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osho - coragem e prazer de viver perigosamente

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Ama profundamente; o orgasmo sexual fará <strong>de</strong>saparecer todo o medo do corpo. Quando<br />

digo que fará <strong>de</strong>saparecer o medo, não quero dizer que te vás voltar corajoso, porque as<br />

pessoas corajosos só são covar<strong>de</strong>s ao reverso. Quando digo que <strong>de</strong>saparecerá o medo<br />

quero dizer que não haverá nem covardia nem <strong>coragem</strong>. São as duas caras do medo.<br />

Note em seus corajosos: dará-te conta <strong>de</strong> que no fundo têm medo, só se puseram uma<br />

armadura. A <strong>coragem</strong> não é ausência <strong>de</strong> medo a não ser medo protegido, medo bem<br />

<strong>de</strong>fendido, armado.<br />

Quando <strong>de</strong>saparece o medo te volta uma pessoa sem medo. Uma pessoa sem medo não<br />

provoca medo a outros, e não permite que ninguém lhe provoque medo.<br />

O orgasmo sexual profundo lhe produz ao corpo uma sensação <strong>de</strong> bem-estar. O corpo<br />

sente uma sanación muito profunda porque se sente completo.<br />

Depois, o segundo passo é o amor. Se puser condições com a mente não será capaz <strong>de</strong><br />

amar, essas condições são obstáculos. Posto que o amor é benéfico, do que lhe servem<br />

as condições? É muito benéfico, é um gran<strong>de</strong> bem-estar; ama incondicionalmente, não<br />

peça nada em troca. Se po<strong>de</strong> chegar a compreen<strong>de</strong>r que amando às pessoas terá menos<br />

medo, começará a amar pela alegria <strong>de</strong> fazê-lo!<br />

Normalmente, a gente só ama quando se cumprem todas as condições. Dizem: «Se fosse<br />

assim, amaria-te. » Uma mãe lhe dirá ao menino: «Quererei-te se te leva bem. » Uma<br />

esposa dirá a seu marido: «Tem que ser assim, só então te po<strong>de</strong>rei querer. » Todo mundo<br />

põe condições; o amor <strong>de</strong>saparece.<br />

O amor é um céu infinito! Não po<strong>de</strong> obrigá-lo a estar encolhido, condicionado,<br />

limitado. Se <strong>de</strong>ixar que entre ar fresco em uma habitação e <strong>de</strong>pois a fecha a cal e canto<br />

—fecha todas as janelas e as portas—, logo o ar estará viciado. Sempre que surge o<br />

amor é um ato <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>; <strong>de</strong>pois leva esse ar fresco a sua casa, mas se acaba<br />

viciando, sujando.<br />

Este é um gran<strong>de</strong> problema para toda a humanida<strong>de</strong>, sempre foi um problema. Quando<br />

te apaixona todo te parece belo porque, nesse momento, não está pondo condições.<br />

Duas pessoas se aproximam incondicionalmente. Quando se consolida a relação,<br />

quando dão por sentado que o outro está aí, começam a pôr condições: «Deveria ser<br />

<strong>de</strong>ste modo, <strong>de</strong>veria te comportar <strong>de</strong> outro modo, só então te quererei», como se o amor<br />

fosse um negócio.<br />

Se não amar partindo <strong>de</strong> um coração repleto <strong>de</strong> amor, está negociando. Quer obrigar à<br />

outra pessoa a fazer algo por ti, só assim lhe quererá; se não, trairá seu amor. Está<br />

usando o amor como um castigo ou uma imposição, mas não está amando. Está<br />

tentando recusar seu amor ou está tentando dá-lo, mas em ambos os casos o amor em si<br />

mesmo não é o fim, o fim é alguma outra questão.<br />

Se for um marido e lhe traz presentes a sua esposa, ela estará contente, estará junto a ti,<br />

beijará-te; mas se não lhe traz nada há uma distância; não está junto a ti, não se<br />

aproxima. Quando faz isto esquece que o amor beneficia a ti, e não só a outros. Em<br />

primeiro lugar, o amor ajuda aos que amam. Em segundo lugar, ajuda aos que são<br />

amados.<br />

A meu ver... a gente que vem para ver-me sempre me diz: «O outro não me quer. »<br />

Ninguém me diz: «Não quero ao outro. » Amar se converteu em uma exigência: «O<br />

outro não me ama. » te esqueça do outro! O amor é um belo fenômeno, se amas, você<br />

<strong>de</strong>sfrutará.<br />

quanto mais ama, mais lhe amarão. Quanto menos ama e mais exige que lhe amem,<br />

menos lhe amarão, fechará-te cada vez mais, confinado em seu ego. E te voltará<br />

suscetível: embora alguém se aproxime para te querer, terá medo, porque em todo amor<br />

existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rechaçar, <strong>de</strong> recusar.

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