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Outubro/2017 - Referência Industrial 190

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ENTREVISTA - Marcelo Percicotti, gerente da Fiep, fala sobre o panorama do setor moveleiro<br />

I N D U S T R I A L<br />

Tratamento<br />

do futuro<br />

Autoclaves personalizadas se<br />

adequam às necessidades dos clientes<br />

Treatment of the future<br />

Custom-made autoclaves suited<br />

to each customer’s needs<br />

Lignum <strong>2017</strong> – Todos os detalhes e destaques da feira que foi realizada na capital paranaense


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

SUMÁRIO<br />

SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

DRV Ferramentas 09<br />

32<br />

Fezer 79<br />

Formóbile 2018 21<br />

Gaidzinski 45<br />

Impacto Máquinas 17<br />

Indumec 83<br />

Metalcava 47<br />

Mill Indústrias 07<br />

Mill Indústrias 71<br />

Mill Indústrias 84<br />

Montana Química 02<br />

MSM Química 11<br />

Razi Máquinas 41<br />

Rossin 73<br />

Seller 31<br />

Siempelkamp 05<br />

Sutil Máquinas 19<br />

Vantec 15<br />

42<br />

50<br />

04 Editorial<br />

06 Cartas<br />

08 Bastidores<br />

10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

12 Notas<br />

18 Aplicação<br />

20 Alta e Baixa<br />

22 Frases<br />

24 Entrevista<br />

30 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

32 Principal Personalização de alto nível<br />

38 Construção Civil<br />

42 Marcenaria<br />

48 Publieditorial<br />

50 Especial Solução para toda cadeia<br />

66 Evento<br />

68 Madeira Tratada<br />

72 Química na Madeira<br />

74 Artigo<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

OUTUBRO | 03


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EDITORIAL<br />

ENTREVISTA - Marcelo Percicotti, gerente da Fiep, fala sobre o panorama do setor moveleiro<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

I N D U S T R I A L<br />

Tratamento<br />

Treatment of the future<br />

Custom-made autoclaves suited<br />

do futuro<br />

to each customer’s needs<br />

Autoclaves personalizadas se<br />

adequam às necessidades dos clientes<br />

Ano XIX - Edição n.º <strong>190</strong> - <strong>Outubro</strong> <strong>2017</strong><br />

Year XIX - Edition n.º <strong>190</strong> - October <strong>2017</strong><br />

Ilustra a capa desta<br />

edição uma autoclave da<br />

Seller Mecânica<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XIX • N°<strong>190</strong> • <strong>Outubro</strong> <strong>2017</strong><br />

Lignum <strong>2017</strong> – Todos os detalhes e destaques da feira que foi realizada na capital paranaense<br />

FAZER DIFERENTE<br />

Um dos maiores responsáveis pela linha industrial de<br />

produção como conhecemos hoje, Henry Ford foi inventor,<br />

empreendedor e empresário. Era um apaixonado pelas<br />

minúcias da linha industrial de produção e justamente por<br />

isso revolucionou a área. Décadas depois, suas motivações e<br />

ensinamentos permanecem: o sucesso está inerentemente<br />

associado ao trabalho duro.<br />

Consequentemente, com empenho vem a diferenciação.<br />

Na reportagem principal desta edição de REFERÊNCIA IN-<br />

DUSTRIAL, mostramos o trabalho de personalização que a<br />

Seller Mecânica apresenta em diferentes Estados; em nossa<br />

editoria Especial, mostramos os principais projetos e equipamentos<br />

apresentados durante a Lignum, feira que aconteceu<br />

em Curitiba (PR) no mês passado. Mais do que nunca, o momento<br />

é de diferenciar para destacar. Agregar qualidade aos<br />

produtos. Fidelizar clientes nunca sai de moda.<br />

Excelente leitura!<br />

MAKING A DIFFERENCE<br />

One of the biggest names responsible for the industrial<br />

production line as we know it today, was Henry Ford, an inventor,<br />

entrepreneur and businessman. He had a passion for the<br />

minutiae of the industrial production line, and for this reason,<br />

he revolutionized the industrial field. Decades later, his motivation<br />

and teachings remain: success is inherently associated<br />

with hard work.<br />

Consequently, with commitment comes differentiation.<br />

In the main story of this issue of REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>, we<br />

exhibit the customized work that the Seller Mecânica offers in<br />

different States; in our Special Section, we offer the main projects<br />

and equipment exhibited during Lignum, which took place<br />

in Curitiba (PR) last month. More than ever, the emphasis was<br />

on differentiating in order to stand out. Adding quality to the<br />

products. Customer loyalty never goes out of style.<br />

Pleasant reading!<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Veículo filiado a:<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />

aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de<br />

pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />

classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao segmento madeireiro.<br />

A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por conceitos<br />

emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />

materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e<br />

outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são terminantemente proibidos<br />

sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the<br />

producers and consumers of the good and services of the lumberz industry, research<br />

institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities<br />

directly and/or indirectly linked to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does<br />

not hold itself responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of<br />

the texts, photographs and other intellectual property in each publication of Revista<br />

REFERÊNCIA is expressly prohibited without the written authorization of the holders<br />

of the authorial rights.<br />

04 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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A partir da verificação de qualidade online<br />

usando o Prod-IQ ® para a planta de<br />

produção auto-otimizadora Prod-IQ ® Next.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CARTAS<br />

ENTREVISTA - Akemi Ino, especialista em arquitetura de madeira, prevê alta em obras sustentáveis<br />

Capa da Edição 189 da<br />

Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

mês de setembro de <strong>2017</strong><br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XIX • N°189 • Setembro <strong>2017</strong><br />

I N D U S T R I A L<br />

A New Generati<br />

on of Tools<br />

Durability and performance are the<br />

differences in chrome coated saw blades<br />

Nova geração das<br />

ferramentas<br />

Durabilidade e performance são os<br />

diferenciais de serra revestida de cromo<br />

Especial – Investimento público em madeireiras vira case de sucesso na Finlândia<br />

Positivo<br />

Por Jefferson Santiago – Rio Negrinho (SC)<br />

Muito interessante a reportagem de capa da última edição.<br />

Bacana saber que empresas continuam investindo na qualidade<br />

de seus produtos, mesmo em um cenário de crise.<br />

Ping pong<br />

Por Leandro Sena –<br />

Quatro Barras (PR)<br />

Sempre bom ter pontos<br />

de vistas diferentes. A<br />

entrevista de Akemi Ino<br />

na última edição elucidou<br />

muitos pontos que não<br />

são ressaltados em congressos.<br />

Foto: divulgação<br />

Inspiração<br />

Por Danilo Sanches – Campinas (SP)<br />

Quem dera nosso governo tivesse a mesma visão que o<br />

finlandês. O setor madeireiro já estaria próspero há muito<br />

tempo!<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

Curtas<br />

Por Carlos Emanuel –<br />

Bento Gonçalves (RS)<br />

A seção de notas é sempre<br />

um apanhado geral<br />

do que há de mais<br />

importante no setor.<br />

Parabéns a todos que<br />

fazem a Revista.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />

é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Foto: divulgacão<br />

06 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados para redação ou siga:


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

BASTIDORES<br />

Leandro e Amanda Sutil,<br />

diretores da Sutil Máquinas<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

SUTIL MÁQUINAS NA LIGNUM<br />

A Sutil Máquinas, especializada em biomassa e<br />

reaproveitamento de resíduos da indústria madeireira,<br />

marcou presença no evento.<br />

Da esquerda para a<br />

direita: Paulo Perez,<br />

representante da<br />

Alca Máquinas em<br />

São Paulo; Beniudes<br />

Rodrigues, da Brexó<br />

Madeiras; Eduardo<br />

Rechenberg, diretor<br />

da Alca Máquinas;<br />

Yuri Araújo, da Brexó<br />

Madeiras e Igor Araújo,<br />

da Brexó Madeiras<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALCA MÁQUINAS NA FEIRA<br />

A Alca Máquinas (SC) esteve na Lignum e,<br />

durante o evento, vendeu uma máquina Razi.<br />

08 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


A DRV agradece a todos que<br />

visitaram nosso estande<br />

na feira Lignum<br />

DRV EXPERT<br />

www.drvferramentas.com.br<br />

Rua Pedro Dorigo 154, Curitiba, PR 81810500, BR | 41 3278-8141


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA<br />

TRABALHO MUITO, GANHO POUCO,<br />

MAS NÃO ME INCOMODO<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

Evento ocorrido em Curitiba expôs a necessidade de inovação do setor de proteção<br />

Foto: divulgação<br />

P<br />

erdão pela redundância, mas a palavra conforto<br />

é confortante. Remete-nos a sensações boas,<br />

como bem-estar, aconchego, tranquilidade e até<br />

segurança. A zona de conforto é uma região, ou um estado<br />

de espírito, onde ninguém se sente ameaçado. Aí é que<br />

mora o perigo! Na zona de conforto, as pessoas adotam<br />

sempre um determinado tipo de comportamento que lhes<br />

dá um desempenho constante, porém limitado e com uma<br />

sensação de segurança. Essa segurança é ilusória, uma<br />

vez que, quando ocorre uma grande mudança, quem está<br />

muito confortável leva um choque maior, e estará menos<br />

preparado para sobreviver do que os outros. Felizes os<br />

inquietos com suas inquietudes. Quando no mundo dos<br />

negócios, eles induzem à busca por mudanças e à saída<br />

da zona de conforto.<br />

No recente evento Wood Protection, realizado em<br />

Curitiba em 19 de setembro último, certas exposições e<br />

discussões por parte de alguns dos palestrantes e congressistas<br />

deixou muito claro que o setor de proteção de<br />

madeiras no Brasil não apresenta inovações há décadas.<br />

Problemas menores relacionados à falta de comprometimento<br />

com a qualidade e às concorrências predatórias<br />

ainda vêm à tona algumas vezes, permanecendo na pauta<br />

das discussões há décadas. Nada de novo neste campo,<br />

os rumos das discussões e das reações se tornaram perfeitamente<br />

previsíveis e, para piorar, dentro de atuações<br />

de mercados de produtos de muito baixo valor agregado.<br />

Uma clara indicação de que boa parte dos empresários<br />

do setor insiste em permanecer na zona de conforto. Por<br />

outro lado, as abordagens voltadas à utilização da madeira<br />

tratada em sistemas construtivos, vindas de palestrantes<br />

e moderadores do mais elevado nível técnico, ofereceram<br />

aos presentes as indicações de resultados palpáveis de um<br />

trabalho que vem sendo desenvolvido há anos.<br />

A elaboração de textos normativos referentes à proteção<br />

de madeiras tem sido um trabalho silencioso, além de<br />

fruto da obstinação de pessoas inquietas, cujos resultados<br />

ainda fogem da percepção da maioria dos empresários<br />

do setor, os quais, ainda não reconhecem que não é por<br />

coincidência que os mercados consolidados da madeira<br />

tratada são exatamente aqueles que têm as normas técnicas<br />

como retaguarda.<br />

A última norma publicada pela Abnt (Associação Brasileira<br />

de Normas Técnicas) foi a NBR 16.143 – Preservação de<br />

Madeiras – Sistema de Categorias de Uso. Esta norma, cuja<br />

importância para o mercado da madeira tratada foi lembrada<br />

incontáveis vezes neste mesmo espaço, finalmente<br />

aparece como referencial de mercado no importante plenário<br />

do evento Wood Protection através de menções feitas<br />

por, pelo menos, três autoridades no campo da utilização<br />

da madeira tratada em sistemas construtivos. Foi possível<br />

observar, desta forma, que a mensagem continua sendo<br />

disseminada, só que desta vez, em comunicação direta aos<br />

maiores interessados no assunto: os produtores de madeira<br />

tratada. Para alguns inquietos, não se tratava exatamente<br />

de novidade, porém, para outros, ainda aconchegados na<br />

zona de conforto proporcionada pela produção de mourões<br />

de cercas, foi um grande recado.<br />

No mundo todo o mercado da madeira tratada tem<br />

como base a construção. Em alguns países produtores de<br />

enormes volumes, como os Estados Unidos, 75% do volume<br />

total de 28 milhões de m³ (metros cúbicos) anuais de<br />

madeira tratada são destinados ao setor construtivo. Por<br />

lá, o mercado da construção, que é um mercado bastante<br />

exigente, desafia o setor da proteção de madeiras, a cada<br />

minuto, para a busca de inovações, melhoria da qualidade,<br />

atendimento, projetos e por ai vai. Mesmo que queiram, os<br />

empresários de países com tal perfil de mercado não podem<br />

se dar ao luxo de permanecer na zona de conforto. Sempre<br />

é bom lembrar e insistir, o número de usinas de tratamento<br />

de madeiras cresce de forma exponencial no Brasil, a maioria<br />

absoluta voltada à produção de mourões, o que pode<br />

ser traduzido como um conformismo relacionado ao fato<br />

de não se incomodar em trabalhar muito e ganhar pouco.<br />

A elaboração de textos normativos referentes à proteção de<br />

madeiras tem sido um trabalho silencioso, além de fruto da obstinação<br />

de pessoas inquietas, cujos resultados ainda fogem da percepção da<br />

maioria dos empresários do setor<br />

10 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Fábrica de MDF<br />

começa a operar<br />

em Pinheiros<br />

Foto: divulgação<br />

Empresa química<br />

instala filial na<br />

Colômbia<br />

Em um período de dez dias, contados do início do mês<br />

de agosto, três profissionais colombianos receberam treinamento<br />

intensivo na sede da Montana Química em São Paulo<br />

(SP). Segundo o supervisor de exportação da empresa, Adolfo<br />

Pessoa, as atividades envolveram aspectos técnicos e comerciais,<br />

com fundamentos práticos. “O conhecimento que eles<br />

adquiriram engloba as três áreas de negócios da Montana”,<br />

explicou Adolfo. “A preparação dos profissionais foi intensa,<br />

pois a entrada em operação da nova unidade aconteceu no<br />

próprio mês de agosto.” Para Arduick Abreu, gerente da filial<br />

na Colômbia, foi estratégica esta imersão na estrutura organizacional<br />

da empresa. “Tivemos a oportunidade de conhecer<br />

informações consistentes sobre a empresa e seus produtos,<br />

o que faz diferença para o mercado colombiano. Estamos<br />

trabalhando com vernizes, stains e demais produtos da linha<br />

Revenda, além das divisões Osmose e Vernici.”<br />

Com um investimento milionário, o Espírito Santo terá,<br />

a partir de fevereiro de 2018, a primeira fábrica de placas<br />

de fibra de MDF. Placas do Brasil S/A está em estágio avançado<br />

de construção no município de Pinheiros, no norte<br />

do Estado. O empreendimento foi criado com a intenção<br />

de diminuir o custo logístico para aquisição de MDF dos<br />

empresários moveleiros do Norte capixaba, que tinham<br />

que comprar o produto de empresas sediadas na região<br />

Sul do Brasil. A iniciativa surgiu dos empresários ligados<br />

ao Sindimol (Sindicato da Indústria de Madeira e Móveis<br />

de Linhares e Norte do Espírito Santo), que se uniram a<br />

empresários do setor metal-mecânico de Aracruz e outros<br />

que detinham investimentos em terras e florestas de eucalipto<br />

no norte do Estado para viabilizar. Placas do Brasil<br />

teve um investimento total de R$ 473 milhões – sendo R$<br />

393 milhões na indústria e R$ 80 milhões na construção da<br />

base florestal – entre 45 acionistas. Agora, além dos empresários<br />

do setor moveleiro poderem suprir suas próprias<br />

demandas de MDF cru ou revestido, contando com tecnologia<br />

de ponta para tal, todo o excedente da produção – a<br />

capacidade é de produção de 300 mil m³ (metros cúbicos)<br />

por ano – será comercializado no norte do Rio de Janeiro,<br />

leste de Minas Gerais e em todo o nordeste do Brasil.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

12 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

São Paulo terá edifício<br />

totalmente de madeira<br />

Conhecida como cidade do concreto, São Paulo ficará um pouco mais<br />

verde. Isso porque ela vai receber um edifício floresta com sua estrutura totalmente<br />

feita em madeira certificada, com garantia de origem e trajetória.<br />

O projeto, que deve ficar pronto em 2020, será erguido em um terreno de<br />

1.025 m² (metros quadrados) no bairro da Vila Madalena e é uma iniciativa<br />

da Amata, empresa de gestão florestal e o estúdio de arquitetura, Triptyque. O edifício de 13 andares terá área total de 4.700 m² e<br />

abrigará funções diversas e de uso misto, como coworking (espaços de trabalhos coletivos), coliving (habitações coletivas) e restaurantes.<br />

Um dos destaques do desenho do projeto é a integração e conexão com a cidade. Construído em um terreno em desnível, o<br />

prédio terá lajes com recuos distintos, como escada, criando diversas varandas repletas de árvores e arbustos. Sua cobertura verde<br />

terá árvores de maior porte. Além disso, jardineiras com plantas pendentes estarão presentes ao longo de toda a fachada do edifício.


Brasil consome<br />

0,10 m³ de madeira<br />

por habitante<br />

Foto: divulgação<br />

Venda de máquinas<br />

têm queda de 4,1%<br />

As vendas feitas pela indústria brasileira de máquinas<br />

e equipamentos continua a apresentar queda no acumulado<br />

de <strong>2017</strong>. De janeiro até agosto, o setor vendeu R$ 44,1<br />

bilhões, o que representa 4,1% inferior ao registrado no<br />

mesmo período do ano passado. Os dados divulgados no<br />

fim de setembro são da Abimaq (Associação Brasileira da<br />

Indústria de Máquinas e Equipamentos). Já o resultado no<br />

mês de agosto apresentou alta. Foram vendidos em máquinas<br />

e equipamentos R$ 6,08 bilhões, 3,9% a mais em relação<br />

a julho e 2,6% acima do registrado em agosto de 2016. De<br />

acordo com a Abimaq, a alta no oitavo mês do ano se deu em<br />

razão do aumento das vendas para o mercado externo. O resultado<br />

negativo do acumulado do ano foi causado principalmente<br />

pelo efeito da valorização do Real nas exportações,<br />

segundo a entidade. No acumulado de janeiro a agosto, a<br />

média de empregados é de 291,104 trabalhadores, 5,6% a<br />

menos do que no mesmo período do ano passado.<br />

De acordo com o arquiteto Ricardo Dias, professor da UEM<br />

(Universidade Estadual de Maringá), o consumo de madeira por<br />

habitante no Brasil está em baixa: a média é de 0,108 m³ (metro<br />

cúbico) ao ano. Ele apresentou os dados durante o 4º Simpósio<br />

Madeira & Construção, que aconteceu em Curitiba (PR), nos dias<br />

20 e 21 de setembro. “Ainda existe muito preconceito, o que dificulta<br />

a ampliação do uso dessa matéria-prima no nosso país. O<br />

desejo de nós, arquitetos, bem como dos engenheiros e profissionais<br />

da área, é conseguir expandir o uso”, prospecta. “A madeira<br />

pode ter papel mais relevante como tem em outros países.<br />

É uma ótima alternativa para construções provisórias, construções<br />

rápidas, para resolver problemas urgentes com relação à<br />

habitação. Nós ainda não enxergamos o papel estratégico dessa<br />

matéria-prima”, alertou. Para o arquiteto, o Brasil ainda tem um<br />

longo caminho para poder levar habitação de qualidade para<br />

sua população. Ao mesmo tempo, uma série de preocupações<br />

ambientais também interfere no uso da madeira em todo o planeta,<br />

pois discute-se muito o esgotamento dos recursos naturais,<br />

que é um desafio que deve ser enfrentado.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Delegação brasileira<br />

em congresso<br />

madeireiro<br />

Os principais atores mundiais da construção civil em madeira<br />

estiveram reunidos em Bordeaux, na França, entre os dias 12<br />

e 15 de setembro, no primeiro congresso internacional do setor,<br />

o Woodrise <strong>2017</strong>. O objetivo foi discutir a nova agenda global de<br />

construções em madeira, com o propósito de auxiliar a criação<br />

de uma economia de baixo carbono. Na linha de frente do grupo de 15 representantes brasileiros que foi à França, estava delegação<br />

brasileira, também estará o vice-presidente da Área de Desenvolvimento Técnico do Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria<br />

da Construção Civil do Estado do Paraná), Euclesio Manoel Finatti, também coordenador da comissão de estudos da Abnt (Associação<br />

Brasileira de Normas Técnicas) para o desenvolvimento da norma técnica para o sistema construtivo wood frame, Finatti<br />

acompanhou o grupo e conheceu de perto a realidade dos países de primeiro mundo, a fim de trazer um pouco dessa experiência<br />

para o grupo que vem desenvolvendo o trabalho da norma e do fortalecimento desse tema no Brasil.<br />

OUTUBRO | 13


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

App explica<br />

nova legislação<br />

Foto: divulgação<br />

SCM Tecmatic<br />

lança lixadeiras<br />

No fim de setembro a SCM Tecmatic, fabricante de máquinas<br />

para a indústria moveleira com sede em São Bento do Sul (SC),<br />

realizou o evento Portas Abertas SCM Tecmatic. Durante os três<br />

dias, cerca de 200 industriais moveleiros de todas as partes do<br />

Brasil marcaram presença no evento. E empresa apresentou duas<br />

grandes novidades no Brasil. Trata-se das lixadeiras DMC System<br />

e DMC Eurosystem. De acordo com o gerente comercial da SCM<br />

Tecmatic, Tiago Costa, são tecnologias que “só vemos em feiras<br />

internacionais e estamos proporcionando essa realidade para o<br />

mercado brasileiro com foco no alto acabamento”. As lixadeiras<br />

são importadas da SCM Group, da Itália. “Ela faz a função de calibrar<br />

[o substrato] lixar fundo, lixar lâmina e preparar peças para<br />

acabamento alto brilho. Então, 90% que o mercado moveleiro<br />

está pedindo, ela faz”, explicou o gerente. Para o acabamento<br />

alto brilho, o gerente aponta que ela tem um sistema multidirecional.<br />

Nas linhas de lixadeiras nacionais não há uma máquina<br />

que realize o lixamento transversal.<br />

Com objetivo de apresentar e facilitar o entendimento<br />

das mudanças na nova legislação trabalhista,<br />

entre os 106 artigos da CLT (Consolidação das Leis<br />

do trabalho), foi lançado no dia 26 de setembro, pela<br />

CNI (Confederação Nacional da Indústria) o aplicativo<br />

Conexão RT. O app já está disponível para download<br />

gratuito, tanto para usuários do sistema iOS<br />

como Android. A ferramenta interativa permite, a<br />

quem quiser conhecer a nova legislação trabalhista,<br />

pesquisar as novas regras. Além disso, é possível<br />

comparar a legislação antes e depois da aprovação<br />

da Lei nº 13.467/17. Para cada item, são apresentadas<br />

as referências, seja na CLT, em leis esparsas ou<br />

na jurisprudência. A ferramenta é gratuita e apresenta,<br />

de maneira simples e didática, a nova legislação<br />

trabalhista. Em cada tema pode-se obter um quadro<br />

comparativo entre a antiga e a nova lei. Será possível,<br />

ainda, marcar assuntos de preferência e compartilhar,<br />

enviar por e-mail e imprimir as informações<br />

que considerar mais relevantes.<br />

Foto: divulgacão<br />

Imagem: divulgação<br />

REFERÊNCIA<br />

na Formóbile<br />

A Revista REFERÊNCIA e a ForMóbile são parceiros há<br />

muitos anos e trabalham com a mesma visão, de incentivar<br />

o desenvolvimento dos setores da madeira e do mobiliário.<br />

Agora, estão construindo em conjunto uma nova plataforma<br />

presencial para a indústria da madeira, que é Ilha Madeira,<br />

que acontece dentro da ForMóbile 2018. "A iniciativa é beneficiada<br />

pelo know-how e divulgação da revista com a visibilidade oferecida pela feira, vai potencializar novos contatos, networking,<br />

promoção de novos produtos e vendas para as empresas do setor", elogia Liliane Bortoluci, diretora da ForMóbile.<br />

A ForMóbile 2018 ocorre em São Paulo (SP) entre os dias 10 a 13 de julho. As inscrições já estão abertas para os interessados<br />

em expor no evento.<br />

14 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Orchestra<br />

Brasil no México<br />

Foto: divulgação<br />

Mudança da Caixa<br />

pode afetar setor<br />

moveleiro<br />

Quem pensa em comprar a casa própria e está em busca<br />

de um imóvel usado terá, a partir de agora, que juntar entrada<br />

maior, devido alterações nas condições de financiamento<br />

da CEF (Caixa Econômica Federal). Para isto, é provável que a<br />

maioria das pessoas repassem o que seria destinado a compra<br />

de mobiliário para o valor da entrada. Desde o fim de setembro,<br />

a CEF passou a financiar apenas 50% do valor de casa ou<br />

apartamento usado, inclusive no programa Minha Casa, Minha<br />

Vida. Antes era possível parcelar entre 60% e 70% do total,<br />

dependendo da linha de crédito contratada. Para unidades<br />

novas a regra não muda, e 80% do valor pode ser parcelado<br />

pelo banco. Segundo o proprietário da Colicchio Imóveis, Miguel<br />

Colicchio Neto, essa redução impactará a cadeia moveleira.<br />

“Agora quem utilizava esta quantia para mobiliar a casa,<br />

terá que viver como em um acampamento, com pouca coisa,<br />

ou com os itens antigos”, afirma Colicchio Neto.<br />

O Projeto Orchestra Brasil de incentivo às exportações,<br />

realizado pelo Sindmóveis (Sindicato das Indústrias<br />

do Mobiliário de Bento Gonçalves) e pela Apex<br />

Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações<br />

e Investimentos), promove, em outubro, duas missões<br />

prospectivas e de inteligência competitiva à Cidade do<br />

México, na capital mexicana, e à feira High Point, nos<br />

EUA (Estados Unidos da América). Participam dessas<br />

ações fornecedores da indústria moveleira, como fabricantes<br />

de tintas, acessórios, tecnologias, maquinário<br />

para o setor moveleiro, além de estúdios de design participantes<br />

do Projeto Raiz, que fomenta a internacionalização<br />

desse serviço. Maior consumidor e maior importador<br />

de móveis do mundo, os EUA (Estados Unidos<br />

da América) devem ter um crescimento médio anual de<br />

2,2% no consumo de móveis até 2020, segundo projeções<br />

do Euromonitor. Em 2015, os gastos do consumidor<br />

com mobiliário ultrapassaram o valor de US$ 162,9<br />

bilhões. O PIB (Produto Interno Bruto), por sua vez, tem<br />

previsão de aumento de 2,3% em <strong>2017</strong> e 2,5% em 2018.<br />

Foto: divulgacão<br />

Centro de distribuição<br />

no nordeste<br />

Foto: divulgação<br />

A Guararapes, fabricante de painéis de MDF e uma das maiores<br />

exportadoras do Brasil, vai ampliar sua atuação nas regiões<br />

norte e nordeste. Para apoiar esse crescimento, a empresa fechou<br />

contrato com a Wilson Sons Logística e passa a usar o<br />

Centro de Distribuição de Suape, em Pernambuco, para armazenamento<br />

e distribuição da carga. A parceria vai otimizar a distribuição<br />

dos produtos da Guararapes na região, diminuindo em<br />

até 80% o tempo de entrega ao cliente final. A carga é embarcada<br />

no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, e chega ao Porto de<br />

Suape por cabotagem. Os contêineres ocupam uma área dedicada de dois mil metros cúbicos no Centro de Distribuição.<br />

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Foto: divulgação<br />

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ara quem gosta de<br />

plantas, um jardim<br />

vertical pode ser a<br />

alternativa para uma casa<br />

ou apartamento pequeno.<br />

A garagem ou a varanda podem<br />

ser um ótimo espaço.<br />

No entanto, assim como os<br />

jardins tradicionais, é preciso<br />

cuidado e manutenção. A Elo<br />

7, especializada na produção<br />

de artigos de madeira inusitados,<br />

tem como um dos seus carros chefes uma linha de jardins verticais, de acordo com a demanda dos clientes. Os<br />

produtos são produzidos a partir de madeira tratada de pinus, resistindo às intempéries externas.<br />

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nspirada na criatividade da internet<br />

com os paletes, a Meu Pallet<br />

tem investido nos mais diversos<br />

tipos de utilização para a peça. Os nichos<br />

na cabeceira foram estrategicamente<br />

posicionados para facilitar o<br />

acesso aos objetos nele acomodados.<br />

As prateleiras estreitas servirão como<br />

apoio para luminárias, que deixarão<br />

uma luz baixa durante o período da<br />

noite. A cama baixa foi produzida para<br />

adaptar bem o colchão box e ficar em<br />

uma altura confortável. A cor natural<br />

da madeira combina com o quarto e<br />

permite usar qualquer cor de jogo de<br />

cama, realçando a cor dos mesmos.<br />

Foto: divulgação<br />

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ALTA E BAIXA<br />

ALTA<br />

CONSUMO DE PAINÉIS DE MADEIRA<br />

REGISTRA ALTA<br />

O consumo aparente de painéis de madeira apresentou evolução na transição entre os meses<br />

de junho e julho. O aumento nos números ficou evidente, já que o consumo passou de 501 mil<br />

m³ (metros cúbicos) para 550 mil m³. Os dados são da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) na 39º<br />

edição do Cenários Ibá.<br />

MÓVEIS VOLTAM A VENDER<br />

O volume de vendas do comércio varejista aumentou 3,6% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2016. É<br />

a maior variação mensal desde que essa recuperação começou, em abril. Os destaques foram os móveis, cujas vendas<br />

cresceram 16,5% em relação a agosto do ano passado. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o varejo registrou,<br />

respectivamente, 1,7% e 2,3%. É o que revela a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), divulgada em outubro.<br />

PROJEÇÃO DE RETOMADA DE CRESCIMENTO<br />

Apesar da retomada, o Iemi divulgou que, na realidade, a projeção de crescimento do setor moveleiro é um retrocesso.<br />

Olhando no longo prazo, a expectativa é que até 2021 haja um crescimento do setor de 19%, o que a princípio parece<br />

muito bom. “Ou seja, voltaremos ao que tínhamos em 2013. Seria uma perda de oito anos de oportunidade de crescimento<br />

e enriquecimento”, comparou Marcelo Prado, diretor do Iemi.<br />

BAIXA<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL MAIS CARA<br />

A desaceleração no ritmo de alta do Incc-m (Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado),<br />

de 0,40% para 0,14% de agosto para setembro foi influenciado pelo declínio de 0,04%<br />

registrado em Mão de Obra. Em agosto, esse item apresentava taxa positiva de 0,56%. O<br />

motivo da queda, conforme a FGV (Fundação Getulio Vargas), foi ajuste nos níveis salariais<br />

de algumas ocupações.<br />

20 |<br />

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FRASES<br />

O setor moveleiro tem um papel<br />

importante na produção industrial<br />

paranaense, no impacto social e na<br />

capacidade de gerar empregos. A indústria<br />

tem que se reinventar a cada dia para<br />

fazer novos produtos que satisfaçam às<br />

necessidades do consumidor<br />

Foto: divulgação<br />

Irineu Munhoz, coordenador do Conselho Setorial Moveleiro da Fiep<br />

(Federação das Indústrias do Estado do Paraná), ao falar do papel do<br />

mobiliário na vida das pessoas durante o Congresso Moveleiro<br />

Neste intervalo de um ano e meio já realizamos cinco reuniões<br />

da Comissão de Produção e Comércio. A Argentina é um de nossos<br />

parceiros comerciais mais importantes e estou muito satisfeito com os<br />

avanços que temos atingido. Temos muito ainda a fazer, mas estamos em<br />

um bom caminho<br />

Marcos Pereira, ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, ao assinar acordo bilateral com a<br />

Argentina que facilita o comércio de produtos entre os dois países<br />

É uma nova ferramenta de consulta para o mercado, que baliza<br />

uma série de informações do setor<br />

José Carlos Januário, presidente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente), ao comentar o lançamento do Estudo Setorial em Síntese<br />

Na prática, sabemos que esses números<br />

ainda não são suficientes para indicar<br />

uma tendência, mas podem, pelo menos,<br />

sinalizar uma diminuição no ritmo de<br />

queda, suficiente para pensarmos que o<br />

crescimento poderá vir<br />

Foto: divulgação<br />

João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), ao<br />

comentar os números positivos do primeiro semestre de <strong>2017</strong><br />

22 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

MARCELO<br />

ANTONIO<br />

PERCICOTTI<br />

DA SILVA<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

PLACE OF BIRTH:<br />

Curitiba (PR), 19/09/1968<br />

Curitiba (PR), September 19, 1968<br />

Foto: divulgação<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />

EDUCATION:<br />

Graduado em Economia pela Ufpr (Universidade Federal<br />

do Paraná)<br />

BSc. Economics, Federal University of Paraná, (Upfr)<br />

CARGO<br />

PROFESSION:<br />

Gerente de Economia, Desenvolvimento e Fomento da Fiep<br />

(Federação das Indústrias do Estado do Paraná)<br />

Manager of Economics, Development and Incentives for<br />

the State of Paraná Federation of Industries (Fiep)<br />

Economicamente falando<br />

Economically speaking<br />

P<br />

alestrante da edição <strong>2017</strong> do Congresso Moveleiro,<br />

Marcelo Percicotti é uma das maiores autoridades<br />

paranaenses quando o assunto é o conhecimento<br />

do panorama moveleiro, no aspecto econômico. Em entrevista<br />

à REFERÊNCIA INDUSTRIAL, ele destrinchou os<br />

principais pontos que o industrial de qualquer Estado deve<br />

estar atento para o quarto trimestre do ano.<br />

S<br />

peaking at the <strong>2017</strong> Furniture Congress, Marcelo<br />

Percicotti is one of Paraná’s biggest authorities<br />

when the subject is knowledge about the panorama<br />

of the Furniture Sector, from an economic point of view. In<br />

an interview with REFERÊNCIA INDUSTRIAL, he broke down<br />

the main points that an industrialist from any State in Brazil<br />

should take into consideration for the 1917 third quarter.<br />

24 |<br />

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Em entrevista recente, disse que aos poucos a atividade<br />

industrial começa a dar sinais de estabilidade. Quando<br />

poderemos dizer que estes números são um sinal concreto<br />

que a recessão estará encerrada?<br />

Existem sim alguns sinais de recuperação da atividade<br />

econômica no Paraná, sobretudo àquelas advindas da indústria<br />

de transformação. Nos últimos doze meses, dados do<br />

Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam<br />

um crescimento acumulado na produção física da indústria<br />

de transformação paranaense de 1,8%. Das 25 atividades<br />

acompanhadas, seis atividades apresentam crescimento<br />

na produção. Os destaques são os segmentos de fabricação<br />

de máquinas e equipamentos (60%), fabricação de veículos<br />

automotores (11,9%) e fabricação de produtos alimentícios e<br />

bebidas (6,6%) puxam a recuperação da atividade industrial<br />

do Estado.<br />

No entanto, indicar que os números refletem uma recuperação<br />

de toda a atividade industrial ainda é muito prematuro.<br />

Primeiro, porque o crescimento da produção não está<br />

pulverizada em todas as atividades industriais. Por exemplo,<br />

analisando apenas o segmento de móveis, este tem acumulado<br />

a uma queda na produção de 4,7% nos últimos 12 meses.<br />

Quando analisado o crescimento anual desta atividade, os<br />

dados refletem uma queda de 3,1% da produção física de<br />

móveis no Estado. No cenário nacional, o comportamento<br />

da evolução da produção física de móveis também inspira<br />

atenção. Só para efeito de ilustração, as quedas na produção<br />

física do setor no acumulado dos últimos 12 meses e do ano<br />

são respectivamente de 3,1% e 2,0%.<br />

Sobre a evolução da produção da indústria, os níveis de<br />

produção atual – mesmo com evolução positiva – ainda são<br />

menores que os níveis de produção do ano de 2014, ano<br />

considerado como início da crise econômica do país. Há<br />

previsões de que somente no final de 2019 e 2020 que a atividade<br />

industrial recuperará os níveis de produção de 2014.<br />

Outro fator relacionado à atividade industrial do Estado<br />

que ainda indica certa prudência no processo de recuperação<br />

da atividade produtiva é o termômetro que mede a confiança<br />

do empresário paranaense. O último indicador apontou um<br />

número de 50,1 pontos no grau de confiança na atividade<br />

industrial. Este indicador varia entre 0 e 100 pontos. O<br />

resultado entre 0 e 50 pontos capta o baixo otimismo do<br />

empresário industrial em relação ao ambiente de negócio<br />

que desenvolve sua atividade produtiva. Acima de 50 pontos,<br />

você capta no empresário uma percepção de otimismo. Pois<br />

bem, o resultado do mês de julho deste ano – 50,1 pontos<br />

– ficou no limite de transição das áreas de pessimismo e<br />

otimismo o que indica que ainda há muitas dúvidas na cabeça<br />

do empresário se o processo de retomada da atividade<br />

industrial é sustentável e que ganhará vigor ao longo do ano.<br />

Para piorar um pouco mais as incertezas, outro agravante<br />

é a instabilidade política ocorrida no cenário nacional que<br />

pode afetar o frágil processo de retomada do crescimento da<br />

atividade industrial. Até que ponto essa instabilidade afetaria<br />

o processo de votação das reformas econômicas sugeridas<br />

pelo atual governo? Muito difícil prever essa realidade!<br />

In a recent interview, you said that industrial activity<br />

is slowly beginning to show signs of stability. When<br />

can we say that these numbers are a concrete sign that<br />

the recession is over?<br />

Yes, there are some signs of economic activity recovery<br />

in the State of Paraná, especially those arising from the<br />

transformation industry. In the last 12 months, data from<br />

the Brazilian Institute of Geography and Statistics (Ibge) indicated<br />

an accumulated growth in production in the State<br />

of Paraná transformation industry of 1.8%. Of the 25 activities<br />

monitored, six showed growth in production. The<br />

highlights are machinery and equipment production (60%),<br />

motor vehicle manufacturing production (11.9%) and food<br />

and beverage products (6.6%), driving the recovery of industrial<br />

activity in the State.<br />

However, the indication is that the numbers reflect a<br />

very premature recovery in industrial activity. First, because<br />

the growth of production is not spread out over all industrial<br />

activities. For example, analyzing only the furniture<br />

segment, it has accumulated a decrease in production of<br />

4.7% in the last 12 months. When analyzing annual growth<br />

of this activity, the data reflects a 3.1% drop of physical furniture<br />

production in the State. On the national scene, the<br />

behavior of the evolution of physical furniture production<br />

also warrants caution. Only for illustrative purposes, the<br />

decreases in output in the Sector over the past 12 months<br />

and the year are 3.1% and 2.0%, respectively.<br />

As to the growth of industrial production, current production<br />

levels – even with the positive numbers – are still<br />

lower than the production levels in 2014, the year regarded<br />

as the start of the economic crisis in the Country. There are<br />

predictions that only by the end of 2019 or early 2020 will<br />

industrial activity recover to the 2014 production levels.<br />

Another factor related to industrial activity in the State<br />

that still indicates a certain caution as to the productive<br />

activity recovery process is the thermometer that measures<br />

the Business Confidence in the State of Paraná. The last<br />

indicator pointed to a number of 50.1 points in the degree<br />

of confidence in industrial activity. This indicator varies between<br />

0 and 100 points. The result between 0 and 50 points<br />

shows low industrial optimism on the part of entrepreneurs<br />

in relation to the business environment in which he carries<br />

out his productive activity. Above 50 points, shows that the<br />

entrepreneur has a sense of optimism. Well, the result in<br />

July this year, 50.1 points, was on the edge of the transition<br />

from pessimism to optimism which indicates that there are<br />

still many doubts in the minds of entrepreneurs as to the<br />

resumption process for industrial activity being sustainable<br />

and that will gain force over the year.<br />

To make matters worse, a little more uncertainty, another<br />

aggravating factor is the political instability that occurred<br />

on the national scene that can affect the fragile process<br />

of resumption of industrial activity growth. As to what<br />

extent this instability will affect the voting process on the<br />

economic reforms suggested by the current Government? It<br />

is very difficult to predict this.<br />

OUTUBRO | 25


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

Como a Fiep tem avaliado os últimos meses para o setor<br />

moveleiro e o que podemos esperar para o segundo semestre<br />

deste ano, quando o assunto é o setor moveleiro?<br />

Mesmo com os incentivos dado pelo governo federal<br />

para aumentar o consumo, os dados de produção do setor<br />

moveleiro do Estado divulgados pelo Ibge ainda não refletem<br />

esses incentivos. Utilizando a variação percentual da<br />

produção dos últimos 12 meses, a produção física de móveis<br />

no Estado caiu 4,7%. Neste ano – dados acumulados até<br />

julho – a produção caiu 3,1%. A queda na produção pode<br />

ser sentida no mercado de trabalho. Em 2015, no Paraná<br />

exerciam suas funções laborativas mais de 37,6 mil pessoas.<br />

Até julho deste ano os números indicam 35,7 mil pessoas<br />

trabalhando no segmento de móveis do Estado, queda de<br />

5,0% nos postos de trabalho.<br />

Apesar da queda da produção estadual, um alento para<br />

setor nos últimos meses foi o crescimento dos valores das<br />

exportações. Os dados do último boletim de comércio<br />

exterior da Fiep tem apontado um crescimento de 12,3%<br />

na comparação com o mesmo período do ano anterior. No<br />

entanto, a atividade de exportação geralmente demanda<br />

das empresas capacitação e estrutura profissional adequada<br />

para explorar esse mercado. Necessitam-se de analistas para<br />

identificar mercados no exterior, profissionais que viajam<br />

para estabelecer contatos e outras necessidades que ajudam<br />

na atividade exportadora da empresa que dificilmente as<br />

microempresas do setor possuirão. Cerca de 89% do setor<br />

moveleiro paranaense é formado por microempresa.<br />

Hoje, acredita que mais do que nunca é necessário estar<br />

atento a boletins como o de Indicadores Conjunturais,<br />

da Fiep, que medem o desempenho industrial?<br />

Estamos em uma era em que o conhecimento é um fator<br />

de diferencial competitivo. Adiciona-se a isso o fato de que<br />

o mercado está cada vez mais competitivo. O boletim de<br />

Indicadores Conjunturais fornece informações estratégicas<br />

mensais das vendas e compras da indústria paranaense,<br />

entre outras variáveis relevantes. Torna-se ainda mais importante<br />

ao considerar que aquelas empresas que fornecem<br />

as informações conjunturais recebem periodicamente um<br />

relatório do seu desempenho comparando os seus resultados<br />

com o seu segmento de atuação e da indústria como<br />

um todo.<br />

Estamos em uma<br />

era em que o<br />

conhecimento é um fator<br />

de diferencial competitivo<br />

How does Fiep see what has occurred over the recent<br />

months in the Furniture Sector and what can we expect for<br />

the second half of this year, as it applies to the Sector?<br />

Even with the incentives given by the Federal Government<br />

to increase consumption, production data in the Furniture<br />

Sector in the State disclosed by Ibge do not reflect these incentives.<br />

Using the percentage variation of production for the<br />

last 12 months, the physical furniture production in the State<br />

decreased 4.7%. This year, according to accumulated data to<br />

July, production decreased 3.1 percent. The decrease in production<br />

can be felt in the labor market. In 2015, in the State of<br />

Paraná, over 37.6 thousand were working in the sector. By July<br />

of this year, the numbers indicate 35.7 thousand working in the<br />

furniture segment of the State, a 5.0% drop in jobs.<br />

Despite the fall in production in the State, a boost to the<br />

Sector in recent months has come from the growth in export<br />

values. The data from Fiep's latest newsletter concerning foreign<br />

trade pointed out a growth of 12.3% in comparison with<br />

the same period of the previous year. However, the export activity<br />

generally demands educating companies and having a<br />

professional structure suitable for exploring this market. There<br />

is a need for analysts to identify markets abroad, professionals<br />

who travel to establish contacts, and other things that help<br />

in the exporting activity of a company, which microbusinesses<br />

are unlikely to have. About 89% of the State of Paraná Furniture<br />

Sector consists of microbusinesses.<br />

Today, do you believe that now more than ever, it is necessary<br />

to keep up with the Economic Indicators measuring<br />

industrial performance, such as those published in the Fiep<br />

newsletters?<br />

We are in an era in which knowledge is a factor leading to<br />

competitive advantage. Add this to the fact that the market<br />

is increasingly competitive. The Fiep Bulletin of Economic Indicators<br />

provides information on monthly sales and strategic<br />

purchases by companies in the State of Paraná, amongst other<br />

relevant variables. This becomes even more important when<br />

considering, that the companies that provide information, periodically<br />

receive a performance report comparing their results<br />

with their segment and the industry as a whole.<br />

What can we expect for the second half of this year, as<br />

to sales?<br />

The prognosis is for GDP growth of less than 1%, which<br />

suggests that there will be a slow resumption of employment,<br />

consumption and investment. The scenario points to more optimistic<br />

expectations for next year. As an example, according<br />

to the Bulletin of Economic Indicators, industrial sales in the<br />

State of Paraná for the first half of the year were 8.26 percent<br />

lower than sales in the first half of 2016. This situation<br />

demonstrates that there is still a substantial way to go in the<br />

industrial activity recovery process.<br />

What were the main points you presented during your<br />

talk at the Furniture Congress?<br />

The presentation at the Furniture Congress included the<br />

launch of the Panorama for the State of Paraná Furniture Sec-<br />

26 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


O que podemos esperar para o segundo semestre<br />

deste ano, no que tange ao setor de vendas?<br />

O prognóstico para o crescimento do PIB (Produto Interno<br />

Bruto) nacional é de menos de 1%, o que sugere que<br />

teremos pequena evolução na retomada do emprego, do<br />

consumo e investimentos. Esse cenário aponta para expectativas<br />

mais otimistas a partir do ano que vem. Como exemplo,<br />

de acordo com o Boletim de Indicadores Conjunturais, as<br />

vendas industriais paranaenses do primeiro semestre desse<br />

ano foram 8,26% menores que as vendas do primeiro semestre<br />

de 2016. Essa situação demonstra que ainda temos um<br />

processo substancial de recuperação da atividade industrial.<br />

Quais os principais pontos apresentados durante sua<br />

palestra no Congresso Moveleiro?<br />

A apresentação de lançamento do Panorama Setorial<br />

da Indústria de Móveis do Paraná, no Congresso Moveleiro,<br />

informou os objetivos da pesquisa, a metodologia aplicada e<br />

alguns resultados da dinâmica setorial, como cenário mundial,<br />

nacional e estadual moveleiro, bem como, estratégias<br />

de compra de matéria – prima e destino das vendas. Além<br />

das informações apresentadas no Congresso, é importante<br />

destacar que o Panorama é um estudo de 108 páginas com<br />

uma diversidade de informações quantitativas e qualitativas<br />

da cadeia produtiva moveleira.<br />

Quais são as principais pesquisas e ações do setor de<br />

Economia, Desenvolvimento e Fomento em <strong>2017</strong>?<br />

A Gerência de Economia, Desenvolvimento e Fomento<br />

fornece um conjunto de pesquisas mensais, a saber: Boletim<br />

de Indicadores Conjunturais, Desempenho do Comércio<br />

Exterior, Índice de Confiança da Indústria de Transformação<br />

e Índice de Confiança da Indústria da Construção. Também,<br />

realiza pesquisa anual que busca identificar a percepção do<br />

empresário sobre o ambiente de negócios em que ele está<br />

inserido. Os resultados dessa pesquisa são divulgados pela<br />

publicação da Sondagem <strong>Industrial</strong> versões Micro e Pequena<br />

(parceria com o Sebrae) e Indústria Geral.<br />

Atua, também, em projetos de desenvolvimento industrial<br />

que contribuem para o adensamento de cadeias<br />

produtivas e a diversificação do tecido industrial no Estado<br />

do Paraná. Essas ações são desenvolvidas por meio da prestação<br />

de serviços em estruturação de distritos industriais,<br />

planos de atração de investimentos e desenvolvimento de<br />

planos de negócios para investimentos industriais.<br />

Por fim, a área de Fomento orienta o empresário no<br />

acesso a recursos financeiros para ampliação da atividade<br />

produtiva, modernização tecnológica, inovação ou capital<br />

de giro. Assim, uma equipe técnica especializada consegue<br />

identificar as melhores opções de financiamento produtivo<br />

de acordo com as necessidades da empresa.<br />

Na sua avaliação, quais os fatores que levaram a uma<br />

queda intensa nos números do setor moveleiro durante a<br />

crise? Houve um despreparo para um cenário de recessão?<br />

A recessão desses últimos anos foi a maior da história<br />

e ocasionou um impacto negativo no desempenho da economia<br />

que trouxe dificuldades singulares de superação para<br />

tor, outlining the research objectives, methodology used and<br />

some results of sector dynamics, such as the national, state<br />

and world furniture scene, as well as, raw material buying<br />

strategies and sales destinations. In addition to the information<br />

presented at the Congress, it is important to note that the<br />

Panorama is a study containing 108 pages with a variety of<br />

quantitative and qualitative information about the furniture<br />

productive chain.<br />

What are the key research and other actions being<br />

taken by the Fiep Economic, Development and Stimulus<br />

Department in <strong>2017</strong>?<br />

The Economic, Development and Stimulus Department<br />

produces a set of monthly studies, namely: the Economic Indicators<br />

Bulletin, Foreign Trade Performance, Transformation<br />

Industry Confidence Index and Construction Industry Confidence<br />

Index. It also carries out an annual survey that seeks to<br />

identify the entrepreneur's perception about the business environment<br />

in which it is inserted. The results of this study are<br />

disseminated through the publication of the <strong>Industrial</strong> Survey,<br />

including versions concerning Micro and Small Companies (in<br />

partnership with Sebrae) and Overall Industry.<br />

It also helps carry out in industrial development projects<br />

that contribute to the building of productive chains and diversification<br />

of the industrial fabric in the State of Paraná. These<br />

actions are carried out by means of providing services in structuring<br />

industrial districts, plans for attracting investments,<br />

and developing business plans for industrial investments.<br />

Finally, there is the area of stimulating economic activity,<br />

which helps the entrepreneur in accessing financial resources<br />

for productive activity expansion, technological modernization,<br />

innovation or working capital. Thus, a specialized technical<br />

team can identify the best options for financing according<br />

to the needs of a company.<br />

O setor moveleiro,<br />

como todas as<br />

atividades produtoras de<br />

bens de consumo, sofreu de<br />

forma contundente a queda<br />

na renda, o desemprego<br />

e o arrefecimento do<br />

mercado imobiliário<br />

OUTUBRO | 27


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

todas as empresas e setores produtivos. O setor moveleiro,<br />

como todas as atividades produtoras de bens de consumo,<br />

sofreu de forma contundente a queda na renda, o desemprego<br />

e o arrefecimento do mercado imobiliário. Esses fatores<br />

externos afetaram diretamente o desempenho do setor<br />

moveleiro, bem como, do restante da indústria.<br />

A exportação tem sido vista por muitos como a salvação<br />

da lavoura. Acredita que esse cenário se prolongará<br />

por muito tempo?<br />

O crescimento das exportações paranaenses foi de 15%<br />

nos primeiros sete meses do ano. O mercado externo se<br />

apresenta como uma alternativa muito interessante para<br />

o aumento das vendas em um cenário de recuperação da<br />

atividade econômica interna ainda incipiente. A extensão<br />

desse cenário dependerá de alguns fatores relevantes, como<br />

o câmbio e os custos de produção. Esses fatores afetam<br />

diretamente a rentabilidade da empresa exportadora e que<br />

possuem a característica de pouco controle por parte das<br />

organizações empresariais, considerando que no conjunto<br />

dos custos estão inseridos custos de energia e logística,<br />

por exemplo, que também são externos, em boa medida,<br />

ás estratégias e controles das empresas. No que se refere a<br />

estratégia das empresas a extensão desse cenário de evolução<br />

das exportações dependerá da busca por uma maior<br />

eficiência na gestão comercial com foco no mercado externo.<br />

Sem intermediários, o produtor médio pode encontrar<br />

dificuldades para entrar nesse novo nicho de mercado?<br />

A pequena e média indústria pode encontrar diversas<br />

dificuldades para entrar no mercado externo se não contar<br />

com uma estrutura técnica adequada ou assessoria técnica<br />

especializada para orientá-la no acesso ao mercado externo.<br />

Essa assessoria estratégica tem condições de orientar<br />

na identificação de mercados potenciais, necessidades de<br />

adequação de produtos e embalagens, questões legais e<br />

burocráticas, financiamento, assim como a melhor forma<br />

de comercialização para o exterior. Nesse sentido, a Fiep<br />

conta com o CIN (Centro Internacional de Negócios) que<br />

apresenta condições técnicas de assessorar devidamente<br />

as indústrias paranaenses.<br />

In your opinion, what factors have led to the severe decline<br />

in numbers in the Furniture Sector during the crisis we<br />

are going through now? Was there a lack of preparation for<br />

such a recession scenario?<br />

The recession over these last few years was the largest in<br />

history and led to a negative impact on the performance of the<br />

economy, which naturally led to difficulties for all companies<br />

and productive sectors. The Furniture Sector, as for all consumer<br />

good producing activities, greatly suffered from the fall in<br />

family income, unemployment and the slowing down in the<br />

housing market. These external factors directly affected the<br />

performance of the Furniture Sector, as well as the rest of industry<br />

as a whole.<br />

Exports have been seen by many as the salvation of<br />

agricultural activities. Do you believe that this scenario<br />

will continue for a long time?<br />

Export growth in the State of Paraná was 15% in the first<br />

seven months of the year. The foreign market is a very interesting<br />

alternative for increasing sales in a recovery scenario<br />

where the internal economic activity still incipient. The extension<br />

of this scenario will depend on some relevant factors, such<br />

as the exchange rate and the production costs. These factors<br />

directly affect an exporting company’s profitability and have<br />

the characteristic of not being able to be controlled on the part<br />

of business organizations, considering that many costs such as<br />

energy and logistics, for example, are also in a large part external,<br />

when compared to company strategies and controls. With<br />

regard to company strategies, the extension of this scenario of<br />

export growth will depend on the search for greater efficiency<br />

in business management with a focus on foreign markets.<br />

Without using intermediaries, will the medium-sized<br />

producer find it difficult to enter this new market niche?<br />

Small and medium-sized companies can encounter several<br />

difficulties in entering the foreign market, if they don’t have<br />

a proper technical structure or specialized technical advice to<br />

guide it in the access to foreign markets. This specialized advice<br />

makes it possible to identify potential markets, product<br />

appropriateness needs and packaging, legal and bureaucratic<br />

issues, and financing, as well as the best form of marketing.<br />

In this sense, Fiep has the International Business Centre (CIN)<br />

which has the technical conditions to assist companies in the<br />

State of Paraná.<br />

Mesmo com os incentivos dado<br />

pelo governo federal para aumentar o<br />

consumo, os dados de produção do setor<br />

moveleiro do Estado divulgados pelo Ibge<br />

ainda não refletem esses incentivos<br />

28 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA ABIMCI<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

UNIÃO MARCA FORÇA DO SETOR PRODUTIVO<br />

DA MADEIRA<br />

Semana Internacional da Madeira superou todas as adversidades e foi um sucesso<br />

U<br />

ma semana intensa. Assim foi a programação<br />

da Semana Internacional da Madeira, entre os<br />

dias 19 e 22 de setembro, que reuniu mais de<br />

6 mil pessoas em Curitiba (PR), transformando, mais<br />

uma vez, a cidade paranaense em um polo de negócios,<br />

conteúdo e troca de experiências entre os profissionais<br />

do setor madeireiro.<br />

Se os eventos pudessem ser traduzidos em uma palavra,<br />

provavelmente ela seria ‘superação’. Superamos as<br />

dificuldades conjunturais do país e do próprio setor para<br />

reunir em um só lugar as principais vozes do setor produtivo<br />

florestal e madeireiro. Uma iniciativa que contou<br />

com a participação de diversas entidades setoriais, universidades,<br />

instituições de pesquisa, consultorias, mídia<br />

especializada e, claro, das empresas que enviaram seus<br />

profissionais, montaram stands e patrocinaram alguns<br />

dos eventos realizados.<br />

A Abimci, como entidade representativa e instituição<br />

que exerce um papel fundamental nos campos político,<br />

comercial e técnico, mobilizou sua base e, mais uma vez,<br />

promoveu várias ações dentro da programação da semana,<br />

com destaque para a realização do WoodTrade Brazil<br />

para a discussão e avaliação do mercado. Um momento<br />

importante de debate, compartilhamento de informações<br />

e dados estratégicos com um público altamente<br />

qualificado, marca dos eventos da entidade. Também<br />

foi realizada a reunião plenária geral, com análises da<br />

economia nacional, política de câmbio e informações<br />

sobre projetos de infraestrutura e logística, que podem<br />

vir a melhorar o escoamento dos produtos madeireiros.<br />

Na Feira Lignum Brasil, a Abimci em seu estande<br />

institucional recebeu um grande número de associados<br />

e convidados que teve acesso à nova publicação Estudo<br />

Setorial em Síntese, uma novidade que pretende fornecer<br />

às empresas ainda mais conteúdo relevante e atualizado,<br />

além de um ambiente profícuo em troca de informações<br />

sobre produção, mercado, novas tecnologias, etc.<br />

As empresas que estiveram em Curitiba em setembro<br />

encontraram uma grande oportunidade para estar frente<br />

a frente com especialistas nacionais e internacionais de<br />

mercado, tecnologia, energia, tratamento, suprimento,<br />

construção com madeira, além de terem acesso às novidades<br />

apresentadas nas feiras Lignum Brasil e Expo<br />

Madeira & Construção.<br />

Quem não fechou negócios, pôde avaliar a temperatura<br />

do mercado, encontrar parceiros e fornecedores.<br />

Estamos certos de que todo o esforço das empresas em<br />

participar de uma agenda cheia como foi a da Semana<br />

Internacional da Madeira certamente recompensou.<br />

Iniciamos, assim, o último trimestre no ano com<br />

as esperanças renovadas e com uma visão melhorada<br />

de futuro, de que há espaço para crescer, desenvolver<br />

novas ideias e fortalecer cada vez mais a cadeia florestal<br />

e madeireira do país.<br />

Os empresários mostraram durante as atividades<br />

desenvolvidas que, a cada dia que passa, estamos nos<br />

descolando da crise política e ética que assola o país, e<br />

com isso mantermos nosso foco da geração de emprego,<br />

em busca da sustentabilidade e do desenvolvimento<br />

econômico. Parabéns a todos os envolvidos!<br />

Estamos certos de que todo o esforço das empresas<br />

em participar de uma agenda cheia como foi a<br />

da Semana Internacional da Madeira certamente<br />

recompensou<br />

30 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


tecnologia e eficácia profissional da Seller Mecânica,<br />

resultam em projetos de alto nível e que atendem as<br />

exigências e necessidades dos mais variados segmentos.<br />

seller<br />

25 anos<br />

de tradição<br />

maior<br />

produtivade<br />

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Fotos: divulgação<br />

SELLER MECÂNICA SE TORNA CASE DE<br />

SUCESSO QUANDO O ASSUNTO SÃO<br />

AUTOCLAVES DE ALTA PERFORMANCE<br />

32 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


DE ALTO NÍVEL<br />

A<br />

S<br />

HIGH LEVEL<br />

CUSTOMIZATION<br />

SELLER MECÂNICA IS CONSIDERED A<br />

SUCCESS WHEN IT COMES TO THE SUBJECT<br />

OF HIGH PERFORMANCE AUTOCLAVES<br />

Seller Mecânica é uma empresa familiar e traduz isso no<br />

trato com os clientes. Há 25 anos no mercado, começou<br />

suas atividades com foco majoritário em consultoria,<br />

projetos e fabricação de equipamentos e instalações industriais<br />

voltadas à área mineradora, assim como sua consequente manutenção.<br />

“Através dos anos, com o conhecimento e desejo de<br />

aprender e evoluir começamos a diversificar nossa atuação”,<br />

destaca William Seullner, diretor da empresa. “Hoje, prestamos<br />

serviços e realizamos projetos para indústrias de papel, celulose<br />

e agroindústria.”<br />

O início do trabalho com autoclaves se deu justamente pelo<br />

prazer em novos desafios, com um cliente na região de Itapeva<br />

(SP), onde fica a sede da empresa. Ele trabalhava com uma autoclave<br />

pequena e de baixa qualidade: gerava custos excessivos<br />

com mão de obra e baixíssimo rendimento, principalmente com as<br />

vagonetas de transporte de madeira. “O cliente resolveu nos procurar<br />

para resolver o problema com as vagonetas, trabalho realizado<br />

com tanto sucesso que abriu portas para uma proposta: vocês não<br />

querem desenvolver uma autoclave para nós?”, relembra Seullner.<br />

Com o desafio lançado, há mais de 10 anos deu início a entrada<br />

da Seller Mecânica no mundo de UPMs (Usinas de Preservativos de<br />

Madeira) onde atuou sempre por indicações. Constroem diversos<br />

equipamentos, porém sempre com um diferencial: assessoria e<br />

acompanhamento personalizado do projeto junto ao cliente, a<br />

quem a Seller Mecânica busca sempre desenvolver um serviço<br />

diferenciado e único no mercado. “Damos muita atenção ao préeller<br />

Mecânica is a family owned company and instills this<br />

in dealing with customers. With 25 years in the market, it<br />

started its activities with a major focus on consulting, design<br />

and the manufacture of industrial equipment and installations<br />

geared to the mining area, as well as subsequent maintenance.<br />

“Over the years, with the knowledge and desire to learn and evolve,<br />

we began to diversify our operations,” says William Seullner,<br />

Director of the Company. “Today, we provide services and design<br />

projects for the paper, cellulose and agro-industry sectors.”<br />

The beginning of the work with autoclaves was just for the<br />

pleasure of facing a new challenge for a customer in the Itapeva<br />

(SP) region, where the Company has its headquarters. At the time,<br />

he was working with a small and low-quality autoclave: generating<br />

excessive labor costs and low yields, especially as to the trolleys<br />

used for timber transport. “With these problems, the customer decided<br />

to ask us to solve his problem with the trolleys, a job that was<br />

carried out so successfully that it opened doors to a proposal from<br />

him: do you want to develop an autoclave for us?” recalls Seullner.<br />

OUTUBRO | 33


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

ALÉM DE TODO O SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E SUPERVISÃO<br />

DO EQUIPAMENTO, AS AUTOCLAVES CONTAM COM<br />

BOMBAS E TUBULAÇÕES DIMENSIONADAS DE MODO A<br />

TEREM O MELHOR RENDIMENTO POSSÍVEL<br />

-projeto, analisando as necessidades e vontades do cliente. Assim,<br />

sugerimos adequações e desenvolvemos produtos sempre únicos<br />

e com alto rendimento, baixa manutenção e confiáveis”, avalia<br />

Seullner. “Isso nos deu uma credibilidade no mercado e nos tornou<br />

uma das empresas com o melhor e mais moderno equipamento<br />

do mercado nacional.”<br />

As autoclaves da Seller Mecânica são desenvolvidas exclusivamente<br />

para cada cliente e suas necessidades, sendo elas<br />

manuais ou automáticas. É possível adicionar componentes como<br />

vagonetas, trilhos, guinchos de tração para as vagonetas, sistema<br />

para tratamento com dois ou mais produtos químicos simultaneamente;<br />

tanques de solução inferior, superior ou laterais; pontes<br />

de interligação automáticas; sistemas de porta semi-automática<br />

ou totalmente automática; sistema de dosagem automático;<br />

leitura da concentração do produto em tempo real; entre outros<br />

acessórios. Com isso, é possível otimizar a usina conforme a demanda<br />

necessária, sempre com baixa intervenção manual e custo<br />

de operação mínimo.<br />

A Seller desenvolveu um sistema de automação moderno,<br />

completo e simples de operar, proporcionando flexibilidade para<br />

os diversos tipos de tratamento existentes. “Otimizando e reduzindo<br />

os custos de produção, todo o sistema foi idealizado para<br />

garantir a qualidade dos lotes, emitindo um relatório completo<br />

dos tratamentos como o desempenho de cada etapa e o mais importante:<br />

a retenção de ingrediente ativo absorvido pela madeira<br />

por m³ (metro cúbico) ou IA, unidade utilizada para poder definir a<br />

qualidade e a garantia que o fornecedor da madeira pode repassar<br />

aos seus clientes”, destaca Seullner. “Essa dedicação não é em vão:<br />

trazemos mais segurança, qualidade e redução dos custos para<br />

fabricação dos produtos tratados.”<br />

Na prática, o desempenho das autoclaves da Seller é altamente<br />

satisfatório, avaliam os clientes. Com produção mensal de<br />

4.500 m³ de madeira por mês em cada turno, a Ekomposit é um<br />

After the challenge, more than 10 years ago, Seller Mecânica<br />

entered the world of Wood Treatment Plants (UPMs), where the<br />

Company only works through indications from contacts. The<br />

Company has built various pieces of equipment, but always with<br />

a difference: project consulting and custom monitoring together<br />

with the client, for whom Seller Mecânica has always sought to<br />

develop a differentiated and unique service, not on the market.<br />

“We give very much attention to the pre-project, analyzing the<br />

needs and desires of the client. So, we suggest adaptations and<br />

develop unique high performance, low maintenance and reliable<br />

products,” says Director Seullner. “This led to us having credibility<br />

with the market and made us one of the companies with the best<br />

and most modern equipment available in the domestic market.”<br />

The Seller Mecânica autoclaves are uniquely developed for<br />

each client and their needs, whether manual or automatic. You<br />

can add components, such as trolleys, rails, traction winches for<br />

the trolleys, treatment systems for two or more chemicals simultaneously;<br />

inferior, superior or lateral solution tanks; automatic<br />

interconnection bridges; semi-automatic or fully automatic door<br />

systems; automatic dosage systems real time; product concentration<br />

readings, amongst other accessories. With this, it is possible to<br />

optimize the plant as demand requires, always with low manual<br />

intervention and minimum operating costs.<br />

Seller has developed a modern automation system, complete<br />

and simple to operate, providing flexibility for the various types of<br />

existing treatments. “Optimizing and reducing production costs,<br />

the entire system was designed to ensure load quality, issuing a full<br />

treatment report such as the performance of each step and more<br />

importantly: the retention of active ingredient absorbed into the<br />

wood per m³ or kilos per cubic meter (KCM), the unit used to define<br />

the quality and guarantee that the wood supplier can pass on to<br />

their customers,” notes Director Seullner. “This dedication is not<br />

in vain: leading to more safety, quality and cost reduction in the<br />

34 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


dos clientes mais notórios da Seller Mecânica. “A parceria iniciou<br />

através da indicação da empresa Montana Química, em 2013, pois<br />

precisávamos de uma autoclave para o tratamento químico de<br />

nossos produtos”, revela Rodrigo Saviski, que é enfático: “o projeto<br />

se concretizou e hoje temos a autoclave mais moderna do Brasil,<br />

executada pela Seller.”<br />

Como todo início de parceria, foram necessários alguns ajustes<br />

na autoclave. Todos prontamente atendidos. “Sempre fomos bem<br />

atendidos e, mesmo estando a quilômetros de distância, a Seller<br />

sempre se mostrou prestativa fazendo atendimento tanto remoto<br />

quanto presencial. Hoje estamos funcionando perfeitamente”,<br />

elogia Saviski. “Destaco como grande ponto positivo o know-how<br />

deles, assim como a atenção a todos os detalhes do projeto. A empresa<br />

se preocupou com cada item do projeto, desde a concepção<br />

até o funcionamento, além de acessórios que poderiam gerar mais<br />

praticidade ao nosso processo.”<br />

Além de todo o sistema de automação e supervisão do equipamento,<br />

as autoclaves contam com bombas e tubulações dimensionadas<br />

de modo a terem o melhor rendimento possível. Com testes<br />

realizados em vazios, ou seja, sem madeira em seu interior, a etapa<br />

de vácuo pleno dura entre 7 a 10 minutos, com enchimento total<br />

do vaso de pressão em aproximadamente 10 minutos e descarga<br />

total do vaso de pressão em 13 minutos. “Toda a estrutura conta<br />

de homogeneização da solução por meio de bomba durante a<br />

descarga ou por recirculação, tendo assim um melhor aproveitamento<br />

da solução e do produto químico”, garante Seullner, que<br />

ressalta como ponto positivo, devido ao elevado custo da solução<br />

química utilizada. “Com o tanque parado, ocorre a separação por<br />

decantação da solução, a tornando pobre.”<br />

Funcionando desde a década de 70, a Fazenda Santa Vergínia<br />

atua no mercado de madeira tratada desde 1995. A produtividade<br />

neste segmento era de 400 m³ mensais. “Inicialmente tínhamos um<br />

equipamento bem menor produzido por outra empresa. Quando<br />

manufacture using treated products.”<br />

In practice, Seller autoclave performance is considered highly<br />

satisfactory, according to customers. With a monthly production<br />

of 4,500 m³ of treated wood per month per shift, Ekomposit is one<br />

of the most notable Seller Mecânica customers. “The partnership<br />

was initiated through a contact through Montana Química in 2013,<br />

because we needed an autoclave for the chemical treatment of<br />

our products,” says Rodrigo Saviski, who is emphatic in saying:<br />

“the project materialized and, today, we have the most modern<br />

autoclave in Brazil, built by Seller.”<br />

As in all partnerships, early on, there were some adjustments<br />

with the autoclave. All handled promptly. “We have always been<br />

well served and, even though, we are situated kilometers away,<br />

Seller always proved helpful providing both on-site and remote<br />

assistance. Today, operations are running perfectly,” praises Saviski.<br />

“I highlight their know-how, as well as the attention to all<br />

the details of the project, as a plus point. The company cared about<br />

each item of the project, from conception to operation, in addition<br />

to accessories that could lead to greater practicality in our process.”<br />

In addition to all of the automation and supervisory systems,<br />

autoclaves are fitted with pumps and pipes scaled in order to have<br />

the best performance possible. With tests performed in empty<br />

chambers, i.e. without wood, the vacuum step lasts between 7 to<br />

10 minutes, while with wood, reaching full vessel pressure takes<br />

approximately 10 minutes and total vessel pressure discharge<br />

takes 13 minutes. “The whole structure depends on the solution<br />

homogenization using a pump during discharge or on recirculation,<br />

thus leading to better use of the solution and chemical products,”<br />

says Director Seullner, who emphasizes the high cost of chemical<br />

solutions used, as a positive. “With no tank stirring or circulation,<br />

separation by decantation occurs, leading to poor solutions.”<br />

In operation since the 70’s, Fazenda Santa Vergínia has operated<br />

in the treated wood market since 1995. Productivity in this<br />

AS AUTOCLAVES DA SELLER MECÂNICA SÃO<br />

DESENVOLVIDAS EXCLUSIVAMENTE PARA CADA CLIENTE<br />

E SUAS NECESSIDADES, SENDO ELAS MANUAIS OU<br />

AUTOMÁTICAS<br />

OUTUBRO | 35


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

COM PRODUÇÃO MENSAL DE 4.500 M³ (METROS<br />

CÚBICOS) DE MADEIRA POR MÊS EM CADA TURNO, A<br />

EKOMPOSIT É UM DOS CLIENTES MAIS NOTÓRIOS DA<br />

SELLER MECÂNICA<br />

fomos fazer a ampliação no ano de 2010, a empresa Seller foi<br />

indicada pela qualidade. Adquirimos um equipamento maior e<br />

com mais qualidade”, destaca Zacarin, gerente da empresa. “O<br />

equipamento é praticamente um relógio: baixa manutenção e<br />

dinâmico. A produtividade aumentou também em função disto:<br />

Nossa capacidade de produção mensal de tratamento é de até 800<br />

m³/mês. O grande ponto positivo deles é a qualidade, tecnologia<br />

e assistência técnica.”<br />

As usinas de tratamento de madeira da Seller contam com<br />

um painel elétrico com diversos sistemas de segurança, outro<br />

fato que a empresa julga como diferencial em sua linha. Há inter-<br />

-bloqueios de operação, senhas de acesso em três níveis e o nível<br />

de fabricante, sendo possível o acesso remoto para análise interna<br />

e assistência técnica do próprio departamento da Seller. “Assim,<br />

podemos detectar as possíveis falhas e prestar suporte para a<br />

solução à distância, tudo isso sem custos agregados”, ressalta<br />

Seullner. “Os proprietários também podem acessar o equipamento<br />

por meio de tablets ou smartphones para verificar a produção e<br />

seus relatórios, quando julgarem necessário.”<br />

Localizados no Rio Grande do Sul, na cidade de Nova Hartz, os<br />

Irmãos Maggioni é uma empresa familiar. Com produção mensal de<br />

2.500 m³, é referência no setor no Estado. Atuam majoritariamente<br />

com madeiras reflorestadas de pinus e eucalipto. “Iniciamos nossa<br />

relação com a Seller em 2012, por indicação”, pontua Rosa Maggioni,<br />

gerente da empresa. “Adquirimos uma usina para tratamento<br />

das madeiras em autoclave e, a partir daí, iniciamos novo ramo na<br />

nossa empresa, pela necessidade de melhorar nossos produtos.<br />

Hoje autoclavamos eucalipto roliço e pinus serrado. Praticamente<br />

a usina não deu problema de manutenção, somente revisões<br />

de rotina. A Seller é uma empresa diferenciada em tudo: muito<br />

comprometida, desde a fabricação e montagem, em assistência,<br />

qualidade e pós-venda. Desde a instalação melhoramos a qualidade<br />

de nossos produtos e a produção em 100%.”<br />

Para Pedro Zagonel, coordenador industrial da Companhia<br />

Vale do Araguaia, a atuação da Seller foi um divisor de águas no<br />

trabalho da empresa. A Companhia produz cerca de 12 mil m³ ao<br />

ano, com especialização em mourões para cercas. “Encontramos a<br />

segment was 400 m³ per month. “Initially we used much smaller<br />

equipment produced by another company. When we decided to<br />

expand in 2010, Seller Mecânica was selected due to the quality.<br />

We acquired larger equipment and with more quality,” says Zacarin,<br />

Manager of the Company. “The equipment is practically a clock:<br />

low maintenance and dynamic. Productivity also increased in<br />

line in function of this change: our monthly productive treatment<br />

capacity is up to 800 m³/month. The major plus points are quality,<br />

technology and service.”<br />

Seller wood treatment plants have an electrical panel with<br />

several safety systems, another fact that the Company deems as a<br />

differential in its line. There are operating inter-blocks, with access<br />

passwords on three levels, and at the manufacturer level for remote<br />

access for internal analysis and technical assistance by Seller's own<br />

team. “So we can detect potential failures and provide support for<br />

any solutions needed from a distance, all without aggregating additional<br />

costs,” says Director Seullner. “The equipment owners can<br />

also access the equipment using tablets or smartphones to check<br />

production and receive reports, when they consider it necessary.”<br />

Located in Rio Grande do Sul, in the Municipality of Nova Hartz,<br />

Irmãos Maggioni is a family business. With a monthly production<br />

of 2,500 m³, it is considered a reference in the Sector in the State,<br />

working mostly with reforested pine and eucalyptus timber. “We<br />

began our relationship with Seller in 2012 from a contact indication,”<br />

says Rosa Maggioni, Manager of the Company. “We acquired<br />

an autoclave wood treatment plant and, from then on, we started<br />

a new business area within our Company, from the need to improve<br />

our products. Today, we autoclave eucalyptus round wood and pine<br />

sawnwood. The plant has practically had no maintenance problems,<br />

just routine revisions. Seller is a differentiated company at all<br />

levels: very compromised, from the manufacture and assembly,<br />

to quality technical , and post-sales service. Since installation, we<br />

have improved the quality of our products and production by 100%.”<br />

For Pedro Zagonel, <strong>Industrial</strong> Coordinator for Companhia<br />

Vale do Araguaia, Seller was a turning point in the Company’s<br />

operations. The Company produces about 12 thousand m³ per<br />

year, specializing in posts for fencing. “We found out about Seller<br />

36 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Seller por meio de uma visita realizada em Nova Hartz. Percebemos<br />

que a qualidade do equipamento e acessórios na construção era<br />

incomparável com outros produzidos no Brasil”, explica. “Esta foi<br />

a primeira máquina da Seller instalada, estamos contentes com<br />

a produtividade do equipamento. A qualidade na construção e<br />

acabamento são excelentes.”<br />

Outro parceiro da Seller é a Montana Química, que trabalha<br />

junto à empresa há cinco anos. “Tudo começou quando um de<br />

nossos clientes solicitou um equipamento com padrão tecnológico<br />

mais avançado, uma inovação para setor”, conta Silvio de Lima,<br />

diretor da empresa. Realizamos uma pesquisa de mercado e a Seller<br />

se enquadrou nesse perfil. Os relatos que recebemos de nossos<br />

clientes que adquiriram equipamentos da Seller são muito bons<br />

em relação à assistência técnica da empresa, possuem um ótimo<br />

trabalho de pós-venda. Eles optaram por trazer algo inovador e<br />

são fiéis a essa linha quando fornecem seus produtos aos clientes.”<br />

through a visit carried out in Nova Hartz. We realized that the<br />

quality of their equipment and accessories in the construction was<br />

incomparable with others produced in Brazil,” he says. “This was<br />

the first Seller machine we installed, and we are pleased with the<br />

productivity provided by the equipment. Construction quality in<br />

and finish are excellent.”<br />

Another Seller partner is Montana Química that has worked<br />

with the Company for over five years. “It all started when one of our<br />

customers requested equipment with a more advanced technology<br />

standard, an innovation for Sector,” says Silvio de Lima, Director.<br />

“We did some market research and found that Seller fit that profile.<br />

The reports that we received from our customers, who had<br />

purchased Seller equipment were praiseworthy in relation to the<br />

company’s technical assistance, with good post-sales service. They<br />

chose to bring something innovative to the marketplace and are<br />

faithful to that line when they provide their products to customers.”<br />

Skid de vácuo,<br />

dimensionado<br />

para atingir<br />

vácuo pleno<br />

em 7 min.<br />

Conta com<br />

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inteligente de<br />

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controle do<br />

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Níveis máximo<br />

e mínimo + nível<br />

máximo de segurança,<br />

garantindo a vida útil<br />

da bomba de vácuo<br />

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automática<br />

– abertura e<br />

fechamento<br />

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automática com<br />

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tempo real, analise e<br />

corrija a solução em<br />

poucos segundos<br />

Skid de prédiluição<br />

controlada<br />

dos tambores,<br />

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recirculação,<br />

mantendo o produto<br />

sempre misturado<br />

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transporte com<br />

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e extremamente<br />

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supervisão desenvolvido<br />

para cada projeto<br />

Projetos especiais,<br />

acompanhamento estudo de<br />

layout e logística, pensando<br />

nas necessidades de produção<br />

dos nossos clientes<br />

Skid de pressão<br />

e descarga, com<br />

sistema continuo,<br />

pulsado e<br />

homogeneização do<br />

tanque, tenha mais<br />

flexibilidade no seu<br />

processo<br />

Ponte de interligação<br />

trilho autoclave<br />

automática, previne<br />

acidentes durante a<br />

alimentação<br />

Guincho de carga,<br />

controlado por<br />

inversores de<br />

frequência evitando<br />

trancos e auxiliando<br />

no posicionamento<br />

OUTUBRO | 37


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

ESCOLA<br />

SUSTENTÁVEL<br />

INICIATIVA PIONEIRA, NÚCLEO DE REFERÊNCIA EM TECNOLOGIA DA<br />

MADEIRA COMEÇA A FUNCIONAR EM SÃO PAULO DENTRO DO IPT<br />

Fotos: divulgação<br />

38 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


U<br />

m grupo de profissionais de diversas partes do<br />

Brasil lançou em agosto, em São Paulo (SP), o<br />

Núcleo de <strong>Referência</strong> em Tecnologia da Madeira.<br />

Trata-se de uma iniciativa inédita e pioneira em solo<br />

nacional, com a finalidade única de disseminar o uso responsável<br />

desta matéria-prima em projetos da construção<br />

civil, arquitetura e engenharia em todo o país.<br />

O Núcleo de <strong>Referência</strong> em Tecnologia da Madeira será<br />

uma associação que, neste primeiro momento, vai funcionar<br />

como uma escola e oferecer cursos para arquitetos,<br />

engenheiros, designers e profissionais de incorporadoras<br />

que queiram entender todas as potencialidades do uso da<br />

madeira em obras e como utilizá-la de modo inteligente,<br />

responsável, sustentável e contemporâneo.<br />

Segundo o coordenador geral do Núcleo, o arquiteto<br />

Marcelo Aflalo, a iniciativa funcionará em uma sala do IPT<br />

(Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo),<br />

no Butantã, na capital paulista. No entanto, já existem<br />

planos de construção de uma sede própria. “Este projeto<br />

da nova sede prevê a criação de um local totalmente autossustentável,<br />

com 80% dos seus elementos em madeira<br />

ALÉM DE OFERECER<br />

CURSOS E<br />

CAPACITAÇÕES,<br />

ESTA NOVA<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

TAMBÉM VAI<br />

DESENVOLVER<br />

PROJETOS E<br />

PRODUTOS<br />

CULTURAIS<br />

INICIATIVA FUNCIONARÁ EM UMA SALA DO IPT (INSTITUTO<br />

DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO)<br />

OUTUBRO | 39


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

e geração própria de energia, dentro dos mais modernos<br />

conceitos de sustentabilidade”, explicou ele.<br />

O lançamento da nova instituição ocorreu durante a<br />

Greenbuilding Brasil Conference. Na ocasião, ocorreu a<br />

assinatura do documento oficial de criação da organização<br />

e falas de alguns dos profissionais envolvidos nesta<br />

empreitada.<br />

Entre os profissionais envolvidos no Núcleo estão<br />

representantes do terceiro setor, empresas privadas e<br />

parceiros do poder público. Além de oferecer cursos e<br />

capacitações, esta nova organização também vai desenvolver<br />

projetos e produtos culturais. Trabalhará, ainda,<br />

com prestação de serviços, desenvolvimento de pesquisas<br />

e locação de ambientes para coworking.<br />

Especialista em conservação do WWF-Brasil, Ricardo<br />

Russo afirmou que o Núcleo suprirá uma demanda extremamente<br />

necessária na cadeia produtiva da madeira em<br />

território nacional. “Hoje, não existe organização no Brasil<br />

que se dedique a trabalhar este tema desta forma”, refletiu.<br />

“Temos Cnpj próprio, estatuto e diretoria constituída.<br />

Por isso, queremos trabalhar com projetos diversos, para<br />

mostrar o que é possível de ser feito com madeira e os<br />

benefícios socioambientais existentes neste processo.”<br />

Russo ressaltou ainda que o uso responsável da madeira<br />

na construção ajuda na gestão das florestas públicas<br />

brasileiras: conserva a biodiversidade e, por conta da<br />

estocagem de carbono que ocorre nas peças de madeira,<br />

também diminui os efeitos e prejuízos das mudanças climáticas.<br />

“Ela também é um material renovável que pode<br />

ser utilizado de diversas maneiras”, concluiu.<br />

A ideia é que este portal, conforme explicou Aflalo, seja<br />

constantemente atualizado por todos os envolvidos na<br />

cadeia e receba, aos poucos, filmes de técnicas, produtos<br />

ou projetos específicos. “O website não servirá como um<br />

portal da madeira, porque não tem essa vocação. A vocação<br />

dele é a de unir as pontas, porque queremos abrigar<br />

todas as tendências e possibilidades e fazer com que elas<br />

convivam e gerem um mercado em potencial. Hoje esse<br />

mercado não existe”, avaliou.<br />

Depois de concluída esta etapa, o segundo passo do<br />

grupo é chegar à área da formação, oferecendo, a partir<br />

deste mês, palestras e pequenos cursos específicos, que<br />

utilizarão, entre outras coisas, um acervo com informações<br />

sobre madeira e fisiologia de cultura da madeira. Além<br />

disso, o grupo também projeta oferecer viagens e visitas<br />

às obras aos associados como forma de integrar as cadeias.<br />

A PROPOSTA<br />

É QUE O<br />

NÚCLEO SEJA<br />

REPLICADO<br />

A OUTROS<br />

ESTADOS<br />

O LANÇAMENTO DO NÚCLEO FOI DURANTE A<br />

GREENBUILDING BRASIL CONFERENCE<br />

40 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


A terceira frente de trabalho do Núcleo será a criação de<br />

um conselho para avaliar propostas ligadas a eventos e<br />

promoções específicas, para que seja possível viabilizá-las<br />

e garantir a participação geral dos beneficiários.<br />

A proposta é que o Núcleo seja replicado a outros<br />

Estados, já que, segundo Marcelo Aflalo, essa é uma ação<br />

nacional. Além disso, cada Estado tem suas próprias questões<br />

ambientais, ecológicas e geográficas, e a proposta<br />

do grupo é criar a ponte entre todos, fazendo com que<br />

as boas práticas de um contaminem os outros. “Por isso,<br />

não faz sentido ter uma única sede. Faz sentido ter sedes<br />

em lugares que utilizem material comum, que possam<br />

contribuir com suas especificidades e que peçam apoio<br />

às outras sedes para ajudar no desenvolvimento local.<br />

Queremos descentralizar as ações”, definiu.<br />

O NÚCLEO<br />

FUNCIONARÁ<br />

COMO UMA<br />

ESCOLA PARA<br />

QUEM QUISER<br />

ENTENDER<br />

TODAS AS<br />

POTENCIALIDADES<br />

DO USO DA<br />

MADEIRA EM<br />

OBRAS<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

42 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


SOFTWARES<br />

MARCENEIROS<br />

PROGRAMAS AUXILIAM NA OTIMIZAÇÃO DE TEMPO<br />

E DINHEIRO NAS MARCENARIAS<br />

Fotos: divulgação<br />

OUTUBRO | 43


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

U<br />

m dos maiores desafios para marceneiros é<br />

encontrar a melhor maneira de fazer uma<br />

demonstração cativante e de qualidade para<br />

o cliente. O avanço tecnológico nos trouxe softwares<br />

de uso fácil e relativamente acessíveis, que permitem<br />

desenhar móveis antes de concretizá-los. Um software<br />

3D oferece todas as ferramentas necessárias para o início<br />

do desenho, como grids de alinhamento, opções de cor,<br />

textura e iluminação, além da facilidade em desfazer erros<br />

de desenho e gerenciar os inúmeros projetos.<br />

Antigamente, para se ter ideia de como ficaria o<br />

móvel eram utilizadas maquetes, desenhos em papel e<br />

as vezes o próprio esboço do projeto. Atualmente, com<br />

o desenvolvimento da tecnologia tudo pode ser criado<br />

no computador, antes de ser fabricado.<br />

A maioria dos softwares conta com interfaces simples<br />

e objetivas, rápidas de dominar. Há uma gama de<br />

programas de editoração 3D, dos mais simples aos mais<br />

complexos. A maioria deles oferece opções de desenho<br />

avançado e até mesmo renderização, criando imagens<br />

realistas da decoração de ambiente para a apresentação<br />

ao cliente.<br />

Os softwares mais completos, como o Sketchup e o<br />

AutoCAD, oferecem bibliotecas completas de texturas<br />

dos mais diversos materiais, além de modos de iluminação<br />

praticamente infinitos, mas mesmo os editores<br />

3D mais simples conseguem criar um modelo básico e<br />

apresentável de forma rápida, agilizando o processo de<br />

entrega ao cliente.<br />

Para os bolsos mais cheios, o Sketchup e o AutoCAD<br />

podem ser uma boa pedida, pois vêm com riqueza de<br />

recursos e facilidades de uso, embora sejam caros: R$<br />

2.300 para o Sketchup e mais de R$3.000 para o AutoCAD.<br />

SKETCHUP<br />

O SketchUp é uma modelagem 3D projetada para<br />

arquitetos, engenheiros civis, mecânicos e marceneiros.<br />

Ele é projetado para ser mais fácil de usar do que outros<br />

programas em 3D. Uma característica do SketchUp é<br />

o Armazém 3D, que permite a pesquisa de usuários do<br />

SketchUp para os modelos feitos por outros e contribuir<br />

modelos.<br />

É um programa muito versátil e que muitos arquitetos<br />

e designers de interiores gostam de usar para elaboração<br />

Um software 3D<br />

oferece todas<br />

as ferramentas<br />

necessárias para o<br />

início do desenho<br />

44 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Da tela para<br />

a realidade, o<br />

marceneiro sabe<br />

exatamente como o<br />

produto ficará


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

de projetos e muito usado por marcenarias e por quem<br />

gosta de fazer seus próprios projetos. É um software<br />

complexo e que com muitos recursos, capaz de criar um<br />

projeto do começo ao fim.<br />

AUTOCAD<br />

AutoCAD é um software do tipo CAD (desenho auxiliado<br />

por computador, em português) criado e comercializado<br />

pela Autodesk. É utilizado principalmente para a<br />

elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões<br />

(2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D).<br />

Diferente dos marceneiros que utilizam os desenhos<br />

mais técnicos com medidas e dimensões para executar<br />

o móvel, para os clientes o que vale é uma visualização<br />

do móvel pretendido no espaço, para tanto, utiliza-se<br />

planta de layout, para localizar o ambiente, e perspectivas<br />

ou maquetes eletrônicas. Nesse sentido, o AutoCAD é<br />

uma excelente ferramenta ao marceneiro pois auxilia a<br />

demonstrar como a peça pode se encaixar em um determinado<br />

ambiente ou espaço.<br />

Acabamento das<br />

peças em madeira<br />

fica mais preciso<br />

A maioria dos<br />

softwares conta com<br />

interfaces simples e<br />

objetivas, rápidas de<br />

dominar<br />

46 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


O AutoCAD é uma excelente<br />

ferramenta ao marceneiro<br />

pois auxilia a demonstrar<br />

como a peça pode se<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PUBLIEDITORIAL<br />

REVAL SERRAS<br />

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Fotos: divulgação<br />

EQUIPAMENTO DE EMENDA POR<br />

FUSÃO AUMENTA DEMANDA POR<br />

SERRAS SOLDADAS DA EMPRESA<br />

48 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Reval Serras solda serras de fita por meio do processo<br />

de fusão desde 2005, quando a primeira máquina<br />

A<br />

foi adquirida. Desde então, a demanda por serras<br />

soldadas tem crescido. Atualmente, a Reval Serras conta com<br />

diversas máquinas soldando serras de fita, com o objetivo de<br />

atender aos clientes do Brasil e América Latina.<br />

Soldagem por indução é um processo em que a tensão<br />

e a frequência passam através das bases de indução, re-<br />

-sultando em um aquecimento projetado com ajuste fino,<br />

perfeito para aplicações onde a têmpera e o revenimento<br />

devem ser precisos.<br />

Presente como fornecedor para as maiores serrarias nacionais<br />

a Reval Serras mantém um dos maiores estoques do<br />

Brasil de aços laminados a frio com ligas especiais. A melhor<br />

opção para grande produtividade.<br />

Os diferenciais das ligas especiais, presentes na composição<br />

do aço, auxiliam na preparação, gerando maior resistência<br />

e soldabilidade.<br />

A alta resiliência proporciona maior capacidade de absorver<br />

energia mecânica, quando submetido a situações de<br />

estresse, tornando a serra mais resistente a rupturas ou trincas<br />

no dorso da serra ou na garganta do dente.<br />

Um dente de serra com desgaste acentuado no gume<br />

aumenta o esforço, consumo de energia, gera desvios de<br />

corte e rupturas da serra de fita.<br />

O desgaste abrasivo ocasionado pela passagem de<br />

partículas rígidas pela aresta de corte durante o processo de<br />

usinagem também pode gerar diversos problemas de qualidade<br />

na madeira serrada.<br />

A serra Reval composta por ligas especiais, garante ao<br />

dente maior resistência ao desgaste, proporcionando maior<br />

produtividade e maior vida útil da ferramenta.<br />

As ligas especiais presentes nas serras da Reval Serras<br />

favorecem ao corpo da ferramenta maior tenacidade, maior<br />

capacidade de sofrer deformação, se ajusta melhor ao volante,<br />

reduz trincas que ocorrem durante o processo de uso.<br />

A alta resistência à tração é caracterizada pela maior<br />

capacidade de tensionamento ou estiramento do aço na direção<br />

da força atuante é muito importante em serras de fita,<br />

quanto maior a tensão sem rompimento, mais estabilidade<br />

sem desvios de corte.<br />

A planicidade é o índice que afere diretamente o acabamento<br />

do corpo da serra fita, indicando raio de curvatura da<br />

superfície por meio da medição, através de régua apoiada<br />

nas bordas laterais.<br />

A retidão é medida também pelo flechamento ou curvatura,<br />

porém no sentido longitudinal em todo o comprimento<br />

da lâmina. Nas serras comercializadas pela Reval Serras, estas<br />

tolerâncias são extremamente reduzidas, proporcionando<br />

tempos menores na laminação e preparação.<br />

As ligas especiais também proporcionam ao aço características<br />

de fácil soldabilidade e revenimento.<br />

Os processos de produção de uma serra fita incluem soldas<br />

para a estelitagem ou emenda, estes processos envolvem<br />

aquecimento térmico até o derretimento do metal, gerando<br />

uma deformação plástica, alterando a estrutura base do aço.<br />

Para corrigir a alteração em seguida é aplicado o processo<br />

de revenimento, que reaquece a estrutura, devolvendo ao aço<br />

a resistência mecânica, ductilidade e tenacidade.<br />

As serras que possuem ligas especiais são superiores,<br />

favorecem o derretimento uniforme e facilitam o revenimento,<br />

garantindo que a zona fundida termicamente não<br />

fique porosa ou com solidificação, que são passíveis para<br />

propagação de trincas.<br />

CONTATO PUBLIEDITORIAL:<br />

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OUTUBRO | 49


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

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TODA CADEIA<br />

Por Camila de Pauli e Larissa Angeli, de Curitiba (PR)<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

50 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


LIGNUM BRASIL PROMOVE A FORÇA E<br />

UNIÃO DO SETOR MADEIREIRO<br />

OUTUBRO | 51


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

C<br />

uritiba (PR) se tornou em setembro, entre os dias<br />

19 e 22, a capital da madeira. A segunda edição<br />

da SIM (Semana Internacional da Madeira) reuniu<br />

na cidade profissionais ligados a toda cadeia produtiva que<br />

envolve esta matéria-prima. O ponto alto da semana foi a<br />

Lignum Brasil (Feira de Transformação, Beneficiamento,<br />

Preservação, Energia, Biomassa e Uso da Madeira) que conseguiu<br />

trazer à tona novamente – repetindo o sucesso do<br />

primeiro evento realizado em 2016 – o que os expositores<br />

buscam nesse tipo de feira: um público extremamente qualificado.<br />

Na Lignum, foram apresentadas as principais tendências<br />

em tecnologia disponíveis para o mercado nacional no<br />

processamento da madeira e uso do material na construção<br />

civil. “O que chamou a atenção foi o alto nível dos participantes.<br />

As empresas chegam aqui e sabem exatamente o que<br />

precisam e com isso, o diálogo fica mais aberto. O público<br />

da Lignum está cada vez mais específico, o que é muito bom<br />

para o setor”, afirma Elcio Lana, vice-presidente da Associação<br />

Brasileira de Preservadores de Madeira.<br />

Em paralelo à Lignum foi realizada a 3º Expo Madeira &<br />

Construção e juntas, as duas feiras, segundo a organização<br />

do evento, superaram os resultados obtidos no ano passado.<br />

Foram 86 expositores, mais de seis mil visitantes e R$ 98,2<br />

milhões em vendas e prospecções.<br />

Edson Balloni, presidente da Apre (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base Florestal), reafirmou a importância<br />

do evento: “feiras como estas provocam sinergia entre<br />

os diferentes setores da madeira e colocam em contato, por<br />

exemplo, produtores de florestas com as serrarias e o resultado<br />

mostra a dimensão do setor e gera benefícios ao país”,<br />

afirma.<br />

IN LOCO<br />

Nos três dias de evento os corredores da Expo Renault<br />

Barigui se mantiveram cheios, mostrando uma possível retomada<br />

na economia, sinal que pôde ser observado no otimismo<br />

dos expositores e na disposição para fechar negócios<br />

dos visitantes. Um diferencial desta edição, comparada ao<br />

ano passado, foi um maior número de empresas de base florestal<br />

que não se intimidaram com o tamanho do pavilhão<br />

e levarão aos seus estandes harvesters e escavadeiras que<br />

quase alcançavam o teto.<br />

No espaço externo uma parceria entre Bruno <strong>Industrial</strong>,<br />

Palfinger e Bachiega demonstrava nos horários pré-esta-<br />

52 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


elecidos as máquinas em pleno funcionamento fazendo<br />

o processamento de madeira e o transporte de cavaco. A<br />

alimentação do picador Forest King da Bruno <strong>Industrial</strong> foi<br />

feita pelo autocarregável T12 da Epsilon Palfinger. Todo o<br />

material foi depositado na carreta com piso móvel da Carrocerias<br />

Bachiega.<br />

Além dos lançamentos, muitos expositores levaram<br />

também a linha regular de produtos, alguns com inovações<br />

agregadas, para não perder a oportunidade de mostrar o<br />

portfólio completo no evento, uma vez que muitos visitantes<br />

eram os tomadores de decisões de grandes fabricantes<br />

do país.<br />

O gerente florestal da Klabin, Rogério Salamuni, visitou<br />

à feira em busca de novas tecnologias para otimizar a comunicação<br />

entre floresta e escritório e não saiu de mãos vazias.<br />

“Percorri alguns estandes e encontrei uma empresa que tem<br />

um sistema via satélite direto com as máquinas florestais. Já<br />

fiz contato com o fornecedor e agora quero levá-lo à Klabin<br />

para ter mais informações sobre o produto”.<br />

Marcos Jachimfk, proprietário da Terra e Sol, também<br />

marcou presença e levou toda a experiência da empresa que<br />

está há 15 anos mercado, com foco na construção civil. A<br />

Terra Sol conta com a própria usina de preservação de madeira,<br />

com maquinários de usinagem e estufas de secagem.<br />

“Feiras como a Lignum ajudam a potencializar o mercado e<br />

estabelecer tendências para o setor”, aposta.<br />

A reportagem da REFERÊNCIA INDUSTRIAL marcou<br />

presença nos três dias de evento e apurou os principais destaques.<br />

Confira!<br />

DESTAQUES LIGNUM <strong>2017</strong><br />

ALCA MÁQUINAS<br />

O destaque da Alca Máquinas foi o lançamento da Plaina Moldureira<br />

em quatro faces, modelo Timber, voltada para o mercado da construção<br />

civil. De acordo com o diretor da empresa, Eduardo Rechenberg, as<br />

principais características da máquina são: robustez, tamanho compacto,<br />

versatilidade e custo reduzido. O equipamento é composto por uma<br />

mesa de desempeno inteiriça com altura de fácil acesso - tratada termicamente<br />

em 100% de sua extensão - e regulagem da régua pré-endereçadora.<br />

Além deste equipamento, a empresa levou também todas<br />

as linhas de máquinas, o que chamou a atenção de Beniudes Rodrigues,<br />

proprietário da Breixó Madeira, uma empresa de Itapira (SP), especializada<br />

em telhados. Ele foi à feira especialmente para fechar negócios e<br />

adquiriu a Plaina Moldureira Style. “Queremos ampliar os horizontes e<br />

fazer outros tipos de trabalhos como campo de batentes, forros e o que<br />

mais o novo equipamento permitir”, afirma Rodrigues.<br />

OUTUBRO | 53


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

MILL INDÚSTRIAS<br />

A Mill Indústrias apresentou ao mercado o secador estático<br />

de madeiras. O equipamento é simples, versátil, de fácil operação<br />

e baixo custo de investimento. Com este lançamento, a empresa<br />

passa a atuar também no mercado madeiro de baixo volume com<br />

capacidade entre 50 m³ (metros cúbicos) e 120 m³ por câmara. De<br />

acordo com Rubens dos Santos, gerente comercial da Mill, com o<br />

secador estático, o tempo de secagem é bem menor. “O processo<br />

que antes durava 105 horas, pode ser feito em 80 horas”, afirma.<br />

Antonio Carlos, gerente de produção e supervisão da Faquilâminas,<br />

uma empresa que fabrica paletes, em União da Vitória (PR), adquiriu<br />

um secador estático e comemora os resultados. “Estamos muito<br />

satisfeitos com a nova máquina porque geram enorme economiza<br />

de energia.”<br />

MSM QUÍMICA<br />

A MSM Química esteve presente na Lignum pela segunda<br />

vez. A empresa apresentou os consolidados produtos<br />

de preservativos de madeiras como fungicidas,<br />

inseticidas, isca formicida, anti-racha, protetor de topo e<br />

herbicida. Na oportunidade, clientes da empresas aproveitam<br />

para trocar ideias e experiências.<br />

SERF ASSESSORIA<br />

A Serf Assessoria levou os projetos de consultoria a<br />

partir da floresta e desenvolvimento industrial até as novidades<br />

ligadas à fabricação de produtos de secagem e<br />

recuperado de energia térmica. A novidade apresentada<br />

durante a Lignum é a estufa Atacama Connect que promete<br />

mais eficiência. “A estufa foi projetada para ser autônoma,<br />

com velocidade de secagem mais alta e maior ganho<br />

energético”, explica Gabriel Marques, diretor de projetos<br />

da Serf Assessoria.<br />

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HOMAG<br />

A Homag marcou presença pela primeira vez na Lignum,<br />

conforme apontou o gerente geral de vendas, Alessandro<br />

Agnoletti. “Essa é uma feira que reúne tanto no<br />

primeiro trabalho quanto o segundo”, resume. “A Homag<br />

entra na transformação da madeira já cortada. Realizamos<br />

o lançamento em maio da linha de plainas moldureiras Homag.”<br />

No estande, a empresa apresentou soluções para<br />

madeira maciça, produção de imóveis e portas, que são as<br />

linhas de perfiladeiras duplas e o centro de usinagem CNC<br />

multi eixos. “Viemos com perfil baixo e um estande pequeno,<br />

para sentir como está o mercado de madeira maciça. A<br />

expectativa é ter uma visão melhor de como está a situação<br />

desse setor”, apontou Agnoletti.<br />

BRUNO INDUSTRIAL<br />

A Bruno <strong>Industrial</strong> mostrou uma grande novidade, o<br />

pré-triturador Tyron XL, com 400 cavalos de força, fruto da<br />

parceria com a Haas. "É um equipamento que já tínhamos<br />

no mercado, mas agora com mais potência e mais torque,<br />

atendendo às normas da NR-12 para trabalhar no Brasil e<br />

com mais facilidade na manutenção", diferencia Angelo<br />

Ricardo Henz, diretor administrativo. "Além dos materiais<br />

que processava antes, a novidade é o processamento da<br />

casca de eucalipto, que pode ser obtido com granometria<br />

menor, devido ao novo formato do sistema de trituração."<br />

CARROCERIAS BACHIEGA<br />

O objetivo da Bachiega no evento era promover a<br />

marca, consolidando o nome e fechar de negócios. "Além<br />

do estande físico, nós fizemos uma parceria com a Bruno<br />

<strong>Industrial</strong>: eles processaram a madeira e depositaram em<br />

nosso equipamento", explicou Sheila Ramos Baldo Bachiega,<br />

diretora da empresa. O objetivo foi demonstrar a caixa<br />

de carga, equipada com piso móvel. Esse dispositivo, que<br />

é importado da Europa, funciona por diferença de área e<br />

é capaz de realizar o descarregamento total entre dez e<br />

quinze minutos.<br />

OUTUBRO | 55


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

VANTEC<br />

A Vantec apresentou a mais recente novidade, o Torno<br />

Laminador Roletero que promete aproveitamento de<br />

até 95% de uma tora. Além de aumentar o rendimento,<br />

o novo equipamento funciona também como um sistema<br />

de gestão. “Este torno indica o quanto saiu de madeira de<br />

primeira qualidade e a quantidade de aproveitamento. A<br />

partir disso, os dados são vinculados aos fornecedores da<br />

matéria-prima, assim a indústria identifica os que apresentam<br />

maior rendimento”, explica Jackson Fabiane, gerente<br />

comercial da Vantec.<br />

SIROMAT<br />

A Siromat levou para a edição deste ano a nova linha<br />

de serras circulares de alta performance revestidas com<br />

cromo. De acordo com Adriano Silva, diretor da empresa,<br />

o novo produto aumenta a vida útil entre as afiações, facilitando<br />

a limpeza do material utilizando apenas detergente<br />

neutro e água, além de diminuir a emissão de ruídos.<br />

INDUMEC<br />

A Indumec mais uma vez apresentou toda a tradição<br />

da empresa que está há mais de 50 anos no mercado. “Fazemos<br />

questão de acompanhar o novo perfil de clientes<br />

com todas as suas demandas e adaptações ao mercado<br />

brasileiro que é altamente instável. Prezamos pela tranquilidade<br />

e segurança dos nossos parceiros que compram as<br />

máquinas da Indumec", disse Anne Koller, diretora financeira<br />

da empresa.<br />

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HRV<br />

“Nesse ano, não trouxemos novidades, mas sim alertas voltados<br />

para fábricas que produzem pellets”, define Pedro Veríssimo,<br />

diretor comercial da HRV. A ideia é incentivar a transformação de<br />

resíduos de madeiras em pellets, indo além das commodities. “O<br />

Brasil é muito evoluído em termos de biomassa e muito pouco<br />

evoluído em termos de produção de pellets”, avalia Veríssimo.<br />

“Por isso, oferecemos essa tecnologia, com parceiros, para que<br />

detentores de matéria-prima do Brasil tenham condições de<br />

montar suas fábricas de pellets.” Na visão da diretoria da HRV, a<br />

feira foi altamente promissora, apesar da insegurança de alguns<br />

empresários. “A avaliação da feira é positiva. Os investidores brasileiros<br />

ainda estão reticentes. É preciso trocar a mentalidade e<br />

investir em indústria”, acredita Veríssimo.<br />

LONZA<br />

A Lonza mostrou, além dos químicos para preservação de<br />

madeira, produtos complementares como os aditivos. “Além do<br />

CCA, produto tradicional, demos ênfase ao produto a base de cobre<br />

azolis, que não contém cromo e nem arsênio”, destacou Elcio<br />

Lacerda Lana, supervisor técnico O produto já é utilizado mundialmente<br />

nos últimos anos na Europa e nos EUA (Estados Unidos<br />

da América) e preenche uma lacuna que o CCA deixou nesses<br />

países, devido a sua restrição para uso em residências no exterior.<br />

“O CCA ainda não é restrito no Brasil, mas em um futuro isso<br />

pode acontecer”, avalia. “O cobre azoles ainda é uma novidade<br />

por aqui. Além disso, temos o hidro-repelente, que são aditivos<br />

que podem ser adicionados à solução do CCA ou ao cobre azoles,<br />

deixando a madeira protegida contra fungos e insetos.”<br />

FRANZOI<br />

Ainda dentro das comemorações dos 45 anos, o Grupo Franzoi<br />

aproveitou a feira para lançar dois novos produtos com aplicações<br />

específicas. O primeiro é a Serra Black Face, indicada para<br />

serrarias no corte bruto de madeiras. Essa ferramenta apresenta<br />

um inovador acabamento de superfície, que traz uma menor aderência<br />

da resina ao corpo da serra, melhorando sua performance<br />

e vida útil. O segundo lançamento na feira foi a Serra Carbetada,<br />

produto este já patenteado pela empresa, que apresenta tecnologia<br />

altamente inovadora e que já está ao alcance dos seus clientes.<br />

“Além dos lançamentos de produtos, o Grupo Franzoi encerrou<br />

a feira com resultados positivos, gerando novos negócios<br />

e alcançando o objetivo de fortalecer ainda mais toda a cadeia<br />

produtiva da madeira”, disse Letícia Casal, supervisora administrativa<br />

de vendas.<br />

OUTUBRO | 57


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

MÁQUINAS ÁGUIA<br />

Nos últimos dois anos a Máquinas Águia investiu fortemente<br />

em tecnologia o que permitiu à empresa apresentar<br />

na Lignum equipamentos aprimorados. Um exemplo é a<br />

Serra de Fita Geminada para tora que traz como diferenciais<br />

a robustez da estrutura e o nível de precisão. Na Serra<br />

Multilâmina a empresa reduziu o peso e aumentou a robustez.<br />

Hoje, a Máquinas Águia oferece a linha completa para<br />

serrarias leve, média e pesada. “Contamos com 75 modelos<br />

diferentes e dentro desses ainda fazemos adaptações para<br />

o cliente de acordo com a necessidade dele”, pontua Elcio<br />

Wuicik, gerente de vendas.<br />

DALLABONA<br />

Por questões de logística, a Dallabona não conseguiu trazer<br />

uma máquina física para demonstrar na feira, mas aproveitou a<br />

Lignum para colocar no mercado produtos novos, que em breve<br />

serão amplamente divulgados. “Como de praxe, estamos investindo<br />

muito no setor de máquinas para serraria para embalagem:<br />

pallets, cama-box e sofás”, enumera Everton Ewald, gerente de<br />

vendas. “Esses novos produtos já estão disponíveis para a venda.<br />

Ano passado, essa feira já nos trouxe bastante resultado. Em<br />

<strong>2017</strong>, a visitação já pareceu ser bem maior. E expectativa, com<br />

certeza, é de ótimos negócios. Esperamos que essa feira se consolide<br />

no mercado, pois ela abrange bastante o nosso nicho, voltado<br />

ao madeireiro em si.”<br />

MONTANA QUÍMICA<br />

A novidade da Montana Química é uma linha nova de vernizes<br />

de alto padrão. São os vernizes Copal, Marítimo e o novo<br />

lançamento Osmotol. Os vernizes Marítimo e Copal são produtos<br />

com características standart e o Osmotol tem alta resistência às<br />

intempéries. “Outro produto que estamos trazendo de novidade<br />

é o FR100, que é um retardante de chamas para ser aplicado na<br />

madeira pelos métodos de imersão e pincelamento”, detalhou<br />

Silvio José de Lima, gerente comercial. “A Montana tem um papel<br />

importante para o desenvolvimento: acreditamos que o nosso<br />

mercado é carente de informação.” Durante o ano, a empresa<br />

desenvolveu um trabalho específico junto ao corpo técnico, liderado<br />

pelo doutor Hélio Le Page. “Apresentamos nosso livro sobre<br />

tecnologia e proteção de madeira. Diria que é uma bíblia sobre<br />

o tema.”<br />

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PLANALTO<br />

A Planalto Picadores, já conhecida no ramo de biomassa,<br />

destacou os alimentadores de fornalhas para silos, novo produto<br />

da fabricante. "Acreditamos que será um nicho de mercado<br />

que dará um bom resultado em função do volume de silos<br />

que existe no país e que ainda são alimentados com lenhas<br />

e toras", aponta Geri Alberto Mecabô, gerente comercial da<br />

empresa. A Planalto aposta no crescimento do uso do cavaco<br />

para esta aplicação, porque além de facilitar, torna o processo<br />

mais barato. "A participação na Lignum foi muito boa. É uma<br />

feira direcionada e exatamente o público alvo que precisávamos",<br />

comemora.<br />

ARTE DIAMANTE<br />

A Arte Diamante, especialista em ferramentas de cortes<br />

para a indústria madeireira, creditou o evento como satisfatório.<br />

"O evento foi muito bom em organização e uma boa<br />

oportunidade de divulgar nossa marca. Recebemos muitos<br />

visitantes de alto nível", afirmou Téo Bogo, diretor da empresa.<br />

"Tivemos boas perspectivas de negócios em médio prazo,<br />

tanto compradores quanto representantes." Fundada em setembro<br />

de 1983, a Arte Diamante, é uma empresa de Corupá<br />

(SC). Seus produtos são ferramentas calçadas em metal duro,<br />

em aço rápido, ferramentas com pastilhas recambiáveis, brocas<br />

helicoidais para furadeiras múltiplas e demais ferramentas<br />

essenciais para o bom desempenho da indústria moveleira e<br />

madeireira.<br />

ENGECASS<br />

A Engecass repetiu a presença na Lignum <strong>2017</strong>, empolgada<br />

com a edição anterior. "Participamos desta vez, além dos<br />

equipamentos de geração de vapor e estufas de secagem de<br />

madeiras, com a apresentação das plantas de cogeração de<br />

energia a partir dos resíduos da madeira", disse Paulo Roberto<br />

da Cass, diretor comercial. "É um tema que tem fomentado<br />

muitos empresários do setor a investir racionalmente na geração<br />

de energia térmica e elétrica próprias. Tivemos uma visitação<br />

muito grande de clientes tradicionais e novos." Mais uma<br />

vez, a feira foi um sucesso para a Engecass. "Já estamos colhendo<br />

bons resultados da participação", afirmou Cass. "Nos<br />

sentimos muito felizes em confraternizar e repartir experiências<br />

com nossos clientes da região. A Lignum foi sem dúvida<br />

uma grande feira, que contribui para fortalecer a marca Engecass<br />

no mercado."<br />

OUTUBRO | 59


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

REVAL SERRAS<br />

A Lignum impressionou a diretoria da Reval Serras por ser<br />

uma feira focada no segmento de madeira e com publico focado<br />

em negócios, algo raro na avaliação dos membros. “A Reval optou<br />

por apresentar aqui aços ligados, que permitem maior tenacidade<br />

e maior retilinearidade”, garante Cristian Dutra, gerente comercial.<br />

“Levamos para a Lignum serras para corte fino, que trazem uma<br />

economia maior para o processo de corte, reduzindo a serragem e<br />

aproveitando melhor a madeira.” Os negócios também tiveram um<br />

saldo positivo, segundo Dutra. “Fizemos diversos negócios e o mais<br />

importante: recebemos nossos clientes num ambiente amigável e<br />

acolhedor. A feira nos permite trazer um pouco da empresa para o<br />

nossos clientes visitarem, retribuindo a forma em que eles nos recebem<br />

durante o ano todo”, elogiou.<br />

VIKON CALDEIRAS<br />

O evento superou as expectativas da Vikon Caldeiras, que definiu<br />

o público presente como altamente selecionado. “Tornaram a<br />

feira uma janela de negócios abertos aos expositores”, frisou Marcelo<br />

Silva, gerente. “A Vikon trouxe a busca do reconhecimento e<br />

colocação da marca e fixação de seu nome como fornecedor de caldeiras<br />

e geradores de gás quente, focados principalmente na geração<br />

de energia elétrica através do vapor.” Na quarta e quinta-feira,<br />

segundo Silva, ocorreram os melhores negócios. “Conseguimos notar<br />

que o público veio com foco nos negócios apresentados. Nossos<br />

negócios são mais complexos pois não fornecemos peças e, sim,<br />

bens de consumo”, refletiu. “Isso demanda tempo e estudos, mas<br />

através da feira fizemos diversos contatos de clientes que buscam<br />

equipamentos os quais fornecemos.”<br />

FEZER<br />

A Fezer teve na Lignum um estande com bem mais movimentação<br />

que a edição anterior. “Estamos muito satisfeitos com a<br />

participação, o que demonstra que há já movimento de reação no<br />

mercado e nosso setor já está realizando investimentos”, projetou<br />

Gustavo Rene Mostiack, diretor comercial da empresa. Não houve<br />

concretização de negócios na feira, disse Mostiack, porém muitas<br />

prospectações aconreceram. “Alguns devem se concretizar já nos<br />

próximos dias”, avalia. “O maior movimento esteve relacionado<br />

à nossa linha de equipamentos industriais, mas também tivemos<br />

bom trânsito no segmento de biomassa. Apresentamos durante a<br />

feira nossa nova linha de laminação com tornos sem fusos roleteiros,<br />

que se diferenciam no mercado por contar com todos os recursos<br />

de automação da linha convencional, associado aos benefícios<br />

do torno sem fusos. Também apresentamos nossa linha de picadores<br />

florestais e estacionários.”<br />

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IMPACTO MÁQUINAS<br />

A Impacto Máquinas, que desenvolve a automação de<br />

serrarias, destacou a parte de movimentação de tábuas,<br />

como o empilhamento de toras. Daniel Engel, diretor da<br />

empresa, falou sobre o gradeador de madeira, equipamento<br />

com fluxo constante, podendo ser totalmente automatizado,<br />

fator que aumenta a produtividade e segurança e reduz<br />

os custos do gradeamento de madeira. “Tudo que envolve<br />

movimentação de madeira, estamos sempre inovando com<br />

equipamentos automáticos para otimizar o processo”, frisa.<br />

MARRARI<br />

A Marrari levou a nova linha da família MR500 para secagem<br />

de madeira, que atende desde secadores menores até<br />

os mais sofisticados, perfeito para quem busca mais qualidade<br />

no produto e maior economia. “O New Easy é mais<br />

simples, apenas com duas fases de secagem já é possível<br />

finalizar o processo”, aponta Joaquim Almeida, gerente comercial<br />

da Marrari. “O New Smart tem mais recursos, como<br />

interação via internet e alarme por email”, destaca. A empresa<br />

ainda levou a linha já consolidada Eco Power, agora<br />

na versão 8.0, com controle de produção para estufas com<br />

vários secadores.<br />

METALCAVA<br />

A Metalcava levou a linha de picadores totalmente<br />

dentro da norma NR-12 e também com upgrade na tecnologia<br />

de rendimento e eficiência da máquina. O PTM<br />

(Picador de Madeira a Tambor) é ideal para quem trabalha<br />

com madeira de pátio, tanto biomassa para queima<br />

ou para geração de celulose. “Essa máquina é própria<br />

desde serrarias até para o produtor de cavaco”, pontua<br />

Charles Cava, diretor da empresa. A Metalcava ainda levou<br />

para exposição a linha de ventiladores para secagem<br />

de madeira<br />

OUTUBRO | 61


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

WOOD-MIZER<br />

“Como a feira é mais voltada para o ramo madeireiro e<br />

moveleiro, trouxemos o afiador de serra”, justificou Pedro<br />

Luft, vendedor da empresa. O modelo BMS500 é automatizado,<br />

isto quer dizer, mais segurança ao operador que não<br />

tem nenhum tipo de contato com partes cortantes. “Achei<br />

positivo o resultado da feira, muitas pessoas procuraram<br />

nossas máquinas e produtos.” No espaço da empresa também<br />

foi possível encontrar informações sobre as serrarias<br />

portáteis como o modelo LX450 de trilho duplo.<br />

DRV<br />

A DRV aproveitou a Lignum para prospectar novos<br />

clientes. Segundo o gerente comercial, Diego Vieira, a participação<br />

na edição anterior foi bastante rentável, o que fez<br />

com a empresa marcasse presença novamente. O principal<br />

produto da empresa são as facas Pilana para picadores de<br />

serrarias e florestais. Diego ainda destacou que a DRV conta<br />

a linha completa de ferramentas desde o corte primário, até<br />

beneficiamento e madeira para exportação. “Trabalhamos<br />

com correntes, sabres, pastilhas para feller e com as facas<br />

para quem faz biomassa na floresta”, completa<br />

CONTRACO<br />

No estande da Contraco o destaque foi o secador de madeira<br />

que dispensa caldeira, perfeito para pequenos produtores,<br />

iniciantes e para aqueles que já superaram a capacidade<br />

da caldeira. Segundo Natalino Bonin, diretor da empresa,<br />

o equipamento tem baixo custo, mas sem perder a qualidade<br />

de secagem. “O secador é o mesmo, a fonte de calor<br />

que é o pulo do gato, um equipamento patenteado nosso e<br />

desenvolvido com a Universidade Federal de Santa Catarina.<br />

Ele tem capacidade para até 100 m³ (metros cúbicos) de<br />

eucalipto”, calcula.<br />

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SUTIL MÁQUINAS<br />

A Sutil Máquinas focou na linha de pellets, peneiras<br />

móveis e secadores rotativos. A empresa aposta na Lignum<br />

porque acredita que a feira atrai um público bastante qualificado<br />

na área de biomassa. Leandro Sutil, diretor da empresa,<br />

destacou que eles fazem tanto projetos novos quanto<br />

adaptações em projetos já existentes nas indústrias.<br />

“Automatizamos caldeiras, temos sistemas para desidratar<br />

biomassa antes da queima. Fechamos o ciclo e podemos<br />

adaptar em outros fabricantes”, descreve. “Nosso produto<br />

principal é a automação que confere ganho de produção<br />

tanto em produto final quanto de mobilidade, com a redução<br />

de mão de obra e de custos de manutenção”, afirma.<br />

ABIMCI<br />

A Abimci participou como parte da programação da Semana<br />

Internacional da Madeira. O espaço foi destinado a<br />

divulgar as ações desenvolvidas pela entidade em prol do<br />

desenvolvimento do setor e na defesa dos interesses dos<br />

associados.<br />

"A presença dos executivos das empresas e de seus comerciais<br />

é de extrema importância, pois toda a cadeia estará<br />

reunida em um mesmo local, em um ambiente propício<br />

para os negócios e para a busca de soluções conjuntas",<br />

afirmou José Carlos Januário, presidente da Abimci.<br />

REVISTA REFERÊNCIA<br />

A JOTA EDITORA marcou presença na Lignum com um<br />

estande todo projetado pela Madera Brasil. Os destaques<br />

foram o deck de pinus autoclavado e uma estrutura de<br />

quiosque de eucalipto autoclavado. A editora levou o time<br />

completo de publicações que contempla a cadeia produtiva<br />

da madeira: REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FLORESTAL,<br />

PRODUTOS DE MADEIRA, BIOMAIS E CELULOSE E PA-<br />

PEL. "A feira é uma excelente oportunidade para encontrar<br />

nossos parceiros e nos atualizarmos dos assuntos relevantes<br />

para o setor", garante Fábio Alexandre Machado, diretor<br />

comercial da REFERÊNCIA.<br />

OUTUBRO | 63


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CLICKS<br />

ESPECIAL<br />

CONFIRA AS<br />

PERSONALIDADES<br />

QUE<br />

ENCONTRAMOS<br />

DURANTE A<br />

LIGNUM <strong>2017</strong>!<br />

Fotos: REVISTA REFERÊNCIA<br />

Diego Vieira, gerente comercial da DRV e<br />

Liliane Cordeiro, gerente administrativa<br />

Montana Química: Viricio Bonatto, vendedor<br />

técnico, Silvio de Lima, gerente comercial e<br />

Rafael Ferreira, gerente comercial<br />

Siromat: Roberto Carlos Xavier, Alexandro<br />

Sinesio, Adriano Silva e Paulo Fogliatto<br />

Equipe Homag: Alessandro Agnoletti,<br />

Marlise Rabuski e Priscila Abreu<br />

Amanda Ulkowski, diretora financeira da<br />

Sutil Máquinas, e Leandro Sutil, diretor<br />

Equipe Carrocerias Bachiega durante a Lignum<br />

Impacto: Gilberto Abrão Jr., Anny Costa e<br />

Daniel Engel<br />

Gerson Penkal, do departamento de vendas<br />

da REFERÊNCIA e Márcio Arns, gerente<br />

comercial da Empimaq<br />

Equipe Alca: Eduardo Rechenberg (diretor),Joseane<br />

Knop, diretora de negócios do GRUPO JOTA,<br />

Augusto Cretella e Gilmar Favero (representantes)<br />

Equipe Lonza na Lignum<br />

Marcos Jachimek, diretor geral da Terra Sol<br />

Edson Milke, diretor comercial da Drymaker<br />

Alessandro Locatelli, vendedor da Bruno<br />

<strong>Industrial</strong> e Angelo Henz, diretor comercial<br />

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Rubens dos Santos (centro) da Mill Industrias,<br />

com Antonio Carlos e João Luiz<br />

Jamil Sávio Venturi, da Madeiras Venturi,<br />

Joseane Knop e Altamiro Schlindwein, do<br />

Sindimade/Floema<br />

Natalino Bonin, diretor da Contraco e Eduardo<br />

Bonin, engenheiro da Contraco<br />

José Carlos Ledra, gerente comercial da<br />

Metalcava e Charles Cava, diretor<br />

Dallabona: Everton Ewald, Paulo Roberto<br />

Perez e Jefferson Georg<br />

Serf Assessoria: Gabriel Marques e<br />

Raphael Rosa<br />

Joseane Knop e Rafael Ferreira, gerente<br />

comercial da Montana Química<br />

Pedro Luft, vendedor da Wood-Mizer<br />

Thales Wuicik, auxiliar de projetos da Máquinas<br />

Águia e Elcio Wuicik, gerente de vendas<br />

Mario Sergio Lima e Eduardo Costa<br />

Planalto: Geri Mecabô, Edson de Oliveira,<br />

Avelino Guber e Paulo Miguel<br />

Joseane Knop e Edson Balloni, presidente<br />

da Apre<br />

Joseane Knop, Elcio Lana e Anderson Oliveira<br />

Joseane Knop, Rene Lamp e Pedro Bartoski Jr.,<br />

no estande da REFERÊNCIA<br />

Pedro Bartoski Jr., diretor executivo da<br />

REFERÊNCIA, João Porfilio, Joseane Knop,<br />

Valdermar Lopes e Jorge Alberto<br />

OUTUBRO | 65


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EVENTO<br />

RETOMADA<br />

À VISTA<br />

CONGRESSO NACIONAL MOVELEIRO É MARCADO POR<br />

PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO PARA O SETOR DEPOIS DE<br />

SEGUIDAS QUEDAS<br />

Fotos: divulgação<br />

66 |<br />

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A<br />

conteceu no fim de setembro a oitava edição do<br />

Congresso Nacional Moveleiro, no Campus da Indústria<br />

da Fiep (Federação das Indústrias do Estado<br />

do Paraná). O tema norteador do evento foi Boas ideias, o<br />

ponto de partida para seu sucesso. A programação contou<br />

com a presença de mais de mil pessoas nos dois dias.<br />

Na abertura, o presidente da Fiep, Edson Campagnolo,<br />

falou a importância do setor para a região sul, que produz<br />

83,6% de tudo que é exportado em móveis no país. “É um<br />

setor altamente relevante para o estado e para a região sul.<br />

O Paraná tem uma base florestal muito forte. Toda a cadeia<br />

é muito integrada. Esse segmento e esse setor são muitos<br />

importantes, por isso, continuamos fazendo investimentos<br />

para que o congresso seja de formação, encontro e associativismo”,<br />

relatou.<br />

A programação do evento trouxe encontros de negócios<br />

nacional e internacional, workshops, palestras, painéis e<br />

exposições e espaço design para falar de tendências e boas<br />

práticas no mercado. O coordenador do Conselho Setorial<br />

Moveleiro da Fiep, Irineu Munhoz, falou do papel do mobiliário<br />

na vida das pessoas e como o Congresso quer dialogar<br />

com as necessidades do consumidor. “O setor moveleiro tem<br />

um papel importante na produção industrial paranaense, no<br />

impacto social e na capacidade de gerar empregos. Nossos<br />

produtos fazem parte do cotidiano das pessoas ao trazer<br />

conforto, praticidade e embelezamento do mais humilde ao<br />

mais abastado. A indústria tem que se reinventar a cada dia<br />

para fazer novos produtos que satisfaçam às necessidades<br />

do consumidor.”<br />

O padrão de consumo do mercado moveleiro, para<br />

Marcelo Prado, diretor do Iemi, irá mudar. De acordo com<br />

ele, a situação que vamos viver é a venda daquilo que traga<br />

experiência. “Baixar o preço não vai funcionar mais. Nem<br />

que você baixe o preço, o produto não será vendido porque<br />

é barato, mas porque ele é atrativo”, afirmou e acrescentou<br />

também que será preciso repensar o modo de fazer negócios.<br />

“Não vamos superar a crise oferecendo mais do mesmo<br />

e mais barato. Isso não vai dar lucro para ninguém. Temos<br />

que acima de tudo encantar o nosso consumidor com algo<br />

que seja nosso e que seja diferente”, acrescentou.<br />

Olhando a longo prazo, a projeção do Iemi é que até 2021<br />

haja um crescimento do setor de 19%. “Ou seja, voltaríamos<br />

ao que tínhamos em 2013. Seria uma perda de 8 anos de<br />

“NÃO VAMOS SUPERAR A CRISE<br />

OFERECENDO MAIS DO MESMO E<br />

MAIS BARATO. ISSO NÃO VAI DAR<br />

LUCRO PARA NINGUÉM. TEMOS<br />

QUE ACIMA DE TUDO ENCANTAR<br />

O NOSSO CONSUMIDOR COM<br />

ALGO QUE SEJA NOSSO E QUE<br />

SEJA DIFERENTE”<br />

MARCELO PRADO, DIRETOR DO IEMI<br />

oportunidade de crescimento e enriquecimento”, comparou.<br />

Para um crescimento sustentado, é preciso, de acordo<br />

com Prado, investir em novas regiões de consumo, atuar<br />

em vários pontos de contato com o consumidor e oferecer<br />

produtos com maior potencial. O crescimento deve partir,<br />

segundo Marcelo, a partir da classe média e média alta. “Foi<br />

a parcela que parou de consumir primeiro e será a primeira<br />

a voltar a comprar e deve gerar o movimento de retomada<br />

de crescimento”, explicou.<br />

No Brasil, o varejo para venda de móveis conta com 54<br />

mil pontos de vendas, 44 mil são lojas especializadas em<br />

móveis. Elas são responsáveis por 70% do volume do que é<br />

vendido pelo varejo brasileiro.<br />

O VIII Congresso Nacional Moveleiro foi encerrado com<br />

o diretor executivo e co-fundador da Holding Timos, Richard<br />

Rytenband. O especialista apresentou os movimentos da<br />

economia nos últimos 10 anos e contextualizou a indústria<br />

moveleira nesses movimentos. Com o apoio de gráficos<br />

e estatísticas, o executivo comparou o desempenho do<br />

Brasil com o de outros países, que investiram em inovação<br />

e desenvolvimento de suas indústrias nos últimos dez anos.<br />

“Quando comparamos as curvas de PIB real e de empregos<br />

formais, conseguimos concluir que houve um aumento do<br />

salário mínimo que não veio acompanhado de produtividade.<br />

Ou seja, a indústria pagou mais pela mesma entrega do<br />

trabalhador”, afirmou. Richard alertou sobre a importância<br />

de o país passar a atuar em rede, com mais troca e confiança<br />

entre stakeholders, e apresentou fatores de risco para o<br />

setor, para os próximos anos – emprego, nível de renda,<br />

taxas de juros, atividade econômica, estagnação da construção<br />

civil, ergonomia, Abnt, design e a baixa demanda<br />

por reposição.<br />

OUTUBRO | 67


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

MAIS DE 150<br />

PROFISSIONAIS<br />

DEBATERAM<br />

O FUTURO DA<br />

MADEIRA<br />

TRATADA<br />

Fotos: divulgação<br />

ESPECIALISTAS SUL-AMERICANOS APONTARAM<br />

CAMINHOS PARA IMPULSIONAR O SETOR<br />

DURANTE O WOODPROTECTION, EVENTO<br />

REALIZADO EM CURITIBA<br />

68 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


P<br />

rofissionais das usinas de preservação da madeira,<br />

pesquisadores, arquitetos, engenheiros e<br />

empresários ligados à cadeia produtiva do setor<br />

se reuniram pela primeira vez em Curitiba (PR), para conhecer<br />

e debater novas tendências do mercado, durante<br />

a WoodProtection – Conferência Sul-Americana de<br />

Tecnologias para Proteção de Madeiras. O evento abriu<br />

a programação da Semana Internacional da Madeira, realizada<br />

entre os dias 19 e 22 de setembro na capital paranaense.<br />

Além de temas como normas técnicas, aspectos regulatórios<br />

e culturais, produtos e processos, autorregulamentação,<br />

segurança, qualidade, apelo ambiental e cus-<br />

tos competitivos, o uso da madeira tratada na construção<br />

civil foi o assunto mais abordado durante o evento. Entre<br />

os especialistas da área, o mercado é visto como o de<br />

maior potencial e o que mais agrega valor para o crescimento<br />

do setor.<br />

Marcela Ibáñez, engenheira química e pesquisadora<br />

uruguaia, disse que os países da América Latina têm forte<br />

potencial para explorar ainda mais o mercado da madeira<br />

tratada. “Setores como o da construção civil ainda está<br />

em pleno desenvolvimento nestes países. Precisamos<br />

aproveitar e acompanhar o impulso da construção”, afirma.<br />

“Para expandir, é fundamental que o mercado latino<br />

OUTUBRO | 69


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

posicione a madeira tratada como um produto de alta<br />

qualidade. Esse é o nosso maior desafio. Precisamos<br />

desmistificar o uso da madeira e mostrar os diversos<br />

usos que podem ser feitos”, afirma Damián Gherscovic,<br />

pesquisador argentino do Centro de Investigación y Desarrollo<br />

de la Industria de la Madera y Afines, que abriu a<br />

série de palestras do dia.<br />

A representante do Chile, Rosemarie Garay Moena,<br />

professora associada do Departamento de Engenharia<br />

Florestal e Conservação da Natureza da Universidade do<br />

Chile, destacou o desafio de padronizar todo material<br />

para construção e que o país já está se preparando para<br />

identificar cada peça de madeira com todas as informações<br />

que garantem que ela seja estrutural, por exemplo.<br />

“O mercado chileno está melhorando cada vez mais graças<br />

a um projeto estratégico do governo em impulsionar<br />

o uso da madeira tratada. Precisamos agora integrar os<br />

aspectos técnicos para garantir maior sustentabilidade”,<br />

conta.<br />

Para Sérgio Brazolin, gestor do Laboratório de Árvores,<br />

Madeira e Móveis do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas),<br />

o maior desafio brasileiro é integrar as universidades,<br />

indústrias e governo para estimular a madeira na<br />

construção civil e gerar empregos e moradias de qualidade.<br />

“A madeira é o material mais antigo utilizado na construção<br />

civil e tem um apelo ambiental muito forte, com<br />

zero emissão de carbono. É o que o mundo inteiro está<br />

buscando e o Brasil não pode ir atrás de materiais não renováveis.<br />

É preciso disciplinar o mercado”, acredita.<br />

Outra questão importante debatida no evento foi a<br />

criação de programas de autorregulamentação, como o<br />

Qualitrat para que os consumidores passem a ter maior<br />

garantia de compra. “Até um tempo atrás não existia nenhum<br />

selo de certificação prévia. Hoje temos o Qualitrat,<br />

que se preocupa com a qualidade do produto e também<br />

com a idoneidade da empresa que vende a madeira. Um<br />

passo importantíssimo para a expansão do setor”, afirma<br />

Fernando Lopes, diretor presidente do Instituto Totum.<br />

DEBATES DE<br />

ALTO NÍVEL<br />

MOSTRARAM QUE<br />

É VIÁVEL AMPLIAR<br />

O MERCADO<br />

DE MADEIRA<br />

TRATADA NA<br />

AMÉRICA DO SUL<br />

70 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


PRÓXIMAS EDIÇÕES<br />

As discussões sobre os rumos da madeira tratada não<br />

foram esgotadas no evento. Para as próximas edições,<br />

a ideia é trazer exemplos de outros países como os EUA<br />

(Estados Unidos da América) e da Europa, onde o mercado<br />

da madeira tratada é referência. “O evento superou as<br />

nossas expectativas. Devido ao grande sucesso desta edição,<br />

já estamos motivados a organizar o próximo dentro<br />

deste modelo. Ficamos felizes com a receptividade dos<br />

participantes que lotaram o auditório na Fiep (Federação<br />

das Indústrias do Paraná) durante o dia inteiro”, comemora<br />

Flávio Geraldo da FG4Mad Consultoria em Madeira.<br />

A Conferência Sul-Americana de Tecnologias para<br />

Proteção de Madeiras foi feita em parceria entre a Abpm<br />

(Associação Brasileira de Preservadores de Madeira), a<br />

FG4Mad Consultoria em Madeira e Malinovski.<br />

CERTIFICAÇÕES<br />

COMO O QUALITRAT<br />

PASSAM SEGURANÇA<br />

AO CONSUMIDOR<br />

FINAL E MOSTRAM O<br />

COMPROMETIMENTO DAS<br />

INDÚSTRIAS PRODUTORAS


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

QUÍMICA NA MADEIRA<br />

MADEIRA<br />

PROTAGONISTA<br />

Fotos: divulgação<br />

A IMPORTÂNCIA<br />

DA MATÉRIA-<br />

PRIMA COMO<br />

PRODUTO<br />

SUSTENTÁVEL E<br />

RESISTENTE<br />

72 |<br />

U<br />

ma diversidade de materiais construtivos disputam<br />

um lugar ao sol. Os fabricantes enfatizam<br />

qualidades e minimizam problemas, especialmente<br />

ambientais, que produzem. Madeira é caso à parte, reúne<br />

alto desempenho e sustentabilidade.<br />

Madeira é, de longe, o material construtivo de alto desempenho<br />

físico e mecânico que contribui efetivamente<br />

para a redução das emissões de CO₂ (Gás Carbônico) na atmosfera.<br />

A começar da produção de madeira serrada, que<br />

registra uma emissão de carbono de 15 kg/m³ (quilogramas<br />

por metro cúbico), enquanto o sequestro de carbono chega<br />

a impressionantes 250 kg/m³, gerando um balanço compensador<br />

e amplamente positivo.<br />

Apenas para efeito de comparação, a produção de aço<br />

gera emissões da ordem de 5.320 kg/m³, a de concreto 120<br />

kg/m³ e a de alumínio 22.000 kg/m³. Os dados são da australiana<br />

Forest and Wood Products Research and Development<br />

Corporation. Esta é apenas a primeira parte da equação amwww.referenciaindustrial.com.br


HÁ NO MERCADO UMA EXTENSA<br />

GAMA DE STAINS PRESERVATIVOS,<br />

VERNIZES E PRODUTOS DE ALTO<br />

DESEMPENHO CAPAZES DE<br />

MANTER A MADEIRA LIVRE DE<br />

INFESTAÇÕES<br />

proporciona as melhores respostas. Preservativos químicos<br />

de alta qualidade e segurança, com tecnologia moderna e<br />

consagrada em todo o mundo, multiplicam por 15 vezes ou<br />

mais a durabilidade e desempenho da madeira em comparação<br />

ao seu estado original, sem tratamento. Produtos como<br />

CCA ou CCB, atendem a essas exigências com folga.<br />

Mas os ganhos não se restringem ao tratamento preservativo<br />

em autoclave. Pode-se ir muito além da durabilidade,<br />

agregando beleza e valor à madeira tratada. Para isso<br />

há no mercado uma extensa gama de stains preservativos,<br />

vernizes e produtos de alto desempenho capazes de manter<br />

a madeira livre de infestações por organismos xilófagos<br />

e, ao mesmo tempo, bonitas e com as texturas e desenhos<br />

naturais absolutamente únicos quando se trata de madeira<br />

de verdade.<br />

biental. A segunda refere-se à criação de estoques duradouros<br />

de carbono, que concorrerão para a sustentabilidade da<br />

atividade construtiva.<br />

Na busca da sustentabilidade a preservação da madeira,<br />

especialmente de espécies que vêm de florestas plantadas,<br />

SILVIO LIMA<br />

É GERENTE<br />

COMERCIAL<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

SISTEMA<br />

CONSTRUTIVO EM<br />

WOOD FRAME PARA<br />

CASAS DE MADEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

JULIO CESAR MOLINA<br />

Pós Doutorando do Departamento de Engenharia de Estruturas da Eesc/USP<br />

CARLITO CALIL JUNIOR<br />

Professor Titular do Departamento de Engenharia de Estruturas da Eesc/USP<br />

RESUMO<br />

A<br />

utilização de sistemas construtivos que aliam<br />

resistência, rapidez, com diferencial competitivo<br />

técnico, mercadológico e, principalmente,<br />

comprometimento com o meio ambiente, vem ganhando<br />

cada vez mais espaço no Brasil. O sistema construtivo<br />

em wood frame para construção de casas de até cinco<br />

pavimentos muito interessante, pois é sistema leve, estruturado<br />

em perfis de madeira reflorestada tratada, que<br />

permite a utilização em conjunto com diversos materiais,<br />

além de permitir rapidez na montagem e total controle<br />

dos gastos já na fase de projeto por ser industrializado.<br />

O comportamento estrutural do wood frame é superior<br />

ao da alvenaria estrutural em resistência, conforto<br />

térmico e acústico. No entanto, no Brasil, o wood frame<br />

ainda é muito pouco conhecido e utilizado, seja por falta<br />

de conhecimento técnico sobre o sistema, por preconcei-<br />

to associado a má utilização da madeira como material<br />

de construção ou ainda, em alguns casos, por falta de<br />

normalização.<br />

O objetivo deste manuscrito consiste em apresentar<br />

as principais características técnicas e vantagens do sistema<br />

construtivo em wood frame para casas, abordando<br />

as principais etapas do processo construtivo através de<br />

exemplos, os materiais utilizados na construção, além<br />

das principais recomendações normativas internacionais<br />

de projeto. Com isso, espera-se contribuir para a divulgação<br />

e implantação efetiva do sistema wood frame no<br />

Brasil, pois trata-se de um sistema competitivo, rápido<br />

e ecologicamente correto. Além disso, atualmente, vem<br />

sendo realizado um enorme esforço do setor técnico, comercial<br />

e industrial madeireiro para a implantação deste<br />

sistema no país.<br />

74 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


INTRODUÇÃO<br />

De acordo com Powell, Tilotta e Martinson (2008)<br />

uma casa ideal deve ser confortável, segura, resistente<br />

a desastres, durável, eficiente e, sobretudo, sustentável.<br />

No entanto, embora nas últimas décadas tenham sido alcançados<br />

grandes avanços tecnológicos no que se refere<br />

ao conforto, desempenho e novos materiais dos sistemas<br />

de moradias, ainda no Brasil, se utiliza o mesmo sistema<br />

construtivo do descobrimento do país. Sendo assim, os<br />

esforços para melhorar as condições dos sistemas de moradia<br />

têm que continuar. Os avanços nesta área exigem<br />

não só o desenvolvimento de pesquisas aplicadas, mas<br />

também a transferência de tecnologias no sentido de<br />

passar o conhecimento adquirido à prática.<br />

Nos últimos dez anos as casas pré-fabricadas ganharam<br />

novos materiais e novas tecnologias, principalmente<br />

devido às experiências no setor de habitação popular.<br />

Observou-se que uma infinidade de soluções passou do<br />

papel para o canteiro de obras, mas muito poucas realmente<br />

triunfaram. Isso porque, para entrar nesse mercado,<br />

é necessário que o sistema pré-fabricado apresente<br />

baixo custo, boa qualidade e, principalmente, se adéqüe<br />

aos sistemas de financiamento existentes no Brasil.<br />

O wood frame para casas consiste num sistema construtivo<br />

industrializado, durável, estruturado em perfis de<br />

madeira reflorestada tratada, formando painéis de pisos,<br />

paredes e telhado que são combinados e/ou revestidos<br />

com outros materiais, com a finalidade de aumentar os<br />

confortos térmico e acústico, além de proteger a edificação<br />

das intempéries e também contra o fogo. Nos EUA<br />

(Estados Unidos da América) a tecnologia wood frame é<br />

utilizada em 95% das casas construídas.<br />

O sistema wood frame permite a construção de casas<br />

de até cinco pavimentos com total controle dos gastos já<br />

na fase de projeto devido à possibilidade de industrializa-<br />

OUTUBRO | 75


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

ção do sistema. A madeira é utilizada, neste caso, principalmente<br />

como estrutura interna de paredes e pisos,<br />

proporcionando uma estrutura leve e de rápida execução,<br />

pois os sistemas e subsistemas são industrializados<br />

e montados por equipes especializadas, em momentos<br />

definidos da obra, e de forma independente. De acordo<br />

com Stricklin, Schiff e Rosowsky (1996) construções residenciais<br />

de até dois pavimentos que utilizam o sistema<br />

wood frame são mais econômicas.<br />

O sistema wood frame permite a construção de casas<br />

de até cinco pavimentos com total controle dos gastos já<br />

na fase de projeto<br />

Além disso, o custo de produção de uma casa em<br />

wood frame é superior ao da alvenaria tendo-se em vista<br />

o tipo de mão de obra e materiais utilizados. Observa-se<br />

ainda que o sistema wood frame está sendo implantadado<br />

no Brasil e, por isso, a produção anual de casas que<br />

utilizam esse sistema ainda é muito baixa.<br />

Em países da América do Norte, Ásia e Europa, como<br />

Canadá, EUA, Japão e Alemanha, sistemas de casas em<br />

wood frame, de excelente qualidade, são amplamente<br />

adotados. A tecnologia desenvolvida pelos alemães, por<br />

exemplo, consiste na industrialização dos painéis de parede,<br />

de piso e cobertura, com alto controle de qualidade<br />

e possibilita a construção de casas com mais de 200 m²<br />

(metros quadrados) em apenas 60 dias, sendo necessário<br />

apenas um único dia para montagem da casa.<br />

Na América do Sul, países como o Chile e Venezuela<br />

investem com sucesso na indústria de casas populares<br />

com 40 a 65 m², e que também utilizam painéis wood<br />

frame, além de treliças de telhado pré-fabricadas. A melhor<br />

explicação para a ampla utilização desse sistema em<br />

países onde a mão de obra é considerada muito cara é a<br />

otimização da gestão da produção com alto controle de<br />

qualidade. A pré-fabricação do sistema em ambiente industrial<br />

permite que várias atividades sejam executadas<br />

simultaneamente tendo como consequência a redução<br />

A IMPLEMENTAÇÃO DO<br />

SISTEMA DO WOOD<br />

FRAME NO BRASIL<br />

DEPENDE DIRETAMENTE<br />

DA DIFERENCIAÇÃO<br />

DO SISTEMA LEVE<br />

EM RELAÇÃO AOS<br />

MODELOS ADOTADOS<br />

ANTERIORMENTE<br />

76 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


A MADEIRA DE<br />

PINUS, POR SER<br />

CONÍFERA É<br />

MAIS LEVE, NÃO<br />

APRESENTA CERNE<br />

E SEU LENHO<br />

É TOTALMENTE<br />

PERMEÁVEL AO<br />

TRATAMENTO<br />

PRESERVANTE<br />

de prazos de entrega e custos.<br />

Embora a madeira esteja entre os materiais de construção<br />

mais antigos e atuais em todo o mundo, a utilização<br />

desse material como elemento estrutural no Brasil<br />

ainda é cercada de muito desconhecimento e atrelada a<br />

idéias errôneas como a de que se construir com madeira<br />

implica necessariamente no desmatamento de áreas<br />

verdes preservadas. Vale lembrar que a madeira foi muito<br />

utilizada nas construções por arquitetos em meados do<br />

século XX, mas a partir da década de 1970 essa tecnologia<br />

começou a se perder espaço no Brasil devido a inserção<br />

maciça das estruturas de concreto, e consequentes imposições<br />

de mercado, enquanto que no resto do mundo as<br />

estruturas de madeira continuaram evoluindo.<br />

A madeira, quando bem utilizada, consiste num material<br />

competitivo com outras alternativas de construção<br />

Iniciativas para introduzir o sistema wood frame<br />

como mais uma alternativa para a construção industrializada<br />

têm buscado romper essa limitação e mostra que<br />

é possivel erguer edificações de qualidade rapidamente e<br />

sem desperdício.<br />

Dentro deste contexto, os objetivos específicos deste<br />

manuscrito são os seguintes: apresentar as principais características,<br />

vantagens e materiais utilizados no sistema<br />

construtivo de casas em wood frame; ilustrar as principais<br />

etapas do processo construtivo, apresentar as dificuldades<br />

de implantação desse sistema no Brasil; fazer<br />

uma breve abordagem sobre as recomendações normativas<br />

existentes de projeto e, principalmente, contribuir<br />

com a literatura nacional sobre o assunto, que atualmente<br />

encontra-se em fase de desenvolvimento no país.<br />

Utilização da madeira como solução na construção<br />

de casas<br />

A dificuldade de visualizar a madeira como solução<br />

interessante para a construção de casas não deixa de ser<br />

paradoxal no Brasil. A indústria de reflorestamento nacional<br />

é uma das mais competitivas do mundo e há uma<br />

enorme disponibilidade de áreas de reflorestamento no<br />

país. É importante frisar que a madeira, quando bem utilizada,<br />

consiste num material competitivo com outras<br />

alternativas de construção. Além disso, quando falamos<br />

em construções leves que envolvem estruturas de madeira<br />

nos referimos a um sistema construtivo baseado exclusivamente<br />

no uso de madeiras de reflorestamento que é<br />

extremamente racionalizado.<br />

A madeira é único material de construção renovável,<br />

que demanda baixo consumo energético para produção,<br />

e seqüestra carbono da atmosfera durante o crescimento<br />

da árvore. Apresenta ainda fácil trabalhabilidade, excelente<br />

desempenho térmico (absorve 40 vezes menos<br />

calor que a alvenaria de tijolos) e acústico, além de elevada<br />

relação resistência/peso, o que faz da madeira um<br />

material adequado para a industrialização de elementos<br />

no sentido de facilitar o transporte das peças e posterior<br />

montagem na obra. Somadas a todas essas vatagens,<br />

no Brasil, os projetos com estruturas baseadas em wood<br />

frames têm utilizado como matéria prima o pinus e, em<br />

menor quantidade o eucalipto, ambas espécies de reflo-<br />

OUTUBRO | 77


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

restamento, e que apresentam crescimento rápido.<br />

Há preferência pelo pinus por sua elevada permeabilidade<br />

ao tratamento em autoclave, fundamental<br />

para evitar o ataque de organismos xilófagos. Observa-<br />

-se também que, de uma maneira geral, a tecnologia<br />

tem ampliado a gama de novos produtos derivados da<br />

madeira, seja em diferentes formas, ou na combinação<br />

com outros materiais, associada à busca de benefícios<br />

ambientais, mas sempre visando o melhor desempenho<br />

do produto para o fim a que se destina.<br />

SEGURANÇA DA EDIFICAÇÃO EM<br />

WOOD FRAME CONTRA INCÊNDIO<br />

No que se refere à construção de casas de madeira,<br />

a principal restrição em termos legais, no Estado de São<br />

Paulo, deve-se, principalmente, ao risco de incêndio e<br />

esta foi introduzida na lei a mais de meio século, numa<br />

época em que não havia recursos como materiais retardantes,<br />

pinturas intumescentes e aditivos antichama.<br />

Em termos estruturais, quando comparada a outros<br />

materiais, também utilizados em construção como, por<br />

exemplo, o concreto e o aço, a madeira apresenta um<br />

excelente comportamento em situação de incêndio. Segundo<br />

Pinto (2001), elementos estruturais de madeira,<br />

quando expostos ao fogo, carbonizam primeiramente<br />

seu perímetro externo, ficando o interior da madeira praticamente<br />

intacto.<br />

De uma maneira geral, a principal preocupação dos<br />

órgãos normativos com a ocorrência de incêndio não está<br />

ligada ao interesse de preservar o patrimônio, mas sim<br />

de garantir que a edificação permaneça com sua capacidade<br />

resistente preservada por um período de tempo<br />

suficiente para garantir a total evacuação das pessoas. A<br />

principal preocupação, neste caso, é a de preservar a integridade<br />

física do ser humano. A questão da perda como<br />

patrimônio pode ser facilmente garantida por meio de<br />

contratos e seguros.<br />

ETAPAS CONSTRUTIVAS E MONTAGEM<br />

DE CASAS EM WOOD FRAME<br />

Fundação: deve ser escolhida em função das cargas<br />

de projeto e do tipo de solo existente. Em alguns países<br />

que possuem inverno rigoroso, a fundação das casas em<br />

wood frame é composta por estruturas subterrâneas de<br />

paredes, tecnicamente chamadas de basement wall, que<br />

formam compartimentos abaixo do nível do solo (com<br />

pelo menos 60 cm ou 2 pés), e estes servem para aumentar<br />

a temperatura das casas, pois nesta cota o congelamento<br />

não afeta o conforto térmico dos cômodos subterrâneos.<br />

Segundo Nanami et al. (1998) essas dimensões<br />

levam em consideração, além de outros fatores, a ventilação<br />

no compartimento subterrâneo. Essa técnica é usada<br />

principalmente pelos norte-americanos. O basement<br />

wall sustenta cargas de piso, paredes, telhados e outras<br />

cargas da construção, e pode ser construído tanto em<br />

madeira como também em concreto, sendo o concreto<br />

mais utilizado. Neste tipo de fundação também é muito<br />

comum a utilização de vigas de madeira com seção I<br />

sobre o basement wall para a sustentação e distribuição<br />

das cargas provenientes da edificação. A transmissão das<br />

cargas verticais, neste caso, acontece de forma não concentrada<br />

o que torna a<br />

Madeira utilizada: no sistema de wood frame normalmente<br />

a madeira utilizada é o pinus. A madeira de pinus,<br />

por ser conífera é mais leve, não apresenta cerne e seu lenho<br />

é totalmente permeável ao tratamento preservante,<br />

o que não ocorre com a maioria das madeiras nativas brasileiras<br />

e com o eucalipto que são folhosas. O tratamento<br />

mais recomendado para wood frame é aquele feito em<br />

autoclave com produtos hidrossolúveis, sendo que estes<br />

tornam a madeira imune ao ataque de fungos e cupins.<br />

Segundo Molina (2008) a exposição direta da madeira<br />

aos fatores ambientais, em razão do uso da madeira<br />

sem um tratamento adequado, permite o ataque biológico<br />

de insetos e microorganismos, comprometendo a segurança<br />

das construções de madeira. O Brasil apresenta<br />

uma grande área de florestas plantadas de pinus principalmente<br />

nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, o que<br />

torna o sistema wood frame sustentável do ponto de vista<br />

de demanda. No entanto, não existem normas brasileiras<br />

para o wood frame e no que se refere ao tratamento<br />

preservante do sistema, os construtores utilizam como<br />

referencia as normas norte-americanas e canadenses que<br />

recomendam a retenção mínima de 4,0 kg (quilograma)<br />

de ingrediente ativo/m³ (metro cúbico) para madeiras<br />

utilizadas em aplicações gerais. Para peças sujeitas ao<br />

contato direto com a fundação de concreto ou umidade<br />

a recomendação mínima é de 6,5 kg de ingrediente ativo/m³.<br />

No Brasil o tratamento mais recomendado utiliza<br />

produtos hidrossolúveis, em especial o CCA (Cobre-Cromo-Arsênio)<br />

e o CCB (Cobre-Cromo-Boro).<br />

EMBORA A MADEIRA<br />

ESTEJA ENTRE OS MATERIAIS<br />

DE CONSTRUÇÃO MAIS<br />

ANTIGOS E ATUAIS<br />

EM TODO O MUNDO,<br />

A UTILIZAÇÃO DESSE<br />

MATERIAL COMO ELEMENTO<br />

ESTRUTURAL NO BRASIL<br />

AINDA É CERCADA DE<br />

MUITO DESCONHECIMENTO<br />

78 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Transporte e montagem: no Chile como também na<br />

Alemanha praticamente todas as etapas de produção das<br />

casas em wood frame são feitas na indústria. A casa completa<br />

é então, posteriormente, transportada para montagem<br />

no local da obra.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

O sistema em wood frame tem sido o mais utilizado<br />

no mundo para a construção de casas de madeira e o Brasil<br />

é visto como um mercado promissor pelas condições<br />

favoráveis e por ser um mercado carente de soluções sustentáveis.<br />

No sul do Brasil já existem empresas que firmaram<br />

parcerias para o desenvolvimento de matéria-prima,<br />

componentes e projeto com capacidade para produzir<br />

casas de 70 m² a 280 m² destinadas ao mercado médio e<br />

de alto padrão.<br />

Existem também empresários brasileiros que trabalham<br />

individualmente com construção em madeira determinados<br />

a implantar o wood frame de forma fundamentada,<br />

organizando frentes de trabalho para discutir<br />

a divulgação do sistema construtivo e sua padronização,<br />

de acordo com a realidade nacional de clima e mercado.<br />

A implementação do sistema do wood frame no Brasil<br />

depende diretamente da diferenciação do sistema<br />

leve em relação aos modelos adotados anteriormente<br />

de casas de madeira com estruturas mais pesadas. Não<br />

se trata da construção de casas de madeira, mas sim de<br />

casas de alta tecnologia e sustentáveis produzidas com<br />

controle de qualidade e todas as vantagens do sistema<br />

wood frame como velocidade, flexibilidade, conforto térmico<br />

e acústico, preço e sustentabilidade.<br />

NO QUE SE REFERE<br />

À CONSTRUÇÃO DE<br />

CASAS DE MADEIRA, A<br />

PRINCIPAL RESTRIÇÃO<br />

EM TERMOS LEGAIS,<br />

NO ESTADO DE SÃO<br />

PAULO, DEVE-SE,<br />

PRINCIPALMENTE, AO<br />

RISCO DE INCÊNDIO<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

AGENDA<br />

NOVEMBRO <strong>2017</strong><br />

OUTUBRO <strong>2017</strong><br />

Wood-Tec <strong>2017</strong><br />

31/10 a 3/11<br />

República Tcheca<br />

www.bvv.cz<br />

Edifica <strong>2017</strong><br />

4 a 7<br />

Chile<br />

www.edifica.cl<br />

Modern Furniture Fair <strong>2017</strong><br />

31/10 a 4/11<br />

Irã<br />

www.icff.com<br />

Baldai Furniture <strong>2017</strong><br />

5 a 8<br />

Lituânia<br />

www.litexpo.lt<br />

Sicam <strong>2017</strong><br />

10 a 13<br />

Itália<br />

www.exposicam.it<br />

Building Green <strong>2017</strong><br />

1 a 3<br />

Dinamarca<br />

www.buildinggreen.eu<br />

Expo Mobila <strong>2017</strong><br />

5 a 8<br />

Maldova<br />

www.fashion.moldexpo.md<br />

Uk Construction Week <strong>2017</strong><br />

10 a 12<br />

Reino Unido<br />

www.ukconstructionweek.com<br />

WMS <strong>2017</strong><br />

2 a 4<br />

Canadá<br />

www.wms<strong>2017</strong>.com<br />

DESTAQUE<br />

AFFEMAQ UBÁ<br />

3 a 5 de outubro<br />

Ubá (MG)<br />

www.affemaq.com.br<br />

A Affemaq (Feira itinerante de máquinas, ferramentas, acessórios,<br />

insumos e serviços para as indústrias de móveis e madeiras) será<br />

realizada entre os dias 3 e 5 de outubro, no Horto Florestal, em Ubá<br />

(MG). Com o apoio do Intersind, a feira de máquinas terá palestras<br />

gratuitas na programação.<br />

Imagem: reprodução<br />

80 |<br />

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sites<br />

assessoria<br />

de imprensa<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

EM FAVOR DA ADESÃO DO<br />

BRASIL À OCDE<br />

O<br />

governo brasileiro formalizou em maio o pedido<br />

de adesão à Ocde (Organização para a Cooperação<br />

e Desenvolvimento Econômico). Na visão<br />

da indústria brasileira, a adesão fortalece a modernização<br />

de nossas instituições, concorre para a sua melhor governança,<br />

alinha o sistema regulatório às melhores práticas<br />

internacionais e reforça a capacidade de o Brasil influenciar<br />

na construção de regras globais que afetam o país e suas<br />

empresas.<br />

Em 2007, o Brasil foi convidado a ter um engajamento<br />

ampliado na Ocde, o que apontava para um possível ingresso.<br />

Somos um parceiro-chave e já adotamos 26 instrumentos<br />

legais da Organização. Entre os países não membros, o Brasil<br />

é o que mais participa em comitês e o segundo em número<br />

de assinatura de instrumentos da instituição. O pedido<br />

de entrada precisará ser aceito por unanimidade pelos 35<br />

países membros e a expectativa é de que a decisão ocorra<br />

ainda este ano. Se aprovado, o Brasil se tornará candidato<br />

oficial e se submeterá a uma rigorosa avaliação, por parte<br />

da Ocde, de praticamente todas as suas políticas públicas.<br />

A modernização regulatória e das estruturas brasileiras de<br />

governança é necessária e urgente.<br />

Esse processo não será trivial, mas certamente ensejará<br />

a aceleração das reformas estruturais já em curso e a<br />

realização das mudanças em marcos regulatórios - como o<br />

regime tributário - que estão na agenda do setor produtivo<br />

há muito tempo. São exemplos: regras sobre investimentos<br />

estrangeiros, interpretação dos acordos para evitar a dupla<br />

tributação e regulação de preços de transferência, além de<br />

um maior engajamento do país no debate global sobre política<br />

fiscal. Esses ajustes favorecerão o aumento da segurança<br />

jurídica e a redução da burocracia.<br />

Como integrante da Ocde, o Brasil será parte ativa e<br />

poderá influenciar as discussões e a formulação de diretrizes<br />

acerca de políticas públicas em diversos setores. Além disso,<br />

a participação como membro oficial desse seleto grupo de 35<br />

países permitirá ao Brasil a troca de experiências, a absorção<br />

de boas práticas e a divulgação dos seus casos públicos e<br />

privados de sucesso.<br />

O Biac (Business Industry Advisory Committee), da<br />

Ocde, congrega representações empresariais dos países-<br />

-membros, e a CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />

atua como observadora. Essa participação tem sido uma<br />

fonte importante de informações sobre tendências regulatórias.<br />

A indústria brasileira tem avançado em diversos<br />

campos da agenda da Organização, tais como inovação,<br />

mudança do clima, sustentabilidade ambiental e créditos<br />

de exportações.<br />

O objetivo é sensibilizar a indústria e os formuladores<br />

de políticas domésticas sobre as normas em construção e<br />

mostrar a importância de o Brasil se aproximar dos padrões<br />

globais. As regras do Brasil para preços de transferência e<br />

para as CFC (Controled Foreign Companies) ainda são muito<br />

distantes das preconizadas pela Ocde e, certamente, serão<br />

objeto de análise durante o processo de avaliação do Brasil.<br />

A indústria brasileira trabalha para fortalecer o pleito<br />

do Brasil por meio da interlocução com representantes empresariais<br />

no exterior e com os órgãos governamentais que<br />

lideram o processo. O ingresso na Ocde propiciará ao Brasil<br />

uma posição estratégica no sistema internacional, sendo o<br />

único país a integrar simultaneamente a Ocde, o Brics (grupo<br />

que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul) e o G-20, que<br />

reúne as principais economias do mundo.<br />

A adesão do Brasil como membro pleno da Organização<br />

é o caminho natural para uma nação que se destaca pelo grau<br />

de participação, entre os países não membros, nos comitês<br />

e instrumentos da Ocde. As reformas em direção ao padrão<br />

da Ocde são objetivos que já perseguimos em várias áreas.<br />

É, essencialmente, uma pauta de interesse doméstico, voltada<br />

para o aumento da produtividade, da competitividade<br />

e da qualidade regulatória. Trata-se de uma oportunidade<br />

única de criar segurança e dar ritmo mais acelerado para<br />

as reformas necessárias à modernização institucional e ao<br />

desenvolvimento brasileiro.<br />

Foto: divulgação<br />

Por Robson Braga de Andrade<br />

Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />

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