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*Novembro/2018 - Referência Florestal 202

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Novembro <strong>2018</strong> 1


SUMÁRIO<br />

NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />

26<br />

FLORESTA<br />

CONECTADA<br />

CARGA SEGURA<br />

NÓS INVENTAMOS O CONCEITO<br />

AS CÓPIAS NUNCA<br />

SUPERAM AS ORIGINAIS<br />

• Tecnologia exclusiva de solda, o item mais<br />

importante do equipamento<br />

• Há 10 anos no mercado brasileiro<br />

• Qualidade comprovada por quem concede um ano<br />

de garantia<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Ivan Tomaselli<br />

14 Notas<br />

18 Biomassa<br />

19 Frases<br />

20 Entrevista<br />

26 Principal<br />

32 Especial<br />

38 Ilpf<br />

44 Madeira nativa<br />

48 Pragas<br />

54 Prêmio REFERÊNCIA<br />

64 Artigo<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

32<br />

54<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

07 Agroceres<br />

37 Carrocerias Bachiega<br />

35 CBI do Brasil<br />

73 D’Antonio Equipamentos<br />

76 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

05 Emex Brasil<br />

11 Engeforest<br />

69 H Fort<br />

51 Lion Equipamentos<br />

68 Mill Indústrias<br />

71 Mill Indústrias<br />

73 PD Instrumentos<br />

47 Potenza<br />

41 Rotary Ax<br />

43 Rotor Equipamentos<br />

09 Sergomel<br />

75 TMO<br />

53 Valfer Ferramentas<br />

13 Woodtech<br />

REPRESENTANTE EXCLUSIVA EXTE NO BRASIL<br />

ALAMEDA MERCÚRIO, 98<br />

AMERICAN PARK - INDAIATUBA/SP<br />

+55 (19) 3935.1970 / (19) 3935.2031<br />

EMEX@EMEXBRASIL.COM.BR | WWW.EXTE.SE<br />

WWW.EMEXBRASIL.COM.BR<br />

8<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


ANOS<br />

EDITORIAL<br />

O jogo virou<br />

THE GAME HAS TURNED<br />

AROUND<br />

Independente das opiniões políticas, o fato é que a consumação<br />

de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil elevou o<br />

ânimo do setor produtivo. Naturalmente que as ações do presidente<br />

eleito terão impacto, por isto é imprescindível que ele<br />

acerte, principalmente, logo na saída. Mas sem dúvida, a maré<br />

está mais favorável. Está previsto para sair do papel, ainda este<br />

ano, o Plano Nacional de Florestas Plantadas, produzido pelo<br />

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que ouviu<br />

o setor para a elaboração do mesmo. Portanto, traz grande<br />

expectativa quanto à introdução de políticas de incentivo e desburocratização<br />

da área. Estes assuntos, inclusive, foram tema<br />

de discursos feitos durante a entrega do Prêmio REFERÊNCIA<br />

<strong>2018</strong>, em cerimônia realizada em Curitiba. Este otimismo eleva<br />

nossos espíritos e nos estimula a fazer mais e melhor. Tenha<br />

uma excelente leitura!<br />

Regardless of political opinions, the fact is that the election<br />

of Jair Bolsonaro as President of Brazil has raised the morale<br />

of the Brazilian Productive Sector. Of course, the actions of the<br />

President-elect will have an impact, for it is imperative that he<br />

gets it right, mainly, right from the start. But without doubt,<br />

the tide is more favorable. Later this year, the National Plan for<br />

Planted Forests, produced by the Ministry of Agriculture, Livestock,<br />

and Supply, is forecast to be put into action, after hearing<br />

the Sector during its preparation. Therefore, there is a large<br />

expectation regarding the introduction of incentive policies and<br />

reduced bureaucracy in the area. Inclusively, these issues were<br />

the subject of discussions during the <strong>2018</strong> Prêmio REFERÊNCIA<br />

presentation ceremony held in Curitiba. This optimism lifts up<br />

our spirits and encourages us to do more and better. Have a<br />

pleasant read!<br />

2<br />

A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />

A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />

fazendo o seu investimento render muito mais!<br />

Ligue para 19 3802.2742 e agende uma Demonstração!<br />

Agende uma demonstração<br />

19 3802.2742<br />

Entrevista com<br />

Manoel de Freitas<br />

1<br />

DENISCIMAF.com<br />

A composição de imagens da<br />

capa desta edição mostram<br />

três soluções da Woodtech<br />

para a Floresta 4.0<br />

Produtividade<br />

do animal<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XX • N°<strong>202</strong> • NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />

ENTREVISTA História de Manoel de Freitas, um dos grandes nomes da Engenharia <strong>Florestal</strong> Brasileira<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

<strong>2018</strong><br />

Conheça os<br />

destaques do ano<br />

GESTÃO FLORESTAL 4.0<br />

EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE MADEIRA<br />

ANTECIPAM O MODELO DE NEGÓCIO<br />

FLORESTAL DO FUTURO<br />

Forest<br />

management 4.0<br />

Equipment for timber measurement<br />

anticipates the forest business<br />

model of the future<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XX - EDIÇÃO <strong>202</strong> - NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colaboração / Colaboration<br />

Patricia Munhoz<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Supervisão - Cassiele Ferreira<br />

Aline Landarin<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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Agende uma demonstração<br />

DENISCIMAF.com<br />

ANOS<br />

CARTAS<br />

ENTREVISTA Laura de Santis Prada, secretária-executiva do Imaflora, aponta os rumos da certificação florestal<br />

A combinação bruta<br />

A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />

A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />

fazendo o seu investimento render muito mais!<br />

Ligue para 19 3802.2742 e agende uma Demonstração!<br />

Capa da Edição 201 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de outubro de <strong>2018</strong><br />

19 3802.2742<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XX • N°201 • OUTUBRO <strong>2018</strong><br />

Power in motion<br />

Equipment made using domestic technology<br />

leads to more competitiveness in<br />

timber xx<br />

harvesting and handling<br />

POTÊNCIA EM MOVIMENTO<br />

EQUIPAMENTOS COM TECNOLOGIA NACIONAL<br />

TRAZEM COMPETITIVIDADE PARA COLHEITA<br />

E MOVIMENTAÇÃO DE MADEIRA<br />

Terrenos<br />

acidentados<br />

Plantio produtivo<br />

mesmo em aclives<br />

do desempenho<br />

e tecnologia.<br />

EXPECTATIVA<br />

Por Ângelo Segundo de Castro - Rio Negrinho (SC)<br />

Gostaria de saber se existem planos para o setor do agronegócio<br />

que já foram divulgados pelo novo Presidente.<br />

Resposta: Boa sugestão. Vamos atrás disto e se houver informações<br />

faremos uma reportagem sobre o assunto.<br />

PARABÉNS<br />

Por Claudio Hatschbach - Curitiba (PR)<br />

A diretoria da Tecnovapor parabeniza-os pelo evento<br />

realizado. Expressamos elogios pela organização.<br />

OTIMISTA<br />

Por Carina Oleskovicz - São Paulo (SP)<br />

Acho que os próximos anos serão muito produtivos para o setor. Como engenheira<br />

florestal penso que seja importante aproveitarmos as mudanças de governo para<br />

fortalecer a participação da nossa atividade no agronegócio.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />

respeito de reportagem produzida<br />

pelo veículo.<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

referenciamadeira<br />

REFERÊNCIAS<br />

Por Daniel Pscheidt - Curitiba (PR)<br />

Mais uma vez gostaríamos de parabenizá-los pelo evento, essa iniciativa além<br />

de promover a integração das empresas dos mais diversos setores da madeira<br />

motiva todos a estarem sempre evoluindo.<br />

FLORESTA TEM VALOR<br />

Por Cristina Albuquerque -<br />

Belém (PA)<br />

Muito boa a entrevista com Laura<br />

Prada do Imaflora. Concordo que<br />

temos que aumentar a certificação<br />

e aliar com a produção. Só assim<br />

manteremos as florestas em pé e<br />

gerando recursos.<br />

Foto: divulgação Foto: REFERÊNCIA Foto: divulgação<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

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Nos acompanhe nas redes sociais:<br />

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sergomel.com.br<br />

sergomel@sergomel.com.br<br />

+55 16 3513 2600<br />

Av. Marginal José Osvaldo Marques, 1620<br />

Setor Industrial - Sertãozinho/SP<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


BASTIDORES<br />

Charge<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

Revista<br />

BEIRA-MAR<br />

Tivemos o prazer de visitar o litoral catarinense para conversar com o Ricardo Righetti, gerente da filial da<br />

Woodtech no Brasil. Com tempo chuvoso não deu praia em Itapema, mas o que valeu foi o bom papo.<br />

Ricardo Righetti, gerente da<br />

filial da Woodtech no Brasil,<br />

na sede da empresa<br />

Ricardo Righetti ao lado de<br />

Rafael Macedo, editor da<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

AS FLORESTAS TROPICAIS<br />

CONTINUARÃO A SER<br />

MANEJADAS PARA PRODUÇÃO<br />

DE MADEIRA?<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

TECNOLOGIA E PRECISÃO EM MEDIÇÃO DE VOLUME<br />

Mais de 10 milhões de caminhões medidos<br />

Instalações na América do Sul, EEUU, Europa e Austrália<br />

Empresas que trabalham com madeira<br />

tropical são obrigadas a direcionar boa parte<br />

de seus recursos somente para comprovar<br />

legalidade e acessar mercados<br />

Foto: divulgação<br />

20 instalações no Brasil<br />

Medições 100% rastreáveis<br />

Por que a<br />

certificação falhou<br />

nessas empresas<br />

europeias<br />

operando na<br />

África?<br />

S<br />

ustentabilidade e legalidade têm<br />

sido cada vez mais importantes<br />

para o comércio de madeiras tropicais.<br />

Estes aspectos são parte dos<br />

acordos de comércio envolvendo<br />

diversos países, como é o caso do recente acordo<br />

de comércio firmado entre o Canadá, EUA<br />

(Estados Unidos da América) e México. Nele é<br />

destacada a contribuição das florestas manejadas<br />

para a melhoria ambiental global e o papel<br />

fundamental das florestas na prestação de serviços<br />

ecossistêmicos. O acordo também trata do<br />

combate ao comércio ilegal de madeiras.<br />

É bom lembrar, no entanto, que os compradores<br />

e usuários de produtos de madeira não<br />

estão apenas considerando a sustentabilidade e<br />

a legalidade. Eles também querem um produto<br />

confiável, de qualidade e competitivo. O grande<br />

foco atual na sustentabilidade e legalidade está,<br />

aparentemente, criando muita confusão e custos<br />

adicionais de transação.<br />

Existem diversas iniciativas como o EU Flegt,<br />

o US Lacey Act, o Australian Logging Prohibition<br />

Act e mais recentemente o Act on Promotion<br />

of Use and Distribution of Legally- Harvested<br />

Wood and Wood Products do Japão. Cada uma<br />

das iniciativas tem diferentes conceitos de legalidade.<br />

Adicionalmente, existem as definições<br />

dos diferentes esquemas de certificação, como<br />

o FSC e o Pefc. Isto tem obrigado aos produtores<br />

e exportadores de madeira a investir tempo e<br />

recursos para garantir acesso ao mercado. Cada<br />

vez menos o investimento busca melhorar a<br />

qualidade e a competitividade dos produtos.<br />

Como resultado, o mercado para madeira<br />

tropical está em declínio. A madeira tropical<br />

tem sido substituída nos grandes mercados por<br />

produtos de engenheirados, produzidos com<br />

espécies locais. Esta substituição tem afetado a<br />

indústria de madeiras tropicais no Brasil e em<br />

outros países.<br />

Recentemente empresas europeias operando<br />

na África foram afetadas. O grupo francês<br />

Rougier, por exemplo, entrou com pedido de falência<br />

nos Camarões, alegando falta de competitividade<br />

devido a problemas logísticos e do sistema<br />

de tributação. Este grupo manejava mais<br />

de 2,3 milhões de ha (hectares) de florestas na<br />

África e administra sete fábricas que empregam<br />

mais de três mil trabalhadores no Gabão, Camarões,<br />

República do Congo e República Centro-<br />

-Africana. Fundado em 1923, o Grupo Rougier é<br />

líder em madeira tropical africana certificada.<br />

Outras empresas europeias também diminuíram<br />

ou venderam suas operações na<br />

África. A empresa holandesa Wijma transferiu<br />

concessões florestais no Camarões para a Vicwood,<br />

empresa de Hong Kong. A italiana Cora<br />

Wood, renomada fabricante de compensados<br />

do Gabão, vendeu uma de suas concessões para<br />

empresa chinesa. Outras empresas europeias<br />

poderão em breve sair do Gabão e do Congo.<br />

Existem indícios que a saída do negócio das<br />

empresas europeias está associada ao declínio<br />

na certificação do FSC na África. A grande questão<br />

é como as empresas certificadas pelo FSC,<br />

sustentáveis, podem entrar em colapso? Organizações<br />

internacionais como a Itto, FAO, Banco<br />

Mundial, e outras organizações como a WWF e<br />

a The Nature Conservation, incentivam a certificação<br />

como prova da sustentabilidade. Por que<br />

a certificação falhou nessas empresas europeias<br />

operando na África?<br />

Necessitamos identificar onde está o erro.<br />

Temos que admitir que os negócios não têm<br />

sido bons para garantir a sustentabilidade da<br />

indústria de madeira tropical. Os desafios da indústria<br />

de madeira tropical são enormes.<br />

SISTEMA LASER DE ALTA<br />

PRECISÃO PARA MEDIÇÃO<br />

DE TORAS DE MADEIRAS<br />

Cenibra<br />

Belo Oriente<br />

SISTEMA LASER DE ALTA<br />

PRECISÃO PARA MEDIÇÃO DE<br />

VOLUME DE CAVACO<br />

Arauco<br />

Constitución<br />

SISTEMA FOTOGRÁFICO<br />

DE ALTA PRECISÃO PARA<br />

MEDIÇÃO DO VOLUME DE<br />

PILHAS DE MADEIRAS<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Av. Nereu Ramos, 4529 · Sala 04 · Meia Praia · Itapema · SC · Brasil<br />

+55 47 3268 5050 · contato@woodtechms.com · www.woodtechms.com


NOTAS<br />

Alta no setor de máquinas<br />

Tecnologia no processo<br />

produtivo da Fibria<br />

O setor de máquinas e equipamentos<br />

teve um crescimento de<br />

13,4% em comparação com 2017,<br />

sendo que a receita foi de R$ 7,08<br />

bilhões em setembro deste ano. No<br />

acumulado do ano, foi registrado alta<br />

de 7,4% sobre o ano passado, segundo<br />

os dados divulgados pela Abimaq<br />

(Associação Brasileira da Indústria<br />

de Máquinas e Equipamentos). No<br />

acumulado do ano as exportações<br />

apresentaram alta de 10,9%. O acumulado<br />

do ano para importação ficou<br />

com alta de 15,6%.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

A Fibria desenvolve o Projeto Floresta<br />

Inteligente, com investimento em soluções<br />

tecnológicas para aprimorar o processo<br />

produtivo. Dentre essas tecnologias estão<br />

à utilização de smartphones, tablets e<br />

computadores de bordo com softwares<br />

voltados para a gestão florestal que trazem<br />

resultados em produtividade e segurança<br />

para o plantio e a colheita do eucalipto.<br />

Com isso, a empresa consegue compartilhar<br />

os dados via internet e acessar em<br />

tempo real pelos gestores. Somente na<br />

operação de plantio de eucalipto a tecnologia<br />

já reduziu para um terço o tempo de<br />

execução das atividades.<br />

Foto: divulgação<br />

Observatório de<br />

energias renováveis<br />

A Cepal (Comissão Econômica da ONU para a<br />

América Latina e o Caribe) lançou o Observatório<br />

Regional de Energias Sustentáveis. A iniciativa funcionará<br />

como uma plataforma de assistência técnica<br />

e cooperação Sul-Sul, permitindo diálogo entre<br />

os países e apoio a projetos nacionais. Com recursos<br />

do Fundo de Desenvolvimento das Nações<br />

Unidas, o novo organismo vai fortalecer as capacidades<br />

dos países para conceber e implementar<br />

políticas de produção e distribuição de energia. A<br />

instituição vai ajudar os Estados-membros da Cepal<br />

a cumprir o ODS (Objetivo de Desenvolvimento<br />

Sustentável da ONU) de número 7 — assegurar<br />

o acesso universal e barato a energia, aumentar<br />

a participação de fontes renováveis nas matrizes<br />

energéticas e dobrar melhorias de eficiência até<br />

2030. Outro tema que merece mais atenção, de<br />

acordo com a comissão, é a complementaridade<br />

energética regional — quando governos se articulam<br />

para compartilhar redes de fornecimento e<br />

produção de eletricidade.<br />

Reflorestamento<br />

do Rio Doce<br />

O reflorestamento da bacia do Rio Doce<br />

avança após três anos do rompimento da barragem<br />

da mineradora Samarco. No entanto,<br />

pela avaliação do Ibama (Instituto Brasileiro<br />

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis) ainda serão necessários aproximadamente<br />

15 anos para se ter resultados<br />

mais concretos. A maior tragédia ambiental<br />

do país, o rompimento da barragem em<br />

Mariana (MG), liberou no ambiente 39<br />

milhões de m³ (metros cúbicos) de rejeitos,<br />

que destruiu comunidades, florestas e poluiu<br />

rios, além de deixar 19 mortos. As ações para<br />

o reflorestamento tiveram início em 2016<br />

com uma revegetação inicial com gramíneas<br />

e leguminosas em diversos trechos da área<br />

mais afetada, entre a barragem e a Usina de<br />

Candonga, em Santa Cruz do Escalvado (MG).<br />

Foto: divulgação<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 15


Foto: divulgação<br />

NOTAS<br />

ALTA<br />

CONQUISTA DO IMAFLORA<br />

O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação <strong>Florestal</strong><br />

e Agrícola) comemora a conquista como certificador<br />

do sistema FSC (em português, Conselho de Manejo<br />

<strong>Florestal</strong>). Com isso, passa a ser a primeira instituição<br />

da América do Sul a ser certificador direto do sistema:<br />

“Precisávamos de uma maturidade institucional para<br />

alcançar essa posição, e atualmente, estamos confortáveis<br />

para afirmar que foi atingida”, comemora Laura<br />

Prada, secretária executiva do Imaflora.<br />

Ipef participa de evento<br />

internacional<br />

O Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais)<br />

foi destaque em principal evento sobre plantios<br />

de eucalipto no mundo, o Iufro Eucalyptus<br />

<strong>2018</strong>. O evento realizado em Montpellier, na França,<br />

foi organizado pela Iufro (International Union<br />

of Forest Research Organizations), com apoio do<br />

Cirad (Centre de Coopération Internationale en<br />

Recherche Agronomique pour le Développement).<br />

Os trabalhos do Ipef foram apresentados em todas<br />

as sessões, que abordaram serviços ecossistêmicos<br />

e estratégicos para enfrentar estresses abióticos<br />

e bióticos. Outras instituições parceiras, como<br />

o Cirad (Centro Francês de Pesquisa Agrícola para<br />

o Desenvolvimento Internacional), apresentaram<br />

estudos apoiados pelo Instituto.<br />

NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />

CALIFÓRNIA SOFRE COM INCÊNDIOS<br />

FLORESTAIS<br />

Incêndios florestais na Califórnia, nos EUA (Estados<br />

Unidos da América) chegaram a 282 km² (quilômetros<br />

quadrados), causando mais de 30 mortes, segundo a<br />

agência Associated Press. Os bombeiros de Los Angeles<br />

estimam que o fogo tenha destruído 150 casas no<br />

sul da Califórnia e evacuaram mais 250 mil casas para<br />

evitar maiores danos. Esses incêndios ocorrem devido<br />

à seca grave no sul daquele Estado.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Grupo PCP Steel<br />

completa 40 anos<br />

UNYLASER, EMPRESA QUE FAZ PARTE DA COMPANHIA,<br />

REPRESENTA 90% DO MERCADO FLORESTAL URUGUAIO<br />

Embora o setor industrial brasileiro esteja passando por uma<br />

das piores crises já vivenciadas, algumas empresas do setor têm<br />

excelentes motivos para celebrar <strong>2018</strong>. Em outubro, o Grupo PCP<br />

Steel, de Caxias do Sul (RS), comemora 40 anos de atividades.<br />

Com projeções otimistas para os próximos anos e novas parcerias<br />

em andamento, a marca abrange três empresas e emprega cerca<br />

de 180 colaboradores.<br />

Uma das principais características do grupo ao longo das últimas<br />

quatro décadas é a constante reinvenção. Fundada em 1978<br />

em um escritório de apenas 30m² (metros quadrados), a PCP<br />

nasceu como um empreendimento de representação comercial.<br />

Em pouco tempo, o aço começou a nortear as negociações e a<br />

empresa passou a representar importantes marcas do mercado<br />

industrial nacional e internacional. Atualmente, essa unidade leva<br />

o nome de PCP Produtos Siderúrgicos e é referência na distribuição<br />

de aços de alta resistência e tubos para cilindros hidráulicos.<br />

As outras duas empresas do grupo PCP foram criadas nos<br />

anos 2000, de olho nas necessidades dos clientes. A Unylaser<br />

surgiu em 2003 e atua na área de fabricação de produtos e componentes<br />

metálicos. A linha de fueiros florestais Raptor, produzida pela empresa, é líder de mercado e é exportada para toda América<br />

Latina, EUA (Estados Unidos da América) e Europa. Já a terceira empresa do grupo, a PCP Serviços de Corte, foi fundada em 2005 e<br />

atende grandes companhias de Caxias do Sul e região. “Apesar de atendermos nichos industriais bem específicos, a PCP está sempre<br />

evoluindo e ampliando os serviços. Com as nossas três empresas, conseguimos oferecer uma solução completa para os clientes”, destaca<br />

Eduardo Cervelin, gerente geral da PCP Produtos Siderúrgicos.<br />

REPRESENTAÇÃO NO URUGUAI<br />

Embora tenha apenas 3,4 milhões de habitantes e 17 milhões de ha (hectares), o Uruguai é um dos principais exportadores de<br />

celulose do mundo. Dados recentes apontam que a celulose já ultrapassou até mesmo a carne bovina e se transformou no principal<br />

produto exportado pelo país. De olho nesse mercado em ascensão, a Unylaser investe em parceiros comerciais no país vizinho. O<br />

trabalho vem dando resultados e atualmente a empresa representa cerca de 90% do mercado de transporte florestal de celulose no<br />

Uruguai.<br />

A parceria com o mercado uruguaio teve início em 2010, quando uma transportadora do país passou a fazer parte dos clientes da<br />

Unylaser. Depois de pouco tempo, essa transportadora indicou a marca caxiense para uma distribuidora, a Servipiezas. No Uruguai, a<br />

Servipiezas é líder em serviços voltados para o transporte rodoviário. Quando essa relação comercial foi firmada, portanto, a Unylaser<br />

conquistou uma expressiva fatia do mercado de fueiros florestais no país. Outro momento importante da marca caxiense em solo uruguaio<br />

foi a parceria com a Faracor. A empresa também é uma relevante distribuidora e tem sido fundamental para os bons resultados<br />

colhidos.<br />

BAIXA<br />

AMPLIAÇÃO PARA OS EUA<br />

De olho no promissor mercado norte-americano, a Unylaser participou da tradicional feira florestal Great Lakes Logging & Heavy<br />

Equipment Expo. O evento ocorreu em setembro, na cidade de Oshkosh, Estado de Wisconsin. Essa foi a 73ª edição da feira que, em<br />

<strong>2018</strong>, reuniu cerca de 200 expositores.<br />

A aproximação da Unylaser com o mercado norte-americano teve início há cerca de dois anos. Na época, uma equipe técnica da<br />

marca caxiense viajou até a América do Norte para prospectar possíveis clientes. A estratégia gerou resultados positivos e algumas<br />

parcerias começaram a ser desenvolvidas. A participação da Unylaser na feira norte-americana deste ano é um dos frutos desse intenso<br />

trabalho de prospecção. O fueiro florestal Raptor foi exposto no encontro e chamou a atenção dos visitantes especialmente pelo<br />

design inovador e pela excelente relação peso x capacidade x preço em comparação às opções atuais ofertadas no mercado americano.<br />

O modelo presente na feira faz parte da primeira exportação da linha para os EUA.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 17


BIOMASSA<br />

FRASES<br />

Água potável<br />

ATRAVÉS DE<br />

BIOMASSA<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

“Levamos o conceito de<br />

Indústria 4.0 para a floresta. São<br />

tecnologias utilizadas no dia<br />

a dia aplicadas ao campo que<br />

melhoram a disponibilidade de<br />

dados para tomada de decisão,<br />

trazem ganhos à produtividade, à<br />

segurança e ao desenvolvimento<br />

dos empregados”<br />

Caio Zanardo, diretor <strong>Florestal</strong> da Fibria<br />

Foto: divulgação<br />

U<br />

m dispositivo alimentado à biomassa possibilita<br />

transformar ar em água potável.<br />

Criado por uma parceria entre as empresas<br />

Skysource e Skywater que concorriam<br />

ao desafio Water Abundance Xprize, que<br />

consiste em obter água limpa e potável do ar utilizando<br />

sistemas com recursos renováveis, a invenção chama-se<br />

Wedew (wood-to-energy deployed water) e utiliza recursos<br />

de biomassa disponíveis no local, sejam pedaços de madeira<br />

ou cascas de coco, capazes de alimentar as máquinas e<br />

dessa forma produzir água através do ar com um custo inferior.<br />

Para isso, o dispositivo usa duas máquinas: Skywater,<br />

uma caixa que simula a forma como as nuvens são criadas<br />

e aquece o ar para criar condensação para obter água, e<br />

um gaseificador de biomassa já que o sistema utiliza muita<br />

eletricidade.<br />

Baixa emissão<br />

de poluentes<br />

É META DO<br />

BRASIL<br />

C<br />

omo parte da Agenda 2030, as atividades do<br />

Projeto Siderurgia Sustentável se alinham aos<br />

ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).<br />

O Brasil se comprometeu a reduzir, até<br />

<strong>202</strong>5, 37,5% de emissões em comparação com dados de<br />

2005. Diversas medidas foram determinadas para se chegar<br />

a isso, sendo uma delas a restauração e o reflorestamento de<br />

12 milhões de ha (hectares) e promover o uso de bioenergia<br />

sustentável. Com o objetivo de unir esforços para reduzir a<br />

emissão de gases estufa do processo produtivo do carvão<br />

vegetal sustentável, bem como de seu uso pelo setor siderúrgico,<br />

o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)<br />

no Brasil implementa o Projeto Siderurgia Sustentável.<br />

O projeto incentiva processos, tecnologias e arranjos<br />

produtivos inovadores e mais eficientes para a produção de<br />

carvão vegetal advindo de florestas plantadas. Um dos objetivos<br />

é a criação de um arcabouço institucional e normativo favorável<br />

à produção mais limpa e eficiente de carvão vegetal.<br />

“Os números mostram que<br />

o desmatamento não caiu.<br />

Aliás, no caso da Amazônia,<br />

ele subiu. 2012 foi o ano com<br />

menor desmatamento: 4 mil km 2<br />

(quilômetros quadrados). E os<br />

últimos números falam em 8 mil<br />

km 2 , então, dobrou”<br />

Tasso Azevedo, engenheiro florestal<br />

do Mapbiomas<br />

“O segmento florestal é promissor e temos aptidão para<br />

isso. O Brasil conta com condições geoclimáticas, visto<br />

que levamos um terço a menos de tempo para a produção<br />

florestal em comparação a países europeus”<br />

“O investimento no plantio<br />

de florestas é alto e não pode<br />

falhar. É preciso confiar nas<br />

informações para planejar e<br />

saber se a produção da floresta<br />

plantada será suficiente, se vai<br />

faltar ou precisará comprar do<br />

mercado”<br />

Esthevan Gasparoto,<br />

CEO da Treevia<br />

Diogo Carlos Leuck,<br />

Presidente da Ageflor<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 19


ENTREVISTA<br />

Nome<br />

gravado na<br />

HISTÓRIA<br />

Name recorded in history<br />

U<br />

m dos grandes responsáveis pela evolução da silvicultura<br />

brasileira tinha outros planos na carreira de<br />

educador físico. Mas o bichinho da floresta o picou<br />

e o setor ganhou muito com isto. Em 1965, Manoel<br />

de Freitas integrou uma das primeiras turmas do<br />

curso de Engenharia <strong>Florestal</strong> pela Ufpr (Universidade Federal<br />

do Paraná). A profissão era desconhecida na época e ainda anos<br />

depois da formatura, em 1969, ele se via obrigado a explicar o<br />

que fazia. O engenheiro ajudou a criar e dirigir diversas entidades<br />

e associações voltadas à pesquisa e valorização dos profissionais<br />

da área. Com anos de estrada, tem o nome gravado na história<br />

da engenharia florestal brasileira. Saber um pouco da vida de Manuel<br />

nos faz entender como o Brasil alcançou tamanha excelência<br />

no plantio de árvores. Confira a entrevista exclusiva!<br />

H<br />

e ended up as one of those mainly responsible for<br />

the development of Brazilian forestry, but early on,<br />

he had other plans - a career in physical education.<br />

But the forest bug bit him, and the Sector<br />

has gained a lot from this. In 1965, Manoel de Freitas joined one<br />

of the first classes of the Forest Engineering course at the Federal<br />

University of Paraná (Ufpr). The profession was unknown at the<br />

time, and even years after graduation in 1969, he saw himself forced<br />

to explain what he did. The Engineer helped create and direct<br />

a variety of entities and associations dedicated to the research and<br />

development of professionals in the field. With years of experience,<br />

his name has become recorded in the history of Brazilian forest<br />

engineering. Getting to know a little of the life of Manuel, helps us<br />

to understand how Brazil has achieved such excellence in planted<br />

forests. Check out the exclusive interview!<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Manoel de Freitas<br />

DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />

Itararé (SP), em 11 de outubro de 1946<br />

October 11, 1946, Itararé (SP)<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Consultoria <strong>Florestal</strong> desde 2003, com trabalhos dentro e<br />

fora do Brasil<br />

Forestry Consultant since 2003, Brazil and abroad<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Engenharia <strong>Florestal</strong> (Ufpr-1969 ) e Administração de Empresas<br />

(PUC-Campinas, 1978)<br />

Forest Engineering, Federal University of Paraná (Ufpr),<br />

1969 and Business Administration, Pontifical Catholic University<br />

in Campinas (PUC-Campinas), 1978<br />

Por muitos e muitos<br />

anos ainda à frente,<br />

era preciso explicar<br />

constantemente o que<br />

era e o que fazia um<br />

engenheiro florestal!<br />

>> Por que escolheu fazer Engenharia <strong>Florestal</strong> na época?<br />

Como foi fazer parte de uma das primeiras turmas desta<br />

área no Brasil?<br />

Em 1965 fui para Curitiba (PR) cursar um ensino superior,<br />

após ter concluído no Estado de São Paulo o Científico<br />

(como costumávamos chamar na época uma das opções<br />

dos três últimos anos do ensino médio). Poucas localidades<br />

tinham faculdades naqueles dias e Curitiba era a localidade<br />

mais próxima de Itararé (SP), que fica na fronteira<br />

com o Paraná. Inicialmente entrei em Educação Física,<br />

e no mesmo ano decidi fazer Engenharia <strong>Florestal</strong>, pois<br />

compartilhei um quarto com um estudante de Engenharia<br />

<strong>Florestal</strong> na Casa do Estudante Universitário e achei que<br />

aquela era a profissão que deveria abraçar. Minha turma,<br />

graduada em 1969, foi denominada a sexta turma de engenheiros<br />

florestais da Ufpr. Na época, e por muitos e muitos<br />

anos ainda à frente, era preciso explicar constantemente o<br />

que era e o que fazia um engenheiro florestal. Ao que me<br />

consta, quando me formei, havia pouco mais de 100 engenheiros<br />

florestais no país, e no Estado de São Paulo, onde<br />

fui trabalhar, havia somente 10, provavelmente.<br />

>> Tem uma longa história de serviços prestados ao setor<br />

de silvicultura. Poderia destacar os momentos mais importantes<br />

desta trajetória?<br />

Sou profundamente agradecido à oportunidade que a vida<br />

me deu em ser testemunha ocular da enorme evolução,<br />

porque passaram os métodos e processos das atividades<br />

florestais, notadamente em quatro áreas, em que as mudanças<br />

foram enormes em comparação com aqueles anos<br />

iniciais da minha carreira profissional, que são: viveiros<br />

florestais (viraram linhas de montagem automatizadas),<br />

melhoramento florestal (a adoção da clonagem, através<br />

da biotecnologia), manejo florestal (mudanças no preparo<br />

do solo, fertilização e manutenção florestal) e colheita/<br />

transporte. Estas foram as principais, a meu ver, muito em-<br />

Why did you choose to study Forest Engineering at the<br />

time? What was it like being part of one of the first<br />

classes in this area in Brazil?<br />

In 1965, I traveled to Curitiba to begin my university<br />

studies after having completed the scientific (as we<br />

used to call one of the options for the last three years of<br />

high school at the time,) in the State of São Paulo. Few<br />

places had universities in those days, and Curitiba was<br />

the closest location to Itararé (São Paulo), which lies on<br />

the border with the State of Paraná. Initially, I studied<br />

physical education, but in the same year, I decided to<br />

go into Forestry, because I shared a room with a Forest<br />

Engineering student in the University Student Residence<br />

and thought that was the profession that I should follow.<br />

My class graduated in 1969 and was the 6th class<br />

of Ufpr Forest Engineers. At the time, and for many,<br />

many years afterward, it was necessary to constantly<br />

explain what I was and what a Forest Engineer did! As<br />

far as I know, when I graduated, there were just over<br />

100 forest engineers in the Country, and in the State of<br />

São Paulo, where I was working, there were probably<br />

only about ten.<br />

You have a long history of services to the Forestry Sector.<br />

Could you highlight your most important moments<br />

along this path?<br />

I am deeply grateful for the opportunity that life gave<br />

me to be an eyewitness of a considerable evolution<br />

in forest activity methods and processes, notably in<br />

four areas: forest nurseries (they became automated<br />

assembly lines), forest improvement (the adoption of<br />

cloning through biotechnology), forest management<br />

(changes in soil preparation, fertilization and, forest<br />

maintenance), and harvest/transport. The changes<br />

were enormous compared with those of my initial years<br />

of my professional career. These were the main ones,<br />

in my view, although, with the information technology<br />

that has emerged in recent years, significant changes<br />

have occurred in control in the areas of implementation,<br />

maintenance, inventory, and other support segments in<br />

implementation and forest growth.<br />

Your work has been recognized through you receiving<br />

various awards and honors. For you, which award was<br />

the most special?<br />

I had the privilege of having been presented with numerous<br />

awards and tributes that mentioned my contribution<br />

to forestry, probably for reasons of my involvement<br />

with the professional associations or research<br />

bodies, such as the Brazilian Society of Forestry (SBS)<br />

- for many years, I was one of its directors, the State of<br />

São Paulo Association of Forest Engineers (I was one<br />

of the founders), the São Paulo Association of Planted<br />

Forest Producers, Suppliers, and Consumers (Forestar)<br />

(I was one of the founders and President), and the<br />

Institute of Forest Research and Studies (Ipef) (I was<br />

President at several stages), amongst others. Also, the<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 21


ENTREVISTA<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 23


ENTREVISTA<br />

24 www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL<br />

Floresta<br />

CONECTADA<br />

Conceito de Floresta 4.0 já é realidade para<br />

o setor brasileiro e tem capacidade de<br />

impulsionar ganhos, reduzir custos e conferir<br />

assertividade ao gerenciamento do negócio<br />

Fotos: divulgação<br />

C<br />

omeçou com a indústria e agora vem se popularizando.<br />

Estamos entrando na era da Floresta 4.0.<br />

O conceito pode assustar logo de cara, mas não é<br />

nada do outro mundo. O tal do 4.0 baseia-se em<br />

algo muito natural para nós, a comunicação. A<br />

diferença é que a troca de informações também acontece entre<br />

sistemas e máquinas, no campo mesmo, possibilitando a criação<br />

de uma rede integrada que aumenta a capacidade de tomar<br />

decisões. O resultado é uma operação muito mais inteligente,<br />

enxuta, segura, competitiva e precisa.<br />

Especialistas afirmam que no futuro próximo, haverá o aumento<br />

de máquinas autônomas na floresta e de caminhões para<br />

o transporte de madeira. Tudo estará interligado. Os gestores<br />

saberão com precisão milimétrica e em fração de segundos tudo<br />

o que acontece no campo como volume de madeira, consumo de<br />

combustível, matéria-prima que entrou na fábrica, quantidade<br />

de produto e uma quantidade expressiva de dados importantes,<br />

que fazem diferença na assertividade das decisões tomadas<br />

pelos gestores.<br />

A Woodtech é uma das empresas que estão contribuindo<br />

para esta nova realidade. Mundialmente conhecida pelos equipamentos<br />

de mensuração de volume de toras, cavaco e carvão,<br />

a fabricante acaba de lançar dois dispositivos para a Floresta<br />

4.0. “É uma realidade para o negócio florestal no Brasil, que nós<br />

estamos ajudando a suprir. A Woodtech trabalha junto aos seus<br />

Connected forest<br />

The Forest 4.0 concept is already a reality<br />

for the Brazilian Forest Sector and can boost<br />

profits, reduce costs, and provide business<br />

management assertiveness<br />

I<br />

t started with the Industrial Sector and has been growing<br />

in popularity. We are entering the era of Forest 4.0. The<br />

concept can scare one right off the bat, but it is not that<br />

big a deal. This 4.0 is based on something very natural to<br />

us, communication. The difference is that the exchange of<br />

information also takes place between machines, in the same field,<br />

enabling the creation of an integrated network that enhances the<br />

ability to make decisions. The result is a much smarter, leaner,<br />

safer, more competitive, and more precise operation.<br />

Experts say that shortly, there will be an increase in autonomous<br />

machines in the forest and trucks for timber log transport.<br />

Everything will be connected. Managers will know with millimetric<br />

precision and in a fraction of seconds everything that happens<br />

in the field such as the volume of timber, fuel consumption, raw<br />

material transported to the factory, amount of product, and other<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 27


PRINCIPAL<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 29


PRINCIPAL<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 31


ESPECIAL<br />

Fotos: divulgação<br />

Plano Nacional para Plantadas está<br />

SAINDO DO FORNO<br />

Governo encerrou o período para participação<br />

popular e garante que ações começam ainda<br />

este ano, mas sem muitos detalhes<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 33


ESPECIAL<br />

M<br />

esmo sem data certa, o governo garante<br />

que ainda neste ano será dado o pontapé<br />

inicial no PlantarFlorestas (Plano Nacional<br />

de Desenvolvimento de Florestas Plantadas),<br />

coordenado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento). O documento esteve em consulta<br />

pública até o fim de outubro e agora está sendo finalizado<br />

após o envio das sugestões. No papel, a nova política para<br />

a atividade pretende desburocratizar licenças e trâmites<br />

que atrasam o desenvolvimento da atividade, conferir segurança<br />

jurídica, melhorar a infraestrutura, facilitar o acesso<br />

ao crédito - ajustado à atividade de silvicultura - e atuar na<br />

comunicação para mostrar os benefícios do segmento nas<br />

áreas econômicas, sociais e ambientais. As metas e objetivos<br />

do PlantarFlorestas foram traçadas para 10 anos, mas<br />

serão atualizadas periodicamente.<br />

O Mapa se apoiou nos números que o setor de florestas<br />

plantadas alcançam todos os anos para justificar a importância<br />

de ações que viabilizem o desenvolvimento da atividade<br />

com mais celeridade. “O Brasil lidera o ranking global<br />

de produtividade florestal, com uma média de 35,7 m³/ha/<br />

ano (metros cúbicos de hectare ao ano) para os plantios de<br />

eucalipto, e 30,5 m³/ha/ano nos plantios de pinus, segundo<br />

a Ibá (Industria Brasileira de Árvores)”, aponta o documento<br />

do Ministério. Esses valores são quase duas vezes maiores<br />

do que a produtividade das florestas em países do hemisfério<br />

norte. Apesar de ocupar uma pequena parcela do território<br />

nacional (aproximadamente 1% da área do país), o<br />

setor é responsável por 91% de toda a madeira produzida<br />

para fins industriais no país. No ano de 2016, último ano do<br />

levantamento do Ibge, o valor da produção primária florestal<br />

alcançou R$ 18,5 bilhões, superando em 0,8% o montante<br />

obtido no ano anterior. A silvicultura segue ganhando<br />

espaço, respondendo por 76,1% desse total, enquanto o<br />

extrativismo vegetal teve uma participação de 23,9% (Ibge).<br />

Neste mesmo ano, o setor empregou diretamente 510 mil<br />

pessoas. Estima-se que, no total, o número de postos de<br />

trabalhos da atividade de base florestal – diretos, indiretos<br />

e resultantes do efeito renda –, tenha sido da ordem de 3,7<br />

milhões.<br />

No ano de 2017 o setor respondeu por 5% das exportações<br />

totais do país e 10% das exportações do agronegócio,<br />

com um saldo positivo de US$ 10 bilhões na balança comercial,<br />

ficando em quarto lugar, atrás apenas dos complexos<br />

soja, carnes e sucroalcoleiro.<br />

DIRETRIZES<br />

Para incentivar investimentos em plantios florestais,<br />

para os técnicos do Mapa é preciso criar mecanismos econômicos<br />

capazes de gerar demanda adicional aos produtos<br />

O Brasil lidera o ranking global<br />

de produtividade florestal, com<br />

uma média de 35,7 m³/ha/ano<br />

para os plantios de eucalipto e<br />

30,5 m³/ha/ano nos plantios de<br />

pinus, segundo a Ibá (Industria<br />

Brasileira de Árvores)<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


ESPECIAL<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 37


ILPF<br />

Consórcio de floresta<br />

e gado aumenta<br />

PRODUTIVIDADE<br />

DO ANIMAL<br />

Com o avanço de estudos sobre a<br />

integração da floresta com outras<br />

atividades aumenta a quantidade e<br />

precisão das informações sobre os<br />

benefícios destes sistemas<br />

Fotos: divulgacão<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 39


ILPF<br />

Pesquisas continuam confirmando e levantando<br />

novos benefícios do consórcio com plantio de<br />

árvores para a criação de gado. Recentemente,<br />

estudo mostra que bovinos criados em<br />

sistemas integrados com árvores frequentam<br />

19% menos os bebedouros em comparação com aqueles<br />

criados em sistemas convencionais, a pleno sol. Trata-se<br />

de uma das vantagens de sistemas de produção como a<br />

Ilpf (integração lavoura-pecuária-floresta), que vem sendo<br />

adotada gradativamente no País, chegando a quase 12 milhões<br />

de ha (hectares).<br />

Essa e outras vantagens da estratégia de produção<br />

Ilpf são relatadas pelo pesquisador da Embrapa Pecuária<br />

Sudeste (SP) Alexandre Rossetto Garcia, que trabalha<br />

com biotecnologia da reprodução animal. Ele integra uma<br />

equipe multidisciplinar que vem comparando a criação de<br />

bovinos nos sistemas integrados e convencionais.<br />

Rossetto é orientador da dissertação de mestrado de<br />

Alessandro Giro, da Ufpa (Universidade Federal do Pará),<br />

médico veterinário que desenvolveu a pesquisa sobre o<br />

conforto térmico dos bovinos criados em Ilpf. Durante a<br />

pesquisa, foram avaliados também o comportamento dos<br />

animais e a frequência de ida a bebedouros e cochos de<br />

sal mineral. O consumo de água em volume não foi diretamente<br />

medido. O trabalho de campo foi realizado de<br />

janeiro a junho de 2017 e a dissertação foi defendida em<br />

julho de <strong>2018</strong>.<br />

O trabalho foi feito por observação visual em campanhas<br />

mensais de dois dias consecutivos, ao longo de oito<br />

horas por dia. A equipe ficava a uma distância que não<br />

interferisse no comportamento dos animais. O estudo<br />

constatou que, no período da tarde, 87% dos animais que<br />

estavam expostos ao sol foram ao bebedouro. Na área<br />

sombreada, esse índice caiu para 63% no mesmo período.<br />

A diferença foi maior nos meses de janeiro a março, quando<br />

as temperaturas, em geral, são mais elevadas.<br />

SISTEMAS ILPF OTIMIZAM OS<br />

RECURSOS NATURAIS<br />

“Na área de Ilpf, onde estão as árvores, buscamos também<br />

observar se os animais procuravam mais os espaços<br />

sombreados ou com sol. Medimos o tempo em minutos<br />

em que eles permaneceram no sol e na sombra. Constatamos<br />

que eles preferem a sombra, independentemente<br />

do turno”, afirmou Alessandro. Os animais que tiveram<br />

possibilidade de escolha entre sol e sombra passaram mais<br />

tempo pastejando, em ócio ou ruminando sob a copa das<br />

árvores.<br />

O animal que sofre com o estresse pelo calor reduz<br />

a ingestão de alimentos. “Quando se abriga na sombra,<br />

a carga térmica sobre o animal diminui e ele tem menor<br />

necessidade de dissipar o calor para o meio. Isso reduz a<br />

ofegação e a transpiração, minimizando a demanda por<br />

ingestão de água”, explica Rossetto.<br />

Quando precisa dissipar calor, o animal gasta energia<br />

em processos não relacionados à produção de leite e carne<br />

e à reprodução. Segundo o pesquisador da Embrapa, a<br />

ILPF permite o uso mais inteligente do recurso natural. O<br />

sombreamento reduz a temperatura ambiente em até 5 o C<br />

(Graus Celsius), o que é relevante para o conforto térmico<br />

e o bem-estar animal.<br />

PRECISÃO NO MONITORAMENTO DO GADO<br />

Rossetto explica ainda que a variação de 0,5 o C na<br />

temperatura interna dos animais é bastante expressiva.<br />

Os termógrafos utilizados para medir as temperaturas<br />

de superfície dos bovinos são muito precisos, chegando<br />

a mensurar os centésimos de graus. Segundo ele, dois<br />

fatores influenciam o bem-estar animal: o microclima (conjunto<br />

de informações que pode ser avaliado com auxílio<br />

de estações meteorológicas) e as condições térmicas dos<br />

indivíduos nessas áreas.<br />

Em estudos mais recentes, outros equipamentos têm<br />

ajudado a ciência a levantar dados para monitorar o gado.<br />

A Embrapa Pecuária Sudeste também consegue informações<br />

sobre comportamento animal graças a adaptações<br />

de técnicas disponíveis no mercado. Pesquisadores têm<br />

trabalhado em projetos de pecuária de precisão, utilizando<br />

um sistema computadorizado que identifica o deslocamen-<br />

O estudo constatou que,<br />

no período da tarde,<br />

87% dos animais que<br />

estavam expostos ao sol<br />

foram ao bebedouro<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 41


ILPF<br />

Pioneira em<br />

mÁquinas e peças<br />

Florestais seminovas<br />

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Novembro <strong>2018</strong> 43


MADEIRA NATIVA<br />

SETOR APROVA<br />

TRANSPARÊNCIA<br />

Abertura de dados<br />

do Sisdof, realizada<br />

em outubro,<br />

vem de encontro<br />

aos objetivos<br />

da cadeia de<br />

manejo florestal<br />

sustentável<br />

Fotos: divulgacão<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 45


MADEIRA NATIVA<br />

NADA A ESCONDER<br />

A novidade foi bem aceita pelo setor de manejo florestal.<br />

Um dos principais porta-vozes das empresas que trabalham<br />

com manejo florestal sustentável o Cipem (Centro<br />

das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso) aprovou a iniciativa. “Acreditamos<br />

que a transparência das informações é fundamental nos<br />

dias atuais principalmente para possibilitar que a sociedade,<br />

especialmente o mercado consumidor, conheça todo<br />

o processo de produção florestal, garantindo a sustentabilidade<br />

e legalidade do setor”, afirma Rafael Mason,<br />

presidente da entidade. Ele lembra que convergindo com<br />

esta tendência, o Centro apoiou também a iniciativa recente<br />

da Sema-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente<br />

de Mato Grosso) que criou o portal de transparência para<br />

publicar informações ambientais, incluindo o setor de base<br />

florestal.<br />

O executivo acredita que a transparência é benéfica<br />

para o setor. “Acontece uma valorização dessa cadeia de<br />

produção, favorecendo as empresas que atuam na legalidade,<br />

abrindo e fortalecendo novos mercados”, destaca<br />

Rafael. O acesso de todos às informações auxilia também<br />

na demonstração da robustez dos sistemas de controle e<br />

fiscalização, “pois fica claro o aglomerado de exigências<br />

que o empreendedor que fornece produtos florestais está<br />

obrigado a cumprir”. Outro ponto positivo é a possibilidade<br />

de utilizar essas informações para promoção de debates<br />

públicos no sentido de aprimorar as políticas públicas<br />

relativas ao setor.<br />

O presidente do Cipem lembrou que o Mato Grosso<br />

possui sistema próprio de controle, mas que, obrigatoriamente,<br />

deverá ser integrado ao Sinaflor. Do ponto de vista<br />

prático, ainda será preciso entender como serão resolvidas<br />

as particularidades de cada Estado, “pois uma floresta não<br />

é igual à outra” e haverá questões que não estão previstas<br />

no sistema que deverão ser adequadas.<br />

S<br />

etor florestal aprovou a medida do Ibamadetornar<br />

público os dados do Sisdof (Sistema de<br />

emissão de Documento de Origem <strong>Florestal</strong>),<br />

obrigatório nas operações de transporte e<br />

armazenamento de madeira comercializada<br />

obtida por meio de manejo florestal. A ação faz parte do<br />

Plano de Política de Dados Abertos do órgão.<br />

Desde setembro deste ano qualquer pessoa pode<br />

acessar o site do Ibama e obter acesso, quase que em<br />

tempo real, das operações cadastradas no Sisdof que mostram<br />

transações comerciais de produtos florestais, como<br />

volume de madeira vendida, conversão da matéria-prima<br />

em produto e volume autorizado para exploração florestal<br />

de uma empresa.<br />

“A abertura dos dados do DOF tinha uma grande demanda<br />

de entidades e organizações não governamentais”,<br />

explica Fernanda Ramos Simões, coordenadora de Monitoramento<br />

do Uso da Flora do Ibama. Porém, nem todos<br />

os Estados utilizam o Sisflora (Sistema de Comercialização<br />

e Transporte de Produtos Florestais). As exceções são Pará,<br />

Mato Grosso e Minas Gerais.<br />

Isto não quer dizer que estas informações ficam<br />

totalmente fora do radar. Toda vez que os produtos de<br />

madeira são negociados no âmbito interestadual e uma<br />

das unidades faz parte do sistema ele é registrado automaticamente,<br />

o que inclui as exportações para qualquer país.<br />

“Por particularidades, estes Estados preferiram manter o<br />

“Acreditamos que a<br />

transparência das informações<br />

é fundamental nos dias atuais,<br />

principalmente para possibilitar<br />

que a sociedade, especialmente<br />

o mercado consumidor,<br />

conheça todo o processo de<br />

produção florestal, garantindo a<br />

sustentabilidade e a legalidade<br />

do setor”<br />

Rafael Mason, presidente do Cipem<br />

sistema que já vinham usando antes da implementação do<br />

Sisflora”, explica Fernanda.<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 47


PRAGAS<br />

ESTUDO MOSTRA COMO SE<br />

LIVRAR DAS<br />

MOSCAS<br />

Pesquisa buscou trazer solução para a<br />

contaminação de ovos de moscas em toras de<br />

pinus armazenadas em depósitos pelo Brasil<br />

Fotos: divulgação<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 49


PRAGAS<br />

U<br />

m desafio recorrente em empresas do setor<br />

florestal e madeireiro é a contaminação das<br />

toras da espécie Pinus taeda por ovos de<br />

moscas pertencentes à Família Sciaridae. A<br />

questão é comum em épocas mais quentes do ano, gerando<br />

inúmeros problemas para empresários em todo o país,<br />

devido ao perigo recorrente para a saúde dos operários e<br />

moradores próximos aos locais de armazenamento.<br />

Buscando resolver o dilema, a Embrapa Florestas desenvolveu<br />

um estudo para o controle da praga do pinus.<br />

Em parceria com as empresas Berneck e Arauco, o projeto<br />

levantou inúmeras precauções para que o monitoramento<br />

seja periódico e diminua o impacto da infestação de larvas<br />

do gênero Bradysia.<br />

INÍCIO<br />

A ideia surgiu após empresas florestais buscarem a<br />

Embrapa para compreender qual era o problema e quais<br />

medidas poderiam ser tomadas. Em 2013, a instituição<br />

promoveu uma reunião que direcionou o início do projeto<br />

de pesquisa. O encontro foi mediado e fomentado pelo<br />

Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais).<br />

“Neste encontro definimos quais os pontos estratégicos<br />

e contingenciais a serem abordados em projeto de<br />

pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A partir da primeira<br />

etapa deste projeto, foi possível identificar com que<br />

praga estávamos lidando, passando pelo desenvolvimento<br />

de métodos de monitoramento, até discussões sobre controles<br />

mais acessíveis às práticas produtivas das empresas.<br />

Mas o assunto é tão novo ao ponto de termos encontrado<br />

e batizado uma espécie nova, ou seja, desconhecida para<br />

a ciência”, revela o responsável pela pesquisa, Guilherme<br />

Schnell e Schühli.<br />

Um dos problemas encontrados pelo pesquisador foi<br />

a falta de um protocolo que permitisse a identificação das<br />

espécies Neotropicais. “Em colaboração com o Laboratório<br />

de Sistemática de Díptera da USP de Ribeirão Preto,<br />

fornecemos a primeira ferramenta de identificação de espécies<br />

de um dos gêneros envolvidos. Muitas espécies que<br />

capturamos ainda aguardam para serem descritas para a<br />

ciência”, explica.<br />

PRINCIPAIS PROBLEMAS<br />

A mesma espécie de moscas já é<br />

conhecida por ser uma grande inimiga<br />

da agricultura brasileira, sendo responsável<br />

por danificar algumas culturas<br />

de hortaliças e frutas, bem como<br />

em criações de cogumelos como o<br />

Shitake. O dano acontece porque<br />

as larvas que vivem no substrato de<br />

cultivo danificam os pêlos radiculares<br />

das plantas comprometendo a capacidade de absorver<br />

água e nutrientes.<br />

“O ataque, se muito severo, pode comprometer por<br />

completo a saúde da muda. As larvas podem avançar pelo<br />

tecido vegetal criando galerias e comumente veiculando<br />

microrganismos patogênicos que se aproveitam do estado<br />

vulnerável da planta” afirma Guilherme.<br />

No caso dos pátios de toras, o estudo foi a primeira<br />

descrição de algumas espécies desta família causando<br />

um problema diferente deste ataque em mudas, frutos e<br />

cogumelos. As pilhas de toras armazenadas em pátio proporcionam<br />

um espaço protegido para o desenvolvimento<br />

deste inseto.<br />

“Entre a casca e o alburno, onde localiza-se o câmbio,<br />

as larvas se desenvolvem. Ainda não se sabe por certo<br />

se aproveitando os abundantes carboidratos disponíveis<br />

neste espaço ou alimentando-se de fungos que também<br />

se desenvolvem neste espaço confinado”, detalha o pesquisador.<br />

Normalmente, estes insetos são parte normal da fauna<br />

urbana. “O que muda neste cenário que investigamos é<br />

a quantidade a que podem chegar as infestações se não<br />

forem tomados os cuidados de controle”, conta. Guilherme<br />

salienta também que é comum, com o crescimento dos<br />

municípios, que o espaço urbano se aproxime à vizinhança<br />

das plantas.<br />

Com esta aproximação o problema que provavelmente<br />

sempre esteve presente tornou-se notado. “Estimamos,<br />

com base em comunicações de outras empresas em diferentes<br />

estados, que este seja um problema comum inerente<br />

à prática de estocagem de toras de pinus”, explica.<br />

O estudo também concluiu que o fim da primavera e<br />

o início do verão são as épocas em que as infestações se<br />

proliferam. “Normalmente outubro e novembro são meses<br />

críticos devido à umidade e ao aumento de temperatura,<br />

assim como em momentos que antecedem as épocas de<br />

chuva, fato que pode comprometer a chegada de toras no<br />

pátio. Este aumento de estoque associado ao aumento de<br />

umidade são críticos e podem ocasionar infestações”.<br />

MEDIDAS DE CONTROLE<br />

Após o levantamento, encerrado no começo de <strong>2018</strong>,<br />

a força-tarefa da Embrapa listou algumas precauções, que<br />

serão reunidas em um futuro relatório. “Sugerimos medidas<br />

contingenciais para pátios com infestações severas. É<br />

primordial considerar o espaçamento entre as pilhas para<br />

permitir medidas de manejo e controle”, explica o pesquisador-chefe,<br />

Guilherme Schnell e Schühli.<br />

A Embrapa também salienta que a limpeza de qualquer<br />

resíduo e a observação de uso das toras que primeiro<br />

chegaram ao pátio (First In First Out) em muito auxilia no<br />

controle da população. “Ainda não obtivemos sucesso em<br />

transferir a tecnologia de controle biológico utilizada em<br />

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Estimamos, com base em<br />

comunicações de outras<br />

empresas em diferentes Estados,<br />

que este seja um problema<br />

comum inerente à prática de<br />

estocagem de toras de pinus<br />

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52 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 53


PRÊMIO<br />

CONHEÇA AS<br />

REFERÊNCIAS DE <strong>2018</strong><br />

Evento de premiação<br />

realizado em<br />

Curitiba (PR) contou<br />

com a presença<br />

de empresários,<br />

profissionais e<br />

pesquisadores da<br />

cadeia industrial<br />

madeireira e florestal<br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

Anúncios de investimentos e muito otimismo<br />

tomaram conta do ambiente durante a cerimônia<br />

de entrega das placas aos vencedores<br />

do Prêmio REFERÊNCIA <strong>2018</strong>, realizada em<br />

Curitiba (PR), no dia 30 de outubro. Excepcionalmente<br />

neste ano, foram 11 os homenageados. A JOTA<br />

Editora fez questão de premiar 10 empresas e prestar uma<br />

deferência especial para a Embrapa Florestas que completou<br />

40 anos.<br />

Conservando a essência desde sua criação também na<br />

17ª edição, o prêmio visa divulgar e ressaltar iniciativas,<br />

independente do porte, que beneficiam o segmento, colaboradores<br />

e comunidades locais no corrente ano de <strong>2018</strong>.<br />

“Produzimos um evento em que os grandes homenageado<br />

são as empresas, profissionais e entidades. É muito gratificante<br />

observar tantas personalidades do setor prestigiando<br />

nosso encontro”, aponta Fábio Alexandre Machado,<br />

diretor comercial do JOTA Editora.<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Novembro <strong>2018</strong><br />

55


PRÊMIO<br />

Esta edição é ainda mais especial porque durante <strong>2018</strong><br />

as Revistas REFERÊNCIA FLORESTAL e INDUSTRIAL atingiram<br />

a marca de 200 edições publicadas, ao longo de 20<br />

anos. “Durante todo este período, buscamos informar o<br />

setor por meio de notícias e novidades que fazem a diferença<br />

para a tomada de decisão dos gestores de empresas<br />

deste segmento”, pondera Fábio.<br />

“Entendemos o nosso papel como principal veículo de<br />

comunicação nestas áreas e abraçamos a responsabilidade<br />

de ser porta-voz destes setores”, explica Rafael Macedo,<br />

editor. O Prêmio REFERÊNCIA faz parte destes esforços<br />

porque divulga parte do que foi realizado durante o ano<br />

por meio de um seleto grupo de premiados.<br />

“Produzimos um evento em que<br />

os grandes homenageados são<br />

as empresas, profissionais e<br />

entidades”<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />

do JOTA Editora<br />

Gran.Casa<br />

A Gran.Casa, empresa familiar sediada em Videira (SC), preserva<br />

o forte compromisso com a qualidade, uma diretriz que não é<br />

fácil de manter, mas que constantemente é recompensada. Ela foi<br />

vencedora no WorldStar Packaging Awards, premiação mundial que<br />

reconhece empresas que inovam e avançam no design de suas embalagens.<br />

O sócio-gestor da empresa, Matheus Parmagnani, ficou<br />

horando com a premiação e ressaltou os valores que guiam a Gran.<br />

Casa. “É uma grande alegria ser homenageado porque somos uma<br />

empresa pequena com base sólida, o que é muito importante para<br />

quem busca crescimento.”<br />

VENCEDORES <strong>2018</strong><br />

Adami<br />

A Adami está no rol de empresas comprometidas com o empreendedorismo<br />

e vanguarda. Neste ano, a companhia investiu na<br />

construção de duas linhas de produção para aproveitamento de<br />

madeira com diferentes diâmetros, com a ideia de fazer mais com<br />

menos. A ação mostra comprometimento com a região, setor e uma<br />

contribuição para ampliar a confiança na economia brasileira. Após<br />

receber o troféu, Daniel Pscheidt agradeceu o reconhecimento.<br />

“Continuamos comprometidos a investir cada vez mais. Atitudes<br />

como estas da Revista REFERÊNCIA nos motivam.”<br />

Madeiras Eulide<br />

O pioneirismo está no cerne da Madeiras Eulide. Recentemente,<br />

a empresa foi a primeira fabricante brasileira a entrar no mercado<br />

de exportação de compensado envernizado. E em <strong>2018</strong>, completa<br />

três anos da certificação Carb que atesta limite para emissão de formaldeído<br />

na produção de compensados, sendo a primeira indústria<br />

brasileira deste setor a conquistar este selo. “A premiação nos motiva<br />

a continuar a investir em novas tecnologias de diferenciação do<br />

nosso produto”, apontou o diretor comercial, Bernard Dyck.<br />

Ekomposit<br />

A madeira é uma matéria-prima nobre que pode gerar produtos espetaculares,<br />

com grande valor agregado. A Ekomposit colocou esta máxima em prática.<br />

A empresa possui uma planta industrial moderna com 17 mil m 2 (metros<br />

quadrados) de área construída, capaz de transformar anualmente cerca de 100<br />

mil m 3 (metros cúbicos) de madeira em produtos engenheirados com o uso da<br />

técnica de Painéis de Lâminas Paralelas, que neste ano, em especial, foram utilizados<br />

por diversas empresas para produzir estruturas e produtos de madeira<br />

únicos. O diretor presidente da empresa, Carlos Alberto Gomes Maciel, lembra<br />

que a companhia precisou se reestruturar para continuar de pé. “Tivemos que<br />

reinventar a empresa em dois anos e felizmente em <strong>2018</strong> tivemos um crescimento<br />

muito interessante”, exaltou durante o discurso. “Estamos em um momento<br />

importante no país, é um momento da virada para construção, como já<br />

aconteceu em alguns países do Mercosul. É com muito orgulho que recebemos<br />

este prêmio”, completou.<br />

Palu Madeiras<br />

A fabricante de produtos de madeira, Palu Madeiras enxergou<br />

oportunidades onde muitos só viam crise. Com 100% da produção<br />

voltada ao mercado internacional, a empresa de Mandirituba (PR)<br />

acredita no crescimento e por isto investiu em uma nova linha de<br />

produção, que vai ampliar a oferta de produtos certificados e com<br />

qualidade mundial. “Ficamos muito felizes com a premiação, somos<br />

uma empresa familiar com 20 anos no mercado. Sinto orgulho de<br />

trabalhar com a madeira”, afirmou Danilo Augusto Palu, proprietário<br />

da empresa.<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 57


PRÊMIO<br />

Penha Embalagens<br />

Para saber o resultado da união entre a criatividade brasileira e<br />

o comprometimento japonês, basta observar a Penha Papéis e Embalagens.<br />

Neste ano, a companhia investiu pesado na modernização<br />

tecnológica das plantas no Paraná e na Bahia. Mais do que isto, publicou<br />

a pesquisa inédita que ampliou a produtividade no cultivo do<br />

bambu, biomassa que utiliza para gerar energia limpa. “A empresa<br />

está há 57 anos no Brasil, familiar e com acionistas de descendência<br />

japonesa”, contextualizou o presidente da companhia, Carlos Edson<br />

Shiguematsu. A Penha está produzindo 250 mil t (toneladas) de embalagem<br />

de papelão por ano. Há 12 anos iniciou a produção de papel<br />

nas unidades da Bahia e Paraná. O novo desafio só foi superado<br />

depois que a empresa viabilizou o uso da biomassa de bambu para<br />

a geração de vapor.<br />

Wood Pack<br />

A fabricante de paletes de madeira, Wood Pack produz 6 mil<br />

peças diariamente. Os produtos fabricados seguem os mais rígidos<br />

padrões de qualidade. Para ampliar a atuação voltada ao mercado<br />

interno, a fabricante investiu em uma moderna linha de produção,<br />

mostrando confiança no crescimento econômico. “A Wood Pack é<br />

uma empresa familiar produtora de paletes e agora estamos felizes<br />

com o novo desafio da serraria”, lembrou o gerente comercial, Celso<br />

Fernando Bella.<br />

Todeschini<br />

Fazer acontecer. Esta é a maneira de atuar do Grupo Todeschini.<br />

A mais recente ação da organização é prova disto. Com mais de R$<br />

100 milhões em investimentos, a cidade de Cachoeira do Sul, no Rio<br />

Grande do Sul, receberá uma nova indústria de beneficiamento de<br />

madeira, que também contará com uma unidade florestal, fechando<br />

assim uma cadeia completa e verticalizada, que gera empregos e<br />

renda para o município. “Ano que vem o grupo Todeschini completa<br />

80 anos. É um grande prazer receber o prêmio”, destacou Leonardo<br />

Campagner, gerente regional de franquias, ao receber a placa comemorativa.<br />

Vale Norte<br />

A Vale Norte Industrial Mercantil investiu continuamente na<br />

qualidade e tecnologia, não poupando investimentos mesmo em<br />

épocas de recessão. Mais do que isto, a direção da empresa acredita<br />

que é essencial contribuir para a qualidade de vida dos colaboradores.<br />

Por isto, patrocina e incentiva a participação de funcionários em<br />

competições esportivas e proporciona a integração da comunidade<br />

local e empresa. “Estamos honrados em estar fazendo parte deste<br />

seleto grupo de empresários e grandes ilustres”, afirmou José Querino<br />

de Paula, representante da Vale Norte.<br />

Viero Móveis Indústria e Comércio<br />

No dia 25 de agosto a Viero Móveis celebrou a ampliação de<br />

mais 10 mil m² (metros quadrados) de parque fabril localizado em<br />

Concórdia (SC). O grupo que já empregava mais de 700 colaboradores,<br />

contratou mais 200 para dar conta da demanda. O investimento<br />

da empresa catarinense é um marco histórico que trará frutos também<br />

à região. “A Viero Móveis fez novos investimos este ano porque<br />

acreditamos no Brasil. Estamos muito ansiosos para 2019, já confirmamos<br />

um novo investimento de R$ 20 milhões em uma nova planta.<br />

Para nós é uma honra e satisfação ganhar esse prêmio”, revelou<br />

Claudiomiro Vieira, proprietário da empresa.<br />

Embrapa Florestas<br />

Nesta edição do prêmio, a Embrapa Florestas merece destaque<br />

especial. A entidade completou 40 anos agora em <strong>2018</strong>. Durante<br />

este período viabilizou enormes avanços nas áreas de silvicultura,<br />

manejo de pragas, incremento genético de plantas e sementes, incentivo<br />

ao plantio da araucária e ao acesso de produtores à Ilpf (Integração<br />

Lavoura Pecuária e Floresta). “Nesta caminhada dos nossos<br />

40 anos foram importantes as nossas parcerias com universidades,<br />

entidades de assistência técnica, públicas ou privadas, e principalmente<br />

com nosso setor produtivo”, ressaltou Edson Tadeu Iede,<br />

chefe Geral da Embrapa Florestas ao receber a homenagem.<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 59


PRÊMIO<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 61


PRÊMIO<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 63


ARTIGO<br />

INFLUÊNCIA DA MATOCOMPETIÇÃO<br />

EM POVOAMENTOS JOVENS DE<br />

PINUS TAEDA L.<br />

GABRIEL CORSO PELLENS<br />

ENGENHEIRO FLORESTAL<br />

PAULO ROBERTO LESSA<br />

ENGENHEIRO FLORESTAL<br />

LAURI AMÂNDIO SCHORN<br />

ENGENHEIRO FLORESTAL<br />

TATIELE ANETE BERGAMO FENILLI<br />

ENGENHEIRA AGRÔNOMA<br />

RESUMO<br />

O<br />

objetivo desse trabalho foi avaliar o comportamento<br />

e a correlação entre o desenvolvimento<br />

das mudas de Pinus taeda e a matocompetição<br />

em áreas de reflorestamento<br />

ao longo de 24 meses, com a finalidade de<br />

poder realizar o manejo adequado da matocompetição e<br />

reduzir o uso de agroquímicos. O delineamento experimental<br />

utilizado foi de blocos ao acaso, com oito tratamentos<br />

(controle de plantas daninhas com herbicida glifosato em<br />

períodos diferentes) e quatro repetições, sendo: (testemunha<br />

sem controle, controle total da matocompetição e<br />

controle da matocompetição aos 2; 4; 6; 8; 10 e 12 meses<br />

após o plantio das mudas no campo). As dimensões das<br />

parcelas foram de 20 x 30 m (600 m²). Após a instalação do<br />

experimento, foram avaliadas 24 mudas centrais do tratamento,<br />

quanto a: sobrevivência (%), altura (cm), diâmetro<br />

do colo (cm) e o fator de produtividade (cm 3 ), aos 6, 12,18 e<br />

24 meses após o transplante das mudas para o campo. Com<br />

base nos resultados, pode-se concluir que a sobrevivência e<br />

altura das mudas não foram influenciadas pelo período de<br />

convivência entre as plantas daninhas e o seu controle, no<br />

entanto o diâmetro do colo e o fator de produtividade foram<br />

influenciados pelo período de convivência e ainda que o<br />

período no qual ocorreu a maior interferência das plantas<br />

daninhas as mudas jovens foram durante o primeiro ano de<br />

estabelecimento da floresta.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O cultivo de espécies florestais, de forma análoga a qualquer<br />

população natural, está sujeita a uma série de fatores<br />

ecológicos que, direta ou indiretamente, podem influenciar<br />

o crescimento das árvores e a produção de madeira, carvão<br />

ou celulose. Esses fatores podem ser divididos em abióticos<br />

e bióticos. São considerados abióticos aqueles decorrentes<br />

da ação dos fatores físicos ou químicos do ambiente, como<br />

disponibilidade de água e nutrientes do solo, pH do solo,<br />

luminosidade e outros. Os fatores bióticos são aqueles decorrentes<br />

da ação dos seres vivos, como a competição, o<br />

comensalismo, a predação, e outros (Pitelli; Marchi, 1991).<br />

A presença de plantas daninhas no ecossistema florestal<br />

é um dos fatores limitantes na implantação e manutenção<br />

das florestas. Em grande parte das ocorrências, as populações<br />

das plantas daninhas atingem elevadas densidades<br />

populacionais e passam a condicionar uma série de fatores<br />

que são negativos ao crescimento e produtividade das árvores<br />

e à operacionalização do sistema produtivo (Marchi et<br />

al., 1995).<br />

As plantas daninhas podem interferir no crescimento e<br />

desenvolvimento das culturas, pois são bem adaptadas às<br />

condições adversas do ambiente, podendo se sobressair às<br />

mudas florestais recém-plantadas e que ainda estão em processo<br />

de estabelecimento, resultando em reduções na produção.<br />

As plantas daninhas também podem ser hospedeiras<br />

de pragas e doenças, porém, o principal dano que elas causam<br />

nas plantações jovens das florestas é a competição por<br />

água, luz e nutrientes (Garcia; Souza; Antunes Junior, 2007).<br />

No entanto, essa interferência não se estabelece durante<br />

todo o ciclo de desenvolvimento da cultura. Há períodos<br />

em que a convivência com a comunidade infestante acarreta<br />

perdas significativas de produtividade das plantas cultivadas<br />

e outros períodos em que a interferência não influencia na<br />

produção (Carvalho, 2011).<br />

Também devem ser considerados os benefícios que as<br />

plantas daninhas proporcionam pelos inúmeros fatores ecológicos,<br />

como o aumento da diversidade biótica do primeiro<br />

nível trófico, aumentando as possibilidades de equilíbrio<br />

ecológico local, refletindo nas populações de predadores<br />

e parasitas florestais; também aumentam a proteção da<br />

superfície do solo contra o processo erosivo; além disso,<br />

imobilizam grandes quantidades de nutrientes que seriam<br />

carregados pela lixiviação (Marchi, 1989).<br />

Sabendo-se dos efeitos positivos e negativos da matocompetição,<br />

é necessário determinar o período a partir do<br />

plantio, em que a cultura deve crescer livre da presença de<br />

plantas daninhas, podendo assim manifestar seu potencial<br />

produtivo máximo.<br />

De todas as práticas silviculturais adotadas visando à<br />

alta produtividade, o controle de plantas daninhas é uma<br />

das mais efetuadas, especialmente no primeiro e segundo<br />

ano após o plantio. Os tratamentos efetuados para o controle<br />

de plantas daninhas em reflorestamento, em geral,<br />

seguem padrões que não consideram os efeitos da densidade,<br />

idade e desenvolvimento das populações de plantas<br />

daninhas sobre a população da espécie florestal em implantação.<br />

Desta forma, a maior eficiência no controle de plantas<br />

daninhas dificilmente é atingida.<br />

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 65


ARTIGO<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


ARTIGO<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 69


ARTIGO<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 71


AGENDA<br />

Disco de corte para Feller<br />

AGENDA<strong>2018</strong>/2019<br />

AGENDA<strong>2018</strong>/2019<br />

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de acordo com o padrão da máquina<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2018</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

MAIO<br />

2019<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

V Cbra (Congresso Brasileiro de<br />

Reflorestamento Ambiental)<br />

6 a 8<br />

Vitória (ES)<br />

www.reflorestamentoambiental.com.br<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2018</strong><br />

NOV<br />

<strong>2018</strong><br />

SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE PRAGAS<br />

FLORESTAIS<br />

O simpósio será nos dias 27 e 28 de novembro de <strong>2018</strong>,<br />

em Belo Horizonte (MG). O objetivo é divulgar novas<br />

tecnologias, processos e procedimentos, administrar<br />

a aplicação de todas as possíveis técnicas de controle<br />

visando reduzir os prejuízos na produção da cultura a<br />

níveis toleráveis.<br />

Ligna Hannover<br />

27 a 31<br />

Hannover (Alemanha)<br />

www.ligna.de<br />

SETEMBRO<br />

2019<br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />

Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />

dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

D’Antonio Equipamentos<br />

Mecânicos e Industriais Ltda<br />

Simpósio Nacional sobre Pragas<br />

Florestais<br />

27 e 28<br />

Belo Horizonte (MG)<br />

www.sif.org.br/@pragas<strong>2018</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

III Woodtrade Brazil<br />

10<br />

Curitiba (PR)<br />

lignumbrasil.com.br/3o-woodtrade-brazil<br />

VI Prêmio Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />

em Estudos de Economia e Mercado<br />

<strong>Florestal</strong><br />

31<br />

Brasília (DF)<br />

www.florestal.gov.br/premio-sfb-deeconomia-e-mercado-florestal<br />

DEZEMBRO<br />

<strong>2018</strong><br />

DEZ<br />

<strong>2018</strong><br />

VI PRÊMIO SERVIÇO FLORESTAL<br />

BRASILEIRO EM ESTUDOS DE ECONOMIA E<br />

MERCADO FLORESTAL<br />

Estão abertas, até o dia 31 de dezembro, as inscrições para<br />

o prêmio que é realizado em parceria com a CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria) e Enap (Escola Nacional<br />

de Administração Pública). O prêmio visa estimular a<br />

pesquisa, buscando ampliar e disseminar o conhecimento<br />

em Economia e Mercado <strong>Florestal</strong>, focando a produção<br />

sustentável no Brasil. A premiação ocorrerá durante cerimônia<br />

que será realizada pelo Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro,<br />

em Brasília (DF).<br />

XXV Congresso Mundial da Iufro<br />

29 de setembro até 5 de outubro<br />

Curitiba (PR)<br />

iufro2019.com/pb/sobre-o-congresso<br />

SETEMBRO<br />

2019<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 73


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Riscos fazem parte<br />

DA EVOLUÇÃO<br />

Por Alexandre Slivnik,<br />

Diretor executivo do Ibex (Institute for<br />

Business Excellence)<br />

Pode ser difícil mensurar<br />

até onde os riscos valem a<br />

pena, mas com o objetivo de<br />

inovar, devemos entender<br />

que alguns erros fazem parte<br />

do caminho<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br<br />

E<br />

m um mundo globalizado como o que vivemos,<br />

onde as informações surgem a cada instante e é<br />

possível realizar compartilhamentos de conteúdos<br />

e ideias, inovações sobre os mais diversos temas e<br />

áreas de trabalho podem surgir com muita facilidade.<br />

Tendo isso em vista, empresas que querem crescer, a médio<br />

e longo prazo, devem estar dispostas a tomar partidos e arriscar<br />

determinadas estratégias.<br />

O autor Augusto Cury tem uma frase que eu gosto muito:<br />

“Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para<br />

executar seus sonhos”. Entendo que seja difícil mensurar até<br />

onde os riscos valem a pena, mas com o objetivo de inovar,<br />

devemos entender que alguns erros fazem parte do caminho.<br />

Essa movimentação visando o crescimento é essencial para alavancar<br />

sua empresa e seu negócio.<br />

Para se ter uma ideia de como o mundo profissional ruma<br />

para uma mudança, a pesquisa Futuro do Trabalho, feita pelo<br />

Fórum Econômico Mundial, demonstrou que 65% das crianças<br />

que estão entrando no Ensino Fundamental hoje, frequentarão<br />

cursos universitários que ainda não existem, e 25% delas trabalharão<br />

em algo que ainda é totalmente desconhecido. E as<br />

mudanças só acontecem porque o mundo está se reinventando<br />

e procurando novas perspectivas.<br />

Eu mesmo, nessa minha jornada incansável pela busca do<br />

conhecimento, corro riscos diariamente. Há alguns anos, por<br />

oportunidades, tive que tomar uma decisão corajosa, de deixar<br />

de viver no meu país de nascimento e me “aventurar” em um<br />

novo país com uma nova cultura. Hoje, depois de alguns anos,<br />

podemos ver que o saldo foi muito positivo. Mas para que isso<br />

fosse possível, foi necessário dar o primeiro passo no escuro.<br />

Quanto maior o risco, maiores as chances de você perpetuar<br />

a sua empresa. Os que mais arriscam, são os que mais mergulham<br />

em um oceano infinito de possibilidades.<br />

CABEÇOTES<br />

A TMO está sempre em busca das melhores parcerias para oferecer as melhores soluções para o<br />

mercado florestal. Desta maneira, nos juntamos com a empresa Waratah para oferecer cabeçotes<br />

harvester com capacidade de corte acima de 620 mm completando a nossa linha de soluções<br />

florestais em corte, desgalhe e processamento de madeira.<br />

H414<br />

1.100 kg / 2.425 lb.<br />

Peso (Sem Rotator e Ligação)<br />

28 MPa / 4.061 psi<br />

Requisitos Hidráulicos Máximos<br />

610 mm / 24,0 pol<br />

Abertura de Desgalhe Superior Máxima<br />

640 mm / 25,2 pol<br />

Abertura Máxima do Rolo de Alimentação<br />

620 mm / 24,4 pol<br />

Capacidade Máxima de Corte<br />

17-22 toneladas métricas<br />

Tamanho do Transportador<br />

16-21 toneladas métricas<br />

Tamanho do Transportador<br />

H415<br />

1.330 kg / 2.932 lb.<br />

Peso (Sem Rotator e Ligação)<br />

28 MPa / 4.061 psi<br />

Requisitos Hidráulicos Máximos<br />

680 mm / 26,8 pol<br />

Abertura de Desgalhe Superior Máxima<br />

680 mm / 26,8 pol<br />

Abertura Máxima do Rolo de Alimentação<br />

750 mm / 29,5 pol<br />

Capacidade Máxima de Corte<br />

18-25 toneladas métricas<br />

Tamanho do Transportador<br />

20-25 toneladas métricas<br />

Tamanho do Transportador<br />

Tração 4x4<br />

www.tmo.com.br • tmo@tmo.com.br<br />

www.facebook.com/ciaolsen<br />

Cia Olsen de Tratores Agro Industrial<br />

Caçador - SC • 49 3561-6000


A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />

A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />

fazendo o seu investimento render muito mais!<br />

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