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Revista Apólice #230

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especial vida | produto<br />

Desafio constante para<br />

as seguradoras<br />

Desenhar um seguro não é um<br />

processo rápido nem simples. Antes<br />

de apresentar qualquer novidade ao<br />

mercado, as empresas precisam avaliar<br />

uma série de fatores<br />

Lívia Sousa<br />

As seguradoras se deparam<br />

com um consumidor cada vez<br />

mais consciente e demandador<br />

de produtos personalizados.<br />

Para atendê-lo, o segmento de Vida<br />

customizou soluções e ressignificou a<br />

cobertura de morte do seguro de vida,<br />

deixando clara a necessidade específica<br />

que o produto atende – como os seguros<br />

funeral e prestamista (saiba mais sobre<br />

o seguro prestamista na página 38).<br />

Também investiu nos benefícios em<br />

vida, seja com coberturas como doenças<br />

graves, perda de renda, ou na forma de<br />

❙❙Rafael Amaral, da Capemisa<br />

serviços como segunda opinião médica,<br />

desconto em medicamentos e auxílio na<br />

recolocação profissional. Só que desenhar<br />

um seguro não é um processo rápido,<br />

tampouco simples. É preciso atender às<br />

obrigações legais e ter cautela para analisar<br />

os novos riscos e suas consequências.<br />

Vários outros fatores são considerados<br />

antes de colocar uma novidade<br />

na prateleira. A questão é por onde as<br />

seguradoras começam esse processo,<br />

especificamente. Para muitas delas, o<br />

corretor é a principal fonte de informação<br />

sobre as demandas do consumidor final.<br />

“As empresas normalmente partem dos<br />

desafios trazidos pelo corretor de seguros<br />

e das necessidades de seus clientes”, diz<br />

Rafael Amaral, diretor-técnico da Capemisa<br />

Seguradora.<br />

No portfólio de coberturas e assistências<br />

da empresa estão 74 garantias e<br />

25 serviços. O desafio, aponta Amaral,<br />

é conciliar produtos feitos sob medida<br />

para grupos menores de consumidores<br />

ao mesmo tempo em que se implementa<br />

processos e sistemas para administrar<br />

satisfatoriamente essas soluções. “Equilibrar<br />

as demandas é fundamental para<br />

o negócio. Se for necessário desenvolver<br />

processos e sistemas ao criar cada nova<br />

cobertura, serviço, meio de pagamento,<br />

forma de angariação e fluxo de aceitação,<br />

por exemplo, os produtos não serão rentáveis”,<br />

argumenta.<br />

Por outro lado, se a seguradora mantiver<br />

processos e sistemas fixos, não terá<br />

produtos que atendam às necessidades<br />

particulares de cada corretor e grupo<br />

de clientes e, consequentemente, estará<br />

fora do mercado. Para o executivo, a<br />

saída é ser eficaz, desenvolver produtos<br />

personalizados amparados por processos<br />

e sistemas com uma filosofia escalável. “É<br />

isso que empresas mais modernas, como<br />

a Amazon, fazem, e é isso que as seguradoras<br />

de vida devem fazer”, sentencia.<br />

A própria Capemisa busca equacionar<br />

um produto que atinja os objetivos de<br />

todos os interessados – segurado, estipulante,<br />

corretor e seguradora – através<br />

de um modelo no qual leva em conta o<br />

comportamento da carteira em produtos<br />

semelhantes, as necessidades específicas<br />

do segurado, a avaliação do modelo de<br />

negócios, os custos de colocação do corretor<br />

e o interesse comercial da empresa<br />

no negócio.<br />

Pesquisas e análises de<br />

tendências<br />

Uma vez identificada a oportunidade<br />

de desenvolver produtos adequados ao<br />

35

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