*Dezembro/2018 - Industrial 203
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ENTREVISTA - Ana Schneider, do Projeto Raiz, explica planejamento de marketing para o setor<br />
INOVAÇÃO<br />
EMPRESA INVESTE EM TECNOLOGIA QUE PERMITE CORTE DE PEÇAS<br />
COM 150MM DE ALTURA COM PASTILHAS DE 2.3MM<br />
INNOVATION<br />
COMPANY INVESTS IN TECHNOLOGY<br />
THAT ALLOWS SAWING TIMBER<br />
INTO 150 MM LENGTH PIECES<br />
WITH 2.3 MM BLADES<br />
ESPECIAL<br />
NR-12 garante segurança do<br />
trabalhador e tranquilidade<br />
jurídica ao empresário<br />
ANOS<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 1
INDUSTRIAL<br />
46<br />
<strong>2018</strong><br />
32<br />
42<br />
SUMÁRIO<br />
38<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Abimci 27<br />
DRV Ferramentas 15<br />
Engecass 21<br />
Franzói Ferramentas 19<br />
Gaidzinski 55<br />
Linck 13<br />
Máquinas Águia 31<br />
Mendes Soluções 07<br />
Metalcava 51<br />
Mill Indústrias 29<br />
Mill Indústrias 57<br />
Mill Indústrias 68<br />
Montana Química 02<br />
MSM Química 11<br />
Razi Máquinas 49<br />
Reval Serras 09<br />
Siempelkamp 05<br />
Siromat 23<br />
Vantec 17<br />
SUMÁRIO<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
20 Aplicação<br />
22 Frases<br />
24 Entrevista<br />
30 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
32 Principal Tradição e qualidade<br />
38 Construção Civil<br />
42 Marcenaria<br />
46 Especial NR-12<br />
52 Mercado<br />
54 Química na Madeira<br />
56 Madeira Tratada<br />
58 Artigo<br />
64 Agenda<br />
66 Espaço Aberto<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 03
ANOS<br />
EDITORIAL<br />
FUTURO<br />
PROMISSOR<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
ENTREVISTA - Ana Schneider, do Projeto Raiz, explica planejamento de marketing para o setor<br />
INNOVATION<br />
COMPANY INVESTS IN TECHNOLOGY<br />
THAT ALLOWS SAWING TIMBER<br />
INTO 150 MM LENGTH PIECES<br />
WITH 2.3 MM BLADES<br />
ESPECIAL<br />
NR-12 garante segurança do<br />
trabalhador e tranquilidade<br />
jurídica ao empresário<br />
INOVAÇÃO<br />
EMPRESA INVESTE EM TECNOLOGIA QUE PERMITE CORTE DE PEÇAS<br />
COM 150MM DE ALTURA COM PASTILHAS DE 2.3MM<br />
04<br />
N<br />
em só de más notícias vive a indústria<br />
brasileira. De acordo com a CNI<br />
(Confederação Nacional das Indústrias),<br />
o Icei (Índice de Confiança do<br />
Empresário <strong>Industrial</strong>) alcançou o<br />
maior resultado desde 2010. Com a promessa das<br />
reformas batendo à porta do governo Bolsonaro,<br />
o país deve voltar a crescer. O cenário promete<br />
novos horizontes para o Brasil. Sabendo disso,<br />
entrevistamos a consultora do Projeto Raiz, Ana<br />
Schneider, que pretende criar estratégias para o<br />
desenvolvimento do marketing do setor moveleiro<br />
nacional em países como os EUA (Estados Unidos<br />
da América) e o Reino Unido. Na matéria principal,<br />
contamos a história da Máquinas Águia, que<br />
há cinco décadas oferece um atendimento diferenciado<br />
ao setor industrial madeireiro. Além disso,<br />
trazemos reportagens exclusivas nas editorias<br />
de Marcenaria, Madeira Tratada e Construção Civil.<br />
Tenha uma ótima leitura e um excelente 2019!<br />
PROMISING<br />
FUTURE<br />
N<br />
o more bad news for Brazilian industry.<br />
According to the National Industry<br />
Confederation (CNI), the <strong>Industrial</strong><br />
Entrepreneur Confidence Index<br />
(Icei) reached its highest level since<br />
2010. With the promise of reforms at the door of<br />
the Bolsonaro Government, the Country should<br />
return to growth. The scenario promises new horizons<br />
for Brazil. With this in mind, we interviewed<br />
Ana Schneider, Consultant to the Projeto Raíz, which<br />
aims to create strategies for the development<br />
of marketing in the Furniture Sector in countries<br />
like the United States and the United Kingdom.<br />
The lead story is about Máquinas Águia, which,<br />
for five decades, has offered a unique service to<br />
the <strong>Industrial</strong> Timber Processing Sector. Also, we<br />
have exclusive reports on Woodworking, Treated<br />
Wood and construction. Pleasant reading and an<br />
outstanding 2019!<br />
referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong><br />
A TECNOLOGIA APLICADA<br />
AO LANÇAMENTO DA<br />
MÁQUINAS ÁGUIA, É O<br />
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CAPA DESTE MÊS<br />
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ANO XX - EDIÇÃO <strong>203</strong> - DEZEMBRO <strong>2018</strong><br />
Ano XX • N°<strong>203</strong> • Dezembro <strong>2018</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing - Rafael Macedo / Editor<br />
editor@revistareferencia.com.br<br />
Colaboração / Colaboration<br />
Patricia Munhoz<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo<br />
Paulo Pupo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Cassiele Ferreira - Supervisão<br />
Aline Landarin<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 <strong>203</strong>8<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
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responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
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exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />
segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />
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and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
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ANOS<br />
ENTREVISTA - professor aborda importância da gestão de processos na indústria moveleira<br />
CARTAS<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
ASSOCIATIVISMO<br />
QUE FAZ A DIFERENÇA<br />
ENTIDADE CONQUISTA MAIS ESPAÇO PARA O SETOR INDUSTRIAL<br />
CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 202 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE NOVEMBRO DE <strong>2018</strong><br />
CORREÇÃO<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XX • N°202 • Novembro <strong>2018</strong><br />
MADEIRA TRATADA<br />
Prefeitura catarinense<br />
aposta no manejo de<br />
eucaliptos<br />
BUSINESS<br />
ASSOCIATIONS<br />
MAKE THE DIFFERENCE<br />
INOVAÇÃO<br />
Por Diogo Pontes<br />
Piracicaba (SP)<br />
Nos clicks de cobertura do PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
a foto a seguir saiu com o nome errado<br />
da empresa. Trata-se da equipe da Lion<br />
Equipamentos e não da Gran.Casa, registrada na<br />
página 63. Pedimos desculpa pelo ocorrido.<br />
Excelente a iniciativa da<br />
dupla curitibana ao criar<br />
o primeiro coworking<br />
de luteria da cidade.<br />
Os setores de design<br />
e a indústria musical<br />
agradecem. Parabéns<br />
pela reportagem!<br />
Foto: Marcos Mancinni<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
SECAGEM<br />
Por Jorge Schievenin<br />
Londrina (PR)<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
O processo de<br />
secagem de madeira<br />
é importantíssimo e<br />
requer muitos cuidados<br />
por parte da empresa<br />
madeireira. Continuem<br />
com conteúdos deste<br />
nível, parabéns!<br />
Por Isadora Cavallin<br />
Belo Horizonte (MG)<br />
Que bela iniciativa do Hotel Mirante do Gavião, que<br />
utilizou madeiras da região amazônica para criar<br />
conceito verde em todas as suas instalações. Além<br />
de ecologicamente correto, é um estabelecimento<br />
inovador e muito bonito. Dá vontade de conhecer!<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA referenciamadeira<br />
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Foto: REFERÊNCIA<br />
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PRESENÇA NA ABTCP<br />
A EQUIPE DA REFERÊNCIA MARCOU PRESENÇA EM UM DOS EVENTOS MAIS<br />
IMPORTANTES DO SEGMENTO DE CELULOSE E PAPEL: A 51ª EXPOSIÇÃO BIENAL<br />
INTERNACIONAL DA ABTCP (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TÉCNICA DE CELULOSE<br />
E PAPEL), QUE OCORREU EM OUTUBRO NO TRANSAMÉRICA EXPO CENTER, EM<br />
SÃO PAULO (SP). UM DOS BRAÇOS DA JOTA EDITORA, RESPONSÁVEL PELOS<br />
TÍTULOS REFERÊNCIA, A REVISTA CELULOSE & PAPEL ESTEVE COM UM ESTANDE<br />
QUE FOI SUCESSO ABSOLUTO.<br />
Fábio Machado, diretor comercial da REFERÊNCIA, e Gerson Penkal, do departamento<br />
comercial, recepcionaram os visitantes que passaram pelo estande<br />
PARCERIA<br />
EM VISITA AO PÁTIO DA ROTTANI MADEIRAS, EM BOCAIÚVA DO SUL<br />
(PR), PARA PRODUÇÃO DAS IMAGENS DA REPORTAGEM DE CAPA DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL DE DEZEMBRO<br />
Executivo Wilson Wuicik, diretor industrial da Máquinas Águia, Pedro Bartoski Jr.,<br />
diretor da JOTA EDITORA, Sandro Rottani, diretor da Rottani Madeiras e Elcio<br />
Erasmo Wuicik, diretor comercial da Máquinas Águia<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
ALTA<br />
CONFIANÇA EM ALTA<br />
O Icei (Índice de Confiança do Empresário<br />
<strong>Industrial</strong>) mostra que o resultado<br />
das eleições presidenciais de<br />
outubro animou os empreendedores<br />
brasileiros, que preveem um 2019<br />
mais produtivo. Segundo a pesquisa<br />
realizada pela CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria), o Icei alcançou<br />
em novembro uma incrível meta de<br />
63,2 pontos, maior resultado dos<br />
últimos oito anos. Os números são<br />
mais de nove pontos acima do índice<br />
alcançado em outubro, que já estava<br />
acima da média histórica. “O aumento<br />
da confiança é generalizado.<br />
Empresários da maioria dos setores<br />
pesquisados passaram a registrar Icei<br />
acima dos 60 pontos, com vários setores<br />
registrando variações superiores<br />
a 10 pontos”, afirma o relatório.<br />
BAIXA<br />
VOLUME DE VENDAS<br />
NEGATIVO<br />
De acordo com o mais recente<br />
levantamento do Ibge<br />
(Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística), o volume<br />
de vendas do varejo nacional<br />
apresentou representativa<br />
queda em <strong>2018</strong>. Somente<br />
em setembro, o setor recuou<br />
1,3%; em comparação com<br />
o mesmo período do ano<br />
passado, os meses de julho<br />
(-6,7%) e agosto (-3,8%) foram<br />
ainda piores. No caso da<br />
indústria moveleira, o somatório<br />
anual, registra recuo de<br />
-0,4% - primeiro índice negativo<br />
anualizado em <strong>2018</strong>.<br />
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á menos de dois meses, durante a campanha<br />
para as eleições presidenciais, ouvia-se<br />
muito falar em propostas. Hoje, mesmo<br />
considerando que o novo governo ainda<br />
não tomou posse, falamos em concretizações<br />
de propostas. As informações dão conta de que já<br />
temos alguns projetos de concessão prontos para serem<br />
leiloados no primeiro trimestre do próximo ano. Entre vários<br />
outros editais de licitação que serão publicados imediatamente,<br />
contemplando portos e aeroportos, chama<br />
a atenção do setor industrial madeireiro o edital de concessão<br />
de um trecho de 1.537 km da Ferrovia Norte-Sul,<br />
ligando Estrela d’Oeste (SP) a Porto Nacional (TO).<br />
Como temos ressaltado neste espaço já há algum<br />
tempo, parece estar havendo uma reação dos detentores<br />
das decisões, sempre anestesiados por ações improdutivas,<br />
ao mesmo tempo em que se observa um verdadeiro<br />
despertar para a mudança na matriz de transportes. Afinal,<br />
não é novidade para ninguém que o transporte rodoviário<br />
come os resultados dos produtores rurais. Nunca é<br />
demais lembrar que nos próximos sete anos mais de 2,3<br />
bilhões de t (toneladas) de carga serão movimentadas no<br />
Brasil entre as regiões produtoras, mercados consumidores<br />
e corredores de exportação. Além da Ferrovia Norte-<br />
Foto: divulgação<br />
-Sul, iniciada em 1987 e cujas obras ainda não estão concluídas,<br />
a Ferrovia Transnordestina (1.753 km) era para ser<br />
entregue em 2010 e encontra-se em menos da metade e<br />
a Ferrovia da Integração Oeste-Leste, Fiol (1.527 km), continua<br />
com suas obras estacionadas. Segundo a CNA (Confederação<br />
da Agricultura e Pecuária do Brasil), o setor<br />
produtivo sinaliza há anos a necessidade da adoção da<br />
multimodalidade nos transportes, hoje com a quase totalidade<br />
nas mãos do setor rodoviário, que poderá refletir<br />
com uma redução de até 40% no custo logístico. Ainda,<br />
a Ferrogrão (933 km), chamada de menina dos olhos do<br />
agronegócio, idealizada para ligar o Mato Grosso ao Pará,<br />
está em fase de resoluções jurídicas e já se encontra no<br />
radar dos projetos a serem executados com brevidade.<br />
Se considerarmos que para cada quilômetro de via<br />
férrea são necessários no mínimo 2.800 dormentes, fica<br />
fácil para o setor industrial madeireiro, em especial o<br />
setor de proteção de madeiras, dimensionar o potencial<br />
que tem pela frente. Como já mencionado anteriormente<br />
por esta coluna, o setor de proteção de madeiras tem<br />
apresentado boa disposição para o crescimento, no<br />
entanto, há que se dizer um crescimento desordenado.<br />
Isto não deixa de ser uma oportunidade, bastaria um<br />
redirecionamento voltado a um crescimento planejado<br />
de forma sustentável, afinal, não se pode perder este importante<br />
momento de oportunidades, aberto por um foco<br />
empresarial mais arejado.<br />
Não é difícil montar uma boa vitrine voltada aos vários<br />
setores que acenam com perspectivas das mais otimistas,<br />
basta união e disposição. O próximo evento Wood Protection,<br />
programado para setembro de 2019, credenciado<br />
pelo sucesso de sua primeira versão ocorrida em 2017,<br />
é a grande oportunidade para que o setor se apresente<br />
como uma alternativa ao suprimento de materiais confiáveis,<br />
com a retaguarda da qualidade e da legalidade e totalmente<br />
em sintonia com os apelos atualíssimos da sustentabilidade,<br />
afinal, nossa matéria-prima, a madeira, é o<br />
único recurso natural renovável de ciclo curto. Não temos<br />
somente a oportunidade de mostrar as qualidades na vitrine<br />
do setor ferroviário, grandes oportunidades existem<br />
também dentro do setor da construção que, ao que tudo<br />
indica, estará também sendo beneficiado pelos bons ventos<br />
do otimismo nos negócios. A organização do evento<br />
Wood Protection 2019 já está de mangas arregaçadas,<br />
buscando elaborar um programa que contemple informações<br />
relevantes para os vários setores consumidores da<br />
madeira, dentro de um formato onde a participação dos<br />
empresários da proteção de madeiras será dinamizada e<br />
facilitada, afinal, a melhor hora sempre é agora!<br />
10 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
NOTAS<br />
PRODUÇÃO<br />
MOVELEIRA<br />
A indústria moveleira nacional mostrou tímida recuperação<br />
no mês de outubro. De acordo com o mais<br />
recente levantamento do Ibge (Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística), o setor apresentou aumento<br />
de 0,9% na produção, sexto movimento de alta em<br />
<strong>2018</strong>. No Rio Grande do Sul, a produção foi melhor,<br />
atingindo 6,3% no mês. Já o Paraná, em contrapartida,<br />
variou negativamente 1,3% em comparação com<br />
a mesma época do ano passado. No acumulado de<br />
janeiro a outubro, os Estados apresentaram, respectivamente,<br />
alta de 3,9% e queda de 0,7%. No cenário<br />
nacional, os primeiros dez meses do ano alcançaram<br />
aumento de 1,0% na comparação com 2017.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
ACORDO<br />
COMERCIAL<br />
Buscando estreitar relações e incentivar as exportações<br />
da indústria moveleira nacional, a Abimóvel<br />
(Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e<br />
a Abimad (Feira Brasileira de Móveis e Acessórios da<br />
Alta Decoração) firmaram, no começo de dezembro,<br />
um acordo que visa promover a parceria e cooperação<br />
entre as associações para que o setor tenha<br />
acesso ao convênio firmado entre a Abimóvel e a<br />
Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações<br />
e Investimentos), com o objetivo de promover<br />
as exportações dos móveis brasileiros a partir<br />
dos projetos Brazilian Furniture e Abimad Export.<br />
Esse acordo comercial prevê a promoção e organização<br />
de projetos nas feiras realizadas pela Abimad.<br />
RECONHECIMENTO<br />
DO SETOR<br />
O Cupinicida Pentox e o Osmocolor Stain, ambos produtos da<br />
Montana Química, venceram o Prêmio Artesp <strong>2018</strong>, que elege<br />
os melhores produtos do ano com base na opinião de revendedores<br />
de tintas do Estado de São Paulo (SP). O prêmio entrevistou<br />
400 lojistas e avaliou 48 categorias, entre produtos e<br />
serviços do setor. “A Montana Química tem marcado presença<br />
no prêmio todos os anos e esse resultado é prova de que nossa<br />
marca está no caminho correto”, comemora Michel Sentinelo,<br />
gerente de marketing da empresa. “São produtos pioneiros,<br />
que se mantêm na liderança do mercado graças à nossa<br />
preocupação com qualidade e com constante renovação.”<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
SOB NOVA DIREÇÃO<br />
No final de novembro, a Abimóvel (Associação Brasileira<br />
das Indústrias do Mobiliário) elegeu nova diretoria para<br />
o mandato 2019-2021. Para a presidência, foi eleita a empresária<br />
Maristela Cusin Longhi, de Bento Gonçalves (RS),<br />
que substitui Daniel Lutz após duas gestões seguidas.<br />
Para Maristela, a instituição seguirá ampliando sua presença<br />
no debate nacional, com propostas concretas para atuar<br />
de forma assertiva no fomento ao desenvolvimento do<br />
Brasil por meio do fortalecimento da indústria Moveleira<br />
Brasileira. “Vamos dar sequência ao projeto iniciado pelo<br />
Presidente Daniel Lutz, permitindo consolidar os avanços<br />
conquistados pela instituição e ampliar sua força e relevância”,<br />
enaltece a presidente eleita.<br />
Foto: divulgação<br />
REFORMA<br />
DA PREVIDÊNCIA<br />
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse no começo<br />
do mês, em entrevista coletiva à imprensa,<br />
que acredita na votação da reforma da Previdência<br />
ainda no primeiro semestre de 2019. De acordo<br />
com Bolsonaro, seu governo tentará aproveitar<br />
pontos da medida apresentada por Michel Temer.<br />
A prioridade, segundo ele, é definir uma idade<br />
mínima para a aposentadoria. “Não adianta apresentarmos<br />
uma boa proposta e ela acabar ficando<br />
[parada] na câmara ou no senado. Este seria o<br />
pior dos quadros possíveis. Nosso grande problema,<br />
o que mais interessa no primeiro momento, é<br />
a idade mínima. Vamos começar com essa ideia e,<br />
depois, apresentar outras propostas”, almeja.<br />
POLONESES<br />
DE OLHO<br />
Com o objetivo de incentivar as relações<br />
da indústria moveleira com o<br />
mercado europeu, o Projeto Raiz, desenvolvido<br />
pelo Sindmóveis de Bento<br />
Gonçalves e pela Apex-Brasil, tem<br />
recebido desde o final de novembro<br />
a visita de empresas polonesas para<br />
discutir um possível acordo de exportações.<br />
O grupo de compradores<br />
passará por três importantes polos<br />
de design nacional: Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com Ana Cristina<br />
Schneider, consultora do projeto, a Polônia é um canal de acesso para outros mercados<br />
de interesse na Europa, como o Reino Unido, um dos alvos do design brasileiro.<br />
Foto: divulgação<br />
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DE INVESTIR<br />
O Indicador de Intenção de Investimentos da<br />
Indústria, medido pela FGV (Fundação Getúlio<br />
Vargas), cresceu 4,4 pontos no quarto trimestre<br />
deste ano em relação ao trimestre anterior.<br />
Com a alta, ele chegou a 117,4 pontos, o maior<br />
nível desde o primeiro trimestre deste ano<br />
(123,7). Segundo a FGV, o indicador mede a<br />
disseminação do ímpeto de investimento entre<br />
as empresas industriais, colaborando para antecipar<br />
tendências econômicas. Esse trimestre<br />
também registrou o sétimo resultado consecutivo acima dos 100 pontos, nível em que a proporção de empresas prevendo<br />
aumentar o volume de investimentos produtivos nos 12 meses seguintes supera as que projetam reduzir os investimentos.<br />
A proporção de empresas que planejam investir mais cresceu de 28,3% no terceiro trimestre para 30,7% no quarto trimestre.<br />
Aquelas que preveem investir menos caíram de 15,3% para 13,3% no período.<br />
Foto: divulgação<br />
PROJETO OUSADO<br />
Um projeto inovador, que já plantou 44 milhões de árvores<br />
em todo o mundo pretende ampliar suas operações para<br />
os próximos doze anos. Liderada pela instituição TNC (The<br />
Nature Conservancy), essa iniciativa tem como objetivo plantar<br />
somente no Brasil cerca de 1 bilhão de árvores até <strong>203</strong>0.<br />
Anunciado recentemente em evento para 300 empresários<br />
paulistas, o projeto já é um dos maiores planos ambientais<br />
da história do brasileira, e abrangerá três dos mais importantes<br />
biomais nacionais: a Amazônia, a Mata Atlântica e o<br />
Cerrado, buscando reforçar a estrutura da segurança hídrica,<br />
incentivando também a formação de corredores ecológicos,<br />
além de conscientizar a população dessses locais acerca do<br />
tema da mudanças climáticas. A ideia dos organizadores<br />
é começar o planejamento de implantação já no segundo<br />
semestre de 2019, buscando parceriais com órgãos público e<br />
com a iniciativa privada.<br />
Foto: divulgação<br />
VETO À<br />
DESONERAÇÃO<br />
O presidente Michel Temer vetou no último dia 10 de<br />
dezembro a volta do Reintegra (Regime Especial de<br />
Reintegração de Valores Tributários para as Empresas<br />
Exportadoras), em detrimento do projeto de lei que<br />
institui a Rota <strong>203</strong>0, nova política do governo federal<br />
que prevê incentivos aos setor automotivo. A medida<br />
faz com que o presidente ignore a reinclusão do setor<br />
moveleiro, assim como inúmeros segmentos do comércio<br />
varejista, da política de desoneração da folha<br />
de pagamentos. Os empresários da indústria moveleira<br />
têm agora sua última esperança no Congresso<br />
Federal, que pode não acatar o veto de Michel Temer.<br />
Caso contrário, este será mais um custo para as empresas<br />
de móveis em 2019.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
NOTAS<br />
REFORMA TRIBUTÁRIA<br />
A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou<br />
no último dia 11 de dezembro o relatório da reforma tributária.<br />
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 293/04<br />
extingue nove tributos federais (ISS, Icms, IPI, PIS, Cofins,<br />
Cide, salário-educação, IOF e Pasep), o Icms estadual e<br />
o ISS municipal. Em substituição a esses impostos, serão<br />
criados dois novos tributos: o IBS (Imposto sobre Operações<br />
com Bens e Serviços) e o Imposto Seletivo, um imposto<br />
sobre bens e serviços específicos, de competência<br />
federal. O texto ainda precisa ser analisado pelo plenário<br />
da Câmara e do Senado. A previsão é de que essas votações<br />
aconteçam apenas em 2019, já que apreciação de<br />
PECs esbarram no impedimento de alterações à Constituição<br />
durante vigência da intervenção federal – em vigor,<br />
até 31 de dezembro.<br />
Foto: divulgação<br />
TAXA SELIC<br />
Pela sexta vez seguida, o Banco Central não<br />
alterou os juros básicos da economia brasileira.<br />
O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu<br />
fixar a Selic em 6,5% ao ano, em reunião no<br />
começo do mês de dezembro. Com a medida,<br />
a taxa é a menor de toda a série histórica do<br />
Banco Central. De outubro de 2012 a abril de<br />
2013, a Selic foi fixada em 7,25% ao ano e passou<br />
a ser reajustada gradualmente até alcançar<br />
14,25% em julho de 2015. Em outubro de 2016,<br />
o Copom voltou a reduzir os juros básicos da<br />
economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao<br />
ano em março deste ano.<br />
Foto: divulgação<br />
PLANTAR<br />
FLORESTAS<br />
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />
lançou na primeira semana de dezembro<br />
o PlantarFlorestas (Plano Nacional de<br />
Desenvolvimento de Florestas Plantadas), com<br />
ações previstas para os próximos dez anos. O<br />
objetivo é aumentar em 2 milhões de ha (hectares)<br />
a área de cultivos comerciais. Atualmente,<br />
de acordo com dados do Ibge (Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística), a área cultivada<br />
chega a 10 milhões de ha, principalmente<br />
com eucalipto, pinus e acácias. “O plano que<br />
estamos lançando hoje é resultado de um processo que envolveu várias propriedades, profissionais, entidades e órgãos de<br />
governo. Esse trabalho foi finalizado no âmbito da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas por um grupo<br />
técnico criado pela Câmara, coordenado pela Embrapa Floresta que nos facilitou bastante o trabalho”, destaca o presidente<br />
da Câmara Setorial, Walter Vieira.<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
APLICAÇÃO<br />
ESCOVA DE DENTE<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Foto: divulgação<br />
Todo o design e conforto da madeira<br />
ao alcance das mãos. Esse é o conceito<br />
das escovas ecológicas da Wowe,<br />
desenvolvidas com madeira e bambu.<br />
Com um desenho moderno e alinhado<br />
às necessidades da saúde bucal, as<br />
peças são resistentes à agua. De acordo<br />
com a empresa, essas escovas são<br />
100% ecológicas, já que não possuem<br />
nenhum resíduo plástico na produção.<br />
“É uma escova de dente normal, só que<br />
produzida com madeira. Assim como as<br />
outras, recomenda-se trocar a cada três<br />
meses”, afirmam os idealizadores do<br />
projeto. O bambu funciona muito bem<br />
porque repele naturalmente a água,<br />
não lasca e é antimicrobiana.<br />
CALENDÁRIO<br />
DE EUCALIPTO<br />
Que tal dar um ar contemporâneo na<br />
sala de estar ou até mesmo na mesa do<br />
escritório? A partir dessa ideia, e com<br />
um desenho moderno e versátil, a Starling<br />
Giftery desenvolveu a nova peça<br />
para o ano que vem, o 2019 Calendar,<br />
produzido a partir de madeira de eucalipto<br />
e confeccionado artesanalmente.<br />
Feito com madeira compensada de 4<br />
mm (milímetros) de espessura, o calendário<br />
ainda conta com espuma de<br />
borracha no interior para a proteção e<br />
sustentação da peça. Como se trata de<br />
uma empresa do norte da Inglaterra, o<br />
tempo médio para a entrega no Brasil<br />
é de até 21 dias úteis, a um custo de R$<br />
75, mais taxas alfandegárias.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
FRASES<br />
“A DEMANDA É QUE O BRASIL POSSA CRESCER, SE DESENVOLVER.<br />
PROCURAMOS DIMINUIR AS AMARRAS QUE EXISTEM HOJE,<br />
PRINCIPALMENTE EM BUROCRACIA, TANTO NAS QUESTÕES<br />
TRIBUTÁRIAS QUANTO NAS DE EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO E<br />
MEIO AMBIENTE. (...) TEM QUE HAVER UMA POLÍTICA DE MUDAR O<br />
AMBIENTE DO BRASIL, PROPICIANDO O CRESCIMENTO DAS EMPRESAS,<br />
NÃO SÓ INDUSTRIAIS, MAS DE TODOS OS SETORES”<br />
ROBSON BRAGA DE ANDRADE, PRESIDENTE DA CNI<br />
(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA), EM VISITA AO<br />
FUTURO MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, MARCOS PONTES<br />
“A MELHOR<br />
ALTERNATIVA<br />
NESTE MOMENTO<br />
DE INCERTEZA<br />
COM RELAÇÃO<br />
À ECONOMIA<br />
E ALTERAÇÕES<br />
PROMOVIDAS PELA<br />
REFORMA TRABALHISTA<br />
FOI A MANUTENÇÃO DAS<br />
CLÁUSULAS DA CONVENÇÃO<br />
ANTERIOR, O QUE TRAZ MAIS<br />
SEGURANÇA JURÍDICA ÀS<br />
RELAÇÕES DE TRABALHO”<br />
“NÃO ADIANTA APRESENTARMOS UMA BOA<br />
PROPOSTA E ELA ACABAR FICANDO [PARADA] NA<br />
CÂMARA OU NO SENADO. ESTE SERIA O PIOR DOS<br />
QUADROS POSSÍVEIS. NOSSO GRANDE PROBLEMA, O<br />
QUE MAIS INTERESSA NO PRIMEIRO MOMENTO, É A<br />
IDADE MÍNIMA. VAMOS COMEÇAR COM ESSA IDEIA E,<br />
DEPOIS, APRESENTAR OUTRAS PROPOSTAS”<br />
JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE ELEITO,<br />
SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA<br />
EDSON PELICIOLI,<br />
PRESIDENTE DO<br />
SINDMÓVEIS,<br />
SOBRE A<br />
CONVENÇÃO<br />
COLETIVA DE<br />
TRABALHO<br />
<strong>2018</strong>/2019<br />
HOMOLOGADA<br />
PELO MINISTÉRIO<br />
DO TRABALHO<br />
“ESTAMOS VIVENDO UM<br />
MOMENTO DE RECUPERAÇÃO<br />
E TEMOS A PERSPECTIVA DE<br />
QUE O BRASIL VOLTE A CRESCER<br />
E ATINJA UMA ALTA ENTRE 2,5%<br />
A 3% NO PIB (PRODUTO INTERNO<br />
BRUTO)”<br />
Foto: divulgação<br />
JOÃO CARLOS MARCHESAN,<br />
PRESIDENTE DA ABIMAQ<br />
22 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
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ENTREVISTA<br />
DESTINO:<br />
MUNDO<br />
DESTINATION:<br />
WORLD<br />
Aindústria moveleira brasileira não é exemplo apenas<br />
nacionalmente. O setor é reconhecido também pelo<br />
mercado exterior, que cada vez mais importa produtos<br />
de Estados como o Paraná e Rio Grande do<br />
Sul. Com o objetivo de expandir ainda mais as operações<br />
em outros países, o Sindmóveis de Bento Gonçalves (RS),<br />
em parceria com diversos profissionais do setor, criou o Projeto<br />
Raiz, que pretende internacionalizar o Brasil. A mais nova iniciativa<br />
prevê atuações estratégicas nos EUA (Estados Unidos da América)<br />
e o Reino Unido. Em entrevista à REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />
a consultora do Sindomóveis e coordenadora do Projeto Raiz,<br />
Ana Cristina Schneider, conta sobre essa ousada empreitada.<br />
ENTREVISTA<br />
The Brazilian furniture industry is a good example not just<br />
domestically. The Sector is also being recognized by the<br />
markets abroad, which increasingly have become aware of<br />
products from States like Paraná and Rio Grande do Sul.<br />
With the aim to further expand operations in other countries,<br />
Sindmóveis from Bento Gonçalves, in partnership with various<br />
industry professionals, created Projeto Raiz, a project which aims to<br />
internationalize Brazil. The latest initiative provides for strategic actions<br />
in the United States and the United Kingdom. In an interview<br />
with REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>, Ana Cristina Schneider, Sindmóveis consultant<br />
and project coordinator, tells us a little more about this bold<br />
venture.<br />
ANA CRISTINA<br />
SCHNEIDER<br />
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO:<br />
08/04/1974 EM PORTO ALEGRE (RS)<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: PEDAGOGA E ESPECIALISTA<br />
EM MARKETING<br />
CARGO: CONSULTORA INTERNACIONAL DO SINDMÓVEIS<br />
Foto: divulgação<br />
DATE AND PLACE OF BIRTH: 08/04/1974 - PORTO ALEGRE (RS)<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: EDUCATION AND MARKETING SPECIALIST<br />
FUNCTION: INTERNATIONAL CONSULTANT TO SINDMÓVEIS<br />
24 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
COMO SURGIU A IDEIA PARA A CRIAÇÃO DO<br />
PROJETO?<br />
O Projeto Raiz veio da expertise do Sindomóveis<br />
com o Prêmio Salão Design e da visão da instituição<br />
em reforçar o design e seu emprego como ferramenta<br />
competitiva na indústria moveleira. Com este olhar,<br />
o Sindomóveis definiu fomentar a internacionalização<br />
do designer de mobiliário, enxergando o projeto Raiz<br />
como mais uma estratégia setorial de desenvolvimento<br />
de competitividade da indústria. O designer puxa<br />
toda a cadeia produtiva e a posiciona em um nível<br />
mais elevado, agregando valor a todos os participantes<br />
da cadeia produtiva.<br />
Atuo junto ao setor moveleiro desde 1998 e<br />
já prestava assessoria para o Sindmóveis e para o<br />
projeto de internacionalização Orchestra Brasil - de<br />
promoção internacional do fornecedor da indústria<br />
moveleira. Junto ao Sindmóveis desde 2006 atuo<br />
assessorando a estratégia e os projetos de internacionalização.<br />
São 20 anos de atuação em prospecção de<br />
mercados e definição de estratégias de entrada em<br />
mercados externos.<br />
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DES-<br />
SA INICIATIVA?<br />
Inserir a cadeia dos fornecedores de produtos e<br />
serviços de design da indústria de mobiliário brasileira<br />
no mercado internacional de forma sustentável.<br />
Além de posicionar a cadeia produtiva, elevando a<br />
percepção de valor percebido pelo mercado global<br />
e sua competitividade.<br />
POR QUE A ESCOLHA PARA AS AÇÕES NOS<br />
EUA (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA) E REINO<br />
UNIDO?<br />
Trabalhamos uma metodologia de seleção de<br />
mercados para determinar os mais atrativos segundo<br />
critérios que sejam importantes para os serviços de<br />
design de mobiliário. Para a seleção destes dois países<br />
consideramos variáveis desde consumo e importação<br />
de mobiliário, PIB (Produto Interno Bruto) per<br />
capita, produção intelectual, crescimento do mercado<br />
de móveis, características culturais, distância psíquica,<br />
dentre outros, além do fato de serem mercados que<br />
são referência para outros, a exemplo dos EUA que<br />
inspiram o consumo das Américas.<br />
HOW DID THE IDEA COME ABOUT FOR THE<br />
CREATION OF THE PROJECT?<br />
Projeto Raiz came about from Sindmóveis’ expertise<br />
with the Salon Design Award and the institution’s<br />
vision to strengthen design and its function as a<br />
competitive tool in the furniture industry. With this in<br />
mind, Sindmóveis set out to promote the internationalization<br />
of the Brazilian furniture designer, seeing<br />
Projeto Raiz as more of a Sector strategy for the development<br />
of industrial competitiveness. The designer<br />
brings together the entire production chain and positions<br />
himself/herself at a higher level, adding value to<br />
all participants in the chain.<br />
I have worked closely with the furniture industry<br />
since 1998 and have provided consulting services to<br />
Sindmóveis, including for the Orchestra Brazil internationalization<br />
project - international promotion for the<br />
furniture industry supplier. Working with Sindmóveis<br />
since 2006, I have provided consulting services as to<br />
strategy and internationalization projects. I have 20<br />
years of experience in market research and the definition<br />
of strategies for entry into foreign markets.<br />
WHAT ARE THE MAIN OBJECTIVES OF THIS<br />
INITIATIVE?<br />
Insert the Brazilian furniture industry product<br />
and design service suppliers within the international<br />
market in a sustainable way. In addition to positioning<br />
the productive chain, raising the awareness of the<br />
perceived value and its competitiveness in the global<br />
market.<br />
WHY THE CHOICE FOR ACTIONS IN THE UNI-<br />
TED STATES AND THE UNITED KINGDOM?<br />
We work with a methodology for market selection<br />
that determines the most attractive according to criteria<br />
that are relevant to furniture design services. In<br />
the selection of these two countries, we considered<br />
variables such as furniture consumption and imports,<br />
GDP per capita, intellectual production, furniture<br />
market growth, cultural characteristics, and psychic<br />
distance, amongst others, besides the fact that they<br />
are markets that are a reference for others, i.e., the<br />
United States inspires consumption throughout the<br />
Americas.<br />
PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO<br />
EXIGE PREPARO EM TERMOS DE<br />
CAPACIDADE DE NEGOCIAÇÃO, CONHECIMENTO<br />
DOS TRÂMITES DE EXPORTAÇÃO E CAPACIDADE DE<br />
ADAPTAÇÃO ÀS NORMAS<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 25
ENTREVISTA<br />
26 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
A VOZ<br />
DA INDÚSTRIA<br />
DA MADEIRA<br />
BRASILEIRA<br />
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a defesa de interesses do setor, o acesso a<br />
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ENTREVISTA<br />
28 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
COLUNA ABIMCI<br />
OTIMISMO É A PALAVRA DA VEZ<br />
NOVO GOVERNO JÁ COMEÇOU A SER DESENHADO; SETOR INDUSTRIAL DA MADEIRA TEM BOAS PERSPECTIVAS<br />
DE CRESCIMENTO, PARA ISTO PRECISA DE APOIO INSTITUCIONAL E DESENVOLVIMENTO DE MERCADO<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
A ABIMCI ESTÁ CONCLUINDO<br />
UM DOCUMENTO COM<br />
PROPOSTAS E DEMANDAS DO SETOR<br />
INDUSTRIAL MADEIREIRO QUE SERÁ<br />
PROTOCOLADO NOS DIFERENTES<br />
MINISTÉRIOS E ÓRGÃOS FEDERAIS NO<br />
INÍCIO DE 2019<br />
C<br />
omeçamos <strong>2018</strong> falando em cautela, atenção<br />
redobrada. Tínhamos pela frente as imprevisíveis<br />
variáveis políticas e econômicas, que<br />
impactaram diretamente na disponibilidade de<br />
crédito, na definição de novos investimentos,<br />
na confiança do consumidor e das empresas. O cenário<br />
não poderia ter ficado mais conturbado com a greve dos<br />
motoristas de caminhões, que comprometeu a produção<br />
e o escoamento industrial e, consequentemente, os negócios<br />
em praticamente todos os segmentos, afetando<br />
diretamente o resultado anual de boa parte das empresas<br />
e, como sabemos, também do PIB (Produto Interno Bruto)<br />
nacional. Mas de certa forma superamos em partes a situação<br />
e, possivelmente, saímos mais fortalecidos de toda<br />
essa turbulência, apesar das medidas abusivas tomadas<br />
pelo governo onerando ainda mais o setor produtivo para<br />
ajudar a pagar uma conta decorrente da má gestão política<br />
de preços dos combustíveis no país.<br />
Passadas as eleições, podemos perceber um horizonte<br />
de possíveis caminhos positivos para a retomada do<br />
desenvolvimento econômico. Com o primeiro escalão do<br />
governo já escolhido pelo novo presidente, já temos uma<br />
ideia de como será a linha de atuação do governo que assume<br />
em 2019, mas certamente ainda falta a estruturação<br />
Foto: divulgação<br />
dos cargos de segundo e terceiro escalões que também<br />
são de suma importância para a operacionalidade da estrutura<br />
federal, e que esperamos, sigam na mesma linha<br />
de efetividade e qualidade na escolha e não no loteamento<br />
político. No mercado interno, será preciso criar o ambiente<br />
positivo de negócios para viabilizar investimentos<br />
em infraestrutura e logística, alicerçados por segurança<br />
jurídica e governança na resolução de conflitos em projetos<br />
de grandes obras; adequar o licenciamento ambiental<br />
às melhores práticas; modernizar a tributação indireta para<br />
garantir competitividade ao país; avançar e realizar a reforma<br />
da Previdência; delinear uma política menos brutal<br />
de acesso a crédito competitivo. Essas são algumas das<br />
medidas necessárias para reestabelecer a competitividade<br />
e colocar o Brasil no caminho do desenvolvimento.<br />
Nas relações comerciais internacionais, crescemos em<br />
<strong>2018</strong> no volume nas exportações de alguns segmentos de<br />
produtos de madeira, mas ainda aquém da recuperação<br />
do faturamento. No mercado mundial, a tensão da guerra<br />
comercial entre EUA (Estados Unidos da América) e China<br />
manteve os exportadores em alerta. Com o novo governo,<br />
a expectativa é de que, finalmente, o Brasil entre em definitivo<br />
nas negociações para estabelecer acordos bilaterais<br />
de comércio. De acordo com levantamento feito pela CNI<br />
(Confederação Nacional da Indústria), os parceiros com os<br />
quais o país possui acordos em vigor representam menos<br />
de 8% das importações mundiais. Esse número é inferior<br />
aos percentuais das economias desenvolvidas. A indústria<br />
considera a ampliação da rede de acordos comerciais um<br />
elemento-chave para a competitividade e elegeu como<br />
prioridade negociações os EUA, com a União Europeia,<br />
México, e países da América do Sul e África.<br />
Paralelo às ações comerciais no mercado internacional,<br />
encontrar soluções práticas para a melhoria de alguns dos<br />
serviços portuários é também condição essencial para alavancar<br />
nossas exportações, proporcionar mais fluidez ao<br />
processo e, consequentemente, um melhor resultado em<br />
nossa balança comercial.<br />
A partir de todos esses cenários, a Abimci está concluindo<br />
a elaboração de um documento que apresenta<br />
uma série de propostas e demandas do setor industrial<br />
madeireiro indispensável para a recuperação do desenvolvimento<br />
econômico, e que será protocolado nos diferentes<br />
Ministérios e órgãos federais no início de 2019. Temos<br />
muito trabalho a ser feito e estaremos cumprindo o papel<br />
representativo e associativo, unindo forças com as principais<br />
instituições nacionais do setor produtivo, para que<br />
sejam estabelecidos compromissos com quem produz a<br />
riqueza deste país. Vamos em frente!<br />
30 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
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32 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
A<br />
trajetória da Indústria e Comércio de Máquinas<br />
Águia Ltda começa muito antes de seu<br />
surgimento em 1969. Ainda em 1966, dois<br />
irmãos, Domingos e Antônio Wuicik, prestavam<br />
serviços à Knoerr, empresa fabricante<br />
de máquinas para madeireiras.<br />
Essa pequena companhia, apesar de qualificada, não<br />
conseguia atender às demandas de grandes players do<br />
mercado. Um dos clientes da Knoerr, a Sulamericana Madeiras,<br />
pediu então aos irmãos que fizessem a assistência<br />
em suas máquinas – e, pouco tempo depois, sugeriu que<br />
fabricassem eles mesmos a primeira plaina de um eixo<br />
para a indústria.<br />
“Ali começou o desenvolvimento de máquinas para o<br />
beneficiamento de madeiras”, contam os atuais diretores<br />
da Máquinas Águia, Wilson Wuicik (diretor industrial) e<br />
Elcio Erasmo Wuicik (diretor comercial).<br />
Desde então, a Máquinas Águia cresceu e expandiu<br />
suas operações. Atualmente a empresa conta com 25<br />
colaboradores, e trabalha no ramo de máquinas para<br />
serraria, com foco na precisão de corte e automação, desenvolvendo<br />
projetos para plainas, máquinas para cabos<br />
de vassoura, multilâminas e demais equipamentos e ferramentas<br />
para beneficiamento de madeira, sempre em busca<br />
da maximização do aproveitamento da matéria-prima.<br />
“Hoje contamos com mais de 100 modelos de máquinas<br />
para diversas funcionalidades, criando e desenvolvendo<br />
projetos juntamente com o cliente”, explica Wilson.<br />
“No passado éramos os únicos no ramo de cabos de<br />
vassoura, por exemplo. Mas a segmentação do mercado<br />
fez com que a Máquinas Águia buscasse se reinventar e<br />
diversificar sua produção”, completa.<br />
Em outubro de 2017, a empresa foi homenageada<br />
pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná)<br />
por 30 anos de colaboração com Indicadores Econômicos<br />
– dados fornecidos pela Fiep que auxiliam em projetos<br />
de desenvolvimento da indústria em diversos segmentos<br />
no Paraná - a Águia é única empresa em São José dos<br />
Pinhais (PR) a receber tal reconhecimento.<br />
ESTRUTURA E PRODUTOS<br />
Para armazenar toda sua cadeia industrial, a Máquinas<br />
Águia possui na unidade matriz, em São José dos<br />
Pinhais, uma área construída de aproximadamente 2.500<br />
m 2 (metros quadrados) em um terreno de 24.200 m 2 . “Procuramos<br />
aliar à nossa excelente estrutura, uma tecnologia<br />
capaz de resolver as necessidades dos clientes”, destaca<br />
o diretor.<br />
Hoje, a empresa já fornece máquinas para diversos<br />
continentes, entre eles a América do Norte, todos os países<br />
da América do Sul e vários países da Europa. “Temos<br />
negócios em vários países, como Argentina, África do Sul,<br />
Colômbia, Venezuela e EUA (Estados Unidos da América),<br />
Israel, Moçambique – assim como, neste momento, estamos<br />
em negociações adiantadas com Angola”, revela<br />
Elcio.<br />
“Nossos principais produtos estão primeiramente na<br />
linha de fabricação de máquinas para cabos de vassoura,<br />
TRADITION<br />
AND QUALITY<br />
A COMPANY COMPLETES 50 YEARS IN 2019<br />
BY BRINGING NOVELTIES TO THE MARKET,<br />
COMBINED WITH THE SERVICE AND PRODUCT<br />
EXCELLENCE, THE COMPANY’S TRADEMARKS<br />
The trajectory of Indústria e Comércio Máquinas<br />
Águia Ltda began long before its appearance in<br />
1969. In 1966, the two brothers, Domingos and<br />
Antônio Wuicik, provided services to Knoerr, a<br />
manufacturer of machinery for sawmills.<br />
This small company, although qualified, could not meet<br />
the demands of the large players in the market. Therefore,<br />
one of the Knoerr customers, Sulamericana Madeiras, requested<br />
that the brothers provide technical assistance for<br />
their machines – and, shortly after that, suggested that they<br />
make the first single axle planer for its plant.<br />
“Then, they began the development of machines for<br />
timber processing”, said the current Máquinas Águia Directors,<br />
Wilson Wuicik (<strong>Industrial</strong> Director) and Elcio Erasmo<br />
Wuicik (Director of Sales).<br />
Since then, Máquinas Águia only grew and expanded<br />
its operations. Currently, the Company has 25 employees,<br />
and operates in the field of sawmill machinery, with a focus<br />
on cutting precision and automation, developing projects<br />
for planers, broomstick making machines, multi-laminators,<br />
and other equipment and tools for timber processing, always<br />
in pursuit of maximizing raw material use.<br />
“Today we have more than 100 machine models for a<br />
variety of functions, creating and developing projects together<br />
with the customer,” explains <strong>Industrial</strong> Director Wilson.<br />
“In the past, we were the only ones in the business of manufacturing<br />
broomstick making equipment, for example.<br />
But the market segmentation caused Maquinas Águia to<br />
look to reinvent itself and diversify its production line,” he<br />
adds. In October 2017, the Company was honored by Federation<br />
of industries of the State of Paraná (Fiep) for its 30-<br />
year collaboration with Economic Indicators - data provided<br />
by FIEP to assist industrial development projects in various<br />
Sectors in the State of Paraná - Águia is the only company<br />
in São José dos Pinhais to receive such recognition.<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 33
PRINCIPAL<br />
34 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 35
PRINCIPAL<br />
36 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 37
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
MADEIRA,<br />
MADEIRA,E MAIS<br />
MADEIRA<br />
CONSTRUÇÃO EM<br />
ZURIQUE NÃO UTILIZA<br />
PREGOS, COLA E<br />
TAMPOUCO PARAFUSOS;<br />
PROTAGONISTA É A<br />
MADEIRA UNIDA EM<br />
BLOCOS<br />
Fotos: divulgação<br />
38 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
O<br />
arquiteto japonês Shigeru Ban tem se<br />
mostrado um dos maiores nomes da<br />
arquitetura internacional. Premiado<br />
mundialmente, o profissional é um<br />
grande ativista do meio ambiente,<br />
procurando reutilizar recursos em suas iniciativas<br />
na construção civil. E para conscientizar o setor dos<br />
malefícios do uso exagerado do concreto, Shigeru<br />
Ban traz materiais inusitados para erguer esquemas<br />
estruturais, como por exemplo, o papelão.<br />
Em seu mais novo empreendimento, o arquiteto<br />
japonês colocou a madeira sob os holofotes em<br />
construção no coração de Zurique, maior cidade da<br />
Suíça. Com o nome de Tamedia Office Building, o<br />
edifício composto por um conjunto de escritórios<br />
foi construído exclusivamente com madeira – para<br />
ser mais preciso 2.000 m³ (metros cúbicos) de abeto<br />
austríaco, conífera das florestas temperadas da Europa.<br />
A altura de sete andares e a forma do teto tipo<br />
mansarda (que possui janela) respeitam o perímetro<br />
do bairro e as peculiaridades da região. O prédio foi<br />
inaugurado em julho de 2017, e é o primeiro edifício<br />
a ser projetado por Ban na Suíça.<br />
FORAM UTILIZADOS<br />
2.000 M³ DE ABETO<br />
AUSTRÍACO, ÁRVORE<br />
CONÍFERA DAS FLORESTAS<br />
TEMPERADAS DA EUROPA<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 39
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
40 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 41
MARCENARIA<br />
42 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
CORTE<br />
PRECISO<br />
TODA MARCENARIA COMPROMETIDA COM A QUALIDADE DO PRODUTO PRECISA<br />
TER SERRAS EFICAZES PARA TODO TIPO DE TRABALHO. MAS COMO ESCOLHER AS<br />
FERRAMENTAS DE CORTE MAIS ADEQUADAS PARA SEU NEGÓCIO?<br />
Fotos: divulgação<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 43
MARCENARIA<br />
N<br />
ão é segredo para nenhum marceneiro,<br />
seja ele profissional ou amador: a escolha<br />
de bons materiais e ferramentas faz a diferença<br />
na hora de entregar um produto<br />
final de qualidade para o consumidor.<br />
Entre os principais acessórios, estão as serras de corte.<br />
Elas servem para moldar, traçar e dar formato aos mais<br />
diversos tipos de madeira. Mas como escolher as serras<br />
mais adequadas para o seu negócio?<br />
Para selecionar essas lâminas, é necessário compreender<br />
e ter conhecimento do tipo de processo que será<br />
realizado, assim como os equipamentos adequados a<br />
trabalhar com esses componentes, visando obter a melhor<br />
produtividade e qualidade no produto final.<br />
Apesar de parecer simples, o processo de corte nas<br />
atividades de uma marcenaria é complexo e cheio de<br />
detalhes. O manuseio dessas ferramentas requer conhecimento<br />
e treinamento, de forma com que a atividade<br />
seja desempenhada com qualidade e segurança, assim<br />
como possa promover um melhor aproveitamento da<br />
matéria-prima e até mesmo economia de energia.<br />
SERRAS E SUAS PARTICULARIDADES<br />
O primeiro passo é entender sua necessidade. Trata-<br />
-se de um marceneiro amador ou profissional? Irá trabalhar<br />
com serviços mais pesados ou a atividade é apenas<br />
um hobby? Conheça os tipos de serras e entenda quais<br />
deverão suprir a sua demanda.<br />
SERRAS MANUAIS<br />
Se você procura uma ferramenta simples e mais barata,<br />
a serra manual é a mais adequada. Indicada para<br />
cortes em tábuas, aglomerados, painéis de madeira,<br />
compensado e MDF, essas peças são bem versáteis,<br />
apresentando diversos formatos de dentes, como os<br />
verticais (para traçar a madeira) e os universais (ou semideitados,<br />
mais usados no corte dos veios do material,<br />
promovendo uma dupla ação).<br />
As serras manuais geralmente são acompanhadas de<br />
punhos de madeira ou de materiais plásticos. Os oito<br />
tipos de serras manuais (serrote de costas, serra de esquadrilhar,<br />
serra de caixilhos, serra de painéis, serrote de<br />
ponta, serra universal, serra de rodear e serra de arco)<br />
44 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 45
ESPECIAL<br />
46 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
EXIGÊNCIAS<br />
E PENALIDADES DO<br />
NÃO CUMPRIMENTO<br />
DA NR-12<br />
Fotos: divulgação<br />
MULTAS, NOTIFICAÇÕES, PROIBIÇÃO DE PARTICIPAR DE<br />
LICITAÇÕES PÚBLICAS, PRISÕES E ATÉ FECHAMENTO<br />
DE INDÚSTRIAS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS QUE O<br />
EMPRESARIADO BRASILEIRO PODE SOFRER QUANDO<br />
NÃO SE ADAPTA À NR-12<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 47
ESPECIAL<br />
A NR-12 PREVÊ<br />
LEGISLAÇÕES ACERCA<br />
DE MÁQUINAS E<br />
EQUIPAMENTOS QUE ENVOLVAM<br />
ATIVIDADES COMO:<br />
TRANSPORTE, MONTAGEM,<br />
INSTALAÇÃO, AJUSTES,<br />
OPERAÇÃO, LIMPEZA,<br />
MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO,<br />
DESATIVAÇÃO E DESMONTE DE<br />
EQUIPAMENTOS<br />
C<br />
riadas em 1978, as NRs (Normas Regulamentadoras)<br />
servem como código de<br />
conduta para a segurança e medicina<br />
no trabalho das indústrias brasileiras.<br />
Uma das mais importantes normas, a<br />
NR-12, procura criar regras e deveres para máquinas<br />
e equipamentos nas empresas.<br />
Essa diretriz define as medidas e os princípios básicos<br />
para garantir a integridade física e o bem-estar<br />
de colaboradores que utilizam diariamente máquinas<br />
e ferramentas perigosas. Alterada em 2015, essa<br />
norma é fiscalizada pelo Ministério do Trabalho, que<br />
realiza inspeções anuais ou bianuais com o objetivo<br />
de assegurar o cumprimento da legislação.<br />
Mas para que a NR-12 funcione e seja respeitada,<br />
não basta a fiscalização. Empresas e funcionários<br />
precisam conhecer as exigências da lei, evitando que<br />
acidentes de trabalho aconteçam - assim como punições<br />
de caráter econômico e legal sejam sofridas<br />
pela companhia.<br />
48 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
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DEZEMBRO <strong>2018</strong> 51
MERCADO<br />
HORA<br />
DA RETOMADA<br />
Fotos: divulgação<br />
COM MUITO TRABALHO,<br />
EMPRESA CATARINENSE<br />
BUSCOU VENCER A CRISE<br />
ECONÔMICA APOSTANDO<br />
NA QUALIDADE DOS<br />
SERVIÇOS E NA BUSCA<br />
POR TRAZER NOVIDADES<br />
PARA O MERCADO<br />
ETI GALVANI ULIANO,<br />
DIRETOR PRESIDENTE DA UNESA MÁQUINAS<br />
N<br />
o fim do mês de outubro, dias antes do<br />
segundo turno das eleições presidenciais,<br />
o então candidato Jair Bolsonaro<br />
realizou um encontro no Rio de Janeiro<br />
(RJ) para debater possíveis medidas<br />
para incentivar a indústria brasileira ao caminho da<br />
prosperidade; a ideia era reaproximar o futuro governo<br />
do empresariado brasileiro, prática abandonada<br />
pelas gestões anteriores.<br />
Nesse encontro participaram a Abiquim (Associação<br />
Brasileira da Indústria Química) e a Abimaq<br />
(Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos),<br />
além da Alfavea (Associação Nacional de Fabricantes<br />
de Veículos Automotores) e a Cbic (Câmara Brasileira<br />
da Indústria da Construção). Durante a conversa,<br />
foram abordados temas como abertura comercial e<br />
crescimento econômico, com ênfase na construção<br />
civil e infraestrutura, assim como a retomada da soberania<br />
nacional, debatendo também temas como o<br />
ajuste fiscal e as reformas da previdência e tributária.<br />
52 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 53
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
Foto: divulgação<br />
O SISTEMA<br />
WOOD FRAME<br />
E A SUSTENTABILIDADE<br />
NAS CONSTRUÇÕES<br />
Foto: divulgação<br />
R<br />
estam poucas dúvidas entre estudiosos,<br />
especialistas e entusiastas de que a madeira<br />
tratada será o futuro da construção<br />
civil no país e no mundo, com base em<br />
inúmeras vantagens que tem sobre outros<br />
materiais, dentre as quais a mais importante é a<br />
sustentabilidade.<br />
Neste aspecto, países como os EUA (Estados Unidos<br />
da América), Canadá, Japão e Suécia já utilizam<br />
um processo construtivo chamado wood frame (moldura<br />
de madeira, na tradução literal em português),<br />
uma estrutura autoportante de madeira totalmente<br />
pré-fabricada. Primeiro, constrói-se a estrutura de<br />
madeira, seguida do isolante térmico e da cobertura<br />
de vedação. O controle de qualidade é feito inteiramente<br />
na indústria.<br />
O processo é tão prático e ágil que a nova casa<br />
chega inteira, de caminhão, e pode ser instalada em<br />
um período de sete a dez dias. Geralmente é feita<br />
uma base de concreto (com porão, ou basement,<br />
também de concreto), para deixar a madeira fora de<br />
contato do solo e, assim, garantir maior resistência<br />
contra apodrecimento e ataques de insetos xilófagos.<br />
Por utilizar madeira reflorestada, o sistema wood<br />
frame é considerado plenamente sustentável. Primeiro<br />
porque, como todos os sistemas que usam madeira<br />
tratada, reduz a emissão de gás carbônico em sua<br />
cadeia de produção. Além disso, contribui com redução<br />
de energia no processo, consome menos água,<br />
libera menos poluentes, gera pouquíssimos resíduos/<br />
entulhos e reduz consideravelmente o desperdício de<br />
material.<br />
O curioso é que o wood frame não é um sistema<br />
novo: foi inventado no século XIX. Apesar disso,<br />
novas tecnologias têm permitido, cada vez mais,<br />
melhorias no sistema construtivo e no produto final.<br />
Por exemplo, placas de OSB (Oriented Strand Board,<br />
ou painel estrutural de tiras de madeira), usadas<br />
no revestimento, permitem maior versatilidade aos<br />
acabamentos, além de gerar resistência e rigidez às<br />
construções.<br />
E a tecnologia tem permitido não só a construção<br />
de casas, como também de prédios de madeira. O<br />
CLT (Cross Laminated Timber, ou madeira laminada<br />
cruzada) garantiu a construção de altos edifícios com<br />
ínfima estrutura em aço. Atualmente, Vancouver, no<br />
Canadá, abriga o arranha-céu de madeira mais alto<br />
do mundo, com 53 m (metros) de altura. O Japão<br />
54 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 55
MADEIRA TRATADA<br />
SOLUÇÃO<br />
ESTAVA NA MADEIRA<br />
Fotos: divulgação<br />
PREFEITURA INVESTIU<br />
NA REFORMA DE<br />
ANTIGOS ABRIGOS<br />
DE PASSAGEIROS<br />
NA CIDADE DE<br />
LAGES. PRINCIPAIS<br />
MATERIAIS USADOS<br />
FORAM A MADEIRA<br />
DE EUCALIPTO E O<br />
METAL<br />
prefeitura de Lages (SC) apostou na<br />
Aversatilidade da madeira para começar<br />
a resolver um antigo problema do<br />
transporte público municipal: a falta de<br />
abrigos para passageiros nas regiões<br />
periféricas da cidade.<br />
O projeto, iniciado em fevereiro de 2017, foi<br />
desenvolvido pela Secretaria de Serviços Públicos<br />
e Meio Ambiente, com o objetivo de reformar e/ou<br />
construir os primeiros 60 pontos de ônibus, que seguiram<br />
o novo padrão definido pela prefeitura.<br />
“Nossa ideia é zerar uma necessidade antiga da<br />
cidade, que é a falta de abrigos de ônibus”, explica<br />
o secretário municipal Euclides Mecabô. “Estimamos<br />
que menos da metade das unidades de transporte<br />
público em Lages possuam um abrigo adequado<br />
para os usuários”, relatou.<br />
Para o ano que vem, a prefeitura prevê alcançar a<br />
meta de 100 pontos de ônibus readequados para o<br />
novo modelo, mais seguro e confortável, protegendo<br />
o cidadão lageense de chuvas e outras intempéries<br />
climáticas. “Essa é talvez uma das maiores queixas<br />
da população na ouvidoria da cidade. Estamos trabalhando<br />
para melhorar a qualidade de vida dessas<br />
pessoas”, ressaltou Euclides.<br />
Com uma estimativa de zerar a carência desses<br />
abrigos, a Secretaria de Serviços Públicos prevê, até o<br />
56 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 57
ARTIGO<br />
QUALIDADE<br />
DA SECAGEM<br />
CONVENCIONAL<br />
CONJUNTA DA MADEIRA DE<br />
CLONES DE TRÊS ESPÉCIES<br />
DE EUCALYPTUS SP.<br />
Fotos: divulgação<br />
DJEISON CESAR BATISTA<br />
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS<br />
FLORESTAIS E DA MADEIRA -<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO<br />
SANTO<br />
RICARDO JORGE KLITZKE<br />
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA<br />
E TECNOLOGIA FLORESTAL - UFPR<br />
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
MÁRCIO PEREIRA DA ROCHA<br />
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA<br />
E TECNOLOGIA FLORESTAL - UFPR<br />
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
RESUMO<br />
Aindústria brasileira comumente seca diferentes<br />
espécies de eucalipto em uma<br />
mesma carga de secagem convencional,<br />
seja pela dificuldade de identificação<br />
das espécies, híbridos e clones, seja<br />
para melhor utilizar o equipamento. No entanto, essa<br />
prática não é recomendada na literatura específica.<br />
O objetivo deste estudo foi verificar a qualidade da<br />
secagem convencional conjunta da madeira de Eucalyptus<br />
saligna, Eucalyptus grandise Eucalyptus dunnii<br />
oriundas de plantios clonais.<br />
Para tal, foi realizada a secagem de três cargas<br />
com as três espécies conjuntamente em uma câmara-piloto<br />
de secagem convencional. Os critérios<br />
utilizados para analisar-se a qualidade da secagem<br />
foram: umidade final, rachaduras de topo, rachaduras<br />
de superfície, encanoamento, colapso, gradiente de<br />
umidade e tensões de secagem. Eucalyptus grandis<br />
apresentou a melhor qualidade de secagem, seguido<br />
pelo Eucalyptus saligna, e ambas as espécies possuem<br />
potencial para serem secas conjuntamente. Eucalyptus<br />
dunnii apresentou baixa qualidade de secagem,<br />
esta espécie não deve ser seca conjuntamente<br />
com Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna.<br />
58 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
A densidade básica e a retratibilidade foram bons<br />
critérios para a expectativa de qualidade da secagem<br />
de Eucalyptus spp., em que espécies menos densas<br />
e mais estáveis dimensionalmente apresentaram melhor<br />
qualidade de secagem. O programa de secagem<br />
utilizado deve ser modificado para a secagem futura<br />
dessas espécies, notadamente no tocante aos períodos<br />
de uniformização e condicionamento, que foram<br />
considerados insuficientes.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Dentre as florestas plantadas que abastecem a<br />
indústria madeireira, o gênero Eucalyptus se tornou<br />
um dos mais importantes no Brasil, pela velocidade<br />
de desenvolvimento de suas árvores, facilidade de<br />
implantação em grandes maciços e versatilidade de<br />
aplicação de sua madeira.<br />
A secagem é um processo obrigatório na geração<br />
de produtos de madeira sólida em função dos conhecidos<br />
benefícios que esta técnica agrega ao material,<br />
tanto na facilidade de trabalhabilidade em geral,<br />
quanto na redução do risco de ataque de agentes<br />
xilófagos.<br />
Em secagem de madeiras existem princípios básicos<br />
que em uma mesma carga não devem ser secas<br />
espécies diferentes, nem tábuas de espessuras diferentes<br />
(Galvão e Jankowsky, 1985; Hildebrand, 1970;<br />
Langrish e Walker, 2006; Simpson, 1991).<br />
Na prática, muitas vezes o volume das câmaras<br />
é superior ao volume serrado de uma determinada<br />
espécie, o que leva ao carregamento com espécies<br />
diferentes para, dentre outras causas, minimizar a<br />
ociosidade do equipamento e manter um determinado<br />
patamar produtivo. No caso de Eucalyptus spp., a<br />
dificuldade prática não é a falta de volume para carregar<br />
as câmaras, e sim, a identificação da madeira das<br />
diferentes espécies. Assim, em ambos os casos, não é<br />
raro diferentes espécies serem secas conjuntamente<br />
em uma mesma carga.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
Estudou-se as madeiras de Eucalyptus saligna,<br />
Eucalyptus grandis e Eucalyptus dunnii provenientes<br />
de plantios clonais homogêneos de 11 anos de idade,<br />
plantados em espaçamento 2,5 x 2,5 m (metros),<br />
localizados em Telêmaco Borba, Paraná. De cada<br />
espécie foram utilizadas as primeiras toras (3 metros)<br />
de 15 árvores com DAP (Diâmetro a Altura do Peito)<br />
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 59
ARTIGO<br />
60 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 61
ARTIGO<br />
62 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
DEZEMBRO <strong>2018</strong> 63
AGENDA<br />
AGENDA<br />
2019<br />
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LOCAL: OKLAHOMA CITY (EUA)<br />
WWW.OKLAHOMACITYHOME-<br />
SHOW.COM/<br />
FEVEREIRO<br />
7 A 10<br />
DREVOSTAVBY - WOODEN<br />
BUILDINGS<br />
LOCAL: PRAGA (REPÚBLICA<br />
TCHECA)<br />
WWW.DREVOSTAVBY.EU<br />
FEVEREIRO<br />
8 A 10<br />
TECHNIBOIS 2019<br />
LOCAL: QUEBEC (CANADÁ)<br />
WWW.SALONBOIS.CH<br />
MARÇO<br />
19 A 22<br />
FIMMA BRASIL<br />
26 A 29 DE MARÇO<br />
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LOCAL: GUANGZHOU<br />
(CHINA)<br />
WWW.CGFF.NET/INDEX.<br />
PHP?LANG=EN<br />
JUNHO<br />
2 A 6<br />
FITECMA ARGENTINA<br />
LOCAL: BUENOS AIRES<br />
(ARGENTINA)<br />
HTTP://FERIA.FITECMA.COM.AR<br />
JUNHO<br />
18 A 20<br />
EXPO AMPIMM<br />
LOCAL: CIDADE DO MÉXICO<br />
WWW.EXPOAMPIMM.COM<br />
SETEMBRO<br />
12 A 15<br />
FESQUA<br />
LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />
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64 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
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NACIONAL DA<br />
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E<br />
studiosos dos assuntos públicos procuram<br />
um modelo político perfeito, que possa ser<br />
aplicado indistintamente a todos os países,<br />
em qualquer tempo. Mas o intelecto humano<br />
ainda não conseguiu conceber tal padrão.<br />
Cada sociedade, em cada ponto de sua trajetória, pede<br />
um conjunto diferente de iniciativas que se mostrem<br />
adequadas à solução dos problemas do momento.<br />
Então, o que poderia ser considerado um bom<br />
governo para o Brasil nas atuais circunstâncias? Seria<br />
uma administração que, de uma maneira pragmática e<br />
serena, mas determinada, promovesse a reconciliação<br />
do país, a reestruturação do Estado brasileiro e o crescimento<br />
econômico em um ritmo mais condizente com as<br />
necessidades dos brasileiros.<br />
Em janeiro, Jair Bolsonaro assumirá a Presidência da<br />
República com um enorme desafio nos próximos quatro<br />
anos. Do ponto de vista político, será necessário superar<br />
o clima de extrema polarização que se formou entre os<br />
brasileiros. No campo econômico, o país ainda sofre os<br />
efeitos negativos da mais grave e duradoura recessão<br />
de sua história, que deixou desempregados quase 13<br />
milhões de trabalhadores.<br />
O primeiro passo, sem o qual os outros se tornarão<br />
difíceis, será acalmar os ânimos, deixando claro que o<br />
novo governo trabalhará tendo em vista o bem-estar de<br />
todos. É hora de deixar para trás o acirramento da campanha<br />
e olhar adiante.<br />
O novo governo contará com a aprovação de milhões<br />
de eleitores e a boa vontade da população, como<br />
tipicamente ocorre com presidentes em início de mandato.<br />
Na busca das soluções para os obstáculos ao desenvolvimento<br />
econômico e social, deve-se estabelecer<br />
um diálogo com a sociedade que seja o mais aberto e<br />
amplo possível, incluindo todas as vertentes políticas.<br />
Empenhar-se na negociação com o congresso nacional<br />
será de extrema importância para dar uma nova<br />
feição ao Estado brasileiro, com ênfase na eficiência e<br />
na redução consistente das despesas correntes. O bom<br />
trânsito com os parlamentares será indispensável para<br />
aprovar as reformas estruturais, como a da Previdência<br />
Social e a tributária, essenciais para viabilizar o ajuste<br />
fiscal e a retomada do crescimento.<br />
Precisamos de mais competitividade, com a melhora<br />
do ambiente de negócios. Isso implica, entre outros<br />
aspectos, diminuição da burocracia e de custos tributários,<br />
reforço na segurança jurídica, incentivo aos investimentos,<br />
modernização da infraestrutura, facilitação de<br />
crédito e integração ao comércio exterior - por meio de<br />
acordos comerciais, não por uma abertura unilateral e<br />
sem critérios, que prejudicaria a indústria e geraria mais<br />
desemprego.<br />
Felizmente, o novo governo poderá partir de uma<br />
base construída com os avanços obtidos nos últimos<br />
anos - em especial, a emenda constitucional que limitou<br />
a expansão dos gastos públicos, a reforma trabalhista, a<br />
aprovação da terceirização, o programa de concessões e<br />
privatizações e a legislação para petróleo e gás.<br />
Precisamos de união. Somos todos brasileiros e nos<br />
encontramos em um momento importante da nossa história.<br />
Como sempre fez, a indústria vai contribuir com o<br />
novo governo, apresentando propostas com o objetivo<br />
de construir o desenvolvimento econômico e social do<br />
Brasil. Devemos continuar confiantes no futuro e acreditar<br />
que dias melhores virão para todos.<br />
Foto: divulgação<br />
66 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2018</strong>
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