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2018_Luzes-ApostoloPulchrum

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Myugu1 (CC3.0)<br />

que la beauté – o charme, mais belo que a própria beleza.<br />

A Catedral de São Marcos está cheia de charmes assim.<br />

O charme está também nessas portinhas... Mas o<br />

que não é charme aqui? Só não é charme o que é grandeza.<br />

Entretanto, o charme é o aliado natural da grandeza;<br />

porque a grandeza sem charme fica pesadona, e o charme<br />

sem grandeza torna-se frívolo.<br />

Referi-me à grandeza. Procurem ver na cúpula, atrás,<br />

a grandeza, a magnificência. É espantosa! Ela seria muito<br />

pesada se não fosse tudo isso descrito anteriormente.<br />

Daria a impressão de um panelão colocado ali. Mas<br />

olhem a forma da cúpula, a cruz no alto, o jogo de várias<br />

pequenas cúpulas, e terão propriamente o charme. É a<br />

incomparável Catedral de São Marcos.<br />

Desforra da feiura, da hediondez e<br />

da trivialidade contemporâneas<br />

Os venezianos do tempo das palafitas 1 não percebiam<br />

o que ia sair do que eles faziam. Mas pode-se supor que<br />

já tivessem uma certa propensão para isso, à qual o Batismo<br />

deu a realidade, o élan, de maneira que saísse o<br />

que nós estamos contemplando aqui.<br />

A julgar pela afirmação de São Luís Maria Grignion<br />

de Montfort de que os Santos do Reino de Maria vão ser<br />

tais que, comparados aos do passado, serão como cedros<br />

do Líbano em relação a arbustos 2 , a medida de beleza, de<br />

verdade e de bem que toda civilização alcança é dada pela<br />

medida dos Santos que nela florescem.<br />

Esse princípio, por exemplo, o encontramos subjacente<br />

em todas as reflexões que fiz sobre a gruta de Subiaco<br />

e São Bento 3 .<br />

Mas creio que em nossas almas há um desejo de uma<br />

desforra da feiura, da hediondez, da trivialidade contemporâneas.<br />

E esse desejo faz de nós os “palafíticos” do<br />

Reino de Maria. Contudo, enquanto não se der o Grand<br />

Retour 5 , não vierem os castigos previstos em Fátima, e<br />

tudo isso não for varrido e limpo, quase não conseguimos<br />

entrever as belezas vindouras. Entretanto, no fundo<br />

de nossas almas existe esse anseio que nos faz discernir<br />

a potencialidade para o maravilhoso de cem coisas que<br />

conhecemos, mas que ainda não são maravilhosas.<br />

Para isso, cuidemos de ser santos e de ir vivendo. Pelo<br />

curso natural do tempo e da idade, muitos assistirão ainda<br />

a todas essas maravilhas sobre a face da Terra. Outros as<br />

verão antecipadamente – coisa muito melhor –, pois serão<br />

chamados por Deus a contemplá-Lo face a face, no Céu.v<br />

1) Cf. Revista Dr. Plinio n. 246, p. 33.<br />

(Extraído de conferência de 2/12/1988)<br />

2) Cf. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Cap.<br />

I, art. 2, n. 47.<br />

3) Cf. Revista Dr. Plinio n. 244, p. 27.<br />

4) No início da década de 1940, houve na França extraordinário<br />

incremento do espírito religioso, quando das peregrinações<br />

de quatro imagens de Nossa Senhora de Boulogne. Tal movimento<br />

espiritual foi denominado de “grand retour”, para indicar<br />

o imenso retorno daquele país a seu antigo e autêntico<br />

fervor, então esmaecido. Ao tomar conhecimento desses fatos,<br />

Dr. Plinio começou a empregar a expressão não apenas<br />

no sentido de “grande retorno”, mas de uma torrente avassaladora<br />

de graças que, através da Virgem Santíssima, Deus<br />

concederá ao mundo para a implantação do Reino de Maria.<br />

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