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Grandes fabricantes mundiais,<br />
como a Toyota, a Honda, a Ford,<br />
a BMW e a Renault, já comercializam<br />
modelos híbridos em diversos<br />
países, enquanto modelos<br />
elétricos começam a ganhar mercado.<br />
A Toyota fabrica o modelo<br />
híbrido (que utiliza dois motores,<br />
um a gasolina e outro elétrico)<br />
mais vendido do mundo, o Prius,<br />
mas existem fábricas que se dedicam<br />
exclusivamente à mobilidade<br />
elétrica, como a badalada Tesla e<br />
a acessível BYD, esta última com<br />
modelos híbridos.<br />
Além do combate às mudanças<br />
climáticas, a preocupação com a poluição<br />
em grandes centros urbanos<br />
e o episódio que acabou conhecido<br />
como “dieselgate”, envolvendo o<br />
uso de tecnologias para fraudar testes<br />
de emissões, também impactam<br />
essas diretrizes governamentais.<br />
A questão da poluição é um dos<br />
principais motivadores para esse<br />
tipo de política na China, que é o<br />
maior mercado global para os veículos<br />
elétricos. No ano passado, foram<br />
vendidos 336 mil VEs no gigante<br />
asiático, de um total de 750 mil,<br />
de acordo com relatório “Global EV<br />
Outlook 2017”, da Agência Internacional<br />
de Energia (IEA, na sigla<br />
em inglês). Esse montante, entretanto,<br />
correspondeu a apenas 1,5%<br />
do mercado chinês no ano passado.<br />
Em participação de mercado, aponta<br />
a IEA, o líder global é sem dúvidas<br />
a Noruega, onde os carros elétricos<br />
corresponderam a 29% das vendas<br />
em 2016. Ambos os países têm<br />
políticas de incentivo à tecnologia.<br />
No Brasil, onde há correções<br />
em curso para dar tratamento<br />
Eletroposto Celesc<br />
e Certi: começo<br />
da formação de<br />
infraestrutura de recarga<br />
tributário isonômico para os veículos<br />
elétricos e um início de<br />
infraestrutura de recarga, ainda<br />
muito restrito à P&D, a frota<br />
de veículos elétricos é de apenas<br />
7.701 veículos, de acordo com o<br />
Denatran, de um total de 97 milhões<br />
de veículos. Só neste ano,<br />
até outubro, foram emplacados<br />
2.706 veículos elétricos, de acordo<br />
com a Anfavea, correspondente<br />
a 0,15% dos 1,773 milhão<br />
de veículos emplacados.<br />
Os números globais e os brasileiros<br />
podem ser ainda tímidos,<br />
mas o quadro atual, com políticas<br />
de descontinuidade de veículos<br />
a gasolina e diesel e anúncios<br />
de planos das montadoras, oferece<br />
um crescimento projetado significativo.<br />
Um estudo da Bloomberg<br />
New Energy Finance (BNEF), divulgado<br />
em julho deste ano projeta<br />
que VEs corresponderão a mais<br />
de 50% das vendas de novos automóveis<br />
em 2040. Até lá, devem representar<br />
33% de todos os veículos<br />
leves circulando nas estradas.<br />
Baterias e primeira<br />
fábrica brasileira<br />
A previsão baseia-se na análise<br />
das possíveis reduções futuras<br />
do preço das baterias de íons de lítio,<br />
que já caiu 73% desde 2010.<br />
Os avanços no processo de fabricação<br />
e a duplicação da densidade<br />
de energia da bateria serão responsáveis<br />
pela queda de 70% do valor<br />
dos veículos até 2030. Também foi<br />
levado em consideração o número<br />
de novos modelos de VEs que as<br />
montadoras planejam lançar.<br />
Neste horizonte, os veículos<br />
elétricos deslocariam o consumo<br />
equivalente a oito milhões de barris<br />
de combustível por dia no transporte,<br />
adicionando 5% ao consumo<br />
global de eletricidade. Até<br />
2016, as baterias representavam<br />
48% do custo total dos VEs, mas<br />
essa proporção deve cair para me-<br />
Brasil Energia, nº 445, dezembro 2017 17