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Revista SECOVIRIO - 108

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SUMÁRIO<br />

CURTINHAS<br />

JURÍDICO<br />

MATÉRIA ESPECIAL<br />

4<br />

22<br />

ENTREVISTA<br />

CONSULTAS JURÍDICAS<br />

NOSSOS LUGARES<br />

8<br />

26<br />

CONDOMÍNIOS<br />

VERDES<br />

CAPA<br />

INDICADORES<br />

HABITACIONAIS<br />

19<br />

30<br />

SETEMBRO•OUTUBRO 2017 / nº <strong>108</strong><br />

36<br />

48<br />

58<br />

INSTITUCIONAL<br />

OUTROS OLHARES<br />

SERVIÇOS E PRODUTOS<br />

67<br />

92<br />

94<br />

Nosso pequeno zeitgeist<br />

Quando a revista que você tem em mãos começou a ganhar sentido em nossas mentes, a grande<br />

preocupação de nossa equipe era construir uma edição especial de fato. Era preciso conciliar um<br />

olhar sobre uma data icônica para o Secovi Rio com a tão almejada relevância para o leitor.<br />

O primeiro desafio foi condensar 75 anos em uma publicação. Que tal uma linha do tempo, uma<br />

retrospectiva histórica ou entrevistas com personalidades que fizeram parte desse período?<br />

Por entendermos que uma história tão longeva e plural jamais caberia nas páginas de um<br />

periódico, desistimos dessa missão de cara e resolvemos simplesmente falar do hoje. Assim, sem<br />

renegarmos o que foi feito, mas deixando claro aquilo que nos move no agora e os lugares aos<br />

quais aspiramos, procuramos tirar uma fotografia singela e despretensiosa que pudesse capturar<br />

de alguma maneira o espírito do nosso tempo.<br />

Esta, portanto, não é uma edição especial por documentar sete décadas e meia, e sim por<br />

convidar o leitor a conversar conosco e entender como está esse jovem veterano ao completar<br />

seus 75. “Nada do que fiz, por mais feliz, está à altura do que há por fazer”, declara a baiana Gal<br />

Costa nos versos iniciais da canção de Arthur Nogueira e Antonio Cícero que abre seu mais<br />

recente álbum, marco de 50 anos de carreira.<br />

De algum modo, é isso que almejamos. Talvez não haja maneira mais generosa de reverenciar as<br />

conquistas do passado que utilizando cada uma delas como ponto de partida para as do futuro.<br />

Aprendemos muito, mas nos cabe seguir e continuar aprendendo.<br />

Aí vamos nós!<br />

EQUIPE SECOVI RIO


DIRETORIA/EXPEDIENTE<br />

DIRETORIA SECOVI RIO<br />

Efetivos<br />

Presidente: Pedro José Maria Fernandes Wähmann<br />

Vice-Presidente: Leonardo Conde Villar Schneider<br />

Vice-Presidente Financeira e de Desenvolvimento: Maria Teresa Mendonça Dias<br />

Vice-Presidente Administrativo: Ronaldo Coelho Netto<br />

Vice-Presidente de Marketing: João Augusto Pessôa<br />

Vice-Presidente Jurídico: Rômulo Cavalcante Mota<br />

Vice-Presidente de Assuntos Condominiais: Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa<br />

Vice-Presidente de Locações: Antonio Paulo de Garcia Monnerat<br />

Vice-Presidente de Relações do Trabalho: Dennys Abdalla Muniz Teles<br />

Suplentes<br />

Aldo Fernando Villar Hecht da Fonte; Antonio Carlos Ferreira; Antonio Henrique Lopes da Cunha; Frederico Honorato Rodrigues Moreira; Germana<br />

Aragão de Mesquita Aguiar; Luiz Alberto Queiroz Conceição; Luis Carlos Bulhões Carvalho da Fonseca Filho; Pedro Carlos Carsalade<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Efetivos<br />

Dorzila Irigon Tavares; Marco Antonio Moreira Barbosa<br />

Suplentes<br />

Antonio José Fernandes Costa Neto; Marco Antonio Valente Tibúrcio; Marco Antonio Vieira de Mello<br />

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

Efetivos<br />

Pedro José Maria Fernandes Wähmann; Manoel da Silveira Maia<br />

Suplentes<br />

João Augusto Pessôa; Ronaldo Coelho Netto<br />

CONSELHO DE RELAÇÕES DO TRABALHO<br />

Dennys Abdalla Muniz Teles (presidente); Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa; Fernando Schneider; Maria Teresa Mendonça Dias<br />

REGIONAIS SECOVI RIO<br />

Regional Baixada Fluminense<br />

Av. Governador Roberto Silveira, 470, sala 412, Centro, Nova Iguaçu - RJ<br />

(Edifício Top Commerce)<br />

CEP: 26210-210<br />

Telefone: (21) 2667-3397<br />

E-mail: baixadafluminense@secovirio.com.br<br />

Regional Lagos<br />

Avenida Júlia Kubitschek, 16, loja 19, Bloco B, Parque Rivera, Cabo Frio - RJ<br />

(Edifício Premier Center)<br />

CEP: 28905-000<br />

Telefone: (22) 2647-6807<br />

E-mail: lagos@secovirio.com.br<br />

Regional Litorânea<br />

Avenida Almirante Barroso, 52, 9º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ<br />

CEP: 20031-918<br />

Telefone: (21) 2272-8000<br />

E-mail: litoranea@secovirio.com.br<br />

Regional Noroeste Fluminense<br />

Avenida Rui Barbosa, 1.043, sala 201, Centro, Macaé - RJ<br />

CEP: 27910-362<br />

Telefone: (22) 2772-3714<br />

E-mail: noroestefluminense@secovirio.com.br<br />

Regional Norte Fluminense<br />

Avenida Rui Barbosa, 1.043, sala 201, Centro, Macaé - RJ<br />

CEP: 27910-362<br />

Telefone: (22) 2772-3714<br />

E-mail: nortefluminense@secovirio.com.br<br />

Regional Costa Verde<br />

Avenida Almirante Barroso, 52, 9º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ<br />

CEP: 20031-918<br />

Telefone: (21) 2272-8000<br />

E-mail: costaverde@secovirio.com.br<br />

Regional Serra Imperial<br />

Rua Dr. Nelson de Sá Earp, 95, sala 406, Centro, Petrópolis - RJ<br />

CEP: 25680-195<br />

Telefone: (24) 2237-5413<br />

E-mail: serraimperial@secovirio.com.br<br />

Representante: José Roberto Bittencourt Sauer<br />

Regional Serra Norte<br />

Rua Doutor Ernesto Brasílio, 45, sala 205, Centro, Nova Friburgo - RJ<br />

CEP: 28610-120<br />

Telefone: (22) 2523-7513<br />

E-mail: serranorte@secovirio.com.br<br />

Representante: Gabriel de Freitas Ruiz<br />

Regional Serra Verde<br />

Av. Feliciano Sodré, 460, loja 3, Várzea, Teresópolis - RJ<br />

CEP: 25963-082<br />

Telefone: (21) 2742-2102<br />

E-mail: serraverde@secovirio.com.br<br />

Representante: Henrique Luiz Rodrigues<br />

SEDE<br />

Av. Almirante Barroso, 52/9º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ<br />

CEP: 20031-918<br />

Telefone: (21) 2272-8000 - Fax: (21) 2272-8001<br />

E-mail: secovi@secovirio.com.br<br />

A <strong>Revista</strong> Secovi Rio é uma publicação institucional, bimestral, do<br />

Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração<br />

de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais em todo o<br />

Estado do Rio de Janeiro.<br />

EXPEDIENTE<br />

Conselho Editorial: Pedro Wähmann e João Augusto Pessôa<br />

Gerente de Marketing e Comunicação: Marcos Mantovan<br />

REDAÇÃO<br />

imprensa@secovirio.com.br<br />

Jornalistas responsáveis: Gustavo Monteiro (25.140 MTE/RJ)<br />

e Igor Augusto Pereira (2.629 MTE/GO)<br />

Redação: Amanda Gama, Carla Neiva, Gustavo Monteiro e Igor<br />

Augusto Pereira<br />

Projeto gráfico e diagramação: Henrique Vasconcellos<br />

Revisão: Sandra Paiva<br />

Colaboraram nesta edição: Edmara Carvalho e Natália Fuly<br />

PUBLICIDADE<br />

Elcias Teodoro (21) 2272-8009 - (21) 99789-6454<br />

teodoro@secovirio.com.br<br />

parcerias@secovirio.com.br<br />

Thiago Bogado (21) 2272-8007 - (21) 97226-8936<br />

revista@secovirio.com.br<br />

thiago@secovirio.com.br<br />

A revista reserva-se o direito de não aceitar publicidade sem<br />

fundamentar motivação de recusa.<br />

Os anúncios veiculados são de responsabilidade dos anunciantes.<br />

Tiragem: 30.000 exemplares. Distribuição gratuita.<br />

Auditada pela:<br />

BKR Lopes, Machado Auditors, Consultants & Business Advisers.<br />

Distribuição nacional:<br />

Treelog S.A. Logística e Distribuição.<br />

Regional Sul Fluminense<br />

Rua Dezesseis, 109, sala 1.101/A3-cobertura, Vila Sta. Cecília, Volta Redonda - RJ<br />

(Edifício Vila Shopping)<br />

CEP: 27260-110<br />

Telefone: (24) 3339-2272<br />

E-mail: sulfluminense@secovirio.com.br<br />

Representante: Vanisi de Oliveira Ferreira<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 2


Anos


CURTINHAS<br />

Eu quero é botar<br />

minha bike na rua<br />

Sabe aquelas bicicletas que ficam abandonadas em<br />

um canto da casa ou em uma área comum do<br />

condomínio? Elas podem transformar a vida de<br />

muita gente e até mesmo ajudar no processo de<br />

revitalização urbana.<br />

É que uma iniciativa do Secovi Rio em parceria com<br />

a ONG Bike Anjo, que empunha a bandeira do<br />

cicloativismo e ensina as pessoas a pedalar em<br />

atividades gratuitas, está estimulando as doações<br />

dessas bicicletas para o projeto.<br />

O equipamento é recolhido por um voluntário da<br />

Bike Anjo, recuperado (se for necessário algum<br />

reparo) e utilizado nas ações do grupo em todo o<br />

Rio de Janeiro.<br />

O Sindicato participou, em julho, de uma feira<br />

aberta, levando essa campanha ao público e<br />

divulgando, junto a síndicos e moradores<br />

interessados na causa, sobre a forma mais adequada<br />

de proceder.<br />

Posso doar o que estiver abandonado no bicicletário?<br />

Calma, não é assim tão simples. Se a bike não é sua,<br />

você vai precisar da autorização do proprietário –<br />

ainda que ela pareça estar abandonada. Se não<br />

conseguir localizá-lo, é imprescindível conseguir a<br />

aprovação da assembleia geral.<br />

Também é preciso emitir uma circular, que deve ser<br />

afixada nas áreas comuns, informando um prazo<br />

razoável (deliberado em assembleia) para a retirada<br />

ou para o recadastramento das magrelas.<br />

Ainda assim, não há garantia de que a simples<br />

deliberação validará a retirada. Se alguém se sentir<br />

prejudicado com a doação de sua bicicleta, poderá<br />

recorrer à Justiça. Por isso, antes de tudo, vale a<br />

pena uma boa conversa.<br />

Shutterstock


Aliança à mesa<br />

Uma tendência surgida na Ásia está<br />

proporcionando a união entre<br />

viajantes e cidadãos locais por<br />

meio de refeições compartilhadas.<br />

Em alta em países como Tailândia,<br />

Malásia, Vietnã e Cingapura, o site<br />

PlateCulture (cultura do prato, em<br />

tradução livre) conecta turistas e<br />

anfitriões. Por lá, é possível conferir<br />

o menu, o cozinheiro amador e até<br />

mesmo as avaliações de usuários<br />

que já foram recebidos por ele. O<br />

serviço já está disponível no Brasil.<br />

Shutterstock<br />

Vovó é a mãe!<br />

Foi-se o tempo em que, ao se aposentar,<br />

a maioria das pessoas resolvia “pendurar<br />

as chuteiras” e deixava de fazer planos.<br />

Com a ajuda da internet, muita gente tem<br />

aproveitado a “melhor idade” para curtir<br />

experiências diferentes e fazer novos<br />

laços. Com mais de 60 mil membros, o<br />

grupo do Facebook “Envelhecendo em<br />

Comunidade” tem oferecido uma<br />

programação para quem está interessado<br />

em se divertir. Regularmente, os<br />

participantes promovem piqueniques,<br />

passeios guiados e excursões, entre<br />

outras atividades. Além de romper o<br />

estigma da solidão do idoso, a iniciativa<br />

ainda estimula o uso da tecnologia como<br />

recurso para integrar pessoas.<br />

Shutterstock<br />

Só digital<br />

Pelo menos 19 cidades do Rio de Janeiro vão ter o<br />

sinal de TV analógico desligado em 25 de outubro.<br />

Para captar o sinal digital e não ficar sem a<br />

transmissão, é importante verificar a antena<br />

coletiva. Ela precisa ser UHF e estar apontada para<br />

a torre de transmissão. Os aparelhos de TV também<br />

devem estar preparados para receber o sinal.<br />

“Televisores de tubo ou de tela plana fabricados até<br />

2010 só recebem o sinal analógico e precisam de<br />

um conversor, que deve ser adquirido em lojas de<br />

eletrônicos. Se houver dúvidas, o ideal é consultar o<br />

fabricante”, explica a gerente regional da Seja<br />

Digital, Vivian Bilhim.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 5


Prédio futurista<br />

Um empreendimento que será entregue no<br />

fim de 2018 na Zona Sul de São Paulo deve<br />

proporcionar aos moradores o controle de<br />

serviços, visitas e recursos da casa por um<br />

aplicativo para smartphone. Com a<br />

ferramenta, será possível solicitar um reparo,<br />

limpeza e até mesmo visita de um personal<br />

trainer. Todas as áreas comuns do prédio<br />

serão equipadas com sinal de wi-fi, já<br />

antecipando novas integrações que poderão<br />

ocorrer. Toda essa tecnologia, porém, terá um<br />

custo: estima-se que as taxas condominiais<br />

serão até 25% mais caras que a média da<br />

região.<br />

Shutterstock<br />

Shutterstock<br />

Ratatouille da vida real<br />

Se você acompanha as nossas edições, deve<br />

se lembrar da história de um cat café na<br />

cidade de Teresópolis, que saiu em nossas<br />

páginas há algum tempo. O estabelecimento<br />

permite que o cliente faça sua refeição bem<br />

pertinho dos felinos. Agora, um outro café,<br />

na cidade de São Francisco (EUA), foi ainda<br />

mais longe ao oferecer uma experiência<br />

relativamente polêmica: convidou os<br />

usuários a fazer suas refeições ao lado de...<br />

ratinhos. Para entrar, é preciso pagar um<br />

ingresso de cerca de US$ 50. Os donos<br />

garantem que os roedores são bons animais<br />

de estimação e que toda a comida será<br />

preparada em um ambiente completamente<br />

livre de ratos.<br />

Futuro na tela<br />

Para pensar: uma criança aprende a<br />

utilizar um smartphone antes mesmo<br />

de conseguir amarrar os próprios<br />

sapatos. É o que mostrou uma<br />

pesquisa da empresa de tecnologia<br />

AVG com meninos e meninas de 2 a<br />

5 anos. De acordo com o estudo,<br />

19% dos pequenos já brincam<br />

sozinhos com o aparelho, enquanto<br />

apenas 9% conseguem amarrar os<br />

cadarços.<br />

Shutterstock


Povo sangue bom<br />

Na hora de salvar o dia, cada herói tem sua arma.<br />

Com esse conceito, o Secovi Rio convidou, em<br />

julho, síndicos, profissionais do mercado<br />

imobiliário e parceiros para uma grande campanha<br />

de doação de sangue. Durante o dia inteiro, a<br />

sede do Sindicato recebeu pessoas que<br />

atenderam a esse chamado e se uniram para<br />

“salvar o dia”. Foram 44 bolsas de sangue<br />

coletadas, além de 53 cadastros de doadores. A<br />

coleta foi realizada pelo Hemorio, que também<br />

está aberto para outros heróis que queiram apoiar<br />

a causa. O local funciona todos os dias da semana,<br />

das 7h às 18h, na Rua Frei Caneca, 8, Centro, Rio<br />

de Janeiro.<br />

Azulejo inteligente<br />

Um grupo de pesquisadores da Universidade<br />

de Pavia, na Itália, desenvolveu um tipo de<br />

azulejo inteligente, capaz de reproduzir<br />

qualquer material. Feito de vidro, ele pode<br />

reproduzir vídeos, imitar materiais e até dar a<br />

ilusão de que o prédio inteiro ficou invisível. A<br />

tecnologia, chamada Lumentille, deve estar<br />

disponível no mercado em 2020.<br />

Rodrigo_Soldon/Flickr<br />

No interior<br />

Mudanças nos escritórios do Secovi Rio no<br />

interior do estado: os serviços prestados nas<br />

Regionais Litorânea (Niterói) e Noroeste<br />

Fluminense (Campos dos Goytacazes) passarão<br />

a ser realizados em novos locais. Representados<br />

do Sindicato nas cidades de Itaboraí, Rio Bonito,<br />

Maricá, Silva Jardim, São Gonçalo, Saquarema e<br />

Tanguá, além de Niterói, serão atendidos na<br />

sede, no Rio de Janeiro. Já os representados em<br />

Campos, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci,<br />

Cardoso Moreira, Italva, Itaperuna, Laje do<br />

Muriaé, Natividade, Porciúncula, São Fidélis,<br />

São Francisco do Itabapoana, São João da Barra,<br />

São José de Ubá e Varre-Sai poderão usufruir<br />

dos serviços no escritório da Regional Norte<br />

Fluminense, em Macaé.<br />

Box brilhando<br />

O vidro do box do seu banheiro costuma acumular<br />

manchas e resíduos? Os principais agentes dessa<br />

sujeira são gordura, sabonete e mofo. Mas algumas<br />

soluções caseiras podem reduzir o problema. Nas<br />

manchas brancas, quando a superfície estiver<br />

completamente seca, passe uma palha de aço com<br />

movimentos delicados. Depois, a cada 15 dias, borrife<br />

uma mistura de 200ml de álcool, 100ml de removedor<br />

e duas colheres de lustra-móveis. Outra opção é<br />

passar cera automotiva. Os produtos criam uma<br />

película que evita que a sujeira grude no vidro.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 7<br />

Shutterstock


ENTREVISTA<br />

PEDRO<br />

WÄHMANN<br />

Igor Augusto Pereira<br />

Por cima dos muros<br />

Quando o nome de Pedro Wähmann<br />

(lê-se: Vêman) começou a ser sondado<br />

como o eventual entrevistado desta<br />

edição, um leve clima de tensão começou a<br />

pairar por nossa equipe. Ainda que o presidente<br />

do Secovi Rio fosse a personalidade mais natural<br />

para ocupar as “páginas amarelas” do número<br />

comemorativo, o modo discreto e absolutamente<br />

low-profile de Wähmann deixava uma dúvida: ele<br />

iria topar?<br />

Mesmo habituado a falar em público em<br />

conferências pelo Brasil (e também fora dele),<br />

assinar artigos e conceder entrevistas, o<br />

empresário e dirigente sindical carioca costuma<br />

passar a bola para um de seus colegas – o que<br />

gerou, inclusive nas pessoas que trabalham<br />

diretamente com Wähmann, a ideia de que o<br />

“não” era uma possibilidade concreta e que<br />

precisávamos dar a largada já com um plano B na<br />

manga.<br />

Dias depois de aceitar o convite, ele me recebe<br />

em seu escritório, um ambiente modestamente<br />

decorado, embora localizado em um classudo<br />

edifício comercial na Avenida Presidente Wilson,<br />

Centro do Rio. Por ali funcionam uma<br />

universidade, escritórios de advocacia, agências,<br />

entre outras empresas. “Diga ao pessoal da<br />

revista que fiquei muito feliz que vocês tenham<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 8<br />

pensado em mim”, diz de cara, contrariando as<br />

previsões gerais.<br />

De algum modo, o mosaico de palavras e<br />

sentimentos a seguir constitui uma quebra de<br />

pequenos tabus corporativos e convenções. Mais<br />

do que uma entrevista propriamente dita, ele<br />

representa um diálogo aberto – com o jornalista<br />

e, acima de tudo, com o leitor.<br />

Durante a conversa, Wähmann não desviou de<br />

nenhuma pergunta, nem recorreu ao “prefiro que<br />

você não coloque isso” – um recurso<br />

relativamente comum em entrevistas longas e<br />

presenciais, quando o entrevistado se sente à<br />

vontade para falar de questões mais polêmicas,<br />

mas não a ponto de permitir que suas respostas<br />

sejam publicadas.<br />

Temas caros para a atividade sindical, como a<br />

reforma trabalhista, as leis que interferem no<br />

cotidiano do setor e a necessidade de mudanças<br />

na condução política da nação, foram abordados<br />

com serenidade por Wähmann. Ao mesmo<br />

tempo, o homem por trás do cargo também falou<br />

de suas motivações, do sentimento de<br />

desesperança que assola uma parte dos<br />

brasileiros, do desejo de deixar um legado para a<br />

família e da inspiração no pai, o fundador da<br />

administradora Quatro Marias.<br />

Amanda Gama


Não posso iniciar esta entrevista sem satisfazer uma curiosidade antiga: afinal, quem<br />

são as Quatro Marias que dão nome à sua empresa?<br />

(risos) A administradora começou como uma empresa familiar. Meu pai (Pedro Leão Veloso<br />

Wähmann) criou esse nome em homenagem aos quatro filhos: eu sou Pedro José Maria, meu irmão<br />

era José Luiz Maria, e minhas irmãs são Zélia Maria e Ana Maria. O nome ficou. Naquela ocasião, não<br />

havia uma preocupação muito grande em criar um nome que desse tanto impacto, até porque era<br />

uma empresa familiar. A gente começou a prestar serviços para terceiros, aumentar a carteira, mas<br />

achamos que, dentro do nicho de mercado a que a gente se propôs, o nome marcava bem. E assim<br />

foi ficando...<br />

Pedro<br />

Que tipo de influência esse patriarca teve sobre o seu trabalho?<br />

Comecei a trabalhar em 1965, sempre ligado ao meu pai. Ele tinha uma financeira e, na década de<br />

1970, foi eleito presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Com o tempo, começou a me<br />

levar para lá, para assistir a algumas reuniões. Isso despertou em mim a importância de dispor parte<br />

do tempo para participar da representação de classe. Então, quando criamos a administradora,<br />

procurei atuar no segmento que representasse a nossa categoria. Na ocasião, o então presidente do<br />

Secovi Rio, Guilherme Dale, me convidou para entrar na Diretoria. Foi um caminho que meu pai<br />

traçou para mim, uma herança muito valiosa.<br />

Pedro<br />

Dessa época ficou também alguma lição sobre como dirigir uma entidade sindical?<br />

Shutterstock<br />

A minha primeira visão, que trouxe da Associação Comercial, era que precisávamos de uma<br />

participação mais intensa. Quando assumi como presidente do Secovi Rio, tínhamos um quadro<br />

clássico da estrutura sindical: um presidente, dois vices, dois diretores-secretários e dois tesoureiros.<br />

Era uma estrutura um tanto antiga, mesmo para 1999. Aí adotamos uma estrutura mais empresarial,<br />

com vice-presidências setoriais. Além disso, gerentes e coordenadores técnicos com treinamento e<br />

capacidade de trabalhar em suas funções.<br />

Pedro<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 9


Além do cargo no Secovi Rio e das atividades em sua empresa, o senhor participa da<br />

Confederação Nacional do Comércio e da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Como<br />

equilibra tudo isso?<br />

Talvez você tenha encontrado o termo certo: equilibrar. A pessoa é cercada de suas circunstâncias.<br />

Tenho a minha empresa, que propicia o sustento da minha família e de outras pessoas. Mas também<br />

acho importante encontrar tempo para participar das entidades, não só na defesa dos interesses da<br />

categoria, como também na construção de uma sociedade melhor. Isso, claro, impõe alguns<br />

sacrifícios e furta algumas horas, principalmente no convívio da família.<br />

Pedro<br />

E sua família compreende esses sacrifícios?<br />

Shutterstock<br />

Penso que (minhas atividades) também são uma boa formação para minhas filhas, que compreendem<br />

que a vida tem que ser muito maior do que (o que acontece) dentro do escritório. É preciso<br />

compreender de que maneira você pode se inserir no contexto socioeconômico do país e participar<br />

da discussão dos problemas. O empresário, hoje em dia, não pode ter só a visão de lucro. Ele precisa<br />

ter uma visão de responsabilidade social e se posicionar sobre os temas comuns de sua atividade. No<br />

caso do Secovi Rio, a gente até ultrapassa e discute problemas da nossa cidade, do nosso estado.<br />

Pedro<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 10


Empresário, hoje em dia, não<br />

pode ter só a visão de lucro<br />

Como essa discussão sobre o meio urbano se traduz na prática?<br />

No passado, nós fizemos uma grande campanha de segurança pública, que, dadas as circunstâncias,<br />

talvez até deva ser retomada. Hoje, estamos participando da discussão latente do aumento do IPTU.<br />

O prefeito (do Rio de Janeiro) alega que o município não tem recurso, mas ninguém, nesta situação<br />

econômica atual, pode encaixar em seu orçamento um aumento de despesa de 65%, como ele diz. E<br />

a gente já viu que tem casos em que vai muito além disso. Isso aí precisa ser organizado a médio e<br />

longo prazo, e o governante precisa mostrar claramente onde vai aplicar isso.<br />

Pedro<br />

Essa interlocução com o poder público tem sido um movimento nacional, certo?<br />

Tal qual o Rio, outros 17 estados do Brasil contam com um Secovi. Alguns bem antigos, outros com<br />

menos de 10 anos de vida, mas que lidam com problemas iguais. A legislação federal que nos regula é<br />

a mesma, então pensamos: por que não buscar uma instituição que pudesse nos reunir, identificar<br />

problemas comuns oriundos das leis federais e até estaduais, convergir experiências e atuar em bloco<br />

perante o Congresso Nacional? Foi aí que, estando filiado à CNC, que é o órgão maior da nossa<br />

organização sindical, conseguimos organizar a Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários,<br />

que periodicamente reúne os Secovis dos estados, além de algumas instituições reconhecidamente<br />

atuantes no setor. Juntos, temos foco nos problemas nacionais. É uma troca de experiências muito<br />

valiosa.<br />

Pedro<br />

Como esse diálogo colabora para uma melhor prestação de serviços para o representado?<br />

Existem alguns exemplos bem claros disso. Nós trabalhamos muito, por exemplo, no<br />

aperfeiçoamento da Lei das Locações. Recentemente conseguimos uma mudança no instituto dos<br />

terrenos de marinha, que foram criados para financiar a família real no Brasil. Talvez tenha sido o<br />

primeiro imposto criado aqui. O que acontece? Os ocupantes de todos os terrenos em uma faixa<br />

litorânea no Brasil têm que pagar uma taxa à União...<br />

Shutterstock<br />

Pedro


Uma espécie de segundo IPTU?<br />

Amanda Gama<br />

Isso. E um segundo IPTU cobrado de forma exagerada, porque levava em conta o valor das<br />

benfeitorias. Ora, se o terreno era considerado da União por lei, a benfeitoria foi feita por um grupo.<br />

Aqui onde a gente está conversando (Centro do Rio, próximo à Cinelândia) é um terreno de marinha.<br />

Nós conseguimos uma modificação, e a partir do próximo exercício essa contribuição vai ser cobrada<br />

apenas sobre o valor do terreno, não da benfeitoria. Abrimos também a possibilidade de que as<br />

pessoas que ocupam esses terrenos há muito tempo possam adquiri-los e que isso venha a acabar<br />

com tal taxa. Além dessa taxa de ocupação, cada vez que um imóvel em um terreno de marinha é<br />

vendido, além da taxa de transmissão, é preciso pagar uma taxa chamada de laudêmio, de 5% (do<br />

valor de venda). Isso vai ser reduzido, e o nosso objetivo é que isso acabe. É um imposto que a<br />

própria União reconheceu que arrecada menos do que o que gasta com a máquina para cobrá-lo.<br />

Pedro<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 12


Para muita gente, envolver-se em temas que estão fora de sua alçada doméstica – inclusive,<br />

ser síndico – é visto como algo desagradável. O senhor, tão mergulhado na atividade<br />

sindical, pelo jeito não faz parte desse grupo. O que te move?<br />

Você usou um exemplo muito bacana, de um setor que a gente representa. Por que um morador não<br />

se conforma em chegar em casa, fechar a porta e dar adeus aos problemas de sua comunidade?<br />

Resumidamente, porque ele quer fazer daquela comunidade algo melhor, que funcione, cujos<br />

recursos sejam aplicados com mais eficiência, com uma convivência mais adequada. O síndico é o<br />

primeiro exemplo de por que motivo eu ou qualquer empresário devemos sair de nosso quadrado,<br />

olhar nosso entorno e procurar participar, ainda que modestamente, da construção da sociedade<br />

como um todo. Tem, é claro, um pouquinho de idealismo e de crença de que cada um pode colaborar<br />

para melhorar a sociedade.<br />

Pedro<br />

Me permita mudar o ângulo: por que isso é tão raro? Por que essa participação nos<br />

problemas comuns ainda esbarra em um clima de letargia?<br />

É difícil analisar. A vida empresarial, ou de qualquer atividade, por exemplo, é muito árdua. Você tem<br />

a cada dia um novo problema, de uma lei que muda, de uma forma de recolhimento de tributos que<br />

se altera... Agora, por exemplo, vamos entrar na fase do eSocial, que são as informações das<br />

empresas on-line. Isso é uma coisa tão complicada que já foi adiada três vezes. Está tudo mudando.<br />

Pedro<br />

E essas mudanças não são questão de escolha, não é?<br />

Hoje em dia, o mundo está te puxando para executar, por exemplo, serviços que antigamente o<br />

banco prestava. É preciso buscar sempre atualização e melhorar os mais simples processos, e<br />

também se envolver com o Legislativo, com o Executivo. Mas o que quero dizer é que a gente<br />

precisa, sobretudo, pensar em deixar o mundo um pouco melhor do que encontrou. Se a gente<br />

reclama tanto dos males que temos no Brasil, a maneira que temos é continuar a combater isso e<br />

melhorar, quem sabe até ocupar novos lugares, para que os bons sobrepujem os maus na condução<br />

do país.<br />

Pedro<br />

Precisamos pensar em deixar o mundo<br />

melhor do que encontramos<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 13


É difícil ver uma saída única que reverta esse clima de fato.<br />

Gostaria de lembrar de um Brasil que eu vivi. Em 1986, quando o então presidente Sarney assumiu, a<br />

inflação chegou a 86% ao mês e existia um completo descrédito de que fôssemos nos livrar dela. Aí<br />

veio o Plano Real. O Brasil hoje convive com níveis suportáveis. No momento temos uma inflação de<br />

3%, que é um índice de Primeiro Mundo. Então, vamos usar uma experiência do passado para<br />

mostrar a quem está chegando que é possível reverter.<br />

Pedro<br />

Em 1986, havia um completo descrédito de que iríamos nos<br />

livrar da inflação. Hoje, o Brasil convive com índices<br />

mais baixos, de Primeiro Mundo<br />

Sobre essa questão dos novos projetos de lei que impactam condomínios e<br />

empresas, como lidar com as expectativas dos representados?<br />

A gente acompanha pela nossa CRPI (Coordenação de Relações Político-Institucionais) a quantidade<br />

de leis que são propostas e visam obrigar os condomínios a assumir novas obrigações, que muitas<br />

vezes são completamente dispensáveis e objetivam apenas atender a determinados interesses<br />

econômicos. Acredito que as expectativas dos representados vão ser muito correspondidas à medida<br />

que nossas ações impeçam a aprovação de leis que onerem a operação dos condomínios e empresas.<br />

Pedro<br />

Falando francamente, como economista e empresário: em que bases o senhor acredita para<br />

uma economia que propicie o desenvolvimento do país?<br />

Eu defendo um Estado com um tamanho menor. Ele tem que orientar a política econômica, cumprir<br />

as bases de saúde, educação e segurança... No mais, a iniciativa privada é capaz de substituir a<br />

atividade econômica do Estado. Esses são os meus ideais de política econômica. Esse tripé<br />

saúde-educação-segurança atenderia a sociedade, desde que os recursos fossem destinados<br />

corretamente. A ausência do Estado na economia, deixando um mercado mais liberal, regulando a<br />

atividade econômica, mas não atuando como empresário, é o caminho para o Brasil crescer como já<br />

cresceu.<br />

Pedro<br />

E, politicamente, como o senhor enxerga o cenário atual?<br />

Shutterstock<br />

Penso que a sociedade tem que melhorar no processo de escolha de seus representantes. O país,<br />

hoje em dia, tem excesso de partidos, o que cria um governo de coalizão muito difícil de administrar.<br />

A negociação política existe em todo o mundo e não vai acabar, mas ela não pode ser disseminada<br />

com essa quantidade de partidos que tem. Fica difícil conduzir um regime presidencial praticamente<br />

preso a um regime que se mostra quase parlamentarista. Tenho a impressão de que uma reforma<br />

política, que promova a reorganização partidária, parece bastante importante.<br />

Pedro


Vamos ter que nos adaptar a<br />

esse novo tempo e continuar<br />

prestando um serviço<br />

qualificado<br />

Com a sanção da reforma trabalhista, um dos principais pontos é o fim da contribuição<br />

sindical obrigatória. Como o senhor reage a isso?<br />

Amanda Gama<br />

O Secovi Rio, já há algum tempo, vislumbrou que isso poderia acontecer e veio se preparando para,<br />

ao intensificar os atendimentos aos associados, ter legitimidade para continuar recebendo essa<br />

contribuição. Nesse ponto, acho que a reforma deveria ter dado um período de três a quatro anos de<br />

adaptação (com a manutenção do imposto sindical). Naturalmente, nós vamos ter que nos adaptar a<br />

esse novo tempo. Vamos continuar prestando um nível de serviço bastante qualificado e esperamos<br />

que os representados que têm a oportunidade de conhecer nosso trabalho respondam com a<br />

contribuição que seria devida antes da reforma.<br />

Pedro<br />

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Esperar o mês inteiro para receber a pasta do condomínio?<br />

Isso é coisa do passado!<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 15


Como o senhor explicaria o Secovi Rio para um representado que talvez ainda não<br />

reconheça essa legitimidade? Por que é importante continuar contando com o Sindicato?<br />

Primeiramente, pela possibilidade que ele tem de dirimir as dúvidas jurídicas, que muitas vezes estão<br />

mergulhadas em um universo de alta complexidade por envolver a legislação condominial,<br />

previdenciária, trabalhista... Em segundo lugar, porque o Sindicato vai continuar defendendo os<br />

representados nos projetos de lei que são apresentados, que a gente analisa e percebe que serão<br />

prejudiciais. Também (é importante) pela difusão de informações especializadas. Quem quer estar<br />

atualizado sobre economia procura um jornal de economia, quem quer conhecer os assuntos<br />

condominiais, de compra e venda, de locação, vai contar com os canais do Secovi Rio.<br />

Pedro<br />

Como o senhor vê a questão do aprimoramento do síndico, inclusive com<br />

muitos deles buscando uma função remunerada?<br />

É um fenômeno dos novos tempos, causado por duas questões. Primeira: em muitos prédios, não se<br />

encontra mais um morador que queira ser síndico, tanto pela complexidade do assunto, quanto pelo<br />

fato de as relações ficarem mais conflituosas, sobretudo em tempos de crise. A segunda questão é<br />

que é uma consequência da crise econômica. Muita gente com boa capacitação, como engenheiros,<br />

arquitetos e contadores, percebeu que precisava ter uma fonte de renda alternativa ou suprir uma<br />

falta de emprego. É uma oportunidade de se recolocar no mercado. Eu acho saudável. A maioria dos<br />

síndicos, moradores ou externos, está buscando qualificação, e isso a gente vê nos próprios cursos<br />

da UniSecovi Rio. Também é um bom indicativo perceber que estamos sendo considerados<br />

referência por essas pessoas.<br />

Shutterstock<br />

Pedro<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 16


senior<br />

Síndicos e condôminos precisam contar sempre com a experiência de uma empresa pioneira, que evoluiu<br />

com o mercado. Há 70 anos a Zirtaeb vem conquistando a confiança dos síndicos e proprietários de imóveis.<br />

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A simbiose entre um<br />

condomínio e uma<br />

administradora é uma exigência<br />

do funcionamento do primeiro.<br />

Ao atendermos ambos, estamos<br />

dando suporte para que os dois<br />

funcionem melhor e em<br />

conjunto<br />

O Secovi Rio tem uma característica importante, que é o fato de representar, ao mesmo<br />

tempo, condomínios e empresas. Que tipo de cuidado é preciso tomar para que esses<br />

interesses sejam resguardados na mesma medida?<br />

A simbiose entre um condomínio e uma administradora é uma exigência do funcionamento do<br />

primeiro. A complexidade da legislação e o número de informações que você tem que oferecer aos<br />

órgãos reguladores são desafios enormes. É preciso ter uma estrutura de informação digital muito<br />

adequada. Nesse sentido, vejo que a representação de condomínios e empresas é complementar, e<br />

não conflitante. Ao atendermos ambos, estamos dando suporte para que os dois funcionem melhor e<br />

em conjunto.<br />

Pedro<br />

Se pudesse escolher um atributo para resumir seus anos de atuação como presidente do<br />

Secovi Rio, qual seria?<br />

O que mais me chama a atenção é a pluralidade do Sindicato. Definitivamente, nos inserimos em um<br />

mercado globalizado, em que é importante a troca de experiências e essa provocação constante para<br />

que o representado participe. É isso que nos permitiu crescer nos últimos anos, com produtos como<br />

capacitação e consultoria jurídica. Isso também permitiu que construíssemos uma representação que<br />

está pronta para enfrentar todos os outros desafios que vierem pelo caminho, tomando a frente de<br />

batalhas que estão surgindo e que ainda surgirão.<br />

Pedro<br />

Amanda Gama<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 18


CONDOMÍNIOS VERDES<br />

Carla Neiva<br />

Descomplicando<br />

a sustentabilidade<br />

m 2013, o Secovi Rio iniciava um<br />

projeto que tinha como principal<br />

objetivo compartilhar dicas, notícias e<br />

informações relevantes sobre<br />

sustentabilidade em condomínios.<br />

Hoje, quatro anos depois, o blog Condomínios<br />

Verdes cresceu, amadureceu e alçou novos voos.<br />

Continuamos falando sobre ações sustentáveis<br />

em condomínios, mas fomos além e iniciamos a<br />

abordagem de outros temas, como novidades<br />

tecnológicas que prometem revolucionar o dia a<br />

dia das pessoas, projetos arquitetônicos que dão<br />

um show de sustentabilidade e cidades que<br />

estão disseminando a cultura verde.<br />

Por falar nisso, apesar de o Sindicato estar<br />

localizado no Rio de Janeiro, percebemos, ao<br />

longo destes anos, uma diversificação de acessos<br />

ao site. Pessoas de várias cidades do Brasil e do<br />

mundo acessam o blog Condomínios Verdes, o<br />

que contribuiu para a introdução de novos<br />

conteúdos ao site.<br />

Mas também não paramos por aí! Este ano,<br />

lançamos a versão do blog em espanhol para<br />

permitir aos nossos hermanos ter acesso a todo o<br />

material. A iniciativa acontece graças a uma<br />

parceria que o Secovi Rio fechou com entidades<br />

ligadas ao setor da habitação de países da<br />

América Latina. As matérias são publicadas nas<br />

duas versões do blog, o que ajuda a vencer a<br />

barreira da língua e faz com que mais pessoas<br />

tenham acesso a conteúdos ligados à<br />

sustentabilidade.<br />

Tudo isto foi possível graças aos leitores do<br />

Condomínios Verdes, que, ao acessarem nossas<br />

matérias e compartilharem nossas notícias em<br />

suas redes sociais, contribuíram para a<br />

consolidação e o sucesso do blog. A vocês,<br />

deixamos o nosso muito obrigado! E, se você<br />

ainda não nos acessou ou não conhece bem<br />

nosso conteúdo, vamos lhe dar um aperitivo.<br />

Confira as cinco matérias mais lidas do blog no<br />

último ano.<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 19


AS CINCO MAIS LIDAS DO BLOG<br />

1<br />

Tijolo é produzido a partir de plásticos retirados<br />

dos oceanos<br />

Esta matéria fez muito sucesso quando foi publicada e, até hoje, ainda<br />

é a mais lida do blog. Mas também não é para menos. Sabemos que o<br />

descarte incorreto de materiais é um problema antigo que prejudica<br />

demais o meio ambiente. A quantidade de lixo, principalmente<br />

plástico, encontrada nas praias e oceanos é estarrecedora. O número<br />

de animais marinhos mortos por confundirem plástico com alimento<br />

cresce a cada dia. Então, transformar um material altamente poluente<br />

em tijolo para a construção de casas é uma solução interessantíssima!<br />

Ficou curioso? Então acesse o blog e veja como o tijolo é construído.<br />

Aprenda a fazer um terrário fechado e coloque<br />

mais verde na decoração<br />

Inserir um pouco de verde na decoração de sua casa ou condomínio<br />

pode trazer inúmeros benefícios para sua saúde e para o meio<br />

ambiente. E os terrários são sempre uma ótima opção! Esses<br />

miniecossistemas não precisam de manutenção diária e são excelentes<br />

para quem não tem muito tempo. Além de levar vida aos ambientes, os<br />

terrários são muito elegantes e se encaixam como uma luva em<br />

qualquer espaço. Muito versáteis, eles podem ser bem pequeninos,<br />

montados dentro de uma lâmpada, ou robustos, repletos de detalhes.<br />

Independentemente do tamanho, os terrários sempre se destacarão<br />

nos ambientes. Por isso, se você ainda não conhece essa linda opção<br />

de decoração verde, vale a pena conferir!<br />

2<br />

3<br />

Medição individualizada de água: vale a pena?<br />

Ano após ano, esta matéria sempre aparece entre as mais lidas do<br />

blog. Isso porque se trata de um assunto que gera muito interesse em<br />

quem se preocupa com a preservação de recursos naturais e ainda<br />

quer economizar na conta de água do condomínio. Quando o<br />

condômino paga por aquilo que gasta, ele consegue gerenciar seu<br />

consumo, e isto acaba gerando um gasto mais consciente da água.<br />

Para a instalação de medidores individuais de água em seu<br />

condomínio, veja nossas dicas no blog e procure uma empresa<br />

especializada no assunto. Mas já adiantamos que, sim, vale a pena!<br />

Reaproveitando pallets reciclados na decoração<br />

Ah, os pallets! Quem é apaixonado por decoração sustentável<br />

provavelmente também os adora. Devido ao seu excelente<br />

custo-benefício e resistência, após o upcycle, eles se transformam em<br />

itens muito charmosos, que deixarão a decoração de sua casa ou<br />

condomínio com um toque de exclusividade. Nesta matéria,<br />

selecionamos diversas imagens de móveis e objetos que foram<br />

criados a partir de pallets reciclados. Separamos as imagens por<br />

ambientes, o que prova que este material pode ser utilizado em<br />

qualquer local. Vale a pena conferir!<br />

4


Parabéns Secovi Rio pelo 75 anos!<br />

www.marva.com.br<br />

5<br />

Conheça as plantas ideais para as áreas comuns<br />

dos condomínios<br />

Decorar as áreas comuns dos condomínios nem sempre é uma tarefa<br />

fácil. Como gosto é algo bastante individual, agradar a todos os<br />

condôminos é praticamente impossível. Porém, uma dica bacana é<br />

usar plantas na decoração! Escolher a planta ideal para cada ambiente<br />

vai depender da condição de luz que o local recebe, ou seja, se há<br />

incidência de sol ou predominância de sombra. Por isso, acesse o blog,<br />

veja as nossas dicas e pense nesta possibilidade. Além de estar<br />

totalmente alinhado aos conceitos de sustentabilidade, investir na<br />

decoração verde ajuda a melhorar a qualidade do ar dos ambientes. É<br />

bom para a saúde e ótimo para o planeta!<br />

Gostou das matérias?<br />

Então, acesse<br />

www.condominiosverdes.com.br<br />

e confira todas as dicas e novidades que,<br />

carinhosamente, preparamos para você. O blog<br />

Condomínios Verdes se orgulha de fazer parte desta<br />

bela história construída pelo Secovi Rio. Difundir<br />

práticas sustentáveis aos seus representados e<br />

associados é um dos objetivos do Sindicato.<br />

Aqui, a sustentabilidade é levada a sério.<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 21


JURÍDICO - ARTIGO<br />

O inadimplente e a<br />

assembleia<br />

Corina Maria da Costa • advogada do Departamento Jurídico do Secovi Rio<br />

Que saia justa! Condômino em débito comparece à<br />

assembleia e insiste em fazer parte das<br />

deliberações. Para muitos síndicos, é uma<br />

situação constrangedora ter que informar ao morador<br />

que ele não poderá participar e votar. Então, como<br />

minimizar esse incômodo para o síndico e para o<br />

morador, e ficar longe do famigerado dano moral?<br />

Inicialmente, o recomendável é que se mantenha um<br />

controle rígido sobre o recebimento das cotas<br />

condominiais, pois cercear o direito de um condômino<br />

participar de uma assembleia com base em uma premissa<br />

errada de falta de pagamento, isso sim, pode custar<br />

muito caro ao condomínio.<br />

Embora ninguém possa alegar o desconhecimento da lei,<br />

para evitar transtorno, recomenda-se que, na<br />

convocação, conste expressamente a regra do art. 1.335,<br />

III, do Código Civil, o qual determina que somente o<br />

condômino quite pode participar e votar nas assembleias<br />

condominiais. Com isso tenta-se evitar transtornos e<br />

atritos desagradáveis, bem como garantir ao condômino<br />

em débito, mas que deseja participar da assembleia,<br />

tempo hábil para efetuar o pagamento e se tornar apto a<br />

tomar parte das discussões e deliberações.<br />

Se o condômino devedor for à assembleia, deve ser<br />

informado que não poderá participar e votar<br />

Se, ainda assim, algum condômino em débito comparecer<br />

à assembleia, ele deve ser informado, de pronto, que não<br />

poderá participar e votar, mas, se desejar, poderá estar<br />

presente. Em outras palavras, o condômino tem o direito<br />

de assistir à reunião, não podendo, no entanto, participar<br />

Se o condômino<br />

devedor for à<br />

assembleia,<br />

deve ser<br />

informado que<br />

não poderá<br />

participar e<br />

votar<br />

dos debates, emitir<br />

opinião ou mesmo<br />

influenciar os demais<br />

condôminos.<br />

Insistindo o inadimplente<br />

em emitir opinião, cabe<br />

ao presidente cercear-lhe<br />

a palavra, informando-lhe<br />

que está impedido de<br />

participar em função do<br />

disposto na norma legal.<br />

Algumas pessoas<br />

entendem que a informação de que a unidade do<br />

morador está em débito pode gerar dano moral em face<br />

do condomínio. Entretanto, o presidente da assembleia<br />

apenas estará cumprindo uma determinação legal de não<br />

permitir a participação do condômino devedor.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 22


Parabéns ao Secovi Rio pelos 75 anos de competência na<br />

atuação do mercado imobiliário.<br />

www.quatromarias.com.br<br />

No entanto, se o condômino realizou acordo para<br />

parcelamento dos débitos, ele pode participar e votar?<br />

O assunto não é pacífico. Alguns defendem que só o<br />

condômino totalmente em dia se enquadra no termo<br />

“estando quite”, previsto no art. 1.335, III, do Código<br />

Civil, que autoriza a participação e votação nas<br />

assembleias.<br />

Para outros, havendo esse parcelamento, o que somente<br />

é possível com a concordância do condomínio, ocorre a<br />

postergação do vencimento da dívida, com as parcelas a<br />

vencer. Assim, cumprindo religiosamente o<br />

parcelamento, o condômino estaria autorizado a<br />

participar e votar nas assembleias.<br />

Embora este seja um assunto com bastante interesse por<br />

parte dos condomínios, diante da possibilidade de o<br />

condômino fazer acordo unicamente com o intuito de<br />

participar de alguma deliberação, por interesse próprio<br />

ou de terceiro, e posteriormente deixar de honrar o<br />

compromisso, por já ter alcançado o seu intento, não<br />

encontramos muitas discussões judiciais sobre o tema.<br />

Sobre essa questão vale destacar o entendimento de<br />

alguns estudiosos: uns defendem que o termo “quite”<br />

quer dizer estar sem qualquer dívida; outros afirmam que<br />

estar em dia com o parcelamento também poderia ser<br />

abarcado pelo termo.<br />

Daphnis Citti de Lauro, ao comentar a possibilidade de<br />

Há controvérsia sobre a<br />

possibilidade da participação de<br />

condômino que parcelou suas<br />

dívidas<br />

acordo para pagamento de débitos, incluindo todos os<br />

encargos da mora, defendeu também a necessidade do<br />

pagamento integral para participação nas assembleias,<br />

nos seguintes termos: “Sem dúvida, é o parcelamento,<br />

mas com todos os encargos da mora. E com uma cláusula,<br />

no sentido de que esse acordo não importa em novação<br />

da dívida e de que o condômino somente terá direito a<br />

voto quando quitar o acordo (porque senão ele poderá<br />

votar nas assembleias gerais, estando com as parcelas do<br />

acordo em dia, mesmo ainda não tendo quitado o<br />

acordo).” BDI - Categoria: 4 - BDI nº 4 - ano: 2008<br />

(Notícias).<br />

Já Arnaldo Rizzardo considera que estar em dia com o<br />

parcelamento autoriza a participação do condômino,<br />

verbis: “O sentido de ‘estando quite’ leva a entender que<br />

nada está a dever o condômino. Mesmo na existência de<br />

dívida, se não vencida, pois parcelado o pagamento, não<br />

incide o cerceamento do direito de participar e de votar.<br />

Em idêntica interpretação a situação daqueles que estão<br />

questionando as dívidas, tanto na via administrativa<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 23


Credibilidade se conquista... Parabéns Secovi Rio pelos seus 75 anos!<br />

A Ficha Certa se orgulha de fazer parte desta história.<br />

www.fichacerta.com.br<br />

como na judicial, e até o efetivo trânsito em julgado das<br />

decisões.” (“Condomínio Edilício e Incorporação<br />

Imobiliária”, 3ª edição, revista e atualizada, Ed. Forense,<br />

2014, pág. 122).<br />

Hamilton Quirino Câmara considera que, para<br />

estabilização da discussão, o ideal será disciplinar a<br />

questão internamente. “Em debates realizados sobre essa<br />

matéria, sempre há os que concordam e os que<br />

discordam do voto do inadimplente, quando ele fez<br />

acordo e pagou, por exemplo, apenas uma única cota.<br />

Houve caso até de um síndico eleito nessa situação. Os<br />

que defendem o voto em tais condições argumentam que<br />

o parcelamento de débitos fiscais e previdenciários traz<br />

ao devedor vários direitos, como participar de licitações<br />

públicas, embora não esteja, tecnicamente, quitado.<br />

Outros argumentam que a quitação, para os efeitos do<br />

condomínio, só acontecerá quando for paga a última<br />

parcela do acordo. Na verdade, o Código Civil, no artigo<br />

1.335, III, apenas dispõe que é direito do condômino<br />

votar nas deliberações da assembleia e delas participar,<br />

‘estando quite’. Nada disciplina a respeito de ser a<br />

quitação dada no momento, ou dias antes, mediante<br />

acordo de parcelamento, quando foram pagas algumas<br />

cotas e ainda existe débito. Não exige que a quitação seja<br />

ampla e total. Se formos analisar o texto, a melhor<br />

interpretação seria a quitação ampla, ou seja, a não<br />

dependência de parcelamento do débito: ‘estando quite’.<br />

Quando surge a indagação no curso de uma reunião de<br />

assembleia, é inevitável a discussão, vêm os debates e,<br />

nesse caso, a nosso sentir, valerá a decisão tomada<br />

naquele momento, por maioria simples dos presentes, se o<br />

assunto vier a ser levantado e nada dispuser a Convenção,<br />

o Regimento Interno ou os regulamentos do condomínio.<br />

Nossa sugestão é no sentido de que os condomínios<br />

votem um regulamento de reuniões e que, neste<br />

regulamento, decidido por maioria simples, seja<br />

disciplinada a questão. Algumas Convenções já disciplinam<br />

que só será considerado adimplente o condômino que<br />

nada dever, mesmo que esteja em dia com eventual<br />

parcelamento”. (...) “Condomínio Edilício – Manual Prático<br />

com Perguntas e Respostas”, 4ª edição, Lumen Juris, 2017.<br />

Concluindo, por não haver um posicionamento firmado<br />

sobre o assunto, orientamos que, ao firmar acordo com o<br />

inadimplente, o condomínio ajuste também tal questão, ou<br />

seja, se o condômino terá ou não direito a voto durante o<br />

período em que estiver efetuando o parcelamento.<br />

O acordo feito pelo síndico deve ter respaldo em<br />

assembleia, bem como deve ser garantido tratamento<br />

isonômico a todos os condôminos. Por ora, são estas as<br />

considerações, mas existem outras questões que surgem<br />

dessa relação conflituosa e que podem ser abordadas no<br />

futuro.<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 24


JURÍDICO - CONSULTAS<br />

Despesa<br />

A tubulação de gás do edifício apresenta<br />

vazamentos que demandam a aplicação de resina<br />

ou até mesmo a troca. Quem paga essa despesa: o<br />

condomínio ou o condômino?<br />

O artigo 1.331 do Código Civil classifica a rede geral<br />

de serviços, incluindo a de gás de uso comum, entre<br />

as partes comuns dos condôminos. Assim, as<br />

despesas decorrentes de sua manutenção e<br />

conservação devem ser rateadas entre todos os<br />

condôminos. No entanto, se a rede é de uso<br />

exclusivo, cabe ao seu usuário fazer a manutenção.<br />

Por outro lado, o Decreto nº 23.317/1997, que<br />

aprovou o regulamento aplicável às instalações<br />

prediais de gás canalizado, à medição e ao<br />

faturamento dos serviços de gás canalizado, prevê,<br />

em seu artigo 29, que as “ramificações internas são<br />

de responsabilidade do proprietário, o qual deverá<br />

providenciar para que sejam mantidas em perfeito<br />

estado de conservação”. No artigo 47, o texto<br />

estabelece que a “conservação das ramificações<br />

internas compete ao proprietário, que só poderá<br />

modificá-las mediante prévia consulta à<br />

concessionária”.<br />

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro<br />

vem entendendo que cabe ao condomínio conservar<br />

as tubulações em partes comuns e aos condôminos<br />

aquelas internas de sua unidade. Assim, o<br />

entendimento dominante sobre o assunto imputa a<br />

responsabilidade ao condômino apenas no que diz<br />

respeito à tubulação interna de sua unidade, ficando<br />

as demais sob a responsabilidade do condomínio.<br />

Desconto<br />

É possível a concessão de bonificação por<br />

pagamento antecipado da cota condominial?<br />

Esclarecemos que o posicionamento do Judiciário,<br />

até bem pouco tempo atrás, era pacífico com<br />

relação a essa questão. Foi, inclusive, editada uma<br />

súmula, que continua em vigor, entendendo que o<br />

desconto concedido pelo condomínio equivalia à<br />

imposição de uma multa superior ao permitido por<br />

lei para os pagamentos efetuados após aquela data.<br />

Entretanto, encontramos decisão relativamente<br />

recente no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de<br />

Janeiro, na qual o relator entendeu pela legalidade<br />

do denominado desconto-pontualidade (abatimento<br />

do valor da cota), se o pagamento for realizado até a<br />

data do vencimento. O argumento é que tal medida<br />

configura um incentivo para aquele que deseja se<br />

beneficiar da dedução.<br />

Rotina<br />

O condomínio pode exigir que o empregado que<br />

trabalha na função de faxineiro limpe o jardim e<br />

varra as folhas que caem das árvores?<br />

Embora inexista legislação determinando quais<br />

sejam as atividades dos empregados do condomínio,<br />

suas funções ficam condicionadas ao contrato de<br />

trabalho e, na ausência de especificação, àquelas<br />

que o empregador entender necessárias, observada<br />

a condição pessoal do empregado, desde que em<br />

consonância com o artigo 456 da CLT.<br />

É importante destacar, todavia, que, apesar de ter o<br />

poder diretivo sobre o contrato de emprego, o<br />

empregador não pode exigir do trabalhador serviços<br />

que o ponham em risco ou causem prejuízo à sua<br />

integridade física, intelectual e moral. A<br />

subordinação no contrato de trabalho não<br />

compreende a pessoa do empregado, mas<br />

tão-somente a sua atividade laborativa ou força de<br />

trabalho.<br />

O poder de direção do empregador não alcança a<br />

possibilidade de promover alterações nas condições<br />

do contrato de trabalho com prejuízo ao<br />

empregado. Por isso não se recomenda a atribuição<br />

de tarefas para as quais determinado trabalhador<br />

não foi contratado, sob pena de eventual<br />

indenização por parte do empregado. Entendemos<br />

que limpar o jardim e varrer as folhas que caem das<br />

árvores são tarefas que podem ser executadas pelo<br />

faxineiro, mas é importante que seja apenas serviço<br />

de limpeza superficial, já que a manutenção de um<br />

jardim exige habilidade específica. Vale ressaltar<br />

que, se no condomínio existia jardineiro, pode<br />

denotar um acúmulo de função ao faxineiro, já que<br />

agregará atividade que era feita por um profissional<br />

específico da área.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 26


Há 75 anos defendendo os interesses dos condomínios, administradoras e<br />

imobiliárias, deixando a sua marca no setor da habitação! Parabéns, Secovi Rio!<br />

Contrato<br />

O condomínio precisa contratar um zelador pelo<br />

período de 60 dias para cobrir as férias de dois<br />

empregados. Como fazer?<br />

A CLT, em seus artigos 443 e 445, explicita no<br />

parágrafo 2º as modalidades de contratação. Assim,<br />

verifica-se que, para validade do contrato por prazo<br />

determinado, devem ser observadas as exigências<br />

contidas no texto. São três hipóteses: serviço cuja<br />

natureza ou transitoriedade justifique a<br />

predeterminação do prazo; atividades empresariais<br />

de caráter transitório; e contrato de experiência.<br />

Com exceção do contrato de experiência vigente<br />

por, no máximo, 90 dias, nas outras duas hipóteses,<br />

o prazo máximo do contrato deverá ser de dois<br />

anos, podendo ser prorrogado uma única vez dentro<br />

desse período, sob pena de passar a vigorar por<br />

prazo indeterminado.<br />

No caso em análise, consideramos que a<br />

contratação por prazo determinado poderá ser<br />

realizada nas condições previstas na alínea “a” do<br />

parágrafo 2º do artigo 443 – tipo legal dos serviços<br />

cuja natureza ou transitoriedade justifique a<br />

predeterminação do prazo do contrato –, que é<br />

bastante recorrente no cotidiano trabalhista,<br />

referindo-se, de modo ilustrativo, ao contrato a<br />

termo para atendimento a substituição de<br />

empregado permanente, em gozo de férias ou<br />

licença previdenciária.<br />

Em se tratando de contratação por prazo<br />

determinado, deverá constar nas anotações da<br />

carteira de trabalho essa condição, especificando as<br />

razões para sua contratação e data de<br />

encerramento. Todos os direitos devidos ao<br />

empregado contratado por prazo indeterminado<br />

aplicam-se àqueles contratados por prazo<br />

determinado, sendo certo que o pagamento das<br />

verbas rescisórias deve ser realizado no primeiro dia<br />

útil subsequente ao término do contrato de trabalho<br />

ou, ainda, até o décimo dia após a notificação da<br />

demissão, quando a rescisão se der antes do termo<br />

prefixado, devendo ser efetuada a homologação da<br />

rescisão.<br />

Jornada<br />

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É possível o condomínio contratar um funcionário<br />

para trabalhar apenas alguns dias da semana, com<br />

carga horária inferior a 220 horas mensais? Se<br />

positivo, como será o valor salarial, proporcional às<br />

horas trabalhadas?<br />

Conforme previsto na Convenção Coletiva de<br />

Trabalho, poderá ser contratado funcionário de<br />

acordo com a quantidade de horas necessárias para<br />

a realização das tarefas por até 40 horas semanais.<br />

O pagamento deve tomar por base o piso específico<br />

para cada função, ou seja, o empregado terá salário<br />

proporcional às horas trabalhadas.<br />

Essa cláusula está afinada com dispositivo<br />

constitucional (inciso VI do art. 7º), no que tange à<br />

possibilidade de contratação com salário menor que<br />

o piso, tendo em vista jornada inferior ao limite<br />

legal. Ressalte-se que deverá ser expressamente<br />

consignada no contrato de trabalho a jornada do<br />

laborista, estabelecendo o número de horas diárias<br />

e fazendo menção de que seu salário será<br />

proporcional às horas trabalhadas.<br />

Além disso, até mesmo o salário mínimo, quando<br />

fixado, foi classificado para pagamento mensal,<br />

diário ou horário – o que deve ser utilizado,<br />

analogicamente, para entendimento da nossa<br />

Convenção Coletiva, que está de acordo com o<br />

artigo 58 da CLT e a Orientação Jurisprudencial nº<br />

358 do TST.<br />

Ressaltamos que o empregado a ser contratado com<br />

salário proporcional às horas trabalhadas faz jus a<br />

todos os direitos trabalhistas adotados para os<br />

trabalhadores por tempo integral, bem como devem<br />

ser feitos todos os recolhimentos dos encargos<br />

sociais pertinentes.<br />

Autovistoria<br />

Sobre a obrigatoriedade da vistoria nos<br />

aquecedores a gás das residências, pela CEG ou<br />

por empresa por ela credenciada: esse custo cabe<br />

ao locador ou ao locatário? Qual a periodicidade da<br />

vistoria?<br />

As responsabilidades tanto do locador quanto do<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 27


A Gas Natural Serviços parabeniza o Secovi Rio pelos 75 anos de<br />

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locatário estão expressas na Lei nº 8.245/1991, que<br />

regula as locações urbanas. Pelo texto, cabe ao<br />

locatário o pagamento do aluguel e das despesas<br />

com manutenção e conservação, enquanto ao<br />

locador cabe a despesa com instalação e<br />

substituição.<br />

A vistoria do gás é uma obrigação nova,<br />

recém-regulamentada. Assim, considerando que o<br />

objetivo é garantir a segurança da edificação e o<br />

patrimônio do locador, bem como que cabe ao<br />

locador manter as condições de habitabilidade do<br />

imóvel, entendemos que tal despesa deve ser por<br />

ele suportada.<br />

Locação<br />

Um contrato de locação comercial, com vigência de<br />

cinco anos, e já renovado uma vez por igual período,<br />

venceu sem qualquer manifestação do locatário,<br />

que somente agora apresentou o pedido de<br />

renovação. O proprietário é obrigado a renovar por<br />

mais cinco anos? Ele pode pedir a loja? Se entrar<br />

com a renovatória na Justiça, ele tem chance de<br />

vitória?<br />

A renovação do contrato de locação não residencial é<br />

regulada pelo artigo 51, § 5º, da Lei nº 8.245/1991,<br />

que expressamente prevê a decadência do direito à<br />

renovação daquele que não propuser a ação no<br />

interregno de um ano, no máximo, até seis meses,<br />

no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo<br />

do contrato em vigor. De acordo com as<br />

informações, o locatário em questão perdeu o<br />

direito de renovação ao não exercê-lo no prazo.<br />

Assim, uma vez expirado o prazo de vigência do<br />

contrato e permanecendo o locatário na posse do<br />

imóvel, aplica-se a regra geral segundo a qual o<br />

contrato subsiste em vigor por prazo indeterminado.<br />

Para que o imóvel seja retomado, deverá o locador<br />

proceder à prévia notificação para desocupação<br />

voluntária no prazo previsto em lei, que, de acordo<br />

com o disposto no artigo 57 da Lei de Locações, é<br />

de 30 dias.<br />

Tem alguma pergunta?<br />

Envie sua dúvida sobre gestão condominial,<br />

locação, entre outros assuntos do universo<br />

imobiliário, para imprensa@secovirio.com.br.<br />

As questões serão respondidas pelo<br />

Departamento Jurídico do Secovi Rio e<br />

publicadas nesta seção.<br />

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J O H N S O N


CAPA<br />

QUEM<br />

Igor Augusto Pereira<br />

POR<br />

AS PORTAS<br />

No lugar do bolo de aniversário, dois cafés e uma crônica<br />

SE ABREM<br />

Amanda Gama<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 30


Odia ainda amanhece no<br />

Fonseca, bairro<br />

predominantemente de<br />

casas e sobrados na região<br />

norte de Niterói, cortado pela<br />

Alameda São Boaventura. São cinco e<br />

meia da manhã, marido e filhos ainda<br />

dormem enquanto ela inicia seu<br />

primeiro ritual diário: banho, café,<br />

telejornal. É pela televisão que<br />

Fátima Aguiar verifica as condições<br />

de tráfego no trajeto até o Centro do<br />

Rio. Se houver algum sinal de<br />

congestionamento nas vias<br />

principais, imediatamente acelera os<br />

preparativos para mais um dia de<br />

trabalho. Em pouco mais de dois<br />

anos e meio no emprego, conta nos<br />

dedos as vezes em que chegou<br />

depois do horário, mesmo com o<br />

imprevisível trânsito na região<br />

metropolitana.<br />

Às 6h30 sai de casa, vestindo o<br />

conjunto preto que lhe serve de<br />

uniforme, os cabelos presos e um<br />

batom discreto na boca. Leva no<br />

peito uma pequena imagem de Nossa<br />

Senhora Aparecida. Foi batizada em<br />

homenagem a Nossa Senhora de<br />

Fátima, mas é na padroeira do Brasil<br />

que encontra a maior protetora.<br />

Preferências sacras à parte, é<br />

andando com fé que segue seu<br />

trajeto. Às 7h30, desembarca no<br />

terminal do Castelo em meio a um<br />

mar de gente que começa a se formar<br />

na região. Vindas de incontáveis<br />

direções, pessoas de jeans ou roupa<br />

social vão ocupando seus postos.<br />

O destino de Fátima é um prédio<br />

comercial na esquina das Avenidas<br />

Rio Branco e Almirante Barroso, um<br />

dos endereços mais estratégicos do<br />

Centro do Rio de Janeiro. Chega ao<br />

nono andar, destranca a porta de<br />

vidro, bate o ponto e inicia seu


segundo ritual diário: acender as luzes,<br />

ligar o ar-condicionado central e<br />

preparar o café para os colegas, que<br />

logo chegarão. Em pouco tempo, o<br />

andar estará tomado por atendentes,<br />

advogadas, profissionais<br />

administrativos, comunicadores,<br />

estatísticos, entre tantos outros. Em<br />

seguida, chegarão os primeiros alunos<br />

dos cursos regulares – porteiros,<br />

administradores, trabalhadores do<br />

mercado imobiliário... Depois, os<br />

primeiros síndicos se apresentarão para<br />

consultorias presenciais ou a distância.<br />

E, assim, com pequenas histórias se<br />

somando à narrativa da vida, começa<br />

mais um dia no Secovi Rio.<br />

Amanda Gama<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 32


Amanda Gama Amanda Gama<br />

As próximas horas serão de<br />

atividades com uma ampla gama<br />

de temas, ainda mais<br />

considerando que por ali a rotina é<br />

não ter rotina. A missão nesse<br />

local, e nos demais sete escritórios<br />

em cidades do interior, é a mesma:<br />

promover o desenvolvimento dos<br />

condomínios e das empresas do<br />

setor de comércio e serviços<br />

imobiliários, contribuindo para a<br />

geração de melhores resultados e<br />

melhoria da sociedade. Trocando<br />

em miúdos, trabalhar para<br />

simplificar e potencializar a vida<br />

daqueles que representam.<br />

Não por acaso, as demandas são<br />

as mais variadas. Um gestor<br />

condominial envia um e-mail<br />

consultando o Sindicato sobre o<br />

que pode fazer para mediar um<br />

conflito em seu prédio, surgido<br />

depois que um morador se<br />

incomodou com uma fumaça<br />

suspeita vindo de um apartamento<br />

próximo. Pelo telefone, um<br />

funcionário de administradora<br />

solicita informações sobre a última<br />

Convenção Coletiva de Trabalho da<br />

categoria, que acaba de ser negociada.<br />

Em uma sala privada, um grupo de<br />

especialistas se reúne para avaliar<br />

aspectos de um projeto de lei que pode<br />

trazer impactos ao setor. Em outro<br />

departamento, um grupo discute<br />

detalhes sobre o lançamento de uma<br />

publicação.<br />

Cada gesto da rotina de Fátima e dos<br />

outros personagens desta história foi<br />

construído pelo tempo, ao longo de pelo<br />

menos 75 anos. Nascida dias antes da<br />

mudança da moeda brasileira dos réis<br />

para os cruzeiros – precisamente em 26<br />

de setembro de 1942, data em que o<br />

governo comandado por Getúlio Vargas<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 33


Amanda Gama<br />

expediu sua carta sindical –, a<br />

entidade que os une é derivada da<br />

antiga Associação Profissional das<br />

Empresas de Compra, Venda e<br />

Locação de Imóveis, surgida em maio<br />

do mesmo ano.<br />

Silenciosa, para não<br />

interromper a discussão,<br />

Fátima entra em uma das<br />

salas de reunião, no momento<br />

ocupada por um grupo de<br />

executivos do Sindicato.<br />

Posiciona em uma mesa<br />

lateral a bandeja com copos<br />

d’água, xícaras e uma garrafa<br />

de café. Na parede oposta, 12<br />

homens os observam pela<br />

fotografia em tons de sépia.<br />

São os representantes das<br />

empresas fundadoras,<br />

naquele que se tornaria o<br />

registro da concepção do<br />

Secovi Rio. É simbólico que<br />

essa presença seja evocada<br />

justamente no ambiente<br />

dedicado a alguns dos<br />

debates mais importantes da<br />

entidade.<br />

Amanda Gama<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 34


O escritório é projetado em forma de L, com um<br />

grande corredor entre as baias, sem portas e<br />

divididas, em sua maioria, por vidros transparentes.<br />

Nos últimos meses, houve uma pequena mudança<br />

no espaço. Todos aqueles que trabalhavam com as<br />

mesas direcionadas para as paredes tiveram suas<br />

mesas giradas para o corredor. A partir de uma<br />

aparentemente simples alteração no espaço,<br />

gerou-se uma provocação: era preciso olhar para<br />

dentro e ter consciência das próprias mudanças que<br />

ocorriam ali dentro.<br />

E é por esse meio que ela vai passando, no meio da<br />

manhã e no meio da tarde, com sua bandeja e seu<br />

carregamento de bordões, tão importantes quanto o<br />

cafezinho. “Se respeite, menino”, diz Fátima, abrindo<br />

o sorriso para um funcionário que diz esperar que<br />

hoje, enfim, ela sirva uma bebida ao estilo de uma<br />

célebre cafeteria norte-americana. O café pode não<br />

ter o refinamento daquele que um barista prepararia,<br />

mas ninguém espera isso de verdade: o importante é<br />

a pequena dose de cafeína e o ânimo que,<br />

involuntariamente, ela vai emprestando com seu bom<br />

humor.<br />

Em suas baias, os grupos vão mudando de pauta à<br />

medida que a necessidade surge. Em breve, será o<br />

momento de acender velinhas e reunir todos eles<br />

para celebrar as bodas de diamante do lugar ao qual<br />

dedicam boa parte de suas vidas. Mas a<br />

comemoração não será eterna, porque ainda há<br />

muito trabalho a fazer. Novas questões chegarão a<br />

todo momento, e o passado, como bem lembrou o<br />

poeta Belchior, é uma roupa que não nos serve mais.<br />

Outros setembros virão e o café precisa estar sempre<br />

quente. Com açúcar ou adoçante?<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 35


MATÉRIA ESPECIAL<br />

Gustavo Monteiro<br />

uito se fala sobre a dificuldade<br />

de ser síndico e lidar com um<br />

monte de problemas, desde<br />

manter as contas em dia até apaziguar<br />

conflitos entre moradores. Mas exercer<br />

a função pode ser também algo bastante<br />

gratificante e – por que não? –<br />

prazeroso ou até mesmo divertido.<br />

Afinal, um síndico nunca terá um dia<br />

igual ao outro, não é mesmo? Tédio na<br />

atividade é praticamente inexistente.<br />

E, vamos combinar, ver a comunidade<br />

feliz, os funcionários produtivos e o<br />

patrimônio valorizado é superbacana.<br />

Por isso nunca é demais se aperfeiçoar,<br />

estudar, quebrar a cabeça e lutar para<br />

alcançar resultados sempre melhores. E<br />

nisso a gente pode ajudar. Aproveitando<br />

o aniversário de 75 anos do Secovi Rio,<br />

elaboramos 75 dicas em diversas áreas:<br />

gestão, sustentabilidade, manutenção,<br />

segurança, boa convivência... Elas não<br />

livrarão o seu dia a dia dos problemas,<br />

mas podem contribuir para que o seu<br />

mandato faça a diferença.<br />

Tome nota!<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 36


GESTÃO<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 37


SUSTENTABILIDADE<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 40


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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 43


BOA CONVIVÊNCIA<br />

Deveria ser óbvio, mas muita<br />

gente ainda não se ligou:<br />

é proibido fumar em local fechado<br />

– inclusive na escada de incêndio<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 44


NOSSOS LUGARES<br />

Saara<br />

A<br />

Babel<br />

do<br />

Centro<br />

do<br />

Rio<br />

Texto e fotos: Amanda Gama<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 48


Pessoas indo, outras vindo. De um lado, joias,<br />

fragrâncias e brinquedos. Do outro, roupas,<br />

decoração e artesanato. Vez ou outra,<br />

alguém na entrada de uma loja grita, faz piada, em<br />

um esforço para atrair os clientes para alguma<br />

promoção. Estamos no Centro do Rio de Janeiro, e<br />

quem ali já esteve conhece bem tudo isso. Quem<br />

não conhece talvez devesse considerar conhecer.<br />

Esse lugar é a Saara, um dos mais queridos<br />

mercados populares da cidade.<br />

Tanta fama fez com que as ruas do centro comercial<br />

servissem como cenário para novelas e filmes, e se<br />

tornassem enredo da Escola de Samba Estácio de<br />

Sá, em 1994. A agremiação voltará a homenagear a<br />

região em 2018, em um enredo sobre mercados<br />

populares.<br />

São 11 ruas com 1,8 mil estabelecimentos, entre<br />

lojas e escritórios, que empregam cerca de 10,5 mil<br />

trabalhadores e por onde circulam cerca de 120 mil<br />

pessoas em dias comuns (em períodos como Natal,<br />

Dia das Mães e Dia dos Namorados, esse número<br />

aumenta muito).<br />

Mas, apesar do sucesso, incrivelmente, muita gente<br />

não sabe que o nome “Saara”, na verdade, é uma<br />

sigla para Sociedade de Amigos das Adjacências da<br />

Rua da Alfândega (e não, nada tem a ver com o<br />

calor que costuma assolar o Rio de Janeiro).<br />

Curiosamente, também acaba fazendo uma<br />

referência à região de origem de alguns dos<br />

comerciantes que passaram a ocupar a área a partir<br />

do século XIX, como libaneses, egípcios, árabes,<br />

turcos, sírios, entre outros.<br />

No entanto, a agitação comercial da Saara existe há<br />

mais tempo ainda. A Rua da Alfândega, um dos<br />

lugares mais antigos da cidade (com pelo menos<br />

400 anos), é onde está o coração do comércio da<br />

região, segundo o historiador Milton Teixeira. Ele<br />

conta que foi em 1716, com a instalação da<br />

alfândega na rua (que chegou a possuir uns 12<br />

nomes antes do atual), que inúmeros lojistas se<br />

sentiram motivados a irem para lá. O local,<br />

inicialmente tomado pela nobreza, foi mudando de<br />

cara.<br />

Milton explica que a abertura das Avenidas Rio<br />

Branco (antiga Central), entre 1903 e 1905, e<br />

Presidente Vargas, entre 1942 e 1944, as muitas<br />

obras de remodelação do Centro e as<br />

transformações imobiliárias causaram a redução do<br />

centro comercial a 1/3 do seu tamanho original.<br />

“Com ao menos 300 anos de atividade comercial<br />

ininterrupta, a Saara foi, sem dúvida, nosso primeiro<br />

‘shopping center’”, defende o historiador.<br />

Atualmente, a Saara corresponde a oito ruas:<br />

Alfândega, Senhor dos Passos, Buenos Aires,<br />

Andradas, Conceição, Gonçalves Ledo, Regente<br />

Feijó e Tomé de Sousa. No entanto, até o início<br />

do século XX, a sua área era bem maior. Ia<br />

desde a Rua da Carioca (antiga Rua do Piolho)<br />

até a Avenida Marechal Floriano (antiga Rua<br />

Larga). Sua profundidade original ia da Rua<br />

Primeiro de Março (antiga Rua Direita) até o<br />

Campo de Santana.<br />

Nas ruas da Saara circulam, cerca de 120 mil pessoas em dias comuns<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 49


A sociedade necessita de entidades colaborativas, informativas e sinceras<br />

como o Secovi Rio. Isso o faz tão especial. Parabéns pelos 75 anos!<br />

www.verticeengenharia.com.br<br />

Até a sogra<br />

E se o tamanho diminuiu, definitivamente, a<br />

variedade não. E o carinho da população foi só<br />

crescendo. O que mais faria alguém percorrer as<br />

ruas do lugar no dia do aniversário? Esse foi o<br />

programa escolhido pela atendente Odinéia Souza<br />

no dia em que completava 37 anos. Acompanhada<br />

pela filhinha Giovanna, de 5 anos, e pela melhor<br />

amiga, a diarista Maria de Lourdes Gonçalves, de<br />

53, ela foi procurar artigos para produzir a sua<br />

comemoração, com o tema “Festa de Boteco”.<br />

O trio de moradoras do bairro do Estácio, na Zona<br />

Norte da cidade, conta que, para qualquer<br />

celebração, elas recorrem à Saara. “Aqui<br />

encontramos de tudo”, garante Maria de Lourdes.<br />

“Se bobear, até a sogra eles vendem”, completa, aos<br />

risos, Odinéia.<br />

Mas a quantidade de produtos e os preços<br />

convidativos não são os únicos motivos para o<br />

centro comercial receber tantos visitantes. Outro<br />

grande atrativo do lugar é o fato de ser um espaço<br />

extremamente democrático. Para quem compra e<br />

para quem vende.<br />

Odinéia Souza, acompanhada da filha, Giovanna, e da amiga,<br />

Maria de Lourdes Gonçalves, circulava pela Saara no dia do seu<br />

aniversário em busca de produtos para festa<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 50


Pequena ONU<br />

E esse é um dos aspectos mais positivos da Saara<br />

para Kamal Kalon. Dono da loja Brasil Roupas, ele<br />

fala com a experiência de quem tem 45 anos de<br />

Saara: “Dezenas de imigrantes de vários países<br />

estão aqui, e vive-se perfeitamente bem, na maior<br />

harmonia possível. Independentemente de ser<br />

árabe, judeu, coreano, chinês...”<br />

Nascido no Líbano, ele conta que os avós vieram<br />

para o Brasil no início de 1900, e a família foi<br />

ficando. Abriu a loja em 1964, em Nilópolis,<br />

mudou-se depois para Nova Iguaçu e acabou,<br />

então, sendo comerciante no Centro do Rio de<br />

Janeiro, região que já conhecia bem, pois<br />

acompanhava seu pai, que fazia compras ali para<br />

revender na Baixada Fluminense.<br />

Segundo Kamal, muita coisa mudou no lugar desde<br />

a sua chegada: o tipo de comércio, que antes era<br />

predominantemente atacadista, e o tipo de<br />

ocupação das ruas. “Isso aqui era área de passeio<br />

aos domingos. Os comerciantes que moravam em<br />

cima dos prédios montavam mesas, reuniam as<br />

famílias. Era tudo misturado isso aqui”, lembra.<br />

Os donos das lojas deixaram de morar nos<br />

sobrados, mas a mistura não acabou. Pelo contrário,<br />

só cresceu, após a chegada de povos do Extremo<br />

Oriente, como chineses, taiwaneses e coreanos,<br />

durante a década de 1970. “Devemos muito a esse<br />

povo, que veio para somar. Eles deram uma nova<br />

dinâmica para a área. A Saara estava sem<br />

motivação. Eles renovaram a motivação, e todo<br />

mundo começou a se mexer outra vez”, defende<br />

Kamal.<br />

O comerciante garante que na Saara não há<br />

concorrência ou inimizade, que lá é um espaço<br />

onde as diferenças coexistem em paz. Uma lição<br />

para todas as partes do mundo. “Estamos<br />

convivendo. Aqui não existe fanatismo político e<br />

religioso. Nasceu no globo terrestre, pertence a ele<br />

e tem direito a ele. Ninguém deve ser discriminado”,<br />

ressalta.<br />

Kamal Kalon tem 45 anos de Saara e garante que não há inimizade<br />

ou concorrência entre os comerciantes<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 52


A voz do Centro do Rio<br />

– Como você está bonita, Arlete!<br />

Parece uma rainha!<br />

– É porque eu estou num palácio,<br />

Agnaldo!<br />

Se você já foi à Saara, esse diálogo soou familiar,<br />

não? Esse e tantos outros anúncios são marca<br />

registrada do mercado popular, reproduzidos<br />

inúmeras vezes pela Rádio Saara.<br />

Mas não é só de spots comerciais que é feita “a voz<br />

do Centro do Rio”. Com 32 anos de história, a rádio,<br />

que já recebeu de artistas a políticos, tem como<br />

objetivo colocar a utilidade pública em primeiro<br />

lugar.<br />

Aliás, foi para prestar serviço que ela nasceu. Numa<br />

época em que as pessoas não tinham celular,<br />

internet e, muito menos, WhatsApp, a rádio<br />

funcionava como uma espécie de balcão de<br />

informações. Ela anunciava em seus alto-falantes<br />

pessoas que estavam perdidas ou que tinham<br />

perdido algo, além de prestar algumas informações.<br />

“Na verdade, a Rádio Saara não é uma rádio, é um<br />

serviço de alto-falantes direcionais metido a besta”,<br />

brinca Luiz Antônio Baptista, o Bap, diretor-geral e<br />

um dos locutores.<br />

Na rádio desde a sua fundação e diretor há dez<br />

anos, ele conta que a iniciativa partiu do<br />

comerciante Ênio Carlos Bittencourt, que mais<br />

tarde viria a se tornar presidente da sociedade,<br />

cargo em que permaneceu por 26 anos, até o seu<br />

falecimento no ano passado. Tudo começou com<br />

cornetas (lembra?) na Avenida Tomé de Sousa e dali<br />

em diante foi crescendo.<br />

Aos poucos, foram surgindo os famosos anúncios.<br />

“Nossos comerciais precisam ser mais jocosos, mais<br />

populares”, justifica Bap. Ele também explica que,<br />

enquanto os spots comerciais de rádio<br />

normalmente levam cerca de 30 segundos, os da<br />

Rádio Saara duram 40: “Antes temos que contar<br />

uma história para chamar a atenção de quem está<br />

passando. Nosso cliente não está em casa, não está<br />

no rádio do carro...”<br />

Mas, apesar de a experiência acabar se tornando<br />

algo divertido, Bap deixa claro que há muito<br />

profissionalismo envolvido. E afirma isso com a<br />

propriedade de quem sabe. No auge de seus 55<br />

anos, o diretor está atrás do microfone desde os 18<br />

anos de idade e fala com orgulho sobre a profissão<br />

de jornalista: “Faço questão de dizer que sou<br />

formado e diplomado porque sou favorável ao<br />

diploma de Comunicação Social para ser bacharel<br />

em Jornalismo.”<br />

Ao longo de sua história dentro da Rádio Saara, Bap<br />

já teve a oportunidade de conhecer todos os tipos<br />

de famosos e até receber presidentes da República<br />

no estúdio. No entanto, com muita humildade, lista,<br />

entre os momentos mais marcantes de sua carreira<br />

na rádio, a possibilidade de conhecer e conviver<br />

com Ênio Bittencourt: “Foi uma pessoa que me<br />

marcou, foi como um segundo pai.”<br />

Autodeclarado “vascaíno roxo”, o diretor também<br />

lembra, com muito carinho, do dia em que,<br />

acompanhado de seu filho, entrevistou o ídolo<br />

Roberto Dinamite: “Foi um dos momentos que eu<br />

agradeço muito a Deus.”<br />

Bap é diretor-geral da Rádio Saara. “Não é uma rádio, é um serviço<br />

de alto-falantes direcionais metido a besta”, brinca<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 54


curiosidades sobre a<br />

Rádio Saara<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Nas eleições presidenciais de 1998, a coligação<br />

União do Povo - Muda Brasil, que contava com<br />

Lula como candidato e Brizola como seu vice, o<br />

pontapé inicial da campanha aconteceu na Rádio<br />

Saara. Nesse ano, o candidato ao governo do<br />

estado era Anthony Garotinho, e sua vice era<br />

Benedita da Silva. Todos estiveram presentes no<br />

estúdio da rádio. “Não sei se é positivo ou<br />

negativo, mas é um fato; não vou entrar no mérito<br />

de nada”, comenta Bap.<br />

Já na campanha de 2002, o então senador José<br />

Serra era um dos candidatos à Presidência da<br />

República e havia agendado uma entrevista na<br />

rádio. Serra, porém, chegou atrasado, quase às<br />

18h, horário em que diariamente Bap realiza o<br />

“Momento de Fé”, com a oração da Ave-Maria. “Eu<br />

falei: ‘Senador, o senhor vai ter que esperar um<br />

pouquinho. O senhor é candidato à Presidência, é<br />

muito importante, mas Nossa Senhora é mais’.” Ele<br />

respondeu: “Eu faço questão de rezar junto.”<br />

Também em 2002 a Rádio Saara foi a precursora<br />

de uma ideia que repercutiu por todo o Brasil: o<br />

concurso “Garota da Laje”. “Notamos que muitas<br />

meninas bonitas de comunidades vinham aqui<br />

fazer compras. E na época falava-se muito sobre<br />

tomar sol na laje. Então pensamos que podíamos<br />

fazer um concurso para mostrar a beleza natural<br />

das meninas mais modestas”, conta Bap. Entre os<br />

prêmios havia carro usado, piscina de fibra, laje<br />

pré-moldada, micro system, churrasqueira e até<br />

R$ 199 em artigos de R$ 1,99 na Saara.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 55


nas inscrições pagas até 10 dias antes do início do curso<br />

DIRETO AO PONTO – O CONDOMÍNIO EXPLICADO PARA OS SÍNDICOS<br />

<br />

<br />

Dia: 18 de setembro, das 18h às 21h<br />

ASSEMBLEIAS CONDOMINIAIS: QUESTÕES POLÊMICAS<br />

<br />

<br />

Dias: 2, 3 e 4 de outubro, das 18h às 21h<br />

DIRETO AO PONTO – INADIMPLÊNCIA NO CONDOMÍNIO: COBRANÇA JUDICIAL<br />

<br />

Dia: 26 de outubro, das 18h às 21h<br />

WORKSHOP – ANÁLISE DE BALANCETE<br />

<br />

<br />

Dias: 30 e 31 de outubro, das 18h às 21h<br />

PALESTRA – QUESTÕES RELEVANTES NA PROMESSA DE COMPRA E VENDA<br />

Dia: 20 de setembro, das 18h às 20h<br />

GESTÃO DE MUDANÇA<br />

<br />

Dias: 25, 27, 28 e 29 de setembro, das 18h às 21h<br />

EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE – FÁCIL FALAR, DIFÍCIL IMPLEMENTAR<br />

<br />

<br />

Dias: 9, 10 e 11 de outubro, das 18h às 21h<br />

GESTÃO EFICAZ DO TEMPO<br />

<br />

<br />

Dias: 23, 24 e 25 de outubro, das 18h às 21h<br />

LOCAÇÃO EM DEBATE – VISTORIA PARA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS<br />

Dia: 18 de outubro, das 18h30 às 20h30<br />

QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE PORTARIA<br />

<br />

<br />

Dias: 11, 12, 14 e 15 de setembro, das 9h30 às 13h15<br />

Dias: 23, 24, 26 e 27 de outubro, das 13h30 às 17h15<br />

CHEFE DE PORTARIA<br />

<br />

Dias: 25, 27, 28 e 29 de setembro, das 13h30 às 17h15<br />

CURSO ESPECIAL – LOCAÇÃO DE IMÓVEIS<br />

<br />

Início: 25 de setembro, das 18h às 21h<br />

PARA MAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES DESTES E OUTROS CURSOS, ACESSE<br />

www.secovirio.com.br<br />

unisecovirio@secovirio.com.br • (21) 2272 8000<br />

Avenida Almirante Barroso, 52 - 9º andar - Centro / RJ


Além das compras<br />

Mas não é só de compras que é feita a Saara. As<br />

ruas que abrigam o mercado popular e seu entorno<br />

também têm passeios para quem quer consumir<br />

cultura.<br />

Campo de Santana<br />

Quem percorre as ruas principais da Saara se<br />

depara com uma agradável recompensa ao<br />

chegar ao fim do trajeto. Um lugarzinho que<br />

parece destoar da agitação do Centro da<br />

cidade é a área verde localizada na Praça da<br />

República. De fato, é uma das maiores da<br />

cidade, com 155.000m².<br />

Tombado pelo Instituto do Patrimônio<br />

Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o<br />

passeio público conta com grutas, fontes,<br />

chafarizes e esculturas. E faz valer a visita<br />

não apenas pelos detalhes, mas também<br />

pela importância histórica, já que serviu<br />

como palco para a aclamação do Imperador<br />

Pedro I e também para a Proclamação da<br />

República.<br />

Centro Municipal de<br />

Arte Hélio Oiticica<br />

Na mesma rua do Real Gabinete Português<br />

de Leitura está localizado o espaço da<br />

Secretaria Municipal dedicado à produção<br />

artística contemporânea, em especial às<br />

artes visuais. Próximo à Praça Tiradentes, o<br />

casarão, construído em 1872 para sediar o<br />

Conservatório Nacional de Música, hoje<br />

recebe exposições, seminários, debates,<br />

encontros, cursos e oficinas.<br />

Endereço: Rua Luís de Camões, 68 – Centro<br />

Funcionamento: segundas, quartas e sextas,<br />

das 12h às 20h; terças, quintas e sábados,<br />

das 10h às18h<br />

Telefone: 2242-1012<br />

Igrejas<br />

A partir do século XVIII, a<br />

comunidade que habitava o<br />

entorno da Rua da Alfândega<br />

era composta<br />

predominantemente por<br />

ciganos, mulatos livres,<br />

mestiços, caboclos, negros<br />

livres e os chamados “negros de<br />

ganho” (escravos que podiam<br />

trabalhar e ganhar dinheiro,<br />

mas entregavam boa parte para<br />

seus donos). E uma herança<br />

desse período são igrejas que<br />

eram dos negros.<br />

São Gonçalo Garcia e São<br />

Jorge, na Alfândega com<br />

Campo de Santana; Santo<br />

Elesbão e Santa Efigênia,<br />

também na Alfândega, entre<br />

Gonçalves Ledo e Senhor dos<br />

Passos; Nossa Senhora do<br />

Terço, na Senhor dos Passos<br />

com Gonçalves Ledo; e, nas<br />

proximidades, Nossa Senhora<br />

da Lampadosa, na Avenida<br />

Passos, e Nossa Senhora do<br />

Rosário, na Rua Uruguaiana,<br />

são pedacinhos de história no<br />

meio da Saara.<br />

Igreja de Nossa Senhora do Terço<br />

e Senhor dos Passos<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 57


INDICADORES HABITACIONAIS<br />

COMO ANDA O<br />

Gustavo Monteiro<br />

MERCADO<br />

IMOBILIÁRIO<br />

FLUMINENSE<br />

rês anos se passaram desde o agravamento<br />

da crise econômica em meados de 2014. O<br />

desemprego, o endividamento das famílias, a<br />

inflação e a queda no consumo afetaram<br />

também o mercado imobiliário, uma vez que<br />

inquilinos começaram a migrar para locais mais<br />

baratos e os consumidores resolveram adiar o<br />

sonho da casa própria.<br />

Nos últimos três anos, os preços médios de<br />

venda e aluguel vêm caindo no Rio, ao mesmo<br />

tempo em que a oferta de unidades tem subido<br />

exponencialmente. Em algumas regiões, porém, o<br />

cenário é um pouco diferente. Cidades como<br />

Cabo Frio e Nova Iguaçu, por exemplo,<br />

registraram valorizações superiores a 10% em<br />

alguns bairros.<br />

Isso foi o que o Secovi comprovou ao longo do<br />

primeiro semestre, em pesquisas sobre diversas<br />

regiões do estado e da capital, apresentadas por<br />

meio de publicações intituladas “Cenário do<br />

Mercado Imobiliário”. De janeiro a julho de 2017,<br />

o Sindicato buscou dados sobre o setor na<br />

Baixada, na Região dos Lagos e no Norte<br />

Fluminense, e também referentes a áreas da<br />

capital (Zona Sul e Barra da Tijuca).<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 58


A RT Imobiliária parabeniza o Secovi Rio pelo seus 75 anos de sucesso e<br />

almejamos este exemplo de excelência para satisfação dos nossos clientes.<br />

www.rtimob.com.br<br />

Onde os bons ventos sopram<br />

Cabo Frio sempre chamou a atenção pelas belas<br />

praias, mas também vem se destacando pelos<br />

excelentes índices no mercado imobiliário: o<br />

metro quadrado de venda de apartamentos subiu<br />

2% de maio de 2016 a maio de 2017, ao passo<br />

que no Rio se apurou queda de 3% no mesmo<br />

período. Alguns bairros tiveram valorização<br />

superior a 7%. No segmento de locação, o metro<br />

quadrado variou 13% ante uma queda de 7% no<br />

Rio. Os dados fazem parte do “Cenário do<br />

Mercado Imobiliário de Cabo Frio”, apresentado<br />

em julho.<br />

Outra área que surpreendeu foi a Baixada<br />

Fluminense, como se pode ver no “Cenário do<br />

Mercado Imobiliário da Baixada Fluminense”,<br />

lançado em agosto. Segundo a pesquisa, em<br />

Belford Roxo, Duque de Caxias, Nilópolis e Nova<br />

Iguaçu, quatro dos mais populosos municípios da<br />

região, o valor do metro quadrado de venda de<br />

apartamentos chegou a subir mais de 10% em<br />

alguns bairros, enquanto na capital do estado se<br />

registrou queda de 6%.<br />

A Zona Sul do Rio também merece destaque. De<br />

acordo com o “Cenário do Mercado Imobiliário<br />

da Zona Sul do Rio de Janeiro”, divulgado em<br />

julho, a região, com 18 bairros e cerca de 580 mil<br />

habitantes, chamou a atenção com variações<br />

positivas de preço em alguns locais no primeiro<br />

semestre de 2017, mesmo em um cenário de<br />

desvalorização em toda a cidade. É o caso, por<br />

exemplo, do Leme, onde o metro quadrado de<br />

apartamentos para alugar variou 4,5%, um índice<br />

bastante superior ao apurado em toda a cidade<br />

(-7%).<br />

Onde a crise não deu trégua<br />

Desde março de 2015 o preço do metro<br />

quadrado do aluguel vem caindo<br />

vertiginosamente na cidade do Rio, ficando<br />

abaixo da média histórica de R$ 40,02. Em julho<br />

deste ano, o valor chegou a R$ 34,33. Em muitos<br />

bairros, os valores voltaram ao que se cobrava<br />

em 2012. Para venda, também se percebe queda<br />

no último ano, mas, considerando os últimos 28<br />

meses, constata-se uma valorização de 8%, com<br />

o metro quadrado chegando a R$ 9.331 em julho<br />

de 2017, mais elevado que a média dos últimos<br />

cinco anos (R$ 8.996).<br />

Em regiões como a Barra da Tijuca, a dinâmica<br />

segue a tendência do restante da cidade, de<br />

estabilidade ou suaves variações negativas. Para<br />

venda, as quedas no preço do metro quadrado<br />

(apartamentos) foram um pouco mais acentuadas<br />

que para locação, analisando-se o período de<br />

janeiro de 2016 a março de 2017. Já as casas<br />

tiveram valorizações significativas no período. Os<br />

dados fazem parte do “Cenário do Mercado<br />

Imobiliário da Barra da Tijuca e Adjacências”,<br />

publicado em abril deste ano.<br />

No norte do estado, em cidades como Macaé e<br />

Rio das Ostras, a crise revelou sua face mais<br />

cruel, com fortes reflexos no mercado<br />

imobiliário. Assim como em outros municípios da<br />

região, grande parte da receita provém dos<br />

royalties, mas o dinheiro deixou de entrar como<br />

antes, em virtude da queda no preço do barril e<br />

das consequências da Operação Lava Jato, que<br />

apura esquemas de corrupção na Petrobras.<br />

Tudo isso influencia diretamente o mercado<br />

imobiliário: em alguns locais, a queda no preço<br />

do aluguel foi superior a 25%. Para venda, as<br />

reduções bateram a casa dos 10%. Os números<br />

estão no “Cenário do Mercado Imobiliário do<br />

Norte Fluminense”, apresentado em abril de<br />

2017.<br />

Shutterstock


Aplicação em fundo claro<br />

A Alterdata parabeniza o Secovi Rio<br />

pelos seus 75 anos.<br />

www.alterdata.com.br<br />

Por dentro do mercado imobiliário<br />

O mercado imobiliário do Rio de Janeiro sempre<br />

foi um dos mais dinâmicos do Brasil e um<br />

termômetro de tendências que acabam por se<br />

espalhar para outros estados do país. A fim de<br />

acompanhar essa movimentação constante, o<br />

Secovi Rio criou em 2008 um departamento de<br />

estatística que veio se aperfeiçoando ao longo<br />

dos anos para coletar e analisar um volume de<br />

dados cada vez maior.<br />

A “tradução” desses números acontece desde<br />

2011, quando do lançamento do primeiro<br />

“Panorama do Mercado Imobiliário do Rio de<br />

Janeiro”, um levantamento completo com<br />

informações sobre condomínios, compra, venda e<br />

locação de imóveis residenciais e comerciais em<br />

dezenas de bairros da cidade. Com a evolução<br />

das ferramentas estatísticas, o Secovi Rio<br />

ampliou o raio de coleta de dados, lançando em<br />

2015 pesquisas locais, intituladas “Cenário do<br />

Mercado Imobiliário”.<br />

Desde então, foram dez publicações sobre o<br />

mercado imobiliário de regiões como Baixada,<br />

Lagos, Niterói, Norte e Serrana. Em 2017,<br />

incrementou-se ainda mais o trabalho estatístico,<br />

com o lançamento de pesquisas sobre regiões da<br />

cidade. Nesta linha, já foram apresentados os<br />

números da Zona Sul e da Barra e Adjacências.<br />

Para ter acesso a todas essas publicações<br />

gratuitamente, basta acessar o portal do Secovi<br />

Rio.<br />

anos<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 60


Parabéns, Secovi Rio!<br />

Já são 75 anos de participação ativa<br />

nas transformações do Estado.<br />

A Confederação Nacional do Comércio de Bens,<br />

Serviços e Turismo cumprimenta o Sindicato por<br />

sua trajetória de conquistas em defesa do setor<br />

da habitação.<br />

www.cnc.org.br<br />

Criação: Programação Visual - Assessoria de Comunicação/CNC


ALUGUEL DA<br />

DISCÓRDIA<br />

Gustavo Monteiro<br />

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Relações entre proprietário e inquilino nem sempre são amistosas,<br />

mas têm solução<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 62


Parabéns ao Secovi Rio, pelos 75 anos ajudando o Rio de Janeiro a<br />

ser uma cidade maravilhosa de se ver, viver e conviver.<br />

www.amoedo.com.br<br />

Foi uma batalha. Após dois meses de<br />

muita conversa com o administrador do<br />

apartamento de um quarto onde mora,<br />

na Lapa, E.M., de 30 anos, conseguiu<br />

uma redução no valor do aluguel de R$ 1.600<br />

para R$ 1.000. E mais: que o contrato fosse<br />

assinado sem um fiador e com depósito-caução<br />

de um aluguel apenas, em vez dos três que<br />

normalmente os proprietários pedem.<br />

O contrato não havia chegado ao fim, e a saída<br />

de um amigo que dividia as despesas – e cuja<br />

mãe era a fiadora – acabou deixando E., que<br />

prefere não ser identificado, em uma situação<br />

delicada, o que o fez tentar rever os termos do<br />

contrato. “Além de não poder arcar sozinho<br />

com os custos, eu ainda perdi a fiadora, porque<br />

a mãe da pessoa não quis mais permanecer<br />

nesta condição”, conta o jovem, que se<br />

considera um sortudo.<br />

E é mesmo. Segundo o advogado André Luiz<br />

Junqueira, da Associação Brasileira dos<br />

Advogados do Mercado Imobiliário (Abami), a<br />

negociação de valores de aluguel é um dos<br />

principais motivos de conflitos entre as duas<br />

partes. “Este pode ser um foco de conflito<br />

razoável, mas que só ocorre no momento da<br />

contratação e na renovação ao término do<br />

contrato”, pondera.<br />

“Quando o mercado está em alta, os locadores<br />

não negociam o valor do aluguel, mas, como o<br />

momento não é tão favorável, deve-se ter mais<br />

sensibilidade na negociação, do contrário, o<br />

locador pode terminar com o imóvel vazio”,<br />

orienta o especialista.<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 63


om o mercado. Há 70 anos a Zirtaeb vem conquistando a confiança dos síndicos e proprietários de imóveis.<br />

................................<br />

O BRAÇO DIREITO DO SÍNDICO E PROPRIETÁRIOS<br />

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Administração de Condomínios e Imóveis para renda, compra e venda.<br />

PROBLEMAS MAIS COMUNS<br />

A advogada Corina Costa, do Departamento<br />

Jurídico do Secovi Rio, afirma que, além do<br />

valor do aluguel, questões sobre divisão de<br />

despesas condominiais, multa rescisória e<br />

encerramento antecipado do contrato são<br />

bastante comuns.<br />

“No decorrer da locação, a responsabilidade<br />

pelo pagamento de despesas do imóvel – em<br />

especial, de condomínio – é o ponto que gera<br />

a maior quantidade de conflitos. Apesar de<br />

não gerar sempre discussões judiciais, esses<br />

pequenos conflitos desgastam a relação<br />

locador-locatário, transformando-os em rivais,<br />

sempre desconfiados de que o outro obteve<br />

vantagem”, afirma André.<br />

O advogado cita ainda as obras no imóvel, já<br />

que muitas vezes o locatário excede seu<br />

direito executando obras sem autorização do<br />

locador, o que gera embates. “Danos no<br />

imóvel descobertos pelo locador durante ou<br />

ao final da locação são outro frequente<br />

problema, às vezes agravado por uma visão<br />

equivocada, de quem não compreende que<br />

apenas os danos decorrentes do uso anormal<br />

A Zirtaeb nasceu há 70 anos e está ao lado do Secovi Rio. O sindicato sempre contribuiu<br />

para a nossa evolução. Parabéns Secovi Rio pelos 75 anos de bons serviços prestados.<br />

CRECI J101 / ABADI 2 / SECOVI 11<br />

do locatário é que devem ser indenizados”,<br />

acrescenta o especialista.<br />

Outro tema delicado nas relações locatícias é o<br />

direito de preferência e venda do imóvel durante<br />

a locação. “Geralmente é o que tem o maior<br />

potencial de perda financeira para o locador, uma<br />

vez que, se houver desrespeito às formalidades<br />

e/ou uma abordagem equivocada do locatário, é<br />

possível surgir uma discussão judicial”, finaliza.<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 64


Fazer 75 anos é celebrar histórias e conquistas, através de uma trajetória<br />

ética e competente. Sucesso e vida longa ao Secovi Rio!<br />

www.ser-tel.com.br<br />

APRENDENDO A GERENCIAR CONFLITOS<br />

Um dos módulos do curso de Locação de<br />

Imóveis, da UniSecovi Rio, trata do tema<br />

“Negociação e gerenciamento de conflitos<br />

locatícios”. Nas aulas, o advogado André Luiz<br />

Junqueira cita métodos eficazes de negociação,<br />

seguindo o modelo da Universidade de Harvard.<br />

Além disso, leva para discussão casos concretos<br />

de conflitos locatícios e aborda negociação de<br />

aluguéis e locação em shopping center, bem<br />

como despesas, distúrbios de vizinhança etc.<br />

Para conhecer as datas de realização e o<br />

programa completo do curso de extensão, que<br />

contém três módulos e 90 horas, acesse o site do<br />

Secovi Rio.<br />

Shutterstock<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 66


INSTITUCIONAL<br />

em<br />

estilo<br />

No dia em que completa 75 anos,<br />

Secovi Rio ganha de presente<br />

título de Benemérito<br />

do Estado do Rio<br />

Gustavo Monteiro<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 67


Não vai ser uma festa como todas as outras. Afinal, além<br />

de completar 75 anos de atuação defendendo os<br />

interesses do segmento de comércio e serviços<br />

imobiliários, o Secovi Rio estará recebendo da Assembleia<br />

Legislativa do Estado do Rio (Alerj), no dia 26 de setembro, o<br />

título de Benemérito do Estado do Rio. O autor da Resolução<br />

413/2017 (publicada no D.O. em 29/6/2017), que concede a<br />

honraria, é o deputado estadual Luiz Paulo.<br />

Em sua justificativa, o parlamentar afirma: “O Secovi Rio jamais<br />

dissociou o seu posicionamento da grave realidade<br />

socioeconômica vivida por significativas parcelas dos<br />

trabalhadores brasileiros. Ao contrário, historicamente, sempre<br />

atuou junto ao Congresso Nacional no sentido de minimizar o<br />

problema da habitação.”<br />

De acordo com a Resolução 810/1997, que trata do Regimento<br />

Interno da Alerj, o título de Benemérito é concedido a<br />

personalidades nacionais ou estrangeiras que concorram,<br />

decisivamente, para o desenvolvimento econômico, científico,<br />

artístico, cultural ou desportivo do estado.<br />

Deputado Luiz Paulo, autor da resolução que<br />

homenageia o Secovi Rio<br />

“É uma honra estar junto<br />

deste Sindicato no<br />

momento em que<br />

completa 75 anos de<br />

atuação como um dos<br />

principais<br />

representantes de um<br />

segmento tão relevante<br />

para a economia<br />

brasileira, que gera 130<br />

mil empregos diretos no<br />

Rio de Janeiro e 698 mil<br />

no Brasil.”<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 68


É DIA DE MOÇÃO (E EMOÇÃO)<br />

A cerimônia, que acontece na própria Alerj, contará ainda com<br />

homenagens (moções) a pessoas que fizeram e fazem parte da<br />

história do Sindicato. De acordo com o artigo 102 da Resolução<br />

810/1997, a moção “é o instrumento pelo qual o deputado<br />

expressa seu regozijo, congratulações, louvor, repúdio ou pesar”.<br />

Conheça os homenageados:<br />

Corina Costa (advogada mineira), Jucimar Teles (assistente<br />

financeira carioca) e Solange Santos (advogada sergipana),<br />

representando todos os colaboradores que, ao longo de mais de<br />

sete décadas, vêm contribuindo para o crescimento do Sindicato.<br />

Além da qualidade do trabalho, foram escolhidas por estar há<br />

mais de 20 anos na equipe.<br />

Rômulo Cavalcante Mota, representando a Diretoria, advogado<br />

cearense formado em 1960 pela Faculdade Nacional de Direito,<br />

no Rio, exerce a função de vice-presidente jurídico do Secovi Rio<br />

há dez anos.<br />

Cesar Thomé Junior, economista carioca, um dos nomes mais<br />

representativos da Associação Brasileira das Administradoras de<br />

Imóveis (Abadi), cuja presidência assumiu em 2000, tendo<br />

permanecido no cargo por quatro anos. Em 2002, recebeu da<br />

Alerj o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro.<br />

Shutterstock<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 70


Manoel da Silveira Maia, advogado baiano que<br />

atualmente exerce a importante função de<br />

presidente do Creci-RJ e ocupou a cadeira de<br />

vice-presidente do Secovi Rio por 14 anos<br />

seguidos.<br />

Geraldo Beire Simões, coautor do projeto da<br />

Nova Lei do Inquilinato, fundador e sócio<br />

honorário da Associação Brasileira dos<br />

Advogados do Mercado Imobiliário (Abami) –<br />

onde ocupa atualmente o cargo de diretor<br />

jurídico –, ex-diretor do Secovi Rio, o mineiro é<br />

advogado militante, especializado em Direito<br />

Imobiliário.<br />

Helzio Mascarenhas, economista carioca que<br />

representa o Secovi Rio há 25 anos no Congresso<br />

Nacional, no Executivo Federal e na Câmara<br />

Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários.<br />

Shutterstock<br />

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CONSTRUIR UM<br />

FUTURO MELHOR<br />

É A NOSSA MISSÃO.<br />

Para que o mercado imobiliário<br />

continue sempre a evoluir,<br />

a CMI/Secovi-MG entende<br />

a importância de trabalhar com<br />

credibilidade e transparência.<br />

Só assim é possível aumentar<br />

a nossa representatividade<br />

e estimular cada vez mais o<br />

crescimento de nossos profissionais.<br />

Com 43 anos de<br />

história, sabemos<br />

o valor deste<br />

trabalho. Por isso,<br />

parabenizamos<br />

o Secovi-RJ pela<br />

dedicação ao longo<br />

dos seus 75 anos.<br />

secovimg.com.br<br />

/cmisecovimg<br />

@cmi_secovimg<br />

R. Sergipe, 1.000 | Savassi | BH | MG<br />

(31) 3243-7555<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 72


João Fernandes Filho, carioca, economista,<br />

advogado e corretor de imóveis, exerceu durante<br />

16 anos a função de gerente administrativo e<br />

financeiro do Secovi Rio, contribuindo para a<br />

organização e o desenvolvimento da entidade.<br />

Marcus Antonius Costa e Marcello Nicolau,<br />

empresários cariocas, são fundadores da<br />

empresa Ficha Certa, do ramo de análise<br />

cadastral, representando o quadro de sócios<br />

solidários do Secovi Rio.<br />

Alexandra Dias Nascimento assumiu a função de<br />

síndica em 2016, mas veio se preparando ao<br />

longo do tempo, ao realizar diversos cursos do<br />

Secovi Rio. Aos 44 anos, a carioca ressalta a<br />

importância da qualificação e do apoio jurídico<br />

do Sindicato para uma boa gestão.<br />

Shutterstock<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 74


A Fortlider parabeniza o Secovi Rio pelos seus 75 anos de<br />

atividade em prol do segmento da habitação.<br />

www.fortlider.com.br<br />

Gabriel de Freitas Ruiz, de 25 anos, é o<br />

representante mais jovem do Secovi Rio no<br />

interior do estado. O advogado assumiu o posto<br />

em Nova Friburgo em 2015 (Regional Serra<br />

Norte), onde se destaca como um dos mais<br />

proeminentes empresários dos ramos imobiliário<br />

e da construção civil.<br />

Fernando Feijó, gaúcho, da Tecnologia Seguros,<br />

também sócio solidário do Secovi Rio, mantém<br />

estreito relacionamento com o Sindicato desde<br />

1990.<br />

Shutterstock<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 76


OUTRAS HOMENAGENS<br />

No dia 20 de setembro de 2007, o Secovi Rio foi<br />

homenageado, em solenidade na Câmara dos<br />

Deputados, em Brasília, pelos 65 anos de<br />

atuação. Em 27 de novembro, o Sindicato<br />

recebeu a Medalha Tiradentes, a mais importante<br />

condecoração da Assembleia Legislativa do<br />

Estado do Rio. A homenagem, também proposta<br />

por uma Resolução do deputado estadual Luiz<br />

Paulo, foi um reconhecimento pelas décadas de<br />

dedicação ao desenvolvimento do setor da<br />

habitação.<br />

Shutterstock<br />

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C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

SECOVI RIO 178 ABADI 111 CRECI-RJ J 1573<br />

plena forma,<br />

não é pra<br />

qualquer um.<br />

75em<br />

A Atlântida, chegando aos 50 anos,<br />

sabe da importância do SECOVI RIO<br />

para o mercado imobiliário<br />

do nosso Estado.<br />

E espelha-se nessa trajetória<br />

de sucesso, competência, seriedade<br />

e longevidade para também chegar lá.<br />

Parabéns, SECOVI RIO.<br />

www.atlantida-adm.com.br<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 78


Oficina de customização<br />

de roupas em 6 passos<br />

Dia das Crianças está se aproximando e<br />

você ainda não sabe como celebrar essa<br />

data? Que tal promover uma oficina de<br />

customização de roupas com os pequenos?<br />

Trata-se de uma atividade simples, divertida, que<br />

vai exigir poucos materiais e, de quebra, ajuda a<br />

conscientizar sobre o uso consciente das peças.<br />

A brincadeira é ideal para o 12 de outubro e<br />

pode render uma peça de cara nova para o dia a<br />

dia, uma fantasia para o Carnaval ou um<br />

acessório para bailinho temático. As dicas são da<br />

arte-educadora Thalita Rocha, do Fabulosos, que<br />

realiza essa oficina em eventos recreativos.<br />

“As crianças levam roupas que estão velhinhas e<br />

saem com peças únicas. Assim, a gente contribui<br />

para a formação delas, para o bolso dos pais e,<br />

claro, para o meio ambiente”, ressalta Thalita.<br />

Avise com antecedência<br />

É importante comunicar aos moradores a<br />

data e o horário da atividade. Assim, quem<br />

se interessar já vai verificando que peças<br />

disponíveis em seu armário podem se<br />

enquadrar na atividade.<br />

1<br />

2<br />

Defina os tipos de peça<br />

Roupas lisas costumam dar resultados<br />

melhores, já que permitem uma<br />

customização mais versátil. No geral, as<br />

camisas mais simples são melhores. Uma<br />

calça jeans, por exemplo, vai dar um pouco<br />

mais de trabalho e pode não ser a peça<br />

ideal para uma criança.<br />

Shutterstock


Chame alguns voluntários<br />

É importante deixar a criança livre para<br />

que ela curta o momento, mas a<br />

supervisão dos adultos também é<br />

fundamental, já que a manipulação de<br />

objetos como agulhas e pistolas de cola<br />

quente pode oferecer riscos.<br />

3<br />

4<br />

Disponibilize os materiais<br />

É hora de visitar o armarinho. Coloque aí<br />

na lista: botões coloridos, retalhos,<br />

apliques, tintas, canetinha de tecido,<br />

feltros, fitas coloridas, pedrarias, elástico,<br />

cola de silicone e estêncil. Se possível, veja<br />

com os vizinhos se alguém tem alguns<br />

desses materiais sobrando e pode doar.<br />

Não se esqueça da tesoura sem ponta!<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 81


Prepare o ambiente<br />

Na hora de escolher o local, lembre-se de<br />

que a oficina pode causar um pouco de<br />

bagunça e sujeira. Você pode criar<br />

pequenas estações de trabalho em<br />

mesinhas ou mesmo em um tapete de<br />

lona.<br />

5<br />

6<br />

Deixe a imaginação correr<br />

solta<br />

Está com tudo pronto? Então, mãos à<br />

obra! Deixe as crianças livres para criar<br />

peças únicas e estilosas. Muito mais<br />

importante do que o resultado é estimular<br />

a criatividade dos pequenos.<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 82


HABEMUS<br />

CONDOMÍNIO<br />

Em meio a dúvidas e expectativas, moradores encaram<br />

primeiros passos da vida condominial<br />

Amanda Gama<br />

igas, tijolos, cimento. Andar por andar, a<br />

construção vai subindo, vai ganhando altura.<br />

Pintura, janelas, acabamentos e pronto. Está lá o<br />

edifício. As pessoas chegam, vivem e convivem. Mas<br />

em que momento desse processo o edifício se torna<br />

um condomínio?<br />

Esta é uma dúvida comum entre pessoas que<br />

compram imóveis recém-construídos ou na planta,<br />

já que implica definir qual é o momento de pagar as<br />

taxas condominiais. Curiosamente, é também nesse<br />

momento que muita gente passa a se familiarizar<br />

com o conceito de condomínio.<br />

Um levantamento recente feito pelo Secovi Rio<br />

apontou que muitos moradores de condomínios não<br />

sabem sequer que vivem em um. Isso porque é<br />

comum que se relacione o termo a um tipo de<br />

construção composta por vários blocos de<br />

apartamentos.<br />

Mas o dicionário Aurélio ajuda a esclarecer esse<br />

problema. Segundo ele, o edifício é “construção de<br />

alvenaria, madeira etc., de caráter mais ou menos<br />

permanente, que ocupa certo espaço de terreno; é<br />

geralmente limitado por paredes e teto, e serve de<br />

abrigo, moradia etc.”. Já o termo<br />

“condomínio” é definido como<br />

“domínio exercido juntamente com<br />

outrem, copropriedade”.<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 83


Parabenizamos o Secovi Rio pelos 75 anos de pioneirismo e dedicação na melhoraria<br />

da qualidade de vida da população carioca que reside e trabalha em condomínios!<br />

www.ajmartani.com.br<br />

Ao que interessa:<br />

o nascimento<br />

A largada para o nascimento do condomínio é a<br />

Assembleia Geral de Instalação (AGI). É nela que são<br />

eleitos os representantes legais e é realizada uma<br />

previsão orçamentária para a definição do rateio das<br />

despesas condominiais. Contudo, não são poucos os<br />

casos de proprietários de imóveis novos que se<br />

deparam com cobranças indevidas.<br />

Foi assim com o programador Renan Baco, que<br />

comprou um imóvel na planta em julho de 2010, no<br />

bairro de São Cristóvão. O primeiro problema foi a<br />

entrega do apartamento, que havia sido programada<br />

para dezembro de 2011 e só acabou sendo realizada<br />

em setembro de 2012.<br />

Renan conta que, em junho de 2012, logo após a<br />

inspeção da unidade, a administradora enviou a<br />

cobrança da primeira taxa condominial. Para piorar a<br />

situação, a empresa não mantinha contato com os<br />

proprietários. “Cheguei a acionar o Procon, e a<br />

construtora não compareceu. No entanto, depois<br />

entraram em contato e prosseguiram o atendimento<br />

até a entrega das chaves”, explica.<br />

Claro que, até a solução, o programador passou por<br />

um longo período de dores de cabeça. Durante todo<br />

o processo, sua maior preocupação era o<br />

financiamento do imóvel pela Caixa Econômica<br />

Federal, que é dependente da emissão do<br />

“habite-se” (uma espécie de certificado de garantia<br />

de que a obra foi realizada seguindo as normas de<br />

engenharia e arquitetura).<br />

MUITOS MORADORES<br />

DE CONDOMÍNIOS<br />

NÃO SABEM<br />

SEQUER QUE<br />

VIVEM EM<br />

UM<br />

Shutterstock<br />

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SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 84


Com o atraso, ocorreria um reajuste mensal<br />

e a demora da análise, que poderiam<br />

resultar em recusa do financiamento pela<br />

própria construtora ou na necessidade de<br />

pagamento da diferença do reajuste. Para<br />

Renan, foi uma atitude de má-fé: “Acredito<br />

que a prática seja recorrente, pois os<br />

contratos são reajustados pelo Índice<br />

Nacional de Custo da Construção (INCC).<br />

Assim, a construtora ganha esses juros.”<br />

De fato, em uma simples busca na internet,<br />

é possível encontrar diversos relatos desse<br />

tipo de prática por parte das construtoras.<br />

Em alguns casos, chega a ocorrer a<br />

instalação a partir da liberação do<br />

“habite-se”, mas sem atender a todos os<br />

critérios exigidos.<br />

A advogada Wivian Nunes, do setor<br />

jurídico do Secovi Rio, explica que o<br />

período indicado para a instalação é após a<br />

entrega das chaves. O entendimento<br />

predominante, tanto do Tribunal de Justiça<br />

do Rio de Janeiro quanto do Superior<br />

Tribunal de Justiça, é que somente a partir<br />

desse momento ocorre a transferência do<br />

bem. Ou seja, apenas quando o comprador<br />

pode desfrutar do imóvel é que ele passa<br />

a ter obrigação de pagar a taxa<br />

condominial.<br />

Mas, para que ocorra a entrega das<br />

chaves, é necessário que se passe por<br />

algumas etapas para habitabilidade do<br />

imóvel. Além da conclusão da obra e da<br />

emissão do “habite-se”, é preciso<br />

realizar a individualização das<br />

matrículas, obtenção do financiamento<br />

e/ou quitação e conferência das chaves.<br />

Wivian avalia que qualquer ato que vise<br />

cabular esse procedimento é facilmente<br />

combatido por via judicial: “Existem<br />

várias decisões judiciais que<br />

consideram nulas cláusulas impositivas<br />

da cobrança condominial e outras<br />

atreladas ao bem, antes do efetivo<br />

recebimento das chaves ou posse do<br />

imóvel.”<br />

Por isso ela recomenda que os<br />

proprietários atendam à convocação de<br />

assembleia para terem a oportunidade<br />

de apontar eventuais irregularidades,<br />

que deverão constar na ata da reunião,<br />

bem como o compromisso da<br />

construtora em sanar os problemas<br />

existentes. “Se, ainda assim, a empresa<br />

instaurar o condomínio, qualquer<br />

condômino poderá questionar por meio<br />

da via judicial”, alerta.<br />

Shutterstock


Os primeiros passos<br />

Se por um lado há quem enfrente<br />

diversos contratempos quando<br />

ingressa em um novo imóvel,<br />

felizmente, há casos em que nem<br />

tudo são espinhos. Para o servidor<br />

público Sidney Gonçalves, de 40<br />

anos, na chegada ao Condomínio<br />

Carioca Residencial, em Del Castilho,<br />

deu tudo certo. Amparado pelas<br />

informações de um amigo advogado,<br />

ele não precisou andar no escuro e<br />

dá aula: “Foi instituído em assembleia<br />

o valor do condomínio e, a partir do<br />

momento em que peguei a chave,<br />

comecei a pagar a taxa.”<br />

A chegada pode ter sido tranquila,<br />

mas a turbulência começou pouco<br />

tempo depois. Após apenas três<br />

meses no prédio, ele foi pego de<br />

surpresa pela saída do síndico eleito<br />

na AGI. Foram 20 dias em que o<br />

Carioca Residencial foi administrado<br />

pelo presidente do conselho, tempo<br />

suficiente para o servidor decidir<br />

encarar pela primeira vez os desafios<br />

de gerir um condomínio.<br />

Eleito em assembleia, Sidney assumiu<br />

o posto em abril, inteirando-se a<br />

respeito das despesas e resolvendo<br />

os problemas: “O que me levou a<br />

querer assumir o papel de síndico foi<br />

ver o condomínio em uma situação<br />

de desordem, daí achei que teria<br />

capacidade de ajudar a consertar.”<br />

Mesmo com pouquíssimo tempo de<br />

gestão, o novo síndico já aponta<br />

como uma das maiores dificuldades<br />

da atividade o combate à<br />

inadimplência. De qualquer forma,<br />

satisfeito por contar com a parceria<br />

de quem confia em seu trabalho, ele<br />

estipula que ainda levará uns dois<br />

anos para o condomínio atingir a<br />

estabilidade e “andar com as próprias<br />

pernas”. “O mais importante é<br />

conscientizar os condôminos sobre a<br />

importância de tomar decisões<br />

pensando sempre no coletivo”,<br />

finaliza.<br />

O MAIS IMPORTANTE É<br />

CONSCIENTIZAR OS<br />

CONDÔMINOS SOBRE<br />

A IMPORTÂNCIA DE<br />

TOMAR DECISÕES<br />

PENSANDO<br />

SEMPRE NO<br />

COLETIVO<br />

Shutterstock


50 ANOS PRESENTE<br />

NA CIDADE MARAVILHOSA!<br />

Uma trajetória de compromisso e qualidade com<br />

a segurança dos condomínios cariocas. Só temos a agradecer<br />

a todos os clientes e parceiros que fazem parte dessa história,<br />

EM ESPECIAL AO SECOVI PELOS SEUS 75 ANOS.<br />

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www.quatromarias.com.br • 2533-8869<br />

AJF COSTA NETO CONDOMÍNIOS E LOCAÇÕES LTDA<br />

www.ajfcostaneto.com.br • 2221-7748<br />

APSA - ADMINISTRAÇÃO PREDIAL E NEGÓCIOS<br />

IMOBILIÁRIOS S.A<br />

www.apsa.com.br • 3233-3009<br />

ART NOVA ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA<br />

www.artnova.com.br • 3222-9044<br />

ATLÂNTIDA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.atlantida-adm.com.br • 2277-9696<br />

BAP ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA<br />

www.bap.com.br • 4501-2200<br />

BCF ADMINISTRADORA DE BENS LTDA<br />

www.bcfadm.com.br • 2509-9002<br />

BERVEL EMPREENDIMENTOS LTDA<br />

www.bervel.com.br • 2212-6100<br />

BNI BANCO DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.bnionline.com.br • 2189-8484<br />

CELISA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.celisa.com.br • 2526-8350<br />

CENTRIMÓVEIS LTDA<br />

www.centrimoveis.com.br • 3978-6021<br />

CINOCRED IMÓVEIS LTDA<br />

www.cinocred.com.br • 2199-0600<br />

CIPA - PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO SA<br />

www.cipa.com.br • 2196-5000<br />

CONAC ADM DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.conacimoveis.com.br • 3797-3797<br />

CRASE-SIGMA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.crasesigma.com.br • 2525-0900<br />

EMACI EMPRESA DE ASSESSORIA A CONDOMÍNIOS<br />

E IMÓVEIS LTDA<br />

www.emaci.com.br • 2262-6767<br />

ENGEPRED ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS S/C LTDA<br />

www.engepred.com.br • 2253-4872<br />

ESTASA EMPRESA DE SERVIÇOS TÉCNICOS<br />

E ADMINISTRATIVOS LTDA<br />

www.estasa.com.br • 2323-4400<br />

FINANCIAL ADMINISTRADORA S/A<br />

www.financialadministradora.com.br • 2240-0829<br />

GRUPO IRMÃOS GUIMARÃES<br />

www.grupoirmaosguimaraes.com.br • 2509-1967<br />

IMAGEM IMOBILIÁRIA E ASSESSORIA GERAL<br />

DE EMPRESAS LTDA<br />

www.imagemimobiliaria.com.br • 3974-9200<br />

IMOBILIÁRIA CAMELO LTDA<br />

www.imobiliariacamelo.com.br • 2667-3956<br />

IMOBILIÁRIA MAUÁ LTDA<br />

www.imobiliariamaua.com.br • 2220-3065<br />

IMOBILIÁRIA SÃO CRISTÓVÃO LTDA<br />

www.isc.com.br • 2487-6262<br />

IMOBILIÁRIA ZIRTAEB LTDA<br />

www.zirtaeb.com • 3233-3500<br />

IMODATA ADMINISTRAÇÃO, COMPRA E VENDA<br />

DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.imodata.net • 2548-7494<br />

IMÓVEIS MADUREIRA ADMINISTRAÇÃO DE BENS<br />

SOC. LTDA<br />

www.imoveismadureira.com.br • 3390-1623<br />

IMOVEST ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA<br />

www.imovest.com.br • 3813-3030<br />

IMÓVIL ADMINISTRADORA DE BENS IMÓVEIS LTDA<br />

www.imovil.com.br • 2224-8901<br />

IRIGON PROGRAMAÇÕES IMOBILIÁRIAS LTDA<br />

www.irigon.com.br • 2569-2063<br />

JM ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

2524-5633<br />

JMC CONSULTORIA E ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA<br />

www.jmcadm.com.br • 2544-2224<br />

JULIO BOGORICIN IMÓVEIS RIO DE JANEIRO LTDA<br />

(MATRIZ)<br />

www.juliobogoricin.com • 2187-4050<br />

LOWNDES & SONS S/A ADMINISTRAÇÃO, CORRETAGEM E<br />

REPRESENTAÇÃO<br />

www.lowndes.com.br • 3213-3700<br />

M&S - MERCADANTE E SIMÕES<br />

www.mercadantesimoes.com.br • 2222-9457<br />

MARCA IMÓVEIS LTDA<br />

www.marcaimoveis.com • 2220-6577<br />

MARVA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.marva.com.br • 2199-1744<br />

ML ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.mlimoveis.com.br • 3861-6400


anos<br />

MM GESTÃO IMOBILIÁRIA LTDA<br />

3309-3883<br />

NOBRE FERNANDES ADMINISTRADORA DE BENS LTDA<br />

2221-4100<br />

NOVO MUNDO ADMINISTRADORA LTDA<br />

www.novomundoadm.com.br • 2217-9700<br />

PACÍFICA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.pacifica.com.br • 2518-3700<br />

PALMARES ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.palmaresadm.com.br • 3147-6666<br />

PEIMARAN ADMINISTRADORA DE BENS<br />

E SERVIÇOS LTDA<br />

2522-1528<br />

PREDIAL PRIMUS LTDA<br />

www.predialprimus.com.br • 2525-7750<br />

PRIMAR - PREDIAL RIO, MAIOR ADMINISTRADORA<br />

DE BENS LTDA<br />

www.primaradministradora.com.br • 3297-8686<br />

PRIVILEGIO INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

2543-8807<br />

PROMENADE CONSULTORIA IMOBILIÁRIA S/C LTDA<br />

www.promenade.com.br • 2106-2300<br />

PROTEL ADMINISTRADORA<br />

www.protel.com.br • 3723-5800<br />

PROTEST ADMINISTRAÇÃO E EMPREENDIMENTOS LTDA<br />

www.protest.com.br • 2525-0500<br />

QUALITY HOUSE PARTICIPAÇÃO EMPREENDIMENTOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.qualityhouse.com.br • 3816-5000<br />

QUEIROZ CONCEIÇÃO PART E EMPREENDIMENTOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.queirozconceicao.com.br • 2210-5222<br />

RT IMOBILIÁRIA E CONSULTORIA DE NEGÓCIOS LTDA<br />

www.rtimob.com.br • 3534-8438<br />

SELF IMÓVEIS LTDA<br />

www.selfadm.com.br • 3179-5700<br />

SINAI EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

www.sinai.imb.br • 3137-9000<br />

TIBURCIO RODRIGUES IMÓVEIS LTDA<br />

www.tiburciorodrigues.com.br • 3153-7540<br />

UNIDADE ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA<br />

www.unidadeadm.com.br • 2263-6273<br />

SÓCIOS SOLIDÁRIOS<br />

BASE SOFTWARE LTDA<br />

www.basesoft.com.br • 2195-0550<br />

BAULER ASSESSORIA ORGANIZACIONAL EIRELI<br />

www.bauler.com.br • (51) 2102-0305<br />

BROOKLYN ENGENHARIA<br />

www.brooklyn.com.br • 2556-3813<br />

CARVALHO HOSKEN S/A<br />

www.carvalhohosken.com.br • 3416-9327<br />

FICHA CERTA - ASSECAD BRASIL ASSESSORIA<br />

CADASTRAL LTDA<br />

www.fichacerta.com.br • 2222-4998<br />

FEDCORP CORRETORA E AGENCIADORA DE SEGUROS<br />

www.fedcorp.com.br • 2516-6001<br />

GÁS NATURAL SERVIÇOS SA<br />

www.gasnaturalfenosa.com • 3115-6800<br />

HIDROLUZ<br />

www.hidroluz.com.br • 2023-0153<br />

ITACOATIARA CONSULTORIA E CORRETAGEM DE<br />

SEGUROS LTDA<br />

2508-6237<br />

LECCA COMERCIAL LTDA<br />

www.lecca.com.br • 3824-8008<br />

MAPFRE SEGUROS GERAIS S/A<br />

www.mapfre.com.br • 3523-2802<br />

SER-TEL SERV E COM DE EQUIPAMENTOS ELET LTDA<br />

www.ser-tel.com.br • 2102-4000<br />

TECNOLOGIA ADM E CORRETORA DE SEGUROS<br />

www.tecnologiaseguros.com.br • 2215-1663<br />

Tradição e modernidade<br />

no setor da habitação<br />

www.secovirio.com.br<br />

VIVENDA CENTER PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS<br />

IMOBILIÁRIOS LTDA<br />

2224-8887<br />

XCON ADMINISTRADORA<br />

www.xcon-adm.com.br • 2524-5400


OUTROS OLHARES<br />

Os leitores da <strong>Revista</strong> Secovi Rio responderam ao nosso chamado e enviaram dicas de lugares para curtir o<br />

tempo livre. Confira!<br />

BIA FULY - RIO DE JANEIRO<br />

COSME ALEXANDRE -<br />

RIO DE JANEIRO<br />

O Museu do Amanhã é um lugar lindo para<br />

curtir com a família e amigos. Além disso, a<br />

área externa é ótima para andar de patins e<br />

passear. Entrada gratuita às terças-feiras.<br />

BRUNA TEIXEIRA - RIO DE JANEIRO<br />

O Parque Madureira é um lugar<br />

interessante por ser extenso e ter várias<br />

áreas para praticar esportes no subúrbio.<br />

A Pedra do Telégrafo é um dos lugares<br />

preferidos para fotos no Rio, graças à vista<br />

que, dependendo do ângulo, dá a ilusão de<br />

que você está em um despenhadeiro.<br />

FLÁVIA SANTOS - RIO DE JANEIRO<br />

ELAINE CORRÊA - NITERÓI<br />

A Praia de Jurujuba, em Niterói, tem 300m<br />

de extensão e fica logo após a Praia de<br />

Charitas. Tem uma orla bastante<br />

arborizada.<br />

O Castelo da Fiocruz reúne história,<br />

ciências e contato com a natureza em um<br />

lugar fantástico. A entrada é gratuita.<br />

MARCO ANTONIO MILANEZ -<br />

RIO DE JANEIRO<br />

Castelos do Açu são o segundo ponto mais<br />

alto do Parque Nacional da Serra dos<br />

Órgãos, em Petrópolis. Para chegar lá, são<br />

de três a cinco horas de trilha em um<br />

trecho de 7km de subida íngreme.<br />

NAYARA BONFIM - RIO DE JANEIRO<br />

A Ilha de Itacuruçá, entre Mangaratiba e<br />

Itaguaí, é ideal para quem quer fugir das<br />

praias agitadas. Dá para ir de barquinho do<br />

Rio de Janeiro por R$ 10.<br />

PABLO CARDOZO - NITERÓI<br />

O Parque da Cidade tem um mirante<br />

com visão panorâmica para Niterói, a<br />

Baía de Guanabara e outros pontos. Vale<br />

conhecer.<br />

SEU OLHAR NA PRÓXIMA<br />

EDIÇÃO<br />

Filhos, sobrinhos e afilhados são a<br />

sua alegria? Que tal compartilhar<br />

esse amor nas nossas páginas? Na<br />

próxima edição, a galeria Outros<br />

Olhares é dedicada às crianças. Se<br />

você quer participar, publique uma<br />

foto em modo público nas redes<br />

sociais usando a hashtag #secovirio<br />

ou envie por e-mail para<br />

imprensa@secovirio.com.br. Se<br />

preferir, encaminhe para o nosso<br />

WhatsApp pelo (21) 98547-2812.<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 92


SERVIÇOS E PRODUTOS<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 94


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