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especial vida | produto<br />
Desafio constante para<br />
as seguradoras<br />
Desenhar um seguro não é um<br />
processo rápido nem simples. Antes<br />
de apresentar qualquer novidade ao<br />
mercado, as empresas precisam avaliar<br />
uma série de fatores<br />
Lívia Sousa<br />
As seguradoras se deparam<br />
com um consumidor cada vez<br />
mais consciente e demandador<br />
de produtos personalizados.<br />
Para atendê-lo, o segmento de Vida<br />
customizou soluções e ressignificou a<br />
cobertura de morte do seguro de vida,<br />
deixando clara a necessidade específica<br />
que o produto atende – como os seguros<br />
funeral e prestamista (saiba mais sobre<br />
o seguro prestamista na página 38).<br />
Também investiu nos benefícios em<br />
vida, seja com coberturas como doenças<br />
graves, perda de renda, ou na forma de<br />
❙❙Rafael Amaral, da Capemisa<br />
serviços como segunda opinião médica,<br />
desconto em medicamentos e auxílio na<br />
recolocação profissional. Só que desenhar<br />
um seguro não é um processo rápido,<br />
tampouco simples. É preciso atender às<br />
obrigações legais e ter cautela para analisar<br />
os novos riscos e suas consequências.<br />
Vários outros fatores são considerados<br />
antes de colocar uma novidade<br />
na prateleira. A questão é por onde as<br />
seguradoras começam esse processo,<br />
especificamente. Para muitas delas, o<br />
corretor é a principal fonte de informação<br />
sobre as demandas do consumidor final.<br />
“As empresas normalmente partem dos<br />
desafios trazidos pelo corretor de seguros<br />
e das necessidades de seus clientes”, diz<br />
Rafael Amaral, diretor-técnico da Capemisa<br />
Seguradora.<br />
No portfólio de coberturas e assistências<br />
da empresa estão 74 garantias e<br />
25 serviços. O desafio, aponta Amaral,<br />
é conciliar produtos feitos sob medida<br />
para grupos menores de consumidores<br />
ao mesmo tempo em que se implementa<br />
processos e sistemas para administrar<br />
satisfatoriamente essas soluções. “Equilibrar<br />
as demandas é fundamental para<br />
o negócio. Se for necessário desenvolver<br />
processos e sistemas ao criar cada nova<br />
cobertura, serviço, meio de pagamento,<br />
forma de angariação e fluxo de aceitação,<br />
por exemplo, os produtos não serão rentáveis”,<br />
argumenta.<br />
Por outro lado, se a seguradora mantiver<br />
processos e sistemas fixos, não terá<br />
produtos que atendam às necessidades<br />
particulares de cada corretor e grupo<br />
de clientes e, consequentemente, estará<br />
fora do mercado. Para o executivo, a<br />
saída é ser eficaz, desenvolver produtos<br />
personalizados amparados por processos<br />
e sistemas com uma filosofia escalável. “É<br />
isso que empresas mais modernas, como<br />
a Amazon, fazem, e é isso que as seguradoras<br />
de vida devem fazer”, sentencia.<br />
A própria Capemisa busca equacionar<br />
um produto que atinja os objetivos de<br />
todos os interessados – segurado, estipulante,<br />
corretor e seguradora – através<br />
de um modelo no qual leva em conta o<br />
comportamento da carteira em produtos<br />
semelhantes, as necessidades específicas<br />
do segurado, a avaliação do modelo de<br />
negócios, os custos de colocação do corretor<br />
e o interesse comercial da empresa<br />
no negócio.<br />
Pesquisas e análises de<br />
tendências<br />
Uma vez identificada a oportunidade<br />
de desenvolver produtos adequados ao<br />
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