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ABRIL 2019 41<br />

PUBLIEDITORIAL<br />

SAÚDE GLOBAL DO HOMEM:<br />

POR QUE É TÃO IMPO<strong>RT</strong>ANTE CUIDAR DA SUA SAÚDE ?<br />

No dia 15 de julho, celebramos o Dia Internacional<br />

da Saúde do Homem. Trazemos<br />

nessa reportagem, algumas dicas de saúde<br />

do Dr. Fernando Saito, médico urologista,<br />

especializado no cuidado global com a saúde<br />

masculina.<br />

Sabemos que os homens morrem mais<br />

do que as mulheres. Segundo a OMS – Organização<br />

Mundial da Saúde, para cada<br />

3 adultos que morrem no Brasil, 2 são homens.<br />

A expectativa de vida, em média, dos<br />

homens é menor do que das mulheres: o<br />

homem vive cerca de sete anos a menos do<br />

que a mulher.<br />

Grande atenção, portanto, deve ser dada<br />

ao cuidado com a saúde masculina. As mulheres<br />

ainda são mais conscientes em relação<br />

aos cuidados com a própria saúde do<br />

que os homens, que buscam menos os serviços<br />

de saúde para a prevenção de doenças<br />

e programas de manutenção de saúde.<br />

Apresentamos aqui, algumas dicas sobre<br />

cuidados com a saúde global do homem:<br />

Infância e adolescência: essa é a fase da<br />

vida em que o homem recebe mais cuidados<br />

de saúde. Muito tem a ver com o papel<br />

e a presença dos pais e dos pediatras. Nessa<br />

fase da vida, é importante identificarmos<br />

doenças congênitas. Infecções urinárias em<br />

meninos devem ser investigadas por um<br />

especialista sempre, por estarem associadas<br />

a doenças como refluxo vésico-ureteral<br />

e estenose de JUP. Na medida em que os<br />

meninos crescem, eles se “afastam” dos<br />

pediatras, pois como adolescentes não se<br />

identificam mais com o “médico de criança”.<br />

Ao contrário das meninas que, quando na<br />

menarca (primeira menstruação), passam<br />

a acompanhar sua saúde com o “ginecologista<br />

da mãe”, muitos meninos ficam sem<br />

referencial e muitas vezes sem o cuidado<br />

preventivo até a idade adulta. É importante<br />

consultar um hebiatra, médico especializado<br />

em medicina do adolescente, ou médico<br />

urologista nessa transição da criança para a<br />

idade adulta. O foco em saúde nessa fase é<br />

a educação e prevenção de doenças:<br />

• Avaliação do crescimento e do desenvolvimento;<br />

• Bate-papo sobre sexualidade e saúde<br />

reprodutiva;<br />

• Educação sobre uso de preservativos e<br />

anticoncepção;<br />

• Prevenção de DSTs (doenças sexualmente<br />

transmissíveis) e HIV/AIDS;<br />

• Atualização da carteira de vacinação;<br />

• Estimulação de atividade física regular;<br />

• Rastreamento de hipertensão arterial e<br />

diabetes;<br />

• Uso de drogas lícitas (álcool) ou ilícitas<br />

(maconha);<br />

• Educação sobre uso de cinto de segurança;<br />

• Identificação de situações de exposição<br />

à violência;<br />

• Riscos do tabagismo.<br />

Adulto jovem: do final da adolescência até<br />

os 40 anos, devemos dar maior ênfase à<br />

questão da saúde reprodutiva, função sexual<br />

normal e seus distúrbios, rastreamento de<br />

DSTs e HIV/AIDS, educação e prevenção<br />

dessas doenças, resgate de homens em<br />

grupo ou comportamento de risco, planejamento<br />

familiar, vacinação e rastreamento<br />

de hipertensão e diabetes. Os homens devem<br />

ser encorajados à prática de atividade<br />

física regular e cessação do tabagismo.<br />

Desenvolvendo hábitos saudáveis desde<br />

já, garantirá o maior comprometimento com<br />

sua saúde no futuro.<br />

• Dica importante: todo adolescente e<br />

adulto jovem deve ser educado e encorajado<br />

a fazer o autoexame dos testículos. É<br />

nessa faixa etária que temos a maior incidência<br />

do câncer de testículo, um dos tumores<br />

mais agressivos que pode acometer<br />

a saúde masculina.<br />

Adulto com mais de 45 anos: todo homem<br />

com casos de câncer de próstata na<br />

família (pai, irmão, tio ou avô) deve procurar<br />

um urologista para aconselhamento e<br />

avaliação do seu risco individual entre 40<br />

e 45 anos. Aqueles que não têm casos na<br />

família, devem fazê-lo entre 45 e 50 anos<br />

de idade. Mais intensamente, devem ser<br />

rastreadas as alterações que elevam o risco<br />

de morte por doença cardiovascular (infarto<br />

ou derrames), tais como:<br />

• Diabetes;<br />

• Hipertensão arterial;<br />

• Alterações de colesterol e triglicérides;<br />

• Hiperglicemia;<br />

• Obesidade ou sobrepeso;<br />

• Tabagismo;<br />

• Alcoolismo;<br />

• Sedentarismo.<br />

Também nessa fase, intensificamos a<br />

avaliação da função miccional e sexual. A<br />

partir de 45 anos, aumenta a prevalência de<br />

doenças da próstata (benignas e malignas)<br />

que podem se expressar com redução do<br />

jato urinário, aumento de micções noturnas<br />

e dificuldade de esvaziamento da bexiga. E<br />

doenças como ejaculação precoce e disfunção<br />

erétil também se tornam mais comuns.<br />

Homens com família constituída devem discutir<br />

a questão do planejamento familiar e<br />

da vasectomia. Acima dos 60 anos: os cuidados<br />

com a saúde devem ser redobrados.<br />

As doenças cardiovasculares, seus fatores<br />

de risco e suas consequências devem ser<br />

avaliadas e tratadas prontamente. É o momento<br />

de rever toda a carteira vacinal e atualizá-la.<br />

A função miccional, as doenças da<br />

próstata e as alterações da função sexual<br />

se tornam mais comuns e mais graves, devendo<br />

o acompanhamento com urologista<br />

se intensificar, para o tratamento correto e<br />

melhoria da qualidade de vida do homem.<br />

Todo homem com mais de 55 anos deve<br />

fazer uma colonoscopia, para prevenção do<br />

câncer colorretal, o segundo mais frequente<br />

entre os homens adultos e mais letal do que<br />

o câncer de próstata.<br />

Nessa fase, é essencial um cuidado<br />

compartilhado de saúde entre o paciente e<br />

seus médicos de confiança: médico urologista,<br />

o médico de família, o cardiologista ou<br />

o geriatra. Avaliações clínicas detalhadas,<br />

um médico que conheça seu histórico de<br />

saúde e de sua família, que esteja sempre<br />

à disposição para aconselhá-lo e conduzi-lo<br />

nesse caminho pela manutenção da saúde<br />

e prevenção de doenças de forma racional,<br />

humana e econômica é essencial.<br />

Serviço:<br />

Anália Franco: Avenida Vereador Abel<br />

Ferreira, 1.844 – CJ 1110 | (11) 2076-0722<br />

Paulista: Rua Itapeva, 202 – Sala 119<br />

(11) 3288-1426 – 3285-3019<br />

fernando.saito@centru.med.br<br />

Dr. Fernando José Akira Saito - CRM-SP 97.398. É formado e tem especialização em Urologia<br />

pela Faculdade de Medicina da USP. Doutorado em Urologia pela Faculdade de Medicina<br />

da USP. Atualmente é Diretor-Médico do CENTRU – CENTRO DE TRATAMENTO<br />

UROLÓGICO e Professor de Urologia no Hospital e Faculdade Santa Marcelina.

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