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Energia elétrica é o segmento da<br />

indústria mais visado para ataques<br />

cibernéticos, segundo o Repository<br />

of Industrial Security Incidents<br />

(RISI), lgado à Security Incidents<br />

Organization. O risco é maior até<br />

mesmo que nos setores de petróleo,<br />

transporte e água.<br />

“Certamente a Internet das Coisas<br />

é um caminho sem volta e junto<br />

aos grandes recursos que a conectividade<br />

trouxe, há uma questão sobre<br />

a vulnerabilidade dos sistemas<br />

e redes. Toda vez que você disponibiliza<br />

informações, aumenta o grau<br />

de conectividade de dispositivos,<br />

e isso, naturalmente, expõe a ataques,<br />

sim”, explica Julio Oliveira,<br />

gerente de Engenharia de Automação<br />

da ABB.<br />

Esse é um tema que não está<br />

sendo discutido apenas no Brasil,<br />

pelo contrário: o potencial de crescimento<br />

de negócios ligados à cybersegurança<br />

de empresas em missão<br />

crítica, como é o caso de empresas<br />

de energia, é muito elevado.<br />

Um estudo da Control Risks<br />

com base em entrevistas com quase<br />

500 executivos em vários países<br />

indica que um terço das empresas<br />

de negócios e TI ignoram riscos de<br />

ameaças relativas à segurança cibernética<br />

(veja quadro).<br />

Um dos segmentos é o de tecnologias<br />

de redes de comunicações<br />

baseadas em ethernet, um padrão<br />

que permite níveis mais elevados<br />

de segurança.<br />

Quando se tem teleproteção<br />

de linhas de transmissão cujos dados<br />

não são confidenciais, mas que<br />

precisam ter a garantia de que as<br />

informações cheguem inalteradas<br />

no seu destino, é preciso ter a segurança<br />

de que os dados chegarão<br />

íntegros e no tempo certo, explica<br />

Paul Schwyter, gerente global de<br />

produto para redes e segurança cibernética<br />

da ABB.<br />

O diretor-executivo da CGI no<br />

Brasil, Marco Affonso, ressalta que<br />

há espaço, por exemplo, para que<br />

medidores eletrônicos possam ser<br />

fraudados por invasores, que podem<br />

adulterar dados, reduzindo<br />

contas de energia. Mas os problemas<br />

podem ser ainda maiores: riscos<br />

de apagar bairros ou mesmo cidades<br />

inteiras passam a ser um risco<br />

real. Ou pior: assim como acontece<br />

com sequestradores de dados,<br />

que pedem dinheiro para liberar<br />

acessos a computadores, por exemplo,<br />

vulnerabilidades podem abrir<br />

espaço para sequestros de redes.<br />

O diretor-executivo da Kaspersky<br />

Lab Brasil, Roberto Rebouças,<br />

ressalta que a prevenção passa pelo<br />

total envolvimento de funcionários<br />

das empresas, com atualização de<br />

anti-virus, políticas de uso de equipamentos<br />

digitais, senhas, conexão<br />

de pen-drives e cia. Affonso, da<br />

CGI, lembra que um caso de invasão<br />

foi causado por um funcionário<br />

de usina que conectou um pen drive<br />

infectado - ou seja, não foi preciso<br />

usar a rede para infectar o empreendimento.<br />

Mas o meio mais comum de infecção<br />

de redes é o phishing. Quem<br />

não associa o nome à pessoa, são<br />

aqueles emails de bancos que pedem<br />

para clicar em links para atualizar<br />

sistemas de segurança, com<br />

inclusão de senha. O phishing não<br />

infecta um computador imediatamente,<br />

mas quando o usuário clica<br />

nesse link, permite a instalação<br />

de um programa que aciona um vírus<br />

que deleta arquivos ou permite<br />

que o hacker assuma o controle à<br />

distância.<br />

Oliveira, da ABB, diz ainda que<br />

as distribuidoras podem ficar totalmente<br />

sem ação caso um ataque<br />

Oliveira, da ABB: risco de distribuidoras<br />

ficarem paralisadas após ataque<br />

Kraemer, de Itaipu: parte<br />

do processo de modernização passa<br />

pela segurança cibernética<br />

Oliveira, da ABB: risco de distribuidoras<br />

ficarem paralisadas após ataque<br />

Brasil Energia, nº 445, dezembro 2017 27

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