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Capítulo 3 | A mochila nas costas<br />

Imagine isto: noivo e a noiva estão no altar da igreja, vestidos a rigor diante dos<br />

convidados. O oficiante conduz a cerimônia. Nas costas de cada um dos noivos, por<br />

cima do vestido branco dela e do terno alugado dele, uma grande e pesada mochila.<br />

Dentro da mochila de cada um está todo o seu passado, a bagagem que estão levando<br />

para dentro do <strong>casamento</strong>, cujo conteúdo ambos começarão a descobrir muito em<br />

breve: a criação e os ensinamentos que absorveram dos pais, as experiências antigas, os<br />

traumas, o medo de rejeição, as inseguranças, as expectativas... Por isso, quem ainda<br />

está se preparando para se casar deve agir como segurança de aeroporto: “Abre a mala<br />

aí, quero ver o que tem dentro!”<br />

Já vi muitos casais dizerem: “O seu passado não me interessa, só quero saber de nós<br />

daqui para a frente.” Soa muito romântico, com certeza, mas essa atitude não vai<br />

impedir que vocês tragam o passado para dentro do relacionamento presente. O seu<br />

passado faz parte de você, é impossível se livrar dele. Mas é possível, sim, aprender a<br />

lidar com ele, seja o que for. No entanto, se não sabem o passado um do outro, saberão<br />

como agir quando ele se manifestar lá na frente no <strong>casamento</strong>?<br />

Deixe-nos dar um exemplo pessoal de como essa bagagem afeta o casal já logo de<br />

início.<br />

5.6 SEGUNDOS DE LIBERDADE<br />

Quando Cristiane e eu nos casamos, começamos a ter problemas devido à falta de<br />

atenção que ela sofria de minha parte e as consequentes cobranças que me fazia. Seis<br />

dias por semana eu ia cedo para o trabalho e retornava tarde da noite, cansado, e ainda<br />

trazendo trabalho extra para terminar em casa. No sábado, nosso suposto dia de<br />

descanso, eu voluntariamente voltava ao serviço pelo menos meio período pela manhã.<br />

Por ser muito jovem, querendo me afirmar no trabalho, entendia que precisava me

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