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maneiras: (1) deixava o poder totalmente na mão da Cristiane para fazer o que quisesse<br />
da situação (desistir do <strong>casamento</strong>, lutar por ele, continuar como estava) e (2) dava a<br />
ela a impressão de que eu não me importava com ela nem estava disposto a fazer nada<br />
para mudar a situação.<br />
Se ela fosse outro tipo de mulher, teria agarrado aquele poder que eu<br />
inconscientemente pus nas mãos dela, juntaria o sentimento de desprezo que eu<br />
transmitia com a minha atitude, e teria dado um fim ao nosso <strong>casamento</strong>. E hoje<br />
entendo que eu teria sido o maior responsável. Por quê? Porque eu não teria cumprido o<br />
meu papel de líder e cabeça no meu <strong>casamento</strong>.<br />
O que aquela ligação me fez entender foi que, como marido, todo e qualquer problema<br />
que acontece no meu <strong>casamento</strong> é meu problema também. Não posso separar alguns<br />
problemas para mim e outros para minha esposa. Todos os problemas são nossos. Se<br />
ela tem um problema, eu tenho um problema. Se ela está doente, eu estou doente. Se ela<br />
tem uma reclamação, eu tenho que ver o que é, e agir rápido na fonte do problema —<br />
mesmo que eu ache que aquilo é “coisa de mulher”. Esse conceito mudou minha visão<br />
sobre nossos problemas conjugais.<br />
Vejo que os homens, de forma geral, têm a tendência de jogar o problema para a<br />
esposa e continuar vivendo a própria vida como se tudo estivesse normal. A natureza do<br />
homem tende a fazê-lo evitar ou fugir da chateação da mulher. Por isso, quando<br />
confrontado por ela com um problema, ele logo quer apontar o dedo de volta e sair da<br />
conversa. Daí é que vêm os hábitos tipicamente masculinos de tirar o foco da mulher e<br />
colocá-lo no trabalho, no futebol, na televisão, no video game etc., como uma forma de<br />
escape. Esses homens precisam entender que evitar ou fugir do problema não vai<br />
resolvê-lo. Repito, problema não é vinho.<br />
O homem tem que tomar as rédeas da situação e, como um bom líder, buscar a<br />
solução do problema junto com a esposa.<br />
E foi isso que eu fiz imediatamente após aquela ligação.<br />
A LISTA<br />
Com a bênção do pai dela, e com a nova visão de que o problema era meu e que cabia<br />
a mim resolvê-lo, entrei de volta no quarto com a Cristiane e fui pragmático: “Vamos<br />
fazer uma lista de tudo o que está de errado no nosso <strong>casamento</strong>. Quero que você diga