Propaganda_Junho2014
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edição 794 • ano 61 • junho de 2017 • R$ 15,50 • revistapropaganda.com.br<br />
ISSN 0033-1244<br />
EntrEvista<br />
Rogério Dezembro, CEO da<br />
Capital Live, fala do<br />
sucesso do Allianz Parque<br />
Prêmio<br />
As melhores<br />
campanhas da 3ª edição<br />
do Desafio Estadão
QUEM SABE FAZ<br />
RESULTADOS AO<br />
Cheil. Agência de Live Marketing da Samsung também pode ser a sua.<br />
Eventos, promoções, ativações, PDV, endomarketing, incentivos, digital e muito mais.<br />
Lançamento Galaxy S8.<br />
O lançamento do Galaxy S8 no Brasil foi surpreendente. Montado em<br />
48 horas na Sala São Paulo, ele teve a mesma grandiosidade do<br />
lançamento mundial em Nova York. A sala, repleta de convidados,<br />
vivenciou em primeira mão todas as inovações do Galaxy S8.<br />
Palmeiras – Revista Rosa.<br />
Uma revista diferente foi feita no Allianz Parque: um exame de toque<br />
de mamas. As mulheres com nódulo foram encaminhadas para fazer<br />
a mamografia. 4.000 examinadas, 237 fizeram o exame, 12 delas<br />
tinham nódulos benignos e 1 delas tinha câncer. A torcedora está curada.<br />
Projeto Olímpico.<br />
Mais de 3,1 milhões de pessoas impactadas nas<br />
ativações, ajudando a Samsung a se tornar uma das<br />
marcas mais lembradas durante a Olimpíada.
OS MELHORES<br />
VIVO.<br />
11 - 2181 3100 novosnegocios@cheil.com
ISSN 0033-1244<br />
edição 794 • ano 61 • junho de 2017 • R$ 15,50 • revistapropaganda.com.br<br />
ENTREVISTA<br />
Rogério Dezembro, CEO da<br />
Capital Live, fala do<br />
sucesso do Allianz Parque<br />
PRÊMIO<br />
Conheça as melhores<br />
campanhas da 3ª edição<br />
do Desafio Estadão<br />
42Especial –As campanhas vencedoras<br />
da 3ª Desafio Estadão<br />
32<br />
Perfil - Ampro, a<br />
força do live marketing<br />
frente às ferramentas de<br />
comunicação tradicional<br />
Fotos: divulgação<br />
14<br />
Entrevista – Rogério<br />
Dezembro, CEO da Capital<br />
Live, empresa criada<br />
pela WTorre, construtora<br />
responsável por erguer<br />
o Allianz Parque<br />
28<br />
46<br />
48<br />
50<br />
Homenagem – Morre<br />
Zaragoza, vive seu legado<br />
na publicidade<br />
Making Of – F/Nazca<br />
Saatchi & Saatchi busca<br />
magia em campanha<br />
para Leica P&B<br />
Carreira – Presidente da<br />
Invent Live deixou curso<br />
de medicina para se<br />
dedicar ao live marketing<br />
Hobby – Publicitário<br />
da Fri.to é cinéfilo<br />
7. Editorial – Mês de Cannes<br />
8. E-mails<br />
10. Memória – Os primórdios da<br />
propaganda radiofônica<br />
20. Zap<br />
22. Linha direta – Onomonomo<br />
onomo<br />
24. Vaivém<br />
26. Opinião – Promova nas pessoas<br />
a crença em si mesmas, e o<br />
sucesso virá<br />
44. Obladi, Obladá – A paranomásia<br />
na publicidade<br />
52. Digital – Remando a favor do<br />
brand safety<br />
54. Viagem – Roteiro turístico de<br />
executivo da produtora Trio tem que<br />
agregar muito além da viagem em si<br />
58. Gastronomia – Rodrigo Novaes,<br />
da Sampa Comunicação gosta de pôr<br />
a mão na massa<br />
57. Livros<br />
60. Click do Alê<br />
62. Dorinho<br />
6 propaganda | junho 2017
editorial<br />
(Pedro Yves)<br />
Mês de Cannes<br />
“O Brasil pode ser considerado uma potência<br />
entre os concorrentes, sendo sempre um<br />
dos países mais premiados a cada edição.<br />
Voilá seja assim este ano também!”<br />
Junho é uma data especial no calendário da propaganda em todo o mundo por<br />
ser o mês em que é realizado na França, no paradisíaco balneário de Cannes, na<br />
Cote D’Azur às margens do Mediterrâneo, o mais famoso festival internacional de<br />
criatividade, conhecido como Festival de Cannes. O sonho de qualquer publicitário<br />
é um dia subir ao palco do Palais du Festival para receber o cobiçado leão – de<br />
preferência, é claro, o de ouro, mas ter um de prata ou mesmo de bronze exibido<br />
na prateleira de casa ou da agência também não pega mal. O Brasil pode ser considerado<br />
uma potência entre os concorrentes, sendo sempre um dos países mais<br />
premiados a cada edição. Voilá seja assim este ano também!<br />
* * *<br />
Um comercial das lojas Riachuelo sobre o Dia dos Namorados provocou críticas<br />
de ONGs e afins pelo fato de “só” ser estrelado por um casal heterossexual. Reclamam<br />
os tais críticos que isso não ajuda a valorizar a diversidade de gêneros.<br />
O mínimo que se pode contra-argumentar é que tais críticas são ridículas: desde<br />
quando um filme de caráter comercial tem a obrigação de divulgar outro conteúdo<br />
que não o do seu objetivo final, que é vender produtos ou serviços? Por que<br />
deve ter um “caráter social”, sendo que nem toda a população é obrigada a ter<br />
simpatias por qualquer diversidade, seja ela qual for? Esse tipo de atitude, vinda<br />
sempre de setores autodenominados “progressistas”, pode ser adjetivada de outro<br />
modo, muito mais realista: são atitudes autoritárias ou, indo direto ao ponto,<br />
fascistas. Felizmente, apesar do barulho que fazem, tais setores se resumem a<br />
poucos gatos pingados, enquanto a imensa maioria da população é indiferente<br />
às suas causas.<br />
Pedro Yves é diretor de redação<br />
pedroyves@editorareferencia.com.br<br />
* * *<br />
O entrevistado do mês é o CEO da Capital Live, Rogério Dezembro. A empresa<br />
que ele dirige é a responsável pelos eventos que são realizados no Allianz Parque<br />
– à exceção do futebol. Trata-se do único caso de sucesso de uma arena multiuso<br />
no país. Antes da última Copa do Mundo de futebol, diversas arenas foram construídas<br />
Brasil afora. O objetivo era o de que, passada a Copa, sediariam eventos<br />
os mais diversos que não apenas os jogos de futebol, servindo assim de maneira<br />
mais ampla às suas comunidades. Porém, passados três anos, somente a arena<br />
do Palmeiras alcançou esse objetivo. As outras se tornaram deficitárias – algumas<br />
viraram verdadeiros elefantes brancos – e encontram-se, em muitos casos, envolvidas<br />
em escândalos de corrupção. Motivo: todas, menos o Allianz Parque, foram<br />
erguidas com dinheiro público, o que no Brasil é quase sinônimo de corrupção,<br />
desperdício e incompetência.<br />
propaganda | junho 2017 7
(revista propaganga.com.br)<br />
Erratas<br />
Perfil<br />
No box da matéria Perfil (edição 793)<br />
100 dias de ‘#tudo de novo’,<br />
a foto correspondente ao case<br />
“Campanha da Johnson’s Baby<br />
conquista a internet” é esta.<br />
Especial<br />
Na matéria Especial (edição 793) houve troca nas imagens de Gabriel Araújo e<br />
Diego Freitas. Confira foto e minibiografia de cada um:<br />
Diretor de Redação: Pedro Yves<br />
propaganda@editorareferencia.com.br<br />
Editora assistente: Suzi Cavalari<br />
suzi@editorareferencia.com.br<br />
Editor de fotografia: Alê Oliveira<br />
Direção de arte: Anilton Rodrigues Marques<br />
anilton@editorareferencia.com.br<br />
COLABORADORES<br />
Carlos Castelo, Dorinho Bastos, José Eustachio,<br />
Nelson Varón Cadena e Alberto Pardo<br />
diretora comercial<br />
Mel Floriano<br />
mel@editorareferencia.com.br<br />
Gerente comercial<br />
Monserrat Miró<br />
monserrat@editorareferencia.com.br<br />
Diego Freitas<br />
-Iniciou carreira numa gráfica de Belo Horizonte<br />
-Arte finalista, designer, produtor gráfico e faz tudo.<br />
-Partiu para a Europa em 2003 para retornar 10 anos<br />
depois. Trabalhou como freelancer por anos em<br />
Lisboa, Madrid e Londres. Em Lisboa, trabalhou cinco<br />
anos na maior agência independente de health do<br />
país. Foi supervisor de criação na Ray Gun (agência<br />
digital da Nintendo) na Iberia e na FunnyHow, onde<br />
ganhou projeção internacional com cases para Guinness<br />
e Desperados. De volta ao Brasil como Country<br />
manager, se estabeleceu em São Paulo, onde mais<br />
tarde voltou ao mercado de health como diretor de<br />
Criação na Havas Life SP.<br />
Zap<br />
A Mutato, diferentemente do que foi publicado na<br />
nota Expansão internacional, não é um braço da J.<br />
Walter Thompson, como o texto menciona. Desde<br />
que a agência surgiu, cinco anos atrás, ainda com<br />
uma equipe reduzida a uma dezena de profissionais,<br />
já contava com endereço próprio, clientes<br />
próprios (alguns conflitantes, inclusive, como era<br />
o caso de Google, atendido pela Mutato; e Microsoft,<br />
atendido pela J. Walter Thompson) e estrutura<br />
acionária própria (o Grupo WPP é sócio dos<br />
fundadores Andre Passamani e Eduardo Camargo,<br />
via Thompson).<br />
Gabriel Araújo<br />
-VP de criação da Ketchum<br />
e da Little George, hot shop<br />
criativa do mesmo grupo<br />
-Atua há 15 anos no mercado<br />
publicitário como redator e<br />
diretor de criação<br />
-Acumula passagens por<br />
agências como: Energia, Y&R,<br />
Etco Ogilvy, Dim&Canzian e<br />
OneWG<br />
Diretor-presidente<br />
Armando Ferrentini<br />
Consultora de marketing<br />
Tatiana Milani Ferrentini<br />
tatiana@editorareferencia.com.br<br />
Diretor-Executivo<br />
Tiago A. Milani Ferrentini<br />
tferrentini@editorareferencia.com.br<br />
circulação<br />
Vendas de Assinaturas/Central de Renovações/Exemplares<br />
Atrasados/Central de<br />
Atendimento a Assinantes:<br />
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SÃO PAULO<br />
Rua François Coty, 228 - CEP 01524-030<br />
São Paulo - SP - Tels.: (11) 2065-0738<br />
DEMAIS ESTADOS:<br />
0800 704 414 9<br />
A revista <strong>Propaganda</strong> é uma pu blicação<br />
mensal da Editora Refe rência Ltda.<br />
Tiragem 20 mil exemplares<br />
CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO<br />
FILIAção:<br />
Fale com a redação. Envie sua opinião para: propaganda@editorareferencia.com.br<br />
As mensagens recebidas poderão ser editadas e publicadas de forma reduzida.<br />
A revista <strong>Propaganda</strong> utiliza a<br />
tinta ecológica ISO BIO-REVERSE,<br />
da Premiata na impressão de<br />
suas edições<br />
8 propaganda | junho 2017
A FÓRMULA<br />
DA CRIATIVIDADE<br />
EXISTE.<br />
O RESULTADO.<br />
Na Score Group, a construção de marca ganha<br />
força com projetos orientados à conversão de<br />
vendas. Pessoas motivadas em busca do verdadeiro<br />
significado de ser um especialista em PDV e em<br />
Shopper Experience, aliado ao investimento na<br />
gestão de projetos, fazem com que clientes como<br />
Ambev, Mondeléz, BRF, Fiat, McDonald’s, Top Cau<br />
e Riachuelo sejam parte da nossa história.<br />
São cases de sucesso como esses, com resultados<br />
tangíveis, que trazem à casa mais dois clientes de<br />
peso:<br />
Nextel e Suvinil .<br />
Sejam bem-vindos à Score Group.<br />
www.scoregroup.com.br<br />
Shopper Experience
memória<br />
(Cadena)<br />
imagens: divulgação<br />
Os primórdios da<br />
propaganda radiofônica<br />
> Nelson Varón Cadena é autor do livro “Brasil –<br />
100 Anos de <strong>Propaganda</strong>” e editor do blog<br />
almanaquedacomunicacao.com.br/blog<br />
Na contramão do mundo, o Brasil inventou um modelo de radiodifusão que deu<br />
errado desde o início, de modo que, cinco anos depois da inauguração da emissora<br />
pioneira no Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, as poucas estações<br />
de rádio existentes do país experimentavam, sem sucesso, diversos meios de<br />
sobrevivência. Enquanto nos Estados Unidos e na Europa a radiodifusão nasceu<br />
com grandes investimentos de fornecedores de equipamentos, no Brasil criamos<br />
um protótipo de rádio direcionado para a educação e, teoricamente, sustentado<br />
pelos próprios ouvintes, agregados em sociedades e clubes. Deu tudo errado.<br />
A publicidade foi a salvação. Mas, antes de entrar no assunto, este artigo tem o<br />
intuito de corrigir um equívoco que se consolidou ao longo de muitas décadas<br />
e, infelizmente, faz parte da historiografia do rádio, a balela de que somente a<br />
partir de 1932, em função do Decreto-lei 21.111, de iniciativa do presidente Getúlio<br />
Vargas, o rádio passou a ter inserções de publicidade. O que o decreto fez<br />
foi normatizar e americanizar (no formato) o que já existia desde 1924, quando<br />
Ismael Bitencourt recebeu um ofício de Roquete Pinto, fundador da Rádio Sociedade,<br />
credenciando-o para buscar apoio comercial, junto às principais firmas da<br />
10 propaganda | junho 2017
capital. Dois anos depois, em 1926,<br />
a emissora credenciou o escritório<br />
de publicidade de A. de Queiroz,<br />
segundo constatamos através de<br />
anúncios de rodapé publicados na<br />
revista semanal O Malho.<br />
Em entrevista à repórter Diana Brasil,<br />
da revista Careta, em 1956, Bitencourt<br />
lembrou a então inglória<br />
tarefa de tirar leite de pedra: “No<br />
início do rádio no Brasil era dificílimo,<br />
pois ninguém conhecia o que<br />
era o rádio. Os aparelhos radiofônicos<br />
eram vendidos em lojas de ferragens<br />
e, muitas vezes, nem os próprios<br />
funcionários da casa sabiam<br />
como funcionavam. Eu, como corretor<br />
da época, tinha de levar o futuro<br />
anunciante a uma dessas lojas, para<br />
mostrar ao cliente como funcionava<br />
e o que era, enfim, o rádio”. A má<br />
qualidade das irradiações, a precariedade dos receptores<br />
de galena, os similares, um pior do que o outro, e, principalmente,<br />
a irregularidade nas transmissões dificultavam<br />
ainda mais a venda de espaço.<br />
O problema original era a falta de ouvintes. Em 1924, quando<br />
Bitencourt saiu de porta em porta atrás de anúncios, não<br />
se tinha uma expectativa de audiência. Certamente que a<br />
maioria de seus “clientes” não tinha aparelho receptor em<br />
casa e nem condições de avaliar o que era, então ele mesmo<br />
aferiu. Para complicar as coisas, tanto a Radio Sociedade<br />
como a Rádio Clube relutavam em aceitar anúncios de<br />
fornecedores de válvulas, receptores e circuitos elétricos.<br />
Achavam pouco ético. Coisas de nosso Brasil. No mundo inteiro,<br />
esse era o perfil de anunciante mais desejado.<br />
O engenheiro Elba Dias, diretor da Rádio Clube e um dos<br />
artífices da radiodifusão em várias cidades brasileiras, certa<br />
feita, em entrevista ao jornal O País, em 16/10/28, pontuou<br />
essa relação conflitante entre o rádio e seu patrocinador:<br />
“A propaganda comercial é a que tem valido às sociedades,<br />
aliás, com prejuízo da beleza dos programas, e, portanto,<br />
dos ouvintes. Compreende-se que não é muito agradável<br />
ouvir um anúncio depois de ouvir uma melodia ou uma<br />
conferência sobre literatura, mas, o que fazer?”. Reconhecia,<br />
entretanto, que no momento não havia alternativa.<br />
O formato desses anúncios dos primórdios do rádio não<br />
era o do spot ou jingle, que prevalece desde a década de<br />
1930. Era de frases lidas por um locutor, de 10 a 20 palavras,<br />
e mais frequentemente a simples menção do patrocinador<br />
no final das irradiações ou entre uma e outra música<br />
exibida. Algo do tipo: “uma cortesia do sabão Eucalol”. A<br />
propaganda salvou o rádio que, enquanto sobreviveu das<br />
taxas dos associados, não progrediu. Tão difícil era a sobrevivência<br />
que as rádios Clube e Sociedade revezavam-se<br />
aos domingos para poupar funcionários e custos.<br />
propaganda | junho 2017 11
AS MELHORES DOS 30 ANOS<br />
DO MARKETING BEST<br />
A ABRAMARK – Academia Brasileira de Marketing – acaba de eleger as 40 empresas, dentre as quase 300 premiadas<br />
nos primeiros 30 anos do Marketing Best, que mais se destacaram pelos conjuntos de suas ações e obras, na<br />
construção de um marketing brasileiro, moderno, ético e de excepcional qualidade.<br />
Empresas Vencedoras<br />
Accenture<br />
Alphaville Urbanismo<br />
Avon<br />
Banco Bradesco<br />
Banco de Eventos<br />
Banco Santander<br />
Bob’s<br />
Carrefour<br />
Coca-Cola<br />
Coelho da Fonseca<br />
Copagaz<br />
Danubio<br />
DM9DDB<br />
Dona Benta Alimentos<br />
Editora Abril<br />
Elemidia<br />
ESPM<br />
Fiat<br />
Gafisa<br />
Globosat<br />
Gol<br />
Grupo Positivo<br />
Hospital Santa Paula<br />
Ipiranga<br />
Jequiti Cosméticos<br />
Johnnie Walker<br />
Latam<br />
Mastercard<br />
Petronas<br />
Polenghi<br />
Rede Vanguarda<br />
Sadia+BRF<br />
Seara<br />
Shopping SP Market<br />
SulAmérica<br />
The Group<br />
Ticket<br />
Ultragaz<br />
Vigor<br />
Vivo<br />
Grande Júri, formado pelos<br />
Acadêmicos da Abramark:<br />
Agostinho Gaspar<br />
Alberto Saraiva<br />
Alex Periscinoto<br />
Alexandre Costa<br />
Álvaro Coelho da Fonseca<br />
Amália Sina<br />
Antonio Jacinto Matias<br />
Armando Ferrentini<br />
Carlos Augusto Montenegro<br />
Chieko Aoki<br />
Cristiana Arcangeli<br />
Eduardo Souza Aranha<br />
Einhart Jacome da Paz<br />
Élcio Anibal de Lucca<br />
Francisco Alberto Madia de Souza<br />
Francisco Gracioso<br />
Gilmar Pinto Caldeira<br />
Guilherme Paulus<br />
Ivan F. Zurita<br />
João Appolinário<br />
João de Simoni<br />
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho<br />
José Estevão Cocco<br />
José Victor Oliva<br />
Lincoln Seragini<br />
Luiz Antonio Cury Galebe<br />
Luiz Carlos Burti<br />
Luiza Helena Trajano<br />
Marcelo Cherto<br />
Marcos Henrique Nogueira Cobra<br />
Miguel Krigsner<br />
Milton Mira de Assumpção Filho<br />
Nizan Guanaes<br />
Paulo Sérgio Kakinoff<br />
Pedro Cabral<br />
Peter Rodenbeck<br />
Regis Dubrule<br />
Viviane Senna<br />
Walter Zagari
Mais informações: (11) 3065-6466<br />
ou contato@marketingbest.com.br<br />
RaeMP
entrevista<br />
(Rogério Dezembro)<br />
Alviverde<br />
imponente<br />
14 propaganda | junho 2017<br />
> por Pedro Yves<br />
fotos Ale Oliveira<br />
e divulgação<br />
Na onda de arenas construídas para substituir antigos estádios de<br />
futebol Brasil afora, impulsionada pela realização da Copa do Mundo<br />
de 2014, o Allianz Parque foi o último a ser inaugurado – o que<br />
ocorreu somente em novembro daquele ano, meses após o término<br />
do campeonato mundial. Contudo, passados quase três anos, a finalidade<br />
multiuso para a qual as arenas também foram concebidas<br />
só foi plenamente alcançada pelo Allianz. A começar pelo nome: o<br />
Allianz Parque é o único com um acordo de naming rights, que lhe<br />
rende R$ 15 milhões por ano. Possui uma média de público de futebol<br />
entre as mais altas do país e os espaços dedicados às outras<br />
atividades - de megashows musicais a singelas festas infantis, passando<br />
pelos mais diversos eventos corporativos - já receberam<br />
mais de três milhões de pessoas nesse curto período de existência.<br />
O sucesso se deve em grande parte à<br />
criação da Capital Live, única empresa de<br />
gestão de espaços de entretenimento realmente<br />
profissional no Brasil. É o que garante<br />
Rogério Dezembro, CEO da Capital<br />
Live, empresa criada pela WTorre, construtora<br />
responsável por erguer o Allianz<br />
Parque na mesma área antes ocupada<br />
pelo estádio Palestra Itália, da Sociedade<br />
Esportiva Palmeiras, um dos clubes mais<br />
tradicionais e populares de Brasil e dono<br />
da arena – a WTorre tem concessão de<br />
uso por 30 anos, menos no futebol. Na entrevista<br />
a seguir, Rogério, também torcedor<br />
fanático do Palmeiras, conta um pouco<br />
da trajetória bem-sucedida do Allianz.
propaganda | junho 2017 15
entrevista<br />
O Allianz Parque é, sem dúvida, um raro caso de<br />
arena multiuso bem-sucedida no Brasil. Qual é o<br />
segredo?<br />
Oferecemos todo tipo de atividade em diferentes<br />
configurações. Temos salas para eventos como as de<br />
hotéis 5 estrelas, dois auditórios e o anfiteatro. Essa<br />
estrutura permite fazer convenções, lançamento<br />
de produtos, workshops, seminários, almoços, jantares,<br />
coquetéis, praticamente todo tipo de ação<br />
corporativa, além de eventos de entretenimento e<br />
esportivos. No anfiteatro, onde são realizados os<br />
grandes shows, já realizamos megaeventos corporativos<br />
para mais de mil pessoas. Também fazemos<br />
para 50 pessoas. São mais de 50 diferentes possibilidades<br />
e configurações que podemos realizar aqui.<br />
O que é mais lucrativo, futebol ou os outros eventos?<br />
Pelo acordo que temos com o clube, 100% da bilheteria<br />
do futebol é do Palmeiras.<br />
Como surgiu a Capital Live?<br />
A WTorre criou a Capital Live para gerenciar os serviços<br />
do Allianz Parque. É algo parecido com o que fazem<br />
os grandes grupos hoteleiros, como Mélia, Hyatt e Accor.<br />
No início, contratamos a empresa norte-americana<br />
AEG, que gerencia diversas arenas nos EUA, para esse<br />
serviço, mas eles não entenderam a cultura brasileira<br />
e não deu certo. Como todo o bussiness plan foi desenvolvido<br />
dentro de casa, nós sabíamos o que deveríamos<br />
buscar. Como fomos descobrir na prática. Então assumimos<br />
de vez a operação. A WTorre já tinha feito algo<br />
semelhante com o shopping JK Iguatemi (um dos mais<br />
luxuosos shoppings de São Paulo). A proposta não era<br />
operar o shopping, somente o construir. Então, foi feito<br />
o acordo com o grupo Iguatemi, que hoje o administra.<br />
“No Brasil, hoje, só tem a Capital Live<br />
operando em bases profissionais.<br />
As outras arenas estão nas mãos dos<br />
clubes, autarquias locais ou até<br />
fechados, como a arena de Brasília.<br />
E o Maracanã está naquele imbróglio<br />
que ninguém sabe como resolver”<br />
A ideia era a mesma com a AEG, só que eles não conheciam<br />
o mercado brasileiro e não deram certo, não só<br />
aqui, mas no Maracanã, na Arena da Baixada, em Curitiba<br />
e na Arena Pernambuco. O projeto deles não deu<br />
certo. Foi uma frustração.<br />
Aí, vocês tiveram de ir buscar profissionais no mercado<br />
para montar a própria empresa?<br />
Sou publicitário de formação, trabalhei 14 anos na Talent,<br />
onde cheguei a diretor-geral de atendimento. A<br />
WTorre era cliente da Talent e a gente acabou se envolvendo<br />
com o projeto da arena. Aí, quando estava montando<br />
o time de operação, eu me lembrei das histórias<br />
de veteranos da propaganda, como Julio Ribeiro e Alex<br />
Periscinoto, de que a publicidade nos anos 1960, quando<br />
começou a se profissionalizar, trouxe muita gente de outras<br />
áreas, como fotógrafos, designers e arquitetos, que<br />
foram contratados para trabalhar em criação publicitária.<br />
Aqui, ocorreu um fenômeno semelhante. Como não<br />
tínhamos empresas de gestão de espaços de entretenimento,<br />
tivemos de partir do zero. Um detalhe, no Brasil,<br />
hoje, só tem a Capital Live operando em bases profissionais.<br />
As outras arenas estão nas mãos dos clubes, autarquias<br />
locais ou até fechadas, como a arena de Brasília. E<br />
o Maracanã está naquele imbróglio que ninguém sabe<br />
como resolver. Em bases profissionais, só nós. Eu tive<br />
de buscar executivos de hotéis, publicitários, na própria<br />
WTorre peguei profissionais. Trouxemos gente de empresas<br />
promotoras de shows, um rapaz que trabalhava<br />
em below the line, uma promotora de teatro, que é a<br />
Mariana Monticelli, trouxe o Heraldo Evan, do Grupo<br />
Abril. É um time heterogêneo no background profissional,<br />
mas que deu certo. Só veio quem acreditou na nossa<br />
proposta. É rico trabalhar com eles. Somos como eram<br />
16 propaganda | junho 2017
entrevista<br />
os times das agências nos anos 1960 e 1970, quando a<br />
indústria da propaganda não era tão consolidada como<br />
hoje. Aquele modelo deu certo, o nosso também.<br />
Quantos profissionais têm a Capital Live?<br />
São cerca de 32 aqui na arena e cinco no outro escritório.<br />
Quantos eventos já foram realizados aqui?<br />
Entre tours pelo estádio (visitas guiadas) e considerando<br />
todos os outros são mais de 500 eventos por ano. Desde<br />
megashows, ações corporativas até fotos de casamento.<br />
Aliás, essa é uma história curiosa. Porque não havíamos<br />
planejado isso, mas os torcedores do Palmeiras começar<br />
a nos procurar e acabamos disponibilizando esse serviço,<br />
assim como as festas infantis. Às vezes, fazemos<br />
eventos simultâneos. Certa ocasião, uma turma de alunos<br />
norte-americanos de MBA participou de um evento,<br />
seguido de almoço aqui mesmo, e depois eles ficaram<br />
para assistir a um jogo do Palmeiras.<br />
tinha metade do PIB do Brasil aqui.<br />
Como esta relação da WTorre com o Palmeiras?<br />
Hoje, tem outra qualidade de interlocução. O antigo<br />
presidente (Paulo Nobre) era uma pessoa difícil, muito<br />
personalista, vivíamos na defensiva com ele. Hoje, com<br />
o Maurício (Galiote, atual presidente do Palmeiras) a situação<br />
é tranquila e temos muito mais possibilidades de<br />
fazer coisas.<br />
Qual sua formação?<br />
Sou formado em marketing pela ESPM (Escola Superior<br />
de <strong>Propaganda</strong> e Marketing). Antes de trabalhar na Talent,<br />
fui cliente, atuando no marketing da Semp Toshiba<br />
e da Sansung.<br />
Você é palmeirense?<br />
Desde que me conheço por gente.<br />
São feitas parcerias, como no show do Justin Bieber<br />
com as revistas Caras e Contigo?<br />
Como temos dois profissionais oriundos do Grupo<br />
Abril, o contato com essas publicações é direto. E aqui<br />
vêm muitos famosos, essa parceria ocorreu também nos<br />
shows do Elton John e do James Taylor. A iniciativa vai<br />
continuar. Os grandes jogos também atraem muitas celebridades<br />
nos camarotes. No show do Andrea Bocelli<br />
Do sonho ao pesadelo<br />
Na capital paulista, o Corinthians concebeu o Itaquerão,<br />
sede do primeiro jogo da Copa de 2014, como um moderno<br />
espaço multiuso. Veio para ser a redenção da torcida do clube,<br />
cansada de aguentar gozações dos rivais por não possuir<br />
um estádio próprio e uma estratégica fonte de renda extra<br />
para o Corinthians. Contudo, hoje o local está mais para pesadelo<br />
do que sonho. Com uma dívida de centenas de milhões<br />
de reais, constantemente renegociada, que mantém o<br />
clube em difícil situação financeira, a construção do estádio,<br />
obra da famigerada construtora Odebrecht, está envolta em<br />
negociações nebulosas, a ponto de ser investigada pela força<br />
tarefa da Lava-jato, a maior operação contra a corrupção<br />
já realizada no Brasil. O clube não conseguiu negociar o naming<br />
rights do espaço e shows e outros eventos não vingaram:<br />
a única fonte de renda são os jogos de futebol, o que<br />
Arena do Corinthians: na mira da Lava-jato<br />
é insuficiente para cobrir as parcelas da gigantesca dívida.<br />
Outras arenas também exibem uma triste realidade: o Maracanã,<br />
desde a Copa, passa a maior parte do tempo fechado,<br />
enquanto multinacionais de entretenimento não chegam a<br />
um acordo com o governo estadual para gerenciá-lo. A Arena<br />
Pernambuco e a Arena Fonte Nova, na Bahia, foram as primeiras<br />
a fechar acordo de naming rigths, com a cervejaria Itaipava,<br />
que cortou o investimento após ser envolvida em escândalos<br />
investigados pela Lava Jato. A construção do Mané<br />
Garrincha, em Brasília, está sendo investigada por superfaturamento<br />
- o governador do Distrito Federal da época já foi até<br />
preso. Outras arenas, construídas em cidades sem times de<br />
apelo popular, como Cuiabá e Manaus, vivem às moscas.<br />
18 propaganda | junho 2017
zap<br />
Fotos: divulgação<br />
Atrás, Karina Ribeiro e Luiz Fernando Musa. Sentados, Chad Cathers e Sergio Augusto<br />
OgilvyRed<br />
O Grupo Ogilvy Brasil lançou a<br />
OgilvyRed, unidade de negócios<br />
para o mercado nacional.<br />
Trata-se de uma de consultoria<br />
especializada em estratégia e<br />
inovação, destinada a resolver<br />
problemas de negócios/marcas<br />
através da combinação de<br />
dados, insights, ideias e criatividade.<br />
Visual cerebral<br />
A agência Grey está comemorando os seus 100 anos com uma<br />
nova identidade visual, que vai ser utilizada ao longo de 2017.<br />
O logo foi criado com a ajuda de um receptor biossensível, que<br />
monitorou e imprimiu as ondas cerebrais em 3D dos colaboradores<br />
enquanto eles trabalhavam em projetos reais. Em seguida,<br />
um algoritmo customizado gerou as imagens coloridas<br />
dessas ondas, que a Grey chamou de Brain Portraits.<br />
“We are makers”<br />
A FCB Brasil tem novo posicionamento: “We are makers”.<br />
O conceito vem do movimento Maker – extensão da cultura<br />
“Faça-você-mesmo” (Do-It-Yourself em inglês) que tem como<br />
base a ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar,<br />
modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e<br />
projetos com as próprias mãos.<br />
20 propaganda | junho 2017
Branded content em plataforma<br />
Três meses após lançar plataforma para receber projetos audiovisuais, a Academia<br />
de Filmes atualizou a ferramenta para branded content. Para inscrever projetos,<br />
basta acessar o endereço www.pitching.academiadefilmes.com.br. Criativos<br />
podem enviar propostas de longas, médias e curtas-metragens, séries, webseries,<br />
minisséries, documentários, programas de variedade etc., para cinema, TV e VOD.<br />
Novo posicionamento<br />
A rede da Elemidia reformula marca:<br />
“Elemidia. Mexe com a sua cabeça”. A<br />
criação da campanha, branding e reposicionamento<br />
são assinados pela agência<br />
Ideia3. A empresa também refez a<br />
sua identidade visual com o apoio do<br />
estúdio de design Holly Cow.<br />
Africa no Merco<br />
Em sua terceira edição no Brasil, o<br />
Monitor Empresarial de Reputação<br />
Corporativa (Merco) divulgou os resultados<br />
do Ranking das 100 Empresas<br />
com Melhor Reputação Corporativa<br />
no país e a Africa aparece como<br />
a única agência de publicidade no<br />
ranking. Além deste, o Merco também<br />
apresentou o Ranking de Líderes<br />
e Ranking de Governança e Responsabilidade<br />
Corporativa, no qual<br />
a Africa também é a única agência<br />
destacada.<br />
Marcas mais marcas<br />
O Estadão lançou a terceira edição do especial Marcas Mais Marcas, ranking elaborado<br />
em parceria com a consultoria Troiano Branding. O estudo reconhece as marcas<br />
mais engajadoras de 2017, nas 30 principais categorias do mercado e leva em<br />
conta o envolvimento emocional que os consumidores têm com elas.<br />
100% mobile<br />
A Gazeta do Povo, de Curitiba, deixou<br />
de circular em papel jornal. A partir deste<br />
mês, o diário pode ser acessado na<br />
plataforma www.gazetadopovo.com.<br />
br. Os leitores terão acesso a noticiário,<br />
análises, colunas e blogs direcionados<br />
por geolocalização, de acordo com suas<br />
praças de interesse - Curitiba, Paraná ou<br />
qualquer lugar do Brasil.<br />
propaganda | junho 2017 21
linha direta<br />
(Ferrentini)<br />
CANNES 2017<br />
“Atrevo-me a dizer que Cannes teve uma grande influência na<br />
melhoria de qualidade da nossa comunicação do marketing”<br />
Quando esta edição estiver circulando, já teve início o maior festival da comunicação do marketing<br />
do planeta. Há outros semelhantes, um deles nos Estados Unidos reunindo um número<br />
maior de público interessado, mas não é como Cannes, onde o foco principal é sempre a<br />
publicidade e suas disciplinas irmãs.<br />
Até por tradição, pela longevidade e por estar em um dos mais charmosos lugares da terra,<br />
Cannes é o mais importante.<br />
Aqui no Brasil, onde começamos a frequentar o festival na transição entre o fim dos anos<br />
1960 e o início dos anos 1970, período em que poucos trabalhos brasileiros concorriam e alguns<br />
até com deficiências técnicas (falo de filmes, pois naquela época o Festival ainda premiava<br />
e exibia somente filmes).<br />
Atrevo-me a dizer que Cannes teve uma grande influência na melhoria de qualidade da nossa<br />
comunicação do marketing. Nosso nível de exigência aumentou muito por causa desse<br />
festival e por uma decisão do representante do mesmo em nosso país, o saudoso Vitor Petersen,<br />
que, além de convidar alguns jornalistas para cobrirem o evento, levava também alguns<br />
clientes-anunciantes, com a anuência dos seus sócios.<br />
Isso fez com que se tomasse consciência de que nossa qualidade publicitária, do ponto de<br />
> Armando Ferrentini é diretor-presidente<br />
vista material e formal, podia melhorar muito. Aos poucos, começou a ser abandonada a ideia<br />
da Editora Referência<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br de que o público poderia não empatizar com trabalhos de propaganda mais sofisticados, deixando<br />
para trás o mau gosto de certas peças realmente sofríveis.<br />
Sem dúvidas, Cannes foi um dos primeiros padrões em que nos espelhamos a fundo, para dar<br />
uma virada no produto final publicitário no Brasil.<br />
Hoje, nosso país tem sido destaque no festival, ganhando várias vezes o glorioso título de Agência do Ano e servindo<br />
de parâmetro para outros países. Há menos de quatro décadas passadas, era-nos impossível prever essa nossa evolução,<br />
da qual muito nos orgulhamos.<br />
22 propaganda | junho 2017<br />
***<br />
Foi com grata surpresa e muita satisfação que recebi, de Luis Antonio Ribeiro Pinto, da Kinoplex (Severiano Ribeiro),<br />
da qual surgiu a CP-Cinema e Publicidade do Brasil, dirigida por Vitor Petersen, o seguinte e-mail dias antes do início<br />
do Cannes Lions deste ano: “Caro, Armando: Dando uma ‘geral’ aqui no escritório do Rio com também a mudança de<br />
São Paulo, tenho toda a memorabília dos festivais da SAWA, que gostaria de doar a você como o maior membro participante<br />
nos referidos festivais. São books, pôsteres, documentos, Palmares e Leões físicos enquadrados (formato de<br />
Veneza), livros de júri e delegados etc. Sem dúvida, um grande acervo que, pensei, só alguém como você, que viveu<br />
todo esse período de ouro de nossa participação e sucesso nos festivais internacionais de Cannes e Veneza, daria o<br />
merecido valor para todo este material.<br />
Tudo isso está aqui comigo e você, grande amigo desde aquela época, foi meu escolhido para ter essa herança que<br />
tanto prezo!<br />
Avise-me por favor se é do seu interesse, pois muito gostaria que você, mais do que ninguém, preservasse<br />
este acervo.<br />
Um grande abraço do seu sempre amigo Luis Antonio Ribeiro Pinto”.<br />
N. do R.: Assim que recebi o e-mail, respondi ao Luis Antonio que me interesso, sim, pelo acervo, agradecendo a<br />
generosidade da doação.<br />
Está em andamento em alguns círculos institucionais do mercado publicitário brasileiro, a ideia da criação de um<br />
museu da propaganda, que ainda não foi realizado pelo conflito que alegam ter a atividade publicitária com a palavra<br />
“museu”. Sempre discordei disso e creio que logo mais poderemos e deveremos ter um museu dessa natureza, que<br />
recorde a gloriosa evolução dessa atividade em nosso país, em tão curto espaço de tempo.
MPDV completo do Festival Nivea Viva<br />
Evento de Premiação, Promoção Faça-Me Um Sabor® Ruffles®<br />
TODDYNHO® na Corrida Cartoon Network<br />
Festa de São João em 4 cidades do Nordeste<br />
QUANDO<br />
VOCÊ PENSAR EM<br />
FAZER BARULHO<br />
COM A SUA MARCA,<br />
BATUQUE<br />
COM A GENTE.<br />
Promoção 30 anos Dermacyd<br />
O Live Marketing não para de crescer. A Batuque também. Mesmo em tempos de crise, cada vez mais a agência se consolida<br />
como uma das maiores do setor. Sua equipe possui ampla experiência no mercado e conta com todo o know-how para ativar<br />
grandes marcas de forma multidisciplinar, com foco diferenciado no Nordeste. Tudo isso resultado de uma agência que<br />
trabalha sério, certificada pela AMPRO e que valoriza seus clientes entregando sempre o mais importante: resultado.<br />
VEM BATUCAR COM A GENTE<br />
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Vaivém(maio)<br />
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a,<br />
s-<br />
lo<br />
to<br />
a<br />
e-<br />
Carol Escorel passou a<br />
ocupar o cargo de VP de<br />
negócios e operações<br />
da Isobar Brasil, em<br />
São Paulo. Ela era,<br />
desde 2015, responsável<br />
pelo desenvolvimento<br />
de negócios<br />
na Dentsu Aegis<br />
Network.<br />
A produtora Nunchaku, do diretor Nico Kasakoff, amplia<br />
seu casting de talentos com a chegada do diretor e fotógrafo<br />
britânico Jason Lowe, que desde 2015 reside no Brasil.<br />
O seu trabalho mais recente no país foi a campanha de<br />
Hellmann’s que aborda o tema de “sustentabilidade”, para<br />
a Ogilvy&Mather.<br />
A Leo Burnett Tailor Made contratou quatro diretores. No atendimento, Rodrigo Terra<br />
e Gustavo Pereira assumiram como diretor de grupo de contas e diretor de contas,<br />
respectivamente. Kelly Cotta é a nova diretora de mídia; e Lucas Machado, diretor de<br />
planejamento.<br />
Alexandre Grynberg deixou suas funções<br />
executivas na Dogs Can Fly Content Co.<br />
para ocupar a vice-presidência de atendimento<br />
da AlmapBBDO. Grynberg tem passagens<br />
por Lew’Lara, W/Brasil, DM9DDB,<br />
Africa e NBS.<br />
A Fri.to Interativa contratou cinco profissionais<br />
para diversas áreas. Seguindo<br />
a foto, da esq. para a dir.: Felipe Oliveira,<br />
que chegou como User Interface<br />
e User Experience (UI/UX) Designer;<br />
Daise Alves, que vem para a área de<br />
planejamento; Tiago Barros, novo diretor<br />
de arte; Marina Ferraz entra para o<br />
time de redatores; e Vinicius Machado,<br />
como coordenador de Data Strategy.<br />
A Ipsos anunciou novo CEO no Brasil: o executivo<br />
Marcos Calliari, que era head do programa<br />
Client First do instituto. O profissional<br />
assume no lugar de Alexandre de Saint-Léon,<br />
que, após cinco anos no cargo, assume a Ipsos<br />
Loyalty na região Ásia-Pacífico. Calliari<br />
é formado em economia pela USP e possui<br />
MBA pela Insead (França).<br />
24 propaganda | junho 2017
Com menos de um ano de atuação, a Boiler Filmes, de Dulcidio Caldeira, anuncia Luiz<br />
Braga como novo sócio. Depois de 12 anos na O2 Filmes, Luizinho, como é conhecido no<br />
meio, assume a função de produtor-executivo na empresa.<br />
A NBS em São Paulo contratou<br />
para as áreas de criação e produção.<br />
São eles: o diretor de arte<br />
Vini Oliveira (ex-Isobar), a tráfego<br />
Adriana Silva (ex-LOV e JWT),<br />
o RTVC/Art Buyer João Paulo<br />
Muniz (ex-Epigram) e o coordenador<br />
de produção Luís Carvalho<br />
(ex-Ref+T). Eles integram a<br />
equipe comandada por Carlos<br />
André Eyer e Serginho Lobo. Na<br />
foto, da esquerda para a direita:<br />
Luís Carvalho, Adriana Silva,<br />
Vini Oliveira e João Muniz<br />
A WMcCann promoveu duas profissionais<br />
na área de planejamento. Juliana Meirelles<br />
passa a ser diretora da área em São Paulo<br />
e Luiza Portella ocupará o mesmo cargo na<br />
filial do Rio de Janeiro.<br />
A Innova–All Around the Brand contratou<br />
dois profissionais para o planejamento:<br />
Lucas Maluf, ex-Bullet, e Caio Rocato,<br />
ex-Case Imagine.<br />
A dupla formada pelo redator Luiz Brodo<br />
e pelo diretor de arte Mica Moran foi efetivada<br />
pela F/Nazca Saatchi & Saatchi. Os<br />
jovens talentos da Escola Cuca ganharam<br />
um estágio na agência quando conquistaram<br />
um Ouro na Categoria Estudantes do<br />
último Festival do Clube de Criação.<br />
A DPZ&T inicia o mês de junho com cinco<br />
reforços e promoções. Para isso, Kaline<br />
Lessio, ex-Africa, chega à DPZ&T como diretora<br />
de mídia de Vivo. Amanda Meziara,<br />
que já atuava na agência como gerente de<br />
mídia para o McDonald’s, foi promovida a<br />
diretora de mídia. A equipe também ganha<br />
os reforços de dois supervisores de mídia.<br />
Alla Ryabova e Renato Mendonça. Como<br />
coordenadora de mídia de Vivo chega Iuellen<br />
Souza.<br />
propaganda | junho 2017 25
(José Eustachio)<br />
Arquivo pessoal<br />
26 propaganda | junho 2017<br />
Promova na pessoa a crença<br />
em si mesma e o sucesso virá<br />
“Eu não acredito que seja possível construir uma rede de colaboração pelo<br />
medo, pela insegurança. Até pode existir empresa bem-sucedida que faça<br />
uso desse método, mas as mais prósperas de fato são aquelas que geram<br />
em torno de si um campo de força positivo”<br />
São os momentos de dificuldade que revelam de fato as virtudes e defeitos dos gestores. No calor da batalha, afloram<br />
os comportamentos que vão dar o tom às empresas e determinar de que maneira encaram as crises. Nos últimos<br />
anos, a conjuntura tem sido bastante difícil, com a economia cambaleante e empresas de todos os segmentos<br />
de atuação vendo-se forçadas a adotar planos de exceção para continuar minimamente saudáveis – muitas vezes,<br />
tendo mesmo de “cortar na carne” para se manterem viáveis.<br />
De fato, o contexto corporativo tem exigido que os gestores tomem decisões duras, que acabam afetando seus<br />
colaboradores, gerando insegurança na equipe em relação ao futuro e quanto à manutenção de seus empregos.<br />
São tempos difíceis para todos, mas em especial para aqueles que estão na posição de dirigir um negócio e fazer a<br />
travessia em um mar revolto até dias mais auspiciosos.<br />
Em situações de grande pressão, revelam-se dois perfis diferentes de liderança. Um deles é o que adota como<br />
modus operandi o sentimento permanente de insegurança, de medo. Esse tipo de gestor acredita na tensão como<br />
forma de manter as equipes em constante estado de alerta, preocupadas em não dar motivos para serem parte da<br />
próxima lista de cortes. Cumprir metas e ser competente no exercício da função deixa de ser um objetivo virtuoso<br />
para passar a ser um fantasma que assombra a todos.<br />
Esse perfil de liderança faz uso da instabilidade para tirar um pouco mais de todos os que se relacionam com a<br />
empresa, inclusive fornecedores. No final, o resultado é que o ecossistema da empresa se torna tóxico, um ambiente<br />
em que todos estão trabalhando muito mais para se safarem do que a favor do bem comum.<br />
Eu não acredito que seja possível construir uma rede de colaboração pelo medo, pela insegurança.<br />
Até pode existir empresa bem-sucedida que faça uso desse método, mas as mais prósperas de fato<br />
são aquelas que geram em torno de si um campo de força positivo, que encorajam e mantêm em<br />
todos o ânimo elevado e o sincero desejo de fazer dar certo.<br />
Todos que trabalham com comunicação sabem que a didática do medo é a pior maneira de ganhar a<br />
guerra contra a crise, que somente um ambiente que cria um ciclo contínuo de energia positiva faz<br />
uma organização ser sustentável no seu negócio no médio e longo prazo.<br />
O segundo perfil de gestor é o que enfrenta as dificuldades promovendo nas pessoas e colaboradores<br />
o sentimento de importância e a capacidade de realização. Esse líder sabe que o sucesso é decorrente<br />
de um conjunto de ingredientes como conhecimento, consciência da finalidade da função e<br />
capacidade de ação.<br />
No entanto, a determinante de maior influência é a autoimagem que temos de nós mesmos, o poder<br />
da crença em relação ao que somos capazes. Somos aquilo que acreditamos ser, fazemos aquilo que<br />
acreditamos poder fazer. Períodos de crise são cíclicos; em breve, vamos entrar em um novo período<br />
de crescimento. Nessa hora é que vamos comprovar que tipo de liderança<br />
> José Eustachio é chairman da<br />
Talent Marcel<br />
venceu.
Homenagem<br />
(José Zaragoza)<br />
Zaragoza não morreu<br />
28 propaganda | junho 2017<br />
A trajetória de<br />
um dos maiores<br />
ícones da<br />
propaganda<br />
brasileira<br />
> por Nelson Cadena<br />
fotos: divulgação<br />
O Prêmio Colunistas foi o palco à estreia de Zaragoza em grande estilo. Já na<br />
sua segunda versão (1968), ano de fundação da DPZ, emplacava uma medalha<br />
de ouro com a campanha da Fotoptica, na verdade criação coletiva<br />
dos três depezianos, junto com o Ênio Basílio e Ronald Perischetti. No ano<br />
seguinte (1969), os três e mais o Laerte Pedrosa conquistariam o “hors concurs”<br />
do Colunistas, o correspondente ao Grand-Prix, com campanha para o<br />
mesmo cliente. A qualidade da direção de arte dos catalães já se evidenciava<br />
nos rostos com óculos estourados, fora do contexto de um leiaute convencional.<br />
Foi uma das raras campanhas da agência, naquele tempo, com direção de<br />
arte a oito mãos. Logo mais Zaragoza formaria a sua equipe, a turma do sexto<br />
andar, como ficou conhecida, enquanto Petit formaria a sua, a turma do<br />
quinto andar. Disputavam entre si e a qualidade das duas equipes permitiria<br />
a agência remanejar contas, de uma turma para outra, sempre que se evidenciava<br />
a necessidade de mudar. Estratégia que dava certo.<br />
Em 1973, Zaragoza recebeu duas boas notícias. Seu anúncio “Costurar é um<br />
ato de amor”, para a Singer, criado em parceria com J. A. Palhares e Duailibi,
emplacava mais um “hors concurs” do<br />
Colunistas e ainda obtinha um destaque<br />
de Anúncio do Ano com uma peça<br />
de criação coletiva para o Juizado de<br />
Menores de São Paulo: “Neste Natal<br />
lembre-se de mim”. A peça levava a<br />
assinatura do novo redator da agência:<br />
Washington Olivetto. No mesmo ano,<br />
Zaragoza conquistava um leão de prata<br />
com o filme “Menino sorrindo”, da<br />
Seagram, produção da ABA filmes, no<br />
Festival de Cannes. Era o seu segundo<br />
leão, já que no ano anterior recebera<br />
um de bronze com um comercial para<br />
a Duratex.<br />
Enquanto os prêmios se acumulavam<br />
na sala de Zaragoza, as ruas exibiam,<br />
no ano já referido, belas mulheres em<br />
propaganda | junho 2017 29
Homenagem<br />
(José Zaragoza)<br />
outdoor, incluindo Leila Diniz e a Garota de Ipanema, com o<br />
mote “Toda mulher tem Charm”, uma revolução no leiaute<br />
e no conceito da marca de cigarros; o próprio criativo se fez<br />
garoto propaganda, anos depois, em outra face da campanha<br />
para a mídia impressa.<br />
No décimo ano de existência da DPZ, a agência vivia um momento<br />
excepcional. No quinto andar, a dupla Petit e Olivetto<br />
trabalhava freneticamente e conquistava todos os prêmios<br />
possíveis; no sexto, a dupla Zaragoza/Neil Ferreira não deixava<br />
por menos. A chegada de Neil, em 1977, fizera a diferença.<br />
Tinha a responsabilidade de substituir o J. A. Palhares, redator<br />
preferencial do catalão. A nova dupla formada criou alguns<br />
dos clássicos da propaganda brasileira: a morte do orelhão,<br />
para a Telesp; o menino de olhos vendados, da Sadia; o Leão<br />
do Imposto de Renda; a campanha do OB, para Johnson & Johnson;<br />
os rostos com espuma, dos cigarros Charm; série prazeres,<br />
da Artex; o anúncio das nuvens, para a Rhodia; o de título<br />
“Família vende mansão”, para uma imobiliária; e o baixinho<br />
da Kaiser, dentre outros.<br />
O cliente Rhodia merece um aparte. Incorporou no criativo o<br />
estilo solo. Zaragoza fazia a direção de criação, direção de arte,<br />
criava o título e o texto quando tinha. A partir de 1979, várias<br />
peças do cliente saíram das páginas das revistas direto para o<br />
Advertising Age Criative; o Graphis; o Photo Graphis; o Anuário<br />
do CCSP; e o Prêmio Colunistas. Nas campanhas da Rhodia,<br />
Zaragoza exibia dois talentos: de fotógrafo e diretor de arte.<br />
Um dia Neil desentendeu-se com Zaragoza e foi embora da DPZ<br />
em busca de novos rumos. Zaragoza vestiu as sandálias da humildade<br />
e publicou nos jornais um anúncio com o apelo: “Neil,<br />
queridinho. Volte para a casa. Tudo está perdoado”. Não seria<br />
fácil, e não foi, formar outra dupla com esse grau de entrosamento,<br />
assim revelou certa feita em entrevista ao PROPMARK:<br />
“No futebol, um jogador que conhece bem o outro nem precisa<br />
olhar onde o companheiro está no campo para dar o passe,<br />
sinto isso quando falo do Neil, ele me encontrava nos traços e<br />
eu o achava nas palavras. Um toque leve, refinado e criativo”.<br />
Zaragoza não morreu na segunda-feira, 15 de maio de 2017.<br />
Vive no recall de memoráveis anúncios, marcas e campanhas<br />
criadas na JWT, no Metro 3 e na DPZ, em mais de 60 anos de<br />
profissão.<br />
30 propaganda | junho 2017
Quem sabe<br />
faz ao vivo?<br />
A gente sabe.<br />
E faz.<br />
Somos uma agência que<br />
promove ativações para valorizar<br />
a marca e garantir experiências<br />
reais com os produtos e serviços<br />
de nossos clientes.<br />
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Perfil<br />
Sem limites<br />
Entidade que lidera setor acredita<br />
que a força do live marketing<br />
está em atuar onde ferramentas<br />
da comunicação tradicional<br />
não alcançam<br />
Gestão 2016/2017<br />
> por: Pedro Yves<br />
Fotos: divulgação<br />
Desde que foi criada, em 1993, a Ampro (Associação de Mar-<br />
keting Promocional) é a principal entidade representativa<br />
do mercado de live marketing no Brasil. Reúne quase todas<br />
as empresas do setor, incluindo agências, fornecedores de<br />
produtos e de serviços, veículos de comunicação, clientes<br />
e profissionais. “Live marketing é um mercado sem limites,<br />
Célio Ashcar Jr., chairman da Ampro, e Wilson Ferreira Jr., presidente da entidade<br />
formatos e barreiras. Nós podemos<br />
atuar e estar onde outras ferramentas<br />
de comunicação não alcançam.<br />
Podemos estar ao lado das pessoas,<br />
entendendo o que elas precisam e desejam,<br />
transformando esses desejos<br />
em experiências online e offline, que<br />
aproximam marcas e pessoas, geram<br />
awareness, fidelidade e vendas”, resume<br />
Célio Ashcar Jr., chairman da<br />
Ampro. Wilson Ferreira Jr., presidente<br />
da entidade, complementa dizendo<br />
que “há um movimento já histórico e<br />
comprovado de migração de verbas de<br />
segmentos tradicionais para o digital e<br />
o live marketing. Essa é uma tendência<br />
que se ajusta aos novos tempos,<br />
onde experiência é cada vez mais valorizada<br />
(leia entrevista dos dois na<br />
página 34).”<br />
Atualmente, além de Ashcar Jr. e Ferreira<br />
Jr., a Ampro tem Maurício Magalhães<br />
como VP de marketing e comunicação;<br />
Milton Santana, VP nacional;<br />
32 propaganda | junho 2017
Ricardo Pereira Beato, VP<br />
administrativo/financeiro;<br />
e Moisés Gomes, VP<br />
de relações governamentais<br />
(veja a lista completa<br />
no box às páginas 39 e<br />
40).<br />
Ao longo de sua história,<br />
a Ampro tem encampado<br />
lutas pela regulamentação<br />
e valorização da atividade<br />
promocional no país.<br />
Maurício Magalhães como VP de marketing e comunicação Paralelamente, zela pelo<br />
cumprimento da legislação<br />
e media questões polêmicas que envolvem o setor. Entre<br />
as conquistas que marcaram sua história estão o estabelecimento<br />
de um código de ética para a atividade promocional,<br />
o cadastro de ideias promocionais, as recomendações para<br />
participação em concorrências e formas de remuneração. Esta<br />
última é embasada pela tabela de preços referencial.<br />
Na área de eventos organizados pela entidade, destaca-se<br />
o Ampro Globes Awards, etapa brasileira do Globes Awards,<br />
única premiação internacional voltada para a área promocional.<br />
Em paralelo à realização deste prêmio, são eleitos,<br />
através de votação online no site da Ampro, o Melhor<br />
Profissional de Marketing Promocional do Ano e a Melhor<br />
Agência de Marketing Promocional do Ano. Outras ações<br />
relevantes são o Ebemp (Encontro Brasileiro das Empresas<br />
de Marketing Promocional) e o Ebei (Encontro Brasileiro<br />
das Empresas de Incentivo).<br />
Ambos reúnem anualmente<br />
profissionais de<br />
promoção e marketing<br />
de incentivo de todo o<br />
país e convidados internacionais.<br />
Workshops,<br />
palestras, apoio a eventos<br />
exclusivos, fórum de<br />
debates, congressos e um<br />
happy hour mensal com<br />
a presença de um palestrante<br />
convidado são<br />
outros destaques. Para a<br />
realização de todos estes<br />
eventos, a Ampro possui<br />
parcerias com diversas<br />
Ricardo Pereira Beato, VP administrativo/financeiro empresas do mercado.<br />
Ronaldo Bias Ferreira Jr., presidente do Comitê<br />
de Relações Sustentáveis<br />
Princípios das<br />
Agências e<br />
Clientes de Valor<br />
Ronaldo Bias Ferreira<br />
Jr., presidente do Comitê<br />
de Relações Sustentáveis,<br />
afirma que<br />
os Princípios de Valor<br />
não só marcaram o<br />
início e a própria existência<br />
do Comitê de<br />
Relações Sustentáveis<br />
da Ampro, como também<br />
foram um divisor<br />
de águas para a associação.<br />
“Nossos Princípios reúnem e organizam todas<br />
as boas praticas do mercado de live marketing do Brasil.<br />
Hoje, graças a eles, podemos facilmente identificar e alertar<br />
toda a cadeia produtiva, sobre ações predatórias ou<br />
desalinhadas com as relações sustentáveis que acreditamos.<br />
Agora temos um norte, uma luz a seguir. Isto é muito<br />
importante, pois o nosso mercado é jovem e ainda muito<br />
desarticulado. É comum nos perdermos no caminho,<br />
caindo em tentações de baixar valores além do possível,<br />
pressionar fornecedores além do limite, aceitar prazos e<br />
qualidade de produtos ou serviços que possam colocar<br />
em risco todo um projeto... Por isso que é tão importante<br />
ter um guia, um norte a seguir, parâmetros de proteção<br />
que nos ajudem a construir um mercado saudável e produtivo.”<br />
Os Princípios de Valor,<br />
completa Ronaldo, rodaram<br />
todo Brasil “e<br />
nos ajudaram a reunir<br />
e integrar agências pequenas<br />
e grandes, do<br />
Norte e do Sul do país.<br />
Eles nos inspiram na<br />
criação da plataforma<br />
de viabilidade econômica<br />
de negócios e na<br />
revisão e criação dos<br />
novos Valores Referenciais<br />
da Ampro, tudo<br />
para capacitar e organizar<br />
o mercado de Live<br />
Marketing.”<br />
Moisés Gomes, VP de relações governamentais<br />
propaganda | junho 2017 33
Perfil<br />
Portal Fala Mais<br />
O Fala Mais é um portal digital onde o mercado pode interagir<br />
com a Ampro. “Mas, infelizmente, é uma ferramenta<br />
pouca utilizada”, diz Ronaldo. Segundo ele, toda a cadeia<br />
produtiva sofre com práticas predatórias, mas não tem a<br />
cultura de informar ou denunciá-las. “A agência tem receio<br />
de denunciar uma má pratica do cliente por medo de<br />
retaliação, e o mesmo ocorre quando o fornecedor não denuncia<br />
uma agência desalinhada com as boas praticas de<br />
nosso mercado. O objetivo do Fala Mais não é punir. Nem<br />
temos este poder. O nosso papel é aproximar os lados e<br />
provocar o diálogo, a negociação e, consequentemente, a<br />
Relação Sustentável entre as partes. É importante lembrar<br />
que são os Princípios de Valor da Ampro que balizam todas<br />
as respostas do Fala Mais.”<br />
Para mudar essa realidade, a Ampro está preparando uma<br />
campanha motivacional para promover e provocar um uso<br />
maior da ferramenta. “Vamos lembrar a todos que o Fala<br />
Mais é confidencial (quem fica exposto é a associação, não<br />
o reclamante), que também é uma ferramenta muito eficiente.<br />
A maioria dos casos recebidos é resolvida rapidamente<br />
e com sucesso.”<br />
Valores Referenciais<br />
Os Valores Referenciais da Ampro foram criados a partir<br />
dos Princípios das Agências e dos Clientes de Valor. Por<br />
isso, não são apenas valores numéricos, mas sim uma<br />
cultura de comprometimento da associação, dos clientes<br />
e das agências com valores mínimos necessários para garantir<br />
resultados a toda a cadeia produtiva do setor. Para<br />
se chegar a eles, durante seis meses, foram realizadas pesquisas<br />
e reuniões com agências de diferentes tamanhos e<br />
de todo os segmentos do live marketing. “Nosso mercado<br />
estava acostumado a praticar descontos superiores a 40%,<br />
sobre valores originais de uma tabela baseada na cultura<br />
e na prática do mercado publicitário. Definitivamente, o<br />
formato anterior não retratava os valores reais praticados<br />
pelo nosso mercado e ainda deixava um clima de não<br />
transparência nas negociações entre agências e clientes.”<br />
O resultado, garante Ronaldo, ficou muito bom. Os novos<br />
valores referenciais da Ampro, diz, são flexíveis e mostram<br />
a possibilidade de diferentes formatos de cobrança. Eles<br />
também sugerem a adoção de praticas sustentáveis de remuneração<br />
nos casos de “no show” ou adiantamento de<br />
valores e financiamento de projetos. “E, para nos ajudar a<br />
propagar os novos valores referenciais da Ampro, e motivar<br />
ainda mais a sua utilização, em breve teremos um chatbot.”<br />
Crise como<br />
oportunidade<br />
Entrevista com Célio Ashcar<br />
Jr. e Wilson Ferreira Jr.<br />
O Brasil vem atravessando uma grave crise econômica. Nesse<br />
contexto, como esta a situação do mercado de live marketing?<br />
Célio - O país enfrenta uma grande crise econômica,<br />
social e moral, mas sempre enxergo crise<br />
como oportunidade. O mercado de comunicação<br />
pode ser o grande combustível do<br />
novo momento econômico. O live marketing<br />
tem grandes oportunidades, porque ele não<br />
está limitado a um comercial de 30 segundos<br />
ou a um anúncio, ele extrapola qualquer limite, pode ser feito<br />
em qualquer lugar, de qualquer meio, com qualquer ponto de<br />
contato. Os anunciantes perceberam que precisam estar mais<br />
próximos dos seus públicos e falar com eles, de forma clara e<br />
direta. Não podem mais perder tempo. Tempo é dinheiro. E o<br />
live marketing é um mercado sem limites, formatos e barreiras.<br />
Nós podemos atuar e estar onde outras ferramentas de comunicação<br />
não alcançam. Podemos estar ao lado das pessoas, entendendo<br />
o que elas precisam e desejam, transformando esses desejos<br />
em experiências online e offline, que aproximam marcas e<br />
pessoas, geram awareness, fidelidade e vendas. Então, eu vejo<br />
grandes oportunidades para fazer ações inovadoras, diferenciadas<br />
e memoráveis.<br />
Wilson - Há um movimento já histórico e comprovado<br />
de migração de verbas de segmentos<br />
tradicionais para digital e live marketing. É<br />
uma tendência que se ajusta aos novos tempos,<br />
onde a experiência é cada vez mais valorizada.<br />
Há, porém, duas questões que merecem<br />
nossa ação para combatê-las: a falta de visão<br />
estratégica das empresas clientes, que não cultivam relacionamentos<br />
sustentáveis e de longevidade; e, circunstancialmente,<br />
a grave crise econômica, que está afetando todos os mercados,<br />
inclusive o nosso. Mas, paradoxalmente, há também espaço para<br />
otimismo. Alguns movimentos recentes do mercado sinalizam<br />
que o Brasil parece ter cansado de tremer e fraquejar ante as dificuldades<br />
da política. O setor produtivo parece ter cansado da<br />
turbulência, assumindo que a economia passou a ter bases mais<br />
sólidas, e a retomada do crescimento é mesmo para breve.<br />
34 propaganda | junho 2017
A crise oferece janelas de oportunidades?<br />
Célio - Temos eventos, promoções, campanhas de incentivo,<br />
campanhas digital, trade marketing, tudo o que podemos fazer<br />
fora do comercial de TV, do anúncio tradicional, o live marketing<br />
faz, então são inúmeras oportunidades, mesmo com a crise.<br />
O live marketing enxerga crise como oportunidade.<br />
Wilson - Sem dúvida. Força agências, clientes, fornecedores a<br />
pensar os próprios negócios, estudar alternativas. Quebrar paradigmas<br />
com responsabilidade e segurança, porém com grande<br />
velocidade.<br />
Quais os segmentos nos quais as ações de live marketing vêm<br />
se destacando? / Qual a explicação para esse desempenho? /<br />
Como o digital tem influenciado o live marketing no Brasil?<br />
Célio - O que mais se destaca hoje em dia é o ambiente digital, ele<br />
está inserido em todas as ferramentas de live marketing: um evento<br />
tem de estar na plataforma digital, uma promoção é digital, uma<br />
ação no trade mkt é digital, campanha de incentivo é digital etc.<br />
Então, hoje, o live marketing é a principal ferramenta que consegue<br />
criar experiências no mundo off, levando para o mundo on.<br />
Hoje, você consegue criar experiências no ponto de venda e continuar<br />
dentro do universo digital, nas redes sociais, na internet, num<br />
impacto, então o segmento que mais se destaca é a experiência entre<br />
consumidores e marcas de uma forma memorável.<br />
Wilson - As áreas de incentivo e trade marketing, hoje em dia<br />
chamado por muitos de field marketing, parecem viver tempos<br />
melhores que os dos outros segmentos. Por conta da necessidade<br />
dos clientes em melhorar seu desempenho comercial, eles<br />
acabam buscando suas agências para programas de motivação<br />
de equipes ou relacionamento com cientes. E um cuidado especial<br />
com a execução no ponto de venda. Quanto ao digital,<br />
ele simplesmente está em tudo que fazemos como cidadãos e<br />
consumidores. Natural que cada vez mais nós o percebamos nas<br />
ações de live marketing.<br />
Dá para fazer uma previsão do desempenho do setor para este ano?<br />
Célio - O setor vem crescendo a cada ano, segundo as pesquisas.<br />
E, devido aos diversos fatores mencionados acima, mesmo em<br />
detrimento da crise, acreditamos ser um ano de grandes oportunidades<br />
para o mercado de live marketing.<br />
Mais algum ponto importante a citar?<br />
Célio - Além dessas perguntas, acho muito importante falar de<br />
como foi essa gestão na Ampro. Quando o Wilson e eu assumimos,<br />
em janeiro de 2016, tínhamos 5 pontos importantes, que<br />
eram: trabalhar a imagem institucional (relacionamento, relações<br />
públicas), difusão de conhecimentos/trocas de experiências,<br />
projetos sociais, pautas estruturantes e permanentes, modelo<br />
de governança e representatividade.<br />
E, ao longo desse último ano, muita coisa foi feita, como o empoderamento<br />
das regionais, dos comitês – hoje temos diversos<br />
comitês atuantes importantes, como o Comitê de Relações Sustentáveis;<br />
o Comitê de Trade Marketing; o Comitê Women Empowerment;<br />
temos o Gea - Grupo de Estudos Acadêmicos, cada<br />
vez mais presente nas universidades; o Comitê de Pesquisa e<br />
Inovação. Além disso, fizemos o Dia Ampro, por meio do qual<br />
levamos para várias praças um pouco de valor, com as recomendações<br />
para Agências de Valor e Clientes de Valor; lançamos a<br />
nova tabela referencial de custos da Ampro, ajudando as agências<br />
diversas maneiras de cobrar; temos o Fala Mais, que é um<br />
canal em que as pessoas podem falar de alguma agência, uma<br />
denúncia, onde a Ampro pode atuar e resolver alguns problemas<br />
através da Câmara de Mediação.<br />
Tivemos o Live Festival, no ano passado, o primeiro festival de<br />
inovação, mostrando quanto o live marketing acrescenta com a<br />
inovação do mercado de comunicação – tivemos abertura com<br />
Sergio Valente, além de Daniela Thomas, Hiper Island, pessoal<br />
do Google, Instagram etc. Sem contar a aproximação que tivemos<br />
com a Rede Globo, com a Aba (Associação Brasileira de<br />
Anunciantes), com outras entidades e veículos; criamos a campanha<br />
#somoslivemkt, com mais de 8 mil compartilhamento<br />
nas redes sociais em 1 ano, então, cada vez mais o live marketing<br />
está presente na vida das pessoas.<br />
Eu tenho uma frase que fala que todo mundo vê, mas não enxerga<br />
o live marketing. Você acorda e até a hora que você vai dormir<br />
você é impactado pelo live marketing, no elevador, dentro de<br />
casa, quando abre uma geladeira, quando você vai ao mercado,<br />
ao shopping, o live marketing está em todos os momentos da<br />
vida das pessoas, porque são experiências que as pessoas vivem,<br />
através de marcas, produtos e serviços.<br />
Outro ponto muito importante: pela primeira vez, um dirigente<br />
da Ampro (presidente ou chairman) é jurado de Cannes, então<br />
estou muito feliz com o convite, a honra de representar o mercado<br />
brasileiro. Isso mostra a força que a Ampro está tendo, a<br />
representatividade e o respeito no mercado nacional e internacional<br />
com esse convite feito a mim, que, claro, contam também<br />
os 23 anos de mercado e o fato de ser sócio da Aktuellmix, mas,<br />
com certeza, representar a Ampro no mercado internacional vai<br />
ser muito forte, isso mostra o valor e o respeito que temos pela<br />
entidade. Este ano, a expectativa de cases inscritos em Promo &<br />
Activation em Cannes é de mais de três mil cases, então dá pra<br />
ver como o mercado é aquecido.<br />
propaganda | junho 2017 35
Perfil<br />
Eventos que extrapolam fronteiras<br />
“Pra início de conversa, sendo o Brasil um país continental e com uma<br />
36 propaganda | junho 2017<br />
diversidade regional bem acentuada, nós temos ações e eventos espalhados<br />
por todo território nacional, que têm muito valor regional<br />
O que é live marketing<br />
É a atividade de comunicação onde se<br />
incluem todas as ações, campanhas ou<br />
eventos que proporcionem experiência<br />
tanto para as economias locais quanto para a autoestima e a cultura<br />
de suas populações. Neste contexto, alguns eventos extrapolam estratégica, se atingir resultados e<br />
de marca e interação para, de forma<br />
as próprias fronteiras e têm reconhecimento nacional, como, por soluções de comunicação para marcas<br />
exemplo, o Festival de Parintins; as Festas Juninas do Nordeste; os produtos e serviços. É o guarda-chuva<br />
Carnavais do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e, mais recentemente,<br />
de São Paulo; a Festa do Peão de Barretos; o Oktoberfest; o Natal Luz de Gramado; e campanhas que aconteçam ao vivo na<br />
onde se inserem todas as ações, eventos<br />
o Festival de Teatro de Curitiba; o Planeta Atlântida; o Réveillon de Floripa; e tantos relação do consumidor ou shopper com<br />
outros. Várias linguagens e sotaques envolvidos, peculiaridades, gostos e ritmos fazem<br />
do live brasileiro um dos mais criativos do mundo. As espetaculares aberturas<br />
marca, produto ou serviço.<br />
das Olimpíadas e Paralimpíadas do ano passado comprovaram para o mundo o que<br />
digo aqui.<br />
Neste contexto, como podemos depreender do contato com os colegas das diretorias regionais da Ampro, há<br />
uma sensação comum da importância estratégica com que o live marketing, hoje em dia, é percebido e encarado.<br />
As experiências diferenciadas que propicia, que gera um residual de empatia que leva ao consumo,<br />
fazem-no um vigoroso aliado das corporações. Além disto, a sua junção umbilical com as novas tecnologias<br />
(principalmente a digital) e sua inserção crescente em todas as cadeias de soluções de live oferecidas - das<br />
atividades propostas, passando pela gestão e medições de performance e eficácia – têm nos feito crescer e nos<br />
diferenciar.<br />
Em termos absolutos, no entanto, sentimos as dificuldades por que passa a nossa economia como um todo,<br />
com as diversas regiões brasileiras sentindo em maior ou menor grau este impacto, a partir das próprias<br />
particularidades mercadológicas e conjunturais. A superação deste momento passa por alguns desafios que<br />
estão postos e precisam ser enfrentados e superados, tais como: a absurda bitributação, a implantação de<br />
um modelo de contratação governamental, uma maior parceria e profissionalização da cadeia produtiva do<br />
segmento, além da busca pela regulamentação e código de ética do setor, entre outras. Além disso, é fundamental<br />
que mantenhamos a pegada da inovação, na criatividade e foco nos resultados.<br />
Sou otimista, vai dar certo!”<br />
Milton Santana – VP nacional da Ampro<br />
A visão local<br />
Entrevista com os diretores regionais<br />
Como está o mercado de live marketing na sua região,<br />
comparado aos outros segmentos de comunicação?<br />
Débora Tenca - Claro que o nosso segmento sofre com<br />
a crise nacional, assim como toda a economia brasileira.<br />
A diferença é que o impacto positivo do live<br />
marketing na construção das marcas é muito grande<br />
e inúmeras empresas já veem de forma mais estratégica<br />
seus investimentos no segmento. Por isso<br />
temos uma tendência de desempenho melhor do que<br />
outras áreas do mercado de comunicação. O setor de propaganda<br />
parece estar sentindo mais o mau momento, por exemplo.<br />
Elaine Costa - O mercado do Sul foi atingido,<br />
como todos os outros, pela crise econômica<br />
atual, mas é sempre nos momentos de crise<br />
que conseguimos aproveitar várias oportunidades.<br />
E é isto que muitas empresas estão<br />
fazendo, procurando por ferramentas do live<br />
marketing para trabalhar com seu time de venda, estar nos pontos<br />
de vendas, conversar diretamente com o consumidor estimulando<br />
a venda.<br />
Matheus Vianna - Principalmente na região<br />
de Brasília, onde a definição de um modelo<br />
de contratação de live para o governo federal<br />
não esta consolidada, nosso segmento é<br />
o mais enfraquecido para contratação no mer-
cado de comunicação. Não me sinto confortável para falar das<br />
outras regiões do Centro-Oeste por falta de conhecimento.<br />
Márcio Viana - Na Bahia, em particular, o mercado teve<br />
um arrefecimento grande muito por causa da diminuição<br />
de investimento em três grandes eixos. A<br />
crise no setor imobiliário, grande contratante de<br />
serviços de comunicação, as grandes licitações e<br />
editais do governo que não saíram ainda e a fuga dos<br />
eventos corporativos, que deixaram de vir para Salvador<br />
por conta dos problemas no centro de convenções. O live<br />
marketing também tem sofrido com esses impactos. Porém,<br />
como existem ferramentas e soluções de live de custo mais baixo,<br />
muitos clientes têm buscado nessas agências tentado soluções<br />
para não parar a comunicação.<br />
Quais ações e eventos vocês podem destacar nos últimos<br />
tempos?<br />
Elaine Costa - Os eventos que mais se destacam na Regional Sul<br />
são o Oktoberfest, Natal Luz de Gramado, Festival de Teatro de<br />
Curitiba e Planeta Atlântida.<br />
Débora Tenca - Na nossa regional, destacaríamos as cerimônias<br />
de abertura e encerramento das Olimpíadas e Paralimpíadas<br />
que impactaram e emocionaram o mundo todo. Outro evento<br />
importante e de grandes proporções é o Comida di Buteco que<br />
acontece anualmente em 20 cidades em todo o Brasil durante os<br />
meses de abril e maio, inclusive hoje é um produto Rede Globo.<br />
Outro evento importantíssimo, que gera um leque enorme de<br />
ativações de marcas, é o Rock in Rio, que movimenta toda a cidade<br />
e projeta o Rio de Janeiro para o Brasil e o mundo.<br />
Márcio Viana - Eventos ligados ao varejo, que eram bem maiores,<br />
agora estão sendo feito de forma bem mais tímida. As ações<br />
de rua têm também aos pouco reaparecido. Eventos ligados aos<br />
show e lazer também têm se mantido, mas em menor escala.<br />
Matheus Vianna - As ações de entretenimento vêm se fortalecendo<br />
ao longo dos anos. Buscando maior experiência com seu<br />
publico de nicho, cada setor tem preparado eventos não muito<br />
grandes como feiras, mas eventos onde se pode ter um relacionamento<br />
maior com seu público. Ações e eventos que fortaleceram<br />
a região nos últimos meses: Olimpíada do Conhecimento,<br />
Festivais de Musica, Wine and Music e A Praia. Neste mês, lançaremos<br />
um evento chamado Ice Park Brasília. Uma área aberta<br />
com pista de gelo, brinquedos Infláveis, teatro ao ar livre, cinema,<br />
área para convivência e estimulo entre pais e filhos etc.<br />
Como a tecnologia tem influenciado nas ações<br />
de live marketing?<br />
Matheus Vianna - A tecnologia tem colaborado tanto como ferramenta<br />
para ajudar na medição de resultados das ações de live<br />
como na interatividade e contato com o publico final. As interações<br />
com todos os pontos de contato, disparo de mensagens,<br />
envio direto e personalizado de informações, geração de conteúdo<br />
através do cliente e possibilidade de se comunicar “real<br />
time” com o publico são ferramentas que podem potencializar<br />
muito as ações de Live.<br />
Márcio Viana - A tecnologia está cada vez mais presente na comunicação,<br />
seja como ferramenta para potencializar a visibilidade,<br />
seja integrada em ações como as de experiência, e, claro,<br />
como geradora de dados para alimentar os sistemas de informações<br />
e, em última instância, aumentar as vendas.<br />
Débora Tenca - A experiência é a alma do live marketing. Experiências<br />
sensoriais, emocionais e virtuais compõem um conjunto<br />
diferenciado de contato com a marca. Todas as novas tecnologias<br />
são adotadas rapidamente pelo live marketing porque<br />
enriquem o Branding Experience. Então, hoje, é praticamente<br />
impossível dissociar live marketing das redes sociais, games e<br />
apps, sejam eles aplicados na organização dos eventos ou no<br />
contato direto com o público participante para gerar vivências<br />
diferenciadas.<br />
Elaine Costa – Com o mundo tão digitalizado, não podemos<br />
pensar em ações de live MKT sem a presença da tecnologia. É<br />
ela que tira a cena nas ativações ou até mesmo ela que nos ajuda<br />
no backstage, no controle da ativação, checklist e tudo mais.<br />
Podemos dizer que a tecnologia está cada vez mais incorporada<br />
ao nosso cotidiano.<br />
Quais são os principais desafios para o desenvolvimento do<br />
mercado de live marketing na sua região?<br />
Débora Tenca - Talvez o maior desafio seja mostrar a importância<br />
de se ter um sotaque regional na vivência das marcas,<br />
mantendo o impacto da inovação e a qualidade de execução em<br />
altíssimo grau, seguindo os padrões internacionais das estratégias<br />
de branding globais das companhias.<br />
Elaine Costa - Talvez o maior desafio seja fazer mais com menos,<br />
buscar a parceria com fornecedores para que possamos<br />
encontrar um caminho sadio em ambos os lados. Pois a verba<br />
do cliente diminuiu bastante para as Regionais programarem e<br />
executarem as suas ativações.<br />
propaganda | junho 2017 37
Perfil<br />
Matheus Vianna - Primeiro, temos<br />
de considerar que enquanto<br />
o Governo Federal não consolidar<br />
e amadurecer um modelo de<br />
contratação, a região de Brasília<br />
não será fortalecida no mercado<br />
de live. Importante registrar que,<br />
pela característica da capital, não<br />
temos grandes empresas, fábricas,<br />
indústrias que pudessem fomentar<br />
o mercado como um todo.<br />
Além disso, a capacitação de profissionais<br />
que atuem especificamente<br />
em live precisa ser um ponto<br />
importante para se registrar.<br />
Márcio Viana - Aos poucos os<br />
clientes demais players estão<br />
entendendo e usando a nova nomenclatura,<br />
live marketing, o que Awards, etapa brasileira do<br />
Bastidores da Ampro Globes<br />
por si só gerou uma certa confusão<br />
no início. Muitas empresas e área promocional<br />
Globes Awards, única premiação<br />
internacional voltada para a<br />
fornecedores de live não se identificavam.<br />
É fundamental que as agências e empresas que<br />
trabalham para os setores ligados ao nosso negócio desenvolvam<br />
um processo de união e respeito mútuo, bem<br />
como um zelo incondicional pela ética no setor.<br />
Quais as perspectivas para este ano?<br />
Elaine Costa - As perspectivas são positivas, vemos o live<br />
marketing como um aliado as empresas. É ele que conversa<br />
diretamente com o consumidor atual, através das<br />
ações de experiência. Por isso, a parceria de toda a cadeia<br />
cliente, fornecedor e agencia é muito importante.<br />
Débora Tenca - O ano começou mais movimentado e todo o<br />
mercado de comunicação estava bastante esperançoso. Com as<br />
reviravoltas recentes, fica mais difícil prever o futuro. Mas, certamente,<br />
sabemos que as verbas reduzidas acabam comprometendo<br />
um pouco a criatividade e a inovação em todos as ações<br />
que são produzidas. A melhor maneira de reverter esse quadro é<br />
com parcerias e a maior aproximação de toda a cadeia produtiva<br />
do segmento, buscando viabilizar novas ideias e projetos para<br />
manter o alto impacto do live marketing. Ainda é importante<br />
ressaltar que no mercado carioca continuamos otimistas, tendo<br />
em vista o grande esforço que o poder público está fazendo para<br />
incentivar o turismo e os negócios na cidade do Rio de Janeiro.<br />
Márcio Viana - De uma forma geral, estávamos com a perspectiva<br />
de melhora progressiva. Os pequenos sinais de melhora da<br />
economia dão confiança aos clientes em voltar a investir em<br />
comunicação. Começamos a perceber isso com o aumento de<br />
solicitação e consulta de orçamentos.<br />
Matheus Vianna - A regulamentação do nosso setor, com leis<br />
especificas, passa a ser cada vez mais necessária. Temos uma<br />
grande fragilidade, principalmente, no que diz respeito à parte<br />
fiscal/tributaria. Estamos na expectativa de que, assim que a<br />
Secom definir o modelo de contrato, vários órgãos do governo<br />
federal vão colocar os editais no mercado. Esperar pra ver!!!<br />
38 propaganda | junho 2017
principais executivos<br />
DIRETORIA NACIONAL BIÊNIO 2016/2017<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
CÉLIO ASHCAR JÚNIOR CHAIRMAN AKTUELLMIX<br />
WILSON FERREIRA JÚNIOR PRESIDENTE ETNA<br />
MAURÍCIO MAGALHÃES VP DE MARKETING E COMUNICAÇÃO AGÊNCIA TUDO<br />
MILTON SANTANA VP NACIONAL A-SIM COMUNICAÇÃO CONSULTORIA E PROJETOS LTDA<br />
RICARDO PEREIRA BEATO VP ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO KEPPER<br />
MOISES GOMES VP RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS TERRUA<br />
DIRETORIA REGIONAL<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
MÁRCIO VIANA PRESIDENTE CAPÍTULO NORDESTE PLURAL COMUNICAÇÃO E MARKETING LTDA<br />
ALESSANDRA PIRES DIRETORA-GERAL - CAPÍTULO NORDESTE AMPLA COMUNICAÇÃO<br />
FREDERICO MONTEIRO DIRETOR-ADMINISTRATIVO FINANCEIRO - CAPÍTULO NORDESTE AGOGO PROMOÇÕES<br />
FERNANDA FERRARI<br />
GERENTE-EXECUTIVA CAPÍTULO NORDESTE<br />
ELAINE PIRES DIRETORA REGIONAL ADJUNTA CAPÍTULO NORTE|NORDESTE - CEARÁ EFICAZ COMUNICAÇÃO<br />
TIAGO ALBUQUERQUE DIRETOR REGIONAL ADJUNTO CAPÍTULO NORTE|NORDESTE - MARANHÃO FAZPROMO<br />
MANOEL BARBOSA DIRETOR REGIONAL ADJUNTO CAPÍTULO NORTE|NORDESTE - ALAGOAS MANDALA<br />
ELAINE MORO COSTA DIRETORA REGIONAL SUL MC4X<br />
ROBERTO RIMOLI DIRETOR-ADJUNTO REGIONAL SUL - RIO GRANDE DO SUL DUETTO<br />
TIAGO FATTORI DIRETOR-ADJUNTO REGIONAL SUL - SC DIFERENCIAL<br />
DEBORA TENCA DIRETORA REGIONAL SUDESTE FINO TRATO EVENTOS<br />
TONY COELHO DIRETOR-ADJUNTO REGIONAL SUDESTE - RIO DE JANEIRO CONCEITO<br />
ALEXA CARVALHO DIRETORA-ADJUNTA REGIONAL SUDESTE - MG ETC. & TAL<br />
RAFAEL PHOCA DIRETOR-ADJUNTO REGIONAL SUDESTE - ES ATIVAÇÃO<br />
DIRETORIA COMITÊS<br />
COMITÊ TRADE MARKETING<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
ANA PAULA DE SALLES ANDRADE PRESIDENTE COMITÊ TRADE MARKETING M2 CONSULTORIA EM MARKETING LTDA<br />
JONATHAN DAGUES DIRETOR COMITÊ TRADE MARKETING TMS TRADE MARKETING SOLUTION LTDA<br />
PATRÍCIA LANZONI DIRETORA-ADJUNTA COMITÊ TRADE MARKETING JPL<br />
STENIO SOUZA DIRETOR DE ÉTICA COMITÊ TRADE MARKETING ITRADE SMOLLAN<br />
KARLA DAGUES JURÍDICO COMITÊ TRADE MARKETING DAGUES ADVOCACIA<br />
COMITÊ MARKETING DE INCENTIVO<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
LUIZ ALBERTO DE SALLES OLIVEIRA DIRETOR COMITÊ MARKETING DE INCENTIVO MOLLS<br />
PAULO ANDRÉ NETTER DIRETOR FINANCEIRO COMITÊ MARKETING DE INCENTIVO GRUPO LTM<br />
RAPHAEL RODRIGUES DIRETOR RELAÇÕES INTERNACIONAIS COMITÊ MARKETING DE INCENTIVO ENDERED<br />
RICARDO ALBREGARD DIRETOR-SECRETÁRIO COMITÊ MARKETING DE INCENTIVO REI ALBREGARD<br />
ANTONIO ADRIÃO Membro HOT SHOP GROUP<br />
DAGOBERTO TENAGLIA Membro HOT SHOP GROUP<br />
CATIA LANZONI Membro CONTAX<br />
MAURICIO BITTENCOURT Membro CONTAX<br />
SILVANA TORRES Membro MARK UP<br />
GEORGIA NATACCI SOUZA Membro LTM<br />
LEANDRO CAPOZZIELI Membro INFINITI<br />
ADRIANA APARECIDA BRANCO Membro MULTIPLUS<br />
TIAGO DAIA Membro MULTIPLUS<br />
WALESCA TATIANE FEITOSA Membro MULTIPLUS<br />
DANILO AMARAL Membro PEELA<br />
FÁBIO CASTRO Membro PEELA<br />
FERNANDA PERES Membro PEELA<br />
SANDRO ARI PINTO Membro CIA GROUP<br />
GRAZIELA ADAS Membro ACCENTIV<br />
REGINA MURAKOSHI Membro ACCENTIV<br />
propaganda | junho 2017 39
Perfil<br />
COMITÊ RELAÇÕES SUSTENTÁVEIS<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
RONALDO BIAS FERREIRA JR PRESIDENTE COMITÊ RELAÇÕES SUSTENTÁVEIS AGENCIA UM<br />
MONICA MELITTO VP BATUQUE PROMO<br />
MARCIO MENDES Diretor Relações Institucionais MEGASHARE<br />
WILSON FERREIRA JUNIOR Membro ETNA<br />
Philip Koerner Diretor de Apoio ao GEA Grupo B2X Comunicação<br />
CLAUDIA TOLEDO DIRETORA DE COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO TOLEDO COMUNICAÇÃO<br />
COMITÊ WOMEN EMPOWERMENT<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
SILVANA TORRES PRESIDENTE COMITÊ WOMEN EMPOWERMENT MARK UP<br />
ANA FONTES Membro REDE MULHER EMPREENDEDORA<br />
KATIA BRAGA Membro MARK UP<br />
ANA PAULA DE ANDRADE Membro MARCO MKT BRASIL<br />
DILMA SOUZA CAMPOS Membro OUYRA PRAIA<br />
ADRIANA Membro ONU<br />
COMITÊ PESQUISA E INOVAÇÃO<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
DENISE DE CASSIA PRESIDENTE COMITÊ PESQUISA, INTELIGÊNCIA E INOVAÇÃO AGÊNCIA 96 COMUNICAÇÃO LTDA<br />
JOÃO RIVA Membro DUOVOZZ INTELIGENCIA<br />
GERSON CHRISTENSEN Membro SSK ANALISES<br />
MONICA PEDRO Membro BULLET<br />
ELPIS ZIOUVA Membro UMBIGO DO MUNDO<br />
GEA<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
SARA AZEVEDO Representante do GEA - CAMPO GRANDE - MS UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ<br />
PATRICIA MORAES Representante do GEA - SALVADOR – BA UNIJORGE<br />
IZABELA DOMINGUES Representante do GEA - Recife – PE UFPE – UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO<br />
LIPSIO CARVALHO Representante do GEA - CURITIBA - PR UNICURITIBA<br />
CARINE CARDOSO Representante do GEA - VITÓRIA - ES FAESA (ES)<br />
FREDERICO ALBUQUERQUE Representante do GEA – BELO HORIZONTE - MG FACULDADE MILTON CAMPOS E FUNDAÇÃO CABRAL<br />
GUILHERME GUERRA Representante do GEA – BELO HORIZONTE - MG UNA<br />
MARCIO FORMIGA Representante do GEA – RIO DE JANEIRO - RJ CANDIDO MENDES<br />
JOÃO RIVA Representante do GEA – São Paulo - SP CASPER LIBERO<br />
LIBIA MACEDO Representante do GEA – São Paulo - SP ESPM<br />
ANGELA FERNANDES Representante do GEA – São Paulo - SP UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL<br />
LUCIANO BONETTI Representante do GEA – São Paulo - SP UNIVERSIDADE METODISTA<br />
TONY COELHO Diretor CONCEITO LIVE MARKETING<br />
MARINA PECHLIVANIS Membro UMBIGO DO MUNDO<br />
JOÃO MATTOS Membro D’MATTOS<br />
PATRICIA SEGATTO Membro AMPRO<br />
CONSELHO CONSULTIVO CONVIDADO<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
BAZINHO FERRAZ BFERRAZ PRESIDENTE DO CONSELHO AMPRO<br />
CLAUDIO XAVIER NEW STYLE CONSELHEIRO CONSULTIVO<br />
PAULO FOCCACIA FASADV CONSELHEIRO CONSULTIVO<br />
MARIA LAURA NICOTERO MOMENTUM CONSELHEIRA CONSULTIVA<br />
CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
NOME CARGO AGÊNCIA<br />
AGUINALDO VIRIATO AMPLA COMUNICAÇÃO CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
DJANIRA DIAS 2D PROMO CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
ELZA TSUMORI CASA BARCELONA CONSELHEIRA PERMANENTE<br />
JULIO CESAR ANGUITA BABEL CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
JULIO FEIJÓ PROMOVIEW CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
KITO MANSANO ROCK CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
LAURO SIQUEIRA BRINDZ CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
LUIZ ANTONIO PEIXOTO COBRAM CONSELHEIRO PERMANENTE<br />
40 propaganda | junho 2017
Especial<br />
(Cannes)<br />
O melhor do Desafio<br />
Campanhas do prêmio Estadão deste ano<br />
destacam o tema da violência contra a mulher<br />
Por Suzi Cavalari<br />
fotos: divulgação<br />
A 3ª edição do Prêmio Desafio Estadão, que garante aos vencedores a ida ao 64º Festival Internacional de<br />
Criatividade Cannes Lions, escolheu a conscientização da violência contra a mulher como tema do ano.<br />
Nas próximas páginas, as melhores campanhas publicitárias nas categorias Multiplataforma, Impresso<br />
e Branded Content, além do Brief Desafio. E foi uma mulher a eleita “Mídia do Ano”, Mirian Shirley, VP<br />
de mídia da Publicis. Ela é a quarta eleita, se consideramos as 14 edições quando a premiação ainda se<br />
chamava “Prêmio de Mídia”. Para ela, as mulheres ainda têm um papel importante a ser conquistado<br />
na publicidade, mas se diz otimista com o trabalho que já vem sendo feito em relação à igualdade de<br />
gêneros. A executiva é também jurada no Festival na categoria Media Lions, justamente aquela que<br />
analisa o contexto da criatividade, com ideias inovadoras e estratégia de canal capaz de mudar o jogo.<br />
Será um sinal?<br />
Talvez. Nesta edição do Cannes Lions, um recorde de participação feminina no corpo de jurados. Elas representam<br />
43% do total. Em 2012, eram apenas 21%. Ao lado de Mirian está Andrea Alvares, da Natura, jurada<br />
de Glass Lions, outra categoria forte em relação à mudança de cultura arraigada, pois analisa trabalhos que<br />
se propõem a mudar de forma positiva a desigualdade de gênero e injustiças. Mas, por enquanto, são apenas<br />
duas juradas brasileiras, num total de 19.<br />
Já especificamente na mídia da Publicis, a coisa é diferente. São sete diretores, dos quais seis são mulheres,<br />
sob o comando de Mirian, que tem mais de 20 anos de experiência nacional e internacional. A executiva atuou<br />
como diretora-geral de mídia da Ogilvy & Mather entre Rio e São Paulo desde 2006. Foi por seis anos diretora-<br />
-geral e vice-presidente sênior da Starcom Worldwide na Cidade do México e passou pela Leo Burnett Chicago<br />
e pela Leo Burnett Brasil.<br />
De acordo com Mirian, além da questão de gênero, o reconhecimento do mercado é resultado do trabalho de<br />
excelência realizado pela equipe da agência como um todo. “Também é preciso lembrar que um dos nossos<br />
diferencias são os clientes, principalmente aquilo que estamos entregando como resultado para eles. Aí o<br />
reconhecimento vem naturalmente. Durante a semana, temos reunião logo cedo, às 8h, para discutir vendas,<br />
uma dinâmica de business”, diz.<br />
A VP da Publicis, conta que é disciplinada. Reserva duas horas das manhãs de domingo para estudar. “Se<br />
durante a semana tem algum tema que eu não domino, ou mesmo<br />
novidade em ferramenta de medição de resultado, eu vou<br />
estudar. Não vou parar nunca, porque não são só coisas do dia a<br />
dia. Por isso, falo para os mais novos que é preciso gostar e ser interessado,<br />
para prosseguir nessa busca incessante de aprender”.<br />
Mirian Shirley, VP de mídia da Publicis: eleita “Mídia do Ano”<br />
As campanhas vencedoras<br />
Os vencedores foram responsáveis por desenvolver campanhas<br />
criativas e integradas, que foram veiculadas em pelo menos uma<br />
plataforma do Estadão, exceto as peças para o Brief Estadão, que<br />
exigia que fossem inéditas. Todos os os eleitos receberam o troféu<br />
Ex-Libris, símbolo do jornal, e uma viagem ao 64º Cannes<br />
Lions. Os pacotes incluem passagem aérea, hospedagem e inscrição<br />
no festival<br />
42 propaganda | junho 2017
Branded Content<br />
Campanha “Eztadao”<br />
Anunciante: Bruno Couto, diretor de marketing da<br />
Motorola.<br />
Agência: Luciana Prado, diretora de mídia, e Alessandro<br />
Bernardo, diretor-executivo de criação, ambos da F.biz.<br />
Impresso<br />
Campanha “Conforto”<br />
Anunciante: Maurício Parise, diretor de marketing da<br />
Gol Linhas Aéreas.<br />
Agência: Fernanda de Freitas, gerente de mídia, e<br />
Heitor Buchalla, diretor de arte, ambos da AlmapBBDO.<br />
Multiplataforma<br />
Campanha “The Hacker Spot”<br />
Anunciante: Anne Catherine Olesen, VP da Fundação Dorina Nowill<br />
Para Cegos.<br />
Agência: Eduardo Shinohara, diretor de mídia e Felipe de Araújo,<br />
diretor de arte, ambos da Lew’Lara\TBWA.<br />
Brief Desafio<br />
Campanha “Colunistas (Des) Conhecidas”<br />
Agência: Lucas Rodrigues, redator, e Rodrigo<br />
Cardoso, diretor de arte, ambos da Bold Conteúdo.<br />
propaganda | junho 2017 43
Obladi, Obladá<br />
(Castelo)<br />
A paronomásia<br />
na publicidade<br />
Arquivo pessoal<br />
> Carlos Castelo é escritor e publicitário<br />
Twitter: @castelorama<br />
Deve ter sido ali pelos idos de 1989. Eu estava recém-entrado na publicidade, vindo<br />
das redações de jornal. Talvez ainda estivesse me ambientando aos chamados tons e<br />
maneiras da atividade. Começara bem. Com nove meses de profissão escrevi alguns<br />
roteiros para a cola Araldite que renderam à Standard dois leões no Festival de Cannes:<br />
um de ouro, outro de bronze. Nada mal para quem tinha pouco menos de dois<br />
anos de experiência profissional.<br />
Passada a euforia voltamos ao dia a dia da agência. O diretor de criação me chamou<br />
na sala e passou um job. Era um anúncio para a revista Veja da nova mostarda Cica, a<br />
única com bico dosador. Ou seja, o molho saía fácil, nunca falhava.<br />
- Trabalhinho moleza, hein? - brincou o diretor.<br />
Peguei a embalagem, olhei com cuidado e não resisti a cometer a paronomásia (o<br />
trocadilho dos eruditos):<br />
- Mostarda, mas não falha.<br />
Já ia saindo da sala do chefe quando ouvi a gargalhada dele, em delay. Julguei que ele<br />
se ria de alguma coisa que lhe diziam ao telefone, mas era do meu trocadilho infame.<br />
- Volta aqui! - ordenou ele.<br />
Acreditei que seria demitido, mas ele pediu com uma calma estranha:<br />
- Fala de novo.<br />
- Fala, o quê? - perguntei, sem compreender bem o pedido.<br />
- O título! - disse, ainda rindo muito.<br />
- Mostarda, mas não falha.<br />
- Ele começou a ter uma crise de riso ainda mais violenta que a primeira. Ia ficando<br />
vermelho, tossia, batia com os punhos na mesa. Provavelmente seria minha última<br />
intervenção na propaganda, já dava para sacar. Fôra fazer a brincadeira de cometer<br />
trocadalhos na cara do superior hierárquico, agora era esperar pelo pior. Após a risadaria<br />
era evidente, como a luz do sol: sobreviria o siso, o sermão e o RH.<br />
Instantes mais tarde, o diretor enxugou as lágrimas com um lenço de papel e declarou:<br />
- Mostarda, mas não falha! É esse o título. Manda layoutar, vou apresentar para o<br />
freguês.<br />
E, dias depois, saiu na Veja nacional. De todas as centenas de peças que criei para a<br />
propaganda, de todas as premiações nacionais e internacionais que recebi ao longo<br />
de 29 anos de atividade, o “Mostarda, mas não falha”, da Cica, é, de longe, a mais<br />
lembrada. Um considerável contigente amou, outro grande odiou. Mesmo assim é<br />
comentado até hoje.<br />
É claro que nunca defenderei trocadilhos, muito menos na era do video-case. Quem<br />
adorava usar essas polêmicas figuras de linguagem eram tipos como Joyce ou Balzac.<br />
Eu sou apenas um redator latino-americano, sem dinheiro no banco, e vindo do<br />
Piauí.<br />
Mas que elas não falham, não falham. As embalagens da mostarda Salsaretti, em pleno<br />
2017, estão aí para não me deixar mentir.<br />
44 propaganda | junho 2017
making of<br />
(Leica)<br />
> por Pedro Prado e Rodrigo<br />
Castellari, diretores de criação<br />
da F/Nazca Saatchi & Saatchi<br />
fotos: divulgação<br />
46 propaganda | junho 2017<br />
Sem cores<br />
F/Nazca Saatchi & Saatchi busca<br />
magia em campanha para Leica P&B<br />
Nada é mais colorido que o preto e branco.<br />
Vermelho sangue. Grama verde. Água azul.<br />
No mundo colorido não há espaço para o sonho ou para o devaneio.<br />
As cores mandam. Os olhos obedecem.<br />
Uma cela de barras prateadas, séria e previsível.<br />
O corredor da morte da imaginação.<br />
O mundo preto e branco é anarquista. Nele, normas só existem<br />
para quem decide inventar. Pretos viram laranjas. Grenás e roxos.<br />
Brancos. Amarelos ou lilás. Preto e branco são todas as cores.<br />
Todas que a inspiração decidir.<br />
Na prisão das cores, o preto e branco é o banho de sol.<br />
Leica M – Monochrom<br />
Liberte-se das cores<br />
Fotos P&B têm um quê mágico. Despertam um certo fascínio,<br />
seduzem, hipnotizam. Até aí, ótimo. Mas como anunciar, em<br />
2017, uma câmera que só tira fotos P&B.
E nada mais?<br />
Nosso ponto de partida foi o fato de não ser apenas uma câmera,<br />
mas uma Leica.<br />
Uma câmera com história e com alma. Uma câmera que não apenas<br />
tira fotos P&B, mas talvez a única que tem a capacidade de<br />
posicionar e definir o P&B. Assim mesmo, preto no branco.<br />
Primeiro fizemos anúncios, spots de rádio e pôsteres que exploravam<br />
um pouco essa tal mágica monocromática. E mergulhados<br />
nesse universo, nos parecia inevitável a cereja do bolo: fazer<br />
um filme.<br />
Algum tempo passou, criamos um roteiro, procuramos referências<br />
e tentávamos fazer algo que, de fato, retratasse a essência<br />
do universo P&B e da Leica. Com tudo isso em mãos, nos faltava<br />
encontrar o parceiro ideal para colocar de pé o projeto. Na verdade,<br />
os parceiros: a Lobo e a Satélite. Sendo ainda mais específico:<br />
o Mateus de Paula Santos, o Fabio Acorsi e o Kito Siqueira.<br />
Depois de muitas idas e vindas, o Kito e a Satélite nos ajudaram<br />
a encontrar a trilha certa para o filme. Mas, sobretudo, nos<br />
apresentaram a sensibilidade e o lindo timbre de Toby Ricketts.<br />
O Mateus e o Fabio, juntamente com o pessoal da Lobo, tiveram<br />
um carinho e um cuidado quase sobre-humano com cada imagem,<br />
cada referência... cada frame da animação do filme.<br />
Os diretores fizeram uma profunda imersão no universo da fotografia<br />
como um todo. Não só tecnicamente, traduzindo os processos<br />
analógicos e digitais do registro fotográfico. Mas também<br />
conceitualmente, pela relevância da marca na consagração de<br />
linguagens como o fotojornalismo.<br />
Essa abordagem levou à escolha de formas geométricas básicas,<br />
como o círculo (retícula) e o quadrado (pixel), como matrizes<br />
das interpretações gráficas de cada parágrafo do texto do filme.<br />
Na primeira parte do filme, onde discorremos sobre a rigidez<br />
formal das cores, foram criadas animações minimalistas executadas<br />
digitalmente. Na segunda metade, que fala da libertação<br />
anárquica que só o P&B permite, as animações foram feitas<br />
usando métodos analógicos como a projeção e o stop-motion,<br />
fotografados e filmados com a própria M-Monochrom (e, assim,<br />
imprimindo texturas reais nas imagens).<br />
Tudo isso usando como inspiração trabalhos de artistas do calibre<br />
de Adam Ansel, Edward Weston, Lothar Charoux, Otto<br />
Fischinger, Abraham Palatnik, Josef Albers, Johanees Itten, Du<br />
Champ e Rubem Ludolf sobre temas variados como ilusões de<br />
ótica, papel da luz e das lentes, os processos de revelação e projeções,<br />
até teoria das cores.<br />
Enfim... desde a primeira reunião de produção na Lobo (onde<br />
nos apresentaram quadros com cada cena, cada pensamento,<br />
uma trilha e uma voz encantadoras) até o dia do filme pronto,<br />
Mateus, Fabio e Kito insistiam em levar nossos olhos, ouvidos e<br />
mentes ao êxtase, com um lindo ballet monocromático. Poesia<br />
pura que nos fazia pensar numa frase ainda mais poética: esses<br />
caras são foda.<br />
propaganda | junho 2017 47
Carreira<br />
(Sandro Ferreira)<br />
De doutor a publicitário<br />
Publicitário deixa curso de medicina<br />
para se dedicar ao live marketing<br />
Sandro Ferreira, 44, presidente da Invent Live Marketing, agência<br />
do Grupo PPG especializada em criar experiências que aproximem<br />
o público e as marcas, adora o que faz: entrega emoção<br />
em forma de ações promocionais que podem ser eventos, conteúdo<br />
e ativações de n maneiras. Mas, o que pouca gente sabe<br />
é que essa história poderia ser outra se não fosse um bloquinho<br />
de Carnaval.<br />
O interesse dele pela área de produção de eventos começou ainda<br />
na época de colégio, onde organizava gincanas e participava<br />
do grêmio. Mas, ser médico era um sonho de infância.<br />
“Prestei vestibular porque queria realmente ser médico,<br />
cuidar das pessoas. Amava estar no centro cirúrgico, entender<br />
o corpo humano. Poder contribuir para a melhoria<br />
na qualidade de vida das pessoas também era algo<br />
que gostava muito”, conta Ferreira. Na adolescência<br />
passou na faculdade de medicina, mas decidiu abrir<br />
mão de tudo no 4º ano, após ter a oportunidade de produzir<br />
um bloco de Carnaval e trabalhar com eventos.<br />
Nessa época trabalhou na Central do Carnaval e fez<br />
relacionamento com diversas pessoas da área<br />
de entretenimento. Abriu a própria produtora<br />
de eventos junto com dois amigos, a A3<br />
Produções. O projeto acabou não dando<br />
certo e ele ficou durante um ano produzindo<br />
eventos de forma independente. Até<br />
que decidiu abrir a Invent, que a princípio<br />
atendia apenas a produção de eventos<br />
e aos poucos foi crescendo e se tornando<br />
uma agência completa de live<br />
marketing, hoje com escritórios em<br />
São Paulo, Brasília, Salvador, Rio de<br />
Janeiro, Fortaleza e Manaus.<br />
“Sempre fui envolvido com eventos,<br />
desde a época do colégio. Participava<br />
de gincana, fazia festas<br />
para os amigos etc. Isso só foi se<br />
profissionalizando cada vez mais.<br />
Em determinado momento entrei<br />
como sócio de um bloco de Carnaval<br />
em Salvador, chamado As<br />
Acadêmicas. Foi um bloco que surgiu<br />
dentro da faculdade de medicina.<br />
Vendemos esse bloco para um grupo de<br />
Salvador e depois disso abri uma produtora<br />
de eventos. Comecei a entender que<br />
os projetos de patrocínios que fazíamos<br />
para os patrocinadores de nossos eventos<br />
eram ativações de marca. Daí tudo isso se<br />
transformar em uma agência foi um pulo.<br />
Estruturei-me para isso contratando profissionais<br />
de planejamento, criação, atendimento<br />
etc. Lógico que o mercado nem<br />
de longe era o que é hoje”, explica.<br />
De acordo com o executivo, o mercado<br />
mudou bastante, os desafios nos dias<br />
atuais são muitos, que vão dos prazos<br />
de planejamento e execução curtos até<br />
os prazos de pagamentos muito grandes.<br />
“O consumidor mudou, ficou muito mais<br />
exigente com o que as marcas entregam.<br />
Temos de fazer muita pesquisa para poder<br />
entender todas essas mudanças.<br />
Precisamos ter, dentro da agência, profissionais<br />
de diversas áreas, antenados com<br />
tudo o que ocorre. Sem isso, facilmente<br />
podemos ficar obsoletos e passar a não<br />
atender às expectativas de nossos clientes.<br />
Por isso que investimos muito no<br />
treinamento de nossa equipe”.<br />
Ele destaca ainda a importância do planejamento<br />
no live marketing. “Tudo que<br />
fazemos é ao vivo, não há espaço para<br />
erros. Investimos em nossa capilaridade<br />
por entender que estar perto de onde vamos<br />
executar os nossos trabalhos é extremamente<br />
importante”, conclui. Em 2016,<br />
a Invent fechou o ano com faturamento<br />
de R$ 24 milhões, 30% maior em relação<br />
ao ano anterior. Para 2017, a meta é crescer<br />
40%. Ganhou recentemente a conta<br />
da Pratigi Alimentos, na Bahia. Porém o<br />
foco principal do investimento da empresa<br />
é a unidade paulista, operação de<br />
apenas três anos.
Great stories start<br />
in Cannes<br />
Hear inspirational tales from hundreds of people<br />
shaping culture right now at the 64 th Cannes Lions<br />
International Festival of Creativity.<br />
Hollywood royalty Dame Helen Mirren and Sir Ian McKellen.<br />
Acclaimed actors Gabourey Sidibe, Lee Seo-jin, Alicia Silverstone,<br />
Mena Suvari and Laura Dern. Award-winning directors<br />
Jason Reitman, Peter Berg, Martin Campbell and Lee Daniels.<br />
Entertainment executives Jeffrey Katzenberg, Jeff Bewkes,<br />
Kevin Kay, Bob Pittman and Mike Hopkins. Hip-hop icons<br />
A$AP Rocky, Russell Simmons and Run the Jewels.<br />
Pop sensations Ellie Goulding, Ryan Tedder and Nick Jonas.<br />
Main room DJs Armin van Buuren and Sam Spiegel. Global music<br />
stars Wyclef Jean, Sofi Tukker and Rocky Dawuni. Radio<br />
pioneers Ira Glass and Ryan Seacrest... and hundreds more.<br />
17–24 JUNE 2017. CANNES, FRANCE<br />
BOOK YOUR PASS TODAY<br />
canneslions.com
hobby<br />
(Cinema )<br />
No escurinho do cinema<br />
> por Suzi Cavalari<br />
fotos: divulgação<br />
Diretor de mídia da Fri.to não perde<br />
uma sessão de filmes nas horas de lazer<br />
“É uma vida movida a curiosidade, sempre em busca do filme perfeito,<br />
que vai te surpreender e também, de alguma forma, mudar<br />
sua visão em relação às coisas”, diz Rodrigo Cunha, diretor de mídia<br />
da Fri.to. A afirmação até pode parecer estar relacionada a um<br />
grande filme publicitário, mas não está. A verdade é que Cunha é<br />
cinéfilo, sem carteirinha, por assim dizer, já que não tem nenhum<br />
benefício exclusivo para assistir a tantos filmes, como de costume.<br />
Em meados de 2010, passou a arquivar no<br />
site IMDB (enciclopédia virtual dedicada<br />
ao cinema e à TV, com informações sobre<br />
quase três milhões de títulos) todos os filmes<br />
que assistia. Sem manter o arquivo<br />
atualizado e deixando para trás aqueles<br />
dos quais não lembra o nome, chegou à<br />
soma de mais de 1,5 mil. “Já ocorreu de<br />
passar o dia inteiro assistindo a filmes. Mas<br />
hoje sou mais controlado”, conta.<br />
50 propaganda | junho 2017
Segundo ele, a coisa toda começou lá<br />
pela segunda metade da década de 1980,<br />
quando entrou pela primeira vez numa<br />
locadora em Florianópolis, sua cidade<br />
Natal, com o tio, o único da família a ter<br />
um videocassete. “Na época, a franquia<br />
‘Rambo’, ‘O Exterminador do Futuro’,<br />
‘Máquina Mortífera’ e ‘Mad Max’, além<br />
de filmes de terror em geral, eram o que<br />
mais me chamavam a atenção”, diz.<br />
Antes de se mudar para São Paulo, em<br />
2008, assistia a, pelo menos, uns cinco<br />
filmes por semana. Não eram raras às<br />
vezes que assistia a dois filmes seguidos.<br />
Hoje, com uma vida bem mais atribulada,<br />
a frequência diminuiu bastante.<br />
Na pior das hipóteses, um por semana.<br />
Sem contar com as séries no Netflix.<br />
“Essas assisto, pelo menos, de duas ou<br />
três vezes por semana. Já perdi a conta<br />
de quantas estou acompanhando. Atualmente,<br />
a que mais tem me deixado fascinado<br />
é ‘Twin Peaks’, que acompanho há<br />
tempos e é de um dos diretores que mais<br />
admiro, David Lynch, que não filmava<br />
desde 2006”.<br />
Em sua lista de diretores admirados<br />
aparece ainda o brasileiro Kléber Mendonça<br />
Filho. “Que vem nos entregando<br />
um olhar diferente. É o diretor que fico<br />
sempre aguardando qual será o seu próximo<br />
filme. Há dois longas dele que têm<br />
um lugar especial na minha prateleira:<br />
‘Aquarius’ e ‘O Som ao Redor’. Esse último<br />
considero seu melhor projeto”. E<br />
Cunha diz não ser exigente, gosta de<br />
muita coisa. Não há nem um gênero em<br />
específico que ele não goste, aprecia<br />
bons filmes. Mas, a preferência é por ficção<br />
científica/cyberpunk e suspense.<br />
Já na relação de filmes preferidos estão:<br />
“Blade Runner”, “Laranja Mecânica”,<br />
“Barry Lindon”, “2001 - Uma Odisseia<br />
no Espaço”, “The Machine”, “Ex-Machina”,<br />
“Sing Street”, a franquia “O<br />
Exterminador do Futuro”, “Alien: o 8º<br />
Passageiro”, “O Predador”, “Cidade dos<br />
Sonhos”, “O Expresso da Meia Noite”,<br />
“Corra!”, “1984”, “THX 1138”, a franquia<br />
“Star Wars”, “Cidadão Kane”, “A Marca<br />
da Maldade”, “O Poderoso Chefão”,<br />
“Scarface” (que inclusive será refilmado)<br />
e “muitos outros”.<br />
Pretende assistir “Blade Runner 2049”,<br />
sequência de seu filme predileto, “Blade<br />
Runner”, de 1982. “Estou contando<br />
os dias e horas para a estreia”, diz. “Está<br />
anotado também ‘StrangeDays’, uma ficção<br />
científica da década de 1990, escrita<br />
por James Cameron, que descobri recentemente,<br />
e ‘O Expresso do Amanhã’, que<br />
é do diretor coreano Bong Joon Ho, além<br />
de muita coisa também do cinema coreano,<br />
que vem se destacando bastante ultimamente”,<br />
afirma.<br />
Para Cunha, não tem tempo ruim para<br />
um bom filme, paixão que divide com<br />
a sua mulher. Além do trabalho, que limita<br />
um pouco seu hobby, o publicitário<br />
culpa ainda a falta de respeito das pessoas<br />
nas salas de cinemas, com o uso cada<br />
vez mais frequente de celular pelas pessoas<br />
durante as sessões, prejudicando a<br />
concentração e a imersão de quem está<br />
ali para realmente se deixar levar pelas<br />
histórias. “Aquela luz branca, da tela dos<br />
celulares, catapulta qualquer um para<br />
bem longe da sala (risos)”.<br />
propaganda | | junho 2017 51
digital<br />
(Transparência)<br />
Arquivo pessoal<br />
Remando a favor<br />
do brand safety<br />
Se anteriormente o tema de combate à fraude e à transparência na mídia programática<br />
era discutido apenas por uma minoria de players, hoje em dia esse<br />
cenário mudou totalmente – pelo menos sobre começar a debater o assunto.<br />
Esse período de “incertezas” que estamos vivenciando no digital nos pede uma<br />
mudança de postura e posicionamento, e, mais do que isso, exige que todos se<br />
unam em prol da padronização de normas e processos que permeam as melhores<br />
práticas em campanhas, no que diz respeito à ética e à transparência. Estamos<br />
todos juntos, mundialmente falando.<br />
C<br />
M<br />
> Alberto Pardo é CEO e fundador<br />
da Adsmovil*<br />
52 propaganda | junho 2017<br />
Mas, no mar aberto da internet, a transparência acaba se tornando um valor<br />
para poucos. Isso porque muitos players ainda possuem a mentalidade de que a<br />
quantidade vale mais do que a qualidade. Em quais conteúdos a campanha digital<br />
aparece, a taxa de visibilidade e qual o público impactado são pontos cruciais<br />
que todos devem ter ciência para garantir o brand safety. Um estudo feito pela<br />
comScore na América Latina e publicado no fim de 2016 mostra que uma das<br />
principais barreiras que impedem o amadurecimento da mídia programática na<br />
região é a falta de clareza sobre os dados das campanhas.<br />
Para que essas barreiras sejam vencidas é preciso que tenhamos uma maior mobilização<br />
e providências comecem a ser tomadas. Dificilmente a solução para esses<br />
pontos surgirá da noite para o dia. Podemos notar que o IAB já está fazendo<br />
a sua parte, debatendo e acompanhando as notícias do mercado a respeito das<br />
questões de brand safety e discutindo o assunto nos 45 IABs ao redor do mundo,<br />
além da introdução do viewability na medição digital, a adoção de métricas<br />
tradicionais de entrega de publicidade e pesquisas para mensurar efetividade<br />
de campanha.<br />
No Brasil, a associação lançou recentemente, no evento Branding & Performance<br />
2017, um manifesto que convoca o mercado a se unir a favor de mais transparência<br />
e ética. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Cristiano Nobrega,<br />
que reforçou a importância de manter relações comerciais transparentes, com<br />
parceiros éticos e comprometidos com resultados e que, nesta missão, todos os<br />
envolvidos na cadeia devem assumir sua corresponsabilidade.<br />
O recado foi dado e a convocação feita para que todos trabalhem a favor do brand<br />
safety. Agora cabe a cada player identificar quando e como reagirão diante desse<br />
cenário. É claro que, se todos começarmos a falar a mesma língua, padronizando<br />
normas na transparência e monitoramento de mídia, se remarmos no mesmo<br />
sentido da maré, tudo será muito mais prático e eficaz!<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
viagem<br />
(Asia)<br />
Como viver melhor<br />
Roteiro turístico de executivo da<br />
produtora Trio tem de agregar<br />
muito além da viagem em si<br />
> por Caito Cyrillo, CEO<br />
da produtora Trio<br />
Fotos: arquivo pessoal<br />
Quando penso em viajar nas férias, normalmente busco lugares<br />
que agreguem não só culturalmente, mas também que<br />
me ensinem como viver melhor. Porém, dentro desta decisão,<br />
também cabe uma paixão antiga: conhecer diversos sets<br />
onde foram realizados filmes lendários e estúdios de gravação<br />
por onde passaram grandes artistas. Com isso em mente,<br />
eu e minha mulher decidimos desbravar a Ásia por 20 dias.<br />
Começamos pela cidade de Ho Chi Minh (antiga Saigon),<br />
capital da Guerra do Vietnã. Uma cidade muito triste, onde<br />
quase tudo está relacionado à guerra. Podemos ver e sentir<br />
nas ruas da cidade as consequências do agente laranja (substância<br />
cancerígena e altamente tóxica que foi lançada por<br />
aviões pertencentes ao Exército dos EUA durante os conflitos).<br />
Atualmente, isso é refletido em pelo menos 3 milhões<br />
de pessoas, que possuem alguma doença ou deformidade.<br />
O que mais me chamou a atenção, além do museu da guerra,<br />
foi uma visita subterrânea - este tour passa por campos<br />
de batalha e pelos túneis onde os vietnamitas viviam, além<br />
de servir de armadilha para os americanos<br />
na época. Ao longo deste passeio,<br />
ouvimos alguns disparos e no final chegamos<br />
a um campo onde era possível<br />
atirar com armas reais usadas naquele<br />
período. Essa experiência única, e a<br />
própria cidade de Saigon, foi o cenário<br />
de muitos filmes sobre a Guerra do<br />
Vietnã, como: “Tunnel Rats”, “Nascido<br />
para matar”, “Nascido em 4 de Julho” e<br />
54 propaganda | junho 2017
“Bom dia, Vietnã”, entre outros.<br />
Depois seguimos para Hoi An, uma cidade de praia com um<br />
pequeno vilarejo, que vale a pena ser visitada ao entardecer.<br />
Com bons restaurantes e lojas típicas, a iluminação, de balões<br />
espalhados por toda parte, torna o cenário um ponto-<br />
-chave da beleza do lugar. Embora a passagem por Hoi An<br />
tenha sido relaxante para nós, ela também já foi cenário de<br />
alguns filmes, como “The Quiet American”.<br />
Por fim, ainda no Vietnã, fomos conhecer uma das 7 maravilhas<br />
naturais do mundo e patrimônio cultural da Unesco:<br />
as ilhas de Halong Bay. De Hoi An, fomos para Hanoi (capital<br />
do Vietnã), cidade que serviu de pernoite para seguirmos de<br />
carro no dia seguinte por mais algumas horas, até chegar ao<br />
barco, com destino para Halong Bay. O passeio e a noite em<br />
alto-mar realmente valeram cada dong (moeda local). Não<br />
é por acaso que esta paisagem serviu de inspiração para o<br />
filme “ - O Amanhã Nunca Morre”.<br />
Saímos do Vietnã com destino a Siem Reap, no Camboja - a<br />
capital dos Templos. Esta cidade, essencialmente histórica<br />
e cultural, fez com que grandes clássicos cinematográficos,<br />
como “Apocalipse Now” e “Tomb Raider”, passassem por<br />
aqui.<br />
Depois disso, entramos na Tailândia por Chiang Mai, lado<br />
norte. Nesta cidade, resolvemos passar o ano novo característico,<br />
comemorado no mês de abril, passeamos de elefante,<br />
vimos o festival das luzes e conhecemos a tribo das míticas<br />
mulheres-girafas.<br />
propaganda | junho 2017 55
viagem<br />
(Asia)<br />
O próximo destino foi Phuket, no sul<br />
da Tailândia, onde ficamos em um hotel<br />
na ilha próxima do set de filmagem<br />
de “A Praia” e “007 contra o Homem<br />
com a Pistola de Ouro”. Realmente,<br />
Maya Bay e James Bond Island são lugares<br />
apenas para turismo de passagem.<br />
Minha dica é seguir viagem para<br />
outras praias tão encantadoras e mais<br />
tranquilas à frente.<br />
Terminamos nossa viagem na cidade<br />
mais populosa da Ásia, além de principal<br />
centro financeiro, corporativo,<br />
mercantil, cultural e histórico do país:<br />
Bangkok. Na Khaosan Road, a melhor<br />
representação de atmosfera caótica da<br />
cidade, sem dúvidas, é um destino interessante<br />
para todo tipo de viajante.<br />
Passamos por hotéis incríveis, experimentamos<br />
deliciosas comidas, alguns<br />
insetos exóticos e observamos jovens<br />
embriagados com sentimento de<br />
“aqui posso fazer de tudo”, seguindo<br />
o exemplo da comédia “Se Beber não<br />
Case 2”, que usa Bangkok de cenário. A<br />
rua também é conhecida pelas massagens<br />
de U$ 5 e pelos shows de pompoarismo,<br />
sem deixar de lado os grandes<br />
museus, templos, feiras exóticas e passeios<br />
de barco.<br />
Apesar dos cansativos dez voos, dez<br />
templos, dez museus e dez sets de filmagem,<br />
não consigo pensar em outra<br />
nota para essa viagem que não seja<br />
dez. Voltamos dessa viagem com o<br />
sentimento de dever cumprido e já<br />
pensando em qual será o próximo set<br />
de destino.<br />
56 propaganda | junho 2017
leitura<br />
Rubro-negros<br />
“Torcer pelo Flamengo” é o lançamento<br />
da Agência O Globo em parceria<br />
com o Flamengo. O projeto conta<br />
com a ilustre participação<br />
do maior ídolo da história do<br />
clube, o eterno camisa 10,<br />
Zico - que preparou uma<br />
emocionada dedicatória<br />
ao clube, incluída<br />
no livro. A obra é uma<br />
idealização do Grupo<br />
Mesa, editora Publit e Outra Coisa,<br />
empresa que desenvolve soluções web e mobile.<br />
O torcedor poderá customizar o seu livro, e receber<br />
o produto físico em casa. Além de reunir fotos e reproduções<br />
de páginas marcantes do jornal O Globo, com imagens<br />
e notícias sobre os principais títulos e conquistas do Flamengo,<br />
também haverá espaço para o próprio leitor incluir<br />
suas fotos e histórias, que tornam cada edição totalmente<br />
personalizada. Será a memória de cada torcedor, registrada<br />
ao lado de momentos eternizados pelos fotógrafos e jornalistas<br />
do Globo.<br />
Fatos reais<br />
“Herança Viva” foi lançada oficialmente<br />
no dia 3 de março de 2017,<br />
pela AMAZON KINDLE, na versão<br />
digital (e-book) e em 15 de março<br />
pela AGBOOK, na versão impressa.<br />
A obra é envolvente ao mostrar o<br />
peso de uma provável fortuna internacional<br />
caindo nas mãos de<br />
um brasileiro de classe média,<br />
algo assustador e ao mesmo tempo<br />
instigante, pois, apesar dos<br />
perigos inerentes ao recebimento<br />
de um patrimônio deste tamanho<br />
(o próprio relato até a ida à Itália),<br />
se equiparam ao desejo de enriquecer. De<br />
acordo com o autor, o livro traz uma estória<br />
que poderia acontecer com qualquer<br />
pessoa, porque o interessante é um cidadão<br />
comum sair de sua “vidinha pacata”,<br />
controlada e sem grandes emoções, e ser<br />
jogado numa série de aventuras, algo bastante<br />
sedutor.<br />
Nem só de criatividade<br />
Com mais de 30 anos de experiência<br />
na área, Antônio Lino Pinto, que é<br />
administrador e ex-sócio da Talent<br />
<strong>Propaganda</strong>, aborda o assunto em<br />
seu terceiro livro, “Gestão em Agências<br />
de <strong>Propaganda</strong>”, que foi lançado<br />
no dia 26 de abril, em São Paulo.<br />
O livro traça um panorama completo<br />
dos temas fundamentais para que<br />
uma agência de propaganda possa<br />
estar alinhada às melhores práticas<br />
de gestão: são eles, governança,<br />
rentabilidade, empreendedorismo,<br />
planejamento tributário, formas de<br />
crescimento e relacionamento entre<br />
os sócios, são alguns dos assuntos<br />
atualizados e ampliados nesta<br />
edição do livro, considerando as<br />
constantes mudanças no mercado,<br />
na economia e no comportamento<br />
das pessoas.<br />
Para mudar<br />
Alexandre Campos, executivo;<br />
André Chaves, publicitário;<br />
e Marcio Ogliara, administrador,<br />
se uniram num<br />
projeto iniciado com o livro<br />
“Re Start Me Up – Dê uma<br />
nova chance para sua carreira”.<br />
Com trajetórias profissionais<br />
distintas o trio reúne, no<br />
livro, ideias para gerar reflexão<br />
sobre vida, propósito, carreira, trabalho e ambições,<br />
com o apoio de insights e referências de grandes pensadores.<br />
Com quatro temáticas centrais: Trabalho, Autoconhecimento,<br />
O que é Sucesso e Futuro, “Re Start Me Up” aborda<br />
questionamentos importantes sobre como o indivíduo<br />
pode se tornar o protagonista da própria história, ao ter a<br />
liberdade de fazer inúmeras escolhas que lhe tragam felicidade<br />
e realização. O projeto também fala da capacidade<br />
do ser humano de se reinventar diante das adversidades,<br />
inspira o leitor à autoanálise de sua vida pessoal e escolhas<br />
profissionais.<br />
propaganda | junho 2017 57
gastronomia<br />
(Talharim de gorgonzola com mignon)<br />
Prato principal:<br />
Talharim ao molho<br />
gorgonzola com<br />
escalopes<br />
de mignon<br />
58 propaganda | junho 2017<br />
> por Suzi Cavalari,<br />
fotos: Alê Oliveira<br />
Ao vivo e em cores<br />
Publicitário da Sampa gosta de botar a<br />
mão na massa seja na cozinha ou na agência<br />
Não se pode dizer que Rodrigo Novaes, diretor de operações da Sampa<br />
Comunicação, agência de live marketing, nasceu para cozinhar.<br />
Ele gosta bastante. Mas o interesse surgiu mesmo a partir de uma<br />
necessidade. O executivo foi morar no Canadá ainda muito jovem,<br />
tinha apenas 20 anos, e teve de se virar. “Eu comecei a cozinhar e em<br />
pouco tempo já estava fazendo umas coisas bacanas. Passei a ser o<br />
escalado pelos amigos para preparar as refeições”, conta.<br />
Na vida profissional não foi diferente, logo no início da carreira na<br />
Holding Club, do empresário José Victor Oliva, onde permaneceu<br />
por mais de oito anos, em pouco tempo já estava desenvolvendo<br />
“coisas bacanas”, projetos de gestão que contribuíram para aumento<br />
de rentabilidade nos escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro. Os<br />
bons resultados o levaram até a AlmapBBDO, para construir a área<br />
de Projetos Especiais da agência, ao lado de Gaetano Lopes. Era preciso<br />
planejar para Copa do Mundo e Olimpíadas, eventos grandiosos<br />
que exigiram bastante criatividade para otimizar a comunicação das<br />
marcas. E o que isso tem a ver com gastronomia?<br />
É que, segundo Novaes, criatividade é a sinergia entre trabalho e culi-
Mussarela de búfala com presunto Parma, como entrada<br />
nária. “Gosto de inventar coisas diferentes. Não sigo receitas,<br />
nem na cozinha, nem no trabalho”, explica o publicitário que<br />
em 2014 abriu a própria agência, mas não deu certo. Como<br />
qualquer receita que parece que vai sair do ponto, era preciso<br />
mudar algum ingrediente ali outro aqui para garantir um<br />
bom resultado. Ele o encontrou, por assim dizer, com o atual<br />
sócio, Fernando Toti, na Sampa Comunicação, que atende a<br />
clientes como Philips, Nike e Whirlpool, entre outros.<br />
No dia da entrevista, o publicitário faria uma apresentação<br />
para um prospect, uma empresa italiana, na lista do que levar<br />
estavam sardela, pão italiano. “Estamos sempre contando<br />
histórias, isso faz parte”, ressalta. Para a <strong>Propaganda</strong>, ele preparou<br />
Talharim com molho de gorgonzola e mignon, receita<br />
rápida e prática, além de saborosa. Porque praticidade, não<br />
pode faltar para quem trabalha em operação no segmento de<br />
live marketing, ela está entre uma das características do executivo.<br />
“Dos meus pratos, a maioria é de rápido preparo”, diz<br />
Novaes, que é o cozinheiro oficial em sua casa e pratica quase<br />
todos dos dias. “Minha namorada gosta da minha comida”.<br />
Talharim ao molho gorgonzola<br />
com escalopes de mignon<br />
Ingredientes:<br />
Talharim fresco<br />
Azeite<br />
Sal<br />
Pimenta-do-reino<br />
Manteiga<br />
Creme de Leite<br />
Leite<br />
Amido de milho<br />
Gorgonzola<br />
Parmesão<br />
Preparo:<br />
Cozinhe a massa com um fio de azeite e sal por 3 minutos e reserve.<br />
Molho:<br />
Coloque em uma panela, azeite, manteira, cebola e alho picado. Após 1<br />
minutos, coloque o leite misturado com o amido de milho e misture<br />
por 2 minutos. Acrescente o gorgonzola e continue mexendo por mais<br />
1 minuto. Desligue o fogo e adicione o creme de leite. Deixe descansando<br />
por 5 minutos com a panela fechada.<br />
Escalopes:<br />
Em uma frigideira quente, com azeite e manteiga, coloque os escalopes<br />
e adicione sal e pimenta. Depois de 2 minutos, vire os escalopes,<br />
adicione sal e pimenta novamente e, depois de 1 minuto, coloque<br />
1 concha do molho na frigideira. Deixe por mais 1 minuto e desligue<br />
o fogo.<br />
propaganda | junho 2017 59
Marcio Santoro (Africa) e Claudio Kalim (Tech and Soul)<br />
Erh Ray (BETC/Havas) e Guga Valente (ABC)<br />
click do alê<br />
(aleoliveira@propmark.com.br)<br />
Confira quem viu e foi<br />
visto nos principais eventos<br />
do mercado publicitário<br />
neste meio de ano<br />
Mario D’Andrea substitui Armando Strozenberg no comando da Abap<br />
Abap<br />
Marcio Oliveira (Lew’Lara\TBWA) e Marcos Quintela (Newcomm)<br />
Frederic Kachar (Infoglobo) e Luiz Lara (Lew’Lara\TBWA)<br />
Nizan Guanaes<br />
Maurício Magalhães, e Sérgio Gordilho<br />
Celio Ashcar Jr. (Ampro) e Gal Barradas (BETC/Havas)<br />
Fred Muller, Luiz Fernando Vieira, Márcio Santoro<br />
60 propaganda | junho 2017<br />
Geraldo de Brito (Sinapro), Orlando Lopes (Ibope),<br />
Paulo Zoega (Zoégas) e Décio Vomero (Conar)
Walter Longo, presidente do Grupo Abril<br />
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal<br />
Ed. Abril<br />
Rafael Pitanguy, vice-presidente de criação da Y&R,<br />
e Cláudio Lima, vice-presidente de criação da Ogilvy Brasil<br />
Cannes Preview<br />
Celio Ashcar Jr. (Ampro)<br />
Sonia Regina Piassa, diretora-executiva da APRO<br />
Paulo Schmidt, presidente da APRO, e Marianna Souza, gerente da FilmBrazil<br />
Whext<br />
Sandra Martinelli, presidente-executiva da ABA<br />
Jaime Troiano, presidente da Troiano Branding<br />
ENA<br />
propaganda | agosto | junho 2016 2017 61
62 propaganda | junho 2017<br />
dorinho<br />
(Dona Zezé, a moça do café)
OS MELHORES<br />
VIVO.<br />
SONORIZAÇÃO • ILUMINAÇÃO<br />
PROJEÇÃO • PAINEL DE LED<br />
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11 - 2181 3100 novosnegocios@cheil.com
When Neil partnered<br />
with Sir John<br />
Neil Waller gambled when he took his start-up Whalar<br />
to Lions Innovation 2016. But one year later, he’s back at the<br />
Festival, sharing the stage with a new investor: one of the world’s<br />
most famous creatives, Sir John Hegarty. Great stories<br />
start in Cannes.<br />
19–20 JUNE 2017. CANNES, FRANCE<br />
cannes lions innovation