Dezembro/2017 - Referência Industrial 192
Visitantes - Grupo Jota Comunicação
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ENTREVISTA - Presidente da Abpm, Gonçalo Lopez fala sobre avanços da madeira tratada para 2018<br />
I N D U S T R I A L<br />
Afiação de<br />
durabilidade<br />
Serras precisas e de alta<br />
resistência ganham o mercado<br />
Durability<br />
Precise and high-strength<br />
saw blades gain market<br />
Especial – Indústria de transformação do Paraná é a mais bem sucedida do país no ano
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
SUMÁRIO<br />
SUMÁRIO<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
34<br />
Arte Diamante 09<br />
Feicon 2018 17<br />
Expoforest 2018 21<br />
Feinacoop 73<br />
Fenasucro 25<br />
Fepam Ferramentas 13<br />
Formóbile 2018 19<br />
44<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
60<br />
Franzoi Ferramentas 33<br />
Gaidzinski 43<br />
Metalcava 59<br />
Mill Indústrias 07<br />
Mill Indústrias 63<br />
Mill Indústrias 76<br />
Montana Química 02<br />
MSM Química 11<br />
Razi Máquinas 47<br />
Tigra do Brasil 49<br />
Unesa Máquinas 05<br />
Vantec 15<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
20 Aplicação<br />
22 Alta e Baixa<br />
24 Frases<br />
26 Entrevista<br />
32 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
34 Principal Tradição no corte<br />
40 Construção Civil<br />
44 Marcenaria<br />
50 Especial Noite para celebrar<br />
58 Química na Madeira<br />
60 Madeira Tratada<br />
64 Evento<br />
66 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
DEZEMBRO | 03
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EDITORIAL<br />
ENTREVISTA - Presidente da Abpm, Gonçalo Lopez fala sobre avanços da madeira tratada para 2018<br />
Treatment of the future<br />
Custom-made autoclaves suited<br />
to each customer’s needs<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
I N D U S T R I A L<br />
Afiação de<br />
durabilidade<br />
Serras precisas e de alta<br />
resistência ganham o mercado<br />
Ano XIX - Edição n.º <strong>192</strong> - <strong>Dezembro</strong> <strong>2017</strong><br />
Year XIX - Edition n.º <strong>192</strong> - December <strong>2017</strong><br />
Ilustra a capa desta edição<br />
uma serra Baukus, da Franzoi<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XIX • N°<strong>192</strong> • <strong>Dezembro</strong> <strong>2017</strong><br />
Durability<br />
Precise and high-strength<br />
saw blades gain market<br />
Especial – Indústria de transformação do Paraná é a mais bem sucedida do país no ano<br />
UM 2018 DE<br />
OTIMISMO<br />
Finalmente, o setor respira. Após anos sucessivos de<br />
enxugamento de mão de obra, contenção de gastos e incerteza<br />
política e econômica, o industrial madeireiro começa a<br />
vislumbrar novos horizontes. A certeza é apenas uma: 2018<br />
será melhor que <strong>2017</strong>. A assertividade deve ser o mote das<br />
iniciativas que permearem os próximos 365 dias, visando à<br />
retomada do que foi perdido durante o início da década.<br />
Nesta edição de REFERÊNCIA INDUSTRIAL, acompanhamos<br />
a tradição longeva da serra Baukus, da Franzoi, que chega<br />
há mais de quatro décadas de sucesso e renome no meio. No<br />
campo das oportunidades, a hotelaria se mostra um segmento<br />
de grande potencial para projetos marceneiros criativos.<br />
Também trazemos a cobertura do PRÊMIO REFERÊNCIA, que<br />
destacou as iniciativas inspiradoras do setor.<br />
Excelente leitura!<br />
A 2018 FULL OF OPTIMISM<br />
Finally, the Sector is able to breathe more easily. After successive<br />
years of cutting down on the payroll, spending restraint,<br />
and political and economic uncertainty, the <strong>Industrial</strong> Timber<br />
Sector begins to have glimpses of new horizons ahead. There<br />
is one certainty: 2018 will be better than <strong>2017</strong>. Assertiveness<br />
should be the motto of the initiatives that permeate the next 365<br />
days, aimed at the recuperation of that which was lost during<br />
the beginning of the decade.<br />
In this issue of REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>, we look at the long-<br />
-lived tradition of the Baukus saw blade from Franzoi, which<br />
has more than four decades of success and become renown in<br />
the Sector. In the field of opportunities, hospitality has shown<br />
itself to be a segment with a large potential for creative woodworking<br />
projects. Also, we cover the PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
that highlights inspiring initiatives, relevant to the Sector.<br />
Pleasant reading!<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA COMUNICAÇÃO<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Diretora de Negócios / Business Director<br />
Joseane Knop<br />
joseane@jotacomunicacao.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Veículo filiado a:<br />
JOTA EDITORA<br />
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Rafael Macedo - Editor<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />
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04 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CARTAS<br />
ENTREVISTA - Diretor de núcleo de pesquisa da madeira, Marcelo Aflalo, e o futuro da matéria-prima<br />
Capa da Edição 191 da<br />
Treatment of the future<br />
Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />
Custom-made to each customer’s autoclaves suited<br />
needs<br />
mês de novembro de <strong>2017</strong><br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
I N D U S T R I A L<br />
Novas<br />
tecnologias<br />
em secagem<br />
Soluções inovadoras ganham o mercado<br />
New drying technologies<br />
Innovative solutions take over the market<br />
Ano XIX • N°191 • Novembro <strong>2017</strong><br />
Especial – Empresas e especialistas falam sobre a importância do design nos móveis<br />
2018 de sucesso<br />
Prêmio <strong>Referência</strong><br />
Por José Carlos Alves - Juína (MT)<br />
Gostaria de parabenizar a REFERÊNCIA INDUSTRIAL por<br />
mais um ano à frente das tendências dos segmentos aqui<br />
retratados. Não existe fonte melhor para informações do<br />
setor.<br />
Por Flávio Roberto dos<br />
Anjos -<br />
Bento Gonçalves (RS)<br />
Primeiro de tudo, parabéns<br />
por iniciativas assim.<br />
É uma grande motivação<br />
ser reconhecido por bons<br />
trabalhos em uma área<br />
tão difícil de ser divulgada<br />
pela mídia.<br />
Foto: Marcos Mancinni<br />
Madeira na construção civil<br />
Por Alex Graziano dos Santos - São Paulo (SP)<br />
Surpreso que São Paulo deu um passo tão grande em<br />
direção à sustentabilidade na cidade. Esse novo prédio de<br />
madeira será um marco.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
Espaço aberto<br />
Por Marcos Dionísio -<br />
Caçador (SC)<br />
Muito importante uma<br />
editoria como essa, para<br />
lermos o que os pensadores<br />
do segmento têm a<br />
dizer sobre perspectivas,<br />
novidades e até mesmo<br />
opiniões sobre propostas<br />
relacionadas ao nosso dia<br />
a dia.<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />
é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Imagem: reprodução<br />
06 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados para redação ou siga:
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
BASTIDORES<br />
Gerson Penkal, do<br />
departamento comercial<br />
do GRUPO JOTA, ao lado<br />
de Ewaldo Quinta, gerente<br />
comercial Gaidzinki<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
VISITA<br />
O departamento comercial do GRUPO JOTA visitou Braço do<br />
Norte (SC), para conversar com os especialistas da Gaidzinski, que<br />
em <strong>2017</strong> foi capa de REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
Equipe feminina do<br />
GRUPO JOTA<br />
Foto: Marcos Mancinni<br />
FESTA<br />
As mulheres do GRUPO JOTA, durante o<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2017</strong>.<br />
08 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Soluções em ferramentas para a<br />
indústria da madeira. Setor Plainagem.<br />
Se a atividade da sua empresa é do ramo madeireiro,<br />
provavelmente possui máquinas para plainar madeira.<br />
A Arte Diamante possui uma enorme quantidade de<br />
modelos de desintegradores (também corte integral) com<br />
inúmeras variáveis que certamente uma delas irá atender<br />
sua necessidade, desde uma plainagem a 10m/min até<br />
60m/min ou mais, com o acabamento desejado.<br />
Além de auxiliar em muito o desempenho da produção a<br />
maioria dos produtos irá contribuir na redução do ruído a<br />
níveis que atendam às exigências do ministério do trabalho.<br />
Sua empresa pode ter problemas com a operação de<br />
plainagem e não ter consciência desses problemas. Ou<br />
tem consciência dos problemas mas convive com os<br />
mesmos. Entre em contato conosco descrevendo as<br />
máquinas que possuem e as dificuldades, que certamente<br />
lhes apresentaremos as soluções.<br />
Criatividade e<br />
competência a<br />
serviço da indústria<br />
madeireira.<br />
Algumas das dificuldades mais comuns:<br />
Facas com pouca durabilidade de corte.<br />
Dificuldade em obter uma afiação de qualidade, além do<br />
incômodo de recolocar as facas no cabeçote da melhor<br />
forma.<br />
Desintegradores que deixam marcas na madeira além do<br />
aceitável.<br />
Saber se a ferramenta está trabalhando no seu ponto de<br />
equilibrio como: velocidade de avanço (VA), x rotação<br />
(RPM), x número de dentes (Z), x acabamento (SZ). Quando<br />
esses quatro elementos não estiverem em conformidade<br />
poderão proporcionar um acabamento ruim ou ter um<br />
desgaste da ferramenta muito acentuado.<br />
LINHA DE<br />
CABEÇOTES<br />
DESINTEGRADORES<br />
Premiada por 10<br />
anos consecutivos.<br />
CANAL DIRETO<br />
55 (47) 3375-1277 (André)<br />
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Corupá . SC . BR . www.artediamante.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA<br />
COISA DE CACHORRO GRANDE<br />
Investimento pesado dos chineses no Brasil só perde para os EUA<br />
Flavio C. Geraldo<br />
FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />
Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
N<br />
a coluna de março passado, com base em<br />
informações divulgadas pela Transparency<br />
Market Research, uma empresa internacional<br />
voltada à pesquisa de mercados industriais e serviços de<br />
consultoria em inteligência de mercado, informávamos<br />
que a China se destacava como país determinante no<br />
crescimento do mercado global de preservativos de<br />
madeiras. Um importante indicativo, afinal, até ontem, a<br />
China não aparecia no radar do mercado de preservação<br />
de madeiras. Por outro lado, em menos de nove meses,<br />
a grande imprensa brasileira noticia a disposição de<br />
uma gigante chinesa, a Cccc (China Communications<br />
Construction Company), em promover um aporte de<br />
capital de R$ 2 bilhões no ativo e a investir R$ 6 bilhões<br />
nos próximos dez anos no setor ferroviário. A empresa<br />
demonstra interesse na participação de negociações na<br />
Malha Ferroviária Sul, que compreende nada menos do<br />
que 7.200 km (quilômetros) de extensão, hoje nas mãos<br />
da Rumo, antiga ALL.<br />
Segundo informações, a Cccc já está realizando o<br />
trabalho de auditoria, conceitualmente conhecido como<br />
due dilligence, objetivando conhecer os detalhes atrelados<br />
à operação, assim como avaliar as necessidades de<br />
investimentos. Não se trata de pouca coisa em termos<br />
de negócios, pois, outras empresas de porte estão no<br />
páreo, as japonesas Mitsubishi e Sumitomo. Fontes do<br />
setor da economia dão conta que desde o ano de 2014,<br />
o Brasil é o segundo destino de investimentos chineses<br />
em todo o mundo, o primeiro é os EUA (Estados Unidos<br />
da América). O cardápio dos chineses é variado, inclui<br />
os setores de energia, segurança, energia, transporte<br />
aéreo, plásticos, indústria química entre alguns outros.<br />
Até o momento a Cccc já marcou presença nos setores<br />
portuário e de engenharia. Essa perspectiva de aquisição<br />
dentro do setor ferroviário se torna interessante<br />
para essas empresas a partir do momento em que há<br />
uma forte necessidade de investimentos na recuperação<br />
da infraestrutura da malha da Rumo. Segundo a<br />
Antt (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a<br />
movimentação de cargas da Rumo – Malha Sul caiu de<br />
28,9 mil t (toneladas) para 18,3 mil t, situação considerada<br />
crítica. Os interesses da Cccc não param por ai. A<br />
empresa também tem incluído nas suas negociações<br />
a participação da Ferrogrão, megaprojeto ferroviário<br />
que inclui quase 1 mil km (quilômetros) de extensão,<br />
hoje em fase de audiências públicas. Tudo isto para não<br />
mencionar o interesse da empresa em investir também<br />
nas ferrovias norte-sul, oeste - leste e Transnordestina.<br />
Para os produtores de dormentes de madeira tratada,<br />
sem dúvida alguma se abrem importantes janelas<br />
de oportunidades. Mais do que na hora de dar vazão<br />
ao espírito de empreendedorismo, munindo-se das<br />
ferramentas disponíveis, como a experiência e capacitação,<br />
colocando as normas brasileiras debaixo do<br />
braço, e aderindo ao plano de autorregulamentação da<br />
Abpm, o Qualitrat, e partir para a briga! Só no projeto<br />
Ferrogrão, serão mais de dois milhões de dormentes,<br />
para não falar nas necessidades de melhorias da Malha<br />
Sul, que nos seus mais de sete mil quilômetros de trilhos,<br />
certamente irão gerar uma necessidade bastante<br />
significativa de dormentes durante os processos de<br />
melhorias e adequações.<br />
Contrariando os conselhos de nossas avós, que<br />
diziam para não se meter em briga de cachorro grande,<br />
desta vez a intuição de sobrevivência deverá levar<br />
o setor de proteção de madeiras à evolução, abrindo<br />
as portas para caminhos mais seguros e efetivos nos<br />
negócios. Não vamos nos esquecer de que, afinal , segundo<br />
nos diz a recente pesquisa de mercado da TMR,<br />
os chineses já estão se familiarizando a cada dia mais<br />
com o setor de proteção de madeiras, o que já pode ser<br />
um bom começo de conversa.<br />
Desta vez a intuição de sobrevivência deverá levar o setor<br />
de proteção de madeiras à evolução, abrindo as portas para<br />
caminhos mais seguros e efetivos nos negócios<br />
10 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Polo é destaque em<br />
Belo Horizonte<br />
No fim de novembro, o governo do Estado reconheceu<br />
o polo moveleiro da Região Metropolitana de Belo Horizonte.<br />
Com isso, cerca de 500 empresas que produzem<br />
móveis na capital e nos municípios do entorno terão um<br />
incentivo a mais para incrementar os negócios, responsáveis<br />
por gerar 10 mil empregos diretos. Iara Gomes Abade,<br />
presidente do Sindimov-MG, espera que a ação aumente<br />
o acesso do setor a incentivos para melhorar a produção.<br />
A maior parte das fábricas está concentrada em Belo Horizonte,<br />
Contagem e Betim, mas todos os 34 municípios da<br />
região farão parte do polo. “As empresas da Região Metropolitana<br />
de Belo Horizonte produzem móveis elaborados,<br />
customizados e com detalhes mais sofisticados. Por isso,<br />
não são indústrias de produção intensiva, mas de produtos<br />
exclusivos e com alto valor agregado. O reconhecimento<br />
como Polo vai atrair o olhar de diversos segmentos públicos<br />
e privados, permitindo ações que valorizem o diferencial<br />
competitivo destas indústrias”, argumentou Iara.<br />
Bndes muda<br />
financiamento<br />
de máquinas<br />
O Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico<br />
e Social) vai passar a considerar novos critérios para o<br />
credenciamento de produtos que podem ser financiados pela<br />
Finame (Agência Especial de Financiamento <strong>Industrial</strong>), que<br />
servem de apoio ao setor de máquinas e equipamentos, e para<br />
outras linhas de crédito da instituição. A mudança se relaciona<br />
com o cálculo de conteúdo nacional mínimo necessário para<br />
que um produto seja elegível ao financiamento pelas linhas<br />
do banco. O índice mínimo de nacionalização para que os<br />
bens de capital destinados à indústria sejam financiados pelo<br />
Bndes continuará a ser de 50%, como é hoje. A nova fórmula<br />
do índice de nacionalização será mais flexível e vai incorporar<br />
cinco variáveis intangíveis, sendo elas o investimento em inovação,<br />
inserção exportadora, mão de obra técnica, utilização<br />
de componentes de alto grau tecnológico e valor adicionado.<br />
Essas variáveis, chamadas de qualificadores, permitirão ao<br />
fabricante receber uma bonificação para atingir o índice mínimo<br />
de nacionalização que permita o credenciamento de seu<br />
produto no bndes. A nova metodologia de cálculo entrará em<br />
vigor em pouco mais de um ano, em 3 de dezembro de 2018.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Notas de falecimento<br />
O GRUPO JOTA, com pesar, divulga nota de falecimento em<br />
Curitiba, em novembro, do empresário Sr. Saul Chuny Zugman. Um<br />
dos mais tradicionais madeireiros do país, foi um dos fundadores do<br />
Grupo Zugman, cujas empresas estão a Lavrasul, a Brascomp e a Lavrama,<br />
além de ser também um dos fundadores da Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente).<br />
O velório aconteceu na Capela Israelita do Cemitério da Água Verde,<br />
com sepultamento no Cemitério Israelita de Santa Cândida. Também<br />
lamentamos o passar, em dezembro, do empresário Rinaldo<br />
Lazzaretti, fundador da empresa Itamarati Indústria de Compensados, situada em Palmas (PR).<br />
12 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Foto: divulgação<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Nova<br />
parafusadeira<br />
na área<br />
A empresa alemã Bosch lançou um novo modelo<br />
de parafusadeira, a Bosch GO. A nova ferramenta à<br />
bateria é prática e compacta, sendo a menor e mais<br />
leve do mercado. O produto chega ao mercado no fim<br />
de novembro para atender os mais diversos perfis de<br />
usuários, com tecnologia e diferenciais únicos. A novidade<br />
da Bosch conta com design singular e é ergonômica.<br />
Essas características resultam em conforto,<br />
mobilidade e versatilidade de manuseio em diferentes<br />
tarefas, o que torna a parafusadeira ideal para os<br />
adeptos do faça você mesmo, profissionais de assistência<br />
técnica, eletricistas, pintores, maridos de aluguel,<br />
instaladores, montadores, marceneiros e outros.<br />
Empresa usa 3D<br />
em móveis<br />
A Rehau usou a impressão 3D para confeccionar protótipos<br />
de peças utilizadas na fabricação de móveis e,<br />
como resultado, garantiu satisfação e redução de 97%<br />
de tempo, o que permitiu atender seu cliente dentro do<br />
prazo requerido. Segundo o gerente geral da Rehau no<br />
Brasil, Alexandre Novoselecki, a utilização da impressão<br />
3D para produção do protótipo foi simples, rápida e eficiente.<br />
“A partir de um desenho inicial com dimensões<br />
definidas nos três eixos, foi possível produzir o protótipo<br />
para apresentarmos ao cliente em aproximadamente<br />
um dia. O processo é muito mais rápido e tem custo reduzido.<br />
Como resultado, tivemos uma peça que atendia<br />
às necessidades do cliente”, explica. “Foram produzidas<br />
três peças distintas, cada uma com aproximadamente 15<br />
cm de comprimento. Apesar do tamanho reduzido dos<br />
protótipos, foi possível demonstrar com sucesso a aplicação<br />
e montagem do projeto, deixando o cliente satisfeito<br />
com o resultado”, complementa Novoselecki.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Mato Grosso quer revisar<br />
Icms sobre móveis<br />
Representantes do segmento de móveis de Mato Grosso se reuniram,<br />
no fim de novembro, com o governador Pedro Taques para reivindicar a<br />
manutenção da alíquota do Icms (Imposto Sobre Circulação de Mercadoria<br />
e Serviços) a 13% para o próximo ano. A alíquota original é 16%, mas<br />
um acordo entre governo e o segmento, no início deste ano, garantiu a redução até 31 de dezembro de <strong>2017</strong>. O governador ficou<br />
de avaliar a proposta e se posicionar nos próximos dias. Segundo o presidente da Facmat (Federação das Associações Comerciais<br />
e Empresariais de Mato Grosso), Jonas Alves, responsável por intermediar a reunião, o segmento de móveis e eletrodomésticos é<br />
um grande gerador de empregos e renda no Estado. “É muito importante a manutenção da alíquota, pois é isso que tem permitido<br />
o crescimento do setor, mesmo com a perda dos incentivos fiscais. É isso que dá sustentabilidade às empresas. O papel da Facmat<br />
e das associações comerciais estaduais é defender sempre um ambiente saudável, competitivo e isonômico para todos os setores<br />
econômicos”, afirmou Alves.<br />
14 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Preço dos móveis<br />
aumenta em<br />
novembro<br />
O Ipca-15, medido pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística), registrou elevação de 0,32% no mês passado. Com<br />
este resultado, o acumulado do ano chega a 2,58% e nos últimos<br />
12 meses a alta é de 2,77%, bem abaixo do centro da meta para a<br />
inflação, que é de 4,5%. Móveis em novembro registraram evolução<br />
de 0,11% nos preços, mas continua com deflação ao longo do<br />
ano, de -0,39%, e de -0,57% no acumulado dos últimos 12 meses.<br />
Embora tenha registrado queda de 1,30% em novembro, o item<br />
colchão continua com a maior alta no setor de móveis no acumulado<br />
de janeiro a novembro, com 3,59%. Nos últimos 12 meses a<br />
elevação chega a 5,42%. O campeão de queda de preços no varejo<br />
é o mobiliário para cozinha. De janeiro a novembro registra<br />
-3,82% e no acumulado de 12 meses o recuo já alcança 3,88%,<br />
com picos de -12,38% no Pará.<br />
IPT e FSC Brasil<br />
se unem<br />
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)<br />
e o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal,<br />
mais conhecido como FSC Brasil, assinaram um<br />
acordo de cooperação tecnológica com o objetivo<br />
de desenvolver projetos conjuntos para a<br />
promoção do uso da madeira na construção civil<br />
e na movelaria. A iniciativa inclui a difusão de informações<br />
sobre o desempenho das diferentes<br />
espécies. A parceria prevê também a capacitação<br />
de equipes das duas instituições e a divulgação<br />
da certificação FSC por meio de cursos e<br />
palestras. A primeira ação será um curso sobre<br />
o uso de madeiras na construção civil a ser oferecido<br />
em fevereiro de 2018. As duas unidades<br />
do IPT envolvidas no acordo são a Seção de Sustentabilidade<br />
de Recursos Florestais e o Laboratório<br />
de Árvores, Madeiras e Móveis.<br />
Foto: divulgacão<br />
Foto: divulgação<br />
Seminário em Santa<br />
Catarina discute setor<br />
São Bento do Sul (SC) recebeu no início do mês de dezembro<br />
representantes da Apre (Associação Paranaense de Empresas de<br />
Base Florestal) e da ACR (Associação Catarinense de Empresas<br />
Florestais) para o III Seminário Regional sobre Mercado Florestal,<br />
promovido pela Forest2Market do Brasil. Nesta edição, o<br />
objetivo foi avaliar as perspectivas para 2018 para o segmento<br />
nos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Entre os pontos de debate estiveram preços, histórico e tendências, contratos, disponibilidade<br />
de matéria-prima, entre outros.<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Formóbile inaugura<br />
área exclusiva<br />
em 2018<br />
Imagens: reprodução<br />
A ForMóbile (Feira Internacional de Fornecedores da Indústria<br />
de Madeira e Móveis), se encaminha para sua VIII edição<br />
(10 a 13 de julho de 2018, em São Paulo) como o principal<br />
evento da indústria de móveis da América Latina e participação<br />
de cerca de 650 marcas expositoras de mais de 30 países.<br />
A novidade para 2018 é a estreia do Espaço Madeira, dedicado<br />
a promover ainda mais o segmento de madeira maciça no<br />
mercado. Idealizado em parceria com a Revista <strong>Referência</strong><br />
<strong>Industrial</strong> e com apoio da Abimci (Associação da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente), serão dez empresas<br />
referências do setor que apresentarão seus lançamentos dedicados<br />
ao segmento.<br />
“Pensando na importância da indústria da madeira para<br />
o segmento moveleiro, um dos destaques da ForMóbile 2018<br />
será o Espaço Madeira. Teremos na feira uma área de mais de<br />
300 m2 com produtos e serviços ligados ao segmento e além<br />
disso um espaço com palestras e conteúdo voltado para este<br />
público.<br />
Essa parceria tem como objetivo valorizar o setor e levar<br />
aos fabricantes de móveis, arquitetos, marceneiros e revendas<br />
mais possibilidades na fabricação dos móveis”, comenta<br />
Tatiano Segalin, Show Manager da ForMóbile.<br />
Para Fábio Machado, diretor comercial da REVISTA RE-<br />
FERÊNCIA INDUSTRIAL, a importância da ForMóbile para o<br />
setor da madeira é muito significativa, já que a expectativa<br />
do mercado para o próximo ano é de forte crescimento e a<br />
feira estará no centro desse acontecimento. “A realização do<br />
evento na cidade de São Paulo facilita o contato entre fornecedores<br />
e empresas de regiões distantes de nosso país, pois,<br />
a capital paulista fica praticamente no centro do Brasil e com<br />
inúmeras opções de transporte aéreo”, complementa Fabio.<br />
A Abimci acredita que eventos consolidados como a For-<br />
Móbile geram oportunidades únicas para o networking das<br />
empresas e, com isso, a possibilidade de negócios, troca de<br />
experiências e acesso às novidades de uma forma eficiente.<br />
“Como representante da indústria de madeira processada<br />
mecanicamente, setor de grande relevância para o segmento<br />
moveleiro, a Associação historicamente apoia a realização<br />
da feira, da qual, inclusive muitos associados são expositores.<br />
A expectativa para a edição 2018 é positiva, pois esperamos<br />
uma retomada da economia e do consumo interno, gerando<br />
novas oportunidades para a cadeia produtiva madeira-móveis”,<br />
revela Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci.<br />
A empresa Arte Diamante, referência em soluções para<br />
plainagem de madeira há mais de 30 anos, confirma sua<br />
participação com grandes expectativas. “Nosso objetivo é<br />
empreender e expandir cada vez mais no ramo madeireiro e<br />
moveleiro, por isso, visamos a ForMóbile como uma grande<br />
oportunidade de divulgação e futuros negócios”, prospecta<br />
Teófanes Bogo, diretor da empresa.<br />
Outra tradicional marca do setor que está entre os expositores<br />
confirmados é a MSM Química, líder no segmento de<br />
preservativos de madeira. “Estamos participando pela primeira<br />
vez do evento porque vimos nesta iniciativa em projetar o<br />
Espaço Madeira uma ótima oportunidade de reunir empresas<br />
especificas que atendem desde as serrarias até o móvel pronto,<br />
aproximando ainda mais o público alvo”, espera Mario<br />
Sergio Lima, da MSM Química.<br />
Promovida pelo Grupo Informa, a ForMóbile, será realizada<br />
em novo local, no São Paulo Expo, maior e mais moderno<br />
pavilhão de exposições do Brasil, e é um evento voltado aos<br />
principais envolvidos no processo de criação e produção do<br />
mobiliário: fabricantes de móveis em série, marceneiros, revendas,<br />
madeireiros, designers de produtos e arquitetos.<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
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O<br />
kit de talheres de madeira destaca-se por sua qualidade, pois são produtos<br />
feitos com matéria-prima com alta durabilidade e por sua versatilidade, já<br />
que ficam bem à mesa do dia a dia e também fazem bonito no churrasco<br />
para a família e os amigos. O cabo de madeira é confortável de pegar e garante maior<br />
durabilidade, ao longo dos anos, ao talher convencional.<br />
LUMINÁRIAS<br />
N<br />
essa área de decoração, conta mais<br />
a criatividade. Um exemplo muito<br />
notável, porém ainda pouco difundido<br />
em larga escala no Brasil, é a luminária<br />
com adornos de madeira. É, no entanto, uma<br />
excelente composição para cômodos de cor<br />
marrom, que trazem à tona um sentimento de<br />
aconchego e conforto. É preferível utilizar em<br />
residências, porém nada impede um modelo<br />
mais sóbrio, voltado para escritórios e salas de<br />
espera, entre outros.<br />
Foto: divulgação<br />
Fotos: divulgação<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ALTA E BAIXA<br />
ALTA<br />
CONSUMO DE PAINÉIS DE MADEIRA<br />
AUMENTAM<br />
O consumo aparente de painéis de madeira apresentou evolução na transição entre os meses<br />
de setembro e outubro. O aumento nos números ficou evidente já que o consumo passou de<br />
538 mil m³ (metros cúbicos), para 596 mil m³ (metros cúbicos), uma melhora considerável, já<br />
que de agosto para setembro, o consumo aparente teve diminuição de 29 mil metros cúbicos.<br />
Naquele período, os metros cúbicos foram de 567 mil para 538 mil. Os dados são da 42ª edição<br />
do Cenários IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores).<br />
FATURAMENTO DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E<br />
EQUIPAMENTOS CRESCE 10%<br />
O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos subiu 10% em outubro, comparado ao mesmo período de 2016.<br />
No resultado acumulado, que consiste no período de janeiro a outubro deste ano, houve melhora de desempenho em<br />
função do crescimento das exportações que voltam aos níveis médios mensais de 2011 e 2012. O levantamento referente<br />
ao mês de outubro foi realizado pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) junto às<br />
empresas brasileiras fabricantes do setor.<br />
CONSTRUÇÃO AINDA ENFRENTA DIFICULDADE<br />
A despeito da recuperação da atividade em diversos setores da economia, a indústria da construção ainda enfrenta<br />
dificuldades, de acordo com a sondagem do setor divulgada no fim de novembro pela CNI (Confederação Nacional da<br />
Indústria). Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam queda na produção, o índice de evolução do<br />
nível de atividade no setor ficou em 46,9 em outubro. Em setembro, o indicador estava em 46,4 pontos. E, em outubro<br />
do ano passado o índice estava ainda pior, em 40 pontos.<br />
BAIXA<br />
VAREJO DE MÓVEIS EM QUEDA<br />
As vendas do varejo de móveis registraram queda de 0,7% em setembro, em relação ao mês<br />
de agosto, levando em consideração o ajuste sazonal. Os números deste mês mostram uma<br />
interrupção na sequência de quatro taxas positivas, período que o segmento acumulou ganho<br />
de 6,1%. Os dados foram levantados pela PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), em conjunto<br />
com o Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
FRASES<br />
É importante destacar o desempenho<br />
da indústria entre julho e setembro. A<br />
produção das fábricas instaladas no<br />
país cresceu 0,8%. As empresas de<br />
transformação, por exemplo, registraram<br />
no período um crescimento de 1,4%<br />
Foto: divulgação<br />
Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda, ao comentar o desempenho<br />
positivo do PIB no terceiro trimestre de <strong>2017</strong><br />
Seguindo essa diretriz, ficou comprovado que as construções<br />
em wood frame podem atender aos severos requisitos da norma<br />
de desempenho e se manter competitivas no difícil mercado da<br />
construção civil de baixa renda<br />
Guilherme Stamato, engenheiro civil, sobre documento publicado pelo Ministério das Cidades que<br />
normatiza os edifícios de wood frame com até quatro andares<br />
A diminuição do Custo Brasil e de seus fortes impactos sobre a<br />
produção de bens de capital é uma das missões hercúleas a que nos<br />
propomos, como forma de melhorar a nossa competitividade<br />
João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e<br />
Equipamentos), comentando as iniciativas para 2018<br />
Existe um risco de a eleição contaminar<br />
a recuperação econômica? Sim. Mas,<br />
esse risco não é tão grande quanto<br />
a maioria imagina<br />
Foto: divulgação<br />
Ricardo Amorim, economista, sobre a possibilidade da eleição<br />
de Lula ou Bolsonaro reduzirem a velocidade da recuperação<br />
do Brasil frente à crise<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
GONZALO<br />
ANTONIO<br />
CARBALLEIRA<br />
LOPEZ<br />
LOCAL DE NASCIMENTO<br />
PLACE OF BIRTH:<br />
La Coruña, Espanha – 12/06/1957<br />
La Coruña, Spain; June 12, 1957<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />
EDUCATION:<br />
Biólogo pelo Instituto de Biociências da USP (Universidade<br />
de São Paulo)<br />
Biology, BioScience Institute, University of São Paulo (USP)<br />
Place and Date of Birth: La Coruña, Spain; June 12, 1957<br />
Foto: divulgação<br />
CARGO<br />
PROFESSION:<br />
Presidente da Abpm (Associação Brasileira de Preservativos de Madeira)<br />
e pesquisador do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis/Centro<br />
de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT (Instituto de Pesquisas<br />
Tecnológicas do Estado de São Paulo)<br />
President of the Brazilian Association of the Wood Preservative<br />
Industry (Abpm) and Research Scientist for the Tree, Wood and<br />
Furniture Laboratory/Forest Resource Technology for the<br />
State of São Paulo Institute of Technology Research<br />
(IPT)<br />
Pavimentando 2018<br />
Paving the way for 2018<br />
U<br />
m ano repleto de iniciativas em prol do setor. Assim<br />
foi <strong>2017</strong> para Abpm, cuja meta foi ampliar as<br />
áreas de atuação da madeira tratada no país, em<br />
um cenário de oportunidades gerado pela reestruturação da<br />
construção civil. Em entrevista à REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />
Gonçalo Lopez, presidente da entidade, fez uma recapitulação<br />
do ano e do que espera para 2018.<br />
A<br />
year full of initiatives for the Sector. That was<br />
<strong>2017</strong> for Abpm, whose goal was to broaden the<br />
use of treated wood in the Country, in a scenario<br />
of opportunities generated by the restructuring of the building<br />
construction industry. In an interview with REFERÊNCIA<br />
<strong>Industrial</strong>, Gonçalo Lopez, President of the entity, recapped<br />
the year and what’s ahead in 2018.<br />
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Quais foram as principais ações da Abpm em <strong>2017</strong>?<br />
Dentre várias ações, podemos destacar aquelas que entendemos<br />
serem muito significativas a nossos associados.<br />
A realização de evento técnico em parceria com a FG4Mad<br />
Consultoria em Madeira e Malinovski. A Wood Protection -<br />
Conferência Sul-Americana de Tecnologias para Proteção<br />
de Madeiras aconteceu no mês de setembro, em Curitiba,<br />
e contou com mais de 150 profissionais da cadeia produtiva<br />
de madeira tratada que compartilharam e discutiram temas<br />
relevantes para o setor. O evento, que reuniu a família da<br />
preservação de madeiras depois de oito anos, deverá ser<br />
bianual e, como neste ano, fazer parte da SIM (Semana<br />
Internacional da Madeira);<br />
Criação de mais duas Diretorias Adjuntas: a de Relações<br />
de Mercado, sob responsabilidade de Jackson Cesar Correa<br />
Alves, da empresa Madtrat, com o objetivo de estreitar a<br />
relação com mercados importantes para o setor em nível<br />
nacional; e a Regional Sul, sob responsabilidade de Marcos<br />
Jachimek Flores, da Terra Sol, para buscar uma maior aproximação<br />
com os associados e não associados dessa região<br />
do país visando o fortalecimento da entidade.<br />
Criação de duas Comissões: a de Wood Frame, sob a<br />
coordenação de Leonardo Puppi Bernardi, da TWBrazil, e<br />
a de Certificação Qualitrat, sob minha coordenação.<br />
Essas diretorias e comissões foram criadas tanto<br />
com o intuito de motivar os associados a apresentarem<br />
suas experiências e também suas realidades locais, como<br />
também de marcar presença em debates e reuniões sobre<br />
assuntos que impactam o mercado de madeira tratada no<br />
país, como o caso do wood frame.<br />
Ressaltamos que já havia a Diretoria Adjunta de Normatização,<br />
sob a responsabilidade de Leonardo Puppi<br />
Bernardi, para contribuir com temas específicos de normatização<br />
na defesa dos interesses do setor, e a Comissão de<br />
Assuntos Regulatórios, coordenada por Rosa Maria de Sá<br />
Trevisan (Lonza), para representar a Abpm junto aos órgãos<br />
competentes em todas as questões regulatórias do setor.<br />
As ações conduzidas esse ano nos trouxeram resultados<br />
interessantes, e estamos entusiasmados para os<br />
próximos trabalhos que iniciarão a partir de 2018.<br />
Em <strong>2017</strong>, houve sinais claros que o país está saindo<br />
da crise?<br />
Neste ano, a economia apresentou sinais de recuperação,<br />
principalmente para alguns setores da preservação de<br />
madeiras como o ferroviário e da construção civil.<br />
Segundo informações do setor da construção civil, o<br />
ano de <strong>2017</strong> representou um dos piores desempenhos das<br />
últimas décadas, com recuo de perto de 7% em relação<br />
ao segundo trimestre de 2016. Porém a confiança na retomada<br />
da construção civil dá sinais positivos como reflexo<br />
do aumento de investimentos em terrenos por parte de<br />
construtoras. Isso deve resultar no aumento da demanda<br />
por produtos de madeira sólida de toras de maior diâmetro.<br />
What were the main actions taken by Abpm in <strong>2017</strong>?<br />
Amongst the many actions taken, we can highlight those<br />
which we believe to be very significant for our members:<br />
The holding of a technical event, in partnership with<br />
FG4Mad Consultoria em Madeira and Malinovski, Wood<br />
Protection - South American Conference of Technologies<br />
for Wood Protection, took place in September, in Curitiba,<br />
with more than 150 professionals from the treated wood<br />
productive chain in attendance, who shared and discussed<br />
relevant issues for the Sector. The event, which brought<br />
together the wood preservation family after eight years,<br />
should become biannual, and, as for this year, become part<br />
of the International Timber Week (SIM));<br />
Creation of two more Special Assistant Directors: Market<br />
Relations, under the responsibility of Jackson Cesar<br />
Correa Alves, from Madtrat, with the objective of strengthening<br />
the relationship with important markets for the<br />
Sector at the national level; and, for the Southern Region,<br />
under the responsibility of Marcos Jachimek Flores, from<br />
Terra Sol, to bring the members and non-members closer<br />
together within this Region aiming at strengthening the<br />
entity;<br />
Creation of two committees: the Wood Frame, under<br />
the coordination of Leonardo Puppi Bernardi, from TWBrazil,<br />
and the Qualitrat certification, under my coordination.<br />
These new directorates and committees have been<br />
created in order to motivate members to share their experiences<br />
and also their local reality, as well as marking a presence<br />
in discussions and meetings about issues that impact<br />
the treated wood market in the Country, as in the case of<br />
wood frame use.<br />
We emphasize that there already was a Special Assistant<br />
Director of Standardization under the responsibility of<br />
Leonardo Puppi Bernardi, to contribute to specific issues as<br />
to standardizations in the interests of the Sector, and the<br />
O uso da madeira<br />
proveniente de<br />
florestas plantadas na<br />
construção civil pode<br />
ser uma estratégia para<br />
mitigar a emissão de<br />
CO 2 (Gás Carbônico)<br />
DEZEMBRO | 27
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
Que apontamentos faria em relação ao mercado de<br />
preservativos de madeira: há espaço para crescer mais<br />
nos próximos anos, com medidas que incentivem toda<br />
a cadeia produtiva?<br />
A previsão de investimentos em infraestrutura no<br />
país em 2018 apresenta cenário otimista para a madeira<br />
tratada: no setor ferroviário há previsão de investimentos<br />
em torno de R$ 57,1 milhões a partir do próximo ano, com<br />
projetos que visam a ampliação, construção e manutenção<br />
de ferrovias. Existe uma análise de que se essa ampliação<br />
representar o uso de ferrovias eletrificadas, seriam construídas<br />
estruturas que permitiriam a diversificação dos<br />
negócios e ainda levar eletricidade até as comunidades<br />
mais remotas. Destaca-se ainda que segundo especialistas<br />
do setor a ferrovia, mesmo a diesel, é menos poluente que<br />
o modelo rodoviário.<br />
Além disso, podemos dizer que o uso da madeira tratada<br />
com qualidade pode ampliar a movimentação de cargas<br />
nas ferrovias, trazendo mais segurança e menos interrupções<br />
no tráfego ferroviário, aumentando o fluxo de trens<br />
carregados, principalmente de produtos do agronegócio.<br />
Os programas habitacionais, dentre eles o “Minha Casa<br />
Minha Vida”, assim como a retomada de crescimento do<br />
setor da construção civil, também apontam para uma obtenção<br />
de resultados melhores que os alcançados esse ano.<br />
Sem falar no agronegócio, principal mercado para nosso<br />
setor, que segundo as previsões, permanecerá aquecido.<br />
O que podemos prever para 2018 no setor?<br />
Acreditamos que o setor da preservação de madeiras<br />
terá um ano com resultados melhores que os alcançados<br />
em <strong>2017</strong>. Primeiramente pelos investimentos previstos<br />
em infraestrutura, que contribuirão de forma importante<br />
para o crescimento do setor. Teremos eleições e em anos<br />
como esse sempre há uma movimentação interessante<br />
Enxergamos na<br />
construção civil<br />
um grande mercado<br />
para preservação<br />
industrial de madeira<br />
Regulatory Affairs Commission, coordinated by Rosa Maria<br />
de Sá Trevisan (Lonza), to represent the Abpm within the<br />
competent organs on all regulatory issues.<br />
The actions conducted this year had interesting results,<br />
and we are excited as to the activities that will be initiated<br />
in 2018.<br />
In <strong>2017</strong>, were there any clear signs that the Country<br />
is coming out of the crisis?<br />
This year, the economy showed some signs of recovery,<br />
especially in some wood preservation such as the railway<br />
and building construction segments.<br />
According to information from the Building Construction<br />
Sector, <strong>2017</strong> represented one of the worst performances<br />
in recent decades, with a fall of nearly 7% compared to<br />
the second quarter of 2016. But confidence in the recovery<br />
of building construction is providing positive signs as to an<br />
increase of investments in land by builders. This should result<br />
in an increased demand for solid wood products from<br />
larger diameter logs.<br />
What would you do regarding the wood preservative<br />
market: is there room to grow in the coming years, with<br />
measures are needed to encourage the entire production<br />
chain?<br />
The forecast for investment in infrastructure in the<br />
Country in 2018 provides an optimistic outlook for treated<br />
wood: in the Rail Sector, the forecast calls for an investment<br />
of around R$ 57.1 million as of next year, in projects<br />
aimed at railway expansion, construction and maintenance.<br />
There is an analysis that if this expansion represents the<br />
use of electrified railways, structures would be built that<br />
would allow the diversification of business and even take<br />
electricity to remote communities. It should be pointed out<br />
that, according to industry experts, rail transport, even diesel,<br />
is less polluting than highway transport.<br />
In addition, we can say that the use of quality treated<br />
wood can increase cargo movement by railways, by providing<br />
more safety and less disruption to rail traffic, increasing<br />
the flow of loaded trains, mainly with agribusiness<br />
products.<br />
The housing programs, amongst them the "my house,<br />
my life", as well as the resumption of growth in the Building<br />
Construction Sector, also point to improved results being<br />
achieved this year. Not to mention agribusiness, the main<br />
market for our industry, according to forecasts, will remain<br />
stable.<br />
28 |<br />
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na economia o que pode provocar maiores investimentos<br />
públicos em obras de infraestrutura nos setores elétrico,<br />
ferroviário, transporte e habitação, entre outros. Também<br />
será um ano em que teremos a oportunidade de criar um<br />
ambiente positivo para o cenário político. O mercado<br />
financeiro também projeta um cenário favorável para a<br />
economia brasileira em 2018, com a expectativa de inflação<br />
controlada, crescimento elevado e juros de um dígito, e<br />
esse quadro cria ambiente de incentivo para investimentos.<br />
Ou seja, todos os cenários mostram a possibilidade de um<br />
PIB da construção mostrando uma significativa evolução<br />
para 2018.<br />
Também podemos incluir iniciativas como a do Núcleo<br />
da Madeira e da empresa Amata, com o anúncio de projeto<br />
de prédio totalmente em madeira, que ajudam a difundir<br />
o uso de eucalipto na construção civil no Brasil.<br />
Finalmente, uma das principais previsões de melhoria<br />
para toda a cadeia da madeira pode advir do possível<br />
lançamento, sob coordenação da Embrapa Florestas, do<br />
Plano Nacional de Florestas Plantadas, que contemplará<br />
o diagnóstico e inventário da situação do setor florestal o<br />
que permitiria a definição de metas de produção alinhadas<br />
às perspectivas de demanda.<br />
Acredita que a instabilidade política deve ser menos<br />
responsável pela insegurança do mercado nos próximos<br />
anos?<br />
É muito fácil ligar notícias do fraco desempenho da<br />
construção civil, por exemplo, como reflexo do encolhimento<br />
das construtoras envolvidas na operação Lava<br />
Jato, com a queda dos investimentos públicos e com o<br />
esfriamento do mercado imobiliário.<br />
Teremos uma grande oportunidade de mudar isso nas<br />
próximas eleições. O ambiente político clama por uma<br />
renovação e os caminhos a serem tomados a partir das<br />
eleições em 2018 determinarão o que vamos enfrentar<br />
nos próximos anos. Esperamos que o futuro seja o melhor<br />
possível para o nosso país.<br />
Hoje, quais mercados são os primordiais para a<br />
madeira tratada? A construção civil continua sendo o<br />
principal ou há espaço para diversificar?<br />
O mercado da preservação de madeiras atua hoje<br />
em quatro setores (ferroviário, elétrico, construção civil<br />
e rural), e cada um deles tem a sua importância. Com os<br />
investimentos previstos em ferrovias para os próximos<br />
anos, este é um setor que promete movimentar bastante<br />
o mercado da madeira tratada. As construções rurais continuarão<br />
com sua participação importante para atividade<br />
do setor, até por conta do aumento da produção de carnes<br />
bovina, suína e de frango, por exemplo.<br />
Enxergamos na construção civil um grande mercado<br />
para preservação industrial de madeira. Nos últimos anos<br />
as indústrias de preservação de madeiras vêm apresentado<br />
novas soluções em produtos e sistemas construtivos em<br />
What can we predict for 2018 in the Sector?<br />
We believe that the Wood Preservation Sector will have<br />
a better year as to results than those achieved in <strong>2017</strong>. Primarily<br />
due to investments in infrastructure, which should<br />
lead to important contributions to the growth of the Sector.<br />
We will have elections and, in years like this, there are<br />
always interesting movements in the economy that could<br />
lead to greater public investment in infrastructure works in<br />
the Rail, Transport Electrical and Housing Sectors, amongst<br />
others. It will also be a year in which we will have the opportunity<br />
to create a positive environment within the political<br />
landscape. The financial markets also project a favorable<br />
scenario for the Brazilian economy in 2018, with the expectation<br />
of controlled inflation, high growth and single-digit<br />
interest, and this will lead to the creation of incentives within<br />
the investment environment. That is, all scenarios lead<br />
to the possibility a building construction GDP showing a<br />
significant growth in 2018.<br />
We can also include initiatives, such as the Timber<br />
Nucleus and Amata, with the announcement of building<br />
project built entirely in wood, that help divulge the use of<br />
eucalyptus in building construction in Brazil.<br />
Finally, one of the main predictions for the improvement<br />
for the whole timber chain may come from the possible<br />
release, under the coordination of Embrapa Florestas,<br />
of the National Pan for Planted Forests, which will include<br />
the diagnosis and the inventory situation in the Forest Sector<br />
and allow for the definition of production goals aligned<br />
with demand prospects.<br />
Do you believe that political instability should be<br />
less responsible for insecurity in the market in the coming<br />
years?<br />
It's very easy to interpret the news of the weak performance<br />
in building construction, for example, as a reflection<br />
of the shrinkage of the construction companies involved in<br />
the Lava Jato operation, as well as the fall of public investments<br />
and the cooling of the housing market. We have a<br />
great opportunity to change this in the next election. The<br />
political environment calls for a renewal, and the paths to<br />
be taken from the elections in 2018 will determine what we<br />
will face in the coming years. We hope that the future will<br />
be the best possible for our Country.<br />
Today, what are the main markets for treated<br />
wood? Does building construction continue to be the<br />
main one or is there room to diversify?<br />
The wood preservation market, today, consists of four<br />
sectors (rail, electrical, building construction and rural),<br />
and each one of them has its own importance. With the investment<br />
planned in railways in the coming years, this is a<br />
Sector that promises to move the market for treated wood.<br />
Rural construction continues with an important participation<br />
for industry activity, on account of the increase in beef,<br />
pork and chicken production, for example. We see building<br />
DEZEMBRO | 29
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
madeira tratada, e esse será o caminho para aumentarmos<br />
a nossa participação nesse mercado. O Brasil tem um déficit<br />
habitacional e uma necessidade latente de variedade em<br />
sistemas construtivos, e nosso setor tem muito a contribuir<br />
com essa questão.<br />
O uso de novas tecnologias como a MLC (Madeira<br />
Laminada Colada) de eucalipto tem viabilizado grandes<br />
projetos. A utilização de CLT (Cross Laminated Timber) está<br />
sendo vista como solução para a construção de prédios de<br />
vários andares, totalmente em madeira. Por outro lado,<br />
temos notícias de que são poucos os plantios de eucalipto<br />
conduzidos atualmente no Brasil para a produção de toras<br />
de madeira serrada de grandes dimensões.<br />
Entre os principais benefícios da madeira em relação<br />
a outros materiais, acredita que falta maior divulgação<br />
para expandir os mercados no Brasil?<br />
Sem dúvida, entendo que uma questão essencial é a<br />
conscientização sobre madeira nas construções, principalmente<br />
para mudar quadros de baixo índice de utilização<br />
e da percepção de que a madeira esteja ligada a baixa<br />
qualidade de uma construção. Isso é tão importante, que<br />
podemos citar outras ações gerais do mercado da madeira<br />
nesse sentido, como a recente criação do Núcleo de<br />
<strong>Referência</strong> em Tecnologia da Madeira, com sede no IPT,<br />
cujo lançamento ocorreu na Expo GBC Brasil e tem como<br />
objetivos promover o uso da madeira na construção civil de<br />
modo sustentável, ampliar o uso de técnicas construtivas<br />
em madeira e contribuir para o uso racional de reservas<br />
florestais. Além disso, o IPT e a FSC Brasil assinaram acordo<br />
de cooperação tecnológica para a difusão da utilização da<br />
madeira na construção civil e movelaria.<br />
Podemos ressaltar alguns dos principais diferenciais<br />
da madeira tratada: trata-se de material renovável de ciclo<br />
Uma das principais<br />
previsões de melhoria para<br />
toda a cadeia da madeira pode<br />
advir do possível lançamento,<br />
sob coordenação da Embrapa<br />
Florestas, do Plano Nacional de<br />
Florestas Plantadas<br />
construction as an important market for industrial wood<br />
preservation. In recent years, the wood preservation industry<br />
has been presenting new solutions in building construction<br />
products and systems in treated wood, and this is the<br />
way to increase our participation in this market. Brazil has<br />
a housing shortage and a latent need in the variety of construction<br />
systems, and our industry has much to contribute<br />
to this issue.<br />
The use of new technologies, such as Glued Laminated<br />
Timber (Glulam), has made possible large eucalyptus projects.<br />
The use of Cross-Laminated Timber (CLT) is being seen<br />
as a solution to the construction of multi-story buildings,<br />
totally in wood.<br />
On the other hand, we have news that few eucalyptus<br />
plantations in Brazil are producing the large sized timber<br />
logs needed for the production of sawn wood.<br />
Amongst the main benefits of wood compared to<br />
other materials, do you believe there is a lack of greater<br />
disclosure of this to expand markets in Brazil?<br />
Certainly, I understand that a key issue is making use<br />
of wood in building construction, mainly changing the picture<br />
as to its little use and the perception that wood is used<br />
only for low-quality building. This is very important, such<br />
that we can cite other wood market activities in this direction,<br />
such as the recent creation of the Reference Nucleus<br />
for Wood Technology, headquartered in IPT, whose launch<br />
occurred at Expo GBC Brasil and aims to promote the use<br />
of wood in building construction in a sustainable way, to<br />
expand the use of constructive techniques using wood, and<br />
to contribute to the rational use of forest reserves. In addition,<br />
IPT and FSC Brazil signed a technology cooperation<br />
agreement for the use of wood in building construction and<br />
furniture making.<br />
We can highlight some of the main differences for treated<br />
wood: it is a short cycle renewable material, available,<br />
low-cost, standardized, versatile, beautiful, easy to handle,<br />
a good strength to weight ratio, and its supply can be administered<br />
by means of reforestation, making it a sustainable<br />
product. One of the most overlooked factors in the technical<br />
analysis of the use of wood is the energy consumption<br />
30 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
curto, disponível, de baixo custo, normatizado, versátil,<br />
bonito, de fácil manuseio e excelente relação peso/resistência,<br />
e seu suprimento pode ser administrado por meio<br />
de reflorestamento, o que faz dele um produto ambientalmente<br />
sustentável. Um dos fatores mais negligenciados na<br />
análise técnica da utilização da madeira é o do consumo<br />
de energia para sua extração e beneficiamento, visto que<br />
sabidamente o uso de madeira consome menos energia do<br />
que a de outros materiais como o aço, cimento e alumínio.<br />
O uso da madeira proveniente de florestas plantadas<br />
na construção civil pode ser uma estratégia para mitigar a<br />
emissão de CO² (Gás Carbônico) e para a redução do consumo<br />
de energia na construção civil. Isso já ocorre em países<br />
que incentivam o uso da madeira por questões ambientais.<br />
A madeira tratada tem importantes diferenciais e vantagens<br />
sobre outros materiais e entre nossas ações para<br />
os próximos anos, a Abpm estará iniciando em 2018 um<br />
plano de marketing para, entre outros pontos, contribuir<br />
para aumentar de forma significativa a divulgação e a utilização<br />
do material madeira no mercado, principalmente<br />
a madeira tratada.<br />
O mercado de madeira tratada deve focar sempre a<br />
importação de seus produtos, ou há alguma possibilidade<br />
de ser também referência na exportação?<br />
Quando falamos do desenvolvimento do setor, necessariamente<br />
estamos abrangendo todas as etapas da<br />
cadeia. O mercado de preservação de madeiras no Brasil<br />
passa por um processo de evolução. Necessitamos de novas<br />
tecnologias em produtos, sejam eles os preservativos<br />
para madeira ou produto acabado (madeira tratada). As<br />
indústrias estão trabalhando intensamente nesse tema e<br />
o mercado já apresenta alternativas em preservativos que<br />
atendam a essa demanda.<br />
Hoje, no Brasil, a maior parte das usinas utiliza o CCA<br />
como preservativo, mas pensando na possibilidade de<br />
exportação de nossas madeiras tratadas as restrições a<br />
esse produto para algumas aplicações seriam uma barreira.<br />
Atualmente temos no mercado brasileiro tecnologias alternativas<br />
ao CCA como o CCB (Borato de Cobre Cromatado) e<br />
CA-B (Cobre Azoles) que podem ser utilizadas para a exportação<br />
de nossas madeiras. Importante que nosso mercado<br />
mantenha essa busca constante pelo desenvolvimento<br />
para que tenhamos sempre mais alternativas tecnológicas<br />
em produtos (preservativos/ madeira tratada).<br />
for its harvest and processing, since obviously, the use of<br />
wood consumes less power than other materials like steel,<br />
cement and aluminum.<br />
The use of wood from planted forests in building construction<br />
can be a strategy used to mitigate the emission of<br />
CO2 and the reduction of energy consumption in building<br />
construction. This already occurs in countries that are encouraging<br />
the use of wood due to environmental questions.<br />
The use of treated wood has important differentiators<br />
and advantages over the use of other materials and in 2018,<br />
amongst our actions over the coming years, Abpm will outline<br />
a marketing plan that will, amongst other things, contribute<br />
to significantly increasing the dissemination of this<br />
and timber use in the market, specially treated wood.<br />
Will the treated wood market always be focused on<br />
the import of their products, or is there also the possibility<br />
of becoming a reference as to the export of these<br />
products?<br />
When we speak of the development of the Sector,<br />
necessarily we are covering every stage of the chain. The<br />
wood preservation market in Brazil is going through a process<br />
of evolution. We need new technologies in products,<br />
be they wood preservatives or finished product (treated<br />
wood). Companies are intensely working on this subject<br />
and the market already offers alternatives to preservatives<br />
that meet this demand.<br />
Today, in Brazil, most plants use Chromated Copper<br />
Arsenate (CCA) as a preservative, but when thinking about<br />
the possibility of exporting our treated wood products, restrictions<br />
as to the use of this product for some applications<br />
is a barrier. In the Brazilian market, we currently have alternative<br />
technologies to CCA, such as Copper Chrome Boron<br />
(CCB) and Copper Azoles – Tebuconazole, type B (CA-B)<br />
that can be used for wood to be exported. It is important<br />
that our market maintain this constant search for the development<br />
of new products so that we always have more<br />
technological alternatives in products (preservatives/treated<br />
wood).<br />
Neste ano, a<br />
economia apresentou<br />
sinais de recuperação,<br />
principalmente para alguns<br />
setores da preservação de<br />
madeiras como o ferroviário e<br />
da construção civil<br />
DEZEMBRO | 31
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA ABIMCI<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
AVANÇOS IMPORTANTES EM <strong>2017</strong><br />
Muitas realizações se concretizaram neste ano e vão ser fundamentais para o<br />
desenvolvimento da indústria em 2018<br />
U<br />
m ano durante o qual a indústria da madeira trabalhou<br />
à margem dos acontecimentos econômicos e políticos,<br />
mas conseguimos avançar em pontos importantes<br />
como representação institucional, desenvolvimento comercial,<br />
avanço em normas técnicas importantes e diálogo com diferentes<br />
atores envolvidos na cadeia produtiva.<br />
No campo das relações internacionais e de promoção do<br />
produto brasileiro, a Abimci teve a oportunidade de estar em<br />
contato, delegações oficiais de diferentes países como China,<br />
Suíça, Inglaterra, Japão, Austrália. Além disso, participamos<br />
de missões técnicas internacionais como na Feira Ligna, na<br />
Alemanha, dos tradicionais eventos em Londres, e em agenda<br />
nos EUA (Estados Unidos da América). Neste último, estivemos<br />
no evento SelectUSASummit, em Washington, a convite do<br />
Departamento Comercial do Consulado dos EUA no Brasil, uma<br />
aproximação importante, consolidando e promovendo ainda<br />
mais esse mercado, que é o principal destino de boa parte dos<br />
produtos de madeira do brasil.<br />
Institucionalmente também foi um ano importante para a<br />
Abimci. Elegemos a diretoria para o triênio <strong>2017</strong>-2020 por aclamação,<br />
que mostra confiabilidade no trabalho e no direcionamento<br />
das ações da entidade e comemoramos 45 anos de sua fundação.<br />
Novos associados passaram a integrar o quadro da associação,<br />
reforçando o papel representativo que assumimos ao longo dessas<br />
mais de quatro décadas. Promovemos, além das inúmeras<br />
reuniões dos Comitês técnicos e reuniões plenárias, o III Encapp<br />
(Encontro da Cadeia Produtiva da Porta), evento consolidado, de<br />
alta qualidade e sucesso, tanto para fabricantes, visitantes, expositores<br />
e fornecedores da cadeia produtiva, e a segunda edição<br />
do WoodTrade Brasil, evento de avaliação do mercado interno<br />
e externo, inserido na programação da Semana Internacional<br />
da Madeira, que na edição desse ano tivemos a participação de<br />
mais de 7 mil pessoas nos vários eventos que aconteceram em<br />
Curitiba (PR), e que teve a participação ativa da Abimci na sua<br />
estruturação e promoção. Estivemos representados ainda, em<br />
eventos nos setores de biomassa, construção civil, indústria 4.0,<br />
sustentabilidade e governança, micro e pequena empresa, competitividade,<br />
logística reversa, energia, entre outros. Estreitamos<br />
relações de parcerias com diversas instituições com o intuito de<br />
desenvolver projetos conjuntos.<br />
No campo político, estivemos envolvidos com as discussões<br />
para propor alterações ao anexo da NR-12, em reuniões com representantes<br />
do Mdic (Ministério de Desenvolvimento, Indústria<br />
e Comércio Exterior), Ministério das Relações Exteriores, entre<br />
outros, e pela primeira vez a entidade se reuniu com o Banco<br />
Central do Brasil para fomentar um melhor entendimento pelo<br />
banco para a elaboração de políticas públicas, financeiras e de<br />
financiamentos para o setor<br />
Na parte técnica, retomamos o trabalho da Comissão de<br />
Estudos da Abnt (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para<br />
madeira serrada, uma das principais demandas do setor, participamos<br />
ativamente do desenvolvimento do Guia Orientativo de<br />
Esquadrias elaborado pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da<br />
Construção), avançamos de forma importante na estrutura macro<br />
da norma em estudo para o sistema construtivo wood frame,<br />
participamos de toda a discussão para atualização da norma de<br />
portas, que em breve terá sua publicação, e também obtivemos<br />
a publicação da norma para carreteis de madeira. Para fechar a<br />
atuação técnica, inúmeras empresas associadas participantes<br />
do Pnqm (Programa Nacional de Qualidade da Madeira) tiveram<br />
certificados de qualidade de renovados.<br />
Encerramos o ano com a certeza de que o setor madeireiro<br />
avançou em questões como união, representatividade e recuperação<br />
comercial em alguns de seus segmentos, e também<br />
com o perceptível aumento da confiabilidade empresarial e<br />
esperança de que os tempos mais difíceis de nosso país estão<br />
ficando para trás. Ainda há muito para ser feito. Sem o melhor<br />
dos cenários conseguimos fazer muito. Com uma boa vontade<br />
maior dos governantes na criação de políticas públicas, de planejamento<br />
de médio e longo prazos para o país, seria possível<br />
avançar ainda mais.<br />
Esperamos que 2018 seja um ano de transformações, que as<br />
tão necessárias mudanças estruturais e políticas aconteçam, que<br />
as reformas avancem, abrindo novas possibilidades para o setor<br />
produtivo e, com isso, para o Brasil. O setor industrial madeireiro<br />
tem muito a contribuir para o desenvolvimento econômico e<br />
social. Resta aos governantes fazerem a sua parte ou ao menos,<br />
não atrapalharem.<br />
Com uma boa vontade maior dos governantes na criação de<br />
políticas públicas, de planejamento de médio e longo prazos<br />
para o país, seria possível avançar ainda mais<br />
32 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
TRADIÇÃO<br />
NO<br />
CORTE<br />
Fotos: divulgação<br />
DURABILIDADE DE<br />
DÉCADAS DA SERRA<br />
BAUKUS<br />
GARANTE À FRANZOI<br />
O TÍTULO DE UMA<br />
DAS MARCAS MAIS<br />
TRADICIONAIS DO<br />
MERCADO<br />
34 |<br />
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DECADES OF DURABILITY<br />
OF THE BAUKUS<br />
SAW BLADE ENSURES THAT<br />
FRANZOI IS ONE OF THE<br />
MOST TRADITIONAL BRANDS<br />
IN THE MARKET<br />
TRADITION<br />
IN<br />
SAWING<br />
DEZEMBRO | 35
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
F<br />
undada em 29 de agosto de 1972, em Caxias do Sul,<br />
a Franzoi Ferramentas nasce do empreendedorismo<br />
familiar. Consolida-se, desde então, como líder de<br />
mercado na produção e comercialização de ferramentas para<br />
o setor madeireiro e moveleiro. Está presente, assim, em todo<br />
o território nacional, além de exportar para a América Latina.<br />
Inspirada pela visão inovadora do fundador Celso Franzoi, a<br />
empresa se mantém continuamente atualizada, investindo<br />
anualmente em equipamentos, tecnologias e sistemas de<br />
controles de última geração.<br />
Para garantir a confiabilidade de todos os seus produtos,<br />
a Franzoi Ferramentas utiliza os mais atuais métodos de controle<br />
e padronização dos processos fabris, assegurando assim<br />
a qualidade e o alto nível de acabamento em cada peça. O<br />
Grupo Franzoi prima por parcerias duradouras que fidelizam<br />
a confiança e a credibilidade tanto de clientes quanto de fornecedores.<br />
A experiência, o conhecimento e a dedicação de<br />
seus funcionários — cujo desenvolvimento e qualificação são<br />
constantemente aperfeiçoados — resultam em produtos de<br />
alto valor agregado.<br />
A gama de produtos com a marca Franzoi vai além da serra<br />
fita Baukus. A serra circular, já reconhecida no mercado pelo<br />
seu excelente custo x benefício e alto desempenho, é outro<br />
produto que se destaca dentro do portifólio da empresa. As<br />
serras circulares Franzoi são fabricadas através de modernos<br />
processos, que possibilitam a empresa produzir serras customizadas<br />
para cada cliente e que são projetadas especificamente<br />
para cada aplicação.<br />
F<br />
ounded on August 29, 1972, in Caxias do Sul, Franzoi Ferramentas<br />
was born out of family entrepreneurship. Since<br />
then, it has become consolidated as a market leader in the<br />
production and marketing of tools for the Woodworking and Furniture<br />
Making Sectors. It is present, throughout Brazil, as well as<br />
being exported throughout Latin America. Inspired by the innovative<br />
vision of founder Celso Franzoi, the Company has continually<br />
updated itself, investing in equipment, technologies and state-of-<br />
-the-art control systems.<br />
To ensure the reliability of all its products, Franzoi Ferramentas<br />
uses the most current control and standardization methods in its<br />
manufacturing processes, thus ensuring the high-level quality<br />
and finish of each piece. The Franzoi Group strives for long-lasting<br />
partnerships that instill trust and credibility both by customers<br />
as well as suppliers. The experience, knowledge and dedication<br />
of its employees — whose development and qualification are<br />
constantly being perfected — have resulted in high quality added<br />
value products.<br />
The range of products with the Franzoi brand goes beyond the<br />
Baukus ribbon saw. The circular saw, already recognized in the market<br />
for its excellent cost-benefit and high performance, is another<br />
product that stands out within the portfolio of the company.<br />
Franzoi Circular Saws are manufactured using modern processes<br />
that enable the company to produce customized saws for each<br />
customer and which are designed specifically for each application.<br />
The sales of the circular saws go beyond the national territory.<br />
With exports throughout Latin America, Franzoi has become the<br />
largest manufacturer of circular saws in South America.<br />
“SÃO BOAS PARA<br />
RECALQUE E<br />
LAMINAÇÃO, SE<br />
MANTENDO SEMPRE<br />
PLANA”<br />
DESTACA TEIXEIRINHA,<br />
DA AB LAMINADOS<br />
36 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
“A SERRA BAUKUS É<br />
DIFERENCIADA, MAIS<br />
RESISTENTE. DOU CINCO<br />
ESTRELAS”<br />
MILTON DIRCKSEN, GERENTE DA<br />
SUL CATARINENSE<br />
As vendas das serras circulares vão além do território nacional.<br />
Com exportação para toda a América Latina, a Franzoi<br />
tornou-se a maior fabricante de serras circulares da América<br />
do Sul. O mix atual de produtos da empresa contempla, além<br />
das serras circulares e fita Baukus, serras fita Açoforte, serra<br />
fita estreita descartável, serras fita estreita bimetal, serviços<br />
de repastilhamento de serras circulares, facas para picador,<br />
facas para plainas, fresas e cabeçotes, discos para serras diamantadas<br />
e serras especiais para metal, além dos produtos da<br />
marca Santi para mercado moveleiro (serras circulares, brocas<br />
e fresas integrais).<br />
Seguindo fielmente o seu slogan - onde a evolução é nossa<br />
marca - a Franzoi posiciona-se para ser a solução completa de<br />
fornecimento de produtos para o mercado madeireiro, expandindo<br />
assim, o mix citado acima.<br />
Na velocidade atual da tecnologia, mantendo seus princípios<br />
básicos e se adequando às demandas futuras, a Franzoi<br />
Ferramentas traz tendências para o mercado, sem perder seu<br />
alicerce, a evolução torna-se a marca da empresa. Seus 45 anos<br />
são marcados pelo lançamento de novos produtos, firmando<br />
seu propósito. A empresa que nasceu para atender o mercado<br />
brasileiro mostra atualmente ao continente que transformar<br />
aço não é somente um processo industrial, mas sim, trabalhar<br />
inovando com comprometimento e dedicação, dia a dia, esculpindo<br />
expectativas em qualidade e satisfação.<br />
A REFERÊNCIA INDUSTRIAL acompanhou a serra Baukus<br />
em ação com alguns dos seus clientes, que trabalham há décadas<br />
junto a Franzoi. Em atuação desde 1979, a Laminados<br />
AB, localizada em Caçador (SC), conta com 206 funcionários e<br />
tem na madeira de pinus serrada e estufada o seu carro chefe.<br />
“Há mais de 30 anos compramos serras frequentemente<br />
com eles”, relata Hipólito Lunardelli, afiador da empresa,<br />
também conhecido como Teixeirinha. “Possuímos 36 serras<br />
Baukus, em giro. Possuem uma excelente qualidade, sempre<br />
mantendo a mesma eficiência. São boas para recalque e laminação,<br />
se mantendo sempre plana. Elas têm também grande<br />
The company's current mix of products includes, in addition to<br />
the circular saws and Baukus tape, Abreforte tape saws, narrow<br />
disposable band saws, narrow bimetal band saws, circular saws<br />
reptening services, chopper knives, planer knives, saws for diamond<br />
saws and special saws for metal, as well as Santi brand products<br />
for the furniture market (circular saws, drills and integral cutters).<br />
Faithfully following its slogan, (where evolution is our brand),<br />
Franzoi is positioned to be the complete solution to supply products<br />
for the timber market, thus expanding the mix mentioned above.<br />
Over the years, its saw blade brand has become a reference<br />
in the market, with the Company expanding its business line,<br />
consolidating on its experience and technology. Its products show<br />
performance differentials on the market, and engineering translates<br />
the problem into a solution, the possibility into reality, and the<br />
difficulty into learning, by providing a product with customized<br />
support to meet the needs of its customers.<br />
Keeping up with the current speeds of technological advances,<br />
while maintaining its basic principles and adapting to future<br />
demands, the Company follows market trends without losing its<br />
basics, where evolution becomes the Company's mark. Its 45 years<br />
are marked by the launch of new products, firming up its purpose.<br />
The Company that was born to meet the needs of the Brazilian<br />
market is currently showing the continent that transforming steel<br />
is not only in an industrial process, but rather, one of innovating<br />
with commitment and dedication in the day-to-day, meeting expectations<br />
with quality and satisfaction.<br />
REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> accompanied the Baukus saw blade<br />
in action with some selected customers, who have been working<br />
with Franzoi for decades. In operation since 1979, Laminados AB,<br />
located in Caçador (SC), has 206 employees where sawn pine and<br />
panels are its main products.<br />
“For over 30 years, we have frequently bought saw blades from<br />
them,” reports Hipólito Lunardelli, also known as Teixeirinha, blade<br />
sharpener for the Company. “We have 36 Baukus saw blades, in<br />
use. They are of an excellent quality, always maintaining the same<br />
efficiency. They are good for setting and sharpening, always keeping<br />
DEZEMBRO | 37
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
“REDUZIMOS NOSSAS<br />
TROCAS E HÁ MENOS<br />
PARADAS NA LINHA DE<br />
PRODUÇÃO, RESPEITANDO<br />
APENAS OS HORÁRIOS<br />
PROGRAMADOS E<br />
NECESSÁRIOS”<br />
SALVADOR AFINOVITZ,<br />
DA BERNECK<br />
durabilidade de corte: passam em média 2.500 toras por dia,<br />
com a mesma qualidade, sem troca de serra. Não possuem<br />
maiores problemas de trinca com a máquina rodando há 5<br />
anos, provando a qualidade e eficiência da mesma”. Quando<br />
o assunto é assistência técnica, o atendimento e o pós-venda<br />
são bem recomendados. “Quando precisamos, tudo ocorreu<br />
dentro do previsto”, afirma Teixeirinha.<br />
A Berneck, fundada em 1952, é outro cliente satisfeito<br />
da Baukus/Franzoi. A dimensão também é significativa: atua<br />
com cerca de 2.661 funcionários em suas diversas unidades.<br />
A de Curitibanos (SC), em que as serras atuam, iniciou em<br />
2012 a produção de MDF, em novembro 2013 a produção de<br />
madeiras serradas e, no fim de 2016, a produção de MDP.<br />
“Somos especializados em painéis MDP, MDF e HDF além de<br />
pinus e teca serrados”, conta Salvador Afinovitz, supervisor<br />
de afiação. “Eu já conhecia os produtos da empresa com uso<br />
das serras fitas e circulares em outra empresa. Ao iniciarmos<br />
as atividades na Berneck, na unidade de Curitibanos, foram<br />
adquiridas serras de outras marcas que não deram os resultados<br />
que esperávamos, então compramos um lote pequeno de<br />
serras para a gerência conhecer o produto Franzoi e, hoje, é o<br />
nosso principal fornecedor.”<br />
Na unidade de Curitibanos, a Berneck possui seis serras<br />
fitas, sendo quatro com serras de 12 x 1,83 mm (milímetros) e<br />
duas que usam serra de 8 x 1,47 mm. “A produtividade aumentou<br />
muito com a Baukus”, elogia. “Agora, trabalhamos um<br />
turno sem precisar fazer trocas. Com isso, o setup é baixíssimo,<br />
melhorou bastante os desvios e estamos trabalhando com 0,5<br />
mm ao longo da peça. Também, tivemos redução no consuflat.<br />
They also have excellent durability: sawing on average 2,500<br />
logs per day, with the same quality, without having to change the<br />
blade. They present no major problems as to fissures even after 5<br />
years of use, proving their quality and efficiency.” When it comes<br />
to technical assistance and after-sales service, they are well recommended.<br />
“When we need help, it was provided as forecast,”<br />
says Teixeirinha.<br />
Berneck, founded in 1952, is another satisfied Baukus/Franzoi<br />
customer. Size is also significant: the Company operates with about<br />
2,661 employees in its various units. In the one in Curitibanos,<br />
where the saw blades are used, MDF production began in 2012,<br />
sawn wood production in November 2013, and MDP production<br />
at the end of 2016. “We specialize in MDP, MDF and HDF panels,<br />
as well sawn pine and teak,” says Salvador Afinovitz, Sharpening<br />
Supervisor. “I was already familiar with Baukus/Franzoi products<br />
as to their use for band and circular saws in another company. In<br />
initiating activities at Berneck, in the Curitibanos unit, saw blades<br />
were acquired from other companies that did not lead to the results<br />
we had hoped for, so we bought a small lot of Franzoi saw blades<br />
for management to get to know the product and, today, Franzoi<br />
is our main supplier.<br />
In the Curitibanos unit, Berneck has six band saws, where four<br />
use 12 x 1.83 mm blades and two use 8 x 1.47 mm blades. “Productivity<br />
increased substantially with the use of Baukus blades,” he<br />
says. “Now, we complete a shift without having to change blades.<br />
With that, setup has become less expensive, deviations are vastly<br />
improved, and we are working with a 0.5 mm cut along each piece.<br />
38 |<br />
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mo, iniciamos com 65 serras/ano e, com a Baukus, estamos<br />
gastando 47 serras. Ou seja: menos 18 serras/ano, o que dá um<br />
percentual de 38,3 % de economia”, destaca Salvador.<br />
A Berneck relata que houve um pequeno revés, resolvido<br />
à época com pronta eficiência. “Tivemos um problema o qual<br />
foi relatado por telefone para o atendente. No dia seguinte,<br />
o diretor entrou em contato com a Berneck e, em cinco<br />
dias, tivemos uma visita dos técnicos da fábrica de aço e a<br />
substituição se deu de forma rápida”, conta. “O pós-venda é<br />
altamente recomendável, eles são muito bons. As serras são<br />
de ótima qualidade. Superior em resistência e tem um ótimo<br />
rendimento. Como ela absorve bem o impacto, não rompe<br />
facilmente. Dessa forma reduzimos nossas trocas e há menos<br />
paradas na linha de produção, respeitando apenas os horários<br />
programados e necessários.”<br />
A Sul Catarinense começou há mais de 40 anos em Capivari<br />
de Baixo (SC), mas mudou o nome fantasia apenas em 2005.<br />
As serras Baukus são utilizadas há pelo menos 30 anos, uma<br />
parceria que já dura há mais de metade da duração da própria<br />
empresa. “A serra Baukus é diferenciada, mais resistente. Dou<br />
cinco estrelas”, pontua Milton Dircksen, gerente da empresa.<br />
“Hoje, temos 35 funcionários, a maioria atuando diretamente<br />
com a serra. Nosso carro chefe é madeira serrada para caixaria<br />
e construção civil. Produzimos cerca de 2.500 m³ (metros cúbicos)<br />
ao mês, eu estimo. Nosso mercado de atuação é 100%<br />
mercado interno.”<br />
Atualmente, a Sul Catarinense conta com cerca de 60<br />
serras Baukus, todas revezadas no dia a dia. “A produtividade<br />
é excelente, não dá problema mesmo”, elogia. “Nunca vi serra<br />
melhor e nunca cogitei trocar. Quando precisei de assistência,<br />
o atendimento foi 100%. É uma empresa muito séria.”<br />
Also, we had a reduction in consumption, we started using 65 saw<br />
blades/year and now with Baukus saw blades, and now we only<br />
use 47. That is: 18 fewer saw blades per year, which has led to a<br />
38.3% savings,” says Berneck Supervisor Salvador..<br />
Berneck reports that there was a small problem, resolved at<br />
the time quickly and efficiently. “We had a problem which was reported<br />
by telephone. The next day, the Director contacted Berneck<br />
and, in five days, we had a visit from steel factory technicians and<br />
replacements occurred quickly,” he says. “The aftermarket service<br />
is highly recommended, they are very good. The saw blades are of<br />
excellent quality. Superior in strength and have a good yield. As they<br />
well absorb impacts, they don’t break easily. Thus, we have reduced<br />
replacements and there are fewer stoppages on the production<br />
line, respecting only programmed and necessary maintenance.”<br />
Sul Catarinense began operations more than 40 years ago in<br />
Capivari de Baixo (SC), but changed the name by how it is now<br />
known in 2005. Baukus saw blades have been used for at least 30<br />
years, a partnership that has lasted for more than half the time<br />
that the company has been in operation. “The Baukus saw blade<br />
is differentiated, tougher. I give it five stars,” says Milton Dircksen,<br />
Manager of the Company. “Today, we have 35 employees, most<br />
working directly with the saw blade. Our flagship product is sawn<br />
wood for boxes and building construction. We produce approximately<br />
2,500 m³ per month, I estimate. Our market is 100% domestic.”<br />
Currently, Sul Catarinense has about 60 Baukus saw blades,<br />
being rotated every day. “Productivity is excellent; there have been<br />
no problems” he praises. “I've never seen better saw blades and<br />
have never contemplated changing. When I need assistance, the<br />
service has been 100%. It is a very serious company.”<br />
“AO INICIARMOS AS<br />
ATIVIDADES NA BERNECK,<br />
FORAM ADQUIRIDAS SERRAS<br />
DE OUTRAS MARCAS QUE NÃO<br />
DERAM OS RESULTADOS QUE<br />
ESPERÁVAMOS. COMPRAMOS,<br />
ENTÃO, UM LOTE PEQUENO DA<br />
FRANZOI E HOJE É O NOSSO<br />
PRINCIPAL FORNECEDOR"<br />
SALVADOR AFINOVITZ,<br />
SUPERVISOR DE AFIAÇÃO<br />
DEZEMBRO | 39
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
40 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
CASTELO DE<br />
MADEIRA<br />
Fotos: divulgação<br />
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO DO SHOPPING<br />
IGUATEMI, EM FORTALEZA (BA), ABRIGA<br />
AUDACIOSO PROJETO DE PERGOLADO<br />
DEZEMBRO | 41
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
A<br />
praça de alimentação do Shopping Iguatemi de<br />
Fortaleza (CE) foi projetada pra ser uma grande<br />
pérgola de madeira, proporcionando assim um<br />
bem-estar e aconchego aos frequentadores. Toda a estrutura<br />
é de MLC (Madeira Laminada Colada de Abeto), proveniente<br />
de florestas de reflorestamento da Áustria. A estrutura foi<br />
calculada pela Carpinteria Estruturas de Madeira em parceria<br />
com a empresa italiana Moretti Interholz e foi toda produzida<br />
na fábrica italiana.<br />
No total foram utilizados 1.200 m³ (metros cúbicos) de<br />
madeira laminada colada reta e curva com vãos livres de até<br />
48 m (metros). Para transportar as peças ao Brasil, as vigas<br />
foram dimensionadas com no máximo 12 m de comprimento,<br />
assim caberiam em contêineres para transporte marítimo.<br />
No total foram utilizados 40 contêineres trazendo as vigas,<br />
pilares e conexões metálicas de aço galvanizado, partindo<br />
do porto de Gênova.<br />
As peças foram desenhadas uma a uma e cortadas<br />
numa máquina de corte CNC (Computer Numeric Control),<br />
onde a máquina lê o desenho de CAD e interpreta os cortes<br />
realizando-os automaticamente. Assim os furos e encaixes<br />
são totalmente precisos, deixando para a obra apenas alguns<br />
pequenos ajustes. A equipe de montagem foi constituída de<br />
brasileiros italianos. As obras iniciaram no dia 13 de janeiro de<br />
2014 foram entregues em meados de agosto de 2014.<br />
“Trata-se da maior estrutura de madeira já construída<br />
em todo o Brasil, sendo assim um marco na arquitetura<br />
brasileira”, destaca Paulo Bastos, um dos engenheiros responsáveis.<br />
“Para se ajustar ao clima brasileiro, toda a madeira<br />
foi submersa em um cupinicida para tratamento superficial<br />
e depois recebeu duas camadas de um stain hidrorrepelente<br />
pra proteção da umidade.”<br />
A estrutura foi dimensionada também para suportar no<br />
mínimo 60 minutos de ação de fogo, prevista nas normas européias.<br />
A cobertura é de policarbonato. Além de Bastos, estiveram<br />
no comando deste projeto os engenheiros Alan Dias, da<br />
Carpinteria Estruturas de Madeira e os Engenheiros italianos<br />
Paolo Serioli e Paolo Bentivoglio da Moretti Interholz Itália.<br />
“O primeiro cenário que apresentei foi o da estrutura ser<br />
100% calculada e fabricada no Brasil, por indústrias brasileiras<br />
e montada por uma equipe brasileira”, conta Bastos. “Pra<br />
isso entrei em contato com a Esmara Estruturas de Madeira,<br />
fabricante de MLC do sul do país, dirigida pelo Engenheiro<br />
Andreas Hosch e com a ITA Construtora, baseada em São<br />
Paulo, do Engenheiro Hélio Olga. A ideia seria trabalharmos<br />
em conjunto, a Carpinteria no Projeto Estrutural e Montagem<br />
e a Esmara e a ITA no fornecimento da MLC.”<br />
Além de ser uma estrutura única no país, a grande premis-<br />
ALÉM DE SER UMA ESTRUTURA<br />
ÚNICA NO PAÍS, A GRANDE<br />
PREMISSA DE SE UTILIZAR MADEIRA<br />
NO PROJETO DESTA COBERTURA<br />
ERA QUE O SHOPPING TINHA QUE<br />
SE ADEQUAR AO SELO LEED<br />
42 |<br />
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sa de se utilizar madeira no projeto desta cobertura era que o<br />
shopping tinha que se adequar ao selo Leed (oferecido pelo<br />
GBC - Green Building Council), ganhando créditos de carbono<br />
e assim pontuando cada vez mais pra receber o certificado de<br />
sustentabilidade.<br />
“Percebi que na estrutura do shopping estaríamos utilizando<br />
por volta de 1.200 m³ de MLC. Fazendo as contas, isso<br />
dá 1.200 t (toneladas) de CO² (Gás Carbônico) sequestrados<br />
da atmosfera”, avalia Bastos. “Para que nossos desenhos<br />
fossem compatíveis com as máquinas que a Moretti Interholz<br />
trabalha na Itália, adquirimos o software suíço Cadwork,<br />
utilizado por escritórios de estruturas de madeira no mundo<br />
todo e que gera desenhos onde uma máquina CNC pode ler<br />
e cortar as peças automaticamente. Adquirimos também o<br />
software alemão de cálculo estrutural Rstab da Dlubal, cujo<br />
módulo de estruturas em madeira é um dos mais completos<br />
no mundo. Houve muita troca de informação nessa fase entre<br />
nós da Carpinteria e a Moretti Interholz. Foi bem divertido,<br />
por sinal. No fundo percebemos que éramos sim capazes de<br />
ter uma estrutura como essa no Brasil.”<br />
NO TOTAL FORAM<br />
UTILIZADOS 1.200 M³<br />
(METROS CÚBICOS) DE<br />
MADEIRA LAMINADA COLADA<br />
RETA E CURVA COM VÃOS<br />
LIVRES DE ATÉ 48 M (METROS)
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
44 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
HÓSPEDE<br />
DE LUXO<br />
DO CLÁSSICO AO MODERNO, SOLUÇÕES EM MADEIRA PODEM<br />
TRANSFORMAR O AMBIENTE POR SUA VARIEDADE DE FORMAS,<br />
TAMANHOS E SOFISTICAÇÃO<br />
Fotos: divulgação<br />
DEZEMBRO | 45
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
A<br />
tualmente, hotéis têm adotado novos conceitos<br />
em seus projetos arquitetônicos. Em alguns<br />
deles, linhas mais clássicas, paredes brancas<br />
e móveis tradicionais deram lugar a texturas, cores diversas<br />
e mobiliário moderno, versátil e criativo. Nesta<br />
atualização de design, a marcenaria entra como ponto<br />
forte ao trazer, ao mesmo tempo, leveza e sobriedade<br />
aos ambientes, fazendo parte da própria estrutura. A<br />
marcenaria normalmente representa o maior custo na<br />
implantação hoteleira e, portanto, o item que deve ser<br />
melhor elaborado.<br />
A grande vantagem da marcenaria é a possibilidade<br />
de personalização dos ambientes. Antigamente, os<br />
quartos eram padronizados e as áreas comuns eram<br />
projetadas apenas para cumprir funções específicas sem<br />
diferenciais.<br />
Hoje, o hóspede busca algo diferente, ele quer<br />
entrar em um ambiente e sentir experiências novas. A<br />
marcenaria dá liberdade para que o arquiteto consiga<br />
criar espaços inusitados e impactantes, além de oferecer<br />
diversas opções de acabamentos, texturas e se adequar<br />
as dimensões dos ambientes.<br />
De acordo com o Catálogo de Madeiras Brasileiras<br />
para Construção Civil, produzido pela organização WWF<br />
e pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), o Estado<br />
de São Paulo é o maior consumidor de madeira tropical<br />
no Brasil, tendo recebido em 2011, 14% da produção<br />
madeireira amazônica certificada. Deste volume, 56%<br />
são painéis compensados e 38%, madeira serrada. A<br />
construção civil e a indústria moveleira destacam-se<br />
como os principais setores de consumo dessa madeira<br />
e para garantir o seu suprimento e uso sustentável, é<br />
necessário assegurar sua procedência, de origem legal<br />
e não predatória.<br />
Segundo Consuelo Jorge, arquiteta experiente<br />
responsável por projetos de hotelaria, incorporações,<br />
Todas as soluções<br />
que são propostas<br />
nos projetos que<br />
realiza precisam ter<br />
alta durabilidade,<br />
resistência e serem<br />
de fácil manutenção<br />
46 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
esidências, design de mobiliário, entre outros, sempre<br />
buscam-se as melhores soluções de design, porém elas<br />
devem respeitar as limitações financeiras apresentadas<br />
junto com o briefing inicial do projeto. Além do custo ser<br />
essencial para a escolha do material, ele deve ter alta<br />
durabilidade para que não necessite ser reparado ou<br />
substituído com muita frequência. “O uso e manuseio<br />
dos móveis na hotelaria é intenso e eles precisam resistir<br />
a batidas, arranhões ou outros acidentes que podem<br />
acontecer”, afirmou a arquiteta.<br />
Em relação a marcenaria de hotelaria, os melhores<br />
materiais são o MDF (Medium Density Fiberboard) e o<br />
MDP (Medium Density Pannel) por atenderem todos<br />
estes requisitos. Os cuidados com os móveis de madeira<br />
devem ser feitos desde o seu transporte, descarregamento,<br />
armazenagem e, depois que estão instalados, a sua<br />
manutenção e limpeza. Tanto móveis feitos em MDF ou<br />
MDP são destinados para o uso em áreas internas e não<br />
devem ser expostos à ação da água. Estes produtos não<br />
possuem camadas de proteção e nem alta resistência a<br />
riscos e abrasão, portanto devem ser evitados em áreas<br />
O painel de MDF pode ser<br />
revestido com películas<br />
decorativas melamínicas que<br />
são mais resistentes que a<br />
pintura, solução mais adequada<br />
no segmento de hotelaria<br />
a família razi/alca deseja a<br />
todos um Natal pleno de<br />
harmonia e um Ano Novo<br />
repleto de novas conquistas.<br />
Boas Festas!<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
Além do custo ser essencial para a<br />
escolha do material, ele deve ter alta<br />
durabilidade para que não necessite<br />
ser reparado ou substituído com muita<br />
frequência<br />
de pisos, sendo destinados para o uso de paredes ou<br />
confecção de mobiliário.<br />
De acordo com Consuelo Jorge, as soluções em madeira<br />
devem auxiliar nas operações diárias do hotel para<br />
minimizar a necessidade de reparos constantes e tornar<br />
a rotina dos funcionários mais ágil e prática. A marcenaria<br />
deve ser pensada para suprir todas estas necessidades,<br />
portanto, a escolha dos acabamentos e dos materiais<br />
utilizados são extremamente importantes para garantir<br />
a qualidade dos móveis.<br />
Segundo ela, todas as soluções que são propostas<br />
nos projetos que realiza precisam ter alta durabilidade,<br />
resistência e serem de fácil manutenção. O MDF e o MDP<br />
são soluções feitas de placas de madeira prensadas, a<br />
diferença principal está na composição destas placas,<br />
o que faz com que tenham características diferentes. O<br />
painel de MDF pode ser revestido com películas decorativas<br />
melamínicas que são mais resistentes que a pintura,<br />
solução mais adequada no segmento de hotelaria.<br />
A marcenaria tem o poder de sofisticar um ambiente,<br />
como é o caso do projeto do restaurante do hotel Pullman<br />
Vila Olímpia, na capital paulista, realizado pelo escritório<br />
Consuelo Jorge Arquitetos. Foi criado um grande painel<br />
ripado em marcenaria que deu a sensação de aconchego,<br />
sofisticação e criou uma textura ritmada no ambiente.<br />
Outra vantagem da marcenaria é poder criar desenhos<br />
48 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
com cores e texturas diferentes.<br />
“Utilizamos este conceito no balcão do Sushi Bar<br />
do Pullman Vila Olímpia. A parte de baixo do balcão é<br />
revestida em painel de madeira da Oca Brasil que cria um<br />
movimento através de um mosaico de formas geométrica”,<br />
contou Consuelo.<br />
A marcenaria pode ser desenvolvida também com<br />
detalhes de iluminação embutida, tornando o ambiente<br />
mais contemporâneo, o que acontece no projeto da recepção<br />
do hotel Adagio Alphaville, implantado no final<br />
de 2016. O requadro do balcão é iluminado através de<br />
um acrílico fosco, chamando a atenção do hóspede para<br />
esta área.
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
NOITE<br />
PARA<br />
CELEBRAR<br />
Fotos: Marcos Mancinni<br />
ENTREGA DO PRÊMIO REFERÊNCIA REÚNE EMPRESÁRIOS,<br />
PROFISSIONAIS E ACADÊMICOS DO SETOR DE BASE FLORESTAL<br />
50 |<br />
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N<br />
o dia 20 de novembro, em Curitiba (PR), houve<br />
uma rara oportunidade de testemunhar um encontro<br />
entre os grandes representantes do país<br />
ligados ao beneficiamento de produtos madeireiros, fabricação<br />
de móveis, manejo florestal, biomassa e outros seg-<br />
“Teremos<br />
mentos associados. Tratava-se do PRÊMIO REFERÊNCIA,<br />
que chegou à 15ª edição com fôlego de sobra, sendo palco<br />
de discursos positivos e vislumbrando um cenário animador<br />
para 2018.<br />
Em <strong>2017</strong>, o PRÊMIO REFERÊNCIA prezou pela diversidade.<br />
Trabalhos com aportes simples e grandiosos tiveram<br />
espaço semelhante. Antes do anúncio dos premiados, foi<br />
apresentada aos convidados do evento, a criação do Espaço<br />
Madeira para a ForMóbile 2018, feira realizada em São<br />
Paulo (SP). O local será dedicado a promover ainda mais o<br />
segmento de madeira maciça no mercado, idealizado pelo<br />
GRUPO JOTA com apoio da Abimci (Associação da Indústria<br />
de Madeira Processada Mecanicamente), serão dez empresas<br />
referências do setor que apresentarão seus lançamentos<br />
dedicados ao segmento.<br />
na feira uma área de mais de 300 m² (metros<br />
quadrados) com produtos e serviços ligados ao segmento<br />
e, além disso, um espaço com palestras e conteúdo voltado<br />
para este público. Essa parceria tem como objetivo valorizar<br />
o setor e levar aos fabricantes de móveis, arquitetos, marceneiros<br />
e revendas mais possibilidades na fabricação dos<br />
móveis”, comenta Tatiano Segalin, Show Manager da For-<br />
Móbile.<br />
Para Fábio Machado, diretor comercial do GRUPO JOTA,<br />
a importância da ForMóbile para o setor da madeira é muito<br />
significativa, já que a expectativa do mercado para o próximo<br />
ano é de forte crescimento e a feira estará no centro desse<br />
acontecimento. “A realização do evento na cidade de São<br />
Paulo facilita o contato entre fornecedores e empresas de<br />
regiões distantes de nosso país, pois, a capital paulista fica<br />
praticamente no centro do Brasil e com inúmeras opções de<br />
transporte aéreo”, complementa.<br />
CONHEÇA OS 10 DESTAQUES DO ANO E O MOTIVO DE CADA ESCOLHA<br />
ABTCP<br />
Claudia D'Amato do Marketing da Abtcp e<br />
Fábio Alexandre Machado, diretor comercial do<br />
GRUPO JOTA<br />
O associativismo é a base para que um setor evolua, conquiste espaço<br />
e cresça. Neste ano a Abtcp (Associação Brasileira Técnica de Celulose e<br />
Papel) comemora meio século de história. Ao longo deste tempo a entidade<br />
mostrou caminhos e as tendências mundiais deste setor tão dinâmico,<br />
principalmente, por meio do congresso que realiza anualmente. A<br />
capacitação profissional e pessoal, tão importante quanto os avanços tecnológicos,<br />
também parte dos objetivos centrais da Abtcp, assim como a<br />
disseminação de conhecimento por meio da publicação técnica de produção<br />
própria. "Gostaria de agradecer essa homenagem dedicada à associação.<br />
Desde a sua fundação, nos dedicamos ao desenvolvimento técnico de<br />
profissionais, sempre buscando acompanhar os novos tempos", afirmou<br />
Claudia D'Amato, do Departamento de Marketing da Abtcp.<br />
DEZEMBRO | 51
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
COMPENSADOS CONFIANÇA<br />
Ademar Morgan, representante da<br />
Compensados Confiança e Pedro Bartoski Jr.,<br />
diretor executivo do GRUPO JOTA<br />
Representante do setor produtivo do norte do país, a Compensados<br />
Confiança utiliza o paricá para a confecção de seus produtos. A espécie<br />
nativa é plantada, possui grande qualidade e rápido crescimento. Ao lado<br />
de mais duas indústrias, ela é responsável por boa parte da renda gerada<br />
em Rondon do Pará (PA). A companhia tem um trabalho para o fomento<br />
do plantio florestal com assentados em áreas próximas. É uma parceria<br />
com órgãos governamentais para fornecer insumos e técnicas a agricultores<br />
que terão na floresta outra fonte de renda. "É uma honra estar aqui<br />
esta noite recebendo esse prêmio, realmente, é um incentivo para a indústria.<br />
Os grandes homenageados desta noite do nosso setor deveriam<br />
ser a equipe do GRUPO JOTA, que tanto faz pelo nosso setor", discursou<br />
Ademar Morgan, representante Comercial para o sul do país e agente de<br />
exportação.<br />
CONCREM WOODS<br />
Joseane Knop, diretora de Negócios do<br />
GRUPO JOTA, Silvano D'Agnoluzzo, diretor<br />
da Concrem Wood<br />
A Concrem Wood Agroindustrial é uma moderna empresa, criada em<br />
2013 para a fabricação de portas de madeira de plantios florestais e componentes.<br />
Com sede em Dom Eliseu (PA), os produtos fabricados pela<br />
indústria conquistaram a certificação da Abnt (Associação Brasileira de<br />
Normas Técnicas) para Portas de Madeira para Edificações. A empresa faz<br />
parte da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente) e é integrante do PSQ (Programa Setorial de Qualidade).<br />
"Com muito orgulho venho lá do Pará para receber esse prêmio. É um reconhecimento<br />
muito bom para o nosso setor, que a cada vez busca mais a<br />
sustentabilidade", Silvano D'Agnoluzzo, diretor da Concrem Wood.<br />
FIBRIA<br />
Caio Zanardo, diretor florestal da Fibria e Fábio<br />
Machado, diretor comercial do GRUPO JOTA<br />
Sobraram motivos para a escolha da quarta premiada. Não bastasse a<br />
presença internacional no competitivo mercado de celulose e os avanços<br />
tecnológicos na logística florestal com a introdução do pentatrem e do viveiro<br />
de mudas automatizado, <strong>2017</strong> é o ano de inauguração da nova planta<br />
industrial de Três Lagoas (MS). O prêmio não foi conquistado somente pelos<br />
números estratosféricos que a companhia atingiu, mas pela incansável<br />
vontade de evoluir e inovar. "Em nome da Fibria, é uma satisfação receber<br />
esse prêmio, <strong>2017</strong> foi um ano que marcou uma nova fronteira, com o projeto<br />
em Três Lagoas", afirmou Caio Zanardo, diretor florestal.<br />
52 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
GRUPO LWART<br />
O Grupo Lwart criou um forte laço com o povo de Lençois Paulistas<br />
(SP). Entre as iniciativas estão ações ligadas à cultura, esporte, lazer e preservação<br />
do meio ambiente. Em junho, o grupo apresentou uma mostra<br />
com arte digital. Com a temática: Conscientizar para Preservar; em comemoração<br />
ao Mês do Meio Ambiente, foram realizadas oficinas do projeto:<br />
Comitiva Arte Digital; voltadas para adolescentes. Ajudou a reunir mais de<br />
2 mil pessoas na corrida e caminhada de rua em Lençois Paulista e neste<br />
ano passou a patrocinar também o time de basquete de Bauru, que tem a<br />
torcida dos moradores de toda a região. Vinícius Cordeiro da Silva, recebeu<br />
o prêmio em nome do departamento de comunicação do Grupo Lwart.<br />
Pedro Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO<br />
JOTA e Vinícius Cordeiro da Silva, representante<br />
da Comunicação do Grupo Lwart<br />
MADVEI<br />
Atender as expectativas do cliente. Este é o objetivo de várias empresas,<br />
mas poucas conseguem atingir. Entre as que têm sucesso está a<br />
Madvei, fabricante de produtos de madeira tratada e in natura. Neste ano,<br />
a empresa inaugurou novo showroom na capital paranaense. Apesar da<br />
crise, a empresa acreditou no mercado e, principalmente, continua acreditando<br />
no mercado para a madeira. "É um orgulho estar recebendo essa<br />
homenagem e agradecer também a REVISTA REFERÊNCIA, que sempre<br />
mostra as tendências no nosso setor. No meio de tanta corrupção, tentamos<br />
enxergar horizontes melhores", Joaquim Marcos Iensue, diretor da<br />
empresa.<br />
Joaquim Marcos Iensue, diretor da Madvei e<br />
Joseane Knop, diretora de Negócios do<br />
GRUPO JOTA<br />
GRANOL<br />
Sustentabilidade é uma palavra que há algum tempo anda na moda.<br />
Para saber como é na prática basta visitar a Fazenda Modelo II da Granol,<br />
em Ribas do Rio Pardo (MS). Nos 7,6 mil ha (hectares) realiza a integração<br />
lavoura-pecuária-floresta e conta também com uma moderna serraria,<br />
com alto aproveitamento da matéria-prima, eucalipto plantado de<br />
alta qualidade. O empreendimento todo foi pensado em gerar o mínimo<br />
de impacto possível, dar oportunidade para quem mora na localidade e<br />
captar carbono por meio de práticas sustentáveis. "É um prazer estar em<br />
Curitiba (PR) recebendo esse prêmio em nome do grupo Granol. Prezamos<br />
pela palavra sustentabilidade há muitos anos. Isso dá valor a nossa<br />
empresa", Carlos Marinho Júnior, coordenador da Unidade Serraria.<br />
Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />
do GRUPO JOTA e Carlos Marinho Júnior,<br />
coordenador da Unidade Serraria da Granol<br />
DEZEMBRO | 53
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
MADESCH<br />
Neri Schlemper, diretor da Madesch e Pedro<br />
Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO JOTA<br />
O mundo quer ficar em harmonia com o meio ambiente. São empresas<br />
como a Madesch que tornam isto possível. A empresa mereceu figurar<br />
entre as premiadas pelo destaque nacional em construções sustentáveis<br />
e eficientes com madeiras de reflorestamento tratadas. A indústria realiza<br />
todas as etapas do processo, beneficiamento das madeiras, transporte,<br />
projeto e execução das obras. Entre os empreendimentos de <strong>2017</strong> está o<br />
galpão em madeira tratada com área livre de 2.500 m² (metros quadrados).<br />
Além da obra de alto padrão, um wine bar localizado dentro de uma vinícola<br />
catarinense que conta ainda com uma incrível cobertura de grama natural.<br />
"Não temos muitas palavras: muito obrigado em nome da nossa família<br />
e do Grupo Madesch", discursou o diretor da empresa, Neri Schlemper.<br />
MADTRAT<br />
Joseane Knop, diretora de Negócios do GRUPO<br />
JOTA, entre os sócios Jackson Cesar Correa<br />
Alves e Jacyr Correa Alves<br />
Para mostrar os benefícios da madeira tratada e ampliar o conhecimento<br />
de quem comercializa os produtos diretamente com o público,<br />
a Madtrat criou o Projeto Expedição da Madeira. Com o apoio de lojas<br />
parceiras a fabricante de produtos madeireiros aproxima a indústria do<br />
consumidor final e colabora para o entendimento mais amplo dos benefícios<br />
que a matéria-prima traz ao meio ambiente, economia e sociedade.<br />
“Esse projeto visa levar um pouco mais de informação sobre o nosso setor<br />
da preservação de madeira e a REFERÊNCIA tem sido difusora dessa<br />
informação no âmbito nacional”, comentou Jackson Cesar Correa Alves,<br />
sócio da empresa. “Isto só é possível por meio de ações como essa, que<br />
nos motiva e aumenta a nossa responsabilidade". Completou ao receber<br />
o prêmio.<br />
REFLORESTAR SERVIÇOS FLORESTAIS<br />
Fábio Alexandre Machado, diretor comercial do<br />
GRUPO JOTA e Ataíde Lopes da Silva, diretor da<br />
Reflorestar Serviços Florestais<br />
A colheita mecanizada de madeira e o transporte florestal exigem das<br />
empresas conhecimento técnico e muita competitividade. A Reflorestar<br />
Serviços Florestais reúne estes dois aspectos. Em <strong>2017</strong>, obteve resultados<br />
incomparáveis na condução das atividades que presta em áreas de grandes<br />
empresas florestais, por meio de práticas responsáveis, respeito aos<br />
colaboradores e capacidade para alcançar metas de produtividade por<br />
m³ (metro cúbico) de madeira colhida, processada e transportada até a<br />
fábrica. "Gostaria de agradecer imensamente a Revista e às pessoas que<br />
nos indicaram. Agradecer as empresas, também, que são o palco em que<br />
mostramos nosso trabalho, e a todos que nos ajudaram a prestar um bom<br />
serviço", finalizou o diretor da empresa, Ataíde Lopes da Silva.<br />
54 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Raul Garcia e Marcel Vieira<br />
Claudia D’Amato<br />
CONFIRA<br />
QUEM MARCOU<br />
PRESENÇA<br />
NO PRÊMIO<br />
REFERÊNCIA <strong>2017</strong><br />
Fotos: Marcos Mancinni<br />
Ataíde Lopes da Silva<br />
Joaquim Iensue, Solange Telma, Fabricio<br />
Mahssan e Luciane do Prado<br />
CLICK<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Eduardo Rechenberg e Joseane Knop<br />
Neri Schlemper Jr. e Neri Schlemper<br />
Altair de Oliveira e Marcelo Vieira<br />
Eduardo Silva Lopes e Felipe de Oliveira<br />
Caio Zanardo e Tomás Balistiero<br />
Kleber Pereira e Natara Evelin<br />
DEZEMBRO | 55
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
Equipe Madvei<br />
Gilberto Abrão Jr. e Olavo Rodrigues<br />
Jackson Alves e Ebraim Malaquias Jr.<br />
Rômulo Lisboa<br />
Valéria Brizola e Tatiano Segalin<br />
Jucelene D’Agnoluzzo e Silvano D’Agnoluzzo<br />
Teofilo Marien, José Carlos e Silvio Lima<br />
Janete Morgan e Ademar Morgan<br />
CLICK<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Josias Scrock e Elizabete Scrock<br />
Rodrigo Lopes e Waldemar Lopes<br />
56 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Pedro Bartoski Jr., Valéria Brizola e<br />
Tatiano Segalin<br />
Erick Mandarino, Pâmela Mandarino e<br />
Soraya Pacheco<br />
CLICK<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
José Domingues Mendes<br />
Antonio Marinho e Silvio Marinho<br />
Mira Graçano e Toni Casagrande<br />
Manuel Ribeiro e Rosilda Ribeiro<br />
Pedro Bartoski Jr., Joseane Knop e<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
Fábio Alexandre Machado, Tatiano Segalin, Valéria<br />
Brizola, Joseane Knop e Pedro Bartoski Jr.<br />
Fernando Strobel e Fábio Alexandre Machado<br />
Fábio Buttenbender<br />
DEZEMBRO | 57
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
DESAFIOS DA<br />
ARQUITETURA<br />
EM MADEIRA<br />
Fotos: divulgação<br />
ESTUDO REALIZADO PELO PROGRAMA MADEIRA É LEGAL ENFATIZA<br />
A DIFICULDADE DA FALTA DE INFORMAÇÃO PARA IMPLEMENTAR<br />
PROJETOS ARQUITETÔNICOS EM MADEIRA NO BRASIL<br />
H<br />
oje, 57% dos grandes escritórios de arquitetura paulistanos<br />
enfrentam desafios para incluir madeira<br />
sustentável em seus projetos. É o que aponta pesquisa<br />
intitulada Especificação de Madeira nos Escritórios de<br />
Arquitetura, realizada pelo WWF-Brasil e Asbea (Associação<br />
Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), no âmbito do Programa<br />
Madeira é Legal.<br />
A pesquisa envolveu 28 escritórios de arquitetura na capital<br />
paulista e constatou que 71% dos participantes têm dificuldades<br />
de incluir o uso da madeira em seus projetos, devido à<br />
falta de informação relacionada a custos, manutenção e durabilidade<br />
do material. A maioria, que corresponde a 68% dos<br />
escritórios que utilizam madeira em seus projetos, opta por<br />
matérias-primas de espécies plantadas, principalmente o pinus<br />
e o eucalipto. Os demais escritórios optam pela utilização<br />
de madeiras de origem nativa.<br />
Arquitetos revelaram ainda que muitos dos seus clientes<br />
têm a ideia de que os produtos madeireiros são de baixa<br />
durabilidade e exigem muita manutenção. Outra dificuldade<br />
apontada é a concorrência com materiais que tentam copiar<br />
os veios e texturas naturais da madeira, tais como os porcelanatos,<br />
recobrimentos vinílicos e componentes metálicos<br />
como o alumínio.<br />
CULTURA DA MADEIRA<br />
No Brasil, o número de adeptos à chamada cultura da<br />
bricolagem e do faça você mesmo ainda está em fase de<br />
crescimento. Diferentemente dos EUA (Estados Unidos da<br />
América), onde os materiais são acessíveis e a mão de obra<br />
representa custo elevado, no Brasil a tradição é pagar pela<br />
execução das manutenções. A falta de familiaridade com<br />
produtos, procedimentos e respectivos custos que vêm com<br />
a prática e, literalmente, a mão na massa, também atua como<br />
barreira ao aprendizado de novos processos e técnicas de pequenos<br />
reparos residenciais no dia a dia.<br />
Materiais como o porcelanato, que imitam madeira, constituem<br />
alternativa bem menos vantajosa do que a propaganda<br />
alardeia. Ao contrário da madeira, materiais cerâmicos estão<br />
sujeitos a trincas e lascas que evidenciam tratar-se de uma<br />
mera imitação. Madeira é material 100% renovável, naturalmente<br />
sujeito a trincas, mas quando lasca expõe ainda mais<br />
o seu caráter renovável. Cerâmicas vêm do extrativismo que<br />
exaure recursos da natureza. Peças de madeira, mesmo que<br />
antigas, podem ser trocadas facilmente por similares sob medida,<br />
enquanto a troca de peças cerâmicas remete aos ‘cemitérios<br />
de azulejos’ e dificuldades redobradas na manutenção.<br />
Mudanças de atitude em relação à madeira dependem<br />
58 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
de uma nova percepção do usuário em relação aos materiais<br />
usados na obra. Produtos madeireiros legais incorporam requisitos<br />
que fazem a diferença. São sustentáveis, têm alta<br />
durabilidade e demandam pouca manutenção, o que ajuda a<br />
reduzir custos. A troca de uma peça de madeira é mais fácil,<br />
com muito menos sujeira do que ocorre com alvenaria. Além<br />
do quebra-quebra, os prazos muitas vezes não são cumpridos.<br />
Cadeia de valor – Da madeira maciça aos resíduos, praticamente<br />
tudo pode ser aproveitado. Resíduos deixados ao<br />
final da obra podem ser aproveitados em jardinagem ou geração<br />
de energia. Os 3 R’s da sustentabilidade – Reduzir,<br />
Reutilizar e Reciclar – estão presentes em cada peça de madeira,<br />
ajudando a diminuir a pressão sobre florestas nativas.<br />
Mobiliário e pisos podem ser feitos com peças de descarte<br />
como cruzetas e dormentes. Rejeitos de alvenaria muitas vezes<br />
são descartados até de modo irregular.<br />
A reutilização conta uma história de uso da madeira que<br />
agrega valor ao imóvel. No Sul do Brasil, por exemplo, os<br />
pioneiros imigrantes alemães, italianos e poloneses, entre<br />
outros, construíram casas de madeira. São centenárias e comprovam<br />
a durabilidade do material, quando bem preservados<br />
e utilizados com inteligência. Vidas e culturas diversas foram<br />
abrigadas por elas durante anos, assim as peças de madeira<br />
ganham valor histórico, além do econômico. O mercado busca<br />
por matérias-primas com essas características, recorrendo<br />
a técnicas de marcenaria. Designers e arquitetos de interio-<br />
res aplicam a pátina, processo que dá aspecto envelhecido à<br />
madeira, preservando as suas marcas naturais, além daquelas<br />
que vieram com o tempo.<br />
Tecnologias que prolongam a vida útil da madeira nas<br />
construções são bem-vindas. Matéria-prima de espécies reflorestadas,<br />
tratadas em autoclave de acordo com a norma<br />
das categorias de uso, são duráveis e a manutenção requerida<br />
é compatível com a de outros materiais construtivos como<br />
concreto ou metais. A matéria-prima de espécies nativas<br />
também ganha em beleza e durabilidade, com acabamentos<br />
protetores de alto desempenho. Dizer que madeira dura menos,<br />
ou que sua manutenção deve ser mais frequente que a de<br />
outros materiais construtivos, é o paradigma a ser rompido.<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MADEIRA TRATADA<br />
TENDÊNCIA<br />
ECONÔMICA<br />
60 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFORMAS DE PONTES COM<br />
MADEIRA TRATADA UNEM<br />
ECONOMIA À DURABILIDADE EM<br />
CIDADES INTERIORANAS<br />
Fotos: divulgação<br />
TODA A<br />
ESTRUTURA DE<br />
MADEIRA E DAS<br />
TELAS LATERAIS<br />
FORAM RETIRADAS<br />
E SUBSTITUÍDAS<br />
POR NOVAS<br />
A<br />
Prefeitura de Guabiruba (SC) trabalhou na reforma<br />
da ponte pênsil, que liga a rua André<br />
Decker, Lageado Baixo, em Guabiruba, à Cristalina,<br />
em Brusque, durante boa parte deste ano. Situação<br />
semelhante aconteceu em Tubarão (SC), situada no<br />
mesmo Estado, em que a segurança dos moradores foi<br />
motivo de novas instalações darem lugar às anteriores.<br />
Mais do que uma mera coincidência, a utilização de madeira<br />
tratada em cidades do interior, seja para pontes ou<br />
parques, é uma tendência concreta. Além de ser um material<br />
com alta durabilidade, seu custo benefício também<br />
é visto pelos municípios como um diferencial.<br />
Em Tubarão, a ponte que recebeu manutenção foi a<br />
da Unisul. Toda a estrutura de madeira e das telas laterais<br />
foram retiradas e substituídas por novas. Pilares e o<br />
quebra-corpo também foram reformados. Além disso,<br />
DEZEMBRO | 61
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MADEIRA TRATADA<br />
uma nova iluminação foi implantada em toda a extensão,<br />
assegurando uma travessia tranquila aos pedestres.<br />
“Para manter a durabilidade das pontes é necessária a<br />
conscientização dos usuários para que utilizem exclusivamente<br />
para passagem de pedestres, limitando a travessia<br />
com motocicleta, à cavalo ou para transporte de<br />
animais”, explica o secretário de obras de Tubarão, Eraldo<br />
Pereira da Silva. “A reforma foi simples, porém essencial:<br />
utilizamos cerca de 30 m³ (metros cúbicos) na ponte, tratados<br />
com o preservativo CCA. A parceria com madeireiras<br />
da região foi o que nos garantiu economia, pois cederam<br />
o material para a Prefeitura.”<br />
A atual estrutura estava interditada desde o dia 16 de<br />
outubro de 2016, quando um vendaval atingiu Tubarão e<br />
acabou destruindo boa parte da ponte que liga a Guarda<br />
Margem Esquerda à comunidade do Km 63. A obra foi<br />
“A REFORMA FOI<br />
SIMPLES, PORÉM<br />
ESSENCIAL:<br />
UTILIZAMOS<br />
CERCA DE 30 M³<br />
CÚBICOS NA PONTE,<br />
TRATADOS COM O<br />
PRESERVATIVO CCA”<br />
DIZ O SECRETÁRIO DE<br />
OBRAS<br />
O ANTES E DEPOIS DA<br />
PONTE EM GUABIRUBA;<br />
INSEGURANÇA FOI<br />
PRINCIPAL MOTIVO DA<br />
REFORMA<br />
62 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
executada pela empresa tubaronense Delt Construções<br />
ao custo de R$ 135 mil, com duração de três meses.<br />
Já em Guabiruba, a ponte passava por muita insegurança<br />
antes da reforma. Inaugurada em abril de 1998, a<br />
estrutura nunca havia passado por uma reforma expressiva.<br />
Neste ano, teve nova plataforma e madeira substituída<br />
na parte pertencente ao município guabirubense. “A<br />
madeira implantada é tratada. O conserto já foi concluído<br />
e, agora, ela está liberada”, afirma Jair Antônio Brambila,<br />
secretário de infraestrutura da cidade.<br />
“Aqui é ligação de três municípios: Guabiruba, Brusque<br />
e Botuverá, porque Botuverá é muito perto daqui. E<br />
tem muitos moradores de Guabiruba que trabalham em<br />
Botuverá e vice e versa e utilizam a ponte diariamente e<br />
em dois horários”, relata. “A parte final da ponte foi construída<br />
pelos moradores do Lageado, Cristalina e Dom Joaquim<br />
com a assistência da Prefeitura e já fizemos várias<br />
reformas neste período. Foram utilizados, estimo, por<br />
volta de 65 m³ nessas obras, com tratamento preservativo.”<br />
INAUGURADA EM<br />
ABRIL DE 1998, A<br />
ESTRUTURA EM<br />
GUABIRUBA NUNCA<br />
HAVIA PASSADO<br />
POR UMA REFORMA<br />
EXPRESSIVA
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EVENTO<br />
O FUTURO É<br />
LOGO ALI<br />
Fotos: divulgação<br />
PESQUISAS DA FIEP INDICAM O<br />
CAMINHO PARA INOVAR COM<br />
AÇÕES PIONEIRAS<br />
esquisas inéditas realizadas pela Fiep (Federação<br />
das Indústrias do Paraná) e apresentadas, em novembro,<br />
mostram o panorama da inovação e da<br />
P<br />
sustentabilidade entre as empresas no Estado.<br />
A Bússola da Inovação, como é conhecida, está na<br />
terceira edição e revela dados sobre os esforços, a gestão<br />
e os resultados referentes à implantação de ações<br />
inovadoras. Já a Bússola da Sustentabilidade é o primeiro<br />
levantamento da instituição sobre o tema e traz o cenário<br />
de práticas de sustentabilidade.<br />
Os estudos foram realizados pelos Observatórios Sistema<br />
Fiep, área da instituição que se dedica à pesquisa,<br />
prospecção, planejamento e articulação com vistas ao<br />
desenvolvimento da indústria paranaense.<br />
Quando o assunto é inovação o levantamento mostra<br />
que pouco mais da metade das indústrias – 52% – realiza<br />
atividades de pesquisa e desenvolvimento. Entre as novas<br />
práticas, 55% foram para a criação de novos produtos. Mas<br />
também ações para melhorar a gestão são realidades em<br />
boa parte – 44% – das indústrias. Outras 38% afirmaram<br />
que inovam nos processos produtivos (o resultado é supe-<br />
rior a 100% porque algumas empresas inovam em mais de<br />
uma dessas áreas).<br />
Outro dado que chama a atenção é que 59% das empresas<br />
utilizam recursos próprios para inovar. Entre as 41%<br />
que captam recursos externos para isso, apenas 20% do<br />
dinheiro vêm de fontes públicas. Quanto ao investimento<br />
realizado, 36% das empresas afirmam investir acima de 5%<br />
de seu faturamento em inovação, sendo que 43% revelam<br />
ter obtido acima de 5% do faturamento graças aos projetos<br />
de inovação desenvolvidos.<br />
Já quando questionadas sobre quais atividades contribuíram<br />
muito para inovação, 27% das indústrias apontaram<br />
a compra de máquinas, equipamentos e outros bens de<br />
capital. Em seguida, vieram os treinamentos, com 24%, e<br />
aquisição de conhecimentos externos, com 23%. E, entre<br />
as práticas internas de estímulo à inovação muito presente,<br />
a principal é o trabalho em equipe – indicada por 50% das<br />
empresas.<br />
Um dado preocupante revelado pela Bússola da<br />
Inovação é o baixo índice de proteção que as indústrias<br />
paranaenses dispensam para suas inovações. Apenas 10%<br />
64 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
afirmam recorrer a patentes, enquanto 19% se utilizam de<br />
acordos confidenciais e 30% registram suas marcas.<br />
Na primeira edição, a Bússola da Sustentabilidade<br />
revelou que o emprego da sustentabilidade no modo de<br />
produzir foi um dos itens de destaque, com 4,2 pontos,<br />
dentro de um score de 0 a 10.<br />
Dentro das parcerias institucionais que as empresas<br />
avaliadas buscaram, a sustentabilidade também aparece<br />
na cadeia de valor do negócio – desde a produção até a<br />
distribuição – é uma preocupação da maioria das respondentes.<br />
Neste quesito, as indústrias alcançaram 4,8 pontos.<br />
Além disso, pesquisa, desenvolvimento e inovação<br />
para sustentabilidade já são realidade em 27% das indústrias,<br />
elas disseram que têm consciência da necessidade<br />
de investir para uma boa gestão na organização.<br />
As indústrias também mostraram que entendem a<br />
importância de participar de ações associativas e sindicais<br />
para a melhoria da sustentabilidade na indústria, 43% delas<br />
disseram ser engajadas neste tipo de ação.<br />
SOBRE A PESQUISA<br />
A Bússola da Inovação está na terceira edição e coletou<br />
dados de 503 indústrias, de 19 setores, instaladas em 91<br />
municípios do Paraná. Os dados foram coletados entre<br />
junho e dezembro de 2016 e compilados ao longo de <strong>2017</strong>.<br />
A Bússola da Sustentabilidade é uma iniciativa do Sistema<br />
Fiep com o intuito de desmistificar e tornar prático o<br />
conceito de sustentabilidade no cotidiano das indústrias<br />
e promover o entendimento de que sustentabilidade e<br />
competitividade andam juntas. Participaram da primeira<br />
edição do estudo 154 indústrias, que estão em 48 municípios,<br />
de 20 setores industriais. Entre as participantes estão,<br />
na maioria, micro e pequenas indústrias, 75% delas. Os setores<br />
que tiveram maior volume de respondentes foram TI,<br />
Madeira e Móveis, Alimentos e Bebidas e Metalmecânico.<br />
As indústrias participantes dos dois estudos realizaram<br />
sua autoavaliação em uma plataforma on-line, recebendo<br />
imediatamente um resultado personalizado, com orientações<br />
e informações para suas tomadas de decisão. A consolidação<br />
desses resultados em uma perspectiva estadual<br />
retrata a situação das indústrias paranaenses em relação<br />
aos processos que conduzem à inovação.<br />
Em 2018, o Sistema Fiep Fiep lança a próxima edição<br />
da Bússola da Inovação. Os dados da segunda edição do<br />
panorama da Bússola da Sustentabilidade serão divulgados<br />
em 2019.<br />
DEZEMBRO | 65
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
ANÁLISE DO<br />
PROCESSO DE<br />
LIXAMENTO NA<br />
MADEIRA DE PINUS E<br />
EUCALIPTO<br />
Fotos: divulgação<br />
MARIANE ALVES DA FONSECA<br />
Mestre em Engenharia Mecânica pela Unesp (Universidade Estadual Paulista)<br />
RESUMO<br />
O<br />
setor madeireiro vem se ampliando, em torno<br />
de sua cadeia produtiva, como por exemplo<br />
madeira serrada, painéis, celulose, lâminas<br />
entre outros produtos constituídos de madeira. O processamento<br />
da madeira, gera imperfeições, havendo necessidade<br />
de processos de acabamento, como é o caso<br />
do processo de lixamento. O objetivo do lixamento é realizar<br />
correções das imperfeições, originadas de processos<br />
anteriores, irregularidades geradas pela anatomia da<br />
madeira, tipos de ferramenta, sentido de corte e outros.<br />
Visando melhor atender a qualidade superficial de produtos<br />
madeireiros, trabalhando de maneira à destiná-las ao<br />
seus devidos padrões de acabamento. Estes procedimentos<br />
são necessários para que posteriormente possam receber,<br />
tintas, vernizes, selantes entre outros produtos<br />
para otimização da qualidade dos produtos madeireiros.<br />
O processo de lixamento é influenciado por fatores<br />
como, tipo de lixa, sentido de lixamento com relação às<br />
fibras, granulometria de lixas, pressão específica, entre<br />
outras variáveis. O presente trabalho estudou-se o lixamento<br />
plano em duas espécies de madeira, Pinus elliottii<br />
e Eucalyptus saligna, lixados paralelo e perpendicular ás<br />
fibras, verificando a influência da variação das granulometrias<br />
de lixa (P30, P40, P80, P100, P120, P220, P320 e<br />
P400), de grãos abrasivos de óxido de alumínio. Foram<br />
medidos os parâmetros de rugosidade Ra e Rt, temperatura,<br />
vibração, emissão sonora e potência consumida durante<br />
o processo, visando a otimização do processo, em<br />
economia de tempo e custos. Pode-se observar que a madeira<br />
de pinus, no sentido perpendicular às fibras obteve<br />
a menor rugosidade com granulometria de acabamento.<br />
O acabamento superficial não é melhorado à partir de um<br />
determinado tamanho de grãos abrasivo devido a anatomia<br />
da madeira.<br />
66 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
INTRODUÇÃO<br />
Segundo o Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
- 2015) o Brasil tem aumentado consideravelmente<br />
suas florestas focando nas madeiras de reflorestamento.<br />
Tendo a segunda maior cobertura florestal mundial,<br />
estando apenas atrás da Rússia, representando cerca de<br />
14% das florestas mundiais.<br />
De extrema relevância a infinidade de produtos madeireiros<br />
que estão no nosso dia a dia, como por exemplo<br />
as mesas de jantar, cadeiras, colher de pau, armário, assoalho,<br />
entre outros.<br />
Para o setor madeireiro obter seus distintos produtos,<br />
a madeira necessita ter sua forma alterada sendo<br />
esta mudança realizada na grande maioria das vezes<br />
através de processos de usinagem como fresamento, lixamento,<br />
torneamento, serramento, etc.<br />
O lixamento é um processo de usinagem não convencional,<br />
baseada no abrasão de grãos abrasivos sobre<br />
a peça e tem a função de melhorar o acabamento superficial,<br />
garantindo dimensões e rugosidades adequadas.<br />
Por ser um processo subsequente às usinagens primárias,<br />
deve ser realizado somente quando os processos<br />
anteriores não forem capazes de assegurar o acabamento<br />
superficial. Este processo é realizado devido a falhas<br />
geradas em consequência à anatomia da madeira pela<br />
sua heterogeneidade ou falhas de usinagem.<br />
Indústrias madeireiras, principalmente indústrias de<br />
móveis e de painéis, utilizam-se do lixamento na fabricação<br />
de seus produtos tornando esse estudo fundamental<br />
para melhorar o processo buscando tornando-o mais eficaz<br />
e mais eficiente.<br />
Aprofundar o conhecimento do processo de lixamento<br />
em madeiras de reflorestamento torna-se necessário<br />
para melhoria do processo e qualidade dos produtos finais<br />
como painéis, móveis, entre outros.<br />
DEZEMBRO | 67
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
Existe uma infinidade de tamanhos de grãos para<br />
lixas e diferentes materiais de grãos abrasivos para lixamento<br />
de madeira. No entanto, o material madeira é<br />
muito heterogêneo, com defeitos anatômicos como por<br />
exemplo poros, grã reversa que dificultam a obtenção de<br />
boas qualidades superficiais. Dessa forma, conhecer os<br />
parâmetros do processo de lixamento da madeira pode<br />
representar diminuição de custos e otimização dos trabalhos.<br />
Como hipótese deste trabalho afirma-se que existe<br />
um tamanho de grãos de lixa acima do qual a qualidade<br />
superficial não é mais melhorada em função das características<br />
do material.<br />
Para verificar esta hipótese, o estudo desenvolvido<br />
nesta pesquisa é direcionado ao processo de lixamento<br />
plano da madeira, de Pinus elliottii e Eucaplyptus salignaI,<br />
realizado paralelamente e perpendicular às fibras, sendo<br />
mantidos fixos velocidade de corte e tipo de grão abrasivo,<br />
e variando granulometria de lixa (30, 40, 80, 100, 120,<br />
220, 320 e 400 mesh).<br />
Estas condições foram estabelecidas, para verificar<br />
se as mesmas influenciam nas variáveis de saída (emissão<br />
sonora, vibração, temperatura, rugosidade, potência).<br />
MADEIRA DE REFLORESTAMENTO<br />
No Brasil as árvores plantadas comercialmente são<br />
de espécies exóticas (eucalipto, pinus, teca entre outras)<br />
ou nativas (dentre elas araucária e paricá). O reflorestamento<br />
é feito embasado em planos de manejo sustentável,<br />
onde os mesmos têm foco de redução de impactos<br />
ambientais e induzir desenvolvimento econômico e social<br />
das comunidades vizinhas.<br />
O Brasil possui cerca de 0,9 % do território nacional<br />
de área plantada, sendo 91% de madeiras utilizadas para<br />
fins industriais de árvores plantadas e os outros 9% proveniente<br />
de florestas nativas legalmente remanejadas.<br />
A pressão e a degradação de ecossistemas naturais são<br />
evitadas com o auxílio de árvores plantadas, e ainda contribuem<br />
positivamente para o fornecimento de biomassa<br />
florestal, lenha e carvão de origem vegetal. Protegem a<br />
biodiversidade evitando o desmatamento de habitats naturais,<br />
também a preservação do solo e as nascentes dos<br />
rios, recuperam áreas degradadas, são fontes de energias<br />
renováveis e contribuem para a redução das emissões de<br />
gases naturais causadores do efeito estufa por serem estoques<br />
naturais de carbono. (IBÁ, 2015)<br />
Para garantir as boas práticas de manejo florestal e<br />
a origem sustentável dos produtos oferecidos pelos produtores<br />
de árvores plantadas para com os consumidores,<br />
existem as certificações como ferramenta para negociação<br />
destes. Estas certificações e selos, existem para atestar<br />
desde qualidade dos produtos bem como realização<br />
ambientalmente correta do manejo florestal visando aspectos<br />
sociais e ambientais. (IBÁ, 2015)<br />
SE PARA A INDÚSTRIA<br />
O ESSENCIAL É<br />
DIMINUIR O CONSUMO<br />
DE POTÊNCIA NOS<br />
PROCESSOS DIÁRIOS,<br />
PODE-SE TRABALHAR<br />
TRANQUILAMENTE<br />
COM AS DUAS<br />
ESPÉCIES<br />
68 |<br />
Todos os procedimentos realizados com as madeiras<br />
de reflorestamentos, desde o plantio inicial até a colheita<br />
é enquadrado em padrões e políticas criadas para que gerem<br />
a certificação, visando o menor impacto ambiental<br />
possível e na otimizando os benefícios socioambientais<br />
da produção. Tendo como objetivo central a melhoria<br />
contínua dos processos produtivos, eficiência nas atividades<br />
florestais e industriais, visando redução de perdas e<br />
impactos potenciais. As certificações são intrínsecas para<br />
a estratégia operacional das empresas, inseridas em toda<br />
cadeia produtiva. (IBÁ, 2015).<br />
O processo de certificação é realizado através de<br />
auditoria verificando desde as mudas, procedimentos<br />
de plantio, colheita até indústria, aplicando avaliações<br />
relacionados aos impactos ambientais e as comunidades<br />
entorno, segurança e saúde dos colaboradores, e a<br />
conformidade com a legislação municipal, estadual e<br />
federal. A FSC ( Forest Stewardship Council), o Cerflor<br />
(Programa Nacional de Certificação Florestal) e o Pefc (<br />
sistema internacional Programme for the Endorsement<br />
of Forest Certification Systems são certificações de maior<br />
reconhecimento, cerca de 63% dos hectares plantados<br />
no Brasil são certificados por estas entidades. (IBÁ, 2015)<br />
O setor madeireiro em 2014 teve uma receita bruta<br />
totalizando R$60,6 bilhões o que representa 5,5% do PIB<br />
(Produto Interno Bruto) industrial. As exportações brasileiras<br />
obtiveram equivalente a 3,8% somando US$ 8,4<br />
bilhões. Este setor é responsável em torno de 4,2 milhões<br />
de empregos diretos, indiretos e resultantes do efeito<br />
renda. A partir do ano de 2014 a 2020, estão sendo dewww.referenciaindustrial.com.br
senvolvidos projetos, cujos em andamentos ou previstos,<br />
que focam aumentos dos plantios, ampliação de fábricas,<br />
e novas unidades chegando em torno da ordem de R$53<br />
bilhões. (IBÁ-Dados e estatísticas, 2015).<br />
Responsável por 0,8% da arrecadação nacional, gerando<br />
R$10,2 bilhões em tributos federais, estaduais e<br />
municipais em 2014. Obtendo cerca de 7,74 milhões de<br />
hectares plantadas de eucalipto, pinus e demais espécies<br />
(acácia, araucária, paricá e teca) utilizados nos segmentos<br />
de celulose e papel com 34%, siderúrgica e carvão vegetal<br />
15,2%, papéis de madeira e pisos laminados 6,8%,<br />
Investidores financeiros<br />
A Timos (Timberland Investment Management Organization),<br />
produtores independentes com 26,8%, serrados,<br />
móveis e outros produtos sólidos com 3,6% e outros<br />
TIMOs com 3,4%. Tendo benefícios ambientais como absorção<br />
de 1,69 bilhão de toneladas de CO² com seus 7,74<br />
milhões de hectares de árvores plantada. (IBÁ-Dados e<br />
estatísticas, 2015).<br />
De acordo com os dados o setor madeireiro protagoniza<br />
cerca de R$ 177 milhões de contribuição com programas<br />
de saúde, cultura, educação e qualidade de vida.<br />
Esta ação contribui com mais de dois milhões de pessoas,<br />
desta forma fortificando o setor brasileiro de base florestal<br />
como indicador de desenvolvimento econômico e<br />
social do país. Em 2014 cerca de 17,8 mil famílias foram<br />
beneficiadas com os programas de fomento. (IBÁ-Dados<br />
e estatísticas, 2015).<br />
MADEIRA<br />
No Brasil existem milhares de espécies nativas, outras<br />
tantas exóticas, sendo as mais conhecidas pinus e eucalipto.<br />
Como alternativa para o desmatamento desenfreado<br />
de árvores nativas, essas espécies vêm ganhando mais<br />
espaço no mercado.<br />
Os projetos de reflorestamento começaram no Brasil<br />
por volta dos anos 1904, com a introdução do Eucalipto<br />
no país para ser utilizado em dormentes e produção de<br />
lenha.<br />
A árvore de eucalipto vem sendo utilizada e plantada<br />
em diversas partes do mundo, devido ao rápido crescimento,<br />
produtividade, diversidade de espécies, capacidade<br />
de adaptação e aplicação para várias finalidades.<br />
A área de floresta plantada de pinus e eucalipto no<br />
Brasil, em 2012, foi de 6.664.812 hectares, desse total<br />
76,6% corresponde a floresta de Eucalipto e 23,4% de pinus<br />
(Abraf, 2013).<br />
Existem mais de 100 espécies do gênero pinus, onde<br />
A MELHOR CONFIGURAÇÃO PARA RUGOSIDADE<br />
MÉDIA OBTIDA NO PROCESSO, FOI PARA A<br />
MADEIRA DE PINUS ELLIOTTII<br />
DEZEMBRO | 69
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
o mesmo é originário de regiões tropicais e temperadas.<br />
Sendo o Pinus elliottii muito difundido no Brasil devido as<br />
suas características.<br />
As espécies de pinus começaram a ser plantadas no<br />
Brasil em 1954 como uma forma de substituir a madeira<br />
de Araucaria angustifólia, pois começava o processo de<br />
escassez dos povoamentos naturais dessa espécie (Elesbão,<br />
2011).<br />
Serpa et al. (2003) avaliou algumas propriedades de<br />
Pinus elliottii e Eucalyptus saligna, tais como rendimento<br />
em madeira serrada, massa específica básica, contração<br />
volumétrica total, resistência à flexão estática, resistência<br />
à compressão paralela às fibras e resistência à linha<br />
de cola.<br />
LIXAMENTO<br />
Segundo Gonçalves (2002) devido a estrutura ordenada<br />
da madeira, evidenciando seu crescimento orientado<br />
das fibras, raios e vasos, em virtude das propriedades<br />
físicas e mecânicas há uma variação segundo a direção<br />
considerada. Fato que implica em ter conhecimento<br />
sobre os diferentes tipos de corte, tendo em vista uma<br />
descrição prévia do comportamento anisotrópico da madeira.<br />
Levando em consideração as principais direções de<br />
corte, cuja padronizadas na literatura específica, sendo a<br />
direção longitudinal ou axial realizando o corte paralelo<br />
às fibras (notação 90 – 0), direção radial realizando corte<br />
perpendicular às fibras (notação 0 – 90) e a direção tangencial<br />
realizando corte perpendicular às fibras (notação<br />
90 – 90).<br />
Os mecanismos de formação de cavaco para madeira<br />
existem três tipos sendo:<br />
Tipo I: Ocorre quando a madeira sofre fendilhamento<br />
à frente da ferramenta por cisalhamento gerando quebra<br />
sob flexão.<br />
Tipo II: Acontece quando o material é arrancado somente<br />
pela aresta de corte para a superfície de trabalho.<br />
Tipo III: Surgem através da força realizada pelo movimento<br />
da ferramenta causando quebras de cavaco por<br />
compressão e cisalhamento.<br />
O melhor cavaco para madeira seria o do Tipo II, sendo<br />
favorecidos por fatores como cavacos finos, médio<br />
teor de umidade e ângulos de saída intermediários. No<br />
entanto a formação do cavaco Tipo I, quando ás fibras<br />
estão na direção ascendente ao plano de corte em relação<br />
à direção de corte, consequentemente gera uma boa<br />
qualidade superficial dado ao controle da aresta cortante<br />
na região do cisalhamento do cavaco. Fato que quando<br />
às fibras estão na direção descendente ao plano de corte<br />
ocasiona defeito de acabamento “fibras lascadas”.<br />
Lixamento é o processo mecânico que faz parte da<br />
usinagem por abrasão, executado por grãos abrasivos<br />
aderidos a uma tela e movimentado com pressão contra<br />
a peça.<br />
O MELHOR CAVACO<br />
PARA MADEIRA<br />
SERIA O DO TIPO II,<br />
SENDO FAVORECIDOS<br />
POR FATORES<br />
COMO CAVACOS<br />
FINOS, MÉDIO TEOR<br />
DE UMIDADE E<br />
ÂNGULOS DE SAÍDA<br />
INTERMEDIÁRIOS<br />
CONCLUSÃO<br />
Realizado o processo de lixamento com lixas de óxido<br />
de alumínio para madeiras de pinus e eucalipto, variando<br />
as granulometrias de lixas, visando otimização do processo<br />
em tempo e dinheiro, pode-se fazer as seguintes<br />
observações para contribuição nas industrias dos seguintes<br />
itens:<br />
A melhor configuração para rugosidade média obtida<br />
no processo, foi para a madeira de Pinus elliottii processada<br />
no sentido de corte perpendicular às fibras com a lixa<br />
de granulometria 220,320 e 400 mesh, sendo esta para<br />
acabamento obtendo rugosidade menor que 5µm.<br />
A rugosidade total a menor também apresentou para<br />
a configuração da madeira de pinus processada no sentido<br />
perpendicular às fibras com as granulometrias 220,320<br />
e 400.<br />
Ficou demostrado que a máxima lixa a ser usada em<br />
processos de lixamento destas espécies deve ser a lixa 6<br />
(220) uma vez que as lixas 320 e 400 não são mais capazes<br />
de eliminar as falhas anatômicas. Isso é importante pois<br />
evita realização de mais processos sem trazer benefícios.<br />
Ficou comprovado dessa forma a hipótese levantada inicialmente<br />
nesta pesquisa.<br />
Para indústrias que necessitam de uma menor rugosidade<br />
para aplicações de materiais de acabamento como<br />
selantes, vernizes, tintas entre outros produtos, neste<br />
estudo pode-se concluir que a madeira de Pinus elliottii<br />
permite uma rugosidade melhor em acabamento do que<br />
o Eucalyptus saligna.<br />
70 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Com referência a emissão sonora a madeira de Pinus<br />
elliotti apresentou o menor valor de ruído, sendo lixado<br />
perpendicular às fibras e com as lixas de granulometrias<br />
5 e 8.<br />
O ruído no processo de lixamento para madeira de pinus<br />
proporciona uma condição aceitável de acordo com a<br />
NBR para uma jornada de serviço de 8 horas diárias, podendo<br />
ser utilizado apenas protetor auditivo do tipo plug.<br />
Quando analisou-se a temperatura concluiu-se que<br />
quando o processo de lixamento é realizado com granulometrias<br />
menores, com grãos abrasivos maiores a<br />
temperatura tende a diminuir, isso deve-se por existirem<br />
maiores espaços entre os grãos diminuindo o contato da<br />
lixa com a madeira, desta forma não aquecendo igualmente<br />
com lixa de grãos abrasivos menores, cuja sua<br />
área de contato é maior, desta forma aumentado a temperatura<br />
com granulometrias maiores.<br />
Indústrias que visam apenas desbaste no processo<br />
de lixamento, podem optar por granulometrias menores,<br />
com grãos abrasivos maiores, desta forma, atingindo seu<br />
objetivo, sem prejudicar o aspecto superficial da madeira<br />
com marcas de queima, pois a lixa pode aquecer e manchar<br />
a madeira, até mesmo queimando.<br />
A madeira de Eucaliptus saligna quando processada<br />
com lixa de granulometrias 7 e 8 no sentido paralelo às<br />
fibras apresentou menor potência consumida que a madeira<br />
de Pinus elliottii, tendo como hipótese do pinus ter<br />
consumido maior potência pela quantidade de extrativos<br />
que o mesmo possui, principalmente os canais resiníferos,<br />
onde este último prejudica o processo de lixamento.<br />
Se para a indústria o essencial é diminuir o consumo<br />
de potência no processos diários, pode-se trabalhar tranquilamente<br />
com as duas espécies, sugere-se que opte<br />
pela madeira de Eucaliptus saligna, como é o caso de<br />
indústrias de produção de camas box, onde trabalha-se<br />
com as duas madeira, e ambas apresentam boas qualidades<br />
para este produto, tendo que se preocupar apenas<br />
com o processo de secagem, para que não haja problemas<br />
estruturais, e desta forma utilizando a madeira de<br />
eucalipto assim economizando a potência no sistema de<br />
produção.<br />
Ao verificar os resultados da análise de vibração para<br />
o processo de lixamento concluiu-se que a madeira de pinus<br />
obteve menores valores quando lixados com granulometrias<br />
3,4 e 5 no sentido perpendicular às fibras.<br />
O limite a ser lixado é o grão de granulometria 220.<br />
Os grãos de granulometria 320 e 400 não trouxeram benefícios.<br />
Para ter acesso ao artigo na íntegra, com tabelas<br />
e maiores detalhes, acesse: https://repositorio.unesp.<br />
br/handle/11449/144593<br />
COM REFERÊNCIA A EMISSÃO SONORA A<br />
MADEIRA DE PINUS ELLIOTTII APRESENTOU O<br />
MENOR VALOR DE RUÍDO<br />
DEZEMBRO | 71
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
AGENDA<br />
JANEIRO 2018<br />
DEZEMBRO <strong>2017</strong><br />
Esprit Meuble <strong>2017</strong><br />
França<br />
2 a 5<br />
www.espritmeuble.com<br />
Itma Showtime <strong>2017</strong><br />
EUA (Estados Unidos da<br />
América)<br />
3 a 6<br />
http://internationaltextilealliance.org/<br />
WoodShow Cairo <strong>2017</strong><br />
Egito<br />
8 a 11<br />
www.cairowoodshow.com<br />
Ibud - Japan Build <strong>2017</strong><br />
Japão<br />
13 a 15<br />
www.urban-innovation.jp/en/<br />
Trendset 2018<br />
Alemanha<br />
6 a 8<br />
www.trendset.de<br />
K/BIS 2018<br />
EUA<br />
9 a 11<br />
www.kbis.com<br />
Domotex 2018<br />
Alemanha<br />
12 a 15<br />
www.domotex.de<br />
DESTAQUE<br />
WOODSHOW CAIRO <strong>2017</strong><br />
Egito<br />
8 a 11 de dezembro<br />
www.cairowoodshow.com<br />
A terceira edição do Cairo WoodShow, o maior evento<br />
de máquinas de madeira e madeira especializada<br />
no Egito, será realizada entre 8 e 11 de dezembro de <strong>2017</strong>. O evento irá proporcionar aos participantes uma plataforma<br />
de rede ideal, dando-lhes a oportunidade de forjar contatos pessoais valiosos em um ambiente empresarial executivo.<br />
Imagem: reprodução<br />
72 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Paraná<br />
12, 13 e 14 DE JUNHO DE 2018<br />
Expoara Centro de Eventos • Arapongas - PR<br />
Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e Cooperativas<br />
Setores da Feira<br />
BIO<br />
energia<br />
Agronegócio Bioenergia Transporte Multissetorial<br />
e Logística<br />
Faça parte<br />
deste grande<br />
encontro<br />
A Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e<br />
Cooperativas tem como objetivo reunir as forças do<br />
mercado nacional desenvolvendo e integrando as<br />
cadeias do agronegócio, bioenergia e cooperativas<br />
para geração de negócios e networking.<br />
A FeinaCoop unirá no mesmo espaço, fornecedores,<br />
produtores, profissionais, fabricantes e seus compradores,<br />
além de autoridades públicas inerentes ao<br />
mercado nacional posicionando estrategicamente<br />
como uma plataforma de negócios.<br />
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Associação Comercial, <strong>Industrial</strong> e<br />
Empresarial de Pinhais<br />
SIRECOM<br />
Sindicato dos Representantes Comerciais
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
O FUTURO É AGORA<br />
I<br />
novações transformam as fontes de competitividade,<br />
os modelos de negócios e a gestão empresarial. Hoje,<br />
vivemos um intenso processo de geração e difusão de<br />
tecnologias integradas e inteligentes. As empresas brasileiras<br />
precisam se posicionar frente a essa revolução. Apesar<br />
dos riscos, que não são desprezíveis, a indústria está diante<br />
de oportunidades para avançar em sua capacidade competitiva.<br />
Para isso, é necessário conhecer tendências, identificar<br />
tecnologias relevantes e estimar impactos das mudanças.<br />
Conectada ao big data e à inteligência artificial, a biotecnologia<br />
sintética está transformando as agroindústrias,<br />
a indústria química e a farmacêutica, por exemplo. O preço<br />
dessas tecnologias está em queda acentuada, assim como<br />
o de nanotecnologias, redes de comunicação e materiais<br />
avançados. Para se ter uma ideia, o custo de exames de DNA<br />
cai de forma mais acelerada do que o da fabricação de chips.<br />
Nos últimos 10 anos, vimos surgirem inovações com<br />
efeitos na indústria e na vida das pessoas. A todo momento,<br />
novas tecnologias modificam a realidade em que estamos<br />
imersos. Computador, internet e smartphone alteraram<br />
substancialmente o comportamento da sociedade e o<br />
modo de produzir. Para a próxima década, a expectativa é<br />
que tecnologias conectadas, convergentes e inteligentes<br />
tragam mudanças profundas no interior das empresas, ao<br />
mesmo tempo em que criam possibilidades para o mercado.<br />
Essas inovações serão um caminho sem volta e implicam<br />
transformações na produção, na logística, na distribuição e,<br />
principalmente, na base de conhecimento e de relacionamento<br />
entre empresários, pesquisadores e trabalhadores.<br />
É essencial e urgente, portanto, o debate sobre educação<br />
e qualificação profissional no país de modo a agir efetivamente<br />
para aperfeiçoar nossas capacidades.<br />
O Projeto Indústria 2027 é uma iniciativa da CNI, no<br />
marco da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação), que<br />
mobiliza mais de 40 pesquisadores de duas das principais<br />
universidades do país, Ufrj e Unicamp. Inédito, o estudo<br />
convida empresas de todos os segmentos e portes a se<br />
prepararem para os desafios que novas tecnologias impõem.<br />
Uma vez vencidos, eles podem ajudar a reinserir o Brasil na<br />
trajetória de desenvolvimento.<br />
O projeto traça tendências e seus impactos sobre o<br />
setor ao longo da próxima década. Mapeia oito grupos<br />
de tecnologias – inteligência artificial, internet das coisas,<br />
redes de comunicação, produção inteligente e conectada,<br />
materiais avançados, nanotecnologia, biotecnologia, e<br />
armazenamento de energia. Além disso, avalia os efeitos<br />
das inovações em 10 conjuntos de segmentos industriais,<br />
mostrando como alteram fatores-chave de competitividade.<br />
O estudo vai identificar quais inovações resultam em<br />
transformações moderadas ou disruptivas hoje e em até 10<br />
anos. O Brasil pode encontrar importantes oportunidades<br />
de desenvolvimento econômico e crescimento sustentável<br />
a partir dessas novas tecnologias. Assim como ocorre em<br />
outros países, a indústria brasileira precisa traçar estratégias<br />
para definir que patamar quer atingir no futuro próximo.<br />
Devemos estar atentos e preparados.<br />
Cada uma a seu tempo e em ritmo próprio, as inovações<br />
invadem a produção industrial e o funcionamento<br />
das empresas. O caminho é olhar adiante e compreender<br />
a necessidade de as indústrias se atualizarem perante uma<br />
série de tecnologias. É preciso, portanto, olhar com profundidade<br />
para as tecnologias e para seu poder de modificar os<br />
parâmetros em um contexto de competição global.<br />
Este é o momento de as empresas brasileiras assumirem<br />
o protagonismo nesse tema. Quanto mais rápido nos aproximarmos<br />
da indústria do futuro, mais o Brasil terá chances<br />
de reconquistar sua posição estratégica na economia mundial.<br />
Não há alternativas se quisermos nos tornar um país<br />
próspero e desenvolvido.<br />
Foto: divulgação<br />
Por Robson Braga de Andrade<br />
Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />
74 |<br />
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A Revista Biomais está no mercado<br />
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