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Revista Dr. Plinio 230

Maio de 2017

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HAGIOGRAFIA<br />

Exemplo<br />

Divulgação (CC3.0)<br />

de força<br />

de alma<br />

Mais importante do que fazer uma imponente obra é edificar<br />

pelo exemplo. Eis a lição tirada por <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> da conturbada<br />

vida da Madre Thérèse-Camille de l’Enfant-Jésus.<br />

Gabriel K.<br />

A24 de julho de 1784, recebia<br />

o véu no Carmelo Mademoiselle<br />

Camille de Soyécourt 1 ,<br />

filha da mais alta nobreza da França.<br />

Jovem, entretanto, tão franzina e acometida,<br />

segundo os médicos, de uma<br />

moléstia incurável do coração, que todos<br />

julgavam não poder permanecer<br />

mais de seis meses no convento. Contudo,<br />

ela não somente sobreviveu muitos<br />

anos como, sem dúvida, sua personalidade<br />

teve destaque notável, embora<br />

desconhecido, na preservação do<br />

Carmelo de Paris durante a Revolução<br />

Francesa.<br />

Familiares guilhotinados<br />

Em 1792, seu convento foi invadido<br />

e as religiosas dispersas. Irmã Ca-<br />

mille, liderando o grupo delas, instalou-se<br />

numa casa, firmemente decidida<br />

a manter vivo o espírito carmelitano.<br />

Denunciada, a pequena comunidade<br />

foi presa. Quando obteve a liberdade,<br />

Mademoiselle de Soyécourt refugiou-se<br />

em casa de sua família, mas<br />

por pouco tempo, pois seus pais e duas<br />

irmãs foram encarcerados.<br />

Após numerosas peripécias, empregou-se<br />

numa fazenda. Durante todo<br />

esse tempo não deixou de cumprir<br />

o mais rigorosamente que pôde os preceitos<br />

do Carmelo: jejuava, recitava o<br />

Ofício nas horas devidas e confessava-<br />

-se, com grande dificuldade, semanalmente,<br />

com um padre refratário.<br />

Um dia teve a notícia da condenação<br />

de seus familiares, todos guilhotinados.<br />

Soube então que sua irmã deixara<br />

um filho, pequeno ainda. Apesar<br />

de sua dolorosa situação, Irmã Camille<br />

foi tutora do sobrinho até a morte.<br />

Expulsa da fazenda onde trabalhava,<br />

pois a morte de seus pais traiu sua<br />

pessoa, a religiosa mendigou algum<br />

tempo. Tendo encontrado uma Irmã<br />

de seu convento, decidiu restabelecer<br />

sua Ordem. Com o dinheiro das esmolas<br />

e com auxílio de padres refratários<br />

obteve a capela de um seminário,<br />

recomeçando os ofícios religiosos.<br />

Copiava e distribuía a Bula<br />

de excomunhão de Napoleão<br />

Terminado o Terror, Mademoiselle<br />

de Soyécourt, então uma figura alta,<br />

pálida, grave e suave, decidiu reobter<br />

para seu sobrinho e para seu con-<br />

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