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Hospitais Portugueses ANO VI n.º 29 março 1954

Editorial Novidades técnicas, 1954 Regulamentação dos serviços hospitalares A prevenção da tuberculose na prática hospitalar Cuidados de enfermagem em oto-rino-laringologia O estudo do «caso» nas escolas belgas de enfermagem A Associação Belga de Hospitais e a contabilidade de resultados Acontece nos Hospitais Enfermagem F. I. H. O. M. S Notícias rdos Hospitais Cantinho das Escolas Noticias do Estrangeiro Notícias pessoais Congressos & conferências Notícias do Ultramar Publicações Suplemento económico

Editorial
Novidades técnicas, 1954
Regulamentação dos serviços hospitalares
A prevenção da tuberculose na prática hospitalar
Cuidados de enfermagem em oto-rino-laringologia
O estudo do «caso» nas escolas belgas de enfermagem
A Associação Belga de Hospitais e a contabilidade de resultados
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Cuidados de eJtfe•·•na~em<br />

·t·i••o-lat•i•t~olo~ia<br />

e1n oto­<br />

Pelo Enf." ANTÓNIO ANDRADE<br />

1-A SURDEZ POR OBSTRUÇÃO DE ROLHO DE CERúMEN<br />

-SEU TRATAMENTO<br />

k<br />

Como se sabe, 'a surdez é a diminuição da percepção<br />

normal dos sons.<br />

,# O iníóo da surdez faz-s•e em g'eM'l por três fo1rmras:<br />

à = ~ Insildiosamente - ·O doente dirfici·lmente precisa<br />

quando •começou.<br />

Brusca·mente- a1o ·erguer-s·e da cama ou td·epois de tomaT banho.<br />

Brusca ou ràpidament!e- mas é arcompanhada de outros sintomas, tais<br />

como dor ( óta1lgi•as), ve.rting·ens, náuseas ·e vómitoo.<br />

O greu de su11dez é vtariável e vai desde o ligeil'o défirc~t auditivo •até à<br />

sUI1dez comp~et>a ou quaee ·completa.<br />

Pode ra.tingir um só ouv~do ou os dois, quer SlimuJ.tanea ou sucessivamente.<br />

A abol'ição tota'l da •auldição é den.omlin1ada OofoSte.<br />

O Apa1J.1e'lhro Audiómetro, determina com rigorosa ex'a!Ct~dão o grau de<br />

surdez do mdi.viduo, registando no gráf,~oo por escail!a pr6pvi:a, esta anomalria,<br />

estudo qUJe se denomina Ex1ame Audiométrico.<br />

Este aparelho e os gráficos são em tudo ~dênt!ioos aos usados parn exames<br />

de Electro-awdi~mmas.<br />

Na maior parte das vez·es, o doente oom sUl'dez apresentla-&e ao Médi·co<br />

queixando-se que insurdeceu 'bruscamente, muitas vezes rde manhã ao fazer a<br />

«toilette», ]a'<strong>VI</strong>ando ras orelhas, tomando banho ou depois de ter limpo o can•a'l<br />

auditivo com o •oondenável gancho.<br />

Noutros casos, •notou que ·começava a ouvilf menos há já a ·lgum tempo<br />

e bruscamente a slll'dez a'lllment>ou muito.<br />

T·anto num, como noutro caso, é frequenltle queiXJar-s•e que a voz lhe faz<br />

eco dentro da oaibeça e que se sente estonteado, fenómeno denominado<br />

Autofoni!a.<br />

O Médico, quando é asSiilm o caso, ,dia~nosltircará: rdl!ho de cerúmen. obturante.<br />

Prooeda à Lavagem auflicular.<br />

Oomo se formou o rolho de oerumen ?<br />

Como deve o enfermeiro proceder à }a!<strong>VI</strong>ag·em a!Uni.cUil.ar?<br />

14 HOSPITAIS<br />

É do que nos vam·os ocupa·r ·em seguida.<br />

A p e1e do conduto auditivo •externo cons•tirtui-se de numerosos folículos<br />

pilosos, glândulas sebá·ceas e surdoriperas. No estado normal, as secreções<br />

destas glândUJl'as fleaEzam-·s•e modernam·ente e a sua •constituição é semi~fluída.<br />

0 rexa~ero desta s•eopeção determi,na a 'aCU'ffi'\.ll~ação do rOerúmen, tloma101do-se •em<br />

rolho que, p or sua V'ez, a•oruando como vevdadei•ro ·tampão, li'mpede a saída da<br />

seoreçã.o, aumentando-a.<br />

Há oema de do~s sécu1os o •c·erúmen dos ouvidos ena ,c·cmsJ~d!eraldo como<br />

remédi•o poderoso e sobenano •contra ·as pi1cada~,;; do es•corp•ião, consoi~diava as<br />

feridas •e curava as fendas da pel,e.<br />

Acontec.e que o tlampão de cera é muito higmmét:rirco (inchia demasiadamente<br />

com a presença da humlirdrarde), provocando 'assim o seu hiper-!aumento<br />

e a consequente SUl'dez -a sua consistência vtaria, pod!enrdo s,er muito du11a e<br />

ader·enbe ou, pelo contrário, pastosa.<br />

O ·enfiermeiro nunroa dev.e proceder à ·extPacção do rôlho de cerumlen oom<br />

pinça ou ,estilête, •tla.manlho.;; •e ·grave.;; ·são os perigos que es·sas manobr'as podem<br />

ocaSiionar.<br />

Se à primeirra Lavagem o resu~tado fior negJativo, o que é pouco fr.equente,<br />

info:rmar-se-á d ~srso o Médico, que de oerto, orden'ará o amo!1edimento com<br />

GI.iooerma Carbonartada durante um ou dois dias, Jindos os quais uma nova<br />

lavagem solucionará o problema.<br />

Contudo, sem nos mov.er outro interesse que não sejra a S!atisdiação pelo<br />

êxito à pl'imeira }lavagem, ,cont:rarri'a-nos o co111cei1Jo oar111terior, podendo afirmar<br />

que 1ainda não necessit-amos de 11ecorr·er à segUI11d•a lavtagem (Siempre incómoda<br />

pa.m o

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