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entrevista<br />
Muitas pessoas talvez não conheçam seu lado empresário.<br />
Como surgiu o Cão Veio?<br />
A ideia inicial de montar o bar começou há oito anos,<br />
comigo e com o Marcos Kichimoto. Nos conhecemos<br />
há mais de 20 anos, somos muito amigos. Sempre frequentamos<br />
a noite em São Paulo: os bares, os shows,<br />
enfim, esse lifestyle que acabou desencadeando no<br />
estilo do bar. Temos bastante referência de fora,<br />
também. Ele já trabalhou com o Sepultura há muitos<br />
anos, então, viajou o mundo inteiro. Eu também,<br />
tocando conheci vários bares legais, não só no Brasil<br />
como fora. Sempre gostei de cerveja, de estudar mais<br />
sobre cervejas artesanais. De sete anos para cá fomos<br />
estudando e, por um acaso comentamos com o Fogaça.<br />
Ele perguntou: o que falta para abrir? Faltavam investidores,<br />
a gente não conseguia fazer sozinho. Daí<br />
ele acabou entrando. Ele também já tinha um nome<br />
muito forte na gastronomia. Montamos o Cão Véio e<br />
começou a lotar, o nome ficou muito forte. Era uma<br />
casa pequena para 54 lugares em São Paulo. Depois<br />
de dois anos, que começamos a amadurecer essa<br />
ideia de abrir franquias. A primeira foi em Brasília,<br />
depois mais duas lojas em São Paulo e a quarta em<br />
Curitiba (PR).<br />
E o que acharam da ideia de abrir em Curitiba?<br />
A gente não escolhe as cidades, mas analisamos o local.<br />
Vemos se tem potencial, por exemplo, se as pessoas<br />
gostam de beber cerveja. As cervejas artesanais<br />
têm valor, porque têm ingredientes caros. Então, tem<br />
que estudar o local. Mas Curitiba e Porto Alegre (RS)<br />
são cidades que a gente acredita, porque têm essa<br />
cultura de cerveja, principalmente de 10 anos para<br />
cá que tem mudado o paladar dos brasileiros para as<br />
cervejas artesanais. Aqui no sul tem muita descendência<br />
europeia, assim como Curitiba. Acreditamos<br />
que o Cão Véio é a cara da cidade.<br />
O que achou da produção de cervejas locais?<br />
Agora que vou começar a conhecer melhor, vou fazer<br />
um tour pela região. Tenho certeza que a cidade<br />
comporta esse estilo de bar, tem tudo para cair no<br />
gosto da galera. A parceria com cervejarias locais é<br />
legal, porque serão parceiros que sabem como lidar<br />
com o público daqui. Isso é importante, porque tem<br />
uma diferença cultural de região para região.<br />
O bar é uma franquia, mas vocês estão sempre aqui<br />
dando suporte?<br />
Com certeza. Tudo segue um padrão: a identidade visual<br />
do bar, o cardápio, os drinks, a carta de cervejas.<br />
Tudo isso é bem valorizado, está em contrato. Claro,<br />
o franqueado quando quer uma franquia do Cão<br />
Veio, já procura o padrão que o bar oferece em São<br />
Paulo. A gente estrutura a casa desde o treinamento<br />
da equipe, que fica um mês e meio lá em São Paulo.<br />
Perto de abrir a casa, montamos tudo junto com eles.<br />
Você cozinha?<br />
Não, só em casa. Cozinho normalmente. Sei fazer<br />
alguns pratos, mas não sei usar equipamentos industriais.<br />
Gosto de fazer bastante massa, churrasco, peixe<br />
também. Mas comida bem simples, do dia a dia.<br />
Claro, com o bar, convivendo com o Fogaça é natural<br />
que acabe pegando algumas manhas, principalmente<br />
de temperos, o que usar e o que combina com o que.<br />
Isso é legal, mas eu não me envolvo na cozinha do<br />
bar.<br />
Como você conheceu o Fogaça?<br />
Ele também é do rock, do punk rock. A gente tem<br />
muitos amigos em comum, formamos uma gangue<br />
muito grande. Conheci ele há dez anos.<br />
O que indica do bar, que as pessoas devem provar<br />
pelo menos uma vez?<br />
Das entradas, a costela de porco marinada na cachaça<br />
e no mel. Tem também o Fila Brasileiro que é<br />
Gostaria de atuar<br />
em um longa como<br />
ator. Já participei<br />
de um, mas como<br />
cantor. Nunca fiz<br />
nada como ator, mas<br />
tenho experiência<br />
com clipes<br />
26<br />
junho 2018<br />
revistavoi.com.br