permite que seu sentido interno te fale. Confia nele. Se confiar nele, crescerá.<br />
Se confiar nele estará alimentando-o, fortalecerá-se.<br />
Vivekananda foi ver a Ramakrishna e lhe disse: —Deus não existe! lhe posso<br />
<strong>de</strong>monstrar isso Deus não existe. —Era um homem muito racional, muito cético, muito<br />
educado, tinha muitos conhecimentos do pensamento filosófico oci<strong>de</strong>ntal. Ramakrishna<br />
era inculto, analfabeto. E Ramakrishna lhe disse: —De acordo, <strong>de</strong>monstre-me isso Y<br />
Ramakrishna dijo: —No puedo <strong>de</strong>mostrarlo, pero si quieres, te lo puedo enseñar. —<br />
Nadie le había dicho nunca a Vivekananda que Dios se pudiese enseñar. Y antes <strong>de</strong> que<br />
pudiera <strong>de</strong>cir nada, Ramakrishna saltó —era un hombre salvaje—, ¡saltó y puso los pies<br />
sobre el pecho <strong>de</strong> Vivekananda! Entonces, sucedió algo, se <strong>de</strong>sprendió cierta energía, y<br />
Vivekananda cayó en un trance <strong>de</strong> tres horas. Cuando volvió a abrir los ojos era un<br />
hombre completamente nuevo.<br />
Vivekananda falou muito, essa era a prova que tinha. E Ramakrishna lhe escutou e<br />
disse: —Meu sentido interno me diz que Deus existe, e que é a autorida<strong>de</strong> suprema.<br />
Quão único está fazendo é argumentar. O que te diz seu sentido interno?<br />
Vivekananda nem sequer se parou a pensar nisso. Encolheu os ombros. Tinha lido<br />
livros, recolhendo argumentos e provas a favor e em contra; por meio <strong>de</strong>stas provas<br />
tinha tentado <strong>de</strong>cidir se Deus existia ou não. Mas não tinha cuidadoso para <strong>de</strong>ntro. Não<br />
lhe tinha perguntado a seu sentido interno.<br />
Isto é muito estúpido, mas a mente cética é estúpida, a mente racional é estúpida.<br />
Ramakrishna disse: —Seus argumentos são preciosos, <strong>de</strong>sfrutei! Mas o que posso fazer?<br />
Eu sei! Meu sentido interno me diz que existe. Do mesmo modo que me diz que estou<br />
contente, que estou doente, que estou triste, que me dói a tripa, que hoje não me<br />
encontro muito bem, meu sentido interno me diz que Deus existe. Não se trata <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>bate.<br />
E Ramakrishna disse: —Não posso <strong>de</strong>monstrá-lo, mas se quiser, lhe posso ensinar isso.<br />
—Ninguém havia dito nunca a Vivekananda que Deus se pu<strong>de</strong>sse ensinar. E antes <strong>de</strong><br />
que pu<strong>de</strong>sse dizer nada, Ramakrishna saltou —era um homem selvagem—, saltou e pôs<br />
os pés sobre o peito da Vivekananda! Então, aconteceu algo, <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>u-se certa<br />
energia, e Vivekananda caiu em um transe <strong>de</strong> três horas. Quando voltou a abrir os olhos<br />
era um homem completamente novo.<br />
Ramakrishna te disse: —O que diz agora? Deus existe ou não existe? O que te diz seu<br />
sentido interno?<br />
Tinha uma tranqüilida<strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong>, uma quietu<strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong>, como nunca havia<br />
sentido antes. Estava cheio <strong>de</strong> júbilo por <strong>de</strong>ntro, tinha um gran<strong>de</strong> bem-estar, estava<br />
transbordando bem-estar... Teve que inclinar-se e tocar os pés a Ramakrishna dizendo:<br />
—Sim, Deus existe.<br />
Deus não é uma pessoa a não ser a sensação <strong>de</strong> bem-estar supremo, a sensação <strong>de</strong> estar<br />
em casa, a absoluta sensação <strong>de</strong> que «pertenço a este mundo e este mundo me pertence.<br />
Não sou um extraterrestre, não sou um estranho. O sentimento absoluto —existencial—<br />
<strong>de</strong> que, «a totalida<strong>de</strong> e eu não estamos separados. Esta experiência é Deus. Mas esta<br />
experiência só é possível se permitir que funcione seu sentido interno.