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2018_Luzes-ApostoloPulchrum

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<strong>Luzes</strong> da Civilização Cristã<br />

Subiaco foi o ponto de partida da Civilização Cristã,<br />

tomando em consideração a Cristandade na<br />

Europa Ocidental. Não me refiro, portanto, a Bizâncio<br />

e àquela parte do Oriente, nem ao Norte da África,<br />

mas sim à parte da Cristandade que depois viria a se<br />

desenvolver mais, e da qual nasceriam a América e todas<br />

as expansões católicas pelo mundo.<br />

“Eu me dou por inteiro”<br />

Tudo estava na seguinte situação:<br />

os bárbaros tinham ocupado todo o<br />

Império Romano e havia restos de civilização<br />

romana; ao lado disso, pagãos<br />

e bárbaros em grande quantidade,<br />

formando um caos do qual era<br />

preciso que emergisse uma coisa diferente.<br />

A Igreja estava trabalhando empenhadamente<br />

nisso, e agindo como<br />

ela o faz. A Igreja não trabalha sempre<br />

à raiz de grandes homens, mas<br />

sempre à raiz da graça. O grande homem<br />

às vezes aparece, e quando ele é<br />

grande santo, humilde, casto, sai alguma<br />

coisa que preste. Então, na base<br />

da conjunção de todos esses fatores<br />

a Igreja ia fazendo o seu dever, pregando, ensinando<br />

a cada um nas paróquias, nas dioceses, segundo a ordenação<br />

posta por Nosso Senhor Jesus Cristo, e que ela<br />

mesma, orientada pelo Espírito Santo, ia completando,<br />

acomodando as circunstâncias, etc. Nisso tudo a Igreja,<br />

dia a dia, ia fazendo penetrar a graça nas almas que quisessem<br />

recebê-la. E muitas dessas almas recebiam essas<br />

“Meu filho, eu o<br />

quero e o quero<br />

inteiro. Você se<br />

dá inteiro?” E<br />

ele respondeu:<br />

“Sim, eu me dou<br />

por inteiro.”<br />

graças. E as acolhiam melhor do que se recebe a graça<br />

hoje em dia.<br />

Mas poder-se-ia dizer que nessa situação em que a<br />

graça soprava por todos os lados e abria algumas flores<br />

de cá, de lá e de acolá, algo estava por acontecer de<br />

muito grande e de muito bonito como desfecho desta<br />

semeadura semibem recebida por toda parte. E o desfecho<br />

é exatamente o fato de que um<br />

jovem, de família senatorial, quer<br />

dizer, família nobre, patrícia, São<br />

Bento, com um imenso chamado divino<br />

para a obra especial dele, resolveu<br />

dar-se totalmente. A graça<br />

lhe disse: “Meu filho, eu o quero e o<br />

quero inteiro. Você se dá inteiro?” E<br />

ele respondeu: “Sim, eu me dou por<br />

inteiro.”<br />

Mas para dar-se por inteiro a experiência<br />

mostrava que ele não poderia<br />

ficar naquele misto de barbárie<br />

e de cultura romana decadente,<br />

em que se encontrava a Europa. Ele<br />

então se retirou para um local a fim<br />

de ali morar só. E por quê? Para ser<br />

santo. São Bento provavelmente não<br />

notava que ele era a árvore da qual<br />

brotariam todas as sementes a serem<br />

espalhadas pela Europa. Esse é o fato beneditino. E ele<br />

foi só, a fim de ser só de Deus e de Nossa Senhora, para<br />

um lugar completamente ermo, onde não houvesse nada<br />

que perturbasse a inteira entrega dele a Nosso Senhor, e<br />

ali entregar-se à devoção, à meditação, à penitência, para<br />

que a graça tomasse cada vez mais conta da pessoa<br />

dele.<br />

Marcos França<br />

Marcos França<br />

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