*Novembro/2018 - Referência Florestal 202
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Novembro <strong>2018</strong> 1
SUMÁRIO<br />
NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />
26<br />
FLORESTA<br />
CONECTADA<br />
CARGA SEGURA<br />
NÓS INVENTAMOS O CONCEITO<br />
AS CÓPIAS NUNCA<br />
SUPERAM AS ORIGINAIS<br />
• Tecnologia exclusiva de solda, o item mais<br />
importante do equipamento<br />
• Há 10 anos no mercado brasileiro<br />
• Qualidade comprovada por quem concede um ano<br />
de garantia<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Ivan Tomaselli<br />
14 Notas<br />
18 Biomassa<br />
19 Frases<br />
20 Entrevista<br />
26 Principal<br />
32 Especial<br />
38 Ilpf<br />
44 Madeira nativa<br />
48 Pragas<br />
54 Prêmio REFERÊNCIA<br />
64 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
32<br />
54<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
07 Agroceres<br />
37 Carrocerias Bachiega<br />
35 CBI do Brasil<br />
73 D’Antonio Equipamentos<br />
76 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
05 Emex Brasil<br />
11 Engeforest<br />
69 H Fort<br />
51 Lion Equipamentos<br />
68 Mill Indústrias<br />
71 Mill Indústrias<br />
73 PD Instrumentos<br />
47 Potenza<br />
41 Rotary Ax<br />
43 Rotor Equipamentos<br />
09 Sergomel<br />
75 TMO<br />
53 Valfer Ferramentas<br />
13 Woodtech<br />
REPRESENTANTE EXCLUSIVA EXTE NO BRASIL<br />
ALAMEDA MERCÚRIO, 98<br />
AMERICAN PARK - INDAIATUBA/SP<br />
+55 (19) 3935.1970 / (19) 3935.2031<br />
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8<br />
04 www.referenciaflorestal.com.br
ANOS<br />
EDITORIAL<br />
O jogo virou<br />
THE GAME HAS TURNED<br />
AROUND<br />
Independente das opiniões políticas, o fato é que a consumação<br />
de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil elevou o<br />
ânimo do setor produtivo. Naturalmente que as ações do presidente<br />
eleito terão impacto, por isto é imprescindível que ele<br />
acerte, principalmente, logo na saída. Mas sem dúvida, a maré<br />
está mais favorável. Está previsto para sair do papel, ainda este<br />
ano, o Plano Nacional de Florestas Plantadas, produzido pelo<br />
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que ouviu<br />
o setor para a elaboração do mesmo. Portanto, traz grande<br />
expectativa quanto à introdução de políticas de incentivo e desburocratização<br />
da área. Estes assuntos, inclusive, foram tema<br />
de discursos feitos durante a entrega do Prêmio REFERÊNCIA<br />
<strong>2018</strong>, em cerimônia realizada em Curitiba. Este otimismo eleva<br />
nossos espíritos e nos estimula a fazer mais e melhor. Tenha<br />
uma excelente leitura!<br />
Regardless of political opinions, the fact is that the election<br />
of Jair Bolsonaro as President of Brazil has raised the morale<br />
of the Brazilian Productive Sector. Of course, the actions of the<br />
President-elect will have an impact, for it is imperative that he<br />
gets it right, mainly, right from the start. But without doubt,<br />
the tide is more favorable. Later this year, the National Plan for<br />
Planted Forests, produced by the Ministry of Agriculture, Livestock,<br />
and Supply, is forecast to be put into action, after hearing<br />
the Sector during its preparation. Therefore, there is a large<br />
expectation regarding the introduction of incentive policies and<br />
reduced bureaucracy in the area. Inclusively, these issues were<br />
the subject of discussions during the <strong>2018</strong> Prêmio REFERÊNCIA<br />
presentation ceremony held in Curitiba. This optimism lifts up<br />
our spirits and encourages us to do more and better. Have a<br />
pleasant read!<br />
2<br />
A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />
A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
fazendo o seu investimento render muito mais!<br />
Ligue para 19 3802.2742 e agende uma Demonstração!<br />
Agende uma demonstração<br />
19 3802.2742<br />
Entrevista com<br />
Manoel de Freitas<br />
1<br />
DENISCIMAF.com<br />
A composição de imagens da<br />
capa desta edição mostram<br />
três soluções da Woodtech<br />
para a Floresta 4.0<br />
Produtividade<br />
do animal<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XX • N°<strong>202</strong> • NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />
ENTREVISTA História de Manoel de Freitas, um dos grandes nomes da Engenharia <strong>Florestal</strong> Brasileira<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
<strong>2018</strong><br />
Conheça os<br />
destaques do ano<br />
GESTÃO FLORESTAL 4.0<br />
EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE MADEIRA<br />
ANTECIPAM O MODELO DE NEGÓCIO<br />
FLORESTAL DO FUTURO<br />
Forest<br />
management 4.0<br />
Equipment for timber measurement<br />
anticipates the forest business<br />
model of the future<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XX - EDIÇÃO <strong>202</strong> - NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Rafael Macedo - Editor<br />
editor@revistareferencia.com.br<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colaboração / Colaboration<br />
Patricia Munhoz<br />
Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Fabiano Mendes<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Cartunista / Cartunist<br />
Francis Ortolan<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Supervisão - Cassiele Ferreira<br />
Aline Landarin<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
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directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
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to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
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06 www.referenciaflorestal.com.br
Agende uma demonstração<br />
DENISCIMAF.com<br />
ANOS<br />
CARTAS<br />
ENTREVISTA Laura de Santis Prada, secretária-executiva do Imaflora, aponta os rumos da certificação florestal<br />
A combinação bruta<br />
A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />
A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
fazendo o seu investimento render muito mais!<br />
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Capa da Edição 201 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de outubro de <strong>2018</strong><br />
19 3802.2742<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XX • N°201 • OUTUBRO <strong>2018</strong><br />
Power in motion<br />
Equipment made using domestic technology<br />
leads to more competitiveness in<br />
timber xx<br />
harvesting and handling<br />
POTÊNCIA EM MOVIMENTO<br />
EQUIPAMENTOS COM TECNOLOGIA NACIONAL<br />
TRAZEM COMPETITIVIDADE PARA COLHEITA<br />
E MOVIMENTAÇÃO DE MADEIRA<br />
Terrenos<br />
acidentados<br />
Plantio produtivo<br />
mesmo em aclives<br />
do desempenho<br />
e tecnologia.<br />
EXPECTATIVA<br />
Por Ângelo Segundo de Castro - Rio Negrinho (SC)<br />
Gostaria de saber se existem planos para o setor do agronegócio<br />
que já foram divulgados pelo novo Presidente.<br />
Resposta: Boa sugestão. Vamos atrás disto e se houver informações<br />
faremos uma reportagem sobre o assunto.<br />
PARABÉNS<br />
Por Claudio Hatschbach - Curitiba (PR)<br />
A diretoria da Tecnovapor parabeniza-os pelo evento<br />
realizado. Expressamos elogios pela organização.<br />
OTIMISTA<br />
Por Carina Oleskovicz - São Paulo (SP)<br />
Acho que os próximos anos serão muito produtivos para o setor. Como engenheira<br />
florestal penso que seja importante aproveitarmos as mudanças de governo para<br />
fortalecer a participação da nossa atividade no agronegócio.<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />
respeito de reportagem produzida<br />
pelo veículo.<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
referenciamadeira<br />
REFERÊNCIAS<br />
Por Daniel Pscheidt - Curitiba (PR)<br />
Mais uma vez gostaríamos de parabenizá-los pelo evento, essa iniciativa além<br />
de promover a integração das empresas dos mais diversos setores da madeira<br />
motiva todos a estarem sempre evoluindo.<br />
FLORESTA TEM VALOR<br />
Por Cristina Albuquerque -<br />
Belém (PA)<br />
Muito boa a entrevista com Laura<br />
Prada do Imaflora. Concordo que<br />
temos que aumentar a certificação<br />
e aliar com a produção. Só assim<br />
manteremos as florestas em pé e<br />
gerando recursos.<br />
Foto: divulgação Foto: REFERÊNCIA Foto: divulgação<br />
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M<br />
Y<br />
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08 www.referenciaflorestal.com.br
BASTIDORES<br />
Charge<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Charge: Francis Ortolan<br />
Revista<br />
BEIRA-MAR<br />
Tivemos o prazer de visitar o litoral catarinense para conversar com o Ricardo Righetti, gerente da filial da<br />
Woodtech no Brasil. Com tempo chuvoso não deu praia em Itapema, mas o que valeu foi o bom papo.<br />
Ricardo Righetti, gerente da<br />
filial da Woodtech no Brasil,<br />
na sede da empresa<br />
Ricardo Righetti ao lado de<br />
Rafael Macedo, editor da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
AS FLORESTAS TROPICAIS<br />
CONTINUARÃO A SER<br />
MANEJADAS PARA PRODUÇÃO<br />
DE MADEIRA?<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
TECNOLOGIA E PRECISÃO EM MEDIÇÃO DE VOLUME<br />
Mais de 10 milhões de caminhões medidos<br />
Instalações na América do Sul, EEUU, Europa e Austrália<br />
Empresas que trabalham com madeira<br />
tropical são obrigadas a direcionar boa parte<br />
de seus recursos somente para comprovar<br />
legalidade e acessar mercados<br />
Foto: divulgação<br />
20 instalações no Brasil<br />
Medições 100% rastreáveis<br />
Por que a<br />
certificação falhou<br />
nessas empresas<br />
europeias<br />
operando na<br />
África?<br />
S<br />
ustentabilidade e legalidade têm<br />
sido cada vez mais importantes<br />
para o comércio de madeiras tropicais.<br />
Estes aspectos são parte dos<br />
acordos de comércio envolvendo<br />
diversos países, como é o caso do recente acordo<br />
de comércio firmado entre o Canadá, EUA<br />
(Estados Unidos da América) e México. Nele é<br />
destacada a contribuição das florestas manejadas<br />
para a melhoria ambiental global e o papel<br />
fundamental das florestas na prestação de serviços<br />
ecossistêmicos. O acordo também trata do<br />
combate ao comércio ilegal de madeiras.<br />
É bom lembrar, no entanto, que os compradores<br />
e usuários de produtos de madeira não<br />
estão apenas considerando a sustentabilidade e<br />
a legalidade. Eles também querem um produto<br />
confiável, de qualidade e competitivo. O grande<br />
foco atual na sustentabilidade e legalidade está,<br />
aparentemente, criando muita confusão e custos<br />
adicionais de transação.<br />
Existem diversas iniciativas como o EU Flegt,<br />
o US Lacey Act, o Australian Logging Prohibition<br />
Act e mais recentemente o Act on Promotion<br />
of Use and Distribution of Legally- Harvested<br />
Wood and Wood Products do Japão. Cada uma<br />
das iniciativas tem diferentes conceitos de legalidade.<br />
Adicionalmente, existem as definições<br />
dos diferentes esquemas de certificação, como<br />
o FSC e o Pefc. Isto tem obrigado aos produtores<br />
e exportadores de madeira a investir tempo e<br />
recursos para garantir acesso ao mercado. Cada<br />
vez menos o investimento busca melhorar a<br />
qualidade e a competitividade dos produtos.<br />
Como resultado, o mercado para madeira<br />
tropical está em declínio. A madeira tropical<br />
tem sido substituída nos grandes mercados por<br />
produtos de engenheirados, produzidos com<br />
espécies locais. Esta substituição tem afetado a<br />
indústria de madeiras tropicais no Brasil e em<br />
outros países.<br />
Recentemente empresas europeias operando<br />
na África foram afetadas. O grupo francês<br />
Rougier, por exemplo, entrou com pedido de falência<br />
nos Camarões, alegando falta de competitividade<br />
devido a problemas logísticos e do sistema<br />
de tributação. Este grupo manejava mais<br />
de 2,3 milhões de ha (hectares) de florestas na<br />
África e administra sete fábricas que empregam<br />
mais de três mil trabalhadores no Gabão, Camarões,<br />
República do Congo e República Centro-<br />
-Africana. Fundado em 1923, o Grupo Rougier é<br />
líder em madeira tropical africana certificada.<br />
Outras empresas europeias também diminuíram<br />
ou venderam suas operações na<br />
África. A empresa holandesa Wijma transferiu<br />
concessões florestais no Camarões para a Vicwood,<br />
empresa de Hong Kong. A italiana Cora<br />
Wood, renomada fabricante de compensados<br />
do Gabão, vendeu uma de suas concessões para<br />
empresa chinesa. Outras empresas europeias<br />
poderão em breve sair do Gabão e do Congo.<br />
Existem indícios que a saída do negócio das<br />
empresas europeias está associada ao declínio<br />
na certificação do FSC na África. A grande questão<br />
é como as empresas certificadas pelo FSC,<br />
sustentáveis, podem entrar em colapso? Organizações<br />
internacionais como a Itto, FAO, Banco<br />
Mundial, e outras organizações como a WWF e<br />
a The Nature Conservation, incentivam a certificação<br />
como prova da sustentabilidade. Por que<br />
a certificação falhou nessas empresas europeias<br />
operando na África?<br />
Necessitamos identificar onde está o erro.<br />
Temos que admitir que os negócios não têm<br />
sido bons para garantir a sustentabilidade da<br />
indústria de madeira tropical. Os desafios da indústria<br />
de madeira tropical são enormes.<br />
SISTEMA LASER DE ALTA<br />
PRECISÃO PARA MEDIÇÃO<br />
DE TORAS DE MADEIRAS<br />
Cenibra<br />
Belo Oriente<br />
SISTEMA LASER DE ALTA<br />
PRECISÃO PARA MEDIÇÃO DE<br />
VOLUME DE CAVACO<br />
Arauco<br />
Constitución<br />
SISTEMA FOTOGRÁFICO<br />
DE ALTA PRECISÃO PARA<br />
MEDIÇÃO DO VOLUME DE<br />
PILHAS DE MADEIRAS<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Av. Nereu Ramos, 4529 · Sala 04 · Meia Praia · Itapema · SC · Brasil<br />
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NOTAS<br />
Alta no setor de máquinas<br />
Tecnologia no processo<br />
produtivo da Fibria<br />
O setor de máquinas e equipamentos<br />
teve um crescimento de<br />
13,4% em comparação com 2017,<br />
sendo que a receita foi de R$ 7,08<br />
bilhões em setembro deste ano. No<br />
acumulado do ano, foi registrado alta<br />
de 7,4% sobre o ano passado, segundo<br />
os dados divulgados pela Abimaq<br />
(Associação Brasileira da Indústria<br />
de Máquinas e Equipamentos). No<br />
acumulado do ano as exportações<br />
apresentaram alta de 10,9%. O acumulado<br />
do ano para importação ficou<br />
com alta de 15,6%.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
A Fibria desenvolve o Projeto Floresta<br />
Inteligente, com investimento em soluções<br />
tecnológicas para aprimorar o processo<br />
produtivo. Dentre essas tecnologias estão<br />
à utilização de smartphones, tablets e<br />
computadores de bordo com softwares<br />
voltados para a gestão florestal que trazem<br />
resultados em produtividade e segurança<br />
para o plantio e a colheita do eucalipto.<br />
Com isso, a empresa consegue compartilhar<br />
os dados via internet e acessar em<br />
tempo real pelos gestores. Somente na<br />
operação de plantio de eucalipto a tecnologia<br />
já reduziu para um terço o tempo de<br />
execução das atividades.<br />
Foto: divulgação<br />
Observatório de<br />
energias renováveis<br />
A Cepal (Comissão Econômica da ONU para a<br />
América Latina e o Caribe) lançou o Observatório<br />
Regional de Energias Sustentáveis. A iniciativa funcionará<br />
como uma plataforma de assistência técnica<br />
e cooperação Sul-Sul, permitindo diálogo entre<br />
os países e apoio a projetos nacionais. Com recursos<br />
do Fundo de Desenvolvimento das Nações<br />
Unidas, o novo organismo vai fortalecer as capacidades<br />
dos países para conceber e implementar<br />
políticas de produção e distribuição de energia. A<br />
instituição vai ajudar os Estados-membros da Cepal<br />
a cumprir o ODS (Objetivo de Desenvolvimento<br />
Sustentável da ONU) de número 7 — assegurar<br />
o acesso universal e barato a energia, aumentar<br />
a participação de fontes renováveis nas matrizes<br />
energéticas e dobrar melhorias de eficiência até<br />
2030. Outro tema que merece mais atenção, de<br />
acordo com a comissão, é a complementaridade<br />
energética regional — quando governos se articulam<br />
para compartilhar redes de fornecimento e<br />
produção de eletricidade.<br />
Reflorestamento<br />
do Rio Doce<br />
O reflorestamento da bacia do Rio Doce<br />
avança após três anos do rompimento da barragem<br />
da mineradora Samarco. No entanto,<br />
pela avaliação do Ibama (Instituto Brasileiro<br />
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />
Renováveis) ainda serão necessários aproximadamente<br />
15 anos para se ter resultados<br />
mais concretos. A maior tragédia ambiental<br />
do país, o rompimento da barragem em<br />
Mariana (MG), liberou no ambiente 39<br />
milhões de m³ (metros cúbicos) de rejeitos,<br />
que destruiu comunidades, florestas e poluiu<br />
rios, além de deixar 19 mortos. As ações para<br />
o reflorestamento tiveram início em 2016<br />
com uma revegetação inicial com gramíneas<br />
e leguminosas em diversos trechos da área<br />
mais afetada, entre a barragem e a Usina de<br />
Candonga, em Santa Cruz do Escalvado (MG).<br />
Foto: divulgação<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 15
Foto: divulgação<br />
NOTAS<br />
ALTA<br />
CONQUISTA DO IMAFLORA<br />
O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação <strong>Florestal</strong><br />
e Agrícola) comemora a conquista como certificador<br />
do sistema FSC (em português, Conselho de Manejo<br />
<strong>Florestal</strong>). Com isso, passa a ser a primeira instituição<br />
da América do Sul a ser certificador direto do sistema:<br />
“Precisávamos de uma maturidade institucional para<br />
alcançar essa posição, e atualmente, estamos confortáveis<br />
para afirmar que foi atingida”, comemora Laura<br />
Prada, secretária executiva do Imaflora.<br />
Ipef participa de evento<br />
internacional<br />
O Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais)<br />
foi destaque em principal evento sobre plantios<br />
de eucalipto no mundo, o Iufro Eucalyptus<br />
<strong>2018</strong>. O evento realizado em Montpellier, na França,<br />
foi organizado pela Iufro (International Union<br />
of Forest Research Organizations), com apoio do<br />
Cirad (Centre de Coopération Internationale en<br />
Recherche Agronomique pour le Développement).<br />
Os trabalhos do Ipef foram apresentados em todas<br />
as sessões, que abordaram serviços ecossistêmicos<br />
e estratégicos para enfrentar estresses abióticos<br />
e bióticos. Outras instituições parceiras, como<br />
o Cirad (Centro Francês de Pesquisa Agrícola para<br />
o Desenvolvimento Internacional), apresentaram<br />
estudos apoiados pelo Instituto.<br />
NOVEMBRO <strong>2018</strong><br />
CALIFÓRNIA SOFRE COM INCÊNDIOS<br />
FLORESTAIS<br />
Incêndios florestais na Califórnia, nos EUA (Estados<br />
Unidos da América) chegaram a 282 km² (quilômetros<br />
quadrados), causando mais de 30 mortes, segundo a<br />
agência Associated Press. Os bombeiros de Los Angeles<br />
estimam que o fogo tenha destruído 150 casas no<br />
sul da Califórnia e evacuaram mais 250 mil casas para<br />
evitar maiores danos. Esses incêndios ocorrem devido<br />
à seca grave no sul daquele Estado.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Grupo PCP Steel<br />
completa 40 anos<br />
UNYLASER, EMPRESA QUE FAZ PARTE DA COMPANHIA,<br />
REPRESENTA 90% DO MERCADO FLORESTAL URUGUAIO<br />
Embora o setor industrial brasileiro esteja passando por uma<br />
das piores crises já vivenciadas, algumas empresas do setor têm<br />
excelentes motivos para celebrar <strong>2018</strong>. Em outubro, o Grupo PCP<br />
Steel, de Caxias do Sul (RS), comemora 40 anos de atividades.<br />
Com projeções otimistas para os próximos anos e novas parcerias<br />
em andamento, a marca abrange três empresas e emprega cerca<br />
de 180 colaboradores.<br />
Uma das principais características do grupo ao longo das últimas<br />
quatro décadas é a constante reinvenção. Fundada em 1978<br />
em um escritório de apenas 30m² (metros quadrados), a PCP<br />
nasceu como um empreendimento de representação comercial.<br />
Em pouco tempo, o aço começou a nortear as negociações e a<br />
empresa passou a representar importantes marcas do mercado<br />
industrial nacional e internacional. Atualmente, essa unidade leva<br />
o nome de PCP Produtos Siderúrgicos e é referência na distribuição<br />
de aços de alta resistência e tubos para cilindros hidráulicos.<br />
As outras duas empresas do grupo PCP foram criadas nos<br />
anos 2000, de olho nas necessidades dos clientes. A Unylaser<br />
surgiu em 2003 e atua na área de fabricação de produtos e componentes<br />
metálicos. A linha de fueiros florestais Raptor, produzida pela empresa, é líder de mercado e é exportada para toda América<br />
Latina, EUA (Estados Unidos da América) e Europa. Já a terceira empresa do grupo, a PCP Serviços de Corte, foi fundada em 2005 e<br />
atende grandes companhias de Caxias do Sul e região. “Apesar de atendermos nichos industriais bem específicos, a PCP está sempre<br />
evoluindo e ampliando os serviços. Com as nossas três empresas, conseguimos oferecer uma solução completa para os clientes”, destaca<br />
Eduardo Cervelin, gerente geral da PCP Produtos Siderúrgicos.<br />
REPRESENTAÇÃO NO URUGUAI<br />
Embora tenha apenas 3,4 milhões de habitantes e 17 milhões de ha (hectares), o Uruguai é um dos principais exportadores de<br />
celulose do mundo. Dados recentes apontam que a celulose já ultrapassou até mesmo a carne bovina e se transformou no principal<br />
produto exportado pelo país. De olho nesse mercado em ascensão, a Unylaser investe em parceiros comerciais no país vizinho. O<br />
trabalho vem dando resultados e atualmente a empresa representa cerca de 90% do mercado de transporte florestal de celulose no<br />
Uruguai.<br />
A parceria com o mercado uruguaio teve início em 2010, quando uma transportadora do país passou a fazer parte dos clientes da<br />
Unylaser. Depois de pouco tempo, essa transportadora indicou a marca caxiense para uma distribuidora, a Servipiezas. No Uruguai, a<br />
Servipiezas é líder em serviços voltados para o transporte rodoviário. Quando essa relação comercial foi firmada, portanto, a Unylaser<br />
conquistou uma expressiva fatia do mercado de fueiros florestais no país. Outro momento importante da marca caxiense em solo uruguaio<br />
foi a parceria com a Faracor. A empresa também é uma relevante distribuidora e tem sido fundamental para os bons resultados<br />
colhidos.<br />
BAIXA<br />
AMPLIAÇÃO PARA OS EUA<br />
De olho no promissor mercado norte-americano, a Unylaser participou da tradicional feira florestal Great Lakes Logging & Heavy<br />
Equipment Expo. O evento ocorreu em setembro, na cidade de Oshkosh, Estado de Wisconsin. Essa foi a 73ª edição da feira que, em<br />
<strong>2018</strong>, reuniu cerca de 200 expositores.<br />
A aproximação da Unylaser com o mercado norte-americano teve início há cerca de dois anos. Na época, uma equipe técnica da<br />
marca caxiense viajou até a América do Norte para prospectar possíveis clientes. A estratégia gerou resultados positivos e algumas<br />
parcerias começaram a ser desenvolvidas. A participação da Unylaser na feira norte-americana deste ano é um dos frutos desse intenso<br />
trabalho de prospecção. O fueiro florestal Raptor foi exposto no encontro e chamou a atenção dos visitantes especialmente pelo<br />
design inovador e pela excelente relação peso x capacidade x preço em comparação às opções atuais ofertadas no mercado americano.<br />
O modelo presente na feira faz parte da primeira exportação da linha para os EUA.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 17
BIOMASSA<br />
FRASES<br />
Água potável<br />
ATRAVÉS DE<br />
BIOMASSA<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
“Levamos o conceito de<br />
Indústria 4.0 para a floresta. São<br />
tecnologias utilizadas no dia<br />
a dia aplicadas ao campo que<br />
melhoram a disponibilidade de<br />
dados para tomada de decisão,<br />
trazem ganhos à produtividade, à<br />
segurança e ao desenvolvimento<br />
dos empregados”<br />
Caio Zanardo, diretor <strong>Florestal</strong> da Fibria<br />
Foto: divulgação<br />
U<br />
m dispositivo alimentado à biomassa possibilita<br />
transformar ar em água potável.<br />
Criado por uma parceria entre as empresas<br />
Skysource e Skywater que concorriam<br />
ao desafio Water Abundance Xprize, que<br />
consiste em obter água limpa e potável do ar utilizando<br />
sistemas com recursos renováveis, a invenção chama-se<br />
Wedew (wood-to-energy deployed water) e utiliza recursos<br />
de biomassa disponíveis no local, sejam pedaços de madeira<br />
ou cascas de coco, capazes de alimentar as máquinas e<br />
dessa forma produzir água através do ar com um custo inferior.<br />
Para isso, o dispositivo usa duas máquinas: Skywater,<br />
uma caixa que simula a forma como as nuvens são criadas<br />
e aquece o ar para criar condensação para obter água, e<br />
um gaseificador de biomassa já que o sistema utiliza muita<br />
eletricidade.<br />
Baixa emissão<br />
de poluentes<br />
É META DO<br />
BRASIL<br />
C<br />
omo parte da Agenda 2030, as atividades do<br />
Projeto Siderurgia Sustentável se alinham aos<br />
ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).<br />
O Brasil se comprometeu a reduzir, até<br />
<strong>202</strong>5, 37,5% de emissões em comparação com dados de<br />
2005. Diversas medidas foram determinadas para se chegar<br />
a isso, sendo uma delas a restauração e o reflorestamento de<br />
12 milhões de ha (hectares) e promover o uso de bioenergia<br />
sustentável. Com o objetivo de unir esforços para reduzir a<br />
emissão de gases estufa do processo produtivo do carvão<br />
vegetal sustentável, bem como de seu uso pelo setor siderúrgico,<br />
o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)<br />
no Brasil implementa o Projeto Siderurgia Sustentável.<br />
O projeto incentiva processos, tecnologias e arranjos<br />
produtivos inovadores e mais eficientes para a produção de<br />
carvão vegetal advindo de florestas plantadas. Um dos objetivos<br />
é a criação de um arcabouço institucional e normativo favorável<br />
à produção mais limpa e eficiente de carvão vegetal.<br />
“Os números mostram que<br />
o desmatamento não caiu.<br />
Aliás, no caso da Amazônia,<br />
ele subiu. 2012 foi o ano com<br />
menor desmatamento: 4 mil km 2<br />
(quilômetros quadrados). E os<br />
últimos números falam em 8 mil<br />
km 2 , então, dobrou”<br />
Tasso Azevedo, engenheiro florestal<br />
do Mapbiomas<br />
“O segmento florestal é promissor e temos aptidão para<br />
isso. O Brasil conta com condições geoclimáticas, visto<br />
que levamos um terço a menos de tempo para a produção<br />
florestal em comparação a países europeus”<br />
“O investimento no plantio<br />
de florestas é alto e não pode<br />
falhar. É preciso confiar nas<br />
informações para planejar e<br />
saber se a produção da floresta<br />
plantada será suficiente, se vai<br />
faltar ou precisará comprar do<br />
mercado”<br />
Esthevan Gasparoto,<br />
CEO da Treevia<br />
Diogo Carlos Leuck,<br />
Presidente da Ageflor<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 19
ENTREVISTA<br />
Nome<br />
gravado na<br />
HISTÓRIA<br />
Name recorded in history<br />
U<br />
m dos grandes responsáveis pela evolução da silvicultura<br />
brasileira tinha outros planos na carreira de<br />
educador físico. Mas o bichinho da floresta o picou<br />
e o setor ganhou muito com isto. Em 1965, Manoel<br />
de Freitas integrou uma das primeiras turmas do<br />
curso de Engenharia <strong>Florestal</strong> pela Ufpr (Universidade Federal<br />
do Paraná). A profissão era desconhecida na época e ainda anos<br />
depois da formatura, em 1969, ele se via obrigado a explicar o<br />
que fazia. O engenheiro ajudou a criar e dirigir diversas entidades<br />
e associações voltadas à pesquisa e valorização dos profissionais<br />
da área. Com anos de estrada, tem o nome gravado na história<br />
da engenharia florestal brasileira. Saber um pouco da vida de Manuel<br />
nos faz entender como o Brasil alcançou tamanha excelência<br />
no plantio de árvores. Confira a entrevista exclusiva!<br />
H<br />
e ended up as one of those mainly responsible for<br />
the development of Brazilian forestry, but early on,<br />
he had other plans - a career in physical education.<br />
But the forest bug bit him, and the Sector<br />
has gained a lot from this. In 1965, Manoel de Freitas joined one<br />
of the first classes of the Forest Engineering course at the Federal<br />
University of Paraná (Ufpr). The profession was unknown at the<br />
time, and even years after graduation in 1969, he saw himself forced<br />
to explain what he did. The Engineer helped create and direct<br />
a variety of entities and associations dedicated to the research and<br />
development of professionals in the field. With years of experience,<br />
his name has become recorded in the history of Brazilian forest<br />
engineering. Getting to know a little of the life of Manuel, helps us<br />
to understand how Brazil has achieved such excellence in planted<br />
forests. Check out the exclusive interview!<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Manoel de Freitas<br />
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />
Itararé (SP), em 11 de outubro de 1946<br />
October 11, 1946, Itararé (SP)<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Consultoria <strong>Florestal</strong> desde 2003, com trabalhos dentro e<br />
fora do Brasil<br />
Forestry Consultant since 2003, Brazil and abroad<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Engenharia <strong>Florestal</strong> (Ufpr-1969 ) e Administração de Empresas<br />
(PUC-Campinas, 1978)<br />
Forest Engineering, Federal University of Paraná (Ufpr),<br />
1969 and Business Administration, Pontifical Catholic University<br />
in Campinas (PUC-Campinas), 1978<br />
Por muitos e muitos<br />
anos ainda à frente,<br />
era preciso explicar<br />
constantemente o que<br />
era e o que fazia um<br />
engenheiro florestal!<br />
>> Por que escolheu fazer Engenharia <strong>Florestal</strong> na época?<br />
Como foi fazer parte de uma das primeiras turmas desta<br />
área no Brasil?<br />
Em 1965 fui para Curitiba (PR) cursar um ensino superior,<br />
após ter concluído no Estado de São Paulo o Científico<br />
(como costumávamos chamar na época uma das opções<br />
dos três últimos anos do ensino médio). Poucas localidades<br />
tinham faculdades naqueles dias e Curitiba era a localidade<br />
mais próxima de Itararé (SP), que fica na fronteira<br />
com o Paraná. Inicialmente entrei em Educação Física,<br />
e no mesmo ano decidi fazer Engenharia <strong>Florestal</strong>, pois<br />
compartilhei um quarto com um estudante de Engenharia<br />
<strong>Florestal</strong> na Casa do Estudante Universitário e achei que<br />
aquela era a profissão que deveria abraçar. Minha turma,<br />
graduada em 1969, foi denominada a sexta turma de engenheiros<br />
florestais da Ufpr. Na época, e por muitos e muitos<br />
anos ainda à frente, era preciso explicar constantemente o<br />
que era e o que fazia um engenheiro florestal. Ao que me<br />
consta, quando me formei, havia pouco mais de 100 engenheiros<br />
florestais no país, e no Estado de São Paulo, onde<br />
fui trabalhar, havia somente 10, provavelmente.<br />
>> Tem uma longa história de serviços prestados ao setor<br />
de silvicultura. Poderia destacar os momentos mais importantes<br />
desta trajetória?<br />
Sou profundamente agradecido à oportunidade que a vida<br />
me deu em ser testemunha ocular da enorme evolução,<br />
porque passaram os métodos e processos das atividades<br />
florestais, notadamente em quatro áreas, em que as mudanças<br />
foram enormes em comparação com aqueles anos<br />
iniciais da minha carreira profissional, que são: viveiros<br />
florestais (viraram linhas de montagem automatizadas),<br />
melhoramento florestal (a adoção da clonagem, através<br />
da biotecnologia), manejo florestal (mudanças no preparo<br />
do solo, fertilização e manutenção florestal) e colheita/<br />
transporte. Estas foram as principais, a meu ver, muito em-<br />
Why did you choose to study Forest Engineering at the<br />
time? What was it like being part of one of the first<br />
classes in this area in Brazil?<br />
In 1965, I traveled to Curitiba to begin my university<br />
studies after having completed the scientific (as we<br />
used to call one of the options for the last three years of<br />
high school at the time,) in the State of São Paulo. Few<br />
places had universities in those days, and Curitiba was<br />
the closest location to Itararé (São Paulo), which lies on<br />
the border with the State of Paraná. Initially, I studied<br />
physical education, but in the same year, I decided to<br />
go into Forestry, because I shared a room with a Forest<br />
Engineering student in the University Student Residence<br />
and thought that was the profession that I should follow.<br />
My class graduated in 1969 and was the 6th class<br />
of Ufpr Forest Engineers. At the time, and for many,<br />
many years afterward, it was necessary to constantly<br />
explain what I was and what a Forest Engineer did! As<br />
far as I know, when I graduated, there were just over<br />
100 forest engineers in the Country, and in the State of<br />
São Paulo, where I was working, there were probably<br />
only about ten.<br />
You have a long history of services to the Forestry Sector.<br />
Could you highlight your most important moments<br />
along this path?<br />
I am deeply grateful for the opportunity that life gave<br />
me to be an eyewitness of a considerable evolution<br />
in forest activity methods and processes, notably in<br />
four areas: forest nurseries (they became automated<br />
assembly lines), forest improvement (the adoption of<br />
cloning through biotechnology), forest management<br />
(changes in soil preparation, fertilization and, forest<br />
maintenance), and harvest/transport. The changes<br />
were enormous compared with those of my initial years<br />
of my professional career. These were the main ones,<br />
in my view, although, with the information technology<br />
that has emerged in recent years, significant changes<br />
have occurred in control in the areas of implementation,<br />
maintenance, inventory, and other support segments in<br />
implementation and forest growth.<br />
Your work has been recognized through you receiving<br />
various awards and honors. For you, which award was<br />
the most special?<br />
I had the privilege of having been presented with numerous<br />
awards and tributes that mentioned my contribution<br />
to forestry, probably for reasons of my involvement<br />
with the professional associations or research<br />
bodies, such as the Brazilian Society of Forestry (SBS)<br />
- for many years, I was one of its directors, the State of<br />
São Paulo Association of Forest Engineers (I was one<br />
of the founders), the São Paulo Association of Planted<br />
Forest Producers, Suppliers, and Consumers (Forestar)<br />
(I was one of the founders and President), and the<br />
Institute of Forest Research and Studies (Ipef) (I was<br />
President at several stages), amongst others. Also, the<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 21
ENTREVISTA<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 23
ENTREVISTA<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
PRINCIPAL<br />
Floresta<br />
CONECTADA<br />
Conceito de Floresta 4.0 já é realidade para<br />
o setor brasileiro e tem capacidade de<br />
impulsionar ganhos, reduzir custos e conferir<br />
assertividade ao gerenciamento do negócio<br />
Fotos: divulgação<br />
C<br />
omeçou com a indústria e agora vem se popularizando.<br />
Estamos entrando na era da Floresta 4.0.<br />
O conceito pode assustar logo de cara, mas não é<br />
nada do outro mundo. O tal do 4.0 baseia-se em<br />
algo muito natural para nós, a comunicação. A<br />
diferença é que a troca de informações também acontece entre<br />
sistemas e máquinas, no campo mesmo, possibilitando a criação<br />
de uma rede integrada que aumenta a capacidade de tomar<br />
decisões. O resultado é uma operação muito mais inteligente,<br />
enxuta, segura, competitiva e precisa.<br />
Especialistas afirmam que no futuro próximo, haverá o aumento<br />
de máquinas autônomas na floresta e de caminhões para<br />
o transporte de madeira. Tudo estará interligado. Os gestores<br />
saberão com precisão milimétrica e em fração de segundos tudo<br />
o que acontece no campo como volume de madeira, consumo de<br />
combustível, matéria-prima que entrou na fábrica, quantidade<br />
de produto e uma quantidade expressiva de dados importantes,<br />
que fazem diferença na assertividade das decisões tomadas<br />
pelos gestores.<br />
A Woodtech é uma das empresas que estão contribuindo<br />
para esta nova realidade. Mundialmente conhecida pelos equipamentos<br />
de mensuração de volume de toras, cavaco e carvão,<br />
a fabricante acaba de lançar dois dispositivos para a Floresta<br />
4.0. “É uma realidade para o negócio florestal no Brasil, que nós<br />
estamos ajudando a suprir. A Woodtech trabalha junto aos seus<br />
Connected forest<br />
The Forest 4.0 concept is already a reality<br />
for the Brazilian Forest Sector and can boost<br />
profits, reduce costs, and provide business<br />
management assertiveness<br />
I<br />
t started with the Industrial Sector and has been growing<br />
in popularity. We are entering the era of Forest 4.0. The<br />
concept can scare one right off the bat, but it is not that<br />
big a deal. This 4.0 is based on something very natural to<br />
us, communication. The difference is that the exchange of<br />
information also takes place between machines, in the same field,<br />
enabling the creation of an integrated network that enhances the<br />
ability to make decisions. The result is a much smarter, leaner,<br />
safer, more competitive, and more precise operation.<br />
Experts say that shortly, there will be an increase in autonomous<br />
machines in the forest and trucks for timber log transport.<br />
Everything will be connected. Managers will know with millimetric<br />
precision and in a fraction of seconds everything that happens<br />
in the field such as the volume of timber, fuel consumption, raw<br />
material transported to the factory, amount of product, and other<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 27
PRINCIPAL<br />
28 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 29
PRINCIPAL<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 31
ESPECIAL<br />
Fotos: divulgação<br />
Plano Nacional para Plantadas está<br />
SAINDO DO FORNO<br />
Governo encerrou o período para participação<br />
popular e garante que ações começam ainda<br />
este ano, mas sem muitos detalhes<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 33
ESPECIAL<br />
M<br />
esmo sem data certa, o governo garante<br />
que ainda neste ano será dado o pontapé<br />
inicial no PlantarFlorestas (Plano Nacional<br />
de Desenvolvimento de Florestas Plantadas),<br />
coordenado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento). O documento esteve em consulta<br />
pública até o fim de outubro e agora está sendo finalizado<br />
após o envio das sugestões. No papel, a nova política para<br />
a atividade pretende desburocratizar licenças e trâmites<br />
que atrasam o desenvolvimento da atividade, conferir segurança<br />
jurídica, melhorar a infraestrutura, facilitar o acesso<br />
ao crédito - ajustado à atividade de silvicultura - e atuar na<br />
comunicação para mostrar os benefícios do segmento nas<br />
áreas econômicas, sociais e ambientais. As metas e objetivos<br />
do PlantarFlorestas foram traçadas para 10 anos, mas<br />
serão atualizadas periodicamente.<br />
O Mapa se apoiou nos números que o setor de florestas<br />
plantadas alcançam todos os anos para justificar a importância<br />
de ações que viabilizem o desenvolvimento da atividade<br />
com mais celeridade. “O Brasil lidera o ranking global<br />
de produtividade florestal, com uma média de 35,7 m³/ha/<br />
ano (metros cúbicos de hectare ao ano) para os plantios de<br />
eucalipto, e 30,5 m³/ha/ano nos plantios de pinus, segundo<br />
a Ibá (Industria Brasileira de Árvores)”, aponta o documento<br />
do Ministério. Esses valores são quase duas vezes maiores<br />
do que a produtividade das florestas em países do hemisfério<br />
norte. Apesar de ocupar uma pequena parcela do território<br />
nacional (aproximadamente 1% da área do país), o<br />
setor é responsável por 91% de toda a madeira produzida<br />
para fins industriais no país. No ano de 2016, último ano do<br />
levantamento do Ibge, o valor da produção primária florestal<br />
alcançou R$ 18,5 bilhões, superando em 0,8% o montante<br />
obtido no ano anterior. A silvicultura segue ganhando<br />
espaço, respondendo por 76,1% desse total, enquanto o<br />
extrativismo vegetal teve uma participação de 23,9% (Ibge).<br />
Neste mesmo ano, o setor empregou diretamente 510 mil<br />
pessoas. Estima-se que, no total, o número de postos de<br />
trabalhos da atividade de base florestal – diretos, indiretos<br />
e resultantes do efeito renda –, tenha sido da ordem de 3,7<br />
milhões.<br />
No ano de 2017 o setor respondeu por 5% das exportações<br />
totais do país e 10% das exportações do agronegócio,<br />
com um saldo positivo de US$ 10 bilhões na balança comercial,<br />
ficando em quarto lugar, atrás apenas dos complexos<br />
soja, carnes e sucroalcoleiro.<br />
DIRETRIZES<br />
Para incentivar investimentos em plantios florestais,<br />
para os técnicos do Mapa é preciso criar mecanismos econômicos<br />
capazes de gerar demanda adicional aos produtos<br />
O Brasil lidera o ranking global<br />
de produtividade florestal, com<br />
uma média de 35,7 m³/ha/ano<br />
para os plantios de eucalipto e<br />
30,5 m³/ha/ano nos plantios de<br />
pinus, segundo a Ibá (Industria<br />
Brasileira de Árvores)<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
ESPECIAL<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 37
ILPF<br />
Consórcio de floresta<br />
e gado aumenta<br />
PRODUTIVIDADE<br />
DO ANIMAL<br />
Com o avanço de estudos sobre a<br />
integração da floresta com outras<br />
atividades aumenta a quantidade e<br />
precisão das informações sobre os<br />
benefícios destes sistemas<br />
Fotos: divulgacão<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 39
ILPF<br />
Pesquisas continuam confirmando e levantando<br />
novos benefícios do consórcio com plantio de<br />
árvores para a criação de gado. Recentemente,<br />
estudo mostra que bovinos criados em<br />
sistemas integrados com árvores frequentam<br />
19% menos os bebedouros em comparação com aqueles<br />
criados em sistemas convencionais, a pleno sol. Trata-se<br />
de uma das vantagens de sistemas de produção como a<br />
Ilpf (integração lavoura-pecuária-floresta), que vem sendo<br />
adotada gradativamente no País, chegando a quase 12 milhões<br />
de ha (hectares).<br />
Essa e outras vantagens da estratégia de produção<br />
Ilpf são relatadas pelo pesquisador da Embrapa Pecuária<br />
Sudeste (SP) Alexandre Rossetto Garcia, que trabalha<br />
com biotecnologia da reprodução animal. Ele integra uma<br />
equipe multidisciplinar que vem comparando a criação de<br />
bovinos nos sistemas integrados e convencionais.<br />
Rossetto é orientador da dissertação de mestrado de<br />
Alessandro Giro, da Ufpa (Universidade Federal do Pará),<br />
médico veterinário que desenvolveu a pesquisa sobre o<br />
conforto térmico dos bovinos criados em Ilpf. Durante a<br />
pesquisa, foram avaliados também o comportamento dos<br />
animais e a frequência de ida a bebedouros e cochos de<br />
sal mineral. O consumo de água em volume não foi diretamente<br />
medido. O trabalho de campo foi realizado de<br />
janeiro a junho de 2017 e a dissertação foi defendida em<br />
julho de <strong>2018</strong>.<br />
O trabalho foi feito por observação visual em campanhas<br />
mensais de dois dias consecutivos, ao longo de oito<br />
horas por dia. A equipe ficava a uma distância que não<br />
interferisse no comportamento dos animais. O estudo<br />
constatou que, no período da tarde, 87% dos animais que<br />
estavam expostos ao sol foram ao bebedouro. Na área<br />
sombreada, esse índice caiu para 63% no mesmo período.<br />
A diferença foi maior nos meses de janeiro a março, quando<br />
as temperaturas, em geral, são mais elevadas.<br />
SISTEMAS ILPF OTIMIZAM OS<br />
RECURSOS NATURAIS<br />
“Na área de Ilpf, onde estão as árvores, buscamos também<br />
observar se os animais procuravam mais os espaços<br />
sombreados ou com sol. Medimos o tempo em minutos<br />
em que eles permaneceram no sol e na sombra. Constatamos<br />
que eles preferem a sombra, independentemente<br />
do turno”, afirmou Alessandro. Os animais que tiveram<br />
possibilidade de escolha entre sol e sombra passaram mais<br />
tempo pastejando, em ócio ou ruminando sob a copa das<br />
árvores.<br />
O animal que sofre com o estresse pelo calor reduz<br />
a ingestão de alimentos. “Quando se abriga na sombra,<br />
a carga térmica sobre o animal diminui e ele tem menor<br />
necessidade de dissipar o calor para o meio. Isso reduz a<br />
ofegação e a transpiração, minimizando a demanda por<br />
ingestão de água”, explica Rossetto.<br />
Quando precisa dissipar calor, o animal gasta energia<br />
em processos não relacionados à produção de leite e carne<br />
e à reprodução. Segundo o pesquisador da Embrapa, a<br />
ILPF permite o uso mais inteligente do recurso natural. O<br />
sombreamento reduz a temperatura ambiente em até 5 o C<br />
(Graus Celsius), o que é relevante para o conforto térmico<br />
e o bem-estar animal.<br />
PRECISÃO NO MONITORAMENTO DO GADO<br />
Rossetto explica ainda que a variação de 0,5 o C na<br />
temperatura interna dos animais é bastante expressiva.<br />
Os termógrafos utilizados para medir as temperaturas<br />
de superfície dos bovinos são muito precisos, chegando<br />
a mensurar os centésimos de graus. Segundo ele, dois<br />
fatores influenciam o bem-estar animal: o microclima (conjunto<br />
de informações que pode ser avaliado com auxílio<br />
de estações meteorológicas) e as condições térmicas dos<br />
indivíduos nessas áreas.<br />
Em estudos mais recentes, outros equipamentos têm<br />
ajudado a ciência a levantar dados para monitorar o gado.<br />
A Embrapa Pecuária Sudeste também consegue informações<br />
sobre comportamento animal graças a adaptações<br />
de técnicas disponíveis no mercado. Pesquisadores têm<br />
trabalhado em projetos de pecuária de precisão, utilizando<br />
um sistema computadorizado que identifica o deslocamen-<br />
O estudo constatou que,<br />
no período da tarde,<br />
87% dos animais que<br />
estavam expostos ao sol<br />
foram ao bebedouro<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 41
ILPF<br />
Pioneira em<br />
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Florestais seminovas<br />
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Novembro <strong>2018</strong> 43
MADEIRA NATIVA<br />
SETOR APROVA<br />
TRANSPARÊNCIA<br />
Abertura de dados<br />
do Sisdof, realizada<br />
em outubro,<br />
vem de encontro<br />
aos objetivos<br />
da cadeia de<br />
manejo florestal<br />
sustentável<br />
Fotos: divulgacão<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 45
MADEIRA NATIVA<br />
NADA A ESCONDER<br />
A novidade foi bem aceita pelo setor de manejo florestal.<br />
Um dos principais porta-vozes das empresas que trabalham<br />
com manejo florestal sustentável o Cipem (Centro<br />
das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />
Estado de Mato Grosso) aprovou a iniciativa. “Acreditamos<br />
que a transparência das informações é fundamental nos<br />
dias atuais principalmente para possibilitar que a sociedade,<br />
especialmente o mercado consumidor, conheça todo<br />
o processo de produção florestal, garantindo a sustentabilidade<br />
e legalidade do setor”, afirma Rafael Mason,<br />
presidente da entidade. Ele lembra que convergindo com<br />
esta tendência, o Centro apoiou também a iniciativa recente<br />
da Sema-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente<br />
de Mato Grosso) que criou o portal de transparência para<br />
publicar informações ambientais, incluindo o setor de base<br />
florestal.<br />
O executivo acredita que a transparência é benéfica<br />
para o setor. “Acontece uma valorização dessa cadeia de<br />
produção, favorecendo as empresas que atuam na legalidade,<br />
abrindo e fortalecendo novos mercados”, destaca<br />
Rafael. O acesso de todos às informações auxilia também<br />
na demonstração da robustez dos sistemas de controle e<br />
fiscalização, “pois fica claro o aglomerado de exigências<br />
que o empreendedor que fornece produtos florestais está<br />
obrigado a cumprir”. Outro ponto positivo é a possibilidade<br />
de utilizar essas informações para promoção de debates<br />
públicos no sentido de aprimorar as políticas públicas<br />
relativas ao setor.<br />
O presidente do Cipem lembrou que o Mato Grosso<br />
possui sistema próprio de controle, mas que, obrigatoriamente,<br />
deverá ser integrado ao Sinaflor. Do ponto de vista<br />
prático, ainda será preciso entender como serão resolvidas<br />
as particularidades de cada Estado, “pois uma floresta não<br />
é igual à outra” e haverá questões que não estão previstas<br />
no sistema que deverão ser adequadas.<br />
S<br />
etor florestal aprovou a medida do Ibamadetornar<br />
público os dados do Sisdof (Sistema de<br />
emissão de Documento de Origem <strong>Florestal</strong>),<br />
obrigatório nas operações de transporte e<br />
armazenamento de madeira comercializada<br />
obtida por meio de manejo florestal. A ação faz parte do<br />
Plano de Política de Dados Abertos do órgão.<br />
Desde setembro deste ano qualquer pessoa pode<br />
acessar o site do Ibama e obter acesso, quase que em<br />
tempo real, das operações cadastradas no Sisdof que mostram<br />
transações comerciais de produtos florestais, como<br />
volume de madeira vendida, conversão da matéria-prima<br />
em produto e volume autorizado para exploração florestal<br />
de uma empresa.<br />
“A abertura dos dados do DOF tinha uma grande demanda<br />
de entidades e organizações não governamentais”,<br />
explica Fernanda Ramos Simões, coordenadora de Monitoramento<br />
do Uso da Flora do Ibama. Porém, nem todos<br />
os Estados utilizam o Sisflora (Sistema de Comercialização<br />
e Transporte de Produtos Florestais). As exceções são Pará,<br />
Mato Grosso e Minas Gerais.<br />
Isto não quer dizer que estas informações ficam<br />
totalmente fora do radar. Toda vez que os produtos de<br />
madeira são negociados no âmbito interestadual e uma<br />
das unidades faz parte do sistema ele é registrado automaticamente,<br />
o que inclui as exportações para qualquer país.<br />
“Por particularidades, estes Estados preferiram manter o<br />
“Acreditamos que a<br />
transparência das informações<br />
é fundamental nos dias atuais,<br />
principalmente para possibilitar<br />
que a sociedade, especialmente<br />
o mercado consumidor,<br />
conheça todo o processo de<br />
produção florestal, garantindo a<br />
sustentabilidade e a legalidade<br />
do setor”<br />
Rafael Mason, presidente do Cipem<br />
sistema que já vinham usando antes da implementação do<br />
Sisflora”, explica Fernanda.<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 47
PRAGAS<br />
ESTUDO MOSTRA COMO SE<br />
LIVRAR DAS<br />
MOSCAS<br />
Pesquisa buscou trazer solução para a<br />
contaminação de ovos de moscas em toras de<br />
pinus armazenadas em depósitos pelo Brasil<br />
Fotos: divulgação<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 49
PRAGAS<br />
U<br />
m desafio recorrente em empresas do setor<br />
florestal e madeireiro é a contaminação das<br />
toras da espécie Pinus taeda por ovos de<br />
moscas pertencentes à Família Sciaridae. A<br />
questão é comum em épocas mais quentes do ano, gerando<br />
inúmeros problemas para empresários em todo o país,<br />
devido ao perigo recorrente para a saúde dos operários e<br />
moradores próximos aos locais de armazenamento.<br />
Buscando resolver o dilema, a Embrapa Florestas desenvolveu<br />
um estudo para o controle da praga do pinus.<br />
Em parceria com as empresas Berneck e Arauco, o projeto<br />
levantou inúmeras precauções para que o monitoramento<br />
seja periódico e diminua o impacto da infestação de larvas<br />
do gênero Bradysia.<br />
INÍCIO<br />
A ideia surgiu após empresas florestais buscarem a<br />
Embrapa para compreender qual era o problema e quais<br />
medidas poderiam ser tomadas. Em 2013, a instituição<br />
promoveu uma reunião que direcionou o início do projeto<br />
de pesquisa. O encontro foi mediado e fomentado pelo<br />
Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais).<br />
“Neste encontro definimos quais os pontos estratégicos<br />
e contingenciais a serem abordados em projeto de<br />
pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A partir da primeira<br />
etapa deste projeto, foi possível identificar com que<br />
praga estávamos lidando, passando pelo desenvolvimento<br />
de métodos de monitoramento, até discussões sobre controles<br />
mais acessíveis às práticas produtivas das empresas.<br />
Mas o assunto é tão novo ao ponto de termos encontrado<br />
e batizado uma espécie nova, ou seja, desconhecida para<br />
a ciência”, revela o responsável pela pesquisa, Guilherme<br />
Schnell e Schühli.<br />
Um dos problemas encontrados pelo pesquisador foi<br />
a falta de um protocolo que permitisse a identificação das<br />
espécies Neotropicais. “Em colaboração com o Laboratório<br />
de Sistemática de Díptera da USP de Ribeirão Preto,<br />
fornecemos a primeira ferramenta de identificação de espécies<br />
de um dos gêneros envolvidos. Muitas espécies que<br />
capturamos ainda aguardam para serem descritas para a<br />
ciência”, explica.<br />
PRINCIPAIS PROBLEMAS<br />
A mesma espécie de moscas já é<br />
conhecida por ser uma grande inimiga<br />
da agricultura brasileira, sendo responsável<br />
por danificar algumas culturas<br />
de hortaliças e frutas, bem como<br />
em criações de cogumelos como o<br />
Shitake. O dano acontece porque<br />
as larvas que vivem no substrato de<br />
cultivo danificam os pêlos radiculares<br />
das plantas comprometendo a capacidade de absorver<br />
água e nutrientes.<br />
“O ataque, se muito severo, pode comprometer por<br />
completo a saúde da muda. As larvas podem avançar pelo<br />
tecido vegetal criando galerias e comumente veiculando<br />
microrganismos patogênicos que se aproveitam do estado<br />
vulnerável da planta” afirma Guilherme.<br />
No caso dos pátios de toras, o estudo foi a primeira<br />
descrição de algumas espécies desta família causando<br />
um problema diferente deste ataque em mudas, frutos e<br />
cogumelos. As pilhas de toras armazenadas em pátio proporcionam<br />
um espaço protegido para o desenvolvimento<br />
deste inseto.<br />
“Entre a casca e o alburno, onde localiza-se o câmbio,<br />
as larvas se desenvolvem. Ainda não se sabe por certo<br />
se aproveitando os abundantes carboidratos disponíveis<br />
neste espaço ou alimentando-se de fungos que também<br />
se desenvolvem neste espaço confinado”, detalha o pesquisador.<br />
Normalmente, estes insetos são parte normal da fauna<br />
urbana. “O que muda neste cenário que investigamos é<br />
a quantidade a que podem chegar as infestações se não<br />
forem tomados os cuidados de controle”, conta. Guilherme<br />
salienta também que é comum, com o crescimento dos<br />
municípios, que o espaço urbano se aproxime à vizinhança<br />
das plantas.<br />
Com esta aproximação o problema que provavelmente<br />
sempre esteve presente tornou-se notado. “Estimamos,<br />
com base em comunicações de outras empresas em diferentes<br />
estados, que este seja um problema comum inerente<br />
à prática de estocagem de toras de pinus”, explica.<br />
O estudo também concluiu que o fim da primavera e<br />
o início do verão são as épocas em que as infestações se<br />
proliferam. “Normalmente outubro e novembro são meses<br />
críticos devido à umidade e ao aumento de temperatura,<br />
assim como em momentos que antecedem as épocas de<br />
chuva, fato que pode comprometer a chegada de toras no<br />
pátio. Este aumento de estoque associado ao aumento de<br />
umidade são críticos e podem ocasionar infestações”.<br />
MEDIDAS DE CONTROLE<br />
Após o levantamento, encerrado no começo de <strong>2018</strong>,<br />
a força-tarefa da Embrapa listou algumas precauções, que<br />
serão reunidas em um futuro relatório. “Sugerimos medidas<br />
contingenciais para pátios com infestações severas. É<br />
primordial considerar o espaçamento entre as pilhas para<br />
permitir medidas de manejo e controle”, explica o pesquisador-chefe,<br />
Guilherme Schnell e Schühli.<br />
A Embrapa também salienta que a limpeza de qualquer<br />
resíduo e a observação de uso das toras que primeiro<br />
chegaram ao pátio (First In First Out) em muito auxilia no<br />
controle da população. “Ainda não obtivemos sucesso em<br />
transferir a tecnologia de controle biológico utilizada em<br />
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comunicações de outras<br />
empresas em diferentes Estados,<br />
que este seja um problema<br />
comum inerente à prática de<br />
estocagem de toras de pinus<br />
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52 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 53
PRÊMIO<br />
CONHEÇA AS<br />
REFERÊNCIAS DE <strong>2018</strong><br />
Evento de premiação<br />
realizado em<br />
Curitiba (PR) contou<br />
com a presença<br />
de empresários,<br />
profissionais e<br />
pesquisadores da<br />
cadeia industrial<br />
madeireira e florestal<br />
Fotos: Marcos Mancinni<br />
Anúncios de investimentos e muito otimismo<br />
tomaram conta do ambiente durante a cerimônia<br />
de entrega das placas aos vencedores<br />
do Prêmio REFERÊNCIA <strong>2018</strong>, realizada em<br />
Curitiba (PR), no dia 30 de outubro. Excepcionalmente<br />
neste ano, foram 11 os homenageados. A JOTA<br />
Editora fez questão de premiar 10 empresas e prestar uma<br />
deferência especial para a Embrapa Florestas que completou<br />
40 anos.<br />
Conservando a essência desde sua criação também na<br />
17ª edição, o prêmio visa divulgar e ressaltar iniciativas,<br />
independente do porte, que beneficiam o segmento, colaboradores<br />
e comunidades locais no corrente ano de <strong>2018</strong>.<br />
“Produzimos um evento em que os grandes homenageado<br />
são as empresas, profissionais e entidades. É muito gratificante<br />
observar tantas personalidades do setor prestigiando<br />
nosso encontro”, aponta Fábio Alexandre Machado,<br />
diretor comercial do JOTA Editora.<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Novembro <strong>2018</strong><br />
55
PRÊMIO<br />
Esta edição é ainda mais especial porque durante <strong>2018</strong><br />
as Revistas REFERÊNCIA FLORESTAL e INDUSTRIAL atingiram<br />
a marca de 200 edições publicadas, ao longo de 20<br />
anos. “Durante todo este período, buscamos informar o<br />
setor por meio de notícias e novidades que fazem a diferença<br />
para a tomada de decisão dos gestores de empresas<br />
deste segmento”, pondera Fábio.<br />
“Entendemos o nosso papel como principal veículo de<br />
comunicação nestas áreas e abraçamos a responsabilidade<br />
de ser porta-voz destes setores”, explica Rafael Macedo,<br />
editor. O Prêmio REFERÊNCIA faz parte destes esforços<br />
porque divulga parte do que foi realizado durante o ano<br />
por meio de um seleto grupo de premiados.<br />
“Produzimos um evento em que<br />
os grandes homenageados são<br />
as empresas, profissionais e<br />
entidades”<br />
Fábio Alexandre Machado, diretor comercial<br />
do JOTA Editora<br />
Gran.Casa<br />
A Gran.Casa, empresa familiar sediada em Videira (SC), preserva<br />
o forte compromisso com a qualidade, uma diretriz que não é<br />
fácil de manter, mas que constantemente é recompensada. Ela foi<br />
vencedora no WorldStar Packaging Awards, premiação mundial que<br />
reconhece empresas que inovam e avançam no design de suas embalagens.<br />
O sócio-gestor da empresa, Matheus Parmagnani, ficou<br />
horando com a premiação e ressaltou os valores que guiam a Gran.<br />
Casa. “É uma grande alegria ser homenageado porque somos uma<br />
empresa pequena com base sólida, o que é muito importante para<br />
quem busca crescimento.”<br />
VENCEDORES <strong>2018</strong><br />
Adami<br />
A Adami está no rol de empresas comprometidas com o empreendedorismo<br />
e vanguarda. Neste ano, a companhia investiu na<br />
construção de duas linhas de produção para aproveitamento de<br />
madeira com diferentes diâmetros, com a ideia de fazer mais com<br />
menos. A ação mostra comprometimento com a região, setor e uma<br />
contribuição para ampliar a confiança na economia brasileira. Após<br />
receber o troféu, Daniel Pscheidt agradeceu o reconhecimento.<br />
“Continuamos comprometidos a investir cada vez mais. Atitudes<br />
como estas da Revista REFERÊNCIA nos motivam.”<br />
Madeiras Eulide<br />
O pioneirismo está no cerne da Madeiras Eulide. Recentemente,<br />
a empresa foi a primeira fabricante brasileira a entrar no mercado<br />
de exportação de compensado envernizado. E em <strong>2018</strong>, completa<br />
três anos da certificação Carb que atesta limite para emissão de formaldeído<br />
na produção de compensados, sendo a primeira indústria<br />
brasileira deste setor a conquistar este selo. “A premiação nos motiva<br />
a continuar a investir em novas tecnologias de diferenciação do<br />
nosso produto”, apontou o diretor comercial, Bernard Dyck.<br />
Ekomposit<br />
A madeira é uma matéria-prima nobre que pode gerar produtos espetaculares,<br />
com grande valor agregado. A Ekomposit colocou esta máxima em prática.<br />
A empresa possui uma planta industrial moderna com 17 mil m 2 (metros<br />
quadrados) de área construída, capaz de transformar anualmente cerca de 100<br />
mil m 3 (metros cúbicos) de madeira em produtos engenheirados com o uso da<br />
técnica de Painéis de Lâminas Paralelas, que neste ano, em especial, foram utilizados<br />
por diversas empresas para produzir estruturas e produtos de madeira<br />
únicos. O diretor presidente da empresa, Carlos Alberto Gomes Maciel, lembra<br />
que a companhia precisou se reestruturar para continuar de pé. “Tivemos que<br />
reinventar a empresa em dois anos e felizmente em <strong>2018</strong> tivemos um crescimento<br />
muito interessante”, exaltou durante o discurso. “Estamos em um momento<br />
importante no país, é um momento da virada para construção, como já<br />
aconteceu em alguns países do Mercosul. É com muito orgulho que recebemos<br />
este prêmio”, completou.<br />
Palu Madeiras<br />
A fabricante de produtos de madeira, Palu Madeiras enxergou<br />
oportunidades onde muitos só viam crise. Com 100% da produção<br />
voltada ao mercado internacional, a empresa de Mandirituba (PR)<br />
acredita no crescimento e por isto investiu em uma nova linha de<br />
produção, que vai ampliar a oferta de produtos certificados e com<br />
qualidade mundial. “Ficamos muito felizes com a premiação, somos<br />
uma empresa familiar com 20 anos no mercado. Sinto orgulho de<br />
trabalhar com a madeira”, afirmou Danilo Augusto Palu, proprietário<br />
da empresa.<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 57
PRÊMIO<br />
Penha Embalagens<br />
Para saber o resultado da união entre a criatividade brasileira e<br />
o comprometimento japonês, basta observar a Penha Papéis e Embalagens.<br />
Neste ano, a companhia investiu pesado na modernização<br />
tecnológica das plantas no Paraná e na Bahia. Mais do que isto, publicou<br />
a pesquisa inédita que ampliou a produtividade no cultivo do<br />
bambu, biomassa que utiliza para gerar energia limpa. “A empresa<br />
está há 57 anos no Brasil, familiar e com acionistas de descendência<br />
japonesa”, contextualizou o presidente da companhia, Carlos Edson<br />
Shiguematsu. A Penha está produzindo 250 mil t (toneladas) de embalagem<br />
de papelão por ano. Há 12 anos iniciou a produção de papel<br />
nas unidades da Bahia e Paraná. O novo desafio só foi superado<br />
depois que a empresa viabilizou o uso da biomassa de bambu para<br />
a geração de vapor.<br />
Wood Pack<br />
A fabricante de paletes de madeira, Wood Pack produz 6 mil<br />
peças diariamente. Os produtos fabricados seguem os mais rígidos<br />
padrões de qualidade. Para ampliar a atuação voltada ao mercado<br />
interno, a fabricante investiu em uma moderna linha de produção,<br />
mostrando confiança no crescimento econômico. “A Wood Pack é<br />
uma empresa familiar produtora de paletes e agora estamos felizes<br />
com o novo desafio da serraria”, lembrou o gerente comercial, Celso<br />
Fernando Bella.<br />
Todeschini<br />
Fazer acontecer. Esta é a maneira de atuar do Grupo Todeschini.<br />
A mais recente ação da organização é prova disto. Com mais de R$<br />
100 milhões em investimentos, a cidade de Cachoeira do Sul, no Rio<br />
Grande do Sul, receberá uma nova indústria de beneficiamento de<br />
madeira, que também contará com uma unidade florestal, fechando<br />
assim uma cadeia completa e verticalizada, que gera empregos e<br />
renda para o município. “Ano que vem o grupo Todeschini completa<br />
80 anos. É um grande prazer receber o prêmio”, destacou Leonardo<br />
Campagner, gerente regional de franquias, ao receber a placa comemorativa.<br />
Vale Norte<br />
A Vale Norte Industrial Mercantil investiu continuamente na<br />
qualidade e tecnologia, não poupando investimentos mesmo em<br />
épocas de recessão. Mais do que isto, a direção da empresa acredita<br />
que é essencial contribuir para a qualidade de vida dos colaboradores.<br />
Por isto, patrocina e incentiva a participação de funcionários em<br />
competições esportivas e proporciona a integração da comunidade<br />
local e empresa. “Estamos honrados em estar fazendo parte deste<br />
seleto grupo de empresários e grandes ilustres”, afirmou José Querino<br />
de Paula, representante da Vale Norte.<br />
Viero Móveis Indústria e Comércio<br />
No dia 25 de agosto a Viero Móveis celebrou a ampliação de<br />
mais 10 mil m² (metros quadrados) de parque fabril localizado em<br />
Concórdia (SC). O grupo que já empregava mais de 700 colaboradores,<br />
contratou mais 200 para dar conta da demanda. O investimento<br />
da empresa catarinense é um marco histórico que trará frutos também<br />
à região. “A Viero Móveis fez novos investimos este ano porque<br />
acreditamos no Brasil. Estamos muito ansiosos para 2019, já confirmamos<br />
um novo investimento de R$ 20 milhões em uma nova planta.<br />
Para nós é uma honra e satisfação ganhar esse prêmio”, revelou<br />
Claudiomiro Vieira, proprietário da empresa.<br />
Embrapa Florestas<br />
Nesta edição do prêmio, a Embrapa Florestas merece destaque<br />
especial. A entidade completou 40 anos agora em <strong>2018</strong>. Durante<br />
este período viabilizou enormes avanços nas áreas de silvicultura,<br />
manejo de pragas, incremento genético de plantas e sementes, incentivo<br />
ao plantio da araucária e ao acesso de produtores à Ilpf (Integração<br />
Lavoura Pecuária e Floresta). “Nesta caminhada dos nossos<br />
40 anos foram importantes as nossas parcerias com universidades,<br />
entidades de assistência técnica, públicas ou privadas, e principalmente<br />
com nosso setor produtivo”, ressaltou Edson Tadeu Iede,<br />
chefe Geral da Embrapa Florestas ao receber a homenagem.<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 59
PRÊMIO<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 61
PRÊMIO<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 63
ARTIGO<br />
INFLUÊNCIA DA MATOCOMPETIÇÃO<br />
EM POVOAMENTOS JOVENS DE<br />
PINUS TAEDA L.<br />
GABRIEL CORSO PELLENS<br />
ENGENHEIRO FLORESTAL<br />
PAULO ROBERTO LESSA<br />
ENGENHEIRO FLORESTAL<br />
LAURI AMÂNDIO SCHORN<br />
ENGENHEIRO FLORESTAL<br />
TATIELE ANETE BERGAMO FENILLI<br />
ENGENHEIRA AGRÔNOMA<br />
RESUMO<br />
O<br />
objetivo desse trabalho foi avaliar o comportamento<br />
e a correlação entre o desenvolvimento<br />
das mudas de Pinus taeda e a matocompetição<br />
em áreas de reflorestamento<br />
ao longo de 24 meses, com a finalidade de<br />
poder realizar o manejo adequado da matocompetição e<br />
reduzir o uso de agroquímicos. O delineamento experimental<br />
utilizado foi de blocos ao acaso, com oito tratamentos<br />
(controle de plantas daninhas com herbicida glifosato em<br />
períodos diferentes) e quatro repetições, sendo: (testemunha<br />
sem controle, controle total da matocompetição e<br />
controle da matocompetição aos 2; 4; 6; 8; 10 e 12 meses<br />
após o plantio das mudas no campo). As dimensões das<br />
parcelas foram de 20 x 30 m (600 m²). Após a instalação do<br />
experimento, foram avaliadas 24 mudas centrais do tratamento,<br />
quanto a: sobrevivência (%), altura (cm), diâmetro<br />
do colo (cm) e o fator de produtividade (cm 3 ), aos 6, 12,18 e<br />
24 meses após o transplante das mudas para o campo. Com<br />
base nos resultados, pode-se concluir que a sobrevivência e<br />
altura das mudas não foram influenciadas pelo período de<br />
convivência entre as plantas daninhas e o seu controle, no<br />
entanto o diâmetro do colo e o fator de produtividade foram<br />
influenciados pelo período de convivência e ainda que o<br />
período no qual ocorreu a maior interferência das plantas<br />
daninhas as mudas jovens foram durante o primeiro ano de<br />
estabelecimento da floresta.<br />
INTRODUÇÃO<br />
O cultivo de espécies florestais, de forma análoga a qualquer<br />
população natural, está sujeita a uma série de fatores<br />
ecológicos que, direta ou indiretamente, podem influenciar<br />
o crescimento das árvores e a produção de madeira, carvão<br />
ou celulose. Esses fatores podem ser divididos em abióticos<br />
e bióticos. São considerados abióticos aqueles decorrentes<br />
da ação dos fatores físicos ou químicos do ambiente, como<br />
disponibilidade de água e nutrientes do solo, pH do solo,<br />
luminosidade e outros. Os fatores bióticos são aqueles decorrentes<br />
da ação dos seres vivos, como a competição, o<br />
comensalismo, a predação, e outros (Pitelli; Marchi, 1991).<br />
A presença de plantas daninhas no ecossistema florestal<br />
é um dos fatores limitantes na implantação e manutenção<br />
das florestas. Em grande parte das ocorrências, as populações<br />
das plantas daninhas atingem elevadas densidades<br />
populacionais e passam a condicionar uma série de fatores<br />
que são negativos ao crescimento e produtividade das árvores<br />
e à operacionalização do sistema produtivo (Marchi et<br />
al., 1995).<br />
As plantas daninhas podem interferir no crescimento e<br />
desenvolvimento das culturas, pois são bem adaptadas às<br />
condições adversas do ambiente, podendo se sobressair às<br />
mudas florestais recém-plantadas e que ainda estão em processo<br />
de estabelecimento, resultando em reduções na produção.<br />
As plantas daninhas também podem ser hospedeiras<br />
de pragas e doenças, porém, o principal dano que elas causam<br />
nas plantações jovens das florestas é a competição por<br />
água, luz e nutrientes (Garcia; Souza; Antunes Junior, 2007).<br />
No entanto, essa interferência não se estabelece durante<br />
todo o ciclo de desenvolvimento da cultura. Há períodos<br />
em que a convivência com a comunidade infestante acarreta<br />
perdas significativas de produtividade das plantas cultivadas<br />
e outros períodos em que a interferência não influencia na<br />
produção (Carvalho, 2011).<br />
Também devem ser considerados os benefícios que as<br />
plantas daninhas proporcionam pelos inúmeros fatores ecológicos,<br />
como o aumento da diversidade biótica do primeiro<br />
nível trófico, aumentando as possibilidades de equilíbrio<br />
ecológico local, refletindo nas populações de predadores<br />
e parasitas florestais; também aumentam a proteção da<br />
superfície do solo contra o processo erosivo; além disso,<br />
imobilizam grandes quantidades de nutrientes que seriam<br />
carregados pela lixiviação (Marchi, 1989).<br />
Sabendo-se dos efeitos positivos e negativos da matocompetição,<br />
é necessário determinar o período a partir do<br />
plantio, em que a cultura deve crescer livre da presença de<br />
plantas daninhas, podendo assim manifestar seu potencial<br />
produtivo máximo.<br />
De todas as práticas silviculturais adotadas visando à<br />
alta produtividade, o controle de plantas daninhas é uma<br />
das mais efetuadas, especialmente no primeiro e segundo<br />
ano após o plantio. Os tratamentos efetuados para o controle<br />
de plantas daninhas em reflorestamento, em geral,<br />
seguem padrões que não consideram os efeitos da densidade,<br />
idade e desenvolvimento das populações de plantas<br />
daninhas sobre a população da espécie florestal em implantação.<br />
Desta forma, a maior eficiência no controle de plantas<br />
daninhas dificilmente é atingida.<br />
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 65
ARTIGO<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
ARTIGO<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 69
ARTIGO<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 71
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de acordo com o padrão da máquina<br />
NOVEMBRO<br />
<strong>2018</strong><br />
Imagem: reprodução<br />
MAIO<br />
2019<br />
Detalhe de encaixe para<br />
ferramentas de 4 lados<br />
V Cbra (Congresso Brasileiro de<br />
Reflorestamento Ambiental)<br />
6 a 8<br />
Vitória (ES)<br />
www.reflorestamentoambiental.com.br<br />
NOVEMBRO<br />
<strong>2018</strong><br />
NOV<br />
<strong>2018</strong><br />
SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE PRAGAS<br />
FLORESTAIS<br />
O simpósio será nos dias 27 e 28 de novembro de <strong>2018</strong>,<br />
em Belo Horizonte (MG). O objetivo é divulgar novas<br />
tecnologias, processos e procedimentos, administrar<br />
a aplicação de todas as possíveis técnicas de controle<br />
visando reduzir os prejuízos na produção da cultura a<br />
níveis toleráveis.<br />
Ligna Hannover<br />
27 a 31<br />
Hannover (Alemanha)<br />
www.ligna.de<br />
SETEMBRO<br />
2019<br />
Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />
Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />
Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />
dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />
• Discos de corte para Feller<br />
conforme modelo ou amostra<br />
• Discos especiais<br />
• Pistões hidráulicos<br />
(fabricação e reforma)<br />
• Usinagem de médio e grande porte<br />
D’Antonio Equipamentos<br />
Mecânicos e Industriais Ltda<br />
Simpósio Nacional sobre Pragas<br />
Florestais<br />
27 e 28<br />
Belo Horizonte (MG)<br />
www.sif.org.br/@pragas<strong>2018</strong><br />
Imagem: reprodução<br />
III Woodtrade Brazil<br />
10<br />
Curitiba (PR)<br />
lignumbrasil.com.br/3o-woodtrade-brazil<br />
VI Prêmio Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />
em Estudos de Economia e Mercado<br />
<strong>Florestal</strong><br />
31<br />
Brasília (DF)<br />
www.florestal.gov.br/premio-sfb-deeconomia-e-mercado-florestal<br />
DEZEMBRO<br />
<strong>2018</strong><br />
DEZ<br />
<strong>2018</strong><br />
VI PRÊMIO SERVIÇO FLORESTAL<br />
BRASILEIRO EM ESTUDOS DE ECONOMIA E<br />
MERCADO FLORESTAL<br />
Estão abertas, até o dia 31 de dezembro, as inscrições para<br />
o prêmio que é realizado em parceria com a CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria) e Enap (Escola Nacional<br />
de Administração Pública). O prêmio visa estimular a<br />
pesquisa, buscando ampliar e disseminar o conhecimento<br />
em Economia e Mercado <strong>Florestal</strong>, focando a produção<br />
sustentável no Brasil. A premiação ocorrerá durante cerimônia<br />
que será realizada pelo Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro,<br />
em Brasília (DF).<br />
XXV Congresso Mundial da Iufro<br />
29 de setembro até 5 de outubro<br />
Curitiba (PR)<br />
iufro2019.com/pb/sobre-o-congresso<br />
SETEMBRO<br />
2019<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br Novembro <strong>2018</strong> 73
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
Riscos fazem parte<br />
DA EVOLUÇÃO<br />
Por Alexandre Slivnik,<br />
Diretor executivo do Ibex (Institute for<br />
Business Excellence)<br />
Pode ser difícil mensurar<br />
até onde os riscos valem a<br />
pena, mas com o objetivo de<br />
inovar, devemos entender<br />
que alguns erros fazem parte<br />
do caminho<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br<br />
E<br />
m um mundo globalizado como o que vivemos,<br />
onde as informações surgem a cada instante e é<br />
possível realizar compartilhamentos de conteúdos<br />
e ideias, inovações sobre os mais diversos temas e<br />
áreas de trabalho podem surgir com muita facilidade.<br />
Tendo isso em vista, empresas que querem crescer, a médio<br />
e longo prazo, devem estar dispostas a tomar partidos e arriscar<br />
determinadas estratégias.<br />
O autor Augusto Cury tem uma frase que eu gosto muito:<br />
“Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para<br />
executar seus sonhos”. Entendo que seja difícil mensurar até<br />
onde os riscos valem a pena, mas com o objetivo de inovar,<br />
devemos entender que alguns erros fazem parte do caminho.<br />
Essa movimentação visando o crescimento é essencial para alavancar<br />
sua empresa e seu negócio.<br />
Para se ter uma ideia de como o mundo profissional ruma<br />
para uma mudança, a pesquisa Futuro do Trabalho, feita pelo<br />
Fórum Econômico Mundial, demonstrou que 65% das crianças<br />
que estão entrando no Ensino Fundamental hoje, frequentarão<br />
cursos universitários que ainda não existem, e 25% delas trabalharão<br />
em algo que ainda é totalmente desconhecido. E as<br />
mudanças só acontecem porque o mundo está se reinventando<br />
e procurando novas perspectivas.<br />
Eu mesmo, nessa minha jornada incansável pela busca do<br />
conhecimento, corro riscos diariamente. Há alguns anos, por<br />
oportunidades, tive que tomar uma decisão corajosa, de deixar<br />
de viver no meu país de nascimento e me “aventurar” em um<br />
novo país com uma nova cultura. Hoje, depois de alguns anos,<br />
podemos ver que o saldo foi muito positivo. Mas para que isso<br />
fosse possível, foi necessário dar o primeiro passo no escuro.<br />
Quanto maior o risco, maiores as chances de você perpetuar<br />
a sua empresa. Os que mais arriscam, são os que mais mergulham<br />
em um oceano infinito de possibilidades.<br />
CABEÇOTES<br />
A TMO está sempre em busca das melhores parcerias para oferecer as melhores soluções para o<br />
mercado florestal. Desta maneira, nos juntamos com a empresa Waratah para oferecer cabeçotes<br />
harvester com capacidade de corte acima de 620 mm completando a nossa linha de soluções<br />
florestais em corte, desgalhe e processamento de madeira.<br />
H414<br />
1.100 kg / 2.425 lb.<br />
Peso (Sem Rotator e Ligação)<br />
28 MPa / 4.061 psi<br />
Requisitos Hidráulicos Máximos<br />
610 mm / 24,0 pol<br />
Abertura de Desgalhe Superior Máxima<br />
640 mm / 25,2 pol<br />
Abertura Máxima do Rolo de Alimentação<br />
620 mm / 24,4 pol<br />
Capacidade Máxima de Corte<br />
17-22 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
16-21 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
H415<br />
1.330 kg / 2.932 lb.<br />
Peso (Sem Rotator e Ligação)<br />
28 MPa / 4.061 psi<br />
Requisitos Hidráulicos Máximos<br />
680 mm / 26,8 pol<br />
Abertura de Desgalhe Superior Máxima<br />
680 mm / 26,8 pol<br />
Abertura Máxima do Rolo de Alimentação<br />
750 mm / 29,5 pol<br />
Capacidade Máxima de Corte<br />
18-25 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
20-25 toneladas métricas<br />
Tamanho do Transportador<br />
Tração 4x4<br />
www.tmo.com.br • tmo@tmo.com.br<br />
www.facebook.com/ciaolsen<br />
Cia Olsen de Tratores Agro Industrial<br />
Caçador - SC • 49 3561-6000
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