*Outubro/2018 - Referência Florestal 201
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ENTREVISTA Laura de Santis Prada, secretária-executiva do Imaflora, aponta os rumos da certificação florestal<br />
POTÊNCIA EM MOVIMENTO<br />
EQUIPAMENTOS COM TECNOLOGIA NACIONAL<br />
TRAZEM COMPETITIVIDADE PARA COLHEITA<br />
E MOVIMENTAÇÃO DE MADEIRA<br />
ANOS<br />
Power in motion<br />
Equipment made using domestic technology<br />
leads to more competitiveness in<br />
timber xx harvesting and handling<br />
Terrenos<br />
acidentados<br />
Plantio produtivo<br />
mesmo Outubro em aclives<br />
<strong><strong>201</strong>8</strong> 1
SUMÁRIO<br />
OUTUBRO <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
32<br />
PRODUTIVIDADE<br />
REQUER<br />
TECNOLOGIA<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Ivan Tomaselli<br />
14 Notas<br />
22 Biomassa<br />
24 Frases<br />
26 Entrevista<br />
32 Principal<br />
38 Especial<br />
42 Evento<br />
46 Floresta nativa<br />
50 Controle de pragas<br />
56 Feira<br />
62 Prêmio<br />
64 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
38<br />
46<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
05 Agroceres<br />
45 Carrocerias Bachiega<br />
71 D’Antonio Equipamentos<br />
76 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
11 Emex Brasil<br />
13 Engeforest<br />
53 Engtec Forest<br />
49 H Fort<br />
09 Liebherr Brasil<br />
73 Lubeco<br />
55 Mill Indústrias<br />
69 Mill Indústrias<br />
71 PD Instrumentos<br />
41 Potenza<br />
59 Rotary Ax<br />
61 Rotor Equipamentos<br />
07 Sergomel<br />
73 Termatec<br />
75 TMO<br />
04 www.referenciaflorestal.com.br
mcamkt.com.br
ANOS<br />
EDITORIAL<br />
Antecipação que<br />
vem para o bem<br />
ANTICIPATION THAT WHICH COMES IS<br />
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será cumprido e produtivo.<br />
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1<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XX • N°<strong>201</strong> • OUTUBRO <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
ENTREVISTA Laura de Santis Prada, secretária-executiva do Imaflora, aponta os rumos da certificação florestal<br />
Power in motion<br />
Equipment made using domestic technology<br />
leads to more competitiveness in<br />
timber xx harvesting and handling<br />
POTÊNCIA EM MOVIMENTO<br />
EQUIPAMENTOS COM TECNOLOGIA NACIONAL<br />
TRAZEM COMPETITIVIDADE PARA COLHEITA<br />
E MOVIMENTAÇÃO DE MADEIRA<br />
Terrenos<br />
acidentados<br />
Plantio produtivo<br />
mesmo em aclives<br />
Vamos começar falando da próxima edição? Eu sei, não é algo muito comum.<br />
Um editorial apressado que quer falar do que vem pela frente, sem<br />
focar no agora. No mínimo estranho. Mas é que a empolgação às vezes toma<br />
conta da gente e não tem como segurar. Neste mês, temos matérias muito interessantes,<br />
tratando do sucesso do manejo florestal comunitário com o uso<br />
do cumaru como fonte de renda. A importância da tecnologia para a produção<br />
de equipamentos de alto rendimento, em nossa matéria de capa. Mas, aí<br />
lembramos que neste mês também acontece o Prêmio REFERÊNCIA, e então<br />
a antecipação toma conta. Isto porque, apesar da festa acontecer no final de<br />
outubro, é na edição de novembro que revelamos os vencedores nas páginas<br />
da Revista. Empresas, pessoas e entidades que acreditam na atividade e contribuíram<br />
para o desenvolvimento do setor de base florestal. São exemplos<br />
a serem seguidos. Se depender de nós, vamos fazer o máximo possível para<br />
divulgar estas conquistas que inspiram outros. Tenha uma excelente leitura!<br />
Let’s start talking about the next edition? I know, it’s not something very<br />
common. An editorial in a hurry to see what lies ahead, without focusing on<br />
the now. At the least strange. But is the excitement that sometimes takes hold<br />
of us and there’s no way of avoiding it. This month, we have some very interesting<br />
stories, covering the success of community forest management using<br />
cumaru as a source of income. The importance of technology for the production<br />
of high-performance equipment is our cover story. But then remember<br />
that this is also the month of the Prêmio REFERÊNCIA, so that anticipation of<br />
the award takes over. This is because, despite the presentation taking place<br />
in late October, it is in the November issue that the winners are revealed in<br />
the pages of the magazine. Companies, people and entities that believe in the<br />
activity and have contributed to the development of the forest-based sector.<br />
They are examples to be followed. Let’s do the maximum possible to publicize<br />
these achievements so that they inspire others. Pleasant reading!<br />
2<br />
Entrevista com<br />
Laura de Santis Prada<br />
Implemento para<br />
o traçamento e<br />
movimentação<br />
de toras da marca<br />
Potenza<br />
O melhor da Finlândia<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XX - EDIÇÃO <strong>201</strong> - OUTUBRO <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Rafael Macedo - Editor<br />
editor@revistareferencia.com.br<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colaboração / Colaboration<br />
Patricia Munhoz<br />
Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Fabiano Mendes<br />
Fernanda Maier<br />
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Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Cartunista / Cartunist<br />
Francis Ortolan<br />
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Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
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Supervisão - Cassiele Ferreira<br />
Aline Landarin<br />
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Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
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Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
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to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
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signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
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06 www.referenciaflorestal.com.br
A combinação bruta<br />
do desempenho<br />
e tecnologia.<br />
Nos acompanhe nas redes sociais:<br />
@sergomelmecanica<br />
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Setor Industrial - Sertãozinho/SP
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
ANOS<br />
CARTAS<br />
ENTREVISTA Engenheira florestal, Fernanda Rodrigues, demonstra toda a força da Rede Mulher no Brasil<br />
A certeza de Alto Padrão está cada vez<br />
mais forte, a DENIS CIMAF tem o prazer<br />
de anunciar como representante exclusivo,<br />
a TIMBER FOREST nas regiões do:<br />
Paraná<br />
Santa Catarina<br />
Rio Grande do Sul<br />
Mato Grosso do Sul<br />
Capa da Edição 200 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de setembro de <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
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MERCADO BRASILEIRO<br />
Canadian Invasion<br />
A manufacturer of machines<br />
for clearing areas and grinding<br />
tree trunks invests heavily<br />
in the Brazilian market<br />
Ano XX • N°200 • SETEMBRO <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
REFERÊNCIA<br />
Por Cândido Martins do Nascimento - Piracicaba (SP)<br />
Parabéns pela edição de número 200. O setor merece ter uma<br />
Revista especial e com qualidade.<br />
PARABÉNS<br />
Por Maurício Bitencourt - Três Lagoas (MS)<br />
Gosto muito das reportagens da Revista. É difícil encontrar conteúdo<br />
específico para nosso setor, mesmo na internet. Parabéns a todos.<br />
OTIMISMO<br />
Por Flávia Souza de Andrade - Curitiba (PR)<br />
Olhando os dados da economia e a força do setor florestal, tenho<br />
certeza que vamos nos recuperar em breve.<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />
respeito de reportagem produzida<br />
pelo veículo.<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
CADÊ O DINHEIRO?<br />
Por Janaína Cardoso - Curitiba (PR)<br />
Li com tristeza a matéria sobre o<br />
programa do Bndes (Banco Nacional<br />
de Desenvolvimento Econômico e<br />
Social) para o clima, que iniciou este<br />
ano e já não tem mais fundos. Seria<br />
importante o banco explicar o que foi<br />
feito com o dinheiro e porque acabou<br />
tão rápido.<br />
referenciamadeira<br />
ELEIÇÕES<br />
Por Waldomiro Castro - Rolândia (PR)<br />
A economia florestal começou a crescer novamente. Espero que<br />
depois das eleições o ritmo aumente.<br />
Imagem: reprodução Foto: VisualHunt Foto: divulgação<br />
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Charge: Francis Ortolan<br />
Revista<br />
BRUNO INDUSTRIAL<br />
Marcou presença na feira Expobiomassa, destacando os<br />
Picadores Florestais<br />
Gabriel Matias, vendedor;<br />
Pedro Alberto Ilibrante e<br />
Valmir Surdi, departamento<br />
comercial da Bruno Industrial<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
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Empresa do setor de biomassa que personaliza o produto<br />
conforme a necesidade do cliente<br />
Equipe da Sutil Máquinas<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
10
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COLUNA<br />
A CAPACIDADE DO SETOR<br />
FLORESTAL DE DEFINIR<br />
ESTRATÉGIAS E INFLUENCIAR<br />
NAS DECISÕES POLÍTICAS<br />
Realização de eventos que mostrem a<br />
importância e demandas do segmento é essencial<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Esta falta de<br />
capacidade do<br />
setor florestal<br />
de influenciar<br />
é refletida nas<br />
propostas dos<br />
candidatos à<br />
Presidência da<br />
República e aos<br />
governos estaduais<br />
Aimportância de um setor é medida<br />
por vários indicadores. Podem ser<br />
indicadores econômicos, como a<br />
participação no PIB (Produto Interno<br />
Bruto) ou nas exportações,<br />
indicadores sociais, como a geração de emprego<br />
e de renda, indicadores ambientais como área<br />
florestal manejada e outros. Estes indicadores<br />
podem ser analisados considerando uma abrangência<br />
nacional, estadual ou regional. Quanto<br />
mais importante um setor maior é a possibilidade<br />
de influenciar nas decisões políticas, que<br />
são fundamentais na definição de estratégias<br />
setoriais de desenvolvimento.<br />
No passado não muito distante, a contribuição<br />
econômica, social e ambiental do setor florestal<br />
brasileiro era discutida em diversos eventos<br />
nacionais e regionais, envolvendo diferentes<br />
organizações. As discussões serviam de base<br />
para analisar a problemática setorial e propor<br />
opções para o desenvolvimento de tecnologias<br />
e de políticas para promover o desenvolvimento<br />
do setor. Entre eventos relevantes, no âmbito<br />
nacional, mencionam-se o Congresso <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro (iniciado nos anos 1960), os diversos<br />
congressos promovidos pela Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente) - Madeira Tropical em Belém<br />
e Madeira de Plantações em Curitiba (PR), nos<br />
anos 1990 e 2000.<br />
Além dos eventos técnicos-científicos, que<br />
envolviam especialistas do setor, gestores públicos,<br />
formuladores de políticas, a academia, organizações<br />
não governamentais e outros, eram<br />
realizadas regularmente feiras para apresentar<br />
ao setor florestal tecnologias inovadoras, como<br />
a Fenam de Curitiba (iniciada nos anos 1970), e<br />
a feira dedicada a indústria florestal promovida<br />
pela Abimci/ Aimex (Associação das Indústrias<br />
Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará),<br />
em Belém (PA). A análise indica que a maioria<br />
dos fóruns relevantes de discussões relacionados<br />
a estratégias e políticas para o setor florestal<br />
desapareceram. Recentemente foi realizado<br />
o XIII Congresso <strong>Florestal</strong> do Rio Grande do Sul,<br />
um dos eventos sobreviventes. O evento teve<br />
como tema a Floresta e a Amazônia. Foi um<br />
evento relevante mas não teve a capacidade<br />
de atrair um grande público e as propostas de<br />
estratégias e políticas de desenvolvimento propostas<br />
deverão ter pouco impacto.<br />
A maioria dos eventos relacionados ao setor<br />
florestal têm hoje como foco principal aspectos<br />
técnicos com uma abrangência reduzida, seja<br />
geográfica ou de tema, considerando por exemplo<br />
uso de madeira na construção, energia de<br />
biomassa, técnicas de colheita ou outros assuntos<br />
específicos.<br />
Mais importante, o setor florestal tropical<br />
foi definitivamente esquecido e o impacto foi<br />
significativo. Basta analisar a produção e as exportações<br />
de produtos de madeira tropical. As<br />
exportações de compensado, por exemplo, tiveram<br />
uma redução de mais de 90% nos últimos<br />
5 a 6 anos.<br />
O resultado da falta de uma estrutura<br />
organizada para discutir criticamente o setor<br />
florestal foi a perda da capacidade de propor<br />
ações e influenciar na definição de estratégias<br />
e de políticas de desenvolvimento. Talvez o único<br />
segmento que tenha mantido uma relativa<br />
capacidade de influenciar seja o da celulose e<br />
papel. Esta falta de capacidade do setor florestal<br />
de influenciar é refletida nas propostas dos candidatos<br />
à Presidência da República e aos governos<br />
estaduais. Em uma primeira análise não foi<br />
identificada nenhuma proposta dos candidatos<br />
envolvendo o setor florestal.<br />
12
NOTAS<br />
Paraná é líder em<br />
produção florestal<br />
O Brasil tem 9,85 milhões de ha (hectares) de florestas plantadas,<br />
sendo 75,2% de eucalipto e 20,6% de pinus, mostra o levantamento<br />
Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura <strong>201</strong>7, divulgado pelo<br />
Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A concentração<br />
está nas regiões sul e sudeste, que respondem, respectivamente,<br />
por 36,1% e 25,4% do valor da produção, impulsionadas pelo setor<br />
de florestas plantadas. O líder entre os Estados é o Paraná, com R$<br />
3,7 bilhões de valor de produção, seguido por Minas Gerais, com R$<br />
3,3 bilhões; e Santa Catarina, com R$ 1,8 bilhão. Do total de áreas<br />
plantadas, 41,9% do eucalipto estão no sudeste e 87,7% do pinus<br />
ficam no sul. Em silvicultura, o Paraná se destacou com alta de 8,6%<br />
em <strong>201</strong>7 e valor de produção de R$ 3,3 bilhões. Só em madeira para<br />
papel e celulose, a produção paranaense cresceu 15,6%, devido à<br />
ampliação do parque industrial.<br />
Foto: divulgação<br />
Manejo florestal para<br />
construção<br />
Foto: divulgação<br />
As empresas de base florestal estão acompanhando a movimentação<br />
do mercado, suprindo a demanda existente para o<br />
segmento da construção civil. E, quando houver um aumento<br />
pela procura por madeira, haverá condições de atender as indústrias<br />
que quiserem fabricar produtos de madeira engenheirada.<br />
Para atender a construção civil a madeira depende de um<br />
manejo diferente, como aponta Álvaro Scheffer Junior, presidente<br />
da Apre (Associação Paranaense de Empresas de Base<br />
<strong>Florestal</strong>), “a construção civil demanda de uma madeira mais<br />
densa, que precisa de um ciclo mais longo de manejo. É uma<br />
madeira mais estrutural”. Isso está diretamente ligado à necessidade<br />
da indústria em criar escala para a produção e, assim,<br />
fazer girar todo este sistema para transformar efetivamente a<br />
construção em madeira como uma tecnologia viável. A Abimci<br />
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />
e diversas entidades ligadas à cadeia de base florestal,<br />
madeira e construção civil estão reunidas na elaboração<br />
da norma técnica do wood frame. Além da produção de wood<br />
frame, outra oportunidade está na fabricação da CLT (Madeira<br />
Laminada Cruzada), que irá ajudar a crescer a normalização e a<br />
escala da construção com madeira no país.<br />
14
Biomas do Brasil<br />
Foto: divulgação<br />
O cerrado é o segundo maior bioma do<br />
país, estendendo-se por mais de dois milhões<br />
de quilômetros quadrados, uma área maior<br />
do que o México. Considerada uma das savanas<br />
de maior biodiversidade do planeta,<br />
apenas 34% do bioma possui cobertura florestal.<br />
Para detalhar a condição do Cerrado e<br />
de todos os biomas, o SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro), órgão vinculado ao Ministério do<br />
Meio Ambiente, está realizando um amplo<br />
levantamento, o IFN (Inventário <strong>Florestal</strong><br />
Nacional). O objetivo é conhecer a biodiversidade,<br />
saúde e vitalidade das florestas a<br />
partir da coleta de dados em campo, a cada<br />
20 km (quilômetros). “Como temos um país<br />
de dimensão continental, é um levantamento<br />
muito estratégico. Essas informações poderão<br />
ser utilizadas para o desenho de políticas de<br />
conservação e uso das florestas”, explica o diretor<br />
de Pesquisa e Informações Florestais do<br />
SFB, Joberto Freitas.<br />
ONU contra desmatamento<br />
O Pnud (Programa das Nações Unidas<br />
para o Desenvolvimento) chama atenção<br />
para os esforços do Brasil em proteger as<br />
matas. A agência da ONU (Organização das<br />
Nações Unidas) e o governo promovem com<br />
o Projeto Siderurgia Sustentável a produção<br />
do carvão vegetal oriundo somente de<br />
florestas plantas para esse fim, evitando o<br />
desmatamento. Hoje, o insumo de carvão<br />
vegetal no país, vem cerca de 90% de florestas<br />
plantadas, segundo o Ibge (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Além<br />
disso, o projeto também incentiva o manejo<br />
adequado das árvores, para reduzir as emissões<br />
de gases do efeito estufa. As florestas<br />
plantadas absorvem o dióxido de carbono<br />
presente na atmosfera, funcionando como<br />
sumidouros dessa substância que é uma das<br />
causas do aquecimento global.<br />
Foto: divulgação<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
15
NOTAS<br />
Reserva florestal extinta<br />
em Rondônia<br />
Os deputados estaduais de Rondônia votaram<br />
pela extinção da reserva florestal Soldado<br />
da Borracha, localizada na cidade de Cujubim<br />
(RO). Ao contrário do que justificou o governador<br />
na época Confúcio Moura (MDB) chegou a<br />
afirmar que a área era de domínio público, os<br />
deputados favoráveis à extinção levaram em<br />
conta a situação de 727 famílias que vivem lá<br />
e possuem títulos de terra emitidos pelo Incra<br />
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma<br />
Agrária), e também as 400 famílias que trabalham<br />
com plano de manejo na região. O governador<br />
atual, Daniel Pereira, justificou a extinção<br />
devido às dificuldades que Rondônia teria para<br />
manter as novas unidades criadas pelo antecessor.<br />
Mais dez reservas do Estado estão em pauta<br />
na assembleia.<br />
Imagem: reprodução<br />
Informação pública<br />
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />
e Recursos Naturais) torna público dados<br />
do Sisdof (Sistema de emissão de Documento<br />
de Origem <strong>Florestal</strong>). O sistema é usado para o<br />
controle de movimentação de madeira extraída<br />
em todo o país – exceto Mato Grosso e Pará que<br />
contam com sistema próprio. A partir de agora<br />
as empresas importadoras e consumidores<br />
domésticos poderão rastrear ao menos os dados<br />
inseridos no sistema sobre a origem e movimentação<br />
dos créditos de madeira, da floresta<br />
até o vendedor. O Sinaflor (Sistema Nacional de<br />
Controle da Origem dos Produtos Florestais), desenvolvido<br />
pelo próprio Ibama, promete integrar<br />
as informações de licenciamento dos planos de<br />
manejo e movimentação de madeira de todos<br />
os estados produtores, além da manutenção<br />
da transparência. A Sisdof já possui a manutenção<br />
da transparência. O prazo para adesão ou<br />
integração a esse novo sistema para todos os<br />
Estados é dezembro de <strong><strong>201</strong>8</strong>.<br />
Foto: divulgação<br />
16
Formigas cortadeiras<br />
Foto: divulgação<br />
Com a chegada da primavera, tem início<br />
uma fase singular na vida das formigas cortadeiras.<br />
É nesta época que machos e fêmeas férteis<br />
realizam a revoada para o acasalamento. Após<br />
este voo, cada fêmea fecundada inicia um novo<br />
formigueiro do qual será a rainha. Cerca de 60<br />
dias após a cópula nascem às primeiras operárias<br />
deste novo reinado. Atento a este fato, o<br />
Sindicato Rural de Paranavaí iniciou, em julho<br />
deste ano, a campanha Manejo e Controle de<br />
Formigas Cortadeiras, com a participação de entidades<br />
como Sistema Faep/Senar (PR), Emater,<br />
Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) e Adapar<br />
(Agência de Defesa Agropecuária do Paraná). O<br />
objetivo é informar os produtores para atuarem<br />
com intensidade neste momento de reprodução<br />
dos insetos para evitar maiores dores de cabeça<br />
no futuro.<br />
Intercâmbio Brasil x Japão<br />
O Cipem (Centro das Indústrias Produtoras<br />
e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso)<br />
recebeu Taiji Fujisaki, da Área de Recursos<br />
Naturais e Serviços Ecossistêmicos do governo<br />
do Japão, para mostrar detalhes sobre a origem<br />
da madeira nativa de Mato Grosso. Foram<br />
apresentadas diversas informações sobre<br />
o modelo de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável<br />
desenvolvido em Mato Grosso, demonstrando<br />
aspectos da legislação ambiental, do modelo de<br />
licenciamento e da forma de operação do setor.<br />
De acordo com Fujisaki o interesse do governo<br />
japonês está previsto no projeto Lei da Madeira<br />
Limpa – The Clean Wood Act, cujo objetivo é<br />
promover o uso e a distribuição de madeira e<br />
produtos madeireiros de árvores colhidas em<br />
conformidade com as leis do Japão e dos países<br />
de origem. No início de novembro representantes<br />
do Cipem vão participar do encontro anual<br />
do Itto (Conselho Internacional das Madeiras<br />
Tropicais), no Japão.<br />
Foto: divulgação<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
17
NOTAS<br />
Florestas secundárias<br />
ajudam biodiversidade<br />
Florestas que crescem em áreas desmatadas<br />
são importantes para a biodiversidade<br />
e o carbono na Amazônia, afirma<br />
estudo da RAS (Rede Amazônia Sustentável).<br />
Isso, porque as florestas secundárias<br />
preservam cerca de 80% da biodiversidade<br />
em comparação às florestas primárias. Para<br />
a realização do estudo foi avaliado áreas de<br />
capoeira, como são chamadas as florestas<br />
secundárias, na Amazônia Oriental, mediu<br />
o carbono e pesquisou mais de 1.600<br />
espécies de plantas, aves e besouros em<br />
59 florestas secundárias em regeneração<br />
natural e 30 florestas primárias. Os sítios<br />
de estudo estão localizados em duas regiões<br />
do Pará, nos municípios de Santarém,<br />
região oeste do Estado, e Paragominas, no<br />
nordeste paraense.<br />
Foto: Ana Cotta<br />
Clima influencia cultura<br />
do eucalipto<br />
Os efeitos para a agricultura mundial em função<br />
das mudanças climáticas estão deixando em alerta os<br />
cientistas que pesquisam a cultura do eucalipto. A planta<br />
parece forte e resistente, mas têm ocorrido casos de<br />
perda de produção em situações extremas. Para escolher<br />
as espécies que serão utilizadas em sistemas integrados<br />
é preciso estar atento às espécies mais tolerantes aos estresses<br />
bióticos e abióticos. O pesquisador José Ricardo<br />
Pezzopane, da Embrapa Pecuária sudeste, disse, depois<br />
de participar de congresso na França, que pretende procurar<br />
o Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais)<br />
- e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em<br />
Piracicaba (SP), para conhecer estudos sobre seleção de<br />
materiais mais tolerantes. No congresso, o pesquisador<br />
apresentou um trabalho que mostrou ser viável estimar<br />
a capacidade de árvores de eucalipto no sequestro de<br />
carbono da atmosfera por meio de uma simples medição<br />
do diâmetro do tronco.<br />
Foto: divulgação<br />
18
Codornada<br />
<strong>Florestal</strong><br />
O famoso evento de final de ano que reúne<br />
em Ponte Alta do Norte (SC) os principais representantes<br />
do setor florestal e biomassa está<br />
de volta. A 12ª edição da Codornada <strong>Florestal</strong><br />
promovida por Fábio Calomeno, diretor da NP<br />
Transportes, vem com tudo neste ano. “Como<br />
não tivemos a edição passada, queremos que<br />
nesta a arrecadação dos brinquedos seja recorde”,<br />
aponta o promotor da festa. O objetivo principal<br />
do evento é arrecadar brinquedos, aproveitando<br />
a proximidade do natal, para serem distribuídos<br />
a crianças carentes do município. Ao longo dos<br />
anos, além do caráter beneficente, o jantar também<br />
se tornou um ponto de encontro para o setor<br />
florestal fazer um balanço do ano e contatos para<br />
que o próximo comece quente.<br />
A edição de <strong><strong>201</strong>8</strong> vem com novidades. Serão<br />
dois dias de evento, no final de novembro. No<br />
dia 29 será servido o tradicional jantar, que tem<br />
a codorna em diferentes temperos como o prato<br />
principal. No espaço, também são apresentados<br />
equipamentos e máquinas florestais, como uma<br />
mini feira. No dia anterior, acontecerá uma experiência<br />
de campo, na Usina NP Transportes, a partir<br />
das 9h. Com máquinas em movimento, será construído<br />
um circuito pela floresta que simula todo o<br />
processo de colheita florestal, transporte de madeira<br />
e cavaco e processamento de biomassa.<br />
Foto: REFERÊNCIA Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
19
NOTAS<br />
Lista de pragas atualizada<br />
Foto: divulgação<br />
O Mapa (Ministério de Agricultura,<br />
Pecuária e Abastecimento)<br />
atualizou a lista de pragas de importância<br />
econômica de maior risco<br />
fitossanitário para as culturas agrícolas<br />
no Brasil. A lista tem o objetivo<br />
de determinar quais os produtos e<br />
tecnologias de controle que terão<br />
prioridade na análise de seus processos<br />
de registro e liberação comercial<br />
no país. Para a cultura de eucalipto<br />
e pinus a lista mostra as seguintes<br />
pragas: digitaria insularis e horizontalis,<br />
panicum maximum, brachiaria<br />
decumbens e brizantha.<br />
ALTA<br />
EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO<br />
AUMENTAM<br />
Em setembro as exportações brasileiras de agronegócio<br />
somaram US$ 8,17 bilhões, segundo dados da SRI<br />
(Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio),<br />
órgão vinculado ao Mapa (Ministério da Agricultura,<br />
Pecuária e Abastecimento). O saldo da balança<br />
comercial foi superavitário em US$ 7,1 bilhões e o<br />
agronegócio foi responsável por 42,9% das exportações<br />
totais do Brasil, somando US$ 19,06 bilhões no mês.<br />
No acumulado do ano, as exportações atingiram US$<br />
73,98 bilhões, com incremento de 3,6% em relação aos<br />
US$ 73,98 bilhões do mesmo período em <strong>201</strong>7.<br />
OUTUBRO <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
PRODUÇÃO DE PINUS NÃO<br />
ACOMPANHA DEMANDA<br />
Estudo da Forest2Market do Brasil mostra que há um<br />
desequilíbrio entre a produção de pinus e a demanda<br />
por toras da matéria-prima no país. Com os sinais de<br />
recuperação da economia, há mais procura para as<br />
indústrias madeireira, paineleira e de papel e celulose,<br />
mas os maciços florestais não dão sinais de que acompanharão<br />
o ritmo do consumo. A produção de pinus<br />
se manteve estável nos últimos quatro anos e a demanda<br />
cresceu cerca de 15,4%, também se observou<br />
um aumento nos preços de toras de pinus na classe<br />
de diâmetro mais procurada no mercado (18 a 25<br />
cm), que aumentaram quase 10% nos últimos quatro<br />
trimestres.<br />
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20
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Foto: divulgação<br />
O<br />
Desafio Carvão Vegetal Sustentável vai<br />
selecionar projetos de inovação com soluções<br />
para otimizar os finos de carvão<br />
vegetal na cadeia de produção do aço da<br />
ArcelorMittal Brasil. A ideia é que as empresas<br />
desenvolvam soluções em, pelo menos, uma das<br />
frentes: atuação nas variáveis do processo para redução<br />
da geração de finos; aumento da confiabilidade na medição<br />
de finos; e uso dos finos para a criação de coprodutos<br />
de maior valor agregado. Os finos são um coproduto<br />
indesejado da produção do aço e que é originado da degradação<br />
do carvão vegetal ao longo do processo até o<br />
abastecimento dos alto-fornos. Durante a produção, manuseio<br />
e o transporte do carvão vegetal, o produto sofre<br />
degradações físicas. Aas partículas, denominadas finos de<br />
carvão, representam perdas para o processo. Um comitê<br />
de avaliação, composto por especialistas da ArcelorMittal<br />
Brasil e do Senai, fará a seleção das ideias de até oito startups.<br />
Cada proposta receberá o valor máximo de R$ 250<br />
mil e deverá ser desenvolvido em até seis meses.<br />
Foto: arquivo<br />
Consumo de<br />
BIOELETRICIDADE<br />
P<br />
rodução de bioeletricidade no país entre janeiro e<br />
setembro foi quase duas vezes o consumo energético<br />
do Paraguai em <strong>201</strong>7, sendo que comercializou 20.488<br />
GWh no Sistema Interligado do Nacional. Oferta<br />
ajudou a economizar 14% de água dos reservatórios<br />
do SE/CO, segundo especialistas. Os dados são de um novo levantamento<br />
feito pela Única (União da Indústria da Cana-de-açúcar),<br />
com base em dados preliminares da Câmara de Comercialização de<br />
Energia Életrica. De acordo com as informações, o volume deste ano<br />
é 9% superior ao mesmo período do ano passado, a análise também<br />
indica que essa bioeletrecidade produzida no país para a rede equivale<br />
a quase duas vezes o consumo de energia elétrica no Paraguai<br />
em <strong>201</strong>7. Em setembro, a bioeletricidade da biomassa ofertada para<br />
a rede representou 7,1% do consumo nacional de energia elétrica,<br />
ou o equivalente a 28% do volume gerado pelo Estado de São Paulo.<br />
22
REVISTA REFERÊNCIA,<br />
HÁ VINTE ANOS<br />
CRESCENDO JUNTO COM<br />
O SETOR MADEIREIRO<br />
E FLORESTAL<br />
edição 01 edição 200
FRASES<br />
Foto: divulgação<br />
FRASES<br />
“A maioria das pessoas<br />
desconhece que as cidades têm<br />
impactos invisíveis em florestas<br />
distantes de onde vivem. As<br />
commodities que consumimos<br />
podem ser responsáveis pela<br />
destruição de florestas. E os<br />
benefícios que as florestas<br />
proporcionam às cidades também<br />
são subvalorizados”<br />
Explica Frances Seymour, membro<br />
sênior do World Resources Institute<br />
“Cada indústria produtora de etanol<br />
consome em média de 15 a 20 mil<br />
hectares (ha) de floresta, ou seja,<br />
para cinco novas plantas serão 100<br />
mil ha, o que equivale a 500 mil ha<br />
apenas para atender a demanda da<br />
indústria de etanol de milho”<br />
Afirma o presidente da Arefloresta (Associação de<br />
Reflorestadores de Mato Grosso), Glauber Silveira<br />
“O carvão produzido a partir das<br />
florestas plantadas apresenta<br />
melhor qualidade, com uso<br />
de processos adequados, (o<br />
insumo) rende mais com a<br />
mesma quantidade de madeira”<br />
Afirma a gerente interina de projetos do Pnud no<br />
Brasil, Saenandoah Dutra, sobre como o investimento<br />
em tecnologias de produção sustentável do carvão<br />
vegetal traz ganhos para a indústria<br />
“A queda no desmatamento, sobretudo na Amazônia e no<br />
Cerrado, trouxe grandes resultados para o cumprimento das<br />
metas estabelecidas para o Brasil. Os resultados alcançados<br />
na Amazônia - queda de 12% no ano passado - foram<br />
significativos. Nos últimos dois anos, no setor florestal, a<br />
redução foi de mais de dois bilhões de toneladas, o que<br />
contribuiu para o cumprimento do acordo”<br />
Revela o Ministro do Meio<br />
Ambiente, Edson Duarte,<br />
sobre o Acordo de Paris<br />
24
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ENTREVISTA<br />
Valorizar a<br />
floresta é o<br />
CAMINHO<br />
Valuing the forest<br />
is the way<br />
A<br />
certificação florestal surgiu como ferramenta para combater<br />
o radicalismo ambiental. Para evitar a progressão<br />
do desmatamento, na década de 90, entre as soluções<br />
mais aceitas na época era que a floresta nativa teria<br />
que ser intocada e mais, ninguém deveria comprar produtos madeireiros.<br />
Com um discurso muito mais ponderado, o FSC (Forest<br />
Stewardship Council) definiu padrões para a exploração sustentável<br />
dos recursos naturais. Enquanto isto, o segmento de floresta plantada<br />
brasileiro já nascia com a consciência destes preceitos e se adaptou<br />
rapidamente ao novo modelo de negócios. Agora o momento<br />
é de unir iniciativas, o que também depende de política de Estado<br />
para incrementar os ganhos com a certificação. Acompanhe a entrevista<br />
exclusiva com Laura de Santis Prada, secretária-executiva<br />
do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação <strong>Florestal</strong> e Agrícola),<br />
que detalha o que vem a seguir.<br />
F<br />
orest certification emerged as a tool for combating<br />
environmental radicalism. To prevent the progression of<br />
deforestation, in the 1990s, amongst the more accepted<br />
solutions at the time was that the native forest should be<br />
kept untouched and more, no one should buy wood products. With<br />
a much more thoughtful approach, the Forest Stewardship Council<br />
(FSC) set out standards for the sustainable exploitation of natural resources.<br />
Meanwhile, the Brazilian planted forest segment was already<br />
born with the awareness of these precepts and quickly adapted to the<br />
new business model. Now is the time to unite initiatives, which very<br />
much depends on state policy to boost the gains from certification.<br />
Read the exclusive interview with Laura de Santis Prada, Executive<br />
Secretary of the Institute of Forest and Agricultural Management and<br />
Certification (Imaflora), who outlines what comes next.<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Laura de<br />
Santis Prada<br />
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />
São Paulo (SP), em 15 de dezembro de 1973<br />
December 15, 1973, São Paulo (SP)<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Secretária-executiva do Imaflora, presidente do board da<br />
SAN (Susteninable Agriculture Network) e membro do comitê<br />
diretor do TFA (Tropical Forest Alliance)<br />
Executive Secretary for the Forest and Agricultural Management<br />
and Certification Institute (Imaflora), Vice President<br />
of the Board and General Assembly of the Sustainable<br />
Agriculture Network (SAN), and a member of the Steering<br />
Committee of the Tropical Forest Alliance 2020 (TFA)<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Engenheira Agrônoma<br />
Agronomic Engineering<br />
26
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 27
28<br />
ENTREVISTA
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 29
30<br />
ENTREVISTA
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 31
PRINCIPAL<br />
Produtividade requer<br />
tecnologia e<br />
ATENDIMENTO<br />
ESPECIAL<br />
Fotos: divulgação<br />
Potenza fornece garras para movimentar e traçar toras,<br />
além de rotatores com alta tecnologia desenvolvidos a<br />
partir de estudos de mercado e pesquisas<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
Productivity requires<br />
technology and special<br />
service<br />
Potenza provides grapples to saw<br />
and handle logs, in addition to<br />
high-tech rotators, developed from<br />
market studies and surveys<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
33
34<br />
PRINCIPAL
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 35
36
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 37
ESPECIAL<br />
É possível plantar em<br />
terreno acidentado e<br />
MANTER A<br />
PRODUTIVIDADE<br />
Fotos: divulgação<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
Nestas condições, a maior preocupação está<br />
relacionada com a proteção do solo, mais suscetível<br />
a ação das chuvas<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
39
40<br />
ESPECIAL
EVENTO<br />
Finlândia<br />
mostra o que<br />
tem de<br />
MELHOR<br />
FinnMetko <strong><strong>201</strong>8</strong>, mais importante feira<br />
do país, mostra indústria preocupada<br />
em atender demanda do mercado de<br />
prestadores de serviços<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Tapio Hirvikoski<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
43
44<br />
EVENTO
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 45
FLORESTA NATIVA<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
CUMARU é fonte de<br />
renda em manejo<br />
COMUNITÁRIO<br />
NO PARÁ<br />
Projeto aproximou comunidade na região<br />
de Calha Norte que ganhou multinacional<br />
como cliente<br />
Fotos: divulgação<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
47
48<br />
FLORESTA NATIVA
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 49
CONTROLE DE PRAGAS<br />
MANEJO DE FORMIGAS EM<br />
QUALQUER<br />
CONDIÇÃO<br />
Mecanização na dispersão de iscas formicidas<br />
alcança mais produtividades em períodos de<br />
grande umidade<br />
Fotos: Combate Serviços Florestais<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 51
52<br />
CONTROLE DE PRAGAS
Equipamentos<br />
para Colheita<br />
<strong>Florestal</strong><br />
Mecanizada<br />
ENGTEC<br />
FOREST<br />
Qualidade inconfundível!<br />
R<br />
Coroa de tração para diversos modelos<br />
de garra traçadora e Harvester<br />
Qualidade<br />
e resistência<br />
alta tecnologia<br />
A ENGTEC desenvolve e produz<br />
uma variedade de modelos de<br />
sabres: 45’’, 48’’, 52’’, 56’’, 60’’,<br />
63’’, 65’’, 66’’, 68’’ e 70’’<br />
Ponteira reforçada com<br />
rolamento<br />
controle<br />
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Fones: (14) 9 9166-0920 | (14) 3841-3454<br />
E-mail: thiago@engtecforest.com.br<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
53
CONTROLE DE PRAGAS
FEIRA<br />
Biomassa no centro das<br />
ATENÇÕES<br />
Fotos: Matheus Vasques/ Grupo FRG e REFERÊNCIA<br />
Congresso e feira mostram as tendências do<br />
mercado de energia verde e as tecnologias<br />
mais recentes para a indústria<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
57
58<br />
FEIRA
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 59
60<br />
FEIRA
Pioneira em<br />
mÁquinas e peças<br />
Florestais seminovas<br />
Fone: 41-3628-1583 | Cel: 41-98414-6053/ 41-98417-9271<br />
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Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
61
PRÊMIO<br />
PRÊMIO<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
Neste mês acontece o PRÊMIO REFERÊNCIA,<br />
evento em que são apresentados os 10<br />
destaques do ano<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 63
Fotos: Combate Serviços Florestais<br />
ARTIGO<br />
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE<br />
PROJETOS DE FLORESTAMENTO<br />
COM EUCALYPTUS GRANDIS<br />
HILL EX MAIDEN<br />
IMPLANTADO<br />
SOB DIFERENTES<br />
ESPAÇAMENTOS<br />
64
Foto: divulgação<br />
JUAREZ IENSEN PEDROSO FILHO<br />
JUAREZ IENSEN PEDROSO FILHO<br />
LEONARDO JOB BIALI<br />
PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL, FACULDADE DE<br />
TECNOLOGIA, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, CAMPUS UNIVERSITÁRIO DARCY RIBEIRO (DF)<br />
PAULO RENATO SCHNEIDER E JORGE ANTONIO DE FARIAS<br />
PROFESSORES DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS, CENTRO DE CIÊNCIAS<br />
RURAIS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (RS)<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
65
66<br />
ARTIGO
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 67
68<br />
ARTIGO
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong> 69
70<br />
ARTIGO
Disco de corte para Feller<br />
• Discos de corte com encaixe para<br />
utilização de até 18 ferramentas<br />
• Diâmetro externo e encaixe central<br />
de acordo com o padrão da máquina<br />
Detalhe de encaixe para<br />
ferramentas de 4 lados<br />
• Discos de corte para Feller<br />
conforme modelo ou amostra<br />
• Discos especiais<br />
• Pistões hidráulicos<br />
(fabricação e reforma)<br />
• Usinagem de médio e grande porte<br />
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Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />
Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />
dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />
D’Antonio Equipamentos<br />
Mecânicos e Industriais Ltda<br />
Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
71
AGENDA<br />
AGENDA<strong><strong>201</strong>8</strong>/<strong>201</strong>9<br />
OUTUBRO<br />
<strong><strong>201</strong>8</strong><br />
Imagem: reprodução<br />
V Enpi (Encontro de Pesquisa e Inovação da<br />
Embrapa Agroenergia)<br />
9 e 10<br />
Brasília (DF)<br />
www.embrapa.br/enpi<strong><strong>201</strong>8</strong><br />
OUTUBRO<br />
<strong><strong>201</strong>8</strong><br />
OUT<br />
<strong><strong>201</strong>8</strong><br />
CONGRESSO ABTCP 2O18<br />
Dos dias 23 a 25 de outubro acontece o Congresso Abtcp<br />
em São Paulo. Os temas do evento serão centralizados aos<br />
seguintes tópicos: Biorrefinarias e Bioeconomia, Celulose,<br />
Papel, Tissue, Bioprocessos e Biotecnologia, <strong>Florestal</strong>,<br />
Recuperação Química e Energia, Nanociência e Nanotecnologia,<br />
Automação e Indústria 4.0. Todos serão abordados<br />
de forma interdisciplinar, sendo que outros temas também<br />
poderão ser considerados, como tecnologias de manutenção<br />
e fabricação.<br />
Expoflorestal<br />
10 a 12<br />
Guadalajara (México)<br />
https://expoforestal.mx/<strong><strong>201</strong>8</strong>/es<br />
OUTUBRO<br />
<strong><strong>201</strong>8</strong><br />
Imagem: reprodução<br />
Congresso Abtcp 218<br />
23 a 25<br />
São Paulo (SP)<br />
www.abtcp<strong><strong>201</strong>8</strong>.org.br<br />
MAI<br />
<strong>201</strong>9<br />
LIGNA HANNOVER<br />
O evento ocorre na Alemanha em maio de <strong>201</strong>9. A Ligna<br />
expõe toda a cadeira de produção madeireira: desde<br />
a devastação e o processamento da madeira até a produção<br />
industrial de produtos da madeira e tecnologias<br />
inovadoras de tratamento da madeira.<br />
72
AGENDA<strong><strong>201</strong>8</strong>/<strong>201</strong>9<br />
V Cbra (Congresso Brasileiro de<br />
Reflorestamento Ambiental)<br />
06 a 08<br />
Vitória (ES)<br />
www.reflorestamentoambiental.com.br<br />
NOVEMBRO<br />
<strong><strong>201</strong>8</strong><br />
MAIO<br />
<strong>201</strong>9<br />
LUBECO®<br />
2001<br />
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vegetais, o óleo Lubeco 2001<br />
torna-se ideal para uso no<br />
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Ligna Hannover<br />
27 a 31<br />
Hannover (Alemanha)<br />
www.ligna.de<br />
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<strong>201</strong>9<br />
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e-mail: termatec.guaiba@hotmail.com Outubro <strong><strong>201</strong>8</strong><br />
73
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
A crise dos<br />
CONCORRENTES<br />
Por Fabio Mestriner,<br />
Professor de Pós-Graduação na Escola de<br />
Engenharia Mauá e do MBA de Marketing<br />
da Fundace USP<br />
Em meio a crise empresas<br />
podem arruinar os setores<br />
que fazem parte no<br />
desespero por salvação<br />
Acrise por que passou nosso país é séria, a mais<br />
grave que já tivemos. Mas toda crise tem começo,<br />
meio e fim, por isso, entramos agora em um período<br />
de árdua e lenta recuperação, pois os indicadores<br />
econômicos pararam de piorar e começam a<br />
apresentar números positivos, ainda que modestos. Mas o custo<br />
foi alto, muitos perderam o emprego, empresas fecharam as portas<br />
e outras ficaram seriamente debilitadas.<br />
São conclusões simples, fruto de observação e bom senso. Vi<br />
tudo isso acontecer com diversas empresas, inclusive empresas<br />
que iam bem e de repente começaram a sofrer os efeitos do que<br />
vou chamar de “Crise dos concorrentes”, expressão que tomei de<br />
empréstimo de uma excelente dirigente que assim se referiu aos<br />
concorrentes desesperados dispostos a arruinar os setores onde<br />
atuam para tentar se salvar, sem refletir um minuto sequer sobre<br />
os motivos de estarem na situação em que se encontram.<br />
É comum em tempos como este que estamos vivendo, ver<br />
empresas fazendo ofertas inacreditáveis, promoções destrambelhadas<br />
e preços abaixo do custo. Quem já não viu isso acontecer<br />
e ficou se perguntando, como conseguem, se fazendo os cálculos<br />
do que estão oferecendo, a conta não fecha? A resposta é a seguinte:<br />
Falta de estratégia e desespero. A ação de concorrentes<br />
desesperados que atuam de forma inconsequente destruindo o<br />
valor de categorias inteiras é uma das piores ameaças que aparecem<br />
em tempos de crise e são as mais difíceis de enfrentar, pois<br />
ofendem a lógica dos negócios e são sempre imprevisíveis.<br />
Portanto, além de fazer a lição de casa, enxergar claramente<br />
o cenário e tomar providências a tempo, mantendo o foco na<br />
gestão intensiva do negócio da empresa, os gestores precisam<br />
também, olhar com atenção para a crise dos concorrentes e<br />
atuar para minimizar seus efeitos já que evitá-los, nem sempre é<br />
possível.<br />
Nossa recomendação neste caso é simples e direta. Precisamos<br />
proteger a cadeia de negócios do setor onde atuamos, pois<br />
em todos os setores, os negócios acontecem como resultado da<br />
ação de uma cadeia que une no mesmo processo compradores<br />
e vendedores. Todos os integrantes de uma mesma cadeia precisam<br />
cooperar para que ela mantenha seu valor mesmo em tempos<br />
difíceis, pois este é o único caminho seguro para atravessar a<br />
tempestade.<br />
Não deixem que a crise dos concorrentes afete seus negócios,<br />
saiba distinguir claramente quem atua para construir e<br />
agregar valor ao setor e aqueles que agem destrutivamente para<br />
se salvar mesmo comprometendo os resultados de todos. Prefiram<br />
como parceiros empresas confiáveis comprometidas com a<br />
prosperidade do setor e afastem-se daqueles, cuja conduta em<br />
tempos de crise muda radicalmente de uma hora para a outra,<br />
baixando preços de insumos e de seus produtos finais, pois não<br />
existem fórmulas mágicas nesta hora, só a conduta sensata, correta<br />
e responsável pode construir algo de bom, principalmente<br />
em cenários desafiadores como os que estamos enfrentando<br />
hoje no Brasil.<br />
74
CABEÇOTES<br />
Tração 4x4<br />
A TMO está sempre em busca das melhores parcerias para oferecer as melhores soluções para o<br />
mercado florestal. Desta maneira, nos juntamos com a empresa Waratah para oferecer cabeçotes<br />
harvester com capacidade de corte acima de 620 mm completando a nossa linha de soluções<br />
florestais em corte, desgalhe e processamento de madeira.<br />
H414<br />
1.100 kg / 2.425 lb.<br />
Peso (Sem Rotator e Ligação)<br />
28 MPa / 4.061 psi<br />
Requisitos Hidráulicos Máximos<br />
610 mm / 24,0 pol<br />
Abertura de Desgalhe Superior Máxima<br />
640 mm / 25,2 pol<br />
Abertura Máxima do Rolo de Alimentação<br />
620 mm / 24,4 pol<br />
Capacidade Máxima de Corte<br />
17-22 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
16-21 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
H415<br />
1.330 kg / 2.932 lb.<br />
Peso (Sem Rotator e Ligação)<br />
28 MPa / 4.061 psi<br />
Requisitos Hidráulicos Máximos<br />
680 mm / 26,8 pol<br />
Abertura de Desgalhe Superior Máxima<br />
680 mm / 26,8 pol<br />
Abertura Máxima do Rolo de Alimentação<br />
750 mm / 29,5 pol<br />
Capacidade Máxima de Corte<br />
18-25 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
20-25 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
www.tmo.com.br • tmo@tmo.com.br<br />
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Cia Olsen de Tratores Agro Industrial<br />
Caçador - SC • 49 3561-6000
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