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outro, em vez de ouvir, já começa a formular na mente uma resposta ou retaliação. Ao<br />

fazer isso, deixa de ouvir.<br />

Há uma explicação psicológica e natural por que isso acontece. Quando nos sentimos<br />

atacados, nosso instinto é lutar ou correr. Isso é um instinto tão básico que pode ser<br />

observado em qualquer animal. Se você atacar um cachorro, por exemplo, o instinto de<br />

autodefesa e sobrevivência dele o fará lhe atacar de volta ou fugir de você. O ser<br />

humano opera a partir deste mesmo instinto para tudo. Por isso quem inicia a conversa<br />

tem o poder de determinar a reação do parceiro — se vai ser boa ou negativa. Uma<br />

conversa iniciada em tom acusativo ou crítico inevitavelmente provocará uma reação de<br />

brigar ou fugir da conversa. O ideal é que o problema seja exposto de forma separada da<br />

pessoa. Por exemplo, se o marido fala: “Você é fria, nunca está a fim de nada comigo”,<br />

a esposa se sentirá atacada pessoalmente e tentada a responder à altura: “Você que é um<br />

cavalo, só quer saber de sexo”. Pronto, o combate está armado. Ninguém mais vai ouvir<br />

ninguém, exceto com a intenção de atacar ou se defender. Mas se ele começa assim:<br />

“Amor, como eu posso fazer para que nós dois tenhamos uma vida sexual mais<br />

satisfatória?”, a reação será outra. Notou a diferença? A maneira que o falante inicia a<br />

conversa determina se o ouvinte ficará à vontade para dialogar ou não.<br />

Quando seu cônjuge começa a expor o problema, resista à tentação de se defender ou<br />

justificar. Inicialmente, apenas ouça para colher informações, deixando a pessoa bem<br />

livre para se expressar. Não presuma que já sabe qual é o problema, pois provavelmente<br />

a outra pessoa tem uma visão bem diferente da sua sobre o que ele realmente é.<br />

Portanto, seja inteligente: ouça.<br />

3) Perguntar<br />

Na empresa: ainda no intuito de identificar e compreender a raiz do problema, você<br />

faz perguntas que lhe tragam esta informação. Sabemos as razões da saída de cada uma<br />

das quatro recepcionistas? De onde elas foram recrutadas? Quem fez a seleção e quais<br />

critérios usou? Qual o salário que pagamos a elas? Está compatível com o mercado?<br />

Quais as responsabilidades que a posição inclui? Onde estamos no processo de recrutar a<br />

próxima? Enfim, você faz perguntas focadas no que você precisa para entender melhor o<br />

problema e segue ouvindo atentamente as respostas. Note que essas perguntas não são<br />

acusativas nem têm como alvo achar um culpado, apenas buscam as informações<br />

relevantes.

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