ESPAÇO ABERTO ACORDOS DEVEM SER PRIORIDADE NAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E EUA Aexpectativa de uma aproximação política entre o Brasil e os EUA (Estados Unidos da América) no próximo governo abre a possibilidade de se avançar na negociação de uma pauta consistente que favorecerá a maior integração comercial entre os dois países. Os empresários brasileiros buscam tanto solucionar desafios antigos, como a facilitação do fluxo de pessoas, quanto trabalhar uma agenda que passa, obrigatoriamente, pela discussão de acordos bilaterais que facilitem o comércio e os investimentos. No início deste mês, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a Câmara de Comércio dos Estados Unidos (U.S. Chamber of Commerce) realizaram, em São Paulo, a 36ª Reunião Plenária do Cebeu (Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos). O encontro foi uma oportunidade para o setor privado discutir assuntos estratégicos para o fortalecimento do comércio entre as duas economias ao longo dos próximos dois anos. Dentro dessa agenda, destacam-se quatro iniciativas. Em primeiro lugar, a negociação de um acordo de reconhecimento mútuo entre os programas brasileiro e americano de operador econômico autorizado, que permita acelerar o despacho aduaneiro na exportação e importação de bens. Um acordo desse tipo é fundamental pelos seus reflexos positivos na integração das cadeias produtivas e na fluidez do comércio bilateral. O setor privado deve estar envolvido nessas negociações bilaterais de um acordo de livre comércio com os EUA desde o seu início, por meio de processos de O SETOR PRIVADO DEVE ESTAR ENVOLVIDO NESSAS NEGOCIAÇÕES BILATERAIS DE UM ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO COM OS EUA DESDE O SEU INÍCIO POR PAULO CESAR DE SOUZA E SILVA PRESIDENTE DA SEÇÃO BRASILEIRA DO CEBEU E DIRETOR- PRESIDENTE DA EMBRAER S.A. consulta permanente, de forma a construir um consenso entre os negociadores e o setor privado inclusive sobre as questões mais sensíveis. Em 2005, o diálogo que estava em curso foi interrompido e, desde então, as discussões entre os governos dos dois países para a construção de um processo de liberalização comercial amplo e de integração econômica não avançaram. O momento, agora, é de retomada das negociações. Criado em 1976, o Cebeu é considerado o mais antigo e relevante mecanismo de diálogo empresarial entre os dois países. O conselho tem sua seção brasileira presidida pela Embraer e a americana, pelo Citigroup. Por meio dele, empresários brasileiros e americanos trabalham conjuntamente para identificar as prioridades estratégicas para a melhoria do ambiente de negócios, indicando aos seus respectivos governos a agenda prioritária para as relações bilaterais. Ao longo desses 42 anos de existência do conselho, o trabalho desenvolvido pelo setor empresarial contribuiu para o alcance de resultados com impactos diretos no fluxo de comércio e investimentos entre os dois países. Entre os mais recentes destacam-se a instituição do Programa Piloto do Acordo sobre Compartilhamento de Exame de Patentes, que estabelece a cooperação em propriedade intelectual, e o Acordo Relativo a Medidas de Segurança para a Proteção de Informações Militares Sigilosas, que reforça a parceria na indústria de defesa. Neste ano, os dois países assinaram também o Acordo Céus Abertos e o previdenciário. O primeiro permite maior conectividade, menor custo e maior agilidade ao comércio. O segundo evita a dupla tributação na Previdência Social de pessoas que trabalham nos dois países, favorecendo as instalações de empresas americanas no Brasil e os investimentos de multinacionais brasileiras nos EUA. Foto: divulgação 66 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2019</strong>
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