*Setembro/2018 - Industrial 200
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QUÍMICA NA MADEIRA<br />
TECNOLOGIA A<br />
SERVIÇO<br />
DAS NORMAS TÉCNICAS<br />
APLICATIVOS E FACILIDADES TECNOLÓGICAS AUXILIAM O MADEIREIRO NA<br />
PRESERVAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA<br />
Fotos: divulgação<br />
E<br />
m uma de suas frases mais conhecidas, Steve<br />
Jobs, cofundador da Apple e uma das mentes<br />
mais revolucionárias da indústria da informática,<br />
disse: “A maior invenção do mundo<br />
não é a minha tecnologia! É a morte! Pois,<br />
através dela, o velho sempre dará lugar para o novo!”<br />
Jobs, que morreu em 2011, tinha uma visão tão consciente<br />
da tecnologia que sabia que até suas invenções<br />
maravilhosas se transformariam obsoletas em pouco<br />
tempo. Esse ensinamento deve sempre nos levar ao<br />
questionamento: o que é novo hoje e o que será novo<br />
amanhã? O pensamento vale para todas as áreas. Inclusive<br />
para o tratamento da madeira.<br />
A norma brasileira estabelece parâmetros rígidos de<br />
retenção, que, por sua vez, exigem um amplo controle<br />
na concentração das soluções empregadas nas usinas<br />
de preservação da madeira. Uma madeira em contato<br />
com o solo (um mourão, por exemplo) precisa atender<br />
a uma retenção mínima de 6,5 kg/m³, quantidade de<br />
produto preservativo por metro cúbico de madeira tratável.<br />
Retenções menores do que essa podem expor a<br />
madeira ao ataque de fungos e insetos, causando apodrecimento<br />
e a degradação prematura de uma cerca em<br />
uma fazenda.<br />
Como a indústria faz para estimar o nível de retenção<br />
dos preservativos na madeira? Inicialmente, calculando<br />
a concentração correta da solução na hora de sua aplicação.<br />
Os produtos preservativos comercializados no<br />
mercado são disponibilizados na forma concentrada e,<br />
isto implica na diluição em água do produto, antes de<br />
sua aplicação.<br />
Até poucos anos, esse cálculo só podia ser feito no<br />
papel, com o auxílio de uma calculadora, chegando a<br />
haver o cruzamento entre várias tabelas diferentes para<br />
se alcançar o resultado. Habitualmente essa atividade é<br />
realizada pelos operadores da UPM, e não trazia facilidade<br />
matemática aos cálculos, por vezes até mesmo complicados.<br />
Por fim, a sobra do produto em um tambor<br />
no momento da correção da solução é o que acabava<br />
impondo a aplicação de tantos cálculos.<br />
É aí que a tecnologia entra. O mercado já tem um<br />
aplicativo de celular gratuito, disponibilizado pela<br />
Montana, que facilita o trabalho das usinas. A inovação<br />
permite, com poucos cliques, calcular a quantidade<br />
72 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2018</strong>