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digital<br />
Wutwhanfoto/iStock<br />
Segurança nas agências passa<br />
pela criação <strong>de</strong> nova cultura<br />
Para não serem vítimas <strong>de</strong> próximo WannaCry, analistas fazem alerta às<br />
agências sobre risco <strong>de</strong> compartilhar dados no WhatsApp e em nuvens<br />
Danúbia Paraizo<br />
fluxo <strong>de</strong> trabalho nas agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
inclui o envio e o recebimen-<br />
O<br />
to constantes <strong>de</strong> arquivos para clientes e<br />
fornecedores, em uma rotina que não está<br />
restrita ao ambiente corporativo. Com as<br />
facilida<strong>de</strong>s da mobilida<strong>de</strong>, uma cafeteria,<br />
praia ou qualquer local com internet po<strong>de</strong><br />
se tornar um escritório, aumentando os<br />
caminhos por on<strong>de</strong> circulam informações<br />
sigilosas.<br />
Nos últimos anos, o investimento em segurança<br />
digital vem ganhando espaço no<br />
budget das empresas, mas está longe do<br />
i<strong>de</strong>al. Segundo o relatório Cisco <strong>2017</strong> Midyear<br />
Cybersecurity Report, levantamento<br />
global sobre as principais ameaças e tendências<br />
sobre segurança das empresas, divulgado<br />
na semana passada, apenas 40%<br />
das companhias <strong>de</strong> pequeno e médio porte<br />
contam com sistemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa para perda<br />
<strong>de</strong> dados, por exemplo, enquanto 34% <strong>de</strong>têm<br />
segurança para e-mails e mensagens<br />
internas.<br />
Nesta quarta-feira (26), a Cisco revelará<br />
informações sobre o mercado brasileiro,<br />
mas os dados iniciais da pesquisa indicam<br />
que o cenário não é muito diferente. No<br />
país, apenas 35,4% dos inci<strong>de</strong>ntes legítimos<br />
que ameaçam a segurança são remediados<br />
em empresas <strong>de</strong> pequeno e médio<br />
porte.<br />
Na indústria da comunicação, o mercado<br />
passou a observar com lupa o assunto,<br />
principalmente, após agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
do Grupo WPP terem sido diretamente<br />
afetadas pelo malware Petya, em junho.<br />
O ciberataque é uma evolução do Wanna-<br />
Cry, que afetou mais <strong>de</strong> 100 países, no mês<br />
anterior, invadindo o sistema das empresas<br />
<strong>de</strong> diversos segmentos, criptografando os<br />
arquivos <strong>de</strong> seus computadores e exigindo<br />
pagamento para <strong>de</strong>codificá-los.<br />
Passado o susto, o momento é <strong>de</strong> reorganização<br />
dos sistemas internos <strong>de</strong> segurança<br />
e atenção redobrada às possíveis vulnerabilida<strong>de</strong>s.<br />
Segundo Ghassan Dreibi, gerente<br />
regional <strong>de</strong> segurança da Cisco, a proteção<br />
contra ataques <strong>de</strong> hackers nas agências passa<br />
pela criação <strong>de</strong> novas culturas e hábitos<br />
<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> internet. “Cada vez mais as<br />
pessoas trabalham em casa ou em cafés, e<br />
as empresas não perceberam que isso implica<br />
em outro <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> segurança”, explica<br />
o executivo.<br />
“Cada vez mais as<br />
pessoas trabalham<br />
em Casa ou em Cafés,<br />
e as empresas não<br />
perCeberam que<br />
isso impliCa em outro<br />
<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> segurança”<br />
Não à toa, problemas no compartilhamento<br />
<strong>de</strong> dados em cloud e no mobile foram<br />
enumerados por 59% dos profissionais<br />
<strong>de</strong> segurança como os mais <strong>de</strong>safiadores na<br />
proteção contra ataques. Fora da agência,<br />
os funcionários precisam acessar os arquivos<br />
<strong>de</strong> alguma maneira, e isso nem sempre<br />
ocorre <strong>de</strong> forma mais segura. Segundo<br />
Dreibi, a utilização <strong>de</strong> nuvens não corporativas,<br />
como iCloud, Evernote e Dropbox, ou<br />
ainda, aplicativos <strong>de</strong> mensagens pessoais,<br />
como WhatsApp, são as formas mais populares<br />
nas agências, e as mais perigosas,<br />
porque não só comprometem a proteção <strong>de</strong><br />
42 <strong>24</strong> <strong>de</strong> <strong>julho</strong> <strong>de</strong> <strong>2017</strong> - jornal propmark