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Porém, o mau gênio não é boa desculpa, tampouco culpar a Deus ou ao diabo por<br />

suas emoções negativas. Todos nós somos sujeitos a emoções, mas também somos<br />

dotados de inteligência para controlá-las.<br />

Não estamos advogando aqui a repressão das emoções. Ninguém é um robô. O<br />

<strong>casamento</strong> é um dos maiores testes do nosso temperamento. Não é razoável esperar que<br />

simplesmente venhamos a “engolir sapos” e mais sapos, sem sofrer algum tipo de<br />

diarreia depois... Cedo ou tarde, os sapos terão de sair por algum lugar...<br />

Em vez de reprimir as emoções, você tem de encontrar outro recipiente para elas que<br />

não seja o seu parceiro. Benjamin Franklin descobriu que não era possível evitar os<br />

raios, mas era possível redirecioná-los para outro alvo onde não causariam danos. Quer<br />

dizer, temos que instalar um para-raios em nosso <strong>casamento</strong> para descarregar as nossas<br />

emoções em outra coisa. Mas como?<br />

ANTES DO PARA-RAIOS<br />

No início do nosso <strong>casamento</strong>, não tínhamos para-raios. Cristiane e eu soltávamos<br />

faíscas quando nossos ânimos ficavam alterados. Os raios dela se manifestavam como<br />

cobranças, insistência, ciúmes e palavras duras. Os meus eram basicamente uma frieza<br />

no falar e o famoso “tratamento do silêncio” que eu dava a ela.<br />

Quando as minhas emoções afloravam, não sabia como lidar com elas. Por minha<br />

natureza ser calma, eu ficava calado, acumulando sentimentos negativos dentro de mim.<br />

Eu não explodia, mas implodia. Por não querer brigar com a Cristiane, me calava.<br />

Porém, por dentro, ficava pensando em tudo o que queria falar para ela, imaginando um<br />

diálogo, mas guardando tudo em mim mesmo. (Se eu colocasse para fora pelo menos<br />

10% da conversa imaginária que eu fazia na minha cabeça, resolveria o problema muito<br />

mais rápido... Mais tarde, aconselhando outros casais, descobri que não estava maluco,<br />

pois não era o único que fazia isso!) Eu estava reprimindo as minhas emoções. Os raios<br />

estavam me incendiando por dentro, e a minha ira incendiava a Cristiane.<br />

O resultado era que eu ficava com raiva dela por dias, e tratava-a com o silêncio.<br />

Algumas vezes, de tanto acumular sentimentos negativos, acabei explodindo e me<br />

comportando como um cavalo psicótico preso em um estábulo em chamas. Dá para<br />

imaginar, né? Nada bonito.<br />

Não há como não sentir emoções. Somos apenas carne e osso. Mas temos que saber e

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