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06<br />
DESTAQUE<br />
Contrafação de peças<br />
e da pirataria para o comércio internacional.<br />
Como não podia deixar de ser,<br />
o relatório europeu aponta, de forma<br />
resumida, algumas medi<strong>das</strong> adota<strong>das</strong><br />
e pensa<strong>das</strong> (ver caixa, nestas páginas)<br />
por organismos nacionais, regionais e<br />
internacionais para combater violações<br />
dos direitos de propriedade intelectual.<br />
Segundo palavras do diretor executivo<br />
do EUIPO, António Campinos,<br />
já existe trabalho feito no combate a<br />
este crime. “Graças aos nossos relatórios<br />
e estudos dos últimos cinco anos,<br />
dispomos, agora, pela primeira vez, de<br />
um quadro completo sobre o impacto<br />
económico da contrafação e da pirataria<br />
na economia e na criação de emprego<br />
na UE, bem como informações sobre<br />
a forma como os direitos de propriedade<br />
intelectual são violados. Através<br />
dos nossos estudos, demonstrámos,<br />
também, o contributo positivo da propriedade<br />
intelectual para o emprego e<br />
o crescimento. Com o nosso trabalho,<br />
pretendemos dissipar quaisquer dúvi<strong>das</strong><br />
no espírito dos decisores políticos e dos<br />
cidadãos sobre o valor da propriedade<br />
intelectual e sobre os danos resultantes<br />
da sua violação”, afirmou.<br />
n AFTERMARKET DEFENDE-SE<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> procurou apurar<br />
de que forma a contrafação de<br />
peças afeta o pós-venda automóvel<br />
Em Portugal, a prática<br />
deste crime representa<br />
um “rombo” de,<br />
aproximadamente, mil<br />
milhões de euros anuais<br />
no tecido empresarial<br />
nacional. Mas nem todos os players<br />
estiveram disponíveis para comentar<br />
a forma como este crime prejudica o<br />
seu negócio. Mas houve quem fizesse<br />
ouvir a sua voz. Grisélia Afonso, sales<br />
& marketing unit manager do Vehicle<br />
Service Market (VSM) da SKF Portugal,<br />
por exemplo, não se coibiu de explicar o<br />
seu ponto de vista. “A contrafação constitui<br />
sérios riscos de segurança para os<br />
clientes finais e para a nossa reputação<br />
enquanto marca”, começou por afirmar.<br />
“Os clientes compram o que acreditam<br />
ser rolamentos de qualidade e, em vez<br />
disso, recebem produtos contrafeitos<br />
de qualidade duvidosa. Ficam sujeitos/<br />
expostos a causar danos substanciais<br />
nos seus equipamentos. Além dos danos<br />
materiais em algumas aplicações, os rolamentos<br />
falsificados podem, também,<br />
criar um ambiente de trabalho perigoso<br />
e causar danos pessoais”. Grisélia Afonso<br />
garantiu que “a SKF está a colaborar com<br />
as autoridades, no sentido de combater<br />
a distribuição de produtos contrafeitos”.<br />
E explicou como: “A SKF participa, ativamente,<br />
no combate contra a comercialização<br />
de produtos falsificados no<br />
mundo inteiro. Há uma unidade central<br />
a trabalhar, exclusivamente, sobre esta<br />
questão, agindo de forma global e local,<br />
que tem como objetivo apoiar ações<br />
policiais, processos judiciais, inspeções<br />
e comunicar ao mercado a existência<br />
desta problemática. Desta forma, será<br />
o cliente a fazer a diferença se adquirir<br />
os produtos através de fontes seguras”,<br />
disse. No entender de Grisélia Afonso,<br />
a “melhor maneira de proteger a autenticidade<br />
é adquirir os produtos por<br />
intermédio de distribuidores autorizados.<br />
Por esse motivo, recomenda-se que<br />
os clientes comprem rolamentos SKF<br />
através da nossa rede de distribuição<br />
e parceiros de negócio estratégicos”,<br />
recomenda a responsável.<br />
Mas e será que esta batalha está a dar<br />
frutos? “A SKF tem vindo a desenvolver<br />
Julho I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com