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• Usa “esse é o meu jeito” como uma desculpa para tudo<br />
• Não reconhece que precisa de ajuda com seus problemas pessoais<br />
• Usa palavras que magoam<br />
• Frieza e distância emocional<br />
• Não consegue se abrir e compartilhar com o parceiro<br />
Analise a si mesmo à luz dos pontos anteriores. Faça um exame honesto de seu<br />
coração. Será que não há algumas pedras que precisam ser quebradas? O que seu<br />
cônjuge diria a seu respeito, se alguém lhe perguntasse sobre isso? Enquanto você<br />
mantiver a dureza de coração, nunca poderá ser feliz na sua vida sentimental.<br />
Cristiane:<br />
Para complicar ainda mais a situação, existem dois tipos de corações duros: aquele<br />
que está bem à vista, que todos veem, cuja dureza é facilmente notada, e aquele<br />
que pensa que é a vítima. Ambos estão endurecidos e ambos estão acusando um ao<br />
outro.<br />
Era assim comigo e com o Renato. Durante os primeiros doze anos de nosso<br />
<strong>casamento</strong>, eu o culpava por não ser o marido que eu precisava que ele fosse. O seu<br />
jeito de resolver nossos problemas era terrível. Ficava de cara amarrada comigo por<br />
dias e, no final, eu é que tinha que pedir desculpas. Eu pedia, senão o <strong>casamento</strong><br />
não andava para a frente, mas na realidade não pedia desculpas de coração. Eu<br />
continuava pensando que ele era o problema, tanto é que vivia orando por ele (era<br />
justa aos meus próprios olhos). Eu me achava uma esposa mal aproveitada, lhe dava<br />
tudo de mim e ganhava pouco de volta. Cheguei até a compor uma música bem<br />
triste e sentimental para a trilha sonora de nossa história de “amor”. Até que<br />
chegamos à época do telefonema, que explicamos no capítulo 9. Mudei muito,<br />
foquei mais no que eu podia fazer, e descobri que durante aqueles anos todos eu<br />
também tinha um coração duro. O meu era aquele que se chamava de vítima.<br />
Sim, o Renato me devia a atenção de marido. Sim, ele não deveria me punir por<br />
dias sem falar comigo por qualquer coisa que não gostava que eu fizesse. Mas o que<br />
adianta você saber que o seu cônjuge não faz o que ele deveria fazer se você<br />
também não faz o que você deveria fazer?<br />
A princípio, eu me assustei com essa revelação. Sempre me considerei uma ótima<br />
esposa para o Renato, sempre dando o meu melhor para ele. Como poderia também