Dezembro/2017 - Referência Florestal 192

40 

NO AQUECIMENTO 

Políticas do clima 

engatinham 

56 

REFERÊNCIA 

DO ANO 

ENTREVISTA 

Conheça os vencedores de 2017 

José Moreira, pesquisador 

da Embrapa Florestas 

Everything is 

easier with Komatsu 

Equipment designed for maximum 

performance for clear-cutting and thinning 

Tudo é mais fácil 

com Komatsu 

Equipamentos projetados para 

máximo rendimento no 

corte raso e desbaste

SUMÁRIO 

ANUNCIANTES 

DA EDIÇÃO 

Agroceres ................................................................... 76 

Bayer ................................................................................ 05 

34 

Carrocerias Bachiega .............................................. 43 

Denis Cimaf ................................................................... 07 

Dinagro ........................................................................... 02 

Expoforest 2018 ......................................................... 23 

40 

Feinacoop ..................................................................... 27 

Fenasucro ..................................................................... 25 

Forest Corretora de Seguros ................................. 65 

56 

H Fort ................................................................................ 45 

Himev .............................................................................. 21 

J de Souza ........................................................................ 41 

Editorial 

Cartas 

Bastidores 

Coluna Ivan Tomaselli 

Notas 

Alta e Baixa 

Biomassa 

Frases 

Entrevista 

Principal 

Clima 

Evento 

Opinião 

Legislação 

Especial 

Artigo 

Agenda 

Espaço Aberto 

06 

08 

10 

12 

14 

22 

24 

26 

28 

34 

40 

44 

46 

52 

56 

64 

72 

74 

Komatsu Forest .......................................................... 33 

Liebherr Brasil ............................................................. 11 

Mill Indústrias .............................................................. 51 

Mill Indústrias .............................................................. 67 

Multidocker ................................................................. 17 

Potenza ........................................................................... 69 

Raptor Florestal .......................................................... 19 

Rotary - Ax ...................................................................... 55 

Rotobec .......................................................................... 13 

Timber Forest .............................................................. 09 

TMO ................................................................................. 75 

Ventura Máquinas .................................................... 71 

04 www.referenciaflorestal.com.br

ATENÇÃO 

Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio 

ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções 

contidas no rótulo, na bula e receita. Utilize sempre os 

equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização 

do produto por menores de idade. 

Leia e siga as instruções do rótulo. Consulte sempre 

um engenheiro agrônomo. 

Venda sob receituário agronômico. 

Para Mirex-S, um bom controle de formigas cortadeiras se faz 

com gerenciamento total das operações envolvidas em campo. 

Inicia-se no diagnóstico preciso, passa pelo acompanhamento 

das operações e finaliza nas análises e indicadores de resultado, 

considerando-se cada área como situações diferentes. 

Com uma equipe experiente em manejo tecnificado de 

cortadeiras, RESULT estabelece maior racionalidade operacional, 

otimiza recursos, realiza o treinamento das equipes e ainda 

monitora os resultados. 

Com RESULT, a reflorestadora sempre obtém a eficácia de controle 

esperada, com redução de custos e soluções de manejo mais 

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EDITORIAL 

Ano XIX - Edição n.º 192 - Dezembro 2017 

Year XIX - Edition n.º 192 - December 2017 

Quanto mais conhecimento, 

menos custo e mais controle 

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product 

www.referenciaflorestal.com.br 

Ano XIX • N°192 • Dezembro 2017 

NO AQUECIMENTO 

Políticas do clima 40 

engatinham 

Tudo é mais fácil 

com Komatsu 

Equipamentos projetados para 

máximo rendimento no 

corte raso e desbaste 

REFERÊNCIA 

DO ANO 56 ENTREVISTA 

José Moreira, pesquisador 

Conheça os vencedores de 2017 da Embrapa Florestas 

Everything is 

easier with Komatsu 

Equipment designed for maximum 

performance for clear-cutting and thinning 

A capa desta edição é ilustrada 

pelos novos modelos de 

harvester e forwarder da 

Komatsu Forest 

PRONTOS PARA AVANÇAR 

O ano está terminando com boas perspectivas. Foi um período para organizar a 

casa e consolidar estratégias para 2018, que promete ser marcado pela recuperação 

econômica consistente. Nesta edição de despedida de 2017, o destaque são os equipamentos 

sob medida para desbaste mecanizado e para o trabalho em áreas inclinadas. 

São demandas que o mercado brasileiro passou a apresentar com a diminuição 

da oferta dos terrenos planos e a necessidade de ajuste no custo da operação. O mês 

de dezembro também é momento de reconhecer os 10 agraciados pelo PRÊMIO RE- 

FERÊNCIA. O evento, promovido pelo GRUPO JOTA, exalta iniciativas de destaque no 

decorrer de cada ano. Com estes exemplos é que desejamos um grande fim de ano e 

que 2018 seja muito mais ativo e próspero. Tenha uma excelente leitura. 

EXPEDIENTE 

JOTA COMUNICAÇÃO 

Diretor Comercial / Commercial Director 

Fábio Alexandre Machado 

fabiomachado@revistareferencia.com.br 

Diretor Executivo / Executive Director 

Pedro Bartoski Jr 

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Diretora de Negócios / Business Director 

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Redação / Writing 

Rafael Macedo - Editor 

editor@revistareferencia.com.br 

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Colunista 

Ivan Tomaselli 

Depto. de Criação / Graphic Design 

Fabiana Tokarski - Supervisão 

Fabiano Mendes 

Fernanda Maier 

criacao@revistareferencia.com.br 

Tradução / Translation 

John Wood Moore 

Cartunista / Cartunist 

Francis Ortolan 

Colaboradores / Colaborators 

Fotógrafo: Marcos Mancinni 

Depto. Comercial / Sales Departament 

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comercial@revistareferencia.com.br 

fone: +55 (41) 3333-1023 

Depto. de Assinaturas / Subscription 

assinatura@revistareferencia.com.br 

READY TO MOVE AHEAD 

The year is ending on a good note. It was a year to organize one’s house and consolidate 

strategies for 2018, in fact, a year which promises to be marked by economic recovery. This issue 

says good-bye to 2017, by highlighting mechanized equipment custom made for thinning 

and working on sloped areas. These are the demands of the Brazilian market where the offer 

of flat land has been reduced and operating costs need to be adjusted. December is also the 

month to recognize the 10 recipients of the PRÊMIO REFERÊNCIA. The award event, sponsored 

by GRUPO JOTA, extols prominent initiatives over the course of each year. It is with these examples 

that we wish you a great new year and that 2018 is much more dynamic and prosperous. 

Pleasant reading. 

06 www.referenciaflorestal.com.br 

ASSINATURAS 

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Veículo filiado a: 

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, 

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, 

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, 

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente 

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor 

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em 

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais 

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, 

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos 

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são 

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos 

direitos autorais, exceto para fins didáticos. 

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication 

directed at the producers and consumers of the good and services of the 

lumberz industry, research institutions, university students, governmental 

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked 

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself 

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themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage 

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property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited 

without the written authorization of the holders of the authorial rights.

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CARTAS 

PRÊMIO 





ECONOMIA 

Eucalipto puxa 40 

setor florestal 

King of 

log handling 

A model on tires 

is the news in Brazil 

PRÊMIO 

REFERÊNCIA 

Conheça os vencedores54 ENTREVISTA 

Adriano Venturieri, da 

Embrapa Amazônia Oriental 

Rei do baldeio 

Modelo sobre pneus 

é a novidade no Brasil 

Capa da Edição 191 da 

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, 

mês de novembro de 2017 

Por Patrícia Cardoso Ribas – Pinhais (PR) 

Importante a iniciativa do Prêmio REFERÊNCIA. Excelente 

incentivo ao setor e principalmente aos premiados. 

Ano XIX • N°191 • Novembro 2017 

GIGANTE 

Por Antenor Dreyer Cordeiro – Indaiatuba (SP) 

Muito legal a máquina que está na capa da edição 

de outubro. Fico impressionado com o porte destes 

equipamentos. 

FORÇA 

Por Jorge Demeterco – Bento Gonçalves (RS) 

Parabéns a todo o pessoal da REFERÊNCIA FLORESTAL 

por levar informação para o setor florestal sobre esta 

atividade. 

Foto: divulgação 

Foto: REFERÊNCIA 

AGORA VAI 

Por Jacir Hernandes Silva – Porto Alegre (RS) 

Fiquei mais otimista ao ler a reportagem sobre a retomada 

da economia e de iniciativas na nossa área. Agora é focar 

no trabalho e colher os frutos. 

ENTREVISTA 

Por Jonathan Acréci de 

Lima – Belém (PA) 

Gostei da entrevista com 

o presidente da Embrapa 

Amazônia Oriental. É 

muito importante realizar 

projetos na região para incentivar a economia local e, 

consequentemente, a preservação da floresta nativa. 

Foto: Marcos Mancinni Foto: REFERÊNCIA 


Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo. 

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL. 

E-mails, críticas e 

sugestões podem ser 

enviados para redação 

revistareferencia@revistareferencia.com.br 

Mande sua opinião sobre a Revista do 

Setor Florestal ou a respeito de reportagem 

produzida pelo veículo. 

08 www.referenciaflorestal.com.br

3º CODORNADA TIMBER FOREST 

GUAÍBA-RS 

Na quinta-feira (30/11/2017), foi realizada a “3ª Codornada Timber Forest de 

Guaíba” com o intuito de estreitar relacionamentos com clientes e potenciais 

clientes do Rio Grande do Sul, conversar sobre momento do mercado florestal, 

rever os amigos do setor e saborear a famosa codorna recheada no rolete. 

O evento foi realizado no “Sindicato Rural de Guaíba” e contou com aproximadamente 

120 convidados, música gaúcha ao vivo, sorteio de prêmios e exposição 

de equipamentos e máquinas como, forwarder BuffaloKing 6W, o harvester Ergo 

8W, os cabeçotes Ponsse H6, H7, H7 Euca, H8 e o Log Max E6. 

A Timber Forest agradece a todos que compareceram e que fizeram deste 

evento um sucesso. Um feliz natal e um ano novo repleto de realizações! 

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Paraná: (41) 3317-1414 | Santa Catarina: (49) 3227-1414 | Rio Grande do Sul: (51) 3491-8191

BASTIDORES 

CHARGE 

Charge: Francis Ortolan 

REVISTA 

COMEMORAÇÃO 

Final do ano é momento 

de receber os amigos e 

festejar as conquistas. Neste 

mês, realizamos o PRÊMIO 

REFERÊNCIA. Outro motivo 

para jogar conversa fora e ficar 

próximos de pessoas das quais 

queremos bem. 


Fábio Alexandre Machado, 

diretor comercial do GRUPO 

JOTA, José Domingues Mendes 

e Pedro Bartoski Jr, diretor 

executivo do GRUPO JOTA 

Equipe feminina 

do GRUPO JOTA 

Foto: Marcos Mancinni 

10 

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COLUNA 


Ivan Tomaselli 

Diretor-presidente da Stcp 

Engenharia de Projetos Ltda 

Contato: itomaselli@stcp.com.br 

PLANTAÇÕES FLORESTAIS: UMA BASE 

SÓLIDA PARA O DESENVOLVIMENTO 

Dos incentivos aos plantios às crises econômicas, setor mantém crescimento 

e se adapta aos novos tempos 

N 

esta coluna já foram feitos comentários sobre a importância 

das plantações florestais para ganhar competitividade 

no mercado. O Brasil, com base nos incentivos 

fiscais criados em 1966, ampliou significativamente a área de 

plantações florestais. Os incentivos fiscais terminaram em 1986, 

e foram implantados cerca de seis milhões de ha (hectares) de 

plantações, principalmente de pinus e eucalipto. Estas plantações 

formaram uma base para o desenvolvimento de uma nova 

indústria florestal. 

É importante mencionar que, além dos recursos financeiros 

provenientes dos incentivos fiscais para implantar florestas, o 

programa florestal apoiou no desenvolvimento de conhecimentos. 

Diversas instituições foram criadas para geração de tecnologia 

e capacitação, estabelecendo uma estreita cooperação entre o 

setor público e privado. 

A figura mostra a evolução do consumo de madeira industrial 

a partir de 1986. Como pode ser observado o consumo de madeira 

nativa iniciou uma fase de declínio nos anos 1990, e uma nova 

indústria florestal, baseada em plantações, cresceu vertiginosamente. 

Mais de 98% da área florestal brasileira é representada 

por florestas nativas, no entanto, atualmente, aproximadamente 

90% da madeira industrial é proveniente de plantações florestais. 

Existem no Brasil, atualmente, quase 8 milhões de ha de florestas 

plantadas. A maior parte é baseada em pinus e eucalipto, 

mas também foram estabelecidos plantios com outras espécies, 

com a acácia, a teca e o paricá. Novas espécies, em especial de 

alto valor agregado, têm sido testadas com sucesso mais recentemente, 

entre elas estão o cedro australiano e o mogno africano. 

Como resultado das plantações florestais o Brasil é hoje o 

segundo maior produtor de celulose do mundo, tendo produzido, 

em 2016, quase 19 milhões de t (toneladas). O país é ainda 

o maior exportador mundial de celulose de fibra curta, tendo 

exportado, em 2016, US$ 5,6 bilhões. As plantações propiciaram 

ainda o desenvolvimento da indústria de produtos de madeira 

sólida (basicamente serrados, compensado, MDF, aglomerado 

e OSB), e evoluiu na agregação de valor (móveis, pisos, portas, 

molduras e outros produtos). A indústria florestal é diversificada, 

e gera aproximadamente 500 mil empregos. 

Além dos resultados econômicos e sociais positivos, as plantações 

florestais corroboraram para mitigar os impactos ambientais 

resultantes da exploração não sustentada das florestas nativas, e 

para recuperação de áreas degradadas. 

As diversas crises ocorridas nos últimos 20 anos foram limitantes 

ao desenvolvimento da economia nacional, no entanto o 

setor florestal foi alavancado principalmente pela competitividade 

resultante da alta produtividade dos plantios florestais. Foi a 

oferta de madeira a baixo custo que atraiu investimentos para a 

nova indústria florestal. 

É importante continuar os esforços para obter novos ganhos 

de produtividade florestal e buscar novas alternativas em termos 

de espécies para manter a competitividade da indústria florestal 

nacional. Isto exige investimentos e continuidade da cooperação 

entre o setor público e o setor privado para continuar o processo 

de desenvolvimento de expertise. 

EVOLUÇÃO DO CONSUMO NACIONAL DE MADEIRA INDUSTRIAL 

As diversas crises ocorridas nos últimos 20 anos foram limitantes ao desenvolvimento 

da economia nacional, no entanto o setor florestal foi alavancado principalmente pela 

competitividade resultante da alta produtividade dos plantios florestais 

12 


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NOTAS 

DIVERSIFICAÇÃO 

NA PRODUÇÃO 

A Aspex (Associação dos Produtores de Eucalipto do 

Sul e Extremo Sul da Bahia) promoveu no dia 7 de dezembro, 

o primeiro workshop Diversifica Aspex. O evento 

foi realizado na sede da Fazenda São Pedro, voltado a 

proprietários florestais da região que estão buscando conhecimento 

para diversificar os ganhos de suas propriedades. 

Esse primeiro encontro teve foco no manejo do 

eucalipto para serraria. "Atualmente, praticamente toda 

a produção de madeira da região é para celulose", explica 

o presidente executivo da Aspex, Gleyson Araújo. O engenheiro 

industrial madeireiro, Gabriel Marques, da Serf 

Engenharia, um dos palestrantes, falou sobre Tecnologias 

para Processamento de Madeira Sólida de Eucalipto. 


EMPRESA REALIZA EVENTOS 

NO URUGUAI 

A Unylaser realizou eventos técnicos 

para clientes de sua parceira Servipiezas, no 

Uruguai. As palestras ocorreram nos dias 25 

de outubro em Durazno, e dia 26 do mesmo 

mês em Fray Bentos. Os transportadores 

locais puderam entender todo o processo 

de desenvolvimento e fabricação da Linha 

Florestal Raptor, bem como ver in loco o 

mostruário em tamanho real dos fueiros. 


14 


FLORESTA RECEBE 

CLASSIFICAÇÃO 

LEADERSHIP 

A Klabin foi reconhecida pelo CDP (Carbon Disclosure 

Project) na categoria Leadership em seus resultados anuais 

para floresta, ao alcançar a classificação A-, que ratifica 

as melhores práticas da companhia no desenvolvimento 

sustentável e manejo responsável de suas florestas. O 

CDP analisa e reconhece os esforços das empresas no 

mundo para gerir os impactos ambientais de suas atividades, 

e atribuiu nível de excelência ao resultado da Klabin, 

destacando as ações de gerenciamento de combate ao 

desmatamento e certificação das florestas, bem como da 

sua cadeia de fornecedores. 

Foto: Zig Koch 

INICIATIVA RECERTIFICA ÁREA NO 

MATO GROSSO DO SUL 

Após cinco anos do início de suas atividades, a Eldorado 

Brasil obteve a recertificação de suas florestas 

pelo FSC (Forest Stewardship Council) e certificação 

Cerflor. Para concluir o processo, a empresa passou por 

uma autoria conduzida pela SCS/SysFlor com duração de 

uma semana. A partir de agora, a empresa será submetida 

anualmente a avaliações de manutenção, quando 

serão verificados princípios exigidos pelo selo e se as 

recomendações feitas foram realizadas. Atualmente, a 

companhia tem aproximadamente 225,5 mil ha (hectares) 

de florestas certificadas no Mato Grosso do Sul. 


Dezembro de 2017 REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL 

15

NOTAS 

PORTAL SOBRE DESMATAMENTO 

Imagem: divulgação 

Responsável pelo monitoramento 

oficial do desmatamento na Amazônia, 

o Inpe (Instituto Nacional de 

Pesquisas Espaciais) acaba de lançar 

um portal mais moderno e interativo 

dedicado exclusivamente ao assunto, 

o Terra Brasilis (www.terrabrasilis. 

info). Dados não faltam. Desde a década 

de 1980, o Instituto acompanha as 

mudanças no solo da Amazônia Legal. 

Segundo o instituto, foi construído um 

painel interativo de visualização dos 

dados, onde os usuários podem interagir 

com diversos gráficos que mostram 

os aspectos chave para analisar a 

taxa de desmatamento em toda a área observada ou filtrados por municípios, estados, unidades de conservação, etc. O usuário 

ainda tem a possibilidade de obter os dados em formatos comuns, permitindo a construção de seus próprios gráficos e análises. 

WORKSHOP 

SOBRE CAFIR 

A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e 

a Abaf (Associação Baiana de Empresas de 

Base Florestal) promoveram um workshop 

que reuniu advogados, consultores e proprietários 

de terra para esclarecer dúvidas 

sobre a Instrução Normativa 1581, que estabelece 

a vinculação e integração dos sistemas 

de cadastro de imóveis rurais Cafir 

(Cadastro de Imóveis Rural) e Sncr (Sistema 

Nacional de Cadastro Rural), geridos respectivamente 

pela Secretaria da Receita Federal 

e pelo Incra, para proprietários rurais que 

ainda estão se regularizando dentro do novo Cnir (Cadastro Nacional de Imóveis Rurais). Além disso, o evento realizado 

no dia 29 de novembro, em Salvador (BA), apresentou os aspectos tributários neste novo cenário, esclarecendo possíveis 

dúvidas que podem ocorrer nessa primeira etapa de cobrança do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural). 


16 


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NOTAS 

MADEIRA NA 

CONSTRUÇÃO 

Foto:divulgação 

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) 

e o FSC Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo 

Florestal), assinaram um acordo de cooperação 

tecnológica para o desenvolvimento de projetos 

que promovam o uso da madeira na construção 

civil e movelaria. A iniciativa inclui a difusão de 

informações sobre o desempenho das diferentes 

espécies. A parceria prevê também a capacitação 

de equipes das duas instituições e a divulgação da 

certificação FSC por meio de cursos e palestras. 

A primeira ação será um curso sobre o uso de 

madeiras na construção civil a ser oferecido em 

fevereiro de 2018, em conjunto com o Secovi 

(Sindicato da Habitação de São Paulo). A parceria 

poderá envolver ainda o tema da sustentabilidade 

florestal por meio da elaboração e monitoramento de planos de manejo florestal, e ações junto ao Núcleo de Referência 

em Tecnologia da Madeira, lançado em agosto deste ano. As duas unidades do IPT envolvidas no acordo são a Seção de Sustentabilidade 

de Recursos Florestais e o Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis. 

ARAUCÁRIA ESTÁ AMEAÇADA POR 

DOENÇA NO CHILE 

Pesquisadores da Argentina, Brasil e Chile estiveram reunidos 

de 8 a 10 de novembro em Villarica, no Chile, para discutir 

as possibilidades de identificação e controle de enfermidade 

que vêm atingindo a Araucaria araucana, espécie de araucária 

daquele país. O Chefe-Geral da Embrapa Florestas, Edson Tadeu 

Iede, e os pesquisadores Celso Auer, Ivar Wendling e Erich 

Schaitza fizeram parte do grupo. Durante a apresentação, Iede 

falou da importância da cooperação Brasil-Chile e da parceria 

efetiva que a Embrapa Florestas estabeleceu com o Conaf, SAG 

e outras instituições chilenas ao longo de quase três décadas. 

“No Brasil, não temos Araucaria araucana. O problema chileno não ocorre nas nossas florestas”, ressaltou Iede. Embora 

haja indicação de que o problema é causado por fungos, ainda há dúvidas sobre quais são os agentes causais e como interagem 

com outros fatores, como a mudança de clima. 


18 


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NOTAS 

REVISÃO DE 

TAXAS NO 

MATO GROSSO 


A Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos 

e Minerais da Assembleia Legislativa está criando 

um grupo de trabalho misto para analisar regulamentações 

e valores das taxas ambientais em Mato 

Grosso. Integrantes do governo, representantes do 

setor de base florestal e das indústrias farão a revisão 

para assegurar que os valores cobrados pela Sema 

(Secretaria Estadual de Meio Ambiente), na emissão 

das taxas ambientais, estejam em conformidade com 

a arrecadação tributária e os débitos gerados com diárias e equipamentos na emissão desses documentos. “Mato Grosso 

continua sendo o Estado com os maiores valores de taxas incidentes sobre o setor florestal dentre os principais Estados produtores 

de madeira da Amazônia Legal”, afirmou o deputado Dilmar Dal’ Bosco, autor do requerimento. Em Mato Grosso, o 

valor cobrado para análise de pedidos de licenças anuais para um empreendimento de pequeno porte é R$ 2.463, mas pode 

chegar aos R$ 170 mil para um empreendimento de porte excepcional. 

TECHS PUBLICA 

RESULTADOS 

DE TRÊS ANOS 

O Techs (Programa Cooperativo sobre Tolerância 

de Eucalyptus Clonais aos Estresses Hídrico, Térmico 

e Bióticos) do Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos 

Florestais) surgiu após a finalização do Programa 

Bepp (Produtividade e Potencial do Eucalyptus no 

Brasil), com a necessidade de entender melhor a interação 

genótipo e ambiente, e como os efeitos dos 

fatores abióticos (clima) e bióticos (pragas e doenças) 

afetam a produtividade florestal. Assim, em 2012, o 

Techs foi constituído por 26 empresas e, hoje, possui 36 sítios distribuídos no Brasil (do Pará ao Rio Grande do Sul) e Uruguai. 

Em setembro, os pesquisadores do programa publicaram na revista Forest Ecology and Management os resultados 

da interação do clima, espaçamento e genótipos do Techs durante o período de pico de incremento corrente, dos dois aos 

três anos de idade da floresta. O trabalho intitulado: The interactions of climate, spacing and genetics on clonal Eucalyptus 

plantations across Brazil and Uruguay; está disponível em https://doi.org/10.1016/j.foreco.2017.09.050. 


20 


ecotritus 

TRITURADOR 

FLORESTAL 

O TRITURADOR FLORESTAL 

ECOTRITUS foi desenvolvido 

levando em conta a forte vegetação 

brasileira, bem como a severidade do 

clima predominantemente tropical. Apesar 

da dureza das condições de trabalho, o 

Triturador FLORESTAL ECOTRITUS apresenta 

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ALTA E BAIXA 

PESQUISA PREMIADA 

Recém-doutor pela UFV (Universidade Federal de Viçosa), Nicolás Ignacio Stahringer, ganhou o Ipni (Instituto 

Internacional de Nutrição de Plantas) Scholar Award 2017. Concedido anualmente pelo Ipni, o prêmio de 

US$ 2 mil foi um reconhecimento pela tese de doutorado intitulada: Parametrização de modelos de 

produtividade e equilíbrio nutricional para Pinus e Eucalyptus em Corrientes – Argentina. Com base 

na parametrização de modelos, o estudo de Nicolás estima produtividade e demanda nutricional 

de espécies florestais e recomenda corretivos e fertilizantes com base no equilíbrio e no diagnóstico 

nutricional. 

ALTA 

EMPRESA MAIS SUSTENTÁVEL DO SETOR 

A Klabin recebeu o prêmio de empresa mais sustentável do setor de Papel e Celulose do Guia Exame de 

Sustentabilidade, pelo segundo ano consecutivo, que reconhece as boas práticas das empresas brasileiras. 

A companhia foi listada pelo quinto ano seguido entre as empresas mais sustentáveis do Brasil; e 

também em 2016, figurou no estudo como a "Empresa Sustentável do Ano". Entre os destaques está a 

Unidade Puma da Klabin, uma das mais modernas e sustentáveis fábricas de celulose do mundo, localizada 

em Ortigueira (PR), e o investimento para alcançar a autossuficiência energética. 

DEMITIDO 

Uma semana depois de o ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) anunciar o Planaveg (Plano Nacional de 

Recuperação da Vegetação Nativa) na COP23, em Bonn, na Alemanha, o ministério demitiu seu idealizador, 

o ecólogo Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, diretor do Departamento de Conservação de Ecossistemas. 

A pasta não informou a razão para a demissão. 

RIO GRANDE DO SUL TEM QUEDA NA EXPORTAÇÃO 

As exportações do agronegócio gaúcho totalizaram US$ 1 bilhão em outubro, apesar do aumento em 

valor (24%) e volume (54,3%) em relação ao mês anterior, houve recuo no segmento de 

produtos florestais. De acordo com dados divulgados pela FEE (Fundação de Economia 

e Estatística), os principais setores exportadores foram complexo soja (US$ 407,3 milhões), 

fumo e seus produtos (US$ 280,8 milhões), carnes (US$ 173,4 milhões) e produtos florestais 

(US$ 43,3 milhões), que apesar do resultado apresentou queda na comparação com o mesmo 

mês de 2016 (menos US$10,8 milhões, -19,9%). 

BAIXA 

22 


BIOMASSA 

A BOLA 

DA VEZ 

Foto: Agência Brasil 

O 

segmento de energia deverá ter o aumento do 

volume de desembolsos no Bndes (Banco Nacional 

de Desenvolvimento Econômico e Social) 

em 2018. A diretora de Energia do Bndes, Marilene Ramos, 

afirmou que a tendência é de um crescimento em 2018 já 

que existem projetos já avaliados e aprovados na instituição 

que somam R$ 20 bilhões e que devem ter o início dos 

desembolsos no ano que vem. A executiva afirmou que um 

segmento que deverá crescer dentro do banco é o da economia 

verde, onde a eólica é um grande expoente. Além 

disso, lembrou, que o Bndes fez a primeira emissão de green 

bonds que levou à captação de US$ 1 bilhão quando a 

intenção inicial era de testar o mercado com uma captação 

de US$ 500 milhões. Outras oportunidades podem estar no desenvolvimento de energia a partir de florestas como 

resultado do compromisso brasileiro com a COP 21 de Paris. “Uma grande candidata ao uso dessa floresta é a geração 

de energia de biomassa”, completou. 

LEI VAI INCENTIVAR USO DA BIOMASSA 

FLORESTAL 

A 

Câmara aprovou, o projeto de lei que cria a 

RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis). 

A matéria deve agora ser apreciada no 

Senado para que se torne lei. O objetivo do RenovaBio 

é aumentar a produção de biocombustíveis no Brasil, a 

fim de que o país cumpra os compromissos assumidos 

no Acordo de Paris de redução das emissões de gases 

de efeito estufa. O projeto cria metas compulsórias 

anuais dos distribuidores de combustíveis, com a definição 

de percentuais obrigatórios de biodiesel que deverão 

ser adicionados gradativamente ao óleo diesel, e 

de etanol anidro que será acrescentado na produção de 

gasolina entre 2022 e 2030. São considerados biocombustíveis 

florestais, os combustíveis sólidos, líquidos e 

gasosos produzidos a partir da biomassa florestal, tais 

como lenha e carvão. Buscando o incremento da medida, 

o texto prevê incentivos financeiros e fiscais, além 

de apoio ao cooperativismo. 


24 


FRASES 

80% da madeira nativa hoje no mercado 

brasileiro são ilegais. Os madeireiros da Amazônia 

que fazem certinho, que pagam impostos, que se 

enquadram na questão do trabalho justo, digno, não 

conseguem competir. Por isso exportam tudo 

Com mais mil 

agentes, Ibama 

pode zerar 

desmatamento na 

Amazônia 

Diretora do FSC Brasil, Aline Tristão Bernardes 

Trabalhamos para o Estado ser reconhecido por 

seu engajamento nas ações de desenvolvimento 

sustentável 

Carlos Fávaro, vice-governador de Mato Grosso celebrando parceria de R$ 

170 milhões em investimentos para implementar as metas da estratégia PCI 

(Produzir, Conservar e Incluir) de desenvolvimento sustentável 

Luciano Evaristo, diretor de 

fiscalização do Ibama (Instituto 

Brasileiro do Meio Ambiente e dos 

Recursos Naturais Renováveis) 

Madeiras de alto valor agregado, para usos mais 

nobres e procedentes de silvicultura, são escassas 

também em várias regiões brasileiras, o que denota 

um nicho de mercado com excelente potencial 

Pesquisadora Cristiane Fioravante Reis, da Embrapa Florestas, detalhando o 

levantamento realizado pela entidade com informações sobre as três principais 

espécies florestais plantadas em Goiás: eucalipto, pinus e seringueira 

A Fibria já é a maior fábrica de celulose do 

mundo em uma única planta e esse anúncio garante 

que os investimentos no setor devem continuar ao 

longo dos próximos anos, gerando mais emprego 

e renda e fortalecendo o setor florestal de Mato 

Grosso do Sul 

Foto: Ibama 

Comemorou Jaime Verruck, secretário da Semagro (Secretaria de Meio 

Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), 

sobre os investimentos da empresa no Estado 

26 


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SIRECOM 

Sindicato dos Representantes Comerciais

ENTREVISTA 


José Mauro Magalhães Ávila Paz Moreira 

LOCAL DE NASCIMENTO 

Iguatu (CE), 21 de abril de 1976 

Iguatu (CE), April 21, 1976 

ATIVIDADE/ ACTIVITY: 

Pesquisas nas áreas de economia e planejamento da produção florestal 

Research in the areas of Forest Production Economics and Planning 

FORMAÇÃO/ ACTIVITY: 

Engenheiro florestal (UnB), Doutor em Economia Aplicada (Esalq/USP) 

Forestry Engineering (UnB), and PhD in Applied Economics (Esalq/USP) 

Acerte no alvo 

Hitting the target 

P 

lantar árvores não é uma ciência exata, mas definitivamente 

possui uma série de procedimentos que 

devem ser seguidos para que o negócio tenha êxito. 

É imprescindível estudar o mercado, logística, fluxo de caixa, 

fatores climáticos, políticas de incentivo ou restritivas e muitos 

outros. Conversamos com José Mauro Magalhães Ávila 

Paz Moreira, pesquisador da Embrapa Florestas e especialista 

na área. Ele não nos deu nenhuma fórmula mágica, mas 

apontou caminhos para aumentar a chance de sucesso em 

empreendimentos florestais. 

P 

lanting trees is not an exact science, but it definitely 

has a number of procedures that must be followed 

in order for the business to succeed. It is essential to 

study the market, logistics, cash flow, climatic factors, incentive 

or restrictive policies, and many others. We talked 

with José Mauro Magalhães Ávila Paz Moreira, a Research 

Scientist at Embrapa Florestas and a specialist in the field. 

He didn’t give us any magic formula, but he did point out 

ways to increase the chance of success in forest projects. 

28 


Quais são os principais quesitos a serem avaliados antes de 

iniciar qualquer empreendimento florestal? 

Número um é definir o objetivo da produção. Será para consumo 

próprio (energia, construções rurais, outros usos), para 

atender ao mercado, ou ambos? Conhecer o mercado que 

pretende atuar - qual é o produto, quais as características do 

produto são exigidas pelo mercado, quantos são os consumidores 

e produtores, qual o tamanho e a capacidade que os 

mesmos têm de influenciar o mercado, qual o preço médio 

pago pelos principais clientes e, se possível, como este tem 

oscilado nos últimos anos. Verificar quais são as condições de 

clima e solo da região (a análise conjunta destes três fatores 

orientará a escolha da espécie florestal com bom potencial 

produtivo e retorne um produto que atende ao mercado almejado). 

Analisar qual sistema de manejo florestal lhe permitirá 

obter o produto almejado (espaçamento, adubação, desbastes, 

desramas, rebrota ou outros tratos silviculturais) e os seus custos 

esperados. Definir a escala de produção e a sazonalidade 

que pretende ofertar os seus produtos. Conhecer os custos 

de colheita e transporte previstos e adequados à sua escala. 

Analisar o retorno econômico esperado para então tomar a 

decisão sobre a realização do investimento. 

Quais são os maiores erros que observa nesta área? 

O plantio de florestas sem conhecer o mercado ou a estrutura 

dos custos envolvidos na cadeia produtiva, baseando-se apenas 

em informações genéricas. O setor florestal é heterogêneo, 

possibilitando diversas opções de produção e comercialização 

da madeira e outros produtos advindos das florestas. O potencial 

de retorno econômico muda ao se alterar o mercado, 

a espécie, a localização e até a escala de produção. Esta última 

exerce influência principalmente na execução das operações 

de colheita e transporte, que representam uma proporção 

significativa do custo total da madeira entregue no cliente, 

principalmente para produtos de menor valor agregado. Um 

artigo da Consufor publicado recentemente na REFERÊNCIA 

FLORESTAL conclui que o valor total da colheita e transporte 

florestal de pinus e eucalipto superou em 17% o valor da madeira 

em pé no país. O custo de colheita e transporte chegou 

a 60% do preço da madeira no cliente para toras finas, e 24% 

em toras grossas para laminação (maior valor agregado). 

Com a opção de diversas espécies novas, o que precisa ser 

avaliado antes de escolher qual será plantada? 

Antes de se escolher a espécie, é necessário observar os itens 

listados na primeira pergunta. Espécies novas apresentam um 

desafio adicional quando comparadas às espécies consolidadas 

(pinus e eucalipto) em relação à carência de informações e 

materiais genéticos adaptados e de elevada produtividade. 

Entretanto, normalmente se propõem à produção de madeiras 

com maior valor agregado, possibilitando maiores ganhos, 

mas demandando maior profissionalização do produtor e um 

uso mais intenso das ciências florestais no manejo da floresta. 

What are the main requirements to be evaluated before 

starting any forest project? 

Number one is to define the production objective. Will it be 

for in-house consumption (energy, rural constructions, other 

uses), or to cater to a specific market, or both? Knowing the 

market in which you intend to sell - what is the product, what 

are the characteristics required of the product by the market, 

who and how many consumers and producers are there, 

what is their size and ability they have to influence the market, 

what is the average price paid by main customers and, if 

possible, how this has fluctuated over recent years. Check out 

the climate and soil conditions of the region (a joint analysis 

of these three factors will guide in the choice of forest species 

with a good productive potential and return with a product 

that meets the needs of the target market). Analyze which 

forest management system will allow you to obtain the desired 

product (spacing, fertilizing, pruning, regrowth or other 

forestry treatments) and their expected costs. Define the 

scale of production and market seasonality of the products 

you intend to offer. Know the harvesting and transport costs, 

forecast and suitable to your production scale. Analyze the 

expected economic return in order to then make a decision 

about the realization of the investment. 

What are the biggest mistakes that you have observed in 

this area? 

Planting forests without knowing the market or the cost 

structure involved in the productive chain, using only what 

is based on general information. The Forest Sector is heterogeneous, 

enabling various options for timber production 

and marketing and for other products from the forest. The 

potential economic return changes with altering the market, 

species, location and even scale of production. The latter influences 

mainly the implementation of the harvesting system 

and transportation operations, which represent a significant 

proportion of the total cost of timber delivered to the customer, 

especially for lower-value-added products. An article 

published recently in REFERÊNCIA Florestal about Consufor 

concludes that in Brazil, the total value of forest harvesting 

and transport of pine and eucalyptus in the Country surpassed 

17% of the value of the standing timber. The cost of 

harvesting and transport reached 60% of the timber price for 

thin log customers, and 24% for thick logs used for veneer 

(value added). 

With the option of various new species, what needs to be 

assessed before choosing which will be planted? 

Before choosing the species, it is necessary to note the items 

listed in the first question. New species present an additional 

challenge when compared to the consolidated species (pine 

and eucalyptus) in relation to the lack of information, the 

genetic materials used and high productivity. However, one 

normally proposes the production of timber with a higher 


29

ENTREVISTA 

Aconselha a diversificação de espécies? 

Depende do objetivo do produtor. Plantios homogêneos são 

mais indicados para a produção de madeira a baixo custo para 

um mercado de menor valor agregado (energia, processo), pois 

as margens de lucro advém da redução máxima de custos por 

unidade de produto. Caso o produtor perceba a floresta como 

um ativo biológico, direcionando a produção de cada espécie 

visando obter o maior retorno possível em diferentes nichos 

de mercado, esta pode ser uma opção bem interessante. 

Alguns empreendedores estão reclamando do preço da tora 

de madeira fina de eucalipto. Como observa este mercado 

atualmente? 

Falar sobre o mercado de madeira, principalmente de madeira 

fina, de uma forma genérica é algo perigoso e impreciso. A 

madeira fina apresenta um raio econômico de transporte 

menor do que a madeira de maior valor agregado, fazendo 

com que o seu mercado seja mais regionalizado. O preço nos 

últimos anos tem sido desestimulador em várias regiões, mas 

vem sofrendo uma pequena recuperação em boa parte delas 

e esperamos que melhore com a melhora da economia, mas 

com poucas chances de atingir patamares observados no final 

da década passada e início da atual. Esta provável elevação 

permitirá a recuperação dos produtores que implantaram suas 

florestas mais próximos aos seus consumidores e considerando 

os bons princípios da ciência e planejamento florestal. Os 

produtores cujas florestas foram implantadas sem o devido 

planejamento estratégico e com pouca condição de chegar 

ao mercado consumidor com bons retornos ao produtor terão 

maior dificuldade. 

Existe uma fórmula básica que possibilite saber a taxa de 

retorno do negócio, que sirva como guia antes de realizar 

uma pesquisa mais aprofundada? 

Fluxo de caixa é ferramenta silvicultural - um consultor florestal 

me falou esta frase certa vez, a qual considero bastante pertinente. 

São muitas as variáveis que podem interferir no resultado 

final do potencial de retorno econômico de uma floresta. As 

de maior impacto são: 1 – o preço do produto que se pretende 

ofertar cotado no(s) cliente(s) (não na madeira em pé), 2 – o 

custo de colheita e transporte adequado à escala de produção 

do produtor (o preço da madeira em pé será a diferença destes 

dois), 3 – os custos de arrendamento ou de oportunidade da 

terra, 4 – a estratégia de comercialização associada ao regime 

tributário adotado, 5 – o custo de oportunidade do capital 

investido, 6 – o custo de implantação e manutenção florestal. 

Os custos de colheita e transporte e os custos de implantação 

exercem maior influência na rentabilidade da produção de 

madeira fina (de menor valor agregado). Por outro lado, para 

produtos de maior valor agregado a importância dos custos de 

terra e capital, colheita, e estratégia tributária e de comercialização 

exercem maior influência. Uma poderosa ferramenta 

added value, enabling greater gains, but demanding greater 

professionalization by the producer and a more intense use of 

Forestry Sciences in forest management. 

Do you advise species diversification? 

This depends on the producer’s objective. Homogeneous 

plantings are most suitable for the production of low-cost 

timber for a lower value added market (energy, processing), 

because the margin comes from the maximum reduction of 

costs per unit of product. If the producer perceives the forest 

as biologically active, directing the production of each species 

in order to obtain the greatest possible return in different 

market niches, this can be a very interesting option. 

Some entrepreneurs are complaining about the price of thin 

eucalyptus logs. Today, how do you see this market? 

In talking about the timber market, mostly of thin logs in a 

generic form is something dangerous and inaccurate. The 

thin log market has an economic transport radius smaller 

than that for the higher added value timber, making its market 

more regionalized. The price in recent years has been less 

than stimulating in various regions, but has begun to undergo 

a little bit of a recovery in most of them and we hope this 

improves as the economy improves, but with little chance of 

reaching levels observed at the end of the last decade and 

the beginning of the current one. This likely increase will lead 

to the recovery of producers who have deployed their forests 

closer to their customers and have considered the good 

principles of science and forestry planning. For the producers 

whose forests were deployed without proper strategic planning 

and with little condition to reach the consumer market, 

good returns for the producers will be more difficult. 

Is there a basic formula that makes it possible to know the 

rate of return of the business, which serves as a guide before 

performing a more thorough study? 

Cash flow is a forestry tool - a forestry consultant once told 

me this phrase, which I find quite pertinent. There are many 

variables that can interfere with the final result of the potential 

economic return of a forest. Those with the largest impact 

are: 1 - the product price to be offered to the customer(s) (not 

for standing timber), 2 - the harvesting and transport costs 

appropriate to the scale of production for the producer (the 

price of standing timber will be the difference between these 

two), 3 - lease or opportunity costs for the land, 4 - marketing 

strategy associated with the fiscal regime used, 5 - the opportunity 

cost of capital invested, 6 - the implementation and 

maintenance costs. Harvesting and transportation costs and 

installation costs exert a greater influence on the profitability 

of production of thin timber logs (of lesser value added). On 

the other hand, for products with higher added value, land, 

capital and harvesting costs, as well as fiscal and marketing 

30 


para obtenção de florestas mais rentáveis, muitas vezes ignorada, 

é a determinação da idade ótima econômica de corte, 

que varia de uma floresta para outra. A adoção de idades não 

ótimas resulta em perdas econômicas para o produtor. 

Quais regiões estão se destacando e que devem estar no 

radar do silvicultor? 

Acredito que quase todas as regiões do Brasil apresentam 

um forte potencial, desde que observadas as boas práticas de 

planejamento florestal. As novas usinas de etanol de milho no 

Mato Grosso, a possibilidade da inserção da energia de biomassa 

florestal nos leilões de energia, a demanda por madeira 

para uso energético na agricultura, a expansão dos projetos 

de celulose e papel e o desenvolvimento de novos produtos 

nas biorrefinarias nas regiões florestais já consolidadas e no 

Mato Grosso do Sul, Maranhão e Bahia, uma maior adoção 

de madeira de florestas plantadas para construção civil e para 

fabricação de móveis são todos bons indícios para a cadeia 

produtiva florestal. Aproveitar este potencial dependerá da 

compreensão de cada negócio e da floresta como um ativo 

biológico capaz de ofertar múltiplos produtos que podem 

otimizar o seu retorno em diferentes mercados, não apenas 

como produtora de biomassa. 

Existem algumas armadilhas no negócio? Poderia citar as 

mais usuais e que as pessoas, às vezes, não se dão conta? 

A principal é o desconhecimento do mercado e a implantação 

de florestas sem o devido planejamento estratégico (de longo 

prazo). Analisar o investimento desconsiderando os custos de 

colheita e transporte até o cliente, adequados a sua escala 

de produção, seria a segunda. A terceira seria depender de 

um único consumidor para o seu produto, sem que haja um 

relacionamento comercial que possibilite a redução do risco 

de ambos. 

Existe alguma espécie promissora, excluindo as estabelecidas 

como pinus e eucalipto? 

Há várias em estudo - cedro australiano, mogno africano, teca 

e outras folhosas - voltadas principalmente para a produção de 

madeira de maior valor agregado. Mas a execução do planejamento 

adequado da atividade antes de realizar a implantação 

é necessária, independente da espécie selecionada. 

strategy play a more important role. A powerful tool for obtaining 

more profitable forests, often ignored, is the determination 

of the optimum economic cutting age, which varies 

from one forest to another. The adoption of a non-optimum 

ages results in an economic loss to the producer. 

Which regions stand out that should be on the radar of the 

forest producer? 

I believe that almost all regions in Brazil have a strong potential, 

as long as the best practices in forest planning are used. 

The new corn ethanol plants in the State of Mato Grosso, the 

possibility of the forest biomass energy be included the energy 

auctions, the demand for timber for energy use in agriculture, 

the expansion of the pulp and paper projects, and the 

development of new products in bio refineries in already consolidated 

forest regions and in the States of Mato Grosso do 

Sul, Maranhão and Bahia, and the greater use of timber from 

planted forests for construction and furniture manufacturing 

are all good signs for the forest productive chain. Taking advantage 

of this potential will depend on the understanding of 

each business and the forest as a biological asset able to offer 

multiple products that can optimize its return in different 

markets, not only as a producer of biomass. 

Are there pitfalls in the business? Could you cite the more 

usual and the people who sometimes didn’t take adequate 

care? 

The main one is a lack of knowledge about the market and 

the implementation of a forest without due strategic planning 

(long-term). Analyzing the investment regardless of harvesting 

and transportation costs to the customer, suitability as to 

scale of production, would be the second. The third would be 

dependence on a single consumer for the product without a 

business relationship that allows the reduction of risk to both. 

Are there any promising species, excluding the established 

such as pine and eucalyptus? 

There are several studies being carried out – for Australian 

cedar, African mahogany, teak and other hardwoods - geared 

primarily to higher value added timber production. But the 

execution of proper planning for the activity before installation 

is needed, independent of the species selected. 

Espécies novas apresentam um desafio adicional quando 

comparadas às espécies consolidadas (pinus e eucalipto) 

em relação à carência de informações e materiais genéticos 

adaptados e de elevada produtividade 


31

ENTREVISTA 

Acredita que para os próximos anos, vai permanecer a tendência 

do crescimento da área plantada de eucalipto, isto 

vai significar necessariamente queda das outras espécies? 

Tudo vai depender do foco da produção. Caso seja a redução de 

custos e necessidade de elevada produtividade, é pouco provável 

que o eucalipto seja ultrapassado por alguma outra espécie 

no curto e médio prazo, pelo menos nas regiões com clima e solos 

favoráveis ao seu plantio. Mas se o objetivo for obtenção de 

múltiplos produtos advindos da floresta, gerenciando-a como 

um ativo biológico direcionado ao atendimento de mercados 

diversificados, temos potencial para várias outras espécies e 

arranjos produtivos na área florestal. A profissionalização do 

mercado consumidor de energia de biomassa na sua forma 

de remuneração da madeira pode ser outro fator importante. 

Enquanto este mercado pagar por volume, o eucalipto permanecerá 

como um forte competidor. À medida que o mercado 

passe a remunerar o potencial energético da madeira, outras 

características da espécie além da produtividade passam a 

influenciar a tomada de decisão, e outras espécies podem 

ser competitivas. Outro fator seria a organização de arranjos 

produtivos locais (serrarias associadas a empresas de energia 

de biomassa), elevando o raio econômico de transporte de 

toras de maior valor agregado pela remuneração e uso do 

resíduo das serrarias na geração de energia. 

Tem alguma experiência positiva relativa ao negócio florestal 

que gostaria de compartilhar? 

Gostaria de compartilhar três experiências que considero 

exitosas, mas com estratégias distintas. A produção de lenha 

por pequenos fumicultores em Santa Cruz do Sul (RS), com 

baixo nível tecnológico e em escala extremamente reduzida 

para os padrões florestais (1,5 ha em média), mas com uma 

assistência técnica, foco no autoconsumo e comercialização 

de um pequeno excedente para os vizinhos em um raio de 3 

km (quilômetros). A produção de carvão vegetal executada 

pelas grandes siderúrgicas em Minas Gerais, gerenciando 

suas operações florestais com foco na minimização de custos. 

A produção de madeira de alta qualidade por uma empresa 

florestal de Santa Catarina, que mantinha um controle racional 

dos custos de produção, mas esmera-se na conversão da sua 

produção florestal em uma gama de produtos que lhe maximize 

a receita. Os três exemplos são rentáveis, cada um com sua 

estratégia e adequando o seu produto e sistema de produção 

à realidade do seu mercado. 

Do you believe that for the next few years, the trend in the 

growth of eucalyptus planted areas will continue; will this necessarily 

mean a decrease for other species? 

Everything will depend on the production focus. If the reduction 

of costs and need for high productivity are important, it is unlikely 

for eucalyptus to be surpassed by any other species over 

the short and medium term, at least in regions with favorable 

soil and climate conditions for its cultivation. But if the goal is 

getting multiple products from the forest, managing it as a biologically 

active asset directed to diversified markets, we have 

the potential for a number of other species and clusters in the 

forest area. Professionalization of the consumer market as to 

biomass energy in a form to add value to timber production can 

be another important factor. While this market continues to pay 

for volume, eucalyptus will remain as a strong competitor. As 

the market passes more to remunerate the energy potential of 

timber, other species characteristics beyond productivity begin 

to influence decision-making, and other species could become 

competitive. Another factor would be the organization of the local 

productive arrangements (sawmills associated with biomass 

energy companies), leading to a larger economic radius for the 

transport of logs of greater added value plus the use of residue 

from sawmills for energy generation. 

Have you any positive experiences concerning the forestry 

business that you would like to share with us? 

I would like to share three cases with you, which I consider to be 

successful, but with different strategies. The production of firewood 

by small tobacco growers in Santa Cruz do Sul (RS), using 

a low technological level and extremely reduced scale of forest 

standards (1.5 ha on average), but with a technical assistance focus 

on its "in house" consumption and marketing of a small surplus 

to the neighbors within a radius of 3 km. Charcoal production 

performed by large steel mills in the State of Minas Gerais, 

managing their forest operations with a focus on minimizing 

costs. The production of high quality timber for a forestry company 

in the State of Santa Catarina, which maintained a rational 

control over production costs, but concentrated on the conversion 

of the forest to produce a range of products that maximizes 

revenue. The three examples are profitable, each with its own 

strategy and adapting the product and its productive system to 

the reality of its market. 

"Plantios homogêneos são mais indicados para a produção 

de madeira a baixo custo para um mercado de menor valor 

agregado (energia, processo)" 

32 


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PRINCIPAL 

P 

reocupação com o meio ambiente, conforto e segurança 

dos operadores e, claro, produtividade com 

economia de combustível. Estas qualidades estão 

presentes nos mais recentes lançamentos da Komatsu Forest, 

seja para o abate das árvores, ou baldeio das toras. 

Outro grande objetivo da fabricante está no desempenho 

das máquinas em terrenos acidentados para que tenham 

performance superior. 

As máquinas da Komatsu são fabricadas e projetadas 

dentro do conceito Dantosu, que significa inigualável em 

japonês. “Ou seja, foco em alta produtividade, alta disponibilidade 

mecânica e que também atende as exigências de 

mercado e normas ambientais e ergonômicas”, define Lonard 

Santos do Marketing e Vendas. 

Ele ressalta que a companhia busca constantemente 

produzir equipamentos cada vez mais seguros e ergonômicos, 

atendendo as normas NR12 e NR35. Por isto, os novos 

modelos respeitam a legislação de emissão de poluentes, 

contam com confortáveis cabines, motores ajustados para o 

esforço a que serão submetidos e consumo de combustível 

consciente. Além disto, muitos equipamentos podem utilizar 

guinchos para operar em terrenos inclinados. 

“A GRANDE VANTAGEM 

(DO 931XC) É A 

VISIBILIDADE, UMA 

VEZ QUE A LANÇA É 

LATERAL À CABINE 

E, PORTANTO, O 

OPERADOR TERÁ 

SEMPRE TOTAL VISÃO 

DO HORIZONTE E, 

AINDA, CONTA COM 

A POSSIBILIDADE DE 

GIRAR 360º” 

C 

oncern for the environment,operator comfort and 

safety,and, of course, productivity with fuel economy. 

These are thequalities found in the most recent 

machine announcements by Komatsu Forest, either for the 

felling of trees, or the handling of timber logs. Another major 

concern of the manufacturer is machine performance on 

rough terrain being superior. 

Komatsu machines are manufactured and designed within 

the Dantosu concept, which means unmatched in Japanese. 

“In other words, with a focus on high productivity, high availability, 

and also meeting market requirements and ergonomic 

and environmental standards”, defines Lonard Santos of Marketing 

and Sales for the Company. 

He points out that the Company is constantly seeking to 

produce increasingly secure and ergonomic equipment, complying 

with NR35 and NR12 standards. For this, the new models 

respect the pollutant emission legislation, and have comfortable 

operator cabins, engines adequate for the force to 

which they will be submitted and conscious fuel consumption. 

In addition, much of the equipment can use anchor hooks to 

operate on slopes. 

HIGHLIGHTS 

The new model Komatsu 875 Forwarder is a very versatile 

machine with a 16 to 18 mt capacity. Because of its just 2.98m 

width, it is ideal for short-cut or thinning. “The model offers a 

large,safe and comfortable operator cabin as well as having 

low fuel consumption”, extols the Marketing and Sales Representative 

Lonard. 

SANDRO LUIZ RIBAS DE 

SOUZA, COORDENADOR 

FLORESTAL DA ARAUCO 

O 931XC É VERSÁTIL, PODE TRABALHAR COM DESBASTE E 

CORTE RASO 

36 


PC200F HARVESTER COM CABINE FLORESTAL 

DESTAQUES 

O Forwarder Komatsu 875 é um novo modelo bastante 

versátil com capacidade de 16 a 18 t (toneladas). Por conta 

da largura de apenas 2,98m (metros), ele é ideal para corte 

raso ou desbaste. “O modelo oferece uma grande cabine segura 

e confortável ao operador e também baixo consumo de 

combustível”, exalta Lonard. 

A Komatsu também apontou as grandes vantagens dos 

equipamentos para a colheita.“O novo 931XC 8x8 é sem 

sombra de dúvidas, o harvester com a maior versatilidade 

do mercado atual, pois de acordo com o seu porte, pode 

ser aplicado tanto no desbaste como no corte raso, em área 

plana e com até 34o de declividade”, detalha Lonard. O novo 

sistema hidráulico, que utiliza três bombas dedicadas (uma 

para o cabeçote, outra para a grua e uma para o deslocamento 

da máquina), apresenta grande agilidade e sincronismo 

podendo fazer uso constante destes três movimentos sim 

u l t â n e o s s e m h av e r p e r d a d e p o t ê n c i a o u p r o d u ti v i d a d e. 

O modelo 931XC 8x8 também possui grande estabilidade 

em função do layout, que proporciona baixo centro de gravidade, 

“ideal para terrenos acidentados”. Possui giro de 

cabine e grua de 360o, o que facilita muito em condições de 

aclives e declives. Este recurso auxilia ainda nas operações 

de desbaste, devido à posição lateral da grua em relação à 

cabine. “Uma das principais características elogiadas pelos 

Komatsu also points out the large advantages of its new 

harvesting machines. “The new 8 wheel 931XCis, without a 

doubt, the harvester that offers the most versatility in today’s 

market, because ofits size, it can be use in both thinning as well 

as clear-cut onlevel areas with up to a 34° decline", detailsthe 

Marketing and Sales Representative. The new hydraulic system, 

which uses three dedicated pumps (one for the head, one 

for the crane and one for maneuvering the machine),provides 

greateragility and synchronization,which can allow the machine 

to make constant use of three simultaneous movements 

without any loss of power or productivity. The 8 wheel 931XC 

model also features greater stability as a function of its layout, 

by providing a lower center of gravity, “ideal for rough 

terrain”. It has a 360° rotating cabin and crane, which greatly 

facilitates operating in uphill and downhill conditions. This 

feature helps in thinning operations, due to the lateral position 

of the crane in relation to the cabin. “One of the main features 

praised by operators is the visibility of operation as it is perfect 

for visualizing the tree on approach from any angle.” 

According to the manufacturer, the PC200F, with Forest 

Cabin, came to the market to consolidate itself as the 

safest,most reliable, productiveand cost-effective chain driven 

harvester on the market.“With its cooling and hydraulic systems, 

the PC200F has a longer life span for the main machine 

components, such as the motor, pump, and command even 


37

PRINCIPAL 

operadores é a visibilidade de operação da máquina, pois 

é perfeita para a abordagem da árvore diante de qualquer 

ângulo.” 

De acordo com a fabricante, a PC200F com Cabine Florestal 

chegou para se consolidar como o harvester de esteiras 

mais seguro, confiável, produtivo e econômico do 

mercado. “Mediante seu sistema de refrigeração e sistema 

hidráulico, a PC200F apresenta uma grande vida útil dos 

principais componentes da máquina, como motor, bomba 

e comando mesmo em aplicação extrema nos estados mais 

quentes do Brasil”, destaca Lonard. A preparação da máquina 

florestal feita antes de sair da fábrica atende as normas 

de segurança brasileiras. 

No campo das máquinas sob-medida, a PC130 chama a 

atenção. “Uma máquina compacta e versátil, ideal para uso 

no primeiro e segundo desbaste”, explicou Lonard. Equipada 

com motor Komatsu de quatro cilindros, turboalimentado 

com aftercooler, injeção direta de 98 HP (cavalos de força), 

tem potência adequada e baixo consumo de combustível. O 

peso reduzido facilita o deslocamento e transporte. 

A Komatsu PC130 está preparada para receber os cabeçotes 

Komatsu S82 e S92 cabeçotes compactos, robustos e 

de fácil manutenção. O conjunto é indicado para primeiro e 

segundo desbaste com até 0,30m³/árvore (metros cúbicos). 

NA FLORESTA 

Na unidade de Sengés (PR), a fabricante de painéis de 

madeira Arauco possui uma operação de colheita e transporte 

florestal com volume mensal de 115 mil t, distribuída 

em duas fazendas: Morungava e Mocambo. “No sistema de 

manejo adotado, não se realiza desbastes. O corte raso é 

feito aos 15 anos”, explica Sandro Luiz Ribas de Souza, coordenador 

florestal. A madeira com diâmetro entre 8 e 18 

cm (centímetros) é destinada à planta de MDF da própria 

empresa, localizada em Jaguariaíva (PR) e as toras com diâmetro 

de 18 cm acima vão para serrarias e laminadoras da 

região. 

Aproximadamente 93% do volume são colhidos no sistema 

CTL (corte no comprimento). No restante, o modelo adotado 

é o FullTree (árvore inteira), em áreas com declividade 

superior a 30°, nas quais a derrubada é feita com motosserra 

e o guinchamento feito com trator agrícola. O arraste até o 

estaleiro é realizado por um skidder e o processamento feito 

com harvester. 

Durante um mês, foi avaliada performance do 931XC. 

“A grande vantagem é a visibilidade, uma vez que a lança é 

lateral à cabine e, portanto, o operador terá sempre total visão 

do horizonte e, ainda, conta com a possibilidade de girar 

360o”, destaca Sandro. Ele conta que o harvester possui ótima 

estabilidade em topografia acidentada, força de braço e 

lança quando está puxando a árvore que foi abatida. Duran- 

COMPACTA, MÁQUINA É IDEAL PARA 

DESBASTE 

when usedunder the extreme conditions offered by thehottest 

States in Brazil”, saysLonard. Produced in Brazil, the forest 

machine leaves the factory already meeting Brazilian safety 

standards. 

In the field of made-to-measure machines, the PC130 

draws attention. It is a compact and versatile machine, ideal 

for use in the first and second thinning”, says Marketing and 

Sales Representative Lonard. Equipped with a Komatsu fourcylinder, 

turbocharged with aftercooler, direct injection 98 HP 

Engine, it has adequate power and low fuel consumption. Its 

low weight facilitatesmaneuvering and transport. 

The Komatsu PC130 is prepared to use the Komatsu S82 

and S92 compact heads, which are robust and easy to maintain. 

The array is indicated for first and second thinning in 

planted forests with an average individual volumeof up to 0.30 

m³. 

IN THE FOREST 

In the Sengés (PR) unit, the wood panel manufacturer 

Araucohas a forest harvesting and transport operation with 

amonthly volume of 115 thousand mt, distributed over two 

farms: Morungava and Mocambo. “The management system 

used does not call for any thinning to be carried out. Clearcut 

is carried out at 15 years of growth”, explains Sandro Luiz 

Ribas de Souza, Forest Coordinator for the Company. Timber 

with a diameter between 8 and 18 cm is destined for the Company’s 

own MDF plant, located in Jaguariaíva (PR) and the logs 

with a diameter greater than 18 cm are destined to saw mills 

and veneer plants in the region. 

Approximately 93% of the volume is harvested using the 

CTL system. For the remainder, the full-tree system is used for 

areas with a slope greater than 30°, where felling is carried out 

38 


te este período, a produtividade alcançada foi de 23,7m³/h, 

trabalhando em floresta com VMI de 0,42 m³ e fazendo três 

sortimentos com comprimento médio de 2,90m. O consumo 

foi de 16,2L/h (litros por hora). 

BALDEIO 

Em Ponte Alta do Norte (SC), está localizada a empresa 

Geo Forest Florestal que comercializa toras para laminação, 

serraria e processos. O volume médio mensal é de 35 mil t. 

Deste total, é obtido por colheita própria em torno de 20 mil 

t e 15 mil é adquirido de outras empresas. 

Operando em área levemente ondulada há pouco mais 

de três meses, o Forwarder 875 mostrou baixo consumo de 

combustível. “Ele possui tamanho ideal para minha empresa 

que faz tanto corte raso quanto desbastes. Escolhemos a 

marca devido a assistência técnica aqui na região e disponibilidade 

de peças”, esclarece o diretor, Kaue Vargas das 

Neves. 

De acordo com ele, a produtividade do equipamento 

está em torno de 40 t de madeira carregada por hora, e o 

consumo é 13 l/h de combustível, em média. “Mas varia 

muito com distância de baldeio e relevo.” 

Trabalhando com um turno, e com duas horas extras por 

dia, a disponibilidade mecânica do forwarder é 95%. “Tivemos 

apenas uma parada para revisão nestes três meses de 

atividade”, completa. 

using a chainsaw and dragging using an agricultural tractor. 

Dragging to the stacking area is carried out with a skidder and 

processing is carried out with a harvester. 

For one month, the performance of the 931XC was evaluated. 

“The big advantage is operator visibility, as the boom is 

lateral to the cabin and, therefore, the operator always has a 

complete view of the horizon with the ability to rotate360°”, 

says Forest Coordinator Sandro. He says that the harvester 

has good stability on rough topography, and boomand crane 

strength whendragging the felled trees. During this period, 

productivity reached23.7 m³/h, working in aforest with an average 

individual volumeof 0.42 m³ and carrying out three sortings 

with an average log length of 2.90 m. Fuel consumption 

was 16.2 l/h. 

HANDLING 

The company Geo Forest Florestal, located in Ponte Alta 

do Norte (SC), sells logs for veneer, sawmills and further processing. 

The average monthly volume is 35 thousand mt. Of 

this total, about 20 thousand mt is obtained from its own harvesting 

operation and 15 thousand mt is purchased from other 

companies. 

Operating on a gently undulating area for a little over three 

months, the 875 Forwarder presented low fuel consumption. 

“It is an ideal size for my Company that carries out both clearcut 

as well as thinning. We chose the brand due to technical 

assistance here in the region and availability of spare parts”, 

explains Kaue Vargas das Neves, Company Director. 

According to him, the productivity of the equipment is 

around 40 mt of timber loaded per hour, with a fuel consumption 

of 13 l/h, on average. "But this varies greatly with distance 

and terrain.” 

Working with one shift, with 2 hours extra a day, the mechanical 

availability of the forwarder was 95%. “We had stoppage 

only once in these three months of activity”, he adds. 

“ELE (FORWARDER 875) 

POSSUI TAMANHO IDEAL 

PARA MINHA EMPRESA 

QUE FAZ TANTO 

CORTE RASO QUANTO 

DESBASTES” 

O FORWARDER 875 8X8 ROBUSTO E COMPACTO 

KAUE VARGAS DAS NEVES, 

DIRETOR DA GEO FOREST 

FLORESTAL 


39

CLIMA 

PASSOS 

LENTOS 


PARA ESPECIALISTAS 

BRASILEIROS, COP23 ENTREGA 

O QUE PROMETEU, MAS NÃO O 

QUE PRECISAMOS 

40 


A 

COP23 (XXIII Conferência do Clima das Nações 

Unidas) cumpriu a proposta inicial: foram aprovados 

diversos elementos para a construção, 

ao longo do próximo ano, do livro de regras que permitirá 

a implementação efetiva do Acordo de Paris sobre 

mudanças climáticas. Durante o encontro realizado em 

Bonn (Alemanha), em novembro, também foi criado um 

ambiente positivo entre os países para o Diálogo Talanoa, 

no ano que vem, no qual deverá ser iniciado um esforço 

global de aumento de ambição. Mas especialistas 

brasileiros não aprovaram o ritmo em que as soluções 

estão sendo tomadas. 

A COP23 foi bem-sucedida em evitar que o eterno 

racha entre países desenvolvidos e em desenvolvimento 

produzisse retrocessos na negociação internacional. 

Também conseguiu isolar os EUA (Estados Unidos da 

"A COP23 COMEÇOU COM O 

LEMA: MAIS LONGE, MAIS RÁPIDO, 

JUNTOS. CONSEGUIU ENTREGAR 

O 'JUNTOS', O QUE É MELHOR QUE 

NADA, MAS NÃO FOI NEM LONGE, 

NEM RÁPIDO" 

ANDRÉ FERRETTI, GERENTE DE ESTRATÉGIAS 

DE CONSERVAÇÃO DA FUNDAÇÃO GRUPO 

BOTICÁRIO E COORDENADOR-GERAL DO 

OBSERVATÓRIO DO CLIMA 

Feliz Natal e um próspero 2018 

São os votos de quem produz os 

Equipamentos que suportam o rigor da floresta! 

w w w . j d e s o u z a . c o m . b r

CLIMA 

América), desfazendo o temor de que o governo negacionista 

de Donald Trump pudesse tentar atrapalhar o processo. 

O Brasil chegou a Bonn tentando vender a imagem de 

bom moço com a queda na taxa de desmatamento, mas 

foi desmascarado rapidamente pelos atos do presidente 

Michel Temer em casa. Acabou levando um raro e merecido 

Fóssil do Dia pelos subsídios trilionários propostos ao 

pré-sal. O prêmio é dado pela Climate Action Network, 

uma rede de ONGs ambientalistas, para os países que ou 

estão atravancando as conversas na conferência ou deixando 

de tomar ações para o combate às mudanças climáticas. 

No mesmo dia, o Brasil se ofereceu para sediar a 

COP25, em 2019. Pode ser uma chance para o país reinserir 

o clima em sua agenda de desenvolvimento. 

No entanto, os debates na COP23 passaram ao largo 

do que realmente importa: a necessidade de aumentar 

enormemente as metas de redução de emissões e de fi- 

"VIMOS AVANÇOS IMPORTANTES 

NA REGULAMENTAÇÃO 

DO ACORDO DE PARIS, 

DEMONSTRANDO ALINHAMENTO E 

COMPROMETIMENTO DOS PAÍSES. 

ENTRETANTO AINDA HÁ UMA 

LACUNA MUITO GRANDE ENTRE OS 

COMPROMISSOS ATUAIS E O QUE É 

NECESSÁRIO PARA ENTRAR NA ROTA 

DO 1,5 o C” 

MAURÍCIO VOIVODIC, DIRETOR-EXECUTIVO 

DO WWF BRASIL 

42 


nanciamento climático antes que a janela de oportunidade 

ainda aberta para limitar o aquecimento global a 1,5oC 

se feche. 

Segundo a ciência, a ambição coletiva precisa ser turbinada 

até 2020, mas os 195 membros da Convenção do 

Clima que permanecem fiéis ao Acordo de Paris até agora 

não se mostraram dispostos a botar as cartas na mesa. O 

blefe coletivo dos governos pode custar a segurança climática 

da humanidade neste século. 

"A COP23 começou com o lema: mais longe, mais rápido, 

juntos. Conseguiu entregar o 'juntos', o que é melhor 

que nada, mas não foi nem longe, nem rápido. Todas 

as expectativas agora ficam por conta da COP24, na 

Polônia, no ano que vem. O risco disso é enorme", disse 

André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da 

Fundação Grupo Boticário e coordenador-geral do Observatório 

do Clima. 

"Vimos avanços importantes na regulamentação do 

Acordo de Paris, demonstrando alinhamento e comprometimento 

dos países. Entretanto ainda há uma lacuna 

muito grande entre os compromissos atuais e o que é necessário 

para entrar na rota do 1,5oC. Precisamos de mais 

ambição nas negociações, e muito mais ação prática nos 

países, onde as emissões ocorrem. O Brasil, em especial, 

continua tomando decisões políticas que vão na contramão 

dos objetivos do Acordo de Paris", afirmou Maurício 

Voivodic, diretor-executivo do WWF Brasil. 

"Em Bonn a negociação internacional foi resgatada 

de uma possível reabertura do racha entre ricos e pobres 

países pobres. Só que, infelizmente, a atmosfera não está 

nem aí para nossos processos diplomáticos. O que precisamos 

agora é mais ambição em cortes de emissões 

e finanças, e isso esteve fora da mesa. Enquanto isso, a 

janela para prevenir o aquecimento global de 1,5oC está 

se fechando rapidamente", alerta Carlos Rittl, secretário- 

-executivo do Observatório do Clima.

EVENTO 

ABIMAQ COMEMORA 


80 ANOS 

ENTIDADE DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PROMOVEU ENCONTRO EM 

CURITIBA, QUE FEZ PARTE DE UMA SÉRIE DE EVENTOS REALIZADOS EM 

DIVERSAS CIDADES BRASILEIRAS 

P 

ara celebrar os 80 anos de história, a Abimaq (Associação 

Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) 

realizou uma série de eventos durante 2017 

que lembraram as conquistas da entidade e apontaram os 

desafios para os próximos anos. Acompanhamos o evento realizado 

em Curitiba (PR), no dia 8 de novembro, que reuniu 

empresários e personalidades políticas. 

A Abimaq representa mais de 7,5 mil indústrias de máquinas 

e equipamentos, que juntas empregam mais de 300 

mil pessoas e somam um faturamento anual superior a R$ 70 

bilhões. Durante as apresentações de membros da diretoria e 

nomes convidados, a entidade fez questão de mostrar o empenho 

que vem realizando para impulsionar a indústria brasileira. 

Desde o nascimento, “a Abimaq participa ativamente 

do desenvolvimento da indústria nacional de máquinas e 

equipamentos, contribuindo significativamente no processo 

de crescimento de todos os setores produtivos da nação”, 

afirma Marcello Luparia, diretor regional da Abimaq-PR. 

Ele reconhece que o atual cenário é desfavorável, mas 

destaca a importância das gestões que a entidade vem realizando 

junto ao Governo Federal na tentativa de estancar 

o processo de desindustrialização do país e que este encon- 

44 


tro empresarial resultará em excelente oportunidade para a 

apresentação dos pleitos do setor de bens de capital ao Governo. 

Durante a apresentação, o presidente executivo da associação, 

José Velloso, fez comparações com o nível de produtividade 

do trabalhador brasileiro, mas com senso crítico. 

Pesquisas indicam que seriam necessários quatro operários 

brasileiros para suprir a produtividade de um trabalhador 

norte-americano. “Mas é preciso levar em conta a ferramenta 

de trabalho, além da formação e capacitação”, afirmou. 

“Por exemplo, se pegássemos um trabalhador mexicano, que 

produz muito menos que o americano e transportássemos 

para uma fábrica nos EUA (Estados Unidos da América), esta 

mesma pessoa teria desempenho muito superior”, comparou 

Velloso. 

Outro ponto abordado foi o custo Brasil, que só passou 

a ser considerado por iniciativa da Abimaq. “Com a mesma 

ideia do exemplo anterior, se pegarmos uma fábrica da Alemanha, 

com toda sua tecnologia e mão de obra qualificada, 

e colocarmos no Brasil, o custo da produção subiria muito”, 

apontou o presidente executivo da Associação. 

Ele lembrou a história da Abimaq, que ao longo das suas 

oito décadas, contribuiu para desenvolver o setor e torná-lo 

mais robusto e competitivo. Dentro da indústria de transformação, 

este é o setor que mais exporta no Brasil. “Impossível 

imaginar o mundo sem as máquinas, que geram riquezas, 

facilitam e prolongam a vida, abreviam tempo e diminuem 

distâncias e, principalmente, acompanham a constante necessidade 

de consumo, estimulando o setor a produzir cada 

vez mais”. Para ele, a produtividade e a competitividade de 

uma economia são conquistadas com as máquinas. 

JOSÉ VELLOSO, PRESIDENTE EXECUTIVO 

DA ABIMAQ

OPINIÃO 

CRIMINALIZAÇÃO 

FLORESTAL 

AMAZÔNICA 

Fotos: Arquivo 

POR WALDEMAR VIEIRA LOPES 

LSS-LOPES SERVIÇOS E SOLUÇÕES 

46 


CRV (COEFICIENTE 

DE RENDIMENTO 

VOLUMÉTRICO) COMO 

FERRAMENTA DE 

IMPRECISÃO 

A 

Resolução Conama 411/2009, estabeleceu CRV (Coeficiente 

de Rendimentos Volumétrico) para produtos 

florestais em 45%, referendado por Grupo de 

Trabalho criado para aquela ocasião. 

Atendendo proposta do Ibama/Serviço Florestal Brasileiro, 

através da resolução Conama 474/2016 se alterou 

esse índice para 35%, mesmo trazendo na própria proposta 

encaminhada, menção de que o desdobro é realizado em 

ambientes variados e maquinários dos mais diversos níveis 

tecnológicos, entretanto cases em regiões de menor volume 

de produção, parte ocorrida em meados do ano 2.000, sem 

especificação de dimensões e cuidados profiláticos quanto à 

estocagem dos produtos, acabou por nivelar o setor florestal 

amazônico por baixo, mesmo havendo pressuposto de que as 

empresas com melhor aproveitamento podem realizar avaliações 

próprias e submeter ao órgão controlador. 

Utopia! É de conhecimento público as enormes dificuldades 

e morosidade em aprovar um Plano de Manejo; 

imagine-se o tempo necessário para avaliar estudos caros e 

complexos, não menos que algo em torno de 2 (dois) anos. E 

o empresário faria o quê? Absorveria os altos custos para estacionar 

o inventário por tempo indeterminado, gastaria uma 

fortuna para preservar o recurso quanto à riscos de degradação 

e, adicionalmente teria que montar uma equipe para 

se defender de multas e sanções impostas pela ousadia em 


47

OPINIÃO 

aproveitar melhor o recurso, pois de há muito tempo, o setor 

florestal de nativas sofre com o freio de mão puxado, quando 

necessita fechar ciclos técnico/administrativos com os diversos 

órgãos ambientais a que é subordinado...lamentável. 

Parafraseando o saudoso Raimar Aguiar, “o gerenciamento 

das florestas brasileiras tem sido ancorado num conceito 

mais próximo de religião do que de negócio, numa visão parecida 

com a Índia na adoração do boi ou da vaca”, levando à 

fome material de um produto reconhecidamente renovável, 

cujos efeitos colateriais fazem com que inúmeras empresas 

do país recorram à importação do produto madeira, dada 

medidas de preservação e não de conservação dos vastos 

recursos florestais brasileiros, paradoxal a quem detém a segunda 

maior floresta do mundo e, por falta de estabilidade 

legislativa, carência de investimentos tecnológicos, pouca 

lucidez dos tomadores de decisão, exacerbação de foco em 

comando e controle, desconhecimento do campo de batalha, 

extingue empresas sérias do processo produtivo, penalizadas 

por vezes em ousarem aproveitar melhor o recurso florestal 

madeireiro, nivelados por baixo, por cases de pouco conhecimento 

produtivo, numa visão surreal de que esse é o caminho 

para evitar ilegalidade na Amazônia. 

A manchete estampada da Revista Referência de que 

para o Serviço Florestal Brasileiro, “a medida de redução 

do CRV para 35% é de extrema importância para combate 

ao desmatamento ilegal”, bem demonstra a máxima de que 

caso soubermos como se fazem certas leis e determinados 

embutidos, não respeitaríamos aquelas e não comeríamos 

estes . 

O aproveitamento do recurso está ligado dentre inúmeros 

fatores, à classe diametral, espécie em industrialização, 

medidas profiláticas da estocagem do produto, sanidade das 

toras no momento do processamento, variáveis que adicionadas 

à receita de produção em maior ou menor espessura, 

maior ou menor largura, maior ou menor comprimento; sabendo-se 

que a cada evento ocorre resíduos por cortes, destopos 

e eliminação dos defeitos naturais; consequentemente 

gerando parametrização extremamente complexa, evidenciando 

carência de realidade e embasamento científico ao se 

estabelecer CRV homogêneo para toda essa diversidade de 

fatores. 

Ante fatores expostos, não parece lógico e de bom senso 

aplicação de pré-estabelecimento do CRV em cadeias produtivas 

florestais/industriais, sendo urgente um choque de rea- 

DIFERENTES PRODUTOS, 

DIFERENTES PROCESSOS, 

SEM OU COM USO DO 

ALBURNO, DIMENSÕES 

VARIADAS 

48 


ESPÉCIES, QUALIDADES, 

DIÂMETROS E 

CONSERVAÇÃO DIVERSAS 

lidade, simplificando o processo como um todo,controlando 

as empresas a partir de sistema transparente e “auto-declaratório”, 

com responsabilização conjunta do proprietário 

industrial e engenheiro responsável, este assumindo a responsabilidade 

técnica, tal qual em outras cadeias produtivas. 

É sabido que não existe melhor forma de combater a ilegalidade 

que aumentar a oferta de legalidade e já vai tarde 

premência de foco na desburocratização em liberar Planos 

de Manejo, fazendo com que ocorram no tempo adequado, 

posto que em havendo retardamento, além das mazelas temporais, 

as matérias-primas exploradas numa safra, acabam 

sendo transportadas na safra subsequente, trazendo como 

efeito colateral degradação do produto, aproveitamentos pífios 

e maior pressão sobre floresta futura. 

A falta de lógica na edição do CRV, longe de diminuir a ilegalidade, 

penaliza empresas que investem em planejamento 

com foco de minimizar riscos de degradação e, por vezes,não 

tendo acesso ou capital para bancar estudos com a profundidade 

requerida, transversalmente acabam por “validar ilegalmente” 

produções “legalmente obtidas”, abrindo espaço 

para espertos de plantão auferirem resultados crescentes 

por meios escusos de acobertamento da produção. 

A máxima de se controlar todas as fases da produção de 

florestas leva a deficiências fiscalizatórias de toda ordem, 

quer por falta de efetivo, quer por falta de expertise em todas 

as etapas do processo, quando importante seria concentrar- 

-se na área efetiva do manejo, dispendendo esforços para 

avaliar de forma inteligente e em tempo real a origem do 

recurso explorado, quer do manejo ou mesmo de áreas de 

conversão, com fiscalização in loco a partir de análises prévias 

que ensejem a checagem e aí,de fato punir a detrator 

ambiental, pois já é passada a hora de se separar o que é joio 

do trigo. 

Em feiras espalhadas pelo mundo é verificável o número 

crescente de empresas preocupadas com o progresso tecnológico, 

aperfeiçoando sua produção com técnicas atualizadas 

de cortar, beneficiar, industrializar o produto madeira, gerando 

riquezas necessárias ao consumo do planeta a partir de 

matéria prima oriunda de florestas remanescentes exploradas 

de forma sustentável. 

Diante dessa realidade, o Brasil, detentor dessa imensa 

riqueza florestal, queda-se impotente a uma participação pífia 

no bolo de fornecimento global do produto madeira, em 

um estado de tolice e ignorância, numa absurda abstinência 


49

OPINIÃO 

EQUIPAMENTOS, 

PROCESSOS, TECNOLOGIAS 

DIFERENCIADAS E 

COMPLEMENTARES 

comercial, imposta pelo fato de que os órgãos de controle 

da atividade, por não saberem como controlar o uso, geram 

diretrizes restritivas pelas quais nossos concorrentes internacionais 

agradecem e aplaudem. 

O inconsciente coletivo está totalmente anestesiado por 

meio de máximas subliminarmente desenvolvidas por formadores 

de opinião, estabelecendo uma "nova consciência 

ecológica" através do medo, criando a imagem do industrial 

detrator, criminoso até prova em contrário e pior, alijando o 

setor de pensadores em políticas florestais para a Amazônia, 

assumindo sua gestão uma turba sequiosa por responder 

mesmo o que não lhe foi perguntado, gerando satisfações 

externas a qualquer preço, mesmo que o custo seja infligir 

subdesenvolvimento a uma grande parte da população do 

país que tem de morrer de amor por árvores, mas se necessitar 

do progresso para salvar a vida de um filho, restar-lhe-á 

de joelhos clamar ao Salvador, posto que progresso não lhe 

pertence, condenados ao atraso numa total dicotomia da realidade, 

o priorizando somente após flora e fauna, sendo de 

fácil constatação que algo está fora do lugar. 

Sim ao uso de nossas florestas, sim ao conhecimento que 

temos da floresta, não aos absurdos plantados na mídia, sim 

ao conhecimento da transformação da floresta em bens de 

consumo, sim a normas legislativas aplicáveis, não a discursos 

fáceis, demagógicos e com ideológia perversa, sim a que 

órgãos de controle se postem do mesmo lado do balcão dos 

industriais que apostam na perenidade da floresta amazônica, 

gerando recurso e renda a rincões que precisam de exploração 

racional para sua sobrevivência e inclusão social de 

maneira sustentável. A falta de visão, nos leva a desperdiçar 

excelentes oportunidades de negócios, contaminados por fatores 

subjetivos ecológicos improváveis, impossibilitando ganhos 

econômicos que trariam enormes benefícios ao meio- 

-ambiente e ao entorno das florestas e, não destruição como 

falsamente se dissemina a todo o país, não levando em conta 

a realidade amazônica e dos amazônidas, afinal de contas, 

nada pode ser mais degradante que sujeição à falta de saneamento 

básico e miséria. 

A ausência de contextualização dos órgãos controladores 

da atividade, renitentemente pautados por comando e controle 

distantes das ações de fomento e desenvolvimento, depara-se 

com uma terrível inflexão...ou se ajusta o modelo ou 

se extingue a atividade de base florestal de nativas, motivado 

por ações largamente divulgadas que execram e colocam 

quem tira uma árvore para prover sustento de sua família no 

mesmo patamar de um grande predador, com arrestos e exe- 

50 


cuções sumárias, sem direito ao contraditário, destruindo-se 

patrimônio num estado de ditadura ambiental, chutando cachorro 

morto com ampla divulgação, que longe de ser exemplar, 

cria clima de violência pela violência. 

As revoltas ocorridas recentemente nos Estados do Pará, 

Mato Grosso e Amazonas, com queimas de veículos, escritório 

do Ibama e de outras autarquias, em represália às ações 

do Ibama em queima de tratores, caminhões, pás carregadeiras, 

tratores florestais, balsas e outros equipamentos, são 

fortes indicativos de que algo tem que ser mudado, que esse 

modelo ultrapassado de violência só pode gerar mais violência 

e, há de se buscar alternativas, promover fóruns de discussão 

e, o mais rápido possível, posto que alguns estados 

contam com mais de 85% de cobertura florestal nativa, se 

constituindo numa forma possível de inclusão social e renda 

com baixo custo, entretanto, ações recentes jogam a pá de 

cal à pretensão de que empresas sérias se mantenham no negócio, 

afastando-as definitivamente, tal como ocorrido com 

tantas outras, mesmo cientes da espinhosa, mas importante 

missão de dar continuidade à produção florestal, em sintonia 

com a consciência coletiva de que o mundo vai consumir 

madeiras indefinidamente, pois a madeira é dos poucos materiais 

de construção carbono zero, posto que a árvore nasce, 

cresce, reproduz-se e morre, bastando utilizá-la de forma racional, 

diferentemente de outras cadeias. 

Será possível plantar ou manejar cimento, plantar ou manejar 

ferro, plantar ou manejar petróleo? 

- Ou uma vez esgotados, esgotados estão e os impactos 

gerados por sua exploração são de difícil, senão impossível 

reversibilidade. 

Surreal guerra contra o manejo, pois qualquer pessoa de 

senso mínimo, sabe que medidas restritivas não alcançam o 

ilegal, seu campo de atuação é do lado de fora da lei, detectável 

com fiscalização séria e inteligência. 

Não se pode dirigir no escuro, com os faróis apagados e 

em alta velocidade, mudança já, temos que ouvir todos os 

lados, debruçarmo-nos sobre fatos, dados e promover amplas 

discussões sobre o tema, para depois concluirmos o que 

é melhor, não podemos submetermo-nos à máxima de que 

esse é um país que vai para a frente ... para a frente da televisão 

e do computador, comprando meias verdades, ou quem 

sabe meias mentiras.

LEGISLAÇÃO 

LEI QUER 

INCENTIVAR 

PAGAMENTO 

DE MULTAS 


52 


SOMENTE 5% DOS AUTUADOS PELO IBAMA SALDAM 

AS DÍVIDAS, A INTENÇÃO DO GOVERNO É AUMENTAR 

A ARRECADAÇÃO E REVERTER EM PROJETOS DE 

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL 


53

LEGISLAÇÃO 

O PLANTIO DE ÁRVORES NATIVAS, 

COMO O PARICÁ, TAMBÉM PODE 

SER FINANCIADO PELA VERBA 

OBTIDA COM O PAGAMENTO 

DE MULTAS 

ano. Boa parte deste fundo deveria vir das multas aplicadas 

por agressões ao meio ambiente. O problema é que somente 

5% dos R$ 3 bilhões em autuações realizadas ao ano são 

pagos. “O que ocorre hoje é que, com o baixo pagamento, 

o autuado sabe que pode ficar no processo administrativo, 

apresentando muitos recursos, judicializando. Isso estimula 

novas infrações. Queremos reverter esse quadro do pouco 

pagamento das multas”, argumenta a presidente do Ibama, 

Suely Araújo. 

A expectativa do governo é que o decreto 9.179/17 seja 

capaz de levantar R$ 4,6 bilhões para serem convertidos em 

serviços ambientais. “É importante ressaltar que a conver- 

O 

governo resolve encarar o fato que praticamente 

ninguém paga multas ambientais e proporcionar 

um caminho para financiar projetos de recuperação 

do meio ambiente. De acordo com o Ibama (Instituto 

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), 

95% dos autuados estão inadimplentes, todos com 

recursos na justiça. Em outubro, o presidente Michel Temer 

assinou decreto que confere descontos de até 60% do valor 

das autuações. O recurso será convertido na recuperação de 

áreas degradadas. 

O orçamento do MMA (Ministério do Meio Ambiente) 

para ações ambientais é baixo. São apenas R$ 600 milhões ao 

O PRIMEIRO PROJETO PREVÊ A 

RECUPERAÇÃO DE PARTE DO RIO 

SÃO FRANCISCO 

54 


são não implica em anistia de multas, já que a obrigação de 

pagar é substituída pela prestação de serviços ambientais. 

Tampouco significa renúncia fiscal”, assegurou o ministro 

do Meio Ambiente, Sarney Filho. 

NÃO É ANISTIA 

Para especialistas a desinformação é um dos maiores 

problemas para entender a questão. “A conversão de multas 

em serviços de preservação do meio ambiente não foi 

criada pelo Decreto 9.179. Já era prevista pela Lei 9.605 de 

1998 (Lei de Crimes ambientais) e regulamentada 10 anos 

mais tarde”, explica Marcelo Leoni Schmid, advogado e engenheiro 

florestal. Mas até a edição do novo decreto, ainda 

havia muita insegurança jurídica. As empresas preferiam 

recorrer quando autuadas e se beneficiar da demora dos 

processos do que se arriscarem em assumir o compromisso 

de prestação de serviços ambientais que poderia sair mais 

caro que a própria multa. 

Um ponto importante, e que gera bastante confusão, a 

multa não isenta o infrator de reparar o dano causado, são 

duas obrigações diferentes e ele deve cumprir com ambas. 

“Não poderá o infrator utilizar o benefício da conversão de 

multa para reparação de danos decorrentes das próprias 

infrações”, ressalta Rodrigo de Almeida, biólogo e sócio- 

-diretor do Grupo Index, que realiza projetos e consultoria 

ambiental. 

O decreto disponibiliza duas modalidades para sanar o 

passivo. Na conversão direta, as empresas que cometeram 

crimes ambientais ou estão inadimplentes terão 35% de 

desconto no total da multa ao se comprometerem a investir 

o valor em recuperação ambiental. Já na conversão indireta, 

o infrator recebe desconto de 60% do valor total da 

multa, que se torna uma cota para realização de um projeto 

de recuperação prioritário. Até então este dinheiro ficava 

no fundo geral, o que dificultava o acompanhamento da 

aplicação do montante. 

Para conferir mais transparência, cada projeto tem a 

participação de uma comissão mista formada pelo poder 

público e sociedade civil. O débito só será considerado encerrado 

quando os serviços ambientais forem concluídos. 

Até o final deste ano, deve ser publicado o primeiro edital, 

que prevê investimentos na bacia do rio São Francisco. 

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ESPECIAL 

NOITE PARA 

CELEBRAR 

Fotos: Marcos Mancinni 

ENTREGA DO PRÊMIO REFERÊNCIA REÚNE 

EMPRESÁRIOS, PROFISSIONAIS E ACADÊMICOS 

DO SETOR DE BASE FLORESTAL 

56 


O 

tradicional evento para a entrega das placas aos 

10 vencedores do PRÊMIO REFERÊNCIA, foi realizado 

no dia 20 de novembro, em Curitiba (PR). 

A 15ª edição da homenagem promovida pela JOTA EDITORA 

reuniu representantes de diversas partes do país ligados ao 

manejo florestal, plantio, beneficiamento de produtos madeireiros 

e biomassa. O encontro foi marcado por mensagens 

positivas e otimistas para 2018. 

Desde o início, a intenção da premiação foi reconhecer 

atitudes que têm impacto positivo na cadeia produtiva de 

base florestal. São ações que trazem benefícios ao meio 

ambiente, à economia e à sociedade. O Prêmio tem caráter 

democrático. Durante o processo de escolha dos ven- 

cedores, o porte das empresas ou entidades é deixado de lado. 

O objetivo é mostrar que independente do tamanho é possível 

impactar pessoas de forma positiva e inspirá-las. 

Este ano é ainda mais especial, são representantes de diversos 

setores. Grandes indústrias que realizaram aportes milionários 

e companhias familiares, que ajudaram a movimentar a economia 

local de forma sustentável e criativa. Exemplos de sucesso 

que fazemos questão de exaltar. Veja quem são os 10 destaques 

do ano e o motivo da escolha: 

Claudia D'Amato do Marketing da Abtcp e 

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial 

do GRUPO JOTA 

ABTCP 

O associativismo é a base para que um setor evolua, conquiste espaço e 

cresça. Neste ano a Abtcp (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel) comemora 

meio século de história. Ao longo deste tempo a entidade mostrou caminhos 

e as tendências mundiais deste setor tão dinâmico, principalmente, por 

meio do congresso que realiza anualmente. A capacitação profissional e pessoal, 

tão importante quanto os avanços tecnológicos, também parte dos objetivos 

centrais da Abtcp, assim como a disseminação de conhecimento por meio da 

publicação técnica de produção própria. "Gostaria de agradecer essa homenagem 

dedicada à associação. Desde a sua fundação, nos dedicamos ao desenvolvimento 

técnico de profissionais, sempre buscando acompanhar os novos 

tempos", afirmou Claudia D'Amato, do Departamento de Marketing da Abtcp. 


57

ESPECIAL 

COMPENSADOS CONFIANÇA 

Ademar Morgan, representante da Compensados 

Confiança e Pedro Bartoski Jr., diretor executivo 

do GRUPO JOTA 

Representante do setor produtivo do norte do país, a Compensados Confiança 

utiliza o paricá para a confecção de seus produtos. A espécie nativa é 

plantada, possui grande qualidade e rápido crescimento. Ao lado de mais duas 

indústrias, ela é responsável por boa parte da renda gerada em Rondon do Pará 

(PA). A companhia tem um trabalho para o fomento do plantio florestal com assentados 

em áreas próximas. É uma parceria com órgãos governamentais para 

fornecer insumos e técnicas a agricultores que terão na floresta outra fonte de 

renda. "É uma honra estar aqui esta noite recebendo esse prêmio, realmente, é 

um incentivo para a indústria. Os grandes homenageados desta noite do nosso 

setor deveriam ser a equipe do GRUPO JOTA, que tanto faz pelo nosso setor", 

discursou Ademar Morgan, representante Comercial para o sul do país e agente 

de exportação. 

CONCREM WOODS 

Joseane Knop, diretora de Negócios do GRUPO 

JOTA e Silvano D'Agnoluzzo, diretor da Concrem 

Wood 

A Concrem Wood Agroindustrial é uma moderna empresa, criada em 2013 

para a fabricação de portas de madeira de plantios florestais e componentes. 

Com sede em Dom Eliseu (PA), os produtos fabricados pela indústria conquistaram 

a certificação da Abnt (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para 

Portas de Madeira para Edificações. A empresa faz parte da Abimci (Associação 

Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) e é integrante 

do PSQ (Programa Setorial de Qualidade). "Com muito orgulho venho lá do Pará 

para receber esse prêmio. É um reconhecimento muito bom para o nosso setor, 

que a cada vez busca mais a sustentabilidade", Silvano D'Agnoluzzo, diretor da 

Concrem Wood. 

FIBRIA 

Caio Zanardo, diretor florestal da Fibria e Fábio 

Machado, diretor comercial do GRUPO JOTA 


Sobraram motivos para a escolha da quarta premiada. Não bastasse a presença 

internacional no competitivo mercado de celulose e os avanços tecnológicos 

na logística florestal com a introdução do pentatrem e do viveiro de mudas 

automatizado, 2017 é o ano de inauguração da nova planta industrial de Três 

Lagoas (MS). O prêmio não foi conquistado somente pelos números estratosféricos 

que a companhia atingiu, mas pela incansável vontade de evoluir e inovar. 

"Em nome da Fibria, é uma satisfação receber esse prêmio, 2017 foi um ano 

que marcou uma nova fronteira, com o projeto em Três Lagoas", afirmou Caio 

Zanardo, diretor florestal. 

58 


GRUPO LWART 

O Grupo Lwart criou um forte laço com o povo de Lençois Paulistas (SP). 

Entre as iniciativas estão ações ligadas à cultura, esporte, lazer e preservação 

do meio ambiente. Em junho, o grupo apresentou uma mostra com arte digital. 

Com a temática: Conscientizar para Preservar; em comemoração ao Mês 

do Meio Ambiente, foram realizadas oficinas do projeto: Comitiva Arte Digital; 

voltadas para adolescentes. Ajudou a reunir mais de 2 mil pessoas na corrida e 

caminhada de rua em Lençois Paulista e neste ano passou a patrocinar também 

o time de basquete de Bauru, que tem a torcida dos moradores de toda a região. 

Vinícius Cordeiro da Silva, recebeu o prêmio em nome do departamento de comunicação 

do Grupo Lwart. 

Pedro Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO 

JOTA e Vinícius Cordeiro da Silva, representante 

da Comunicação do Grupo Lwart 

MADVEI 

Atender as expectativas do cliente. Este é o objetivo de várias empresas, mas 

poucas conseguem atingir. Entre as que têm sucesso está a Madvei, fabricante 

de produtos de madeira tratada e in natura. Neste ano, a empresa inaugurou 

novo showroom na capital paranaense. Apesar da crise, a empresa acreditou no 

mercado e, principalmente, continua acreditando no mercado para a madeira. 

"É um orgulho estar recebendo essa homenagem e agradecer também a RE- 

VISTA REFERÊNCIA, que sempre mostra as tendências no nosso setor. No meio 

de tanta corrupção, tentamos enxergar horizontes melhores", Joaquim Marcos 

Iensue, diretor da empresa. 

Joaquim Marcos Iensue, diretor da Madvei 

e Joseane Knop, diretora de Negócios do 

GRUPO JOTA 

GRANOL 

Sustentabilidade é uma palavra que há algum tempo anda na moda. Para 

saber como é na prática basta visitar a Fazenda Modelo II da Granol, em Ribas do 

Rio Pardo (MS). Nos 7,6 mil ha (hectares) realiza a integração lavoura-pecuária- 

-floresta e conta também com uma moderna serraria, com alto aproveitamento 

da matéria-prima, eucalipto plantado de alta qualidade. O empreendimento 

todo foi pensado em gerar o mínimo de impacto possível, dar oportunidade para 

quem mora na localidade e captar carbono por meio de práticas sustentáveis. 

"É um prazer estar em Curitiba (PR) recebendo esse prêmio em nome do grupo 

Granol. Prezamos pela palavra sustentabilidade há muitos anos. Isso dá valor a 

nossa empresa", Carlos Marinho Júnior, coordenador da Unidade Serraria. 


Fábio Alexandre Machado, diretor comercial 

do GRUPO JOTA e Carlos Marinho Júnior, 

coordenador da Unidade Serraria da Granol 


59

ESPECIAL 

MADESCH 

Neri Schlemper, diretor da Madesch e Pedro 

Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO JOTA 

O mundo quer ficar em harmonia com o meio ambiente. São empresas 

como a Madesch que tornam isto possível. A empresa mereceu figurar entre 

as premiadas pelo destaque nacional em construções sustentáveis e eficientes 

com madeiras de reflorestamento tratadas. A indústria realiza todas as etapas 

do processo, beneficiamento das madeiras, transporte, projeto e execução das 

obras. Entre os empreendimentos de 2017 está o galpão em madeira tratada 

com área livre de 2.500 m² (metros quadrados). Além da obra de alto padrão, 

um wine bar localizado dentro de uma vinícola catarinense que conta ainda com 

uma incrível cobertura de grama natural. "Não temos muitas palavras: muito 

obrigado em nome da nossa família e do Grupo Madesch", discursou o diretor 

da empresa, Neri Schlemper. 

MADTRAT 

Joseane Knop, diretora de Negócios do GRUPO 

JOTA, entre os sócios Jackson Cesar Correa Alves 

e Jacyr Correa Alves 

Para mostrar os benefícios da madeira tratada e ampliar o conhecimento de 

quem comercializa os produtos diretamente com o público, a Madtrat criou o 

Projeto Expedição da Madeira. Com o apoio de lojas parceiras a fabricante de 

produtos madeireiros aproxima a indústria do consumidor final e colabora para 

o entendimento mais amplo dos benefícios que a matéria-prima traz ao meio 

ambiente, economia e sociedade. “Esse projeto visa levar um pouco mais de 

informação sobre o nosso setor da preservação de madeira e a REFERÊNCIA tem 

sido difusora dessa informação no âmbito nacional”, comentou Jackson Cesar 

Correa Alves, sócio da empresa. “Isto só é possível por meio de ações como 

essa, que nos motiva e aumenta a nossa responsabilidade". Completou ao receber 

o prêmio. 

REFLORESTAR SERVIÇOS FLORESTAIS 

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial do 

GRUPO JOTA e Ataíde Lopes da Silva, diretor da 

Reflorestar Serviços Florestais 


A colheita mecanizada de madeira e o transporte florestal exigem das empresas 

conhecimento técnico e muita competitividade. A Reflorestar Serviços 

Florestais reúne estes dois aspectos. Em 2017, obteve resultados incomparáveis 

na condução das atividades que presta em áreas de grandes empresas florestais, 

por meio de práticas responsáveis, respeito aos colaboradores e capacidade 

para alcançar metas de produtividade por m3 (metro cúbico) de madeira colhida, 

processada e transportada até a fábrica. "Gostaria de agradecer imensamente 

a Revista e às pessoas que nos indicaram. Agradecer as empresas, também, 

que são o palco em que mostramos nosso trabalho, e a todos que nos ajudaram 

a prestar um bom serviço", finalizou o diretor da empresa, Ataíde Lopes da Silva. 

60 


CONFIRA 

QUEM MARCOU 

PRESENÇA 

NO PRÊMIO 

REFERÊNCIA 

2017 

Raul Garcia e Marcel Vieira 

Claudia D’Amato 

Fotos: Marcos Mancinni 

CLICKS 

PRÊMIO REFERÊNCIA 

Ataíde Lopes da Silva 

Eduardo Rechenberg e Joseane Knop 

Neri Schlemper Jr. e Neri Schlemper 

Joaquim Iensue, Solange Telma, Fabricio 

Mahssan e Luciane do Prado 

Altair de Oliveira e Marcelo Vieira 

Eduardo Silva Lopes e Felipe de Oliveira 

Caio Zanardo e Tomás Balistiero 

Kleber Pereira e Natara Evelin 


61

CLICK 

Equipe Madvei 

Jackson Alves e Ebraim Malaquias Jr. 

Valéria Brizola e Tatiano Segalin 

Gilberto Abrão Jr. e Olavo Rodrigues 

Rômulo Lisboa 

Teofilo Marien, José Carlos e Silvio Lima 

CLICKS 


Jucelene D’Agnoluzzo e Silvano D’Agnoluzzo 

Janete Morgan e Ademar Morgan 

Josias Scrock e Elizabete Scrock 

Rodrigo Lopes e Waldemar Lopes 

62 


Pedro Bartoski Jr., Valéria Brizola e 

Tatiano Segalin 

Erick Mandarino, Pâmela Mandarino e 

Soraya Pacheco 

CLICKS 


José Domingues Mendes 

Antonio Marinho e Silvio Marinho 

Mira Graçano e Toni Casagrande 

Manuel Ribeiro e Rosilda Ribeiro 

Pedro Bartoski Jr., Joseane Knop e 


Fábio Alexandre Machado, Tatiano Segalin, Valéria 

Brizola, Joseane Knop e Pedro Bartoski Jr. 

Fernando Strobel e Fábio Alexandre Machado 

Fábio Buttenbender 


63

ARTIGO 

LENHO E CASCA 

DE EUCALYPTUS E 

ACACIA EM PLANTIOS 

MONOESPECÍFICOS E 

CONSORCIADOS 

RESUMO 

O 

objetivo deste estudo foi avaliar a variação 

do teor e espessura da casca e da densidade 

básica da madeira de Eucalyptus e Acacia 

plantados em monocultivo e consórcio. Cinco árvores 

de Eucalyptus urophylla × Eucalyptus grandis e cinco de 

Acacia mangium foram investigadas em plantios monoespecíficos 

e mistos, totalizando 20 árvores. O teor e espessura 

da casca produzida pela Acacia em monocultivo 

(47,5% e 1,32 cm) foram aproximadamente três vezes 

superiores, quando comparadas àquelas do plantio consorciado 

(15,2% e 0,51 cm). A partir desses resultados, 

conclui-se que não há diferença significativa entre as 

médias da densidade básica das madeiras de Eucalyptus 

e Acacia provenientes dos plantios monoespecíficos 

e mistos. Contudo, há variação longitudinal significativa 

em termos de densidade básica da madeira das árvores 

de Acacia e de Eucalyptus provenientes tanto do plantio 

monocultivado como do consorciado, indicando que há 

diferença na qualidade da madeira manejada para uso 

múltiplo. 

1. INTRODUÇÃO 

A necessidade em suprir a demanda madeireira do 

país levou ao aumento dos plantios de espécies florestais 

com crescimento rápido. Dentre as possibilidades de 

manejo e condução de florestas, o consórcio de espécies 

é uma técnica considerada promissora para uso múltiplo 

dos recursos naturais (Kleinpaul et al., 2010). Além de 

aumentar a quantidade de nitrogênio do solo pela fixação 

biológica (Bouillet et al., 2008), os plantios consorciados 

com espécies da família das Fabaceas propiciam a 

utilização do solo de forma mais eficiente (Coelho et al., 

2007), devido principalmente às diferenças no sistema 

radicular e a exigência nutricional (Vezzani, 1997). 

Atualmente, 5,1 milhões de hectares do território 

nacional estão ocupados por plantações do gênero 

Eucalyptus, enquanto a superfície plantada por Acacia 

totaliza aproximadamente 148.311 ha (Abraf, 2013). 

A madeira de Eucalyptus tem sido usada com sucesso 

como fonte de matéria-prima para diversos fins industriais, 

principalmente produção de polpa celulósica e 

carvão vegetal, ao passo que a madeira de Acacia ainda 

64 


CAMILA LUIZ SILVA, BRUNA DE CARVALHO ROLDÃO E 

LEONARDO DAVID TUFFI SANTOS 

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UFMG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE 

MINAS GERAIS) 

PAULO RICARDO GHERARDI HEIN 

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS DA UFLA (UNIVERSIDADE 

FEDERAL DE LAVRAS) 

Fotos: arquivo

ARTIGO 

ACÁCIA MANGIUM É UMA ESPÉCIE BASTANTE POPULAR 

NO RIO GRANDE DO SUL 

tem sido alvo de investigação para melhorar seu manejo 

e utilização em certas aplicações (Pinso & Nasi, 1992; 

Alencar, 2009; Veiga et al., 2010; Batista, 2010). 

A maioria dos estudos sobre os plantios monoespecíficos 

ou mistos desses gêneros tiveram o objetivo 

de avaliar as características de crescimento das árvores 

(Forrester et al., 2004; Vieira et al., 2011). Alguns estudos 

têm sido realizados com o intuito de comparar a 

qualidade da madeira e do teor de casca produzidos por 

plantios monoespecíficos e consorciados. Em relação 

aos cultivos monoespecíficos, a literatura está repleta 

de estudos sobre a produtividade e qualidade da madeira 

de Eucalyptus (Oliveira & Silva, 2003; Queiroz et al., 

2004; Trugilho et al., 2007) e de Acacia (Rawchal et al., 

2001; Kim et al., 2008). Concernindo os estudos sobre os 

cultivos mistos, Teago (2012) e Gonçalves & Lelis (2012) 

avaliaram a qualidade das madeiras de Acacia e Eucalyptus 

provenientes de plantios consorciados e mostraram 

que há grande variação entre os experimentos, indicando 

que não existe um padrão de comportamento bem 

esclarecido. 

Dessa forma, estudos planejados para compreender 

a influência das condições de crescimento nas características 

da árvore e de sua madeira seriam úteis 

para identificar em que medida a densidade de plantio 

controla as características da casca e da madeira para 

orientar as prescrições silviculturais e propiciar utilização 

mais racional deste material. 

Klein et al. (1992) apresentaram um estudo em que 

a produção de madeira e de casca de Acacia foram avaliadas 

em diferentes espaçamentos. Contudo, pouco se 

sabe a respeito da influência da densidade de plantio 

sobre a variação nas características das árvores de plantios 

consorciados. A casca, que já foi considerada resíduo 

pela indústria de base florestal há algumas décadas, 

tem sido usada pela indústria como combustível barato 

e oportuno; e futuramente a casca poderá ser considerada 

uma fonte de fitoquímicos de ampla utilização (Foelkel, 

2005). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar 

a variação da densidade básica da madeira, do teor e 

da espessura da casca do híbrido Eucalyptus urophylla 

× Eucalyptus grandis e da Acacia mangium em plantios 

monoespecíficos e em consórcio. 

66 


2. MATERIAL E MÉTODOS 

O plantio experimental foi instalado em janeiro de 

2009 em sistema de consórcio e monocultivo com os híbridos 

Eucalyptus urophylla × Eucalyptus grandis e Acacia 

mangium. O espaçamento no sistema de monoespecífico 

foi de 2 × 3 m, e no consórcio de 2 × 10 m. 

O experimento está localizado no Instituto de Ciências 

Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, 

Montes Claros (16°40’4,52” latitude sul e 43°50’39,70” 

latitude oeste, a 598 metros de altitude). O clima é Aw- 

-Tropical de Savana, segundo classificação de Köppen 

(Peel et al., 2007), sendo caracterizado por temperaturas 

anuais elevadas e regime chuvoso marcado por duas estações 

bem definidas, de verão chuvoso e inverno seco. 

O solo é do tipo argissolo vermelho-amarelo eutrófico. 

2.1. Seleção das árvores - amostras 

Foram selecionadas 10 árvores de Acacia e 10 de 

Eucalyptus, sendo 5 de cada espécie/sistema de plantio 

com base na retidão do fuste e no estado fitossanitário. 

Os indivíduos selecionados foram abatidos em agosto de 

2013, quando os plantios completaram 4 anos e 6 meses 

de idade. 

2.2. Amostragem 

As árvores abatidas foram seccionadas em diferentes 

alturas, sendo retirados discos de 30 mm de espessura, 

livres de defeitos, a 0%, 25%, 50%, 75% e 100% da 

altura comercial. 

2.3. Determinação da espessura e do teor de casca 

Para determinar a espessura da casca dos discos, três 

medidas foram realizadas com auxílio de um paquímetro 

em três pontos aleatórios e equidistantes das cascas retiradas 

dos discos. Após obter a média da espessura da 

casca, o teor de casca foi calculado como a razão entre a 

área ocupada pela casca e a área total determinada em 

função da espessura da casca e do diâmetro do disco. 

2.4. Determinação da densidade básica da madeira 

Para determinar a variação da densidade básica da 

madeira no sentido longitudinal, foram utilizadas duas 

cunhas opostas retiradas dos discos da base e a 25% e 

50% da altura comercial, e os discos completos da parte 

superior das árvores. 

Como as cunhas recém-abatidas já estavam em condição 

saturada, estas tiveram seus volumes determinados 

por meio do método da imersão em água, com base

no Princípio de Arquimedes. As amostras foram secas ao 

ar livre durante 3 semanas e posteriormente colocadas 

em estufa com circulação de ar a 103 ± 2°C, até que as 

suas massas permanecessem constantes. A densidade 

básica da madeira foi então determinada pela razão entre 

a massa absolutamente seca e o volume saturado, de 

acordo com os procedimentos descritos na NBR 11941 

(Abnt, 2003). 

2.5. Análise dos resultados 

O programa estatístico Spss Statistics v.19 foi utilizado 

para determinação das estatísticas descritivas, análises 

de variância (Oneway) e comparação múltipla de 

médias (Tukey, α = 0,05). Para a análise de variância, foram 

considerados quatro tratamentos: i) Eucalyptus em 

cultivo monoespecífico (EucMon); ii) Acacia em cultivo 

monoespecífico (AcaMon); iii) Eucalyptus em consórcio 

(EucCons) e iv) Acacia em consórcio (AcaCons). 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Apresenta informações sobre o crescimento diamétrico, 

teor e espessura de casca e densidade das madeiras 

de Eucalyptus e Acacia cultivados em monocultivo e 

em consórcio. Quando plantadas em consórcio, as árvores 

de Eucalyptus e Acacia apresentaram DAP superior 

àquelas plantadas em monocultivo, confirmando o efeito 

do espaçamento no crescimento (Zobel & Jett, 1995). 

O teor e a espessura da casca para o Eucalyptus em consórcio 

e monocultivo e para a Acacia em consórcio foram 

estatisticamente semelhantes. Contudo, houve diferença 

significativa no teor e na espessura de casca da Acacia 

cultivada em sistema de monocultivo. 

Valores médios, comparação de médias entre tratamentos 

por teste de Tukey e coeficiente de variação 

para diâmetro à altura do peito (DAP, cm), teor (%) e espessura 

de casca (cm) e densidade da madeira (g/cm3) 

de Eucalyptus e Acacia cultivadas em monocultivo e em 

consórcio. 

Os resultados apresentados neste estudo estão compatíveis 

com aqueles relatados em estudos do gênero 

Eucalyptus em monocultivo. Por exemplo, Mauri (2010) 

avaliou dois clones de Eucalyptus urophylla × Eucalyptus 

grandis com aproximadamente 6 anos de idade, relatando 

teor de casca médio variando de 11% a 17%. Lima 

(2011) relatou teor de casca menores (6% a 8,4%) em 

Eucalyptus grandis com 21 anos de idade. Gava et al. 

(1995) examinaram Eucalyptus tereticornis e Eucalyptus 

torelliana aos 7 anos de idade com espessura variando 

de 0,33 cm a 1,22 cm, enquanto para o segundo a espessura 

variou de 0,61 cm até 2,65 cm. Os resultados apresentados 

por esses estudos indicam que há considerável 

variação no teor e espessura de casca entre as espécies 

do gênero Eucalyptus e a idade analisada. 

A NECESSIDADE EM SUPRIR A DEMANDA MADEIREIRA DO PAÍS LEVOU AO 

AUMENTO DOS PLANTIOS DE ESPÉCIES FLORESTAIS COM CRESCIMENTO RÁPIDO 

68 


O teor de casca médio produzido pelas árvores de 

Acacia monocultivadas foi aproximadamente 3 vezes superior 

ao produzido no plantio consorciado. A literatura 

não apresenta dados experimentais que permitem comparar 

o teor e espessura de casca em Acacia cultivada 

em monocultivo ou plantio misto. A elevada espessura 

de casca das Acacias plantas em monocultivo pode ser 

explicada por duas hipóteses: i) a Acacia é uma espécie 

primária e, quando plantada em espaçamentos mais 

adensados, produz mais casca como resposta ao estresse 

desencadeado pela competição por nutrientes, água 

e luz; e ii) apesar de os dois tratamentos serem localizados 

a poucos metros (~10 m) um do outro, o local do 

monocultivo é aparentemente mais arenoso que o do 

consórcio. É possível também que o nível de fertilidade 

dos solos seja diferente. Contudo, as árvores de Eucalyptus 

não foram sensíveis a essa possível e pequena variação 

ambiental a que também foram sujeitas. 

Em monocultivos, Rawchal et al. (2001) avaliaram 

Acacia mearnsii aos 7 anos de idade, plantados com espaçamento 

3 × 1,66 m em 11 classes de solos com características 

distintas e observaram que as espessuras 

das cascas variaram de 0,43 cm a 0,58 cm. Os resultados 

apresentados por Rawchal et al. (2001) são semelhantes 

aos valores médios apresentados. Contudo, Teago 

(2012) relatou teor de casca médio inferior (9,62%) em 

Acacia mangium aos 6 anos e 3 meses de idade plantados 

em monocultivo e em espaçamento 3 × 3 m. 

Os resultados são interessantes porque permitem 

a comparação do teor e espessura de casca produzidas 

por duas espécies distintas cultivadas em sistemas 

e condições de crescimento diferentes. A variação no 

teor e espessura de casca pode trazer benefícios para 

a árvore, mas acarreta desvantagens para sua utilização 

industrial (Trugilho et al., 2003). A madeira com alto teor 

de casca eleva os gastos quando utilizada para produção 

de celulose, visto que ela conduz polpa de baixa alvura e 

demanda de mais substâncias químicas para o cozimento 

(Foelkel, 2005), ao passo que árvores com maiores 

espessuras de casca podem suportar passagem de fogo 

por tempo superior a 10 minutos, chegando até 20 minutos, 

sob temperatura de 900°C (Gava et al., 1995). 

3.1. Efeito do sistema de plantio na densidade básica 

da madeira

ARTIGO 

Não houve diferença significativa entre as médias 

da densidade básica das madeiras de Eucalyptus e Acacia 

produzidas em plantios monoespecíficos e mistos. 

É possível notar que a densidade da madeira da Acacia 

variou em maior magnitude (CV= ~3%). 

Em relação à densidade da madeira, a literatura 

apresenta enorme volume de informação a respeito da 

variação espacial entre e dentro das espécies desses 

gêneros. Os valores médios de densidade da madeira 

apresentados na Tabela 1 são compatíveis com outros 

estudos. Em cultivo monoespecífico de Acacia, Alencar 

(2009) estudou quatro espécies do gênero Acacia aos 5 

anos de idade, encontrando densidade básica variando 

entre 0,357 e 0,534 g cm-3. Em cultivos mistos, Gonçalves 

& Lelis (2012), ao estudarem árvores de Acacia 

mangium aos 4,2 anos de idade consorciadas com o 

híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, relataram 

densidade básica média de 0,34 g cm-3. Porém, 

não há informação sobre a densidade da madeira dos 

Eucalyptus. 

Teago (2012) avaliou a densidade da madeira de 

plantios monoespecíficos e mistos de Acacia mangium e 

um clone Eucalyptus urophylla × Eucalyptus grandis com 

6 anos e 3 meses de idade. O autor relatou densidade 

básica média da madeira de Acacia de 0,40 g cm-3 em 

monocultivo e 0,43 em consórcio. Os valores encontrados 

por Teago (2012) são inferiores aos relatados no presente 

estudo. Os Eucalyptus avaliados por Teago (2012) 

apresentaram valores médios de 0,53 g cm-3 quando 

plantados em monocultivo, e 0,55 g cm-3 quando consorciados. 

A densidade da madeira afeta os diversos usos desta, 

e para a produção de celulose, a baixa densidade do 

lenho juvenil reduz o rendimento em polpa, no entanto, 

não gera sérios problemas ao processo de polpação. Madeiras 

de baixa densidade sofrem mais defeitos durante 

o processamento e secagem, sobretudo em árvores jovens 

ou de rápido crescimento (Latorraca & Albuquerque, 

2000). Nas carvoarias, atividade comum no norte 

do Estado de Minas Gerais, onde esse experimento está 

implantado, a madeira de alta densidade é valorizada 

porque aumenta o rendimento da carbonização. 

3.2. Variação longitudinal das características do fuste 

e da madeira 

Não houve diferença significativa (p>0,05) na variação 

longitudinal no teor de casca dos Eucalyptus em 

ambos os sistemas de plantios e na Acacia plantada em 

monocultivo. Contudo, houve variação longitudinal significativa 

no teor de casca na Acacia plantada em consórcio. 

De modo geral, o teor de casca na Acacia em 

consórcio diminuiu da base até 75% da altura comercial, 

mas voltou a aumentar em direção ao topo das árvores. 

Resultados semelhantes foram encontrados por Teago 

(2012) ao estudar Acacia e Eucalyptus em monocultivo 

e consórcio com 75 meses de idade. O autor relatou que 

o teor de casca reduziu da base até cerca da metade da 

altura do fuste e voltou aumentar até o topo, mas sem 

alcançar os teores observados na base. 

A Figura 1 apresenta a variação longitudinal na proporção 

de casca em Eucalyptus e Acacia plantados em 

monocultivo e plantio misto. É possível observar que a 

quantidade de casca produzida pelas árvores plantadas 

em monocultivo é superior, sendo o teor de casca do Eucalyptus 

monocultivado levemente superior ao plantado 

em consórcio, e da Acacia monocultivada é, em média, 

2,6 vezes superior à plantada em cultivo misto. 

A produção de casca é indesejada em árvores destinadas 

à produção de papel ou carvão vegetal. Mauri 

(2010) relata que a madeira deve possuir mínimo teor 

de casca, visto que esta não é adaptada para produção 

da polpa. Para a produção de carvão, quanto maior 

quantidade de casca na madeira, maior será a porcentagem 

de cinzas produzidas na carbonização, o que gera 

problemas para produção de ferro-gusa e alguns tipos 

de ferro liga (Vital, 1989). 

A espessura da casca variou significativamente da 

base para o topo das árvores de Eucalyptus e de Acacia 

plantados em monocultivo e em consórcio. Para ambas 

as espécies, a espessura da casca decresceu da base do 

fuste ao ápice das árvores. 

A espessura da casca dos Eucalyptus foi semelhante 

em ambos os sistemas de plantio, enquanto na Acacia 

monocultivada a espessura da casca foi em média duas 

vezes maior que a mesma em consórcio na região da 

base das árvores (0%), e no topo das árvores (100%) foi 

aproximadamente três vezes superior. Este comportamento 

ainda não foi relatado na literatura. 

Em relação às características da madeira, houve variação 

longitudinal significativa da densidade básica da 

madeira das árvores de Acacia e Eucalyptus provenientes 

de plantio monocultivado e consorciado. 

De modo geral, a densidade básica da madeira dos 

Eucalyptus e das Acacia cultivados em ambos os sistemas 

de plantios decresceu da base para o topo do fuste, 

sendo a madeira de maior densidade encontrada base 

das árvores de Acacia em monocultivo. Resultados semelhantes 

a esses foram relatados por Alencar (2009), 

Teago (2012), Sette et al. (2012), Hein (2011). Em Acacia, 

Alencar (2009) relatou que a densidade básica da madeira 

foi alta na base, com gradativa redução ao longo 

70 


da altura para os quatro materiais genéticos de Acacia 

avaliados pela autora. 

Gonçalves & Lelis (2012) analisaram a madeira de A. 

mangium em consórcio com Eucalyptus, em que a densidade 

da madeira foi maior na base das árvores, diminuindo 

ao longo do fuste até 75% da altura, e com ligeiro 

acréscimo a partir desse ponto. Foelkel (2012) relatou 

que a tendência mais comum de ocorrer na A. mangium 

são valores maiores de densidade na base da árvore 

(0,46 a 0,54 g cm-3) e mais baixos no quartil superior 

(70% da altura) do fuste (0,38 a 0,42 g cm-3). 

Em Eucalyptus, Sette et al. (2012) estudaram a madeira 

de árvores com 24, 48 e 72 meses de idade, com 

densidade básica decaindo da base (0,42 - 0,49 g cm-3) 

até 3 m de altura do fuste (0,40 - 0,46 g cm-3), e a partir 

dessa altura aumentou até a extremidade do fuste (0,46 

- 0,54 g cm-3). 

Em geral, madeiras com densidade mais elevada são 

desejadas pelas indústrias. Contudo, é importante que 

essa característica não apresente variação espacial, pois 

essa matéria-prima será usada para produção de bens 

com qualidade homogênea. Para a produção da polpa 

celulósica ou de carvão vegetal, madeira mais densa leva 

ao aumento de incremento potencial da indústria, gerando 

assim mais polpa ou carvão a partir de menores 

volumes de madeira. 

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possível qualquer operação 

4. CONCLUSÕES 

Os resultados deste estudo permitem relatar que o 

teor e a espessura da casca do Eucalyptus consorciado 

e monocultivado e para a Acacia consorciada foram semelhantes, 

mas o teor e a espessura da casca produzida 

pela Acacia em monocultivo foram aproximadamente 

três vezes superiores em Acacia produzida no plantio 

consorciado. 

Não houve diferença entre a densidade básica média 

das madeiras de Eucalyptus e Acacia produzidas em 

plantios monoespecíficos e mistos, mas ocorreu variação 

longitudinal significativa na densidade da madeira 

de Acacia e de Eucalyptus provenientes tanto de plantios 

monocultivados como consorciados, traduzido por um 

ligeiro decréscimo de densidade da base para o topo das 

árvores. 

O ARTIGO COMPLETO, COM TABELAS, FIGURAS 

E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, PODE SER 

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JULY 2018 

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Munique - Alemanha 

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ABRIL 2018 

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Expoforest 

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Ribeirão Preto (SP) 

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SETEMBRO 2018 

SEPTEMBER 2018 

Congresso Internacional de Biomassa 

4 a 6 

Curitiba (PR) 

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JUNHO 2018 

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Florestais 

13 a 16 

Natal (RN) 

www.sigeventos.ufrn.br/eventos/public/evento/ 

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OUTUBRO 2018 

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