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Acima, na praça de acesso aos edifícios de serviço do campus, como biblioteca, teatro e recepção, o estúdio MGS escolheu<br />
manter as luminárias existentes – lineares RGB – integradas aos canteiros do jardim, complementando o cenário noturno com<br />
uplights para destaque das copas das árvores e da sinalização dos espaços. Na página ao lado, no topo, a diretriz do plano diretor<br />
foi manter a iluminação arquitetural existente, dando maior destaque à sinalização e aos letreiros relacionados aos edifícios.<br />
Abaixo, vista para o jardim que interliga os blocos de ensino A (mencionado na página anterior) e B (foundation diploma) do<br />
campus. As árvores e os percursos são destacados com luminárias LED 3.000 K.<br />
Manter esse caráter único foi um fator-chave na evolução dos<br />
princípios de design do plano diretor proposto pelo escritório de<br />
arquitetura Design Engine, em colaboração com o escritório de<br />
paisagismo Hyland Edgar Driver. Completando a equipe, em 2016<br />
o escritório de iluminação Michael Grubb Studio foi nomeado<br />
para desenvolver o plano diretor de iluminação do campus, assim<br />
como o projeto de sua iluminação externa.<br />
O plano diretor de iluminação teve como principais objetivos<br />
criar um ambiente coeso e iluminado depois de escurecer; utilizar<br />
a iluminação para desenvolver um caráter e uma identidade<br />
para o local; estabelecer uma hierarquia visual da iluminação<br />
para auxiliar na orientação; proteger os habitat circundantes; usar<br />
níveis adequados de luz em relação à segurança e proteção sem<br />
iluminação excessiva; minimizar a poluição luminosa, ofuscamento<br />
e flicker; gerar uma solução de baixo consumo de energia que seja<br />
fácil de manter; ser sensível aos desenvolvimentos vizinhos. O<br />
plano considerou, ainda, os requisitos operacionais do campus e o<br />
acontecimento de eventos e atividades, além de buscar responder<br />
à pergunta: Como a luz artificial pode ser usada para desenvolver<br />
um senso de lugar após o anoitecer?<br />
Também permitiu que inconsistências da iluminação existente<br />
fossem tratadas e sugeriu a implementação de soluções em várias<br />
fases, de maneira contínua, ainda em andamento. A iluminação<br />
existente no campus apresentava uma mistura de luminárias com<br />
lâmpadas de vapor de sódio, halógenas, fluorescentes e postes LED<br />
para iluminação viária. A pesquisa inicial avaliou qual iluminação<br />
existente precisava ser substituída e quais itens poderiam ser<br />
reaproveitados. Por exemplo, os postes de iluminação pública foram<br />
reaproveitados para uso em um novo estacionamento e em um novo<br />
projeto de iluminação pública para substituir as luminárias de sódio.<br />
A iluminação linear embutida no piso também foi reaproveitada e<br />
reprogramada para escurecer e mudar de cor em eventos especiais.<br />
Uma nova filosofia de controle de iluminação foi desenvolvida para<br />
o local, permitindo que a iluminação fosse reconfigurada, desligada e<br />
dimerizada com base na localização e no uso. Essa abordagem criou<br />
um ambiente iluminado que reage ao uso, melhora a orientação no<br />
espaço e reduz o consumo de energia em todo o espaço da AUB. Por<br />
exemplo, para a iluminação de amenidades, foi utilizado um sistema<br />
simples de controle principal que integra relógios astronômicos e<br />
sensores de luz natural para garantir que a iluminação não esteja<br />
em uso durante o dia. Um temporizador de iluminação também foi<br />
desenvolvido com o cliente, desligando todas as luminárias decorativas<br />
e não essenciais quando a universidade estiver fechada. A iluminação<br />
decorativa e arquitetônica é controlada por meio de protocolo de<br />
controle DMX. Cenas predefinidas foram desenvolvidas com o cliente<br />
para uso específico no inverno, no verão e em eventos. Elas também<br />
são controladas por relógios astronômicos e sensores de luz natural<br />
para evitar desperdício de energia.<br />
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