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Revista VOi 153

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entrevista<br />

Muitas pessoas talvez não conheçam seu lado empresário.<br />

Como surgiu o Cão Veio?<br />

A ideia inicial de montar o bar começou há oito anos,<br />

comigo e com o Marcos Kichimoto. Nos conhecemos<br />

há mais de 20 anos, somos muito amigos. Sempre frequentamos<br />

a noite em São Paulo: os bares, os shows,<br />

enfim, esse lifestyle que acabou desencadeando no<br />

estilo do bar. Temos bastante referência de fora,<br />

também. Ele já trabalhou com o Sepultura há muitos<br />

anos, então, viajou o mundo inteiro. Eu também,<br />

tocando conheci vários bares legais, não só no Brasil<br />

como fora. Sempre gostei de cerveja, de estudar mais<br />

sobre cervejas artesanais. De sete anos para cá fomos<br />

estudando e, por um acaso comentamos com o Fogaça.<br />

Ele perguntou: o que falta para abrir? Faltavam investidores,<br />

a gente não conseguia fazer sozinho. Daí<br />

ele acabou entrando. Ele também já tinha um nome<br />

muito forte na gastronomia. Montamos o Cão Véio e<br />

começou a lotar, o nome ficou muito forte. Era uma<br />

casa pequena para 54 lugares em São Paulo. Depois<br />

de dois anos, que começamos a amadurecer essa<br />

ideia de abrir franquias. A primeira foi em Brasília,<br />

depois mais duas lojas em São Paulo e a quarta em<br />

Curitiba (PR).<br />

E o que acharam da ideia de abrir em Curitiba?<br />

A gente não escolhe as cidades, mas analisamos o local.<br />

Vemos se tem potencial, por exemplo, se as pessoas<br />

gostam de beber cerveja. As cervejas artesanais<br />

têm valor, porque têm ingredientes caros. Então, tem<br />

que estudar o local. Mas Curitiba e Porto Alegre (RS)<br />

são cidades que a gente acredita, porque têm essa<br />

cultura de cerveja, principalmente de 10 anos para<br />

cá que tem mudado o paladar dos brasileiros para as<br />

cervejas artesanais. Aqui no sul tem muita descendência<br />

europeia, assim como Curitiba. Acreditamos<br />

que o Cão Véio é a cara da cidade.<br />

O que achou da produção de cervejas locais?<br />

Agora que vou começar a conhecer melhor, vou fazer<br />

um tour pela região. Tenho certeza que a cidade<br />

comporta esse estilo de bar, tem tudo para cair no<br />

gosto da galera. A parceria com cervejarias locais é<br />

legal, porque serão parceiros que sabem como lidar<br />

com o público daqui. Isso é importante, porque tem<br />

uma diferença cultural de região para região.<br />

O bar é uma franquia, mas vocês estão sempre aqui<br />

dando suporte?<br />

Com certeza. Tudo segue um padrão: a identidade visual<br />

do bar, o cardápio, os drinks, a carta de cervejas.<br />

Tudo isso é bem valorizado, está em contrato. Claro,<br />

o franqueado quando quer uma franquia do Cão<br />

Veio, já procura o padrão que o bar oferece em São<br />

Paulo. A gente estrutura a casa desde o treinamento<br />

da equipe, que fica um mês e meio lá em São Paulo.<br />

Perto de abrir a casa, montamos tudo junto com eles.<br />

Você cozinha?<br />

Não, só em casa. Cozinho normalmente. Sei fazer<br />

alguns pratos, mas não sei usar equipamentos industriais.<br />

Gosto de fazer bastante massa, churrasco, peixe<br />

também. Mas comida bem simples, do dia a dia.<br />

Claro, com o bar, convivendo com o Fogaça é natural<br />

que acabe pegando algumas manhas, principalmente<br />

de temperos, o que usar e o que combina com o que.<br />

Isso é legal, mas eu não me envolvo na cozinha do<br />

bar.<br />

Como você conheceu o Fogaça?<br />

Ele também é do rock, do punk rock. A gente tem<br />

muitos amigos em comum, formamos uma gangue<br />

muito grande. Conheci ele há dez anos.<br />

O que indica do bar, que as pessoas devem provar<br />

pelo menos uma vez?<br />

Das entradas, a costela de porco marinada na cachaça<br />

e no mel. Tem também o Fila Brasileiro que é<br />

Gostaria de atuar<br />

em um longa como<br />

ator. Já participei<br />

de um, mas como<br />

cantor. Nunca fiz<br />

nada como ator, mas<br />

tenho experiência<br />

com clipes<br />

26<br />

junho 2018<br />

revistavoi.com.br

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