*Julho/2018 - Referência Florestal 198

SUMÁRIO
28
SOB
CONTROLE
JULHO 2018
06 Editorial
08 Cartas
10 Bastidores
12 Coluna Ivan Tomaselli
14 Notas
18 20 anos
20 Biomassa
21 Frases
22 Entrevista
28 Principal
34 Especial
42 Tecnologia
46 Logística
52 Meio Ambiente
58 Artigo
64 Agenda
66 Espaço Aberto
34
46
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
63 Agrimec
05 Agroceres
39 Carrocerias Bachiega
63 D’Antonio Equipamentos
68 Denis Cimaf
02 Dinagro
07 Emex
09 Engeforest
27 Equilíbrio Florestal
43 H Fort
41 J de Souza
51 Mill Indústrias
61 Mill Indústrias
65 PD Instrumentos
56 Potenza
45 Rotary Ax
11 Rotobec
49 Rotor Equipamentos
67 TMO
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EDITORIAL
Nós avançamos,
já eles...
WE HAVE ADVANCED, THEY ...
1
O reflexo da negociação entre governo e caminhoneiros
para encerrar a greve ainda estão dando muita polêmica. A definição
dos valores da tabela para os fretes está sendo discutida
na justiça. Para os empresários é inconstitucional que haja um
tabelamento porque fere a livre concorrência, que depende da
demanda e oferta. Enquanto isto não se resolve, a indústria florestal
já restabeleceu o fluxo de produção, afetado pela paralisação.
Diferente do campo político, o setor produtivo avança,
corta despesas e evita prejuízo. Por isto, recomendo ler atentamente
a reportagem que ilustra a capa desta edição. Ela possui
informações importantes sobre a prevenção e combate aos incêndios
florestais, que se intensificam nesta época do ano e são
capazes de causar perdas de grandes proporções. Tenha uma
excelente leitura.
The results of the negotiations between Government and
truckers to conclude the strike are still causing much controversy.
The definition of the table for freight values is being discussed
in the Courts. For the entrepreneurs, it is unconstitutional that
the values are tabled as this hinders free competition where the
value should depend on demand and supply. While this is not
being solved, the forest industry has already restored its production
flow affected by the stoppage. Different from the political
field, the productive sector is moving ahead, cutting expenses,
and avoiding losses. For this, I recommend you carefully read our
story that illustrates this Issue’s cover. It has important information
on preventing and combating forest fires, which intensify at
this time of year and are capable of causing major losses.
Pleasant reading.
2
Entrevista com
Rogério Salamuni
O equipamento para combate
a incêndios florestais da
Equilíbrio Florestal que
estampa nossa capa mostra
a importância de aliar
tecnologia e know-how
Quem paga a conta?
3
EXPEDIENTE
ANO XX - EDIÇÃO 198 - JULHO 2018
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
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Redação / Writing
Rafael Macedo - Editor
editor@revistareferencia.com.br
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Ivan Tomaselli
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Fabiano Mendes
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criacao@revistareferencia.com.br
Tradução / Translation
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Cartunista / Cartunist
Francis Ortolan
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comercial@revistareferencia.com.br
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ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
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to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
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CARTAS
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Capa da Edição 197 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de junho de 2018
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Ano XX • N°197 • JUNHO 2018
Custo Brasil
Consequências da
greve nas estradas
ECONOMIA E
PRODUTIVIDADE
EQUIPAMENTO ALIA ALTO RENDIMENTO
E BAIXO CUSTO OPERACIONAL
SEGURANÇA
Por Diego de Souza – Ribeirão Preto (SP)
Sempre me interesso muito por assuntos de segurança em
operações florestais. Espero ver reportagens sobre o assunto.
FLORESTA EM PÁGINAS
Por Jorge Fonseca – Montes Claros (MG)
Parabéns pelo conteúdo da Revista. Ela está muito bonita e
informativa. Nosso setor merece um meio de comunicação
com qualidade.
PISTOLA
Por Marco Antônio de Castro – Curitiba (PR)
Estou muito indignado que a indústria e sociedade terão que pagar pelo
acordo fechado pelo governo. Entendo o lado dos caminhoneiros, mas
acho que não cabe à sociedade pagar pelo desgoverno que aí está.
E-mails, críticas e
sugestões podem ser
enviados para redação
revistareferencia@revistareferencia.com.br
Mande sua opinião sobre a Revista
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a
respeito de reportagem produzida
pelo veículo.
CURTA NOSSA PÁGINA
referenciamadeira
TUDO PARADO
Por Caio de Alencar Araújo – Guaíba (RS)
Gostei da matéria sobre os efeitos da greve para o segmento florestal. Quero
saber agora quais serão os aumentos com as concessões feitas pelo governo.
PING PONG
Por Jessica Albuquerque Silva –
Belém (PA)
Parabéns pela entrevista com
Fabiano da Rocha Stein, gerente
de Suprimento Madeira Veracel.
Muito bom saber como funciona a
logística em grandes empresas.
Foto: REFERÊNCIA Foto: divulgação Foto: divulgação
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BASTIDORES
Charge
Charge: Francis Ortolan
Revista
SOMOS A ORIGEM
O bastidor deste mês vem do making off da produção da reportagem de capa de nossa revista irmã REFERÊNCIA INDUSTRIAL.
Visitamos indústrias de beneficiamento de madeira para acompanhar o desempenho das ferramentas comercializadas pela
DRV Ferramentas. Nas imagens, fica óbvio onde todo o processo começa até se tornar produto acabado.
Diego Ricardo Vieira, diretor
comercial da DRV Ferramentas, e
Joel Gonçalves Miranda, empresário
Foto: Fabiano Mendes
Tora de eucalipto sendo beneficiada
em indústria localizada em
Telêmaco Borba (PR)
Foto: Fabiano Mendes
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COLUNA
DEMANDA DE MADEIRA SERRADA
DE CONÍFERAS NOS EUA DEVERÁ
CRESCER
O aumento no consumo da matéria-prima
pós-crise econômica começou em 2010 e vai
atingir seu pico em 2030
Ivan Tomaselli
Diretor-presidente da Stcp
Engenharia de Projetos Ltda
Contato: itomaselli@stcp.com.br
Foto: divulgação
As análises
apontam
para o maior
crescimento
do consumo de
madeira serrada
na categoria de
construções não
residenciais, cuja
participação no
consumo total
projetada irá
passar dos atuais
11% para 14%
em 2030
O
consumo de madeira serrada
de coníferas nos EUA (Estados
Unidos da América), em 2017,foi
de 82 milhões de m³ (metros
cúbicos). A produção atingiu 56
milhões e a exportação 3 milhões. Como resultado,
os EUA importaram aproximadamente 29
milhões de metros cúbicos.
A figura abaixo mostra a evolução da produção
e consumo de madeira serrada de coníferas
dos EUA. O consumo atingiu um valor máximo
em 2005 (109 milhões m³), e mínimo em 2009
(53 milhões m³). Após 2009, tanto o consumo
como a produção cresceram.
Os EUA são grande mercado para os produtores
florestais brasileiros e é importante analisar
as perspectivas. A boa notícia é o cenário
que indica forte retomada da demanda de madeira
serrada naquele país. Estudos conduzidos
pela Forest Edge LLC e pela Wood Resources
International LLC indicam que o consumo de
madeira serrada de coníferas deverá crescer a
taxas elevadas nos próximos anos, atingindo um
pico em 2030.
As análises apontam para o maior crescimento
do consumo de madeira serrada na categoria
de construções não residenciais, cuja participação
no consumo total projetada irá passar
dos atuais 11% para 14% em 2030. De qualquer
forma, o maior volume continuará sendo nas
construções residenciais, incluindo reparação
e remodelação, que terá uma participação no
consumo total de 70% naquele ano.
Foi também identificado que ocorrerá uma
mudança nas fontes de suprimento de madeira
serrada de coníferas. Esta mudança ocorrerá
em função da disponibilidade, capacidade de
produção, preços da madeira, competitividade
de fornecedores, taxa de câmbio e desenvolvimento
de produtos.
O suprimento da demanda de madeira
serrada no futuro será em parte garantido com
importação de madeira do Canadá e de outros
países. A análise de perspectivas indica que
British Columbia terá limitações de suprimento,
mas outras regiões do Canadá (região leste), e
outros países, deverão aumentar as exportações
de madeira serrada de coníferas aos EUA nos
próximos 15 anos. Em um cenário otimista, as
importações deste produto pelos EUA poderão
aumentar em 35% até o ano 2030.
Esta perspectiva abre uma janela de oportunidade
para a indústria florestal brasileira. É
importante analisar a evolução e as perspectivas
de demanda de produtos florestais nos EUA e
investir para participar desta oportunidade. A
reativação da economia brasileira também aumentará
a demanda local, mas isto não deverá
ser motivo para perder a oportunidade de uma
consolidação no mercado internacional.
EVOLUÇÃO DO CONSUMO E DA PRODUÇÃO DE MADEIRA SERRADA
DE CONÍFERAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
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REVISTA REFERÊNCIA,
HÁ VINTE ANOS
CRESCENDO JUNTO COM
O SETOR MADEIREIRO
E FLORESTAL
edição 01 edição 200

NOTAS
Plantios florestais sob
conservação
As empresas com florestas plantadas estão entre as
que mais conservam áreas nativas no país, seja por meio
de iniciativas voluntárias de conservação ambiental ou
pelo cumprimento da legislação. A constatação aparece no
Estudo Setorial de Florestas Plantadas, produzido pela Apre
(Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal).
Para o presidente da Apre, Álvaro Scheffer Junior, o setor
de base florestal plantada no Paraná trabalha diariamente
para ajudar a proteger a biodiversidade, o solo, os mananciais
e demais recursos hídricos a partir da preservação de
recursos florestais nativos, o que faz com que os processos
ecológicos essenciais dos ecossistemas existentes no Estado
sejam mantidos. As empresas que possuem plantios florestais
mantêm, atualmente, entre 700 e 750 mil ha (hectares)
com ecossistemas florestais nativos no Estado, e somente
as associadas à Apre contribuem com aproximadamente
390 mil ha, pouco acima de 50% do total em terras sob
sua propriedade e 90% em relação à área plantada. Nessas
empresas, para cada 100 ha de florestas plantadas, mais de
90 ha são de áreas de conversação.
Foto: REFERÊNCIA
Bioenergia é a saída
para o clima
Foto: REFERÊNCIA
Avaliação realizada na V Conferência Regional
sobre Mudanças Climáticas Globais mostra
que substituir os motores a combustão dos carros
de passeio por motores elétricos não será
suficiente para atingir a meta da temperatura
global de não superar 1,5°C (Graus Celsius) até
2040, e que o aumento da participação da bioenergia
na matriz energética mundial será essencial.
A bioenergia pode chegar a prover um
quarto da energia mundial até 2050, reduzindo
poluentes e a emissão de GEE (gases do efeito
estufa) e promovendo desenvolvimento sustentável,
entre outros benefícios econômicos e
sociais. A América Latina e a África apresentam
grande potencial para expansão do setor.
14 www.referenciaflorestal.com.br

Diversidade
florestal
Foto: divulgação
Em oito anos de monitoramento
da biodiversidade da base florestal, no
interior de São Paulo, realizada pela Fibria,
foram identificadas 1.211 espécies
de plantas, 407 espécies de aves e 45
de mamíferos nas florestas. Com uma
base florestal em São Paulo de 155.811
mil ha (hectares) intercalados com uma
área de 59.549 mil ha destinada à conservação,
o manejo florestal é realizado
de forma a conciliar o cultivo de eucalipto
com a conservação dos recursos
naturais, as inovações tecnológicas e o
respeito às comunidades.
Conectando florestas
à internet
Tecnologia para monitoramento
florestal remoto está sendo desenvolvido
pela startup Treevia com o apoio do
Pipe (Programa de Pesquisa Inovativa
em Pequenas Empresas), da Fapesp. Já
foi comprovada a viabilidade técnica do
sistema batizado de SmartForest, que
utiliza sensores eletrônicos capazes de
monitorar o crescimento de florestas
em tempo real. Agora, a startup busca o
desenvolvimento pleno da tecnologia. O
sistema fará a coleta remota dos dados
necessários à elaboração do inventário
florestal, ou seja, irá utilizar métodos
matemáticos e estatísticos para estimar
crescimento, qualidade e sanidade das
florestas.
Foto: divulgação
Julho 2018
15

NOTAS
Prejuízo para o agro
O frete rodoviário subiu 40%,
segundo pesquisa da CNA (Confederação
da Agricultura e Pecuária do
Brasil). Para o setor florestal, papel
e celulose, o custo médio do frete
aumentou 36%. Os dados foram
entregues ao STF (Supremo Tribunal
Federal) para uma ADI (Ação Direta
de Inconstitucionalidade) contra a
Medida Provisória 832, que institui a
Política de Preços Mínimos do Transporte
Rodoviário de Cargas.
Foto: divulgação
Concessão da Flota
do Paru
A Flota (Floresta Estadual) do
Paru, que fica na cidade de Monte
Alegre (PA), vai abrigar uma UMF
(Unidade de Manejo Florestal).
Pelo contrato, a empresa Blue
Timber detém autorização para
realizar o manejo sustentável pelo
período de 30 anos. A área da
Flota é de aproximadamente 50
mil ha (hectares). O Estado do Pará
mantém, atualmente, oito contratos
de Concessão Florestal em
vigor, na Floresta Estadual do Paru
e no conjunto de glebas Mamuru-
-Arapiuns, no sudoeste.
Foto: divulgação
16 www.referenciaflorestal.com.br

Sotreq e Ponsse juntas
em Minas Gerais
Foto: REFERÊNCIA
A Sotreq, uma das maiores provedoras
de soluções, produtos e sistemas Cat
no Brasil, e a Ponsse anunciaram acordo
de representação para a venda, serviço e
comercialização de produtos da marca finlandesa
no Estado de Minas Gerais. “Minas
Gerais é uma área florestal importante
no Brasil e queremos oferecer os melhores
serviços aos nossos clientes que operam
na localidade. Essa parceria vem de encontro
ao nosso objetivo de ser um forte
participante no mercado de cabeçotes de
harvester no Brasil”, descreve o diretor
de Vendas e Marketing do Grupo Ponsse,
Jarmo Vidgrén. Com o total de 40 filiais espalhadas
pelo Brasil, exceto na região sul,
a Sotreq possui quatro centros de serviços
naquele Estado.
Amazônia será monitorada
com drones a partir de 2019
UCS (Unidades de Conservação) brasileiras
devem contar, a partir de 2019, com o auxílio
de drones na fiscalização e gestão, em especial
na Amazônia. Três modelos de veículo aéreo
não tripulado serão testados nos próximos
meses pelo Icmbio (Instituto Brasileiro de Conservação
da Biodiversidade), que vai identificar
como os equipamentos podem contribuir
para a gestão das UCS. O plano é aprovar uma
normativa interna para que os drones possam
começar a serem usados oficialmente em
2019. Atualmente, a suspeita de um acampamento
ilegal, por exemplo, pode exigir até o
fretamento de uma aeronave. Mas sobrevoar
uma área gera altos custos e ainda alerta os
criminosos. Três equipamentos foram adquiridos
para a fase de testes.
Foto: divulgação
Julho 2018
17

NOTAS
É oficial
Foto: Gilberto Soares
Edson Duarte foi nomeado
oficialmente ministro do Meio Ambiente,
cargo que já ocupava interinamente
por dois meses. Duarte já
foi Secretário-Executivo e de Articulação
Institucional do ministério,
desde quando Sarney Filho passou
a chefiá-lo, em 2016. Ex-deputado
federal pelo PV da Bahia, ele ficou
conhecido por defender a bandeira
ambiental na Câmara, onde relatou
o Grupo de Trabalho sobre Amianto
e o projeto de lei que instituiu a
política nacional de proteção à Mata
Atlântica.
ALTA
MS COMEMORA ALTA NAS
EXPORTAÇÕES
De acordo com dados divulgados pelo Mdic (Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), para a celulose,
segundo principal produto vendido ao exterior
(com 31,36% de participação), o salto em receita foi de
97,82%, passando de US$ 477,381 milhões para US$
944,346 milhões. O volume comercializado cresceu
69,65% e foi de 1,197 milhão para 2,031 milhões de
toneladas. A abertura da segunda planta da Fibria, em
Três Lagoas, que entrou em operações em agosto do
ano passado, é uma das variáveis que explicam o aumento
expressivo de vendas do insumo neste primeiro
semestre do ano.
JULHO 2018
NÃO COMPENSA
Foi determinada no STF (Supremo Tribunal Federal) a
suspensão da eficácia de dispositivo de lei sobre regra
para compensação de reserva florestal no Paraná. O
ministro Alexandre Moras explicou a decisão, devido
aos riscos à preservação de espaços ambientalmente
protegidos. No exame da plausibilidade jurídica, percebeu-se
que ao regular as áreas suscetíveis de uso para
compensação de áreas de reserva florestal degradada,
a lei se desviou da exigência de perfeita identidade
ecológica entre as áreas, permitindo a compensação
por critérios que não guardam relação com a proteção
ambiental, como a pertinência ao mesmo município
ou região administrativa.
BAIXA
18 www.referenciaflorestal.com.br

Espaço Madeira
Foto: REFERÊNCIA
A VIII edição da ForMóbile (Feira Internacional
da Indústria de Móveis e Madeira)
mostrou todo o universo de possibilidades
e oportunidades de negócio englobando
a madeira maciça no Espaço Madeira. O
ambiente com 300 m² (metros quadrados)
foi fruto da parceria entre a REVISTA REFE-
RÊNCIA e Abimci (Associação da Indústria de
Madeira Processada Mecanicamente). No
Espaço, empresas demonstraram produtos
e entidades realizaram ações ligadas a este
segmento. Quem compareceu teve a oportunidade
de assistir palestras e apresentações
exclusivas. A intenção é que nas próximas
edições do evento o Espaço Madeira
cresça ainda mais, atraia mais empresas e
mostre para um número ainda maior de
pessoas a força e diversidade dos produtos
florestais.
Manancial vivo
O PMV (Programa Manancial Vivo),
no município de Campo Grande (MS),
está com inscrições abertas. A Semadur
(Secretaria Municipal de Meio Ambiente
e Gestão Urbana) recebe as propostas
voltadas à Conservação de solo, água e
florestas, restauração em APP (Áreas de
Preservação Permanente) e ao recebimento
de Pagamentos por Serviços Ambientais.
Por meio do PMV, a Prefeitura
destina R$ 1,4 milhão aos produtores
rurais da APA (Área de Produção Ambiental)
do córrego Guariroba. O dinheiro
destina-se aos produtores que adotaram
as diretrizes do programa. As propostas
podem ser apresentadas até o dia 30 de
setembro deste ano.
Foto: divulgação
Julho 2018
19

BIOMASSA
Soluções
INOVADORAS
Foto: REFERÊNCIA
Foto: divulgação
AKlabin está selecionando startups que forneçam
soluções inovadoras para três problemas
enfrentados pela empresa durante
suas operações. Um dos desafios é melhorar
o aproveitamento da biomassa, resultado
da colheita florestal. A empresa deseja aumentar
a pureza deste material para utilizá-lo na geração de
energia, incorporação ao solo e estradas. Além dele, a
Klabin quer melhorar a transmissão de dados nas operações
em terrenos acidentados, conectando as máquinas
florestais por meio de tecnologia como satélite, rádio
e redes. O último desafio é reduzir a poeira levantada
pelos veículos que transportam as toras nas vias não pavimentadas,
a empresa quer alternativas ao sistema que
adota atualmente de molhar as vias. As startups selecionadas
realizarão uma semana de conexão e imersão
com profissionais da Klabin para desenhar propostas de
modelos pilotos. Os projetos que mais se adequarem
serão colocados em prática e, a partir dos resultados, as
startups poderão se tornar fornecedoras ou parceiras
da companhia. Para saber mais acesse https://lp.startse.
com.br/programa/desafios-klabin.
Menos
UMIDADE
U
ma nova técnica de secagem a vapor
para a madeira promete melhorar o
poder calorífico do material, tornando
menos úmido e ainda mais leve.
Conduzido pelo Instituto Fraunhofer
de Engenharia Interfacial e Biotecnologia, com sede
na Alemanha, o projeto foi chamado de SteamBio e
é financiado pela União Europeia. De acordo com o
Instituto a nova técnica produz matérias-primas que
podem ser usadas pela indústria química. De acordo
com os especialistas, o projeto piloto utiliza a torrefação
com tecnologia de secagem a vapor adaptada
para trabalhar em temperaturas entre 200 e 250°C
(Graus Celsius) para retirar umidade do cavaco. Por
meio deste sistema, o peso da biomassa foi reduzido
enquanto o poder calorífico específico melhorou. O
processo também torna o material resistente à água
e as aparas de madeira foram facilmente moídas
em um pó altamente reativo ou comprimidas em
pelotas.
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FRASES
Foto: Agência Brasil
“Os produtos procedentes de áreas
embargadas e de Reserva Legal
(gado e grãos) continuam a entrar
na cadeia comercial. Enquanto
existir cadeia produtiva que
consuma produtos ilegais, haverá
pressão para desmatamento”
Lívia Martins, superintendente
do Ibama em Mato Grosso
“A biomassa está deixando
de ser tratada como um sub
produto ou resíduo e sendo
considerada uma excelente
matéria-prima como fonte de
energia térmica, elétrica e até
mesmo na nutrição animal”
“Nos últimos dois anos,
constituímos 94 milhões de
hectares em unidades de
conservação. Nunca antes na
história se constituiu tantas
áreas em unidades protegidas
como a que aconteceu agora”
Edson Duarte,
ministro interino do Meio Ambiente
Marcelo Joaquim, representante da Tmsa/SA
“O Acordo Climático de Paris colocou a bioenergia como
essencial para reduzir as emissões de gases de efeito
estufa no mundo. Sem bioenergia não será possível
caminhar rumo a uma economia de baixo carbono”
Gláucia Mendes Souza,
professora do IB-USP
Julho 2018
21

ENTREVISTA
Avanços
VERDE
Green advances
Foto: divulgação
ENTREVISTA
E
m abril deste ano, Rogério Salamuni assumiu a gerência
da área de Colheita e Manutenção Florestal
da Klabin. Antes do novo desafio, atuava na Gestão
de Projetos da companhia. Com a experiência de
quem já atuou pela Ripasa, Conpacel (Consórcio das empresas
Fibria e Suzano), Suzano e Vale do Corisco (Consórcio das empresas
Klabin e Arauco), o executivo aponta seu conceito sobre
o crescimento da floresta plantada e as inovações da empresa
para a área de silvicultura.
Rogério
Salamuni
I
n April of this year, Rogério Salamuni took over as Manager
of the Forest Harvest and Maintenance area for
Klabin. Before the new challenge, he worked as Project
Manager for the Company. With the experience of one
who has worked with Ripasa, Conpacel (a Fibria and Suzano
Consortium), Suzano, and Vale do Corisco (a Klabin and Arauco
Consortium), the executive points out his concept about the
growth of planted forests and the Company’s innovations in the
silviculture area.
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO
22/12/64 - Curitiba (PR)
December 22, 1964, Curitiba (PR)
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Gerente de Colheita e Manutenção Florestal da Klabin
Forest Harvest and Maintenance Manager for Klabin
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:
Engenharia Florestal pela Ufpr (Universidade Federal do
Paraná) e pós-graduação em Gestão Ambiental pela Esalq/
USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e em
Gestão Empresarial pela FGV (Fundação Getúlio Vargas)
Forestry Engineering, Federal University of Paraná (Ufpr)
and Post Graduate Studies in Environmental Management,
Luiz de Queiroz Superior School of Agriculture, University
of São Paulo (Esalq/USP), and in Business Administration,
Getúlio Vargas Foundation (FGV)
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Julho 2018 23

ENTREVISTA
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Julho 2018 25

ENTREVISTA
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TECNOLOGIA
PARA proteção
de incêndio de
SUA FLORESTA
Mobilidade: para chegar
rapidamente ao foco de incêndio,
facilitando o controle e diminuindo os
custos de combate e os danos.
Multifuncionalidade: para aumentar o poder de
combate aos incêndios e ou reduzir custos,
aumentando o número e melhorando a distribuição, na
floresta, dos equipamentos de combate aos incêndios.
Tecnologia: para aumentar o poder de combate aos incêndios,
demandando menor capacidade de carga do veículo
e, consequentemente, viabilizando uso de veículos mais compactos e
ágeis, e ou utilizando do espaço
e capacidade de carga do veículo para outras funções.
EQUILIBRIOEPA.COM.BR
(19) 2533.2879 | (19) 3434.0826

PRINCIPAL
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Sob
CONTROLE
Com tecnologia e conhecimento é
possível evitar e controlar incêndios
florestais gastando menos recursos
e reduzindo danos
Fotos: divulgação
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PRINCIPAL
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PRINCIPAL
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ESPECIAL
Bons
VENTOS
Fotos: divulgação
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Tendências mostram que haverá
aumento de preços para os
produtores de madeira em todos os
segmentos, por hora o mercado para
exportação leva vantagem
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ESPECIAL
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ESPECIAL
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ESPECIAL
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TECNOLOGIA
Plantio de precisão com
DRONES
Pesquisas avançam no uso de
equipamentos capazes de aumentar muito
a velocidade da restauração de florestas
Fotos: divulgação
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TECNOLOGIA
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-
-
-
-
-
-
-
-
- Dente sem Pastilha
ME OR PREÇO, COM QUALIDADE
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LOGÍSTICA
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JUSTIÇA DECIDIRÁ
TABELA DE
FRETES
Com a falta de entendimento entre empresas
e caminhoneiros, ficou para o STF mediar a
decisão sobre o custo do transporte de cargas
nas rodovias
Foto: divulgação
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LOGÍSTICA
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Pioneira em
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Florestais seminovas
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LOGÍSTICA
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MEIO AMBIENTE
QUEM PAGA A
CONTA?
Fotos: divulgação
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Plano de recuperação de florestas
nativas não deixa claro a distribuição de
responsabilidades e preocupa setor produtivo
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MEIO AMBIENTE
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ARTIGO
POTENCIAL DE FRAGMENTOS FLORESTAIS
INSERIDOS DENTRO DE FLORESTA
DE EXÓTICAS PARA A RESTAURAÇÃO DA
FLORESTA COM
ARAUCÁRIAS
Fotos: divulgação
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PAULA IASCHITZKI FERREIRA
ENGENHEIRA AGRÔNOMA
CAMILA LUCAS CHAVES
ROSELI LOPES DA COSTA BORTOLUZZI
BIÓLOGA
GIOVANI FESTA PALUDO
ENGENHEIRO FLORESTAL
ADELAR MANTOVANI
ENGENHEIRO AGRÔNOMO
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ARTIGO
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Julho 2018 59

ARTIGO
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Julho 2018 61

ARTIGO
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Disco de corte para Feller
• Discos de corte com encaixe para
utilização de até 18 ferramentas
• Diâmetro externo e encaixe central
de acordo com o padrão da máquina
Detalhe de encaixe para
ferramentas de 4 lados
• Discos de corte para Feller
conforme modelo ou amostra
• Discos especiais
• Pistões hidráulicos
(fabricação e reforma)
• Usinagem de médio e grande porte
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Água Vermelha - Sertãozinho - SP
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Mecânicos e Industriais Ltda
Julho 2018
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AGENDA
AGENDA2018
Interforst
18 a 22
Munique - Alemanha
www.interforst.de
JULHO
2018
SET
2018
CIBIO (CONGRESSO
INTERNACIONAL DE BIOMASSA)
Imagem: reprodução
JULHO
2018
O Congresso, que acontece em Curitiba (PR), nos dias
4 a 6 de setembro atrai profissionais de todo o Brasil
para debater estratégias do fornecimento de energia
verde.
Campo Grande Expo
16 a 20
Campo Grande (MS)
http://campograndeexpo.com.br
AGOSTO
2018
OUT
2018
EXPOFLORESTAL
Imagem: reprodução
Simpósio 50 anos do Ipef
22 e 23
Piracicaba (SP)
www.ipef.br
A cidade de Guadalajara, no México, é a sede da Expoflorestal.
O evento acontece nos dias 10 a 12 de
outubro. O foco são plantios florestais, transformação
da madeira e tecnologia aplicada à silvicultura e
produto final.
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AGENDA2018
SETEMBRO
2018
Congresso Internacional de Biomassa
4 a 6
Curitiba (PR)
www.congressobiomassa.com
OUTUBRO
2018
Expoforestal
10 a 12
Guadalajara - México
www.expoforestal.gob.mx
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ESPAÇO ABERTO
Foto: divulgação
Disputa
INTERNA
Por Fernanda Andrade,
gerente de Hunting e Outplacement da NVH
– Human Intelligence
Competitividade: até que
ponto ela é saudável para a
empresa?
Acompetitividade é um tema recorrente na maioria
das empresas. Normalmente, é ela que garante
a alta produtividade e a motivação, engajando as
pessoas na busca por resultados cada vez melhores.
Segundo uma pesquisa recente feita pela Page Personnel,
empresa global de recrutamento especializado em profissionais
de suporte à gestão, 90,3% dos entrevistados afirmam
que ser competitivo faz bem aos profissionais e às empresas.
Políticas internas que estimulam a competição costumam
ser muito bem vistas por colaboradores que almejam maiores
desafios na carreira. Planos de incentivo com comissionamento,
remuneração meritocrática e fluxos entre áreas, são vistos como
boas oportunidades de crescimento. A pesquisa mostra que
40,3% dos profissionais acreditam que a competitividade não é
apenas importante, mas necessária para um melhor desenvolvimento
profissional e para o sucesso da empresa para a qual
trabalham.
No entanto, apesar de ser estimulante e extremamente saudável
para o clima organizacional, é preciso muito cuidado com
os limites. A linha é bastante tênue. Um ambiente hostil de trabalho,
onde as pessoas são capazes de qualquer coisa para chegarem
onde querem é nocivo em qualquer companhia. Isso sem
contar nos danos causados aos profissionais, de forma individual,
que podem inclusive adoecer.
Em casos extremos, a competitividade pode criar um ambiente
sem limites, onde vale praticamente tudo para se conquistar
as metas. Assim, a porta fica aberta para práticas ilícitas e
corrupções de todas as espécies e dimensões. As fofocas ganham
espaço e a famosa puxação de tapete também.
Um sinal de alerta de que a empresa está tendo mais prejuízos
do que benefícios com as estratégias de competitividade é
quando os relacionamentos entre as pessoas começa a dar sinais
de deterioramento. Quando já não há clima para almoços prazerosos
ou happy hours ao final do expediente, é sinal de que algo
não vai muito bem.
Outro ponto importante é a rotatividade. Quando muitos
profissionais pedem o desligamento da empresa, normalmente é
porque a insatisfação com o clima está elevada. Nesses momentos,
a área de recursos humanos precisa agir. Competitividade
não pode ser confundida com rivalidade. Talvez, as políticas precisem
ser revisadas.
Logicamente, há muitas empresas que adotam a competitividade
excessiva como cultura. E, não há nada de errado nisso. No
entanto, os processos seletivos precisam ter atenção a esse ponto.
Pessoas mais colaborativas, tendem a encontrar dificuldades
nesse tipo de ambiente. O recrutamento e seleção precisa estar
alinhado ao perfil da companhia.
Acima de tudo, a empresa precisa definir suas estratégias
e ser coerente com elas. De modo geral, é importante analisar
sempre a sustentabilidade das empresas e das suas relações.
Pressão extrema para superar metas pode corroer o clima organizacional.
Trabalhar apenas a favor do individual pode comprometer
os resultados coletivos.
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