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Foi só o que ele disse. Era tudo que precisava ouvir. Descobri que em todos aqueles<br />

anos de <strong>casamento</strong>, estava na verdade fazendo do Renato o sol do meu planeta.<br />

Como esposa de pastor, ia à igreja, ajudava no que me era confiado, fazia o ‘máximo’<br />

que podia fazer, mas, no final do dia, o meu foco sempre caía no Renato. Tudo que eu<br />

queria era chamar a atenção dele, conseguir sua apreciação, sentir-me sua parceira, ser<br />

importante ao seu lado — o que não era pedir demais, mas quando isso é tudo para<br />

uma pessoa, aí são outros quinhentos. Você acaba fazendo tudo em função daquela<br />

outra pessoa. E se a pessoa não lhe der a devida importância, tudo que você fez não<br />

valeu de nada para você.<br />

Embora na época não tivesse consciência total disso, foi o que descobri sobre mim<br />

mesma. Todos aqueles anos, em vez de estar ao lado do meu marido, tinha me<br />

colocado atrás dele. É claro que ele não ficaria olhando para trás, enxergando o que eu<br />

estava fazendo ali. Na realidade, eu carregava uma mentalidade errada do que a esposa<br />

representava para o seu marido.<br />

Eu ouvia muitas mulheres falarem que nós somos aquele suporte do porta-retratos, ali<br />

escondidinho. Enquanto nossos maridos estavam em pé, lá na frente, nós, esposas,<br />

tínhamos que estar atrás deles, dando todo o suporte necessário. Uma ideia antiquada,<br />

sem nenhuma base fundamental. Creio que, por essa e outras, muitas mulheres têm<br />

defendido o feminismo. Se eu não tivesse acordado para a realidade, teria feito o<br />

mesmo. Chega uma hora que cansa só ficar nos bastidores, sentir-se menos importante<br />

do que o próprio parceiro, e ficar na dependência dele para suprir seu valor.<br />

Foi naquela palavra do meu pai que finalmente embarquei em uma jornada<br />

interessante, cheia de aventuras, e superprodutiva. Eu me conheci melhor.<br />

APRESENTANDO: CRISTIANE 2.0<br />

Comecei a desenvolver talentos que estavam escondidos ou adormecidos, investindo<br />

não somente em ajudar outras pessoas como a mim também. A cada vez que fazia algo<br />

novo, diferente e produtivo, minha autoestima agradecia. Ajudava as demais pessoas e<br />

na medida em que eram ajudadas, elas me valorizavam e, consequentemente, isso me<br />

ajudava a vencer toda aquela insegurança que carregava dentro de mim.<br />

Deixei de fazer as coisas para chamar a atenção do Renato. Pude entendê-lo melhor<br />

porque agora estava no mesmo barco, trabalhava para os mesmos objetivos que ele, só

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