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Dezembro/2017 - Referência Industrial 192

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ENTREVISTA - Presidente da Abpm, Gonçalo Lopez fala sobre avanços da madeira tratada para 2018<br />

I N D U S T R I A L<br />

Afiação de<br />

durabilidade<br />

Serras precisas e de alta<br />

resistência ganham o mercado<br />

Durability<br />

Precise and high-strength<br />

saw blades gain market<br />

Especial – Indústria de transformação do Paraná é a mais bem sucedida do país no ano


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

SUMÁRIO<br />

SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

34<br />

Arte Diamante 09<br />

Feicon 2018 17<br />

Expoforest 2018 21<br />

Feinacoop 73<br />

Fenasucro 25<br />

Fepam Ferramentas 13<br />

Formóbile 2018 19<br />

44<br />

04 Editorial<br />

06 Cartas<br />

08 Bastidores<br />

60<br />

Franzoi Ferramentas 33<br />

Gaidzinski 43<br />

Metalcava 59<br />

Mill Indústrias 07<br />

Mill Indústrias 63<br />

Mill Indústrias 76<br />

Montana Química 02<br />

MSM Química 11<br />

Razi Máquinas 47<br />

Tigra do Brasil 49<br />

Unesa Máquinas 05<br />

Vantec 15<br />

10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

12 Notas<br />

20 Aplicação<br />

22 Alta e Baixa<br />

24 Frases<br />

26 Entrevista<br />

32 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

34 Principal Tradição no corte<br />

40 Construção Civil<br />

44 Marcenaria<br />

50 Especial Noite para celebrar<br />

58 Química na Madeira<br />

60 Madeira Tratada<br />

64 Evento<br />

66 Artigo<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

DEZEMBRO | 03


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EDITORIAL<br />

ENTREVISTA - Presidente da Abpm, Gonçalo Lopez fala sobre avanços da madeira tratada para 2018<br />

Treatment of the future<br />

Custom-made autoclaves suited<br />

to each customer’s needs<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

I N D U S T R I A L<br />

Afiação de<br />

durabilidade<br />

Serras precisas e de alta<br />

resistência ganham o mercado<br />

Ano XIX - Edição n.º <strong>192</strong> - <strong>Dezembro</strong> <strong>2017</strong><br />

Year XIX - Edition n.º <strong>192</strong> - December <strong>2017</strong><br />

Ilustra a capa desta edição<br />

uma serra Baukus, da Franzoi<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XIX • N°<strong>192</strong> • <strong>Dezembro</strong> <strong>2017</strong><br />

Durability<br />

Precise and high-strength<br />

saw blades gain market<br />

Especial – Indústria de transformação do Paraná é a mais bem sucedida do país no ano<br />

UM 2018 DE<br />

OTIMISMO<br />

Finalmente, o setor respira. Após anos sucessivos de<br />

enxugamento de mão de obra, contenção de gastos e incerteza<br />

política e econômica, o industrial madeireiro começa a<br />

vislumbrar novos horizontes. A certeza é apenas uma: 2018<br />

será melhor que <strong>2017</strong>. A assertividade deve ser o mote das<br />

iniciativas que permearem os próximos 365 dias, visando à<br />

retomada do que foi perdido durante o início da década.<br />

Nesta edição de REFERÊNCIA INDUSTRIAL, acompanhamos<br />

a tradição longeva da serra Baukus, da Franzoi, que chega<br />

há mais de quatro décadas de sucesso e renome no meio. No<br />

campo das oportunidades, a hotelaria se mostra um segmento<br />

de grande potencial para projetos marceneiros criativos.<br />

Também trazemos a cobertura do PRÊMIO REFERÊNCIA, que<br />

destacou as iniciativas inspiradoras do setor.<br />

Excelente leitura!<br />

A 2018 FULL OF OPTIMISM<br />

Finally, the Sector is able to breathe more easily. After successive<br />

years of cutting down on the payroll, spending restraint,<br />

and political and economic uncertainty, the <strong>Industrial</strong> Timber<br />

Sector begins to have glimpses of new horizons ahead. There<br />

is one certainty: 2018 will be better than <strong>2017</strong>. Assertiveness<br />

should be the motto of the initiatives that permeate the next 365<br />

days, aimed at the recuperation of that which was lost during<br />

the beginning of the decade.<br />

In this issue of REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>, we look at the long-<br />

-lived tradition of the Baukus saw blade from Franzoi, which<br />

has more than four decades of success and become renown in<br />

the Sector. In the field of opportunities, hospitality has shown<br />

itself to be a segment with a large potential for creative woodworking<br />

projects. Also, we cover the PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

that highlights inspiring initiatives, relevant to the Sector.<br />

Pleasant reading!<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Veículo filiado a:<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Colaboradores / Colaborators<br />

Fotógrafo: Marcos Mancinni<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />

aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de<br />

pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />

classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao segmento madeireiro.<br />

A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por conceitos<br />

emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />

materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e<br />

outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são terminantemente proibidos<br />

sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the<br />

producers and consumers of the good and services of the lumberz industry, research<br />

institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities<br />

directly and/or indirectly linked to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does<br />

not hold itself responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of<br />

the texts, photographs and other intellectual property in each publication of Revista<br />

REFERÊNCIA is expressly prohibited without the written authorization of the holders<br />

of the authorial rights.<br />

04 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CARTAS<br />

ENTREVISTA - Diretor de núcleo de pesquisa da madeira, Marcelo Aflalo, e o futuro da matéria-prima<br />

Capa da Edição 191 da<br />

Treatment of the future<br />

Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

Custom-made to each customer’s autoclaves suited<br />

needs<br />

mês de novembro de <strong>2017</strong><br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

I N D U S T R I A L<br />

Novas<br />

tecnologias<br />

em secagem<br />

Soluções inovadoras ganham o mercado<br />

New drying technologies<br />

Innovative solutions take over the market<br />

Ano XIX • N°191 • Novembro <strong>2017</strong><br />

Especial – Empresas e especialistas falam sobre a importância do design nos móveis<br />

2018 de sucesso<br />

Prêmio <strong>Referência</strong><br />

Por José Carlos Alves - Juína (MT)<br />

Gostaria de parabenizar a REFERÊNCIA INDUSTRIAL por<br />

mais um ano à frente das tendências dos segmentos aqui<br />

retratados. Não existe fonte melhor para informações do<br />

setor.<br />

Por Flávio Roberto dos<br />

Anjos -<br />

Bento Gonçalves (RS)<br />

Primeiro de tudo, parabéns<br />

por iniciativas assim.<br />

É uma grande motivação<br />

ser reconhecido por bons<br />

trabalhos em uma área<br />

tão difícil de ser divulgada<br />

pela mídia.<br />

Foto: Marcos Mancinni<br />

Madeira na construção civil<br />

Por Alex Graziano dos Santos - São Paulo (SP)<br />

Surpreso que São Paulo deu um passo tão grande em<br />

direção à sustentabilidade na cidade. Esse novo prédio de<br />

madeira será um marco.<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

Espaço aberto<br />

Por Marcos Dionísio -<br />

Caçador (SC)<br />

Muito importante uma<br />

editoria como essa, para<br />

lermos o que os pensadores<br />

do segmento têm a<br />

dizer sobre perspectivas,<br />

novidades e até mesmo<br />

opiniões sobre propostas<br />

relacionadas ao nosso dia<br />

a dia.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />

é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Imagem: reprodução<br />

06 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados para redação ou siga:


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

BASTIDORES<br />

Gerson Penkal, do<br />

departamento comercial<br />

do GRUPO JOTA, ao lado<br />

de Ewaldo Quinta, gerente<br />

comercial Gaidzinki<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

VISITA<br />

O departamento comercial do GRUPO JOTA visitou Braço do<br />

Norte (SC), para conversar com os especialistas da Gaidzinski, que<br />

em <strong>2017</strong> foi capa de REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

Equipe feminina do<br />

GRUPO JOTA<br />

Foto: Marcos Mancinni<br />

FESTA<br />

As mulheres do GRUPO JOTA, durante o<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2017</strong>.<br />

08 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Soluções em ferramentas para a<br />

indústria da madeira. Setor Plainagem.<br />

Se a atividade da sua empresa é do ramo madeireiro,<br />

provavelmente possui máquinas para plainar madeira.<br />

A Arte Diamante possui uma enorme quantidade de<br />

modelos de desintegradores (também corte integral) com<br />

inúmeras variáveis que certamente uma delas irá atender<br />

sua necessidade, desde uma plainagem a 10m/min até<br />

60m/min ou mais, com o acabamento desejado.<br />

Além de auxiliar em muito o desempenho da produção a<br />

maioria dos produtos irá contribuir na redução do ruído a<br />

níveis que atendam às exigências do ministério do trabalho.<br />

Sua empresa pode ter problemas com a operação de<br />

plainagem e não ter consciência desses problemas. Ou<br />

tem consciência dos problemas mas convive com os<br />

mesmos. Entre em contato conosco descrevendo as<br />

máquinas que possuem e as dificuldades, que certamente<br />

lhes apresentaremos as soluções.<br />

Criatividade e<br />

competência a<br />

serviço da indústria<br />

madeireira.<br />

Algumas das dificuldades mais comuns:<br />

Facas com pouca durabilidade de corte.<br />

Dificuldade em obter uma afiação de qualidade, além do<br />

incômodo de recolocar as facas no cabeçote da melhor<br />

forma.<br />

Desintegradores que deixam marcas na madeira além do<br />

aceitável.<br />

Saber se a ferramenta está trabalhando no seu ponto de<br />

equilibrio como: velocidade de avanço (VA), x rotação<br />

(RPM), x número de dentes (Z), x acabamento (SZ). Quando<br />

esses quatro elementos não estiverem em conformidade<br />

poderão proporcionar um acabamento ruim ou ter um<br />

desgaste da ferramenta muito acentuado.<br />

LINHA DE<br />

CABEÇOTES<br />

DESINTEGRADORES<br />

Premiada por 10<br />

anos consecutivos.<br />

CANAL DIRETO<br />

55 (47) 3375-1277 (André)<br />

55 (47) 99977-4848 (Bogo)<br />

e-mail: bogoferramentas@artediamante.com.br<br />

Corupá . SC . BR . www.artediamante.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA<br />

COISA DE CACHORRO GRANDE<br />

Investimento pesado dos chineses no Brasil só perde para os EUA<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

N<br />

a coluna de março passado, com base em<br />

informações divulgadas pela Transparency<br />

Market Research, uma empresa internacional<br />

voltada à pesquisa de mercados industriais e serviços de<br />

consultoria em inteligência de mercado, informávamos<br />

que a China se destacava como país determinante no<br />

crescimento do mercado global de preservativos de<br />

madeiras. Um importante indicativo, afinal, até ontem, a<br />

China não aparecia no radar do mercado de preservação<br />

de madeiras. Por outro lado, em menos de nove meses,<br />

a grande imprensa brasileira noticia a disposição de<br />

uma gigante chinesa, a Cccc (China Communications<br />

Construction Company), em promover um aporte de<br />

capital de R$ 2 bilhões no ativo e a investir R$ 6 bilhões<br />

nos próximos dez anos no setor ferroviário. A empresa<br />

demonstra interesse na participação de negociações na<br />

Malha Ferroviária Sul, que compreende nada menos do<br />

que 7.200 km (quilômetros) de extensão, hoje nas mãos<br />

da Rumo, antiga ALL.<br />

Segundo informações, a Cccc já está realizando o<br />

trabalho de auditoria, conceitualmente conhecido como<br />

due dilligence, objetivando conhecer os detalhes atrelados<br />

à operação, assim como avaliar as necessidades de<br />

investimentos. Não se trata de pouca coisa em termos<br />

de negócios, pois, outras empresas de porte estão no<br />

páreo, as japonesas Mitsubishi e Sumitomo. Fontes do<br />

setor da economia dão conta que desde o ano de 2014,<br />

o Brasil é o segundo destino de investimentos chineses<br />

em todo o mundo, o primeiro é os EUA (Estados Unidos<br />

da América). O cardápio dos chineses é variado, inclui<br />

os setores de energia, segurança, energia, transporte<br />

aéreo, plásticos, indústria química entre alguns outros.<br />

Até o momento a Cccc já marcou presença nos setores<br />

portuário e de engenharia. Essa perspectiva de aquisição<br />

dentro do setor ferroviário se torna interessante<br />

para essas empresas a partir do momento em que há<br />

uma forte necessidade de investimentos na recuperação<br />

da infraestrutura da malha da Rumo. Segundo a<br />

Antt (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a<br />

movimentação de cargas da Rumo – Malha Sul caiu de<br />

28,9 mil t (toneladas) para 18,3 mil t, situação considerada<br />

crítica. Os interesses da Cccc não param por ai. A<br />

empresa também tem incluído nas suas negociações<br />

a participação da Ferrogrão, megaprojeto ferroviário<br />

que inclui quase 1 mil km (quilômetros) de extensão,<br />

hoje em fase de audiências públicas. Tudo isto para não<br />

mencionar o interesse da empresa em investir também<br />

nas ferrovias norte-sul, oeste - leste e Transnordestina.<br />

Para os produtores de dormentes de madeira tratada,<br />

sem dúvida alguma se abrem importantes janelas<br />

de oportunidades. Mais do que na hora de dar vazão<br />

ao espírito de empreendedorismo, munindo-se das<br />

ferramentas disponíveis, como a experiência e capacitação,<br />

colocando as normas brasileiras debaixo do<br />

braço, e aderindo ao plano de autorregulamentação da<br />

Abpm, o Qualitrat, e partir para a briga! Só no projeto<br />

Ferrogrão, serão mais de dois milhões de dormentes,<br />

para não falar nas necessidades de melhorias da Malha<br />

Sul, que nos seus mais de sete mil quilômetros de trilhos,<br />

certamente irão gerar uma necessidade bastante<br />

significativa de dormentes durante os processos de<br />

melhorias e adequações.<br />

Contrariando os conselhos de nossas avós, que<br />

diziam para não se meter em briga de cachorro grande,<br />

desta vez a intuição de sobrevivência deverá levar<br />

o setor de proteção de madeiras à evolução, abrindo<br />

as portas para caminhos mais seguros e efetivos nos<br />

negócios. Não vamos nos esquecer de que, afinal , segundo<br />

nos diz a recente pesquisa de mercado da TMR,<br />

os chineses já estão se familiarizando a cada dia mais<br />

com o setor de proteção de madeiras, o que já pode ser<br />

um bom começo de conversa.<br />

Desta vez a intuição de sobrevivência deverá levar o setor<br />

de proteção de madeiras à evolução, abrindo as portas para<br />

caminhos mais seguros e efetivos nos negócios<br />

10 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Polo é destaque em<br />

Belo Horizonte<br />

No fim de novembro, o governo do Estado reconheceu<br />

o polo moveleiro da Região Metropolitana de Belo Horizonte.<br />

Com isso, cerca de 500 empresas que produzem<br />

móveis na capital e nos municípios do entorno terão um<br />

incentivo a mais para incrementar os negócios, responsáveis<br />

por gerar 10 mil empregos diretos. Iara Gomes Abade,<br />

presidente do Sindimov-MG, espera que a ação aumente<br />

o acesso do setor a incentivos para melhorar a produção.<br />

A maior parte das fábricas está concentrada em Belo Horizonte,<br />

Contagem e Betim, mas todos os 34 municípios da<br />

região farão parte do polo. “As empresas da Região Metropolitana<br />

de Belo Horizonte produzem móveis elaborados,<br />

customizados e com detalhes mais sofisticados. Por isso,<br />

não são indústrias de produção intensiva, mas de produtos<br />

exclusivos e com alto valor agregado. O reconhecimento<br />

como Polo vai atrair o olhar de diversos segmentos públicos<br />

e privados, permitindo ações que valorizem o diferencial<br />

competitivo destas indústrias”, argumentou Iara.<br />

Bndes muda<br />

financiamento<br />

de máquinas<br />

O Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico<br />

e Social) vai passar a considerar novos critérios para o<br />

credenciamento de produtos que podem ser financiados pela<br />

Finame (Agência Especial de Financiamento <strong>Industrial</strong>), que<br />

servem de apoio ao setor de máquinas e equipamentos, e para<br />

outras linhas de crédito da instituição. A mudança se relaciona<br />

com o cálculo de conteúdo nacional mínimo necessário para<br />

que um produto seja elegível ao financiamento pelas linhas<br />

do banco. O índice mínimo de nacionalização para que os<br />

bens de capital destinados à indústria sejam financiados pelo<br />

Bndes continuará a ser de 50%, como é hoje. A nova fórmula<br />

do índice de nacionalização será mais flexível e vai incorporar<br />

cinco variáveis intangíveis, sendo elas o investimento em inovação,<br />

inserção exportadora, mão de obra técnica, utilização<br />

de componentes de alto grau tecnológico e valor adicionado.<br />

Essas variáveis, chamadas de qualificadores, permitirão ao<br />

fabricante receber uma bonificação para atingir o índice mínimo<br />

de nacionalização que permita o credenciamento de seu<br />

produto no bndes. A nova metodologia de cálculo entrará em<br />

vigor em pouco mais de um ano, em 3 de dezembro de 2018.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Notas de falecimento<br />

O GRUPO JOTA, com pesar, divulga nota de falecimento em<br />

Curitiba, em novembro, do empresário Sr. Saul Chuny Zugman. Um<br />

dos mais tradicionais madeireiros do país, foi um dos fundadores do<br />

Grupo Zugman, cujas empresas estão a Lavrasul, a Brascomp e a Lavrama,<br />

além de ser também um dos fundadores da Abimci (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente).<br />

O velório aconteceu na Capela Israelita do Cemitério da Água Verde,<br />

com sepultamento no Cemitério Israelita de Santa Cândida. Também<br />

lamentamos o passar, em dezembro, do empresário Rinaldo<br />

Lazzaretti, fundador da empresa Itamarati Indústria de Compensados, situada em Palmas (PR).<br />

12 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Foto: divulgação<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Nova<br />

parafusadeira<br />

na área<br />

A empresa alemã Bosch lançou um novo modelo<br />

de parafusadeira, a Bosch GO. A nova ferramenta à<br />

bateria é prática e compacta, sendo a menor e mais<br />

leve do mercado. O produto chega ao mercado no fim<br />

de novembro para atender os mais diversos perfis de<br />

usuários, com tecnologia e diferenciais únicos. A novidade<br />

da Bosch conta com design singular e é ergonômica.<br />

Essas características resultam em conforto,<br />

mobilidade e versatilidade de manuseio em diferentes<br />

tarefas, o que torna a parafusadeira ideal para os<br />

adeptos do faça você mesmo, profissionais de assistência<br />

técnica, eletricistas, pintores, maridos de aluguel,<br />

instaladores, montadores, marceneiros e outros.<br />

Empresa usa 3D<br />

em móveis<br />

A Rehau usou a impressão 3D para confeccionar protótipos<br />

de peças utilizadas na fabricação de móveis e,<br />

como resultado, garantiu satisfação e redução de 97%<br />

de tempo, o que permitiu atender seu cliente dentro do<br />

prazo requerido. Segundo o gerente geral da Rehau no<br />

Brasil, Alexandre Novoselecki, a utilização da impressão<br />

3D para produção do protótipo foi simples, rápida e eficiente.<br />

“A partir de um desenho inicial com dimensões<br />

definidas nos três eixos, foi possível produzir o protótipo<br />

para apresentarmos ao cliente em aproximadamente<br />

um dia. O processo é muito mais rápido e tem custo reduzido.<br />

Como resultado, tivemos uma peça que atendia<br />

às necessidades do cliente”, explica. “Foram produzidas<br />

três peças distintas, cada uma com aproximadamente 15<br />

cm de comprimento. Apesar do tamanho reduzido dos<br />

protótipos, foi possível demonstrar com sucesso a aplicação<br />

e montagem do projeto, deixando o cliente satisfeito<br />

com o resultado”, complementa Novoselecki.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Mato Grosso quer revisar<br />

Icms sobre móveis<br />

Representantes do segmento de móveis de Mato Grosso se reuniram,<br />

no fim de novembro, com o governador Pedro Taques para reivindicar a<br />

manutenção da alíquota do Icms (Imposto Sobre Circulação de Mercadoria<br />

e Serviços) a 13% para o próximo ano. A alíquota original é 16%, mas<br />

um acordo entre governo e o segmento, no início deste ano, garantiu a redução até 31 de dezembro de <strong>2017</strong>. O governador ficou<br />

de avaliar a proposta e se posicionar nos próximos dias. Segundo o presidente da Facmat (Federação das Associações Comerciais<br />

e Empresariais de Mato Grosso), Jonas Alves, responsável por intermediar a reunião, o segmento de móveis e eletrodomésticos é<br />

um grande gerador de empregos e renda no Estado. “É muito importante a manutenção da alíquota, pois é isso que tem permitido<br />

o crescimento do setor, mesmo com a perda dos incentivos fiscais. É isso que dá sustentabilidade às empresas. O papel da Facmat<br />

e das associações comerciais estaduais é defender sempre um ambiente saudável, competitivo e isonômico para todos os setores<br />

econômicos”, afirmou Alves.<br />

14 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Preço dos móveis<br />

aumenta em<br />

novembro<br />

O Ipca-15, medido pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística), registrou elevação de 0,32% no mês passado. Com<br />

este resultado, o acumulado do ano chega a 2,58% e nos últimos<br />

12 meses a alta é de 2,77%, bem abaixo do centro da meta para a<br />

inflação, que é de 4,5%. Móveis em novembro registraram evolução<br />

de 0,11% nos preços, mas continua com deflação ao longo do<br />

ano, de -0,39%, e de -0,57% no acumulado dos últimos 12 meses.<br />

Embora tenha registrado queda de 1,30% em novembro, o item<br />

colchão continua com a maior alta no setor de móveis no acumulado<br />

de janeiro a novembro, com 3,59%. Nos últimos 12 meses a<br />

elevação chega a 5,42%. O campeão de queda de preços no varejo<br />

é o mobiliário para cozinha. De janeiro a novembro registra<br />

-3,82% e no acumulado de 12 meses o recuo já alcança 3,88%,<br />

com picos de -12,38% no Pará.<br />

IPT e FSC Brasil<br />

se unem<br />

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)<br />

e o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal,<br />

mais conhecido como FSC Brasil, assinaram um<br />

acordo de cooperação tecnológica com o objetivo<br />

de desenvolver projetos conjuntos para a<br />

promoção do uso da madeira na construção civil<br />

e na movelaria. A iniciativa inclui a difusão de informações<br />

sobre o desempenho das diferentes<br />

espécies. A parceria prevê também a capacitação<br />

de equipes das duas instituições e a divulgação<br />

da certificação FSC por meio de cursos e<br />

palestras. A primeira ação será um curso sobre<br />

o uso de madeiras na construção civil a ser oferecido<br />

em fevereiro de 2018. As duas unidades<br />

do IPT envolvidas no acordo são a Seção de Sustentabilidade<br />

de Recursos Florestais e o Laboratório<br />

de Árvores, Madeiras e Móveis.<br />

Foto: divulgacão<br />

Foto: divulgação<br />

Seminário em Santa<br />

Catarina discute setor<br />

São Bento do Sul (SC) recebeu no início do mês de dezembro<br />

representantes da Apre (Associação Paranaense de Empresas de<br />

Base Florestal) e da ACR (Associação Catarinense de Empresas<br />

Florestais) para o III Seminário Regional sobre Mercado Florestal,<br />

promovido pela Forest2Market do Brasil. Nesta edição, o<br />

objetivo foi avaliar as perspectivas para 2018 para o segmento<br />

nos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Entre os pontos de debate estiveram preços, histórico e tendências, contratos, disponibilidade<br />

de matéria-prima, entre outros.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Formóbile inaugura<br />

área exclusiva<br />

em 2018<br />

Imagens: reprodução<br />

A ForMóbile (Feira Internacional de Fornecedores da Indústria<br />

de Madeira e Móveis), se encaminha para sua VIII edição<br />

(10 a 13 de julho de 2018, em São Paulo) como o principal<br />

evento da indústria de móveis da América Latina e participação<br />

de cerca de 650 marcas expositoras de mais de 30 países.<br />

A novidade para 2018 é a estreia do Espaço Madeira, dedicado<br />

a promover ainda mais o segmento de madeira maciça no<br />

mercado. Idealizado em parceria com a Revista <strong>Referência</strong><br />

<strong>Industrial</strong> e com apoio da Abimci (Associação da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente), serão dez empresas<br />

referências do setor que apresentarão seus lançamentos dedicados<br />

ao segmento.<br />

“Pensando na importância da indústria da madeira para<br />

o segmento moveleiro, um dos destaques da ForMóbile 2018<br />

será o Espaço Madeira. Teremos na feira uma área de mais de<br />

300 m2 com produtos e serviços ligados ao segmento e além<br />

disso um espaço com palestras e conteúdo voltado para este<br />

público.<br />

Essa parceria tem como objetivo valorizar o setor e levar<br />

aos fabricantes de móveis, arquitetos, marceneiros e revendas<br />

mais possibilidades na fabricação dos móveis”, comenta<br />

Tatiano Segalin, Show Manager da ForMóbile.<br />

Para Fábio Machado, diretor comercial da REVISTA RE-<br />

FERÊNCIA INDUSTRIAL, a importância da ForMóbile para o<br />

setor da madeira é muito significativa, já que a expectativa<br />

do mercado para o próximo ano é de forte crescimento e a<br />

feira estará no centro desse acontecimento. “A realização do<br />

evento na cidade de São Paulo facilita o contato entre fornecedores<br />

e empresas de regiões distantes de nosso país, pois,<br />

a capital paulista fica praticamente no centro do Brasil e com<br />

inúmeras opções de transporte aéreo”, complementa Fabio.<br />

A Abimci acredita que eventos consolidados como a For-<br />

Móbile geram oportunidades únicas para o networking das<br />

empresas e, com isso, a possibilidade de negócios, troca de<br />

experiências e acesso às novidades de uma forma eficiente.<br />

“Como representante da indústria de madeira processada<br />

mecanicamente, setor de grande relevância para o segmento<br />

moveleiro, a Associação historicamente apoia a realização<br />

da feira, da qual, inclusive muitos associados são expositores.<br />

A expectativa para a edição 2018 é positiva, pois esperamos<br />

uma retomada da economia e do consumo interno, gerando<br />

novas oportunidades para a cadeia produtiva madeira-móveis”,<br />

revela Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci.<br />

A empresa Arte Diamante, referência em soluções para<br />

plainagem de madeira há mais de 30 anos, confirma sua<br />

participação com grandes expectativas. “Nosso objetivo é<br />

empreender e expandir cada vez mais no ramo madeireiro e<br />

moveleiro, por isso, visamos a ForMóbile como uma grande<br />

oportunidade de divulgação e futuros negócios”, prospecta<br />

Teófanes Bogo, diretor da empresa.<br />

Outra tradicional marca do setor que está entre os expositores<br />

confirmados é a MSM Química, líder no segmento de<br />

preservativos de madeira. “Estamos participando pela primeira<br />

vez do evento porque vimos nesta iniciativa em projetar o<br />

Espaço Madeira uma ótima oportunidade de reunir empresas<br />

especificas que atendem desde as serrarias até o móvel pronto,<br />

aproximando ainda mais o público alvo”, espera Mario<br />

Sergio Lima, da MSM Química.<br />

Promovida pelo Grupo Informa, a ForMóbile, será realizada<br />

em novo local, no São Paulo Expo, maior e mais moderno<br />

pavilhão de exposições do Brasil, e é um evento voltado aos<br />

principais envolvidos no processo de criação e produção do<br />

mobiliário: fabricantes de móveis em série, marceneiros, revendas,<br />

madeireiros, designers de produtos e arquitetos.<br />

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APLICAÇÃO<br />

TALHERES<br />

O<br />

kit de talheres de madeira destaca-se por sua qualidade, pois são produtos<br />

feitos com matéria-prima com alta durabilidade e por sua versatilidade, já<br />

que ficam bem à mesa do dia a dia e também fazem bonito no churrasco<br />

para a família e os amigos. O cabo de madeira é confortável de pegar e garante maior<br />

durabilidade, ao longo dos anos, ao talher convencional.<br />

LUMINÁRIAS<br />

N<br />

essa área de decoração, conta mais<br />

a criatividade. Um exemplo muito<br />

notável, porém ainda pouco difundido<br />

em larga escala no Brasil, é a luminária<br />

com adornos de madeira. É, no entanto, uma<br />

excelente composição para cômodos de cor<br />

marrom, que trazem à tona um sentimento de<br />

aconchego e conforto. É preferível utilizar em<br />

residências, porém nada impede um modelo<br />

mais sóbrio, voltado para escritórios e salas de<br />

espera, entre outros.<br />

Foto: divulgação<br />

Fotos: divulgação<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ALTA E BAIXA<br />

ALTA<br />

CONSUMO DE PAINÉIS DE MADEIRA<br />

AUMENTAM<br />

O consumo aparente de painéis de madeira apresentou evolução na transição entre os meses<br />

de setembro e outubro. O aumento nos números ficou evidente já que o consumo passou de<br />

538 mil m³ (metros cúbicos), para 596 mil m³ (metros cúbicos), uma melhora considerável, já<br />

que de agosto para setembro, o consumo aparente teve diminuição de 29 mil metros cúbicos.<br />

Naquele período, os metros cúbicos foram de 567 mil para 538 mil. Os dados são da 42ª edição<br />

do Cenários IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores).<br />

FATURAMENTO DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E<br />

EQUIPAMENTOS CRESCE 10%<br />

O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos subiu 10% em outubro, comparado ao mesmo período de 2016.<br />

No resultado acumulado, que consiste no período de janeiro a outubro deste ano, houve melhora de desempenho em<br />

função do crescimento das exportações que voltam aos níveis médios mensais de 2011 e 2012. O levantamento referente<br />

ao mês de outubro foi realizado pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) junto às<br />

empresas brasileiras fabricantes do setor.<br />

CONSTRUÇÃO AINDA ENFRENTA DIFICULDADE<br />

A despeito da recuperação da atividade em diversos setores da economia, a indústria da construção ainda enfrenta<br />

dificuldades, de acordo com a sondagem do setor divulgada no fim de novembro pela CNI (Confederação Nacional da<br />

Indústria). Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam queda na produção, o índice de evolução do<br />

nível de atividade no setor ficou em 46,9 em outubro. Em setembro, o indicador estava em 46,4 pontos. E, em outubro<br />

do ano passado o índice estava ainda pior, em 40 pontos.<br />

BAIXA<br />

VAREJO DE MÓVEIS EM QUEDA<br />

As vendas do varejo de móveis registraram queda de 0,7% em setembro, em relação ao mês<br />

de agosto, levando em consideração o ajuste sazonal. Os números deste mês mostram uma<br />

interrupção na sequência de quatro taxas positivas, período que o segmento acumulou ganho<br />

de 6,1%. Os dados foram levantados pela PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), em conjunto<br />

com o Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

FRASES<br />

É importante destacar o desempenho<br />

da indústria entre julho e setembro. A<br />

produção das fábricas instaladas no<br />

país cresceu 0,8%. As empresas de<br />

transformação, por exemplo, registraram<br />

no período um crescimento de 1,4%<br />

Foto: divulgação<br />

Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda, ao comentar o desempenho<br />

positivo do PIB no terceiro trimestre de <strong>2017</strong><br />

Seguindo essa diretriz, ficou comprovado que as construções<br />

em wood frame podem atender aos severos requisitos da norma<br />

de desempenho e se manter competitivas no difícil mercado da<br />

construção civil de baixa renda<br />

Guilherme Stamato, engenheiro civil, sobre documento publicado pelo Ministério das Cidades que<br />

normatiza os edifícios de wood frame com até quatro andares<br />

A diminuição do Custo Brasil e de seus fortes impactos sobre a<br />

produção de bens de capital é uma das missões hercúleas a que nos<br />

propomos, como forma de melhorar a nossa competitividade<br />

João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e<br />

Equipamentos), comentando as iniciativas para 2018<br />

Existe um risco de a eleição contaminar<br />

a recuperação econômica? Sim. Mas,<br />

esse risco não é tão grande quanto<br />

a maioria imagina<br />

Foto: divulgação<br />

Ricardo Amorim, economista, sobre a possibilidade da eleição<br />

de Lula ou Bolsonaro reduzirem a velocidade da recuperação<br />

do Brasil frente à crise<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

GONZALO<br />

ANTONIO<br />

CARBALLEIRA<br />

LOPEZ<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

PLACE OF BIRTH:<br />

La Coruña, Espanha – 12/06/1957<br />

La Coruña, Spain; June 12, 1957<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />

EDUCATION:<br />

Biólogo pelo Instituto de Biociências da USP (Universidade<br />

de São Paulo)<br />

Biology, BioScience Institute, University of São Paulo (USP)<br />

Place and Date of Birth: La Coruña, Spain; June 12, 1957<br />

Foto: divulgação<br />

CARGO<br />

PROFESSION:<br />

Presidente da Abpm (Associação Brasileira de Preservativos de Madeira)<br />

e pesquisador do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis/Centro<br />

de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT (Instituto de Pesquisas<br />

Tecnológicas do Estado de São Paulo)<br />

President of the Brazilian Association of the Wood Preservative<br />

Industry (Abpm) and Research Scientist for the Tree, Wood and<br />

Furniture Laboratory/Forest Resource Technology for the<br />

State of São Paulo Institute of Technology Research<br />

(IPT)<br />

Pavimentando 2018<br />

Paving the way for 2018<br />

U<br />

m ano repleto de iniciativas em prol do setor. Assim<br />

foi <strong>2017</strong> para Abpm, cuja meta foi ampliar as<br />

áreas de atuação da madeira tratada no país, em<br />

um cenário de oportunidades gerado pela reestruturação da<br />

construção civil. Em entrevista à REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

Gonçalo Lopez, presidente da entidade, fez uma recapitulação<br />

do ano e do que espera para 2018.<br />

A<br />

year full of initiatives for the Sector. That was<br />

<strong>2017</strong> for Abpm, whose goal was to broaden the<br />

use of treated wood in the Country, in a scenario<br />

of opportunities generated by the restructuring of the building<br />

construction industry. In an interview with REFERÊNCIA<br />

<strong>Industrial</strong>, Gonçalo Lopez, President of the entity, recapped<br />

the year and what’s ahead in 2018.<br />

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Quais foram as principais ações da Abpm em <strong>2017</strong>?<br />

Dentre várias ações, podemos destacar aquelas que entendemos<br />

serem muito significativas a nossos associados.<br />

A realização de evento técnico em parceria com a FG4Mad<br />

Consultoria em Madeira e Malinovski. A Wood Protection -<br />

Conferência Sul-Americana de Tecnologias para Proteção<br />

de Madeiras aconteceu no mês de setembro, em Curitiba,<br />

e contou com mais de 150 profissionais da cadeia produtiva<br />

de madeira tratada que compartilharam e discutiram temas<br />

relevantes para o setor. O evento, que reuniu a família da<br />

preservação de madeiras depois de oito anos, deverá ser<br />

bianual e, como neste ano, fazer parte da SIM (Semana<br />

Internacional da Madeira);<br />

Criação de mais duas Diretorias Adjuntas: a de Relações<br />

de Mercado, sob responsabilidade de Jackson Cesar Correa<br />

Alves, da empresa Madtrat, com o objetivo de estreitar a<br />

relação com mercados importantes para o setor em nível<br />

nacional; e a Regional Sul, sob responsabilidade de Marcos<br />

Jachimek Flores, da Terra Sol, para buscar uma maior aproximação<br />

com os associados e não associados dessa região<br />

do país visando o fortalecimento da entidade.<br />

Criação de duas Comissões: a de Wood Frame, sob a<br />

coordenação de Leonardo Puppi Bernardi, da TWBrazil, e<br />

a de Certificação Qualitrat, sob minha coordenação.<br />

Essas diretorias e comissões foram criadas tanto<br />

com o intuito de motivar os associados a apresentarem<br />

suas experiências e também suas realidades locais, como<br />

também de marcar presença em debates e reuniões sobre<br />

assuntos que impactam o mercado de madeira tratada no<br />

país, como o caso do wood frame.<br />

Ressaltamos que já havia a Diretoria Adjunta de Normatização,<br />

sob a responsabilidade de Leonardo Puppi<br />

Bernardi, para contribuir com temas específicos de normatização<br />

na defesa dos interesses do setor, e a Comissão de<br />

Assuntos Regulatórios, coordenada por Rosa Maria de Sá<br />

Trevisan (Lonza), para representar a Abpm junto aos órgãos<br />

competentes em todas as questões regulatórias do setor.<br />

As ações conduzidas esse ano nos trouxeram resultados<br />

interessantes, e estamos entusiasmados para os<br />

próximos trabalhos que iniciarão a partir de 2018.<br />

Em <strong>2017</strong>, houve sinais claros que o país está saindo<br />

da crise?<br />

Neste ano, a economia apresentou sinais de recuperação,<br />

principalmente para alguns setores da preservação de<br />

madeiras como o ferroviário e da construção civil.<br />

Segundo informações do setor da construção civil, o<br />

ano de <strong>2017</strong> representou um dos piores desempenhos das<br />

últimas décadas, com recuo de perto de 7% em relação<br />

ao segundo trimestre de 2016. Porém a confiança na retomada<br />

da construção civil dá sinais positivos como reflexo<br />

do aumento de investimentos em terrenos por parte de<br />

construtoras. Isso deve resultar no aumento da demanda<br />

por produtos de madeira sólida de toras de maior diâmetro.<br />

What were the main actions taken by Abpm in <strong>2017</strong>?<br />

Amongst the many actions taken, we can highlight those<br />

which we believe to be very significant for our members:<br />

The holding of a technical event, in partnership with<br />

FG4Mad Consultoria em Madeira and Malinovski, Wood<br />

Protection - South American Conference of Technologies<br />

for Wood Protection, took place in September, in Curitiba,<br />

with more than 150 professionals from the treated wood<br />

productive chain in attendance, who shared and discussed<br />

relevant issues for the Sector. The event, which brought<br />

together the wood preservation family after eight years,<br />

should become biannual, and, as for this year, become part<br />

of the International Timber Week (SIM));<br />

Creation of two more Special Assistant Directors: Market<br />

Relations, under the responsibility of Jackson Cesar<br />

Correa Alves, from Madtrat, with the objective of strengthening<br />

the relationship with important markets for the<br />

Sector at the national level; and, for the Southern Region,<br />

under the responsibility of Marcos Jachimek Flores, from<br />

Terra Sol, to bring the members and non-members closer<br />

together within this Region aiming at strengthening the<br />

entity;<br />

Creation of two committees: the Wood Frame, under<br />

the coordination of Leonardo Puppi Bernardi, from TWBrazil,<br />

and the Qualitrat certification, under my coordination.<br />

These new directorates and committees have been<br />

created in order to motivate members to share their experiences<br />

and also their local reality, as well as marking a presence<br />

in discussions and meetings about issues that impact<br />

the treated wood market in the Country, as in the case of<br />

wood frame use.<br />

We emphasize that there already was a Special Assistant<br />

Director of Standardization under the responsibility of<br />

Leonardo Puppi Bernardi, to contribute to specific issues as<br />

to standardizations in the interests of the Sector, and the<br />

O uso da madeira<br />

proveniente de<br />

florestas plantadas na<br />

construção civil pode<br />

ser uma estratégia para<br />

mitigar a emissão de<br />

CO 2 (Gás Carbônico)<br />

DEZEMBRO | 27


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

Que apontamentos faria em relação ao mercado de<br />

preservativos de madeira: há espaço para crescer mais<br />

nos próximos anos, com medidas que incentivem toda<br />

a cadeia produtiva?<br />

A previsão de investimentos em infraestrutura no<br />

país em 2018 apresenta cenário otimista para a madeira<br />

tratada: no setor ferroviário há previsão de investimentos<br />

em torno de R$ 57,1 milhões a partir do próximo ano, com<br />

projetos que visam a ampliação, construção e manutenção<br />

de ferrovias. Existe uma análise de que se essa ampliação<br />

representar o uso de ferrovias eletrificadas, seriam construídas<br />

estruturas que permitiriam a diversificação dos<br />

negócios e ainda levar eletricidade até as comunidades<br />

mais remotas. Destaca-se ainda que segundo especialistas<br />

do setor a ferrovia, mesmo a diesel, é menos poluente que<br />

o modelo rodoviário.<br />

Além disso, podemos dizer que o uso da madeira tratada<br />

com qualidade pode ampliar a movimentação de cargas<br />

nas ferrovias, trazendo mais segurança e menos interrupções<br />

no tráfego ferroviário, aumentando o fluxo de trens<br />

carregados, principalmente de produtos do agronegócio.<br />

Os programas habitacionais, dentre eles o “Minha Casa<br />

Minha Vida”, assim como a retomada de crescimento do<br />

setor da construção civil, também apontam para uma obtenção<br />

de resultados melhores que os alcançados esse ano.<br />

Sem falar no agronegócio, principal mercado para nosso<br />

setor, que segundo as previsões, permanecerá aquecido.<br />

O que podemos prever para 2018 no setor?<br />

Acreditamos que o setor da preservação de madeiras<br />

terá um ano com resultados melhores que os alcançados<br />

em <strong>2017</strong>. Primeiramente pelos investimentos previstos<br />

em infraestrutura, que contribuirão de forma importante<br />

para o crescimento do setor. Teremos eleições e em anos<br />

como esse sempre há uma movimentação interessante<br />

Enxergamos na<br />

construção civil<br />

um grande mercado<br />

para preservação<br />

industrial de madeira<br />

Regulatory Affairs Commission, coordinated by Rosa Maria<br />

de Sá Trevisan (Lonza), to represent the Abpm within the<br />

competent organs on all regulatory issues.<br />

The actions conducted this year had interesting results,<br />

and we are excited as to the activities that will be initiated<br />

in 2018.<br />

In <strong>2017</strong>, were there any clear signs that the Country<br />

is coming out of the crisis?<br />

This year, the economy showed some signs of recovery,<br />

especially in some wood preservation such as the railway<br />

and building construction segments.<br />

According to information from the Building Construction<br />

Sector, <strong>2017</strong> represented one of the worst performances<br />

in recent decades, with a fall of nearly 7% compared to<br />

the second quarter of 2016. But confidence in the recovery<br />

of building construction is providing positive signs as to an<br />

increase of investments in land by builders. This should result<br />

in an increased demand for solid wood products from<br />

larger diameter logs.<br />

What would you do regarding the wood preservative<br />

market: is there room to grow in the coming years, with<br />

measures are needed to encourage the entire production<br />

chain?<br />

The forecast for investment in infrastructure in the<br />

Country in 2018 provides an optimistic outlook for treated<br />

wood: in the Rail Sector, the forecast calls for an investment<br />

of around R$ 57.1 million as of next year, in projects<br />

aimed at railway expansion, construction and maintenance.<br />

There is an analysis that if this expansion represents the<br />

use of electrified railways, structures would be built that<br />

would allow the diversification of business and even take<br />

electricity to remote communities. It should be pointed out<br />

that, according to industry experts, rail transport, even diesel,<br />

is less polluting than highway transport.<br />

In addition, we can say that the use of quality treated<br />

wood can increase cargo movement by railways, by providing<br />

more safety and less disruption to rail traffic, increasing<br />

the flow of loaded trains, mainly with agribusiness<br />

products.<br />

The housing programs, amongst them the "my house,<br />

my life", as well as the resumption of growth in the Building<br />

Construction Sector, also point to improved results being<br />

achieved this year. Not to mention agribusiness, the main<br />

market for our industry, according to forecasts, will remain<br />

stable.<br />

28 |<br />

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na economia o que pode provocar maiores investimentos<br />

públicos em obras de infraestrutura nos setores elétrico,<br />

ferroviário, transporte e habitação, entre outros. Também<br />

será um ano em que teremos a oportunidade de criar um<br />

ambiente positivo para o cenário político. O mercado<br />

financeiro também projeta um cenário favorável para a<br />

economia brasileira em 2018, com a expectativa de inflação<br />

controlada, crescimento elevado e juros de um dígito, e<br />

esse quadro cria ambiente de incentivo para investimentos.<br />

Ou seja, todos os cenários mostram a possibilidade de um<br />

PIB da construção mostrando uma significativa evolução<br />

para 2018.<br />

Também podemos incluir iniciativas como a do Núcleo<br />

da Madeira e da empresa Amata, com o anúncio de projeto<br />

de prédio totalmente em madeira, que ajudam a difundir<br />

o uso de eucalipto na construção civil no Brasil.<br />

Finalmente, uma das principais previsões de melhoria<br />

para toda a cadeia da madeira pode advir do possível<br />

lançamento, sob coordenação da Embrapa Florestas, do<br />

Plano Nacional de Florestas Plantadas, que contemplará<br />

o diagnóstico e inventário da situação do setor florestal o<br />

que permitiria a definição de metas de produção alinhadas<br />

às perspectivas de demanda.<br />

Acredita que a instabilidade política deve ser menos<br />

responsável pela insegurança do mercado nos próximos<br />

anos?<br />

É muito fácil ligar notícias do fraco desempenho da<br />

construção civil, por exemplo, como reflexo do encolhimento<br />

das construtoras envolvidas na operação Lava<br />

Jato, com a queda dos investimentos públicos e com o<br />

esfriamento do mercado imobiliário.<br />

Teremos uma grande oportunidade de mudar isso nas<br />

próximas eleições. O ambiente político clama por uma<br />

renovação e os caminhos a serem tomados a partir das<br />

eleições em 2018 determinarão o que vamos enfrentar<br />

nos próximos anos. Esperamos que o futuro seja o melhor<br />

possível para o nosso país.<br />

Hoje, quais mercados são os primordiais para a<br />

madeira tratada? A construção civil continua sendo o<br />

principal ou há espaço para diversificar?<br />

O mercado da preservação de madeiras atua hoje<br />

em quatro setores (ferroviário, elétrico, construção civil<br />

e rural), e cada um deles tem a sua importância. Com os<br />

investimentos previstos em ferrovias para os próximos<br />

anos, este é um setor que promete movimentar bastante<br />

o mercado da madeira tratada. As construções rurais continuarão<br />

com sua participação importante para atividade<br />

do setor, até por conta do aumento da produção de carnes<br />

bovina, suína e de frango, por exemplo.<br />

Enxergamos na construção civil um grande mercado<br />

para preservação industrial de madeira. Nos últimos anos<br />

as indústrias de preservação de madeiras vêm apresentado<br />

novas soluções em produtos e sistemas construtivos em<br />

What can we predict for 2018 in the Sector?<br />

We believe that the Wood Preservation Sector will have<br />

a better year as to results than those achieved in <strong>2017</strong>. Primarily<br />

due to investments in infrastructure, which should<br />

lead to important contributions to the growth of the Sector.<br />

We will have elections and, in years like this, there are<br />

always interesting movements in the economy that could<br />

lead to greater public investment in infrastructure works in<br />

the Rail, Transport Electrical and Housing Sectors, amongst<br />

others. It will also be a year in which we will have the opportunity<br />

to create a positive environment within the political<br />

landscape. The financial markets also project a favorable<br />

scenario for the Brazilian economy in 2018, with the expectation<br />

of controlled inflation, high growth and single-digit<br />

interest, and this will lead to the creation of incentives within<br />

the investment environment. That is, all scenarios lead<br />

to the possibility a building construction GDP showing a<br />

significant growth in 2018.<br />

We can also include initiatives, such as the Timber<br />

Nucleus and Amata, with the announcement of building<br />

project built entirely in wood, that help divulge the use of<br />

eucalyptus in building construction in Brazil.<br />

Finally, one of the main predictions for the improvement<br />

for the whole timber chain may come from the possible<br />

release, under the coordination of Embrapa Florestas,<br />

of the National Pan for Planted Forests, which will include<br />

the diagnosis and the inventory situation in the Forest Sector<br />

and allow for the definition of production goals aligned<br />

with demand prospects.<br />

Do you believe that political instability should be<br />

less responsible for insecurity in the market in the coming<br />

years?<br />

It's very easy to interpret the news of the weak performance<br />

in building construction, for example, as a reflection<br />

of the shrinkage of the construction companies involved in<br />

the Lava Jato operation, as well as the fall of public investments<br />

and the cooling of the housing market. We have a<br />

great opportunity to change this in the next election. The<br />

political environment calls for a renewal, and the paths to<br />

be taken from the elections in 2018 will determine what we<br />

will face in the coming years. We hope that the future will<br />

be the best possible for our Country.<br />

Today, what are the main markets for treated<br />

wood? Does building construction continue to be the<br />

main one or is there room to diversify?<br />

The wood preservation market, today, consists of four<br />

sectors (rail, electrical, building construction and rural),<br />

and each one of them has its own importance. With the investment<br />

planned in railways in the coming years, this is a<br />

Sector that promises to move the market for treated wood.<br />

Rural construction continues with an important participation<br />

for industry activity, on account of the increase in beef,<br />

pork and chicken production, for example. We see building<br />

DEZEMBRO | 29


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

madeira tratada, e esse será o caminho para aumentarmos<br />

a nossa participação nesse mercado. O Brasil tem um déficit<br />

habitacional e uma necessidade latente de variedade em<br />

sistemas construtivos, e nosso setor tem muito a contribuir<br />

com essa questão.<br />

O uso de novas tecnologias como a MLC (Madeira<br />

Laminada Colada) de eucalipto tem viabilizado grandes<br />

projetos. A utilização de CLT (Cross Laminated Timber) está<br />

sendo vista como solução para a construção de prédios de<br />

vários andares, totalmente em madeira. Por outro lado,<br />

temos notícias de que são poucos os plantios de eucalipto<br />

conduzidos atualmente no Brasil para a produção de toras<br />

de madeira serrada de grandes dimensões.<br />

Entre os principais benefícios da madeira em relação<br />

a outros materiais, acredita que falta maior divulgação<br />

para expandir os mercados no Brasil?<br />

Sem dúvida, entendo que uma questão essencial é a<br />

conscientização sobre madeira nas construções, principalmente<br />

para mudar quadros de baixo índice de utilização<br />

e da percepção de que a madeira esteja ligada a baixa<br />

qualidade de uma construção. Isso é tão importante, que<br />

podemos citar outras ações gerais do mercado da madeira<br />

nesse sentido, como a recente criação do Núcleo de<br />

<strong>Referência</strong> em Tecnologia da Madeira, com sede no IPT,<br />

cujo lançamento ocorreu na Expo GBC Brasil e tem como<br />

objetivos promover o uso da madeira na construção civil de<br />

modo sustentável, ampliar o uso de técnicas construtivas<br />

em madeira e contribuir para o uso racional de reservas<br />

florestais. Além disso, o IPT e a FSC Brasil assinaram acordo<br />

de cooperação tecnológica para a difusão da utilização da<br />

madeira na construção civil e movelaria.<br />

Podemos ressaltar alguns dos principais diferenciais<br />

da madeira tratada: trata-se de material renovável de ciclo<br />

Uma das principais<br />

previsões de melhoria para<br />

toda a cadeia da madeira pode<br />

advir do possível lançamento,<br />

sob coordenação da Embrapa<br />

Florestas, do Plano Nacional de<br />

Florestas Plantadas<br />

construction as an important market for industrial wood<br />

preservation. In recent years, the wood preservation industry<br />

has been presenting new solutions in building construction<br />

products and systems in treated wood, and this is the<br />

way to increase our participation in this market. Brazil has<br />

a housing shortage and a latent need in the variety of construction<br />

systems, and our industry has much to contribute<br />

to this issue.<br />

The use of new technologies, such as Glued Laminated<br />

Timber (Glulam), has made possible large eucalyptus projects.<br />

The use of Cross-Laminated Timber (CLT) is being seen<br />

as a solution to the construction of multi-story buildings,<br />

totally in wood.<br />

On the other hand, we have news that few eucalyptus<br />

plantations in Brazil are producing the large sized timber<br />

logs needed for the production of sawn wood.<br />

Amongst the main benefits of wood compared to<br />

other materials, do you believe there is a lack of greater<br />

disclosure of this to expand markets in Brazil?<br />

Certainly, I understand that a key issue is making use<br />

of wood in building construction, mainly changing the picture<br />

as to its little use and the perception that wood is used<br />

only for low-quality building. This is very important, such<br />

that we can cite other wood market activities in this direction,<br />

such as the recent creation of the Reference Nucleus<br />

for Wood Technology, headquartered in IPT, whose launch<br />

occurred at Expo GBC Brasil and aims to promote the use<br />

of wood in building construction in a sustainable way, to<br />

expand the use of constructive techniques using wood, and<br />

to contribute to the rational use of forest reserves. In addition,<br />

IPT and FSC Brazil signed a technology cooperation<br />

agreement for the use of wood in building construction and<br />

furniture making.<br />

We can highlight some of the main differences for treated<br />

wood: it is a short cycle renewable material, available,<br />

low-cost, standardized, versatile, beautiful, easy to handle,<br />

a good strength to weight ratio, and its supply can be administered<br />

by means of reforestation, making it a sustainable<br />

product. One of the most overlooked factors in the technical<br />

analysis of the use of wood is the energy consumption<br />

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curto, disponível, de baixo custo, normatizado, versátil,<br />

bonito, de fácil manuseio e excelente relação peso/resistência,<br />

e seu suprimento pode ser administrado por meio<br />

de reflorestamento, o que faz dele um produto ambientalmente<br />

sustentável. Um dos fatores mais negligenciados na<br />

análise técnica da utilização da madeira é o do consumo<br />

de energia para sua extração e beneficiamento, visto que<br />

sabidamente o uso de madeira consome menos energia do<br />

que a de outros materiais como o aço, cimento e alumínio.<br />

O uso da madeira proveniente de florestas plantadas<br />

na construção civil pode ser uma estratégia para mitigar a<br />

emissão de CO² (Gás Carbônico) e para a redução do consumo<br />

de energia na construção civil. Isso já ocorre em países<br />

que incentivam o uso da madeira por questões ambientais.<br />

A madeira tratada tem importantes diferenciais e vantagens<br />

sobre outros materiais e entre nossas ações para<br />

os próximos anos, a Abpm estará iniciando em 2018 um<br />

plano de marketing para, entre outros pontos, contribuir<br />

para aumentar de forma significativa a divulgação e a utilização<br />

do material madeira no mercado, principalmente<br />

a madeira tratada.<br />

O mercado de madeira tratada deve focar sempre a<br />

importação de seus produtos, ou há alguma possibilidade<br />

de ser também referência na exportação?<br />

Quando falamos do desenvolvimento do setor, necessariamente<br />

estamos abrangendo todas as etapas da<br />

cadeia. O mercado de preservação de madeiras no Brasil<br />

passa por um processo de evolução. Necessitamos de novas<br />

tecnologias em produtos, sejam eles os preservativos<br />

para madeira ou produto acabado (madeira tratada). As<br />

indústrias estão trabalhando intensamente nesse tema e<br />

o mercado já apresenta alternativas em preservativos que<br />

atendam a essa demanda.<br />

Hoje, no Brasil, a maior parte das usinas utiliza o CCA<br />

como preservativo, mas pensando na possibilidade de<br />

exportação de nossas madeiras tratadas as restrições a<br />

esse produto para algumas aplicações seriam uma barreira.<br />

Atualmente temos no mercado brasileiro tecnologias alternativas<br />

ao CCA como o CCB (Borato de Cobre Cromatado) e<br />

CA-B (Cobre Azoles) que podem ser utilizadas para a exportação<br />

de nossas madeiras. Importante que nosso mercado<br />

mantenha essa busca constante pelo desenvolvimento<br />

para que tenhamos sempre mais alternativas tecnológicas<br />

em produtos (preservativos/ madeira tratada).<br />

for its harvest and processing, since obviously, the use of<br />

wood consumes less power than other materials like steel,<br />

cement and aluminum.<br />

The use of wood from planted forests in building construction<br />

can be a strategy used to mitigate the emission of<br />

CO2 and the reduction of energy consumption in building<br />

construction. This already occurs in countries that are encouraging<br />

the use of wood due to environmental questions.<br />

The use of treated wood has important differentiators<br />

and advantages over the use of other materials and in 2018,<br />

amongst our actions over the coming years, Abpm will outline<br />

a marketing plan that will, amongst other things, contribute<br />

to significantly increasing the dissemination of this<br />

and timber use in the market, specially treated wood.<br />

Will the treated wood market always be focused on<br />

the import of their products, or is there also the possibility<br />

of becoming a reference as to the export of these<br />

products?<br />

When we speak of the development of the Sector,<br />

necessarily we are covering every stage of the chain. The<br />

wood preservation market in Brazil is going through a process<br />

of evolution. We need new technologies in products,<br />

be they wood preservatives or finished product (treated<br />

wood). Companies are intensely working on this subject<br />

and the market already offers alternatives to preservatives<br />

that meet this demand.<br />

Today, in Brazil, most plants use Chromated Copper<br />

Arsenate (CCA) as a preservative, but when thinking about<br />

the possibility of exporting our treated wood products, restrictions<br />

as to the use of this product for some applications<br />

is a barrier. In the Brazilian market, we currently have alternative<br />

technologies to CCA, such as Copper Chrome Boron<br />

(CCB) and Copper Azoles – Tebuconazole, type B (CA-B)<br />

that can be used for wood to be exported. It is important<br />

that our market maintain this constant search for the development<br />

of new products so that we always have more<br />

technological alternatives in products (preservatives/treated<br />

wood).<br />

Neste ano, a<br />

economia apresentou<br />

sinais de recuperação,<br />

principalmente para alguns<br />

setores da preservação de<br />

madeiras como o ferroviário e<br />

da construção civil<br />

DEZEMBRO | 31


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA ABIMCI<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

AVANÇOS IMPORTANTES EM <strong>2017</strong><br />

Muitas realizações se concretizaram neste ano e vão ser fundamentais para o<br />

desenvolvimento da indústria em 2018<br />

U<br />

m ano durante o qual a indústria da madeira trabalhou<br />

à margem dos acontecimentos econômicos e políticos,<br />

mas conseguimos avançar em pontos importantes<br />

como representação institucional, desenvolvimento comercial,<br />

avanço em normas técnicas importantes e diálogo com diferentes<br />

atores envolvidos na cadeia produtiva.<br />

No campo das relações internacionais e de promoção do<br />

produto brasileiro, a Abimci teve a oportunidade de estar em<br />

contato, delegações oficiais de diferentes países como China,<br />

Suíça, Inglaterra, Japão, Austrália. Além disso, participamos<br />

de missões técnicas internacionais como na Feira Ligna, na<br />

Alemanha, dos tradicionais eventos em Londres, e em agenda<br />

nos EUA (Estados Unidos da América). Neste último, estivemos<br />

no evento SelectUSASummit, em Washington, a convite do<br />

Departamento Comercial do Consulado dos EUA no Brasil, uma<br />

aproximação importante, consolidando e promovendo ainda<br />

mais esse mercado, que é o principal destino de boa parte dos<br />

produtos de madeira do brasil.<br />

Institucionalmente também foi um ano importante para a<br />

Abimci. Elegemos a diretoria para o triênio <strong>2017</strong>-2020 por aclamação,<br />

que mostra confiabilidade no trabalho e no direcionamento<br />

das ações da entidade e comemoramos 45 anos de sua fundação.<br />

Novos associados passaram a integrar o quadro da associação,<br />

reforçando o papel representativo que assumimos ao longo dessas<br />

mais de quatro décadas. Promovemos, além das inúmeras<br />

reuniões dos Comitês técnicos e reuniões plenárias, o III Encapp<br />

(Encontro da Cadeia Produtiva da Porta), evento consolidado, de<br />

alta qualidade e sucesso, tanto para fabricantes, visitantes, expositores<br />

e fornecedores da cadeia produtiva, e a segunda edição<br />

do WoodTrade Brasil, evento de avaliação do mercado interno<br />

e externo, inserido na programação da Semana Internacional<br />

da Madeira, que na edição desse ano tivemos a participação de<br />

mais de 7 mil pessoas nos vários eventos que aconteceram em<br />

Curitiba (PR), e que teve a participação ativa da Abimci na sua<br />

estruturação e promoção. Estivemos representados ainda, em<br />

eventos nos setores de biomassa, construção civil, indústria 4.0,<br />

sustentabilidade e governança, micro e pequena empresa, competitividade,<br />

logística reversa, energia, entre outros. Estreitamos<br />

relações de parcerias com diversas instituições com o intuito de<br />

desenvolver projetos conjuntos.<br />

No campo político, estivemos envolvidos com as discussões<br />

para propor alterações ao anexo da NR-12, em reuniões com representantes<br />

do Mdic (Ministério de Desenvolvimento, Indústria<br />

e Comércio Exterior), Ministério das Relações Exteriores, entre<br />

outros, e pela primeira vez a entidade se reuniu com o Banco<br />

Central do Brasil para fomentar um melhor entendimento pelo<br />

banco para a elaboração de políticas públicas, financeiras e de<br />

financiamentos para o setor<br />

Na parte técnica, retomamos o trabalho da Comissão de<br />

Estudos da Abnt (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para<br />

madeira serrada, uma das principais demandas do setor, participamos<br />

ativamente do desenvolvimento do Guia Orientativo de<br />

Esquadrias elaborado pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da<br />

Construção), avançamos de forma importante na estrutura macro<br />

da norma em estudo para o sistema construtivo wood frame,<br />

participamos de toda a discussão para atualização da norma de<br />

portas, que em breve terá sua publicação, e também obtivemos<br />

a publicação da norma para carreteis de madeira. Para fechar a<br />

atuação técnica, inúmeras empresas associadas participantes<br />

do Pnqm (Programa Nacional de Qualidade da Madeira) tiveram<br />

certificados de qualidade de renovados.<br />

Encerramos o ano com a certeza de que o setor madeireiro<br />

avançou em questões como união, representatividade e recuperação<br />

comercial em alguns de seus segmentos, e também<br />

com o perceptível aumento da confiabilidade empresarial e<br />

esperança de que os tempos mais difíceis de nosso país estão<br />

ficando para trás. Ainda há muito para ser feito. Sem o melhor<br />

dos cenários conseguimos fazer muito. Com uma boa vontade<br />

maior dos governantes na criação de políticas públicas, de planejamento<br />

de médio e longo prazos para o país, seria possível<br />

avançar ainda mais.<br />

Esperamos que 2018 seja um ano de transformações, que as<br />

tão necessárias mudanças estruturais e políticas aconteçam, que<br />

as reformas avancem, abrindo novas possibilidades para o setor<br />

produtivo e, com isso, para o Brasil. O setor industrial madeireiro<br />

tem muito a contribuir para o desenvolvimento econômico e<br />

social. Resta aos governantes fazerem a sua parte ou ao menos,<br />

não atrapalharem.<br />

Com uma boa vontade maior dos governantes na criação de<br />

políticas públicas, de planejamento de médio e longo prazos<br />

para o país, seria possível avançar ainda mais<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

TRADIÇÃO<br />

NO<br />

CORTE<br />

Fotos: divulgação<br />

DURABILIDADE DE<br />

DÉCADAS DA SERRA<br />

BAUKUS<br />

GARANTE À FRANZOI<br />

O TÍTULO DE UMA<br />

DAS MARCAS MAIS<br />

TRADICIONAIS DO<br />

MERCADO<br />

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DECADES OF DURABILITY<br />

OF THE BAUKUS<br />

SAW BLADE ENSURES THAT<br />

FRANZOI IS ONE OF THE<br />

MOST TRADITIONAL BRANDS<br />

IN THE MARKET<br />

TRADITION<br />

IN<br />

SAWING<br />

DEZEMBRO | 35


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

F<br />

undada em 29 de agosto de 1972, em Caxias do Sul,<br />

a Franzoi Ferramentas nasce do empreendedorismo<br />

familiar. Consolida-se, desde então, como líder de<br />

mercado na produção e comercialização de ferramentas para<br />

o setor madeireiro e moveleiro. Está presente, assim, em todo<br />

o território nacional, além de exportar para a América Latina.<br />

Inspirada pela visão inovadora do fundador Celso Franzoi, a<br />

empresa se mantém continuamente atualizada, investindo<br />

anualmente em equipamentos, tecnologias e sistemas de<br />

controles de última geração.<br />

Para garantir a confiabilidade de todos os seus produtos,<br />

a Franzoi Ferramentas utiliza os mais atuais métodos de controle<br />

e padronização dos processos fabris, assegurando assim<br />

a qualidade e o alto nível de acabamento em cada peça. O<br />

Grupo Franzoi prima por parcerias duradouras que fidelizam<br />

a confiança e a credibilidade tanto de clientes quanto de fornecedores.<br />

A experiência, o conhecimento e a dedicação de<br />

seus funcionários — cujo desenvolvimento e qualificação são<br />

constantemente aperfeiçoados — resultam em produtos de<br />

alto valor agregado.<br />

A gama de produtos com a marca Franzoi vai além da serra<br />

fita Baukus. A serra circular, já reconhecida no mercado pelo<br />

seu excelente custo x benefício e alto desempenho, é outro<br />

produto que se destaca dentro do portifólio da empresa. As<br />

serras circulares Franzoi são fabricadas através de modernos<br />

processos, que possibilitam a empresa produzir serras customizadas<br />

para cada cliente e que são projetadas especificamente<br />

para cada aplicação.<br />

F<br />

ounded on August 29, 1972, in Caxias do Sul, Franzoi Ferramentas<br />

was born out of family entrepreneurship. Since<br />

then, it has become consolidated as a market leader in the<br />

production and marketing of tools for the Woodworking and Furniture<br />

Making Sectors. It is present, throughout Brazil, as well as<br />

being exported throughout Latin America. Inspired by the innovative<br />

vision of founder Celso Franzoi, the Company has continually<br />

updated itself, investing in equipment, technologies and state-of-<br />

-the-art control systems.<br />

To ensure the reliability of all its products, Franzoi Ferramentas<br />

uses the most current control and standardization methods in its<br />

manufacturing processes, thus ensuring the high-level quality<br />

and finish of each piece. The Franzoi Group strives for long-lasting<br />

partnerships that instill trust and credibility both by customers<br />

as well as suppliers. The experience, knowledge and dedication<br />

of its employees — whose development and qualification are<br />

constantly being perfected — have resulted in high quality added<br />

value products.<br />

The range of products with the Franzoi brand goes beyond the<br />

Baukus ribbon saw. The circular saw, already recognized in the market<br />

for its excellent cost-benefit and high performance, is another<br />

product that stands out within the portfolio of the company.<br />

Franzoi Circular Saws are manufactured using modern processes<br />

that enable the company to produce customized saws for each<br />

customer and which are designed specifically for each application.<br />

The sales of the circular saws go beyond the national territory.<br />

With exports throughout Latin America, Franzoi has become the<br />

largest manufacturer of circular saws in South America.<br />

“SÃO BOAS PARA<br />

RECALQUE E<br />

LAMINAÇÃO, SE<br />

MANTENDO SEMPRE<br />

PLANA”<br />

DESTACA TEIXEIRINHA,<br />

DA AB LAMINADOS<br />

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“A SERRA BAUKUS É<br />

DIFERENCIADA, MAIS<br />

RESISTENTE. DOU CINCO<br />

ESTRELAS”<br />

MILTON DIRCKSEN, GERENTE DA<br />

SUL CATARINENSE<br />

As vendas das serras circulares vão além do território nacional.<br />

Com exportação para toda a América Latina, a Franzoi<br />

tornou-se a maior fabricante de serras circulares da América<br />

do Sul. O mix atual de produtos da empresa contempla, além<br />

das serras circulares e fita Baukus, serras fita Açoforte, serra<br />

fita estreita descartável, serras fita estreita bimetal, serviços<br />

de repastilhamento de serras circulares, facas para picador,<br />

facas para plainas, fresas e cabeçotes, discos para serras diamantadas<br />

e serras especiais para metal, além dos produtos da<br />

marca Santi para mercado moveleiro (serras circulares, brocas<br />

e fresas integrais).<br />

Seguindo fielmente o seu slogan - onde a evolução é nossa<br />

marca - a Franzoi posiciona-se para ser a solução completa de<br />

fornecimento de produtos para o mercado madeireiro, expandindo<br />

assim, o mix citado acima.<br />

Na velocidade atual da tecnologia, mantendo seus princípios<br />

básicos e se adequando às demandas futuras, a Franzoi<br />

Ferramentas traz tendências para o mercado, sem perder seu<br />

alicerce, a evolução torna-se a marca da empresa. Seus 45 anos<br />

são marcados pelo lançamento de novos produtos, firmando<br />

seu propósito. A empresa que nasceu para atender o mercado<br />

brasileiro mostra atualmente ao continente que transformar<br />

aço não é somente um processo industrial, mas sim, trabalhar<br />

inovando com comprometimento e dedicação, dia a dia, esculpindo<br />

expectativas em qualidade e satisfação.<br />

A REFERÊNCIA INDUSTRIAL acompanhou a serra Baukus<br />

em ação com alguns dos seus clientes, que trabalham há décadas<br />

junto a Franzoi. Em atuação desde 1979, a Laminados<br />

AB, localizada em Caçador (SC), conta com 206 funcionários e<br />

tem na madeira de pinus serrada e estufada o seu carro chefe.<br />

“Há mais de 30 anos compramos serras frequentemente<br />

com eles”, relata Hipólito Lunardelli, afiador da empresa,<br />

também conhecido como Teixeirinha. “Possuímos 36 serras<br />

Baukus, em giro. Possuem uma excelente qualidade, sempre<br />

mantendo a mesma eficiência. São boas para recalque e laminação,<br />

se mantendo sempre plana. Elas têm também grande<br />

The company's current mix of products includes, in addition to<br />

the circular saws and Baukus tape, Abreforte tape saws, narrow<br />

disposable band saws, narrow bimetal band saws, circular saws<br />

reptening services, chopper knives, planer knives, saws for diamond<br />

saws and special saws for metal, as well as Santi brand products<br />

for the furniture market (circular saws, drills and integral cutters).<br />

Faithfully following its slogan, (where evolution is our brand),<br />

Franzoi is positioned to be the complete solution to supply products<br />

for the timber market, thus expanding the mix mentioned above.<br />

Over the years, its saw blade brand has become a reference<br />

in the market, with the Company expanding its business line,<br />

consolidating on its experience and technology. Its products show<br />

performance differentials on the market, and engineering translates<br />

the problem into a solution, the possibility into reality, and the<br />

difficulty into learning, by providing a product with customized<br />

support to meet the needs of its customers.<br />

Keeping up with the current speeds of technological advances,<br />

while maintaining its basic principles and adapting to future<br />

demands, the Company follows market trends without losing its<br />

basics, where evolution becomes the Company's mark. Its 45 years<br />

are marked by the launch of new products, firming up its purpose.<br />

The Company that was born to meet the needs of the Brazilian<br />

market is currently showing the continent that transforming steel<br />

is not only in an industrial process, but rather, one of innovating<br />

with commitment and dedication in the day-to-day, meeting expectations<br />

with quality and satisfaction.<br />

REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> accompanied the Baukus saw blade<br />

in action with some selected customers, who have been working<br />

with Franzoi for decades. In operation since 1979, Laminados AB,<br />

located in Caçador (SC), has 206 employees where sawn pine and<br />

panels are its main products.<br />

“For over 30 years, we have frequently bought saw blades from<br />

them,” reports Hipólito Lunardelli, also known as Teixeirinha, blade<br />

sharpener for the Company. “We have 36 Baukus saw blades, in<br />

use. They are of an excellent quality, always maintaining the same<br />

efficiency. They are good for setting and sharpening, always keeping<br />

DEZEMBRO | 37


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

“REDUZIMOS NOSSAS<br />

TROCAS E HÁ MENOS<br />

PARADAS NA LINHA DE<br />

PRODUÇÃO, RESPEITANDO<br />

APENAS OS HORÁRIOS<br />

PROGRAMADOS E<br />

NECESSÁRIOS”<br />

SALVADOR AFINOVITZ,<br />

DA BERNECK<br />

durabilidade de corte: passam em média 2.500 toras por dia,<br />

com a mesma qualidade, sem troca de serra. Não possuem<br />

maiores problemas de trinca com a máquina rodando há 5<br />

anos, provando a qualidade e eficiência da mesma”. Quando<br />

o assunto é assistência técnica, o atendimento e o pós-venda<br />

são bem recomendados. “Quando precisamos, tudo ocorreu<br />

dentro do previsto”, afirma Teixeirinha.<br />

A Berneck, fundada em 1952, é outro cliente satisfeito<br />

da Baukus/Franzoi. A dimensão também é significativa: atua<br />

com cerca de 2.661 funcionários em suas diversas unidades.<br />

A de Curitibanos (SC), em que as serras atuam, iniciou em<br />

2012 a produção de MDF, em novembro 2013 a produção de<br />

madeiras serradas e, no fim de 2016, a produção de MDP.<br />

“Somos especializados em painéis MDP, MDF e HDF além de<br />

pinus e teca serrados”, conta Salvador Afinovitz, supervisor<br />

de afiação. “Eu já conhecia os produtos da empresa com uso<br />

das serras fitas e circulares em outra empresa. Ao iniciarmos<br />

as atividades na Berneck, na unidade de Curitibanos, foram<br />

adquiridas serras de outras marcas que não deram os resultados<br />

que esperávamos, então compramos um lote pequeno de<br />

serras para a gerência conhecer o produto Franzoi e, hoje, é o<br />

nosso principal fornecedor.”<br />

Na unidade de Curitibanos, a Berneck possui seis serras<br />

fitas, sendo quatro com serras de 12 x 1,83 mm (milímetros) e<br />

duas que usam serra de 8 x 1,47 mm. “A produtividade aumentou<br />

muito com a Baukus”, elogia. “Agora, trabalhamos um<br />

turno sem precisar fazer trocas. Com isso, o setup é baixíssimo,<br />

melhorou bastante os desvios e estamos trabalhando com 0,5<br />

mm ao longo da peça. Também, tivemos redução no consuflat.<br />

They also have excellent durability: sawing on average 2,500<br />

logs per day, with the same quality, without having to change the<br />

blade. They present no major problems as to fissures even after 5<br />

years of use, proving their quality and efficiency.” When it comes<br />

to technical assistance and after-sales service, they are well recommended.<br />

“When we need help, it was provided as forecast,”<br />

says Teixeirinha.<br />

Berneck, founded in 1952, is another satisfied Baukus/Franzoi<br />

customer. Size is also significant: the Company operates with about<br />

2,661 employees in its various units. In the one in Curitibanos,<br />

where the saw blades are used, MDF production began in 2012,<br />

sawn wood production in November 2013, and MDP production<br />

at the end of 2016. “We specialize in MDP, MDF and HDF panels,<br />

as well sawn pine and teak,” says Salvador Afinovitz, Sharpening<br />

Supervisor. “I was already familiar with Baukus/Franzoi products<br />

as to their use for band and circular saws in another company. In<br />

initiating activities at Berneck, in the Curitibanos unit, saw blades<br />

were acquired from other companies that did not lead to the results<br />

we had hoped for, so we bought a small lot of Franzoi saw blades<br />

for management to get to know the product and, today, Franzoi<br />

is our main supplier.<br />

In the Curitibanos unit, Berneck has six band saws, where four<br />

use 12 x 1.83 mm blades and two use 8 x 1.47 mm blades. “Productivity<br />

increased substantially with the use of Baukus blades,” he<br />

says. “Now, we complete a shift without having to change blades.<br />

With that, setup has become less expensive, deviations are vastly<br />

improved, and we are working with a 0.5 mm cut along each piece.<br />

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mo, iniciamos com 65 serras/ano e, com a Baukus, estamos<br />

gastando 47 serras. Ou seja: menos 18 serras/ano, o que dá um<br />

percentual de 38,3 % de economia”, destaca Salvador.<br />

A Berneck relata que houve um pequeno revés, resolvido<br />

à época com pronta eficiência. “Tivemos um problema o qual<br />

foi relatado por telefone para o atendente. No dia seguinte,<br />

o diretor entrou em contato com a Berneck e, em cinco<br />

dias, tivemos uma visita dos técnicos da fábrica de aço e a<br />

substituição se deu de forma rápida”, conta. “O pós-venda é<br />

altamente recomendável, eles são muito bons. As serras são<br />

de ótima qualidade. Superior em resistência e tem um ótimo<br />

rendimento. Como ela absorve bem o impacto, não rompe<br />

facilmente. Dessa forma reduzimos nossas trocas e há menos<br />

paradas na linha de produção, respeitando apenas os horários<br />

programados e necessários.”<br />

A Sul Catarinense começou há mais de 40 anos em Capivari<br />

de Baixo (SC), mas mudou o nome fantasia apenas em 2005.<br />

As serras Baukus são utilizadas há pelo menos 30 anos, uma<br />

parceria que já dura há mais de metade da duração da própria<br />

empresa. “A serra Baukus é diferenciada, mais resistente. Dou<br />

cinco estrelas”, pontua Milton Dircksen, gerente da empresa.<br />

“Hoje, temos 35 funcionários, a maioria atuando diretamente<br />

com a serra. Nosso carro chefe é madeira serrada para caixaria<br />

e construção civil. Produzimos cerca de 2.500 m³ (metros cúbicos)<br />

ao mês, eu estimo. Nosso mercado de atuação é 100%<br />

mercado interno.”<br />

Atualmente, a Sul Catarinense conta com cerca de 60<br />

serras Baukus, todas revezadas no dia a dia. “A produtividade<br />

é excelente, não dá problema mesmo”, elogia. “Nunca vi serra<br />

melhor e nunca cogitei trocar. Quando precisei de assistência,<br />

o atendimento foi 100%. É uma empresa muito séria.”<br />

Also, we had a reduction in consumption, we started using 65 saw<br />

blades/year and now with Baukus saw blades, and now we only<br />

use 47. That is: 18 fewer saw blades per year, which has led to a<br />

38.3% savings,” says Berneck Supervisor Salvador..<br />

Berneck reports that there was a small problem, resolved at<br />

the time quickly and efficiently. “We had a problem which was reported<br />

by telephone. The next day, the Director contacted Berneck<br />

and, in five days, we had a visit from steel factory technicians and<br />

replacements occurred quickly,” he says. “The aftermarket service<br />

is highly recommended, they are very good. The saw blades are of<br />

excellent quality. Superior in strength and have a good yield. As they<br />

well absorb impacts, they don’t break easily. Thus, we have reduced<br />

replacements and there are fewer stoppages on the production<br />

line, respecting only programmed and necessary maintenance.”<br />

Sul Catarinense began operations more than 40 years ago in<br />

Capivari de Baixo (SC), but changed the name by how it is now<br />

known in 2005. Baukus saw blades have been used for at least 30<br />

years, a partnership that has lasted for more than half the time<br />

that the company has been in operation. “The Baukus saw blade<br />

is differentiated, tougher. I give it five stars,” says Milton Dircksen,<br />

Manager of the Company. “Today, we have 35 employees, most<br />

working directly with the saw blade. Our flagship product is sawn<br />

wood for boxes and building construction. We produce approximately<br />

2,500 m³ per month, I estimate. Our market is 100% domestic.”<br />

Currently, Sul Catarinense has about 60 Baukus saw blades,<br />

being rotated every day. “Productivity is excellent; there have been<br />

no problems” he praises. “I've never seen better saw blades and<br />

have never contemplated changing. When I need assistance, the<br />

service has been 100%. It is a very serious company.”<br />

“AO INICIARMOS AS<br />

ATIVIDADES NA BERNECK,<br />

FORAM ADQUIRIDAS SERRAS<br />

DE OUTRAS MARCAS QUE NÃO<br />

DERAM OS RESULTADOS QUE<br />

ESPERÁVAMOS. COMPRAMOS,<br />

ENTÃO, UM LOTE PEQUENO DA<br />

FRANZOI E HOJE É O NOSSO<br />

PRINCIPAL FORNECEDOR"<br />

SALVADOR AFINOVITZ,<br />

SUPERVISOR DE AFIAÇÃO<br />

DEZEMBRO | 39


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

40 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


CASTELO DE<br />

MADEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO DO SHOPPING<br />

IGUATEMI, EM FORTALEZA (BA), ABRIGA<br />

AUDACIOSO PROJETO DE PERGOLADO<br />

DEZEMBRO | 41


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

A<br />

praça de alimentação do Shopping Iguatemi de<br />

Fortaleza (CE) foi projetada pra ser uma grande<br />

pérgola de madeira, proporcionando assim um<br />

bem-estar e aconchego aos frequentadores. Toda a estrutura<br />

é de MLC (Madeira Laminada Colada de Abeto), proveniente<br />

de florestas de reflorestamento da Áustria. A estrutura foi<br />

calculada pela Carpinteria Estruturas de Madeira em parceria<br />

com a empresa italiana Moretti Interholz e foi toda produzida<br />

na fábrica italiana.<br />

No total foram utilizados 1.200 m³ (metros cúbicos) de<br />

madeira laminada colada reta e curva com vãos livres de até<br />

48 m (metros). Para transportar as peças ao Brasil, as vigas<br />

foram dimensionadas com no máximo 12 m de comprimento,<br />

assim caberiam em contêineres para transporte marítimo.<br />

No total foram utilizados 40 contêineres trazendo as vigas,<br />

pilares e conexões metálicas de aço galvanizado, partindo<br />

do porto de Gênova.<br />

As peças foram desenhadas uma a uma e cortadas<br />

numa máquina de corte CNC (Computer Numeric Control),<br />

onde a máquina lê o desenho de CAD e interpreta os cortes<br />

realizando-os automaticamente. Assim os furos e encaixes<br />

são totalmente precisos, deixando para a obra apenas alguns<br />

pequenos ajustes. A equipe de montagem foi constituída de<br />

brasileiros italianos. As obras iniciaram no dia 13 de janeiro de<br />

2014 foram entregues em meados de agosto de 2014.<br />

“Trata-se da maior estrutura de madeira já construída<br />

em todo o Brasil, sendo assim um marco na arquitetura<br />

brasileira”, destaca Paulo Bastos, um dos engenheiros responsáveis.<br />

“Para se ajustar ao clima brasileiro, toda a madeira<br />

foi submersa em um cupinicida para tratamento superficial<br />

e depois recebeu duas camadas de um stain hidrorrepelente<br />

pra proteção da umidade.”<br />

A estrutura foi dimensionada também para suportar no<br />

mínimo 60 minutos de ação de fogo, prevista nas normas européias.<br />

A cobertura é de policarbonato. Além de Bastos, estiveram<br />

no comando deste projeto os engenheiros Alan Dias, da<br />

Carpinteria Estruturas de Madeira e os Engenheiros italianos<br />

Paolo Serioli e Paolo Bentivoglio da Moretti Interholz Itália.<br />

“O primeiro cenário que apresentei foi o da estrutura ser<br />

100% calculada e fabricada no Brasil, por indústrias brasileiras<br />

e montada por uma equipe brasileira”, conta Bastos. “Pra<br />

isso entrei em contato com a Esmara Estruturas de Madeira,<br />

fabricante de MLC do sul do país, dirigida pelo Engenheiro<br />

Andreas Hosch e com a ITA Construtora, baseada em São<br />

Paulo, do Engenheiro Hélio Olga. A ideia seria trabalharmos<br />

em conjunto, a Carpinteria no Projeto Estrutural e Montagem<br />

e a Esmara e a ITA no fornecimento da MLC.”<br />

Além de ser uma estrutura única no país, a grande premis-<br />

ALÉM DE SER UMA ESTRUTURA<br />

ÚNICA NO PAÍS, A GRANDE<br />

PREMISSA DE SE UTILIZAR MADEIRA<br />

NO PROJETO DESTA COBERTURA<br />

ERA QUE O SHOPPING TINHA QUE<br />

SE ADEQUAR AO SELO LEED<br />

42 |<br />

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sa de se utilizar madeira no projeto desta cobertura era que o<br />

shopping tinha que se adequar ao selo Leed (oferecido pelo<br />

GBC - Green Building Council), ganhando créditos de carbono<br />

e assim pontuando cada vez mais pra receber o certificado de<br />

sustentabilidade.<br />

“Percebi que na estrutura do shopping estaríamos utilizando<br />

por volta de 1.200 m³ de MLC. Fazendo as contas, isso<br />

dá 1.200 t (toneladas) de CO² (Gás Carbônico) sequestrados<br />

da atmosfera”, avalia Bastos. “Para que nossos desenhos<br />

fossem compatíveis com as máquinas que a Moretti Interholz<br />

trabalha na Itália, adquirimos o software suíço Cadwork,<br />

utilizado por escritórios de estruturas de madeira no mundo<br />

todo e que gera desenhos onde uma máquina CNC pode ler<br />

e cortar as peças automaticamente. Adquirimos também o<br />

software alemão de cálculo estrutural Rstab da Dlubal, cujo<br />

módulo de estruturas em madeira é um dos mais completos<br />

no mundo. Houve muita troca de informação nessa fase entre<br />

nós da Carpinteria e a Moretti Interholz. Foi bem divertido,<br />

por sinal. No fundo percebemos que éramos sim capazes de<br />

ter uma estrutura como essa no Brasil.”<br />

NO TOTAL FORAM<br />

UTILIZADOS 1.200 M³<br />

(METROS CÚBICOS) DE<br />

MADEIRA LAMINADA COLADA<br />

RETA E CURVA COM VÃOS<br />

LIVRES DE ATÉ 48 M (METROS)


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

44 |<br />

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HÓSPEDE<br />

DE LUXO<br />

DO CLÁSSICO AO MODERNO, SOLUÇÕES EM MADEIRA PODEM<br />

TRANSFORMAR O AMBIENTE POR SUA VARIEDADE DE FORMAS,<br />

TAMANHOS E SOFISTICAÇÃO<br />

Fotos: divulgação<br />

DEZEMBRO | 45


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

A<br />

tualmente, hotéis têm adotado novos conceitos<br />

em seus projetos arquitetônicos. Em alguns<br />

deles, linhas mais clássicas, paredes brancas<br />

e móveis tradicionais deram lugar a texturas, cores diversas<br />

e mobiliário moderno, versátil e criativo. Nesta<br />

atualização de design, a marcenaria entra como ponto<br />

forte ao trazer, ao mesmo tempo, leveza e sobriedade<br />

aos ambientes, fazendo parte da própria estrutura. A<br />

marcenaria normalmente representa o maior custo na<br />

implantação hoteleira e, portanto, o item que deve ser<br />

melhor elaborado.<br />

A grande vantagem da marcenaria é a possibilidade<br />

de personalização dos ambientes. Antigamente, os<br />

quartos eram padronizados e as áreas comuns eram<br />

projetadas apenas para cumprir funções específicas sem<br />

diferenciais.<br />

Hoje, o hóspede busca algo diferente, ele quer<br />

entrar em um ambiente e sentir experiências novas. A<br />

marcenaria dá liberdade para que o arquiteto consiga<br />

criar espaços inusitados e impactantes, além de oferecer<br />

diversas opções de acabamentos, texturas e se adequar<br />

as dimensões dos ambientes.<br />

De acordo com o Catálogo de Madeiras Brasileiras<br />

para Construção Civil, produzido pela organização WWF<br />

e pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), o Estado<br />

de São Paulo é o maior consumidor de madeira tropical<br />

no Brasil, tendo recebido em 2011, 14% da produção<br />

madeireira amazônica certificada. Deste volume, 56%<br />

são painéis compensados e 38%, madeira serrada. A<br />

construção civil e a indústria moveleira destacam-se<br />

como os principais setores de consumo dessa madeira<br />

e para garantir o seu suprimento e uso sustentável, é<br />

necessário assegurar sua procedência, de origem legal<br />

e não predatória.<br />

Segundo Consuelo Jorge, arquiteta experiente<br />

responsável por projetos de hotelaria, incorporações,<br />

Todas as soluções<br />

que são propostas<br />

nos projetos que<br />

realiza precisam ter<br />

alta durabilidade,<br />

resistência e serem<br />

de fácil manutenção<br />

46 |<br />

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esidências, design de mobiliário, entre outros, sempre<br />

buscam-se as melhores soluções de design, porém elas<br />

devem respeitar as limitações financeiras apresentadas<br />

junto com o briefing inicial do projeto. Além do custo ser<br />

essencial para a escolha do material, ele deve ter alta<br />

durabilidade para que não necessite ser reparado ou<br />

substituído com muita frequência. “O uso e manuseio<br />

dos móveis na hotelaria é intenso e eles precisam resistir<br />

a batidas, arranhões ou outros acidentes que podem<br />

acontecer”, afirmou a arquiteta.<br />

Em relação a marcenaria de hotelaria, os melhores<br />

materiais são o MDF (Medium Density Fiberboard) e o<br />

MDP (Medium Density Pannel) por atenderem todos<br />

estes requisitos. Os cuidados com os móveis de madeira<br />

devem ser feitos desde o seu transporte, descarregamento,<br />

armazenagem e, depois que estão instalados, a sua<br />

manutenção e limpeza. Tanto móveis feitos em MDF ou<br />

MDP são destinados para o uso em áreas internas e não<br />

devem ser expostos à ação da água. Estes produtos não<br />

possuem camadas de proteção e nem alta resistência a<br />

riscos e abrasão, portanto devem ser evitados em áreas<br />

O painel de MDF pode ser<br />

revestido com películas<br />

decorativas melamínicas que<br />

são mais resistentes que a<br />

pintura, solução mais adequada<br />

no segmento de hotelaria<br />

a família razi/alca deseja a<br />

todos um Natal pleno de<br />

harmonia e um Ano Novo<br />

repleto de novas conquistas.<br />

Boas Festas!<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MARCENARIA<br />

Além do custo ser essencial para a<br />

escolha do material, ele deve ter alta<br />

durabilidade para que não necessite<br />

ser reparado ou substituído com muita<br />

frequência<br />

de pisos, sendo destinados para o uso de paredes ou<br />

confecção de mobiliário.<br />

De acordo com Consuelo Jorge, as soluções em madeira<br />

devem auxiliar nas operações diárias do hotel para<br />

minimizar a necessidade de reparos constantes e tornar<br />

a rotina dos funcionários mais ágil e prática. A marcenaria<br />

deve ser pensada para suprir todas estas necessidades,<br />

portanto, a escolha dos acabamentos e dos materiais<br />

utilizados são extremamente importantes para garantir<br />

a qualidade dos móveis.<br />

Segundo ela, todas as soluções que são propostas<br />

nos projetos que realiza precisam ter alta durabilidade,<br />

resistência e serem de fácil manutenção. O MDF e o MDP<br />

são soluções feitas de placas de madeira prensadas, a<br />

diferença principal está na composição destas placas,<br />

o que faz com que tenham características diferentes. O<br />

painel de MDF pode ser revestido com películas decorativas<br />

melamínicas que são mais resistentes que a pintura,<br />

solução mais adequada no segmento de hotelaria.<br />

A marcenaria tem o poder de sofisticar um ambiente,<br />

como é o caso do projeto do restaurante do hotel Pullman<br />

Vila Olímpia, na capital paulista, realizado pelo escritório<br />

Consuelo Jorge Arquitetos. Foi criado um grande painel<br />

ripado em marcenaria que deu a sensação de aconchego,<br />

sofisticação e criou uma textura ritmada no ambiente.<br />

Outra vantagem da marcenaria é poder criar desenhos<br />

48 |<br />

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com cores e texturas diferentes.<br />

“Utilizamos este conceito no balcão do Sushi Bar<br />

do Pullman Vila Olímpia. A parte de baixo do balcão é<br />

revestida em painel de madeira da Oca Brasil que cria um<br />

movimento através de um mosaico de formas geométrica”,<br />

contou Consuelo.<br />

A marcenaria pode ser desenvolvida também com<br />

detalhes de iluminação embutida, tornando o ambiente<br />

mais contemporâneo, o que acontece no projeto da recepção<br />

do hotel Adagio Alphaville, implantado no final<br />

de 2016. O requadro do balcão é iluminado através de<br />

um acrílico fosco, chamando a atenção do hóspede para<br />

esta área.


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

NOITE<br />

PARA<br />

CELEBRAR<br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

ENTREGA DO PRÊMIO REFERÊNCIA REÚNE EMPRESÁRIOS,<br />

PROFISSIONAIS E ACADÊMICOS DO SETOR DE BASE FLORESTAL<br />

50 |<br />

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N<br />

o dia 20 de novembro, em Curitiba (PR), houve<br />

uma rara oportunidade de testemunhar um encontro<br />

entre os grandes representantes do país<br />

ligados ao beneficiamento de produtos madeireiros, fabricação<br />

de móveis, manejo florestal, biomassa e outros seg-<br />

“Teremos<br />

mentos associados. Tratava-se do PRÊMIO REFERÊNCIA,<br />

que chegou à 15ª edição com fôlego de sobra, sendo palco<br />

de discursos positivos e vislumbrando um cenário animador<br />

para 2018.<br />

Em <strong>2017</strong>, o PRÊMIO REFERÊNCIA prezou pela diversidade.<br />

Trabalhos com aportes simples e grandiosos tiveram<br />

espaço semelhante. Antes do anúncio dos premiados, foi<br />

apresentada aos convidados do evento, a criação do Espaço<br />

Madeira para a ForMóbile 2018, feira realizada em São<br />

Paulo (SP). O local será dedicado a promover ainda mais o<br />

segmento de madeira maciça no mercado, idealizado pelo<br />

GRUPO JOTA com apoio da Abimci (Associação da Indústria<br />

de Madeira Processada Mecanicamente), serão dez empresas<br />

referências do setor que apresentarão seus lançamentos<br />

dedicados ao segmento.<br />

na feira uma área de mais de 300 m² (metros<br />

quadrados) com produtos e serviços ligados ao segmento<br />

e, além disso, um espaço com palestras e conteúdo voltado<br />

para este público. Essa parceria tem como objetivo valorizar<br />

o setor e levar aos fabricantes de móveis, arquitetos, marceneiros<br />

e revendas mais possibilidades na fabricação dos<br />

móveis”, comenta Tatiano Segalin, Show Manager da For-<br />

Móbile.<br />

Para Fábio Machado, diretor comercial do GRUPO JOTA,<br />

a importância da ForMóbile para o setor da madeira é muito<br />

significativa, já que a expectativa do mercado para o próximo<br />

ano é de forte crescimento e a feira estará no centro desse<br />

acontecimento. “A realização do evento na cidade de São<br />

Paulo facilita o contato entre fornecedores e empresas de<br />

regiões distantes de nosso país, pois, a capital paulista fica<br />

praticamente no centro do Brasil e com inúmeras opções de<br />

transporte aéreo”, complementa.<br />

CONHEÇA OS 10 DESTAQUES DO ANO E O MOTIVO DE CADA ESCOLHA<br />

ABTCP<br />

Claudia D'Amato do Marketing da Abtcp e<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial do<br />

GRUPO JOTA<br />

O associativismo é a base para que um setor evolua, conquiste espaço<br />

e cresça. Neste ano a Abtcp (Associação Brasileira Técnica de Celulose e<br />

Papel) comemora meio século de história. Ao longo deste tempo a entidade<br />

mostrou caminhos e as tendências mundiais deste setor tão dinâmico,<br />

principalmente, por meio do congresso que realiza anualmente. A<br />

capacitação profissional e pessoal, tão importante quanto os avanços tecnológicos,<br />

também parte dos objetivos centrais da Abtcp, assim como a<br />

disseminação de conhecimento por meio da publicação técnica de produção<br />

própria. "Gostaria de agradecer essa homenagem dedicada à associação.<br />

Desde a sua fundação, nos dedicamos ao desenvolvimento técnico de<br />

profissionais, sempre buscando acompanhar os novos tempos", afirmou<br />

Claudia D'Amato, do Departamento de Marketing da Abtcp.<br />

DEZEMBRO | 51


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

COMPENSADOS CONFIANÇA<br />

Ademar Morgan, representante da<br />

Compensados Confiança e Pedro Bartoski Jr.,<br />

diretor executivo do GRUPO JOTA<br />

Representante do setor produtivo do norte do país, a Compensados<br />

Confiança utiliza o paricá para a confecção de seus produtos. A espécie<br />

nativa é plantada, possui grande qualidade e rápido crescimento. Ao lado<br />

de mais duas indústrias, ela é responsável por boa parte da renda gerada<br />

em Rondon do Pará (PA). A companhia tem um trabalho para o fomento<br />

do plantio florestal com assentados em áreas próximas. É uma parceria<br />

com órgãos governamentais para fornecer insumos e técnicas a agricultores<br />

que terão na floresta outra fonte de renda. "É uma honra estar aqui<br />

esta noite recebendo esse prêmio, realmente, é um incentivo para a indústria.<br />

Os grandes homenageados desta noite do nosso setor deveriam<br />

ser a equipe do GRUPO JOTA, que tanto faz pelo nosso setor", discursou<br />

Ademar Morgan, representante Comercial para o sul do país e agente de<br />

exportação.<br />

CONCREM WOODS<br />

Joseane Knop, diretora de Negócios do<br />

GRUPO JOTA, Silvano D'Agnoluzzo, diretor<br />

da Concrem Wood<br />

A Concrem Wood Agroindustrial é uma moderna empresa, criada em<br />

2013 para a fabricação de portas de madeira de plantios florestais e componentes.<br />

Com sede em Dom Eliseu (PA), os produtos fabricados pela<br />

indústria conquistaram a certificação da Abnt (Associação Brasileira de<br />

Normas Técnicas) para Portas de Madeira para Edificações. A empresa faz<br />

parte da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente) e é integrante do PSQ (Programa Setorial de Qualidade).<br />

"Com muito orgulho venho lá do Pará para receber esse prêmio. É um reconhecimento<br />

muito bom para o nosso setor, que a cada vez busca mais a<br />

sustentabilidade", Silvano D'Agnoluzzo, diretor da Concrem Wood.<br />

FIBRIA<br />

Caio Zanardo, diretor florestal da Fibria e Fábio<br />

Machado, diretor comercial do GRUPO JOTA<br />

Sobraram motivos para a escolha da quarta premiada. Não bastasse a<br />

presença internacional no competitivo mercado de celulose e os avanços<br />

tecnológicos na logística florestal com a introdução do pentatrem e do viveiro<br />

de mudas automatizado, <strong>2017</strong> é o ano de inauguração da nova planta<br />

industrial de Três Lagoas (MS). O prêmio não foi conquistado somente pelos<br />

números estratosféricos que a companhia atingiu, mas pela incansável<br />

vontade de evoluir e inovar. "Em nome da Fibria, é uma satisfação receber<br />

esse prêmio, <strong>2017</strong> foi um ano que marcou uma nova fronteira, com o projeto<br />

em Três Lagoas", afirmou Caio Zanardo, diretor florestal.<br />

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GRUPO LWART<br />

O Grupo Lwart criou um forte laço com o povo de Lençois Paulistas<br />

(SP). Entre as iniciativas estão ações ligadas à cultura, esporte, lazer e preservação<br />

do meio ambiente. Em junho, o grupo apresentou uma mostra<br />

com arte digital. Com a temática: Conscientizar para Preservar; em comemoração<br />

ao Mês do Meio Ambiente, foram realizadas oficinas do projeto:<br />

Comitiva Arte Digital; voltadas para adolescentes. Ajudou a reunir mais de<br />

2 mil pessoas na corrida e caminhada de rua em Lençois Paulista e neste<br />

ano passou a patrocinar também o time de basquete de Bauru, que tem a<br />

torcida dos moradores de toda a região. Vinícius Cordeiro da Silva, recebeu<br />

o prêmio em nome do departamento de comunicação do Grupo Lwart.<br />

Pedro Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO<br />

JOTA e Vinícius Cordeiro da Silva, representante<br />

da Comunicação do Grupo Lwart<br />

MADVEI<br />

Atender as expectativas do cliente. Este é o objetivo de várias empresas,<br />

mas poucas conseguem atingir. Entre as que têm sucesso está a<br />

Madvei, fabricante de produtos de madeira tratada e in natura. Neste ano,<br />

a empresa inaugurou novo showroom na capital paranaense. Apesar da<br />

crise, a empresa acreditou no mercado e, principalmente, continua acreditando<br />

no mercado para a madeira. "É um orgulho estar recebendo essa<br />

homenagem e agradecer também a REVISTA REFERÊNCIA, que sempre<br />

mostra as tendências no nosso setor. No meio de tanta corrupção, tentamos<br />

enxergar horizontes melhores", Joaquim Marcos Iensue, diretor da<br />

empresa.<br />

Joaquim Marcos Iensue, diretor da Madvei e<br />

Joseane Knop, diretora de Negócios do<br />

GRUPO JOTA<br />

GRANOL<br />

Sustentabilidade é uma palavra que há algum tempo anda na moda.<br />

Para saber como é na prática basta visitar a Fazenda Modelo II da Granol,<br />

em Ribas do Rio Pardo (MS). Nos 7,6 mil ha (hectares) realiza a integração<br />

lavoura-pecuária-floresta e conta também com uma moderna serraria,<br />

com alto aproveitamento da matéria-prima, eucalipto plantado de<br />

alta qualidade. O empreendimento todo foi pensado em gerar o mínimo<br />

de impacto possível, dar oportunidade para quem mora na localidade e<br />

captar carbono por meio de práticas sustentáveis. "É um prazer estar em<br />

Curitiba (PR) recebendo esse prêmio em nome do grupo Granol. Prezamos<br />

pela palavra sustentabilidade há muitos anos. Isso dá valor a nossa<br />

empresa", Carlos Marinho Júnior, coordenador da Unidade Serraria.<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />

do GRUPO JOTA e Carlos Marinho Júnior,<br />

coordenador da Unidade Serraria da Granol<br />

DEZEMBRO | 53


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

MADESCH<br />

Neri Schlemper, diretor da Madesch e Pedro<br />

Bartoski Jr., diretor executivo do GRUPO JOTA<br />

O mundo quer ficar em harmonia com o meio ambiente. São empresas<br />

como a Madesch que tornam isto possível. A empresa mereceu figurar<br />

entre as premiadas pelo destaque nacional em construções sustentáveis<br />

e eficientes com madeiras de reflorestamento tratadas. A indústria realiza<br />

todas as etapas do processo, beneficiamento das madeiras, transporte,<br />

projeto e execução das obras. Entre os empreendimentos de <strong>2017</strong> está o<br />

galpão em madeira tratada com área livre de 2.500 m² (metros quadrados).<br />

Além da obra de alto padrão, um wine bar localizado dentro de uma vinícola<br />

catarinense que conta ainda com uma incrível cobertura de grama natural.<br />

"Não temos muitas palavras: muito obrigado em nome da nossa família<br />

e do Grupo Madesch", discursou o diretor da empresa, Neri Schlemper.<br />

MADTRAT<br />

Joseane Knop, diretora de Negócios do GRUPO<br />

JOTA, entre os sócios Jackson Cesar Correa<br />

Alves e Jacyr Correa Alves<br />

Para mostrar os benefícios da madeira tratada e ampliar o conhecimento<br />

de quem comercializa os produtos diretamente com o público,<br />

a Madtrat criou o Projeto Expedição da Madeira. Com o apoio de lojas<br />

parceiras a fabricante de produtos madeireiros aproxima a indústria do<br />

consumidor final e colabora para o entendimento mais amplo dos benefícios<br />

que a matéria-prima traz ao meio ambiente, economia e sociedade.<br />

“Esse projeto visa levar um pouco mais de informação sobre o nosso setor<br />

da preservação de madeira e a REFERÊNCIA tem sido difusora dessa<br />

informação no âmbito nacional”, comentou Jackson Cesar Correa Alves,<br />

sócio da empresa. “Isto só é possível por meio de ações como essa, que<br />

nos motiva e aumenta a nossa responsabilidade". Completou ao receber<br />

o prêmio.<br />

REFLORESTAR SERVIÇOS FLORESTAIS<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial do<br />

GRUPO JOTA e Ataíde Lopes da Silva, diretor da<br />

Reflorestar Serviços Florestais<br />

A colheita mecanizada de madeira e o transporte florestal exigem das<br />

empresas conhecimento técnico e muita competitividade. A Reflorestar<br />

Serviços Florestais reúne estes dois aspectos. Em <strong>2017</strong>, obteve resultados<br />

incomparáveis na condução das atividades que presta em áreas de grandes<br />

empresas florestais, por meio de práticas responsáveis, respeito aos<br />

colaboradores e capacidade para alcançar metas de produtividade por<br />

m³ (metro cúbico) de madeira colhida, processada e transportada até a<br />

fábrica. "Gostaria de agradecer imensamente a Revista e às pessoas que<br />

nos indicaram. Agradecer as empresas, também, que são o palco em que<br />

mostramos nosso trabalho, e a todos que nos ajudaram a prestar um bom<br />

serviço", finalizou o diretor da empresa, Ataíde Lopes da Silva.<br />

54 |<br />

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Raul Garcia e Marcel Vieira<br />

Claudia D’Amato<br />

CONFIRA<br />

QUEM MARCOU<br />

PRESENÇA<br />

NO PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA <strong>2017</strong><br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

Ataíde Lopes da Silva<br />

Joaquim Iensue, Solange Telma, Fabricio<br />

Mahssan e Luciane do Prado<br />

CLICK<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Eduardo Rechenberg e Joseane Knop<br />

Neri Schlemper Jr. e Neri Schlemper<br />

Altair de Oliveira e Marcelo Vieira<br />

Eduardo Silva Lopes e Felipe de Oliveira<br />

Caio Zanardo e Tomás Balistiero<br />

Kleber Pereira e Natara Evelin<br />

DEZEMBRO | 55


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

Equipe Madvei<br />

Gilberto Abrão Jr. e Olavo Rodrigues<br />

Jackson Alves e Ebraim Malaquias Jr.<br />

Rômulo Lisboa<br />

Valéria Brizola e Tatiano Segalin<br />

Jucelene D’Agnoluzzo e Silvano D’Agnoluzzo<br />

Teofilo Marien, José Carlos e Silvio Lima<br />

Janete Morgan e Ademar Morgan<br />

CLICK<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Josias Scrock e Elizabete Scrock<br />

Rodrigo Lopes e Waldemar Lopes<br />

56 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Pedro Bartoski Jr., Valéria Brizola e<br />

Tatiano Segalin<br />

Erick Mandarino, Pâmela Mandarino e<br />

Soraya Pacheco<br />

CLICK<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

José Domingues Mendes<br />

Antonio Marinho e Silvio Marinho<br />

Mira Graçano e Toni Casagrande<br />

Manuel Ribeiro e Rosilda Ribeiro<br />

Pedro Bartoski Jr., Joseane Knop e<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

Fábio Alexandre Machado, Tatiano Segalin, Valéria<br />

Brizola, Joseane Knop e Pedro Bartoski Jr.<br />

Fernando Strobel e Fábio Alexandre Machado<br />

Fábio Buttenbender<br />

DEZEMBRO | 57


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

QUÍMICA NA MADEIRA<br />

DESAFIOS DA<br />

ARQUITETURA<br />

EM MADEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

ESTUDO REALIZADO PELO PROGRAMA MADEIRA É LEGAL ENFATIZA<br />

A DIFICULDADE DA FALTA DE INFORMAÇÃO PARA IMPLEMENTAR<br />

PROJETOS ARQUITETÔNICOS EM MADEIRA NO BRASIL<br />

H<br />

oje, 57% dos grandes escritórios de arquitetura paulistanos<br />

enfrentam desafios para incluir madeira<br />

sustentável em seus projetos. É o que aponta pesquisa<br />

intitulada Especificação de Madeira nos Escritórios de<br />

Arquitetura, realizada pelo WWF-Brasil e Asbea (Associação<br />

Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), no âmbito do Programa<br />

Madeira é Legal.<br />

A pesquisa envolveu 28 escritórios de arquitetura na capital<br />

paulista e constatou que 71% dos participantes têm dificuldades<br />

de incluir o uso da madeira em seus projetos, devido à<br />

falta de informação relacionada a custos, manutenção e durabilidade<br />

do material. A maioria, que corresponde a 68% dos<br />

escritórios que utilizam madeira em seus projetos, opta por<br />

matérias-primas de espécies plantadas, principalmente o pinus<br />

e o eucalipto. Os demais escritórios optam pela utilização<br />

de madeiras de origem nativa.<br />

Arquitetos revelaram ainda que muitos dos seus clientes<br />

têm a ideia de que os produtos madeireiros são de baixa<br />

durabilidade e exigem muita manutenção. Outra dificuldade<br />

apontada é a concorrência com materiais que tentam copiar<br />

os veios e texturas naturais da madeira, tais como os porcelanatos,<br />

recobrimentos vinílicos e componentes metálicos<br />

como o alumínio.<br />

CULTURA DA MADEIRA<br />

No Brasil, o número de adeptos à chamada cultura da<br />

bricolagem e do faça você mesmo ainda está em fase de<br />

crescimento. Diferentemente dos EUA (Estados Unidos da<br />

América), onde os materiais são acessíveis e a mão de obra<br />

representa custo elevado, no Brasil a tradição é pagar pela<br />

execução das manutenções. A falta de familiaridade com<br />

produtos, procedimentos e respectivos custos que vêm com<br />

a prática e, literalmente, a mão na massa, também atua como<br />

barreira ao aprendizado de novos processos e técnicas de pequenos<br />

reparos residenciais no dia a dia.<br />

Materiais como o porcelanato, que imitam madeira, constituem<br />

alternativa bem menos vantajosa do que a propaganda<br />

alardeia. Ao contrário da madeira, materiais cerâmicos estão<br />

sujeitos a trincas e lascas que evidenciam tratar-se de uma<br />

mera imitação. Madeira é material 100% renovável, naturalmente<br />

sujeito a trincas, mas quando lasca expõe ainda mais<br />

o seu caráter renovável. Cerâmicas vêm do extrativismo que<br />

exaure recursos da natureza. Peças de madeira, mesmo que<br />

antigas, podem ser trocadas facilmente por similares sob medida,<br />

enquanto a troca de peças cerâmicas remete aos ‘cemitérios<br />

de azulejos’ e dificuldades redobradas na manutenção.<br />

Mudanças de atitude em relação à madeira dependem<br />

58 |<br />

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de uma nova percepção do usuário em relação aos materiais<br />

usados na obra. Produtos madeireiros legais incorporam requisitos<br />

que fazem a diferença. São sustentáveis, têm alta<br />

durabilidade e demandam pouca manutenção, o que ajuda a<br />

reduzir custos. A troca de uma peça de madeira é mais fácil,<br />

com muito menos sujeira do que ocorre com alvenaria. Além<br />

do quebra-quebra, os prazos muitas vezes não são cumpridos.<br />

Cadeia de valor – Da madeira maciça aos resíduos, praticamente<br />

tudo pode ser aproveitado. Resíduos deixados ao<br />

final da obra podem ser aproveitados em jardinagem ou geração<br />

de energia. Os 3 R’s da sustentabilidade – Reduzir,<br />

Reutilizar e Reciclar – estão presentes em cada peça de madeira,<br />

ajudando a diminuir a pressão sobre florestas nativas.<br />

Mobiliário e pisos podem ser feitos com peças de descarte<br />

como cruzetas e dormentes. Rejeitos de alvenaria muitas vezes<br />

são descartados até de modo irregular.<br />

A reutilização conta uma história de uso da madeira que<br />

agrega valor ao imóvel. No Sul do Brasil, por exemplo, os<br />

pioneiros imigrantes alemães, italianos e poloneses, entre<br />

outros, construíram casas de madeira. São centenárias e comprovam<br />

a durabilidade do material, quando bem preservados<br />

e utilizados com inteligência. Vidas e culturas diversas foram<br />

abrigadas por elas durante anos, assim as peças de madeira<br />

ganham valor histórico, além do econômico. O mercado busca<br />

por matérias-primas com essas características, recorrendo<br />

a técnicas de marcenaria. Designers e arquitetos de interio-<br />

res aplicam a pátina, processo que dá aspecto envelhecido à<br />

madeira, preservando as suas marcas naturais, além daquelas<br />

que vieram com o tempo.<br />

Tecnologias que prolongam a vida útil da madeira nas<br />

construções são bem-vindas. Matéria-prima de espécies reflorestadas,<br />

tratadas em autoclave de acordo com a norma<br />

das categorias de uso, são duráveis e a manutenção requerida<br />

é compatível com a de outros materiais construtivos como<br />

concreto ou metais. A matéria-prima de espécies nativas<br />

também ganha em beleza e durabilidade, com acabamentos<br />

protetores de alto desempenho. Dizer que madeira dura menos,<br />

ou que sua manutenção deve ser mais frequente que a de<br />

outros materiais construtivos, é o paradigma a ser rompido.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

TENDÊNCIA<br />

ECONÔMICA<br />

60 |<br />

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REFORMAS DE PONTES COM<br />

MADEIRA TRATADA UNEM<br />

ECONOMIA À DURABILIDADE EM<br />

CIDADES INTERIORANAS<br />

Fotos: divulgação<br />

TODA A<br />

ESTRUTURA DE<br />

MADEIRA E DAS<br />

TELAS LATERAIS<br />

FORAM RETIRADAS<br />

E SUBSTITUÍDAS<br />

POR NOVAS<br />

A<br />

Prefeitura de Guabiruba (SC) trabalhou na reforma<br />

da ponte pênsil, que liga a rua André<br />

Decker, Lageado Baixo, em Guabiruba, à Cristalina,<br />

em Brusque, durante boa parte deste ano. Situação<br />

semelhante aconteceu em Tubarão (SC), situada no<br />

mesmo Estado, em que a segurança dos moradores foi<br />

motivo de novas instalações darem lugar às anteriores.<br />

Mais do que uma mera coincidência, a utilização de madeira<br />

tratada em cidades do interior, seja para pontes ou<br />

parques, é uma tendência concreta. Além de ser um material<br />

com alta durabilidade, seu custo benefício também<br />

é visto pelos municípios como um diferencial.<br />

Em Tubarão, a ponte que recebeu manutenção foi a<br />

da Unisul. Toda a estrutura de madeira e das telas laterais<br />

foram retiradas e substituídas por novas. Pilares e o<br />

quebra-corpo também foram reformados. Além disso,<br />

DEZEMBRO | 61


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

MADEIRA TRATADA<br />

uma nova iluminação foi implantada em toda a extensão,<br />

assegurando uma travessia tranquila aos pedestres.<br />

“Para manter a durabilidade das pontes é necessária a<br />

conscientização dos usuários para que utilizem exclusivamente<br />

para passagem de pedestres, limitando a travessia<br />

com motocicleta, à cavalo ou para transporte de<br />

animais”, explica o secretário de obras de Tubarão, Eraldo<br />

Pereira da Silva. “A reforma foi simples, porém essencial:<br />

utilizamos cerca de 30 m³ (metros cúbicos) na ponte, tratados<br />

com o preservativo CCA. A parceria com madeireiras<br />

da região foi o que nos garantiu economia, pois cederam<br />

o material para a Prefeitura.”<br />

A atual estrutura estava interditada desde o dia 16 de<br />

outubro de 2016, quando um vendaval atingiu Tubarão e<br />

acabou destruindo boa parte da ponte que liga a Guarda<br />

Margem Esquerda à comunidade do Km 63. A obra foi<br />

“A REFORMA FOI<br />

SIMPLES, PORÉM<br />

ESSENCIAL:<br />

UTILIZAMOS<br />

CERCA DE 30 M³<br />

CÚBICOS NA PONTE,<br />

TRATADOS COM O<br />

PRESERVATIVO CCA”<br />

DIZ O SECRETÁRIO DE<br />

OBRAS<br />

O ANTES E DEPOIS DA<br />

PONTE EM GUABIRUBA;<br />

INSEGURANÇA FOI<br />

PRINCIPAL MOTIVO DA<br />

REFORMA<br />

62 |<br />

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executada pela empresa tubaronense Delt Construções<br />

ao custo de R$ 135 mil, com duração de três meses.<br />

Já em Guabiruba, a ponte passava por muita insegurança<br />

antes da reforma. Inaugurada em abril de 1998, a<br />

estrutura nunca havia passado por uma reforma expressiva.<br />

Neste ano, teve nova plataforma e madeira substituída<br />

na parte pertencente ao município guabirubense. “A<br />

madeira implantada é tratada. O conserto já foi concluído<br />

e, agora, ela está liberada”, afirma Jair Antônio Brambila,<br />

secretário de infraestrutura da cidade.<br />

“Aqui é ligação de três municípios: Guabiruba, Brusque<br />

e Botuverá, porque Botuverá é muito perto daqui. E<br />

tem muitos moradores de Guabiruba que trabalham em<br />

Botuverá e vice e versa e utilizam a ponte diariamente e<br />

em dois horários”, relata. “A parte final da ponte foi construída<br />

pelos moradores do Lageado, Cristalina e Dom Joaquim<br />

com a assistência da Prefeitura e já fizemos várias<br />

reformas neste período. Foram utilizados, estimo, por<br />

volta de 65 m³ nessas obras, com tratamento preservativo.”<br />

INAUGURADA EM<br />

ABRIL DE 1998, A<br />

ESTRUTURA EM<br />

GUABIRUBA NUNCA<br />

HAVIA PASSADO<br />

POR UMA REFORMA<br />

EXPRESSIVA


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EVENTO<br />

O FUTURO É<br />

LOGO ALI<br />

Fotos: divulgação<br />

PESQUISAS DA FIEP INDICAM O<br />

CAMINHO PARA INOVAR COM<br />

AÇÕES PIONEIRAS<br />

esquisas inéditas realizadas pela Fiep (Federação<br />

das Indústrias do Paraná) e apresentadas, em novembro,<br />

mostram o panorama da inovação e da<br />

P<br />

sustentabilidade entre as empresas no Estado.<br />

A Bússola da Inovação, como é conhecida, está na<br />

terceira edição e revela dados sobre os esforços, a gestão<br />

e os resultados referentes à implantação de ações<br />

inovadoras. Já a Bússola da Sustentabilidade é o primeiro<br />

levantamento da instituição sobre o tema e traz o cenário<br />

de práticas de sustentabilidade.<br />

Os estudos foram realizados pelos Observatórios Sistema<br />

Fiep, área da instituição que se dedica à pesquisa,<br />

prospecção, planejamento e articulação com vistas ao<br />

desenvolvimento da indústria paranaense.<br />

Quando o assunto é inovação o levantamento mostra<br />

que pouco mais da metade das indústrias – 52% – realiza<br />

atividades de pesquisa e desenvolvimento. Entre as novas<br />

práticas, 55% foram para a criação de novos produtos. Mas<br />

também ações para melhorar a gestão são realidades em<br />

boa parte – 44% – das indústrias. Outras 38% afirmaram<br />

que inovam nos processos produtivos (o resultado é supe-<br />

rior a 100% porque algumas empresas inovam em mais de<br />

uma dessas áreas).<br />

Outro dado que chama a atenção é que 59% das empresas<br />

utilizam recursos próprios para inovar. Entre as 41%<br />

que captam recursos externos para isso, apenas 20% do<br />

dinheiro vêm de fontes públicas. Quanto ao investimento<br />

realizado, 36% das empresas afirmam investir acima de 5%<br />

de seu faturamento em inovação, sendo que 43% revelam<br />

ter obtido acima de 5% do faturamento graças aos projetos<br />

de inovação desenvolvidos.<br />

Já quando questionadas sobre quais atividades contribuíram<br />

muito para inovação, 27% das indústrias apontaram<br />

a compra de máquinas, equipamentos e outros bens de<br />

capital. Em seguida, vieram os treinamentos, com 24%, e<br />

aquisição de conhecimentos externos, com 23%. E, entre<br />

as práticas internas de estímulo à inovação muito presente,<br />

a principal é o trabalho em equipe – indicada por 50% das<br />

empresas.<br />

Um dado preocupante revelado pela Bússola da<br />

Inovação é o baixo índice de proteção que as indústrias<br />

paranaenses dispensam para suas inovações. Apenas 10%<br />

64 |<br />

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afirmam recorrer a patentes, enquanto 19% se utilizam de<br />

acordos confidenciais e 30% registram suas marcas.<br />

Na primeira edição, a Bússola da Sustentabilidade<br />

revelou que o emprego da sustentabilidade no modo de<br />

produzir foi um dos itens de destaque, com 4,2 pontos,<br />

dentro de um score de 0 a 10.<br />

Dentro das parcerias institucionais que as empresas<br />

avaliadas buscaram, a sustentabilidade também aparece<br />

na cadeia de valor do negócio – desde a produção até a<br />

distribuição – é uma preocupação da maioria das respondentes.<br />

Neste quesito, as indústrias alcançaram 4,8 pontos.<br />

Além disso, pesquisa, desenvolvimento e inovação<br />

para sustentabilidade já são realidade em 27% das indústrias,<br />

elas disseram que têm consciência da necessidade<br />

de investir para uma boa gestão na organização.<br />

As indústrias também mostraram que entendem a<br />

importância de participar de ações associativas e sindicais<br />

para a melhoria da sustentabilidade na indústria, 43% delas<br />

disseram ser engajadas neste tipo de ação.<br />

SOBRE A PESQUISA<br />

A Bússola da Inovação está na terceira edição e coletou<br />

dados de 503 indústrias, de 19 setores, instaladas em 91<br />

municípios do Paraná. Os dados foram coletados entre<br />

junho e dezembro de 2016 e compilados ao longo de <strong>2017</strong>.<br />

A Bússola da Sustentabilidade é uma iniciativa do Sistema<br />

Fiep com o intuito de desmistificar e tornar prático o<br />

conceito de sustentabilidade no cotidiano das indústrias<br />

e promover o entendimento de que sustentabilidade e<br />

competitividade andam juntas. Participaram da primeira<br />

edição do estudo 154 indústrias, que estão em 48 municípios,<br />

de 20 setores industriais. Entre as participantes estão,<br />

na maioria, micro e pequenas indústrias, 75% delas. Os setores<br />

que tiveram maior volume de respondentes foram TI,<br />

Madeira e Móveis, Alimentos e Bebidas e Metalmecânico.<br />

As indústrias participantes dos dois estudos realizaram<br />

sua autoavaliação em uma plataforma on-line, recebendo<br />

imediatamente um resultado personalizado, com orientações<br />

e informações para suas tomadas de decisão. A consolidação<br />

desses resultados em uma perspectiva estadual<br />

retrata a situação das indústrias paranaenses em relação<br />

aos processos que conduzem à inovação.<br />

Em 2018, o Sistema Fiep Fiep lança a próxima edição<br />

da Bússola da Inovação. Os dados da segunda edição do<br />

panorama da Bússola da Sustentabilidade serão divulgados<br />

em 2019.<br />

DEZEMBRO | 65


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

ANÁLISE DO<br />

PROCESSO DE<br />

LIXAMENTO NA<br />

MADEIRA DE PINUS E<br />

EUCALIPTO<br />

Fotos: divulgação<br />

MARIANE ALVES DA FONSECA<br />

Mestre em Engenharia Mecânica pela Unesp (Universidade Estadual Paulista)<br />

RESUMO<br />

O<br />

setor madeireiro vem se ampliando, em torno<br />

de sua cadeia produtiva, como por exemplo<br />

madeira serrada, painéis, celulose, lâminas<br />

entre outros produtos constituídos de madeira. O processamento<br />

da madeira, gera imperfeições, havendo necessidade<br />

de processos de acabamento, como é o caso<br />

do processo de lixamento. O objetivo do lixamento é realizar<br />

correções das imperfeições, originadas de processos<br />

anteriores, irregularidades geradas pela anatomia da<br />

madeira, tipos de ferramenta, sentido de corte e outros.<br />

Visando melhor atender a qualidade superficial de produtos<br />

madeireiros, trabalhando de maneira à destiná-las ao<br />

seus devidos padrões de acabamento. Estes procedimentos<br />

são necessários para que posteriormente possam receber,<br />

tintas, vernizes, selantes entre outros produtos<br />

para otimização da qualidade dos produtos madeireiros.<br />

O processo de lixamento é influenciado por fatores<br />

como, tipo de lixa, sentido de lixamento com relação às<br />

fibras, granulometria de lixas, pressão específica, entre<br />

outras variáveis. O presente trabalho estudou-se o lixamento<br />

plano em duas espécies de madeira, Pinus elliottii<br />

e Eucalyptus saligna, lixados paralelo e perpendicular ás<br />

fibras, verificando a influência da variação das granulometrias<br />

de lixa (P30, P40, P80, P100, P120, P220, P320 e<br />

P400), de grãos abrasivos de óxido de alumínio. Foram<br />

medidos os parâmetros de rugosidade Ra e Rt, temperatura,<br />

vibração, emissão sonora e potência consumida durante<br />

o processo, visando a otimização do processo, em<br />

economia de tempo e custos. Pode-se observar que a madeira<br />

de pinus, no sentido perpendicular às fibras obteve<br />

a menor rugosidade com granulometria de acabamento.<br />

O acabamento superficial não é melhorado à partir de um<br />

determinado tamanho de grãos abrasivo devido a anatomia<br />

da madeira.<br />

66 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


INTRODUÇÃO<br />

Segundo o Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

- 2015) o Brasil tem aumentado consideravelmente<br />

suas florestas focando nas madeiras de reflorestamento.<br />

Tendo a segunda maior cobertura florestal mundial,<br />

estando apenas atrás da Rússia, representando cerca de<br />

14% das florestas mundiais.<br />

De extrema relevância a infinidade de produtos madeireiros<br />

que estão no nosso dia a dia, como por exemplo<br />

as mesas de jantar, cadeiras, colher de pau, armário, assoalho,<br />

entre outros.<br />

Para o setor madeireiro obter seus distintos produtos,<br />

a madeira necessita ter sua forma alterada sendo<br />

esta mudança realizada na grande maioria das vezes<br />

através de processos de usinagem como fresamento, lixamento,<br />

torneamento, serramento, etc.<br />

O lixamento é um processo de usinagem não convencional,<br />

baseada no abrasão de grãos abrasivos sobre<br />

a peça e tem a função de melhorar o acabamento superficial,<br />

garantindo dimensões e rugosidades adequadas.<br />

Por ser um processo subsequente às usinagens primárias,<br />

deve ser realizado somente quando os processos<br />

anteriores não forem capazes de assegurar o acabamento<br />

superficial. Este processo é realizado devido a falhas<br />

geradas em consequência à anatomia da madeira pela<br />

sua heterogeneidade ou falhas de usinagem.<br />

Indústrias madeireiras, principalmente indústrias de<br />

móveis e de painéis, utilizam-se do lixamento na fabricação<br />

de seus produtos tornando esse estudo fundamental<br />

para melhorar o processo buscando tornando-o mais eficaz<br />

e mais eficiente.<br />

Aprofundar o conhecimento do processo de lixamento<br />

em madeiras de reflorestamento torna-se necessário<br />

para melhoria do processo e qualidade dos produtos finais<br />

como painéis, móveis, entre outros.<br />

DEZEMBRO | 67


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

Existe uma infinidade de tamanhos de grãos para<br />

lixas e diferentes materiais de grãos abrasivos para lixamento<br />

de madeira. No entanto, o material madeira é<br />

muito heterogêneo, com defeitos anatômicos como por<br />

exemplo poros, grã reversa que dificultam a obtenção de<br />

boas qualidades superficiais. Dessa forma, conhecer os<br />

parâmetros do processo de lixamento da madeira pode<br />

representar diminuição de custos e otimização dos trabalhos.<br />

Como hipótese deste trabalho afirma-se que existe<br />

um tamanho de grãos de lixa acima do qual a qualidade<br />

superficial não é mais melhorada em função das características<br />

do material.<br />

Para verificar esta hipótese, o estudo desenvolvido<br />

nesta pesquisa é direcionado ao processo de lixamento<br />

plano da madeira, de Pinus elliottii e Eucaplyptus salignaI,<br />

realizado paralelamente e perpendicular às fibras, sendo<br />

mantidos fixos velocidade de corte e tipo de grão abrasivo,<br />

e variando granulometria de lixa (30, 40, 80, 100, 120,<br />

220, 320 e 400 mesh).<br />

Estas condições foram estabelecidas, para verificar<br />

se as mesmas influenciam nas variáveis de saída (emissão<br />

sonora, vibração, temperatura, rugosidade, potência).<br />

MADEIRA DE REFLORESTAMENTO<br />

No Brasil as árvores plantadas comercialmente são<br />

de espécies exóticas (eucalipto, pinus, teca entre outras)<br />

ou nativas (dentre elas araucária e paricá). O reflorestamento<br />

é feito embasado em planos de manejo sustentável,<br />

onde os mesmos têm foco de redução de impactos<br />

ambientais e induzir desenvolvimento econômico e social<br />

das comunidades vizinhas.<br />

O Brasil possui cerca de 0,9 % do território nacional<br />

de área plantada, sendo 91% de madeiras utilizadas para<br />

fins industriais de árvores plantadas e os outros 9% proveniente<br />

de florestas nativas legalmente remanejadas.<br />

A pressão e a degradação de ecossistemas naturais são<br />

evitadas com o auxílio de árvores plantadas, e ainda contribuem<br />

positivamente para o fornecimento de biomassa<br />

florestal, lenha e carvão de origem vegetal. Protegem a<br />

biodiversidade evitando o desmatamento de habitats naturais,<br />

também a preservação do solo e as nascentes dos<br />

rios, recuperam áreas degradadas, são fontes de energias<br />

renováveis e contribuem para a redução das emissões de<br />

gases naturais causadores do efeito estufa por serem estoques<br />

naturais de carbono. (IBÁ, 2015)<br />

Para garantir as boas práticas de manejo florestal e<br />

a origem sustentável dos produtos oferecidos pelos produtores<br />

de árvores plantadas para com os consumidores,<br />

existem as certificações como ferramenta para negociação<br />

destes. Estas certificações e selos, existem para atestar<br />

desde qualidade dos produtos bem como realização<br />

ambientalmente correta do manejo florestal visando aspectos<br />

sociais e ambientais. (IBÁ, 2015)<br />

SE PARA A INDÚSTRIA<br />

O ESSENCIAL É<br />

DIMINUIR O CONSUMO<br />

DE POTÊNCIA NOS<br />

PROCESSOS DIÁRIOS,<br />

PODE-SE TRABALHAR<br />

TRANQUILAMENTE<br />

COM AS DUAS<br />

ESPÉCIES<br />

68 |<br />

Todos os procedimentos realizados com as madeiras<br />

de reflorestamentos, desde o plantio inicial até a colheita<br />

é enquadrado em padrões e políticas criadas para que gerem<br />

a certificação, visando o menor impacto ambiental<br />

possível e na otimizando os benefícios socioambientais<br />

da produção. Tendo como objetivo central a melhoria<br />

contínua dos processos produtivos, eficiência nas atividades<br />

florestais e industriais, visando redução de perdas e<br />

impactos potenciais. As certificações são intrínsecas para<br />

a estratégia operacional das empresas, inseridas em toda<br />

cadeia produtiva. (IBÁ, 2015).<br />

O processo de certificação é realizado através de<br />

auditoria verificando desde as mudas, procedimentos<br />

de plantio, colheita até indústria, aplicando avaliações<br />

relacionados aos impactos ambientais e as comunidades<br />

entorno, segurança e saúde dos colaboradores, e a<br />

conformidade com a legislação municipal, estadual e<br />

federal. A FSC ( Forest Stewardship Council), o Cerflor<br />

(Programa Nacional de Certificação Florestal) e o Pefc (<br />

sistema internacional Programme for the Endorsement<br />

of Forest Certification Systems são certificações de maior<br />

reconhecimento, cerca de 63% dos hectares plantados<br />

no Brasil são certificados por estas entidades. (IBÁ, 2015)<br />

O setor madeireiro em 2014 teve uma receita bruta<br />

totalizando R$60,6 bilhões o que representa 5,5% do PIB<br />

(Produto Interno Bruto) industrial. As exportações brasileiras<br />

obtiveram equivalente a 3,8% somando US$ 8,4<br />

bilhões. Este setor é responsável em torno de 4,2 milhões<br />

de empregos diretos, indiretos e resultantes do efeito<br />

renda. A partir do ano de 2014 a 2020, estão sendo dewww.referenciaindustrial.com.br


senvolvidos projetos, cujos em andamentos ou previstos,<br />

que focam aumentos dos plantios, ampliação de fábricas,<br />

e novas unidades chegando em torno da ordem de R$53<br />

bilhões. (IBÁ-Dados e estatísticas, 2015).<br />

Responsável por 0,8% da arrecadação nacional, gerando<br />

R$10,2 bilhões em tributos federais, estaduais e<br />

municipais em 2014. Obtendo cerca de 7,74 milhões de<br />

hectares plantadas de eucalipto, pinus e demais espécies<br />

(acácia, araucária, paricá e teca) utilizados nos segmentos<br />

de celulose e papel com 34%, siderúrgica e carvão vegetal<br />

15,2%, papéis de madeira e pisos laminados 6,8%,<br />

Investidores financeiros<br />

A Timos (Timberland Investment Management Organization),<br />

produtores independentes com 26,8%, serrados,<br />

móveis e outros produtos sólidos com 3,6% e outros<br />

TIMOs com 3,4%. Tendo benefícios ambientais como absorção<br />

de 1,69 bilhão de toneladas de CO² com seus 7,74<br />

milhões de hectares de árvores plantada. (IBÁ-Dados e<br />

estatísticas, 2015).<br />

De acordo com os dados o setor madeireiro protagoniza<br />

cerca de R$ 177 milhões de contribuição com programas<br />

de saúde, cultura, educação e qualidade de vida.<br />

Esta ação contribui com mais de dois milhões de pessoas,<br />

desta forma fortificando o setor brasileiro de base florestal<br />

como indicador de desenvolvimento econômico e<br />

social do país. Em 2014 cerca de 17,8 mil famílias foram<br />

beneficiadas com os programas de fomento. (IBÁ-Dados<br />

e estatísticas, 2015).<br />

MADEIRA<br />

No Brasil existem milhares de espécies nativas, outras<br />

tantas exóticas, sendo as mais conhecidas pinus e eucalipto.<br />

Como alternativa para o desmatamento desenfreado<br />

de árvores nativas, essas espécies vêm ganhando mais<br />

espaço no mercado.<br />

Os projetos de reflorestamento começaram no Brasil<br />

por volta dos anos 1904, com a introdução do Eucalipto<br />

no país para ser utilizado em dormentes e produção de<br />

lenha.<br />

A árvore de eucalipto vem sendo utilizada e plantada<br />

em diversas partes do mundo, devido ao rápido crescimento,<br />

produtividade, diversidade de espécies, capacidade<br />

de adaptação e aplicação para várias finalidades.<br />

A área de floresta plantada de pinus e eucalipto no<br />

Brasil, em 2012, foi de 6.664.812 hectares, desse total<br />

76,6% corresponde a floresta de Eucalipto e 23,4% de pinus<br />

(Abraf, 2013).<br />

Existem mais de 100 espécies do gênero pinus, onde<br />

A MELHOR CONFIGURAÇÃO PARA RUGOSIDADE<br />

MÉDIA OBTIDA NO PROCESSO, FOI PARA A<br />

MADEIRA DE PINUS ELLIOTTII<br />

DEZEMBRO | 69


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

o mesmo é originário de regiões tropicais e temperadas.<br />

Sendo o Pinus elliottii muito difundido no Brasil devido as<br />

suas características.<br />

As espécies de pinus começaram a ser plantadas no<br />

Brasil em 1954 como uma forma de substituir a madeira<br />

de Araucaria angustifólia, pois começava o processo de<br />

escassez dos povoamentos naturais dessa espécie (Elesbão,<br />

2011).<br />

Serpa et al. (2003) avaliou algumas propriedades de<br />

Pinus elliottii e Eucalyptus saligna, tais como rendimento<br />

em madeira serrada, massa específica básica, contração<br />

volumétrica total, resistência à flexão estática, resistência<br />

à compressão paralela às fibras e resistência à linha<br />

de cola.<br />

LIXAMENTO<br />

Segundo Gonçalves (2002) devido a estrutura ordenada<br />

da madeira, evidenciando seu crescimento orientado<br />

das fibras, raios e vasos, em virtude das propriedades<br />

físicas e mecânicas há uma variação segundo a direção<br />

considerada. Fato que implica em ter conhecimento<br />

sobre os diferentes tipos de corte, tendo em vista uma<br />

descrição prévia do comportamento anisotrópico da madeira.<br />

Levando em consideração as principais direções de<br />

corte, cuja padronizadas na literatura específica, sendo a<br />

direção longitudinal ou axial realizando o corte paralelo<br />

às fibras (notação 90 – 0), direção radial realizando corte<br />

perpendicular às fibras (notação 0 – 90) e a direção tangencial<br />

realizando corte perpendicular às fibras (notação<br />

90 – 90).<br />

Os mecanismos de formação de cavaco para madeira<br />

existem três tipos sendo:<br />

Tipo I: Ocorre quando a madeira sofre fendilhamento<br />

à frente da ferramenta por cisalhamento gerando quebra<br />

sob flexão.<br />

Tipo II: Acontece quando o material é arrancado somente<br />

pela aresta de corte para a superfície de trabalho.<br />

Tipo III: Surgem através da força realizada pelo movimento<br />

da ferramenta causando quebras de cavaco por<br />

compressão e cisalhamento.<br />

O melhor cavaco para madeira seria o do Tipo II, sendo<br />

favorecidos por fatores como cavacos finos, médio<br />

teor de umidade e ângulos de saída intermediários. No<br />

entanto a formação do cavaco Tipo I, quando ás fibras<br />

estão na direção ascendente ao plano de corte em relação<br />

à direção de corte, consequentemente gera uma boa<br />

qualidade superficial dado ao controle da aresta cortante<br />

na região do cisalhamento do cavaco. Fato que quando<br />

às fibras estão na direção descendente ao plano de corte<br />

ocasiona defeito de acabamento “fibras lascadas”.<br />

Lixamento é o processo mecânico que faz parte da<br />

usinagem por abrasão, executado por grãos abrasivos<br />

aderidos a uma tela e movimentado com pressão contra<br />

a peça.<br />

O MELHOR CAVACO<br />

PARA MADEIRA<br />

SERIA O DO TIPO II,<br />

SENDO FAVORECIDOS<br />

POR FATORES<br />

COMO CAVACOS<br />

FINOS, MÉDIO TEOR<br />

DE UMIDADE E<br />

ÂNGULOS DE SAÍDA<br />

INTERMEDIÁRIOS<br />

CONCLUSÃO<br />

Realizado o processo de lixamento com lixas de óxido<br />

de alumínio para madeiras de pinus e eucalipto, variando<br />

as granulometrias de lixas, visando otimização do processo<br />

em tempo e dinheiro, pode-se fazer as seguintes<br />

observações para contribuição nas industrias dos seguintes<br />

itens:<br />

A melhor configuração para rugosidade média obtida<br />

no processo, foi para a madeira de Pinus elliottii processada<br />

no sentido de corte perpendicular às fibras com a lixa<br />

de granulometria 220,320 e 400 mesh, sendo esta para<br />

acabamento obtendo rugosidade menor que 5µm.<br />

A rugosidade total a menor também apresentou para<br />

a configuração da madeira de pinus processada no sentido<br />

perpendicular às fibras com as granulometrias 220,320<br />

e 400.<br />

Ficou demostrado que a máxima lixa a ser usada em<br />

processos de lixamento destas espécies deve ser a lixa 6<br />

(220) uma vez que as lixas 320 e 400 não são mais capazes<br />

de eliminar as falhas anatômicas. Isso é importante pois<br />

evita realização de mais processos sem trazer benefícios.<br />

Ficou comprovado dessa forma a hipótese levantada inicialmente<br />

nesta pesquisa.<br />

Para indústrias que necessitam de uma menor rugosidade<br />

para aplicações de materiais de acabamento como<br />

selantes, vernizes, tintas entre outros produtos, neste<br />

estudo pode-se concluir que a madeira de Pinus elliottii<br />

permite uma rugosidade melhor em acabamento do que<br />

o Eucalyptus saligna.<br />

70 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Com referência a emissão sonora a madeira de Pinus<br />

elliotti apresentou o menor valor de ruído, sendo lixado<br />

perpendicular às fibras e com as lixas de granulometrias<br />

5 e 8.<br />

O ruído no processo de lixamento para madeira de pinus<br />

proporciona uma condição aceitável de acordo com a<br />

NBR para uma jornada de serviço de 8 horas diárias, podendo<br />

ser utilizado apenas protetor auditivo do tipo plug.<br />

Quando analisou-se a temperatura concluiu-se que<br />

quando o processo de lixamento é realizado com granulometrias<br />

menores, com grãos abrasivos maiores a<br />

temperatura tende a diminuir, isso deve-se por existirem<br />

maiores espaços entre os grãos diminuindo o contato da<br />

lixa com a madeira, desta forma não aquecendo igualmente<br />

com lixa de grãos abrasivos menores, cuja sua<br />

área de contato é maior, desta forma aumentado a temperatura<br />

com granulometrias maiores.<br />

Indústrias que visam apenas desbaste no processo<br />

de lixamento, podem optar por granulometrias menores,<br />

com grãos abrasivos maiores, desta forma, atingindo seu<br />

objetivo, sem prejudicar o aspecto superficial da madeira<br />

com marcas de queima, pois a lixa pode aquecer e manchar<br />

a madeira, até mesmo queimando.<br />

A madeira de Eucaliptus saligna quando processada<br />

com lixa de granulometrias 7 e 8 no sentido paralelo às<br />

fibras apresentou menor potência consumida que a madeira<br />

de Pinus elliottii, tendo como hipótese do pinus ter<br />

consumido maior potência pela quantidade de extrativos<br />

que o mesmo possui, principalmente os canais resiníferos,<br />

onde este último prejudica o processo de lixamento.<br />

Se para a indústria o essencial é diminuir o consumo<br />

de potência no processos diários, pode-se trabalhar tranquilamente<br />

com as duas espécies, sugere-se que opte<br />

pela madeira de Eucaliptus saligna, como é o caso de<br />

indústrias de produção de camas box, onde trabalha-se<br />

com as duas madeira, e ambas apresentam boas qualidades<br />

para este produto, tendo que se preocupar apenas<br />

com o processo de secagem, para que não haja problemas<br />

estruturais, e desta forma utilizando a madeira de<br />

eucalipto assim economizando a potência no sistema de<br />

produção.<br />

Ao verificar os resultados da análise de vibração para<br />

o processo de lixamento concluiu-se que a madeira de pinus<br />

obteve menores valores quando lixados com granulometrias<br />

3,4 e 5 no sentido perpendicular às fibras.<br />

O limite a ser lixado é o grão de granulometria 220.<br />

Os grãos de granulometria 320 e 400 não trouxeram benefícios.<br />

Para ter acesso ao artigo na íntegra, com tabelas<br />

e maiores detalhes, acesse: https://repositorio.unesp.<br />

br/handle/11449/144593<br />

COM REFERÊNCIA A EMISSÃO SONORA A<br />

MADEIRA DE PINUS ELLIOTTII APRESENTOU O<br />

MENOR VALOR DE RUÍDO<br />

DEZEMBRO | 71


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

AGENDA<br />

JANEIRO 2018<br />

DEZEMBRO <strong>2017</strong><br />

Esprit Meuble <strong>2017</strong><br />

França<br />

2 a 5<br />

www.espritmeuble.com<br />

Itma Showtime <strong>2017</strong><br />

EUA (Estados Unidos da<br />

América)<br />

3 a 6<br />

http://internationaltextilealliance.org/<br />

WoodShow Cairo <strong>2017</strong><br />

Egito<br />

8 a 11<br />

www.cairowoodshow.com<br />

Ibud - Japan Build <strong>2017</strong><br />

Japão<br />

13 a 15<br />

www.urban-innovation.jp/en/<br />

Trendset 2018<br />

Alemanha<br />

6 a 8<br />

www.trendset.de<br />

K/BIS 2018<br />

EUA<br />

9 a 11<br />

www.kbis.com<br />

Domotex 2018<br />

Alemanha<br />

12 a 15<br />

www.domotex.de<br />

DESTAQUE<br />

WOODSHOW CAIRO <strong>2017</strong><br />

Egito<br />

8 a 11 de dezembro<br />

www.cairowoodshow.com<br />

A terceira edição do Cairo WoodShow, o maior evento<br />

de máquinas de madeira e madeira especializada<br />

no Egito, será realizada entre 8 e 11 de dezembro de <strong>2017</strong>. O evento irá proporcionar aos participantes uma plataforma<br />

de rede ideal, dando-lhes a oportunidade de forjar contatos pessoais valiosos em um ambiente empresarial executivo.<br />

Imagem: reprodução<br />

72 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Paraná<br />

12, 13 e 14 DE JUNHO DE 2018<br />

Expoara Centro de Eventos • Arapongas - PR<br />

Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e Cooperativas<br />

Setores da Feira<br />

BIO<br />

energia<br />

Agronegócio Bioenergia Transporte Multissetorial<br />

e Logística<br />

Faça parte<br />

deste grande<br />

encontro<br />

A Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e<br />

Cooperativas tem como objetivo reunir as forças do<br />

mercado nacional desenvolvendo e integrando as<br />

cadeias do agronegócio, bioenergia e cooperativas<br />

para geração de negócios e networking.<br />

A FeinaCoop unirá no mesmo espaço, fornecedores,<br />

produtores, profissionais, fabricantes e seus compradores,<br />

além de autoridades públicas inerentes ao<br />

mercado nacional posicionando estrategicamente<br />

como uma plataforma de negócios.<br />

www.feinacoop.com.br<br />

Fone: (41) 3521-6226 | comercial@markmesse.com.br | vendas@markmesse.com.br @feirafeinacoop @feirafeinacoop @feirafeinacoop<br />

Associação Comercial, <strong>Industrial</strong> e<br />

Empresarial de Pinhais<br />

SIRECOM<br />

Sindicato dos Representantes Comerciais


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

O FUTURO É AGORA<br />

I<br />

novações transformam as fontes de competitividade,<br />

os modelos de negócios e a gestão empresarial. Hoje,<br />

vivemos um intenso processo de geração e difusão de<br />

tecnologias integradas e inteligentes. As empresas brasileiras<br />

precisam se posicionar frente a essa revolução. Apesar<br />

dos riscos, que não são desprezíveis, a indústria está diante<br />

de oportunidades para avançar em sua capacidade competitiva.<br />

Para isso, é necessário conhecer tendências, identificar<br />

tecnologias relevantes e estimar impactos das mudanças.<br />

Conectada ao big data e à inteligência artificial, a biotecnologia<br />

sintética está transformando as agroindústrias,<br />

a indústria química e a farmacêutica, por exemplo. O preço<br />

dessas tecnologias está em queda acentuada, assim como<br />

o de nanotecnologias, redes de comunicação e materiais<br />

avançados. Para se ter uma ideia, o custo de exames de DNA<br />

cai de forma mais acelerada do que o da fabricação de chips.<br />

Nos últimos 10 anos, vimos surgirem inovações com<br />

efeitos na indústria e na vida das pessoas. A todo momento,<br />

novas tecnologias modificam a realidade em que estamos<br />

imersos. Computador, internet e smartphone alteraram<br />

substancialmente o comportamento da sociedade e o<br />

modo de produzir. Para a próxima década, a expectativa é<br />

que tecnologias conectadas, convergentes e inteligentes<br />

tragam mudanças profundas no interior das empresas, ao<br />

mesmo tempo em que criam possibilidades para o mercado.<br />

Essas inovações serão um caminho sem volta e implicam<br />

transformações na produção, na logística, na distribuição e,<br />

principalmente, na base de conhecimento e de relacionamento<br />

entre empresários, pesquisadores e trabalhadores.<br />

É essencial e urgente, portanto, o debate sobre educação<br />

e qualificação profissional no país de modo a agir efetivamente<br />

para aperfeiçoar nossas capacidades.<br />

O Projeto Indústria 2027 é uma iniciativa da CNI, no<br />

marco da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação), que<br />

mobiliza mais de 40 pesquisadores de duas das principais<br />

universidades do país, Ufrj e Unicamp. Inédito, o estudo<br />

convida empresas de todos os segmentos e portes a se<br />

prepararem para os desafios que novas tecnologias impõem.<br />

Uma vez vencidos, eles podem ajudar a reinserir o Brasil na<br />

trajetória de desenvolvimento.<br />

O projeto traça tendências e seus impactos sobre o<br />

setor ao longo da próxima década. Mapeia oito grupos<br />

de tecnologias – inteligência artificial, internet das coisas,<br />

redes de comunicação, produção inteligente e conectada,<br />

materiais avançados, nanotecnologia, biotecnologia, e<br />

armazenamento de energia. Além disso, avalia os efeitos<br />

das inovações em 10 conjuntos de segmentos industriais,<br />

mostrando como alteram fatores-chave de competitividade.<br />

O estudo vai identificar quais inovações resultam em<br />

transformações moderadas ou disruptivas hoje e em até 10<br />

anos. O Brasil pode encontrar importantes oportunidades<br />

de desenvolvimento econômico e crescimento sustentável<br />

a partir dessas novas tecnologias. Assim como ocorre em<br />

outros países, a indústria brasileira precisa traçar estratégias<br />

para definir que patamar quer atingir no futuro próximo.<br />

Devemos estar atentos e preparados.<br />

Cada uma a seu tempo e em ritmo próprio, as inovações<br />

invadem a produção industrial e o funcionamento<br />

das empresas. O caminho é olhar adiante e compreender<br />

a necessidade de as indústrias se atualizarem perante uma<br />

série de tecnologias. É preciso, portanto, olhar com profundidade<br />

para as tecnologias e para seu poder de modificar os<br />

parâmetros em um contexto de competição global.<br />

Este é o momento de as empresas brasileiras assumirem<br />

o protagonismo nesse tema. Quanto mais rápido nos aproximarmos<br />

da indústria do futuro, mais o Brasil terá chances<br />

de reconquistar sua posição estratégica na economia mundial.<br />

Não há alternativas se quisermos nos tornar um país<br />

próspero e desenvolvido.<br />

Foto: divulgação<br />

Por Robson Braga de Andrade<br />

Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />

74 |<br />

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