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Fábrica de automóveis da GM:<br />

retomada da atividade econômica<br />

puxa alta na demanda de gás natural<br />

sa melhorar ao longo do ano que<br />

vem, com taxas de crescimento<br />

superiores ante 2017, mas não arrisca<br />

projetar qual o nível de retomada<br />

que virá pela frente.<br />

“É difícil saber a estimativa de<br />

volume a ser consumido porque<br />

tem a questão econômica. Então<br />

depende desse fator externo<br />

que não dá para prever”, comenta<br />

Moreira.<br />

O nível de utilização da capacidade<br />

instalada, medida pela<br />

Confederação Nacional da Indústria<br />

(CNI) aponta que em agosto<br />

deste ano chegou a 74,2%, abaixo<br />

do patamar de 81,2% referente à<br />

média de 2014, antes da crise que<br />

começou em 2015.<br />

“Com a expectativa de maior<br />

crescimento do PIB e incremento<br />

da atividade econômica, a Petrobras<br />

acredita e vem se planejando<br />

para o crescimento do consumo<br />

industrial”, disse a companhia em<br />

nota à Brasil Energia.<br />

Ou seja, tudo depende dos<br />

indicadores da atividade industrial<br />

e ainda assim, não deverá<br />

ocorrer crescimento expressivo<br />

pelos próximos três anos. O diretor<br />

técnico da Gas Energy, Rivaldo<br />

Moreira Neto, avalia que,<br />

mesmo com a retomada industrial,<br />

a possibilidade é que, em<br />

2020, o consumo do segmento<br />

industrial retorne aos patamares<br />

pré-crise. Para o consultor,<br />

ainda falta muito para<br />

que as indústrias ampliem suas<br />

compras de gás de fato, uma<br />

vez que os patamares de consumo<br />

voltaram aos níveis do<br />

biênio 2006/07. “Não estamos<br />

avançando nenhuma casa além<br />

nos últimos anos e a perspectiva<br />

é somente recuperar o espaço<br />

perdido”, destaca.<br />

O executivo da GasEnergy salienta<br />

que antes mesmo da crise,<br />

os patamares de consumo de gás<br />

já não eram tão bons, mas a retração<br />

da indústria, acabou por<br />

colocar uma pá de cal nos planos<br />

de ampliação do consumo.<br />

Dados divulgados pelo consultor<br />

mostram que de 2001 a 2009,<br />

as indústrias vinham apresentando<br />

crescimento constante, saindo<br />

de 15 milhões de m³/dia para 26<br />

milhões de m³/dia. Quando veio<br />

a crise global de 2008, o mercado<br />

como um todo sentiu os efeitos<br />

e aí houve uma retração para<br />

22 milhões de m³/dia.<br />

A recuperação só veio em 2011<br />

e, desde então, não houve ampliação<br />

significativa, mantendo-<br />

-se apenas um ritmo praticamente<br />

estável. Então, quando chegou<br />

a 2016, o consumo voltou para a<br />

casa de 25 milhões de m³/dia.<br />

Brasil Energia, nº 445, dezembro 2017 23

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