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Julho/2017 - Referência Florestal 187

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36<br />

ELMIA WOOD<br />

Cobertura especial da<br />

maior feira do mundo, na Suécia<br />

NOVIDADES<br />

Tecnologias futuristas<br />

para colheita e transporte46 ENTREVISTA<br />

Fernando Raga,<br />

presidente da Corma<br />

From Sweden<br />

to the world<br />

All about the manufacturer<br />

of special bunks, Exte<br />

Da Suécia<br />

para o mundo<br />

Tudo sobre a fabricante<br />

de fueiros especiais Exte


SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES<br />

DA EDIÇÃO<br />

Agroceres ................................................................... 76<br />

Carrocerias Bachiega .............................................. 49<br />

30<br />

Copener <strong>Florestal</strong> ...................................................... 07<br />

D’Antonio Equipamentos ..................................... 69<br />

Denis Cimaf ................................................................... 05<br />

Dinagro ........................................................................... 02<br />

36<br />

Exte ................................................................................... 25<br />

Ferro Extra ..................................................................... 17<br />

H Fort ................................................................................ 19<br />

Heinnings ...................................................................... 53<br />

56<br />

Himev .............................................................................. 69<br />

J de Souza ........................................................................ 51<br />

Lignum ............................................................................ 73<br />

Editorial<br />

Cartas<br />

Bastidores<br />

Coluna Ivan Tomaselli<br />

Notas<br />

Alta e Baixa<br />

Biomassa<br />

Frases<br />

Entrevista<br />

Principal<br />

Especial<br />

Tecnologia<br />

Esporte<br />

Economia<br />

Artigo<br />

Agenda<br />

Espaço Aberto<br />

06<br />

08<br />

10<br />

12<br />

14<br />

20<br />

22<br />

24<br />

26<br />

30<br />

36<br />

46<br />

52<br />

56<br />

62<br />

72<br />

74<br />

Liebherr Brasil ............................................................. 11<br />

Lubeco ............................................................................ 71<br />

Maxxi Forest ................................................................. 55<br />

Mill Indústrias .............................................................. 61<br />

Mill Indústrias .............................................................. 65<br />

Potenza ........................................................................... 63<br />

Raptor <strong>Florestal</strong> .......................................................... 09<br />

Rossin .............................................................................. 59<br />

Rotobec .......................................................................... 13<br />

TMO ................................................................................. 75<br />

Vantec ............................................................................. 23<br />

Ventura Máquinas .................................................... 67<br />

Wood Mizer .................................................................. 21<br />

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Tenha o Melhor em<br />

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EDITORIAL<br />

Ano XIX - Edição n.º <strong>187</strong> - <strong>Julho</strong> <strong>2017</strong><br />

Year XIX - Edition n.º <strong>187</strong> - July <strong>2017</strong><br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

36<br />

ELMIA WOOD<br />

Cobertura especial da<br />

maior feira do mundo, na Suécia<br />

NOVIDADES<br />

Tecnologias futuristas<br />

para colheita e transporte46 ENTREVISTA<br />

Fernando Raga,<br />

presidente da Corma<br />

From Sweden<br />

to the world<br />

All about the manufacturer<br />

of special bunks, Exte<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XIX • N°<strong>187</strong> • <strong>Julho</strong> <strong>2017</strong><br />

Da Suécia<br />

para o mundo<br />

Tudo sobre a fabricante<br />

de fueiros especiais Exte<br />

O caminhão carregado com toras,<br />

equipado com fueiros da ExTe,<br />

ilustra a capa desta edição<br />

O MUNDO ESTÁ LÁ FORA<br />

Quando você pensa que já viu tudo pode ter certeza que é porque não está saindo<br />

tanto assim de casa. Para produzir esta edição viajamos até a Suécia e acompanhamos<br />

mais uma edição da Elmia Wood, feira florestal que acontece a cada quatro<br />

anos nas proximidades da cidade de Jököping. Se você é muito curioso os quatro dias<br />

de evento é pouco, principalmente porque caiu um pé d´água durante boa parte do<br />

tempo. Em duas reportagens especiais separamos o que mais nos chamou atenção<br />

e temos certeza que vai te impressionar. Tudo sobre colheita, transporte, biomassa<br />

e tecnologias bem diferentes. Aproveitando a onda internacional, conversamos com<br />

o presidente da Associação Chilena de Madeira, Fernando Raga. Ele conta como o<br />

setor florestal daquele país alcançou tanto desenvolvimento nos últimos anos e até<br />

como uma coruja nos (EUA Estados Unidos da América) ajudou na exportação de<br />

produtos acabados. Desejamos uma excelente leitura!<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Colaboreadores / Colaborators<br />

Fotógrafos: Mauricio de Paula<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

Wanderley Ferreira<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

THE WORLD IS OUT THERE<br />

When you think that you’ve seen everything, you can be sure that it's because you're not<br />

getting out of the house very much. To produce this issue, we travelled to Sweden to attend another<br />

Elmia Wood, a trade fair aimed at the Forest Sector that takes place every four years, near<br />

the town of Jököping. For those who were very curious, there was little time during the four-day<br />

event to accompany everything, mainly because it rained heavily for most of the time. In two<br />

special features, we separated out that which got our most attention and we are sure they will<br />

impress you. Everything about harvesting, transport, biomass and very different technologies.<br />

Taking advantage of the international wave, we talked with Fernando Raga, President of the<br />

Corporación Chilena de la Madera (Corma - Chilean Timber Association). He tells how the Forest<br />

Sector in his Country has developed so much in recent years and even how an owl in the United<br />

States helped in the export of finished products. We hope you have pleasant reading!<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.


Marcus Masson,<br />

gerente de Pesquisa & Desenvolvimento <strong>Florestal</strong> da BSC<br />

A GENTE<br />

NÃO PARA<br />

DE CRESCER.<br />

NEM VOCÊ!<br />

A Copener <strong>Florestal</strong>, pertencente à Bracell Limited, integra o Royal Golden Eagle (RGE), um<br />

grande grupo de empresas de classe mundial focadas na indústria de manufaturas e com atuação<br />

nos setores de celulose e papel, óleo de palma, fibras de viscose e energia. Nossas atividades<br />

estão espalhadas por diversos países do mundo e as nossas empresas não param de<br />

crescer, assim como também os nossos talentos.<br />

A Copener desenvolve suas atividades em 150 mil hectares de terras na região do Litoral Norte<br />

e Agreste da Bahia, para abastecer a fábrica da Bahia Specialty Cellulose, em Camaçari<br />

(BA), posicionada entre os líderes mundiais em produção de celulose para especialidades.<br />

Para continuar crescendo, ela tem investido na melhoria contínua dos seus processos e na<br />

atração de profissionais com larga experiência em desenvolver novas tecnologias.<br />

Se você é engenheiro florestal, com experiência em Pesquisa, Planejamento, Viveiro, Silvicultura<br />

ou Colheita, tem ideias inovadoras e interesse em trabalhar em um ambiente desafiador e repleto<br />

de oportunidades de crescimento no Brasil e no exterior, venha fazer parte do nosso time e<br />

participar dos nossos próximos desafios! Assim como nossas atividades, nossas oportunidades<br />

também estão espalhadas por diversos países do mundo, nas empresas do grupo RGE.<br />

Você se identificou com as nossas oportunidades?<br />

Envie seu currículo para: recrutamento@bahiaspeccell.com, inserindo “Talentos <strong>2017</strong>”<br />

no assunto do e-mail.<br />

www.bahiaspeccell.com


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XIX • N°185 N°186 • Maio Junho <strong>2017</strong><br />

PRAGA NA<br />

CALIFÓRNIA<br />

46<br />

Besouro está devastando florestas<br />

INTERNACIONAL<br />

Destaques da Ligna, 54 ENTREVISTA<br />

Wagner Itria Jr., gestor de<br />

feira alemã<br />

florestas plantadas da Amata<br />

Mais do que commodities<br />

Indústria florestal busca escala e variedade de produtos acabados<br />

INTERNACIONAL<br />

Capa da Edição 186 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de junho de <strong>2017</strong><br />

ESPECIALISTA<br />

Por Márcio Almeida,<br />

Blumenau (SC)<br />

Minha parte<br />

favorita na Revista<br />

é a Entrevista.<br />

Gosto de saber<br />

como os grandes<br />

se mantêm em pé<br />

mesmo com tamanha crise.<br />

Imagem: divulgação<br />

Por Joel Cardoso, Ji-Paraná (RO)<br />

Estou ansioso pela cobertura da Elmia Wood anunciada<br />

na edição anterior. Essa feira é imbatível em novidades e<br />

inovações para o setor florestal. Quero ver o que vem por aí.<br />

VILÃOS<br />

Por Julia Faria, São<br />

José dos Pinhais (PR)<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Impressionante<br />

os dados sobre o<br />

besouro da casca.<br />

Como insetos tão<br />

pequenos podem<br />

dizimar florestas<br />

imensas? Tragam<br />

sempre reportagens<br />

mostrando quem são esses pequenos<br />

vilões das florestas e como combatê-los.<br />

Foto: divulgação<br />

FANPAGE<br />

Por Paulo Moreira,<br />

Sinop (MT)<br />

Acompanho o<br />

Facebook da<br />

FLORESTAL e gosto<br />

muito da dinâmica<br />

da página, sempre<br />

com novidades,<br />

fotos e vídeos.<br />

Imagem: reprodução<br />

ELOGIO<br />

Por Mauro Murata,<br />

Curitiba (PR)<br />

Parabéns a<br />

toda equipe da<br />

REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL<br />

por sempre trazer notícias<br />

relevantes para o nosso segmento.<br />

Continuem desenvolvendo este trabalho sério e de<br />

muita responsabilidade para o setor.<br />

Imagem: divulgação<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista do<br />

Setor <strong>Florestal</strong> ou a respeito de reportagem<br />

produzida pelo veículo.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


As melhores operadoras<br />

logísticas usam RAPTOR ®<br />

Os fueiros RAPTOR ® são os mais leves do mercado, fabricados com a<br />

melhor tecnologia e dentro das normas internacionais de segurança.<br />

Estas qualidades os levaram a equipar a frota das melhores operadoras<br />

logísticas florestais. Veja o que dizem os nossos clientes:<br />

Raúl Espino<br />

Gerente de Operações/TL300 Terminal Logística, Uruguai<br />

“En TL300 priorizamos la seguridad así como también la eficiencia que<br />

brindamos a nuestros clientes. Hemos encontrado en el atriles RAPTOR ®<br />

esas variables en un solo producto, optimizando nuestro trabajo.<br />

RAPTOR ® tiene un bajo costo de mantenimiento, logra el mayor volumen<br />

de carga y menor peso del mercado.<br />

En Uruguay la TL300 fue la primera empresa en utilizar RAPTOR ® .”<br />

“Na TL300 priorizamos a segurança assim como também a eficiência<br />

que oferecemos aos nossos clientes. No fueiro RAPTOR ® encontramos<br />

todas estas qualidades em um só produto, otimizando o nosso trabalho.<br />

O fueiro RAPTOR ® tem baixo custo de manutenção e possibilita o maior<br />

volume de carga com menor peso do mercado.<br />

No Uruguai a TL300 foi a primeira empresa a utilizar os fueiros RAPTOR ® .”<br />

+55 54 3290.4800 | comercial@raptorflorestal.com.br | www.raptorflorestal.com.br


BASTIDORES<br />

CHARGE<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

REVISTA<br />

No mês passado viajamos para a Suécia para acompanhar tudo que aconteceu na Elmia Wood<br />

<strong>2017</strong> e também para conhecer a fábrica da ExTe, fabricante de fueiros. Em nosso retorno para<br />

casa foi a nossa vez de receber visitas importantes do time de marketing da Komatsu Forest<br />

Brasil. Além disto, vistamos à sede da Equilíbrio Proteção <strong>Florestal</strong> em Piracicaba (SP).<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Kjell Jonsson, presidente da ExTe, Olle<br />

Melin, da Emex Brasil, Per Jonasson, do<br />

departamento de Vendas da Exte, Marcelo<br />

Aurélio Barbosa, da Fibria, Marcelo Claus,<br />

consultor, e Philip Appelsved, representante<br />

da Multidocker<br />

Fábio Machado, diretor comercial do GRUPO<br />

JOTA, Karla Bernardes, do departamento de<br />

marketing da Komatsu Forest Brasil, Joseane<br />

Knop, diretora de negócios do GRUPO JOTA<br />

e Lonard dos Santos, diretor de marketing da<br />

Komatsu Forest Brasil<br />

Gerson Penkal, do<br />

departamento comercial do<br />

GRUPO JOTA, e Alberto Jorge<br />

Laranjeiro, diretor da Equilíbrio<br />

Proteção <strong>Florestal</strong><br />

10<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Viva o Progresso.<br />

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COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE<br />

PRODUTOS DE MADEIRA SÓLIDA<br />

Exportações brasileiras de produtos de madeira sólida<br />

C<br />

om a globalização, o mercado internacional se tornou<br />

mais importante e, cada vez mais, exportar faz parte<br />

dos planos de expansão das empresas. Para participar<br />

do mercado global as empresas necessitam ser competitivas, e<br />

aquelas que desejam se manter no mercado internacional, e/<br />

ou ganhar maior participação, necessitam estar preparadas para<br />

investir continuamente e aumentar cada vez mais a produtividade.<br />

Embora o mais importante para ser competitivo seja a produtividade<br />

da própria operação, existem outros fatores importantes,<br />

e muitos deles podem não depender das operações diretas das<br />

empresas. Entre eles estão fatores como: taxa de juros, inflação,<br />

impostos, infraestrutura, legislação trabalhista e ambiental,<br />

e outros que podem gerar custos adicionais, e que afetam a<br />

competitividade. O setor florestal brasileiro tem exemplos de<br />

segmentos com aumentos contínuos na participação no mercado<br />

internacional, de segmentos com maior volatilidade ou até com<br />

tendência de declínio nas exportações.<br />

Um exemplo de sucesso no mercado internacional, com o<br />

ganho contínuo de novas participações, é o caso da celulose. O<br />

Brasil é atualmente o terceiro maior produtor mundial de celulose,<br />

e como resultado da competitividade deste segmento é líder na<br />

exportação mundial de celulose de eucalipto. De 2006 a 2016 as<br />

exportações de celulose passaram de 6,2 para 13,5 milhões de<br />

t (toneladas).<br />

A figura mostra a evolução das exportações brasileiras de<br />

produtos selecionados de madeira sólida, incluindo compensado<br />

e madeira serrada, baseados em madeira tropical e pinus nos últimos<br />

10 anos. As tendências, neste caso, são diferentes. A madeira<br />

serrada tropical apresentou, nos últimos 10 anos, uma redução<br />

de mais de quase 80%, passando de 1,8 milhões de m³ (metros<br />

cúbicos) para 400 mil m³. No mesmo período o compensado<br />

tropical reduziu mais de 90%, e em 2016 foi exportado menos<br />

que 20 mil m³. As exportações de compensado e de madeira<br />

serrada de pinus também sofreram uma redução nos primeiros<br />

anos da série apresentada, mas, nos últimos cinco anos, o volume<br />

exportado voltou a crescer.<br />

A razão principal, frequentemente mencionada para o declínio<br />

das exportações de produtos de madeira sólida, foi o desajuste<br />

da taxa cambial. Outro fator seria a forte demanda do mercado<br />

nacional. No entanto isto não ocorreu no caso da celulose, cujas<br />

exportações cresceram continuamente no mesmo período.<br />

Na realidade a análise aponta que existem outros fatores<br />

afetando a competitividade do segmento de produtos de madeira<br />

sólida no mercado internacional, particularmente no caso de<br />

produtos de madeira tropical. A falta de uma política nacional de<br />

apoio à produção sustentada de madeira tropical, e os crescentes<br />

custos de transação estão entre os fatores limitantes. A criação<br />

das concessões florestais, que ocorreu dez anos atrás, faz hoje<br />

parte do desastre, e o aumento esperado na produção sustentada<br />

de madeira tropical não ocorreu. A perspectiva é no melhor dos<br />

casos, uma estabilidade nas exportações de produtos de madeira<br />

sólida de origem tropical, embora o Brasil seja o detentor da<br />

maior floresta tropical do planeta. Os investimentos no ganho de<br />

produtividade da indústria de madeira sólida baseada em plantios<br />

determinarão, para este segmento a possibilidade de ganhar<br />

maior participação no mercado internacional.<br />

2500<br />

2000<br />

1500<br />

1000<br />

500<br />

0<br />

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS (1.000 m3)<br />

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Est.<br />

<strong>2017</strong><br />

COMP. TROPICAL SERR. TROPICAL COMP. PINUS SERR. PINUS<br />

O Brasil é atualmente o terceiro<br />

maior produtor mundial de<br />

celulose, e como resultado da<br />

competitividade deste segmento<br />

é líder na exportação mundial de<br />

celulose de eucalipto<br />

12<br />

www.referenciaflorestal.com.br


MAIS ROBUSTEZ E PRODUTIVIDADE PARA O CARREGAMENTO NO CAMPO.<br />

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As novas GARRAS PARA FORWARDERS DA ROTOBEC são decorrentes<br />

de aprimoramentos de quem está há mais de 40 anos no setor florestal<br />

mundial. Construídas com aços especiais de alta resistência mecânica e<br />

à abrasão, proporcionam uma grande abertura que abraça a pilha e com<br />

facilidade e rapidez, rolam as toras para dentro da garra no seu fechamento.<br />

Esta operação eficaz só é possível devido aos insuperáveis CILINDROS DA<br />

ROTOBEC, com extrema força de fechamento e baixíssima manutenção.<br />

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NOTAS<br />

PESQUISADOR<br />

DO ANO<br />

Foto: divulgação<br />

O pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos<br />

e Biotecnologia, Dario Grattapaglia, recebeu<br />

o prêmio internacional: Forest Biotechnologist<br />

of the Year; de 2016 durante a Conferência da<br />

União Internacional de Organizações de Pesquisa<br />

<strong>Florestal</strong> (Iufro Tree Biotechnology), realizada<br />

em junho na cidade de Concepción (Chile). Dario<br />

foi selecionado entre dezenas de pesquisadores<br />

de destaque mundial na área de biotecnologia<br />

florestal, especialmente pela produção científica<br />

internacionalmente reconhecida e o impacto das<br />

pesquisas que desenvolve em prol da sustentabilidade nessa área. Contaram também como critérios de escolha a dedicação<br />

em promover a ciência, capacidade de diálogo e liderança científica. O Iufro Tree Biotechnology é o evento<br />

mais importante do mundo na área de biotecnologia florestal, promovido há mais de 20 anos pela União Internacional<br />

de Organizações de Pesquisa <strong>Florestal</strong>. O prêmio foi instituído em 2009 pelo IFB (Institute of Forest Biosciences), uma<br />

organização não governamental com sede nos EUA (Estados Unidos da América), dedicada a promover o diálogo sobre<br />

o uso responsável da biotecnologia na área florestal por meio de ações científicas e sociais na busca do uso sustentável<br />

das florestas para o futuro.<br />

FSC ONLINE<br />

O FSC acaba de disponibilizar em português<br />

a plataforma Info, uma base de dados<br />

de todos os empreendimentos certificados<br />

no mundo. Além de confirmar a veracidade,<br />

é possível checar a validade e o escopo da<br />

certificação, os relatórios de auditoria e as<br />

informações de contato. A busca pode ser,<br />

entre outras formas, pelo nome da empresa,<br />

número de licença, localidade ou inclusive,<br />

pela categoria de produtos, como celulose,<br />

papel, cortiça, borracha, madeira sólida, lâminas e laminados. "Com este avanço, além de darmos muito mais transparência<br />

– e credibilidade ao processo -, fica mais fácil encontrar organizações e produtos certificados pelo FSC, o que ajuda a<br />

aquecer o mercado de produtos certificados", diz Aline Tristão, diretora executiva do FSC Brasil. No momento, essa base<br />

está disponível em sete idiomas: inglês, espanhol, italiano, chinês, japonês, alemão e agora em português (BR). Não só os<br />

brasileiros, como outros falantes do idioma no mundo todo, terão acesso facilitado a esse banco de informações.<br />

Imagem: reprodução<br />

14<br />

www.referenciaflorestal.com.br


FÓRMULA<br />

TRUCK<br />

Foto: divulgação<br />

Após pesquisas e estudos, a Unidade<br />

da Fibria em Três Lagoas (MS)<br />

implantou um mecanismo físico chamado<br />

de defletores de ar e também<br />

uma ferramenta tecnológica que reduz<br />

os impactos ambientais e eleva a eficiência<br />

operacional na área da logística<br />

florestal, chamado Salvador. Os defletores<br />

de ar, também conhecidos como<br />

aerofólio, são utilizados para canalizar<br />

o ar em torno do veículo e torná-lo o mais aerodinâmico possível. Esse equipamento está presente em 100% da frota<br />

de carretas que trabalham com o transporte da madeira na unidade de Mato Grosso do Sul. Já o dispositivo eletrônico<br />

conhecido como Salvador é uma nova ferramenta que auxilia na gestão da direção dos condutores de carretas que trabalham<br />

com o transporte da madeira. O aparelho, que está em fase de implantação, é acoplado ao veículo e analisa velocidade,<br />

rotação por minuto e a realização das frenagens do motorista. Com essa análise são feitos ajustes e, automaticamente,<br />

reduzido o giro do motor, o que resulta em economia de 7% a 20% do consumo do combustível. O objetivo é que,<br />

até o final do ano, 100% da frota utilize essa tecnologia. Atualmente, 20% dos veículos contam com essa ferramenta.<br />

EUCALIPTO NA<br />

PALMA DA MÃO<br />

Diferentemente de culturas agrícolas, as florestas<br />

não possuem sistemas de produção fixos. Cada povoamento<br />

exige um manejo específico, que envolve<br />

tratamentos variados como desbastes de diferentes<br />

tipos, intensidades e épocas, e variações na idade do<br />

corte final. O software SIS Eucalipto descreve como a<br />

floresta cresce e produz, conforme os regimes de manejo<br />

que o próprio usuário indica. Os usuários podem<br />

testar pelos softwares, para as espécies Eucalyptus<br />

grandis, Eucalyptus urograndis e Eucalyptus dunnii, e<br />

para cada condição de clima e solo, todas as opções<br />

de manejo da floresta, fazer prognoses de produções presente e futura, efetuar análises econômicas e, depois, optar pela<br />

melhor alternativa de manejo. O software fica instalado no computador do usuário, e as informações são disponibilizadas<br />

via consulta em tela e por emissão de relatórios. Além disso, informações sobre Sistemas de Produção desenvolvidos pela<br />

Embrapa Florestas para eucalipto podem ser acessados diretamente ou por links nos softwares.<br />

Foto: arquivo<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

15


NOTAS<br />

CENTRO DE<br />

TECNOLOGIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

A Klabin inaugurou seu Centro de Tecnologia,<br />

em Telêmaco Borba (PR). O novo Centro<br />

completa a integração das frentes de pesquisa<br />

e desenvolvimento das áreas de negócio da<br />

companhia, estratégia adotada para introduzir<br />

uma visão global e unificada, de alta complexidade.<br />

Com laboratórios capazes de produzir<br />

uma gama diversa de produtos de base florestal<br />

e realizar simulações das linhas de produção das<br />

fábricas, o Centro busca antecipar tendências e<br />

criar novas tecnologias e aplicações sustentáveis.<br />

Sua construção integra um plano de investimento<br />

em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de R$ 70 milhões em três anos (até <strong>2017</strong>), que inclui, ainda, a compra de<br />

equipamentos, a atualização dos laboratórios de pesquisa florestal e a formação e contratação de técnicos e pesquisadores. O<br />

Centro de Tecnologia Klabin se dedicará a cinco rotas de pesquisa: qualidade da madeira; desenvolvimento de novos produtos<br />

e aplicações - celulose; desenvolvimento de novos produtos e aplicações - papéis para embalagem; novas rotas tecnológicas<br />

com base florestal; e meio ambiente e sustentabilidade.<br />

PROJETO<br />

PROINDUS<br />

Uma parceria entre a Ufpr (Universidade Federal do Paraná),<br />

Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e Bndes (Banco<br />

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que<br />

será viabilizado com os recursos do Fundo Amazônia, vai contribuir<br />

com soluções tecnológicas para agregar valor e maior<br />

eficiência aos processos de produção de móveis e artefatos de<br />

madeira oriundos de fontes sustentáveis da floresta amazônica.<br />

Trata-se de um conjunto de ações de pesquisa e desenvolvimento<br />

de tecnologias de produção nos Arranjos Produtivos<br />

Locais de madeira-móveis, que garantam a melhoria no design<br />

e avanços nos processos de industrialização dos recursos<br />

de origem florestal. O que contribuirá para o desenvolvimento<br />

econômico e a inclusão social de comunidades rurais localizadas<br />

na Região Metropolitana de Manaus (AM). O Proindus<br />

terá a duração de cinco anos.<br />

Foto: divulgação<br />

16<br />

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NOTAS<br />

NITROGÊNIO<br />

PARA EUCALIPTO<br />

Foto: arquivo<br />

Plantar leguminosas em consórcio com eucalipto elimina<br />

a necessidade de aplicação de adubo nitrogenado. Foi o<br />

que demonstrou estudo conduzido no campo experimental<br />

da Embrapa Agrobiologia (RJ). Os cientistas analisaram o<br />

impacto da leguminosa arbórea Acacia mangium na plantação<br />

de florestas de eucalipto. A produção de madeira foi<br />

similar à obtida com o monocultivo que recebeu adubação.<br />

A economia com fertilizantes foi em torno de R$ 500 por ha<br />

(hectare), considerando uma aplicação de 100 Kg (quilogramas)<br />

de nitrogênio por ha nos plantios. A pesquisa comparou<br />

quatro tipos de manejo ao longo de seis anos: monocultivo<br />

de eucalipto tradicional com uso de adubo nitrogenado,<br />

semelhante a 99% dos plantios do país; monocultivo de eucalipto, mas sem uso de adubo nitrogenado e dois consórcios de<br />

eucalipto com a Acacia mangium sem uso de adubo nitrogenado, porém com variação na densidade de plantas por hectare.<br />

“Logo nos primeiros anos do experimento, percebemos os benefícios da leguminosa sobre o crescimento do eucalipto, que<br />

evoluía tão bem quanto na área adubada”, relata Guilherme Chaer, pesquisador da Embrapa e um dos responsáveis pelo estudo.<br />

ILPF AJUDA A<br />

INCREMENTAR<br />

CARBONO AO SOLO<br />

Os sistemas de cultivos que aliam grãos, forrageiras e árvores<br />

na região de transição cerrado-amazônia podem armazenar, no<br />

primeiro 1 m (metro) de camada do solo, 16% a mais de carbono<br />

que áreas onde apenas a pecuária extensiva está presente. Isso<br />

representa 18 t (toneladas) a mais de carbono por ha (hectare),<br />

retidas no solo na forma de matéria orgânica. Esse é o resultado<br />

de pesquisa realizada pela Embrapa que aponta uma função<br />

importante da Ilpf (Integração lavoura, pecuária e floresta) para<br />

minimizar a mudança global do clima e contribuir para os serviços<br />

ambientais da produção. O estudo da Embrapa foi conduzido na Fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte (MT), e envolveu<br />

áreas de consórcio entre eucalipto e rotação soja, arroz de terras altas e braquiária em comparação com ambiente<br />

onde só havia pasto em estado de degradação. Os resultados mostraram que o sistema Ilpf pode ser uma estratégia eficiente<br />

para acumular carbono no solo e assim contribuir para a recuperação de pastagens degradadas.<br />

Foto: Katia Tapejara<br />

18<br />

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ALTA E BAIXA<br />

VAMOS PLANTAR<br />

Estímulo ao plantio da araucária. Esta é uma das mensagens do livro que acaba de ser lançado fruto da<br />

parceria de Ivar Wendling, pesquisador da Embrapa Florestas e Flávio Zanette, professor da Ufpr (Universidade<br />

Federal do Paraná). "A araucária é uma espécie única, e cada vez mais descobrimos coisas<br />

novas sobre ela. Precisamos valorizá-la, pois está esquecida”, destaca Ivar. A publicação Araucária:<br />

particularidades, propagação e manejo de plantio pode ser baixada gratuitamente pelo site www.<br />

embrapa.br<br />

ALTA<br />

FLORESTA URBANA<br />

Em uma região montanhosa ao norte de Liuzhou (China), será implementada uma cidade literalmente<br />

florestal. Os escritórios, casas, hotéis, hospitais e escolas serão inteiramente cobertos por plantas e<br />

árvores. A previsão é que a nova cidade seja concluída até 2020. O município vai abrigar 30 mil pessoas<br />

e absorverá quase 10 mil t (toneladas) de CO2 (Gás Carbônico) e 57 t de poluentes por ano. A Liuzhou<br />

Forest City será composto por 40 mil árvores e quase 1 milhão de plantas de mais de 100 espécies.<br />

MAIS INCENTIVO, MENOS RESTRIÇÃO<br />

O corte indiscriminado de araucária ocorrido no início do século XX quase a levou à extinção. Por outro<br />

lado, o excesso de restrições levantadas contra o uso da madeira de araucária tornou-a uma espécie intocável,<br />

o que não garante a conservação de forma adequada. O Iffsc (Inventário <strong>Florestal</strong> Florístico de Santa<br />

Catarina) indicou que a Floresta de Araucária originalmente cobria 43 mil km² (quilômetros quadrados), e<br />

que, em 2013, seus remanescentes compreendiam apenas 24% deste total, ou mais de 10 mil km².<br />

BAIXA<br />

PORTUGAL EM CHAMAS<br />

Um incêndio florestal alcançou proporções gigantescas e foi responsável por 64 mortes<br />

no vilarejo de Pedrógão Grande (Portugal). A ministra de Administração Interna do país,<br />

Constança Urbano de Souza, se apressou em dizer que a causa foi um raio, mas esta versão<br />

foi contestada pelo chefe dos bombeiros, Jaime Marta Soares, que acredita que as chamas tiveram<br />

início por ação criminosa. Independente da causa, a reação das autoridades portuguesas<br />

foi lenta e mal coordenada, o que colaborou para que a perda de vidas fosse tão grande.<br />

20<br />

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BIOMASSA<br />

TRITURAÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

Modelo de picador WC2500TX que acaba de ser<br />

lançado pela Vermeer no Brasil<br />

O<br />

diretor da Vermeer América<br />

Latina, Herbert Waldhuetter,<br />

proferiu palestra durante o<br />

Congresso Internacional de Biomassa<br />

(Cibio-<strong>2017</strong>), realizado em Curitiba (PR).<br />

O tema foi Sistemas para Trituração <strong>Florestal</strong>.<br />

De maneira didática, o executivo<br />

apontou os equipamentos mais indicados<br />

para cada operação e a diferença<br />

básica entre eles. Os tipos de cavacos e<br />

a utilização dos trituradores com uso de faca ou martelo no equipamento, também tiveram espaço na palestra. Segundo<br />

Herbert o martelo em trituradores não é a preferência do mercado brasileiro, porém é uma alternativa muito interessante,<br />

principalmente por ter menor custo se comparado com o sistema de corte por facas. Outras tendências apontadas<br />

foram a saída de cena dos equipamentos rebocáveis sendo substituídos pelos autopropelidos, assim como o uso de<br />

equipamentos que consigam granulometrias diferentes no corte do cavaco com o mesmo rotor. "É importante mostrar<br />

as ferramentas disponíveis no mercado para superarmos um grande desafio, que é conseguir processos com a mesma<br />

eficiência que é feita a colheita", afirmou.<br />

Waldhuetter deu destaque ao novo picador de árvores WC2500TX que a Vermeer está lançando no mercado nacional.<br />

É um equipamento compacto que foi desenvolvido a partir das necessidades dos clientes, especialmente do mercado<br />

brasileiro que necessitava de um produto robusto, mas que tivesse mobilidade. "Essa mobilidade é um dos grandes diferenciais<br />

da WC2500TX", afirmou. Outras características que chamam atenção no novo picador WC2500TX é sua capacidade<br />

de processar árvores ou toras de até 58 cm de diâmetro. A tecnologia aplicada ao novo rotor de corte traz um novo<br />

conceito e também possibilita a flexibilidade de granulometrias permitindo, com o mesmo rotor, produzir do microcavaco<br />

(5mm) ao cavaco convencional (50mm). "São 8 variações de tamanho de cavaco, abrangendo as necessidades do mercado<br />

brasileiro", explicou.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Herbert Waldhuetter, Maicon Paust, Thiago Marcon e<br />

Eder Fabbro, reunidos no estande da Vermeer no Cibio/<br />

Expobiomassa, em Curitiba (PR)<br />

O palestrante falou dos tipos de cavacos e a<br />

utilização dos trituradores com faca e martelo<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

22<br />

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FRASES<br />

O site tem ficado mais fora do ar do que<br />

funcionando. Isso impossibilita aos empresários<br />

carregar caminhão, emitir as guias florestais e<br />

notas fiscais<br />

Vamos começar<br />

negociações para<br />

reentrar no Acordo<br />

de Paris ou numa<br />

nova transação que<br />

seja mais justa<br />

José Eduardo Pinto, presidente do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), sobre problemas com a<br />

burocracia do Ibama em audiência com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho<br />

Nossa economia é movida pela indústria<br />

que precisa de insumos industriais. Então, o<br />

setor florestal participa muito pouco da nossa<br />

economia<br />

Elane Conceição de Oliveira, professora da UEA (Universidade do Estado do<br />

Amazonas) ao avaliar a queda na economia do Amazonas<br />

Presidente norte-americano,<br />

Donald Trump ao retirar os<br />

EUA (Estados Unidos da<br />

América) do Acordo<br />

do Clima<br />

A biomassa tem sido o parente pobre da política<br />

energética renovável portuguesa<br />

Declarou o ex-ministro da Indústria e Energia de Portugal, Luís Mira Amaral,<br />

ressaltando que o combustível é um recurso renovável, com a vantagem de não<br />

ser intermitente como a solar e a eólica<br />

Nossas contas estão baseadas nas taxas.<br />

O resultado do desmatamento é o que importa<br />

Foto: divulgação<br />

Disse o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Vidal Helgeser, ao anunciar<br />

que o corte de R$ 196 milhões para o Fundo da Amazônia pode ser revisto<br />

caso o Brasil mostre resultados no combate ao desmatamento<br />

24<br />

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ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Fernando Raga<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

Sevilha (Espanha), em julho de 1950<br />

Seville (Spain), July, 1950<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Presidente da Associação Chilena de Madeira<br />

President, Corporación Chilena de la Madera (Corma - Chilean Timber Association)<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Engenharia Civil pela Universidade do Chile<br />

Civil Engineering, University of Chile<br />

O<br />

Chile é um dos concorrentes do Brasil em diversos produtos<br />

de madeira acabados. Por outro lado, é também<br />

um grande mercado, tanto para equipamentos quanto<br />

para manufaturas. O país, com pouco mais de 756 milhões mil m²<br />

(metros quadrados) de extensão territorial, possui 2,5 milhões de<br />

ha (hectares) de plantios florestais que produzem anualmente 43<br />

milhões de m³ (metros cúbicos) de madeira em toras. Eles atuam<br />

nos principais mercados mundiais e trabalham fortemente para<br />

a promoção de seus produtos. Conversamos com Fernando Raga,<br />

presidente da Associação Chilena de Madeira, que nos conta como<br />

o país estruturou o setor florestal, os planos para os próximos<br />

17 anos e como uma coruja deu um empurrãozinho para nossos<br />

vizinhos se fortalecerem e conquistarem os EUA (Estados Unidos<br />

da América) e Europa.<br />

O voo da coruja<br />

The flight of an owl<br />

C<br />

hile is one of Brazil’s competitors for various finished forest<br />

products. On the other hand, it is also a big market<br />

for both equipment and machinery. The Country, with<br />

just over 756 million km² in extension, has 2.5 million hectares<br />

(ha) of planted forest that produce 43 million m³ annually of timber<br />

logs. It exports to the major world markets and works very<br />

much to promote its products worldwide. We talked with Fernando<br />

Raga, President of the Corporación Chilena de la Madera<br />

(Corma), who tells us how the Country has structured its Forest<br />

Sector, its plans for the next 17 years, and how an owl helped<br />

our neighbors strengthen their position in the USA and Europe.<br />

26<br />

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Quais são as principais espécies plantadas no país e onde se<br />

encontram as maiores áreas florestais? Qual a participação<br />

das nativas para a indústria?<br />

As principais espécies plantadas são o Pinus radiata e os<br />

eucaliptos, principalmente das espécies globulus e nitens. O<br />

Chile conta com 1,4 milhão de ha de pinus e 841 mil ha de<br />

eucalipto. Os principais núcleos de plantios se estendem de<br />

norte a sul nas regiões de Ohiggins, Maule, Bio Bio e Los Ríos.<br />

Apesar do país contar com 13,6 milhões de ha de florestas<br />

nativas, sua participação na indústria é muito pequena, na<br />

ordem de 400 mil m³ de toras ao ano. Embora exista um<br />

consumo informal significativo de madeira extraída destas<br />

florestas.<br />

Qual é a rotação florestal no país?<br />

O abastecimento industrial está concentrado no Pinus radiata,<br />

com rotações de 18 a 25 anos, já o Eucalyptus globus tem<br />

rotações de 9 a 12 anos e o nitens, 12 a 14 anos. Este tempo<br />

médio da última espécie se deve principalmente pela busca<br />

por qualidade de fibra. Os produtos de madeira sólida são<br />

gerados a partir do pinus, já o eucalipto é dedicado, quase<br />

em sua totalidade, para a produção de fibra.<br />

De que maneira o mercado florestal está organizado no país<br />

de forma a suprir as demandas?<br />

Não existe um plano diretor para o setor. O que houve foram<br />

leis de fomento florestal, desde 1931 até 2012 que promoveram<br />

o plantio florestal em terras não aptas para agricultura,<br />

nas quais a seleção de espécies e localização foi decisão das<br />

empresas orientadas pelos mercados. Em 2015, foi desenvolvida<br />

uma política florestal nacional, com participação ampla<br />

de stakeholders para orientar esforços de desenvolvimento<br />

econômico, social e ambiental do setor para o futuro com<br />

uma visão de Estado, que transcenda períodos das gestões<br />

governamentais.<br />

Como se deu este processo de escolha por espécies e<br />

localização?<br />

Cada empresa ou reflorestador define seus plantios levando<br />

em conta a aptidão de seus terrenos, logística, valores de<br />

mercado dos produtos finais e a localização das indústrias.<br />

Mas também as indústrias se instalam em zonas que permitam<br />

seu abastecimento. Tudo isto, naturalmente, dentro<br />

do que estabelecem os marcos legais da legislação chilena.<br />

Quais são as maiores dificuldades para o crescimento do<br />

setor?<br />

Os crescentes custos, a dificuldade para expandir por causa<br />

da menor disponibilidade de solos, os conflitos locais e<br />

incêndios florestais.<br />

E as grandes vantagens competitivas do país?<br />

O Chile tem plantios com rendimentos superiores a outros<br />

What are the main planted species in the Country and<br />

where are the largest forest areas? What is the share of<br />

native species being processed by industry?<br />

The main planted species are Pinus radiata and eucalyptus,<br />

mostly of the globulus and nitens species. Chile has 1.4<br />

million ha of pine and 841,000 ha of eucalyptus. The main<br />

plantation centers stretch from the North to the South, in<br />

the O’higgins, Maule, Biobio and Los Ríos Regions. In spite<br />

of the Country having over 13.6 million ha of native forest,<br />

its participation is very small in the forest product industry,<br />

on the order of 400 thousand m³ of logs per year. However,<br />

there is a significant informal consumption of the timber being<br />

harvested from these forests.<br />

What is the forest rotation in the Country?<br />

Industrial supply is concentrated on Pinus radiata, with an<br />

18 to 25-year rotation, while Eucalyptus globus has a 9 to<br />

12-year rotation and Eucalyptus nitens a 12 to14-year rotation.<br />

This longer cycle for the latter species is mainly due to<br />

fiber quality. Solid wood products are generated from pine,<br />

while eucalyptus is almost all dedicated to the production<br />

of fiber.<br />

In what way is the forest market organized in the Country<br />

in order to meet the demand?<br />

There is no master plan for the Sector. What has happened<br />

was a series of forest laws from 1931 until 2012, which promoted<br />

forest planting on land not suitable for agriculture, in<br />

which species selection and location was a corporate decision<br />

based on markets. In 2015, a National Forestry Policy<br />

was developed, with broad participation from stakeholders<br />

to guide efforts in economic, social and environmental development<br />

in the Sector for the future, with a vision that<br />

transcended periods of government administrations.<br />

How does this affect the choice of species and location?<br />

Each forest product company or replanter defines its plantings,<br />

taking into account the ability of the land, logistics,<br />

market values of the final products, and industrial location.<br />

But also, industries are set up in areas that have the necessary<br />

supply conditions. All this, of course, within the legal<br />

milestones laid out in Chilean legislation.<br />

What are the major difficulties for the Sector's growth?<br />

Escalating costs, expansion difficulties due to the lower<br />

availability of land, local conflicts and forest fires.<br />

And the Country’s large competitive advantage?<br />

Chile has plantations with yields higher than other countries<br />

in the world (Pinus radiata grows 20 m³/ha.year and Eucalyptus<br />

nitens 40 m³/ha.year). In general the Country has<br />

good access to ports, competent and experienced personnel,<br />

a broad and developed sales and logistics network, and<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

27


ENTREVISTA<br />

países do mundo (Pinus radiata cresce 20 m³/ha.ano e o Eucaliptus<br />

nitens 40 m³/ha.ano). Em geral o país tem bons acessos<br />

aos portos, pessoal capacitado e experiente, uma vasta e<br />

desenvolvida rede comercial e logística e uma segurança<br />

institucional que permite desenvolver as atividades com<br />

níveis razoáveis de risco, salvo em alguns setores afetados<br />

por conflitos com comunidades.<br />

O Chile é bastante montanhoso, como as empresas alcançam<br />

competitividade na colheita nos plantios em terrenos<br />

irregulares?<br />

Realmente o Chile é mais montanhoso que, por exemplo,<br />

Brasil ou Argentina, e os custos da colheita são consequentemente<br />

mais altos. Porém, existem outros fatores da cadeia<br />

de valor como a proximidade dos portos - que são muito<br />

eficientes -, e a logística dos mercados que contribuem para<br />

manter a competitividade razoável, claro que ainda existem<br />

muitos aspectos que podemos melhorar.<br />

Qual o nível de mecanização na colheita e no preparo do<br />

solo? O que considera ideal?<br />

As principais empresas do país contam com tecnologia e conhecimento<br />

relativos à preparação do solo. Elas também têm<br />

acesso aos equipamentos adequados para cada realidade<br />

local. Além disto, a possibilidade de contar com o apoio dos<br />

prestadores de serviços colocam esta tecnologia ao alcance<br />

dos silvicultores menores, que se beneficiam da mecanização.<br />

É difícil definir de fora se a situação é a ideal ou não, já que<br />

cabe a cada empresa as decisões que o silvicultor toma em<br />

face ao mercado. Penso que, no geral, isto conduz a uma<br />

matriz de decisões mais eficiente.<br />

É verdade que a grande virada no setor florestal chileno<br />

começou há 20 anos depois que o país realizou um forte<br />

trabalho de divulgação dos produtos madeireiros acabados<br />

para a Europa?<br />

Não se pode considerar somente uma grande virada. Os<br />

mercados de madeira sólida têm se desenvolvido devido<br />

a um trabalho de muitos anos. Em se tratando de marcos,<br />

foi muito importante, por exemplo, o caso da proibição do<br />

corte de madeira no noroeste dos EUA por causa da lei de<br />

proteção à Spotted Owl (coruja-pintada), no início dos anos<br />

90, que gerou espaço para abrir o mercado norte-americano<br />

para os produtos de Pinus radiata. O crescimento do Chile<br />

como produtor de compensado estrutural com face livre de<br />

an institutional security that allows one to carry out activities<br />

with a reasonable degree of risk, except in some areas<br />

affected by community conflicts.<br />

Chile is quite mountainous, how do companies achieve<br />

competitiveness in harvesting forest plantations on uneven<br />

terrain?<br />

Actually, Chile is hillier than, for example, Brazil or Argentina,<br />

and harvesting costs are consequently higher. However,<br />

there are other value factors that the chain has, such<br />

as proximity to ports – which are very efficient – and market<br />

logistics that contribute to maintaining reasonable competitiveness;<br />

of course, there are still many ways that we could<br />

improve.<br />

What is the level of mechanization in harvesting and soil<br />

preparation? What level do you consider ideal?<br />

The major companies in the Country rely on technology and<br />

knowledge relative to soil preparation. They also have access<br />

to the appropriate equipment for each local reality.<br />

Furthermore, the possibility of counting on the support of<br />

the service providers has put this technology within reach<br />

of the smaller forest producers who thus also benefit from<br />

mechanization. It is difficult to set out if the situation is right<br />

or not, since the decisions are up to each forest producer,<br />

which are taken in relation to the market. I think, in general,<br />

this leads to variety of more efficient decisions.<br />

Is it true that the big turnaround in the Chilean Forest Sector<br />

began 20 years ago, after the Country carried out a<br />

large publicity program for Chilean finished wood products<br />

in Europe?<br />

You can’t say that it was the only thing that caused a turnaround.<br />

Solid wood markets were developed due to the<br />

work taken over many years. As to milestones, for example,<br />

the case for the prohibition of felling trees in the American<br />

Northwest at the beginning of the 90’s, because of the<br />

law for the protection of the Spotted Owl, was very important,<br />

leading to the opening of space in the US market for<br />

Pinus radiata products. The growth of Chile as a producer<br />

of structural plywood with one side free from knots for the<br />

American market, subsequently led to access to European<br />

markets. Despite being a major milestone, the program was<br />

only a part of much work in opening markets and product<br />

development.<br />

"O Chile tem plantios com rendimentos superiores a outros<br />

países do mundo: Pinus radiata cresce 20 m³/ha.ano e o<br />

Eucaliptus nitens 40 m³/ha.ano"<br />

28<br />

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"Dar mais valor agregado é sempre atrativo, mas deve-se<br />

analisar as vantagens que o país possui em cada etapa da<br />

cadeia de valor"<br />

nós também teve como objetivo principal o mercado norte-<br />

-americano e com resultado colateral permitiu o acesso aos<br />

mercados da Europa. Apesar de ser um marco importante<br />

faz parte de um longo trabalho de abertura de mercado de<br />

desenvolvimento de produtos.<br />

Quais são os principais produtos e os mercados mais importantes?<br />

O principal produto exportado pelo Chile é a celulose, que<br />

ocupa aproximadamente a metade de todos os produtos madeireiros<br />

vendidos ao exterior. Em seguida vêm as madeiras<br />

serradas, as chapas de compensado e produtos acabados. As<br />

madeiras sólidas são exportadas principalmente para os EUA<br />

(molduras, compensados, madeira laminada colada...), para<br />

Holanda (madeira serrada e compensado), China (madeira<br />

serrada) e México (madeira serrada e madeira laminada<br />

colada). Na somatória dos produtos, os principais mercados<br />

são China, EUA, Japão, Coreia do Sul e México.<br />

Qual o caminho para ampliar o mercado de madeira?<br />

Dar mais valor agregado é sempre atrativo, mas deve-se<br />

analisar as vantagens que o país possui em cada etapa da<br />

cadeia de valor. Avançar na cadeia de valor é rentável e<br />

eficiente, por tanto em primeiro lugar deve-se fazer uma<br />

boa análise. Em geral, ao diversificar, amplia-se a gama de<br />

produtos e mercados, porque as empresas que são eficientes<br />

em commodites geralmente não são nestes mercados de<br />

maior valor, onde têm relevância operadores com capacidades<br />

diferentes. Empresas médias e pequenas começam a<br />

ter mais oportunidades, então é útil a criação de programas<br />

pré-competitivos público/privados para ajudar a prospectar<br />

mercados e desenvolver capacidades.<br />

Quanto o setor florestal chileno ainda pode crescer? Quais<br />

as expectativas para os próximos 20 anos?<br />

A Política <strong>Florestal</strong> 2015-2035 estabelece como metas o crescimento<br />

florestal de mais 500 mil ha de plantios e colocar em<br />

prática o manejo florestal sustentável em um milhão de ha<br />

em florestas nativas. É possível que se construa um último<br />

projeto de expansão da capacidade produtiva de celulose.<br />

Acreditamos que o foco do desenvolvimento será na capacidade<br />

e modernização das empresas médias e pequenas,<br />

principalmente orientadas ao desenvolvimento da construção<br />

em madeira no país, o que irá gerar oportunidades locais<br />

com valor agregado.<br />

What are the main products and the most important markets?<br />

The main product exported by Chile is pulp, which occupies<br />

approximately one half of all forest products sold abroad.<br />

Then come sawn wood, plywood and finished products.<br />

Sawn wood products are exported mainly to the United<br />

States (frames, plywood, glued laminated wood ...), to the<br />

Netherlands (sawn wood and plywood), to China (sawn<br />

wood) and to Mexico (sawn wood and glued laminated<br />

wood). In summary, the main markets are China, USA, Japan,<br />

South Korea and Mexico.<br />

What is the way to amplify the forest product market?<br />

Adding more value is always attractive, but the advantages<br />

that the Country has at each step of the value chain should<br />

be analyzed. Always advancing the value chain is profitable<br />

and efficient, so first you must carry out a complete<br />

analysis. In general, diversifying and expanding the range<br />

of products and markets, because companies that are efficient<br />

in commodities are not always in these higher-value<br />

markets, where operators with different capacities are the<br />

relevant player. For medium and small companies to begin<br />

to have more opportunities, it is helpful to create public/<br />

private pre-competitive programs to help prospect and develop<br />

markets.<br />

How much can the Chilean Forest Sector still grow? What<br />

are the expectations for the next 20 years?<br />

The 2015-2035 Forest Policy establishes forest growth targets<br />

for over 500 thousand ha of planted forests and putting<br />

one million ha in native forests under sustainable forest<br />

management. It is possible to build one last pulp production<br />

capacity expansion project. We believe that the focus will<br />

be on capacity development and modernization for medium<br />

and small companies, mainly oriented to the development<br />

of wood in building construction in the Country, which will<br />

generate local value-added opportunities.<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

29


PRINCIPAL<br />

Conceito<br />

revolucionário<br />

com 120 anos<br />

de história<br />

30<br />

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EXTE, PIONEIRA MUNDIAL NA<br />

FABRICAÇÃO DE FUEIROS DE<br />

ALTA PERFORMANCE, REVELA<br />

OS PLANOS DE EXPANSÃO<br />

PARA OS PRÓXIMOS ANOS COM<br />

DESTAQUE PARA O BRASIL<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

D<br />

e grade para o arado até os mais modernos fueiros<br />

construídos totalmente com alumínio. A história da<br />

maior fabricante do mundo de equipamentos para<br />

transporte de madeira e amarração da carga começou em 1898.<br />

Hoje, quase 120 nos depois, a sueca ExTe atende ao setor rodoviário<br />

e ferroviário em 30 países, com fábricas na Suécia, Finlândia<br />

e Brasil. A empresa tem planos de expansão com foco na<br />

manutenção da qualidade, fabricação de produtos certificados<br />

e testados, segurança e inovação.<br />

A preocupação em ditar tendências acompanha a empresa<br />

desde o início. É um trabalho que demanda investimento, pesquisa<br />

e testes, porém o mais difícil é convencer as pessoas que<br />

a nova solução supera o modelo que estão acostumados. Em<br />

1934, a ExTe instalou o primeiro fueiro em um caminhão. O próximo<br />

passo foi passar de ferro para alumínio, o que aconteceu<br />

em 1969. “Ninguém acreditou. Alumínio não é forte, eles diziam,<br />

vai quebrar”, recorda o presidente da empresa Kjell Jonsson. Os<br />

fueiros de ferro pesavam de 250 Kg a 275 Kg (quilogramas), enquanto<br />

o produto em alumínio tinha somente 75 Kg. Levou mais<br />

de dois anos até os clientes entenderem o conceito. A primeira<br />

venda foi feita em 1971. Os modelos da marca em alumínio são<br />

24% mais leves que os fueiros em metal leve de alta resistência.<br />

Atualmente a ExTe é a maior empresa de fueiros do mundo,<br />

anualmente são produzidos 10 mil unidades. “Na Suécia temos<br />

70% do mercado, Alemanha 75%, Noruega 70%”, contabiliza o<br />

presidente da companhia. A empresa possui diversas soluções:<br />

fueiros em aço e alumínio, somente com o metal leve e equipamentos<br />

para a amarração das toras. A empresa ainda atua no<br />

O CORTE DAS CHAPAS É FEITO COM MÁQUINA<br />

EQUIPADA COM FERRAMENTA A LASER<br />

REVOLUTIONARY<br />

CONCEPT WITH<br />

120 YEARS OF<br />

HISTORY<br />

EXTE, WORLD PIONEER IN<br />

THE MANUFACTURE OF HIGH-<br />

PERFORMANCE BUNKS, REVEALS THE<br />

EXPANSION PLANS FOR THE NEXT<br />

YEARS WITH EMPHASIS ON BRAZIL<br />

F<br />

rom grates to plows to the latest bunks built completely<br />

from aluminum. The story of the world's largest<br />

manufacturer of equipment for timber transport and<br />

load binders began in 1898. Today, almost 120 years later,<br />

the Swedish company, ExTe, meets the needs of the road and<br />

rail sectors in 30 countries, with factories in Sweden, Finland<br />

and Brazil. The Company has expansion plans with a focus on<br />

maintaining the quality, safety and innovation in the manufacture<br />

of certified and tested products.<br />

The concern to dictate trends has accompanied the Company<br />

since the beginning. It’s a job that demands investment,<br />

research and testing, but the hardest thing to do is to convince<br />

people that the new solutions are superior to the models they<br />

are used to using. 1934 was the year that ExTe installed its first<br />

truck bed stake. The next step was to switch from iron to aluminum,<br />

something that happened in 1969. “Nobody believed<br />

in us. Aluminum is not strong, they said, it will break,” recalls<br />

Kjell Jonsson, Company President. The iron stake weighed 250<br />

to 275 kg, while the aluminum product weighs only 75 kg, and<br />

it took more than two years until customers understood the<br />

concept. The first sale was made in 1971. The aluminum ExTe<br />

proucts today are 24% ligther then the steel bunks.<br />

Currently, ExTe is the world's largest truck bed stake producer,<br />

producing 10 thousand units, annually. “In Sweden,<br />

we have 70% of the market, in Germany 75%, and in Norway<br />

70%,” says the President of the Company. The Company provides<br />

several solutions: stakes from steel and aluminum, made<br />

only with light metal, and binder equipment for constraining<br />

log loads. The Company even operates in the railway sector.<br />

“Just in Sweden, we have 80% of the freight train equipment<br />

market, a segment we started to serve in 1986,” says Company<br />

President Kjell.<br />

TESTED AND CERTIFIED<br />

Quality and safety are, without doubt, the strengths of<br />

the Company. It rests on three certifications to maintain the<br />

high quality level in production and also in the products. “We<br />

are ISO 9001 certified, which is renewed each year through<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

31


PRINCIPAL<br />

EXTE POSSUI TRÊS CERTIFICAÇÕES PARA GARANTIR QUALIDADE NA PRODUÇÃO E NA SOLDA DE ALTO PADRÃO<br />

segmento ferroviário. “Somente na Suécia, temos 80% do mercado<br />

de equipamentos para trens, segmento que iniciamos em<br />

1986”, destaca Kjell.<br />

TESTADO E CERTIFICADO<br />

A qualidade e segurança são, sem dúvida, os pontos fortes<br />

da empresa. Ela se apoia em três certificações para manter o<br />

alto nível na produção e também nos produtos. “Possuímos a<br />

ISO 9001 que é renovada a cada ano por meio de auditorias regulares<br />

conduzidas pela empresa alemã Tüv Nord”, explica Lina<br />

Bylund, diretora de marketing.<br />

A ExTe detém ainda duas certificações para o processo de<br />

solda, um dos processos mais importantes para a produção<br />

dos fueiros e que determinam a qualidade final do produto. A<br />

ISO3834-2 garante qualidade da solda de partes metálicas na<br />

indústria e na instalação do produto. Já a EN 15085-2 estabelece<br />

padrões de excelência para a solda em veículos ferroviários.<br />

“Testes práticos de solda são realizados regularmente para a<br />

manutenção desta certificação”, aponta Per Jonasson, do setor<br />

de Vendas.<br />

Mais do que certificados, a ExTe faz questão de testar todos<br />

os novos modelos de produtos antes de lançar para o mercado,<br />

procedimento que leva em média um ano e meio. “Escutamos<br />

as necessidades dos clientes, nos encontramos com eles quantas<br />

vezes forem necessárias, voltamos para casa e debatemos a<br />

maneira com que vamos atender aquela demanda”, explica Kjell<br />

Jonsson.<br />

Os parques fabris da ExTe obedecem o mesmo padrão em<br />

todos os lugares do mundo. Assim como na sede da empresa<br />

na Suécia, a fabricação dos produtos brasileiros também é feita<br />

com equipamentos que realizam a solda a laser e os processos<br />

mais refinados contam com o auxílio de robôs. “Isto assegura<br />

que o produto fabricado no Brasil tenha exatamente as mesmas<br />

especificações do produzido na Suécia”, frisa Olle Melin, da<br />

Emex Brasil, representante exclusiva e fabricante dos equiparegular<br />

audits conducted by the German Company Tüv Nord,”<br />

explains Lina Bylund, Director of Marketing for the Company.<br />

ExTe holds two certifications for the welding process, one<br />

of the most important processes in the production of the stake<br />

and that determines the final quality of the product. ISO3834-2<br />

ensures quality of the welded metal parts in the factory and in<br />

installation of the product. EN 15085-2 establishes standards<br />

of excellence for welding on rail cars. “Practical welding tests<br />

are carried out regularly to maintain this certification” points<br />

out Per Jonasson, from the Company’s Sales Department.<br />

More than certificates, ExTe makes sure to test all new<br />

product models before releasing them to the market, a procedure<br />

that takes, on average, a year and a half. “We listen to<br />

customer needs, we meet with them as many times as necessary,<br />

we return home and discussed the way in which we’re<br />

going to meet that demand,” explains Company President Kjell<br />

Jonsson.<br />

The ExTe industrial parks obey the same standards everywhere<br />

in the world. As at the Company's headquarters in Sweden,<br />

the manufacture of Brazilian products is also carried out<br />

using equipment that performs laser welding and the more refined<br />

processes rely on the aid of robots. “This ensures that the<br />

product manufactured in Brazil has exactly the same specifications<br />

as of that produced in Sweden,” says Olle Melin, Director<br />

of Emex Brazil, exclusive representative and ExTe equipment<br />

manufacturer in Brazil.<br />

READY TO USE<br />

The process of developing and testing new products follows<br />

three steps. First, the equipment is designed in 3D and<br />

the computer simulates the theoretical results on issues, such<br />

as weight, resistance, strength, and durability. If necessary,<br />

this allows the designs to be redone before producing the first<br />

prototype.<br />

After the new stake is made it goes through two factory<br />

32<br />

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FUEIRO COM AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA<br />

O produto mais vendido no Brasil é o fueiro com aço de alta<br />

resistência, que utiliza matéria-prima sueca e é confeccionado<br />

na fábrica brasileira. As chapas de aço utilizadas neste equipamento<br />

reúnem alta qualidade e são certificadas por órgãos internacionais.<br />

“Também temos a chancela da produtora destas<br />

chapas a SSAB, que nos certificou sobre a manufatura correta<br />

do aço com comprovada eficácia”, garante Olle Melin. A utilização<br />

correta do aço de alta resistência é determinante na qualidade<br />

final do fueiro, a matéria-prima por si só não é suficiente.<br />

Por isso, a produção brasileira passou pelo aval da matriz sueca<br />

ExTe AB. Um estudo realizado pela fabricante comprova que a<br />

utilização correta da solda acarreta menor estresse da matéria-<br />

-prima, proporcionando menos trincas e quebras no produto<br />

acabado. “Um erro muito comum que algumas empresas cometem<br />

é realizar soldas muito grossas acreditando que isto confere<br />

mais resistência, o que é um grande engano. Assim como trabalhar<br />

com o aço em temperaturas fora do ideal, outra falha que<br />

acaba com a segurança do fueiro”, aponta Olle.<br />

UM ROBÔ REALIZA A SOLDA DAS PEÇAS MAIS<br />

DELICADAS<br />

mentos ExTe no Brasil.<br />

PRONTO PARA USAR<br />

O processo de elaboração e teste de novos produtos obedece<br />

três etapas. Primeiro o equipamento é desenhado em 3D<br />

e um software mostra os resultados teóricos sobre aspectos<br />

como peso, resistência, força, durabilidade. Isto permite refazer<br />

alguns cálculos antes mesmo de produzir o primeiro protótipo.<br />

Depois que o modelo novo de fueiro é fabricado, ele passa<br />

por dois testes na fábrica. Um equipamento simula as trepidações<br />

que ocorrem com o movimento do caminhão nas estradas.<br />

O corpo de ensaio passa por mais de 200 horas dentro da cabine,<br />

o que equivale a anos de uso. Assim é possível avaliar se<br />

ele apresentará rachaduras ou imperfeições no decorrer do uso.<br />

Outro ensaio muito importante é o de flexibilidade das hastes.<br />

O fueiro é submetido a milhares de ciclos de esforço mecânico<br />

que testam o limite máximo do produto até que quebre.<br />

MÁQUINA REALIZA A DOBRA DO METAL EM APENAS<br />

UM MOVIMENTO PARA MANTER A RESISTÊNCIA DA<br />

PEÇA<br />

tests. Equipment is used to simulate the impacts that occur<br />

with the movement of a truck on the road. The test piece goes<br />

through more than 200 hours inside the test cabin, which is<br />

equivalent to years of use. So it is possible to determine if it<br />

might present cracks or imperfections during the course of<br />

use.<br />

Another very important test is the flexibility of the stake<br />

itself. The stake is subjected to thousands of cycles of mechanical<br />

stress, testing the maximum stress limit of the product<br />

until it breaks. This process allows the technicians to assess<br />

HIGH STRENGTH STEEL BUNKS<br />

The best-selling product in Brazil is the high-strength<br />

steel bunk, which uses Swedish raw material and is manufactured<br />

in the Brazilian factory. The steel plates used in<br />

this equipment gather high quality and are certified by international<br />

bodies. "We also have the steel of the producer<br />

of these sheets SSAB, which certified us on the correct<br />

manufacture of steel with proven effectiveness," says Olle<br />

Melin. The correct use of the high-strength steel is decisive<br />

for the quality of the final product, the raw material<br />

alone is not enough to assure it. Therefore, the Brazilian<br />

production was approved by the Swedish parent, ExTe AB.<br />

A study conducted by the manufacturer proves that correct<br />

use of the welding leads to less stress of the raw material,<br />

providing fewer cracks and breaks in the finished<br />

product. "A very common mistake that some companies<br />

make is to make very thick welds, believing that this gives<br />

more resistance, which is a big mistake. As well as working<br />

with steel in temperatures outside the ideal, another<br />

fault that ends with the safety of the bunks", points Olle.<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

33


PRINCIPAL<br />

Este processo permite aos técnicos avaliar se o fueiro atende às<br />

exigências estabelecidas pela empresa.<br />

Finalmente o produto é levado para as estradas, onde é<br />

testado na prática. Pelo menos cinco unidades são instaladas<br />

em caminhões e passam por todas as situações de uso. Após<br />

12 meses, se o implemento não apresenta qualquer problema é<br />

finalmente lançado comercialmente.<br />

NOVIDADE<br />

“Sempre estamos inovando, pode ser um produto totalmente<br />

novo ou uma melhoria nos equipamentos que produzimos,<br />

mas sempre estamos à frente. Faz parte da nossa filosofia”,<br />

afirma Kjell Jonsson. A mais recente novidade da empresa<br />

é o TU (Tensão Ilimitada). O equipamento instalado na base do<br />

fueiro permite a amarração das toras de forma automática, sem<br />

esforço manual. Outra grande vantagem do sistema é que ele<br />

dispensa o reaperto durante a viagem. Este é um problema de<br />

eficiência em muitas empresas florestais brasileiras. Em média<br />

os motoristas param a cada 40 km (quilômetros) para apertar as<br />

cintas. Pior ainda se este procedimento é negligenciado. Cargas<br />

mal amarradas aumentam o risco das toras se desprenderem, o<br />

que pode causar acidentes e mortes.<br />

whether the stake meets the requirements established by the<br />

Company.<br />

Finally, the product is taken on the road, where it is tested<br />

in practice. At least five units are installed on truck beds and<br />

undergo all use situations. After 12 months, if product use does<br />

not present any problems, it is finally released commercially.<br />

NEWS<br />

“We are always innovating, it can be a totally new product<br />

or an improvement in the equipment we already produce,<br />

but we are always in front. This is part of our philosophy,”<br />

says President Kjell Jonsson. The Company’s latest novelty is<br />

Tension Unlimited (TU). The equipment installed at the base<br />

of the stake allows automatic log load binding, without any<br />

manual effort. Another great advantage of the system is that<br />

it dispenses with any retightening during transport. This is an<br />

efficiency problem for many forestry companies. On average,<br />

drivers stop every 40 km to tighten the load binding straps.<br />

Worse still if this procedure is overlooked. Badly bound loads<br />

increase the risk of logs falling off the truck, which can cause<br />

accidents and deaths.<br />

FUEIRO<br />

SUBMETIDO<br />

A TESTE DE<br />

RESISTÊNCIA<br />

À FLEXÃO<br />

PRESIDENTE DO GRUPO KJELL JONSSON<br />

LANÇAMENTO<br />

DA EXTE, O<br />

TU PERMITE<br />

AMARRAÇÃO<br />

AUTOMÁTICA,<br />

SEM<br />

NECESSIDADE<br />

DE REAPERTO<br />

CORPO DE ENSAIO PASSANDO POR TESTE QUE<br />

AVALIA A RESISTÊNCIA DO FUEIRO A TREPIDAÇÕES<br />

34<br />

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ENTREVISTA<br />

De funcionário a proprietário<br />

O engenheiro Kjell Jonsson sempre foi um aficionado pelo<br />

transporte rodoviário, atividade que despertou seu interesse<br />

quando era ainda criança. A dedicação à paixão lhe rendeu uma<br />

história muito particular. Ele comprou a empresa em que iniciou<br />

sua carreira. Como presidente do Grupo Extendo, que iniciou<br />

com a ExTe e agora possui mais cinco empresas, Kjell estendeu<br />

a atuação da fabricante de fueiros para o setor ferroviário e ampliou<br />

o número de empresas pertencentes à organização. Os<br />

próximos passos preveem crescimento de 25% de todo o Grupo<br />

para os próximos três anos.<br />

Qual é a sua formação e como se envolveu com o segmento?<br />

Fiz escola técnica em engenharia. Sempre me interessei<br />

pelo segmento de transporte. Cresci no norte da Suécia, meus<br />

vizinhos tinham caminhões e carretas. Quanto tinha uns 8 anos,<br />

os acompanhava algumas vezes, quando estava de férias, para<br />

aprender tudo o que podia.<br />

Como passou de funcionário para dono da empresa em um<br />

curto período de tempo?<br />

Conheci a empresa por meio de um dos meus vizinhos. Ele<br />

tinha um produto da ExTe em um dos caminhões. Então ingressei<br />

na empresa. Trabalhava 24 horas por dia. O antigo dono<br />

percebia meu interesse e concluiu que poderia tomar conta do<br />

negócio. Então um dia ele veio até mim e perguntou: “você gostaria<br />

de comprar a companhia?”, isto foi em 1985. De imediato<br />

respondi que sim.<br />

Qual é o futuro do Grupo agora?<br />

Primeiramente vamos ampliar a fábrica. Na sequência traremos<br />

a empresa de reboques (Alucar) para cá para ampliar a<br />

produção e nossa participação no mercado porque todas as<br />

outras empresas do grupo possuem equipamentos para serem<br />

aplicados em reboques. Nossa projeção é que o Grupo Extendo<br />

cresça 25% até 2020. Acreditamos que podemos ampliar nossa<br />

participação no Brasil e nos países vizinhos, assim como na Rússia<br />

que é um grande mercado.<br />

Podemos concluir que o Brasil será o centro para a América<br />

do Sul.<br />

Exatamente. Podemos considerar que o Brasil será no hub<br />

para o outro lado do mundo, assim a produção brasileira vai<br />

abastecer toda a América do Sul e com o mesmo conceito da fábrica<br />

matriz. Antes de enviarmos os desenhos para o Brasil nós<br />

testamos tudo aqui. Depois acompanhamos todos os processos<br />

de fabricação no Brasil. Enviamos nosso pessoal para fazer o<br />

atestado de qualidade. Isto é algo muito importante porque o<br />

produto produzido estampa o nome da ExTe nele, então é imprescindível<br />

que tenha a mesma qualidade do produto saído da<br />

fábrica na Suécia.<br />

INTERVIEW<br />

From Employee to Owner<br />

Engineer Kjell Jonsson has always been an aficionado for<br />

road transport, an activity that sparked his interest when he<br />

was still a child. Dedication to his passion earned him a very<br />

particular history. He bought the company that started his<br />

career. As President of the ExTendo Group, which began with<br />

ExTe, and now has five more companies, Kjell extended the<br />

stake manufacturer’s operations to the rail sector and expanded<br />

the number of companies belonging to the organization.<br />

The next steps predict a growth of 25% for the entire group for<br />

the next three years.<br />

What is your background and how did you get involved<br />

with the segment?<br />

I studied Engineering at a Technical School. I’ve always<br />

had an interest in the transport segment. I grew up in northern<br />

Sweden; my neighbors had tractor trailers. When I was about<br />

8, I accompanied them a few times, when on vacation, to learn<br />

all I could<br />

How did you go from employee to owner of the Company<br />

in such a short period of time?<br />

I got to know the Company through one of my neighbors;<br />

he used ExTe products on one of the trucks. So I joined the<br />

Company. I used to work 24 hours a day. The previous owner<br />

perceived my interest and concluded that I could take care of<br />

business. Then one day, he came up to me and asked: “Would<br />

you like to buy the Company?”; this was in 1985. I immediately<br />

said yes.<br />

What is the future for the Group now?<br />

First, we are going to expand the plant. Afterwards, we<br />

will bring the trailer producer (Alucar) here in order to expand<br />

production and our market share, because all other companies<br />

in the Group produce equipment to be used on trailers.<br />

Our projection is that the Group Extend will grow by 25% by<br />

2020. We believe that we can expand our market share in Brazil<br />

and neighboring countries, as well as in Russia, which is a<br />

big market.<br />

Can we conclude that Brazil will be the Center for South<br />

America?<br />

Exactly. We consider that Brazil will be the hub for the other<br />

side of the world, thus Brazilian production will supply all of<br />

South America and with the same concept as the main factory.<br />

Before sending the drawings to Brazil, we will test everything<br />

here. Afterwards, we will accompany all manufacturing processes<br />

in Brazil. We will send our people to attest as to quality.<br />

This is very important because the product produced carries<br />

the name of ExTe on it, so we have to be sure that products<br />

have the same quality as those that left the factory in Sweden.<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

35


ESPECIAL<br />

SHOW DE<br />

INOVAÇÃO<br />

Por Rafael Macedo, de Jököping (Suécia)<br />

36<br />

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ELMIA WOOD <strong>2017</strong><br />

SUPERA EXPECTATIVAS<br />

E MOSTRA QUE<br />

SEMPRE HÁ ESPAÇO<br />

PARA EVOLUÇÕES<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

37


ESPECIAL<br />

KOMATSU 901XC,<br />

HARVESTER PARA<br />

DESBASTE, COM<br />

ÓTIMA PERFORMANCE<br />

EM TERRENOS MACIOS<br />

E INCLINADOS<br />

N<br />

ão tem como fugir do clichê, a Elmia Wood realmente<br />

impressiona. A edição deste ano, realizada mês<br />

passado nas proximidades de Jönköping (Suécia),<br />

trouxe novidades. Apesar da chuva, muita gente circulou pelos<br />

7 Km (quilômetros) de trilhas que fizeram uma ponte entre as<br />

máquinas de alta produtividade, ferramentas, implementos e<br />

novas tecnologias aplicadas à floresta. Os brasileiros participaram<br />

em grande número e com certeza muito do que foi visto<br />

por lá, em breve, vai desembarcar por aqui.<br />

O número de expositores impressiona foram 555 este ano, vindos<br />

de 28 países. De acordo com a organização, foram registradas<br />

mais de 41 mil visitas. Tudo para ver o que há de novo<br />

no cenário da colheita, transporte, captação e gerenciamento<br />

de dados.<br />

A área destinada somente para as demonstrações foi de 131<br />

mil m² (metros quadrados), somada ainda a 85 mil m² com estandes.<br />

A divisão mais concorrida foi a de máquinas pesadas<br />

como de costume. Os equipamentos para processo e transporte<br />

de biomassa também ocuparam um grande espaço no<br />

evento. Por fim, a área de drones e a demonstração de novas<br />

tecnologias chamaram grande atenção.<br />

Também teve muita novidade em equipamentos compactos<br />

e os multifunções como harvesters e forwarders em uma só<br />

máquina. Na Europa existe uma grande gama de produtos para<br />

os pequenos empreiteiros, que se encaixariam muito bem por<br />

aqui, principalmente para o desbaste ou corte raso de florestas<br />

com menor volume, como as de eucalipto para celulose.<br />

Mas por enquanto, estas máquinas ainda estão distantes do<br />

mercado nacional.<br />

DERRUBA E CARREGA<br />

As grandes marcas de máquinas florestais mostraram tudo o<br />

que há de mais moderno em seu arsenal. A Komatsu Forest levou<br />

simuladores, harvesters, forwarders e cabeçotes, além de<br />

toda a linha de roupas que fizeram o maior sucesso no estande<br />

da empresa. O diretor de vendas e marketing no Brasil, Lonard<br />

Santos, recebeu os visitantes que atravessaram o Atlântico.<br />

Eles foram apresentados ao 901XC, harvester para desbaste<br />

que trabalha em terrenos inclinados. O lançamento carrega o<br />

conceito da fabricante com cabine e grua centralizadas para<br />

proporcionar equilíbrio entre pressão no solo e baixo centro<br />

de gravidade.<br />

GUINCHO DA PONSSE<br />

COMANDADO<br />

REMOTAMENTE<br />

PELO OPERADOR<br />

DA MÁQUINA QUE<br />

TRABALHA NA ÁREA<br />

INCLINADA<br />

38<br />

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ESTANDE DA JOHN<br />

DEERE OCUPOU UM<br />

GRANDE ESPAÇO<br />

PARA EXPOR OS<br />

20 MODELOS DE<br />

HARVESTERS E<br />

FORWARDERS<br />

A empresa também divulgou a tecnologia própria de simuladores<br />

com os modelos KF 500 que reproduz uma cabine real e o<br />

KF 50, software para laptop. Além deles, o gerenciamento de<br />

frota foi um ponto forte e explorado pelos grandes produtores.<br />

A Komatsu demonstrou as vantagens do MaxiFleet, que pode<br />

ser acessado por qualquer dispositivo móvel e detalha desempenho<br />

da máquina, operador e da operação.<br />

Entre as novidades da empresa Ponsse está a introdução do<br />

ActiveFrame para os harvesters com oito rodas. Este sistema<br />

de suspensão era utilizado somente pelos forwarders da marca.<br />

A tecnologia absorve os trancos que a máquina sofre ao<br />

operar em terrenos menos amigáveis e mantém a cabine nivelada<br />

na horizontal em todos os momentos.<br />

Outra novidade foi o sistema de guincho em parceria com a<br />

Herzog. Ele é acoplado em um harvester substituindo a grua.<br />

Esta máquina é presa por cabos em duas árvores e serve de<br />

âncora para um harvester ou forwarder que pode operar em<br />

terreno íngreme. O maior destaque é que o guincho é ligado<br />

remotamente à máquina que está trabalhando na colheita ou<br />

baldeio. Isto quer dizer que o mesmo operador que está abatendo<br />

ou carregando as árvores também comanda o guincho<br />

de maneira automática.<br />

A empresa também deu destaque ao Ponsse Manager, seu sistema<br />

de gerenciamento de frota. O programa mostra inclusive,<br />

previamente se a máquina precisará de manutenção. Entre os<br />

representantes brasileiros da empresa esteve presente no estande<br />

Fernando Campos, do departamento de Vendas e Marketing,<br />

além dos responsáveis pelas vendas das máquinas no<br />

sul do país: Jober Fonseca, diretor da Timber Forest e Claumar<br />

Baldissera, coordenador de Vendas e Marketing da empresa<br />

com sede em Curitiba (PR).<br />

Muitos visitantes ficaram entusiasmados com a chance de<br />

brincar com as novas máquinas no estande da John Deere<br />

Forestry. “Ficamos muito satisfeitos com o incrível número de<br />

pessoas que visitaram nosso estande. A chuva só afugentou<br />

quem não era do setor”, afirmou Dieter Reinisch, diretor de<br />

informação da empresa.<br />

Entre os destaques esteve o IBC (Sistema Inteligente de Controle<br />

da Lança) para harvesters, que antes era disponível somente<br />

para os forwarders. Basicamente ele simplifica a vida<br />

do operador que só precisa controlar o cabeçote, a lança é<br />

acionada automaticamente. A novidade pode ser testada no<br />

HARVESTER LOGSET<br />

12H GTE HYBRID<br />

EQUIPADO COM<br />

CABEÇOTE TH85 QUE<br />

PESA 2 T<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

39


ESPECIAL<br />

DETALHE DO COM90,<br />

SISTEMA PRODUZIDO<br />

PELA EXTE QUE<br />

SEGURA A CARGA<br />

AUTOMATICAMENTE<br />

simulador instalado no estande da marca.<br />

A feira também marcou o lançamento oficial do harvester<br />

1170G 8W. Trata-se de um modelo com tração nas oito rodas<br />

voltado para desbaste e corte raso em terrenos macios. A série<br />

G possui também modelos maiores e com seis rodas. Quem<br />

visitou o espaço da John Deere na Elmia também pôde avaliar<br />

as novidades do TimberOffice, um pacote com programas para<br />

gerenciar frota. Os brasileiros sentiram-se em casa com a presença<br />

de Rodrigo Junqueira, diretor de Vendas para a América<br />

Latina.<br />

A fabricante de máquinas e cabeçotes finlandesa Logset mostrou<br />

implementos e máquinas. Chamou atenção o harvester<br />

12H GTE Hybrid. O híbrido com 24,5 t concilia energia elétrica<br />

e óleo diesel. Em apenas um microssegundo o motor pode<br />

fornecer 510 hp (cavalos de potência). O cabeçote TH55 foi<br />

outro destaque. Ele foi desenhado para o segundo e terceiro<br />

desbaste, mas também pode ser usado no corte raso de florestas<br />

jovens.<br />

EQUIPAMENTOS<br />

Garras, fueiros, rotatores, balanças, correntes, esteiras, sabres.<br />

Quem procurou achou algo de novo em algum componente<br />

florestal. Os avanços contemplaram mais automação, produtividade,<br />

precisão e segurança. Foi possível verificar que os<br />

implementos estão mais modernos e seguem demandas do<br />

mercado. As empresas estão ouvindo os clientes e dando respostas.<br />

No estande da Exte, fabricante de fueiros e equipamentos para<br />

transporte de madeira, a novidade foi o novo sistema de amarração<br />

automático TU. O equipamento é instalado na base do<br />

fueiro e realiza o aperto da cinta automaticamente. Além de<br />

dispensar o trabalho manual, o aparelho é o único que elimina<br />

as paradas para o reaperto das cintas, algo que também é necessário<br />

até mesmo em equipamentos hidráulicos.<br />

Quanto aos fueiros, o destaque foi a série D, com modelos que<br />

comportam cinco, sete e 10 t (toneladas). A base é feita com<br />

metal leve de alta resistência e as hastes são de alumínio. Eles<br />

são 15% mais leves que a versão anterior. A combinação perfeita<br />

para quem deseja leveza e força com ótimo custo/benefício.<br />

Apesar de ainda não estar disponível no Brasil, o COM90 foi a<br />

estrela do estande da ExTe. O vídeo com a demonstração do<br />

equipamento postado no perfil da REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

no facebook fez sucesso. Em três dias alcançou quase 280 mil<br />

visualizações e 2.700 compartilhamentos. Trata-se de um sistema<br />

de contenção de carga automatizado, sem amarração.<br />

Com um comando no controle, o fueiro fecha a parte superior<br />

da carga, em seguida as hastes são recolhidas e abraçam firmemente<br />

as toras. Quando o caminhão chega ao destino final<br />

basta acionar o sistema novamente e a carga é liberada em<br />

poucos segundos.<br />

A feira destinou um espaço exclusivo para a<br />

demonstração e exposição de drones. Em uma<br />

tenda os visitantes podiam participar de palestras<br />

e entrar em contato com fabricantes dos<br />

equipamentos, a grande maioria local.<br />

40<br />

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NOVO MODELO<br />

DE ROTATOR DA<br />

FINN ROTOR,<br />

LANÇADO<br />

DURANTE A FEIRA<br />

DETALHE DA<br />

GARRA MG COM<br />

20 T PRODUZIDA<br />

PELA HULTDINS<br />

A finlandesa Finn Rotor levou toda a gama de rotatores<br />

para a Elmia <strong>2017</strong>. A novidade foi o lançamento<br />

da família CRS que possui quatro canais para passagem<br />

de óleo. A empresa fornece também válvulas hidráulicas<br />

e acessórios para gruas. Em breve, os fabricantes da<br />

cidade de Saarijärvi estarão desembarcando no Brasil,<br />

representados pela Emex Brasil.<br />

A Hultdins, fabricante de garras e implementos com<br />

sede na Suécia, muito conhecida no Brasil, levou todo seu<br />

portfólio para a Elmia Wood <strong>2017</strong>. Um dos modelos que<br />

se destacaram foi a garra traçadora SuperSaw 6000S. A<br />

maior versão pesa 392 kg e possui duas bombas de lubrificação<br />

para a serra. A fabricante fez questão de demonstrar<br />

os 20 modelos da SuperGrip, série que pode ser instalada<br />

em forwarders, caminhões, carregadores florestais<br />

e escavadeiras.<br />

PAINEL DE DADOS DA<br />

TAMTRON QUE TRAZ<br />

O PESO POR CARGA<br />

E TAMBÉM REGISTRA<br />

O VALOR TOTAL DO<br />

CARREGAMENTO<br />

A competitividade da atividade florestal exige precisão.<br />

Este é o conceito das balanças com a marca Tamtron. Os implementos<br />

acoplados entre o rotator e a grua revelam instantaneamente<br />

o peso que a garra está levantando, com margem de<br />

erro de somente 1 a 2%. O operador pode visualizar todos os<br />

dados da cabine por meio de um painel. O lançamento na feira<br />

foi o modelo wireless. De acordo com Eero Hiltunen, diretor de<br />

Contas, ele é mais confiável porque não utiliza óleo. O fluído<br />

sofre reação de acordo com a temperatura e pode afetar a precisão<br />

da balança. Outra vantagem é a autonomia deste equipamento,<br />

que pode ficar em operação até dois meses utilizando<br />

somente duas pilhas comuns.<br />

AO FUNDO<br />

ESTÁ A PENEIRA<br />

SEPARADORA TR<br />

620 E À DIREIRA<br />

O TRITURADOR<br />

HORIZONTAL HG<br />

4000<br />

Entre as marcas que produzem equipamentos para o<br />

processamento, a Vermeer estruturou um estande todo<br />

especial. A empresa demonstrou toda a linha de trituradores<br />

e picadores para diversas necessidades de produção<br />

e aplicação. Entre os destaques estava o triturador<br />

tubular TG 7000. O modelo possui tambor duplex que<br />

minimiza a manutenção, uma tecnologia patenteada. A<br />

cabine elevada para o comando da grua alimentadora<br />

é climatizada e toda a operação pode ser realizada por<br />

uma só pessoa.<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

41


ESPECIAL<br />

DIRETOR<br />

GERAL DA HSP<br />

GRIPEN, TOMAS<br />

JONSSON, AO<br />

LADO DA GARRA<br />

MODELO 055X<br />

HD<br />

NOVA GERAÇÃO<br />

DE ESTEIRAS DA<br />

OLOFSFORS AMPLIA<br />

A CAPACIDADE DE<br />

CARGA E REDUZ<br />

AINDA MAIS O<br />

IMPACTO SOBRE O<br />

SOLO<br />

A HSP Gripen, com sede na Suécia, levou modelos<br />

de garras para carregamento de toras que atendem<br />

todos os níveis de produção. Os implementos podem<br />

ser acopladas em máquinas na floresta e no pátio. O<br />

035HD, um dos destaques, é voltado para trabalhos pesados,<br />

indicado para forwarders em operações de corte<br />

raso. Já o modelo de garra 250t foi desenhado para carga<br />

e descarga de toras em terminais e indústrias.<br />

Mais tração, eficiência e menos gasto de combustível.<br />

Este é o objetivo das esteiras Eco-tracks produzidas<br />

pela Olofsfors. No estande da empresa sueca o visitante<br />

encontrou os modelos para duas rodas, individuais e correntes.<br />

Os implementos ajudam na tração de forwarders,<br />

harvester e skidders, além de aumentarem a vida útil<br />

dos pneus. Ao longo dos anos, a fabricante desenvolveu<br />

modelos que atendem a situações bastante específicas,<br />

como terrenos íngremes, molhados, solos macios ou secos,<br />

entre outras características encontradas no Brasil.<br />

ESTANDE DA<br />

OREGON COM<br />

CONJUTOS DE<br />

CORTE PARA TODAS<br />

AS APLICAÇÕES<br />

FLORESTAIS<br />

GARRA DA<br />

ROTOBEC COM<br />

MANDÍBULAS<br />

PASSANTES QUE<br />

FACILITAM O<br />

CARREGAMENTO<br />

A Oregon - fabricante de conjuntos de corte para harvesters,<br />

garras traçadoras e motosserras - também marcou<br />

presença na Suécia. O sistema SpeedMax XL chamou<br />

atenção. Voltado para harvesters, ele reúne sabre especial,<br />

corrente 19HX e coroa 404 polegadas. Tudo desenvolvido<br />

para trazer alta performance. O conjunto ainda possui o<br />

sistema patenteado Lubritec que mantém a lubrificação da<br />

corrente por mais tempo, ampliando o rendimento ótimo<br />

até a próxima parada.<br />

A Rotobec, fabricante de garras e rotatores, lançou<br />

os equipamentos para forwarders, já disponíveis no Brasil.<br />

O desenho das mandíbulas, que favorece o agarre<br />

das toras e a robustez dos cilindros foram os aspectos<br />

ressaltados no estande da empresa. A marca também<br />

demonstrou as garras de grande porte com 1.75 m² de<br />

área, modelo que já opera na Klabin, Eldorado e Fibria.<br />

O gerente de Vendas e Marketing da filial brasileira, Fernando<br />

Strobel, recebeu os visitantes do Brasil.<br />

42<br />

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ESTANDE DA NISULA<br />

RECEBEU MUITOS<br />

BRASILEIROS QUE<br />

PUDERAM CONHECER<br />

TODOS OS MODELOS<br />

DE CABEÇOTE<br />

PRODUZIDOS PELA<br />

EMPRESA<br />

AS CORRENTES<br />

PARA SEREM<br />

INSTALADAS EM<br />

DUAS RODAS AO<br />

MESMO TEMPO É<br />

EXCLUSIVIDADE<br />

DA RUD<br />

O lançamento da Nisula, antecipado pela REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL e muito elogiado durante o evento, foi o cabeçote<br />

para desbaste 555h. O equipamento é o único com o<br />

corpo de Hardox, metal leve de alta resistência. Conciliando<br />

potência e agilidade, o implemento é indicado também para<br />

corte raso de florestas jovens. O equipamento fabricado na<br />

Finlândia é comercializado no Brasil por meio da parceria<br />

com a TMO Forest, empresa com sede em Caçador (SC), que<br />

também faz a entrega e assistência técnica.<br />

Uma empresa alemã apresentou sua inovação durante<br />

o evento. Trata-se da Duetta, um implemento composto<br />

por correntes que pode ser instalado em duas rodas ao<br />

mesmo tempo. Friedrich Goetz, presidente da RUD, disse<br />

que as correntes levam vantagem por proporcionarem<br />

ainda mais tração que as esteiras. “Outro ponto forte do<br />

nosso sistema é a segurança, existem muitos relatos de<br />

acidentes quando as correntes são colocadas em dois<br />

pneus individualmente porque o espaço entre elas é muito<br />

pequeno, por isso podem se engatar”, afirma.<br />

PALFINGER<br />

EPSILON<br />

MOSTROU OS<br />

AVANÇOS EM<br />

CABINES E GRUAS<br />

DEMONSTRAÇÃO<br />

DA PRECISÃO<br />

E RAPIDEZ DA<br />

SERRARIA MÓVEL<br />

LT70 DA WOOD-<br />

MIZER DURANTE<br />

A FEIRA<br />

A Palfinger Epsilon apresentou todas as suas soluções<br />

para movimentação de madeira. Os destaques<br />

foram as novas cabines. A série M foi desenhada para<br />

proporcionar conforto ao operador e melhorar a performance.<br />

O centro de comando multifuncional confere<br />

muita precisão na operação com a grua. Outro ponto<br />

positivo é o maior alcance da lança. Tudo isto com a<br />

proteção de uma capota, para minimizar os efeitos do<br />

sol e da chuva durante o trabalho.<br />

As demonstrações das serrarias móveis também<br />

tiveram um bom destaque durante os quatro dias de<br />

feira. Entre os modelos apresentados pela Wood-Mizer<br />

estava o LT70, que possui embreagem e programador<br />

automáticos e descascador que remove sujeiras.<br />

O operador não faz força no avanço da serra e tudo<br />

é ajustado por controle. O modelo vem ainda com o<br />

sistema exclusivo para lubrificação LubeMizer.<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

43


ESPECIAL<br />

EM PRIMEIRO<br />

PLANO O<br />

CARREGADOR L<br />

580 DA LIEBHERR<br />

DETALHE DO<br />

TRITURADOR DA<br />

CBI MAGNUM<br />

FORCE 6400T<br />

Outra empresa alemã e com presença no Brasil<br />

que mostrou novidades na feira foi a Liebherr.<br />

Entre os modelos apresentados estavam os carregadores<br />

para pátio L 580 e LH 35 M. As duas máquinas<br />

com excelente robustez e produtividade.<br />

Outra preocupação do fabricante foi o conforto e<br />

segurança do operador. Já o modelo LH 50, também<br />

para a indústria, é uma plataforma móvel de<br />

carregamento com cabine elevada. Foi possível<br />

ainda observar as máquinas para movimentação<br />

de cavaco.<br />

A norte-americana CBI mostrou todo o potencial<br />

de suas máquinas. O triturador horizontal<br />

Magnum Force 6400T com seus quatro rotores<br />

intercambiáveis se sobressaiu no estande da empresa<br />

durante a feira. O equipamento é muito<br />

versátil. Com apenas algumas modificações ele é<br />

transformado em um picador para árvores inteiras.<br />

O diretor florestal da marca no Brasil, Björn<br />

Rasmusson, recebeu uma grande comitiva de visitantes<br />

brasileiros.<br />

CARREGADOR<br />

MÓVEL DA<br />

FAMÍLIA CH DA<br />

MULTIDOCKER EM<br />

OPERAÇÃO DE<br />

MOVIMENTAÇÃO<br />

DE TORAS<br />

DEMONSTRAÇÕES<br />

DE<br />

PROCESSAMENTO<br />

DE RESÍDUOS<br />

FLORESTAIS<br />

AGRADARAM AO<br />

PÚBLICO<br />

A gigante da movimentação Multidocker demonstrou<br />

alguns de seus equipamentos por meio de material de<br />

divulgação. As máquinas comercializadas pela empresa<br />

são voltadas para operações de grande volume, bastante<br />

comuns em indústrias de papel e celulose. A base das<br />

máquinas utiliza as escavadeiras da Caterpillar. O modelo<br />

CH1400, o maior deles, tem alcance de 30 m (metros) e<br />

pesa 135 t (toneladas).<br />

A cada edição o espaço destinado para os equipamentos<br />

de processamento e movimentação de biomassa<br />

vem crescendo. O que se pode notar e que é muito<br />

utilizado na Europa e América do Norte são as cabines<br />

elevadas em praticamente todas as máquinas que realizam<br />

o abastecimento de picadores e também na movimentação<br />

do cavaco.<br />

44<br />

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OS BRASILEIROS INVADIRAM A SUÉCIA PARA<br />

ACOMPANHAR AS TENDÊNCIAS DO MUNDO FLORESTAL.<br />

CONFIRA QUEM ENCONTRAMOS POR LÁ:<br />

Membros da excursão organizada pela Ponsse<br />

e Timberforest<br />

Olle Melin, Emex Brasil, Humberto Carneiro<br />

Cardoso e Peter Lam, do Grupo Volvo<br />

Olle Melin, Emex Brasil, e Per Jonasson,<br />

departamento de vendas da ExTe<br />

Time de visitantes da Roman, representante<br />

de equipamentos Morbark<br />

Profissionais de empresas florestais no<br />

estande da ExTe<br />

Olle Melin ao lado do casal Germano - diretor<br />

florestal da Eldorado e Daisy Vieira<br />

Cristian Tempea, diretor de vendas de<br />

correntes para neve, Daniel Heghes, diretor de<br />

negócios, e Friedrich Goetz, presidente da RUD<br />

Olle Melin em visita ao estande da Tamtron<br />

Equipe da Nisula Forest e TMO Forest em<br />

frente ao estande da empresa finlandesa<br />

Clientes da TMO Forest ao lado de Euro<br />

Tortato, diretor da empresa e Robson Olsen,<br />

diretor industrial (dir.)<br />

Diretoria da Finn Rotor<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

45


TECNOLOGIA<br />

46<br />

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BEM<br />

VINDO<br />

AO<br />

FUTURO<br />

Por Rafael Macedo, de Jököping (Suécia)<br />

SAIBA TUDO SOBRE NOVÍSSIMAS<br />

TECNOLOGIAS, PROTÓTIPOS E<br />

EQUIPAMENTOS QUE AINDA ESTÃO<br />

POR CHEGAR AO MERCADO FLORESTAL<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

C<br />

ertas vezes algumas tecnologias parecem muito<br />

distantes e futurísticas. Mas antes mesmo de nos<br />

darmos conta quase todo mundo já está usando.<br />

O smartphone é um ótimo exemplo. Mas o fato de ter demorado<br />

para adquirir um ou ainda hoje não possuir um<br />

aparelho destes, pode render ao usuário no máximo o título<br />

de desatualizado. Agora para quem trabalha em uma<br />

área tão competitiva como a florestal ficar para trás na corrida<br />

tecnológica ou investir mal em uma novidade que não<br />

traz retorno devido, pode significar prejuízo de milhões de<br />

reais. Por isso, destacamos abaixo os equipamentos mais<br />

revolucionários que observamos na Suécia e você decide<br />

quais deles têm futuro no Brasil.<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL 47


TECNOLOGIA<br />

A Elmia Wood não é somente uma feira de negócios,<br />

ela também aponta o que vem pela frente. Quem passeou<br />

pelos 7 Km (quilômetros) de trilhas ao chegar no ponto<br />

em que se iniciava o caminho para as demonstrações das<br />

máquinas grandes foi atraído por uma cena curiosa. Um<br />

piloto manobrava sua moto em um circuito no qual as toras<br />

eram obstáculos. Mas a atração na verdade ficava ao<br />

lado. Um mecanismo que conta com produtos de ponta<br />

de três fabricantes. Trata-se de um sistema ultramoderno<br />

para carregamento e descarregamento de caminhão que<br />

é operado da cabine do veículo pelo próprio motorista.<br />

O sistema HiVision da fabricante de gruas da sueca<br />

Hiab opera por meio de quatro câmeras posicionadas no<br />

topo do equipamento, que dispensa cabine. Sem sair do<br />

caminhão, o operador simplesmente coloca um óculos 3D<br />

que, além de transmitir a visão real em 270° (graus) da<br />

parte de trás do veículo e da área de trabalho, ainda fornece<br />

informações sobre a operação.<br />

O equipamento conta com o modelo mais recente de<br />

balança da Tamtron que transmite os dados via wifi para<br />

o painel na cabine do motorista ou para os óculos. Depois<br />

que o caminhão está carregado é a vez do COM90<br />

da ExTe entrar em ação. Sem deixar a cabine, o motorista<br />

dá o comando para a contenção da carga, que acontece<br />

automaticamente.<br />

O sistema já começou a ser comercializado este ano<br />

na Suécia e Alemanha. Os próximos clientes a receber o<br />

pacote tecnológico estão na Finlândia e Japão, assim que<br />

os operadores forem treinados.<br />

TAMANHO É DOCUMENTO<br />

Com o título de maior harvester do mundo o imenso<br />

Tigercat 1185, mesmo sem estar em funcionamento, chamou<br />

muita atenção durante a feira. O protótipo com 34 t<br />

CHUVA E TORAS MUITO ÚMIDAS NÃO IMPEDIRAM A<br />

EXIBIÇÃO DO HABILIDOSO PILOTO<br />

ESCONDIDO NA CABINE MOTORISTA/OPERADOR DESCARREGA<br />

O CAMINHÃO COM ÓCULOS QUE FORNECE VISÃO TOTAL DA<br />

PARTE DE TRÁS DO VEÍCULO<br />

CÂMERAS FORNECEM IMAGENS PARA QUE O OPERADOR<br />

OPERE A GRUA SEM SAIR DO CAMINHÃO<br />

DETALHE DO FUEIRO COM90 DA EXTE QUE REALIZA A<br />

CONTENÇÃO DA CARGA AUTOMATICAMENTE<br />

48<br />

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(toneladas) veio diretamente da fábrica, no Canadá. “Nós<br />

o desenvolvemos em resposta a demanda de um cliente<br />

na América do Norte”, explica Jon Cooper, diretor de produção.<br />

A empresa em questão queria mudar para o método<br />

CTL (Cut-to- Length), porém com máquinas maiores e<br />

mais robustas do que as disponíveis no mercado.<br />

O monstro criado pela Tigercat tem oito rodas para<br />

diminuir a pressão sobre o solo e permitir o máximo de<br />

acessibilidade. Ele é movido pelo motor diesel com 308<br />

cavalos de força. “Trata-se de uma máquina ideal para<br />

condições difíceis, terrenos inclinados e toras de grande<br />

diâmetro”, completa Cooper. O harvester possui sistemas<br />

hidráulicos separados para a grua, cabeçote e outras partes.<br />

“Por isso ele possui alta performance para cada situação”,<br />

garante.<br />

A grua foi desenhada para proporcionar uma linha<br />

perfeita de visão em todas as condições e ao mesmo tempo<br />

manter alta produtividade quando a lança está estendida.<br />

Com 8.9 m (metros) de extensão da lança, o cabeçote<br />

pode trabalhar com árvores de até 2,5 t, e na extensão<br />

máxima (11 m) este limite fica em 1,8 t.<br />

A empresa não pensou só na produtividade, diante de<br />

tanta potência era preciso reforçar a segurança do operador.<br />

Por isto, a cabine do modelo 1185 é a primeira a<br />

obter um parabrisa curvo capaz de suportar o impacto da<br />

corrente do cabeçote caso ela se solte.<br />

LIMPEZA DE ÁREA<br />

A pré-limpeza de área mal manejada e a colheita<br />

podem ser feitas simultaneamente com a adição de um<br />

implemento no cabeçote harvester ou na garra. O dispositivo<br />

é fabricando pela empresa finlandesa Mense. De<br />

acordo com os fabricantes, com a utilização do dispositivo<br />

o prestador de serviço obtém resultado mais completo<br />

para o cliente, o que pode render um adicional pelo serviço<br />

complementar.<br />

O equipamento pode ser acoplado facilmente nos implementos<br />

e fica posicionado lateralmente, permitindo o<br />

uso das duas ferramentas, seja cabeçote ou garra. É preciso<br />

somente soldar um adaptador ao cabeçote ou garra.<br />

SUPORTE<br />

TÉCNICO<br />

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Agradecemos a todos os amigos<br />

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TECNOLOGIA<br />

FABRICANTE GARANTE QUE ESSES ROLOS ALONGADOS<br />

CAUSAM MENOS DANO AOS TRONCOS DURANTE A COLHEITA<br />

A FERRAMENTA PODE SER RECOLHIDA QUANDO NÃO<br />

ESTÁ SENDO USADA OU RETIRADA DO CABEÇOTE<br />

O MODELO P12.A É O MAIOR E TEM OPCIONAIS, QUE<br />

PODEM SUBSOLAR, APLICAR FERTILIZANTE E IRRIGAR<br />

KONESTAR SAKA 180 IMPLEMENTO PARA PODA MECÂNICA<br />

São produzidos dois modelos: RT5 com 85 Kg e RT7 com<br />

70 Kg.<br />

Segundo o Instituto de Pesquisa <strong>Florestal</strong> Metsäteho's,<br />

entidade finlandesa, a ferramenta proporciona economia<br />

de 86 a 151 euros por ha (hectare) na comparação com<br />

os métodos tradicionais de pré-limpeza de área. A lâmina<br />

limpadora é mais econômica quando a densidade da floresta<br />

é inferior a 14 mil troncos por ha.<br />

PLANTIO MECANIZADO<br />

O assunto não é novo e em algumas situações o plantio<br />

mecanizado está sendo realizado no Brasil. Mas para<br />

isto, é preciso um terreno plano e as máquinas normalmente<br />

realizam somente o primeiro plantio. Durante a<br />

Elmia Wood <strong>2017</strong>, a empresa sueca Brack lançou o modelo<br />

mais atual para a inserção de mudas no campo. O<br />

cabeçote é acoplado a uma escavadeira pode trabalhar<br />

em terrenos acidentados.<br />

O P12 é destinado para o plantio de eucalipto, entre<br />

outras espécies, em condições climáticas secas e quentes.<br />

Além do plantio, o equipamento pode ainda fazer a escarificação<br />

do solo na versão P12.a. O novo modelo possui<br />

o carrossel para as mudas maior, com capacidade para<br />

196 indivíduos. Ele também possui um sistema integrado<br />

de irrigação e fertilização, que são opcionais. A irrigação<br />

pode ser feita com água ou gel que passam pelo tubo de<br />

plantação. O implemento utiliza um fertilizante granulado<br />

50<br />

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que é realizado por dois tubos laterais.<br />

No momento de inserir a muda no campo, o equipamento<br />

faz os buracos na terra, onde as mudas são depositadas.<br />

Se o P12 for equipado com os opcionais ele<br />

já realiza a fertilização neste momento, o mesmo ocorre<br />

com a irrigação. O ideal é que o plantio seja realizado em<br />

solo removido. Este trabalho pode ser feito com um subsolador<br />

ou pela própria máquina à medida que o plantio<br />

seja realizado.<br />

ESTILO<br />

Quem bate o olho em um cabeçote produzido pela<br />

fabricante finlandesa Keto já nota algo bem diferente o<br />

tamanho dos rolos alimentadores. De acordo com a empresa,<br />

eles têm o formato bem mais alongado que os<br />

convencionais porque promovem mais precisão e menor<br />

dano aos troncos. O conceito não é novo, porém continua<br />

sendo único. Entre 1977 e 1979, o diretor da empresa,<br />

Lauri Ketonen, testou o sistema de alimentação dos cabeçotes<br />

com quatro rolos, que pouco tempo depois passou<br />

somente para dois. Em 1983, foi lançado o modelo<br />

Keto-100, com o novo design. Novos e maiores cabeçotes<br />

foram produzidos desde então, todos com o sistema de<br />

alimentação diferenciado. Eles são comercializados na<br />

Austrália, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Japão, Nova<br />

Zelândia, EUA (Estados Unidos da América) e Espanha.<br />

PODA MECANIZADA<br />

É indicado fazer a poda em florestas destinadas à fabricação<br />

de produtos com grande valor agregado, além<br />

de outras situações específicas. Para tornar esta operação<br />

mais ágil mesmo em árvores de grande porte, a empresa<br />

finlandesa Konestar desenvolveu uma ferramenta para<br />

poda mecanizada. O equipamento pode ser instalado em<br />

um harvester ou mesmo em um trator equipado com grua<br />

que tenha boa potência. Durante a Elmia, o destaque foi<br />

o modelo Saka 180. O equipamento pesa 285 Kg e o alcance<br />

depende somente do tamanho da grua. A potência<br />

do implemento é tão grande que ele é capaz de derrubar<br />

árvores de pequeno porte.<br />

Equipamentos Florestais


ESPORTE<br />

ESPORTES DA<br />

MADEIRA<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

52<br />

www.referenciaflorestal.com.br


OPERADORES DE MÁQUINAS<br />

E FERRAMENTAS MANUAIS<br />

COMPETEM PARA VER QUEM<br />

É O MELHOR<br />

P<br />

oucas coisas na vida são tão empolgantes quanto o<br />

esporte. Não importa a modalidade, temos por aqui<br />

o futebol que é campeão de audiência, mas tem ainda<br />

basquete, vôlei, natação, atletismo e outros que ganham<br />

grande visibilidade e muita torcida durante evento como a<br />

Olimpíada e mundiais. Agora imagine torcer para que o operador<br />

de forwarder ou de motosserra de seu país seja o campeão.<br />

É exatamente isso que acontece durante as competições<br />

da madeira. A Elmia Wood foi palco de algumas delas.<br />

Associações ligadas ao setor florestal e marcas de equipamentos<br />

individuais criaram suas competições pelo mundo.<br />

Estas ações ajudam a divulgar o produto e também o trabalho<br />

dos operadores. A ideia é chamar atenção para o setor<br />

de um jeito divertido. Por isso mesmo, as grandes feiras do<br />

segmento são palco para etapas destes campeonatos.<br />

Uma das grandes atrações da Elmia Wood <strong>2017</strong> foi a<br />

competição entre operadores de forwarders. Durante o<br />

evento, profissionais de diversos lugares do mundo batalharam<br />

para ver quem era o mais habilidoso e rápido na realização<br />

de provas que exigem muita precisão e sangue frio. A<br />

final ficou entre o atleta da Alemanha, Daniel Bergmann, e o<br />

polonês Kamil Kaczynski. Após realizar uma prova sem falhas<br />

o alemão, apoiado por uma grande torcida, levou o título.<br />

“Estou muito satisfeito, me senti muito bem durante todo o<br />

dia e tentei realizar tudo com calma”, comentou o campeão.<br />

Apesar de um início de prova bastante apertado, Kamil


ESPORTE<br />

MUITA EMOÇÃO<br />

E TORCIDA<br />

DURANTE A<br />

COPA MUNDIAL<br />

DE FORWARDER<br />

REALIZADA NA<br />

ELMIA WOOD<br />

<strong>2017</strong><br />

COMPETIÇÃO<br />

COMEÇA COM<br />

A AFIAÇÃO DAS<br />

CORRENTES<br />

foi penalizado durante a etapa de precisão, o que deu ao concorrente<br />

Daniel uma boa vantagem ao entrar no estágio de<br />

empilhamento de toras. Para tentar recuperar o tempo perdido<br />

o operador da Polônia teve que arriscar mais e, por consequência,<br />

cometeu mais erros facilitando a vida do alemão.<br />

O terceiro lugar foi ocupado por Martin Svensson da Suécia,<br />

que bateu o norueguês Tobias Stetten. No total, 20 operadores<br />

de forwarder participaram da competição organizada<br />

pela Associação Sueca de Prestadores de Serviços Florestais.<br />

NA MÃO<br />

Em 1985, a fabricante de equipamentos manuais Sthil<br />

criou um evento pequeno que se tornou mundial: Sthil Timbersports<br />

Series. Os competidores, divididos por times que<br />

representam seus países, se enfrentam ao longo do ano em<br />

diversos eventos.<br />

A ideia ganhou tantos adeptos que as competições são<br />

transmitidas por canais de televisão. Três divisões foram<br />

criadas: iniciantes, para homens, e duas profissionais: uma<br />

masculina e outra feminina. Os profissionais competem em<br />

seis disciplinas diferentes, cortando toras de diâmetros diferentes<br />

em diversas posições com machado, como nas alturas<br />

em cima de uma prancha de madeira, além de provas com<br />

serra e motosserra.<br />

Durante a feira na Suécia houve embates entre os integrantes<br />

da equipe sueca com as três ferramentas de trabalho,<br />

algumas turbinadas especialmente para a competição.<br />

SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR<br />

Além da diversão, um dos grandes objetivos das competições<br />

e demonstrações é divulgar os conceitos corretos de<br />

uso dos aparelhos e a utilização dos EPIs (Equipamentos de<br />

CAPITÃO DO<br />

TIME SUECO<br />

DEMONSTRA<br />

COMO UTILIZAR<br />

A SERRA DE<br />

MANEIRA<br />

COMPETITIVA<br />

54<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Proteção Individual). É com essa ideia que acontecem as exibições<br />

dos Champions of Logging (em tradução livre Campeões<br />

da Extração de Madeira). A equipe realiza apresentações<br />

especiais durante eventos e ministra cursos sobre o correto<br />

uso da motosserra para profissionais dos países nórdicos.<br />

“Nós organizamos competições também. Realizamos<br />

apresentações na Elmia Wood desde 2005”, afirma Christer<br />

Stolt, integrante do time. No início do torneio cada participante<br />

recebe motosserra e sabre novos em folha. “Mas nós<br />

somos um pouco maus e damos correntes cegas. Então o primeiro<br />

estágio da competição é afiar a corrente”, diverte-se<br />

Christer.<br />

Na sequência, os participantes são desafiados a usar o<br />

equipamento com precisão em diversas situações, no corte<br />

de toras, traçamento, abate de árvores – incluindo o cálculo<br />

de onde elas vão cair - e muitas outras tarefas. Todas as etapas<br />

são eliminatórias, o que deixa tudo ainda mais emocionante.<br />

“Todos são bem-vindos para torcer e se inspirarem”,<br />

completa.<br />

PRECISÃO E<br />

CONTROLE SÃO<br />

TESTADOS,<br />

TUDO ISSO COM<br />

O RELÓGIO<br />

CORRENDO<br />

A solução completa em peças e implementos para sua operação florestal


ECONOMIA<br />

56<br />

www.referenciaflorestal.com.br


MITOS E<br />

VERDADES<br />

SOBRE<br />

O REDD+<br />

MODELO DE NEGÓCIO COM VISTAS NA<br />

REDUÇÃO DE EMISSÕES DE CARBONO VAI SE<br />

FORTALECER NO BRASIL<br />

Fotos: divulgação<br />

<strong>Julho</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

57


ECONOMIA<br />

O<br />

Redd+ (Redução de Emissões por Desmatamento<br />

e Degradação <strong>Florestal</strong>) é um mecanismo<br />

reconhecido pela Unfccc (Convenção<br />

do Clima da ONU) e pode atrair US$ 45 bilhões líquidos<br />

para o Brasil até 2030 por meio da redução do desmatamento<br />

na Amazônia. No entanto, o assunto ainda é<br />

pouco conhecido e alvo de polêmicas sem sustentação<br />

técnica, mas que atrasam o avanço de projetos de Redd+<br />

no país. Saiba mais sobre esse mecanismo de proteção<br />

e conservação das florestas. O Fundo Amazônia já opera<br />

na lógica do Redd+.<br />

MITO - O risco de não-permanência existe em<br />

qualquer projeto de redução de emissões. O trunfo em<br />

favor do Redd+ é que o mecanismo conta com um dos<br />

melhores e mais precisos métodos de monitoramento<br />

e verificação do desmatamento: o Prodes (Programa<br />

de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira<br />

por Satélite). O ponto central é conseguir que produtos<br />

oriundos do uso da terra (de pecuária e agricultura,<br />

por exemplo) sejam obtidos e intensificados sem levar<br />

a novos desmatamentos. Assim, um quilo de carne<br />

produzido com menor emissão de carbono por desmatamento<br />

já gerou uma redução permanente na sua<br />

própria produção. Fazendo um paralelo em relação ao<br />

uso de energia elétrica: o consumo de 1 kWh (quilowatt/hora)<br />

por uma lâmpada mais eficiente, como a de<br />

LED, é uma redução permanente em si, ainda que, no<br />

futuro, ela venha a ser substituída por uma de maior<br />

emissão, como a incandescente.<br />

O carbono liberado por processos industriais e<br />

queima de combustíveis fósseis é mais danoso do que<br />

aquele advindo de desmatamento, já que a floresta se<br />

regenera naturalmente.<br />

VERDADE - O Fundo Amazônia negocia doações<br />

(especialmente da Noruega, responsável por 97% dos<br />

aportes feitos) utilizando a lógica da redução do desmatamento<br />

alcançada na Amazônia. Projetos apoiados<br />

pelo Fundo precisam apresentar e monitorar indicadores<br />

relacionados à redução do desmatamento. Até<br />

hoje, porém, o Fundo Amazônia captou o correspondente<br />

a apenas 6% do potencial brasileiro de Redd+.<br />

A compensação de emissões por Redd+ é instável<br />

em longo prazo, uma vez que a floresta pode sofrer<br />

baixas antes que o carbono que ela deveria estocar se<br />

dissipe na atmosfera.<br />

58<br />

www.referenciaflorestal.com.br


MITO - Carbono é carbono, tenha origem orgânica<br />

ou mineral. A diferença está no ciclo de cada um.<br />

O carbono fóssil, depois de liberado para a atmosfera,<br />

não tem um ciclo natural de retorno, que possa<br />

neutralizar a emissão feita. Já o carbono gerado pelo<br />

desmatamento seria recapturado pela própria floresta,<br />

à medida que ela se regenerasse. Mas o fato é que<br />

esse ciclo hoje não se completa, devido à velocidade<br />

e à intensidade com que as florestas tropicais vêm<br />

sendo derrubadas. O desmatamento e a mudança no<br />

uso do solo das florestas já respondem por 15% das<br />

emissões mundiais de gases do efeito estufa (e por<br />

46% das emissões brasileiras, segundo o Seeg 2016). É<br />

urgente combater o desmatamento tanto para reduzir<br />

emissões quanto para ajudar o planeta a ganhar tempo<br />

até que a substituição de energias, combustíveis e<br />

processos menos poluentes seja estabelecida. Além<br />

disso, a conservação florestal preserva muito mais do<br />

que o carbono – ela protege a biodiversidade de fauna<br />

e flora, contribui para a manutenção de serviços ecossistêmicos,<br />

como qualidade e quantidade de água, e<br />

proporciona sustento e abrigo a populações tradicionais<br />

e indígenas.<br />

As reduções de emissões por Redd+ são de difícil<br />

quantificação, criando grande incerteza quanto ao seu<br />

impacto climático<br />

237<br />

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ECONOMIA<br />

MITO - Aspectos técnicos, como a dificuldade de estabelecimento<br />

de níveis de referência ou linhas de base,<br />

vazamentos (leakage), permanência e mensuração dos<br />

impactos de captura e estoque de carbono em biomassa<br />

são mencionados como fatores impeditivos e de risco<br />

à integridade ambiental. Entretanto, mais de 30 anos<br />

de pesquisas no Brasil e no mundo já geraram evidências<br />

científicas suficientes para superar esses e outros<br />

supostos gargalos técnicos. Basta ver, por exemplo, o<br />

"Relatório Especial sobre Florestas" do Ipcc (Painel Intergovernamental<br />

sobre Mudanças Climáticas) da ONU<br />

e os avanços na área de sensoriamento remoto, como os<br />

realizados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais),<br />

que permitem monitorar com baixíssimo grau<br />

de incerteza a evolução do uso do solo na Amazônia. Outra<br />

objeção técnica comum diz respeito à mensuração<br />

dos impactos diretos e dos cobenefícios de projetos de<br />

Redd+. Mas isso também está superado pela evolução<br />

institucional e técnica de padrões como o Clima, CCB<br />

(Comunidades e Biodiversidade), o VCS (Verified Carbon<br />

Standard) e o Arranjo de Varsóvia para Redd+ da ONU,<br />

que já garantem os cumprimentos de acordos internacionais,<br />

regulamentações nacionais e subnacionais,<br />

além de boas práticas socioambientais.<br />

ALIANÇA REDD+ BRASIL<br />

O artigo foi produzido pela entidade formada por:<br />

BVRio (Bolsa de Valores Ambientais do Rio de Janeiro),<br />

Biofílica Investimentos Ambientais, FAZ (Fundação<br />

Amazonas Sustentável), ICV (Instituto Centro de Vida),<br />

Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento<br />

Sustentável da Amazônia), Ipam (Instituto de Pesquisas<br />

da Amazônia) e Imazon (Instituto do Homem e Meio<br />

Ambiente da Amazônia).<br />

O Redd+ é uma permissão para economias altamente<br />

industrializadas poluírem localmente e compensarem<br />

remotamente em países menos avançados.<br />

60<br />

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MITO - A Aliança Redd+ Brasil defende a proposição<br />

de metas mais ambiciosas aos países desenvolvidos,<br />

a limitação de colocação de créditos de Redd+ no<br />

mercado e a definição de limites máximos de compensação<br />

externas, de modo a garantir que a maior parte<br />

da meta de redução de emissões — de um setor produtivo<br />

ou de uma unidade subnacional — seja cumprida<br />

domesticamente (mesmo princípio que norteou outros<br />

mecanismos de flexibilização, como o Mecanismo<br />

de Desenvolvimento Limpo, do Protocolo de Quioto).<br />

A transação de créditos Redd+ deve ser revertida em<br />

investimentos para a descarbonização da economia de<br />

uso da terra em uma escala de paisagem, viabilizando<br />

novos modelos produtivos e atingimento de metas<br />

mais ambiciosas de redução de emissões. O Redd+ está<br />

também diretamente relacionado ao desenvolvimento<br />

sustentável em regiões de florestas tropicais, gerando<br />

cobenefícios como empoderamento social, geração de<br />

renda para comunidades locais, manutenção dos ciclos<br />

de chuvas e conservação da biodiversidade.


ARTIGO<br />

Foto: arquivo<br />

MORFOLOGIA<br />

DAS FIBRAS DO<br />

LENHO DE CLONES<br />

DE EUCALYPTUS<br />

UROPHYLLA<br />

X<br />

EUCALYPTUS<br />

GRANDIS EM<br />

DIFERENTES<br />

TOPOGRAFIAS E<br />

ALTITUDES<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

62<br />

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A TOPOGRAFIA TEM<br />

GRANDE IMPACTO<br />

NO RESULTADO FINAL<br />

DAS FIBRAS, ASSIM<br />

COMO O CLIMA


ARTIGO<br />

RENATA MAURI<br />

DOUTORANDA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA MADEIRA. UFLA (UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE LAVRAS)<br />

JOYCE DE ALMEIDA ALVES<br />

DOUTORANDA EM ENGENHARIA FLORESTAL – UFLA<br />

JOSÉ TARCÍSIO DA SILVA OLIVEIRA<br />

PROFESSOR TITULAR DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA<br />

MADEIRA. UFES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO)<br />

JOSÉ TARCÍSIO LIMA<br />

PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS DA UFLA<br />

MÁRIO TOMAZELLO FILHO<br />

PROFESSOR TITULAR DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS DA USP (UNIVERSI-<br />

DADE DE SÃO PAULO) - ESALQ (ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ)<br />

NATALINO CALEGARIO<br />

PROFESSOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS DA UFLA<br />

64<br />

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RESUMO<br />

A<br />

qualidade da madeira depende, dentre outros<br />

fatores, de suas características anatômicas. Entender<br />

como as variações ambientais afetam a<br />

anatomia da madeira contribui para a escolha adequada de<br />

seu uso final. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a influência<br />

da topografia e da altitude nas dimensões e morfologia<br />

das fibras de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis.<br />

Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com<br />

5 repetições, em esquema fatorial 2 x 4 x 3, sendo dois clones,<br />

4 condições de crescimento (altitude/topografia) e 3<br />

posições radiais. As condições de crescimento foram: baixa/<br />

inclinada, baixa/plana, alta/inclinada e alta/plana. Amostras<br />

de madeira foram extraídas em três posições radiais<br />

equidistantes na altura de 1,30 m (metros) do solo (DAP).<br />

As variáveis analisadas foram o comprimento, a largura, a<br />

espessura da parede, o coeficiente de rigidez, o coeficiente<br />

de flexibilidade e o Índice de Runkel das fibras. Os resultados<br />

mostraram que o efeito da condição de crescimento<br />

sobre essas variáveis depende do clone e/ou posição radial.<br />

Fibras com menores comprimentos e maiores espessuras<br />

foram observadas na topografia inclinada da região baixa<br />

e na topografia plana da região alta. Menores larguras de<br />

fibra foram encontradas na madeira produzida na topografia<br />

inclinada, independente da altitude. De maneira geral,<br />

valores menores do coeficiente de rigidez foram observados<br />

na topografia plana. As condições de crescimento influenciaram<br />

apenas o coeficiente de flexibilidade do clone<br />

2 nas posições radiais mais externas. Observou-se maiores<br />

índices de Runkel na topografia plana da região alta e na<br />

topografia inclinada da região baixa. Esses resultados sugerem<br />

uma resposta adaptativa do xilema de Eucalyptus às<br />

condições de crescimento limitadas por água, ventos, gravidade<br />

e luminosidade.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A caracterização anatômica da madeira permite direcionar<br />

de forma mais segura e adequada a sua utilização<br />

para os diversos fins. Estudar a anatomia é, em última análise,<br />

compreender o processo de formação da madeira pelo<br />

câmbio vascular. Essa formação acontece, em sucessão,


ARTIGO<br />

pelos processos de divisão celular, crescimento e diferenciação,<br />

que envolvem o alargamento das células, o espessamento<br />

e a lignificação da parede celular (Wardrop, 1965).<br />

Os processos de divisão e destino celular são os mais<br />

fortemente controlados por hormônios (Savidge; Wareing,<br />

1981). A temperatura também atua como fator limitante<br />

durante a divisão celular (Trapy; Guern, 1980). Além disso,<br />

algumas pesquisas com coníferas têm mostrado que esse<br />

processo é interrompido pelo déficit hídrico (Dünisch; Bauch,<br />

1994; Larson, 1963). Trabalhos similares para folhosas<br />

são escassos, mas acredita-se que seu comportamento seja<br />

análogo.<br />

O potencial de água, ou seja, o status hídrico no xilema<br />

é o determinante mais importante do crescimento celular<br />

potencial na zona cambial e na zona de células em alargamento<br />

(Kozlowski; Pallardy, 1996; Kramer, 1987). Por esse<br />

motivo, a restrição à água dificulta a expansão das células<br />

do xilema. A intensidade do estresse hídrico e a velocidade<br />

de reação da árvore contra esse estresse serão maiores em<br />

solos arenosos do que em solos argilosos (Aussenac, 1993),<br />

logo, a qualidade da madeira também dependerá da textura<br />

do solo (Polge, 1973). Por fim, a parede secundária será<br />

formada após a interrupção do aumento celular em volume<br />

e após a reorganização da estrutura da parede com microfibrilas<br />

(Esau, 1974). Esta reorganização necessita de Ca2+ e<br />

de fotoassimilados, que são os fatores mais limitantes (Keller,<br />

1978; Larson, 1963; Richardson, 1964).<br />

Diversos estudos com o intuito de relacionar um conjunto<br />

de características ambientais sob as variações anatômicas<br />

da madeira têm sido realizados. Geralmente,<br />

comparam-se as características dos elementos celulares<br />

de espécies com ampla distribuição geográfica, ocorrendo<br />

desde ambientes mésicos até ambientes xéricos (Alves;<br />

Angyalossy-Alfonso, 2000; Luchi et al., 2005; Marcati et al.,<br />

2001; Mattos Filho, 1989). Há ainda pesquisas sobre as tendências<br />

latitudinais e altitudinais em várias características<br />

anatômicas da madeira (Noshiro; Baas, 1998; Oliveira et al.,<br />

2012).<br />

Poucos trabalhos, no entanto, se preocupam com as pequenas<br />

variações ambientais, que também podem afetar a<br />

formação da madeira a ponto de modificar sua qualidade<br />

como matéria prima. Por exemplo, Barij et al. (2007) estudando<br />

Quercus pubescens em encostas com pequenas variações<br />

na disponibilidade de água e na altitude, mostraram<br />

haver relação negativa entre a área do lume de vasos e a<br />

altitude, e positiva com a disponibilidade de água no solo.<br />

FV<br />

GL Comp.<br />

(mm)<br />

Larg.<br />

(μm)<br />

Esp.<br />

(μm)<br />

Quadrado Médio<br />

CR<br />

(%)<br />

CF<br />

(adimensional)<br />

IR<br />

(adimensional)<br />

Clone<br />

(C)<br />

Clond. 1<br />

(Cc)<br />

Posiçã0<br />

(P)<br />

C x Cc<br />

C x P<br />

1<br />

3<br />

2<br />

3<br />

2<br />

0,098*<br />

0,047*<br />

1,564*<br />

0,006*<br />

0,002*<br />

1044,2*<br />

106,6*<br />

33,0*<br />

52,0*<br />

12,9*<br />

0,002 ns<br />

0,487*<br />

21,605* 938,36*<br />

0,425*<br />

0,084 ns<br />

12,16 ns<br />

90,68*<br />

61,79*<br />

16,46 ns<br />

5,24 ns<br />

66,63*<br />

1183,69*<br />

78,90*<br />

122,14*<br />

0,017 ns<br />

0,108*<br />

0,345*<br />

0,054*<br />

0,226*<br />

Cc x P<br />

C x Cc x<br />

P<br />

6<br />

6<br />

0,002*<br />

0,007*<br />

2,4*<br />

1,7*<br />

0,043 ns<br />

0,09 ns<br />

30,38*<br />

8,48 ns<br />

15,52 ns<br />

42,26*<br />

0,022*<br />

0,017 ns<br />

Resíduo<br />

96<br />

0,002*<br />

0,6*<br />

0,080<br />

7,17<br />

12,66<br />

0,008<br />

Total<br />

119<br />

0,031*<br />

14,4*<br />

0,459<br />

27,74<br />

38,79<br />

0,022<br />

1Cond. = Condição de crescimento. FV = Fonte de variação; GL = graus de liberdade; *significativo a 5% e ns não<br />

significativo, pelo teste F.<br />

Cabe ressaltar que, com exceção apenas para a largura das fibras, os maiores valores de quadrado médio foram<br />

observados para a posição radial, indicando que esse fator foi o que mais contribuiu com a variação dos dados.<br />

66<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Segundo os mesmos autores, estudos similares a esse são<br />

inexistentes para o gênero Eucalyptus.<br />

Diante do exposto, se as respostas de crescimento das<br />

plantas às condições locais, por exemplo, variações de inclinação<br />

ou altitude, forem melhores compreendidas, não<br />

só seria possível otimizar o planejamento florestal, mas<br />

também forneceria uma base para determinar as melhores<br />

espécies a serem plantadas em locais particulares para fins<br />

específicos. Assim, este estudo tem como objetivo avaliar<br />

a influência da topografia e da altitude do terreno nas dimensões<br />

e morfologia das fibras no tronco de Eucalyptus<br />

urophylla x Eucalyptus grandis.<br />

Os modelos mais modernos e inovadores<br />

de trituradores e picadores florestais que tornam<br />

possível qualquer operação<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

A madeira avaliada neste estudo é proveniente de povoamentos<br />

de dois híbridos clonais de Eucalyptus urophylla<br />

x Eucalyptus grandis (Clone 1 e Clone 2), com aproximadamente<br />

6 anos de idade, pertencentes à empresa Celulose<br />

Nipo-Brasileira S. A. (Cenibra). Em todos os plantios teve-se<br />

a mesma face norte de exposição ao sol e o mesmo espaçamento<br />

(2,8 m x 3,0 m).<br />

Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado<br />

em esquema fatorial 2 x 4 x 3, com 5 repetições, sendo 2<br />

clones, 4 condições de crescimento (combinações de altitude/topografia)<br />

e 3 posições radiais, totalizando 24 tratamentos.<br />

As condições de crescimento foram: baixa/inclinada,<br />

baixa/plana, alta/inclinada e alta/plana. As áreas com até<br />

281,3 metros de altitude, denominadas de região baixa,<br />

estão localizadas em Belo Oriente – MG (19º13’13.46’’S e<br />

42º28’59.06’’O) e as áreas com mais de 812,5 metros de<br />

altitude representaram a região alta e estão localizadas em<br />

Antônio Dias – MG (19º39’13.09”S e 42º52’20.42”O). Em<br />

cada região considerou-se terrenos com topografia plana e<br />

inclinada.<br />

O clima em ambos os municípios é, segundo classificação<br />

de Köppen, do tipo Aw tropical quente semiúmido,<br />

apresentando estação chuvosa no verão, de novembro a<br />

abril, e nítida estação seca no inverno, de maio a outubro,<br />

tendo julho como o mês mais seco. Por meio das informações<br />

climáticas médias de 2003-2009 (anos de plantio até o<br />

corte da floresta) e do tipo de solo, verifica-se que os municípios<br />

apresentam nuanças entre si.<br />

Discos de madeira de cada clone, em cada condição de<br />

crescimento, foram extraídos no DAP (diâmetro a altura de<br />

1,30 m do solo). Cortes histológicos provenientes dessas<br />

amostras foram submetidos à clarificação com hipoclorito<br />

de sódio (50%) e corados utilizando a técnica de dupla coloração<br />

(Maácz; Vágás, 1961), indicando ausência de lenho de<br />

tração. Também foram obtidos três corpos de provas de 1,5<br />

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ARTIGO<br />

cm x 2,0 cm (centímetro) de seção transversal e 2,0 cm de<br />

direção longitudinal, retirados em posições equidistantes<br />

no sentido radial (medula, intermediária e externa).<br />

A maceração foi realizada segundo método preconizado<br />

por Dadswell (1972). Fotomicrografias das lâminas<br />

contendo material macerado foram obtidas com o uso de<br />

câmera digital acoplada ao microscópio de luz da marca<br />

Zeiss. O comprimento e a largura das fibras foram medidos<br />

diretamente, considerando-se 20 repetições, com o auxílio<br />

do software analisador de imagens Axiovision 4.5. A espessura<br />

da parede foi determinada indiretamente pela diferença<br />

entre a largura da fibra e o diâmetro do lume, dividida<br />

por dois.<br />

Para a caracterização morfológica das fibras foram calculados:<br />

a) o Coeficiente de rigidez (CR) - determinado pela<br />

relação entre o diâmetro do lume e a largura da fibra, b) o<br />

Coeficiente de flexibilidade (CF) - determinado pela razão<br />

entre o comprimento e a largura da fibra (Burger; Richter,<br />

1991) e c) o Índice de Runkel (IR) - determinado pela razão<br />

entre duas vezes a espessura da parede e o diâmetro do<br />

lume da fibra (Runkel, 1952).<br />

Na análise estatística utilizou-se o pacote ExpDes (Ferreira<br />

et al., 2013) do programa R versão 3.3.0 (R Core Team,<br />

2016). A análise de variância foi realizada e, uma vez significativa,<br />

aplicou-se o teste de comparação múltipla de Tukey<br />

a 5% de significância. As pressuposições de homogeneidade<br />

da variância e normalidade dos resíduos para as características<br />

estudadas foram verificadas pelos testes de Levene<br />

e de Shapiro-Wilk, a 5% de significância, respectivamente.<br />

Não houve violação dessas pressuposições.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

De acordo com as análises de variância, pode-se afirmar<br />

que as condições de crescimento têm influência sobre<br />

todas as variáveis estudadas. Entretanto, a presença de interação<br />

significativa mostra que essa influência depende do<br />

clone e/ou posição radial. Assim, deve-se analisar o efeito<br />

simultâneo dos fatores sobre as características das fibras.<br />

Tabela 2. Resumo das análises de variância para comprimento<br />

(Comp.), largura (Larg.), espessura da parede (Esp.),<br />

coeficiente de flexibilidade (CF), coeficiente de rigidez (CR)<br />

e índice de Runkel (IR).<br />

COMPRIMENTO DAS FIBRAS<br />

Comparando-se os clones dentro de cada combinação<br />

dos outros fatores, observou-se a tendência de fibras mais<br />

longas para o clone 1, aproximadamente 7%, diferindo significativamente<br />

do clone 2 em todas as posições radiais na<br />

condição de crescimento alta/inclinada e nas posições mais<br />

distantes da medula na maioria das demais condições.<br />

Nos plantios da região baixa (B/I e B/P), ambos os clones<br />

mostraram a tendência de produzir fibras menores na<br />

topografia inclinada (B/I). Essas fibras foram aproximadamente<br />

5% mais curtas que as da topografia plana (B/P).<br />

No entanto, essa diferença não foi suficientemente grande<br />

para apresentar significância estatística em todas as posições<br />

radiais.<br />

O menor comprimento de fibra observado nas árvores<br />

que cresceram na região baixa e topografia inclinada deve-<br />

-se à menor capacidade de retenção de água pelos terrenos<br />

inclinados, aliado ao pronunciado déficit hídrico dessa<br />

região. É provável que tenha acontecido uma maior perda<br />

de turgor no câmbio dessas árvores, acarretando assim, na<br />

inibição da expansão das iniciais do xilema (Kozlowski et<br />

al., 1991). Resultados semelhantes foram encontrados por<br />

Noshiro e Baas (2000), Luchi (2004) e Denardi e Marchiori<br />

(2005) que constataram a ocorrência de fibras mais curtas<br />

em ambiente com menor precipitação. Já Ribeiro e Barros<br />

(2006) observaram fibras mais longas em Pseudopiptadenia<br />

contorta no local com menor precipitação.<br />

Na região alta (A/I e A/P), os dois clones produziram os<br />

menores comprimentos de fibra em topografia plana (A/P),<br />

que foram em média 7% mais curtas que as fibras da topografia<br />

inclinada (A/I). Porém, essas diferenças também não<br />

foram significativas em todas as posições.<br />

O esperado efeito da topografia na perda de turgor no<br />

câmbio vascular não foi observado na região alta, provavelmente<br />

devido aos menores deficit hídricos. Assim, o comportamento<br />

observado para o comprimento das fibras na<br />

região alta pode ser parcialmente explicado pela produção<br />

de etileno induzida por estresse mecânico. O hormônio etileno,<br />

quando em baixas concentrações, é capaz de promover<br />

o aumento da sensibilidade da planta à giberelina (Taiz;<br />

Zeiger, 2009) e esta estimula o alongamento celular (Davies,<br />

2004). O estresse mecânico foi promovido pela velocidade<br />

dos ventos superior da região alta, além disso, as árvores<br />

em terreno inclinado são mais susceptíveis à carga de vento<br />

dinâmica, portanto, estariam mais propensas à produção<br />

de etileno.<br />

Em coníferas, o comprimento dos traqueídeos é inversamente<br />

correlacionado com o ângulo de microfibrilas,<br />

que é fator chave na resistência da madeira (Martíns<br />

et al., 2010). De fato, longos traqueídeos têm sido muitas<br />

vezes associados a uma maior resistência mecânica para<br />

suportar a gravidade, vento ou carga de neve (Mencuccini<br />

et al., 1997; Ezquerra; Gil, 2001). Mesmo em folhosas,<br />

como o eucalipto, ainda pode-se supor que os maiores valores<br />

de comprimento de fibra das madeiras provenientes<br />

da condição de crescimento alta/inclinada atuariam como<br />

uma forma de suportar o vento e a gravidade. Essa ideia<br />

68<br />

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é apoiada pelos resultados obtidos por Ceccantini (1996),<br />

que demonstrou uma correlação negativa entre o diâmetro<br />

e o comprimento de fibras, indicando que, dependendo do<br />

ecossistema, o crescimento da fibra pode ser direcionado<br />

para o comprimento ou para o diâmetro.<br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

LARGURA DAS FIBRAS<br />

Os clones foram significativamente diferentes em todas<br />

as combinações dos níveis dos fatores condição de crescimento<br />

e posição radial. O clone 1 apresentou em média<br />

fibras 46% mais largas.<br />

Observa-se que de maneira geral, independente do clone,<br />

região (baixa ou alta) ou posição radial, na topografia<br />

inclinada a madeira produzida apresentou menores valores<br />

de largura de fibra, aproximadamente 12%, em relação a<br />

topografia plana. Entretanto, essa diferença nem sempre<br />

foi significativa.<br />

A expansão celular é dirigida pelo turgor, que é diretamente<br />

relacionado com o potencial de água no xilema (Kozlowski;<br />

Pallardy, 1996; Kramer, 1987). Portanto, a formação<br />

de fibras com menores larguras na topografia inclinada,<br />

em ambas as regiões, pode estar relacionada à menor capacidade<br />

de retenção de água pelos terrenos inclinados. Esses<br />

resultados estão de acordo com os encontrados por Longui<br />

et al. (2009), Luchi (2004), e Melo Júnior et al. (2011), que<br />

observaram o efeito limitante da deficiência hídrica sobre a<br />

largura das fibras do xilema secundário de espécies florestais<br />

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ESPESSURA DA PAREDE DAS FIBRAS<br />

O teste F para a interação clone x condição de crescimento<br />

foi significativo (p< 0,05), indicando existir uma dependência<br />

entre os efeitos desses fatores na espessura da<br />

parede das fibras. Os clones apresentaram diferenças entre<br />

si para espessura da parede nas condições baixa/plana e<br />

alta/plana. Na primeira, o clone 1 produziu fibras mais espessas<br />

e na segunda, o clone 2.<br />

As fibras da madeira produzida pelo clone 1 na condição<br />

de crescimento baixa/inclinada apresentaram paredes mais<br />

espessas do que as produzidas pelo mesmo na condição<br />

alta/inclinada. Já para o clone 2, as diferenças na espessura<br />

da parede foram significativas entre as áreas alta/plana e<br />

baixa/plana, indicando que nessa topografia as condições<br />

edafoclimáticas da região alta estimularam o espessamento<br />

da parede celular.<br />

Na região alta, observou-se uma tendência de valores<br />

de espessura de parede um pouco maiores na topografia<br />

plana (A/P), para ambos os clones. Em termos relativos,<br />

a espessura da parede das fibras nessa condição (A/P) foi<br />

aproximadamente 6% maior do que na topografia inclinada<br />

Indústria e Comércio de Máquinas


ARTIGO<br />

Clone<br />

Condições de crescimento 1 Clone 1<br />

B/I<br />

B/P<br />

A/I<br />

A/P<br />

58 B* c**<br />

0,09 2<br />

60 A b<br />

0,08<br />

65 A a<br />

0,07<br />

60 A bc<br />

0,09<br />

Clone 2<br />

61 A ab<br />

0,07<br />

60 A b<br />

0,07<br />

61 B a<br />

0,07<br />

58 A b<br />

0,09<br />

1baixa/inclinada (B/I), baixa/plana (B/P), alta/inclinada (A/I) e alta/plana (A/P). *Médias seguidas de mesma<br />

letra maiúscula na linha para o fator clone ou para o fator posição radial não diferem estatisticamente entre si<br />

pelo teste de Tukey, a 5% de significância. **Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem<br />

estatisticamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de significância. 2Desvio padrão (adimensional).<br />

da mesma região (A/I).<br />

Esse comportamento observado na condição de crescimento<br />

alta/inclinada pode ser explicado pelo fato da inclinação<br />

do terreno reduzir o período diário de incidência<br />

direta dos raios solares (Pereira et al., 2002), e consequentemente<br />

reduzir a produção de fotoassimilados. Desta forma,<br />

considerando-se uma visão parcimoniosa do espessamento<br />

da parede celular, o qual ocorra apenas em função<br />

da disponibilidade de fotoassimilados (Deleuze; Houllier,<br />

1998; Drew et al., 2010), o ângulo de incidência dos raios<br />

solares afetará diretamente a espessura da parede celular<br />

das fibras. O fotoperíodo, além de influenciar o espessamento<br />

da parede, controla a cessação da produção dos elementos<br />

fibrosos (Böhlenius et al., 2006).<br />

Na região baixa, a tendência foi de maiores valores de<br />

espessura de parede na madeira produzida na topografia<br />

inclinada (B/I), sendo aproximadamente 6% maior que na<br />

topografia plana da mesma região (B/P). Esse resultado foi<br />

inverso ao observado na região alta, mas isso não invalida<br />

as discussões já realizadas.<br />

O comportamento observado na região baixa deve-se,<br />

provavelmente, ás melhores aptidões do solo do terreno inclinado<br />

em comparação ao solo do terreno plano. Supõe-se<br />

que essa característica se contraponha à redução do período<br />

diário de incidência direta dos raios solares, causado<br />

pela inclinação do terreno. Além disso, alguns estudos relatam<br />

a ocorrência de maiores valores de espessura de parede<br />

em árvores que cresceram em solos com menor disponibilidade<br />

hídrica (Cosmo, 2008; Luchi, 2004), característica<br />

essa presente nas áreas da região baixa e mais acentuada<br />

na topografia inclinada.<br />

COEFICIENTE DE RIGIDEZ, COEFICIENTE DE<br />

FLEXIBILIDADE E ÍNDICE DE RUNKEL<br />

Os coeficientes de rigidez médios para a interação clone<br />

x condição de crescimento estão apresentados na tabela<br />

acima.<br />

A diferença entre clones para esse coeficiente somente<br />

foi significativa na topografia inclinada de ambas as regiões.<br />

Na região alta, o clone 1 apresentou valores aproximadamente<br />

5% maiores, enquanto que na região baixa, o clone 2<br />

apresentou valores aproximadamente 2,5% maiores.<br />

Com exceção ao comportamento do clone 1 na região<br />

baixa, valores de coeficiente de rigidez aproximadamente<br />

4,8% menores foram observados na topografia plana. Para<br />

a produção de papéis absorventes (tissue), deseja-se menores<br />

valores desse coeficiente, pois dessa forma tem-se<br />

um menor achatamento e amoldamento das fibras, conferindo<br />

ao papel uma estrutura mais aberta (fofa) (Burger;<br />

Richter, 1991). Portanto, para a produção desses papéis, a<br />

topografia plana seria a mais indicada. A diferença entre<br />

clones para o coeficiente de flexibilidade foi significativa em<br />

poucas combinações dos níveis dos fatores posição radial e<br />

condição de crescimento.<br />

Na condição de crescimento baixa/inclinada e posição<br />

de amostragem próxima à medula, o clone 2 apresentou o<br />

maior coeficiente de flexibilidade, enquanto que nessa mesma<br />

condição e posição radial externa, o clone 1 apresentou<br />

o maior valor. Ainda houve diferença significativa entre os<br />

clones nas demais condições e posição radial externa. Na<br />

região baixa e topografia plana (B/P), o clone 2 apresentou<br />

o maior coeficiente, enquanto que na região alta para ambas<br />

as topografias, o clone 1 apresentou os maiores valores.<br />

70<br />

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Nas posições radiais mais externas (intermediária e externa)<br />

da madeira do clone 2 houve a tendência de coeficientes<br />

de flexibilidade maiores na condição baixa/plana.<br />

Quanto maior o valor do coeficiente de flexibilidade, mais<br />

flexível será a fibra, ocorrendo maiores possibilidades de<br />

ligações entre as mesmas, o que tende a aumentar as resistências<br />

à tração e ao estouro (Shimoyama; Wiecheteck,<br />

1993). Assim, quando a madeira for destinada a produção<br />

de papéis para imprimir e escrever em que a resistência à<br />

tração e ao arrebentamento é desejável, deve-se optar por<br />

àqueles materiais e condições de crescimento que conferem<br />

à madeira maior valor de coeficiente de flexibilidade.<br />

Portanto, de uma forma geral, para esse tipo de papel o clone<br />

2 na região baixa seria a melhor opção, pois o mesmo<br />

apresenta coeficiente de flexibilidade aproximadamente<br />

3% maiores. Enquanto que na região alta, o clone 1 com<br />

valores aproximadamente 4% superiores ao clone 2, seria o<br />

mais adequado. Em relação à topografia, independente do<br />

clone, na região baixa a topografia plana é mais indicada,<br />

enquanto na região alta a topografia do terreno foi indiferente.<br />

As médias de Índice de Runkel foram significativamente<br />

diferentes entre os clones na condição baixa/inclinada, com<br />

o clone 1 apresentando valores 12,9% maiores. Na região<br />

alta houve diferença significativa entre clones para ambas<br />

as topografias, com o clone 2 apresentando valores 14%<br />

maiores.<br />

Observou-se que independente do clone considerado,<br />

na região baixa a topografia inclinada tendeu a apresentar<br />

maiores valores de Índice de Runkel, aproximadamente 8%.<br />

Enquanto que na região alta a topografia plana apresentou<br />

valores aproximadamente 19% maiores. Sabe-se que quanto<br />

maior o valor do índice Runkel maior é a quantidade de<br />

parede celular e consequentemente mais líquido pode ser<br />

absorvido (Burger; Richter, 1991). Assim, para a produção<br />

de papéis absorventes na região alta, a topografia plana seria<br />

a mais indicada. Já na região baixa, a topografia inclinada<br />

seria mais adequada.<br />

As diferenças nos resultados morfológicos das fibras<br />

entre condições de crescimento deste estudo evidenciam<br />

a importância dos fatores ambientais sobre os índices morfológicos<br />

da fibra.<br />

* O Artigo completo, com todas as tabelas e referências<br />

bibliográficas pode ser acessado pelo link<br />

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Ano XIX • N°185 N°186 • Maio Junho <strong>2017</strong><br />

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JULY <strong>2017</strong><br />

OUTUBRO <strong>2017</strong><br />

OCTOBER <strong>2017</strong><br />

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SEPTEMBER <strong>2017</strong><br />

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NOVEMBRO <strong>2017</strong><br />

NOVEMBER <strong>2017</strong><br />

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nessa área é: como fazer para que os clientes não saiam<br />

correndo do seu negócio? Trabalhar com pessoas exige<br />

delicadeza, algumas medidas e cuidados são essenciais<br />

para obter sucesso na área. Para isso, é necessário, primeiramente,<br />

saber que para vender é preciso ir muito<br />

além de uma conversa superficial. Abaixo, listo cinco erros<br />

fatais, que podem fazer o comprador buscar a solução<br />

que procura na loja ao lado:<br />

FALTA DE EMPATIA - Crie identificação com o comprador<br />

e transmita boa impressão. Cuide da aparência e<br />

aja de acordo com o perfil de cada cliente para inspirar<br />

as compras. As pessoas têm tendência em confiar e se<br />

relacionar com quem possui algo em comum com elas;<br />

NÃO SEJA MUITO INVASIVO - Pergunte, mas tam-<br />

bém saiba ouvir. Fuja do monólogo, busque sempre o<br />

diálogo e nunca se esqueça que cautela é essencial. Entenda<br />

o que o cliente quer e trabalhe para resolver os<br />

seus problemas. Lembre-se que o vendedor é um solucionador<br />

e ajuda quem o procura a suprir necessidades<br />

e realizar sonhos;<br />

OS CLICHÊS - Ao contrário do sucesso, jargões, exageros,<br />

mentiras e falar demais podem atrapalhar a negociação.<br />

A sinceridade é muito mais bem vista e aceita pelos<br />

clientes que uma simpatia exagerada, que soa como<br />

falsidade. Portanto, saiba usá-la moderadamente;<br />

DESPREPARO E INSEGURANÇA - Estude sempre<br />

e busque profissionalização. Mantenha-se informado<br />

sobre os produtos que vende e os mercados nos quais<br />

estão inseridos, participe de palestras e cursos preparatórios,<br />

leia obras importantes na área e fique antenado<br />

às tendências e acontecimentos.<br />

Acesse:<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XIX • N°185 N°186 • Maio Junho <strong>2017</strong><br />

PRAGA NA<br />

CALIFÓRNIA<br />

46<br />

INTERNACIONAL<br />

54 ENTREVISTA<br />

Wagner Itria Jr., gestor de<br />

Mais do que commodities<br />

Indústria florestal busca escala e variedade de produtos acabados<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XIX • N°186 • Junho <strong>2017</strong><br />

ENTREVISTA - Ricardo Russo, da WWF, fala sobre o consumo de madeira na construção civil<br />

I N D U S T R I A L<br />

Evolução<br />

das serras<br />

Especial – Encapp reúne os principais fornecedores do setor de portas do cenário nacional<br />

A Revista da Indústria de Biomassa e Energia / The Magazine for the Biomass and Energy Industry<br />

www.revistabiomais.com.br<br />

Ano IV • N°21 • Junho <strong>2017</strong><br />

Possibilidades: linhas de financiamento incentivam sustentabilidade<br />

revista biomassa energia<br />

GRANDES PROJETOS<br />

ENERGIA RENOVÁVEL<br />

SE TORNA CADA<br />

VEZ MAIOR<br />

EMERSON ALBERTI<br />

TRANSIÇÃO<br />

LARGE PROJECTS<br />

A Revista da Indústria de Celulose e Papel www.celulosepapel.com.br<br />

Ano x - n. 29 - <strong>2017</strong><br />

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Projeto final retira<br />

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Madeira confere<br />

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Repaginados: ambientes antigos ganham novos ares<br />

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