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Maio/2017 - Referência Florestal 185

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48<br />

NA ESTRADA<br />

Cuidados no<br />

transporte de madeira<br />

TERCEIRIZAÇÃO<br />

Atividade foi<br />

regulamentada<br />

62 ENTREVISTA<br />

Jakob Hirsmark, diretor de<br />

exposição da Elmia Wood<br />

Mais potência<br />

More power for thinning<br />

New head provides efficiency and<br />

economy to forest management<br />

no desbaste<br />

Novo cabeçote traz eficiência<br />

e economia no manejo florestal


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SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES<br />

DA EDIÇÃO<br />

Agroceres ................................................................... 76<br />

Carrocerias Bachiega .............................................. 51<br />

38<br />

Cibio ................................................................................. 29<br />

D’Antonio Equipamentos ..................................... 69<br />

Denis Cimaf ................................................................... 04<br />

Dinagro ........................................................................... 02<br />

Encapp ............................................................................ 33<br />

48<br />

Fenasucro & Agrocana ............................................ 31<br />

Ferro Extra ..................................................................... 23<br />

H Fort ................................................................................ 21<br />

Himev .............................................................................. 45<br />

62<br />

J de Souza ........................................................................ 47<br />

John Deere .................................................................... 09<br />

Liebherr Brasil ............................................................. 11<br />

Editorial<br />

Cartas<br />

Bastidores<br />

Coluna Ivan Tomaselli<br />

Notas<br />

Alta e Baixa<br />

Biomassa<br />

Frases<br />

Entrevista<br />

Principal<br />

Manejo <strong>Florestal</strong><br />

Transporte<br />

Feira<br />

Informe Publicitário<br />

Especial<br />

Artigo<br />

Agenda<br />

Espaço Aberto<br />

10<br />

12<br />

14<br />

16<br />

18<br />

28<br />

30<br />

32<br />

34<br />

38<br />

44<br />

48<br />

54<br />

60<br />

62<br />

66<br />

72<br />

74<br />

Lignum ............................................................................ 27<br />

Lubeco ............................................................................ 69<br />

Maxxi Forest ................................................................. 65<br />

Mill Indústrias .............................................................. 53<br />

Mill Indústrias .............................................................. 67<br />

Raptor <strong>Florestal</strong> .......................................................... 15<br />

Rotobec .......................................................................... 17<br />

Rossin .............................................................................. 57<br />

Timber Forest .............................................................. 06<br />

Tissue World ................................................................. 37<br />

TMO ................................................................................. 75<br />

Usimaq ........................................................................... 71<br />

Ventura Máquinas .................................................... 59<br />

West Rock ...................................................................... 13<br />

Wood Mizer .................................................................. 25<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


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EDITORIAL<br />

Ano XIX - Edição n.º <strong>185</strong> - <strong>Maio</strong> <strong>2017</strong><br />

Year XIX - Edition n.º <strong>185</strong> - May <strong>2017</strong><br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

NA ESTRADA<br />

Cuidados no 48<br />

transporte de madeira<br />

TERCEIRIZAÇÃO<br />

Atividade foi 62 ENTREVISTA<br />

Jakob Hirsmark, diretor de<br />

regulamentada<br />

exposição da Elmia Wood<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XIX • N°<strong>185</strong> • <strong>Maio</strong> <strong>2017</strong><br />

More power for thinning<br />

New head provides efficiency and<br />

economy to forest management<br />

Mais potência<br />

no desbaste<br />

Novo cabeçote traz eficiência<br />

e economia no manejo florestal<br />

O novo cabeçote Nisula 555H<br />

acoplado em escavadeira<br />

customizada pela TMO Forest<br />

estampa a capa da edição<br />

SEM MEDO DE TERCEIRIZAR<br />

Difícil imaginar o setor florestal sem a terceirização. A prestação de serviço, principalmente<br />

na área de colheita, transporte e silvicultura tornou a atividade mais dinâmica<br />

e competitiva. Depois de muitos anos engavetado, por medo de enfrentar a<br />

pressão de sindicatos, o projeto que cria o marco legal foi votado pelo Congresso e<br />

sancionado pela Presidência da República. Hoje, a terceirização tem lastros que afastam<br />

as armadilhas jurídicas e conferem segurança para trabalhadores, prestadores<br />

e contratantes. Acompanhe os principais pontos da lei direcionados ao segmento de<br />

base florestal. Veja também o que foi preparado para a Elmia Wood <strong>2017</strong>. Separamos<br />

dois conteúdos para adiantar o que será novidade em uma das principais feiras<br />

florestais do planeta, que acontece na Suécia, em junho. Leia a entrevista exclusiva<br />

com Jakob Hirsmark, diretor de exposição e a reportagem que antecipa o evento.<br />

Tenha uma ótima leitura!<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Colaboreadores / Colaborators<br />

Fotógrafos: Mauricio de Paula<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

10<br />

WITHOUT FEAR OF OUTSOURCING<br />

It is difficult to imagine the Forest Sector without outsourcing. The provision of services,<br />

mainly in the harvest, transportation and forestry areas has become a more dynamic and competitive<br />

activity. After many years of being shelved for fear of facing pressure from labor unions,<br />

the Bill that creates the legal framework was passed by Congress and sanctioned by the<br />

President of the Republic. Today, outsourcing is such that it avoids the legal pitfalls and provides<br />

security to workers, service providers and contractors. Learn about the main points of the law<br />

as they apply to the Forest-based Sector in the special story on the subject. Also find out what<br />

has been prepared for Elmia Wood. We have prepared two stories that provide in advance what<br />

will be new at one of the main forestry trade fairs on the planet, which takes place in Sweden in<br />

June. Read the exclusive interview with Jakob Hirsmark, Fair Director, and the story that anticipates<br />

the event. Have a pleasant read!<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

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CARTAS<br />

PRESERVAÇÃO<br />

Por João Silvério, Curitiba (PR)<br />

Capa da Edição 184 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de abril de <strong>2017</strong><br />

Muito esclarecedora a reportagem sobre araucárias.<br />

Proibir o corte não é o caminho certo para preservar a<br />

espécie. Tudo que gera lucro tem a perpetuação garantida.<br />

Parabéns REFERÊNCIA, continuem abordando este tema,<br />

quanto mais informação melhor.<br />

GRINGOS<br />

Por Moisés Pires, Sinop (MT)<br />

Bastante pertinente a entrevista<br />

a respeito do setor florestal na<br />

Alemanha. Muito interessante<br />

saber as ferramentas que<br />

outros países têm. Informação<br />

é sempre bom e ajuda a evoluir<br />

nosso setor por aqui também.<br />

PEQUENA VILÃ<br />

Por Danilo Correia, Telêmaco Borba (PR)<br />

Parabéns à REFERÊNCIA por sempre trazer alternativas de<br />

combate às formigas cortadeiras. Embora pequenas, são<br />

grandes vilãs que podem colocar tudo a perder.<br />

Imagem: reprodução<br />

PARABÉNS<br />

Por Marlos Machado,<br />

Catalão (GO)<br />

Muito completa a última<br />

edição da REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL. Acredito que<br />

seja muito trabalhoso<br />

produzir uma Revista<br />

técnica e de tamanha<br />

qualidade. Parabéns equipe! Continuem na labuta.<br />

Foto: divulgação<br />

Imagem: reprodução<br />

XÔ PRAGAS<br />

Por Rebeca Vichoski, Blumenau (SC)<br />

Gostaria de sugerir uma reportagem sobre as principais<br />

pragas que atingem as plantações de pinus e eucalipto,<br />

bem como seus combates e controle. Sou estudante de<br />

Engenharia <strong>Florestal</strong> e sempre leio a Revista.<br />

Foto: divulgação Foto: REFERÊNCIA<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista do<br />

Setor <strong>Florestal</strong> ou a respeito de reportagem<br />

produzida pelo veículo.<br />

12<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Divisão <strong>Florestal</strong> WestRock<br />

Biotecnologia, Melhoramento Genético e Manejo <strong>Florestal</strong> Certificado<br />

A MWV, empresa da qual a Rigesa fazia parte, uniu-se a outra empresa global, a RockTenn, e agora, juntas, são WestRock.<br />

Em <strong>2017</strong>, comemoramos 75 anos de história no Brasil, com profundo conhecimento do mercado e com total respeito ao meio ambiente.<br />

Nossas florestas de Pinus e Eucalyptus são desenvolvidas a partir de avançadas técnicas de biotecnologia, melhoramento genético<br />

e de práticas silviculturais. Tudo isso, aliado à tradição e qualidade Rigesa em que você confia, permitindo que nossas florestas<br />

alcancem índices de produtividade acima da média nacional e mundial, obedecendo a rigorosos critérios de manejo responsável.<br />

Além disso, somos certificados pelo CERFLOR® e pelo FSC®, que comprovam nossa atuação ecologicamente adequada,<br />

socialmente justa e economicamente viável.<br />

Para mais informações, consulte nosso time comercial: produtosflorestais@westrock.com ou pelo telefone 0800 644 5400.<br />

Divisão <strong>Florestal</strong> WestRock: investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento florestal.<br />

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BASTIDORES<br />

CHARGE<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

REVISTA<br />

ENCONTRO INTERNACIONAL<br />

Viajamos para Caçador (SC)<br />

onde registramos a visita dos<br />

proprietários da fabricante<br />

finlandesa de equipamentos<br />

florestais Nisula á sede da TMO<br />

Forest. Saiba de mais detalhes<br />

deste encontro e do novo<br />

cabeçote harvester da marca<br />

na reportagem de capa desta<br />

edição.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Visita dos representantes<br />

finlandeses à operação de<br />

desbaste de pinus de um<br />

cliente da Nisula e da TMO<br />

Forest na região de Santa<br />

Catarina<br />

Diretoria da Nisula e da<br />

TMO Forest na sede da<br />

empresa em Caçador (SC)<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

14<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Os melhores implementos<br />

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Os fueiros RAPTOR ® são os mais leves do mercado, fabricados com a<br />

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Estas qualidades o levaram a equipar os melhores implementos<br />

florestais. Veja o que dizem os nossos clientes:<br />

Vagner Laércio Gomes<br />

Diretor Comercial/Sergomel Mecânica Industrial<br />

Oswaldo Ilceu Gomes<br />

Diretor Presidente/Sergomel Mecânica Industrial<br />

“Nossa empresa foi uma das primeiras a equipar seus implementos com<br />

os fueiros RAPTOR®. O produto desta foto ficou em teste e foi aprovado<br />

junto ao nosso importante cliente ELDORADO BRASIL, empresa de<br />

celulose. Este equipamento em especial está em operação há mais de<br />

um ano, o que evidencia o sucesso<br />

desta parceria.”<br />

Crédito das fotos: Flávia Guedes Rocha<br />

+55 54 3290.4800 | comercial@raptorflorestal.com.br | www.raptorflorestal.com.br


COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

IMPORTÂNCIA DO MANEJO DE<br />

FLORESTAS PLANTADAS PARA<br />

MELHORAR A RENTABILIDADE<br />

Escolha do material genético e espécie têm impacto direto no<br />

retorno do negócio<br />

U<br />

ma decisão na fase de implantação de um plantio<br />

florestal é a seleção da espécie e o material genético.<br />

A espécie, e também o material genético, devem<br />

ser selecionados considerando, em princípio, as condições<br />

de clima e solo da área de plantio. Esta adaptação ao clima e<br />

solo influenciam na produtividade, na forma da árvore e na<br />

resistência a pragas e doenças. Existem ainda outros fatores a<br />

serem considerados, como as propriedades e características<br />

da madeira, e a demanda de mercado.<br />

Selecionar uma espécie de alta produtividade para as<br />

condições locais, e que produza madeira de qualidade compatível<br />

com a demanda de mercado é, portanto, decisão<br />

importante para investidores em plantios florestais. Esta<br />

seleção tem implicações na rentabilidade e na mitigação de<br />

riscos dos investimentos em plantios florestais.<br />

Uma vez implantado, os plantios devem ser manejados.<br />

O manejo deve também conduzir os plantios para produção<br />

do material adequado à demanda de mercado, no menor<br />

prazo possível e com o menor risco. Existem diversas opções<br />

a serem consideradas, e que têm influência na qualidade<br />

da madeira.<br />

Mercado no qual a demanda de madeira de processo<br />

(toras finas) é reduzida, por exemplo, requer a adoção de<br />

plantios de menor densidade já na implantação, e o manejo<br />

deve considerar desbastes para favorecer a produção de<br />

madeira de maior diâmetro, destinada a atender a indústria<br />

de produtos de madeira sólida.<br />

Este tem sido o caso de plantios de Eucalyptus na Argentina,<br />

onde uma densidade de 600 árvores por ha (hectare)<br />

tem sido considerada na fase de plantio, com desbastes no<br />

5º e 8º anos, e corte raso no 12º ano. Nesta idade final os<br />

plantios têm cerca de 100 a 140 árvores por ha, com um<br />

volume médio por árvore de 1,5 m³ (metro cúbico). Com<br />

esta opção os investidores argentinos têm melhorado a<br />

rentabilidade de plantios em regiões onde a demanda de<br />

madeira de Eucalyptus para processo é reduzida, como é o<br />

caso das Províncias de Misiones e Corrientes.<br />

Outra opção de manejo é a poda. Esta técnica considera<br />

a remoção dos galhos, e é utilizada para produzir madeira<br />

livre de nós (madeira clear). Esta é importante para determinadas<br />

aplicações como: na produção de faqueados, para<br />

lâminas torneadas ou para serrados utilizados para produtos<br />

de valor agregado (componentes de móveis, esquadrias,<br />

pisos e outros).<br />

A poda, no entanto, tem um custo elevado e é necessária<br />

uma análise criteriosa para adotar esta técnica de manejo. O<br />

custo da poda é afetado, em especial, pela técnica adotada,<br />

pela quantidade de galhos a serem removidos e pela altura<br />

de aplicação da poda. Em geral é recomendado considerar<br />

a aplicação da poda somente em indivíduos que serão destinados<br />

à indústria de produtos de madeira sólida de alto<br />

valor, evitando podar os que serão destinados à madeira<br />

de processo. De qualquer forma, a poda ganha importância<br />

no caso de plantios de espécies que produzam madeira de<br />

valor mais alto, como é o caso da teca ou do mogno africano.<br />

Tanto a seleção de espécies e do material genético utilizados<br />

em plantios florestais, bem como as decisões relacionadas<br />

ao manejo (densidade dos plantios, poda e outras),<br />

devem ser baseadas em análises técnicas, econômicas e<br />

financeiras. Estas decisões dependem de uma grande gama<br />

de variáveis e, portanto, é necessário o envolvimento de<br />

profissional com conhecimento e experiência.<br />

A poda ganha importância no caso de plantios de espécies que<br />

produzam madeira de valor mais alto, como é o caso da teca<br />

ou do mogno africano<br />

16<br />

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apreciadas no segmento florestal por sua NOTÁVEL CONFIABILIDADE.<br />

Elas proporcionam uma maior abertura das mandíbulas do que os<br />

equipamentos da concorrência, agarrando e rolando as toras para o seu<br />

interior sem a necessidade de se abaixar a lança da máquina sobre a pilha.<br />

Com a imbatível Garantia ROTOBEC de 3.000 horas, as GARRAS DE<br />

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NOTAS<br />

APLICATIVO<br />

PARA PONTO<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

A Duratex acaba de desenvolver uma solução que facilitará<br />

o dia a dia dos colaboradores da unidade <strong>Florestal</strong><br />

Botucatu (SP) que atuam no campo. A partir de agora,<br />

eles passam a registrar a entrada e a saída do trabalho<br />

por meio de um aplicativo instalado em smartphones<br />

fixados nos veículos, ônibus e vans que os levam até à<br />

floresta. Os aparelhos fazem a leitura do crachá de cada<br />

colaborador quando ele chega para trabalhar e no momento<br />

do retorno para casa. Com a nova tecnologia, os<br />

dados são transmitidos automaticamente para a área de<br />

RH (Recursos Humanos) e incluídos no sistema de gestão da Duratex. No passado, as informações dos funcionários eram<br />

consolidadas em um coletor portátil e descarregadas, manualmente, a cada 15 dias por um profissional da área de RH.<br />

ILPF ARMAZENA CO ²<br />

SIMILAR À MATA NATIVA<br />

Em apenas quatro anos agrícolas, a Ilpf (integração lavoura-pecuária-floresta) foi capaz de acumular quantidades de<br />

carbono no solo similares ao estoque de áreas de mata nativa em equilíbrio. O dado é resultado de uma pesquisa desenvolvida<br />

na Embrapa Agrossilvipastoril (MT) que monitorou<br />

três diferentes sistemas da modalidade: uma área com<br />

sistema agropastoril e duas com sistema agrossilvipastoril,<br />

a primeira com renques de árvores espaçados em 50 m<br />

(metros) e a outra em 15 m. Um dos fatores percebidos é<br />

que a presença de árvores no sistema produtivo contribui<br />

para aumentar o estoque de carbono. A interação dos<br />

componentes e o fato da árvore possuir raízes ainda mais<br />

profundas que as braquiárias complementam o aporte<br />

de matéria orgânica. Porém, a presença de árvores em<br />

espaçamento mais estreito, reduzindo a entrada de luz,<br />

provoca o menor acúmulo de matéria orgânica. “A sombra<br />

é interessante? Sim. Mas deve haver um equilíbrio entre<br />

o excesso de sombra e a ausência dela”, destaca Eduardo<br />

Matos, pesquisador.<br />

Foto: divulgação<br />

18<br />

www.referenciaflorestal.com.br


REFLORESTAR<br />

ÁREA EM<br />

MARIANA<br />

EXIGIRÁ MILHÕES<br />

Foto: divulgação<br />

Para reflorestar os 40 mil ha (hectares) de vegetação<br />

impactados pela tragédia de Mariana (MG) serão necessários<br />

até 20 milhões de mudas nativas, principalmente da Mata Atlântica. Essa é a estimativa inicial da Fundação Renova,<br />

criada pela mineradora Samarco para gerir as ações de reparação dos danos causados no episódio. Para atender a<br />

demanda, teve início um levantamento dos viveiros de mudas existentes ao longo da bacia do Rio Doce. A tragédia de<br />

Mariana ocorreu em 5 de novembro de 2015, quando o rompimento na barragem de Fundão, pertencente à Samarco,<br />

liberou no ambiente mais de 60 milhões de m³ (metros cúbicos) de rejeitos. Além de devastar a vegetação nativa, a lama<br />

poluiu a bacia do Rio Doce, destruiu comunidades e provocou a morte de 19 pessoas. O plano de restauração florestal<br />

prevê o plantio direto de 10 mil ha. Nos demais 30 mil ha, seria conduzida uma regeneração natural. O trabalho também<br />

abrangerá 5 mil nascentes, que receberão o plantio de árvores no entorno. A estimativa é que apenas a compra das<br />

mudas possa chegar a R$ 50 milhões.<br />

INCENTIVOS<br />

FISCAIS<br />

Foi aprovada pela Comissão de Meio Ambiente do Senado<br />

proposta que busca incentivar a exploração de florestas plantadas.<br />

O projeto (PLS 115/2015) concede estímulos fiscais à<br />

exploração de florestas fora das APPs (Áreas de Preservação<br />

Permanente) e RL (Reserva Legal) previstas no Código <strong>Florestal</strong>.<br />

O texto segue agora para a Comissão de Assuntos Econômicos,<br />

na qual receberá decisão terminativa. A proposta aprovada prevê<br />

a concessão de benefícios como a isenção do ITR (Imposto<br />

sobre a Propriedade Territorial Rural) equivalente ao quádruplo<br />

da área explorada, além de redução de taxas de juros e encargos<br />

em financiamentos voltados aos cultivos e deduções no imposto<br />

de renda, limitadas a 20% do valor devido ao ano.<br />

Foto: arquivo<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

19


NOTAS<br />

VENDA<br />

SUSPENSA<br />

Foto: divulgação<br />

A Justiça paulista acatou um pedido do Ministério Público<br />

Estadual e concedeu liminar suspendendo o chamamento público<br />

de interessados na venda e concessão de 34 áreas do Instituto <strong>Florestal</strong>,<br />

como estações experimentais, florestas e hortos. A liminar<br />

também susta a aplicação de lei estadual (16.260/16) aprovada no<br />

ano passado que já autorizava a concessão para exploração comercial<br />

madeireira de alguns desses locais. O pedido feito por Marcos<br />

Stefani, promotor de Justiça do Meio Ambiente da Capital, defende<br />

que essas áreas, criadas essencialmente para fins de pesquisa e<br />

produção madeireira de pinus e eucalipto, em vez de vendidas,<br />

deveriam ser convertidas em vegetação nativa, em especial de<br />

cerrado, e transformadas em unidades de conservação. Em janeiro,<br />

alegando que muitas dessas 34 áreas já deixaram de ser produtivas e<br />

que os custos para mantê-las são muito altos, a Secretaria Estadual<br />

do Meio Ambiente lançou um chamamento para checar se haveria<br />

interessados em sua venda ou concessão.<br />

FINANCIAMENTO<br />

INÉDITO PARA<br />

SILVICULTURA<br />

A Suzano Papel e Celulose contará com recursos<br />

da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para<br />

investir em iniciativas de ganho de produtividade nas<br />

atividades florestais. O financiamento de R$ 21,2 milhões,<br />

já aprovado, será destinado a quatro grupos de<br />

projetos: plantio e irrigação automatizada, destoca e<br />

automatização do combate de plantas invasoras. Esta<br />

é a primeira vez que a companhia obtém recursos do<br />

Finep para investimentos na área de silvicultura. Esses<br />

projetos estão inseridos no programa de Competitividade Estrutural da Silvicultura, iniciado há mais de dois anos dentro<br />

da Suzano. Trata-se de um conjunto de iniciativas para ampliar a eficiência no aproveitamento da água para irrigação e na<br />

aplicação de herbicidas. Entre elas está o desenvolvimento de plantadoras e outros equipamentos automatizados, uma<br />

parceria envolvendo a Suzano e fabricantes de máquinas nacionais e estrangeiros. Também inclui a adoção de novas tecnologias<br />

para a retirada do toco que permitirá o aproveitamento dos resíduos. O financiamento terá custo equiparável à<br />

Tjlp (Taxa de Juros de Longo Prazo), acrescida de 3% ao ano, com prazo total de dez anos, incluindo três anos de carência.<br />

Foto: Suzano<br />

20<br />

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NOTAS<br />

DINÂMICA DA<br />

FLORESTA<br />

AMAZÔNICA<br />

Foto: arquivo<br />

Pesquisadores do Instituto Mamirauá estão monitorando duas<br />

áreas de uma unidade de conservação no Amazonas, com o objetivo<br />

de avaliar a dinâmica florestal em ambientes com diferentes níveis<br />

de alagação. Em parceria, pesquisadores do Inpe ( Instituto Nacional<br />

de Pesquisas Espaciais) estão testando e validando os dados de um<br />

sensor de georreferenciamento para estimar a biomassa da floresta.<br />

“Com o monitoramento das parcelas permanentes, comparamos os<br />

ambientes de várzea alta e baixa para verificar se há diferenças na<br />

dinâmica e composição da estrutura florestal desses dois ambientes.<br />

Buscamos, também, entender quanto de carbono a floresta<br />

sequestra, se ela realmente estoca ou não e o quanto de biomassa lenhosa ela está produzindo”, comentou Tamara Felipim,<br />

do Grupo de Pesquisa de Ecologia <strong>Florestal</strong> do Instituto Mamirauá – que atua como uma unidade de pesquisa do Ministério<br />

da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação.<br />

CLONE<br />

PIRATA<br />

A Veracel Celulose divulgou uma nota à imprensa para comunicar<br />

que um dos clones desenvolvidos pelo Programa de Melhoramento<br />

Genético, o VCC 975, foi plantado sem sua autorização e<br />

fora de suas propriedades e de seus parceiros florestais. A Veracel<br />

informa ainda que não fornecerá o certificado de origem do clone<br />

VCC 975, registrado sob número 22126 no Registro Nacional de<br />

Cultivares – RNC, em outubro de 2007, a pretendentes que não fazem<br />

parte do seu Programa Produtor <strong>Florestal</strong>. A empresa reforça<br />

que a multiplicação genética de qualquer material de propriedade<br />

da Veracel, de forma ilegal e sem o consentimento da empresa,<br />

viola o artigo 225, parágrafo 1º, II, da Constituição, e é passível<br />

inclusive de ação judicial.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

22<br />

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NOTAS<br />

COMBATE À<br />

VESPA-DA-MADEIRA<br />

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) está<br />

disponibilizando aos produtores de pinus doses de nematoides<br />

(Deladenus siricidicola) para combate à Vespa-da-Madeira. A Sirex<br />

noctilio (nome científico da vespa) é uma praga exótica que chegou<br />

ao Brasil acidentalmente durante a década de 1980. Ela ataca exclusivamente<br />

plantios de pinus, depositando ovos nos troncos que, ao<br />

se transformarem em larvas, comprometem o desenvolvimento das<br />

árvores. Os alvos prediletos são plantios sem manejo. Copa amarelada<br />

e respingos de resina no tronco são indícios de infestação. Ao<br />

verificar qualquer sinal que indique a presença da vespa, o produtor<br />

deve comunicar à Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento<br />

Agrícola de Santa Catarina) ou à Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária<br />

e Extensão Rural de Santa Catarina) mais próxima.<br />

Foto: Valterci Santos<br />

PLANO SAFRA<br />

PARA FLORESTAIS<br />

Previsto no Plano Safra 2015/2016, e novamente<br />

nas linhas apresentadas pelo governo federal este<br />

ano, o crédito para financiamento de custeio para<br />

tratos culturais, desbastes e condução de florestas<br />

plantadas ainda precisa ser regulamentado para garantir<br />

o acesso de pequenos e médios produtores.<br />

O pleito foi apresentado pela Apre (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) à Câmara<br />

Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento, no início de abril, e a pauta foi acolhida. "Isso vai viabilizar que os pequenos e médios<br />

produtores executem as operações de desbaste, garantindo a produção de toras para uso em serrarias nos próximos 10<br />

anos. Como o preço da madeira fina atualmente se aproxima dos custos do desbaste, o produtor deixa de fazer essa etapa<br />

ou a adia, o que pode gerar um desabastecimento de toras grossas no futuro para a indústria de madeira", afirma o executivo<br />

da Apre. Hoje, cerca de 30% da produção florestal do Paraná vêm de pequenos e médios produtores.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

24<br />

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PRODUÇÃO & LUCRO<br />

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NOTAS<br />

FÓRUM DEBATE<br />

METAS GLOBAIS<br />

PARA SETOR<br />

FLORESTAL<br />

Foto: arquivo<br />

Expandir em 3% o crescimento de florestas em todo o<br />

mundo, o correspondente a uma área de 120 milhões de<br />

ha (hectares) é uma das principais metas da 12ª sessão do<br />

Fórum sobre Florestas da ONU (Organização das Nações<br />

Unidas), realizado em maio na sede da ONU, em Nova York.<br />

O evento analisou a implementação das metas globais das<br />

florestas e como alcançar os objetivos da agenda para o setor até 2030. O Fórum sobre Florestas tem como tarefa fornecer<br />

uma plataforma global de ações para o gerenciamento sustentável das matas, evitando degradação e desmatamento. Os<br />

seis objetivos globais para o setor contribuem para o avanço da Agenda 2030 da ONU e também para responder às Metas<br />

de Biodiversidade de Aichi (plano que busca estabelecer ações para deter a perda da biodiversidade planetária), aprovado<br />

durante a COP-10 (10ª Conferência da Convenção sobre Diversidade Biológica), realizada na província japonesa e ao próprio<br />

Acordo de Paris, de mudança climática.<br />

INDÚSTRIA PROCURA<br />

BRASILEIROS<br />

Desde setembro de 2015, uma série de missões<br />

de Matchmaking de Negócios, uma iniciativa da UE<br />

(União Europeia), está acontecendo no Brasil. O objetivo<br />

é aproximar empresas brasileiras, cujas atividades<br />

envolvem geração de carbono, aos 28 Estados membros<br />

da UE suas tecnologias e soluções para emissão<br />

de gases do efeito estufa. A Abaf (Associação Baiana<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) e a ACR (Associação<br />

Catarinense de Empresas Florestais) foram convidadas para participar de uma reunião sobre Agricultura de Baixo Carbono<br />

na primeira semana de maio em Ribeirão Preto (SP). Integraram o encontro 15 empresas da União Europeia (de países como<br />

Romênia, Itália, França, Alemanha, Polônia, Eslovênia) e 20 brasileiras. O primeiro compromisso abordou o desenvolvimento<br />

de tecnologia para secagem de madeiras duras. O monitoramento para prevenção de incêndios foi outro tópico importante.<br />

Houve ainda prospecção de negócios e troca de contatos comerciais entre empresas nacionais de europeias.<br />

Foto: divulgação<br />

26<br />

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ALTA E BAIXA<br />

CONHEÇA O SETOR FLORESTAL<br />

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) iniciou uma campanha de fortalecimento do setor<br />

florestal. Entre diversas ações, está programada a divulgação de pequenos filmes, com sessenta segundos<br />

de duração, que apresentam dados e informações sobre o tamanho do setor de base florestal e madeireira<br />

em Santa Catarina. O FlorestaSC também aborda a importância que a madeira e seus derivados<br />

têm para a população. O primeiro filme, lançado em abril, tem como apoiadores as associadas<br />

Komatsu, ArborGen, Timber Forest e Minusa Forest.<br />

ALTA<br />

MAIS MADEIRA NATIVA<br />

O governo do Amazonas está ampliando a assistência técnica florestal aos agricultores familiares com<br />

projetos voltados para a reposição florestal no cultivo de pau-rosa, mogno e espécies frutíferas, como<br />

o açaí. O trabalho segue as diretrizes da nova matriz econômica ambiental que propõe uma economia<br />

focada no desenvolvimento das potencialidades e riquezas locais com foco na piscicultura, fruticultura,<br />

fármacos, cosméticos, mineração e manejo florestal.<br />

FROUXIDÃO ACELERA DESMATAMENTO NA ÁFRICA<br />

Um estudo publicado na revista Environmental Research Letters, mostra que o aumento da demanda<br />

global por produtos como café, óleo de palma e chocolate faz com que os agricultores avancem sobre<br />

a floresta tropical na África. Apesar destes alimentos serem amplamente cultivados também em outras<br />

regiões, na África a legislação é menos restritiva. De acordo com os autores do estudo, todos os anos,<br />

aquele Continente perde cerca de 4 milhões de ha (hectares) de florestas. “O impacto sobre a bacia do<br />

Congo, o segundo maior país tropical do mundo, mostra que o dano é catastrófico para a população local."<br />

BAIXA<br />

COMO É?<br />

Com um texto bastante confuso, a agência de notícias da Câmara dos Deputados divulgou a<br />

realização da audiência pública solicitada pelo deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) para tratar<br />

dos impactos sociais e ambientais do setor de celulose e papel. Enquanto um trecho afirma: “o<br />

setor gera mais de 2 milhões de empregos, contribui com mais de US$ 20 bilhões para o PIB (Produto<br />

Interno Bruto), exporta mais de US$ 4 bilhões (8% do agronegócio) e contribui com US$ 3 bilhões<br />

em impostos, ao ano.” Outro descreve: “Nilto Tatto destaca que a produção de eucalipto é responsável<br />

por causar esgotamento das águas nas áreas de plantação e também de prejudicar a biodiversidade no<br />

local.”<br />

28<br />

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BIOMASSA<br />

BIOCOMBUSTÍVEIS<br />

FLORESTAIS<br />

A<br />

Comissão de Minas e Energia aprovou a criação de<br />

uma política nacional de biocombustíveis florestais.<br />

A medida está prevista no Projeto de Lei 1291/15,<br />

cujo objetivo é ampliar a participação desses combustíveis<br />

na matriz energética brasileira, além de promover o cultivo<br />

de florestas plantadas com potencial energético e a produção<br />

sustentável de biocombustíveis. “A humanidade tem se atentado<br />

para a importância do zelo com o meio ambiente, ao<br />

mesmo tempo em que verifica que a produção sem sustentabilidade<br />

certamente levará à escassez dos recursos naturais”,<br />

afirma o deputado Marcelo Álvaro Antônio (PR-MG), relator<br />

do projeto. A proposta considera biocombustíveis florestais<br />

os combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos produzidos a<br />

partir da biomassa florestal, como lenha e carvão vegetal.<br />

Foto: divulgação<br />

CANADÁ SUBSTITUI CARVÃO POR<br />

BIOMASSA FLORESTAL<br />

A<br />

província de Alberta, no Canadá, busca<br />

substituir suas usinas de queima de<br />

carvão para combustível de biomassa, e<br />

assim cumprir metas climáticas a um custo baixo,<br />

já aproveitando a infraestrutura de queima de<br />

carvão existente. O artigo desenvolvido por pesquisadores<br />

da Universidade de Victoria mostra<br />

que a produção de energia a partir de florestas<br />

energéticas é uma alternativa para diminuir a<br />

quantidade de combustível fóssil, além de consolidar<br />

o sistema em energia renovável. “A biomassa,<br />

que atualmente representa apenas 3% da<br />

geração de energia na província, poderia permitir<br />

que Alberta alimente a transição para a energia<br />

renovável, ao mesmo tempo em que oferece<br />

flexibilidade e capacidade firme para manter a<br />

confiabilidade do sistema”, descreve a pesquisa.<br />

Foto: divulgação<br />

30<br />

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FRASES<br />

Biocombustíveis<br />

florestais são<br />

fontes alternativas<br />

aos combustíveis<br />

fósseis,<br />

notadamente<br />

viáveis, eficazes e<br />

baratas, além de<br />

serem recursos<br />

energéticos<br />

renováveis de<br />

energia limpa<br />

Será fundamental para contribuir com o<br />

desenvolvimento sustentável do país, no momento<br />

em que o mundo combate as mudanças climáticas<br />

Elizabeth de Carvalhaes, que assume a presidência da Comissão de Meio Ambiente<br />

e Energia da CCI (Câmara de Comércio Internacional)<br />

Esse é o avanço que o Governo do Amazonas<br />

quer promover no setor florestal, um dos eixos<br />

fundamentais da nova Matriz Econômica Ambiental<br />

Guiliano Piotto Guimarães, chefe do departamento de gestão ambiental e<br />

territorial da Sema-AM (Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Amazonas),<br />

sobre o início de concessão das florestas públicas no Estado<br />

Deputado Luiz Fernando Faria (PP-<br />

MG). O parlamentar quer ampliar<br />

o uso de biomassa florestal para a<br />

produção de energia no país<br />

Nós regulamentamos, o produtor fez o CAR<br />

(Cadastro Ambiental Rural) e já concordou que tem<br />

que preservar 50% de sua propriedade. E, agora,<br />

vem um projeto e pode modificar tudo?<br />

Secretário da Semagro do Mato Grosso do Sul (Secretaria de Estado de Meio<br />

Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime<br />

Verruck, questionando o Projeto de Lei 750, que tramita no Senado Federal e<br />

estabelece restrições de uso do Pantanal<br />

Nossa preocupação maior é o fluxo. Aí chegam<br />

lá 100 caminhões, será que eles vão ter gente<br />

suficiente para fazer a verificação?<br />

Foto: divulgação<br />

Presidente do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do<br />

Estado), Sigfrid Kirsch, sobre o controle do CIM (Certificados de Identificação<br />

de Madeira) para transporte interestadual de produtos florestais extraídos no<br />

território mato-grossense<br />

32<br />

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ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Jakob Hirsmark<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

14 de fevereiro de 1977, em Kristianstad (Suécia)<br />

February 14, 1977, Kristianstad (Sweden)<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor de exposição da Elmia Wood<br />

Manager of Elmia Wood<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Mestre em Ciências Florestais pela Universidade Sueca de Ciências em Agricultura<br />

MSc. Forests, Agricultural Sciences University of Sweden<br />

Tudo sobre máquinas<br />

All about machines<br />

O<br />

peradores competindo para ver quem é o mais habilidoso<br />

no comando de um forwarder, motosserra e<br />

até machados. Estes são alguns dos atrativos da Elmia<br />

Wood <strong>2017</strong>, um dos maiores eventos do setor florestal do mundo<br />

que acontece na cidade sueca de Jönköping. Conversamos com<br />

o diretor da feira, Jakob Hirsmark. Ele contou as novidades e os<br />

grandes avanços do evento para manter o nível internacional. As<br />

soluções tecnológicas se destacam em um enorme percurso que<br />

aumentou de tamanho em relação à edição anterior, realizada<br />

há quatro anos.<br />

P<br />

rofessional operators competing to see who is the<br />

most skilled in handing a forwarder, chainsaw or even<br />

an ax. These are some of the attractions of Elmia<br />

Wood <strong>2017</strong>, one of the biggest events for the Forest Sector in<br />

the world,which takes place in the Swedish town of Jönköping.<br />

We talkedto Jakob Hirsmark,Fair Manager. He gave us news<br />

about the event and the advances made to keep upits international<br />

interest. Technological solutions highlightthe path that<br />

has increased the size with respect to the previous fair, held<br />

four years ago.<br />

34<br />

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A Elmia Wood <strong>2017</strong> está cheia de novidades. Poderia falar um<br />

pouco sobre elas e por que foram necessárias?<br />

Este ano expandimos a feira com uma área completamente nova,<br />

a oeste da feira original. Esta área, chamada de Carregamento e<br />

Transporte, trata da logística no trajeto da floresta para a indústria.<br />

Construção e manutenção de estradas florestais, transporte<br />

e manipulação de biomassa florestal são os segmentos enfocados.<br />

Acrescentamos esta área devido ao interesse dos visitantes<br />

no último evento. Cerca de 10% dos visitantes da última Elmia<br />

Wood estavam interessados nestes segmentos, e hoje temos 70<br />

expositores que fornecem produtos e serviços para este setor.<br />

Poderia nos contar um pouco sobre a história da Elmia até<br />

chegar ao mega evento de hoje?<br />

Elmia começou em 1958 como uma feira agrícola ao ar livre.<br />

Desenvolveu-se e, em 1970, foi dividida em duas feiras diferentes;<br />

uma feira agrícola e outra florestal. Em 1975, a feira, que era<br />

estática, foi transferida para dentro da floresta, naquela época<br />

com 26 expositores e 4.500 visitantes. Cresceu rapidamente e<br />

em 1997 chegou a quase 500 expositores e 50 mill visitantes.<br />

Este ano, quebramos o recorde e já registramos mais de 550<br />

expositores de 28 países. Posso garantir que haverá muitas<br />

novidades, não se trata da mesma feira de quatro anos atrás, já<br />

que 190 expositores são novos. Também houve investimentos<br />

em novas áreas, quatro novos restaurantes, logística melhorada<br />

e uma entrada completamente diferente. A tenda principal do<br />

evento, construída em forma de cúpula, também é nova.<br />

Algumas feiras ao redor do mundo estão perdendo visitantes.<br />

Como você observa Elmia Wood neste contexto?<br />

O setor florestal mundial está aumentando em eficiência continuamente,<br />

por isso menos pessoas fazem o mesmo trabalho<br />

a cada ano. Isto significa que o universo total de pessoas que<br />

podemos atrair diminui toda vez que começamos uma nova<br />

feira. Elmia Wood não é exceção, mas sendo a maior feira<br />

florestal do mundo e líder no segmento, ela tem conseguido<br />

manter o número de visitantes em cerca de 50 mil nas últimas<br />

duas décadas.<br />

O que é o foco da Elmia Wood, hoje? Como ser diferente dos<br />

outros?<br />

Este ano destacamos o aspecto internacional da Elmia Wood. Ela<br />

é a mais global de todas as feiras de negócios florestais, com expositores<br />

de cinco continentes e visitantes de seis. É o local onde<br />

Elmia Wood <strong>2017</strong> has some innovations. Could you talk about<br />

them and why they had to be done?<br />

This year we have expanded with a completely new area, to the<br />

west of the original trade fair. This area, called Load & Transport,<br />

is about the logistics from the forest to the industry. Construction<br />

and maintenance of forest roads, transportation and handling<br />

of woody biomass are segments here. We added this area due<br />

to visitor interests in the latest event. About 10% of the visitors<br />

at the last Elmia Wood were most interested in these segments,<br />

and today we have 70 exhibitors who provide services and products<br />

for them.<br />

Could you tell us the timeline of Elmia (how it started, how<br />

many visitors, exhibitors, local...) until today?<br />

Elmia started in 1958 as an agricultural outdoor fair. It developed,<br />

and in 1970, it was divided into two different fairs; one agricultural<br />

fair and one forestry fair. In 1975, the forestry fair was<br />

moved out into the forest, and by then it had 26 exhibitors and<br />

4500 visitors. It grew rapidly and in 1997 it reached almost 500<br />

exhibitors and 50 thousand visitors. This year, we are breaking<br />

the old record by having over 550 exhibitors from 28 countries.<br />

It is not the same fair as the last fair, since 190 of the exhibitors<br />

are new. There has also been investments in new areas, four new<br />

restaurants, some enhanced logistics and a completely different<br />

entrance. The event tent, built as a dome, is also a new feature.<br />

Some fairs around the world are losing visitors. How do you<br />

place Elmia Wood in this context?<br />

The global forestry sector is increasing its efficiency continuously,<br />

whereby less people do the same work from year to year. This<br />

means that the total population from which we attract visitors<br />

has decreased every time we start a new fair. Elmia Wood is no<br />

exception, here, but being the world’s leading forestry fair it has<br />

managed to keep its visiting numbers around 50 thousand the<br />

last two decades.<br />

What is the focus of Elmia Wood,today? How is it different<br />

from othertrade fairs?<br />

This year we emphasize the international aspect of Elmia Wood.<br />

This is the most global of all forestry trade fairs, with exhibitors<br />

from five continents and visitors from six. This is where all forestry<br />

machines and equipment for all types of terrain will be shown.<br />

The demonstrations are also something that stick out. We are<br />

increasing the demo areasfrom 110 thousand to 140 thousand<br />

"Este ano, quebramos o recorde e já registramos<br />

mais de 550 expositores de 28 países"<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

35


ENTREVISTA<br />

serão mostradas todas as máquinas florestais e equipamentos<br />

para todos os tipos de terreno. As demonstrações também são<br />

um grande destaque. Estamos aumentando de 110 mil para 140<br />

mil m² (metros quadrados) a área de demonstração, na qual os<br />

expositores podem apresentar as máquinas em operação. No<br />

total, aguardamos a exibição de 120 máquinas. Carregamento<br />

e Transporte, Área do Drone e Caçada são três novas áreas. Nós<br />

também teremos muitos seminários interessantes na Barraca<br />

de Eventos.<br />

Quais são seus conselhos para os visitantes não perderem nada<br />

e como a organização se planejou para facilitar a visitação?<br />

Para aproveitar a feira ao máximo e não perder nada recomendo<br />

ficar dois dias. Existem muitas coisas para ver e pessoas para<br />

conhecer. Para o tornar mais fácil para o visitante, agrupamos<br />

agora os expositores de acordo com 10 categorias de produto.<br />

Isto torna o planejamento da visitação muito mais fácil do que<br />

antes. A visita pode ser antecipada por meio do nosso site, onde<br />

os visitantes escolhem os pontos do seu programa e expositores<br />

com produtos do seu interesse.<br />

Acha que os drones podem ser utilizados em outras atividades<br />

além de monitoramento da floresta, como plantar sementes<br />

ou mudas? Veremos isso na feira?<br />

Os drones podem ser usados para muitas aplicações interessantes.<br />

Animais selvagens podem ser contabilizados usando<br />

tecnologia IR Code, por exemplo. Na Suécia, houve testes para<br />

contar alces nos campos, usando um programa de computador<br />

que pode diferenciar os filhotes das mães. Sementes sendo<br />

espalhadas por drones parece muito interessante. Mas, meu<br />

palpite, é que o planejamento, provavelmente, vai dominar o<br />

uso de drones para o futuro próximo.<br />

Vamos falar sobre as competições, elas são muito legais! Quais<br />

são os eventos para este ano?<br />

Este ano temos quatro competições dentro Elmia Wood. A Copa<br />

do Mundo de Forwarder, na qual os operadores profissionais<br />

de forwarder de todo o mundo competem mano a mano. No<br />

Campeonato para madeireiros, a competição está no manuseio<br />

seguro e rápido da motosserra. Haverá também uma etapa do<br />

Stihl Timbersports, que é uma competição ao estilo lenhador<br />

no uso de machados e serras. Por último, está a Svenske Logginglandslaget,<br />

que reúne a equipe finlandesa no uso da motosserra<br />

em cinco categorias diferentes. Esta é uma nova na Elmia Wood.<br />

sqm, where the exhibitors show their machines in operation. In<br />

total, we are expecting120 machines to be displayed. Load &<br />

Transport, Drone Zone and Hunting are three new areas. We<br />

have also added lots of interesting seminars in the Event Tent.<br />

Brazilians visitors always expect to technologies and new processes<br />

that can be adapted to Brazil’s reality. What are the<br />

main highlights of this fairandyou could point them out?<br />

All of the larger forestry machine manufacturers have booked<br />

stands this year, aboutwhich we are very happy. Most of them<br />

will present news directly at the fair.<br />

What is your advice for the visitors not to miss a thing at the fair<br />

and how did the organization plan to make their visit easier?<br />

To make the most out of the show and not miss anything I recommend<br />

staying two days. There are lots of things to see and<br />

people to meet. To make it easier for the visitor, we have now<br />

grouped the exhibitors according to 10 categories in the product<br />

register. This makes planning the visit a lot easier than before.<br />

The visit can be planned in advance via our website, where visitors<br />

choose from program points and exhibitors with interesting<br />

products.<br />

Do you think the drones may have more uses, besides monitoring<br />

the forest, like planting seeds or seedlings? Will we see this<br />

at the fair?<br />

Drones can be used inlots of interesting applications. Wild animals<br />

can be counted using IR technology for instance. In Sweden,<br />

there have been tests to count moose from drones, using a<br />

computer program which can separate their calves from theroe.<br />

Seed spreading from drones sounds very interesting. But that<br />

planning purposes will probably dominate their use in the near<br />

future, is my guess.<br />

Let’s talk about the competitions, how cool is that! What are<br />

the events for this year?<br />

This year we have four competitions within Elmia Wood. The,<br />

where professional forwarder drivers from all over the world<br />

compete head to head. Champs of Logging, where safe and quick<br />

handling of a chain saw is the basis. Stihl Timbersports, which is<br />

a real lumberjack style competition for men with axes and saws.<br />

Svenske Logginglandslaget, who are meeting the Finnish team<br />

in chainsaw handling in five different ways. This is a new feature<br />

at Elmia Wood.<br />

"O setor florestal mundial está aumentando em eficiência<br />

continuamente, por isso menos pessoas fazem o mesmo<br />

trabalho a cada ano"<br />

36<br />

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NISULA E TMO FOREST LANÇAM O 555H, O NOVO<br />

CABEÇOTE HARVESTER DA MARCA, CUSTOMIZADO<br />

PARA DESBASTE QUE LEVA EM CONTA A REALIDADE<br />

DAS FLORESTAS BRASILEIRAS<br />

Fotos: TMO Forest<br />

H<br />

á cinco anos no mercado brasileiro, a fabricante<br />

de cabeçotes harvester da Finlândia Nisula definitivamente<br />

veste a camisa verde e amarela. O novo<br />

cabeçote 555H foi desenvolvido para atender as demandas<br />

das florestas brasileiras, que possuem maior porte e exigem<br />

muita potência e resistência dos implementos. Com apoio da<br />

representante exclusiva no país a TMO Forest, chega ao Brasil<br />

o novo cabeçote da marca, lançado mundialmente.<br />

“Nossa parceria começou em 2012”, aprendemos sobre<br />

o mercado brasileiro, necessidades e demandas. Agora lançamos<br />

este cabeçote que é ideal para primeiro, segundo e<br />

terceiro desbaste”, aponta Kalle Mattsson, diretor de Venda<br />

e Marketing da Nisula. A equipe formada pelos próprios fundadores<br />

da empresa visitou o Brasil ao longo deste período e<br />

notou que em várias regiões do país as escavadeiras com 14<br />

e 16 t (toneladas) são muito populares. “Por isso, queríamos<br />

fornecer um cabeçote leve e muito potente.” Após dois anos<br />

de pesquisa, testes e protótipos nasceu o Nisula 555H. O equipamento<br />

é leve, possui pouco mais 800 Kg (quilos), e é ainda<br />

mais potente que as versões anteriores.<br />

“A leveza e resistência do cabeçote são o principal trunfo”,<br />

destaca o diretor. Esta combinação se deve ao material<br />

utilizado na parte externa toda feita em Hardox, metal de<br />

alta resistência e muito mais leve que o tradicional. “Somos<br />

o único fabricante de cabeçotes que utiliza este material e<br />

possuímos certificação junto à Ssab (fornecedora mundial do<br />

NEWS FOR<br />

THE FOREST<br />

NISULA AND TMO FOREST ANNOUNCED THE<br />

555H, A NEW HARVESTER HEAD, CUSTOMIZED<br />

FOR THINNING, TAKING INTO ACCOUNT THE<br />

REALITY OF BRAZILIAN FORESTS<br />

I<br />

n the Brazilian market for five years, Nisula, the Finnish<br />

harvester head manufacturer, definitely wears a green and<br />

yellow shirt. The new 555H head was developed to meet<br />

the demands of the Brazilian forests that are large and where<br />

implements require a lot of power and resistance. With support<br />

from the exclusive representative in the Country, TMO Forest,<br />

the new Nisula brand head comes to Brazil, having been announced<br />

worldwide.<br />

“Our partnership began in 2012, where we learnt about Brazilian<br />

market needs and demands. Now we have announced this<br />

head that is ideal for first, second and third thinnings,” notes<br />

Kalle Mattsson, Director of Sales and Marketing for Nisula. A<br />

team formed, including the founders of the Company, visited<br />

Brazil and throughout their visit noted that in several Regions of<br />

the Country 14 and 16 t excavators were very popular. “For this<br />

reason, we chose to develop a lightweight and very powerful<br />

head.” After two years of research, testing and prototyping, the<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

39


PRINCIPAL<br />

metal, com sede na Suécia)”, exalta Kalle. Por esta razão, o<br />

cabeçote com tanta potência pode ser instalado em máquinas<br />

base menores.<br />

O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Esa Nisula, contabiliza<br />

as vantagens com o uso do Hardox. “Todas as chapas<br />

de aço usadas na fabricação do produto são confeccionadas<br />

com o material de alta tecnologia, o que significa que a durabilidade<br />

e força do equipamento dobram em relação aos<br />

cabeçotes produzidos com metal tradicional.”Para ele, é uma<br />

característica muito importante para que o implemento dê<br />

conta do trabalho na floresta por aqui. “Notamos que no Brasil<br />

a produção é muito alta, são derrubados e processados<br />

muitos metros cúbicos por hora”, avalia. Além disto, quando<br />

o cabeçote é acoplado a uma escavadeira, máquina que tem<br />

muita potência, precisa ser muito robusto para suportar a força<br />

hidráulica.<br />

PARA QUALQUER FLORESTA<br />

O novo modelo foi desenhado para operar com árvores de<br />

até 550mm (milímetros) de diâmetro. Por causa da potência e<br />

leveza, apesar do cabeçote ser desenvolvido para desbastes,<br />

ele trabalha muito bem no corte raso de florestas mais jovens.<br />

O equipamento pode ser utilizado para o abate de todas<br />

Nisula 555H was born. The equipment is lightweight, weighing<br />

just over 800 kg, and is even more powerful than previous versions.<br />

“The lightness and resistance of the head are its main asset,”<br />

says Sales and Marketing Director Kalle. This combination<br />

is due to the material used externally, all made in high resistance<br />

Hardox metal and much lighter than the traditional metal<br />

used. “We are the only head manufacturer that uses this material<br />

and possess SSAB certification (world metal supplier, based<br />

in Sweden),” exalts Director Kalle . For this reason, a head with<br />

so much power can be installed on smaller base machines.<br />

Esa Nisula, Director of Research and Development, accounts<br />

for these advantages being due to the use of Hardox.<br />

“All the steel sheets used in product manufacture are made with<br />

the high-tech material, which doubles durability and strength<br />

when compared to the heads produced using traditional metal.”<br />

For him, it is a very important feature for the implement to be<br />

able to work in the forests here. “We have noticed that in Brazil<br />

production rates are very high, many cubic meters of wood are<br />

felled and processed per hour,” he states. Furthermore, when<br />

the head is mounted on an excavator, a machine which has<br />

plenty of power, it needs to be very robust to withstand the hydraulic<br />

force.<br />

CABEÇOTE NISULA 555H FOI DESENHADO PARA OBTER<br />

ALTA PERFORMANCE EM DESBASTES NO BRASIL<br />

RAIO X<br />

O modelo 555H/C tem potência para o desbaste tardio e<br />

mesmo corte raso em floresta de menor porte. O peso total<br />

do equipamento varia entre 810 a 830 kg. Pode ser equipado<br />

com facas extras para facilitar o manuseio de árvores maiores<br />

ou bifurcadas. Pode ser equipado em escavadeiras de 14<br />

a 16 t.<br />

Principais Novidades: Caixa hidráulica com capacidade<br />

de fluído de óleo de 150 a 250 l/min (litros por minuto). Motor<br />

Parker com 19 cm³, tanque de óleo da corrente (peça que<br />

agora é substituível) está integrada à caixa do conjunto de<br />

corte. O cabeçote possui maior ângulo de tilt.<br />

RAIO X<br />

The 555H/C is a powerful harvester head for late thinning<br />

and even for the light final felling. The total weight is low, only<br />

810 to 830 kg. The harvester head may have extra knives that<br />

make easier handle forked trees. It can be attached in 14 to<br />

18 ton excavators.<br />

New features: Totally new hydraulic for 150 to 250 l/min<br />

oil flow. It has a Parker saw motor (19 cm³) with changeable<br />

chain oil tank integrated to saw box. The head has a wide angle<br />

at the tilt.<br />

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FACA EXTRA PERMITE AGARRAR E SELECIONAR COM<br />

FACILIDADE ÁRVORES NO CHÃO, COMPONENTE IDEAL PARA<br />

TRABALHO COM ÁRVORES BIFURCADAS E TRAÇAMENTO<br />

as espécies. “O fato do implemento ser mais leve torna mais<br />

fácil e econômica a operação na floresta”, garante Esa.<br />

Os finlandeses notaram que nas operações de primeiro e<br />

segundo desbaste, nas áreas em que visitaram no Brasil, havia<br />

muita incidência de árvores bifurcadas. Por isto, desenvolveram<br />

um sistema para facilitar o trabalho do operador,<br />

principalmente no traçamento.“Temos um par de facas extra<br />

que torna muito fácil pegar as toras do chão. Normalmente,<br />

o operador não consegue realizar o traçamento no momento<br />

em que derruba a árvore quando ela é bifurcada como acontece<br />

com troncos retilíneos. É preciso soltar a árvore no chão<br />

e pegar uma ramificação, às vezes outra e só depois o tronco<br />

maior”, explica Kalle. “Imagine isto em 10 horas de trabalho,<br />

tem que fazer o movimento de soltar e pegar 500 vezes,<br />

em um só dia.” Devido ao acessório, o implemento se torna<br />

praticamente uma garra, o que torna a operação muito mais<br />

ágil.“As vantagens do recurso são ainda mais interessantes<br />

quando o cabeçote é utilizado para realizar somente o processamento<br />

na beira da estrada, prática que observamos muito<br />

na região de Santa Catarina”, completa.<br />

Outro ponto que vai agradar ao consumidor brasileiro é a<br />

customização do software do harvester. Entre as alternativas<br />

está a simplificação de opções e comandos. De acordo com os<br />

proprietários da Nisula, na Finlândia o número de sortimentos<br />

é muito maior que no Brasil, por exemplo. “Então, adaptamos<br />

o programa para que ficasse ainda mais simples de operar”,<br />

FOR EVERY FOREST<br />

The new model is designed to operate with trees of up to<br />

550 mm in diameter. Because of the power and lightness, despite<br />

the head being developed for thinning, it works well for<br />

clear-cutting in forests with younger trees. The equipment can<br />

be used for the felling of all species. “The fact that the implement<br />

is lighter, makes it easier and more economical to operate<br />

in the forest,” ensures Research and Development Director Esa.<br />

The Finns noted that in the first and second thinning operations,<br />

which they visited, there was a large incidence of forked<br />

trees. For this, they developed a system that facilitates the operator's<br />

work, especially as to the bucking of the felled tree. “We<br />

have a pair of extra knives that makes it very easy to lift the<br />

logs off the ground. Normally, the operator can’t perform bucking<br />

when a forked tree is felled as with rectilinear trunks. It becomes<br />

necessary to let the trunk drop to the ground and cut off<br />

a branch, sometimes another so that the trunk is longer,” says<br />

Sales and Marketing Director Kalle. “Imagine this, where in a<br />

10 hour work day, you have to carry out the dropping and picking<br />

up movement 500 times in one day.” Due to the accessory,<br />

the implement becomes practically a grapple, which makes the<br />

operation much more agile. “The advantages of this resource<br />

are even more interesting when the head is used to perform only<br />

the processing on the side of the road, we saw a lot of this in the<br />

Santa Catarina Region,” he completes.<br />

Another point which will please the Brazilian customer is<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

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PRINCIPAL<br />

EQUIPAMENTO TRABALHANDO EM DESBASTE<br />

TARDIO DE PINUS NA REGIÃO DE SANTA CATARINA<br />

detalha Kalle. “Algumas empresas colocam muitas informações<br />

que não são utilizadas pelo operador e tornam a interface<br />

confusa, por isso fizemos um setup com as características<br />

da operação no Brasil, mas que pode ser personalizado se o<br />

cliente quiser.”<br />

PRODUTIVIDADE PARA TODA VIDA<br />

Quando se pensa em produtividade os números: metros<br />

cúbicos e toneladas por hora logo surgem à mente. Porém,<br />

existe o tempo, um componente muito mais importante e<br />

mais complexo.“Produtividade não é somente o montante<br />

que se obtém em uma hora, mas na vida útil do implemento,<br />

este é um cálculo que deve ser feito”, pondera o diretor de<br />

Venda e Marketing. Este é um dos trunfos dos cabeçotes: a<br />

manutenção da performance por um longo período.<br />

Aliado ao componente mecânico, a fabricante faz questão<br />

de dizer que fornece o pacote completo: cabeçote, software<br />

e acompanhamento técnico, tanto no momento da entrega<br />

quanto na manutenção. “Nossa empresa começou em 1978,<br />

temos um bom conhecimento do assunto e sabemos o que o<br />

pessoal da área precisa porque fomos empreiteiros florestais,<br />

passamos pelas mesmas dificuldades e conhecemos o que é<br />

trabalhar na floresta”, ressalta. De acordo com ele, o objetivo<br />

desde o início foi fabricar equipamentos confiáveis, simples<br />

de operar e de fácil manutenção.<br />

O acompanhamento dos clientes brasileiros é realizado<br />

pela TMO Forest. Cabe à equipe comercializar e entregar o<br />

cabeçote, capacitar operadores, fornecer suporte de manutenção<br />

e de peças de reposição. “Quando a TMO entrega o<br />

equipamento, realiza um bom período de capacitação, que<br />

harvester software customization. Amongst the alternatives is<br />

option and command simplification. According to the Nisula<br />

owners, in Finland, the number of log assortments is much larger<br />

than in Brazil, for example. “So, we adapted the program so<br />

that it is even simpler to operate,” details Sales and Marketing<br />

Director Kalle. “Some companies display a lot of information on<br />

the control system that is not used by the operator and make the<br />

interface confusing, so we have a setup with the operation characteristics<br />

used in Brazil, but that can be customized, if wanted.”<br />

PRODUCTIVITY FOR LIFE<br />

When you think in productivity numbers: cubic meters and<br />

tons per hour soon come to mind. However, there is time, a<br />

much more important and complex component. “Productivity<br />

is not just the amount that gets done in 1 hour, but during the<br />

life of the equipment, this is a calculation that must be done,”<br />

ponders Sales and Marketing Director Kalle. This is one of the<br />

strengths of the heads: maintaining performance over a long<br />

period.<br />

Linked to the mechanical component, the manufacturer<br />

makes a point of saying that it provides the complete package:<br />

head, software and technical support, both at delivery and in<br />

maintenance. “Our Company began operating in 1978, and we<br />

have gained much knowledge as to the subject and know what<br />

the area personnel need, because we were forestry operators,<br />

have gone through the same difficulties and know what it's like<br />

to work in the forest,” he points out. According to him, the goal<br />

from the beginning was to manufacture reliable, simple to operate<br />

and easy to maintain equipment.<br />

The assistance to Brazilian customers is carried out by TMO<br />

42<br />

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leva de duas a quatro semanas. Isto é uma parte muito importante”,<br />

elogia Kalle.<br />

PARCERIA E NOVIDADES<br />

O início da parceria entre TMO Forest e Nisula aconteceu<br />

pelo interesse da empresa brasileira em completar a gama de<br />

soluções florestais com implementos voltados ao desbaste.<br />

“Eles oferecem cabeçotes de pequeno e médio porte que<br />

atendem exatamente às necessidades dos produtores do Brasil”,<br />

lembra Heuro Tortato, diretor comercial da TMO Forest.<br />

Outro ponto de convergência entre as duas companhias é que<br />

elas são empresas familiares. Os proprietários vão a campo e<br />

têm contato direto com o cliente.<br />

Este modelo de parceria explica a criação de um cabeçote<br />

finlandês pensado para o mercado brasileiro. “Eles nos escutaram<br />

bastante durante o desenvolvimento do Nisula 555H<br />

e visitaram operações de colheita na região”, lembra Heuro.<br />

Entre os incrementos estão a maior cilindrada do motor e o<br />

tamanho dos rolos.<br />

Recentemente, os quatro proprietários da Nisula acompanharam<br />

operações de clientes brasileiros. Além de Kalle e Esa,<br />

estiveram por aqui o CEO, Ali Nisula, e o diretor de produção,<br />

Sami Vähäsalo. “Foi ótimo conversar com eles e nos certificar<br />

que tudo está bem. Apesar de ser bem longe vir da Finlândia<br />

para o Brasil é algo que fazemos questão de fazer. Permanecer<br />

10 dias no Brasil uma vez por ano e ter este contato. É importante<br />

para o cliente saber que estamos presentes e damos<br />

suporte”, acredita Kalle.<br />

O NOVO MODELO DE CABEÇOTE FOI DESENHADO PARA<br />

OPERAR COM ÁRVORES DE ATÉ 550 MM DE DIÂMETRO<br />

Forest. It is up to them to market and deliver the head, train operators,<br />

provide maintenance support and spare parts. “When<br />

TMO delivers the equipment, it provides substantial customer<br />

training, which takes two to four weeks. This is a very important,”<br />

states Sales and Marketing Director Kalle.<br />

OPERAÇÃO DE DESBASTE EXIGE QUE O EQUIPAMENTO SEJA BEM<br />

DIMENSIONADO, EQUILIBRANDO PRODUTIVIDADE E ECONOMIA<br />

PARTNERSHIP AND NEWS<br />

The partnership between TMO Forest and Nisula happened<br />

due the Brazilian company's interest in completing the range of<br />

solutions it offered with implements aimed at thinning. “They<br />

offered small and mid-sized heads that exactly met the needs<br />

of producers in Brazil,” recalls Tortato Heuro, Director of Sales<br />

for TMO Forest. Another point of convergence between the two<br />

companies is that they are family businesses. The owners go out<br />

into the field and have direct contact with the customer.<br />

This partnership model explains the creation of a Finnish<br />

head geared to the Brazilian market. “They listened a lot during<br />

the development of the Nisula 555H and visited many harvest<br />

operations in the region,” recalls TMO Forest Director of Sales<br />

Heuro. Amongst the differences are a larger engine displacement<br />

and the size of the rollers.<br />

Recently, the four Nisula owners visited Brazilian customer<br />

operations., where in addition to Kalle and Esa, were CEO Ali<br />

Nisula, and Director of Production Sami Vähäsalo. “It was great<br />

to talk with them and we made sure everything was working<br />

well. Despite being far away, travelling from Finland to Brazil is<br />

something that we do. Staying 10 days in Brazil once a year and<br />

having this contact. It is important for the customer to know<br />

that we are present and we provide support,” believes Sales and<br />

Marketing Director Kalle.<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

43


MANEJO FLORESTAL<br />

MANEJO É<br />

SUSTENTÁVEL<br />

PESQUISA COMPROVA OS BENEFÍCIOS PARA A<br />

FLORESTA QUE PASSA POR INTERVENÇÃO DA<br />

EXTRAÇÃO SELETIVA DE ÁRVORES<br />

44<br />

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U<br />

m trabalho que contou com 21 pesquisadores, dos<br />

quais 10 brasileiros, comprovou que o MFS (Manejo<br />

<strong>Florestal</strong> Sustentável) na floresta amazônica amplia<br />

a absorção de carbono da atmosfera. O estudo levou um ano<br />

para ser produzido, foram avaliados 133 sítios espalhados<br />

pela floresta Amazônica, que são acompanhados há mais de<br />

10 anos pelo Tmfo (sigla em inglês para Observatório de Florestas<br />

Tropicais Manejadas), totalizando 175 ha (hectares).<br />

De maneira geral, a pesquisa mostra que no equilíbrio<br />

entre a perda de carbono para atmosfera na retirada seletiva<br />

dos indivíduos e a absorção do gás pela floresta que se<br />

regenera, a retirada de CO2 da atmosfera é muito superior.<br />

Conforme apontado no trabalho, novas árvores e aquelas<br />

que permanecem no local crescem e preenchem os espaços<br />

deixados por aquelas que foram retiradas.<br />

O pesquisador Marcus Venicio Neve d´Oliveira, da Embrapa<br />

Acre, explica que o Tmfo é uma rede que envolve instituições<br />

e equipes de pesquisa da África, Ásia e América com<br />

o objetivo de realizar estudos de dinâmica de crescimento de<br />

florestas manejadas. São realizados workshops presenciais,<br />

nos quais os membros da rede discutem os objetivos e metodologias<br />

dos trabalhos a serem desenvolvidos e compartilham<br />

dados. “No caso desse estudo, a elaboração do artigo<br />

demorou em torno de um ano e contou com a participação<br />

de todos os sítios da rede na Amazônia com dez anos ou mais<br />

de monitoramento”, revela.<br />

De acordo com a pesquisa, a recuperação dos estoques<br />

de carbono foi bastante rápida após a exploração. Também<br />

foi observado que as regiões do planalto da Guiana com 21<br />

Mg C. ha-1 (miligramas de carbono por hectare ao ano) e<br />

Central da Amazônia cresceram mais rapidamente do que a<br />

Sul (12 Mg C. ha-1). “Esse efeito é ligado ao estresse ambien-


MANEJO FLORESTAL<br />

Estudo comprova que o MFS (Manejo <strong>Florestal</strong><br />

Sustentável) na floresta amazônica amplia a<br />

absorção de carbono da atmosfera<br />

tal promovido por estações secas mais longas nessa região”,<br />

explica Marcus Venicio.<br />

A redução dos estoques de carbono e a velocidade da recuperação<br />

da floresta dependem da quantidade de madeira<br />

retirada da floresta (que varia de menos de 10 a mais de 30<br />

m3. ha-1 (metros cúbicos por hectare), técnicas de extração,<br />

características da floresta e clima. “A grosso modo, após a exploração<br />

poderemos chegar a ter até uma captura de 3 Mg.<br />

ha-1. ano-1 com esse número tendendo a decrescer ao longo<br />

do tempo.”<br />

A explicação para isto é que, normalmente, florestas não<br />

manejadas e sem nenhuma outra forma de perturbação antrópica,<br />

como incêndios, estão na sua capacidade máxima de<br />

estoque de carbono. Flutuações locais de aumento ou diminuição<br />

desses estoques nesses ecossistemas podem acontecer<br />

em função da dinâmica natural da floresta, como a queda<br />

de grandes árvores, abrindo espaço para o ingresso de novas<br />

árvores e crescimento das remanescentes, mas ao longo do<br />

tempo essas flutuações tendem ser nulas. “Nas florestas manejadas,<br />

após o corte os estoques de carbono estão abaixo<br />

da capacidade de suporte da floresta, que tendem a experimentar<br />

um período de crescimento até a estabilização desses<br />

estoques em um nível semelhante ao da floresta original.”<br />

floresta pré-manejo e o impacto que as operações florestais<br />

causaram na estrutura da floresta. Ao longo do tempo foi medido<br />

o crescimento, mortalidade e ingresso de árvores.<br />

“O crescimento tende a ser mais rápido logo após o corte<br />

seletivo devido à diminuição da competição com o aumento<br />

da entrada de luz e disponibilidade de água e nutrientes”,<br />

detalha o pesquisador. Ao longo do tempo, com o fechamento<br />

das copas esse incremento tende a diminuir. O tempo de<br />

estabilização depende da intensidade do corte realizado na<br />

área, da estrutura da floresta original, dos métodos de extração<br />

utilizados e fatores climáticos. De maneira geral, em torno<br />

de cinco anos após a exploração, o ritmo de crescimento<br />

da floresta começa a cair.<br />

As extrações com impacto reduzido usadas como parâmetro<br />

foram realizadas por empresas durante suas atividades<br />

comuns de manejo, entidades ou uma específica para a<br />

pesquisa.<br />

O processo utilizado no estudo é o mesmo empregado<br />

pelas empresas que realizam o MFS. De acordo com o pesquisador,<br />

o modelo usado no Brasil é eficiente. “Isso vem sendo<br />

demonstrado por diversos estudos realizados especialmente<br />

nos Estados do Pará, Amazonas e Acre”, garante.<br />

CICLO IDEAL<br />

Existe um debate, às vezes fervoroso, sobre o número de<br />

anos que se deve esperar para intervir novamente em uma<br />

área manejada. Para o especialista, o tempo deve ser calculado<br />

em função da quantidade de madeira retirada da floresta,<br />

CONSTATAÇÃO<br />

Os estudos são feitos em PPs (parcelas permanentes),<br />

amostras da floresta que são remedidas ao longo do tempo.<br />

Em todos os sítios, a primeira medição foi feita antes da exploração<br />

para que os cientistas pudessem avaliar o estado da<br />

A remoção seletiva de árvores acelera o<br />

crescimento das remanescentes que ganham mais<br />

espaço e acesso à luz<br />

46<br />

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sítio, método de extração e clima. “Na Amazônia brasileira<br />

usamos como regra geral uma taxa de recuperação de 0.8<br />

m3. ha-1. ano como média de crescimento da floresta após o<br />

manejo”, explica Marcus Venicio. Adotando essa taxa de crescimento,<br />

em uma extração de hipotética de 20 m3 de madeira<br />

por ha, o ciclo seria de 25 anos. “Essa taxa é consistente e foi<br />

obtida em estudos de crescimento de florestas manejada na<br />

Amazônia, mas não é perfeita.”<br />

De acordo com o pesquisador, a grande vantagem do<br />

MFS é a manutenção da estrutura e biodiversidade da floresta.<br />

“Assim, além dos estoques de carbono, todos os outros<br />

serviços ambientais da floresta como: ciclagem de nutrientes,<br />

proteção do solo, proteção dos cursos e qualidade da<br />

água, distribuição das chuvas e clima são mantidos.”<br />

O manejo florestal (em alguns casos também o turismo) é<br />

a única atividade econômica na Amazônia que não tem como<br />

passo inicial a remoção dos ecossistemas originais. “Somente<br />

isso, sem dúvida é uma grande vantagem considerando a<br />

grande emissão de CO2 produzida pela substituição da floresta<br />

pelos modelos tradicionais de uso da terra agricultura e<br />

pecuária”, finaliza Marcus.<br />

Ciclo de 25 anos é o ideal para permitir a regeneração<br />

da área manejada, porém o método mais completo<br />

leva em conta fatores que permitem realizar o cálculo<br />

personalizado<br />

Equipamentos Florestais


TRANSPORTE<br />

Estrada<br />

sinuosa<br />

Fotos: divulgação<br />

PARA ENFRENTAR A<br />

INFRAESTRUTURA PRECÁRIA<br />

SEM COLOCAR VIDAS<br />

EM PERIGO, EMPRESAS<br />

QUE DEPENDEM DO<br />

TRANSPORTE RODOVIÁRIO<br />

DEVEM INVESTIR<br />

EM MANUTENÇÃO<br />

E CAPACITAÇÃO DE<br />

MOTORISTAS<br />

48<br />

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N<br />

o início do ano as chuvas intensas na região norte<br />

expuseram a fragilidade do modal rodoviário do<br />

Brasil. Mais de três mil caminhões permaneceram<br />

dias enfileirados na BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém<br />

(PA). A situação, que não se trata de um problema local, ilustrou<br />

as dificuldades do transporte de cargas no Brasil. Um<br />

aspecto legal torna a atividade ainda mais perigosa. Apesar<br />

da resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito)<br />

para ampliar a segurança de madeira em toras, não existem<br />

normas para todos os componentes do transporte e entre<br />

as estabelecidas, nem todas podem ser fiscalizadas por falta<br />

de equipamentos. Em caso de acidentes, a responsabilidade<br />

pode recair nos ombros de quem realiza a movimentação da<br />

carga.<br />

Em 2006, passou valer a Resolução do Contran n° 196, específica<br />

para o transporte de toras. A intenção da norma era<br />

conferir mais segurança na movimentação da matéria-prima<br />

pelas estradas. No ano seguinte, a Resolução sofreu algumas<br />

alterações. Esta foi a última vez que a diretriz, estabelecida há<br />

10 anos, foi atualizada.<br />

Nela constam que as toras, com comprimento superior a<br />

2,5 m (metros), devem ser transportadas no sentido longitudinal<br />

do veículo. Para evitar que a madeira caia das carrocerias<br />

durante o transporte, elas devem estar obrigatoriamente<br />

contidas por painéis dianteiro e traseiro, exceto para os veículos<br />

extensíveis, com toras acima de 8 m de comprimento, para<br />

os quais não serão necessários painéis traseiros. Os fueiros<br />

passaram a ser obrigatórios. Sendo necessárias duas escoras<br />

de cada lado, no mínimo, para cada tora ou pacote de toras.<br />

As madeiras brutas com comprimento igual ou inferior<br />

a 2,5 m devem ser transportadas no sentido longitudinal ou<br />

transversal sobre a carroçaria do veículo com fechamento lateral<br />

completo guardas laterais fechadas e guardas ou fueiros<br />

dianteiros e traseiros para evitar o deslocamento da carga.<br />

O uso de cabos de aço ou cintas de poliéster, também<br />

consta da Regulamentação e deve ser aplicado no transporte<br />

das toras independente do sentido que estejam dispostas.<br />

O sistema é o único que oferece parâmetro de referência,<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

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TRANSPORTE<br />

TUDO PARADO<br />

A BR-163, que liga Cuiabá, em Mato Grosso, a Santarém,<br />

no Pará, é uma das principais rotas para o transporte da<br />

produção de soja. A fila de caminhões começou a se formar<br />

depois das chuvas, no início de fevereiro. Mais de 3 mil caminhões<br />

ficaram parados por mais de 15 dias nos atoleiros em<br />

uma das principais rodovias da Região Norte.<br />

aponta o próprio Ministério das Cidades, responsável pelo<br />

Contran. Estes equipamentos de amarração devem ter capacidade<br />

mínima de ruptura à tração de 3.000 kgf (quilograma-<br />

-força) e precisam ser tensionados por sistema pneumático<br />

autoajustável ou catracas fixadas na carroçaria.<br />

Entramos em contato com o Ministério das Cidades para<br />

entender como seria possível realizar a fiscalização quanto ao<br />

tensionamento das cintas ou cabos. Por meio da assessoria de<br />

comunicação, o órgão revelou que é “praticamente impossível<br />

os agentes de trânsito possuírem equipamentos para realizar<br />

aferições de tensão nas estradas”.<br />

Outros itens possuem resoluções específicas. É o caso dos<br />

pneus, que devem atender a Resolução Contran nº 558/80, e<br />

dos implementos, que devem obedecer a Portaria Denatran<br />

nº 190/09. Além disto, os veículos adaptados ou alterados<br />

para o transporte de toras devem ser submetidos à inspeção<br />

de segurança veicular em Instituição Técnica Licenciada.<br />

De acordo com a Abnt (Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas), existem normas gerais relativas aos implementos<br />

rodoviários (Abnt/CB-039) e para pneus e aros (Abnt/CB-045).<br />

“Não temos normas específicas para fueiros”, aponta Rafael<br />

Antonio Sorrija, coordenador do Centro de Informação Tecnológica<br />

e para Negócios.<br />

Para estabelecer uma norma de desempenho sob o guarda-chuva<br />

da Abnt é preciso que o setor produtivo se una e<br />

estruture requisitos mínimos para o produto, que deverá ser<br />

respeitado por todos os fabricantes. O produto certificado se<br />

torna garantia de qualidade, segurança e ainda ajuda a afastar<br />

do mercado aventureiros e empresas desqualificadas.<br />

DE QUEM É A CULPA?<br />

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, 38% dos acidentes<br />

nas rodovias federais envolvem veículos pesados, apesar<br />

de representarem apenas 4% da frota nacional. Choques<br />

entre caminhões respondem por 32% dos acidentes e apenas<br />

18% envolvem veículos leves.<br />

Após a resolução<br />

do Conama os<br />

implementos<br />

usados para<br />

transportar madeira<br />

passaram possuir<br />

fueiros e painéis<br />

traseiros<br />

50<br />

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Quando um acidente que causa somente danos materiais<br />

acontece, a responsabilidade indenizatória, neste caso, será<br />

do motorista e da transportadora, de forma solidária. No caso<br />

de terceirização do transporte de madeiras, algo bastante comum,<br />

desde que haja contrato formal de prestação de serviços,<br />

a contratante não deverá ser responsabilizada. “Porém,<br />

se não houver a terceirização formal do serviço, a responsabilidade<br />

poderá se dar entre todos: motorista, proprietário do<br />

caminhão, transportadora e tomadora do serviço”, adverte o<br />

advogado Marcelo Oliveira.<br />

Quem sofre o acidente pode pedir ressarcimento dos<br />

danos materiais, que englobam lucros cessantes e danos<br />

emergentes, além de prejuízos morais. “Os lucros cessantes<br />

se referem aquilo que a vítima deixou de ganhar e os danos<br />

emergentes se referem aquilo que a vítima efetivamente perdeu,<br />

como danos ao veículo, despesas com medicamentos,<br />

hospitalares, funeral”, detalha Marcelo.<br />

Em caso de comprovada falha na fabricação ou instalação<br />

de qualquer equipamento utilizado para transporte, aquele<br />

que for responsabilizado pela indenização (empresa, transportadora,<br />

seguradora), poderá buscar o ressarcimento dos<br />

valores pagos à vitima, tanto do fabricante quanto do instalador.<br />

Infelizmente, boa parte das ocorrências envolvendo veículos<br />

de carga nas estradas resulta em mortes. A Ong SOS<br />

Estradas analisou mil acidentes rodoviários com vítimas fatais<br />

registrados pela imprensa entre os dias 1° de novembro de<br />

2015 e 11 de fevereiro de <strong>2017</strong>. A grande maioria dos acidentes<br />

envolveu caminhão e veículos de menor porte (708), ocasionando<br />

78 mortes. Porém, os casos que resultam em maior<br />

número de vítimas fatais envolvem somente caminhões. Apesar<br />

do número de colisões ser muito menor (292), elas ocasionaram<br />

353 mortes. Esta estatística inclui motoristas, ajudantes<br />

e familiares que acompanhavam o profissional na viagem.<br />

Nos acidentes que resultem em morte, seja por colisão<br />

ou atropelamento, haverá implicações criminais também, que<br />

podem recorrer sobre o motorista, empresa de transporte,<br />

contratante e até mesmo sobre o fabricante do implemento<br />

rodoviário. “Vai ser avaliado se o motorista cometeu uma<br />

imperícia, se houve negligência na manutenção do caminhão<br />

e de quem cabia a responsabilidade de autorizar a realização<br />

deste serviço ou se o produto não tinha qualidade para o esforço<br />

ao qual foi submetido”, detalha Danilo Rodrigues Alves,<br />

advogado criminal.


TRANSPORTE<br />

PIORES TRECHOS<br />

PERIGO NAS CURVAS<br />

Quem trafega pelas estradas constata que em muitos<br />

trechos pedageados houve melhorias, mas as rodovias brasileiras<br />

ainda apresentam perigo para os motoristas e encarecem<br />

o frete por causa das péssimas condições. De acordo<br />

com a 20ª edição da Pesquisa CNT (Confederação Nacional<br />

de Transportes) de Rodovias mostrou que, dos 103.259 km<br />

(quilômetros) analisados, 58,2% apresentam algum tipo de<br />

problema no estado geral. A pesquisa avalia as condições do<br />

pavimento, da sinalização e da geometria da via.<br />

De 2015 para 2016, houve aumento de 26,6% no número<br />

de pontos críticos (trechos com buracos grandes, quedas<br />

de barreiras, pontes caídas e erosões), passando de 327 para<br />

414. De acordo com a pesquisa, somente os problemas no<br />

pavimento geram um aumento médio de 24,9% no custo<br />

operacional do transporte. O impacto é considerável porque<br />

o modal rodoviário tem sido a principal alternativa para<br />

a movimentação de pessoas e bens no Brasil: na matriz de<br />

transporte de cargas, possui a maior participação (61,1%),<br />

seguido pelos modais ferroviário (20,7%),<br />

aquaviário (13,6%).<br />

A responsabilidade de implementar a política de infraestrutura<br />

do sistema federal de viação, compreendendo operação,<br />

manutenção, restauração ou reposição, adequação<br />

de capacidade e ampliação mediante construção de novas<br />

vias e terminais. De acordo com a assessoria do Dnit (Departamento<br />

Nacional de Infraestrutura de Transportes), o<br />

órgão possui um Plano Nacional de Manutenção Rodoviária<br />

para gestão da manutenção das rodovias federais. “O objetivo<br />

é otimizar os investimentos e programar as intervenções<br />

a serem executadas pela autarquia.” O orçamento destinado<br />

para a manutenção das rodovias engloba, além dos serviços<br />

de conservação e restauração, o BR-Legal (Programa<br />

Nacional de Segurança de Sinalização Rodoviária) e o Proarte<br />

(Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas).<br />

O montante reservado para estes investimentos para <strong>2017</strong><br />

é de R$ 4,55 bilhões.<br />

A maioria<br />

dos acidentes<br />

nas estradas<br />

envolve um<br />

ou mais<br />

caminhões<br />

52<br />

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RANKING DAS LIGAÇÕES RODOVIÁRIAS - 10 PIORES<br />

Posição Nome Rodovias Classificação<br />

109 a Novidade (TO) - Barreiras (BA)<br />

108 a Jataí (GO) - Piranhas (GO)<br />

107 a Marabá (PA) - Dom Eliseu (PA)<br />

106 a Rio Verde (GO) - Iporá (GO)<br />

São Vicente do Sul (RS) - Santana do<br />

105 a<br />

Livramento (RS)<br />

104 a Teresina (PI) - Barreiras (BA)<br />

103 a Brasília (DF) - Palmas (TO)<br />

102 a Marabá (PA) - Wanderlândia (TO)<br />

101 a Barracão (PR) - Cascavel (PR)<br />

100 a Belém (PA) - Guaraí (TO)<br />

BA-460, BA-460/BR-242,<br />

TO-040, TO-280<br />

BR-158<br />

BR-222<br />

GO-174<br />

BR-158, RS-241, RS-640<br />

BR-020, BR-135, BR-235,<br />

BR343, PI-140, PI-141/BR-<br />

324, PI-361<br />

BR-010, DF-345/BR-010, GO-118,<br />

GO-118/BR-010, TO-0,10, TO-<br />

0,50TO-0,50/BR-0,10, TO-342<br />

BR-153, BR-230, PA-153/BR-153<br />

BR-163, PR163/BR-163, PR-182/<br />

BR-163, PR-582/BR-163<br />

BR-222, PA150/PA-151, PA-252,<br />

PA-287, PA-447, PA-475, PA-483,<br />

TO-336<br />

Ruim<br />

Ruim<br />

Ruim<br />

Ruim<br />

Ruim<br />

Ruim<br />

Ruim<br />

Regular<br />

Regular<br />

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Gestão<br />

Concessionada*


FEIRA<br />

54<br />

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É MUITA<br />

MÁQUINA<br />

NA<br />

FLORESTA!<br />

Fotos: divulgação<br />

ELMIA WOOD <strong>2017</strong>, QUE ACONTECE NO INÍCIO DE<br />

JUNHO NA SUÉCIA, PROMETE REPETIR O SUCESSO DA<br />

EDIÇÃO ANTERIOR, REALIZADA HÁ QUATRO ANOS<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

55


FEIRA<br />

U<br />

m mar de profissionais do setor florestal vai invadir<br />

a pequena cidade sueca de Jönköping, nos<br />

dias 7 a 10 de junho. Eles estão atrás das novidades<br />

que serão mostradas durante a Elmia Wood <strong>2017</strong>,<br />

uma das maiores feiras mundiais para o setor, que acontece<br />

a cada quatro anos. Claro que a REFERÊNCIA FLORES-<br />

TAL vai acompanhar tudo de perto para trazer as últimas<br />

tendências mostradas por lá. Os organizadores revelaram<br />

algumas mudanças reservadas para o evento que nós<br />

adiantamos para você. A perspectiva é que os números<br />

da edição de 2013 se repitam, ou seja, 550 expositores e<br />

50 mil visitantes.<br />

A expectativa é alta e tem explicação. Muitas empresas<br />

esperam o evento da Suécia para mostrar as novidades<br />

que aguardaram quase quatro anos para serem desenvolvidas.<br />

Boa parte dos modelos apresentados pela primeira<br />

vez na Elmia Wood serão os mesmos exibidos em feiras<br />

mundo afora durante os próximos anos. Sem contar os<br />

Última edição<br />

atraiu 50 mil<br />

visitantes e 550<br />

expositores de<br />

diversas partes<br />

do mundo<br />

56<br />

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ALÉM DAS<br />

MÁQUINAS<br />

DE GRANDE<br />

PORTE, SERÃO<br />

APRESENTADOS<br />

EQUIPAMENTOS<br />

MENORES E MAIS<br />

ECONÔMICO,<br />

VOLTADOS<br />

AO PEQUENO<br />

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Máquinas diferentes também<br />

fazem parte do show, mesmo que<br />

sejam somente protótipos<br />

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FEIRA<br />

Feira também<br />

reúne<br />

expositores de<br />

equipamentos<br />

para<br />

processamento<br />

de biomassa<br />

protótipos de máquinas, alguns bem estranhos, mas que<br />

chamam muito atenção. Também há espaço para equipamentos<br />

de silvicultura, corte manual e processamento de<br />

biomassa.<br />

Esta edição da feira traz algumas novidades. Serão três<br />

seções para atividades específicas na floresta. A maior delas<br />

focará no carregamento e transporte, abrangendo temas<br />

como: estradas, logística e movimentação de toras.<br />

“Expositores de renome planejam atrações especiais”,<br />

adianta Jakob Hirsmark, diretor de exposição.<br />

A segunda área inédita abre espaço para o uso de<br />

drones. Ela é resultado de uma cooperação com o Fórum<br />

UAS, que organiza a maior conferência nórdica de veículos<br />

aéreos não-bélicos. Os expositores são fabricantes dos<br />

equipamentos e prestadores de serviço. Diversas vezes<br />

por dia eles realizarão shows, demonstrações e palestras.<br />

Uma excelente oportunidade para acompanhar as diversas<br />

aplicações destes equipamentos, que vão muito além<br />

do monitoramento.<br />

Uma atividade bastante restrita no Brasil, a caça é o<br />

foco da terceira nova seção. O controle de animais selvagens,<br />

na Suécia e em diversos países, faz parte do manejo<br />

florestal. Por isto, os visitantes terão a oportunidade de<br />

conhecer armas, praticar tiro e participar de várias atividades,<br />

que incluem até mesmo preparo de pratos com<br />

carne de caça.<br />

Claro que o show mesmo fica para as demonstrações<br />

das máquinas florestais. Os grandes fabricantes mundiais<br />

já têm presença garantida e os menores também. Na Eu-<br />

58<br />

www.referenciaflorestal.com.br


opa e na América no Norte os pequenos empresários florestais<br />

são um vasto mercado. Para atender este nicho,<br />

companhias de menor porte desenham máquinas para<br />

colheita e transporte com tamanhos reduzidos, mais baratas,<br />

com menor consumo de combustível e manutenção,<br />

mas que atendem à demanda de produção destes silvicultores.<br />

Algo que começa a aparecer também no Brasil.<br />

Outra atração que movimenta o evento são as competições<br />

de harvester e forwarder. São testados habilidade,<br />

rapidez e precisão dos operadores. Também há espaço<br />

para o campeonato de motosserra e serra manual. Em<br />

diferentes modalidades, os profissionais são avaliados no<br />

traçamento de toras e no corte de árvores em altura.<br />

De acordo com a organização, a feira está dividida<br />

por temas mais bem definidos. A mudança foi feita para<br />

que os visitantes encontrem os expositores que procuram<br />

com mais agilidade. Isso também refletiu no catálogo do<br />

evento que está mais fácil de utilizar. “A reformulação foi<br />

necessária porque a Elmia Wood está crescendo e se não<br />

fizéssemos isto seria difícil de se localizar”, justificou. São<br />

recomendados pelos menos dois dias para visitar o evento.<br />

A programação da feira conta ainda com a realização<br />

de seminários, palestras e apresentação, tudo dentro da<br />

barraca de eventos. Entre os assuntos que serão abordados<br />

ao longo dos quatro dias estão: espécies invasoras,<br />

precisão florestal, cuidado na operação com madeira, sensoriamento<br />

remoto e saltos tecnológicos para o futuro.<br />

Procura-se distribuidor no Brasil.<br />

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OPERAÇÕES FLORESTAIS<br />

O<br />

nível de produtividade do setor florestal exige controle<br />

total e detalhado do que acontece na colheita<br />

e no transporte da madeira. Para os tomadores de<br />

decisão, uma planilha de Excel com números de metro cúbico<br />

e gasto de combustível não é suficiente.<br />

O custo destas operações tem impacto significativo ao final<br />

da cadeia do negócio. Por isso, é imprescindível saber o<br />

que se passa durante todo o processo. A única maneira de<br />

obter tantos dados e com a precisão exigida é utilizar uma solução<br />

verdadeiramente inovadora que gerencie toda frota em<br />

tempo real.<br />

A operação de colheita e movimentação de madeira envolve<br />

máquinas, operadores, mecânicos, peças de reposição,<br />

combustível, paradas operacionais e de manutenção além de<br />

muitos outros detalhes. Tudo isto tem um custo considerável<br />

envolvido e não ter métricas para todas as ações pode gerar<br />

erros nas mesmas proporções impactando na viabilidade da<br />

operação. “Investe-se muito dinheiro em máquinas de alta<br />

tecnologia, treinamento de operadores e supervisores. Porém,<br />

nem sempre as informações operacionais são confiáveis”,<br />

aponta Gerson Leick, gerente florestal da Agroflorestal<br />

Campo Alto, empresa com sede em Santa Cecília (SC).<br />

Para não correr o risco de perder informações cruciais<br />

para gerir o que acontece na floresta, Gerson passou a utilizar<br />

o TimberFleet. “O sistema que é acessado via web proporciona<br />

a leitura em tempo real de operação, pois monitora os movimentos<br />

da máquina base e implemento, não se limitando<br />

em medir apenas o tempo de motor ligado”, destaca Jober C.<br />

Fonseca, gerente geral da Timber Forest. “Outra parte da solução<br />

permite também a criação customizada de apontamentos<br />

eletrônicos, que são formulários para o registro de todas as<br />

ações operacionais e de manutenções, que trazem informações<br />

sobre o dia, semana e mês de cada máquina; temos a<br />

linha do tempo das máquinas e operadores obedecendo obrigatoriamente<br />

uma ordem cronológica dos eventos”, salienta<br />

Jober. O TimberFleet gera relatórios e gráficos em tempo real<br />

e de forma online. “Como o sistema utiliza a comunicação satelital,<br />

ele oferece 100% de cobertura global, ou seja, transmite<br />

os dados de qualquer lugar do mundo sem limitação de<br />

horários, locais com sombra ou dados corrompidos como as<br />

transmissões híbridas. Independentementede onde a máqui-<br />

na estiver, o gestor tem um canal de comunicação com ela e<br />

com o operador, o tempo todo”<br />

A Agroflorestal está utilizando a solução há três meses.<br />

“Ainda estamos na fase de aprendizado, conhecendo todos<br />

os recursos disponíveis. Mas é um sistema que revoluciona o<br />

monitoramento de máquinas, pois mede todos os dados em<br />

tempo real”, avalia o gerente da Agroflorestal Campo Alto.<br />

Com as informações em mãos é possível cortar gastos,<br />

mudar o comportamento de colaboradores e tornar a operação<br />

mais eficiente. “Sabe-se exatamente o que está acontecendo<br />

com a máquina e os operadores se conscientizam<br />

de estarem sendo monitorados em tempo integral”, comenta<br />

Gerson.<br />

O gerente de Operações Florestais da Celulose Riograndense,<br />

José Luiz Bazzo, também passou a utilizar o Timber-<br />

Fleet, depois que seus prestadores de serviço aderiram ao<br />

programa. “Para nós, como usuários, o grande diferencial é a<br />

disponibilidade da informação a qualquer momento, uma vez<br />

que a transmissão de dados acontece através de satélites privados”,<br />

destaca. Ele ressaltaque o sistema é simples de operar,<br />

o que facilita a visualização dos dados. “Os gestores podem<br />

planejar e controlar melhor as operações, seja em relação à<br />

produtividade e operacionalidade ou localização dos equipamentos”,<br />

completa.<br />

Foi com o intuito de agilizar as informações vindas do campo<br />

que Celestino Munari, diretor administrativo da <strong>Florestal</strong><br />

Barra, decidiu implementar o sistema na frota de harvesters e<br />

forwarders da empresa sendo pioneiro na região. “Queríamos<br />

uma tecnologia com a qual poderíamos monitorar as operações<br />

e equipamentos em tempo real, com dados atualizados,<br />

com precisão e confiabilidade”, explica.<br />

Ele conta que depois que passou a utilizar o Timber Fleet,<br />

eliminou os apontamentos feitos manualmente no campo.<br />

“Com o sistema e as informações enviadas de forma online,<br />

facilitou o trabalho dos operadores e mecânicos em enviar as<br />

informações, que chegam instantaneamente, proporcionando<br />

rapidez e agilidade na tomada de decisões.”<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

61


ESPECIAL<br />

AGORA É LEI<br />

Fotos: divulgação<br />

TERCEIRIZAÇÃO<br />

SAI DA GAVETA,<br />

AGORA EMPRESAS<br />

E TRABALHADORES<br />

TÊM REGRAS<br />

CLARAS PARA SE<br />

PAUTAR<br />

62<br />

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Câmara dos deputados aprovou o projeto<br />

por 231 votos a 188<br />

D<br />

epois de anos de debate e regulações somente<br />

por meio de jurisprudência, finalmente foi sancionada<br />

pela Presidência da República a lei que<br />

oficializa a terceirização da mão-de-obra. A prática era<br />

amplamente utilizada pela indústria e muito comum nos<br />

processos de silvicultura, colheita e transporte florestal.<br />

As entidades empresariais aprovaram a homologação do<br />

projeto que confere segurança jurídica à atividade e deve<br />

gerar mais empregos.<br />

De acordo com dados da CNI (Confederação Nacional<br />

da Indústria), 63% das indústrias recorreram à terceirização<br />

nos últimos três anos. Isto mostra a importância da<br />

prestação de serviços dentro das empresas, ainda antes<br />

da aprovação da regulação específica. “O principal avanço<br />

é o fim da dicotomia entre as chamadas atividades meio<br />

e atividades fim, um conceito aplicado apenas no Brasil<br />

e que, por ser abstrato, abria espaço para interpretações<br />

subjetivas e conflitantes”, avalia Sylvia Lorena, gerente-<br />

-executiva de Relações do Trabalho da CNI.<br />

Ao contrário do que argumentam críticos da lei, para<br />

a executiva, o projeto sancionado pelo Presidente Michel<br />

Temer facilita a vida das empresas e protege o trabalhador.<br />

“A lei aprovada amplia a rede de proteção ao terceirizado,<br />

obrigando a contratante a, por exemplo, assegurar<br />

as condições adequadas de SST (Saúde e Segurança no<br />

Trabalho) para terceirizados que exerçam atividades dentro<br />

de suas dependências.”<br />

EXPERTISE<br />

É difícil imaginar que empresas do setor florestal mantenham<br />

a competitividade sem o apoio das prestadoras de<br />

serviço. Até porque a expertise da maioria das indústrias<br />

<strong>Maio</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

63


ESPECIAL<br />

está voltada para a fabricação do produto, como papel,<br />

celulose e painéis de madeira. A energia destas companhias,<br />

normalmente, está voltada para o parque industrial,<br />

o que abre espaço para as terceirizadas, especialistas<br />

nas respectivas áreas de atuação, realizem as atividades<br />

de transporte, colheita e plantio.<br />

“O principal ponto da lei para as indústrias de árvores<br />

plantadas é a liberação da terceirização inclusive das<br />

atividades-fim das empresas, possibilitando a contratação<br />

de empresas especializadas para determinados serviços,<br />

uma vez que o setor é formado, na essência, por empresas<br />

que agrupam distintas fases do processo de produção,<br />

desde o desenvolvimento de mudas até os produtos industrializados”,<br />

destaca Elizabeth de Carvalhaes, presidente<br />

executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e a<br />

atual presidente do Icfpa (International Council of Forest<br />

and Paper Associations) - conselho que reúne as associações<br />

mundiais do setor florestal.<br />

De acordo com ela, com esta alteração, as empresas<br />

poderão estruturar estratégias com mais eficiência, ter-<br />

“O PRINCIPAL AVANÇO É O<br />

FIM DA DICOTOMIA ENTRE AS<br />

CHAMADAS ATIVIDADES MEIO E<br />

ATIVIDADES FIM, UM CONCEITO<br />

APLICADO APENAS NO BRASIL E<br />

QUE, POR SER ABSTRATO, ABRIA<br />

ESPAÇO PARA INTERPRETAÇÕES<br />

SUBJETIVAS E CONFLITANTES”<br />

SYLVIA LORENA,<br />

GERENTE-EXECUTIVA DE RELAÇÕES DO<br />

TRABALHO DA CNI<br />

Bastante comum, a terceirização<br />

na colheita florestal agora possui<br />

segurança jurídica<br />

64<br />

www.referenciaflorestal.com.br


ceirizando serviços que terão melhor rentabilidade e retorno<br />

se realizados fora da empresa. Além de aumentar a<br />

competitividade empresarial, principalmente no cenário<br />

externo, esta novidade na legislação poderá impulsionar a<br />

geração de empregos no mercado interno.<br />

A executiva também concorda que as regras da terceirização<br />

permitirão que as decisões judiciais estejam baseadas<br />

em itens previstos na legislação trabalhista, minimizando<br />

as interpretações que geram conclusões distintas e<br />

gerando mais segurança tanto para o empregador quanto<br />

para o empregado.<br />

“Porém, vale lembrar que a terceirização é apenas um<br />

dos itens da reforma trabalhista. A modernização da relação<br />

capital–trabalho e a reforma trabalhista PL6787/16,<br />

enviada pelo governo ao congresso em dezembro de<br />

2016, por exemplo, precisam ser discutidas com urgência”,<br />

adverte.<br />

Agora todas as<br />

atividades podem<br />

ser terceirizadas<br />

A solução completa em peças e implementos para sua operação florestal


ARTIGO<br />

CRESCIMENTO E<br />

FITOEXTRAÇÃO EM<br />

ESPÉCIES FLORESTAIS<br />

APÓS ADIÇÃO DE<br />

LODO DE CURTUME<br />

NO SUBSTRATO<br />

Fotos: divulgação<br />

E<br />

ste trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento<br />

das mudas de espécies florestais após a adição do lodo<br />

de curtume como componente de substrato comercial,<br />

na produção de quatro espécies nativas: angico vermelho<br />

(Anadenanthera colubrina), angico branco (Anadenanthera<br />

macrocarpa), aroeira salsa (Schinus mole), mutambo (Guanzuma<br />

ulmifolia) e uma exótica: eucalipto (Eucalyptus urophylla)<br />

como também avaliar a fitoextração de nutrientes e de cromo<br />

do substrato. Foram avaliadas cinco doses: 5, 10, 15, 20 e 25%<br />

de lodo curtume na composição do substrato comercial a base<br />

de casca de pinus. Após a semeadura no substrato acondicionado<br />

em tubetes, de acordo com cada tratamento, foi acompanhado<br />

o desenvolvimento das mudas, durante 120 dias, com<br />

avaliações de diâmetro de colo e de produção de biomassa no<br />

sistema radicular e parte aérea das nas plantas, como também<br />

foram avaliados os teores de macro e micronutrientes, acúmulo<br />

de cromo no tecido foliar e teor final de cromo no substrato.<br />

As espécies de aroeira salsa, eucalipto e mutambo responderam<br />

positivamente à adição de até 25% de lodo de curtume<br />

no substrato. Sendo que a aroeira salsa apresentou a maior<br />

capacidade de absorção de cromo na parte aérea e também se<br />

destacou como a espécie de melhor crescimento em resposta<br />

a adição do lodo no substrato. O teor de cromo no substrato foi<br />

reduzido após o crescimento das mudas, sendo menor quando<br />

se produziu o eucalipto.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O lodo é um resíduo sólido produzido após o tratamento<br />

de águas residuárias que podem ter origem agroindustrial ou<br />

urbana. O aumento da urbanização e industrialização tem resultado<br />

em aumento no volume de lodos produzidos em todo<br />

o mundo, por exemplo, a atividade industrial americana gera<br />

e dispõe aproximadamente 7,6 bilhões de t (toneladas) de resíduos<br />

sólidos industriais por ano (Santos 2010). Enquanto no<br />

Brasil, são gerados cerca de 97 milhões de t (Ipea 2012).<br />

Os curtumes são grandes produtores de lodo e sempre foram<br />

conhecidos como vilões do meio ambiente; conceito este<br />

que remonta do tempo em que não havia nenhum tratamento<br />

66<br />

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DANIELE MOZZINI SILVA<br />

ENGENHEIRA AMBIENTAL<br />

ADEMIR SERGIO FERREIRA DE ARAUJO<br />

PROFESSOR ASSOCIADO DA UFPI (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ)<br />

FABIO FERNANDO DE ARAUJO<br />

PROFESSOR DOUTOR PELA UNOESTE (UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA)<br />

O artigo completo com tabelas, gráficos, material e método pode<br />

ser acessado pelo endereço www.ipef.br/publicacoes/scientia


ARTIGO<br />

Aroeira salsa, eucalipto e mutambo responderam<br />

positivamente à adição de até 25% de lodo<br />

dos resíduos, sendo estes totalmente despejados em rios (Albuquerque,<br />

2010).<br />

O tratamento de resíduos líquidos gerados na atividade de<br />

curtimento dá origem a resíduos semi-sólidos, lodos, que normalmente,<br />

são dispostos de forma inadequada em áreas agrícolas<br />

(Aquino Neto; Camargo, 2000). Estes lodos são constituídos<br />

de materiais orgânicos de origem animal misturados com<br />

sais inorgânicos, e alguns desses componentes são nutrientes<br />

importantes para plantas e microrganismos. Entretanto, existem<br />

nesses lodos relativas quantidades de elementos químicos<br />

que podem ter efeitos negativos sobre a qualidade do solo e<br />

o crescimento das plantas (Araujo et al., 2011; Santos, 2010).<br />

A disposição de resíduos no solo é uma prática cada vez<br />

mais utilizada. Para a aplicação de lodos de curtumes em áreas<br />

agrícolas, adotou-se a premissa de que, desde que atendidos<br />

critérios que garantam a minimização de riscos de poluição, tal<br />

prática deve proporcionar benefício agrícola para a cultura e/<br />

ou melhoria na utilização da área (Cetesb, 1999).<br />

Os substratos agrícolas para produção de mudas podem<br />

ser definidos como materiais adequados para providenciar a<br />

retenção das quantidades suficientes de água e de nutrientes,<br />

além de manter o pH compatível e de garantir adequada condutividade<br />

elétrica (Trigueiro et al., 2003), com função de suportar<br />

o sistema radicular das mudas em crescimento (Silva et<br />

al, 2011). Na composição do substrato, a fonte orgânica é responsável<br />

pela retenção da umidade e liberação dos nutrientes<br />

que serão absorvidos pelas plantas.<br />

A utilização do lodo como substrato para mudas deve ser<br />

feito de forma criteriosa, afim de não aumentarem os riscos<br />

de contaminações dos solos e das matas ciliares ou aquíferos<br />

subterrâneos. Faz-se necessário que a aplicação do lodo em<br />

plantios florestais seja feita em concernência com à legislação<br />

vigente, por técnico habilitado, pois a presença de metais pesados<br />

e/ou organismos patogênicos no lodo acima dos teores<br />

permitidos impossibilita sua utilização em plantios florestais.<br />

Os danos ambientais causados pela aplicação indiscriminada<br />

do lodo podem ser sérios, causando bioacumulação, com reflexos<br />

na cadeia trófica (Siqueira, 2010).<br />

Estudos sobre a viabilidade da utilização do lodo na produção<br />

de mudas têm avançado conforme aumenta a demanda<br />

de substrato de qualidade e também aumenta a oferta de lodo<br />

tratado com necessidade de uma destinação final adequada<br />

(Siqueira, 2010). A produção de mudas florestais também<br />

pode ser uma forma de utilização racional de lodo do caleiro,<br />

proveniente do processo primário de curtimento de couro. No<br />

entanto, a adição desse resíduo requer estabelecimento de dosagens<br />

limitadas que podem ser utilizadas, que poderá variar<br />

conforme as exigências nutricionais das espécies florestais e<br />

sua resistência aos teores dos elementos químicos fitotóxicos<br />

(Franczak et al., 2008).<br />

A partir da necessidade de se estudar o do uso do lodo<br />

de curtume na composição do substrato, este trabalho teve<br />

como objetivos avaliar o efeito da adição de lodo de curtume<br />

ao substrato comercial no crescimento de mudas de quatro<br />

espécies florestais nativas: aroeira salsa, mutambo, angico vermelho<br />

e angico branco e uma exótica, eucalipto, bem como<br />

avaliar a fitoextração de nutrientes e de cromo do substrato.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

A adição do lodo de curtume ao substrato conferiu ganhos<br />

crescentes na concentração de cálcio, cobre e manganês, mas<br />

não conferiu aumentos consideráveis de nitrogênio e fósforo,<br />

nutrientes importantes e de grandes demandas para crescimento<br />

de mudas.<br />

A produção de biomassa pelas mudas dos angicos branco e<br />

vermelho, tanto na parte aérea quanto no sistema radicular fo-<br />

68<br />

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ram reduzidas com o aumento da proporção de lodo de curtume<br />

no substrato. Por outro lado, as mudas de mutambo apresentaram<br />

aumentos em massa de raízes e de parte aérea, com<br />

os ajustes quadráticos mais significativos (p


ARTIGO<br />

proteína foliar quando cresceu em solo acrescido com doses<br />

de lodo de curtume.<br />

Ocorreram poucos ajustes significativos para acúmulo de<br />

macronutrientes nas diferentes espécies avaliadas, destacando-se<br />

apenas o acúmulo de fósforo e potássio em algumas<br />

espécies. O acúmulo de fósforo (P) no tecido foliar das cinco<br />

espécies aumentou nas espécies de aroeira e mutambo, com<br />

ajuste linear. Entretanto, verificou-se redução no acúmulo de<br />

fósforo mesmo com aumentos a dose de lodo no substrato,<br />

nos angicos. Isto pode ser explicado, em parte, pelo maior<br />

crescimento das plantas nestes tratamentos e em consequência<br />

da maior absorção de P provocando o chamado “efeito<br />

de diluição” do elemento químico na planta (Malavolta, et<br />

al., 1997). O lodo de curtume tem sido apresentado como um<br />

resíduo pobre em fósforo e geralmente conduz a deficiências<br />

nos teores foliares desse elemento na planta, em estudos de<br />

avaliação nutricional após a disposição desse resíduo no solo<br />

(Gamba, 2012). Com relação ao potássio pode ser destacado o<br />

maior acúmulo, com ajuste linear, para o mutambo<br />

Com relação ao acúmulo de micronutrientes, também não<br />

ocorreram ajustes significativos, na maioria dos elementos.<br />

Houve o maior acúmulo de manganês (Mn) pelas espécies de<br />

mutambo e eucalipto avaliados em resposta ao aumento das<br />

doses de lodo. Pode ser destacado, o ajuste linear (p


condutividade elétrica no solo. Tavares et al. (2013) concluíram<br />

que o lodo de curtume tem potencial de correção da acidez<br />

do solo, com aumento pouco expressivo dos indicadores de<br />

salinidade, sodicidade e do teor de Cr+3 disponível. No tocante<br />

ao cromo também existe a falta de comprovação científica<br />

da oxidação do Cr+3 em Cr +6 após adição do resíduo no<br />

solo (Aquino Neto; Camargo, 2000; Konrad; Castilhos, 2002).<br />

Por outro lado, a maioria dos trabalhos citados anteriormente<br />

indica sempre algum benefício da aplicação do lodo nos sistemas<br />

agrícolas, podendo ser destacado: correção e fertilização<br />

do solo e aumento da atividade microbiana.<br />

A proposta desse estudo de incorporar o lodo de curtume<br />

no substrato pode reduzir impactos ambientais, pela possibilidade<br />

de melhor distribuição do resíduo no solo, menores taxas<br />

de aplicação, além da possibilidade da fitoextração de elementos<br />

com potencial de poluição ao ambiente. Considerando-se<br />

a dose máxima avaliada de 25% do resíduo misturado ao substrato<br />

e o número aproximado de plantas por hectare em reflorestamentos,<br />

no caso do eucalipto, 1670 plantas por hectare, a<br />

taxa de aplicação ficará próxima de 12,5 kg de lodo de curtume<br />

seco por hectare. Ou no caso do lodo avaliado no estudo, 22<br />

gramas de cromo por hectare. Em 2012, a área plantada com<br />

eucalipto no país atingiu 5,0 milhões de hectares, representando<br />

71,0% do total das florestas plantadas (Abraf, 2013). Neste<br />

contexto, esta área poderia atender a disposição de até 62.500<br />

toneladas de lodo seco. Segundo a Cetesb (2014), pode ser<br />

estimado uma produção anual de 168.000 toneladas de lodo<br />

de curtume, na base seca, no Brasil. Ou seja, a adição de 25%<br />

do resíduo no substrato para produção de mudas de eucalipto<br />

pode atender a disposição, com redução de impactos, de um<br />

terço do lodo de curtume gerado pelo curtumes brasileiros.<br />

Pode ser destacado que a maioria das espécies florestais<br />

avaliadas neste estudo, exceto os angicos, apresentaram ganhos<br />

de crescimento com o acréscimo do lodo de curtume ao<br />

substrato e que não foram detectados sintomas de fitotoxidez<br />

em razão do uso do resíduo nas doses empregadas nesse<br />

estudo. São de fundamental importância novos estudos com<br />

avaliação de crescimento das plantas em condições de campo.<br />

CONCLUSÕES<br />

- As espécies de aroeira salsa, eucalipto e mutambo responderam<br />

positivamente à adição de até 25% de lodo de curtume<br />

no substrato para produção de mudas.<br />

- A aroeira salsa apresentou a maior capacidade de absorção<br />

de cromo na parte aérea e também se destacou como de<br />

melhor crescimento em resposta a adição do lodo no substrato.<br />

- O teor de cromo no substrato foi reduzido após o crescimento<br />

de todas as espécies florestais avaliadas, com destaque<br />

para o desempenho do eucalipto.<br />

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AGENDA<br />

JULHO <strong>2017</strong><br />

JULY <strong>2017</strong><br />

MAIO <strong>2017</strong><br />

MAY <strong>2017</strong><br />

Ligna<br />

22 a 26<br />

Hanover - Alemanha<br />

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Regeneração florestal em ambientes alterados<br />

11 a 13<br />

Corvallis (Estados Unidos)<br />

blogs.oregonstate.edu/forestregen<strong>2017</strong><br />

Interforst<br />

18 a 22<br />

Munique (Alemanha)<br />

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JUNHO <strong>2017</strong><br />

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Jönköping – Suécia<br />

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20 a 22<br />

Curitiba (PR)<br />

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DESTAQUE<br />

SETEMBRO <strong>2017</strong><br />

SEPTEMBER <strong>2017</strong><br />

Lignum Brasil<br />

20 a 22<br />

Curitiba (PR)<br />

www.lignumbrasil.com.br<br />

Expobiomassa<br />

26 a 29<br />

Valladolid (Espanha)<br />

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NOVEMBRO <strong>2017</strong><br />

NOVEMBER <strong>2017</strong><br />

Expocorma<br />

8 a 10<br />

Santiago – Chile<br />

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LIGNA<br />

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Hanover - Alemanha<br />

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principais fabricantes de máquinas para a madeira e<br />

floresta do mundo. A Ligna <strong>2017</strong>, que acontece nos dias<br />

22 a 26, abre espaço para que profissionais e tomadores<br />

de decisão de empresas ligadas à manufatura de produtos<br />

madeireiros e de colheita florestal conheçam novidades e<br />

tendências do setor<br />

Imagem: reprodução<br />

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ESPAÇO ABERTO<br />

FALHAS NO SISTEMA DOF:<br />

COMO FICA O SETOR<br />

FLORESTAL?<br />

Foto: reprodução<br />

Por Geraldo Bento<br />

Presidente do Fnbf (Fórum Nacional de Atividades de Base <strong>Florestal</strong>)<br />

N<br />

ós, do setor de base florestal, sabemos o quanto nossas<br />

atividades são fiscalizadas e monitoradas e, consequentemente,<br />

burocratizadas e engessadas pela quantidade<br />

de procedimentos que temos que cumprir diariamente.<br />

São dezenas de notas, guias, aceites, licenças, taxas e documentos<br />

diferentes com os quais lidamos em cada etapa do processo,<br />

desde a exploração até a comercialização de nossos produtos.<br />

Sem entrar no mérito da necessidade da rediscussão dos procedimentos,<br />

sabemos que, no momento, esses são ossos do ofício<br />

de quem quer atuar dentro da legalidade. O problema é que<br />

a falta de eficiência dos sistemas dos quais dependemos, muitas<br />

vezes, nos impede de exercer nossas atividades. E a pressão atual<br />

sobre o setor, no âmbito fiscal, ambiental e mercadológico é muito<br />

grande.<br />

Para que todo esse sistema complexo funcione, para a roda<br />

continuar girando, cada elo da corrente precisa cumprir sua função<br />

e ter compromisso com o desenvolvimento das atividades do<br />

setor de base florestal e com a economia do país, diretamente<br />

impactada por este segmento. Acontece que não é essa a postura<br />

que estamos vendo por parte do Ibama, quanto aos problemas<br />

de funcionamento do sistema de emissão do DOF (Documento<br />

de Origem <strong>Florestal</strong>).<br />

Quem é do setor conhece, mas vale explicar para quem não<br />

o acompanha de perto, que o DOF é um documento obrigatório,<br />

emitido via sistema do Ibama, para o controle do transporte de<br />

produtos e subprodutos florestais nativos que os acompanha da<br />

origem (pátio da empresa) ao destino (comprador). Ou seja, sem<br />

ele as cargas não podem ser transportadas, sob pena de apreensão<br />

dos produtos e enquadramento e penalização do empresário<br />

por crime ambiental.<br />

Desde o final de 2016, quando, de acordo com informações<br />

do próprio Ibama, o Sistema DOF, antes gerido por uma empresa<br />

terceirizada, foi transferido para a responsabilidade do Ministério<br />

do Meio Ambiente, ele apresenta sérios problemas. Foram<br />

períodos de oscilação e falhas e, mais recentemente, o Sistema<br />

DOF chegou a passar mais de cinco dias seguidos fora do ar. Essa<br />

situação de oscilação se estende até hoje, afetando grandes regiões<br />

produtoras e consumidoras. As entidades que representam<br />

o setor, entre elas o Fnbf, estão cobrando insistentemente uma<br />

solução.<br />

O desrespeito é tão grande que nem sabemos se nossos<br />

protestos estão sendo ouvidos, ou se nossas solicitações estão<br />

sendo consideradas. A cada ligação feita ao órgão é dada uma<br />

justificativa diferente e sempre com a promessa de que “amanhã<br />

o sistema voltará à normalidade”. Não se viu, até o momento,<br />

nas páginas oficiais do órgão ao menos uma nota de esclarecimento<br />

que informe os motivos desta inoperância e muito menos<br />

apresente alternativas para minimizar os prejuízos gerados para<br />

o setor florestal.<br />

A atual crise econômica do país já está impondo às empresas<br />

sérias restrições. Desde o ano passado, muitas delas viram suas<br />

margens de lucro despencar, foram obrigadas a conceder férias<br />

coletivas aos funcionários e reduziram seus quadros para manter<br />

as empresas ativas. Ainda estamos para ver de que tamanho será<br />

o prejuízo final ocasionado por mais esta situação, mas podemos<br />

afirmar, sem sombra de dúvidas, que será enorme.<br />

Imaginem que o frete de um caminhão bitrem, seja de R$<br />

1.000 ao dia, que é a média no estado de Mato Grosso, por exemplo.<br />

Agora imaginem esse caminhão carregado, parado por cinco<br />

dias por falta de DOF e multipliquem isso pelas empresas de<br />

todo o Brasil. São milhares de empresas com caminhões parados,<br />

acumulando prejuízos diários, desonrando contratos, perdendo<br />

clientes e deixando de gerar renda e movimentar a economia do<br />

país. Tememos que se esse quadro não for revertido, mais demissões<br />

serão inevitáveis.<br />

Nesse contexto de crise, impedir as atividades de um setor<br />

produtivo inteiro demonstra uma grande e absurda irresponsabilidade<br />

e total descaso. Até onde sabemos, e sabemos pouco, nenhuma<br />

providência está sendo tomada para resolver a questão.<br />

Exigimos soluções, exigimos transparência por parte dos órgãos<br />

ambientais e exigimos, acima de tudo, respeito ao setor que sempre<br />

foi e ainda é um dos pilares da economia do país!<br />

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