Gestão Hospitalar N.º14 2006
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Turismo médico<br />
P ásticas em sa o<br />
Procurar no estrangeiro<br />
F<br />
ru to d e um forte invesrim ento também no tunsmo médico. O aparecimento<br />
de mais de 80 cl ínicas privadas,<br />
uma solução económica<br />
esratal na área do rurismo, a Tunísia,<br />
situada no Noroes te africano, algumas das quais especializadas em cirur<br />
para uma cirurgia é uma<br />
realidade que começa<br />
a conquistar os portugueses,<br />
sobretudo no campo<br />
das intervenções plásticas.<br />
tem vindo a assumir-se como um destino<br />
escolhido por turistas, provenientes da<br />
Europa. Aproveitando as suas características<br />
naturais, ricas em paisagens diversificadas<br />
gia plástica, ilustra esta tendência.<br />
Capazes de oferecer tarifas significativamente<br />
inferiores às praticadas em países<br />
europeus, este é um negócio que tende a<br />
- desde uma vasta costa litoral, pas<br />
prosperar.<br />
Se até agora a América do Sul era<br />
sando pelo des erto, até às cidades Segund o a representação do Turismo da<br />
um dos destinos preferenciais,<br />
edificadas em torno das muralhas das Tunísia em Portugal, esta oferta só é possível<br />
outros mercados começam<br />
a emergir. É o caso da Tunísia.<br />
históricas medinas -, as autoridades daquele<br />
país magrebino têm vindo a apostar pelo nível de vida ser menos onoroso<br />
na Tunísia, já que o euro é 1,5 vezes mais<br />
forte do que a moeda local (o dinar tunisino)<br />
e pelas vantagens fiscais concedidas<br />
pelo Governo a este sector de actividade.<br />
Os o rdenados pagos às equipas cl ínicas<br />
são também m ais baixos.<br />
Para potenciar este nicho de mercad o,<br />
existem igualmente operadores turísticos<br />
locais que oferecem "pacotes", cujos preços<br />
incluem as despesas inerentes à cirurgia<br />
(anestesia; próteses; estadia de 2 noites na<br />
clínica; honorários do cirurgião e respectiva<br />
equipa; utilização do bloco operatório;<br />
medicação e tratamentos pós-operatórios),<br />
a própria viagem e a estada em hotel de 5<br />
estrelas.<br />
A título de exemplo - e incluídos os items<br />
atrás d escritos - , uma mamoplastia d e<br />
redução custa 2 700 euros (2 500 se for de<br />
aumento); abdominoplastia 2 700 euros;<br />
lipoaspiração completa (várias zonas) 2<br />
500 euros; e rinoplastia 1 800 euros.<br />
Segu rança<br />
Segundo os parâmetros nac10 n a1s estes<br />
preços são impraticáveis. As clínicas portuguesas<br />
cobram, em média, o dobro dos<br />
valo res descritos para cirurgias plásticas<br />
na Tunísia. Face a preços tão baixos, será<br />
que a saúde do doente é descurada?<br />
Toda a intevenção cirúrgica comporta riscos<br />
, sendo que a sua "perigosidade" varia<br />
segundo vários facrores - entre os quais a<br />
d ificuldade da próp ria e o estado de saúde<br />
do paciente. Para aumentar a segurança<br />
da intervenção, toda a equipa clínica tem<br />
de ser qualifi cada e deverá - idealmente -<br />
estar treinada para o tipo de cirurgia a<br />
realizar. (NR - Segundo dados facu ltados<br />
pela representação do Turismo da Tunísia<br />
em Portugal, "sem que nenhum acidente<br />
tenha sido verificado pelo ARCHES (Associa<br />
tion des Reussites e Ratages de la C hirurgie<br />
Esthétique), cinco mil operações<br />
são efectuadas todos os anos na Tunísia -<br />
números divulgados pelo jornal francês<br />
Le<br />
Qu oridien, na sua edição de<br />
03/ 10/2004).<br />
De acordo com Houssem Ben Azouz,<br />
director da Cosmética Travei (www.cosmeticatravel.com),<br />
uma marca de turismo<br />
médico gerida pela policlínica Alyssa, "os<br />
médicos tunisinos que integram os quadros<br />
fo ram formados em França, junto de especialistas<br />
internacionalmente conceituados.<br />
Regressados à Tunísia, têm já muitos anos<br />
de experiência em hospitais e clínicas do<br />
I )><br />
pais.